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l EDITORIAL

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Propriedade:Federação do Setor FinanceiroNIF 508618029

Correio eletrónico:[email protected]

Diretor:Delmiro Carreira – SBSI

Diretores Adjuntos:Carlos Marques – STASAníbal Ribeiro – SBCHorácio Oliveira – SBSIPereira Gomes – SBN

Conselho editorial:Constança Sancho – SBSIFirmino Marques – SBNPatrícia Caixinha – STASSequeira Mendes – SBC

Editor:Elsa Andrade

Redação e Produção:Rua de S. José, 1311169-046 LisboaTels.: 213 216 062/090Fax: 213 216 180

Revisão:António Costa

Grafismo:Ricardo Nogueira

Execução Gráfica:Xis e Érre, [email protected] José Afonso, 1 – 2.º Dto.2810-237 Laranjeiro

Tiragem: 68.000 exemplares(sendo 3.500 enviados porcorreio eletrónico)Periodicidade: MensalDepósito legal: 307762/10Registado na ERC: 125 852

Ficha Técnica

l Bancários Sul e Ilhas

2824

l Bancários Centro

21l STAS ActividadeSeguradora

l Bancários Norte

Um Povo Triste

A espiral recessiva tem de sercombatida com medidas

de crescimento económico,com investimento produtivo,

com a criação de emprego,com dinamismo social

que permita aos jovensterem uma oportunidade

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Milhares de pessoas saíram à rua no 25 de abril e no1.º de maio para protestar contra as medidas doGoverno. O descontentamento é generalizado e os

cidadãos clamam contra a austeridade, contra a falta deinvestimento, contra a falta de emprego e contra a falta deexpectativas de futuro.

Os portugueses voltaram a manifestar-se porque areceita do FMI, do BCE e da Comissão Europeia, posta emprática pelo atual Governo, está errada e o doente que atroika devia salvar está cada vez mais moribundo. Portu-gal, assim, não morre da doença, morre da cura.

Foi uma contestação e um grito de revolta contra aopressão económica em que o País vive.

Foi um povo triste que saiu à rua. Foram menos jovense mais idosos, pessoas que estão assustadas com o queveem à sua volta, com a loja da esquina já encerrada, o seucafé de sempre fechado e a fábrica onde já trabalharamencerrada por falta de encomendas, ou deslocalizada parapaíses de paraísos fiscais e mão-de-obra quase escrava.

Durante gerações sempre houve um otimismo razoávelsobre o futuro. Acreditava-se que "o amanhã" seria me-lhor, como um valor absoluto e sempre com expectativaspositivas. Mesmo os mais conservadores ou pessimistasacreditavam no progresso, na evolução da sociedade

TEXTO: ANÍBAL RIBEIRO

Dossiê I 1.º de maio"A austeridade falhou.Há outro caminho" 4

UGT l CongressoTrabalhadores sempre em primeiro lugar 7

Os eleitos 7Portugal visto de fora 8Novo líder, novo rumo 9

CONTRATAÇÃO l BancaRevisão global do ACT: IC insistem na proposta inicial 11CGD quer pagar 13.º e 14.º meses em "prestações" 11

CONTRATAÇÃO l SegurosMelhoria do CCT continua 12HCIS pede caducidade do AE 12

QUESTÕES l JurídicasO Orçamento do Estado e o interesse público 14

FORMAÇÃO l AtualidadeEscola Profissional Agostinho Roseta:"O nosso objetivo é levar os alunos ao sucesso" 16

como um todo e na melhoria da qualidade de vida de cadacidadão.

A espiral recessiva tem de ser combatida com medidasde crescimento económico, com investimento produtivo,com a criação de emprego, com dinamismo social quepermita aos jovens terem uma oportunidade. Os quepartem à procura de emprego noutros países já nãoregressam e cada vez haverá mais a partir. Não é apenaso efeito devastador da crise, é também a consequência deanos de mau planeamento, de falta de ideias e investi-mentos assertivos e produtivos.

A crise e as suas diversas consequências cortam o racio-cínio e a perceção da própria realidade. As prioridades estãoa ser alteradas e condicionadas pela emergência de novasdificuldades, pelo empobrecimento, pelo medo.

Por mais que queiram, por mais soluções imaginativasque arranjem em alternativa, os nossos problemas atuaisnão se resolverão sem crescimento económico e criaçãode emprego.

A meta que estas medidas tentam alcançar não éreformar para desenvolver, não é cortar para progredir. Ameta é desmantelar todo um Estado social e destruir umPaís para "abaratar" o fator trabalho e assegurar por maisalgum tempo a sobrevivência.

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1.º de maiodossiêManifestação do 1.º de maio da UGT

"A austeridade falhou.Há outro caminho"

Milhares de pessoas participaram na manifestaçãodo 1.º de maio organizada pela UGT, descendo a Avenida

da Liberdade, em Lisboa, exigindo mais emprego e justiça social.Carlos Silva, no seu primeiro discurso no Dia do Trabalhador,

frisou que "a austeridade falhou. Há outro caminho,o da sensibilidade social, da justiça social e da solidariedade".

E deixou um recado ao Governo: "O consenso não pode sersimbólico e despido de consequências."

TEXTO: ELSA ANDRADE

À semelhança dos anos anteriores, o1.º de maio foi dominado pela crisee pelo desemprego. Mas não só. O

aumento das desigualdades sociais, dapobreza e da exclusão social; as dificulda-des dos reformados e pensionistas; aperda do poder de compra dos portugue-ses e o estrangulamento da economianacional pelas exigências da troika e pelaspolíticas do Governo tornaram a vidaainda mais difícil do que há um ano erefletiram-se nos protestos deste Dia doTrabalhador.

Por isso não faltaram razões para mi-lhares de pessoas desfilarem na Avenidada Liberdade, em Lisboa, integrando amanifestação da UGT e exigindo melho-res condições de vida e respeito por quemtrabalha – e por quem quer trabalhar enão tem onde.

A gravidade da atual situação mundiale do País terá pesado na decisão de todosde estarem presentes e, sobretudo, nadiversidade dos que desfilaram: homense mulheres, jovens e menos jovens, tra-balhadores no ativo, desempregados ereformados, famílias inteiras com indiví-duos de várias gerações.

Do Marquês de Pombal aos Restaurado-res gritou-se: "Crescimento e emprego,recuperar a esperança", "Pela democra-cia, com os sindicatos", "Crescimento eemprego, justiça social", "Trabalhadores epensionistas, a mesma luta", "melhor eco-nomia, mais emprego", "Diálogo socialsim, imposição não", "Menos precarieda-de, mais oportunidade", "Pelo direito aotrabalho, pelo direito à dignidade", "Sindi-calismo responsável: UGT, UGT, UGT".

Mobilização expressiva

Mais uma vez os sindicatos responde-ram ao repto da central e mobilizaram ostrabalhadores dos respetivos setores paraestarem presentes na Avenida da Liber-dade.

Aos protestos gerais juntaram-se ossetoriais ou regionais, com os represen-tantes a empenharem faixas alusivas.Foi o caso da Febase, com "Lutar peladefesa dos postos de trabalho, defenderos trabalhadores", "Sim à negociaçãocoletiva, não ao capitalismo de casino";do Sindelteco com um expressivo "Peloaumento dos salários, pelo aumento daspensões" ou da UGT/Algarve, apelandopor "Emprego, saúde e transportes" (vercaixa).

João Proença não faltou. Depois de umforte abraço ao seu sucessor, juntou-seaos manifestantes anónimos que desfila-vam avenida abaixo.

Também os partidos políticos do arcoda governação se fizeram representar namanifestação, marcando presença peloPS Jamila Madeira e Miguel Laranjeiro, epelo PSD Matos Rosa.

O desfile até aos Restauradores foiencabeçado pelo secretário-geral e pelapresidente da central sindical, bem comopor dirigentes dos sindicatos, nomeada-mente da Febase. Na cabeça da manifes-tação seguiram Rui Riso, Horácio Olivei-ra, Manuel Camacho e Teresa Pereira(SBSI), Patrícia Caixinha e Carlos Marques(STAS), Aníbal Ribeiro (SBC) e Mário Mou-rão (SBN).

Reivindicar condições dignas

Ao palco montado nos Restauradoressubiram os elementos do SecretariadoExecutivo da UGT, bem como os seus doisprincipais dirigentes.

Lucinda Dâmaso, presidente da cen-tral, iniciou os discursos, recordando aimportância do Dia do Trabalhador e lem-brando o drama do desemprego e dospensionistas.

"A UGT reafirmará a continuação dareivindicação de condições dignas de tra-balho para todos, que permitam umavida digna a todos, e ainda mais justiçae mais solidariedade", disse a presidenteda UGT, acrescentando:

"Vivemos momentos difíceis, em queos milhares de trabalhadores se encon-tram no desemprego e milhares de pen-sionistas e reformados vivem em condi-ções de pobreza ou quase pobreza".

Lucinda Dâmaso garantiu que a UGT"continuará a exigir, em sede de concer-tação e negociação, o relançamento daeconomia que permita a criação de em-prego e uma vida digna para todos".

Renegociar o Memorando

Também Carlos Silva, no seu primei-ro discurso no 1.º de maio como secre-tário-geral da central, recordou a lutados operários de Chicago na defesa dosdireitos dos trabalhadores, que hoje "es-tão a ser postos em causa por uma agen-da liberal que assola a Europa".

Criticando as políticas liberais e insen-síveis em que o capital e o poder financeiro

Os trabalhadores do setor financei-ro acorreram à manifestação daUGT em maior número do que em

2012. Sob a alçada comum da Federação doSector Financeiro (Febase), os trabalhado-res representados pelos Sindicatos da Ban-ca (SBSI, SBN e SBC) e dos Seguros (STAS eSISEP) ocuparam o primeiro lugar desde acabeça da manifestação, que tradicional-mente abre com a juventude, logo atrás dafaixa empunhada pelos dirigentes.

Assim, bancários e trabalhadores dosseguros desfilaram até aos Restauradoresempunhando faixas onde se podiam lerpalavras de ordem significativas: "Lutarpela defesa dos postos de trabalho, defen-der os trabalhadores"; "Sim à negociaçãocoletiva, não ao capitalismo de casino";"Contra os cortes nas pensões e reformas";"Contra as reduções salariais nas empre-sas do setor empresarial do Estado".

Reunidos espacialmente num único gru-po que representava o sector financeiro, ostrabalhadores marcharam unidos enver-gando t-shirts e bonés brancos com o logó-tipo da Federação. Ao contrário de anosanteriores, desta vez não se vislumbrarambandeiras dos sindicatos, substituídas pe-las da Federação, possivelmente um pre-núncio do sindicato único em preparação.

Além de carros de som e das faixas, adelegação contou ainda com o incentivovisual e sonoro de bombos e gigantones

Febase bem representada

do Grupo Zés Pereiras Amigos Galegos,de Penafiel.

Recorde-se que antes da manifesta-ção, bancários e trabalhadores dos segu-ros filiados nos cinco sindicatos da Febasereuniram-se num almoço-convívio nasinstalações do SBSI na Marquês de Fron-teira, de onde partiram para se juntaremaos restantes milhares de trabalhadoresque participaram no 1.º de maio da UGT.

Carlos Silva cumpriu a tradição e parti-cipou no almoço da Federação de que atéhá pouco tempo foi um dos secretários--gerais adjuntos.

Faixa alusiva à situação no setor financeiro

A Febase teve este ano uma das suas maioresdelegações

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Congresso l UGT 1.º de maiodossiê

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se sobrepõem ao político e ao social, disse:"Não é este o Portugal que queremos, nãoé esta a Europa que construímos."

"Exigimos que a Europa demonstre asua solidariedade, através da introduçãode um pacto social que vise combater odesemprego e garantir a aposta na edu-cação e na formação", frisou. "Somospessoas, não somos objetos nem núme-ros", reforçou.

Num discurso de oito minutos em queretomou muito da sua intervenção no XIICongresso, em abril, Carlos Silva enviouvários recados, tendo como principal alvoo Governo.

Relativamente às políticas atuais, osecretário-geral da UGT foi categórico: "Aausteridade falhou. Há outro caminho, oda sensibilidade social, da justiça sociale da solidariedade."

E deixou um recado ao Governo: "Asubmissão aos interesses da troika se-cundarizando os direitos dos cidadãos éuma postura inaceitável. [Devemos]exigir a renegociação do Memorando eadaptá-lo à realidade portuguesa."

Um caminho que exige diálogo e nego-ciação, mas não a qualquer preço. "Oconsenso de que tanto se fala, mas poucose vai praticando, não pode ser simbólicoe despido de consequências." A UGT querdiálogo "social e político", mas este "im-plica disponibilidade de todos, e em par-ticular do Governo".

Reafirmando a disponibilidade da cen-tral para o diálogo e a concertação, voltoua afirmar o que tinha dito no Congresso dasua eleição: "Se tivermos de decidir entrea defesa intransigente dos direitos dostrabalhadores e os credores que nosemprestam dinheiro, a UGT não podevacilar." "Somos e seremos sempre aprimeira linha da defesa dos trabalhado-res portugueses", frisou.

"Não aceitaremos que os cortes nadespesa do Estado sejam feitos com re-curso ao despedimento dos trabalhado-res da função pública e do sector empre-sarial do Estado", com reduções salariaise de pensões, disse, considerando que sefoi possível negociar um pacto para arecapitalização da banca também temde haver espaço para ser negociado um

pacto para os trabalhadores. É precisolutar contra "o discurso da inevitabilida-de", sublinhou.

Muscular a ação

E em declarações aos jornalistas, olíder da central avisou que a UGT "podemuscular a ação de rua" contra maismedidas de austeridade. "O Estado socialnão pode ser posto em causa. Temos demudar de políticas", frisou.

"Todos temos responsabilidades, esta-mos todos no mesmo barco. Chama-sePortugal", disse Carlos Silva, sublinhandoa necessidade de união e repetindo o reptoà CGTP: "Não podemos desiludir os portu-gueses continuando de costas voltadas,sobretudo entre o movimento sindical."

“Direito ao trabalho” foi uma das palavras de ordem mais repetidas

Novo secretário-geral da UGT assegura

Trabalhadores sempre em primeiro lugarA UGT vai preservar a sua

matriz genética de diálogoe consenso, mas será mais

reivindicativa e teráuma ação musculada.

E porque os trabalhadoresestão sempre em primeiro

lugar, a central marcarápresença ao seu lado – nos

locais de trabalho e na rua.É o novo rumo definido

por Carlos Silva, líder eleitopor quase 90%

dos congressistas

TEXTO: ELSA ANDRADE

OXII Congresso da UGT, que decor-reu no pavilhão do Casal Vistoso,em Lisboa, a 20 e 21 de abril sob

o lema "Crescimento e emprego – re-cuperar a esperança", ficou marcadopor uma nova liderança e uma acentuadamudança de rumo. João Proença aban-donou a central sindical ao fim de 18anos, passando o testemunho a CarlosSilva, que no seu primeiro discurso comosecretário-geral deixou claro que pre-tende imprimir à União Geral de Traba-lhadores mais dinamismo e uma açãomais reivindicativa.

Não foi um Congresso de rutura,longe disso. João Proença apoiou des-de o início a candidatura de CarlosSilva, e ambos colaboraram na prepa-ração dos documentos de trabalho.Mais importante, o novo líder compro-meteu-se – antes, durante e após areunião magna – a respeitar o traçomais distintivo da UGT: a aposta no

Os congressistas elegeram 90 membros efetivos para os diver-sos órgãos da central: secretário-geral, presidente, Mesa doCongresso e Conselho Geral (6 elementos), Secretariado Nacional(68), Conselho Fiscalizador (7) e Conselho Disciplinar (7). Refira-se,também, que o Secretariado Nacional passa de 61 para 68elementos, e o Secretariado Executivo de 14 para 16 (incluindo osecretário-geral e a presidente).

Excetuando os três primeiros órgãos, a "Febase" divulga apenasos eleitos que pertencem aos sindicatos da Federação.

Secretário-geral: Carlos Silva (SBC);Presidente: Lucinda Dâmaso (SPZN);Mesa do Congresso e Conselho Geral: Carlos Chagas (Sindep),

Os eleitos

Fernando Martins (SBSI), António Sá Coutinho (SBN), Teixeira Guimarães (SBN), Cristina Ferreira (FNE),Maria Regina Santos (Sitese);

Secretariado Nacional: Rui Riso (SBSI), Alfredo Correia (SBN), Aníbal Ribeiro (UGT/Guarda-SBN),Carlos Marques (STAS), Catarina Albergaria (SBSI), Clara Quental (SBN), Firmino Marques (SBN),Francelina Goretti (SBN), Helena Carvalheiro (SBC), Horácio Oliveira (SBSI), Mendes Dias (SBSI), JorgeCordeiro (Sisep), Manuel Camacho (UGT/Lisboa-SBSI), Mário Mourão (SBN), Patrícia Caixinha (STAS),Paula Viseu (SBSI), Paulo Alexandre (SBSI), Paulo Coutinho (SBN), Rui Godinho (UGT/Setúbal-SBSI), RuiSantos Alves (SBSI), Vânia Ferreira (SBSI);

Conselho Fiscalizador de Contas: Armando Pereira (SBSI), Francisco Ventura (STAS), Jorge Macedo(SBN), Rui Mouzinho (SBSI);

Conselho de Disciplina: Henrique Correia (SBSI), José Joaquim Oliveira (SBN).

Os novos secretário-gerale presidente da UGT

diálogo e na negociação, a procura deconsensos. Aliás, no seu discurso comonovo líder frisou-o claramente: "Assu-mo perante vós o compromisso (…) derespeitar e honrar o património dequase 35 anos de sindicalismo demo-crático" e "respeitar e cumprir os pres-supostos que são a matriz genética danossa central – a permanente abertura

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Congresso l UGTUGT l Congresso

ADN da UGT

"Respeitar e cumprir os pressupostosque são a matriz genética da nossa cen-tral – a permanente abertura ao diálogoe à concertação social, lutando por umsindicalismo de proposição e com umacultura de responsabilidade".

Futuro da central

"A UGT deverá estar sempre, sempre,sempre do lado dos trabalhadores – essedeve ser para nós, sindicalistas, o superiorinteresse nacional"; a "UGT será ferramen-ta e instrumento de mudança. Temos po-der enquanto parceiro social e enquantocentral sindical. Usemos esse poder".

Diálogo e concertação social

"(…) Daí que a concertação social con-tinue a merecer por parte da UGT umaespecial atenção e empenho"; "Queremosser parte da solução e não do problema.Mas diálogo social e político tripartidoimplicam disponibilidade e generosidadede todos os parceiros sociais, em parti-cular do Governo para encontrar soluçõesconcertadas"; "Diálogo social não pode serapenas simbólico e despido de conse-quências. Não pode ser um jogo de espe-

lhos"; "Não aceitamos a política do 'quero,posso e mando'. O diálogo tripartido é umfórum de discussão e negociação, de ce-dências mútuas e compromissos, de pro-posição e debate de matérias sensíveispara o país e para os portugueses"; "A UGTassume a sua total disponibilidade, comosempre o fez no passado, para a negocia-ção. Mas não a qualquer preço".

Negociação coletiva

"O direito à negociação coletiva é umdireito constitucional. Não podemos acei-tar o seu bloqueio, como forma de reduzirdeliberadamente o poder de intervençãodos sindicatos".

Austeridade

"As políticas de austeridade que temosvivenciado nos últimos dois anos arrasa-ram as esperanças de milhões de portu-gueses e confirmou-se a sua falência. Háque mudar de agulha nas políticas. Polí-ticas de crescimento económico e deemprego são essenciais para trazer novoânimo ao País".

Défice

"A UGT nunca teve dúvidas sobre anecessidade de que Portugal deve con-trolar a sua dívida pública e equilibrar assuas finanças públicas. Mas os sacrifíciosimpostos aos portugueses ultrapassa-ram os limites".

Estado social

"A educação e a Segurança Social públi-cas e o Serviço Nacional de Saúde foramdas mais espantosas criações do Portu-gal democrático e europeu"; "A UGT de-fenderá com todas as suas forças e influ-ência o Estado social. A sua destruição ouesvaziamento não são uma inevitabili-dade. O Governo está a atacar o próprioconceito de Estado social, que tanto noscustou a construir. Está a fazê-lo contra opovo e contra a Constituição".

ao diálogo e à concertação social, lu-tando por um sindicalismo de proposi-ção e com uma cultura de responsabi-lidade".

João Proença também se despediudo seu cargo com um discurso maisaguerrido do que o habitual, não secoibindo de lançar duras críticas aoGoverno e às suas políticas de auste-ridade: "As atuais políticas estão aconduzir o País a uma espiral recessivade que não conseguiremos sair" disse,frisando que "a austeridade, longe deobter os resultados esperados agra-vou a recessão, aumentou o desem-prego e levou a uma maior dificuldadeem reduzir o défice, tornando a situa-ção absolutamente insustentável".

"A ultra austeridade, aliada à desre-gulação económica e social está a agra-var os problemas do País e dos portu-gueses", pelo que "não são aceitáveismais, sempre mais medidas de auste-ridade", acrescentou.

Interesse nacional

Mas as diferenças de postura e pro-messas de atuação do novo líder faceao seu antecessor ficaram bem paten-tes. Carlos Silva foi contundente e dei-xou um aviso claro sobre a postura dacentral sindical sob a sua liderança: "Setivermos de decidir entre a defesa in-transigente dos direitos dos trabalha-dores e os credores que nos emprestamdinheiro, a UGT não pode vacilar".

"A UGT deverá estar sempre, sempre,sempre do lado dos trabalhadores. Essedeve ser para nós, sindicalistas, o supe-rior interesse nacional", disse.

Criticando a atitude do Governo naconcertação social, Carlos Silva referiua "total disponibilidade para o diálogoe para a concertação social" da UGT,mas avisou: "Não o faremos a qualquer

preço", uma promessa de atuação queo distancia de João Proença, muito cri-ticado, mesmo no interior da central,pelo posicionamento demasiado dia-logante com um Executivo que temteimado em não cumprir os compro-missos assumidos.

A esmagadora maioria das cerca desete centenas de congressistas mos-trou estar em sintonia com o novolíder, como o provam os resultados dassucessivas votações: o Relatório deAtividades foi aprovado com apenas 22votos contra e 2 abstenções; a altera-ção dos Estatutos recolheu a maioriados votos, com 16 a pronunciarem-secontra e sete a absterem-se, e a Reso-lução Programática e Programa de Ação(onde estão expressas as linhas-mes-tras de ação da UGT para os próximosquatro anos) a recolherem somente 3votos contra.

A mesma sintonia verificou-se na elei-ção para os órgãos da central sindical:Carlos Silva foi eleito secretário-geralpor 88,77% dos delegados ao XII Con-gresso, a presidente, Lucinda Dâmaso(SPZN) foi eleita igualmente por esma-gadora maioria (585 votos entre os 667votantes), bem como o SecretariadoNacional, com 85,8% dos votos.

Nas diversas votações e nas inter-venções dos conselheiros, as vozes dis-sonantes vieram sobretudo da tendên-cia Mudar do SBSI e do líder de um dossindicatos de ferroviários, FranciscoFortunato.

Entre as alterações no funcionamen-to da central, destaque para o aumentode elementos nos secretariados Nacio-nal e Executivo, e a nomeação de porta--vozes para diferentes áreas setoriais,como é o caso de Rui Riso (SBSI/Feba-se) para o setor financeiro e de Nobredos Santos (Fesap) para a administra-ção pública.

As duas grandes organizações sindicais internacionaisestiveram representadas no Congresso da UGT pelas suassecretárias-gerais: Bernadette Ségol, da Confederação Eu-ropeia de Sindicatos (CES), e Sharan Burrow, da Confedera-ção Internacional de Sindicatos (CSI). Ambas mostraramum conhecimento profundo da realidade portuguesa edeixaram o apoio das estruturas à luta dos sindicatosnacionais na defesa dos trabalhadores.

"Os portugueses, nos últimos anos, meses e dias, estãoa passar por um processo extremamente doloroso", afir-mou a líder da CES, acrescentando: "As políticas europeiastraduzem-se em cortes nos salários, pensões e prestaçõessociais, na privatização dos serviços públicos e no ataqueà negociação coletiva. O contexto é de desemprego, sobre-tudo dos jovens. O sistema está a chegar a um ponto derutura, não é possível continuar assim".

Bernadette Ségol deixou clara a posição da CES: "Estamostotalmente em desacordo com a forma como os políticosestão a lidar com a crise: o remédio está a matar o doente".A austeridade, disse, "não funciona", está a provocar uma"espiral recessiva" que é "uma forma de atacar o modelosocial europeu". "Precisamos de solidariedade, no interes-se de todos os europeus", concluiu.

Também Sharan Burrow lembrou a "grande recessão"atual, "causada pela ganância do setor financeiro", que seconverteu rapidamente numa "amarga" crise de desem-prego e numa profunda crise social "à medida que osgovernos foram levados a declarar guerra aos seus própriospovos – cortando salários e pensões e atacando a segurançano emprego e a negociação coletiva".

A secretária-geral da CSI aludiu à "gritante recordação"de quando as "agências de 'rating' declararam lixo asobrigações portuguesas", as imposições da troika e asações governamentais que se seguiram: limitações aoaumento do salário mínimo, restrições à negociaçãocoletiva, abolição das portarias de extensão, revisão doCódigo do Trabalho, redução das indemnizações por des-pedimento.

"As crianças estão novamente a ir para a escola com fomee o desespero no setor informal está a crescer. Isto tem queparar. Queremos uma alternativa", afirmou.

"A nossa mensagem é: emprego, emprego e emprego.Todos nós sabemos como recuperar as economias: issoexige investimento no emprego", concluiu.

Portugal visto de fora

Sharan Burrow (esquerda) e Bernadette Ségol(direita), com João Proença e Carlos Silva

Novo líder, novo rumo

Adeus João, olá CarlosJoão Proença proferiu o discurso de abertura do Congresso,

o seu sucessor, Carlos Silva, o de encerramento. Na horada passagem de testemunho registe-se o novo rumo

que o recém-eleito secretário-geral quer imprimir à central,através de algumas palavras-chave

Memorando e troika

"Se tivermos de decidir entre a espadae a parede, entre a defesa intransigentedos direitos dos trabalhadores e os credo-res que nos emprestam dinheiro, a UGTnão pode vacilar, porque sabe que aessência da sua existência é defender erepresentar aqueles que trabalham e queconfiam na ação do movimento sindicalcomo último reduto na defesa dos seusdireitos".

Situação social

"O momento do País é extremamentedoloroso e complexo.

Todos o sabemos e disso temos cons-ciência – que o digam os trabalhadores eos pensionistas, os mais de um milhão dedesempregados, os emigrantes forçados,a juventude que abandona Portugal por tersido abandonada por Portugal, os queficaram sem as suas casas, os que atraves-sam penosamente um período de pobrezaenvergonhada, não assumida socialmen-te, mas verificada nas crianças que diaapós dia chegam à escola com fome".

Unidade

"Estaremos com todos os homens emulheres de boa vontade, seja de formaindividual, seja com organizações de ci-dadãos que queiram discutir o futuro dePortugal"; "As soluções não estão todasdo mesmo lado. Contributos precisam-se.Venham eles do Congresso Democráticodas Alternativas ou de outros movimen-tos de cidadãos. Venham de partidospolíticos ou do movimento sindical";"Hoje, neste Congresso, onde a CGTP estápresente e que saúdo de forma viva,quero reafirmar a minha disponibilidadepara retomar o nosso diálogo bilateral".

Marcos históricos

"É com o povo que a UGT deverá estarsempre"; "Estaremos com Abril e comMaio, na rua e nas ruas deste País".

Amigos e adversários

O ministro da Economia cumprimentaJoão Proença no primeiro diado Congresso

Na abertura e no encerramento doCongresso, a UGT contou com a presen-ça de um diversificado conjunto de con-vidados, entre amigos e adversários.Um "namoro" compreensível face aopapel relevante da central para con-sensos ou ruturas no futuro próximo.

Estiveram presentes representantesdo Presidente da República, das confe-derações patronais, da CGTP, dos parti-dos políticos (com exceção do PCP) –nomeadamente o secretário-geral doPS, António José Seguro –, dos grupos

parlamentares e de sindicatos nacio-nais e estrangeiros, além do presidentedo Conselho Económico e Social (CES).

Destaque também para a presençados ministros da Solidariedade e daSegurança Social Pedro Mota Soares, daEconomia Álvaro Santos Pereira, do se-cretário de Estado do Emprego PedroRoque e dos ex-ministros Vieira da Silvae Helena André.

Referência ainda à comparência doprimeiro secretário-geral da UGT, Tor-res Couto.

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Banca l CONTRATAÇÃO

Revisão global do ACT

IC insistem na proposta inicialAs instituições de crédito (IC)

têm demonstradouma posição pouco flexível

à mesa das negociações,mantendo quase inalteradaa proposta inicial. A Febase

exige que o impasse sejarapidamente ultrapassado,

sob pena de enveredarpor outro caminho

TEXTOS: INÊS F. NETO

Oprocesso de negociações para revi-são do ACT do setor bancário conti-nua a decorrer, mantendo a metodo-

logia e a agenda previamente acordada.Concluída a primeira leitura coletiva

do clausulado constante das propostasde ambas as partes, foi dado início auma segunda análise das cláusulas queficaram pendentes por questões consi-deradas de pormenor.

Tudo faria supor que nesta segundaabordagem as divergências começassema ser ultrapassadas, dado a causa do dife-rendo poder ser considerada "menor".

A Febase manifestou disponibilidade parareformular algumas das cláusulas, sem pôr

em causa o essencial das matérias emdiscussão. No entanto, tal abertura não setem verificado por parte do Grupo Nego-ciador das Instituições de Crédito, que semantém fechado nas suas posições iniciais.

A Febase considera que esta situaçãocarece de ser rapidamente ultrapassada,posição que transmitiu veementementena sessão de 7 de maio. Face a este quadro,nova reunião foi agendada para 21 de maio,com objetivos claramente definidos.

Para a Federação, o grupo Negociadortem de alterar a sua posição, sob pena deser forçada a enveredar por um caminhoque não deseja, mas que também nãorejeita.

CGD quer pagar 13.º e 14.º meses em "prestações"A administração da CGD pretende

dar cumprimento ao acórdãodo Tribunal Constitucional

efetuando o pagamentodos 13.º e 14.º meses de acordo

com a proposta de lei do Governo.A Febase discorda, considerando

tratar-se de uma violaçãodo Acordo de Empresa

AFebase reuniu-se dia 3 de maio coma administração da CGD. No encontroforam abordadas várias matérias,

nomeadamente a forma de dar cumpri-mento ao acórdão do Tribunal Constitucio-nal, que obriga ao pagamento integral dosubsídio de férias.

A administração informou considerar-seobrigada a implementar a proposta de leisobre esta matéria, pelo que decidiu efe-tuar o pagamento dos 13.º e 14.º meses em"prestações" (ver caixa).

Assim, aos trabalhadores no ativo o sub-sídio de férias será pago mensalmente emduodécimos, enquanto o de Natal seráfaseado, consoante a remuneração auferi-da. Desta forma, os trabalhadores comremunerações inferiores a 600 € mensaisreceberão o subsídio no mês de junho;aqueles cujos vencimentos oscilem entreos 600• e os 1.100 € receberão em junho omontante correspondente ao subsídio deNatal calculado com base na fórmula "sub-

sídio/prestações = 1.320-1,2xremunera-ção base mensal", sendo o remanescentepago em novembro. Por fim, aos funcioná-rios com remunerações superiores a 1.100•o subsídio será pago em novembro.

Reformados e pensionistas

Quanto aos aposentados e reformados,o 14.º mês será pago mensalmente emduodécimos.

Já o subsídio de Natal segue um esquemasemelhante ao dos trabalhadores no ativo,ou seja, as pensões inferiores a 600 € serãopagas em julho; nas pensões entre os 600•e os 1.100 €, será pago em julho o montan-te correspondente ao subsídio de Natalcalculado com base na fórmula "subsídio/prestações = 1.188-0,98 x pensão mensal"e o remanescente em novembro.

Quem receba uma pensão superior a1.100 € receberá em julho um montantecorrespondente a 10% da pensão e o res-tante em novembro.

Todos os acertos e correções (tabelas deimposto e reversão e medidas de adapta-ção ao OE) serão executados na remunera-ção de novembro, um procedimento quepermitirá uma estabilidade da base remu-neratória que a Febase considera social-mente menos penalizadora.

Incumprimento do AE em tribunal

Relativamente às promoções por méritoe antiguidade, a administração disse não

pretender atribuí-las – mantendo-as con-geladas –, justificando não ter havido alte-ração das circunstâncias que fundamenta-ram incumprimento do AE, continuandoassim a violar a contratação coletiva.

Já as remunerações por antiguidadeserão pagas a partir de maio.

A Febase continuará a lutar junto dostribunais pelo cumprimento do Acordo deEmpresa, nomeadamente através deações judiciais, algumas já a decorrer emTribunal.

Na proposta de Lei n.º 142/XII/2.ª, aprovada em Con-selho de Ministros de 17 de abril, o Governo regula a formacomo deverá ser implementado o pagamento dos subsí-dios de férias e de Natal de 2013 aos trabalhadoresabrangidos pelo n.º 9 do art.º 27.º da Lei do OE de 2013, bemcomo aos aposentados e reformados.

De acordo com esta proposta, o Governo pretendealterar a forma de pagamento do subsídio de férias, quepassa a ser efetuado em duodécimos, e reformula opagamento do subsídio de Natal.

Esta proposta de lei encontra-se em discussão pública até15 de maio, período em que a Febase se pronunciará contraa mesma, visto que a imperatividade prevista no art.º 9.ºda referida proposta é claramente inconstitucional, aoafastar abusivamente a aplicação da contratação coletiva.

O que diz a proposta de lei

Para trabalhadores de empresase institutos públicos

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O Sindicato reuniu-se com a APS nodia 15 de abril, em mais umareunião de contratação coletiva,

com o objetivo de analisar a clarificaçãoe melhoria de algumas cláusulas cons-tantes no CCT para a atividade segura-dora subscrito pelo STAS, SISEP e APS,bem como para a avaliação das cláusu-

O que está em vigor em 2013

CONTRATAÇÃO l Seguros

Melhoria do CCT continuaTEXTO: PATRÍCIA CAIXINHA

O STAS/Febase e a APS continuam a analisaro CCT do setor, com o objetivo de melhorar

algumas cláusulas. A implementaçãodo Plano Individual de Reforma, pela sua

importância para os trabalhadores,é a matéria mais sensível

Contribuição anual do empregador de 2,25% sobre o ordena-do base anual do trabalhador na sua conta.

Contribuição anual do empregador de 2,25% sobre o ordena-do base anual do trabalhador na sua conta.

Terá direito a um prémio pecuniário de valor equivalente a 50%do seu ordenado efetivo mensal, pagável com o ordenado domês em que o facto ocorrer, verificadas as condições consig-nadas de faltas justificadas e média positiva nas avaliações dedesempenho profissional nesse período de 5 anos

Inclui aumento de capital de internamento que passou para25.000,00 euros/ano.Inclui, pela primeira vez, um capital de 1.000,00 para acobertura de assistência clínica em regime ambulatório.

Com um capital de 100.000,00 euros por acidente de trabalhoocorrido ao serviço da empresa.75.000,00 euros se resultar de outro tipo de acidente e50.000,00 nos restantes casos.Inclui, pela primeira vez, a cobertura de Invalidez Permanente.

Trabalhadores que entraram depois de 22 dejunho de 1995 e até 31 de dezembro de 2009

Para trabalhadores que entraram depois de1 de janeiro de 2010 e que perfaçam um anoapós completos 2 anos de prestação deserviço efetivo na empresa

Prémio de PermanênciaPara os trabalhadores que completem umou mais múltiplos de cinco anos de perma-nência na empresa.Estão já abrangidos por esta cláusula ostrabalhadores entrados em 2008.

Seguro de SaúdePara todos os trabalhadores, incluindo pré--reformados

Seguro de VidaPara os trabalhadores no ativo e na situaçãode pré-reforma

las de expressão pecuniária a vigora-rem futuramente.

Voltou-se a abordar a inexistência deinformação detalhada do Plano Indivi-dual de Reforma (PIR) para todos ostrabalhadores de seguros que irão be-neficiar com a entrada em vigor destesistema complementar de reforma. OInstituto de Seguros de Portugal, en-quanto entidade tutelar dos fundos depensões, chamou a si a verificação,seguradora a seguradora, do modelo aimplementar, não estando ainda con-cluído o processo, motivo pelo qual asseguradoras ainda não informaram ofi-cialmente os valores finais atribuídos acada beneficiário/trabalhador.

Pela particular importância de que sereveste o PIR para todos os trabalhado-res de seguros, nomeadamente os queentraram depois de 1995 e que nãobeneficiavam de nenhum sistema com-plementar, o STAS vai continuar a acom-panhar este processo até que todosestejam devidamente informados.

A Comissão Paritária irá reunir breve-mente para aprovação do teor final dealgumas cláusulas agora analisadas.

Ficou agendada para o dia 20 de maiouma nova reunião entre a APS e ossindicatos subscritores do CCT, com vis-ta a analisar futuras alterações do mes-mo, nomeadamente no que concerne àscláusulas de expressão pecuniária e ta-bela salarial.

HCIS pede caducidade do AE

TEXTO: CARLA MIRRA

OHCIS - Hospital CUF Infante Santo(ex-ISU) solicitou, em 6 de dezem-bro de 2012, a caducidade do Acor-

do de Empresa (AE) celebrado com o STAS(BTE n.º 4, de 29/01/2006), com o funda-mento na frustração das negociações.

Em 2 de novembro de 2007, o HCISprocedeu à denúncia do Acordo de Empre-sa, mas ainda nem tinham decorrido doisanos sobre o início da sua vigência.

O HCIS – Hospital CUF Infante Santo pediua caducidade do Acordo de Empresa

celebrado com o STAS. O Sindicato consideraque há má-fé negocial e não baixará os braços

na defesa dos associados

O AE, já celebrado à luz das regras doCódigo do Trabalho, não previa a sua vi-gência até que se verificasse a substitui-ção por outro, o que nos leva a concluir tersido esta a intenção inicial do HCIS, pois emdois anos dificilmente aferiram dos efeitosda aplicação do AE.

Em 30 de novembro de 2007, o STASenviou contraproposta, iniciando-se as reu-niões negociais em 6 de fevereiro de 2008.Estas viriam a ser suspensas em 5 de junhodesse ano, ficando o seu reinício pendentedo envio pelo HCIS das condições do segurode saúde (uma das cláusulas em discus-são). As reuniões foram retomadas em 14de dezembro de 2009, com a presença doSTAS, mas também da FESAHT e do SEP.Realizaram-se diversas reuniões ao longode 2010 e 2011, acabando por ser suces-sivamente canceladas, a partir de 10 denovembro de 2011, por falta de comparên-

cia da FESAHT. O HCIS defendeu que asreuniões apenas deveriam prosseguir coma presença de todos os intervenientes,embora o STAS questionasse por diversasvezes da continuidade das negociaçõescom quem efetivamente detinha interes-se no processo. O STAS ficou na expectativado retomar das negociações, recebendocom surpresa a comunicação do HCIS,fazendo referência à caducidade do AE.

O STAS foi notificado, a 22 de abril, pelaDGERT para audiência de interessados,depois de já ter enviado exposição pro-nunciando-se sobre os termos pouco cla-ros das negociações. Voltará a insistir namá-fé negocial, mas tudo indica que aDGERT declarará a caducidade do AE, comefeitos a 11 de fevereiro de 2013. Qual-quer que seja o resultado, o STAS nãobaixará os braços e manter-se-á do ladodos seus associados do HCIS.

PIR

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QUESTÕES l Jurídicas Questões l JURÍDICAS

Acórdão do Tribunal Constitucional

O Orçamento do Estado e o interesse públicoO Tribunal Constitucional

devia ter consideradoinconstitucionais outras

medidas, ponderando doisaspetos: ferem em absoluto

direitos fundamentaise não há interesse público

que valha a medidasrestritivas que só têmservido para contrair

a economia e estrangularas finanças

TEXTO: JOSÉ PEREIRA DA COSTA*

IO Acórdão do Tribunal Constitucional187/2013, sobre o Orçamento do Estado de 2013, surge no seguimento do

Acórdão sobre o Orçamento do Estado de2012 e de toda a polémica que a temáticatem gerado.

O Tribunal Constitucional pronunciou-se,assentando (apenas, dizemos nós) qua-tro inconstitucionalidades, não consi-derando outras que foram invocadas.

No fundo, com interesse concreto, oTribunal Constitucional considerou in-constitucionais os cortes nos subsídios,quer para funcionários públicos, querpara reformados e pensionistas, querpara docentes e bolseiros, declarando,também, inconstitucionais as contri-buições sobre prestações de doença ede desemprego.

Com toda a clareza debatemos aqui, emtempo oportuno, a questão, enunciando,desde logo, as inconstitucionalidadesque identificámos no Orçamento de2013. Sedimentamos o que aí defende-mos, partindo, agora, para outra análi-se (ver revista da Febase de janeiro de2013).

De facto, o papel que a Constituiçãoe, por sua via, o Direito Constitucio-nal, tem na vida de cada um de nós

não pode ser isento de valoração ética.

A Constituição entra-nos, assim,pela porta dentro, revelando-se emdois graus distintos: em primeiro lu-gar garante os direitos fundamentais,declarando-os, para depois, e em se-gundo lugar, dispor de regras proces-suais adequadas à sua defesa.

Nestes termos coloca-se, sempre,uma dúvida: quem garante a "consti-tucionalidade" de uma Lei (na verda-de e face à possibilidade de verifica-ção permanente da conformidade àConstituição de determinada norma,a expressão que os juristas preferirãoé a "não inconstitucionalidade") ecomo o faz?

Se é verdade que ao Tribunal Consti-tucional cabe, quer em sede de fiscali-zação preventiva, quer em sede defiscalização sucessiva, o papel decisivoda fiscalização abstrata da constitucio-nalidade, que, em suma, se radica naverificação da conformidade constitu-cional sem mediação de uma situaçãoconcreta, não deixa de ser verdade queem Portugal vigora, e bem, o princípiode que "nos efeitos submetidos a julga-mento não podem os tribunais aplicarnormas que infrinjam o disposto naConstituição ou os princípios nela con-signados" – artigo 204.º da CRP.

Com esta disposição, de enormerelevo institucional, quis o legislador

constituinte garantir que os tribunais,todos, são livres de apreciar, em con-creto, a conformidade à Constituiçãode cada situação em concreto.

Este duplo modelo de fiscali-zação da constitucionalidadedas leis tem sido uma pedra

basilar da construção do denominadoprocesso constitucional, sendo certoque o Tribunal Constitucional tem,graças à possibilidade de recurso dojulgamento da inconstitucionalidadeem concreto, sempre a última pala-vra – este recurso é de tal formarelevante que, como o Tribunal Cons-titucional não pode suscitar, por si, afiscalização de determinada norma,só assim se pode pronunciar sobre aconformidade de leis que não foramsubmetidas à fiscalização abstrata.

A compreensão do equilíbriode verificação da constitucio-nalidade legislativa que aqui

vos trazemos é fundamental para quese analise a situação de todo e qual-quer particular, nomeadamente noque concerne a medidas lesivas queconstem no Orçamento do Estado.Como já evidenciámos, consideramos

que o Orçamento não se limita a serum jogo de números, de ativo e pas-sivo, de despesas e receitas; bempelo contrário, o Orçamento contem-pla um conjunto de princípios políti-cos com reflexos normativos na Lei doOrçamento do Estado.

Ora esse conjunto normativo foi, arequerimento de diversas entidades,submetido ao juízo que referimos eque considerou parte da Lei do Orça-mento do Estado inconstitucional.

Esse crivo jurisprudencial foi objetode consensos, é certo, mas tambémde críticas: se alguns consideraramque o Tribunal Constitucional foi além,porque as medidas são de carácterpolítico e, por isso, insuscetíveis deanálise jurisdicional, outros conside-raram que o Tribunal Constitucionalficou aquém do que se exigia, consi-derando que outras normas, nomea-damente a CES [Contribuição Extraor-dinária de Solidariedade] e a sobreta-xa de IRS, também deviam ter sidoobjeto do mesmo juízo.

Sem nos intrometermos na ques-tão material, não podemos dei-xar de salientar dois aspetos

que são essenciais: se, por um lado, adecisão do Tribunal Constitucional só

se refere às matérias que lhe foramcolocadas, por outro lado o TribunalConstitucional terá sempre a últimapalavra sobre as matérias que já lheforam levadas a julgamento.

Daqui nasce a verdadeira naturezada fiscalização concreta da constitu-cionalidade, ao permitir que o parti-cular, junto, primeiro, de um Tribunalde primeira instância, demonstre quedeterminada lei lesa o seu direito detal forma que, naquele caso, não podeser aplicada – este grau de lesão temde ser intenso, grave e irrecuperável.

O advogado, independente-mente do papel que lhe cai-ba, está, então, refém da

Constituição, da interpretação quedela fizer, na medida em que inter-medeia o diálogo entre o particular ea Lei Fundamental.

Desse diálogo nascerá, muitas ve-zes, o objeto de uma lide que tem,como pressuposto básico, a lesão deum Direito Fundamental.

Por isso mesmo, não pode-mos deixar de esclarecer queo artigo 18.º n.º 2 da Consti-

tuição deve, sempre que se debateesta temática, quer em abstrato, querem concreto, ser lido com a máximaatenção: "A lei só pode restringir osdireitos, liberdades e garantias noscasos expressamente previstos naConstituição, devendo as restriçõeslimitar-se ao necessário para salva-guardar outros direitos ou interessesconstitucionalmente protegidos."

Mais uma vez nos encontramos naencruzilhada constitucional: qual olimite máximo e mínimo da lesão deum direito fundamental?

Não há uma resposta de sentidoúnico, mas podemos explicar um exem-plo: no ano passado, face à situação deemergência, o Tribunal Constitucionalconsiderou que o corte nos subsídiosé inconstitucional, mas limitou os efei-tos, face a interesse público de espe-cial relevo, o estado de emergênciadas contas públicas. Este ano, no en-tanto e considerando a decisão do ano

II

passado, o Tribunal já foi claro e defi-nitivo: a inconstitucionalidade já é detal forma consistente e permanenteque não admite exceções.

Esta linha de raciocínioestá, a bem da verdade,contemplada em todo o

Acórdão deste ano, uma vez que oTribunal Constitucional foi analisandotodas as questões como estando nolimite da constitucionalidade, nomea-damente a CES e a sobretaxa de IRS.

Considerou, no entanto, que a lesãodos direitos fundamentais dos parti-culares ainda é aceitável face à ur-gência e necessidade, face ao estadodas finanças públicas.

Sucede, porém, que o Tribu-nal Constitucional não pas-sou um cheque em branco,

nem declarou que estas medidas es-tão sedimentadas na esfera jurídicados particulares: são válidas para esteano, mas só para este ano. Depoisterão de ser objeto de outro juízocrítico.

Estamos em crer que o TribunalConstitucional, como aqui afir-mámos, devia ter considerado

inconstitucionais outras medidas, con-siderando dois aspetos: que as medi-das ferem em absoluto direitos fun-damentais e que não há interessepúblico que valha a medidas restriti-vas que só têm servido para contraira economia e estrangular as finanças.Na verdade, perante o descalabro dasfinanças públicas, estas medidas nãosó são lesivas para o particular, comoo são, essencialmente, para o Estado.

Quer a CES, quer a sobretaxa assen-tam, sobretudo, numa natureza con-fiscatória sem memória no passadotributário português, que o TribunalConstitucional se recusou a apreciar,é certo. Mas deixou a porta abertapara que no próximo ano se possaaferir a sua constitucionalidade.

*Advogado do SBSI

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Ao TribunalConstitucional cabeo papel decisivoda fiscalizaçãoabstrata daconstitucionalidade

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Revista Febase - Qual é a principalmissão desta escola?

Maria do Sameiro - A nossa principalmissão é formar jovens profissionais. Osalunos entram com o 9.º ano e passamaqui três anos, o que lhes confere o nívelIV de qualificação e os prepara para oingresso na vida ativa. Estamos dividi-dos por polos e temos 600 alunos espa-lhados pelo País. Penso que a chave donosso sucesso é essa. O relacionamentoque temos uns com os outros é muitoprofissional mas também muito huma-no. Preparamos os alunos como bonstécnicos mas temos também a preo-cupação de lhes dar uma educação paraa cidadania, fundamental para que se-jam solidários, respeitem as pessoasque estão próximas e tenham conheci-mentos a nível de cultura geral. Para nós

Maria do Sameiro, diretora-geral da Escola Profissional Agostinho Roseta

"O nosso objetivo é levaros alunos ao sucesso"

Uma grande família. É desta formaque se pode caracterizar a Escola

Profissional Agostinho Roseta. Entredireção, professores e alunos,

a química e união são enormes.E se alguma dúvida houvesse, os olhos

emocionados de Maria do Sameirodesfazem-na. Uma escola diferente,

onde os valores do sindicalismoestão presentes

TEXTOS: PEDRO GABRIEL

cada aluno é uma pessoa. A filosofia éesta: em primeiro lugar estão os alunose o objetivo é levá-los ao sucesso.

P - Que tipo de cursos oferece a EscolaAgostinho Roseta? Quais os que têmmaior adesão?

R - Temos cursos na área da informáticade gestão e, no ramo da hotelaria, decozinha/pastelaria, mesa e restauran-te/bar. Temos ainda cursos de turismo,de animação sociocultural e de técnicoauxiliar de saúde – e todos têm muitaprocura. Nesta altura em que o Ministérioda Educação obriga a turmas com ummínimo de 26 alunos, nós temos a sortede ter 30. Os alunos procuram muito anossa Escola e sentem-se bem aqui.

P - Está previsto a criação de maiscursos?

R - Atualmente deparamo-nos comum problema: não temos por onde cres-cer, estamos cheios. Gostávamos mui-to de estabelecer alguns protocolos como CEFOSAP, porque é o centro de forma-ção da UGT. Já trabalhamos em parceriano Crato, mas gostaríamos que fosseuma realidade nos outros polos. Pensoque a curto prazo isso será possível.

P - Qual o principal motivo para osalunos escolherem esta escola?

R - A nossa principal publicidade sãoos alunos, que falam bem da escola elevam as pessoas a procurarem-nos.Por exemplo, veio cá um casal com ummiúdo de 12 anos que, no final, disse-nosque queria vir para cá quando termi-nasse o 9.º ano. Porque a nossa Escolaé, de facto, diferente. Sou uma apaixo-nada pelo ensino, fui professora do en-

sino oficial, mas foi nesta Escola que merealizei, porque aqui vejo a concretiza-ção de um trabalho.

P - A crise atual tem afetado a taxa decolocação após a conclusão dos cursos?

R - No futuro não sei, mas até agoratemos tido uma grande taxa de colocação.Temos alunos espalhados um pouco portodo o País, desde Ofir até ao Algarve,passando pela Serra da Estrela. Temos pro-tocolos com muitas entidades e são já aspróprias empresas que nos procuram. In-vestimos bastante nessa área porque esta-mos com muito crédito junto do mercado.Isso é um grande incentivo para os própriosalunos. Ao longo dos três anos, eles visitamos grandes hotéis e nós, na formação téc-nica, procuramos professores que estejamligados ao mundo do trabalho. É uma portaaberta para entrarmos.

P - Os alunos têm possibilidade deprosseguirem os estudos?

R - Há muitos que o fazem, tornando-setrabalhadores-estudantes. Quando vãofazer o estágio arranjam emprego –tento incutir-lhes isso, que tenham umemprego – e depois vão estudar à noite.Ou então fazem acordos com os empre-gadores, de modo a que possam conci-liar as duas coisas.

Apoio aos alunos

P - A Escola tem especial preocupa-ção no apoio a alunos com carênciassocioeconómicas?

R - Sem dúvida. Estamos atentos àsdificuldades que as famílias estão a atra-vessar. Decidimos atribuir subsídios detransporte aos alunos, criámos espaçosna escola onde os preços são ainda maisbaratos do que nas escolas oficiais. To-dos os nossos alunos se alimentam con-venientemente, temos esse cuidado.Estou muito feliz porque concretizámosestes objetivos em todos os polos. Mastodos são bem-vindos à Escola desde quequeiram aprender e estudar – é o que lhesdizemos quando chegam. Aqui só pagama inscrição e o seguro. Todos os outrosgastos, desde o material às visitas, fica acargo da escola.

P - Mas nem todos os alunos sãoiguais…

R - Quem falta às aulas, chega atrasadoou se porta mal tem penalizações. É umaforma de educá-los. A nível nacional nãohá aulas à sexta-feira à tarde. Mas osfaltosos ficam a tarde toda na escola, têmde repor as horas. A avaliação é feita pormódulos e eles têm de ter, pelo menos,10 valores. Se não o conseguirem no final

do módulo damos-lhes mais uma oportu-nidade, fazem a chamada "recuperaçãodo módulo". Se voltarem a não ter 10, oprofessor tem de indicar a razão. É umaluno que falta? Tem mau comportamen-to? Chega atrasado às aulas? Então paga15€ no final do período, que é quando sefaz a recuperação do módulo. Se, poroutro lado, é um aluno assíduo, pontual,mas que tem dificuldades de aprendiza-gem, a escola dá-lhe todas as condiçõespara que possa cumprir os objetivos.

Saber a importânciado sindicalismo

P - Há a preocupação de explicar aosalunos quem foi Agostinho Roseta e aligação da Escola ao sindicalismo?

R - Temos sempre esse cuidado, bemcomo de dar a conhecer a nossa histó-ria, quem é a nossa entidade proprietá-ria, por quem é formada e o que sãosindicatos – e eles sabem explicar tudopelas suas próprias palavras. Além dis-so, sendo a Associação Agostinho Rose-ta composta por 13 sindicatos – sendoque um deles é a própria Central –, éimportante referir que daremos sem-pre prioridade aos filhos de trabalhado-res sindicalizados.

P - A Escola Agostinho Roseta vai abrir um polo em Sesimbra. Quais são as expectativaspara esta nova abertura?

R- As expectativas são grandes, porque significa menos alunos a saírem do concelho paraterem formação no secundário, ao contrário do que acontece agora. Temos tido bastanteapoio por parte da própria Câmara, que está muito expectante e satisfeita com a nossa idapara lá. É um novo desafio e mais uma luta.

P - Que cursos vão estar disponíveis?R - Sesimbra é uma zona que vive muito da parte hoteleira. Vamos abrir cursos ligados

à restauração, como cozinha/pastelaria e restaurante/bar. Contamos abrir cursos deturismo na generalidade, bem como um grupo de turismo ambiental e rural.

"Polo de Sesimbra vai ser muito importante"

A Escola Agostinho Roseta conta atualmen-te com um corpo docente bastante jovem, oque acaba por facilitar a relação com os alu-nos. Os professores tornam-se amigos e con-fidentes.

"A maior parte dos alunos que aqui está nãotem a família nuclear como nós a conhecemoshá uns anos, portanto sentem esta escolacomo a sua segunda casa. Não somos apenasprofessores mas, também, amigos e conse-lheiros. Eles procuram-nos imenso. A nossaprincipal gratificação é assistir à sua transfor-mação, não só em termos académicos masprincipalmente enquanto pessoas", explica-nos o grupo de jovens professores.

Os alunos alinham pelo mesmo discurso ereforçam o facto de a escola ser pequena,facilitando a interação entre todos. A relaçãocom os professores também não foi esqueci-da. "Sabemos que podemos contar com osprofessores. Eles tornam-se nossos amigospara que possamos estar confortáveis ao ex-por os nossos problemas", contam os alunosdo 12.º ano, cujo percurso na escola estáprestes a terminar.

A Escola comosegunda casa

tiveram acesso às palavras de ordem einteriorizaram aquilo de tal maneiraque estão bastante ativos em relação atudo o que se está a passar. Houve doisalunos que foram entrevistados e afir-maram estar preocupados com o futuroe acham que devem estar junto dostrabalhadores a defender a sua causa.Eles têm essa perceção do que está emcausa.

P - Qual foi o objetivo de levar osalunos à manifestação da UGT no 1.º demaio?

R - Não é fácil, num dia feriado, mo-bilizar para uma manifestação a quan-tidade de jovens que nós mobilizámos.Ninguém é obrigado a ir, mas elesacharam que deviam estar presentes emostrar a sua gratidão aos sindicatosque compõem a Associação. E este ano

Os alunos contam com os professores como amigos e confidentes

A Escola Agostinho Roseta tema preocupação de formar jovens

profissionais e cidadãos

Maria do Sameiro: "Daremossempre prioridade aos filhos

de trabalhadores sindicalizados"

Atualidade l FORMAÇÃOFORMAÇÃO l Atualidade

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Notícias l Bancários CentroBancários Centro

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TEXTO: SEQUEIRA MENDES

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Por unanimidade e aclamação

Conselho Geral aprova ContasOs conselheiros aprovaram

as contas do Sindicatoe debateram as consequências

da crise no setor bancário.A sessão foi ainda preenchida

com um balanço sobreas negociações da revisão

global do ACT e votosde congratulação a Carlos

Silva pela liderança da UGT

TEXTO: AMÍLCAR PIRES

OConselho Geral do SBC realizou-se a 10 de abril, no hotel D.ª Inês,tendo como ponto único da Or-

dem de Trabalhos a discussão e votaçãodo Relatório e Contas relativos ao exer-cício de 2013.

Com apenas um assunto a dominar odebate, a sessão foi aproveitada parase fazer uma análise da situação políti-co-sindical, tendo intervindo váriosconselheiros e a Direção.

De um modo geral, todos os interve-nientes se manifestaram preocupadoscom a crise, que não parece ter fim àvista e que dia após dia agrava ascondições de vida dos portugueses.

O desemprego é o flagelo que atingetodos os setores da atividade económica.Na banca, onde nunca se tinha ouvido falarem despedimentos, agora o tema do diaé que o banco A e o banco B vão procedera reestruturações, libertando centenas oumesmo milhares de trabalhadores. Emvez de lhe chamarem despedimentos,aplicam-lhe um termo mais soft, "resci-sões amigáveis", deixando o recado que senão aceitarem assim terão de aceitar deoutra forma e em piores condições.

Do SBC para a UGT

Por parte da Direção foi referida adificuldade em angariar novos associa-dos, dada a conjuntura deveras adver-sa. Como foi dito, a banca está a despe-dir pessoal, não renova os contratos atermo certo e há ainda os que nosdeixam para sempre.

A Direção salientou ainda que decor-rem negociações do ACT depois de a

banca, pela primeira vez, ter denunciadoo existente. Sabe-se que a banca queracabar com as progressões automáticas,com as diuturnidades e com o subsídio deantiguidade, e que em troca estará dispo-nível para dar aos sindicatos uma reivin-dicação muito antiga, que consiste nadistribuição per capita do bolo referenteao financiamento dos SAMS. Admitindoas dificuldades, tudo terá que ser ponde-rado, tendo sempre em conta, priorita-riamente, os superiores interesses dostrabalhadores bancários.

Foi ainda abordado o congresso da UGT[que se aproximava quando foi realizadoo Conselho Geral] onde o presidente doSBC seria eleito secretário-geral da cen-tral, o que constituiu motivo de orgulhopara todos os bancários e particularmen-te para o SBC: sendo o mais pequeno dossindicatos verticais, é o seu presidenteque assume o mais elevado cargo dosindicalismo. Foi com alguma emoção eexpectativa que foi manifestada a espe-rança, nele depositada, para um novorumo na condução da central sindical.

Boa saúde financeira

Quanto às contas, os conselheirostinham recebido previamente um dos-siê bem elaborado pelos serviços decontabilidade, o que facilitou a análisee onde se aferiu a boa saúde financeirado Sindicato.

A tesoureira, Dr.ª Helena Carvalhei-ro, fez apresentação do documento,realçando que apesar da crise o Sindi-cato tem uma situação financeira con-solidada e que só assim foi possívelatribuir mais benefícios na área da saú-de e da educação para os associados,reiterando que a Direção continuará atomar medidas, dentro das disponibili-dades financeiras, que possam minorara crise que afeta a todos.

Houve depois algumas intervençõespara pedir esclarecimentos num ou nou-tro ponto, mas também para elogiar odocumento apresentado na forma e nospormenores, que tornam fácil a análisedo mesmo para os menos familiariza-dos com estas matérias.

A tesoureira agradeceu os elogios eesclareceu cabalmente todas as dúvi-das suscitadas.

A confirmar que os conselheiros esta-vam satisfeitos com os documentosapresentados, está o facto de o Conse-lho Geral ter aprovado as contas porunanimidade e aclamação.

No final do Conselho Geral houvemais uma manifestação de carinho eapreço dos conselheiros para com opresidente do Sindicato Carlos Silva, aquem foram endereçados votos demuitas felicidades no seu novo cargo desecretário-geral da UGT, convictos deque as expectativas não irão sair de-fraudadas.

As "rescisões amigáveis" na banca preocupam os conselheiros

Pesca de Mar

Mário Veríssimosegue

na dianteiraApós duas das três provas

do campeonato, MárioVeríssimo é o primeiro

classificado. O pescadortentará o título na Figueira

da Foz

Está a decorrer o 35.º Campeonatode Pesca de Mar do SBC, que teveinício em 23 de março e prolonga-

-se até 4 de maio, campeonato queconta com 15 indómitos pescadoresinscritos. O campeonato desdobra-seem três etapas, cujos vencedores sãoos mais bem classificados no somató-rio das três provas efetuadas.

A primeira prova teve lugar na típicavila piscatória da Nazaré, a 23 de mar-ço, com um mar a apresentar-se muito

agressivo e oferecendo grandes difi-culdades aos atletas. Apesar destagrande contrariedade, os pescadorespuxaram dos seus galões e foi umregalo vê-los tirar peixe, quer em quan-tidade, quer em variedade.

A segunda prova realizou-se na ci-dade de Peniche a 6 de abril. Destafeita, o mar apresentou-se muito bompara a prática deste desporto, mascomo não há bela sem senão, o peixeescasseou.

A terceira e última prova teve lugar naFigueira da Foz, a 4 de maio, onde houveum almoço de confraternização e entregade prémios, de que daremos conta napróxima edição.

Os cinco primeiros classificados apósas duas provas realizadas são os seguin-tes atletas: 1.º Mário Veríssimo (CCAMPeniche); 2.º Vítor Malheiros (BCP Peni-che); 3.º António Cascão (BES Coimbra);4.º Pedro Veiga (BPI C. Rainha); 5.º Antó-nio Marques (BCP Marinha Grande).

Ocampeonato de futsal do SBC jáestá a decorrer. Esta prova seráintegralmente disputada no Pa-

vilhão da Palheira em Assafarge, dondesairá a equipa apurada a participar erepresentar o SBC na final nacional, a

Futsal

Quatro equipas disputam título TEXTO: SEQUEIRA MENDES

disputar em Penamacor. Estão inscri-tas quatro equipas e o campeonatodesenrolar-se-á em três jornadas, jo-gando todos contra todos, saindo ven-cedora a equipa que obtiver maior nú-mero de pontos.

A primeira prova teve lugar a 13 deabril e foram os seguintes os resulta-dos: MG Foot (S. R. Leiria) 1 - 3 ClubMillennium BCP (S. R. Coimbra); OsMesmos (S. R. Guarda) 1 - 6 Os Viriatos(S. R. Viseu).

Club Millennium BCP (Coimbra) Os Mesmos (Guarda) Os Viriatos (Viseu) BCP (Leiria)

Em Peniche o mar apresentou-se bom, mas o peixe escasseou

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Notícias l STAS - Actividade SeguradoraSTA

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Colecionismo

Exposição de azulejaria na sedePaulino Mota Tavares,

bancário reformado,tem patente no átrioda sede do Sindicato

uma mostra de azulejariaportuguesa, fruto dos seus

anos de colecionador

TEXTO: A. CASTELO BRANCO

Aexposição patente no átrio dasede do SBC trata o tema daazulejaria no nosso País, trazido

pela mão de Paulino Mota Tavares. Oex-funcionário do Banco de Portugalem Coimbra é licenciado em história,escritor, conferencista, professor epoeta.

minência no século XIX no revestimen-to de fachadas de muitos prédios ecasas de habitação.

Esta é a segunda exposição neste espa-ço, depois da de Pedro Madeira, tambémbancário na reforma, referente às ques-tões da modelagem artística e da escrita.

Outras mostras se sucederão, fazendojus ao apoio do projeto que a Direcção doSBC achou por bem considerar e que tempor fundamento dar a conhecer publica-mente as apetências e as capacidades dequantos conseguiram conciliar a profissãode bancários com outras manifestaçõesreveladoras de particular criatividade.

A próxima mostra irá versar a feituraartesanal das mais artísticas velas eanjos de cera que vêm correndo mundo,graças à arte e ao engenho do seu autor,igualmente bancário. E mais se segui-rão, subordinadas à vastidão de temasque o levantamento indicia, cativos, écerto, da colaboração de todos.

Continuando na senda da formação evalorização pessoal dos seus associa-dos, o SBC vai levar a efeito, em Leiria,um curso de formação em fotografiadigital para associados reformados.

A ação terá lugar em Leiria, na Know-How Consultores, Lda., nas traseiras daEscola Domingos Sequeira, e a sua dura-ção será de 20 horas, decorrendo de 16 demaio a 7 de junho. Genericamente, estecurso versará os "conceitos gerais defotografia" e o "visionamento e análise deimagens", sempre acompanhados deexercícios práticos, pelo que cada for-mando deve ser portador de uma máqui-na fotográfica, de preferência DSLR.

A1.ª caminhada do Secretariado Regional de Leiriarealizou-se dia 14 de abril, percorrendo a deslum-brante e mágica margem Sul da lagoa da Foz do

Arelho. A caminhada teve como ponto de partida o Covãodos Musaranhos, com paragem no alto do Gronho para asinevitáveis fotos da praxe, de onde se vislumbra umapaisagem fantástica. Seguiu-se a passagem pela praia dorio Cortiço, Aldeia da Lapinha e, finalmente, um piqueni-que conjunto, no Covão dos Musaranhos.

Participaram no evento cerca de quatro dezenas decaminheiros, sendo de salientar a presença de sócios doSBSI e do SBN.

A literatura inclusa refere as suasorigens árabes a partir da chegada àPenínsula no século XIV, bem como ofabrico dos primeiros azulejos por aqui,que aconteceu no século XVI, altura emque são acolhidos e utilizados em edifí-cios religiosos e grandes palácios du-rante vários séculos, com grande proe-

Algumas das peças que constituema exposição

O bom tempo contribuiu para tornara caminhada mais aprazível

1.ª Caminhada do Secretariado Regional de Leiria

Lagoa da Foz do Arelho deslumbrou caminheirosLeiria

Formação em fotografiapara reformados

Após uma exaustiva apresentaçãodo que a anterior e a atual Direçãodo Sindicato (que tomou posse a 19

de junho) realizaram até ao último dia doano de 2012 e prestados os esclarecimen-tos necessários, os conselheiros votaramfavoravelmente o Relatório de Atividadese as Contas do ano transato.

Como aspetos mais relevantes do tra-balho feito pela Direção, destaca-se aentrada em vigor do novo CCT. Depois detrinta anos, foi possível proporcionaraos trabalhadores de seguros um con-

STAS homenageia sóciosAssociados com 25 e 50 anos

de filiação recebememblema comemorativo

de prata e ouro,respetivamente

TEXTOS: PATRÍCIA CAIXINHA

Atradicional cerimónia anual de en-trega de emblemas de ouro e pratarealizou-se dia 4 de abril. Um tribu-

to que o STAS presta a todos os associadosque completam 25 e 50 anos de filiaçãono Sindicato.

Este ano foram contemplados todos ostrabalhadores que se tornaram sócios doSTAS nos anos de 1961, 1962, 1986 e 1987e continuam a fazer parte da sua história.

Trata-se de uma cerimónia de grandio-sa importância para o Sindicato e para o

sócio homenageado. Por isso mesmo, oSTAS procura criar um momento condig-no ao simbolismo que esta iniciativaacarreta.

Desta vez, a cerimónia realizou-se noSalão Nobre da sede do Sindicato, que seencheu de sócios para receberem o seudistinto emblema comemorativo. Cole-gas, convidados, familiares e amigosanimaram tão emblemática festa que serevelou alegre, cantada e muito sentida.

O grupo Informáticos e Companhia pre-senteou os participantes com a sua mú-sica sempre bem-disposta e animada.Recordaram-se músicas de há 25 e 50anos, num momento inspirador e carre-gado de emoção.

Findada a homenagem e o reportóriomusical, seguiu-se um pequeno bebere-

te que assinalou um momento de conví-vio para finalizar este grande dia.

Pena é que num total de quase duascentenas de sócios convidados para rece-beram o seu emblema, apenas 45 com-pareceram à chamada e foram homena-geados.

O STAS continuará com o mesmo empe-nho e dedicação a promover encontrospara prestar o tributo merecido àquelesque ao longo de todos estes anos estive-ram e continuam a estar presentes navida deste Sindicato que é de todos.

É por eles que estamos aqui hoje econtinuaremos amanhã. A todos elesdeixamos a nossa gratidão. Aos res-tantes, a promessa de que continuare-mos cá, dando o nosso melhor todos osdias.

Conselheiros aprovamRelatório de Atividades e Contas

O Conselho Geral aprovou,na sessão de 4 de abril,

o Relatório de Atividadese as Contas de 2012

trato mais adaptado à realidade do setor– e o STAS contribuiu para a implemen-tação de um CCT ao qual se reconhecemaspetos altamente inovadores.

Igualmente de salientar, na área políti-co-sindical, as diversas reuniões de escla-recimento do CCT, plenários de trabalhado-res e reuniões com as administrações edireções de recursos humanos em diversasempresas em todo o País, incluindo Madei-ra e Açores.

O Sindicato participou também em di-versos órgãos e reuniões da UGT, da Febasee da UGC.

No que se refere ao apoio jurídico, foramfeitos 2011 atendimentos aos associados,interpostas 13 ações judiciais e emitidossete pareceres jurídicos. Foi ainda dadoacompanhamento em processos de despe-

dimento coletivo, cessões da posição con-tratual, processos disciplinares, reuniõesem empresas e comunicações com a ACT.

Recorde-se que no ano transato o STASinaugurou o seu novo sítio online, criou onovo design do cartão de sócio, e preparoua campanha de sindicalização para 2013.

A cultura, o desporto e a formação foramapostas do STAS, que promoveu iniciativaspara os seus associados – que, aliás, sãoáreas que continuam a merecer atenção eo destaque da Direção.

Os conselheiros ouviram uma exaustivaexposição sobre o trabalho sindical realizado

Carlos Marques, presidente da Direção,entrega o emblema a um sócio

Homenageados e familiares assistiram ao espetáculo com músicas de há 25/50 anos

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Atualidade l SINDICAL

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Notícias l STAS - Actividade SeguradoraSTA

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III Torneio de futsal masculino

INETESE sagrou-se campeã

A equipa da INETESE venceuo torneio de futsal masculino,

com cinco vitóriasem oito jogos. A melhor defesa

coube à GDC Fidelidade,que teve também

o melhor marcador

TEXTO: MÁRIO RÚBIO

Equipas Jogos Vitórias Empates Derrotas Golos Diferença PontosMarc. Sofr. M/S

1 INETESE 8 5 3 0 38 18 20 182 GDC FIDELIDADE 8 5 2 1 34 14 20 173 JOVENS SEGUROS 8 3 1 4 21 23 -2 104 C.C. AXA Seguros 8 2 2 4 21 25 -4 85 ZURICH Seguros 8 1 0 7 6 40 -34 3

OIII torneio de Futsal do STAS -masculino terminou em 18 demarço, com a vitória incontestá-

vel da INETESE.No decorrer do torneio foi possível

assistir a jogos de grande competitivi-dade e desportivismo.

A forma como o torneio decorreu levao STAS a pretender enriquecer cada vezmais estas provas, pelo que irá tentaralargar as inscrições a mais equipasoriundas do setor financeiro.

Foram ainda apuradas as seguintesclassificações:

"Melhor marcador": Pedro Camacho(GDC Fidelidade),com 12 golos; "Melhordefesa": GDC Fidelidade, com 14 golossofridos;

"Troféu disciplina": Zurich Seguros,com 60 pontos; "Troféu fair play": C.C.Axa Seguros, com 14 pontos.

Resta saudar todos os participantespela forma desportiva como contribuí-ram para o êxito deste torneio e dese-jar poder voltar a contar com estesem provas futuras. As classificaçõesfinais deste torneio estão expressasno quadro.

Classificação – III Torneio de Futsal STAS 2013 Masculino

As aulas na Universidade Sénior Pedrode Santarém tiveram início a 15 deabril. Embora o número de alunos

seja ainda reduzido, as disciplinas que

Universidade Sénior Pedro de Santarém

As aulas já começaram!As inscrições continuam

abertas para a frequênciadas disciplinas ministradas

na UniversidadeSénior Pedro de Santarém,

que recebe alunosoriundos dos setores bancário

e de seguros estão a ser ministradas têm recebido gran-de adesão por parte destes. Algumas dis-ciplinas receberam uma maior procurapor parte de alunos após o seu início.

As inscrições continuam abertas, jáque a Universidade manter-se-á em fun-cionamento até ao final de junho, alturaem que começam as férias.

No próximo ano letivo as aulas terãoinício em setembro, a exemplo do calen-dário escolar.

Mesmo que não estejam interessadosem frequentar as aulas até junho, os alunospoderão sempre fazer a sua inscrição paraa época que terá início em setembro eassim ajudarem a completar o número dealunos para uma determinada disciplina.

Os serviços do STAS estão em condi-ções de poder dar todos os esclarecimen-to necessários através do [email protected]

Neste momento a Universidade contacom alunos oriundos do setor bancário ede seguros, esperando-se em breve umamaior adesão uma vez que também osfamiliares poderão inscrever-se.

Na edição anterior, o título do artigo sobre o Fundo Especial publicado na página dedicada à Contratação Seguros geroualguma confusão nos leitores. Assim, esclarece-se: o Fundo Especial não cessou. O STAS quer esclarecimentos sobre assituações anómalas que atingem alguns pré-reformados.

Esclarecimento sobre Fundo Especial

TEXTO: MÁRIO RÚBIO

As aulas prolongam-se até junho

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Notícias l Bancários Sul e IlhasNotícias l Bancários Sul e IlhasBancários Sul e Ilhas

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Foi, sem dúvida, um final de diamuito especial para todos os queno dia 4 de abril passaram pela

Igreja de S. Domingos, ao Rossio, emLisboa. Com rumo definido ou por meroacaso, a surpresa colheu todos: mesmoquem sabia ao que ia não estava àespera da sublime beleza contrastante

de uma igreja despojada de relíquias aservir de palco aos cânticos religiososque a excelente acústica fazia ressoarno templo.

Tratou-se do VIII Concerto de Páscoade Coros Bancários, o segundo espetá-culo da temporada coralista promovidapelo Pelouro dos Tempos Livres do SBSIe que terminará a 12 de outubro com oConcerto de Coros Bancários.

A temporada permite apreciar umleque variado de música de acordo comas épocas em que são apresentadas –nomeadamente nas quadras natalíciae pascal. Sai a ganhar o público apre-ciador de música coral.

A Igreja de S. Domingos teve bastan-te assistência, composta por muitosbancários apreciadores da arte vocal,bem como familiares e amigos, mastambém por turistas e católicos que ali

TEXTO: INÊS F. NETO

Concerto de Coros

Ecos de Páscoa em vozes bancáriasO concerto de Páscoa

de Coros Bancários tevea qualidade coralística

e de reportório a que a tradiçãojá nos habitou. Um verdadeiro

Aleluia à música vocal

se dirigiram para a prática de culto e sequedaram a escutar. E todos se rende-ram à mestria dos grupos corais.

Ali se apresentaram cinco coros deInstituições de Crédito: o Coro do GrupoDesportivo e Cultural do Banco de Por-tugal, dirigido por Sérgio Fontão; o Gru-po Coral dos Serviços Sociais da CGD,cujo maestro é João Pereira; o Coro doGrupo Desportivo e Cultural do BPI, queJosé Eugénio Vieira dirige; o Coro doClube Millennium BCP, dirigido por An-tónio Leitão; e o Coral Santander Totta,que tem como maestro Diogo Pombo.

Como também aconteceu nas trêsedições anteriores do concerto de Pás-coa, mesmo tendo cenário um temploo público não se fez rogado nos aplau-sos de incentivo e apreço aos coralis-tas, que no total interpretaram quaseuma vintena de peças.

O reportório apresentado centrou-senos cânticos religiosos tradicionais alu-sivos à época pascal e maioritariamen-te em compositores de séculos passa-dos. Foi o caso, por exemplo, de "ReginaCoeli Laetare", de Antonio Lotti, "O EscaViatorum", de Michael Haydn, ou "AveVera Virginitas", de Josquin Des Prés.

Como o público pôde constatar, me-rece referência a capacidade de inova-ção e a criatividade dos grupos corais,mesmo enfrentando um reportório tãomarcadamente tradicional.

Saliente-se o exemplo do Coro doClube Millennium BCP, que optou porinterpretar apenas espirituais – negrose brancos, proporcionando momentosvibrantes.

A Quinta da Marinha e as Olaiasacolheram, respetivamente, a ter-ceira e quarta provas do circuito

interbancário de squash.A primeira teve lugar a 23 de março,

terminando com a vitória de Luís Valente,cujos 100 pontos permitiram um salto re-levante até ao quarto lugar da tabela clas-sificativa geral. A fechar o pódio ficaramMiguel Estiveira, com 95 pontos, e Francis-co Madureira, com 90. Na quarta posição ea quebrar a hegemonia dos atletas doMillennium bcp, ficou André Noronha (CGD),com 85 pontos. Cristina Eira (Sibs) terminouno quinto posto, com 80.

Squash

Dupla vitória para Luís ValenteO 7.º circuito interbancário

de squash conheceu as duasúltimas provas antes da final

do Sul e Ilhas. Luís Valenteconseguiu alcançar a vitória

em ambas, mas foi FranciscoMadureira a terminarem primeiro da geral

TEXTOS: PEDRO GABRIEL

A5.ª jornada da prova de kingrealizou-se nas instalações doSBSI, a 16 de março, e contou com

a participação de 20 jogadores. Nosquatro jogos disputados reinou o salutarconvívio e camaradagem entre todos.

António Araújo (BPI) foi, mais uma vez,o melhor, terminando a ronda no primei-

Já na prova disputada nas Olaias, a 20de abril, destaque para nova vitória deLuís Valente. O jogador do Millennium bcplevou a melhor sobre Francisco Madurei-ra, que terminou em segundo. A comple-tar o pódio surge José Faria, também doMillennium bcp.

As duas últimas provas confirmaram ahegemonia do Millennium bcp nesta edi-ção, com as seis primeiras posições daclassificação geral a serem preenchidaspor atletas daquela instituição bancária.

O vencedor desta primeira fase foiFrancisco Madureira, que alcançou 385pontos, logo seguido de Miguel Estivei-ra, com 360. José Rebelo, com 310, ficoucom o "bronze". Este torneio não come-çou da melhor maneira para Luís Valen-te, mas a vitória nas duas últimas pro-vas valeram-lhe o quarto lugar da geral,com 295 pontos.

Também na classificação por equipas,o pódio ficou a cargo do Millennium bcp,com a dupla Francisco Madureira/JoséRebelo a saltar para o primeiro lugarnesta última ronda, com 695 pontos, portroca com José Faria e Miguel Estiveira,que terminaram com 630 pontos. Já adupla Luís Valente/Paulo Kellen conser-vou o terceiro lugar, com 560 pontos. Naquarta posição, com 410 pontos, surge oClube Banif, composto por Gisela Frias ePedro Castro.

A dupla André Noronha/Diogo Luís(CGD), com 375 pontos e a dupla FernandaBarroso/João Fragoso (Millennium bcp),com 225, ocupam os últimos lugares.

A final do Sul e Ilhas está marcada paraCastelo Branco, nos dias 1 e 2 de junho,e deverá ser composta por um quadro de12 jogadores.

King

António Moço é o novo líderO 7.º campeonato regional

de King continua a disputar-se na área da Grande Lisboa,

com a realização de maisduas jornadas. À entrada

para a última, António Moçoé o novo líder

ro lugar, com 163 pontos. Muito perto, nasegunda posição, surgiu Pinto Pedro (ex-BNU), com 158 pontos, mais seis queAntónio Moço (BPI), que se quedou peloterceiro lugar. Caetano Moço (Unicre),com 148 pontos, ficou no quarto posto.

António Araújo tinha, portanto, vanta-gem escassa à entrada para a 6.ª e penúl-tima jornada, disputada a 9 de abril por19 jogadores. O homem do BPI não foialém do terceiro lugar, com 185 pontos,perdendo a liderança para António Moço,agora com um total de 192 pontos.

Pinto Pedro, que teve uma rondabastante produtiva, segue no encalçodo primeiro lugar, com apenas um pon-to a separá-lo da liderança.

Destaque ainda para o quarto lugarde João Baleira (Millennium bcp), com184 pontos e o quinto de Caetano Moço,com 183.

A última jornada realizou-se no dia27 de abril e daremos conta dos resul-tados finais em futuras publicações.

TEXTOS: PEDRO GABRIEL

António Moço (ao centro) lidera,num campeonato muito equilibradoe cuja final mantém enorme expectativa

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26 – Revista – Revista – Revista – Revista – Revista FEBASEFEBASEFEBASEFEBASEFEBASE 14 de maio 2013

Karting

Luta pelo comando ao rubroÀ terceira corrida do 16.º

campeonato interbancáriode karting, José Luís Feliciano

deixou de estar sozinhona frente da classificação

geral. Carlos Manuel Gonçalvesfoi um dos melhores em pistae ascendeu ao primeiro lugar

TEXTOS: PEDRO GABRIEL

O kartódromo da Batalha acolheu,a 20 de abril, a terceira prova docampeonato interbancário de kar-

ting, num total de cinco que antecedema final do Sul e Ilhas, a 19 de outubro.

Foi num dia repleto de sol que ospilotos se fizeram ao asfalto, numacorrida onde houve bastante emoção

até ao final. Carlos Manuel Gonçalvese António Silva conseguiram um totalde 17 pontos, que permitiu ao primeiroascender à liderança da classificaçãogeral. No entanto, Carlos Manuel Gon-çalves não está sozinho: em igualdadepontual encontra-se José Luís Felicia-no, que ao terminar a prova com 13pontos mantém esperança na vitóriafinal. Paulo Pires também obteve 13pontos, os mesmos que Luís Duarte.Finalizada a terceira prova, está assimordenada a classificação geral: 1.ºCarlos Manuel Gonçalves (43 pontos);2.º José Luís Feliciano (43); 3.º PauloPires (39); 4.º António Silva (37); 5.ºFrancisco Sousa (29).

A quarta e penúltima prova estámarcada para dia 11 de maio, emCampera.

Na terceira prova houve emoçãoaté ao final

Xadrez

Micael Santos vencefase preliminarA sede do SBSI recebeua fase preliminar do 28.ºtorneio interbancário de xadrez.De entre 15 concorrentes,Micael Santos foi o melhor

A fase preliminar realizou-se no dia 13de abril e antecedeu a final do Sul e Ilhas,marcada para 11 e 12 de maio, no mesmolocal. Miranda do Douro acolhe a finalnacional, nos dias 25, 26 e 27 de outubro.

Na sede do SBSI, em Lisboa, 15 concor-rentes puseram à prova os seus conheci-mentos no tabuleiro.

Micael Santos (Millennium bcp), com umELO de 1963, conquistou o primeiro lugar,com 5 pontos, logo seguido de Luís Rebelode Sousa (BdP), com 4,5. Bruno NarendaJivan, do BES, com 1500 de ELO, fechou opódio alcançando 4 pontos.

De referir que João Paulo Gama (BBPI),Carlos Andrade (TD Totta) e Nuno CabralFerrão (Millennium bcp), também atingi-ram a barreira dos 4 pontos.

A comissão organizadora é composta porManuel Camacho, João Carvalho, CarlosAndrade e Fernando Martins.

Golfe

João Castro Sá e Madeira Fernandes imparáveisNa última prova do 10.º Torneioda Ordem de Mérito, João Castro

Sá, em "gross", mantevea liderança. Já em "net", Madeira

Fernandes foi o melhor

José Madeira Fernandes lideraa classificação geral na categoria "net"

Na terceira e última prova, realizada a 20 de abril emSanto Estevão, marcaram presença 23 golfistas, jáde olhos postos na grande final, marcada para o dia

25 de maio, no Montado.Na categoria "gross", João Castro Sá (BdP) queria

manter a liderança conquistada na última prova e nãodeixou os seus créditos por mãos alheias, mantendo oprimeiro lugar, com 25 pontos, e levando a melhorsobre Júlio Machado (BdP), que alcançou 23.

Osvaldo Borges (BPI), com 22 pontos, e JuvenalCandeias (BBVA), com menos um, ocuparam a terceirae quarta posições, respetivamente. Outro elemento doBdP, José Madeira Fernandes, completou o lote doscinco primeiros, com 19 pontos.

Assim, ao cabo de três provas, a liderança da classi-ficação geral na categoria "gross" continua a pertencera João Castro Sá, com 60 pontos. Seguem-se José MadeiraFernandes, com 41, e Juvenal Candeias, com 38.

E foi precisamente José Madeira Fernandes a cotar-secomo principal figura na categoria "net". Depois doquinto lugar na última prova, o jogador do BdP foi o maisforte e terminou no primeiro posto, com 40 pontos,seguido de muito perto por Osvaldo Borges, com 38.Juvenal Candeias, com 37 pontos, completou o pódio.António Oliveira Matos (Millennium bcp) e Vítor Madu-reira (BES) foram os seguintes na classificação, amboscom 36 pontos.

Na categoria "net", José Madeira Fernandes conta com 52 pontos, o que lhe vale o primeiro lugarda geral. Nas restantes posições do pódio, a luta está renhida, com apenas um ponto a separarJoaquim Mata Martins (BCP), com 38 pontos, de António Oliveira Matos, com 37.

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Mário Mourão na tomada de posse

TEXTO: FRANCISCO JOSÉ OLIVEIRA

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"Privilegiaremos o diálogo mas não hesitaremosse formos chamados à rua"

O novo mandato seráde desafios. O reeleitopresidente da Direção

do SBN garantiuque o Sindicato lutará

em várias frentespara defender os associados

"A Direção privilegiará sempre o diálo-go, mas também não hesitaremos quan-do formos chamados à rua para defenderos direitos de quem representamos",sublinhou Mário Mourão no ato da toma-da de posse dos novos Corpos Gerentes ede toda a estrutura sindical, no dia 19 deabril, e depois de os representantes decada uma das tendências ter feito umasaudação aos presentes.

Antes, Alfredo Correia, que mantém apresidência da Mesa da Assembleia Ge-ral, do Conselho Geral e do Congresso,salientou que "a Mesa será o fiel garantedo cumprimento dos Estatutos do SBN".

Mário Mourão começou por carateri-zar o momento da posse como de "enor-me responsabilidade para todos quan-tos mereceram a confiança dos traba-lhadores bancários do Norte", apelando,no momento difícil que a classe atraves-sa, "à unidade para as lutas que seavizinham, sem espírito de vencedoresnem vencidos – uma vez que os nossosadversários são os banqueiros e não osbancários".

Chamou, depois, a atenção para asdificuldades verificadas no setor: "Os pró-ximos anos prometem grande agitação,com as entidades patronais de algumasinstituições a tirarem partido da crisefinanceira para alavancarem situaçõesinternas de verdadeira afronta aos seustrabalhadores", frisou, acrescentando:

"A palavra 'despedimentos' já não étão do gosto nem da subtil dialética dopatronato, que preferiu começar a subs-tituí-la pela expressão 'rescisões amigá-veis', como quem vende gato por lebre.Para nós, Sindicato dos Bancários do Norte– e ao contrário de um certo sindicatoparalelo –, uma proposta dessas nuncapoderá ser um buquê e muito menos

cheira a rosas. Ao contrário, está cheia deespinhos para os trabalhadores e cheira aproduto tóxico. E por isso continuaremos alutar, com todas as armas que o sistemademocrático nos facultar, para impedir, omais possível, estas arremetidas insanasdo patronato contra os trabalhadores, quesempre estiveram na primeira linha dadefesa das instituições quando a crisefinanceira internacional acabou por se ins-talar também no nosso País".

Contra iniquidades

Mourão referiu-se também à proble-mática da contratação: "A negociação doAcordo Coletivo de Trabalho do setorbancário é outro desafio imenso que senos coloca, dada a intransigência do gru-po negociador patronal, que se desfaz nosmais inaceitáveis e fictícios argumentospara tentar justificar o injustificável, ouseja, para não cumprir o dever a que estáética, moral e financeiramente obrigado,de rever, de uma forma positiva, os salá-rios e as cláusulas de expressão pecuniáriado ACT".

Com efeito, salientou Mário Mourão,"os bancos continuam a acumular lucros,independentemente da crise. Mais lucrosou menos lucros. Mas sempre lucros. Aocontrário, os seus trabalhadores, indefe-sos e cada vez mais desgastados face àscrescentes 'inovações' proporcionadaspela crise, estão cada vez mais vulnerá-

veis, estendendo-se tal depauperamen-to ao conjunto das suas famílias. Talsituação não é aceitável, não é justa, nãoé tolerável. O SBN vai, por isso, incremen-tar a sua luta contra estas iniquidades".

E pormenorizou algumas outras situa-ções concretas que estão em agenda:"Outra luta que a Direção também não sónão esquecerá como se prepara paradesenvolver é relativamente à discrimi-nação vergonhosa para com os trabalha-dores reformados do ex-Totta e Açores,do ex-Banco de Angola. Mas também nãoabrandaremos as ações nem reduzire-mos a nossa determinação em relaçãoaos processos judiciais relativamente aoscortes salariais dos trabalhadores da CGD,reformados e ativos, aos trabalhadoresdo BPN e agora da Parvalorem, bemcomo aos colegas do ex-BNU".

Antes de terminar, Mário Mourão in-formou que a Direção delegará compe-tências num Conselho de Gerência, cons-tituído por cinco bancários sócios do SBN,para a gestão do Serviço de Saúde doSindicato dos Bancários do Norte, queserão designados na primeira reunião daDireção.

Rumo ao sindicato único

Depois de ter caraterizado o recenteato eleitoral do SBN como "um momentode democracia pura", Rui Riso, secretá-rio-geral da Febase, falando em nome daFederação considerou que "o movimentosindical do setor financeiro vive umaaltura importante e particularmente de-safiante, ao ter sido aberto o projeto deum sindicato único".

Cotejando a realidade vivida e promo-vida pelos sindicatos verticais membrosda Febase e os "sindicatos amarelos edivisionistas que só servem para enfra-quecer a classe", Riso define: "Sindicatossomos nós! Os outros são lojistas!" Epassou ao ataque: "O que é que os lojistasfizeram? Aumentaram direitos? Melho-raram salários? Investiram para melho-rar os SAMS? Os trabalhadores da CGDestão melhores? Não, estão piores, por-que estão divididos!" É nessa ordem deraciocínio que enfatiza: "Também por tudoisso nos devemos fundir, para juntarmospatrimónio e princípios".

Mário Mourão discursando na tomadade posse

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