Post on 02-Jul-2015
1Prof(a). Isabel Henriques
2Prof(a). Isabel Henriques
3Prof(a). Isabel Henriques
A dinâmica da Terra era explicada por:
CONTRACCIONISTA
PERMANENTISTA ou
IMOBILISTAS
Homem sempre esteve preocupado
com a origem da Terra e dos oceanos.
4Prof(a). Isabel Henriques
Período Pré-Wegeneriano
Período Pré-Wegeneriano Até ao séc. XVII, a perspectiva que
melhor explicava os processos geológicos do nosso planeta era o "catastrófico" .
No séc. XVIII, (1785) James Hutton, um geólogo Escocês, ao defender que "...o presente é a chave para o passado..." propõe a primeira teoria verdadeiramente científica da geologia, a "Teoria do uniformismo".
Esta teoria assumia, na sua formulação inicial, que as forças e processos geológicos que actuavam sobre a Terra no presente são os mesmo que actuaram no seu passado geológico.
5Prof(a). Isabel Henriques
James Hutton
Período Pré-Wegeneriano
No início séc. XIX, após um longo período em que se verifica a coexistência das duas teorias, o catastrofismo cedeu perante a corrente uniformista, em grande parte devido à influência exercida pelos trabalhos de Charles Lyell.
Expressos na sua obra máxima "Princípios da geologia" (1830), em que foram lançadas as bases da geologia moderna, e onde o limiar do tempo geológico da Terra foi irremediavelmente alargado para várias centenas de milhões de anos.
6Prof(a). Isabel Henriques
Charles Lyell
Período Pré-Wegeneriano Apesar das perspectivas defendidas por
Hutton e Lyell, serem revolucionárias, não contemplavam na sua concepção a ocorrência de alterações dinâmicas profundas no planeta.
De facto, apesar de tudo, tanto Hutton como Lyell, e ainda outros geólogos influentes à época, encontravam-se impregnados de ideais conservadores.
A conduta científica destes investigadores era, apesar de tudo, regida por ideais "fixistas", o que fazia com que defendessem uma intransigente corrente de pensamento "permanentista", segundo a qual tanto os continentes como as bacias oceânicas se teriam mantido em posições similares até à actualidade...
7Prof(a). Isabel Henriques
Charles Lyell
James Hutton
Período Pré-Wegeneriano Em meados do séc. XIX, surge
uma linha de pensamento também "fixista" conhecida por "contraccionismo", defendida por cientistas como Cuvier, Lordkelvin e outros, que, admitiam uma possível movimentação lateral das massas continentais, como consequência de uma progressiva contracção da Terra.
Segundo a teoria da contracção, à medida que a Terra arrefecia solidificava diminuía de volume o que conduzia a uma contracção.
8Prof(a). Isabel Henriques
Georges Cuvier
(1769-1832)
Período Pré-Wegeneriano
Esta contracção teria começado depois da superfície do globo já ter solidificado, de modo que, ao reajustar-se à diminuição de volume do globo, a superfície teria sofrido enrugamentos que explicariam também a origem das formações orogénicas da sua superfície.
9Prof(a). Isabel Henriques
Lord kelvin
Período Pré-Wegeneriano
10Prof(a). Isabel Henriques
Contracção da Terra
Período Pré-Wegeneriano
Em meados do séc. XIX (1859) Pellegrini, foi o primeiro cientista a defender explicitamente a fragmentação e deriva dos continentes vizinhos do Atlântico, baseando-se :
na correspondência morfológica entre as linhas de costa dos dois continentes;
em observações paleontológicas relativas a certos tipos de fósseis que se podiam encontrar nos dois continentes;
nas observações de Ortellius e Bacon onde referem a possível união dos continentes.
11Prof(a). Isabel Henriques
12Prof(a). Isabel Henriques
Explicações para o mecanismo
de separação dos continentes
Francis Bacon reconheceu, em
1620, as semelhanças entre o limite
das costas da América do Sul e de
África, tendo especulado que estes
continentes correspondiam a
fragmentos da Atlântida.
Francis Bacon
1561-1626
13Prof(a). Isabel Henriques
Explicações para o mecanismo
de separação dos continentes
Frances Placet em 1668, afirmou que
os continentes se encontravam unidos,
antes da ocorrência de uma cheia
catastrófica.
Esta cheia poderia ter permitido a
flutuação do continente americano,
facilitando a sua migração.
Em alternativa, os continentes podiam
ter sido separados pela destruição
parcial da Atlântida. Frances Placet
14Prof(a). Isabel Henriques
Explicações para o mecanismo
de separação dos continentes
Von Humboldt propunha, em 1801,
que a Atlântida tinha sido escavada
pelo fluxo de água, formando, assim,
um vale profundo entre os diferentes
continentes.
Alexander von Humboldt
Explicações para o mecanismo de separação dos
continentes
Em 1858, o geógrafo António Snider-Pellegrini elaborou estes
dois mapas representando a sua versão da forma como as
Américas e o continente Africano poderiam, no passado, ter
estado juntos.
15Prof(a). Isabel Henriques
A- os continentes juntos antes da sua separação. B- os continentes depois da sua separação.
Prof(a). Isabel Henriques 16
Alfred Wegener (1880-1930):
Nascido em Berlim em 1880, filho de
um pastor evangelista, formou-se em
astronomia. Foi este meteorologista
alemão quem propôs a Teoria da
Deriva Continental.
Em 1912, parte com o dinamarquês J.
P. Koch (que sugeriu ter sido a partir da
observação da ruptura das placas de
gelo no mar, que Wegener teceu a ideia
da Deriva dos Continentes) e realizam
juntos, pela primeira vez, a mais longa
travessia da calote glaciária.
Alfred Wegener (1880-1930):
Na sua obra Entstehung der
Kontinente and Ozeane (1924) –
A Origem dos Continentes e
Oceanos - expôs a teoria
continental, segundo a qual os
continentes do mundo actual se
formaram a partir de um único
primeiro continente e foram
mudando as suas posições
relativas por deslocação geral
sobre uma camada semilíquida.
Prof(a). Isabel Henriques 18
Wegener en Groenlandia
Alfred Wegener:
Realizou três expedicões na
Groenlandia com fim
meteorológicos.
Wegener morre na sua última
expedição em 1930 sem ver a
sua teoria aprovada pela
comunidade científica, apesar
de existirem alguns adeptos.
Muitos cientistas ridiculizaram
a Wegener pelas suas ideas.
Prof(a). Isabel Henriques 19
The last photo of Alfred Wegener and
Rasmus Villumsen, taken on 1 November
1930 (Wegener's 50th birthday) as they
were leaving the "Eismitte" Station.
(Photograph copyright Alfred-Wegener
Institute for Polar and Marine Research)
20Prof(a). Isabel Henriques
A Teoria da Deriva dos
Continentes defendia o mobilismo
dos continentes.
Os continentes estiveram unidos
no início da formação da Terra
num único continente - a Pangea.
O movimento dos blocos
continentais só era possível
porque os continentes são menos
densos do que o material que
compõe a crusta oceânica.
Alfred Wegener
(1880-1930)
Teoria da Deriva dos Continentes de Wegener
Segundo Alfred Wegener:
Há cerca de 300 milhões de anos os continentes estiveram unidos numa única grande massa de terra firme (supercontinente) que denominou de Pangeia, rodeado por um único oceano – a Pantalassa.
A Pangeia fragmentou-se dando origem a novos continentes sujeitos a deformação e deriva que ainda perdura.
Que argumentos teriam suportado a teoria de Wegener?
Prof(a). Isabel Henriques 21
22Prof(a). Isabel Henriques
Especialidades afectadas pela deriva continental
ARGUMENTOS DE WEGENER
Argumentos Geofísicos:
Se a Teoria Contraccionista
previa apenas a ocorrência de
movimentos verticais, seria
impossível a ocorrência de
movimentos horizontais (laterais)
que possibilitassem o
desenvolvimento das estruturas
identificadas nas cadeias
montanhosas.
23Prof(a). Isabel Henriques
ARGUMENTOS DE WEGENER
Argumentos Morfológicos:
O encaixe das linhas das costas dos
continentes africano e sul-
americano é mais perfeito quando
se inclui as plataformas
continentais, comparativamente
às linhas de costa actuais.
“Não encaixariam as costas de
África e da América do Sul como
duas peças de um puzzle se as
aproximarmos, fechando o oceano
Atlântico?”
24Prof(a). Isabel Henriques
ARGUMENTOS DE WEGENER
Argumentos geodésicos
Wegener afirmou que medindo a
transmissão de ondas de rádio era
possível concluir que a
Gronelândia se tinha afastado 180
metros do continente Europeu.
Wegener fez medições do
afastamento entre duas ilhas da
Gronelândia e entre a Gronelândia
e a Europa (11 a 21 m/ano).
25Prof(a). Isabel Henriques
ARGUMENTOS DE WEGENER
Argumentos geodésicos
Este argumento não foi suficiente
para defender esta teoria, tendo-
se verificado que não era
correcto.
Hoje com os mesmos princípios,
mas com métodos diferentes
estes cálculos foram feitos
Europa da América do Norte
afastam-se 23mm/ano.
26Prof(a). Isabel Henriques
ARGUMENTOS DE WEGENER
Argumentos Geológicos: nn
Continuidade ao nível orogénico (cadeias montanhosas) e litológico(rochas da mesma natureza e idade).
Esta semelhança também está presente nas cadeias montanhosas da costa Este dos continentes norte-americano e europeu.
27Prof(a). Isabel Henriques
ARGUMENTOS DE WEGENER
Argumentos Paleontológicos:
Foram encontrados fósseis de
organismos do mesmo género em
continentes actualmente
distanciados, sugerindo que estes
continentes já tenham estado
juntos, dada a impossibilidade física
de deslocação destes seres através
dos oceanos actuais.
28Prof(a). Isabel Henriques
Argumentos Paleontológicos
29Prof(a). Isabel Henriques
Glossopteris:
planta fóssil do
Paleozoico.
Cynognathus: réptil
parecido com um
mamífero. Viveu no
Triásico, media 1 m.
Lystrosaurus: réptil parecido com
um mamífero. Viveu no Triásico.
Mesosaurus: pequeno
réptil fluvial do
Carbónico e Pérmico.
1- Cynognathus2 - Lystrosaurus
4 - Glossopteris3 - Mesosaurus
30Nuno Correia 08/09
Argumentos Paleontológicos
ARGUMENTOS DE WEGENER
Argumentos Paleoclimáticos:
A descoberta de rochas (tilitos)
formadas pela acção dos glaciares
em regiões tropicais (próximas do
equador) levou os cientistas a
considerar que estas rochas já se
encontraram mais a Sul, sujeitas a
condições climáticas muito distintas
das actuais, sob extensos glaciares,
que ainda estão presentes na
Antárctida.
31Prof(a). Isabel Henriques
ARGUMENTOS DE WEGENER
Argumentos Paleoclimáticos
Jazigos de carvão encontrados no
hemisfério Norte só poderiam ter
sido formados a partir de grandes
florestas tropicais (mais a Sul).
Sedimentos glaciários (tilitos)
formados durante o Carbónico e o
Pérmico repetem-se em
continentes hoje situados em
latitudes muito diferentes.
32Prof(a). Isabel Henriques
ARGUMENTOS DE WEGENER
Argumentos Paleoclimáticos
As moreias, estrias e sulcos atestam a
presença de glaciares no final do
Paleozóico em largas regiões do
hemisfério Sul.
O sentido do deslocamento dos gelos,
na maioria dos casos para o interior
das actuais massas continentais, não
poderia ser explicado pelas posições
actuais desses continentes.
Wegener propôs a migração do polo
Sul desde o Cretácico até à
actualidade.
33Prof(a). Isabel Henriques
A Teoria das Pontes Continentais
34Prof(a). Isabel Henriques
Procurava explicar a semelhança existente, ao nível do
registo fóssil animal e vegetal, entre a América do Sul,
a África e a Antárctida.
Esta semelhança também era conhecida entre a Europa
e a América do Norte e entre Madagáscar e a Índia.
A Teoria das Pontes Continentais
Alguns cientistas da época (séc. XIX) sugeriram a existência de pontes continentais que estabeleciam a ligação entre os diferentes continentes e que permitiam a migração das diferentes espécies.
Eduard Suess (1831-1914) defendia que os continentes antigos eram mais vastos do que os actuais e que os seus fragmentos jazem hoje no fundo dos oceanos.
À medida que a Terra foi arrefecendo e contraindo ocorreram abatimentos da crusta, cujos vestígios se encontram nos fundos dos oceanos.
35Prof(a). Isabel Henriques
Eduard Suess