A cultura do século XIX

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A cultura no século XIXO TRIUNFO DO CIENTISMO, A ARTE E A LITERATURA

O triunfo do cientismo

• Um século de descobertas

No século XIX, as ciências experimentais evoluíram muito, ficando assim conhecido como o “Século da Ciência”. Os cientistas passaram a dispor de laboratórios apetrechados. E as novas descobertas despertaram o interesse da indústria, levando as empresas a apoiar a sua aplicação prática e a investigação, visto que que se acreditava que o cientismo iria descobrir todas as leis da Natureza, contribuindo para a paz e prosperidade da Humanidade.

Um século de descobertas (continuação)• As descobertas científicas e técnicas permitiram grande

desenvolvimento das ciências experimentais, principalmente da Biologia, da Física, da Química e da Medicina.

As principais descobertas• Descoberta das ondas elétricas e dos raios x, por

Roentgen, que beneficiou a medicina• Primeiras investigações da radioatividade pelo casal Pierre

e Marie Curie• Descoberta dos microrganismos e criação da vacina contra

a raiva, por Pasteur• Criação da vacina contra a varíola, por Jenner• Identificação do bacilo da tuberculose, por Koch• Estudos sobre as leis da hereditariedade, por Mendel e a

teoria da evolução das espécies, por Charles Darwin• Classificação dos elementos químicos, por Mendeleiev• Desenvolvimento dos antissépticos e dos anestésicos

As principais descobertas (continuação)

Fig. 1 Marie Curie no seu laboratório Fig. 2 Criação de coelhos de Pasteur, para a produção da vacina contra a raiva

O progresso da ciência no século XIX

Fig. 3 Inventos e descobertas no século XIX

Ciências Humanas• Além do progresso das ciências Naturais, surgiram

também as primeiras investigações sobre o comportamento humano, nascendo assim as ciências Humanas, que conheceram também um grande desenvolvimento.

• A Psicologia obteve o estatuto de ciência• A História ganhou maior rigor científico• Desenvolveram-se várias correntes na Filosofia

A confiança na ciência

• Com a aliança entre a ciência, tecnologia e indústria sentiu-se, na vida quotidiana, o impacto dos inventos que tinham resultado da aplicação de descobertas científicas. Assim, uma confiança otimista na ciência – o cientismo – foi generalizada, dando inclusivamente origem a uma nova corrente de pensamento, o positivismo.

Positivismo• O positivismo foi uma corrente filosófica que surgiu em

França no começo do século XIX e defendia que a ciência era a única forma de conhecimento válido e que acabaria por descobrir todas as leis da Natureza e por resolver os grandes problemas da Humanidade.

• O positivismo defende a ideia de que o conhecimento científico é a única forma de conhecimento verdadeiro. De acordo com os positivistas apenas se pode afirmar que uma teoria é correta se ela foi comprovada através de métodos científicos válidos.

A expansão da escolaridade• Simultaneamente, foi-se afirmando a esperança de que a

educação dos cidadãos conduzisse ao progresso social, logo, a instrução política passou a ser considerada como um dever do Estado. Na segunda metade do século, o ensino primário obrigatório e gratuito foi instituído em muitos países, medida que correspondia às necessidades da sociedade industrial: preparar os jovens para o novo tipo de trabalho e para o exercício do direito a voto.

Fig. 4 Ensino no século XIX

Romantismo

Romantismo

• O Romantismo foi um movimento artístico do século XIX que teve influência na literatura e nas várias manifestações da arte. Sendo, inicialmente, apenas uma atitude ou estado de espírito, o romantismo toma mais tarde a forma de um movimento, e o espírito romântico passa a designar toda uma visão de mundo centrada no indivíduo. Os autores românticos voltaram-se cada vez mais para si mesmos, retratando o drama humano, amores trágicos, ideais utópicos, ou seja, a ideia de um país ou sociedade de imaginários onde tudo está organizado de forma perfeita, e desejos de escapismo.

Romantismo (continuação)• Em Portugal, o Romantismo surgiu após ter surgido nos

países ocidentais. Esta tendência desenvolveu-se a partir da década de 1830, mais concretamente 1836, época em que o país atravessava uma profunda crise económica, política e social.

Fig. 5 “A adoração dos Magos”, de Domingos Sequeira

Literatura Romântica

Literatura Romântica• A história do romantismo literário é bastante controversa.

Foi através da poesia lírica que o romantismo ganhou formato na literatura dos séculos XVIII e XIX. Os poetas românticos usavam muito as metáforas, palavras estrangeiras, frases diretas e comparações. Os principais temas abordados eram amores platónicos, acontecimentos históricos nacionais, a morte e seus mistérios.

Fig. 6 Viagens na minha terra, Almeida Garret

Literatura Romântica (continuação)Primeiras

manifestações Inglaterra

• William Blake• Edward Young• Robert Burns• Lord Byron

Os Alemães procuraram

renovar a sua literatura

• Herder• Goethe

Difusão europeia• Victor Hugo• Almeida Garret• Giacomo Leopardi• José de Espronceda

1º Fase 2º

Fase 3º Fase

Literatura Romântica (continuação)

Portugal• Primeira Geração: marcada por preocupações históricas e

políticas; nela podemos destacar alguns autores como Almeida Garrett, Alexandre Herculano e António Feliciano de Castilho;

• Segunda Geração: as características românticas estão definidas e amadurecidas; destacam-se Camilo Castelo Branco, Júlio Dinis, Soares dos Passos e João de Deus.

Pintura Romântica

Pintura Romântica

Fig. 7 A escada de Jacó, William Blake, 1800

Fig. 8 Retrato de Elizabeth Farren, Thomas Lawrence, 1791

Fig. 9 O pescador e a sereia, Frederic Leighton, 1856-1858

Principais características da pintura• Aproximação das formas barrocas• Composição em pirâmide dinamizada por linhas oblíquas,

gerando ritmos e sugerindo movimento• Valorização das cores e contrastes fortes entre elas

(gradação de cor)• Luz frequentemente focalizada para o assunto que se queria

evidenciar, servindo também, por vezes, de elemento unificado dos vários componentes do quadro

• Pincelada larga, fluida, vigorosa e espontânea, que define os volumes

• Noção de perspetiva ou profundidade

Temática Romântica• Literatura do passado e do presente, em particular nos romances

medievais de cavalaria e nos autores clássicos• Acontecimentos trágicos, heroicos ou épicos da realidade, tais

como naufrágios ou lutas de libertação de minorias• Mitologia do sonho e do pesadelo, povoado por monstros

imaginários e visões do subconsciente• Natureza protagonizada por lutas entre animais selvagens e pela

paisagem marcada por um certo dramatismo naturalista, iniciando assim as cenas ao “ar livre”

• Conteúdos exóticos, com cenas no Oriente ou Norte de África• Retrato psicológico de mulheres e homens comuns, de

personalidade e de loucos

Já em Portugal, os principais temas abordados eram:

• Pintura histórica (Idade Média)• Pintura de género (vida rural e costumes populares)• Paisagem• Cenas místicas (procissões)• Retrato

Principais pintores Românticos França

o Eugéne Delacroix (1798-1863)

o Théodore Géricault (1791-1824)

Alemanhao Caspar David Friedrich

(1744-1840) Inglaterra

o William Blake (1757-1827)

o George Stubbs (1724-1806)

o John Constable (1776-1837)

o William Turner (11755-1851)

Suíçao Henri Füssli (1741-1825)

Espanhao Francisco Goya (1746-1828)

Friedrich observou e desenhou a natureza, no entanto, não se limitou a representá-la, dando-lhe também

um significado suplementar, expresso através de símbolos (a figura de costas, as nuvens, a

neblina, o horizonte) e através da estrutura e das cores.

Fig.10 O viajante sobre o mar de névoa, Friedrich, 1818

Turner pinta sobretudo paisagens marítimas, em diferentes ambientes climáticos, com a

linha do horizonte muito baixa.

Fig. 11 O Naufrágio do Minotauro, Turner, 1810

Fig. 12 Pescadores no mar, Turner, 1796

Fig. 13 O Naufrágio, Turner, 1805

Este autor fez parte da corrente pré-romântica e dedicou-se a representar o seu amor pelos grandes poetas.

Fig. 15 Despertar de Titânia, Füssli, 1775-1790Fig. 14 O Pesadelo, Füssli, 1781

Fig. 16 Sacrifício a Pã, Francisco Goya, 1771

Fig. 17 O Três de Maio de 1808, Francisco Goya, 1814

Este artista foi pintor da corte e, para além dos seus óleos, pintou frescos e foi autor de uma

série de gravuras.

Escultura Romântica

Escultura Romântica

Fig. 18 Jean-Baptiste Carpeaux, A Dança, 1867-1869

Fig. 19 François Rude, A Marselhesa, 1833-1836

Fig. 20 Jean-Baptiste Carpeaux, Ugolino, 1867

Principais temas da escultura• Natureza (animais selvagens)• Alegorias (obra que representa um pensamento abstrato) /

fantasias• História / literatura• Retrato

Fig. 21 Auguste Préault, Massacre, 1834

Formas de representação• Reação ao Neoclassicismo (evitaram-se as composições

estáticas e as superfícies polidas e lisas)• Exaltação da expressividade através de composições

movimentadas e de sentido dramático• Corpos realistas mas com posições, gestos e faces

carregados de sentimentos e emoções• Contrastes cheios / vazios• Jogos de texturas• Superfícies aparentemente inacabadas

Arquitetura Romântica

Arquitetura Romântica• Os arquitetos do período romântico inspiraram-se no

passado histórico medieval, pelas suas características romanescas, espirituais e emocionais

• Utilizaram formas arquitetónicas do passado e recorreram a todos os estilos arquitetónicos, desde o Renascentista ao Neoclássico

• Revivalismo Gótico: o estilo gótico era visto como linguagem ideal para representar os novos valores culturais

• Esta tendência foi ganhando maior criatividade, conduzindo a um certo ecletismo arquitetónico (mistura de gostos)

Os arquitetos românticos preferem:• Irregularidade nas estruturas espaciais e volumétricas• Preferência pelas geometrias mais complexas e pelas

formas curvas• Efeitos de luz• Movimento dos planos• Pitoresco de decoração (tudo o que pode ser pintado ou

representado em imagem)

Princípios gerais da arquitetura • Impulsionada pelos valores do Sentimento• Visava a beleza como algo de divino• Rejeitou as regras da arquitetura neoclássica• Preferiu características que estimulassem a imaginação e os

sentidos• Deveria provocar sensações e transmitir ideias

Princípios gerais da arquitetura (continuação)• Verificou-se uma recuperação de formas artísticas medievais (românico, gótico), acompanhada do gosto

exótico contido nas culturas orientais (bizantina, chinesa, árabe).

• Revivalismo, Ecletismo, Historicismo e Exotismo

Revivalismo, Ecletismo, Historicismo e Exotismo• Revivalismo: movimento artístico que reproduz técnicas e

cânones estéticos de correntes artísticas anteriores. Michael Horowitz define revivalismo como:

• Ecletismo: combinação de influências provenientes de várias épocas e estilos num mesmo edifício

• Historicismo: valorização dos estilos da época passadas pelo seu valor simbólico

• Exotismo: tendência que se desenvolveu pelo gosto do que é estranho (diferente ou estrangeiro) à cultura ocidental e que desenvolveu a imaginação e os sentidos pelo desconhecido e misterioso

Construções Neogóticas

Inglaterra

O novo edifício do parlamento – que tomou o lugar do

Palácio de Westminster – é um

testemunho do revivalismo gótico e do entusiasmo dos ingleses por este

estilo.

Fig. 22 Palácio do Parlamento (Palácio de Westminster) 1840-88, Charles Barry e A.W. Puggin, Londres

Inglaterra (continuação)

O gótico é conseguido através de um revestimento

decorativo. Retomou-se o estilo perpendicular (a forma especial que o gótico tardio

tomou em Inglaterra) aplicaram-se os elementos

decorativos verticais, as superfícies foram subdivididas

por uma retícula (rede pequena). A impressão é de que foi aplicado um folheado

sobre o exercício.Fig. 23 Palácio do Parlamento (Palácio de Westminster) 1840-88, Charles Barry e A.W. Puggin, Londres

Torre da VitóriaQuando foi erguida, esta torre era a mais alta do mundo, com 102m. É à prova de fogo, construída em pedra sobre arcos de aço e tijolo, é suportada no interiorpor colunas de ferro fundido.

Torre CentralVentila o interior, produzindo uma coluna móvel de ar que melhora a circulação natural.

Torre do Relógio

Tem o famoso carrilhão Principal, o Big Bem, e 4 outros mais pequenos.

Fig. 24 Palácio do Parlamento (Palácio de Westminster) 1840-88, Charles Barry e A.W. Puggin, Londres

Pequenas torres angularesAcentuam a verticalidade e a silhueta

FachadaA fachada de três andares tem 244 metros de comprimento

Figs. 25 e 26 Palácio do Parlamento (Palácio de Westminster) 1840-88, Charles Barry e A.W. Puggin, Londres

França

No seu interior, esta igreja tem uma planta em cruz latina e as suas naves são abobadadas. Na sua construção foram utilizados materiais modernos, exemplo

disso é a abóbada central construída com vigas de ferro e

aço.

Fig. 27 Igreja de Santa Clotilde (Paris, 1846-56). F.C. Blau e Thérodore Ballu

Fig. 28 Igreja de Notre-Dame de ParisRestauro de Viollet-le-Duc, séc. XIX

Alemanha

Este castelo foi desenhado por um desenhador de cenários teatrais e não por um arquiteto. É de aspeto medieval e de construção neogótica. Tem 6000 metros quadrados, 4 andares e 80 metros de altura.

Fig. 29 Castelo de Neuschwanstein – 1870, Baviera

• Recorreu a estruturas modernas, como por exemplo: engenhos a vapor e elétricos, ventilação moderna e canalizações de aquecimento.

• A decoração de algumas salas é inspirada nas obras de Wagner.

Figs. 30 e 31 Castelo de Neuschwanstein

Construções Neoárabes(Exotismo)

Inglaterra

Cúpula em forma de cebola

Esta cúpula central, deriva da arquitetura mongol, é uma metáfora exótica que representa o Império Britânico

Irregularidade dos volumes

Cúpulas bulbosas, ou em forma de “cebola”, espalhadas por vários sítios e de diferentes dimensões e alturas. As chaminés são disfarçadas de minaretes (estrutura neoárabe).

Grade trabalhada

Telhado em forma de tenda

Fig. 32 Pavilhão Real – Brighton – 1752-1825 – John Nash

Figs. 33, 34 e 35Casa Sezincote – Gloucestershire, Samuel Pepys Cockerell, 1805

Arquitetura Romântica em

Portugal

Fig. 36 Palácio da Pena, 1738-1768 Fig. 37 Palácio do Buçaco, 1888-1907

Fig. 38 Estação do Rossio, 1886-1890

Fig. 39 Palácio da Regaleira, 1804-1810

Fig. 40 Basílica de Santa Luzia, 1903-1943 Fig. 41 Palácio da Bolsa – salão árabe

Fig. 42 Palácio de Monserrate, 1887

Fig. 43 Praça de Touros do Campo Pequeno, 1892

Realismo

Realismo• O Realismo foi um movimento artístico e cultural que se

desenvolveu na segunda metade do século XIX. • A palavra realismo designa uma maneira de agir, de

interpretar a realidade. Esse comportamento caracteriza-se pela objetividade, por uma atitude racional das coisas.

• Surge nas artes europeias, entre 1850 e 1900, sobretudo na pintura francesa. Gustave Courbet foi o líder do movimento realista, juntamente com Édouard Manet.

Principais características do Realismo• Despreza a imaginação Romântica• Descreve a realidade, o que acontece verdadeiramente• Mostra o caráter e os aspetos negativos da natureza

humana• A mulher é objeto de prazer• A partir de denúncias, mostra a realidade dos factos• Linguagem simples, natural, clara e equilibrada• Os realistas procuravam uma explicação lógica para as

atitudes das personagens• Valoriza o que é, e não o que se sente

Arte Realista• Algumas das características gerais da arte Realista são:

• O cientificismo• A valorização do objeto• O sóbrio e o minucioso• A expressão da realidade e dos aspetos descritivos

Literatura Realista

Literatura Realista• O Realismo na literatura manifesta-se na prosa. Os

escritores realistas procuravam retratar o homem e a sociedade na sua totalidade. Era necessário mostrar uma face nunca antes revelada: a do quotidiano massacrante, do amor adúltero, da falsidade e do egoísmo humano, da impotência do homem comum diante dos poderosos, ao invés da face sonhadora e idealizada que os românticos tinham mostrado anteriormente.

Principais obras e os seus autores

• Gustave FlaubertMadame Bovary foi o livro que marcou o início da realismo na Literatura. Foi escrito por Gustave Flaubert publicado em 1857.Devido à sua nova visão e crítica expressa no livro, Gustave foi julgado pela Igreja Católica.

Fig. 44 Madame Bovary, Gustave Flaubert

Principais obras e os seus autores (continuação)

• Eça de QueirósFoi autor, entre outros romances de importância reconhecida, de Os Maias e O Crime do Padre Amaro ; este último é considerado por muitos o melhor romance realista português do século XIX.

Fig. 45 Os Maias, Eça de Queirós

Fig. 46 O Crime do Padre Amaro, Eça de Queirós

Principais autores e as suas obras (continuação)

• Lewis CarrollLewis Carroll escreveu “Alice no País das Maravilhas” e sua continuação “Alice no País dos Espelhos”. Estes romances brincam com a lógica e o olhar infantil para ironizar o adulto.

Fig. 47 Alice no País das Maravilhas, Lewis Carroll

Pintura Realista

Pintura Realista

• Na pintura, as obras passam a privilegiar cenas quotidianas dos grupos sociais menos favorecidos e o sentimento de tristeza expressa-se através de telas mais pesadas, com cores mais fortes. Mostravam também vagabundos, dançarinos e mendigos. Neste campo destaca-se o pintor francês Gustave Coubert.

Principais características da pintura realista

• O artista utiliza todo o conhecimento sobre perspectiva para criar a ilusão de espaço, inclusive a aérea, dando uma nova visão da paisagem ou da cena

• Os volumes são muito bem representados, devido à gradação de cor, de luz e sombra

• Há preocupação de representar a textura, a aparência real do objeto

• O desenho e a técnica para representar o corpo humano são perfeitas

• Desejo de representar a realidade tal e qual ela se apresenta

Principais pintores realistas• Édouard Manet• Gustave Courbet• Honoré Daumier• Jean-Baptiste Camille Corot• Jean-François Millet• Théodore Rousseau

Fig. 48 Peneiradoras de Trigo, Courbet, 1855

Fig. 49 Os jogadores de xadrez, Honoré Daumier, 1863

Fig. 50 Os Carvalhos de Apremont, Théodore Rousseau

Fig. 51 Pastora com seu rebanho, Jean-François Millet, 1864

EsculturaRealista

Escultura Realista

• A escultura realista não se preocupou com a idealização da realidade, procurando recriar os seres tal como eles são. Os escultores preferiram os temas contemporâneos, assumindo muitas vezes uma intenção política nas suas obras. A principal característica da escultura realista é a fixação do momento significativo de um gesto humano. Nesta vertente, especial destaque para o frânces Auguste Rodin.

Fig. 52 O Beijo, Rodin, 1886 Fig. 53 Eva, Rodin, 1881

Pensador é uma das mais famosas esculturas de bronze do escultor francês Auguste Rodin.

• Característica fundamental: a fixação do momento significativo de um gesto humano.

• Chamado de O Poeta, O Pensador , foi baseado, originalmente , em Dante - A Divina Comédia – de Dante Alighieri, em frente aos Portões do Inferno, ponderando o seu grande poema. A escultura está nua, pois Rodin queria uma figura heroica à la Michelangelo para representar o pensamento assim como a poesia.

Fig. 53 O Pensador, Rodin, 1902

Fig. 54 A Velha Helena, Camille Claudel

Fig. 55 A Pequena Castelã, Camille Claudel

Romantismo x RealismoRomantismo RealismoSubjetividade ObjetividadeImaginação Realidade circundante

Sentimento, emoção Inteligência, razãoVerdade individual Verdade universal

Fantasia Factos observáveisMulher idealizada, anjo de pureza e

perfeiçãoMulher mostrada com as suas

qualidades e defeitosLinguagem culta, em estilo metafórico e

poéticoLinguagem culta e direta

Narrativa lenta, acompanhando o tempo psicológico

Narrativa de ação e de aventura

Fig. 56 Romantismo x Realismo

Impressionismo

Impressionismo• Impressionismo foi um movimento que surgiu na pintura

francesa do século XIX, vivia-se nesse momento a chamada Belle Epoque ou Bela Época em português. O nome do movimento é derivado da obra "Impressão: nascer do sol" (1872), de Claude Monet.

• Os pintores impressionistas procuraram captar as diversas intensidades da luz, os tons da paisagem ao longo do dia e nas várias estações do ano, de modo a fixarem impressões imediatas dos sentidos num determinado momento. Valorizavam a luz e a cor mais do que o desenho exacto.

Impressionismo (continuação)• O Impressionismo mostra a graciosidade das pinceladas, a

intensidade das cores e a sensibilidade do artista, que em conjunto, emocionam quem contempla as suas obras.

• O Impressionismo preparou o caminho para todas as manifestações artísticas que se lhe seguiram.

• Este surgiu num período em que a Europa se debatia com as mudanças provocadas, de certa forma, por um conjunto de revoluções que se fizeram sentir, era um movimento essencialmente pictórico, que veio a ser conhecido pelo nome de Impressionismo.

Impressionismo (continuação)

ImpressionismoMovimentos a que se opõe Objetivos

• Realismo – intelectualismo sociopolítico

Pintura mais intuitiva e espontânea, realizada perante o motivo, em imediatismo de perceção e sensação

• Academismo – conceções neoclássicas e românticas

Captação de uma dada realidade, parcial, sensível e fugaz

Princípios da pintura Impressionista• Escolhiam pintar sobre temas quotidianos e pessoas

comuns. • Desejavam ser visualmente sinceros, não distorcer as coisas

que viam, e pintavam não como as coisas pareciam ser, mas como elas realmente eram.

• Não possuíam nenhum interesse ideológico ou político comum que uniam os jovens “ revolucionários” da arte

• Orientação realista• Total desinteresse pelo objeto - preferência pela paisagem e

a natureza morta• Obras passam a ser executadas ao ar livre, sem voltar para

os estúdios

Características da Pintura• Os artistas aplicaram uma técnica revolucionária de pintura

que consistia em:

• Pinceladas curtas, de cores puras; • Figuras sem contornos bem definidos; • Ilusão perfeita da vibração da luz e cor; • Valorização da luz e da cor; • Temas do quotidiano; • Impressão do momento.

Principais artistas do Impressionismo

• Édouard Manet • Claude Monet • Auguste Renoir • Camille Pissarro • Edgar Degas • Armand

Guillaumin • Fréderic Bazille

• Paul Cézanne • Berthe Morisot• Mary Cassat• Alfred Sisley• Pierre-Auguste Renoir• Vicente Van Gogh

Claude Monet

Fig. 57 Regata em Argenteuil, Claude Monet, 1872 Fig. 58 Impressão, Nascer do Sol, Claude Monet, 1872

Claude Monet (1840-1926) foi o mais célebre pintor impressionista e, inspirou-se em paisagens e em

aspetos da vida contemporânea como máquinas a vapor e estações ferroviárias.

Edgar Degas

Fig. 60 At The Races, Edgar Degas, 1880Fig. 59 Ballet Rehearsal, Edgar Degas, 1873

Edgar Degas (1834-1917), pintou essencialmente bailarinas e corrida de

cavalos.

Pierre-Auguste Renoir

Fig. 61 O baile no moulin de la galette, Pierre-Auguste Renoir, 1876

Fig. 62 Girl with a Watering Can, Pierre-Auguste Renoir, 1876

Pierre Ausguste Renoir (1841-1919), pintou retratos, figuras femininas, paisagens e cenas do

quotidiano.

Arquitetura do Ferro

Arquitetura do Ferro

• A arquitetura do ferro apareceu por volta da metade do século XIX. Enquanto que os arquitetos executavam historicismos, esforçando-se por inovar recorrendo à decoração, os engenheiros, mais ocupados com a questão técnica, preocupavam-se essencialmente em superar os desafios impostos pelas necessidades surgidas com a industrialização, dando origem ao capítulo mais original da arquitetura do século XIX – a chamada arquitetura do ferro.

O início da aceitação do ferro deu-se a partir da construção do Palácio de Cristal, de Joseph Paxton, que acolheu a Primeira Exposição Mundial de Londres, em 1851.

Esta construção foi inovadora não só ao nível construtivo mas também ao nível estético. As paredes eram formadas por amplas e contínuas vidraças (ao estilo

de uma estufa) e foi decorado por estruturas metálicas pintadas em azul e vermelho.

Fig. 63 Crystal Palace, Joseph Paxton, Londres, 1851

Figs. 64, 65 e 66 Crystal Palace, Joseph Paxton, Londres, 1851

Outras realizações tiveram igual êxito como a Torre Eiffel,

construída juntamente com a Galeria das Máquinas para a

Exposição Universal de Paris de 1889. Não tinha nenhum objetivo funcional, foi construída apenas para demonstrar as capacidades técnicas da nova engenharia e acabou por ficar até hoje como

símbolo universal de Paris. Fig. 67 Torre Eiffel, Gustave Eiffel, Paris, 1889

Figs. 68 e 69 Galeria das Máquinas, 1889, Paris

Figs. 70 e 71 Giuseppe Mengoni, abóboda e cúpula em ferro e vidro do pátio central das Galerias Vittorio Emmanuelle II, Milão, Itália, 1865-77

Arquitetura do Ferro em Portugal

Fig. 72 Elevador de Santa Justa, por Raoul Mesnier du Pousard, 1900-1901

Fig. 73 Ponte D. Maria, por Gustave Eiffel, 1877, sobre o Douro, Porto

Figs. 74 e 75 Estação de S. BentoCobertura metálica da gare– Marques da Silva – Porto

Fig. 76 Mercado Ferreira Borges, 1885-1889 Fig. 77 Ponte D. Luís, de Théophile Seyring

Exercício• Roentgen realizou as primeiras investigações da radioatividade

• As primeiras décadas do século XIX foram marcadas pelo Romantismo

• Um dos principais exemplos da arquitetura Romântica em Portugal é a Ponte D. Maria

• Eça de Queirós foi um dos mais famosos autores realistas

• O impressionismo foi um movimento que surgiu na pintura inglesa do século XIX

Falso

VerdadeiroFalsoVerdadeiro

Falso

Trabalho realizado porÂngela Almeida nº1 – 8ºB

Disciplina de HistóriaProfessora Ana Luísa Silva

Ano Letivo 2014/2015