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8/8/2019 Apostila de Metodos Cientficos
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Prof. Luiz Paulo Neves
Met odolog ia Cient f ic a
Seguran a do Trabalho
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LUIS PAULO NEVES
Metodologia do Trabalho CientficoFundamentos metodolgicos e normas para
apresentao de trabalhos acadmicos
Ensino a Distncia E a D
Reviso 07/2008
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SUMRIO
APRESENTAO 1
1 DEFINIO 2
2 O CONHECIMENTO 5
3 A CINCIA 7
4 A PESQUISA 9
5 CLASSIFICAO DA PESQUISA 12
5.1 PESQUISA PRELIMINAR 12
5.2 PESQUISA TERICA 125.3 PESQUISA APLICADA 12
5.4 PESQUISA DE CAMPO 13
5.5 FASES DA PESQUISA 13
5.6 COLETA DE DADOS 13
6 ANTEPROJETO DE PESQUISA 14
7 PROJETO DE PESQUISA 15
7.1 PARTES DO PROJETO DE PESQUISA 158 NOES DE TEXTUALIDADE 20
9 CONCEITUAO DE TRABALHOS MONOGRFICOS 23
10 PRODUO DO TRABALHO MONOGRFICO 24
10.1 DETERMINAO DO TEMA-PROBLEMA DO TRABALHO 24
10.2 LEVANTAMENTO BIBLIOGRFICO 25
10.3 LEITURA E DOCUMENTAO 26
10.4 A CONSTRUO LGICA DO TRABALHO DISSERTATIVO 27
10.5 A REDAO DO TRABALHO 28
11 ELEMENTOS E ESTRUTURA DE TRABALHO DECONCLUSO DE CURSO, MONOGRAFIA, DISSERTAO ETESE 29
11.1 ELEMENTOS PR-TEXTUAIS 30
11.1.1 Capa 30
11.1.2 Lombada 30
11.1.3 Folha de rosto 30
11.1.3.1 Modelos de notas explicativas para Folha de Rosto 31
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11.1.4 Errata 32
11.1.5 Folha de aprovao 32
11.1.6
Dedicatria, agradecimento e epgrafe 3211.1.7 Resumo 33
11.1.8 Lista de ilustraes, lista de tabelas, lista de abreviaturas esmbolos 33
11.1.9 Sumrio 34
11.2 ELEMENTOS TEXTUAIS 35
11.3 ELEMENTOS PS-TEXTUAIS 36
11.3.1 Referncia 36
11.3.2 Glossrio (opcional) 36
11.3.3 Apndices (opcional) 36
11.3.4 Anexos 37
11.3.5 ndice (opcional) 37
11.4 REGRAS DE APRESENTAO 37
11.4.1 Formato 37
12 ELEMENTOS DE APOIO AO TEXTO 40
12.1 CITAES 40
12.1.1 Sistema numrico 40
12.1.2 Sistema autor-data 40
12.1.3 Citao direta ou textual 42
12.1.4 Citao indireta 43
13 NORMAS PARA REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS ABNT 44
13.1 ELEMENTOS ESSENCIAIS 44
13.2 ELEMENTOS COMPLEMENTARES 44
13.3 LOCALIZAO 45
13.4 MODELOS DE REFERNCIAS 45
13.4.1 Monografia no todo 45
13.4.2 Monografia considerada em parte 47
13.4.3 Dissertaes e teses 47
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13.4.4 Publicaes peridicas 48
13.4.4.1 Publicaes peridicas como todo 48
13.4.4.2 Parte de publicaes peridicas 48
13.4.5 Eventos (congressos, seminrios, simpsios, etc.) 49
13.4.6 Vdeos, DVDs, filmes, fitas de vdeo 49
13.4.7 Documentos de acesso exclusivo em meio eletrnico 50
14 OUTROS TRABALHOS: CONCEITUAO EESTRUTURA 51
14.1 RESENHA 51
14.1.1 Tipos de resenhas 51
14.1.2 Estrutura de uma resenha 52
14.2 RESUMO 52
14.2.1 Definio 52
14.2.2 Tipos de resumo cientfico 53
14.2.3 Redao do resumo 53
14.2.4 Modelos 53
14.2.4.1 Resumo em monografias 5314.2.2.2 Resumo em artigos cientficos 54
14.3 RELATRIOS 54
14.3.1 Relatrio tcnico-cientfico 55
14.3.2 Relatrio de estgio 57
14.4 ARTIGOS CIENTFICOS 57
14.4.1 O que pode ser contedo de um artigo? 58
14.4.2 Estrutura 58
14.5 COMUNICAO CIENTFICA 59
14.6 PAINEL 59
14.6.1 Estrutura 59
REFERNCIAS 62
ANEXOS 65
ANEXO A - CAPA 65 ANEXO B FOLHA DE ROSTO 66
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APRESENTAO
Este manual pretende oferecer ao aluno subsdios para os diversos aspectos e
elementos caractersticos do trabalho acadmico e cientfico. Contm contedos referentes
fundamentao e aplicao da Metodologia Cientfica, bem como os que descrevem a
normalizao e padronizao para referncia e apresentao dos trabalhos acadmicos.
Como se trata de um curso de Educao a Distncia, o critrio para seleo e
apresentao dos contedos foi o de possibilitar ao aluno a consulta, a pesquisa e o
aprofundamento de forma independente. Nesse sentido, buscou-se uma linguagem adequada e
uma estrutura que facilitasse o uso e a assimilao desses contedos. Ao final, oferecida ao
aluno a relao da referncia consultada e outras que podem ajud-lo a aprofundar os
contedos aqui apresentados.
Esta uma disciplina que tem por objetivo oferecer instrumentos para o trabalho de
estudo e pesquisa. Nesse sentido, de fundamental importncia, pois atravs dessas
ferramentas que podemos nos empenhar na construo do conhecimento e na sua divulgao e
partilha para os demais interessados.
Em geral, os alunos no do a devida importncia a essa disciplina. Alm disso,
preciso reconhecer que ela rdua e exigente. Decorre ento que muitos no se dedicam a ela
como deveriam. S depois, quando precisam dos ensinamentos da Metodologia Cientfica,
que se ressentem por no ter dado o devido valor e ter aprendido os instrumentos necessrios
para uma desenvolver bem suas atividades acadmicas e profissionais.
O fundamental em uma disciplina como essa a compreenso dos diversos
instrumentos que propiciam o trabalho de pesquisa e o entendimento dos mecanismos de
referncia das produes acadmicas decorrentes dessa pesquisa. De posse dessa
compreenso e entendimento, torna-se fcil a consulta e a utilizao desse manual. Em outraspalavras, no se pede decorar esses contedos, mas compreend-los e saber consult-los para
bem utiliz-los.
Com a esperana de que esse objetivo tenha sido atingido com a apresentao deste
material, desejamos bom trabalho, empenho e muito estudo. De um bom profissional espera-
se que tenha bom domnio das suas ferramentas de trabalho. o propsito deste manual.
Prof. Ms. Lus Paulo Neves
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1. DEFINIO
Mas afinal o que Metodologia Cientfica? A palavra metodologia vem de mtodo: o
estudo e a pesquisa acerca dos mtodos para as diferentes formas de trabalho cientfico. Neste
caso, o aprendizado dos diversos mtodos e possibilidades para bem conduzir a pesquisa e
alcanar os resultados pretendidos.
E mtodo, o que ? Trata-se de uma palavra grega que, etimologicamente, pode ser
assim dividida: a) meta = atravs de; b) hodos = caminho, vias. Em outras palavras, mtodo
quer significar caminho atravs do qual possvel atingir um dado objetivo, um termo, um
determinado fim, proposto de antemo.
A essa definio devemos ainda acrescentar que mtodo contrape-se ao acaso e
sorte, pois possui uma ordem manifesta num conjunto de regras que so explcitas, como
tambm so explcitas as razes pelas quais tais regras so adotadas. Tais regras ou normas
oferecem garantias de facilidade, rapidez, eficcia. No apenas um caminho, mas um
caminho que pode abrir outros que melhor possibilitem alcanar os objetivos buscados ou
mesmo objetivos no propostos.
Nesse sentido, o leitor j percebeu que sempre se utiliza de mtodos nas mais variadas
atividades do seu dia-a-dia. E isso por que h meios, modos, caminhos para se chegar a um
dado lugar, para se preparar um caf, para tratar de um assunto delicado e mesmo para
divertir-se.
O que acontece que nem sempre nos perguntamos se essa forma de proceder, nessas
e em outras atividades, o melhor modo de fazer. A menos que algo d errado ou quetenhamos um objetivo muito especfico, no paramos para avaliar o como fazemos o que
fazemos.
E justamente nesse ponto que entra a Metodologia Cientfica, para apresentar e
discutir o como fazer. Porque ao fazermos uma pesquisa e construirmos conhecimento, todos
seguimos modos, caminhos consagrados pela experincia de todos os que nos antecederam.
So mtodos que j mostraram seu valor, sua fecundidade na resoluo de problemas. Alm
disso, a crtica e a avaliao sempre esto presentes, por isso muitos mtodos e procedimentosforam abandonados e substitudos por outros melhores.
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Por exemplo, at pouco tempo era comum a extrao de dentes. Hoje esse
procedimento s utilizado em ltimo caso. Tudo o que for possvel fazer para recuperar um
dente feito antes de adotar um procedimento mais radical. E o mesmo poderamos dizer de
outras reas de conhecimento.
Em outras palavras, trata-se do aprendizado das diversas formas de se fazer uma
pesquisa, alcanar os resultados buscados e public-los, torn-los conhecidos, pois s assim
sero vlidos.
E aqui entramos em outro ponto: o que significa dizer que a metodologia cientfica?
Tambm nesse momento o leitor pode se adiantar e dizer que por se tratar de fazer cincia.
Em sentido geral, podemos dizer que sim. Porm h muitas formas de produo de
conhecimento que cabem nesse qualificativo de cincia. No a mesma coisa uma pesquisana rea de medicina, que na rea de astronomia e na de literatura. So mtodos muito
diferentes. Alm disso, estamos falando de metodologia cientfica. Ou seja, dos instrumentos
que iro embasar a prtica dessas e de outras reas de conhecimento.
Ento o que propriamente significa cientfico no caso da metodologia?
Segundo Umberto Eco (1977), um estudo cientfico quando atende alguns quesitos.
Em primeiro lugar, deve tratar de um objeto reconhecvel e definido de tal maneira que possa
ser reconhecido por outros. Claro que no se trata apenas de algo fsico. Quando falamos denmeros matemticos, termos de economia como a inflao , e de questes morais, no se
trata de objetos palpveis mas perfeitamente reconhecveis por qualquer pessoa.
Porm e me permito utilizar o prprio exemplo de Umberto Eco (1977, p. 21) se
me proponho a estudar centauros eu devo torn-lo identificvel. Uma possibilidade dizer em
qual literatura mitolgica estarei me baseando (neste caso, a grega); ou ento aventarei a
hiptese de que tal criatura venha existir num mundo possvel e deixar bem clara essa
condio hipottica e os limites que ela impe; agora, se pretendo afirmar que centaurosexistem, terei ento de apresentar provas cabveis dessa tese que quero defender: fsseis,
fotografias, hbitos como, por exemplo, onde e em que momento ele costuma beber gua etc.
Enfim, deverei apresentar todos os dados necessrios para que meu objeto de pesquisa possa
ser identificado por outros pesquisadores. Percebe-se ento que a ltima alternativa no
cientificamente vlida para centauros.
Um segundo quesito implica dizer do objeto de estudo algo que ainda no foi dito ou
rever sob uma tica diferente o que j se disse. Tambm cientificamente vlida, e muito til,
uma compilao das opinies e afirmaes j ditas acerca de um dado objeto de estudo.
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claro que durante o curso de graduao no se espera que o aluno diga algo
absolutamente original. Mesmo por que ele est aprendendo a estudar com mais eficincia e a
fazer pesquisa. Espera-se dele que demonstre o aprendizado das habilidades requeridas para
sua rea de estudos. Nesse sentido, no h problema em no produzir algo que seja diferente
do que j foi dito. Aos poucos, e isso deve acontecer j na graduao, o aluno ir se interessar
por uma dada rea de pesquisa e ir ento comear a produzir um conhecimento prprio.
Comear ento a estar apto para oferecer uma contribuio original.
Um terceiro quesito apresentado por Eco (1977, p. 22) afirma que a pesquisa deve ser
til aos demais, e o ser se os trabalhos cientficos posteriores sobre o mesmo tema tiverem de
lev-lo em conta.
E por fim, quarto quesito, a pesquisa deve fornecer elementos para a verificao e acontestao das hipteses apresentadas. Ou seja, devo proceder de forma a permitir que outros
continuem a pesquisa, para contest-la ou confirm-la.
Com isso esclarecemos o que significa qualificar um mtodo de cientfico. Trata-se de
caminhos rigorosos, sistematizados, ordenados com o intuito de atingir determinados fins que
dizem respeito nossa busca por conhecimentos vlidos. Deve-se, alm do rigor, tornar o
objeto de estudo reconhecvel e passvel de verificao pelos demais. Nesse sentido, so
contrrios postura cientfica conhecimentos fechados, reservados a uns poucos ditosiniciados, saberes obscuros que no possam ser divulgados, partilhados e questionados.
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2. O CONHECIMENTO
Esta palavra j apareceu diversas vezes neste texto: mtodos so caminhos buscados
para alcanar conhecimentos de forma objetiva, eficaz e eficiente. Mas e o conhecimento,
como podemos defini-lo?
A palavra conhecimento bastante conhecida. Mas como outras palavras familiares,
nem sempre temos dela uma noo mais apropriada. Tentemos ento aprofund-la.
Como os demais animais, o ser humano sabe coisas. Ao longo de sua experincia de
vida, vai adquirindo uma srie de saberes que utiliza em seu dia-a-dia, com o intuito de
garantir sua sobrevivncia e de resolver as pequenas tarefas necessrias para o seu viver.
Todo ser humano tem ento saberes, fruto da sua capacidade para conhecer. Um
lavrador adquiriu conhecimentos que o capacitam para cultivar a terra. Da mesma forma, uma
me aprendeu como cuidar de uma criana, de forma a garantir-lhe o crescimento.
Percebe-se ento que conhecimento est estreitamente relacionado com a vida, com a
garantia das condies para a existncia, seja nos seus aspectos materiais, seja em outras
questes que dizem respeito ao bem-estar. Por exemplo, tambm se aprende com a
experincia a se relacionar com os demais, qualquer que seja o nvel do relacionamento.
Logo, podemos afirmar que o conhecimento se d quando vamos alm das
experincias vividas e pensamos sobre elas, relacionamos umas com as outras e delas
extramos informaes relevantes para nossa vida, saberes de que necessitamos para viver
melhor.
Sendo assim, todos aprendemos a buscar conhecimentos e a utiliz-los conforme delesnecessitamos. A prpria busca de conhecimentos nos torna mais aptos para conhecer e para
melhor utiliz-los.
preciso destacar que esse processo de conhecimento pode se dar de forma
espontnea, como acontece em nossa vida diria, ou de forma mais organizada, como algum
que aprende um ofcio.
Mas, se alm disso, esse conhecimento for buscado de forma mais sistematizada, com
mtodos especficos e mais eficientes, com rigor cada vez maior, ento temos um tipo deconhecimento que denominamos de cientfico. O conhecimento ensinado pelas diferentes
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graduaes so formas de conhecimento cientfico, com mtodos e prticas prprias, com o
intuito de atingir os objetivos especficos de uma dada rea de conhecimento.
At aqui falamos de conhecimento em geral e de conhecimento cientfico. costume
denominar de senso comum a isso que aqui foi chamado de conhecimento geral, ou seja, essa
busca de conhecimento inerente a todo ser humano, com o objetivo de organizar e garantir sua
subsistncia.
O senso comum um tipo de conhecimento que resulta do uso espontneo da razo,
mas que tambm fruto dos sentidos, da memria, do hbito, dos desejos, da imaginao, das
crenas e tradies. Como interpretao do mundo, o senso comum nos orienta na busca do
sentido da existncia, ao mesmo tempo em que nos d condies de operar sobre ele.
Mesmo sendo racional, nem sempre o senso comum faz uso refletido da razo. Por setratar de um conjunto de concepes fragmentadas, muitas vezes incoerentes, condiciona a
aceitao mecnica e passiva de valores no-questionados e se impe sem crticas ao grupo
social. s vezes se torna fonte de preconceitos, quando desconsidera opinies divergentes.
Porm no deve ser visto como algo desqualificado de valor. um erro sobreestimar o
conhecimento cientfico em detrimento do chamado senso comum. Qualquer pessoa que vai a
uma feira fazer compras possui conhecimentos e habilidades que a capacitam para analisar e
selecionar os produtos, bem como para fazer contas e escolher o que vai levar e o que vaideixar de comprar.
O que acontece que o conhecimento cientfico busca mtodos e sistematicidade que
superem dificuldades e preconceitos na busca de conhecimentos objetivamente vlidos. Nem
sempre no dia-a-dia fazemos isso. Ao contrrio, na maioria das vezes o conhecimento
cotidiano se d de forma espontnea, sem o rigor e o controle que se busca na produo de
conhecimentos cientficos. Pode-se afirmar ento que o conhecimento cientfico vai alm do
senso comum e o acomoda s suas investigaes.
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3. A CINCIA
O que hoje se conhece com o trabalho das diferentes cincias fruto dos esforos de
vrios pensadores ao longo da histria da humanidade. Se lanarmos um olhar para o passado,
veremos que na antiguidade os seres humanos eram marcados pelas diferentes experincias
religiosas. No que isso no ocorra agora, mas era uma experincia que extrapolava o mbito
das necessidades subjetivas, determinando as formas de relao e organizao social. Isso
ainda acontece hoje, mas de um modo menos marcante, dada a pluralidade cultural em que
vivemos hoje.
No passado, as religies determinavam a forma como eram compreendidos os
fenmenos da vida. Nesse sentido, eram oferecidas explicaes para o porqu dos
acontecimentos e at mesmo acerca da origem do ser humano e do prprio universo.
Em seguida, o ser humano, por uma srie de motivos que no cabe aqui discutir,
passou a fundamentar-se mais na sua capacidade racional de compreenso do que nas suas
crenas. Num primeiro momento conciliando conhecimentos racionais e os oriundos de suas
crenas religiosas e, depois, pautando-se cada vez mais pelas respostas que conseguia obter
apenas pelo uso de suas faculdades racionais.
Mesmo assim, as primeiras respostas que conseguiu elaborar eram ainda muito
pautadas pelas questes de origem religiosa. S depois foi focando-se em questes e
problemas que traziam a caracterstica de serem investigados empiricamente.
Dessa forma, se no incio buscava-se a essncia do ser humano, depois essa questo
passou a ser vista como metafsica. Ou seja, especulaes que no encontram seu fundamentona experincia sensvel, no que nossos rgos dos sentidos podem comprovar empiricamente.
E esse o paradigma que ainda hoje fundamenta a prtica cientfica.
Auguste Comte, grande pensador do Sculo XIX, ao discutir essas questes props
uma curiosa interpretao do desenvolvimento da racionalidade humana. Pode parecer um
tanto simplista, mas muito influenciou o modo de ver de vrias geraes de entusiastas da
cincia e ainda o faz at hoje.
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Para fundamentar seu pensamento, Comte (MORA, 2001, p. 609) prope que se pode
entender a histria da humanidade como dividida em trs estgios ou estados: o estado
religioso, o metafsico e o positivo.
Comte os compara s fases pelas quais passa o ser humano. Na primeira fase da nossa
vida somos marcados pela religio, acreditamos em deus e pautamos nossa conduta por aquilo
que nos ensina a doutrina religiosa. Na adolescncia e juventude passamos a acreditar em
formas ocultas e/ou de energias, essncias do mundo e foras metafsicas que interfeririam na
realidade das coisas. E por fim, na idade adulta, passamos a crer apenas naquilo que vemos e
tocamos e j no estamos to dispostos a prestar nossa adeso a qualquer doutrina que se
coloque como verdadeira. Precisamos avaliar sua relevncia.
Da mesma forma, a humanidade passou tambm por essas trs fases. No estadoreligioso, predominaram instituies e formas de organizao e explicao religiosas. Em
seguida a humanidade passou para o estado metafsico, em que as explicaes religiosas
foram substitudas por explicaes racionais que se propunham buscar a essncia das coisas,
baseando-se em foras e/ou elementos invisveis que responderiam pela ordem de tudo que
existe.
Por fim, a humanidade teria atingido um estado maior de maturidade e entrado na fase
do estado positivo. Positivo pode-se ser entendido como o que no admite dvidas, o que se baseia em fatos e na experincia, algo afirmativo, decisivo, certo, real. Com isso a
humanidade teria atingido o ponto mais alto de sua capacidade de conhecer, por ter chegado
ao desenvolvimento do conhecimento cientfico que o sculo XIX conheceu. Todas as outras
especulaes religiosas e filosficas, Comte as viu como um estgio anterior de
desenvolvimento, uma fase necessria para que a humanidade pudesse crescer na sua busca
por conhecimento.
Concordando ou no com Comte, essa viso predominou na histria do conhecimentoe deu origem distino entre cincias humanas e cincias naturais, sendo estas as dotadas de
maior objetividade e validade. Isso j foi bastante questionado e discutido mas sua influncia,
s vezes, ainda se faz notar. No caso do Brasil, apenas por curiosidade, a influncia do
Positivismo de Comte foi to grande no final do sculo XIX, cujos adeptos participaram
intensamente da Proclamao da Repblica, que o lema positivista foi estampado na bandeira
brasileira: ordem e progresso.
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4. A PESQUISA
Mas tudo isso que at agora foi discutido diz respeito a uma nica atividade: a
pesquisa. Pesquisa todos fazemos sempre que temos uma problema para resolver: seja uma
pesquisa de preo, entender os porqus de determinada situao, os sintomas de uma doena,
o fim de um relacionamento e por que o arroz saiu grudado. Ou seja, do mais banal ao mais
importante.
Trata-se daquela investigao que empreendemos em busca de uma resposta, de uma
compreenso que nos traga luz, conforto, controle... Enfim, nos possibilite tomar decises de
forma mais segura.
Em cincia fundamental! Algo que costuma passar despercebido que atribumos
demasiada confiana ao que as cincias so capazes de nos ensinar. A tal ponto que
extrapolamos o que os mtodos cientficos podem nos oferecer quanto a certezas e garantias.
Mas como assim? No h garantias ou confiabilidade no que o conhecimento cientfico pode
produzir? Bem, a questo mais complexa. O que acontece que se atribui cincia algo que
no lhe cabe.
Depois de termos abandonado as respostas religiosas e filosficas de explicao do
mundo, nos agarramos cincia como a nica capaz de nos ajudar a resolver nossos
problemas de sade, de relacionamento, de organizao social, de relao com a natureza etc.
E fizemos isso de tal modo que deixamos a verdade religiosa mas em seu lugar
colocamos a verdade cientfica. E o fizemos de forma to dogmtica que passamos a nos
apoiar religiosamente no conhecimento cientfico. Resultado disso aquela famosa pergunta:isso cientfico? Se a resposta for afirmativa, ento nos tranqilizamos, ficamos confiantes e
seguros.
Isso corresponde ao que a cincia? Ou ser que corresponde mais ao modelo de
colocar algum num programa de televiso, ou numa revista, para opinar cientificamente
sobre alguma coisa, como se fosse um sacerdote transmitindo a verdade de um deus?
Parece-me que a cincia no bem isso!
A cincia tem um mtodo rigoroso e sistemtico que lhe garante confiabilidade, pois algo que pode ser controlado, repetido, questionado, revisado e, se no houver contradies,
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confirmado. Mas dvidas o que no falta nas discusses da cincia. Dogmas no fazem
parte do mtodo cientfico.
Tanto assim que constantemente estamos revendo o que j sabemos. Se o
conhecimento cientfico fosse dogmtico, no seria mais preciso fazer pesquisas. preciso
ento rever o conceito de verdade na cincia.
Quando se encontra uma verdade na cincia, isso significa que uma dada concepo de
mundo, ou seja, uma teoria, foi confirmada empiricamente. Mas isso no significa que essa
teoria provou que o mundo seja assim ou assado. No podemos saber de como as coisas so
exatamente. S podemos discuti-las a partir dos parmetros de nossa capacidade racional.
Quando uma teoria cientfica testada e comprovada empiricamente, significa que se
as coisas no forem exatamente daquele jeito, devem ser de uma forma muito prxima, umavez que os experimentos deram certo.
Bom, se o conceito de verdade da cincia no pode ser entendido de forma absoluta, se
os testes empricos no provam que o mundo seja de uma dada maneira, o que se prope
ento com o trabalho cientfico?
A cincia de fato no pretende provar que as coisas sejam da forma como
cientificamente afirmamos. Fosse assim e ento encerraramos as pesquisas e no reveramos
constantemente o que j sabemos em busca de modelos tericos melhores. Muito do que j foichamado de cincia, hoje no assim considerado. Alm de que muitos procedimentos
adotados no passado foram abandonados por outros melhores. Devemos ento ser muito mais
modestos quanto nossa capacidade para conhecer. Temos muito mais dvidas que certezas.
Porm, apesar desses limites, muito pode ser feito e o fazemos.
O objetivo da cincia o de melhorar a posio em que nos encontramos no mundo
onde vivemos. E para isso, buscamos meios eficazes para tentar controlar os acontecimentos e
prev-los, para disso retirar proveito em favor do nosso conforto e melhor sobrevivncia.Dessa forma, as teorias e leis cientficas, se no provam que o mundo tenha esta ou
aquela estrutura, permitem que se faam explicaes e previses ainda que com toda a
provisoriedade que lhes inerente.
Muito bem! Mas o que se pretende dizer com todo esse discurso? Pretende-se
ressaltar, valorizar, destacar o valor das pesquisas cientficas. Esse o sentido de todo esse
texto e do trabalho dessa disciplina.
Em uma graduao no se formam profissionais apenas para reproduzir um
conhecimento que repassado mecanicamente. Deve-se formar tambm o pesquisador, aquele
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que deve questionar sua prpria prtica e os conhecimentos adquiridos em busca de outros
melhores e mais eficazes.
Nesse sentido, a pesquisa fundamental! Logo, esta disciplina no visa apenas ensinar
meros instrumentos a serem repetidos pelos graduandos. Muito mais que isso, visa formar
aqueles que continuaro a produzir conhecimento em sua rea especfica de atuao.
Esse todo o sentido, essa a beleza do que fazemos!
Lamentvel considerar esses e outros conhecimentos como mais uma obrigao a
cumprir em busca de um diploma. O que fazer com um diploma num mundo em que se exige
conhecimento?
Antes, devem ser vistos como instrumentos eficazes para resolver problemas,
aumentar nossa capacidade de conhecer e melhorar nossa condio de vida, para ajudarpessoas a terem qualidade de vida, para nos ajudar a ter uma melhor relao com os demais
seres vivos e com o planeta.
Sendo assim, ainda mais lamentvel com o intuito de cumprir uma obrigao
escolar, a atitude de apenas copiar um trabalho feito por outra pessoa. Alm da falsidade
ideolgica, engana-se a si mesmo por no ter o domnio de um saber que lhe ser exigido a
todo momento.
Apesar de esse discurso soar moralizante, seu objetivo o de despertar para o prazerda descoberta, da construo de conhecimento, para a aquisio daquilo que nunca ser tirado:
o saber.
Feitas essas consideraes, que pretenderam situar e fundamentar a importncia do
estudo dos mtodos para a produo do conhecimento, passemos ento parte prtica,
descrio dos mtodos que propiciam atingir os objetivos buscados nas diferentes reas do
conhecimento.
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5. CLASSIFICAO DA PESQUISA
5.1 PESQUISA PRELIMINAR
Toda pesquisa tem como ponto de partida o conhecimento e a identificao doselementos que compem a problemtica a ser esclarecida.
Mas todo pesquisador encontra dificuldades na formulao de hipteses de trabalho. Por isso a necessidade de uma pesquisa preliminar como ponto de partida para a
definio do problema, das hipteses e do roteiro da pesquisa.
preciso ainda conhecer disponibilidade de recursos: tempo, recursos financeiros,acessibilidade s informaes, recursos tcnicos e tecnolgicos.
5.2 PESQUISA TERICA
O objetivo desenvolver novas teorias, novos modelos ou estabelecer novas hiptesesde trabalho.
No tem por objetivo uma utilidade prtica dos resultados, mas o enriquecimento doconhecimento cientfico.
O embasamento terico fundamental para o desenvolvimento de qualquer tipo depesquisa.
O trabalho de Darwin, acerca da origem das espcies, um bom exemplo de pesquisaterica que contribuiu para a evoluo de novas idias.
5.3 PESQUISA APLICADA
A maioria das pesquisas feita a partir de objetivos que visam a sua utilizao prtica,por causa da gama de interesses que envolve principalmente interesses econmicos.
Valem-se das contribuies de teorias e leis j existentes.
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So definidas como aplicadas por seu objetivo ser mais imediatista, pela pressa, porexemplo, do retorno dos recursos aplicados.
Por exemplo: to importante quanto o conforto que um carro oferece, o nmero dequilmetros que ele percorre com um litro de combustvel.
5.4 PESQUISA DE CAMPO
Tem como base observar os fatos tal como ocorrem. necessria uma pesquisa preliminar de outros trabalhos e publicaes para que se
possa acrescentar algo ao que j se conhece. Por exemplo: para conhecer os efeitos da distribuio de renda sobre a criminalidade,
preciso conhecer os dados e estabelecer uma correlao entre as variveis.
5.5 FASES DA PESQUISA
Antes de iniciar qualquer pesquisa, necessrio conhecer o estgio em que se encontrao assunto a ser trabalhado.
atravs da pesquisa bibliogrfica que se pode obter tais informaes. Como no possvel trabalhar com todo o universo a ser estudado, necessrio
determinar cientificamente a amostra a partir da qual sero tiradas as concluses.
Definida a amostra, cabe ao pesquisador estabelecer os critrios da coleta e do registrodas informaes, com o objetivo de tirar as devidas concluses.
5.6 COLETA DE DADOS
Tendo em vista a pesquisa a ser realizada, as informaes podem ser obtidas devariadas formas, segundo o critrio ideal a ser estabelecido pelo pesquisador.
Exemplos: entrevista, questionrio, formulrio. Mas preciso estar atento aos limites,implicaes e dificuldades que cada estratgia apresenta.
Por isso, antes de aplicar qualquer forma de coleta de dados, preciso estudo,planejamento, questionamento e preparao adequada.
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6. ANTEPROJETO DE PESQUISA
Um anteprojeto de pesquisa se caracteriza como uma elaborao prvia de um projeto
a ser desenvolvido. Trata-se de um texto que possui carter provisrio, que assim se
caracteriza por permitir alteraes no seu processo de reelaborao. Sua importncia se deve a
que nem sempre fcil determinar com bastante clareza, logo de incio, o que e como se
pretende investigar.
O anteprojeto serve ento como uma primeira verso e se constitui em ponto de
partida para discusso entre os pares. No caso de uma graduao, entre o professor orientador
da pesquisa e o aluno.
redigido aps um conhecimento prvio do assunto, adquirido por meio de leituras
com base em uma bibliografia selecionada. Essa atividade de elaborao do anteprojeto
colabora para o exerccio do caminho da investigao: reflexo, delimitao e tomada de
deciso.
Para sua elaborao, um anteprojeto deve apresentar alguns dos elementos bsicos de
um projeto de pesquisa:
introduo com sntese do referencial terico embasada na literatura formulao do problema objetivos hipteses quando houver.
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7. PROJETO DE PESQUISA
O Projeto de Pesquisa o meio utilizado para se comunicar ou explicitar os caminhos
de uma pesquisa a ser desenvolvida. No possvel pesquisar sem antes projetar. Ou seja, o
que transforma uma investigao em cincia exatamente o seu carter de planejamento, de
orientao, de reflexo e sistematizao considerando uma base terica.
A importncia do projeto de pesquisa est em evitar imprevistos e em garantir a
objetividade necessria. Para tanto, preciso explicitar os passos a serem seguidos e o que se
pretende alcanar com tal pesquisa.
Um Projeto de pesquisa tem as seguintes funes:
Define e planeja para o orientando o caminho a ser seguido, as etapas e estratgias. Facilita a discusso do projeto em seminrios. Facilita o trabalho de orientao: possibilidades, perspectivas, desvios. Subsidia discusso e avaliao da pesquisa. Base para solicitao de recursos financeiros. Base para avaliao e seleo em programas de ps-graduao.
7.1 PARTES DO PROJETO DE PESQUISA
preciso esclarecer que a ordem de apresentao dos elementos, exposta a seguir,
pode variar segundo as diferentes reas de estudo e mesmo instituies. Por exemplo, hmodelos de projetos que no inserem a formulao do problema na introduo como o faz a
proposta aqui apresentada. Nada disso apresenta maior dificuldade. O importante que esses
diversos elementos, necessrios para a compreenso da pesquisa a ser empreendida, estejam
bem delimitados e explicitados.
Ttulo
Indica e sintetiza o contedo a ser trabalhado. Pode ser:
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- geral: indica de forma genrica o teor do trabalho- tcnico: como um subttulo que especifica a temtica
Introduo
Tem a funo de introduzir o leitor no assunto. Deve explicitar os pressupostos
tericos, descrevendo o que conhecido sobre o tema e quais as questes j respondidas por
outras pesquisas. O referencial terico tem ainda a funo de fornecer subsdios para a
problematizao do tema. Deve-se esclarecer que o conhecimento acumulado no suficiente
para a soluo do problema em foco.
o momento da caracterizao e delimitao do tema e do problema. Diante de um
tema mais geral, necessrio realizar escolhas, fazer um recorte e selecionar um aspecto, umdado da questo para realizar o estudo de aprofundamento: o problema da pesquisa. Trata-se
da pergunta a ser respondida, da razo de ser do trabalho.
Aps a indicao dos pressupostos tericos, definio e delimitao do tema e
formulao do problema de pesquisa, este dever ser enunciado de forma interrogativa. A
pergunta deve ser clara e objetiva, indicando os aspectos e/ou variveis a serem trabalhados.
Nesse sentido, em relao ao tema e ao problema, preciso estar atento aos seguintes
aspectos: caracterizao, de maneira mais desdobrada, do contedo da problemtica a pesquisar; Definio dos vrios aspectos da dificuldade a ser estudada; esclarecimento dos limites da pesquisa e do raciocnio demonstrativo (delimitao do
tema e do problema);
dar-se conta de que quanto mais abrangente for, menor a profundidade; ter gosto do assunto a ser desenvolvido fundamental, mas tambm no esquecer as
condies para execut-lo em termos de tempo, acesso a informaes e recursos; pode-se inserir apresentao que indique a gnese do problema (como o autor chegou
a ele), como tambm a explicitao dos motivos mais relevantes que conduziram a
essa abordagem;
pode-se fazer contraposio com trabalhos que j versaram sobre o mesmo problema.
Justificativa
Trata-se do porqu, da importncia de se realizar a pesquisa. Deve abranger os
seguintes aspectos:
razo da escolha;
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relevncia do estudo; significao social; contribuio para o crescimento e aperfeioamento da rea; ressaltar a importncia da pesquisa num contexto mais amplo; contexto tambm pode justificar pesquisa que contenha abrangncia mais restrita. Ex.
de professor que trabalha com comunidades no serto do Nordeste.
Formulao de hipteses
So formuladas principalmente para projetos de pesquisa das cincias naturais e da
sade. As hipteses so formulaes de solues provisrias a respeito de determinado
problema em estudo. Portanto, so formulaes que sero confirmadas ou no, considerando apesquisa feita. A hiptese deve ser enunciada de forma clara, indicando a relao entre as
variveis que deram origem ao problema de pesquisa. Deve, tambm, ser formulada com
fundamento em conhecimento terico e raciocnio lgico, sendo, por isso,
denominada hiptese cientfica. Faz-se necessrio atentar para o fato de que existem hipteses
de partida (as iniciais) e as de chegada (finais); e cuidar para que, na tentativa de
demonstrar as hipteses, o trabalho no fique tendencioso.
Em suma, ter em conta que: so proposies provisrias para a soluo do problema; em funo das hipteses estabelecidas que se estrutura todo o caminho a ser
percorrido;
hiptese poder no se confirmar no decorrer da pesquisa, de a a importncia daperseverana do cientista na busca da verdade;
pode haver hiptese geral (idia central que se prope demonstrar) e hiptesesparticulares (complementares);
no confundir hiptese geral com pressuposto, que uma evidncia prvia (o que jest demonstrado como ponto de partida).
Objetivos
Os objetivos devem ser centrados na busca de respostas para as questes relevantes,
identificadas no problema de pesquisa e que ainda no foram respondidas por outras
pesquisas. Devem ser bem definidos, claros e realistas, mantendo coerncia com o problema
que deu origem ao projeto.
Os objetivos podem ser:
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gerais: indicar propsitos mais gerais, relacionando a importncia do trabalho com odesenvolvimento do conhecimento em geral.
especficos: no mbito da idia e dos objetivos gerais, ressaltar as idias especificas aserem desenvolvida. Nesse sentido, a amplitude dos objetivos gerais tem sua
delimitao definida, indicando sua profundidade. Definem, ainda, as etapas que
devem ser cumpridas para alcanar o objetivo geral, aes que devem ser
desenvolvidas.
Procedimentos metodolgicos
Deve-se apresentar o tipo de pesquisa quanto natureza, aos objetivos, aos
procedimentos e ao(s) objeto(s). Neste ltimo caso, explicitar se a pesquisa confirma-se comode campo, bibliogrfica ou laboratorial. Deve-se informar a respeito dos mtodos de
procedimento, de abordagem e das tcnicas utilizadas.
preciso apresentar quais procedimentos sero empregados na busca das respostas s
indagaes formuladas. Para tanto, conforme os tipos de pesquisa, deve-se apresentar uma
definio da amostra e quais tcnicas sero utilizadas na coleta de dados (entrevista,
observao, formulrio, consulta a arquivos e outros).
De forma esquemtica, no esquecer que: Trata-se do como? com qu? onde? quando? quanto? mtodo o caminho a ser percorrido pra se atingir os objetivos propostos; existem mtodos gerais, aplicados a todo tipo de pesquisa, e especficos de cada rea
de trabalho;
em coerncia com o tema, os objetivos, o problema e a hiptese, ser definido o tipode pesquisa: terica, emprica, histrica etc;
no confundir mtodo, que so procedimentos mais amplos de raciocnio, comtcnicas, que so procedimentos mais restritos que operacionalizam o mtodo com
auxlio de instrumentos adequados. Exemplo: pesquisa de campo e entrevista com
questionrio.
Referncias:
Textos fundamentais em que se aborda a problemtica em questo. As referncias do projeto sero enriquecidas durante a pesquisa.
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Plano de Trabalho
O projeto deve apresentar um plano de trabalho contendo, de forma sucinta e objetiva,
as principais etapas (atividades) a serem desenvolvidas durante sua execuo em funo do
tempo (ms, semana). Deve, tambm, compatibilizar as etapas com a metodologia a ser
aplicada no desenvolvimento do projeto.
Oramento
Este item estar presente nos projetos que pleiteiam financiamento para sua realizao. Deve
prever: gastos com pessoal, material de consumo, material permanente entre outros.
Observaes So includos anexos e apndices, se for o caso. O projeto pode ser alterado no decorrer da pesquisa, como conseqncia do
aprofundamento, desde que devidamente justificado.
No confundir projeto de pesquisa com plano de trabalho da monografia um no temnecessariamente de espelhar o outro.
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8. NOES DE TEXTUALIDADE
Texto uma palavra bastante e conhecida. Seu sentido etimolgico muito
interessante: vem de tessitura, de tecido. Como os fios entrelaados que compem um tecido,
assim o texto: um entrelaamento de idias, sentimentos, repertrios culturais, contextos e
intencionalidades. Uma tessitura tal que produz muitos e variados significados.
Nesse sentido, a palavra texto mais abrangente do que um documento escrito ou oral.
Entendido dessa forma, toda tessitura que transmite um significado um texto para quem o
sabe ler.
Um sinal de trnsito, um som, um aviso na parede, um gesto, um olhar, um silncio...
Dependendo do contexto, todos esses sinais podem ser um texto para algum. Mas se no
puder entender os sinais, ento no haver texto. Logo o texto est no entrelaamento entre os
sinais e o meu repertrio, que pode me capacitar ou mesmo atrapalhar a compreenso dos
sentidos dos textos que esto minha volta.
Portanto, para ler um texto preciso saber: saber a lngua, linguagem, ter
conhecimentos que capacitem para tanto. Por exemplo, o problema das bulas dos
medicamentos, escritas para quem conhecimento mdico-farmacutico. A maioria das pessoas
no consegue entender a linguagem em que so escritas.
Logo, Leitura aqui entendida como meio de conhecimento e de iniciao ao
pensamento, como produo textual, porque s possvel pensar o que se conhece. Ler um
texto repens-lo e repensar pensar. Todos fazemos isso muitas vezes com os textos do
nosso cotidiano.Mas no campo da pesquisa cientfica, somos treinados para ler com muito mais rigor,
preciso e eficcia, os textos que fazem parte da nossa rea de atuao. A leitura cientfica
uma leitura aprofundada que implica anlise, explicao, explicitao, comentrio e
interpretao de idias. Tais conceitos so definidos e ilustrados a seguir.
Anlise
a decomposio dos vrios nveis de pensamento que constituam sentido. Analisar examinar parte por parte de um todo. A anlise se ope sntese, que supe a conjugao do
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que estava separado. A compreenso das partes constituintes de um texto o primeiro passo
rumo desmontagem dos seus vrios planos expressivos e dos diversos elementos que o
compem.
Ao analisar um problema financeiro, uma conta de telefone muito alta, por exemplo,
decompomos todas as possibilidades e elementos implicados nessa situao, com o intuito de
saber como agir para que o valor dessa despesa seja compatvel com o oramento de que se
dispe.
Explicao
enunciar o que h num texto: desdobrar, mostrar o que est exposto, pressuposto,
implicado, subentendido, suas articulaes, os termos-chave. Envolve momentos deexplicitaoque revelao, desvendamento do conhecimento: traduzir o que no texto est
apresentado de forma simblica ou implcita.
Quando um professor solicita a um aluno, ou a um grupo de alunos, que d uma aula
sobre determinado assunto, est pedindo que faa uma explicao: que diga tudo o que est
enunciado, implicado, implcito no tema a ser abordado.
Para fazer esse trabalho de explicao e explicitao de determinado tema ou
problema, preciso um bom trabalho de anlise que propicie uma adequada compreenso, para que seja capaz de fazer uma exposio. Trocando em midos, no se pode falar ou
escrever do que no se sabe.
Interpretao
a busca da sntese ou da reintegrao das partes no todo. A interpretao encontra-se
intimamente vinculada ao ponto de vista, que varia segundo variam os interesses e os
contextos formativos, culturais, geogrficos etc. Com isso, um determinado texto podeproduzir uma multiplicidade de interpretaes.
Para dar um exemplo cultural, considere como so interpretados os diferentes papis
sociais ocupados por mulheres, segundo as diferentes culturas. E at no interior de uma
mesma cultura, como a nossa. Como no caso do aborto, que tratado como um problema de
mulher. Nem no campo jurdico, nas leis, aparece a responsabilidade do homem que
contribuiu para a situao de gravidez.
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Comentrio
um dilogo com o texto, procurando situ-lo em relao ao autor e sua obra ou
contribuio. No comentrio, so introduzidos acrscimos exteriores ao texto, buscando
estabelecer juzos de valor acerca da sua produo.
Para dar um exemplo muito simples, considere os comentrios de ambas torcidas
acerca de um lance de futebol, que nem precisa ser muito polmico. Como se percebe, o
comentrio est intrinsecamente relacionado interpretao, ao ponto de vista de quem o
profere.
Ao serem considerados todos esses procedimentos na leitura de um texto, na anlise de
um fato, de uma situao profissional etc., esta produzir o(s) sentido(s) em nome do(s)qual(quais) tudo isso realizado. A produo de sentido no encerra o texto. Todo o
contrrio. Deixa em aberto suas possibilidades.
Todos esses procedimentos fazem parte do trabalho cientfico. Ora so requisitados
um ou outro, separadamente, ora todos so exigidos por alguma atividade complexa, como o
caso da monografia. Numa monografia, h momentos que explicamos e explicitamos, em
outros interpretamos o sentido de algo e fazemos comentrios, avaliando aquilo acerca de que
estamos discorrendo. Por isso, todas essas habilidades necessitam ser desenvolvidas ao longoda formao profissional.
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9. CONCEITUAO DE TRABALHOS MONOGRFICOS
Definio
O trabalho monogrfico um documento escrito que visa aferio do trabalho
escolar em uma ou mais disciplinas, solicitado e orientado por professor(es) de uma ou mais
disciplinas. Segundo o grau de complexidade envolvido, tais trabalhos so classificados
como:
Trabalho de Concluso de Curso: resultado de um estudo visando concluso deum Curso de Graduao.
Monografia: resultado de um estudo visando obteno do ttulo de Especialista. Dissertao: documento escrito visando obteno do ttulo de Mestre, que
representa o resultado de um trabalho experimental, de tema nico, com o objetivo de
reunir, analisar e interpretar informaes ou a exposio de um estudo cientifico
retrospectivo (trabalho de reviso de literatura). Deve evidenciar o conhecimento de
literatura existente sobre o assunto e a capacidade de sistematizao do candidato.
Tese: documento escrito visando obteno do ttulo de Doutor, que representa umestudo cientfico de tema nico, bem delimitado e original. Deve ser elaborado com
base em investigao original, constituindo-se em real contribuio para a
especialidade em questo.
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10. PRODUO DO TRABALHO MONOGRFICO
10.1 DETERMINAO DO TEMA-PROBLEMA DO TRABALHO
Em primeiro lugar preciso delimitar com preciso o tema: no o mesmo tratar da
liberdade em geral e da liberdade psicolgica ou poltica. Trata-se da perspectiva do tema.
Para trabalhos com finalidade didtica, escolher temas j abordados por outros, para que haja
obras a respeito nas quais pesquisar.
A delimitao do tema a maior dificuldade apresentada pelos estudantes. A tentao
fazer uma tese panormica e dizer muita coisa. Por exemplo, a literatura hoje; a literatura
brasileira do ps-guerra aos anos 60. Umberto Eco (1977, p. 07) discute bem essa questo e
apresenta algumas indicaes acerca de como superar essa dificuldade:
tese panormica no pode fazer anlises crticas que soam como presuno. Taisanlises supem muito trabalho e delimitao;
com tese panormica, o pesquisador expe-se a muitas contestaes, como omissesde temas e autores;
se for bem preciso, o pesquisador ter um material bem conhecido e ignorado pelosexaminadores: torna-se um experto nesse assunto;
monografia pode ser tambm a abordagem de um tema e no apenas de um autor.Neste caso, analisam-se alguns autores do ponto de pista de um tema especfico: ex. o
mundo s avessas nos poetas carolngios;
tratar de um tema especificamente monogrfico no significa fazer algo aborrecido, preciso ter em conta o panorama em que est inserido e estud-lo;
mas o panorama pano de fundo, no se pode confundir as relaes: uma coisa pintar o retrato de um cavalheiro sobre o fundo de um campo, e outra coisa pintar
campos e regatos: alteram-se tcnicas, focos, perspectivas;
quanto mais se restringe, melhor e com mais segurana se trabalha.A perspectiva atravs da qual se aborda um tema completada com o problema: qual
questo vai ser discutida ou para a qual solues sero buscadas. Colocao do problema em
relao ao tema desencadeia formulao da hiptese geral a ser comprovada. E, de acordo
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com a perspectiva adotada, especifica o mtodo a ser utilizado. Quando o autor se define por
uma soluo a ser demonstrada no curso do trabalho, pode-se ento falar de tese a ser
demonstrada pelo raciocnio.
O trabalho deve:
Demonstrar uma nica idia Defender uma nica tese Assumir uma nica posio frente ao problema especfico: o seu ponto de vista, sua
tese.
Normalmente uma atividade de pesquisa perpassa trs fases de amadurecimento, que
so concomitantes nas vrias etapas do trabalho:
1. momento da intuio, da descoberta, da formulao de hipteses;
2. momento da pesquisa:
confrontar primeiras intuies cotejar com outras posies rever posies iniciais;
3. momento de amadurecimento da primeira posio:
abandonam-se algumas idias acrescentam-se outras reformulam-se alguns problemas domnio de uma posio definitiva.
10.2 LEVANTAMENTO BIBLIOGRFICO
Trata-se da pesquisa em busca da documentao existente sobre o assunto. Coloca-seem ao uma srie de procedimentos para localizao e busca metdica de documentos que
possam interessar ao tema discutido, que dependem da natureza do tema a ser estudado.
So feitas consultas em:
catlogos boletins especializados enciclopdias e dicionrios especializados monografias e tratados sobre o assunto textos didticos
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peridicos impressos e on-line bases de dados
10.3 LEITURA E DOCUMENTAO
Plano provisrio do trabalho
um roteiro do trabalho a ser realizado, uma primeira estruturao baseada em idias
gerais que se tem do tema:
uma idia diretriz (linhas gerais, colunas mestras), sem a qual o trabalho se perdenuma superficialidade.
so idias percebidas intuitivamente pelo aluno, fruto da sugesto do prprio problemae de estudos anteriores.
Trata-se de um roteiro provisrio, pois o plano definitivo s ser estabelecido no finalda pesquisa.
Leitura
Realizar uma primeira triagem para ver o que realmente ser lido e interessante para apesquisa.
Para tanto:- recorrer a resenhas das obras- opinio de especialistas- tomar contato com a obra:
sumrio
prefcio introduopassagens do texto.
Critrios para a leitura:- atualidade: dos textos mais recentes para os mais antigos as obras recentes
retomam contribuies do passado, vindo a dispensar algumas leituras. Porm,
os clssicos so indispensveis;
- generalidade: das obras mais gerais (enciclopdias, dicionrios, tratados) paraas monografias especializadas e artigos cientficos.
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No uma mera leitura analtica de toda obra, nem reconstituir raciocnio analtico doautor.
Ser feita tendo em vista o aproveitamento direto apenas dos elementos que sirvampara a pesquisa.
s vezes, necessrio leitura de todo o texto, mesmo assim no se deve perder a idiamestra que direciona o trabalho.
Documentao
Tomar nota de todos os elementos que sero utilizados na elaborao do trabalho. Usar citao livre (indireta) e textual (direta), indicando a fonte. Documentar as idias pessoais que forem surgindo durante a leitura para no se
perderem.
Elaborar fichas, arquivos de documentao ou outra forma de anotao das idias queiro compor o trabalho.
10.4 A CONSTRUO LGICA DO TRABALHO DISSERTATIVO
Coordenao inteligente das idias conforme as exigncias de sistematizao. Pode ocorrer reformulao do roteiro provisrio. A ordem lgica do trabalho dissertativo pode no coincidir com a ordem da
descoberta: no se pode perder de vista a finalidade de comunicar ao leitor, que no
precisa passar por todos os percalos vividos pesquisador durante sua atividade de
pesquisa.
Deve formar uma unidade, com sentido intrnseco, autnomo, para que o leitor queno participou da pesquisa possa apreend-la.
Portanto as partes do trabalho pargrafos, captulos etc. devem ter seqncia lgicarigorosa.
No basta que proposies tenham sentido em si mesmas: necessrio que o sentidoesteja logicamente inserido no contexto do discurso e da redao.
Da as trs partes da estrutura formal do trabalho: introduo, desenvolvimento econcluso.
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10.5 A REDAO DO TRABALHO
A linguagem do texto
Ter estilo sbrio e preciso. Adjetivos suprfluos, rodeios e repeties ou explicaesinteis devem ser evitadas
Tambm deve ser evitada a forma excessivamente compacta, que pode prejudicar acompreenso do texto.
O que importa a clareza, mais que outras caractersticas estilsticas. Usar a terceira pessoa do singular. Usar terminologia tcnica na medida do necessrio. Evite-se pomposidade pretensiosa, verbalismo vazio, frmulas feitas e linguagem
sentimental.
No cabe linguagem comum, expresses corriqueiras e grias. Infelizmente comumdeparar com o uso de expresses e frmulas da oralidade em trabalhos que requerem
frmulas prprias da linguagem e escrita e formal.
Quanto ao estilo, depende da natureza do raciocnio e das reas do saber.
Os pargrafos Parte do texto que tem por finalidade expressar as etapas do raciocnio. Seqncia, tamanho e complexidade dependem da natureza do raciocnio. Reproduz a estrutura do texto: apresenta uma introduo, um corpo e uma concluso. Como determina a articulao do texto, tendo em vista a construo lgica do
trabalho, so iniciados por conjunes que indicam as formas de passar de uma etapa
lgica outra. So os conectivos e devem ser muito bem trabalhados.
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11. ELEMENTOS E ESTRUTURA DE TRABALHO DE CONCLUSODE CURSO, MONOGRAFIA, DISSERTAO E TESE
Para compor a apresentao e redao dos trabalhos monogrficos h uma srie de
elementos j consagrados pela prtica acadmica.
Existem elementos que so obrigatrios e outros que podem constar conforme o
desenvolvimento do trabalho. A tabela abaixo apresenta todos os itens que compem o
trabalho acadmico, inclusive na ordem em que devem ser apresentados.
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11.1 - ELEMENTOS PR-TEXTUAIS
11.1.1 Capa
A capa um elemento obrigatrio. Deve conter as informaes seguintes, na mesmaordem (cf. ANEXO A):
a- nome da instituio (opcional)
b- o nome do autor deve ser colocado no alto da pgina;
c- o ttulo e o subttulo (este se houver) ficam no centro da folha;
d- o nmero do volume, se houver mais de um, tambm precisa ser colocado;
e- o nome da cidade em que se situa a instituio a qual o trabalho est vinculado;
f- e o ano de entrega.O nome do autor, colocado no alto da pgina, significa que ele o responsvel
intelectual pelo trabalho. Por isso, no se justifica colocar o nome da instituio nessa posio
em trabalhos, cuja responsabilidade intelectual e direitos autorais no so dela.
11.1.2 Lombada
Lombada a parte que rene as margens internas do lado esquerdo, mantendo-as
juntas quer por cola, costura ou grampos, formando um caderno. Ela constitui um elementoopcional, pois quando as folhas se renem por espiral ou em nmero bastante reduzido, por
exemplo, a juno das mesmas no forma lombada.
A lombada de trabalhos acadmicos deve trazer o nome do autor, ou dos autores, e o
ttulo; a de livros, alm disso, precisa apresentar a logomarca da editora; e a de peridicos
deve conter os elementos alfanumricos que permitem identificar o volume, o fascculo e a
data de publicao.
11.1.3 Folha de rosto
A folha de rosto elemento obrigatrio. Ela precisa conter as informaes que seguem
abaixo, na mesma ordem (cf. ANEXO B):
a- nome do autor, pois o responsvel intelectual pelo trabalho;
b- ttulo principal do trabalho, acompanhado de subttulo, se houver, que defina
claramente o contedo do trabalho, constituindo um resumo de, no mximo 12
vocbulos, como sugere a CAPES (apud DOMINGOS, 1999), devendo o subttulo
ser introduzido, aps o ttulo, por dois pontos;
c- o nmero do volume, havendo mais de um, deve ser impresso na folha de rosto;
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d- a natureza do trabalho (tese, TCC e outros), sua finalidade, isto , motivo que
determinou sua elaborao, dentre outros, por exemplo, a aprovao em dada
disciplina;
e- o nome da instituio a que o trabalho est vinculado deve ser colocado aqui;
f- o nome do orientador e sua titulao, o da cidade, o da instituio e o ano de
entrega devem tambm estar registrados na folha de rosto.
O verso da folha de rosto deve conter tambm a ficha catalogrfica, feita segundo o
Cdigo de Catalogao Anglo-Americano em vigor. Este cdigo de competncia da FEBAB
Federao Brasileira de Associaes de Bibliotecrios, Cientistas e Instituies. A ABNT
assume o que esse rgo dispe.
11.1.3.1 Modelos de notas explicativas para Folha de Rosto
Trabalho Curricular
Trabalho apresentado para avaliao do rendimento escolar da disciplina Introduo
Filosofia do curso de Pedagogia da Universidade de Santo Amaro, ministrada pelo Prof. Dr.
Carlos Fontes Fonseca.
Trabalho de Concluso de Curso
Trabalho de Concluso de Curso apresentado ao Curso de Histria da Universidade de Santo
Amaro, orientado pela Prof Carla Carlota, como requisito parcial para obteno do ttulo de
Licenciado em Histria.
Monografia
Monografia apresentada ao Curso de Especializao em Biologia Vegetal da Universidade de
santo Amaro, orientada pela Prof Dr Olvia Gomes, como requisito parcial para obteno dottulo de especialista em Biologia Vegetal.
Projeto de Pesquisa
Projeto de pesquisa apresentado ao Curso de Especializao em Gesto Ambiental do Curso
de Especializao Lato Sensu da Universidade de Santo Amaro, orientado pelo Prof. Mrio
Mariano, como requisito parcial para avaliao.
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11.1.4 Errata
A errata opcional; se colocada, porm, tem lugar aps a folha de rosto e seus dados
so apresentados do seguinte modo:
ERRATAFolha Linha Onde se l Leia-se28 2 aprovacao aprovao
11.1.5 Folha de aprovao
A folha de aprovao um elemento obrigatrio a trabalhos que sero submetidos
aprovao, por exemplo, tese, TCC, pois nela ser registrado o resultado da avaliao dotrabalho feita pelos examinadores. Por isso deve conter:
a- nome do autor;
b- ttulo do trabalho (e subttulo, se houver);
c- natureza e objetivo, ou seja, tipo e por que foi elaborado, por exemplo: dissertao
elaborada como parte dos requisitos do [...] para a obteno do ttulo de [...];
d- nome da instituio a que ser submetido;
e- nome dos componentes da banca examinadora, titulao, instituio a quepertencem e, aps o resultado da avaliao, a data e a assinatura do examinador ou dos
examinadores;
f- data da aprovao.
A data de aprovao e as assinaturas dos componentes da banca examinadora so
colocadas, nessa ordem, aps o resultado da avaliao. A folha de aprovao no numerada;
contada apenas. No leva ttulo.
11.1.6 Dedicatria, agradecimento e epgrafe
Dedicatria, agradecimento e epgrafe so elementos opcionais (NBR 14724: 2005);
so colocados no trabalho, segundo o desejo do autor; devem, porm, ser postos na seqncia
aqui apresentada.
A dedicatria a folha em que o autor presta homenagem ou dedica seu trabalho a
algum. colocada aps a folha de aprovao; no leva ttulo; no numerada, mas
contada.
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Aps a dedicatria, so colocados os agradecimentos que devem ser feitos s pessoas
que efetivamente contriburam para a elaborao do trabalho. elemento opcional.
Aos agradecimentos, segue a epgrafe, tambm opcional. A epgrafe, excerto retirado
de alguma obra, alusivo ao assunto que ser tratado, pode ser colocada tanto no incio do
trabalho como tambm na abertura de cada seo primria (captulo). Colocada no incio do
trabalho, a folha da epgrafe ser contada, mas no ser numerada, nem conter ttulo, tal qual
a folha de aprovao.
11.1.7 Resumo
Aps a epgrafe, vem o resumo. Os trabalhos acadmicos, alm do resumo na lngua
verncula, devem apresent-lo tambm em uma lngua estrangeira (graduao, mestrado) ou
duas (doutorado), por exemplo:Abstract(ingls),Resumen (espanhol) eRsum(francs).
O resumo deve conter de 150 a 500 palavras e ser seguido da expresso Palavras-
chave, colocando-se aps estas, descritores ou palavras que sejam representativas do contedo
que o trabalho oferece.
O resumo deve pr em evidncia o objetivo, o mtodo, os resultados e as concluses
do trabalho; da introduo retira-se o contedo necessrio para contextualizar a questo
analisada. necessrio que ele seja elaborado na forma de texto discursivo, usando-se o verbona 3. pessoa, na voz ativa, formando frases concisas e afirmativas, compondo,
preferentemente, um pargrafo apenas. Deve-se evitar smbolos e contraes que no so de
uso corrente, bem como frmulas, equaes, diagramas que no so absolutamente
necessrios. Se forem includos, na primeira vez em que aparecerem, precisam estar
acompanhados da devida explicao.
O resumo de um trabalho, que vem inserido nele prprio, no se faz acompanhar da respectiva
referncia; se, porm, for colocado em outro contexto, ela deve preced-lo.
11.1.8 Lista de ilustraes, lista de tabelas, lista de abreviaturas e smbolos
As listas de ilustraes, tabelas, abreviaturas, siglas e de smbolos so opcionais; so,
porm, bastante teis quando o trabalho acadmico apresenta esses elementos em quantidade,
pois facilitam a consulta ao leitor.
As listas devem figurar no trabalho na ordem acima mencionada e podem ser
especficas de cada um desses elementos. Desse modo, pode haver uma lista s de ilustraes,outra de tabelas, assim por diante, cada uma seguindo ordenao prpria.
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Uma s lista de ilustraes pode mencionar todos os tipos: mapa, fotografia, desenho e outros.
Quando h vrias ilustraes do mesmo tipo, pode-se fazer uma lista para cada tipo, por
exemplo: lista de mapas, lista de fotografias etc. Se, porm, a quantidade desses elementos
no justificar listas especficas, todas as figuras podem ser relacionadas numa s, havendo,
entretanto, para cada tipo de ilustrao uma ordenao numrica.
Exemplo:
LISTA DE ILUSTRAES
Fotografia 1 - Equipe de operao 20
Grfico 1 - Desenvolvimento urbano 23
Fotografia 2 - Assemblia Geral Ordinria ABNT 25
Mapa 1 - Regio Sudeste do Brasil 30
Desenho 1 - Programa das Naes Unidas para o meio ambiente 33
11.1.9 Sumrio
O sumrio um elemento obrigatrio que deve proporcionar viso de conjunto do
contedo do trabalho, trazendo relacionadas as sees que o compem, acompanhadas do
nmero da pgina em que se acham o que facilita sua localizao no texto. , quase sempre, o
ltimo elemento pr-textual; no o ser se for includo prefcio no trabalho.
Os elementos pr-textuais no so includos no sumrio; os ttulos das sees do texto
so nele colocados, utilizando-se a tipologia grfica com que aparecem no texto. Os
indicativos de seo do texto devem ser alinhados esquerda: sugere-se que sejam alinhados
pela margem do indicativo de ttulo mais extenso. A paginao faz-se alinhando, direita, o
nmero das pginas em que se acham os ttulos referidos.
Modelo de Sumrio
SUMRIO
LISTA DE FIGURASLISTA DE TABELASRESUMO1 INTRODUO ................................................................... 15
2 MATERIAIS E MTODOS ................................................ 332.1 Tipo de pesquisa ............................................................... 33
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11.2 ELEMENTOS TEXTUAIS
Os elementos textuais so a introduo, o desenvolvimento e a concluso, que
constituem as partes essenciais da monografia. Trata-se de uma diviso lgica. Cada um
desses elementos atende a uma finalidade prpria e a relao que entre eles se estabelece
configura uma estrutura orgnica, pois juntos compem um todo, ou seja, a estrutura
monogrfica.
A introduo
Delimita o assunto, situa o problema a ser tratado, isto , mostra em que contexto ele
est inserido e que h conhecimento acumulado, disponvel para isso. chamadoconhecimento partilhado por se entender que ele de domnio dos que atuam na rea:
constitui a fundamentao terica, pois possibilita a definio e delimitao dos objetivos da
pesquisa. O nvel de teorizao e interpretao do conhecimento partilhado deve ser limitado
em funo do problema a ser tratado e da abrangncia que se deseja alcanar. A introduo
tem como funo nortear as tarefas de investigao e sustentar a interpretao dos dados
levantados, relacionando-se desse modo com o elemento que a segue, ou seja, o
desenvolvimento. Por isso, se a seleo do contedo do quadro terico e sua anlise noforem criteriosas, todo o trabalho poder ficar comprometido.
O desenvolvimento
a principal parte do texto, apresenta o assunto pormenorizado, de modo explicativo;
dividido em sees e subsees, de acordo com a amplitude e a profundidade definidas para
o tratamento de dados: aconselhvel que o autor se limite quarta seo. Aqui so expostos
os argumentos selecionados para defender a tese proposta, ou seja, atingir os objetivosfixados. Os argumentos precisam ser explicitados logicamente; ou melhor, necessrio
demonstrar como as provas foram alcanadas e, na falta de consenso, discuti-las.
A concluso
Deve apresentar de forma sintetizada um resumo da argumentao e das provas
explicitadas no desenvolvimento. Alm disso, deve demonstrar logicamente a relao
existente entre os argumentos e as provas levantadas; apresenta as inferncias extradas dos
resultados com base na fundamentao terica. Por isso, muitas vezes se diz que a concluso
um retorno introduo.
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Constata-se, desse modo, que introduo, desenvolvimento e concluso esto
interligados, configuram uma estrutura orgnica: no constituem partes independentes, mas
complementares.
Infere-se, ainda, que os elementos idias, propostas, conceitos, ilustraes etc. ,no obstante o valor cientfico, quando no se atrelam na formao da estrutura monogrfica,
devem ser dela despojados de modo a resguardar o encadeamento lgico das idias e das
propostas, garantindo ao trabalho boa qualidade.
11.3 ELEMENTOS PS-TEXTUAIS
11.3.1 Referncia
Relao das obras efetivamente utilizadas como base na elaborao do trabalho. Por
ser um elemento obrigatrio no texto, a seo Referncias deve ser numerada e seu ttulo
alinhado esquerda. As fontes mencionadas em notas de rodap, ou pelo sistema autor-data,
devem ser includas na seo de referncias, exceto as que indicam os dados obtidos por
informao verbal.
Considerando que a produo de um trabalho acadmico, independentemente de sua
tipologia, demanda a leitura de outras fontes que vo alm daquelas indicadas na seo
Referncias, sugere-se a elaborao de uma lista dessas obras, se houver mais de cinco itens
a serem informados. Essa lista deve ser includa na estrutura do trabalho como apndice,
ficando seu ttulo a critrio do autor, podendo ser: Sugestes de Leitura sobre o Tema,
Leitura Complementar Sobre o Tema, etc.
11.3.2 Glossrio (opcional)Elaborado em ordem alfabtica.
11.3.3 Apndices (opcional)
De acordo com a NBR 14724:2005, o apndice material ou texto elaborado pelo
prprio autor do trabalho com objetivo de complementar sua argumentao. Identificados pela
palavra APNDICE e letras maisculas consecutivas, travesso e ttulo, alinhados esquerda.
A paginao deve ser contnua do texto principal.
Exemplo:
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APNDICE A
APNDICE B
11.3.4 Anexos
Segundo a NBR 14724:2005, anexo texto ou documento, no elaborado pelo autor
do trabalho, que contribui para fundamentao, comprovao e ilustrao do trabalho.
Identificado pela palavra ANEXO e letras maisculas consecutivas, travesso e ttulo,
alinhado esquerda. A paginao deve ser contnua do texto principal.
Exemplo:
ANEXO A
ANEXO B
11.3.5 ndice (opcional)
Segundo a NBR 6034:2004, a relao de palavras e/ou frases, que ordenadas
segundo determinado critrio, remetem para informaes inseridas no texto. Para a elaborao
de ndice e estabelecimento de critrio de ordenao, consulte a NBR 6034:2004.
11.4 REGRAS DE APRESENTAO
11.4.1 Formato
PAPEL
O texto deve ser digitado em papel branco, no anverso de folhas A4 (21 cm por
29,7cm), na cor preta; as ilustraes, contudo, podem apresentar outras cores (NBR
14724:2005).
TIPOLOGIA DA FONTE
A fonte a ser utilizada a Times New Roman ouArial, do seguinte modo:
a- fonte 12 para o texto;
b- fonte 11 para ttulos colocados abaixo de figuras, ilustraes e outros;
c- fonte 10 para notas de rodap;
d- fonte 11, nas citaes de trs linhas ou mais;
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e- fonte 12, 14, 16, em caixa alta, negrito, itlico e outros para diferenciar ttulos de
subttulos, ou seja, sees e subdivises.
f fonte 16 para ttulo e autor, 14 para subttulo e 12 para demais elementos, na capa e
folha de rosto.
ESPACEJAMENTO
O texto dever ser digitado com espao entrelinhas 1,5 (um e meio); os ttulos e
subttulos de sees e subsees ficam separados do texto que os precede e do que os sucede
por dois espaos de mesma medida.
MARGENSObservam-se as seguintes medidas para as margens: para as margens superior e
esquerda so deixados 3 cm, para a direita e a inferior, 2 cm.
PAGINAO
Da folha de rosto em diante, todas as demais so contadas; devendo-se, porm, colocar
algarismos arbicos para numer-las somente a partir da Introduo. A posio do nmero a
2 cm da borda superior e 2 cm da borda lateral direita da folha, portanto no alto da folha, direita. Havendo anexos e apndice, a numerao das folhas continuar normalmente at a
ltima.
NOTA DE RODAP
As notas de rodap so digitadas dentro da margem inferior, em fonte 10, ficando
separadas do texto por um espao simples de entrelinha e por um filete de trs centmetros.
Deve-se evitar o uso desnecessrio de nota de rodap, pois sua leitura implicainterrupo da leitura do texto e, conseqentemente, do raciocnio que o leitor vem
desenvolvendo a partir das idias expostas.
INDICATIVOS DE SEO
Os nmeros indicativos de seo, ou seja, das partes que estruturam um documento
(monografia) seguem ordem progressiva e so colocados esquerda, precedendo o respectivo
ttulo ou subttulo, de acordo com a NBR 6024: 2003.
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Os elementos sem ttulo (epgrafe) ou os elementos com ttulo, mas sem inmero
indicativo de seo, so sempre colocados no centro da linha, por exemplo: agradecimentos,
anexos e referncias e outros.
NUMERAO PROGRESSIVA
A NBR 6024: 2003 normaliza a numerao progressiva; mostra como indicar as
subdivises do texto, por exemplo: primria, secundria, terciria e outras, ficando assim: 2.3
Elementos ps-textuais em que 2 representa uma seo primria e 3 a secundria (subseo,
subdiviso).
Os elementos textuais introduo, desenvolvimento e concluso compem, cada
um, uma seo primria; o desenvolvimento, porm, poder estar estruturado em vriassees primrias (anteriormente denominadas captulos), divididas ou no em subsees
(ttulos e subttulos), dependendo do enfoque e da abrangncia do tema.
A numerao progressiva deve mostrar essa diviso juntamente com a tipologia
grfica utilizada, por exemplo, as letras usadas nos ttulos das sees primrias sero sempre
iguais e mais chamativas do que as das demais sees. O mesmo tipo de seo ter sempre o
mesmo tipo de letra, tamanho e forma, tanto no texto quanto no sumrio.
A diviso em sees e subsees deve ser feita de forma lgica e de acordo com aestrutura do trabalho. A numerao progressiva deve demonstrar a seqncia das sees e
subsees e o nvel de insero, primeira, segunda, terceira seo etc. que deve, tambm, ser
marcado pelo uso de tipologia grfica diferente, conforme o exemplo a seguir mostra.
Exemplo:
1 SEO PRIMRIA(caixa alta, fonte 14, negrito)
1.1 SEO SECUNDRIA (parte da primria: caixa alta, fonte 12, negrito)
1.1.1 Seo terciria(inserida na primria e na secundria; caixa baixa, fonte 14,negrito)
1.1.1.1 seo quaternria (inserida na primria, na secundria e na terciria: caixa
baixa, fonte 12, negrito).
Alm disso, abre-se pgina nova sempre que se inicia uma seo primria, ficando,
assim, evidente a diviso do trabalho acadmico em sees e subsees.
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12. ELEMENTOS DE APOIO AO TEXTO
12.1 CITAES
a meno, no texto, de uma informao obtida de outra fonte. Pode ser uma
transcrio ou parfrase, direta ou indireta, de fonte escrita ou oral.
As citaes podem figurar includas no texto, em nota de rodap ou remetendo s
referncias no final do texto. As citaes podem ser representadas pelos sistemas numrico ou
autor-data, devendo, o sistema escolhido, ser mantido ao longo de todo o trabalho.
12.1.1 Sistema numrico
Neste sistema os documentos citados so representados por nmeros arbicos e em
ordem crescente na medida em que aparecem no texto. A indicao numrica no texto deve
ser feita situando-a de forma sobrescrita linha do texto.
Exemplo:
[...] era mesmo muito feliz1
A ordem das referncias no sistema numrico tambm numrica de acordo com o
nmero que foi atribudo a cada documento.
12.1.2 Sistema autor-data
Neste sistema as citaes devem incluir o autor, a data de publicao e a(s) pgina(s)
do documento referenciado. No caso da indicao de autoria aparecer no decorrer do texto,
apenas a inicial do nome deve aparecer em maiscula, e quando a citao se apresentar entre
parnteses, todas as letras do nome devem ser maisculas. Tem sido mais utilizado nos
trabalhos acadmicos do que o sistema numrico.
Exemplos:
Segundo Xavier (2004, p. 243) o aquecimento global est s comeando.
O aquecimento global est s comeando. (XAVIER, 2004, p. 243).
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Citao de at 03 autores
Quando a obra for de autoria de at 3 pessoas, estas sero citadas pelos respectivos
sobrenomes.
Exemplos:
Resultado semelhante foi obtido por Santos e Barbosa (1995)...
ou
A delimitao da rea do projeto de assentamento rural e a distribuio dos lotes
devem garantir as condies mnimas de vida. (PINHEIRO; MARIAN, 1997).
E ainda:
Conforme Moran, Masetto e Behrens (2002, p.37) ...ou
O ver est, na maior parte das vezes, apoiando o falar, narrar, o contar histrias.
(MORAN; MASETTO; BEHRENS, 2002, p.37)
Citao com mais de 03 autores
Quando a obra for de autoria mltipla, deve ser citada pelo sobrenome do primeiro
autor, seguido da expresso et al., o ano e pgina(s).Exemplo:
Conforme notam Rodrigues et al. (1990), a redundncia, ao contrrio do que
geralmente se acredita, nem sempre representa desperdcio ou ineficincia.
ou
.... (RODRIGUES et al., 1990)
Citao de vrios trabalhos do mesmo autor publicados em anos diferentesTrabalhos diferentes de um mesmo autor devem ser citados pelo sobrenome, e os
vrios anos de publicao, em ordem cronolgica, separados por vrgula (,).
Exemplo:
Os modelos por meio dos quais foram feitas as comparaes denominadas por ns, de
modelos I e II, foram as genticas estatsticas de cruzamento, [...].(CONSTACK,
1948, 1952).
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Citao de vrios autores com a mesma opinio
Para fazer citaes de autores e trabalhos diferentes sobre uma mesma opinio, deve-
se obedecer ordem alfabtica seguida de ordem cronolgica.
Exemplo:
... enquanto Crocomo e Parra (1979), Crocomo e Parra (1985), Evendramin et al.
(1983) e Silva (1981), verificaram uma oscilao de valores...
ou
... (CROCOMO; PARRA, 1979, 1985; EVENDRAMIN et al., 1983; SILVA, 1981).
Citao de citao
a transcrio de palavras textuais ou conceitos de um autor a cuja obra no se teveacesso direto. A citao de citao indicada pelas expresses apud ou citado por. A
citao de citao deve ser evitada, uma vez que a obra original no foi consultada e h risco
de falsa interpretao e incorrees.
Exemplos:
Marinho, citado por Markoni e Lakatos (1982, p.150), apresenta a formulao do
problema como a fase da pesquisa, que, sendo bem delimitada, simplifica e facilita a
maneira de conduzir a investigao.ou
Marinho (apud MARKONI; LAKATOS, 1982, p.150) ...
Importante: A entrada da citao deve ser idntica entrada estabelecida para a referncia
bibliogrfica do referido documento.
12.1.3 Citao direta ou textual a transcrio fiel de grafia, redao e pontuao do documento consultado. Deve ser
apresentada entre aspas e trazer a indicao da pgina consultada.
Citao direta at 3 linhas
inserida no texto, em fonte normal (Arial 12), entre aspas.
Exemplo:
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[...] a tcnica a maneira mais adequada de se vencer as etapas indicadas pelo
mtodo. Por isso diz-se que o mtodo equivale a estratgia, enquanto a tcnica equivale a
ttica [...] (GALIANO, 1986, p.14)
Citao direta com mais de 3 linhas
A citao direta com mais de 3 linhas deve ser destacada do texto, recuada a 4 cm da
margem esquerda, digitada em tamanho menor (fonte 11) que o texto principal (fonte 12), em
espao simples e sem aspas
Exemplo:
A Associao Brasileira de Normas Tcnicas (ABNT) o Frum Nacionalde Normalizao. As Normas Brasileiras, cujo contedo deresponsabilidade dos Comits Brasileiros (ABNT/CB) e dos Organismos de
Normalizao Setorial (ABNT/NOS), so elaboradas por Comisses deEstudo (CE), formadas por representantes dos setores envolvidos (NBR6029: set. 2002, p.1).
As supresses [...] e os acrscimos [ ] devem ser indicados por colchetes.
12.1.4 Citao indireta
Usada quando so reproduzidas as idias e informaes do documento, semtranscrio das palavras do autor. No usar aspas. Mas deve ser indicada a fonte da referncia.
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13. NORMAS PARA REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS ABNT
Referncia bibliogrfica o conjunto de elementos que permitem a identificao de
documentos no todo ou em parte, utilizados como fonte de consulta e citados nos trabalhos
elaborados.
As referncias bibliogrficas devem ser alinhadas esquerda e digitadas utilizando se
espao simples entre suas linhas. Entre uma referncia e outra deve-se adotar espao simples
duplo.
Todas as regras estabelecidas neste item seguem o preconizado pela NBR 6023:2002.
13.1 ELEMENTOS ESSENCIAIS
So aqueles elementos indispensveis identificao de um documento: autor(es),
ttulo, edio, local, editora e data de publicao.
13.2 ELEMENTOS COMPLEMENTARES
So aqueles opcionais que, acrescentados aos essenciais, permitem melhor
caracterizar, localizar ou obter publicaes:
Indicaes de responsabilidade (tradutor, revisor etc) Descrio fsica ou notas bibliogrficas (n de pginas ou volumes) Ilustraes, dimenses Srie ou coleo Notas especiais ISBN.
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13.3 LOCALIZAO
As referncias podem aparecer em notas de rodap, mas devem compor uma lista
alfabtica ou numrica, que estar localizada ao fim do trabalho, respeitando-se a ordemestabelecida em 11.3.1.
13.4 MODELOS DE REFERNCIAS
A seguir, so apresentados exemplos de referncias bibliogrficas comumente
utilizadas em trabalhos acadmicos.
13.4.1 Monografia no todo
Inclui livro, folheto, entre outros.
Com um autor:
Com 2 at 3 autores:
Com mais de 3 autores:
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Com indicao explcita de responsabilidade pelo conjunto da obra (Coordenador,
Organizador, etc.):
Referenciadas pelo ttulo:
Autores com nomes que indicam parentesco:
Em formato eletrnico:
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13.4.2 Monografia considerada em parte
Quando o autor da parte for o mesmo da obra no todo:
Em formato eletrnico:
13.4.3 Dissertaes e teses
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Em formato eletrnico:
13.4.4 Publicaes peridicas
13.4.4.1 Publicaes peridicas como todo
Em formato eletrnico:
13.4.4.2 Parte de publicaes peridicas
Artigos de publicaes peridicas:
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Em formato eletrnico:
13.4.5 Eventos (congressos, seminrios, simpsios, etc.)
Em formato eletrnico:
13.4.6 Vdeos, DVDs, filmes, fitas de vdeo
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13.4.7 Documentos de acesso exclusivo em meio eletrnico
Bases de dados:
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14. OUTROS TRABALHOS: CONCEITUAO E ESTRUTURA
14.1 RESENHA
Resenhar significa fazer um levantamento das caractersticas de um texto, enumerando
seus aspectos relevantes, descrevendo as circunstncias que o envolvem, as condies de
produo e de recepo do discurso. O texto pode ser de linguagem oral, visual ou digital
(palestra, filme, artigo). A resenha est includa no rol dos textos tcnico-cientficos pela sua
natureza objetiva e linguagem tcnica.
14.1.1 Tipos de resenhas
Resenha informativa
Um tipo de resenha mais completa e abrangente que apresenta um resumo detalhadodo texto original, ressaltando os diferentes aspectos vlidos, sem entrar em
pormenores, pois o objetivo da resenha no entrar em detalhes, mas, sim, informar o
leitor.
Deve ser seletiva e no mera repetio das idias do autor. Nela devem ser usadas asprprias palavras do resenhista. Deve seguir a seqncia lgica do assunto.
Pode dispensar a leitura do texto original pela abrangncia do contedo resenhado. Ex: resenhas universitrias, resenhas de textos no traduzidos para o vernculo.
Resenha crtica ou simplesmente recenso
Um tipo de resenha em que se formula um julgamento sobre o texto original. Deve-se apresentar primeiramente o resumo do contedo do texto original para depois
proceder-se ao comentrio ou apreciao crtica de seus vrios aspectos: relevncia do
assunto, forma de apresentao do assunto, seqncia lgica, correo e adequao da
linguagem, etc.
A crtica pode ser feita tambm ao longo do resumo, sendo esta uma opo doresenhista.
Ex: resenhas publicadas em revistas especializadas e peridicos.
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14.1.2 Estrutura de uma resenha
Introduo
Inicia-se o texto, contextualizando o assunto exposto na obra. Faz-se necessrio
levantar a importncia dos temas tratados na obra. Na introduo, devem-se apresentar os
objetivos da obra resenhada.
Desenvolvimento
Iniciar a resenha apresentando a estrutura da obra:
O artigo divide-se em ... Primeiramente... No item seguinte... Na abordagem das partes do texto, o resenhista deve deter especial ateno
importncia de traduzir o efeito que o autor do texto quis causar no leitor, o que pode ser
realizado por meio do emprego de verbos que demonstrem os atos do autor, tais como:
sustentar, contrapor, confrontar, opor, justificar, defender a tese, debruar-se, dedicar-se ao
estudo, eleger, propor-se a, demonstrar.
Em um segundo momento, expe-se o contedo apresentado na obra. Esta etapa o
momento em que o resenhista deve expor as principais idias defendidas pelo autor, na
mesma seqncia lgica em que se apresentam. Vale relembrar que o autor da resenha no
deve depreciar a obra, mas informar o leitor, de maneira polida, sobre o assunto nela tratado,evidenciando, em primeiro lugar, a contribuio do autor no que concerne produo de
novos conhecimentos.
Concluso
Na concluso da resenha, deve-se ordenar os conhecimentos adquiridos com a leitura,
apresentando as concluses do autor. Pode-se abordar a relevncia dessas concluses, de
modo a evidenciar os resultados obtidos com a leitura do texto.
14.2 RESUMO
14.2.1 Definio
O resumo a apresentao concisa, porm globalizada, dos pontos relevantes de um texto.
A elaborao formal do resumo varia de acordo com sua natureza.
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14.2.2 Tipos de resumo cientfico
Resumo indicativo indica apenas os pontos principais do text