001-Erasmo de Roterodamo-educación Del Principe Cristiano-completo

download 001-Erasmo de Roterodamo-educación Del Principe Cristiano-completo

of 15

Transcript of 001-Erasmo de Roterodamo-educación Del Principe Cristiano-completo

  • 8/20/2019 001-Erasmo de Roterodamo-educación Del Principe Cristiano-completo

    1/47

    849.9,09

    E65o

  • 8/20/2019 001-Erasmo de Roterodamo-educación Del Principe Cristiano-completo

    2/47

  • 8/20/2019 001-Erasmo de Roterodamo-educación Del Principe Cristiano-completo

    3/47

    Ú I I R A S

      ESCOGIDAS

    DI:

    E R A S M O

    N I ' H ' K

      n i . ;  io ¡;

      TÍTULOS

    C ) l ' l )

      r O M i ' H K N D F ,

      FSTE V O L U M E N

    C O M P E N D I O

      D E L A

      V I D A   ñu   E R A S M O

      Contada por  él mismo;.

    C A R T A S

      A L

      PA DRE  RO CERO

      Y A

      JU A N B O T Z H E M I O .

    C OR R E S PON D E N C I A  DE  E R A S M O   CON LOS  S U M O S   PON T ÍFIC E S.

    P A N E G Í R I C O

      G R A T U L A T O R I O

      A  FELIPE  EL  HERMOSO;

    -

      E D U C A C I Ó N   B E L

      P R Í N C I P E

      C R I S T I A N O .

    LA   V I U D A   C R I S T I A N A .

    ENCOMIO   D E L A

      M E D I C I N A .

    APOLOGÍA DEL  M A T R I M O N I O .

    P L A N

      DE

      E ST UD IOS.

    EPÍSTOLA   CONSOLATORIA.

    D E C L A R A C I Ó N   S O B R E L A   MUERTE,.

    S E R M Ó N

      D E L

      N I Ñ O   J M S Ú S ,

      E N

      B O C A

      D E U N

      N I Ñ O > .

    P R E P A R A C I Ó N P A R A   L A   MUE RT E .

    PARALELISMO   D E L   MA RTI RI O  Y D E L A   V I R G I N I D A D .

    L I T U R G I A . L A U R E T A N A .

    PBIJ

      MENOSPRECIO DEL

      M U N D O .

    P A R Á F R A S I S D E L E V A N G E L I O   D E S A N   L L C A S .

    Dlí CÓMO   LOS  NIÑOS HAN DE  SER

    INICIADOS

      EN

    I,A ptKDAIí

    Y   E N L A S   BUENA S  LE T RAS.

    QUERELLA DE LA

    PAZ.

    ADAGIOS.

    D E L A

      A M A B L E C O N C O R D IA   D E

      L A

      I G L E S I A .

    COLOQUIOS.

    E P I G R A M A S .

    EPI S TO LA RI O .

    O T R A S O B R A S D E L M I S M O

      A U T O R

      P U B L I C A D A S

      P O R

      E S T A E D I T O R I A L

    E L O G I O   DE LA  L O C U R A

    (Col.  Crisol,  núm.

      50)

     

    E R A S M O

  • 8/20/2019 001-Erasmo de Roterodamo-educación Del Principe Cristiano-completo

    4/47

    l ' i ' l n l i ' t l

      ll i

      S | i n l t i .

      h i i D i T . H i i  cu

      l < ] n p ; i ñ : i ,

      p or  (li'úllcas  Halar,

    A i n l i ' r M   de

      Ui

      C ue r da

    4 ,  M m l r l d .

  • 8/20/2019 001-Erasmo de Roterodamo-educación Del Principe Cristiano-completo

    5/47

    X i l d ^ r j f í a

      de  E rasm o co n

     Términos,

      p or

    l l o l h r l n ,

      rs35-  (Museo

      < Íe Artr,

      BASILEA)

    E R A S M O

    U n i v e r s id a d d e S a n   u e n a v e n t

    C10047467

    O B R A S

    E S C O G I D A S

    T R A S L A C I Ó N

      C A S T E L L A N A

    D I R E C T A ,  C O M E N T A R I O S N O T A S

    Y

      UN

    E N S A Y O

      B I O I i l B U O G R Á F I C O

    L O R E N Z O   R I B E R

    D e l a  R e a l  A c a d e m i a  Española

    A G U I L A R

    M A D R I D -

      1956

  • 8/20/2019 001-Erasmo de Roterodamo-educación Del Principe Cristiano-completo

    6/47

    E D U C A C I Ó N

    DEL  P R Í N C I P E  C R I S T I A N O

      ( I )

    D E D I C A T O R I A

    A l  Ilustrísimo  P r í n c i p e  DO N  C A R L O S ,

    n i e t o  d el  i n v i c t í s i m o C é s a r  M A X I M I L I A -

    N O , E R A S M O R O T E R O D A M O :   S a l u d .

    S

    I E N D O

      así que de

      suyo

      es

      cosa exi-

    m i a la  s a b i d u r í a ,  oh  C a r l o s ,  e l m á s

    a v e n t a j a d o  d e  lo s pr í n c i pes , o p i -

    s i m a   y a la vez  h e r m o s í s i m a S u

    ta , con cuyos abrazos ún icos se de

    D a v i d ,  s a p i e n t í s i m o p a d r e d e u n

    s a p i e n t í s i m o .

      Esta

      es la que

     

    a sí

      en e l l ibro de los Prover

    « P o r  mí los  p r í n c i p e s m a n d a n 

    poderosos d isciernen

      la

      j us t i c i a

  • 8/20/2019 001-Erasmo de Roterodamo-educación Del Principe Cristiano-completo

    7/47

    EDUCACIÓN 'UfíL

      - P R Í N C I P E

      C R I S T I A N O

    Y i o

      ya

      t r a s l a d ó

      a l

      l a t í n

      la

      d o c t r i n a

      d e

    Isócrates acerca   d e l a a d m i n i s t r a c i ó n

    del

      r e in o .

      A i mi ta c i ón

      suya,

      yo  h e

    a ñ a d i d o  l a

      m í a , d i s p u e s t a

      en

      f o r m a

    d e

      a f o r i s m o s ,

      p a r a a h o r r a r p e s a d u m -

    bre a

      q u i e n e s

      los leyeren;  a f or i smos

    qu e  ;iio  se

      a p a r t a n m u c h o

      d el

      doctr i-

    n a l

      pol í t ico  d e

      Isócrates.

      Es de

      saber

    que este  sofista  i n s t r u y ó  a no sé qué

    reyezuelo,  o, por

      m e j o r d e c i r ,

      no sé

    q u é

      t i r a n o ,

      en

      d o c tr in a p a g a n a , p o r -

    que  él

      era

      p a g a n o .

      Y o, con m i

      profe-

    sión

      d e

      teólogo, ins truyo

      a u n

      i lus t r e

    e i n t e g é r r i m o

      p r í n c i p e ;

      yo, cr is t iano,

    f o r m o  a u n

      g o b er n ado r cr is t i an o .

      S i

    yo

      escribiera

      este

      m a n u a l  d el  buen

    gobierno para   u n  p r í n c i p e  d e m á s

    a ñ o s , p o d r í a n p o n e r

      e n m í

      a lg un o s

    esp í r i tus malév o lo s so spech a de  a d u -

    lación

      o d e

      t e m e r i d a d .

      C on

      to do ,

      en

    este

      caso, como

      el l ibri to va

      n u n c u -

    p a d o  a

      q u i e n ,

      a u n

      o f r ec ien do

      l a s más

    a l t as esper an z as ,

      es de tan

      verde

      m o-

    cedad y t an f r esca es l a in aug ur ac ió n

    de . real iza r  a q u e l los  hecho s  que e

    otros

      p r í n c i p e s  suel en ser mat er

    a l a b a n z a

      o d e

      ba l dón .

      L impio y

    a m b a s  sospechas,

      n o  t i e n e

      viso

      n

    l u m b r e

      d

      v er o s imi l i tud

      qu e no

      h

    t e n i d o

      yo

      m ás

      m i ra q u e  l a d e l

      bie

    blico,  que  debe

      ser

      el  idea l

      ind

    n ab le y  f i jo,  a s í p a r a

      reyes

      co mo

    a m i g o s  y

      vasal los

      d e

      reyes.

      E n t r

    i n n u m e r a b l e s  glor ias  que con e

    xil io

      d e  Dios  te  d e p a r a r á  tu  per

    v i r t u d ,

      const i tu irá

      rio

      p e q u e ñ a

    d e

      tu gloria

      h ab er s ido Car lo s

    po r q ue tuv o

      la

      f o r t u n a  d e d a r c o

    pedagogo,

      que sin

      recelo

      n i

      e m p a

    a j e n o

      a  t o d a p r i n g o s a a d u l a c i ó

    p u so

      d e l a n t e

      de los

      ojos

      el

      t i p o

      d

    í n teg r o

      y

      v e r d a d e r o

      p r í n c i p e , 

    s ien do de

      í n d o l e

      in mejo r ab le , se

    venciera de que ya, desde su ju ic

    m o c e d a d ,

      debía  a la de su  mo

    a j u s t a r

      su  co n ducta , ten az  y  c o n s

    en su

      deseo

      d e

      m e j o r a r s e

      de dí

    d ía

      a sí

      m i s m o .

      T en

      salud,

      en

      D

  • 8/20/2019 001-Erasmo de Roterodamo-educación Del Principe Cristiano-completo

    8/47

    274

    D E S I D E R I O

      E R A S M O

      R O T E R O D A M O . -O B R A S E S C O G I D A S

    K 1 J U C A C I O N D j E L  'PRINCIPE

      CRISTIANO

    sofía ,  digo,

      n o aq u e l l a q u e

      d i s pu ta

    acerca   de  ]o s pr i n c i p i o s , de l a p r i m era

    m a t e r i a ,

      de l  m o v i m i e n t o  o del  i n f i n i -

    < o ,   s i n o  ; i < i u o l l a   otra

      qu e

      l i b eran do

      el

    es p ír i tu de l as f a ls as o p i n i o n es de l

    vulgo o de las pas iones desordenadas,

    enseña   el

      estilo

      d el  buen gobierno,  a

    ejemplo de la   Divin idad,

    Esto mismo pienso yo que s in t ió

    y quiso  d a r  a

      en ten der  Hornero,  c u a n -

    do   Mercu r i o t i en e

      la

      precau c i ó n

      d e

    proveer

      a

      Hornero

      con la

      h i erb a l l a -

    m a d a

      tnoly

      contra

      la s

      hech i cer ías

      d e

    Circe.   Y n o s i n  cau s a t am po co p i en s a

    Plu ta rco

      qu e

      n a d i e

      es más

      b en em é-

    r i to de l a repú b l i ca q u e q u i en i m b u -

    ye  e l á n i m o de l .

     p r í n c i p e ,

      que debe

    mirar

      por el bien   de' todos,  en*saños

    pr i n c i p i o s d i g n o s de  un  pr ín c i pe . Y

    p or

      co n t ras te , n ad i e o cas i o n a

      ta n

      irre-

    p a ra b l e s

      perju icios a los mortales co-

    .m o  aquel

    1

     que corromp e el pecho d el

    p r í n c i p e

      co n

      av i es as o p i n i o n es

      p

      m a l -

    v a d a s  pas ione s ;  c r im e n c om p a r a b l e

    a l  de aquel que

      i n f i c i o n a r e

      con tósi-

    gos mortales  un a

      f u e n t e  pú b l i ca do n -

    de   todos

      va n

      a

      beber. Á es to mismo

    se

      -refíeVe,

      si n  d u d a ,

      aquel,

      ta n  cele-

    brado' • ' ';dicho  de  A l e j a n d r o M a gn o ,

    qu eri;

    J

    -;t'ras

      u n

      coloquio

      qu e

      tuvieracon Diógenes

      el Cínico,

      lleno

      de ad-

    miAe iSn;   por e l

     gran  es p í r i tu

      filosófi-

    co

      d e

      aq u é l ho m b re ,  e s pí r i tu v e r d a d e -

    r ame nte -e xc e ls o,

      invicto,

      n o

      q u eb ran -

    t á d Í É í   jarnás, superior  a

    :

      to do acc i den te

    h ú n í S n ó :

      :

      «Si no  f u e r a  yo  A l e j a n d r o

    -^dí jó—,

      yo

      desearía

      ser

      Diógenes.»

    P o r ' m i   c u e n t a a ñ a d i r é

      yo que

      c u a n t o

    m ás

    ;

      expuesto es taba  a  los desastres

    h ú m a n o s  s u des af o rado po der ío , t an -

    t o m á s

      des eab le para

      A l e j a n d r o  er a

    e l "  á n i m o  de  Diógenes,  qu e  p o d í a  m e-

    dióse  e igualar s e c on la

      m a g n i t u d

      d e

    lb s

    ;

      accidentes

      desgraciados.

    5

     Emp e ro,  d a d o

      que tú,  ín c l i to  P r í n -

    eip'é

     I J

    C a

     

    rlos,

      sup e ra s  en

      v en tu ras

      a

    Al'éjfartdrov

      e s pe r amos

      qu e

      serás

      t a l ,

    que' táriibi'éh

      le h ar ás

    1

     v e nt a j a

      éri sabi-

    d u r í a

      p o l í t i c a .

      C i e r t o

      que él

      o cu pó

      u n

    g ran i m per i o , pero

      no s in

      sangre,

      n i

    d u r a d e r o

      en

      d e m a s í a .

      T ú

      n ac i s te

      p a r a

    un

      i m per i o herm o s ís i m o , p redes t i n a-

    do   a o t ro  m a y o r .  Tod o  cu an to de s u -

    dor y de

      f a ( . ¡ K ¡ i

      d i v o

      qu e

      po n er  e l a m-

    bicioso  M a c e d ó n  p a r a  i n v a d i r  y seño-

    r e ar  el suyo,  a ca s o  ten g as  qu e  po n er-

    l o   l ú   < > n   re d or

      d o  b u e n a '

      g an a a lg u n a

    p o r c i ó n

      d e

      I , H H

      d o m i n i o s ,  m ás  bien

    qu e  en

      o c u p a r l o s

      y  en s an char lo s .  A l

    cielo

      eres deudor  de que te  cu po  u n

    Im per i o , n o

      m a n c h a d o

      d e

      sangre,

      n i

    adq u i r i do co n   d a ñ o  d e  tercero. Tarea

    e n c o m e n d a d a

      a tu

      pru den c i a po l í t i ca

    será conservarlo incruento

      y

      t r a n q u i -

    lo.

      Es

      t a n t a

      tu

      n a t u r a l

      b o n d a d y

      t a n -

    ta

      la

      entereza

      de tu

      m en te ,

      y

      t a n t a

      la

    fuerza   de tu  i n g en i o ,  y t a l  fu e  tu   f o r-

    m ac i ó n , en co m en da da a p recep to res i n -

    corruptos y,

      en

      f in , de todos lados te

    ro dean t an to s b u en o s e jem plo s

      de tus

    m ay o res , q u e e l m u n do to do a l i en ta

    la   f i rm ís i m a es peran za q u e Car lo s , en

    su

      d í a ,

      se

      s eñ a la rá

      co n

      aquellos gran-

    des hechos

      que por

      l a rg o t i em po

      es-

    peró de tu m a lo g rado pro g en i to r F e-

    lipe.   Y  con   t o d a c e r t i d u m b r e ,  no e n-

    g añ ara

      la

      u n i v ers a l ex pec tac i ó n ,

      si

    u n a m u er te preco z n o lo hu b i era a rre-

    b a t a d o  a l

      m u n d o ,

      en su

      v erdu ra .

    Por es ta razón

      fue,

      qu e

      a u n

      c u a n d o

    no ignoraba

      yo que tu

      a l teza

      n o ' h a

    m en es ter a jen o s av i s o s , cu an to m e-

    nos los míos, tan fal tos de luces, con

    todo,  m e parec i ó b i en pro po n er es pe-

    c í f i c a m e n t e

      l a f i g u r a d e u n - p r í n c i p e

    e j e m p l a r ,  a m p a r á n d o m e e n l a  m a j es -

    t ad de tu n o m b re , co n e l p ro pó s i to de

    qu e

      q u i en es  se  edu can  p r í n c i p e s  p a r a

    g ran des i m per i o s ,  p or  m ed i o  de t i

    a p r e n d a n   el  a r t e  de  gobernar  y  reci-

    ban de t i el ejemplo, a f in de que a to-

    dos a la

      vez,

      ba jo  tu s

      auspicios, l legue

    esta provechosa doctrina,

      y que

      nos-

    otros,

      que ya

      somos tuyos,

      te

      dem o s

    te s t imonio c on

      estas

      pr imic ias de la

    fervorosa

      a f i c i ó n

      qu e

      te p ro f es am o s .

    Y /o   ya t r a s l a d ó a l  l a t í n  la

      'doctrina

      de

    Isócrates acerca

      de la

      a d m i n i s t r a c i ó n

    d el

      re i n o .  A

      imi tac ión s uya,

      y o he

    a ñ a d i d o  la   m ía , d i s pu es ta  - e n   f o r m a

    d e  a f o r is m o s ,  p a r a a h o r r a r p e s a d u m -

    b re a q u i en es lo s  le ye r e n ;  a f o r i s m o s

    qu e  :íio  se

      a p a r t a n m u c h o

      de l

      do c t r i -

    n a l

      po l í t i co  de Isócrates . Es de saber

    que es te sof is ta ins truyó a no sé qué

    reyezuelo,

      o,  p o r m e j o r

      decir,

      no sé

    qu é

      t i r a n o ,

      en

      d o c t ri n a p a g a n a , p o r -

    que él era

      p a g a n o .

      Yo, con mi

      profe-

    s ión de teólogo, ins truyo a un i lus tre

    e

      in te gé r r imo

      pr ín c i pe ; y o , cr i s t i an o ,

    f o r m o  a u n g o b ern ado r cr i s t i an o . S i

    yo escribiera

      este

      m a n u a l

      d el

      buen

    g o b i ern o para   u n  p r í n c i p e  d e m á s

    añ o s , po dr ían po n er  e n m í  a lg u n o s

    espíri tus malévolos sospecha

      d e

      a d u-

    l ac i ó n o de tem er i dad . Co n to do , en

    este  caso,  c omo  el  l ibr i to  v a n u n c u -

    p a d o  a

      q u i en ,

      a u n

      o f rec i en do

      las más

    a l t as es peran zas ,

      es de tan

      verde

      m o-

    cedad

      y tan

      fresca

      es la

      i n au g u rac i ó n

    de su

      re i n ado ,

      n o

      p u d o

      t e ne r

      t i e m p o

    dé .realizar aquellos

    otros  p r í n c i p e s suele

    a lab an za o de b a ldó

    am b as s o s pechas ,  n o

    l u m b r e  d  verosimil i t

    ten i do  yo más  m i r a  q

    blico,  que debe ser

    n a b l e

      y

      f i jo ,

      a sí

      para

    am i g o s

      y

      vasallos

      d e

    i n n u m erab les g lo r i as

    xil io

      d e

      Dios

      te

      d e p

    v i r tu d , co n s t i tu i rá  r

    d e  tu g lo r i a hab er

    po rq u e tu v o  la  f o r t u

    pedagogo,

      que sin

      re

    a je no  a to da pr i n g

    pu s o de lan te

      de los

     

    ín teg ro

      y

      v erdader

    s i en do de ín do le i n m

    venciera de que ya,

    m o cedad , deb ía a l

    a j u s t a r

      su

      co n du cta ,

    en su

      deseo

      d e

      m e j

    dí a a s í

      m i s m o .

      T en

    en ho rab u en a .

    E D U C A C I Ó N

      D EL

      P R Í N C I P E C R I ST I A

    NACIMIENTO

      Y EDUCACIÓN

    DEL PRÍNCIPE

    T o d a  vez que por

      s u f r a g i o

      y con-

    s e n t i m i e n t o  general  quedó es tableci-

    d a   y  f i rm e l a e lecc i ó n de u n pr ín c i pe ,

    n o

      t a n t o

      se

      debe poner

      la

      m i r a

      y h a-

    ce r

      c a u d a l

      de su

      i lu s t re as cen den c i a ,

    p e r p e t u a d a

      e n las

      es ta tu as

      de s us ma-

    yores,

      n i de s u

      b u en parecer ,

      n i d e

    su

      a p a s i o n a m i e n t o

      y

      pres tan c i a

      físi-

    ca ,  bobería ins igne

      e n que

      leemos

    hab er ca ído co n c i er ta f recu en c i a a l -

    gunos pueblos bárbaros, como

      e n la

    disposición

      de su

      á n i m o ,

      si es

      a p a c i -

    ble y

      m a n s a ,

      si es de

      sosegado enten-

    d i m i en to , n o prec i p i t ado n i i m petu o -

    so,   co rr i en do m an i

    q u e ,

      es t i m u lado  p or

    cen c i a q u e s u f o r tu n

    re y  eíxplote  en  t i r a

    fr a   n i avisos ni co

    vés : de que sea de

    y

      carencia de cará

    l lev ar po r cu a lq u i er

    ci a  a jen a . H ay q u e

    ex per i en c i a q u e tu v

    y  parar m i en tes en

    s e a tan

      e n t r a d o

      en

    los   l i n des  de la

      cho

    la

      t e m p r a n e z

      d e

     sú

    ve n

      en  v i lo  las

     par

    co n v en drá

      asimi|r

    cu en ta   de su  salwd

  • 8/20/2019 001-Erasmo de Roterodamo-educación Del Principe Cristiano-completo

    9/47

    276

    m l l i K H I O   K K A S i V I O  KOTERODAMO.-OBRAS  ESCOGIDAS

    N « -

      píen  I

      l i ( )

      -

    Sl í

      te nga

      que re-

    ' M I   M I , i  u n . i  n u e v a

      elección,

      l a n c e

      q u e

    t u »

      , i .

      i .  i i i i n l n   ; i

      pres en tars e

      s i n

      m e n -

    H I I Í I   M I

      i l . i n o

      d e l a

      repú b l i ca .

    K n   \n  n a vagación

     ~n o  suele conf iar-

    se

      L 'i

      'timón  a  q u i en l lev e v en ta ja  a los

    demás

      por su cuna, por sus riquezas,

    por su

      prestancia  pers o n a l , s i n o

      a

    quien

      se

      i m p o n e

      por su

      p e r i c i a  m a r i

    n e r a ,

      por su

      v i g i l a n c i a ,

      por su  s e r i e -

    dad .  P or  esta

      m i s m a  c a u s a ,

      la   gober-

    n ac i ó n

      d el

      re i n o deb e

      entregarse

      pre-

    f e r e n t e m e n t e a q u i e n   bri l le

      sobre'

      l o s *

    d e m á s

      po r s u s do tes de m an do , q u e

    s o n :  sa i

     m J

     u n a ,  j us t ic ia ,  moderación,

    prev i s i ó n y  celo  del bien público.

    Las ejecutorias de nobleza, los re-

    tratos de

      los

      mayores, el oro, las pie-

    dras prec i o s as , i m po r tan

      ta n  poco  p a -

    ra la

      a d m i n i s t r a c i ó n

      de la

      c i u dad

      co-

    m o  i m p o r t a r í a n a l p i l o t o p a r a

      el

      buen

    "gobierno  de la

      na v e .

    Es  d e

      s u m a i m p o r t a n c i a

      que a

     aq u e-

    llo   m i s m o a q u e es m en es ter q u e

    a t i e n d a e l p r í n c i p e e n l a a d m i n i s t r a -

    c i ó n m i re t am b i én e l pu eb lo en l a

    elección del príncipe, a

      sa b e r :

      el bien

    público y la

      exclus ión

      d e

      todo perso-

    n a l i s m o .

    C u a n t o

      m en o s hacedero es cam b i ar

    e l p r ín c i pe u n a v ez

      qu e

      le hu b i eres

    elegido,

      co n t an ta m ay o r c i rcu n s pec-

    ción se debe escoger, porqu e no acaez-

    ca q u e u n m o m en to de tem erar i a ce-

    g u era ab o r te i n acab ab les  s u f r i m i e n -

    tos.

      Por lo

     demás, donde

      el

      pr ín c i pe

      n a -

    ce

      no es

      objeto

      de elección, cosa que

    en l a an t i g ü edad ( s eg ú n tes t i m o n i o de

    Aris tóteles) tuvieron costumbre de

    prac t i car a lg u n as n ac i o n es ex t ran -

    j e r a s ,  y en  n u es t ro s d ías ,  es  u s a n z a

    g e n e r a l m e n t e  recibida.

      Al l í

      do n de e l

    p r í n c i p e  lo  es  d e

      n a c i m i e n t o , t o d a s

    su s

      b u en as es peran zas depen den

      d e

    su

      recta

      formación, que

      co n v en drá

    qu e

      sea más cuidadosa de lo que es

    corr iente,

      a f i n

      d é t e m e

      lo que

      f a l t ó

    en adhesivos y

      explíc itos

     sufragios, re-

    sulte  c o m p e n s a d o  por e l esmero de

    su   edu cac i ó n .  P or  ello  es que luego,

    a   la hora y, según el dicho vulgar, ,

    des de l a m i s m a cu n a , l a m en te v ac ía

    y

      r u d a

      d el

      f u t u r o  pr ín c i pe deb erá

      ser

    o c u p a d a  d e

      s a l u d a b l e s

      o p i n i o n es ,  y

    des de  el

      p r i m e r  m o m e n t o ,  el  c a m p o

    virgen

      d el  p e c h o  pueri l , debe  recibir

      • '  w i n i l l a  de la  b o n d a d ,  la  cual, poco

    : i

      poco,

      con

      el uso de

      r a z ó n

      y el

      cono-

    c M i u r i i l i i  d e  | ; i s r e a l i d a d e s ,  g erm i n e  y

    l legue a su

      d o r a d a m a d u r e z ,

      y

      puesto

    que al l í

      se

      depo s i tó , a l l í eche

      su s

      raí-

    ce s  para todo el discurso de la

      v i d a .

    No   h a y  cosa  que más  a d e n t r o

      penetre

    y s e adh i era co n ten ac i dad m ay o r co -

    m o  lo s g érm en es q u e s e p lan tan en

    e i am an ecer de l a v i da . S i en l a   d e

    las personas privadas es tos gérme-

    n es

      i n i c i a les t i en en  t r a sc e nd e nc i a ,

    g ran de , en l a v i da de l p r ín c i pe l a

    t ienen excepcional .

    D o n d e  n o

      exista

      la   fa c u l t a d  de ele-

    g i r a l p r ín c i pe , a l l í , co n d i l i g en c i a y

    re sp onsa bi l i d a d   igual, habrá de esco-

    gerse  a la   pers o n a  qu e  deb e as u m i r

      la

    forma c i ón   de l p r ín c i pe .

    Q ue   el

      p r í n c i p e n a z c a

      d e

      b u e n a

      ín -

    dole  es

      cosa

      que del

      cielo

      se

      debe

      im -

    pe t rar . Pero q u e

      el

      p r í n c i p e b i e n n a -

    cido

      no degenere, o que el que nació

    n o  m u y a derechas q u ede m ejo rad o

    p or   la   edu cac i ó n  y  cr i an za  que se le

    dé ,  es cosa que en

      gran

      p a r t e d e p e n -

    de

      de

      nosotros .

    Co s tu m b re

      e ra a n t ig ua , para con los

    qu e

      hab ían m erec i do b i en

      de la

      repú -

    blica,  erigirles es tatuas,

      l e v a nt a r l e s

    arcos

      y

      señalarlos

      co n  otros

      t í tu los

    de ho n o r . Co n to do , n i n g u n o s s o n m á s

    dignos de

      estas

      dis t inciones que aque-

    llos  que en la recta  i n s t i tu c i ó n  d el

    pr ín c i pe

      pusieron

      interés  f iel ,  valero-

    so y

      di l igente,

      a te n tos , más que a

      las

    co n v en i en c i as p r i v adas , a l b i en

      supre-

    m o

      de l a pa t r i a .

    Tod o

      lo deb e l a pa t r i a a l p r ín c i pe

    b u en o ; pero

      d e

      es te m i s m o pr ín c i pe

    EDUCACIÓN, DEL  PRÍNCIPE  CRISTIANO

    íbue no  es  deu do ra  la   p a t r i a ' a  aquel

    que con su  s an a do c t r i n a  le  h i zo t a l .

    V N o   existe  m ás  i dó n ea o po r tu n i dad

    d e  f o r m a r  y  corregir  a l

      p r í n c i p e

      qu e

    aq u e l l a

      qu e

      d e p a r a

      el

      t i e m p o

      e n que

    to dav ía é l n o t i en e co n c i en c i a de q u e

    es  pr ín c i pe .  Esta  es la  ocasión  qu e

    co n

      toda di l igencia debe aprovechar-

    le,

      n o

      s o lam en te

      en

      enseñarle

      que se

    abstenga

      d e  toda acción torpe, s ino

    t a m b i é n   en  i n i c i a r le  en  de term i n ado s

    p r i n c i p i o s

      d e virtud.

    Si

      co n  t a n t a

      solici tud

      lo s

      padres ,

      n o

    del todo necios, educan a su vas tago,

    qu e

      h a d e  sucederles  e n la  posesión

    de u n rú s t i co  f u n do ,  ¿ co n cu á n to

    celo  y co n cu á n to cu i dado  n o  será

    razón que se eduque aquel que se for-

    m a, n o para e l rég i m en de  u n a s  p o-

    ca s  f i nc a s  u rb an as , s i n o para q u e

    g o b i ern e a t an to s pu eb lo s , a t a n ta s ci u -

    dades ,  o  quién sabe,

      si al

      m u n d o

      t o d o ;

    y que, en f in de cuentas , s i resul-

    ta bueno, labrará la   fel ic idad  de m u -

    chos, y s i resultare  m a l o ,  no lo será

    s i n o cas i o n ar l a perd i c i ó n de to do s ?

    M a g n í f i ca

      y prec lara em pres a l a

    b u e n a a d m i n i s t r a c i ó n   e n un  pu es to

    d e

      m a n d o .

      Pe ro  n o  es

      h a z a ñ a m e n o s

    egregia conseguir

      que no le

      sucedaotra peor.

      En

      co n c lu s i ón , d i ré

      qu e

     éste

    y n o o t ro es e l p r i n c i pa l deb er de l

    b u e n p r í n c i p e ,

      a

      s ab er : po n er  Celo

      y

    des v elo po rq u e e l p r ín c i pe n o pu eda

    ser malo.

    Se a   ta l tu  gobierno, como  si  estu-

    vieres

      b r a v a m e n t e e m p e ñ a d o

      e n q u e

    n o

      pu eda s u ceder te o t ro s em ejan te

      a

    ti;

      y e n e l  ín ter i n , m i en t ras p reparas

    a

      tu s

      h i jo s

      p a r a  el

      gobierno

      qu e

      cier-

    to   les ha de venir  a l as m an o s , p ro ce-

    das de ta l  guisa  que a t i te  suceda

    otro mejor.

    No

      hay m á s leg í t i m a po n derac i ó n

    d e  la

      excelencia

      de un

      p r í n c i p e

      que e l

    h e c h o

      de que

      de je

      a

      la república

      un

    sucesor tal ,

      que en su

      c o m p a r a c i ó n

    él

      m i s m o parezca m en o s b u en o .

      No

    po dr ía  su

      gloria

      m

    a c e nd ra rse  y  re lu m

    do   d e  este

      modo e

    c i da .

    Feísima  reco m en

    de   qu e

      ocurra

      que

    en

      g rado t a l ,

      que a

    decesor,

      que en

      vid

    se le eche de men

    provechoso.

    Pro cu re

      el

      pr ín c

    edu car

      a sus

      h i j o s

     

    hab i én do lo s en g en

    t r i a , p a r a l a p a t r i

    p a r a

      su s

      a n t o j o s

     

    pó n g as e s i em pre e

    afecto  p r i v a d o

      d el

    Au n   cu an do hu b i

    es ta tu as , au n cu an

    tado muy costosas

    p u e d e

      e l p r ín c i pe

    m o n u m e n t o d e s u

    de   su  h i j o ,  n o

      deg

    gre,

      y q u e po r s u

    sea   u n a  f ie l

      repres

    d re

      i n t a c h a b l e .

      No

    que deja  u n r e t r

    m i s m o .

    E l i j a ,

      p or  t an to

    edu cac i o n a l , en t re

    pro p i o s deu do s ,  o

    h a g a v e n i r d e d o n

    íntegros,   incorrupto

    p rol i j a s   ex per i en c

    d u c h o s

      d e

      i n s i g n

    po l í t i cas ;

      var one s

    edad les acarree re

    p la r i dad de v i da l

    r i d a d ,  y cu y a s i m

    tes les p ro cu ren am

    tuoso. Evítese

      qu

    d el

      príncipe

      n iño

    p or

      el

      m al

      genio

     

    n o s e a q u e

      antes

    la

      v i r tu d  que a 

    t a m b i é n

      que,

     

    d e s

    c a m i n o s a

     i n d u l g en

  • 8/20/2019 001-Erasmo de Roterodamo-educación Del Principe Cristiano-completo

    10/47

    27S

    i > | . , ' ; l i > i : i m i

      | I : I I A : ; M O  UOTKRODAMO.-'OBRAS

      ESCOGIDAS

    iT i í i»

      « i n : ' ' i i r i

      • •   ' i i  l"

      q ue

      n o  debe  nun-

    < - í - |

      f l . - :   i i h ,  ii

    K M   b o d a   ¡ . M . ' . - i

      l o r m a t i v a ,

      p e ro  p o r

    n i , i   n i  ' i a   i M p c c i a l  en la de l  p r í n c i p e ,

    I M . • ; « '   d < >

      P I I I L C T   t a l  mod e ra c i ón  y tem-

    p l a n z a ,  q u e l a  severidad  d el  preceptor

    c n l i i l n i -  la  e xc e s i va l oz a n ía d e  l a m o -

    c e d a d ,  s i n p e r ju i c i o d e que l a ama-

    b i l i d a d  m ás  e xqui s i t a ne u t ra l i c e  y  sa -

    z one e l d e sa br i mi e n t o d e l a   o b l ig a d a

    coacción.

    T a l

      d e b e

      ser el

      f o r j a d o r

      d el

      p r í n -

    cipe

      f u t u r o ,

      que, c omo

      m u y

      elegante-

    m e n t e

      fu á

      d i c h o

      p or

      Séneca, sepa

      re -

    p re nd e r s i n ofe nsa y a l a ba r s i n  adu-

    l a c i ó n

      y

      que, a su  vez,  el  e d u c a n d o

    reverencie   a l  p re c e p t or p or l a  serie-

    d ad

      d e su v i d a y l e a me p or l a a t r a c -

    t iva   a p a c i b ü i d a d de su  carácter.

    N o f a l t a n   p r í n c i p e s

      qu e

      c ol me n

      d e

    c a r i ñosa s d i s t i nc i one s  a  qu i e ne s  les

    c u i d a n   un h e rmoso c a ba l l o o un a ve

    p e re gr i na o un   perro  d e ra z a , y que

    co n s i der a n   que no son d e e l l a s me -

    recedores aquellos

      a

      qu i e ne s e n t re -

    ga ron

      a su

      h i j o p a r a

      qu e

      le for-

    men y  e d uque n .

      Hartas

      veces  los

    co n f í a n

      a  preceptores ta les  que nin-

    gú n

      v i l l a n o ,

      co n

      unos p oc os a d a rme s

    d e c ord ura , qu i s i e ra c onf i a r l e s sus p e -

    que ños .

      ¿En qué

      p a r a r í a ,

      en

      ú l t i mo

    t é r m i n o , h a b e r e n g e n d r a d o

      un

      h i j o

    para el e jercicio del poder, si no  cui-

    d a s d e que

      se

      J e e d uque p a ra que

    e je rz a e l p od e r?

    N i  t a mp oc o a c ua l e squ i e ra nod r i z a s

    d e be c onf i a rse al que  n a c i ó p a r a m a n -

    d a r , s i no

      a

      muje re s d e suma e n t e re z a

    y  h o n r a d e z ,

      ya

      previamente  i ns t ru i -

    d a s

      e

      i n d u s t r i a d a s  para  esta del icada

    f u n c i ó n ;  n i t a mp oc o se l e d e be  mez-

    c l a r

      en los

      juegos

     de

     c ua l e squ i e ra

      mu-

    chachos  cogidos  del arroyo,  sino  que

    han de  alternar  con

     niños  d e bue na

    í n do l e ,  de

      carácter verecundo  y res-

    p e t uoso, forma d os  en las  b u e n a s

      m a-

    neras y en la más rígida

      escuela

     de la

    virtud.

      M uy l e jos d e sus o íd os y muy

    a p a r t a d os d e sus o jos d e be a nd a r l a

    p a n d i l l a

      d e

      muc h a c h os d ísc ol os , mal-

    h a b l a d o s , p r c c o / m e n t e  be be d ore s ;

      y

    p or

      m a n e r a  e s p e c ia l

      de l o s a du l a do -

    res y

      l i s o n j e r o s ,  c u a n d o t o d a v í a

      el

    á n i m o  d el  ( ' ( I n c a l i d o  n o

      está asaz

      i m -

    pu es t o

      en

      m á x i m a s  m o r a l e s .

    ('¡orno  ,sca  que de  suyo  lo s  i nge ni os

    h u m a n o s ,

      cu

      .s u

      m a y o r í a , s o n

      p roc l i -

    ve s  a l  mal ,  n o  exis l .e  n i n g u n o  t a n

    en   bue n  h o r a  n a c i d o  q u e n o l o pue-

    d a   e s l r a g a r  u n a  e d u c a c i ó n m a l i g n a .

    ¿ Q u é  p u e d e s p r o m e t e r t e s i n o

      m u y

    f ieros  m a l e s d e u n

      p r í n c i p e

     que,

     na -

    cido con el  i nge ni o  qu e

      f u e r e

      (pues-

    to   c a so que e l r a nc i o a bol e ngo d a ,

    eso sí, el  p od e r , p e ro  n o, da el se-

    so),  i nme d i a t a me nt e , d e sd e su  mis-

    ma c un a , se s i e n t e i n f i c i ona d o y

    c orroíd o d e l os má s ne c i os p re ju i c i os ,

    cr i a do entre  m u j e r z u e l a s

      bobas, creci-

    d o  e n t re moz a s c a squ i l e ve s e n t re c a -

    m a r a d a s

      de

      jue rga s ,  entre  lagoteros

    vi l ísimos, entre  r u f i a n e s  y cómicos,

    e n t re borra c h os

     y

      juga d ore s , ma e s t ros

    d e l a v i d a a i r a d a ,  entre  bobos y per-

    versos,

      en

      cuya  c o m p a ñ í a n a d a oye,

    n a d a a p r e n d e , n a d a

      se le

      i n c u l c a ,

     si-

    n o

      ideas de placeres, regalos, fausto,

    a r roga nc i a , a va r i c i a , sa ña , d e sp ot i s -mo; y sal ido de esta escuela, luego,

    a la   h o r a ,  se  le  d a

      a

      e m p u ñ a r  el

      ti -

    m ó n d e l m a n d o ?

    D a d o  caso

      q u e l a

      m e j o r

      d e

      t o d a s

    las  re s t a n t e s a r t e s  es  s i e mp re  la  más

    e sp i nosa y  d i f í c i l  y n o  hay  o t r a m á s

    h e rmosa n i má s c os t osa que l a d e l

    bien

      gobe rna r , ¿p or qué

     será

     que  p a r a

    esta  sol a c re e mos que no h a c e

      f a l t a

    n i n g u n a f o r m a c i ó n   n i  a p a r e j o ,  y q u e

    p a ra e l l a ba s t a s i mp l e me nt e

      el

      ilustre

    n a c i m i e n t o ?

    Deci dm e, po r  f a v o r :  ¿qué e je rc e n

    sino

      tiranía  aquellos príncipes, l lega-

    d os   a

      m a y o r e d a d ,

      qu e

      s i e nd o n i ños

    no  juga ron  más que a  t i r a n o s ?

    Q ue

      t od os l os h ombre s se a n bue nos ,

    cosa es

      -más

      de desear que de esperar.

    E D U C A C I Ó N

      B E L P R Í N C I P E  C R I S T I A N O

    Pero

      rio es empresa  d i fíc i l ,  en t a n  in -

     " 1

    f i n i t a   m u c h e d u m b r e , e l e g i r m e d i a n t e

    rígida  selección  uno que  otro  que se

    a v e n t a j e n

      a los

     restantes

      en

      p robi d a d

    y

      c ord ura , p or c uya sa l ud a bl e i n f l ue n-

    cia,  16s  demás se vuelvan  buenos.

    Tenga  el  p r í n c i p e  m o zo ,  largo es-

    p a c i o  de t iempo, por sospechosa su

    m o c e d a d ;  y m a n t é n g a l a s u a v e m e n t e

    vi gi l a d a , p a r t e

      por su

      i ne xp e r i e nc i a

    p e r s o n a l

     y

      p a r t e

     por la

      i m p e t u o sa pre-

    ci p i t a c i ó n

      p r o p i a

      de sus

      a ños ,

     y

      guár-

    d e se muy muc h o d e

      rio

      a c ome t e r e m-

    presa

      d e i mp or t a nc i a s i n e l c onse jo

    d e

      va rone s p rud e nt e s ,

      y

      m e j o r

      si

      son

    e n t r a d o s

     ya en

      días, cuyo trato  a s i d u o

    d e be c u l t i va r a

      f i n

      de que el posible

    desmañdamiento  de la  juventud que-

    d e  e n f r e n a d o  p or l a re ve re nc i a d e bi d a

    a la  ve ne ra bl e a n c i a n i d a d .

    T o d o

      a que l que a sumi ó e l d e l i c a d o

    e m p e ñ o

      d e

      instruir

      a l

      p r í n c i p e ,

      p o n -

    d e re c ons i go mi smo,  una y  m u c h a s

    veces,

      que se le

      e n c o m e n d ó

      u n a m i -

    s i ó n n a d a v u l g a r ,

      la

      cuál,

      así

      c omo

    e n h o n r a

      excede a

      t od a s

      las

      d e má s,

    resulta  t a m b i é n a s a z o c a s i o n a d a a p e -

    l igros.  Y   c o m o d i s p o s i c i ó n p r i m e r a ,

    l leve  a esa  f u n c i ó n un  e sp í r i t u d i gno

    d e

      el la ,

      y

      n o p o n g a

      ojo en

     cuántos

      be -

    n e f ic io s  eclesiást icos podrá sacar de

    a l l í ,  s i no d e c uá nt a s e sp e ra nz a s p od rá

    e n r i q u e c e r a l a p a t r i a , t r a n q u i l a e n

    su fe  e s p e r a n z a d a ,  de que va a for-

    mar a un  p r ínc i p e bue no.

    Y

      tú ,

      instituidor  suyo, me d i t a

      co n

    d e t e n i m i e n t o   la  gran  d e ud a  que tie-

    nes  contraída con la  p a t r i a  que te

    c o n f ió  e n l a p e rsona d e l p r ínc i p e l a

    s u m a

      y la  cifra  de su

      fe l i c i d a d .

     De ti

    d e p e n d e

     que le

      d e p a re s

      un numen tu-

    t e l a r o i n t rod uz c a s e n   ella  u n a

      in f e c -

    c i ón mor t í fe ra

      o u n a

      f a t í d i c a  p e s t i -

    l e nc i a .

    C o m i e n c e ,

      pues, por descubrir con

    c e r t e ra sa ga c i d a d e l p e rsona je e n c u-

    yas

      m a n o s

      la

      re p úbl i c a  p uso

      ai

      n i ñ o

    d e sus e sp e ra nz a s , h a c i a qué l a d o

      íni-

    ialmente  tiende  sus

    co n   efecto,  ya en  a

    d e t e rmi na d os s ín t oma

    legir  si es más  p r o p

    b i l i da d o

      a la  arroga

    ción

      o a l a se d d e no

    placeres   o  a los  jue

    a m o r a p a s i o n a d o d e l

     

    g a n z a   o a la  gue rra

     

    logo de  la

      tiranía.

      A

    p a r t e d é bi l d ond e

    p r o c l i v i d a d a l

      v i c i o

    t a me nt e a obs t ru i r l a

    sa l ud a bl e s p re ve nc i o

    to s  a c o m o d a d o s ;  y

      p

    y su

      a f á n

      e n e m p u j a

    trario  e l á n i m o  d el

    fue re n

      sus

      instintos.

     

    p a r t e d ond e a d vi r t i e

    t e n d e n c i a s

      a la

      p r o b

    a q u el l o s

      vicios equ

    m e n t e c a e n   del  l a d o

    este

      l i n a j e

      son p or 

    ción

      y la   p r o d i g a l id a

    no y

      f a v o r ez ca

      eorl

      S

    su   bue n t a c t o a que l l

    d e

     la

      N a t u r a l e z a .

    Y   rio  se  s a t i s f a g a  y

    x i m a s

      inertes

      y va g

    de l o

      t o r p e

      y l e I n vh a y q u e

      c l a vá rse l a

    cárselas,

      h a y q u e 

    h o n d o y d e u n a   m a

    selas  a la

      m e m o r i a

    c on una se n t e nc i a , o

    do t a ,  ora  c on un s

    ej em pl o ,   ora con  u

    co n   un proverbio;

    las en los a n i l l os,  h

    en las

      t a b l a s ,

      hay q

    l os e sc ud os , y s i h a

    d io

      co n q u e l a

      t i e r n

    t o , t a mbi é n se h a d e

    dio,  p a r a  que  d ond

    p or l os  ojos,  a un c

    t e n i d o  en  otra

      cosa

    E n é r g i c a m e n t e   i n

    ge ne rosos l os e je m

  • 8/20/2019 001-Erasmo de Roterodamo-educación Del Principe Cristiano-completo

    11/47

    2SÜ

    .:   K 1 1

     A S M O  R O T E R O D A M O . - O U K A S E S C O G I D A S

    i " • ' "   i i i i | i i > r l . ¡ i i i   m u c h í s i m o

    ' n i , r  l a i  •  . f . i i i i n n , - ; :  cu  que se los im-

    ,   1 1 .   « ,

      , i ¡ ¡

      f u e n t e s  m a n a t o d a  l a

    m o r a l  de la  v i d a .  S i n o s

    ( , r > i >   : < •   « - t i   suer te  u n   n i ño rud o, e n t on-

    cei

      i i . i i > r a ' n   de  h a c e rse  lo s  ma yore s  es-

    p a ra   que,  desde luego, se

      em -

    en   l a s op i n i one s má s  rectas  y

    s a l u da b l es , y

      c omo

      co n

      drogas conve-

    nientes

      se

      i nmuni c e c ont ra

      el

      v e n e n o

    de l a s

      op i n i one s

      d el

      vu l go.

      SI

      a c ont e -

    ciere

      q u e y a

      está

      a lgo

      i n f e c t a d o

      d e

    ideales  plebeyos, entonces,

      el

      p r i m e r

    c u i d a d o

      B u r á

      que, poco

      a

      poco, vaya

    e l i m i n a n d o  a que l l a s t oxi na s ;  y en e l

    l u g a r

      c í e

      éstas,  d a ñ i n a s ,  d é  cabida  a

    ¡dea s  s a n a s . Pues  así como en Séneca

    d ic e  Ar i s t ón que p a ra e l

      mentecato

    r es u l t a   ba l d ío t od o e l t r a ba jo que se

    p o n e

      en

      e nse ña r l e

      a

      h a b l a r ,

      será  es -

    fuerzo

      p e r d i d o

      el que se

      d e d i que

      a en -

    señarle  cómo debe proceder, cómo

     d e-

    be   p rod uc i rse

      en

      p úbl i c o, c ómo

      en

      p r i -

    va d o

      s i con

      a n t e r i o r i d a d

      n o

      h ubi e re s

    expulsado su bi l is negra, e

      i n s t r u í d o l e

    en e l

      sistema

      d e

      d e s e m p e ñ a r

      la

      f u n -

    ción

      d e

      p r ínc i p e ,

      si

      a n t e s

      n o l e h u -

    bi e re s l i bra d o d e a que l l a s t a n fa l sa s

    y  ta n

      a d m i t i d a s

      y

      t o r c i d a m e n t e a c r e -

    d i t a d a s o p i n i o n e s

      de l v u l g o .

    J a má s p or j a má s d e be e xi s t i r obs-

    t á c u l o qué e nge nd re d e sá ni mo o i ns-

    pire  d e s i s t i m i e n t o

      en

      qu i e n d i r i ge

      la

    f o r m a ci ó n

      d el

      p r í n c i p e

      s i po r

      a z a r

    le   tocó

      u n

      carácter

      m ás o

      m e n o s

      za -

    h a r e ñ o  o  p oc o ma l e a bl e . S i e nd o  a sí

    q u e n o  existe  be s t i a t a n   ar isca  y t a n

    m o n t e s q u e n o  co n s i g a n  a m a n s a r l a

    l a m a n o o l a  industria  d e l d o m a d o r ,

    ¿ p o r

      qué h a d e p e nsa r que e l i nge ni o

    d e

     un  h o m b r e sea tan  agreste y tan sin

    e sp e ra nz a que no

      p u e d a

      d ome st i c a r l o

    y.

      m i t i g a r l o

      un a

      c u i d a d osa i ns t ruc -

    c i ó n ?

    C o m o  t a mp oc o d e be p e rsua d i rse

      qu e

    no le  que d a  ya  n a d a  por  hacer,  si tu-

    vo la

      f o r t u n a

      de dar con un

      i nge ni o

    m ás

      f e l i z

      d e l o a c os t umbra d o. C ua n t o

    m e j o r  os la

      n a t u r a l e z a

      d el

      suelo,

      se

    vicia   má s fá c i l me nt e , y s i n l a v i g i l a n-

    ci a   del agricul tor y sin é l r igor de su

    m a n o ,  se embreña, se cubre de male-

    z a s y d e h i e rba s i nút i l e s . D e l mi smo

    m o d o  el  i n g e n i o  d el  h ombre , c ua nd o

    m e j o r  d ot a d o, má s l e va n t a d o e s y ge -

    ne roso, y p or e s t a mi sma ra z ón, c on

    viciosa  f e r t i l i d a d  a b u n d a  en l a s m ás

    f e a s  c u a l i d a d c ; - ; ,  .s i

      t í o

      se le

      cul t iva

    co n

      p r c r c p l o s

      . s ; i I u < l a b i o s .

    Aros u  n i b r a m o s  f o r t i f i c a r  co n  a p re -

    s u r a d a   d i l i g e n c i a

      la s

      costas

      qu e

      sopor-

    t a n l o s m ás

      re c i os e mba t e s

      d el

      oleaje .

    S i n c ue nt o

      y s i n núme ro son l a s

      cosas

    qu e

      p u e d e n a j e n a r

      de la

      re c t i t ud

      el

    á n i m o  de los

      príncipes:

     •

     l a

      gra nd e z a

    de   su  f o r t u n a ,  la   a b u n d a n c i a  d e  r i que -

    zas ,  el

      lu j o ,

      lo s  regalos,  la   l ibertad (se-

    gú n   l a

    ¡

     c u a l  es  l íc i to todo  a n to j o ) ,  el

    e j e m p l o

      de los príncipes, poderosos y

    n eci o s ; e l  m i s m o  f l u j o  y

      r e f l u j o

      d e

    la s  c o s a s h u m a n a s

      y , po r

      e n c i m a

      d e

    t o c i o ,  la  a d u l a c i ó n d i s i m u l a d a  con el

    a f e i te

      de la

      l e a l t a d

      y de la

      l i be r t a d .

    Todo  el lo debe avivar  el  celo  d e  q u i e n

    l o   forme p a ra p re ve ni r l e  y  a r m a r l e

    f - o n

      el

      me jor c ue rp o

      d e

      d oc t r i na  pol í-

    t i c a  y los  e j e m p l o s  de los  p r í n c i p e s

    n t i c

      me re c i e ron l oore s

      d e

      la

      posteri-

    d a d .

    As í

      c o m o

      n o es

      d i g n o

      de u n

      sup l i -

    ci o  ú n i c o  e l q u e  e n v e n e n a  la   f u e n t e

    p ú b l i c a  d e  d ond e t od os be be n,  a sí

    t a m b i é n   e s un bra vo ma l h e c h or qu i e n

    i n f i c i o n a r e   el  á n i m o  d el  p r í n c i p e  co n

    o p i n i o n e s  perversas,

      q u e

      l ue go re d un-

    d a r á n

      en l a

      p e rd i c i ón

      d e

      tantos  h o m -

    bres.

    Si

      se  d i c t a p e na c a p i t a l c ont ra  el

    q u e  a l t e r ó l a m o n e d a d e l p r í n c i p e ,

    -¿cuánto   má s d i gno d e sup l i c i o p rop or-

    c i o n a d o  no es el que a l teró y vició

    el   i nge ni o

      d el

      p r í n c i e p ?

    M a d r u g u e

      el

      p re c e p t or

      p or

      a c ome -

    ter su  tarea  c on e l

      obje t o

      d e

      i n f i l -

    t r a r

      la   semil la  d e l a s  v i r t ud e s  e n l os

    se nt i d os c ua nd o t od a vía son t i e rnos ,

    E D U C A C I Ó N   DEL  PRÍNCIPE  CRISTIANO

    c ua nd o e l e sp í r i t u e s t á t od a vía l e jos

    de todos los vicios y dóci l a cualquier

    i n f l u e n c i a

      obedece los dedos de quien

    le da   f o r m a .  L a sa bi d ur ía  tiene  su i n-

    f a n c i a ,  corno

      la

      t i e ne

      la

      p iedad. Sien-

    do

      el mismo siempre, según las c ir-

    c uns t a nc i a s , d e be a c t ua r

      d e u n a u

    o t r a m a n e r a .  Ya, desde  su más tierna

    i n f a n c i a ,

      c omi e nc e

      p or

      a l i ñ a r

      y

      sazo-

    n a r co n

      a m e n a s f a b u l i l l a s ,

      co n

      a p ó -

    logos fest ivos,

      co n

      l i nd a s p a rá bol a s ,

    c on a que l l a s mi sma s e nse ña nz a s , que

    c u a n d o  se a ma yor , habrá

      d e

      darle con

    más  austera

      severidad.

    As í  q u e e l

      n i ño d i e re se ña l e s

      d e h a -

    be r

      oído

      co n

      gus t o  el  a p ól ogo

      d e

      Eso-

    p o,

      d el

      l e ón sa l va d o

      y

      a gra d e c i d o

      a l

    b e n e f ic io

      de u n

      r a t ó n ;

      el de la

      p a l o-

    m a , q u e p o r f a v o r d e u n a h o r m i g a ,

    n o

      s u f r i ó d a ñ o ; c u a n d o

      a s a z

      h u b i e r a

    sonre íd o, e n t onc e s  será  l l e ga d o e l mo-

    me nt o op or t uno d e que e l p re c e p t or

    le

      i n d i q u e

      qu e

      a que l l a  f á b u l a  reza

    para  e l p r ínc i p e , que a na d i e e n a b-

    soluto

      debe

      d e s d e ñ a r ,

      s i no p roc ura r

    m ás

      bi e n i nge ni a rse

      p or

      a t r a e r

      a sí

    a

      copia

      d e

      be ne f i c i os

      la

      be ne vol e nc i a

    d e  l a má s ín f i ma p l e be , p orque no h a y

    na d i e que se a t a r i d é bi l que no p ue d a

    c u a n d o  se  presenta  l a o p o r t u n i d a d ,

    si

      es

      a mi go, re nd i r

      un

      p rove c h o

      y

      si

    e s e n e m i g o n o i n f e r i r u n d a ñ o a u n a

    l os má s p od e rosos .

    C u a n d o

      a sa z se h ubi e re re íd o d e que

    el

      águi la ,  la  a l t a n e r a r e i n a de las  aves,

    que d ó mue r t a c a s i  del  t od o  por un

    escarabajo,  que es la más vil de las

    s a b a n d i j a s ,

      a ña d a , t oma nd o oc a s i ón

    d e  la

      m o r a l

      de la

      f a b u l i l l a ,

      que el

    p r í n c i p e n u n c a ,

      a u n

      c u a n d o f u e r e

      el

    m ás

      poderoso

      de la  tierra,

      debe pro-

    vocar

      a l

      e n e m i g o ,

      p or

      d e sd e ña bl e

      qu e

    le

      p a re c i e re , c omo t a mp oc o d e be  ol -

    vi d a r l e ,

     haciendo

      c omo  si 110 exist iera .

    C u a n d o

      h ubi e re a p re nd i d o c on p l a -

    c e r l a fá bul a d e Fa e t ont e , a d vi e r t a a l

    p r í n c i p e

      que él es

      i ma ge n

      y

      t r a s u n t od el

      p rop i o se mi d i ós

      f r a c a s a d o ,

      qu e

    co n

      el arrojo que l

    la  e d a d ,  pero  d e s t i t

    toda   p r u d e n c i a , e m

    del  c a r ro del sol y s

    p rop i a p e rd i c i ón, o

    c e nd i o

      d e

      t od o

      el  m

    C u a n d o l e

      h ubi e re

    la   de l

      C íc l op e

      a

      qui

    ojos,

      n o  d e je  d e  de

    s e m e j a n t e   a  P o l i f e m

    que t i e ne muc h o p od

    d e  sa bi d ur ía .

    ¿Q u i é n   n o  oirá  c

    que re i na e n l a re p

    jas y de las

      h o r m i g

    ch i z o  d e e s t a s na r r

    f o n d o

      d el

      á n i m o p u

    f o r j a d o r   v a y a i n s i n

    ll o  que c ump l e a su

    cipe,

      a  saber:  que l

    ja s

      j a má s e mp re nd e

    a l ca n ce,

     que sus  a la

    d e sp rop orc i ón c on

    cu er po ,  que es el

      ú

    su

      re p úbl i c a i ne rm

    a d vi é r t a l e se r p rop

    ci pe  m a n t e n e r s e s

    lo s  t é r m i n o s  d el  r e i

    da d m ás de  l oa r  en

    c i a ;

      y q u e de l a

      m

    ceda   e n l a s

      re s t a n t e

    en e l

      p r o p ó s i t o

      d e

     

    l í t ico

      ir

      a p u r a n d o

     

    s o l a m e n t e i n d i c a r 

    c e d i m i e n t o .

    Si   d e t e rmi na d os

    sobrado ásperos, qu

    p re c e p t or , d u l c i f íqu

    co n l a

      d u l z u r a

      y

     

    g u a j e .

      Al á be l e

      en

      p

    m e d i d o  y po r  mot i

    p r é n d a l e e n p r i v a d

    a t e núe c on a l guna

    de l a

      a m o n e s t a c i ó n

    ya   fuere a lgo creci

    Y  lo que  a n t e s  qu

    f u n d a m e n t e

      se h a á n i mo d e l p r ínc i p e

  • 8/20/2019 001-Erasmo de Roterodamo-educación Del Principe Cristiano-completo

    12/47

    28 2

    D E S I D E R I O

      E R A S M O

      R O T E R O D A M O . - O B R A S E S C O G I D A S

    su s

      mejores  a fectos  p a r a

      con Cristo^

    qu e

      se  embeba de sus enseñan zas

      siste-'

    mat i . i íadus .  p or ¡ m a n e ra

      có m o da

      y  di -

    re c t a me nt e -  e x t r a í d a s

      de sus

      p r o p i a s

    Cuentes,

      pues al l í se beben, no sola-

    m e n t e

      con toda  su  p u r e z a ,

      sino

      t a m -

    h k

    v

    n   c o n ,

      to da

      su

      eficacia .  P e r s u á d a -

    sele "detesto,,

     a  sa b e r :  que lo que

      Cr i s -

    to   enseñó,

      a

      n a d i e

      a t a ñ e  e

      i m p o r t a

    m á s . d i rec tam en te q u e a l p r ín c i pe .

    Las m as as , en s u i n m en s a m ay o ría ,

    se  g u í a n  por fa lsas  o p i n i o n es » y ,  co m o

    si

      .estuvieran

      d e t e n i d a s  en  aquella

    cueva

      de que

      h a b l a P l a t ó n ,

      t o m a n y

    a d m i r a n   p or  rea l i dades  lo que no son

    s ino

      t r a m p a n t o j o s

      y

      s o m b ras

      v a na s .

    Las par tes

      de l

      b u en pr ín c i pe

      s on no

    a d m i r a r n i n g u n a

      d e

      aquellas cosas

      d e

    qu e

      el

      vulgo hace

      gran

      aprecio, s ino

    m edi r lo  todo  por el compás de los

    ve r dade r os

      m a l e s

      y los  verdaderos

    bienes .

      N o

      exis te otro verdadero

      m a l

    s ino

      el que

      a n d a u n i d o

      co n

      m a l d a d ,

    n i  verdadero bien  que de la h one s t i - '

    d a d

      n o

      v a y a a c o m p a ñ a d o .

    I n m e d i a t a m e n t e ,   ya   desde  la s  pr i -

    meras lecciones, consiga el prudente

    m o n i t o r

      que su

      reg i o a lu m n o

      a m e y

    a d m i r e  la   v i r t u d  como la cosa más

    deseable y

      fel iz

      y l a m á s d i g n a de l

    p r í n c i p e ;   y que

      execre

      y  cobre horror

    a

      to da to rpeza , co m o

      la

      cosa

      más fea

    y m á s

      r u i n .

      ,

    No

      se

      aco s tu m b re

      el

      p r í n c i p e m o z o

    des t i n ado

      al

      m a n d o

      a adm i rar l as r i -

    quezas como cosa eximia que, l íci ta

    o

      i l íc i t am en te , deb a

      codiciarse;

      y

    a p r e n d a

      q u e n o s o n au t én t i co s ho n o -

    res aquellos a los que el vulgo da el

    n o m b r e

      Je ta le s ;

      s i n o

      que e l

     v erdade-

    ro  h o n o r

      e s una

      d i s t i n c i ó n

      qu e

     es po n -

    t á n e a m e n t e

      va en pos de la

      v ir t ud

      y

    de las  obras buenas,  y que se  consi-

    gu e  t a n t o  m ás  g lo r i o s a cu an to m en o s

    f u ere am b i c i o n ada .

    Co n v én zas e le

      de que

      es tos placeresplebeyos,

      a t a l

      p u n t o

      no son

      dignos

    d el   p r í n c i p e  y con

      m ay o r razó n

      d el

    pr ín c i pe cr i s t i an o ,  que aun n i e n e l

    ho m b re pr i v ado parecen

      b ie n .  De -

    muéstresele  qu e  existe

      otro género

      d e

    p lacer ,

      que es

      p u r o

      y

      perpe tu o  y _ q u e

    d ura

      to do cu an to du ra

      el

      espacio

      d e

    n u es t ra v i da m o rta l .

    Dígasele, y que

      l, o

      oiga  y  e n t i e n d a

    bi e n,

      que la

      n o b l ez a ,

      la s  estatuas,  a sí

    cu

      bronc e

      o

      m á r m o l c o m o

      en  c e ra ;

    que los escudos y toda aquella pompa

    y ex h i b i c i ó n de pers o n a jes cadu cea-

    do s de q u e s e h i n che co n f em en i n a

    v a n i d a d

      el

      vulgo

      de los

      proceres,

      son

    n o m b res

      hueros,

      y que no

      p e r m a n e c e

    más que  aq u e l lo  que a  es te nombre  se

    adhirió-,  a l co n du c i rs e po r i n s p i rac i ó n

    de   l a v i r t u d .

    Sepa t am b i én q u e l a d i g n i dad , e l

    pres tigio,

      la

      m a j e s t a d

      d el

      p r í n c i p e ,

      n o

    lo s depara y def i en de e l es t rép i to de

    la

      f o r t u n a ,

      s ino  la

      s a b i d u r í a ,

      la

      en te-

    reza,

      el  recto

      proceder.

    Q ue

      la

      muerte

      no h a de s e r

      t e m i d a

    e n la

      pro p i a pers o n a

      n i e n los

      otros

    l l ora d a ,  y a q u e n o f u ere des ho n ro s a .

    No   es más  fel iz  el que  m ás  t i e m p o

    vivió, s ino

      e l que

      vivió

      m ás

      ho n es ta-

    m en te . La lo n g ev i dad ha de s er m ed i -

    da ,

      no por los

      años vividos, s ino

      p or

    l as b u en as o b ras prac t i cadas . N o co n -

    t r i b u y e u n pu n to a l a f e l i c i dad de l

    h o m b r e  qu e  v i v a m u cho ,

      s ino

      que vi-

    va

      b i en .

    Pers u á das e

      que la

      v i r tu d

      es

      p a r a

      m i s m a

      el

      p r e m i o m a y o r ,

      que es de-

    be r

      i n e lu c tab le

      d el

      b u en p r í n c i p e ,

      a u n

    al

      precio de su propia vida, s i as í lo

    quis iere la

      f o r t u n a ,  m i r a r

      por el bien

    de

      su pueblo. No perece del todo el

    p r í n c i p e

      qu e

      h a l l a

      la

      m u e r t e

      en

      esta

    em pres a . F i n a lm en te , to do aq u e l lo

     q ue

    el

      v u lg o ab raza

      p or  agr adable  o

      con-

    t e m p l a

      b o q u i ab i er to po r b r i l l an te , o

    pers igue   p or  úti l , debe  se r  m e d i d o

    por la sola  regla  de l a ho n es t i dad . Y

    al

      revés,

      todo aquello

      qu e

      el vulgo

    evita

      por acerbo o desdeña por hu-

    milde o esquiva por dañoso, no debe

    E D U C A C I Ó N  DE L  PRÍNCIPE  C R I S T I A N O

    ser esquivado ni  h u i d o ,  si no se  pre-

    se nt a re  m a n c i l l a d o  p or  el deshonor.\

    Estas

      ideas clávense  en e l  á n i m o

    d el

      f u tu ro pr ín c i pe ; és tas ,

      a

      guisa

      d e

    leyes

      inviolables, grábense

      e n s u an-

    gosto pecho, t ierno y dócil . Con  estos

    t í tu los oiga que muchos son alabados,

    y con

      t í tu los  co n t rar i o s

      son

      otros

      m u-

    cho s repren d i do s a f i n de q u e y a ,

      des-

    d e

      entonces,

      se

      aco s tu m b re

      a

      es perar

    a u t é n t i c a a l a b a n z a

      de s us

      m e j o r e s

    o b ras

      y a  detestar  la

      i g n o m i n i a

      qu e

    de las

      to rpes

      le

      sobrevendrá.

    Pe ro

      ya veo cómo llegado a

      este

    p u n t o p o n d r á e l

      grito

      en el cielo algu-

    n o d e

      aq u e l lo s co r tes an o s pa lab rero s

    y corrompidos, más necio

      qu e

      cual-

    quier

      m u jerzu e la .  T ú n o s  f o r m a s  u n

    filósofo,  no un  p r í n c i p e .  Y o f o r m o

    a un   pr ín c i pe co m o deb e s er , m i en -

    tras  que tú , por

      pr ín c i pe , q u err ías

      a

    un

      bellaco,

      que se te pareciera. Si no

    fue re s  filósofo  n o

      p o d r á s

      se r

      p r í n c i -

    p e ;

      t i r a n o

      s í que lo

      podrás ser.

      No

    h a y  cosa

      m e j o r

      que un

      pr ín c i pe b u e-

    no ; el t i ra no, en   ca m b i o ,  es una bes-

    t i a m o n t e s i n a t a n   des a f o r a da ,  que de-

    ba jo  de l s o l n o hay m o n s t ru o

      n i

      m ás

    d a ñoso   n i más aborrecible.

    No

      p i en s es q u e a hu m o de p a ja s p ro -

    n u n c i ó  P l a t ó n a q u e l l a

      s e n te nc ia

      ta n

    en co m i ada po r v aro n es q u e m erec i e-

    ron los  m á x i m o s en co m i o s ,  a

      sa b e r :

    que, en conclus ión, sería dichosa aque-

    ll a

      repú b l i ca en l a q u e lo s pr ín c i pes

    fi losofasen

      o  lo s  filósofos  se  a lzas en

    con el

      pr i n c i pado . F i ló s o f o

      es, no el

    qu e

      f u ere du cho

      en

      d i a léc t i ca

      o en

    f ís ica ,  s ino

      e l q u e m en o s prec i an do l as

    f a l s a s  apariencias de las cosas,

      e nt e ro

    su pecho, descubre los verdaderos bie-

    nes y los sigue. Los vocablos son dis-

    t in tos ; pero en la realid ad son sinó-

    n i m o s lo s térm i n o s

      filósofo

      y cris-

    t i a n o .

    ¿ Q u é co s a m á s es tú p i da pu ede ha-

    b er q u e to m ar l a m ed i da de l p r ín c i pe

    p or

      estas

      h abi l idade s : s e r un  l i n d o

    b a i l a r í n ,  u n  há b i l

    un

      bebedor exquis

    h i n che , s i

      r e g i a m e n

    blo,  si

      hace otras co

    n o s da v erg ü en za

    qu e

      a lg u n o s

      n o

      t i e

    n o de

      h a c e r ?

    C on   el  m i s m o  a f

    l i dad

      de los  p r í nc i

    t a rse

      de l a m an era

    m er de l a p leb e, d

    v eras an dar le jo s d

    n i o n es

      y

      pas ionesm á s : p i en s e

      qu e

      s

    do   y vi l e indigno d

    m os

      s en t i m i en to s

    a  la

      cu a l

      j a m á s

      a g

    Pi en s a , po r f av o

    que e s

      a v e n t a j a r t e

     

    a

      t a n t a d i s t a n c i a

      d

    yas, con tu oro, c

    tu

      escolta

      y con lo

    d e

      tu

      pers o n a ,

      con

    t u a s

      de tus  m ay o r

    def i n i t i v a , n o s o n

    en lo s v erdadero s

    te co n tem plas i n f e

    la   m á s m o des ta ex

    El   p r í n c i p e  qu e

    hace ostentación de

    oro,  de s u pú rpu ra

    arreo s de s u f o r tu

    dime, les

      en s eñ a

      a

    s ino aquello

      de lo

     

    n ace  la   s e n t i n a  d

    castigados por las

    cipes?

    En l as pers o n as

    l i dad

      o el  a l i ñ o  s

    p obre z a

      o

      a s u es

    s i hay q u i en lo s a

    te .  Pe ro

      estas  m i s

    el   pr ín c i pe n o pu

    d e m o s t ra c i ó n d e t e

    to   hace u n m o dera

    bi l i d a d e s ,

      pu es to qm a n o

      t i e n e

      to do c

    ¿ Q u é

      disconveni

  • 8/20/2019 001-Erasmo de Roterodamo-educación Del Principe Cristiano-completo

    13/47

    284

    K K S I I i K U K )   h l l l A S M O '  R O T E R O D A M O . - O B R A S K S C O G I D A S

    e s t í m u l o   < • d i ' l i i . o   a q u e l  m i s m o  q u e l o

    < - ; i : ; ( i j - . ; i

      n u i í d o

      w c  co m et i ó ? ¿ Po r v en -

    l n r ; i

      n o

      < - ¡ ;

      m o n s t r u o s a

      incongruencia

    « • I   l n - 1 ' l u i

      < < •

      ( | u c e l  p r í n c i p e  s e

      pe r mi-

    / ; i

      ; «

      sí  m i s m o  l a   transgresión  q u e

    p r o h i b e

      y

      pen a

      en los

      otros?

    Si   quieres dem ostrarte prín cipe

    ideal, procura   qu e  n a d i e  te  supere  en

    tu s cu a l i dades pr i v a t i v as ,

      s a b i d u r í a ,

    g ran deza   d e á n i mo,  t e m p l a n / a , i n t e -

    g ri dad .

      Si te

      parec i ere b i en g u errear

    co n   o t ro s pr ín c i pes ,  no te  consideres

    vencedor

      s i les

      q u i t a res

      u n a*po rc i ó n

    de su terri torio, o s i hubieres puesto

    en   fuga  a sus huestes, sino si tú fue-

    res más

      íntegro,

      que no son

      ellos

      m e-

    n os

      avaros,

      m en o s

      arrogantes, menos

    irascibles, menos

      qu e

      ellos precipi-

    t ado .

    En e l p r ín c i pe parece b i en e l m á s

    e n c u m b r a d o  abolorio. Sea; pero co-

    rn o

      lo s

      géneros

      d e

      nobleza sean  tres:

    el primero, que es hi jo de la virtud y

    d e-  l as m er i to r i as acc i o n es ;  el  segundo,

    en g en drado

      d el

      co n o ci m i en to

      d e

      la s

    m á s ho n o rab les d i s c i p l i n as ; e l te rce-

    ro , a l cu a l co m u n i can es t i m ac i ó n l a

    c u n a ,  lo s  perg am i n o s ,

      lo s

      escudos  h e-

    ráldicos o las riquezas, piensa cómo

    n o

      co n v i en e q u e e l p r ín c i pe to m e hu -

    m o s de  este  género

      í n f i m o

      de noble-

    za, el  cual está  tan por  deb a jo  de to-

    dos los demás, que ya

      n o

      t i e n e

      i n f e-

    rior,

      si el

      m i s m o

      n o

      pro cede

      d e

      la

    v i r tu d . La m á s a l t a y acen drada   n o-

    bleza   es no

      hacer cau da l

      de lo que

    tan a rr i b a es tá q u e n o pu ede   a l c a n-

    zarse s ino

      con el

      m e j o r

      d e  lo s

      dere-

    chos.

    Si

      deseas aparecer i lus tre,

      n o

      h a g a s

    gala

      n i alarde de esculturas o de re-

    t r a t o s   d e

      halagüeños mentirosos colo-

    res,

      en los

     q u e ,

     s i

      algo

      h ay que

      merece

    j u s t a a l a b a n z a ,

      se

      debe

      a l

      p i n t o r

      o

    a l  escultor cuyo ingenio  y  b u en a

      m a-

    n o

      dem u es t ran .

      M ás

      cu erdo

      será

      qu e

    c o n t u

      co n du cta

      te

      labres

      y

      eri jas

    a

      ti

      m i s m o

      el

      m o n u m e n t o

      de tu

      vir-

    tu d   pers o n a l .

    Si   fal tare todo lo otro, las mismas

    ins ig nia s d e t u

      al ta s i tuación

      te

      pue-

    d en   a d v e r t i r  de tus deberes.

      ¿ Q u é

    s imboliza la unción s ino la suma cle-

    m en c i a   y  m a n s e d u m b r e  d el  pr ín c i pe ,

    cu an do po r lo  r e gu lar  l a cru e ldad

    aco s tu m b ra s er  la  as i du a co m pañ era

    de l

      po der ab s o lu to ?  ¿ Q u é  s ignif ica

      el

    oro   s i no  l a s i n g u lar i dad de s u s ab i du -

    r í a ?  ¿ Q u é  el

      fulgor

      de l as

      jo y as

      s ino

    la s  v i r tu des  en   grado eximio  y  n o n a d a

    plebeyas?

    1

      ¿ Q u é,

      la s  rojeces  de la  pú r-

    pu ra , s i n o e l en cen d i do am o r de l a

    repú b l i ca?  ¿ Q u é,

      el

      cetro, sino

      el te-

    naz espíri tu de la jus ticia que con

    ninguna tors ión se desviará de la rec-

    t i tu d? Po r lo dem á s , s i a lg ú n pr ín c i pe

    estuviere muy alejado de tales senti-

    mientos, es tos s ímbolos no serán ata-

    víos en él,

      sino

      tes t i m o n i o y co n den a-

    ción   de sus  vicios.

    Si   el collar, s i el cetro, s i la púrpu-

    ra, s i la

      escolta hacen

      a l

      re y ;

      en f i n

    de

      cuentas , ¿qué consideración hay

    qu e  pro h i b a  se  t e ng a n  p or  reyes  d e

    v erdad

      lo s

      h i s t r i o n es

      de l as

      t rag ed i as

    qu e  salen  a  escena  co n  aquellos atri-

    but os?

    ¿Qui e re s

      saber qué es lo que dis t in-

    gue a l

      p r í n c i p e

      d el

      h i s t r i ó n ? Pu es

      el

    á n i m o

      v erdaderam en te pr i n c i pes co ,

    con

      s en t i m i en to s de padre para co n l a

    repú b l i ca . Co n

      esta

      ley, el pueblo ju-

    ró   e n t u s  pa lab ras .

    La d i adem a, e l ce t ro , e l m an to , e l

    co l l a r , e l t aha l í en e l b u en pr ín c i pe

    son ins ignias y s ímbolo de virtudes, y

    en e l  p r í n c i p e m a l o  so n  g a las  y  arreos

    de vicios.

    C u a n t o

      m ás

      to rpe

      sea

      ello, tanto

    más se  h a b r á  d e  g u a r d a r  el  p r í n c i p e

    de no ser

      él

      tal , cuales leemos  qu e

    fueron

      otros muchos, y ojalá en la

    ac tu a l i dad   n o

      p u d i é r a m o s

      ver a

      algu-

    n os   que si les

      despojares

      de sus

      reales

    a t r i b u to s

      y les

      des n u dares

      de sus

      bie-

    E D U C A C 1 Ó N  DEL

      PRÍNCIPE

      CRISTIANO

    ñe s

      adventicios, devolviéndolos

      a su

    pro p i a p i e l ,

      ya

      n a d a h a l l a r á s

      e n é l

    sMo

      un

      i n s i g n e ju g ado r ,

      un be be dor

    invicto,

      u n

      b rav o ex pu g n ado r

      de la

    perd i c i ó n ,  u n  i m po s to r as tu t ís i m o ,  u n

    expoliador insaciable,

      un

      ho m b re

      cu -

    bierto

      d e

      per ju r i o s ,

      d e

      sacrilegios,

      d e

    fa l se d a d e s ,  de todo género de bella-

    q u er ías .

    T o das

      la s

      veces

      que te

      viniere

      a l a s

    m i en tes  qu e  eres  p r í n c i p e ,  h a z  t a m -

    b i én m em o ri a   qu e  eres  príncipe cris-

    t i an o , po rq u e en t i en das

      que es me-

    ne s t e r

      que tú

      estés

      ta n

      d i s t an c i ado

      d e

    lo s  pr ín c i pes g en t i les  qu e  merecieron

    encomios como lo es tá

      u n

      p a g a n o

      d e

    u n

      cr i s t i an o .

    Ni   n u n c a

      des en

      p e n s a r

      que es

      des-

    deñable y l iviana la profes ión de cris-

    t i an o ,

      si ya no es que

      ju zg as

      ser

      cosa

    b a lad í e l ju ram en to q u e , a l i g u a l de

    todos, hicis te en el bautismo, a sa-

    ber :  que,  d e u n a v e z p o r  to das , ren u n -

    cias te

      a

      to das

      la s

      obras

      qu e

      p l a c e n

      a

    Satan á s y a Cr i s to des p lacen . D es p lá -

    cenle todas aquellas  que se  a p a r t a n  d e

    la s  en s eñ an zas ev an g él i cas .

    Los sacramentos de Cris to te son

    comunes con todos los otros, ¿y no

    q u i eres

      que su

      d o c t r i n a

      te sea con

    lo s o t ro s co m ú n ? ¿ J u ras te  en l as pa-

    lab ras

      d e

      Cr i s to

     y te

      des v ías

      a l as

     cos-

    tu m b res

      d e

      J u l i o C é s a r

      o d e

      A l e j a n -

    d ro   M a g n o ?  ¿ P i des q u e e l p rem i o te

    sea

      c o m ú n

      y

      crees

      que sus

      precep to s

    n o"

     te

      a t a ñ e n

      u n

      p u n t o ?

    T ú,   a tu v ez, n o v ay as a pen s ar

    q u e l a es en ci a de l c r i s t i an i s m o co n -

    s is te en el s imple ceremonial, es de-

    c i r , en precep to s q u e do n deq u i era s e

    observan

      y e n las

      co n s t i tu c i o n es

      de la

    I g l e s i a .

      Cris t iano es, no el que recibió

    el  s acram en to de l b au t i s m o y e l de

    la co n f i rm ac i ó n , e l q u e o y e m i s a , s i n o

    el que abraza a Cris to con afectos ín-

    t i m o s  y  reproduce  su  i m a g e n m e d i a n -

    te

      obras

      d e

      p i edad .

    G u á rda te cu an do p i en s es  a sí  conti-

    go

      m i s m o :

      « ¿ Po r  q

    tas cosas? Yo no s

    l a r ;  yo

      n o

      soy  sac

    m o n j e » ;   pero no

    «Cris t iano soy y soy

    del cr i s t i an o es ab o

    peza

    1

    .  Pro p i o de l p r

    jarse a los demás

    pru den c i a . »

    Si tú exiges de tu

    n o zcan

      tu s

      leyes

      y,

     

    serven,

      co n

      m u cha

    be s  exigirte  a ti  m i

    m ero  y  luego obse

    Cristo,

      que es tu

      D u

    Si

      juzgas ser un

     

    ra el cual no exis te

    el

      que se

      rebele con

    una vez le

      prestó

    qué te

      p e r d o n a s

      a t

    ser

      cosa

      d e

      juego, t

    echas  a l olvido los

    C r i s t o ,  en cu y as pa

    b au t i s m o ,  a  q u i en

    f i de l i da d ,  con cuy

    o b l i g as te co n dec la

    Si   estas  co s as s e

    ¿p or  q u é s e n o s an

    Y   si  b a l a d í  no es, 

    v an ecem o s co n e l t íLa m u er te es  igu

    p a r a

      lo s

      m en d i g o s

    y es ; pero des pu és

    i gua l  para todos e

    n a d i e

      será

      tan sev

    poderosos de es te

    No

      p i en s es q u e

    tus méri tos a los 

    en v ías tu a rm ada c

    construyes

      u n

      orat

    to .

      Co n n i n g ú n o t r

    m e j o r

      g ran jear te l

    como  m o s t r á n d o t e

    para co n e l pu eb lo .

    Mira   que no te

    adu lado ras q u e d i c

    venciones  n o  a tañ e

    sino

      a los

      eclesiá

  • 8/20/2019 001-Erasmo de Roterodamo-educación Del Principe Cristiano-completo

    14/47

    28 U

    DESIDERIO K l í A S I V I O

      K O T E R O D A M O . - O . H K A S

      ESCOGIDAS

    n o

      t > s

      sacerdote,  lo  reconozco,  y  p or

    esto, n o  consagra  el  C u e r p o

      de

      C r is to ;

    no es  obispo,  y por

      esto

      n o  pred i ca

    a l  pu eb l o

      lo s

      m i s t er i o s  cr i s t i an o s  n i

    a d m i n i H l . r ; ¡   lo s  s acram en to s .  El  pr i n -

    c i p o

     n o  p r o f e s ó   la  regla  de San  B e n i -

    l í > ,  y por

      esto

      no se

      toca

      con la co-

    f fUlla. Pero, por encima de todo, es tá

    I  u

      condición

      d e  cris t iano.  N o   pro f es ó

    la

      regla

      de Sa n F r a n c i s co ,

      s i n o

      q u e

    abrazó

      la rel igión do  C r i s l o ,

      y

      p or

    ello recibió

      una veste

      candiera .

      Es

      m e-

    nester

      qu e

      en t re

      en

      c o m p e t e n c i a '

     co n

    lo s

      demás

      cris t ianos,  si con  ellos  es-

    pera   p ron   i

     ios tan

      grandes .

      O

      t ienes

      t a m b i é n

      qu e

      t o m a r

      tu

      cruz

      o

      Cris-

    to

      no t e

      reconocerá.

      P e r o m e

      dirás:

    ¿ Q u é

      cruz es la mía? Te diré cuál es

    tu

      c r u z :

      si

      an das s i em pre

      p or

      c a m i -

    n os   d e

      recti tud,

      si a

      n i n g u n o haces

    violencia,

      si a

      n ad i e s aq u eas ,

      si no

    sacas  en   v en ta m ag i s t ra tu ra a lg u n a ,

    s i no te

      dejas sobornar

      p or

      n i n g u n a

    dá d i v a .

      Harto sé que tu  fisco  t e n d r á

    m en o s ; pero n o hag as cas o

      de las

    m en g u as  de tu  f isco, mientras tuvie-

    res au m en to de ju s t i c i a . A l len de de

    esto, al paso que de todos modos mi-

    ras por e l  bien público, l levas  u n a

    v i da ag i t ada , def rau das tu s añ o s y

    tu i n c l i n a c i ó n a lo s p laceres , am en -

    guas

      y te

      a to rm en tas

      con

      vigilias

      y

    t r a b a j o ;  olvídalo todo y regocíjate

    co n l a co n c i en c i a de hab er o b rado

    bien. Asimismo cuando pref ieras  su -

    f r i r

      un a

      i n j u r i a

      a

      vengarla

      co n

      grave

    d a ñ o

      de la

      repú b l i ca , acas o

      se

      ocasio-

    n e  a lg u n a m el la  e n tu  au to r i dad .  Sú -

    frela   y p i en s a q u e u n a p i n g ü e g an an -

    c i a hay en hab er per ju d i cado a lo s

    menos posible. Solici tan

      tu

      espíritu

    tu s

      a f ec to s pr i v ado s , v erb i g rac i a :

      la

    1

    ir a   en ardec i da  por los  u l t ra jes ,  el

    am o r  de la  esposa,  el  odio  d el

     ene-

    m i g o o l a v erg ü en za para q u e hag as

    lo que se desvía de la recti tud, y lo

    q ue no

      reporte

      provecho

      a

      la

      repú-

    b l i ca ; de ja

      que te

      v en za

      la

      conside-

    ración de lo

      h o n e s t o ;

      v en za l a pú b l i -

    ca   u t i l i dad lo s

      a fectos

      privados del

    es p í r i tu . F i n a lm en te ,

      s i no

      pu edes

      tu -

    telar el reino s ino con violación de la

    ju s t i c i a ,  co n  copiosa efus ión  de

     san-

    g r e h u m a n a , c o n g r a v e d a ñ o y

     men-

    gua de la

      re í

      ¡ « ' i o n ,  des pó ja te  d e  estos

    a f e c to s

      y  a l l ; n i a l . o   a l a s

      c i rcu n s tan -

    c i a s .  S i n o  p u e d e s  aco rrer  en   au x i l i o

    i l e   l o ; ;

      l u y n s ,

      . s i n o   co n  pe l i g ro  de tu

    v i d a ,  a n t e p o n

      ; i   ( . u   v i d a   la  s a lu d  de tu

    pu eb l o .  Mi en t ras haces es to ,

      que es

    el

      o f i c i o   i n d e c l i n a b l e  d el  p r í n c i p e

    cris t iano,

      p or

      v en tu ra

      lo s

      h a b r á

      qu e

    te   l l am ará n es tú p i do  y que  p a r a  p r í n -

    cipe no vales ;

      pe r o tú  a f í r m a t e  en

    tu   es p í r i tu p re f i r i en do  se r  v aró n

     jus-

    to a p r ín c i pe i n ju s to .

      E n t i e n d o

      q u e '

    ya

      co m pren des q u e a lo s  m ás  e n c u m -

    b rado s m o n arcas

      n o  les

      f a l t a

      su

      cru z

    si (cosa en ellos   i mp re sc i nd i b l e )  n o

    quieren desviarse  de la  rec t i tu d  en

    t ran ce n i n g u n o .

    En

      la s

     otras  personas, hácese algu-

    n a co n ces i ó n a l a ju v en tu d , a lg u n a

    concesión

      a l a a n c i a n i d a d ; a l a m o -

    cedad

      se le perdona el devaneo, a la

    vejez

      se le

      conceden

      el descanso y la

    ho lg u ra . Mas e l q u e  a sumi ó '  e l pape l

    d e p r í n c i p e , a u n c u a n d o t r a t a e l n e -gocio de todos, no le es tá consentido

    n i s e r

      joven

      n i s e r

      viejo,

      p or

      c u a n t o

    n o  dev an ea s i n o en g rav e dañ o de

    los

      más, n i s in

      g rav ís i m as pérd i das

    ceja   en su  deber.

    Miserable  pru de