Descobrimentos motivos

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Prioridade portuguesa na expansão.

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A expansão quatrocentista

Que factores permitiram a prioridade portuguesa na

expansão europeia?

Cabo Sardão -2010

Vista de Lisboa, numa iluminura de inícios do século XVI, na crónica de D. Afonso Henriques de Duarte Galvão. Museu

Biblioteca Conde Castro Guimarães, Cascais.

Na época, já se faziam viagens pelos portos de Inglaterra, França, Flandres, Norte de África (navegação de cabotagem) e desde tempos muito antigos que se navegava no Mediterrâneo. Verificavam-se, ainda, grandes progressos na construção naval e na ciência náutica, graças à presença, entre nós, de marinheiros genoveses e catalães.  

Barca

Folha do Atlas Catalão de Abraão Cresques1375 (Bibliothéques National, Paris)

Barca Barinel Caravela Nau

Tipos de Embarcações

A caravela é um barco de maior calado que a barca. Possuía velas triangulares (panos latinos). Era veloz e, o mais importante, navegava à bolina. Estava encontrado o barco da exploração oceânica, o navio dos descobrimentos.

Replica de uma nau quinhentistaFONTE: http://www.360portugal.com/Distritos.QTVR/Porto.VR/vilas.cidades/Vila_Conde/NauQuinhentista.html

Instrumentos de Navegação

Astrolábio Quadrante Balestilha

D. Dinis

“E eu Rey Dom Dinis por mim, e pola Rainha Dona Izabel minha Mulher; e pelo Infante Dom Affonso meu Filho, primeiro, e herdeiro, e por todos meus sucessores, prometo a boa fé, e jura sobreolhos Santos Avangelos, sobreolhos, quaaes pono minhas mãos, e fasso menagem a Vós Rey Dom Fernando por vós, e por vossos sucessores, e a vós Rainha Dona Maria, e vós Infante Dom Anrique de terr, e aguardar, e cumprir todas estas couzas de suso ditas, e cada huma dellas para sempre, e de nunca vir contra elas per mim, nem outrem defeito, nem de dereito, nem de conselo, e se assi nom fezer, que fique por prejuro, e por traedor com quem mata Senhor; ou traae Castelo.”

In Tratado de Alcanizes

(1297)

É possível visitar o campo onde há 625 anos se travou a Batalha de Aljubarrota: no Centro de Interpretação da Batalha de Aljubarrota conhecemos o terreno onde se deu a vitória que consolidou a independência de Portugal e impulsionou o país para os Descobrimentos. Estávamos feitos!

Eram 40 mil homens contra sete mil nossos. O poderoso exército castelhano preparava-se para pôr os pontos nos ii depois de termos violado o Tratado de Salvaterra de Magos. Segundo este acordo, com a morte do rei D. Fernando em 1383, a Coroa de Portugal deveria passar para o espanhol D. Juan I, já que este casara com a única filha legítima do 'Inconsciente' rei português. Mas para a patriótica população lisboeta, que por nada aceitaria que a capital passasse para Toledo, as coisas não podiam ficar assim e proclamaram D. João, Mestre de Avis, meio-irmão do falecido D. Fernando, «regedor, governador e defensor do reino», como atestam documentos da época. Título a que as Cortes de Coimbra retiraram os eufemismos ao elegerem-no, em 1385, como Rei de Portugal.FONTE: http://sol.sapo.pt/inicio/Vida/Interior.aspx?content_id=4351 (visto em 14 de Novembro de 2010)

Factores que favoreceram a prioridade portuguesa nos descobrimentos

- Situação geográfica favorável (extensa faixa costeira atlântica e apresentar bons portos e o facto de ser o país mais a ocidente da Europa).- Tradição marítima dos portugueses (as actividades piscatórias e o comércio marítimo. Os portos portugueses eram importantes pontos de escala entre o Mediterrâneo e o Mar Báltico).- Conhecimentos técnicos e científicos para a navegação (o uso da vela triangular e do leme central possibilitaram o domínio da técnica de “bolinar”; o aperfeiçoamento dos instrumentos de navegação como o quadrante, os astrolábio, a bússola e os portulanos. Tudo isto permitia-lhes desenvolver uma navegação astronómica através da orientação pelos astros). - A estabilidade política do reino (unidade política e fronteiras bem definidas).

Motivações Socioeconómicas

Painéis de S. Vicente de Forade Nuno Gonçalves, séc. XV. Museu Nacional de Arte Antiga, Lisboa

ECONOMIA

Nobreza

Clero Povo

Burguesia

Retábulo de vida de Sant´lago

(Museu Nacional de Arte Antiga)

Conquista de CeutaAzulejos de Jorge Colaço – Centro cultura Rodrigues Faria

Rota da sedaFONTE: http://canseidesercowboy.files.wordpress.com/2009/07/silkroad_map1.jpg

Motivações socioeconómicas da expansão portuguesa - Clero – pretendia o alargamento

da fé cristã, através da evangelização de novos povos.

- Nobreza – para se sustentar precisava da guerra, do saque e de novas terras.

- Burguesia – procurava matérias primas, cereais, ouro, mão-de-obra e novos mercados para alargar os seus negócios.

- Povo – tinham esperança de melhorar as suas condições de vida.

O triunfo da doutrina católicaFresco de Andrea da Firenze (1365-1368)

Motivações socioeconómicas da expansão portuguesa

Coroa

-Tentava obter afirmação e prestígio internacional

-Resolver problemas económicos, como a falta de cereais e

metais preciosos.

Infante D. Henrique - Curiosidade científica: saber o que estava o para lá do Bojador- Encontrar novos mercados- Conhecer o poderio dos Mouros- Evangelizar

Conclusão Portugal foi o primeiro país a lançar-se na expansão europeia, já que gozava de particulares condições favoráveis:

- situação geográfica;- meios técnicos;- unidade e estabilidade política.

Sumário

As condições e motivações da Expansão portuguesa

FormataçãoMaria Madalena Silva – Novembro 2010