Post on 14-Apr-2017
Planeamento das Cidades Costeiras de Angola para a Adaptação Climática
apresentado por
Development Workshop Angola
Sala de conferência das Nações Unidas no dia 31 de Março de 2016
Source: IPCC AR4, WG 1, 2007.
A mudança climática está acontecendo agora
• A pesquisa tem o objetivo de identificar os riscos ambientais urbanos (erosão, inundações, para abastecimento de água, do nível do mar, intrusão de água salgada) e seus impactos sobre nos zonas costeiras urbanas.
• Compreender os aspectos espaciais de acesso e acessibilidade de água potável, os níveis de vulnerabilidade ambiental em áreas urbanas.
• Desenvolver um sistema de informação geográfica (GIS) e mapeamento dos diferentes aspectos: densidade populacional, acesso à água, pobreza e riscos ambientais.
• Parceria com as autoridades nacionais e locais, a organizações da sociedade civil.
• Disponibilizar informação para planificadores, académicos e pesquisadores, para um trabalho continuado nestas áreas, e para uma planificação contínua de adaptação.
Estratégia de pesquisa
• As alterações climáticas são alterações ao longo do tempo quer devido à variabilidade natural ou como resultado da actividade humana.
• Uma consequência das alterações climáticas é que no futuro as temperaturas serão mais elevadas de que actualmente.
• O aumento depende das medidas tomadas para travar as alterações climáticas mas pode haver um aumento significativo durante os próximos 100 anos.
• Outra consequência, na costa marítima, é a subida do nível do mar.
• Os correntes da costa marítima (como o Corrente de Benguela) são parte do sistema global e podem alterar devido a alterações climáticas.
Alterações climáticas
Assentamentos humanos e habitação Quatro décadas de guerra causaram uma grande mudança demográfica Angolana
As populações de áreas de conflito rural fugiram para a seguranca dos assentamentos urbanos no litoral Resultando em uma urbanização rápida do país.
Urbanização rapida em Angola• Angola ao longo deste período foi o país mais
rapidamente urbanizado na região Sul Africano. • A cidade de Luanda, com uma taxa de crescimento
média de 7% é a cidade que mais cresce na África.
1964
1975
1986
1989
1995
2000
2002
2008
2010
2015
SISTEMA DE INFORMAÇÃO TERRITORIAL
Densidade populacional de Luanda
Problemas crónicas ambientais urbanas• A situação ambiental nas áreas periféricas das cidades de Angola foi se
deteriorando progressivamente durante muitas décadas de conflitos armados.
• Podem ser consideradas como estando em crise crónica de saúde pública e do saneamento ambiental.
• O crescimento dos sistemas de saneamento e a manutenção não manteve o ritmo do crescimento populacional.
• As populaçoes mais vulneravais são localizados em sítios de riscos ambientais tal como ao longo de rios ou linhas de drenagem, susceptíveis a erosões severas.
• Certas grandes cidades costeiras de Angola estão localizadas na foz das bacias hidrográficas que colocam estes assentamentos em locais de risco.
Assentamentos afetadas na região costeira e sua hidrologia
Soyo
Luanda
Benguela
Namibe
Cabinda
Variabilidade do clima Angolana
Os dados disponíveis são limitados, salvo para Luanda.
• Luanda: Número de anos com 600 mm ou mais de precipitação
• 1879 a 1900 0• 1901 a 1950 4• 1951 a 2000 9
• Um hipotese é que, ao longo da costa maritima, a probabilidade de chuvas intensas aumenta.
Mortalidade devido ao alto risco ambiental
Indice Multidimensional de Pobreza
Factores ambientais Aguas Insolação Percipitação
O clima de Angola é diverso. Angola situa-se entre áreas áridas e semi-áridas ao sul e áreas húmidas ao norte. Por isso há muitas incertezas sobre a o impacto das alterações climáticas nesta região e provavelmente o impacto vai ser diferente conforme a área do país
• A guerra resultou na destruição de infra-estrutura e das instituições durante quarentos anos.
• A capacidade do Governo para manter uma presença administrativa e coletar dados de todos os tipos também foi afetada.
• As últimas estatísticas meteorológicas nacionais completo foram publicadas para o ano 1974.
• O governo colonial tinha acumulado uma extensa rede de mais de 500 estações meteorológicas em todo o país.
• Exceto por algumas estações urbanas como Luanda relatórios mais cessaram ou foram abandonadas no ano seguinte.
Estatísticas meteorológicas/hidrológico e conflicto
Estatísticas meteorológicas e conflicto
O "gap" dos dados de mais de 30 anos de informações meteorológicas coincide com o recente período de acelerada mudança climática.
1932 1972 2007
Cobertura da Rede Hidrométrica até 1974
• Até 1974/75 – Cerca de 200 Estações Hidrométricas
• Situação em 2011 – Menos de 5% das estações existentes até 1974/75 encontram-se operacionais
(Engo. Manuel Quintino – Director INRH 2011)
Recuperação de dados histórico perdidos• Projeto de pesquisa da Development Workshop inclui um
componente de análise de dados históricos de chuvas • Documentos em papel e fontes históricas de dados
pluviométricos arquivados para Angola, expandir e preencher as lacunas nas fontes digitalizadas do Instituto Nacional de Meteorologia.
• O banco de dados resultante é que está sendo usado para examinar a variabilidade da precipitação e mudar, e mapear os resultados.
• Para preencher as lacunas de dados exploramos formas não tradicionais de informação, incluindo a monitorização da mídia e e documentação de memórias com histórias orais.
Monitorização da mídia
• A medição de variabilidade é o coeficiente de variação.
• O mapa mostra que a variabilidade da precipitação é maior no litoral e diminui com a distância para o interior.
Variabilidade da precipitação de ano para outro
Inundações e erosão
• Um número significativo de agregados familiares em estudos domésticos da DW dizer que a sua área é afetada por inundações ou de erosão.
• Embora a Cabinda tem mais chuva, menos famílias são afetadas por inundações e erosão
• Luanda - 20,0% dos domicílios
• Cabinda - 6,4% dos domicílios
Precipitação, assentamentos humanos e habitação
• Chuvas mais intensas em sítio cria o risco de inundações e de erosão das cidades.
• Em certos casos chuvas intensas no interior aumenta o caudal dos rios e cria o risco de inundações e de erosão das zonas habitadas aos seus lados.
Precipitação, assentamentos humanos e habitação
• Inundações mais frequentes criam riscos de doenças ligadas a situações de saneamento deficiente.
• O planeamento dos assentamentos humanos no litoral devem tomar em conta também os riscos de cheias e a necessidade de reduzir os riscos de erosão dos solos
• Doenças diarréicas como a cólera têm sido endêmica em Luanda e em algumas outras cidades costeiras que levam a surtos periódicos, por exemplo em 2006 com mais de trinta mil casos e algumas centenas de mortes.
• Uma sucessão de enchentes devastadoras nos últimos anos em cidades como Luanda, Benguela e Namibepode ser atribuída a uma combinação de factores,
– Chuvas intensas mais frequentes– A ocupação humana de zonas vulneráveis – A remoção da vegetação natural nas bacias
hidrográficas contíguas.
Assentamentos Angolanos e a variabilidade climática
• A pesquisa de Development Workshop tem demonstrado que, em Luanda, muitos deslocados internos e outras famílias pobres se instalaram em zonas da cidade de alto risco de inundação e erosão .
• Devido ao aumento rápido das rendas urbanos, os mais pobres mudam de casa para áreas de risco ambiental onde a terra é mais barata.
• Essas áreas tendem a ser baixas zonas costeiras, bacias hidrográficas suscetíveis a inundações ou com riscos de erosão elevados.
• Essas áreas são quase sempre sem serviços de saneamento e abastecimento de água significa que a água do solo seja poluída.
Assentamentos em risco
A expansão urbana tem reduzido significativamente a capacidade de absorção hidrológica dos solos.
Impacto da urbanização sobre os processos hidrológicos
• Uma.Assentamentos em risco
Áreas onde as Áreas onde as águas das águas das chuvas mantêm chuvas mantêm se visíveis. se visíveis. (Fotos (Fotos tiradas num voo sobre a tiradas num voo sobre a cidade)cidade)
Levantamento dos danos e riscos
Assentamentos em risco
Mapeamento participativoO projeto promove a co-participação na pesquisa entre as comunidades e os governos locais e instituições acadêmicas.Informações co-produzido é propriedade conjunta e gera evidência para influenciar as políticas públicas.
Modelo digital do terreno (GIS)
Mapeamento Mapeamento participativo participativo dos dos danos e riscos danos e riscos baseou-se neste baseou-se neste conjunto de dadosconjunto de dados
Senso Remoto
Áreas e tipos de inundação
Declives
Buracos
Desabamento
Lago
Desabamento/lagoa
Lagoa
Ravinas e inundação
Águas estagnadas
<15m
15 – 30m
30 -45m
45 – 60m
>60m
Avaliação dos tipos de risco ambiental
Dano estrutural das construções: desabamentos.
Danos ambientais
Mapeamento dos doencas ambientais
Mapa de Risco do paludismo em LuandaO aumento das temperaturas pode ter um impacto na saúde humana através duma modificação da distribuição geográfica de doenças como o paludismo.
Risco ambiental e valores de terra
Assentamentos em risco
• Áreas urbanas de risco ambiental já estão localizadas desproporcionalmente em áreas baixas do litoral. As alterações climáticas vão aumentar o risco de elevação dos mares e o risco de inundações.
• Preparação para desastres e planos de gestão são componentes vitais de uma estratégia de adaptação.
• O planeamento urbano precisa refletir formal, hipóteses sobre as alterações climáticas, tendo em conta novas informações sobre possíveis variações
• As próprias comunidades, através de esforços micro-planejamento na organização coletiva, pode desenvolver planos e infra-estrutura necessária para reduzir sua vulnerabilidade a desastres naturais.
Adaptação
Posters - Mapeamento de Risco nos 4 cidades
• Dados foram validados com sensoriamento remoto de SIG e informações de satélite.
• Os mapas são ferramentas essenciais para o planejamento de ações de mitigação; também reduzir os riscos dos vulneráveis urbanos.
• Autoridades municipais que são responsáveis pela prestação de serviços básicos estão esforçando com informações.
• Os mapas de risco que são apresentados aqui foram produzidos com dados coletados com a participação das comunidades locais e das administrações municipais.
Luanda
Posters - Mapeamento de Risco• Os mapas de risco foram produzidos com a participação
das comunidades locais e pode reforçar a participação dos cidadãos no desenvolvimento de cidades resilientes.
Cabinda Lobito Benguela
• Áreas urbanas de risco ambiental já estão localizadas desproporcionalmente em áreas baixas do litoral. As alterações climáticas vão aumentar o risco de elevação dos mares, o risco de inundações e fortes tempestades tropicais
• Preparação para desastres e planos de gestão são componentes vitais de uma estratégia de adaptação.
• O planeamento urbano precisa reflectir, hipóteses formais sobre as mudanças climáticas, tendo em conta novas informações sobre possíveis variações
• As próprias comunidades, através de esforços de micro-planejamento na organização colectiva, pode desenvolver planos e infra-estruturas necessárias para reduzir sua vulnerabilidade a desastres naturais.
Concluções
1. Alargar a programa da pesquisa para contribuir para a compreensão do clima, da variabilidade climática e mudança climática as todas zonas de assentamentos na região costeira.
2. Entenda mais sobre os riscos ambientais urbanos (erosão e inundações em relação ao abastecimento de água, do nível do mar, e intrusão de água salgada) e seus impactos sobre os assentamentos costeiros.
3. Compreender os aspectos espaciais de acesso e acessibilidade à água potável, níveis de pobreza e vulnerabilidade ambiental em áreas urbanas.
4. Formação de administradores locais na sistema de informação geográfico (SIG) para o mapeamento dos todos os municípios nos diferentes aspectos de acesso à água, servicos e riscos ambientais.
Recomendações programáticas
Planejamento urbano para ao risco de inundação
• Telhados armazenadores• Poço de infiltração• Pavimento poroso de infiltração• Bacias de infiltração
Ações para adaptação local
• Plantar árvores ao longo dos Plantar árvores ao longo dos rios e valas de drenagem rios e valas de drenagem para ajudar absorver a água e para ajudar absorver a água e evitar erosão do solo.evitar erosão do solo.
Participação comunitária em planeamento para a adaptação
• Fazer regularmente a Fazer regularmente a manutenção das valas de manutenção das valas de drenagem para que as águas drenagem para que as águas possam escoar bem em caso possam escoar bem em caso de chuva.de chuva.
Participação comunitária em planeamento para a adaptação
• Ordenar os bairros informais evitando a construção de novas casas nas partes mais baixas ou muito próximas dos rios e valas de drenagem.
Participação comunitária em planeamento para a adaptação
• Quando os bairros informais se inundam, o principal problema de saneamento são as latrinas. As águas misturam-se com as fezes e contaminam o ambiente. O uso destas águas provoca cólera. Por isso é importantíssimo manter as latrinas fechadas e limpas.
Participação comunitária em planeamento para a adaptação
Participação comunitária em planeamento para a adaptação• Nas áreas susceptíveis à inundação tem de Nas áreas susceptíveis à inundação tem de
se colocar os fontanários e as bombas de se colocar os fontanários e as bombas de água acima do nível máximo atingido pelas água acima do nível máximo atingido pelas grandes cheias passadas, ou pelo menos grandes cheias passadas, ou pelo menos prever torneiras elevadas, de maneira a poder prever torneiras elevadas, de maneira a poder ter acesso à água limpa em qualquer ter acesso à água limpa em qualquer situação.situação.
• Tem de se tratar Tem de se tratar águaágua com desinfectantes. com desinfectantes.
• Ter um sistema de aviso prévio que nos dá tempo Ter um sistema de aviso prévio que nos dá tempo suficiente para implementar as acções de emergência.suficiente para implementar as acções de emergência.
• Se a situação se tornar muito crítica, há necessidade Se a situação se tornar muito crítica, há necessidade de evacuar as pessoas que correm mais risco. Tem de evacuar as pessoas que correm mais risco. Tem de se prever locais de acampamento com serviços de se prever locais de acampamento com serviços básicos e posto de socorro para as pessoas afectadasbásicos e posto de socorro para as pessoas afectadas
• Ter acesso à água limpa para beber em lugares que Ter acesso à água limpa para beber em lugares que não podem ser atingidos pelas águas da cheia.não podem ser atingidos pelas águas da cheia.
• Tem de se preparar reservas de alimentos suficientes Tem de se preparar reservas de alimentos suficientes para a população afectada.para a população afectada.
Participação comunitária em planeamento para a adaptação
Obrigado