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1 © Francisco Mondragão Rodrigues Castas e porta-enxertos da videira OLIVICULTURA E VITICULTURA © Francisco Mondragão Rodrigues OLIVICULTURA E VITICULTURA Necessidade de porta-enxerto  até 1860 a videira era cultivada de pé-franco em toda a Europa;  a multiplicação era feita a partir de varas atempadas, que enraizavam com a maior facilidade;  em 1860, foi introduzida na Europa a filoxera através de videiras americanas importadas dos EUA para França;  em 1863, surgem os primeiros casos de filoxera no vale do Douro, começando a destruição da vinha portuguesa;  só as vinhas da região de Colares escapam ao ataque do insecto, que não consegue desenvolver-se em solos arenosos.

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    Francisco Mondrago Rodrigues

    Castas e porta-enxertos da videira

    OLIVICULTURA E VITICULTURA

    Francisco Mondrago Rodrigues OLIVICULTURA E VITICULTURA

    Necessidade de porta-enxerto

    at 1860 a videira era cultivada de p-franco em toda a Europa;

    a multiplicao era feita a partir de varas atempadas, que enraizavam

    com a maior facilidade;

    em 1860, foi introduzida na Europa a filoxera atravs de videiras

    americanas importadas dos EUA para Frana;

    em 1863, surgem os primeiros casos de filoxera no vale do Douro,

    comeando a destruio da vinha portuguesa;

    s as vinhas da regio de Colares escapam ao ataque do insecto, que

    no consegue desenvolver-se em solos arenosos.

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    Francisco Mondrago Rodrigues OLIVICULTURA E VITICULTURA

    Necessidade de porta-enxerto ciclo de vida da filoxera

    Francisco Mondrago Rodrigues OLIVICULTURA E VITICULTURA

    verificou-se que algumas espcies de videiras americanas eram

    resistentes ao insecto;

    passou-se a utilizar as videiras americanas como suporte das videiras

    europeias, isto , como porta-enxertos;

    iniciaram-se os trabalhos de testagem das videiras americanas:

    aos diferentes solos;

    aos diferentes climas;

    s diferentes castas de Vitis vinfera.

    Necessidade de porta-enxerto

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    Francisco Mondrago Rodrigues OLIVICULTURA E VITICULTURA

    nos testes escolheram-se as espcies de videiras americanas que:

    melhor se adaptavam aos solos e aos climas;

    melhor reagiam quando enxertadas com a videira europeia;

    no produziam alteraes negativas nas produes e na

    qualidade das uvas e dos vinhos.

    Necessidade de porta-enxerto

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    foram eleitas as seguintes:

    Vitis berlandieri pela resistncia ao calcrio;

    Vitis rupestris pela resistncia secura;

    Vitis cordifolia pela resistncia secura;

    Vitis riparia pela resistncia humidade;

    Vitis solonis pela resistncia ao sal.

    Hoje em dia utilizam-se, como porta-enxertos, os hbridos de

    cruzamentos entre as espcies de videiras americanas.

    Necessidade de porta-enxerto

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    Francisco Mondrago Rodrigues OLIVICULTURA E VITICULTURA

    Genealogia dos principais porta-enxertos

    Francisco Mondrago Rodrigues OLIVICULTURA E VITICULTURA

    Caractersticas dos porta-enxertos

    Vigor vegetativo:

    Vigor fraco 101-14 MG; 420 A MG; 161-49; SO4;

    44-53 M;

    Vigor mdio 3309 C; 5 BB; 41-B;

    Vigor forte Rupestris du Lot; 99 R; 110 R; 140 Ru;

    1103 Paulsen; 196-17; 1447 Paulsen.

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    Francisco Mondrago Rodrigues OLIVICULTURA E VITICULTURA

    Caractersticas dos porta-enxertos

    Resistncia secura:

    Fraca 101-14 MG; 420 A MG; 161-49; SO4; 5 BB;

    44-53 M; 3306 C; 3309 C; 34 EM; 216-3 Cl

    Mdia 333 EM; 41-B; 99 R; 44-53 M; 196-17; 1616 C;

    Rupestris du Lot;

    Grande 110 R; 140 Ru; 1103 Paulsen; 1447 Paulsen.

    Resistncia humidade:

    1616 C; SO4; Ganzin l.; 216-3 Cl.

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    Caractersticas dos porta-enxertos

    Resistncia salinidade (cloreto de sdio):

    0% 0,8% Rupestris du Lot;

    0,8% - 1,2% 1616 C; 216-3 Cl; Ganzin l.;

    1,2% < - no h.

    Resistncia acidez:

    Fraca ou nula 110 R; 99 R;

    Boa 420 A MG; SO4; 1103 Paulsen; 5 BB.

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    Francisco Mondrago Rodrigues OLIVICULTURA E VITICULTURA

    Caractersticas dos porta-enxertos

    Resistncia aos nemtodos:

    Fraca 3309 C; 196-17 Cl; 216-3 Cl; 161-49 C; 41 B;

    Mdia Rupestris du Lot; 101-14 MG; 420 A MG; 110 R;

    3306 C; 34 EM;

    Grande SO4; 5 BB; 8 BB; 99 R; 1616 C; 44-53 M.

    Francisco Mondrago Rodrigues OLIVICULTURA E VITICULTURA

    Resistncia ao calcrio activo:

    0 6% 196-17 Cl; Ganzin l.;

    6 - 9% 101-14 MG; 216-3 Cl;

    9 10% - 44-53 M;

    10 11% - 3309 C; 1616 C;

    11 14% - Rupestris du Lot;

    14 17% - 99 R; 110 R;1103 Paulsen;

    17 20% - 5 BB; 420 A MG; 34 EM; SO4; 140 Ru;

    20 25% - 161-49 C;

    25 30% - 1447 Paulsen;

    30 40% - 41 B; 333 M; FERCAL.

    Caractersticas dos porta-enxertos

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    Francisco Mondrago Rodrigues OLIVICULTURA E VITICULTURA

    Caractersticas dos porta-enxertos

    Francisco Mondrago Rodrigues OLIVICULTURA E VITICULTURA

    Critrios para escolha do porta-enxertos

    a hierarquia de critrios deve ser:

    Adaptao ao meio edafo-climtico;

    1 - calcrio activo;

    2 - regime hdrico/secura;

    3 - salinidade;

    4 - fertilidade do solo.

    Afinidade ao garfo;

    testada pelo viveirista

    Orientao da produo;

    porta-enxerto vigoroso = mais quantidade, menor qualidade

    Adaptao s tcnicas culturais (vinhas altas).

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    Francisco Mondrago Rodrigues OLIVICULTURA E VITICULTURA

    Castas de videira

    Existem mais de 8.000 castas de videira no Mundo;

    em Portugal esto identificadas 341 castas de videira;

    166 castas tintas;

    23 castas roxas/rosadas

    152 castas brancas;

    vrias castas de origem estrangeira (cerca de 40) (cabernet

    sauvignon; chasselas roxo; chardonnay; Mller-Thurgau; semillon; syrah; etc.);

    cada regio demarcada exige a presena, em determinada

    quantidade mnima, de certas castas, para garantir a tipicidade

    dos vinhos produzidos na regio.

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    Castas de videira da regio vitivincola do MINHO

    CASTA COR REA (ha) % DO

    TOTAL

    Vinho T 7.745 23

    Loureiro B 5.388 16

    Azal B 4.715 14

    Arinto B 3.704 11

    Trajadura B 2.021 6

    Espadeiro T 1.684 5

    Borraal T 1.684 5

    Alvarinho B 1.684 5

    Outras - 5.051 15

    TOTAL - 33.676 100

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    Castas de videira da regio vitivi. de TRS-OS-MONTES

    CASTA COR REA (ha) % DO

    TOTAL

    Touriga Francesa T 9.647 14

    Aragonez T 5.391 8

    Tinta barroca T 5.042 7

    Siria B 4.699 7

    Trincadeira T 3.388 5

    Outras - 40.547 59

    TOTAL - 68.714 100

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    Castas de videira da regio vitivincola das BEIRAS

    CASTA COR REA (ha) % DO

    TOTAL

    Baga T 12.647 22

    Rufete T 6.324 11

    Ferno Pires B 5.749 10

    Sria B 4.024 7

    Jaen T 3.449 6

    Outras - 25.294 44

    TOTAL - 57.487 100

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    Francisco Mondrago Rodrigues OLIVICULTURA E VITICULTURA

    Castas de videira da regio vitivincola do TEJO

    CASTA COR REA (ha) % DO

    TOTAL

    Ferno Pires B 8.531 41

    Castelo T 3.746 18

    Trincadeira T 2.081 10

    Alicante Branco B 1.040 5

    Outras - 5.410 26

    TOTAL - 20.808 100

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    Castas de videira da regio vitivincola de LISBOA

    CASTA COR REA (ha) % DO

    TOTAL

    Malvasia B 3.431 13

    Castelo T 3.167 12

    Ferno Pires B 2.903 11

    Vital B 2.375 9

    Santareno T 2.111 8

    Seara Nova B 1.583 6

    Alicante Branco B 1.320 5

    Outras - 9.502 36

    TOTAL - 26.392 100

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    Francisco Mondrago Rodrigues OLIVICULTURA E VITICULTURA

    Castas de videira da PENNSULA DE SETBAL

    CASTA COR REA (ha) % DO

    TOTAL

    Castelo T 6.789 75

    Ferno Pires B 815 9

    Moscatel Tinto T 634 7

    Outras - 814 9

    TOTAL - 9.052 100

    Francisco Mondrago Rodrigues OLIVICULTURA E VITICULTURA

    Castas de videira da regio vitivincola do ALENTEJO

    CASTA COR REA (ha) % DO

    TOTAL

    Trincadeira T 3.835 18

    Castelo T 2.918 13

    Aragonez T 2.676 12

    Sria B 1.603 7

    Moreto T 1.397 6

    Rabo de Ovelha B 1.105 5

    Outras - 8.158 38

    TOTAL - 21.692 100

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    Francisco Mondrago Rodrigues OLIVICULTURA E VITICULTURA

    Castas de videira da regio vitivincola do ALGARVE

    CASTA COR REA (ha) % DO

    TOTAL

    Negra Mole T 683 32

    Castelo T 576 27

    Sria B 299 14

    Boal Branco B 235 11

    Mantedo B 107 5

    Outras - 235 11

    TOTAL - 2.135 100

    Francisco Mondrago Rodrigues OLIVICULTURA E VITICULTURA

    Importncia do conhecimento da casta

    Os viticultores tm necessidade de saber a casta exacta que plantam porque:

    castas diferentes tm custos diferentes;

    o tipo de vinhos que se pretende produzir depende em parte do tipo de casta;

    as diferentes castas tm produes qualitativamente e quantitativamente diferentes;

    os preos pagos pelas uvas e vinhos variam consoante a casta;

    o viticultor legalmente responsvel por assegurar que as castas declaradas so as que esto plantadas.

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    Francisco Mondrago Rodrigues OLIVICULTURA E VITICULTURA

    Nomes e sinnimos de castas de videira

    A ocorrncia de numerosos nomes parecidos e de sinnimos de uma

    mesma casta, variveis consoante a regio do pas, pode levar a

    confuso e enganos no momento da aquisio do material vegetal para

    plantao no viveirista.

    Por ex.:

    Arinto Pedern, P de Perdiz Branco, Chapeludo, Cerceal, Azal Espanhol, Azal Galego, Branco Espanhol;

    Malvasia Fina Boal (Madeira), Boal Branco (Algarve), Arinto-do-Do, Assario Branco, Arinto Galego, Boal Cachudo (Ribatejo);

    Trincadeira Tinta Amarela, Trincadeira Preta, Crato Preto, Folha de Abbora, Mortgua, Espadeiro, Torneiro, Negreda, Castelo (Cova

    da Beira).

    Francisco Mondrago Rodrigues OLIVICULTURA E VITICULTURA

    Castas de videira controlo pelos organismos oficiais

    Os organismos oficiais responsveis pela superviso da vitivinicultura

    tm de ser capazes de fiscalizar se as castas plantadas so as exigidas

    e/ou recomendadas por lei.

    Por ex. para a sub-regio de BORBA:

    Vinhos tintos

    castas recomendadas Aragonez, Periquita, Trincadeira, no conjunto, com um mnimo de 80%, devendo a Periquita estar

    representada no mnimo com 20%;

    castas autorizadas Alfrocheiro, Alicante Bouschet, Cabernet, Cavignan, Grand-Noir, Moreto, Tinta-Caiada.

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    Francisco Mondrago Rodrigues OLIVICULTURA E VITICULTURA

    Castas de videira mtodos de identificao

    A ampelografia a cincia que estuda, caracteriza e

    identifica as diferentes castas de videira.

    A ampelografia faz uso da medio e reconhecimento de caractersticas

    fenotpicas:

    folha dimenses, forma, cor, etc.;

    cacho dimenso, forma;

    bago dimeso, forma;

    etc.

    Francisco Mondrago Rodrigues OLIVICULTURA E VITICULTURA

    Castas de videira mtodos de identificao

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    Francisco Mondrago Rodrigues OLIVICULTURA E VITICULTURA

    Castas de videira mtodos de identificao

    A ampelografia um mtodo de fcil execuo, mas que apresenta

    algumas desvantagens por utilizar caractersticas fenotpicas que podem

    alteradas por diversos factores:

    solo e sua fertilidade;

    condies meteorolgicas do ano agrcola;

    tratamentos fitossanitrios;

    poda;

    etc.

    Podem ocorrer erros de classificao das castas, com o recurso

    ampelografia.

    Francisco Mondrago Rodrigues OLIVICULTURA E VITICULTURA

    Para completar ou confirmar os resultados da ampelografia, cada vez

    mais frequente o uso de marcadores celulares (Isoenzimas) ou

    marcadores moleculares (RFLP Restriction Fragment Lenght

    Polymorphism).

    Cada coluna corresponde ao DNA de uma planta de uma casta. As linhas 1, 13,

    25, 38 so padres de comparao.

    Castas de videira mtodos de identificao

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    Francisco Mondrago Rodrigues OLIVICULTURA E VITICULTURA

    Castas tintas

    Alfrocheiro;

    Aragonez;

    Castelo;

    Touriga Nacional;

    Trincadeira.

    ALGUMAS DAS PRINCIPAIS CASTAS PARA VINHO

    Castas brancas

    Anto Vaz;

    Arinto;

    Ferno Pires;

    Loureiro;

    Rabo de Ovelha.

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    ALFROCHEIRO

    rea : 1.850 ha

    Fenologia :

    Abrolhamento 2 quinzena de Maro (2 dias aps o

    Castelo);

    Florao Final de Maio (1 dia aps o Castelo);

    Pintor 2 quinzena de Julho (7 dias aps o Castelo);

    Maturao 2 quinzena de Setembro (5 dias aps o

    Castelo).

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    Francisco Mondrago Rodrigues OLIVICULTURA E VITICULTURA

    ALFROCHEIRO

    Morfologia :

    Folha tamanho mdio, limbo orbicular, sem

    lbulos (inteira);

    Cacho tamanho muito pequeno, com forma

    piramidal alada,

    compacto, com

    pednculo curto;

    Bago tamanho pequeno, de tamanho

    uniforme, e forma ovide,

    de cor negro-azul.

    Francisco Mondrago Rodrigues OLIVICULTURA E VITICULTURA

    ALFROCHEIRO

    Potencial :

    Vegetativo vigor mdio a vigoroso, 10.000 a 15.000 kg/ha, cacho com 100 g, medianamente sensvel s principais doenas (mldio,

    odio) e muito sensvel podrido cinzenta;

    Agronmico adapta-se a qualquer tipo de poda, qualidade em solos de textura arenosa, pouco frteis, compatvel com os porta-enxertos

    mais usuais, sensvel ao escaldo;

    Enolgico vinho de qualidade, que diminui com altas produes, com intensidade da cor mdia/elevada, pode dar origem a vinhos

    elementares ou a lotes com as Tourigas e o Bastardo.

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    ARAGONEZ

    rea : 23.500 ha

    Fenologia :

    Abrolhamento poca mdia (9 dias aps o Castelo);

    Florao poca mdia (6 dias aps o Castelo);

    Pintor poca mdia (2 dias aps o Castelo);

    Maturao poca mdia (em simultneo com o Castelo).

    Francisco Mondrago Rodrigues OLIVICULTURA E VITICULTURA

    ARAGONEZ

    Morfologia :

    Folha tamanho grande, limbo

    pentagonal, 5 lbulos;

    Cacho tamanho mdio, com forma

    cilindro-cnico,

    compacidade mdia, com

    pednculo curto;

    Bago tamanho pequeno, de tamanho

    uniforme, e forma

    ligeiramente achatada,

    de cor negro-azul.

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    Francisco Mondrago Rodrigues OLIVICULTURA E VITICULTURA

    ARAGONEZ

    Potencial :

    Vegetativo vigor mdio a elevado, 8.000 a 18.000 kg/ha consoante o porta-enxerto, cacho com 200 a 500 g, susceptvel s principais doenas

    (mldio, odio);

    Agronmico adapta-se a qualquer tipo de sistema de conduo e de poda, qualidade dos vinhos em solos profundos e bem drenados,

    compatvel com os porta-enxertos mais usuais, grande variabilidade na

    produo conforme solo, p.e., conduo, etc.;

    Enolgico vinho de qualidade e de mesa, grau alcolico elevado, com intensidade da cor elevada no mosto, com tendncia a perder-se na

    fermentao, pode dar origem a vinhos elementares ou a lotes com as

    Tourigas e o Bastardo.

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    CASTELO

    rea : 20.500 ha

    Fenologia : CASTA REFERNCIA

    Abrolhamento precoce;

    Florao precoce;

    Pintor poca mdia;

    Maturao poca mdia.

  • 20

    Francisco Mondrago Rodrigues OLIVICULTURA E VITICULTURA

    CASTELO

    Morfologia :

    Folha tamanho grande, limbo

    pentagonal, 5 lbulos;

    Cacho tamanho mdio, com forma

    cilindro-cnico,

    compacidade mdia, com

    pednculo curto;

    Bago tamanho pequeno, de tamanho

    uniforme, e forma

    ligeiramente achatada,

    de cor negro-azul.

    Francisco Mondrago Rodrigues OLIVICULTURA E VITICULTURA

    CASTELO

    Potencial :

    Vegetativo vigor mdio, acima de 15.000 kg/ha, com produes estveis, cacho com 120 a 270 g, susceptvel podrido cinzenta na

    florao mas pouco sensvel na maturao;

    Agronmico adapta-se a qualquer tipo de sistema de conduo, mas prefere o cordo bilateral, adapta-se bem aos diversos solos, sendo

    muito verstil, evitar p.e. muito vigorosos, boa aptido para vindima

    mecnica;

    Enolgico vinho de qualidade tinto e rosado, grau alcolico elevado, com intensidade da cor mdia, pode dar origem a vinhos elementares de

    muita qualidade ou a lotes com Aragonez, Alicante Bouschet,

    Trincadeira, Moreto.

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    Francisco Mondrago Rodrigues OLIVICULTURA E VITICULTURA

    TOURIGA NACIONAL

    rea : 6.700 ha

    Fenologia :

    Abrolhamento 2 dias aps o Castelo;

    Florao em simultneo com o Castelo;

    Pintor 3 dias aps o Castelo;

    Maturao 7 dias aps o Castelo.

    Francisco Mondrago Rodrigues OLIVICULTURA E VITICULTURA

    TOURIGA NACIONAL

    Morfologia :

    Folha tamanho pequeno, limbo

    pentagonal, 5 lbulos;

    Cacho tamanho pequeno, com forma

    cilindro-cnico,

    compacidade mdia, com

    pednculo mdio;

    Bago tamanho mdio e forma ligeiramente

    achatada, de cor negro-

    azul.

  • 22

    Francisco Mondrago Rodrigues OLIVICULTURA E VITICULTURA

    TOURIGA NACIONAL

    Potencial :

    Vegetativo vigor elevado, de 8.000 a 15.000 kg/ha, com produes estveis, cacho com 95 a 250 g, pouco susceptvel ao odio e ao mldio;

    Agronmico qualquer sistema de conduo, devendo-se controlar o vigor, todos os solos, mesmo pesados e frteis, sendo muito verstil,

    usar p.e. de baixo vigor (evitar 140 Ru), boa aptido para vindima

    mecnica;

    Enolgico vinho de qualidade e do Porto, grau alcolico elevado, com intensidade da cor mdia, pode dar origem a vinhos elementares

    de muita qualidade ou a lotes com Aragonez, Trincadeira, Alfrocheiro e

    Touriga Franca.

    Francisco Mondrago Rodrigues OLIVICULTURA E VITICULTURA

    TRINCADEIRA

    rea : 16.200 ha

    Fenologia :

    Abrolhamento 3 dias aps o Castelo;

    Florao 1 dia aps o Castelo;

    Pintor 1 quinzena de Agosto, 3 dias antes do

    Castelo;

    Maturao 15 dias antes do Castelo (Douro).

  • 23

    Francisco Mondrago Rodrigues OLIVICULTURA E VITICULTURA

    TRINCADEIRA

    Morfologia :

    Folha tamanho grande, limbo

    pentagonal, 5 lbulos;

    Cacho tamanho pequeno, com forma

    esgalhada, compacidade

    mdia, com pednculo

    curto;

    Bago tamanho pequeno, de tamanho

    uniforme, e forma

    arredondada, de cor

    negro-azul.

    Francisco Mondrago Rodrigues OLIVICULTURA E VITICULTURA

    TRINCADEIRA

    Potencial :

    Vegetativo vigor mdio, de 12.000 a 20.000 kg/ha, com produes estveis, cacho com 210 a 300 g, muito susceptvel podrido cinzenta

    e ao odio, menos ao mldio;

    Agronmico difcil de conduzir em sebe, prefere o cordo bilateral, a colocar em solos pobres e de textura ligeira, sendo muito verstil, usar

    p.e. de baixo vigor, muito boa aptido para vindima mecnica;

    Enolgico vinho de qualidade e do Porto, grau alcolico elevado, com intensidade da cor mdia, pode dar origem a vinhos elementares

    de muita qualidade ou a lotes com Aragonez, Alicante Bouschet,

    Castelo e Touriga Franca.

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    Francisco Mondrago Rodrigues OLIVICULTURA E VITICULTURA

    ANTO VAZ

    rea : 600 ha

    Fenologia :

    Abrolhamento 4 dias aps o Ferno Pires;

    Florao 4 dias aps o Ferno Pires;

    Pintor 13 dias aps o Ferno Pires;

    Maturao 7 dias aps o Ferno Pires.

    Francisco Mondrago Rodrigues OLIVICULTURA E VITICULTURA

    ANTO VAZ

    Morfologia :

    Folha tamanho mdio, limbo cuneiforme, 5

    lbulos;

    Cacho tamanho pequeno, com forma

    cilndrica-cnica,

    compacidade elevada,

    com pednculo curto;

    Bago tamanho muito pequeno, de tamanho

    uniforme, e forma

    troncovide, de cor

    verde-amarelado.

  • 25

    Francisco Mondrago Rodrigues OLIVICULTURA E VITICULTURA

    ANTO VAZ

    Potencial :

    Vegetativo vigor elevado, de 6.000 a 10.000 kg/ha, com produes regulares, cacho grande 360 g, pouco susceptvel ao odio e ao mldio,

    medianamente podrido cinzenta;

    Agronmico conduo vara longa ou mista, evitar o cordo bilateral, a colocar em solos profundos e frteis, adapta-se a todos os

    p.e., boa aptido para vindima mecnica;

    Enolgico vinho de qualidade, grau alcolico mdio, com intensidade da cor clara, pode dar origem a vinhos elementares de muita qualidade

    ou a lotes com Arinto.

    Francisco Mondrago Rodrigues OLIVICULTURA E VITICULTURA

    ARINTO

    rea : 5.900 ha

    Fenologia :

    Abrolhamento tardio, 9 dias aps o Ferno Pires;

    Florao 5 dias aps o Ferno Pires;

    Pintor 16 dias aps o Ferno Pires;

    Maturao tardia, 15 dias aps o Ferno Pires.

  • 26

    Francisco Mondrago Rodrigues OLIVICULTURA E VITICULTURA

    ARINTO

    Morfologia :

    Folha tamanho grande, limbo

    pentagonal, 5 lbulos;

    Cacho tamanho grande, com forma

    cnica com vrias asas,

    compacidade elevada,

    com pednculo mdio;

    Bago tamanho pequeno, forma elptica,

    de cor verde-amarelado.

    Francisco Mondrago Rodrigues OLIVICULTURA E VITICULTURA

    ARINTO

    Potencial :

    Vegetativo vigor muito elevado, de 10.000 a 15.000 kg/ha, com produes regulares, cacho grande 350-450 g, susceptvel ao odio e ao

    mldio;

    Agronmico conduo vara longa, habitual o cordo bilateral, a colocar em solos calcrios ou cidos, adapta-se a todos os p.e., boa

    aptido para vindima mecnica;

    Enolgico vinho de qualidade, grau alcolico mdio, com intensidade da cor fraca, pode dar origem a vinhos elementares de muita qualidade

    ou a lotes com Anto Vaz, Ferno Pires, Sria.

  • 27

    Francisco Mondrago Rodrigues OLIVICULTURA E VITICULTURA

    FERNO PIRES

    rea : 17.500 ha

    Fenologia : CASTA REFERNCIA

    Abrolhamento precoce;

    Florao precoce;

    Pintor precoce;

    Maturao precoce.

    Francisco Mondrago Rodrigues OLIVICULTURA E VITICULTURA

    FERNO PIRES

    Morfologia :

    Folha tamanho mdio, limbo orbicular, 3 lbulos;

    Cacho tamanho mdio, com forma

    piramidal, compacidade

    frouxa, com pednculo

    curto;

    Bago tamanho pequeno, forma

    arredondada, de cor

    verde-amarelado.

  • 28

    Francisco Mondrago Rodrigues OLIVICULTURA E VITICULTURA

    FERNO PIRES

    Potencial :

    Vegetativo vigor mdio a elevado, de 8.000 a 18.000 kg/ha, com produes variveis, cacho mdio 165-270 g, muito susceptvel ao odio;

    Agronmico adapta-se a todos os tipos de conduo, habitual o cordo bilateral, a colocar em solos de areia ou podzois, adapta-se a

    todos os p.e., pouca aptido para vindima mecnica;

    Enolgico vinho de qualidade, grau alcolico mdio, com intensidade da cor mdia, pode dar origem a vinhos elementares de qualidade ou a

    lotes com Arinto, Malvasia Fina, Cerceal Branco.

    Francisco Mondrago Rodrigues OLIVICULTURA E VITICULTURA

    LOUREIRO

    rea : 5.200 ha

    Fenologia :

    Abrolhamento precoce, 1 dia aps o Ferno Pires;

    Florao mdio, 2 dias aps o Ferno Pires;

    Pintor tardio, 15 dias aps o Ferno Pires;

    Maturao tardia, 15 dias aps o Ferno Pires.

  • 29

    Francisco Mondrago Rodrigues OLIVICULTURA E VITICULTURA

    LOUREIRO

    Morfologia :

    Folha tamanho mdio, limbo pentagonal, 5

    lbulos;

    Cacho tamanho mdio, com forma

    cnica-alada,

    compacidade mdia, com

    pednculo mdio;

    Bago tamanho mdio, forma arredondada, de

    cor verde.

    Francisco Mondrago Rodrigues OLIVICULTURA E VITICULTURA

    LOUREIRO

    Potencial :

    Vegetativo vigor mdio, de 10.000 a 18.000 kg/ha, com produes estveis, cacho mdio a grande 270-480 g, sensibilidade ao odio, mldio

    e podrido cinzenta no cacho;

    Agronmico adapta-se a todos os tipos de conduo (latada), tambm ao cordo bilateral e guyot, a colocar em solos profundos e

    medianamente frteis, adapta-se a quase todos os p.e., aptido mdia

    para vindima mecnica;

    Enolgico vinho verde jovem, grau alcolico baixo, com intensidade da cor fraca, para vinho elementar no Minho e para lotes com Arinto.

  • 30

    Francisco Mondrago Rodrigues OLIVICULTURA E VITICULTURA

    RABO DE OVELHA

    rea : 2.680 ha

    Fenologia :

    Abrolhamento mdio, 9 dias aps o Ferno Pires;

    Florao mdio, 3 dias aps o Ferno Pires;

    Pintor mdio, 10 dias aps o Ferno Pires;

    Maturao mdio, 7 dias aps o Ferno Pires.

    Francisco Mondrago Rodrigues OLIVICULTURA E VITICULTURA

    RABO DE OVELHA

    Morfologia :

    Folha tamanho grande, limbo reniforme,

    5 lbulos;

    Cacho tamanho mdio, com forma

    cilndrico-cnica,

    compacidade mdia, com

    pednculo curto;

    Bago tamanho pequeno, forma

    arredondada, de cor

    verde.

  • 31

    Francisco Mondrago Rodrigues OLIVICULTURA E VITICULTURA

    RABO DE OVELHA

    Potencial :

    Vegetativo vigor elevado, de 6.000 a 10.000 kg/ha, com produes muito variveis, cacho grande 260-300 g, alguma sensibilidade

    podrido cinzenta;

    Agronmico adapta-se a todos os tipos de conduo, recomenda-se o cordo bilateral, a colocar em solos de xisto, calcrios ou de aluvio

    (Almeirim), adapta-se a todos os p.e., boa aptido para vindima

    mecnica;

    Enolgico vinho de mesa (por vezes de qualidade), grau alcolico mdio, com intensidade da cor baixa, apenas para lotes com Arinto,

    Anto Vaz, Sercial.

    Francisco Mondrago Rodrigues

    FIM

    OLIVICULTURA E VITICULTURA