30 Graus de Utopia

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30°de UTOPIA

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Fotolivro que registra um dia sui generis na cidade de Porto Alegre. No vazio de um feriado os paradoxos da cidade emergem, expondo o esvaziamento das utopias.

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Miola, Gabriela Canale.

30 graus de Utopia – Porto Alegre, 2015.

.

72 f.

1. Artes Visuais. 2. Fotografia. 3. Porto Alegre 4. Utopia

CDU - 700

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Gabriela Canale Miola

30 GRAUS DE UTOPIA

1a. edição

Edição da autora Porto Alegre

2015

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4 30°0

1'3

9''

Sul

The images in this book were collected on the morning of

September 7th, 2015 - holiday of Brazil's independence. They were produced in the so-called Historical Center of Porto Alegre, with an extremely discreet camera, to inter-vene as little as possible in landscape latitute 30 degrees South. In photographic portraits of the most important center of

exchanges of Rio Grande do Sul it is possible to see a very

sui generis moment. With the commerce closed, buildings,

sidewalks, trees, the few passers-by and especially the

homeless are highlighted.

Living on the edge of public buildings, squares and finan-

cial companies, these people show the limits of our soci-

ety, the bottlenecks of our independence, the failures of

our civilization. Their needs transcend any philanthropic

gesture. A handout, a blanket, a soup and a chat are not

enough to their fullness.

The rush of the city to exchange money for goods, goods for money, money for services, services for money blurs the presence of these people who have their own trading strategies. They teach us that hurry, efficiency and money led us to places very different from our utopias.

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As imagens deste livro foram coletadas na manhã do

dia 7 de setembro de 2015 - feriado da independência do Brasil. Foram produzidas no chamado Centro Histórico de Porto Alegre, com uma câmera extremamente discreta, para intervir o mínimo possível na paisagem de latitute 30 graus Sul.

Nos retratos fotográficos do centro mais importante de trocas da capital do Rio Grande do Sul, vê-se um momento bastante sui generis. Com o comércio fechado, ganharam nitidez os prédios, as calçadas, as árvores, os poucos pas-santes e, sobretudo, os moradores que vivem às margens do intrincado sistema de trocas comerciais. Vivendo na bei-rada de edifícios públicos, praças e empresas financeiras,

as pessoas que vivem nas ruas fazem pensar nos limites da nossa sociedade, nos gargalos da nossa independência, nas falências da nossa civilização. Suas carências transcendem qualquer gesto filantrópico ou assistencialista. Uma esmola, um cobertor, uma sopa e uma conversa não são suficientes para que existam nas suas plenitudes.

A pressa da cidade que troca dinheiro por mercadoria, mercadoria por dinheiro, dinheiro por serviços, serviços por dinheiro borra a presença destas pessoas que tem suas pró-prias estratégias de troca.

Elas nos ensinam que a pressa, a eficiência e o dinheiro nos levaram a lugares bem diferentes das nossas utopias.

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ABOUT THE AUTHOR

Gabriela Canale is artist and educator

with degree in Communication (UEL),

Master of Literature (UEL) and a PhD

in Comparative Literature (USP), with

complementation in the areas of art

history, film and photography in free

courses of the Pinacoteca do Estado

de São Paulo Museum of Image and

Sound (SP) and Tomie Ohtake Insti-

tute.

Founder of art education groug YES!

that works on collaborative multimedia

creation projects. She works exhibited

at the International Festival of Elec-

tronic Language (FILE), Youth Cultural

Center of São Paulo, Cultural Founda-

tion of Foz do Iguaçu, International

Exhibition of Video Dance, among oth-

ers.

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Gabriela Canale é a artista e educa-dora. Graduada em Comunicação (UEL), mestre em Literatura (UEL) e doutora em Literatura Comparada (USP). Possuiu formação complementar nas áreas de História da Arte, cine-ma e fotografia em cursos livres re-alizados na Pinacoteca do Estado de São Paulo, Museu da Imagem e do Som (SP) e Instituto Tomie Ohtake.

É fundadora do Coletivo de arte-educação SIM! que desenvolve proje-tos de criação multimídia colaborativa agraciado com o prêmio Rumos de Arte-educação do Itaú Cultural. Teve trabalhos expostos no Festival Internacional de Linguagem Eletrônica (FILE), Centro Cultural da Juventude de São Paulo, Fundação Cultural de Foz do Iguaçu, Mostra Internacional de Vídeo Dança, entre outros.

Sobre a autora

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