Post on 30-May-2020
Asma Brônquica
Profº. Enfº Diógenes Trevizan
• Conceito: Doença caracterizada por ataques agudos e recorrentes de dispnéia, tosse e expectoração tipo mucóide. A falta de ar
( dispnéia) ocorre devido ao edema da mucosa, que reveste internamente os brônquios e ao acúmulo de secreção. Esta
manifestação é reversível. A tríade sintomática é: tosse, dispnéia e sibilos.
• Causas:
• Alergia (poeira, pólen, pêlos de animais, mofo, ácaros, alimentos);
• Tensão emocional;
• Infecções das vias aéreas inferiores ou superiores;
• Exercícios físicos;
• Poluentes ambientais;
• Hereditariedade.
• Sinais e Sintomas - As crises asmáticas caracterizam-se por:
• Dispnéia intensa, respiração ruidosa (chiados no peito, sibilos) e tosse;
• Sensação de sufocação, angustia;
• Expectoração espessa;
• Palidez, cianose de extremidades e sudorese;
• Estado de mal asmático: as crises podem durar algumas horas, mas podem persistir durante dias.
• Observação: A excitação física e emocional, podem desencadear as crises asmáticas.
Vídeo Asma
• Diagnóstico - O diagnóstico é feito por ocasião da crise asmáticas, pois fora destes períodos o paciente, geralmente, apresenta as
funções pulmonares normais:
• Sinais e sintomas e exame físico;
• Rx de tórax;
• Exame de sangue;
• Teste de sensibilidade (alergias em geral).
• Tratamento: O tratamento do ataque asmático é feito através de broncodilatadores (adrenalina, efedrina, aminofilina), sedativos,
oxigênio e, quando o paciente não melhora com esse tratamento, o médico poderá prescrever corticóides. O tratamento de
manutenção visa reduzir a freqüência dos ataques.
• Complicações:
• Enfisema pulmonar;
• Insuficiência respiratória aguda, podendo levar à hipoxia e à morte;
• Estado de mal asmático.
• Cuidados de Enfermagem:
• Proporcionar medidas de apoio e segurança para o paciente;
• Acalmar o paciente, deixá-lo em posição de fowler (o paciente geralmente prefere ficar nesta posição);
• Manter o ambiente umidificado; aquecido, livre de qualquer fator irritante. (deve-se orientar o pessoal da limpeza para que evite a cera, ou o uso de
desinfetantes fortes);
• Cuidados especiais na administração de oxigênio;
• Observar a freqüência e a intensidade respiratória, cor da pele, pulso, aspecto da expectoração e estado emocional;
• Incentivar a ingestão de líquidos;
• Administrar medicamentos, conforme prescrição e observar os efeitos tóxicos como: palpitações, nervosismo, palidez, tremores, edema, retenção de
líquidos;
• Orientar o paciente e a família para que, em casa, evitem todos os fatores alérgicos; tapetes, cortinas geralmente abrigam poeira, travesseiros e
cobertas de pena e lã, fumaça, bolor, inseticidas que apresentam cheiro, flores dentro de casa; animais como o cão, gato e aves também devem ser
evitados;
• Ensinar e estimular os exercícios respiratórios;
• Orientar quanto ao uso de broncodilatadores sob a forma de aerosóis.
Pesquisa
Broncodilatadores para asma
• Salbutamol (Aerolin), Albuterol ou Terbutalina
• Brometo de Ipatrópio (Atrovent) ou Brometo de Tiotrópio (Spiriva)
• Beclometasona (Clenil), Fluticasona ou Budesonida
• Teofilina
INDICAÇÃO/ AÇÃO/ EFEITOS COLATERAIS
Edema Agudo de Pulmão (EAP)
EAP
• Conceito: Edema pulmonar é o acúmulo anormal de líquidos nos pulmões.
• Observação: se a cada batimento, o VD bombear apenas 1 gota a mais de sangue que o VE, dentro de 2 horas o volume de sangue
pulmonar terá aumentado em 500 ml.
• Causas: Insuficiência cardíaca esquerda devido a: infarto do miocárdio, estenose aórtica, hipertensão. Administração exagerada de líquidos, comum em crianças ou pacientes que recebem líquidos
(soros) em excesso pelas veias.
Sintomatologia:
• Tosse e inquietação durante o sono;
• Dispnéia grave;
• Cianose de extremidades;
• Tosse incessante, produtiva com secreção branca espumosa ou rósea;
• Taquicardia;
• Confusão mental e ansiedade;
• Dilatação das veias do pescoço.
TRATAMENTO
MEDIDAS GERAIS:
• MANTER O PACIENTE SENTADO:
• Reduzir a pré-carga
• Diminuir o retorno venoso
• Favorecimento da musculatura Respiratória
OXIGENIOTERAPIA
• SEMPRE INICIAR ATRAVÉS DOS SISTEMAS DE MÁSCARA, COM FLUXOS MAIS ALTOS, COM O OBJETIVO DE MANTER A SATURAÇÃO DE O2
>95%
VENTILAÇÃO MECÂNICA NÃO INVASIVA COM PRESSÃO POSITIVA
Observar as contra-indicações:
• Instabilidade hemodinâmica, uso de vasopressores, arritmias;
• Trauma facial
• Risco de aspiração de secreções
• Inabilidade de cooperar
• Rebaixamento do sensório
• Sangramento gastrointestinal
TRATAMENTO MEDICAMENTOSO
•Nitratos:podem ser iniciados por via sublingual, ou endovenosa, se PAS>95mmHg, na dose de 0,3 a 0,5μg/Kg/min(aumentar a dose a cada 5 min)•Nitroprussiato de sódio:iniciar com 0,1 a
0,2μg/Kg/min e aumentar a cada três minutos•Dobutamina:efeito inotrópico positivo e
vasodilatador menos intenso-observar taquicardia•Diuréticos de alça: 40 a 80mg IV com doses maiores
para IR.
SEDAÇÃO
•MORFINA- 2mg, (ampolas de 2mg e 10mg)a cada dois minutos , até reduzir a ansiedade gerada pela
dispnéia,os reflexos pulmonares e a pré-carga.
•Observar redução do sensório, hipoventilação e aumento da pCO2, que pode levar á necessidade de
entubação orotraqueal.
•Naloxane-0,4mg, a cada 3 minutos (uma ampola diluída em 10ml de SF, administrar 1ml/3min)
Cuidados de Enfermagem:
• Sentar o paciente, cabeça e ombros levantados e pernas e pés para baixo;
• Oxigenioterapia por cateter nasal;
• Manter vias aéreas permeáveis, aspirando secreção faríngea se necessário;
• Cateterismo vesical de demora para controle hídrico;
• Providenciar material para punção de veia profunda pelo médico;
• Controle atento dos sinais vitais (PA) a cada 15 min. ou menos;
• Administração urgente de diuréticos, digitálicos e sedativos.