1. Ferimentos e Hemorragias

8/17/2019 1. Ferimentos e Hemorragias

1/22

FERIMENTOS E

HEMORR GI S

alquer ruptura anormal da pele ou superfície do corpo é

,


2/22

TIPOS DE FERIMENTOS

Incisão

Corte bem definido feito por

lâminas ou cacos de vidro.

Se os vasos da borda do

ferimento forem rompidos,

pode haver muito

sangramento. Nos membros,

as incisões podem danificar

outras estruturas, como os

tendões.

Contusão (equimose)

Qualquer golpe brusco,

como um soco, pode romper

os vasos capilares. O sangue

escapa para os tecidos,

provocando equimoses.

Muitas vezes a pele não se

rompe. Uma contusão grave

pode ocultar danos mais

profundos, como fratura ou

lesão interna.

Laceração

Ruptura irregular causada

por esmagamento ou

dilaceração, como as

provocadas por máquinas.

As lacerações talvez sangrem

menos do que as incisões,

mas lesam muito mais os

tecidos, podendo ser

contaminadas por germes e

infeccionar.

Ferimento perfurante

Pisar num prego, espetar-se

com agulha ou levar uma

facada, por exemplo,

resultam em perfurações.

Têm pequena abertura

externa, mas grandes lesões

internas; como a sujeira e os

germes podem penetrar mais

profundamente, o risco de

infecção é bem maior.

Abrasão (escoriação)

Ferimento leve em que as

camadas mais superficiais da

pele são raspadas, deixando a

região sensível e em carne

viva.

É

mais comumente

provocado por quedas ou

fricção. Também existe o

perigo de infecção causada

por partículas estranhas.

Ferimento a bala

Uma bala ou qualquer outro

projétil pode penetrar ou

atravessar o corpo, causando

lesões internas graves e

introduzindo germes que o

contaminam. A abertura do

ferimento pode ser pequena

e limpa, mas sua saída, se

houver, pode ser irregular e

muito maior.


3/22

TIPOS DE HEMORR GI S

As hemorragias são classificadas de acordo

com o tipo de vaso danificado: artéria, veia

ou vasos capilares

ver

p. 66). A hemorragia

das artérias pode impressionar, mas a

hemorragia venosa abundante é

potencialmente mais grave.

Hemorragia arterial

O sangue, quando bem

oxigenado, é vermelho-vivo;

com a pressão das batidas

do coração, sai do ferimento

em jatos que acompanham

essas batidas. Uma artéria

lesada pode produzir

grandes jatos de sangue,

esvaziando rapidamente o

suprimento necessário

à

circulação no organismo.

Hemorragia capilar

Esse tipo de sangramento

que sai em gotas ocorre em

todos os ferimentos.

Embora seja abundante no

início, a perda de sangue é

em geral desprezível. Uma

pancada brusca pode

romper as capilares sob a

pele, causando sangramento

no interior dos tecidos

hematoma .

Hemorragia venosa

O sangue venoso, já

destituído de oxigênio, é

vermelho-escuro. Tem menos

pressão do que o sangue

arterial, mas as paredes das

veias têm grande capacidade

de distensão, o sangue pode

acumular-se dentro delas;

assim o sangue de uma veia

importante rompida pode

jorrar em profusão.

Fios das fibrinas

fo rmam um tampão,

controlando o

sangramento

COMO O CORPO REAGE PARA CONTROLAR

AS HEMORRAGIAS

Quando os vasos são rompidos, suas extremidades

danificadas se contraem a fim de minimizar a perda

de sangue. Ao mesmo tempo, o sangue que escapa

de um vaso lesado começa rapidamente a coagular-se.

A

coagulação

é

um processo complexo que envolve

vários fatores, e caso um deles não esteja presente

(como na hemofilia , a coagulação pode ser retardada.

Se esta reação local for insuficiente para conter a

perda de sangue, reações mais generalizadas no

sistema circulatório

ver p. 66

entram em ação.

Estes diagramas mostram as etapas principais da

formação de um coágulo sangüíneo.

. • : : : e . : : . : .

2 A fibrina forma uma rede densa que

reúne mais plaquetas, formando um coágulo

gelatinoso. Esse processo leva narmalmente

cerca de 10 minutas.

o

coágulo compacto fecha

completamente o ferim ento

en quanto

a

pele se restitui

laquetas se concentram

no local do ferim ento

~-

1 Qualquer dana nas paredes dos vasos faz com

que as plaquetas se concentrem no locol da lesão.

Elas não sá auxiliam a fechar o ferimento, mas

também liberam fatores de coagulação, que, por

sua vez, desencadeiam a conversão de uma das

substãncias do sangue, o fibrinogênio, em uma

proteína, a librino.

3 O coágulo começo imediatamente a se

encolher, liberando uma substãncia aquosa

soro . Esta possui anticorpos que combatem

as infecções e também células especializadas,

que dão início ao processo de reparação.

O soro se acumula nos tecidos ao redor do

ferimento, causando inchaço.


4/22

HEMORR GI S EXTERN S GR VES

A hemorragia externa abundante impressiona

muito e pode desviá-lo de outras prioridades

dos primeiros socorros, Portanto, não se

esqueça dos procedimentos da reanimação.

A hemorragia no rosto e no pescoço pode

obstruir as vias respiratórias.

É

difícil que a

perda de sangue seja tão grande que faça o

coração parar. Mas a vítima pode entrar em

estado de choque e perder a consciência.

Vertambém:

Estado de choque,

p. 68.

TR T MENTO

SEUS OBJETIVOS SÃO:

• Controlar o sangramento.

• Impedir o estado de choque.

• Minimizar o risco de infecção.

• Providenciar remoção imediata

para o hospital.

ire ou corte a roupa da vítima para

expor o ferimento. Cuidado com

materiais cortantes, como cacos de vidro.

2

Faça pressão direta sobre o ferimento,

apertando-o. De preferência use gaze

esterilizada ou um pano limpo entre sua

m ir> P Fprimento. Dara sua proteção.

PROTEJA-SE

Se você tiver qualquer machucado ou

ferimento externo, cubra-os com gaze e

esparadrapo. Sempre que possível use luvas

descarráveis

e lave cuidadosamente as mãos

com água e sabão antes e depois do tratamento.

Os riscos de contaminação, para você ou até

mesmo para a própria vítima, nunca devem ser

subestimados. Veja na página 200 como

proteger à vítima e a si próprio de infecções.

Junte e aperte as

bardos do ferim ento

em

torno do ob;eto

SE você não conseguir fazer pressão direta -

por exemplo, se houver algum objeto saindo

do ferimento - pressione bem os lados.

A elevação da parte

le sa da dificulta o fluxo

de sangue para

a

áre a

3

Levante e segure o membro lesado acima

do nível do coração da vítima. Tenha

muito cuidado no caso de haver fratura

ver p. 141 .


5/22

Mantenha

a

parte

lesada

erguido

Mantenha

a

cabeça da vítim a

abaix ada

4

pade ser de grande ajuda deitar a vítima.

Isso reduz o fluxo de sangue no local da

lesão e minimiza o estado de choque.

Se já houver alguma proteção no local da

lesão, mantenha-a e aplique sobre ela uma

gaze esterilizada. Prenda-a com faixas, mas não

aperte demais para não impedir a circulação

v er

p. 205 .

Se o sangramento vazar pelo

curativo, enrole outra faixa bem firme por cima.

SE houver um corpo estranho saindo do local,

coloque apoios nos dois lados do objeto. Atente

para que sejam suficientemente altos para

enrolar a faixa sobre o objeto, sem pressioná-lo.

6

Prenda e sustenha a parte lesada, como em

um nariz quebrado

v er

p. 141 .

7

Peça uma ambulância. Trate do estado de

choque. Verifique se há vazamento no

curativo, e a circulação fora da bandagem.

Pressão indireta

É raro que não se possa fazer pressão

direta sobre uma lesão, ou que isso

não seja suficiente para estancar o

sangramento de um membro. Mas,

caso isso ocorra, pode-se aplicar

pressão indireta sobre um ponto de

pressão onde uma artéria principal

passa perto de um osso. A pressão

sobre esses pontos interromperá o

abastecimento de sangue no membro.

Porém não se deve pressionar por

mais de 10 minutos.

NÃO use torniquete.

Pode piorar a hemorragia, causar

lesão no tecido e até gangrena.

Ponto de pressão braquial

A artéria braquiol posso no

interior da porte superior

do braço. Com a ponta

dos dedos, pressione entre

os músculos paro comprimir

o artéria contra o osso.

Siga

a

co stu ra d a

manga do casaco

para encontrar

o

pon to de pressã o

braquial

A pressão

fem ora l fi ca

onde

o

vinco

da calça

cru za

com a

barra da

Ponto de pressão femoral

A ortério femoral cruzo o osso pélvico no

centro do dobro da virilha. Deite o vítima

com o [oelho dobrado paro localizar o

dobro do virilha e pressione o local

firmemente com os polegares.


6/22

S NGR MENTOS ESPECÍFICOS

Há muitos ferimentos cujo tratamento

exige pequenas alterações nas regras gerais

da pressão direta e indireta.

De maneira geral, existe grande perda

de sangue nesses locais e é necessário

manter a vítima em observação constante

para verificar a ocorrência de possíveis

sinais de estado de choque.

FERIMENTOS NO COURO C BELUDO

o

couro cabeludo tem grande suprimento

de sangue e, quando é ferido, a pele se

arrebenta, causando uma grande brecha.

Pode sangrar muito e isso talvez torne a

lesão mais assustadora do que realmente é.

Contudo, um ferimento na cabeça pode ser

parte de uma lesão muito séria, como

fratura do crânio. Examine a vítima com

bastante cuidado, especialmente se ela tiver

TR T MENTO

SEUS

OBJETIVOS

SÃO:

• Controlar a perda de sangue.

• Providenciar a remoção para o hospital

A

gaze ou pano

utilizado deve

ser maior que o

ferimento

om luvas descartáveis, tente recolocar

fragmentos de pele no lugar, se possível.

2

Faça pressão direta sobre gaze

esterilizada ou pano limpo.

muita idade. Pode ocorrer também que um

grave ferimento na cabeça esteja mascarado

por intoxicação por álcool ou drogas. Em

caso de dúvida, siga o tratamento para

lesões na cabeça.

Ver também:

Lesões na cabeça, p.

117;

Estado de choque, p.

68.

Es ta a ta dura

prende

o

curativo no

lu gar

mas não fa z

pressão

suficiente para

controla r

o

sangramento

\

3

Prenda o curativo usando uma bandagem

triangular ver

p.

213). Se o sangramento

continuar, faça outra atadura mais firme.

4

Se a vítima estiver consciente, deite-a

com a cabeça e ombros ligeiramente

erguidos. Se perder a consciência, coloque-a

na posição de recuperação ver

p.

30 .

Leve ou mande a vítima para o hospital

na posição em que foi tratada.


7/22

FERIMENTOS N P LM D MÃO

Como tem muito sangue, a palma da mão

sangra bastante ao ser ferida. Um corte

profundo pode romper tendões e nervos e

TR T MENTO



• Providenciar remoção para o hospital.

ressione uma gaze esterilizada ou pano

limpo na palma da mão e peça à vítima

para apertá-Ia com os dedos. Se for difícil

dobrar os dedos com firmeza, ela poderá

segurar o punho com a mão ilesa.

resultar na perda de sensibilidade dos dedos.

Se um corpo estranho impedir que a mão se

feche, use o tratamento descrito na p. 95.

2

Coloque as ataduras sobre os dedos de

modo que eles se fechem sobre a gaze.

Amarre-as dando um nó sobre os dedos.

3

Apóie o braço em uma

tipóia

ver p.

215

e leve ou mande a vítima para o hospital.

FERIMENTOS N S RTICUL ÇÓES

Os vasos sangüíneos que cruzam o interior

do cotovelo e do joelho passam perto da

superfície e, quando rompidos, sangram

TR T MENTO

SEUS

OBJETIVOS

SÃO:


• Providenciar remoção para o hospital.

ressione gaze limpa sobre a lesão.

Dobre a junta com a maior firmeza

possível.

profusamente. A técnica abaixo impedirá

que o sangue flua para a parte inferior do

membro, pela compressão da artéria.

2

Com a junta firmemente dobrada para

pressionar a gaze, levante o membro. A

vítima deve deitar-se, se necessário.

3

Leve ou mande a vítima para o hospital

na posição do tratamento. A cada 10

minutos relaxe um pouco a pressão para

restabelecer o fluxo sangüíneo normal.


8/22

HEMORR GI N S V RIZES

As veias da perna contêm válvulas que mantêm o

fluxo de sangue em direção única até o coração.

Quando lesadas, o sangue se acumula por trás

delas, causando distensão. As veias varicosas

têm paredes finas e retesadas e são em geral

salientes, causando protuberâncias na pele

(a aparência nodosa característica). Podem

romper-se com as batidas mais leves, sangrando

com abundância. Se não for controlada, a

hemorragia pode causar estado de choque.

Vertambém:


68.

TR T MENTO



• Providenciar remoção urgente para o

hospital.

• Minimizar o estado de choque.

aça a vítima

deitar-se de

costas e erga a

perna lesada o mais

alto possível. Isto

reduz ou faz cessar

a hemorragia.

Exponho o ferimento e

pressione-o com força --F -lF- ;-

2

Exponha o local da hemorragia e faça

pressão direta sobre a gaze esterilizada,

ou pressione diretamente com os dedos,

até que cesse o sangramento.

3

Tire peças como meias com elástico ou

ligas que possam impedir o sangue de

fluir em direção ao coração.

___ >r./ Sangue

retomando

ao

coração

Dis te nsão

I

Válvula

lesada

~sangue

\ acumulado

~Sangue

fluindo

em

sentido

contrário

ei v ricosei iles

Use luvas descartáveis

quando possível

4

Coloque gaze ou um pano grande e

macio sobre o curativo. Envolva-o

firmemente com ataduras de modo a exercer

uma pressão uniforme, mas não aperte muito

para não impedir a circulação

verp. 205 .

Peça uma ambulância. Mantenha a perna

erguida e apoiada até o socorro chegar.


9/22

HEMORR GI S INTERN S

Lesões como fraturas ou ferimentos

profundos podem causar hemorragia nas

cavidades do corpo, mas isso pode ocorrer

também espontaneamente - hemorragia

proveniente de uma úlcera do estômago,

por exemplo. O sangramento interno é

muito grave. Embora o sangue não saia do

corpo, ele deixa de fazer parte da circulação,

podendo sobrevir o estado de choque. Além

disso, o sangue acumulado pode exercer

pressão, lesando órgãos como pulmões ou

cérebro.

Quando suspeitar de hemorragia interna

Se, depois de uma lesão, aparecerem sinais

de estado de choque sem perda evidente de

sangue, você deve desconfiar. No local da

lesão violenta, poderá haver também

equ imoses típicas - marcas de roupas ou

objetos pesados. Nos orifícios do corpo

poderá haver sangue vivo ou misturado com

o conteúdo dos órgãos ver pdgina seguinte .

TR T MENTO


• Providenciar remoção urgente para

o hospital.

• Minimizar o choque.

RECONHECIMENTO

Pode rá haver.

• Palidez.

• Pele fria e pegajosa.

• Pulso fraco e rápido.

• Dor.

• Sede.

• Confusão, agitação e irritabilidade,

podendo levar ao colapso e perda da

consciência.

• Informações da vítima indicando lesão ou

doença recente; perguntar se já ocorreu algo

parecido antes e se usa drogas.

• Após lesão violenta, equimose típica.

• Sangramento proveniente de orifícios

ver pdgina seguinte .

Ver também: Compressão cerebral, p. 119;

Esmagamentos, p. 92;

Estado de choque,

p.

68;

Perda de consciência, p. 115.

SE a vítima perder

a consciência,

coloque-a na

posição de

recuperação

ver p. 30 .

2

Peça uma ambulância. Afaste a vítima

do frio. Verifique e anote a respiração,

o pulso e o nível de resposta ver p. 50

a cada 10 minutos.

3

Observe o tipo, a quantidade e a origem

da perda de sangue ver pdgina seguinte .

Se possível, mande uma amostra do sangue

com a vítima para o hospital.


10/22

Local

HEMORRAGIA DE ORIFíCIOS

Boca

Ouvido

Nariz

Ânus

Uretra

Vagina

Aparência

Sangue vermelho-vivo, espumoso,

acompanhado de tosse

h emop lise .

Sangue vomitado h emalême se ,

possivelmente vermelho-escuro ou

marrom, lembrando grãos de café.

Sangue vivo, bem vermelho.

Sangue ralo, aquoso.

Sangue ralo, aquoso.


Causa

Sangramento nos pulmões.

Sangramento dentro do aparelho

digestivo.

Lesão do ouvido interno, tímpano

perfurado.

Vazamento de fluido cerebrospinal

após lesão na cabeça.

Rompimento de vasos nas narinas.

Vazamento de líquido cerebrospinal

após lesão na cabeça.


Fezes escuras, cam cheiro forte melena .

Urina vermelha ou escura.

Sangue vivo ou escuro.

Lesão no ãnus ou intestino.

Lesão no intestino delgado ou mais

acima.

Hemorragia na bexiga ou nos rins.

Menstruação, aborto, doença ou

lesão na vagina ou no útero.

Uma hemorragia dentro do ouvido

geralmente ocorre após perfuração do

tímpano. Esta pode ser causada por

penetração de corpo estranho, golpe na

parte lateral da cabeça, ou explosão.

A vítima sente uma dor aguda quando

o tímpano se rompe, seguida de dor de

TR T MENTO

SEUS OBJETIVOS SÃO

• Deixar que o sangue saia livremente.


NÃO ponha tampões no ouvido.

HEMORR GI NO OUVIDO

ouvido e surdez. Se o sangramento se der

após uma lesão na cabeça, o sangue pode

ser ralo e aquoso. Émuito grave, pois

indica que há vazamento de fluido cerebral.

Ver também: Corpos estranhos nos ouvidos,

p. 177; Lesões na cabeça, p.

1

jude a vítima a se colocar em posição

recostada, com a cabeça inclinada para o

lado do ouvido lesado para que o sangue saia.

2

Cubra o ouvido cuidadosamente com gaze

esterilizada ou pano limpo.

3

Encaminhe ou leve a vítima para o

hospital na posição em que foi tratada.


11/22

HEMORR GI N S L

Ela ocorre, na maioria das vezes, quando os

vasos do interior das narinas se rompem,

seja por pancada no nariz, ou como

conseqüência de espirro, limpeza com

dedos, ou mesmo ao assoar o nariz. As

infecções, como resfriados ou gripes,

deixam os vasos do nariz mais frágeis. Esses

sangramentos também podem ocorrer como

resultado de pressão arterial elevada. As

hemorragias nasais geralmente são apenas

TR T MENTO

SEU

OBJETIVO É:

• Controlar a perda de sangue e manter

as vias respiratórias desimpedidas.

I

ente a vítima com a cabeça bem

inclinada para a frente, e não deixe que

ela mude de posição: o sangue pode

escorrer pela garganta, provocando vômito.

desagradáveis, mas podem ser perigosas,

especialmente se a vítima perder grande

quantidade de sangue. Quando a

hemorragia segue-se a uma lesão na cabeça,

o sangue costuma ser aquoso e ralo. É um

sintoma grave, pois indica vazamento de

líquido cerebrospinal

verp. 114 .

Ver também: Lesões na cabeça,

p.

117.

4

APÓS10 minutos, diga-lhe para relaxar a

pressão. Se o nariz ainda estiver sangrando,

aplique novamente a pressão por períodos de

10 minutos.

SE o sangramento persistir por mais de 30

minutos, leve ou mande a vítima para o

hospital na posição em que foi tratada.

Aperte com os

dedos a parte

carnuda bem abaixo

do osso do nariz

2

Peça à vítima para respirar pela boca

(isso vai acalmá-Ia) e apertar o nariz logo

abaixo do osso. Ajude-a se necessário.

3

Diga-lhe para tentar não falar, engolir,

tossir, cuspir ou fungar, para não

atrapalhar a coagulação. Dê-lhe um pano

limpo para secar o sangue.

Quando o sangramento estiver sob

controle, e com a vítima ainda com a

cabeça para a frente, limpe delicadamente

em volta do nariz e da boca com água morna.

6

Aconselhe a vítima a descansar por

algumas horas e a evitar esforço.

Não assoar o nariz para não bloquear

a coagulação.


12/22

HEMORR GI N BOC

Cortes na língua, nos lábios ou mucosas da

boca abrangem desde lesões triviais até

ferimentos mais sérios. Geralmente são

causados pelos dentes da própria vítima após

TR T MENTO


• Controlar o sangramento.

• Proteger as vias respiratórias,

impedindo a inalação do sangue.

aça a vítima sentar com a cabeça para a

frente e inclinada para o lado lesado, de

modo a permitir que o sangue saia.

Faça pressão

sobre o

ferimen to para

controlar o

sa ngramento

2

Para controlar o sangramento, coloque

um chumaço de gaze sobre a parte

afetada e peça à vítima para apertá-Io entre

os dedos indicador e polegar, mantendo a

pressão por 10 minutos.

SE o sangramento for proveniente da

cavidade deixada por um dente, coloque

um calço de gaze bem espesso para impedir

que, quando ela morder, os dentes

penetrem no espaço lesado. Diga-lhe para

morder sobre a gaze.

3

Se o sangramento persistir, troque a

gaze. Diga à vítima que o sangue não

deve escorrer; se ela engolir sangue,

poderá vomitar.

pancada ou queda. Quando abundante, a

hemorragia pode assustar. A perda acidental

de um dente ou sua extração às vezes podem

causar hemorragia.

PERDA DE DENTES

Pode-se reimplantar com sucesso um dente

definitivo que foi acidentalmente arrancado. Se

estiver perdido, peça a alguém para procurá-Io

enquanto você administra os primeiros socorros

necessários.

Cuidados com o dente

Não limpe o dente: isso poderá danificar os

tecidos o serem regenerados. Coloque-o no lugar

e, fazendo uso de uma goze, pressione-o na

posição correta. Leveou encominhe o vítima

00

dentista ou hospital. Se não conseguir recolocar

o dente, guarde-o no bochecha do vítima ou

num copo com leite.

NÃO lave a boca, pois pode atrapalhar a

coagulação.

4

Aconselhe a vítima a evitar bebidas

quentes durante 12 horas.

SE o ferimento for grande, se o sangramento

persistir além de 30 minutos, ou se voltar a

ocorrer, procure o médico ou o dentista.


13/22

HEMORR GI V GIN L

A maior probabilidade é que um

sangramento proveniente da vagina seja a

menstruação, muitas vezes acompanhada

por cólicas abdominais. Mas também pode

indicar um processo abortivo ou aborto

recente, doenças internas ou lesão

provocada por estupro.

Se a hemorragia for abundante, pode

haver estado de choque. Seja sensível aos

TR T MENTO

SEUS

OBJETIVOS

SÁO:

• Fazer com que a mulher se sinta

reconfortada e tranqüila.

• Observar e tratar o estado de choque.

• Providenciar a remoção para o hospital,

se necessário.

1

emova a mulher, se possível, para um

local com mais privacidade, ou monte

um local onde ela fique protegida de

espectadores.

2Dê-lhe um absorvente ou toalha limpa.

Os joelhos

dobradas

aliviam a

tensão dos

músculos

abdominais

3

Acamade-a em posição confortável, com a

cabeça e os ombros levantados e apoiados, e

sentimentos da mulher. Ela pode ficar

constrangida ou se ressentir de presença

masculina. Se o socorrista for do sexo

masculino deve, se possível, providenciar

uma companhia feminina.

Ver também:

Aborto,

p. 190;

Estado de choque,

p. 68.

Ajude-a a

tomar os

remédios

SE ela tiver certeza de que se trata de

cólica menstrual, poderá tomar

analgésicos ou remédios prescritos pelo

médico.

SE o sangramento continuar

profusamente peça ambulância.

Trate do estado de choque.

EsTUPRO

Se uma mulher tiver sido vítima de

estupro é fundamental não destruir as

evidências retirando, lavando ou jogando

as roupas fora. Delicadamente persuada-a

a não se lavar e, se possível, não usar o

roalete até que um exame de corpo de

deliro tenha sido feiro por médico

especialmente treinado.

É

importante

observar que uma mulher que foi

estuprada talvez não aceite socorro de um

indivíduo do sexo masculino, e se sinta

ameaçada por qualquer homem.


14/22

FERIMENTOS GR VES

Muitos ferimentos, embora graves, não

causam grandes hemorragias externas. Isso

se aplica especialmente aos ferimentos no

tronco: uma facada no abdômen, por

exemplo, causa em geral apenas um

pequeno corte na entrada, mas pode

provocar danos internos muito sérios.

Ferimentos no peito às vezes resultam em

complicações respiratórias, e quando afetam

os olhos podem causar cegueira.

FERIMENTOS PROFUNDOS NO PEITO

o coração e os pulmões, bem como os

principais vasos sangüíneos em redor,

situam-se no peito tórax , protegidos pelo

esterno e pelos doze pares de costelas

ver

p.

136 . As costelas também protegem

os órgãos abdominais superiores.

Assim sendo, um ferimento profundo

no peito poderá causar danos internos

graves, tanto para o peito propriamente

como para a parte superior do abdômen.

Os pulmões são especialmente vulneráveis

às lesões, seja diretamente, ou porque o

RECONHECIMENTO

Haverd:

• Respiração difícil e dolorosa,

talvez rápida, curta e irregular.

• Sensação de pânico.

Poderd haver:

• Sinais de estado de choque.

• Tosse com sangue vermelho e

espumoso.

• Cor arroxeada cianose na boca,

unhas e pele em geral.

• Sensação de estalos na pele

perto do local do ferimento,

causada pelo ar nos tecidos.

• Sangue borbulhando

do ferimento.

• Em certos casos, som de ar

sendo sugado pelo peito nos

momentos em que a vítima respira.

Ver também: Estado de choque, p. 68.

Espaço entre

as membranas

caVidade

pleural

• ~

Pulmão\

sadio \

ferimento tenha perfurado as membranas

pleura que normalmente os protegem.

Nesse caso, o ar penetra no espaço entre

elas e exerce pressão sobre o pulmão,

podendo causar seu colapso.

Às vezes, essa pressão se desenvolve de

tal maneira que afeta o pulmão ileso. Ela

também pode impedir o reabastecimento

adequado do coração, prejudicando a

circulação e fazendo com que venha a

ocorrer o estado de choque.

Pneumotórax causado por

ferimento no peito

O ar que penetra pelo

ferimento do peito exerce

pressão sobre o pulmão,

fazendo com que ele

entre em colapso.

Ar que entrou

no Ferimento

Pulmão

em

colapso

Costelas

, Sangue acumulado

na cavidode pleural

hemotórax


15/22

TR T MENTO

SEUS OBJETIVOS SÃO

• Tampar o ferimento e manter a respiração.

• Minimizar o estado de choque.

• Conseguir remoção urgente para o hospital.

se rapidamente a palma da sua mão, ou a

da vítima, se ela estiver consciente, para

cobrir o ferimento.

2

Cubra o ferimento com gaze esterilizada

ou pano limpo, depois cubra-o com saco

plástico, filme transparente de cozinha ou

papel-alumínio. Prenda com fita adesiva ou

enrole uma atadura tampando bem.

Ele pode

ficar mois

confortóvel se

sentar com as

costas bem

opoiadas

3

Apóie a vítima consciente em posição

confortável, inclinada para o lado do

ferimento.

4

~eça uma ambulânci~ ..Trate do estado

ce choque, se necessano.

Braça

dobrado

em

ângu lo

relo

em relaçâo

ao corpo

perna

dobrada

funciona

como

apoio

SE

ela perder a consciência,

verifique a respiração e o pulso

e prepare-se para reanimá-Ia, se

necessário. Coloque a vítima na

posição de recuperação

ver

p.

30

deitada do lado do ferimento. Isso poderá

ajudar o pulmão ileso a funcionar melhor.


16/22

FERIMENTOS BDOMIN IS

A gravidade de um ferimento abdominal

pode se evidenciar através do sangramento

externo e da exposição de conteúdos

abdominais. É mais comum haver lesão

e sangramento interno não aparente.

O ferimento causado por facada, tiro

ou compressão do abdômen pode perfurar

TR T MENTO

SEU OBJETIVO É:

• Minimizar o risco de infecção

e o estado de choque.

ou romper os órgãos e os vasos sangüíneos

do interior do corpo. O risco de infecção

é grande.

Ver também:

Hemorragias internas,

p.

83;

Estado de choque, p. 68.

Joelhos erguidos

e

opoiodos aliviarão a

tensão sobre a lesão

eite a vítima, dobrando e

apoiando seus joelhos, se possível.

2

Ponha uma gaze grande sobre o

ferimento, prendendo-a

delicadamente no lugar com uma

atadura ou fita adesiva.

SE parte do intestino estiver exposta,

não a toque. Cubra-a com um saco de

polietileno ou filme transparente de

cozinha para impedir que seque. Senão,

use gaze esterilizada.

SE a vítima tossir ou vomitar, pressione com

firmeza sobre o curativo para impedir que o

ferimento se rompa.

3

Peça uma ambulância. Trate do estado

de choque.

SE a vítima perder a consciência, verifique a

respiração e o pulso, e esteja preparado para

reanimá-Ia, caso necessário. Coloque-a na

posição de recuperação

ver

p.

30 ,

apoiando o

abdômen, como na ilustração acima.


17/22

FERIMENTOS NOS OLHOS

o olho pode sofrer corte ou hematoma por

golpes diretos ou por fragmentos de metal,

areia ou vidro. Todas as lesões oculares são

potencialmente graves. Até as abrasões na

superfície do olho

córnea

podem deixar

cicatriz ou causar infecção, com possível

deterioração da visão.

Um ferimento profundo pode romper o

globo ocular, permitindo a evasão do líquido

transparente humor . Esse tipo de lesão é

muito sério, embora atualmente seja possível

preservar a visão quando se realiza o

tratamento adequado.

TR T MENTO


• Impedir outros danos .

• Conseguir remoção para o hospital.

1

eite a vítima de costas, segurando

sua cabeça para que ela fique o mais

imóvel possível. Peça-lhe para deixar os

dois olhos parados; o movimento do olho

são provocará o movimento do olho

ferido, o que pode piorar a lesão.

NÃO tente tirar o

corpo estranho de

dentro do olho.

Mantenha a

cabeça apoiada

RECONHECIMENTO

Haverd:

• Dor intensa no olho afetado, com espasmo

nas pálpebras.

Poderd haver:

• Ferimento visível.

• Olho injetado, mesmo sem ferimento

visível.

• Perda parcial ou total da visão.

• Vazamento de sangue ou líquido

transparente do ferimento, possivelmente com

o achatamento do contorno normal do globo.

Tranqüilize a

vítima antes

de vendar

seus olhos

H==r Ampare a

cabeça dos

dois lados

para mantê·

Ia imóvel

2

Cubra o olho ferido com gaze ou

tampão esterilizado. Depois,

sempre tranqüilizando a vítima,

aplique uma atadura bem firme sobre

os dois olhos para impedir que se

movimentem.

3

Leve ou encaminhe a vítima para

o hospital na posição em que foi

tratada.


18/22

ESM G MENTOS

São geralmente causados por acidentes de

trânsito ou ferroviários, explosões,

terremotos, em construções ou em minas.

As lesões locais envolvem fraturas,

hemorragia interna, formação de bolhas e

inchaço. O esmagamento pode também

prejudicar a circulação, provocando a perda

da sensibilidade no local da lesão ou na

região abaixo dela. Pode ser difícil sentir o

pulso em um membro esmagado.

Per igos da compre ssão p ro longada

Se a vítima ficar presa por qualquer período

de tempo, duas complicações muito sérias

poderão ocorrer. Primeiro, a compressão

prolongada poderá causar grandes danos aos

TRATAMENTO

SEU OBJETIVO

É:

• Conseguir socorro médico

e tratar da vítima enquanto

ele não chega.

VÍTIMA PRESA POR

MENOS DE 10 MINUTOS

olte-a o mais rápido possível.

2

Controle qualquer

sangramento externo e cubra

os ferimentos.

tecidos, especialmente aos músculos. Logo

que a pressão deixa de se exercer, a vítima

pode entrar rapidamente em estado de

choque, à medida que o fluido dos tecidos

vá penetrando na área lesada.

Em segundo lugar, e muito mais

perigoso: as substâncias tóxicas que se

acumularam nos músculos são liberadas e

entram na circulação, podendo causar

colapso dos rins. Esse processo é muito

grave e pode ser fatal.

Ver também: Fraturas, pp. 141-142;


p.

83;


68.

VÍTIMA PRESA POR

MAIS DE 10 MINUTOS

I

NÃO remova a vítima .

1

eça uma ambulância, dando

todos os detalhes para os serviços

de emergência.

Não remova

o

obieto

\

Acolme-o

dizendo que

o

socorro está

a

caminho

3

Imobilize e apóie as partes

com suspeita de fratura.

4

Examine e procure sinais

de sangramento interno e

de choque, e trate-os

adequadamente.

Peça uma ambulância.

Anote o período de duração

do esmagamento e a hora em

que a vítima foi solta.

2

Tranqüilize e conforte a vítima até

que chegue o socorro.


19/22

MPUT ÇÃO

A força que causa um ferimento pode ser tal

que um membro ou parte dele (por

exemplo, um dedo das mãos ou dos pés)

pode ser parcialmente ou completamente

amputado. Às vezes é possível, por meio de

técnicas microcirúrgicas, reimplantar partes

TR T MENTO


• Minimizar perda de sangue e choque.

• Preservar a parte amputada.

CUIDADOS COM A VÍTIMA

ontrole a perda de sangue aplicando

pressão direta e erguendo a parte lesada.

2

Aplique gaze esterilizada ou pano limpo

não felpudo e prenda com uma

bandagem.

3

Trate a vítima do estado de choque.

4

Peça uma ambulância, informando que o

acidente envolve amputação. Acompanhe

a vítima ao hospital.

I

NÃO use torniquete.

EMP L Ç o

Se alguém ficar empalado, por exemplo, ao

cair sobre grades, você nunca deverá tentar

desprendê-Io, pois poderá agravar as lesões

TR T MENTO

SEU OBJETIVO É:

• Impedir outras lesões.

1

Peça para alguém chamar uma ambulância,

explicando a situação com clareza.

amputadas. Quanto mais cedo a vítima,

junto com sua parte amputada, chegar ao

hospital, melhor. Relate o acidente com

clareza para os serviços de emergência.

Ver também: Estado de choque, p. 68.

CUIDADOS COM A

PARTE AMPUTADA

nvolva a parte amputada em filme de

cozinha e coloque-a em saco plástico.

2

Envolva novamente em gaze ou tecido

macio, depois coloque em um recipiente

(saco, ou plástico) cheio de gelo moído. O

gelo ajudará a preservar o membro.

3

Anote no pacote a hora da lesã o e o

nome da vítima. Entregue-o

pessoalmente quando o socorro chegar.

NÃO lave a parte amputada.

NÃO ponha algodão em nenhuma

superfície em carne viva.

NÃO deixe que a parte amputada entre

em contato direto com o gelo.

internas. Informe o serviço de emergência

dando todos os detalhes. Eles trarão o

equipamento especializado para a remoção.

2

Apóie o peso da vítima de modo que

ela se mantenha o mais confortável

possível. Não deixe de tranqüilizá-Ia.

NÃO dê nada de comer ou beber à

vítima.


20/22

FERIMENTOS LEVES

o socorro imediato pode auxiliar a natureza a

curar os pequenos ferimentos e lidar com os

germes. Mas você deve procurar orientação

médica:

• Se houver um corpo estranho encravado no

ferimento ver pdgina seguinte .

• Se o ferimento apresentar risco particular de

infecção (como mordida de cachorro ou

perfuração por objeto sujo).

• Se um ferimento que não seja recente der

sinais de infecção ver p.

96 .

CUIDADOS COM OS FERIMENTOS

LEVES

• Primeiro lave bem as mãos.

• Evite tocar o ferirnenro com os dedos (use

luvas descartáveis se possível), ou qualquer

outra parte desprotegida do corpo.

• Não converse, tussa ou respire sobre o

ferimemo.

Maiores detalhes são apresentados, de forma

mais completa, no capítulo

Curativos e

Bandagens p. 200 .

HEMORR GI S EXTERN S LEVES

Os pequenos sangramentos são facilmente

controláveis por pressão e elevação da parte

lesada. Geralmente um pequeno curativo

TR T MENTO

SEU

OBJETIVO

É:


ave as mãos cuidadosamente

com água morna e sabão.

1

1 \

Enxágüe para que aS

partículas estranhas se

soltem com a água

2

Se o ferimento estiver sujo, limpe-o

ligeiramente debaixo de uma romeira.

3

Seque delicadamente com mecha de

algodão esterilizado ou pano limpo.

adesivo é tudo o que se necessita no caso.

A ajuda de um médico s6 será necessáriase a

hemorragia não parar ou em risco de infecção.

Peço

à

ví tima para

segurar a part e

ferida

4

Cubra o ferimento temporariamente

com gaze esterilizada. Limpe a pele em

volta com água e sabão (ou detergente).

Passe um chumaço de algodão. Use um

novo chumaço para cada movimento.

Seque delicadamente e cubra com

curativo adesivo (esparadrapo).

SE houver risco particular de infecção,

aconselhe a vítima a procurar o médico.


21/22

CORPOS ESTR NHOS EM FERIMENTOS LEVES

Pequenos cacos de vidro ou outros

fragmentos que ficam presos nos ferimentos

podem ser cuidadosamente extraídos ou

lavados com água fria antes do tratamento.

No entanto, você não deve tentar remover

TR T MENTO

SEUS

OBJETIVOS

SÃO:

• Controlar o sangramento sem

pressionar o objeto no ferimento .

• Procurar cuidados médicos.

1

ontrole qualquer sangramento

fazendo forte pressão sobre os dois

lados do objeto e levantando a parte

ferida.

2

Enrole delicadamente um pedaço de

gaze sobre o ferimento para diminuir o

risco de penetração de germes. Depois faça

uma proteção em volta do objeto até poder

enfaixar o local sem pressioná-lo para baixo.

EQUIMOSES

São causadas por hemorragia interna que

vaza pelos tecidos, provocando uma mancha

sob a pele. As equimoses podem se formar

muito lentamente e aparecer horas, até dias

depois da lesão. As equimoses que aparecem

TR T MENTO

SEU

OJETIVO

É:

• Reduzir o fluxo sangüíneo na região do

ferimento e minimizar o inchaço por

meio de esfriamento e compressão.

rga e apóie as partes lesadas propiciando

uma posição confortável.

SE suspeitar de lesão subjacente mais grave, como

objetos que penetraram no ferimento, pois

poderá causar maior lesão e sangramento

no tecido.

Ver também:

Anzóis,

p.

175; Estilhaços,

p.

174.

região em

torno do

objeto

SE não conseguir fazer uma proteção bastante

alta, amarre as ataduras em volta do objeto.

3

Le~e oU,e~caminhe a vítima ao hospital

mais prmamo.

rapidamente e aparentam ser o principal

problema podem indicar uma lesão mais

profunda.

Ver também:


p. 83.

Se necessório,

prendo a

compressa sobre o

local com ataduras

Aplique uma compressa fria


22/22

INFECÇÓES EM FERIMENTOS

Todos os ferimentos externos podem ser

contaminados por microorganismos

germes

provenientes do objeto que causou o

ferimento, do ar, da respiração ou dos

dedos. O sangramento faz com que algumas

partículas de sujeira sejam expelidas. Os

germes que ficam podem ser destruídos

naturalmente pelos glóbulos brancos.

Perigos da in fecção

Se alguma sujeira ou tecido morto

permanecer no ferimento, pode haver sérias

conseqüências. Os germes podem se

multiplicar e causar tétano

ver adiante .

Quando os ferimentos estão muito

contaminados ou mais suscetíveis é preciso

soro ou vacina antitetânica.

Ferimentos que não apresentem sinais de

cicatrização em 48 horas devem ser

considerados infectados. Nesses casos pode

haver febre também.

RECONHECIMENTO

Com o aumento da infecção pode haver:

• Dor cada vez maior e inflamação.

• Inchaço, vermelhidão e sensação de calor

na região do ferimento.

• Pus no interior ou fora do ferimento.

• Inchaço e sensibilidade das glândulas do

pescoço, axilas ou virilhas.

• Linhas avermelhadas na pele dos membros

que vão até essas glândulas.

• Se a infecção estiver avançada, haverá sinais

de febre: suor, sede, tremores e letargia.

TR T MENTO P R FERIMENTO INFECCION DO


• Impedir que a infecção se alastre.

• Procurar socorro médico.

ubra o ferimento com curativo

esterilizado ou amarre um pano limpo.

2

Levante e apóie a parte lesada para

reduzir o inchaço.

Diga à vítima para consultar seu médico.

TÉTANO

Esta perigosa infecção ocorre quando os germes

do tétano penetram num ferimento. São germes

que estão presentes no ar e no solo tes porosi.

Quando se encontram presentes em tecidos

lesados e inchados, podem liberar uma

substância venenosa

toxina

que se espalha pelo

sistema nervoso, chegando mesmo a causar

espasmos musculares e paralisia.

Como prevenir o tétano

É difícil tratar o tétano, mas é fácil preveni-Ia

através da imunização, que faz parte do

programa de vacinação infantil.

Se a pessoa nunca foi vacinada ou se a última

vacinação foi há mais de 10 anos, é necessário

tomar o soro antitetânico,

Pergunte à vítima quando ela tomou a última

vacina

antitetânica.

Procure orientação médica:

• Se a vítima nunca foi imunizada.

• Se a última vacina foi aplicada há mais de

10 anos.

• Se a vítima não lembra quando tomou a

1. Ferimentos e Hemorragias

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