Josefina Muriel

Cultura femenina novohispana

Mxico

Universidad Nacional Autnoma de Mxico, Instituto de Investigaciones Histricas

2000

545 p.

(Serie Historia Novohispana, 30)

ISBN 968-58-0313-7

Formato: PDF

Publicado en lnea: 27 abril 2015

Disponible en:

http://www.historicas.unam.mx/publicaciones/publicadigital/libro/cultura/femenina.html

DR 2015, Universidad Nacional Autnoma de Mxico-Instituto de Investigaciones Histricas. Se autoriza la reproduccin sin fines lucrativos, siempre y cuando no se mutile o altere; se debe citar la fuente completa y su direccin electrnica. De otra forma, requiere permiso previo por escrito de la institucin. Direccin: Circuito Mario de la Cueva s/n, Ciudad Universitaria, Coyoacn, 04510, Mxico, D. F.

CAPTULO II

LAS l\fUJERES DE ESPA~A EN TIERRAS DE AMRICA. LA NUEVA ESPA~A

L AS MUJERES que pasan a Amrica son las mujeres del Rena-cimiento espaol. Entre ellas las hay como la Aldonza del Quijote, otras son las cultas damas que cultivan las letras, como "La Latina"; las hay austeras y responsables como aquellas que, entendiendo el importantsimo papel de la mujer como educadora, vienen a servir de maestras a las nias indias, mestizas y criollas. Las hay frvolas que slo buscan ricos maridos, que alimentan sus enten-dimientos con las novelas ele caballeras, pero las hay tambin pia-dosas que dejan los recoletos monasterios hispanos y cruzan los ma-res para que las mujeres en estas tierras puedan tarnbin dedicarse a Dios.

Damas de alta cultura y posicin social, hijas de padres pobres pero hijosdalgo, campesinas. mujeres de clase baja, prostitutas, todas vienen, valientes, en las mismas endebles embarcaciones. En el peli-groso viaje, unas son confiadas al cuidado y proteccin de ennoble-cidos conquistadores, de los virreyes, de los obispos, de los visitado-res. Otras vienen atenidas a su propio cuidado y otras sin cuidado alguno, compartiendo la vida del marinero, del conquistador, del aventurero. Unas y otras, segn lo que han sido y lo que quieren hacer de sus vidas, construyen con su trabajo, con su inteligencia, con su ambicin, con su generosidad y con su sangre la Nueva Es-paa.

Algunas llegan con los conquistadores, pero la gran mayora cuan-do el imperio azteca ya ha desaparecido, cuando la violencia feroz de la conquista y sus secuelas van pasando para dar lugar a la con-solidacin de un vasto reino, al establecimiento de una ciudad capital, en el mismo sitio donde se levantara antes la cabeza del imperio azteca, de una sociedad formada por los conquistadores sobrevivien-tes de la guerra y los primeros pobladores que llegan de la vieja Espaa como sangre nueva que va dando vida a las nacientes pobla

1 6 L A S M U J E R E S D E E S P A A E N T I E R R A s D E A M R I C A

c i o n e s . L l e g a n p a r a h a c e r q u e l a n a c i n s u r j a c o n l o s p e n i n s u l a r e s ,

s u s h i j o s , c r i o l l o s y m e s t i z o s , a l l a d o d e l o s i n d g e n a s p u r o s y l a s m e z -

c l a s d e t o d a s l a s r a z a s d e h o m b r e s q u e d e f r i c a y e l O r i e n t e v i e n e n

a a v e c i n d a r s e a q u .

Y s e m e z c l a n l a s a n g r e y l a s c u l t u r a s , y l o s q u e d o m i n a r o n p o r l a s

a r m a s s e i m p o n e n p o r e l e s t a b l e c i m i e n t o d e u n a f o r m a d e v i d a q u e

s e s u s t e n t a e n l o s v a l o r e s d e l a E u r o p a c r i s t i a n a . N o i n t e r e s a q u e e l

f r a i l e q u e v i e n e s e a d e l a s p r o v i n c i a s f l a m e n c a s , c o m o G a n t e . E s l o

m i s m o q u e f r a y J u a n F o u c h e r v e n g a d e F r a n c i a o q u e l a i n m e n s a

m a y o r a p r o v e n g a d e l u g a r e s c o m o S a h a g n , Z u m r r a g a y o t r o s d e

l a v i e j a E s p a a . L o i m p o r t a n t e e s q u e s o n p a r t e d e l a c r i s t i a n d a d ,

f i e l e s a l o s p r i n c i p i o s c a t l i c o s .

L o s v i e j o s c o n q u i s t a d o r e s l u c h a n p o r c o n s e g u i r m e r c e d e s r e a l e s q u e

p r e m i e n s u s s e r v i c i o s y s o l i c i t a n e n c o m i e n d a s p a r a u s u f r u n u a r l a

c o n q u i s t a ; o t r o s q u i e r e n o b t e n e r t i e r r a s p a r a h a c e r s u s h a c i e n d a s y

d e d i c a r s e a l c u l t i v o y c r a d e g a n a d o ; a l g u n o s d e n u n c i a n m i n a s y l u -

c h a n p o r l a s c o n c e s i o n e s p a r a e x t r a e r l o s m e t a l e s p r e c i o s o s q u e f o -

m e n t a r n l a r i c a m i n e r a n o v o h i s p a n a , y m u c h o s m s s e d e d i c a n a l

c o m e r c i o i n t e r i o r y e x t e r i o r d e l a N u e v a E s p a a q u e p o n e a A m r i c a

1 e n i n t e r c a m b i o d e p l a n t a s , a n i m a l e s y m a n u f a c t u r a s c o n e l O r i e n t e

a l i g u a l q u e c o n E u r o p a .

H a y e n c o m e n d e r o s q u e t e r m i n a n e n f r a i l e s , o t r o s q u e c o n s u s p r o -

p i a s m : t n o s a y u d a n a l e v a n t a r c o n v e n t o s y h o s p i t a l e s . H a y i n d i o s

m r t i r e s d e l a f e c a t l i c a , y o t r o s c u y a v i d a c r i s t i a n a c o n m u e v e a l o s

p r o p i o s f r a i l e s . L o s d u r o s c o n q u i s t a d o r e s d e a n t a o s e a b l a n d a n , s e

' i n t e r e s a n t a l t l b i n e n p r o m o v e r c o l e g i o s , h o s p i t a l e s , r e c o g i m i e n t o s

p a r a l a s n i a s - f r u t o d e s u s v i o l e n t a s u n i o n e s c o n l a s m u j e r e s d e

e s t a s t i e r r a s - p a r a l a s m u j e r e s p i a d o s a s , p a r a l a s e n f e r m a s , p a r a l a s

m e r e t r i c e s .

V a m o s a d e s t a c a r , e n t r e t a n t o s c a s o s q u e p o d r a m o s c i t a r , u n o q u e

h e m o s e s c o g i d o c~mo e j e m p l o p o r q u e s e e n f o c a m s d i r e c t a m e n t e a l

e s t u d i o q u e n o s o c u p a : A n d r s d e B a r r i o s , s o l d a d o d e H e r n n C o r -

t s , t r a s e l t r i u n f o o b t e n i d o , s e q u e d a a q u c o m o p o b l a d o r y u s u -

f r u c t a l a c o n q u i s t a h a c i n d o s e s e o r d e m e d i o M e s t i t l n . T r a e d e

E s p a a a s u f a m i l i a . S u h i j a , q u e s e e n c u e n t r a ' y a : e n p o s i c i n p r e -

e m i n e n t e p o r l a s a c c i o n e s d e s u p a d r e , s e c a s a c o n d o n D i e g o d e

G u e v a r a , h e r m a n o d e l v i r r e y d e N a v a r r a d o n J o s e p h d e G u e v a r a . A s

e n d o s g e n e r a c i o n e s s e h a e s c a l a d o y a u n a a l t a c a t e g o r a s o c i a l . D a

p r e e m i n e n c i a e n l a N u e v a E s p a a y a n t e e l r e y e l s e r d e s c e n d i e n t e

d e c o n q u i s t a d o r e s ; l a n o b l e z a s e a d q u i e r e m e d i a n t e e n l a c e s c o n p e -

n i n s u l a r e s d e t t u l o s , y e l s o s t e n i m i e n t o d e l a n u e v a c l a s e s e h a c e

LAS MUJERES DE ESPAA EN TIERRAs DE AMRICA 17 mediante las mercedes reales o cualesquiera de las actividades antes citadas.

Estas nuevas generaciones de criollos, a los que la conquista les es ya lejana, se interesan en obras- para el beneficio de la Nueva Es-paa, que es ya su patria, y planean sus obras de acuerdo a los valores que prevalecen en el mundo de entonces, en su sociedad y en su momento histrico.

Por ello es por lo que la nieta de Andrs de Barrios, doa Isabel de Guevara, dedica la parte de la fortuna que le corresponde de su abuelo conquistador a la fundacin, hacia 1580, del ilustre convento de San Jernimo, con el permiso de la Real Audiencia y del arzo-bispo de M:is;.ico, dando para ello su propia casa y 14,000 ducados, con los cuales se logra apuradamente dar principio al monasterio. La colaboracin del rey, de un gobierno que participa de esos mis-mos valores espirituales, le da en 1585 los caudales necesarios para acabar el edificio 1 y asegurar su sobrevivencia.

Doa Isabel de Guevara, la fundadora, se encierra en el convento junto con once doncellas pobres, a las que se suman, para ensearles la vida monacal, monjas del monasterio de la Concepcin, de las cuales dos son hermanas de doa Isabel de Guevara y por tanto nie-tas tambin del conquistador Andrs de Barrios.2

Y no es de extraar que estas nietas de los conquistadores entren al convento, puesto que llegan a ser tantas las que lo solicitan que el rey tiene que hacer para ellas un convento especial, el Real de Jess Mara. Tampoco es de admirar que las dos nietas del empera-dor de Mxico, doa Isabel y doa Catalina Cano Moctezuma, sean monjas en el Real Convento de la Concepcin,3 ni que ambas pasen por fundadoras del convento de Santa Clara 4 y sean maestras de vida religiosa. Eso nos explica tambin que mujeres de "singular enten-dimiento y aventajada hermosura" que ocupaban puestos preeminen-tes en su mundo, como doa Isabel de Tovar y Sotomayor, para quien eJ poeta Balbuena escribe su Grandeza mexicana, se recluyan en monasterios como ste de San Jernimo, ni que doa Juana de Asbaje, dama de la corte, haga lo mismo, y familias enteras se retiren

La merced real al convento de San Jernimo consisti en "el valor de treinta indios condenados por delitos, piedra y madera seca de Chapultepec, para su sus-tento, un molino a la entrada o salida del agua de Chapultepec y una huerta en el ejido de la ciudad".

1 AGIS, Indiferente general, 1398, Informe del Consejo a la SCRM, l de fe-brero de 1585.

1 AGNM, Bienes nacionales, t. m, exp. 21. AGJS, Audiencia ele Mxico, 289, l'eticin al Rey, 1 de junio de 1591. AGIS, Audiencia de Mxico, 289, Informacin de Oficio, 23 de enero de 1592.

1 8 L A S M U J E R E S D E E S P A A E N T I E R R A s D E A M R I C A

a l a v i d a m o n s t i c a y e l t r i u n f o h u m a n o c o n s u s r i q u e z a s s e a d e s -

p r e c i a d o .

P o r e s o , " a l l a d o d e l o s g r a n d e s p a l a c i o s s e l e v a n t a n l a s f a s t u o s a s

i g l e s i a s , s e c o n s t r u y e n m s c o n v e n t o s q u e c o l i s e o s d e c o m e d i a s , y p o r

e l l o t a m b i n , l o s a r t i s t a s d e j a n s u s m e j o r e s o b r a s e n l a i m a g i n e r a

s a c r a o e n l a t e m t i c a r e l i g i o s a d e s u s p i n t u r a s .

S o n e s a s g e n t e s q u e e n t a l m o d o c o n c i b e n l a v i d a l a s q u e h a c e n

e s a s c i u d a d e s d e t o d a l a N u e v a E s p a a , s o n e l l a s l a s q u e c r e a n d e s d e

s u s c i m i e n t o s l a g r a n c i u d a d d e M x i c o , l a q u e e l o g i a r e l p o e t a

B e r n a r d o d e B a l b u e n a e n s u G r a n d e z a m e x i c a n a l l d i c i e n d o :

H n d a s e e l m u n d o , o f r z c a l e l a p a l m a ,

c o n f i e s e q u e e s l a f l o r d e l a s c i u d a d e s ,

g o l f o d e b i e n e s y d e m a l e s c a l m a .

E s a a c u y a a l m a n o s i n t r o d u c e i n q u i r i e n d o :

Q u p u e b l o , q u c i u d < 1 ; d s u s t e n t a e l s u e l o

t a n l l e n a d e d i v i n a s o c a s i o n e s

t r a t o d e D i o s y r e l i g i o s o c e l o

d e m i s a s , i n d u l g e n c i a s , e s t a c i o n e s ,

v e l a c i o n e s , p l e g a r i a s , r o m e r a s ,

p l t i c a s , c o n f e r e n c i a s y s e r m o n e s ?

B e t 1 1 a r d o d e B a l b u e n a v a d e s c r i b i e n d o a M x i c o , e n v e r s o s a c u m u -

l a t o r i o s d e p e r f e c c i o n e s , q u e v a n d e s d e e l d u l c e c l i m a " p r i m a v e r a

i n m o r t a l " h a s t a l a c o n d u c t a y m o d o d e v i v i r d e s u s h a b i t a n t e s , q u e

e r a n , s e g n l , l o s d e u n p u e b l o e n e l q u e h a b a v i r t u d p r o f u n d a ,

c a r i d a d v i v a , a l m a s d e v o t a s , g e n t e p e c a d o r a p e r o c o r r e g i d a , f e c e l e s -

t i a l , p b l i c o s b i e n e s , c o n c i e n c i a s l i m p i a s , l i m o s n a s g r a n d e s , n o b l e s c o s -

t u m b r e s , h o m b r e s q u e e r a n r a r o e j e m p l o e n c i e n c i a y v i d a .

E l p o e t a i d e a l i z a , e s v e r d a d , p e r o l o i m p o r t a n t e n o e s q u e h a y a

t a n t a s p e r f e c c i o n e s e n e l p u e b l o , s i n o q u e s o s s e a n l o s v a l o r e s e n

l a v i d a d e l M x i c o n o v o h i s p a n o y q u e s t o s s e t r a d u z c a n e n u n e s t i l o

d e v i d a .

D e n t r o d e e s t a p a n o r m i c a g e n e r a l d e l a v i d a , d e s t a q u e m o s l a f o r -

m a e n q u e u n a m u j e r d e l a N u e v a E s p a a a d q u i e r e s u c u l t u r a .

E l n i v e l e c o n m i c o a l t o e s , c o m o e n t o d o e l m u n d o e n a q u e l l o s

t i e m p o s , c o n d i c i n i n d i s p e n s a b l e p a r a q u e u n a m u j e r p u e d a d e d i -

c a r s e a l o s e s t u d i o s . S l o l a q u e d i s p o n e d e s i r v i e n t a s o e s c l a v a s q u e

r e a l i c e n l o s d u r o s t r a b a j o s a q u e e s t suj~ta u n a m u j e r e n e l h o g a r ,

t i e n e p o s i b i l i d a d y t i e m p o p a r a d e d i c a r s e a l a s l a b o r e s i n t e l e c t u a l e s .

B e r n a r d o d e B a l b u e n a , G r a n d e z a m e x i c a n a , M x i c o , U N A M , 1 9 5 4 . ( B i b l i o

t e c a d e l E s t u d i a n t e U n i v e r s i t a r i o , n . 2 3 . )

LAS MUJERES DE ESPAA EN TIERRAS DE AMRICA 19

Recordemos que en esas pocas no haba la ayuda de los aparatos mecnicos, de los alimentos enlatados, de la ropa confeccionada, y tantas otras ayudas que hoy han liberado a la mujer de la esclavitud del inacabable e ineludible trabajo domstico. En las pginas de este libro iremos viendo el nivel social y econmico de las mujeres que escriben, y encontraremos tambin que, si bien no era posible estu-diar &in recursos econmicos, tampoco era de la riqueza de donde brotaba el amor a la cultura.

La mujer estudiaba lectura, escritura, matemticas elementales, msica, religin y labores femeninas en las escuelas llamadas amigas o en colegios, conventos y beaterios. Luego, de acuerdo con los inte-reses culturales de cada una, si poda darse el lujo de pagar maestros particulares, realizaba estudios de gramtica latina y castellana.

La historia nos recuerda en la Espaa del siglo XVI a mujeres co-nocedoras de la lengua de Homero, como la gran poetisa Luisa Sigea, Cecilia de Morillas, que en sus escritos usaban el griego y el .latn con facilidad. Famosas latinistas fueron en esos tiempos Beatriz Ga-lindo, "La Latina", Luisa de Medrano, Ana Cervatn, Francisca de Mencloza, marquesa de Cenete. Hubo 'n el Siglo de Oro muchas mu-jeres estudiantes notables como la princesa Juana de Austria, o Julia Gonzaga, discpula de Juan de Valds, Catalina de Aragn, reina de Inglaterra, y su hija Mara para quien escribi su Pedagoga pueril Luis Vives, sin olvidar que para Mara Varela Osorio fray Luis de Len escribi La perf e eta casada.

En la Nueva Espaa las mujeres no entran a los Colegios Mayores ni a la Universidad, pero pueden instruirse por s mismas leyendo. Sor Juana describe lo que era ese esfuerzo de estudiar sola sin com-paeros ni maestros, diciendo: "Leer y ms leer, estudiar y ms estudiar sin ms maestros que los mismos libros. Ya se ve cun duro es estudiar en aquellos caracteres sin alma, careciendo de la voz viva y explicacin del maestro."

As adquirieren su cultura aquellas antepasadas nuestras, median-te esfuerzo personal, por un deseo ntimo de saber, de conocer aque-llo que tena importancia en sus vidas.

A la Nueva Espaa llegan los libros autorizados, los que no con-tienen herejas contra la fe de los recin convertidos o las buenas cos-tumbres de los cristianos viejos. Pero a hurtadillas entran otros til-dados de vanos y profanos.

Los documentos de registro de las naves, los inventarios de libre-ras y de obras confiscadas por la Inquisicin, los catlogos de las bibliotecas de instituciones pblicas y privadas que de aquellos tiem-pos conocemos, nos permiten saber que en la Nueva Espaa se lean

2 0 L A S M U J E R E S D E E S P A A E N T I E R R A S D E A M R I C A

l i b r o s m u y d i v e r s o s , q u e s e t e n a u n g r a n i n t e r s e n l a s o b r a s v a n a s ,

c o m o s o n l o s l i b r o s d e c a b a l l e r a s : e l A m a d s d e G a u l a , L a d o n c e l l a

T e o d o r , l a C r n i c a d e l o s n o b l e s c a b a l l e r o s T a b l a n t e d e R i c a m o n t e

y d e ] o f r e , h i j o d e D o n a s o n , F l o r e s y B l a n c a f l o r , P a l m e r n , l a H i s t o -

r i a d e l e m p e r a d o r G a r l o M a g n o y " . e l o s d o c e p a r e s d e F r a n c i a , e t c -

t e r a . L e a n t a m b i n L a C e l e s t i n a y E l l a z a r i l l o d e T o r m e s . S e c o n o -

c a y e s t u d i a b a c o n g r a n i n t e r s a l o s p o e t a s g r i e g o s y l a t i n o s c o m o

H o m e r o , H o r a c i o , V i r g i l i o , O v i d i o y l a s c o m e d i a s d e A r i s t f a n e s t r a -

d u c i d a s a l l a t n . S e l e a a l o s q u e h o y s o n n u e s t r o s c l s i c o s c a s t e -

l l a n o s , c o m o C e r v a n t e s e n s u s N o v e l a s e j e m p l a r e s y e n e l Q u i j o t e ,

L o p e d e V e g a y L o p e d e R u e d a . C i r c u l a b a n l o s v e r s o s d e J u a n d e

M e n a , l a s g l o g a s d e G a r c i l a s o , T e n a n g r a n i n t e r s l a s c o l e c c i o n e s

d e v e r s o s c o m o e l j a r d n d e f l o r e s , F l o r e s t a e s p a . o l a , V e r g e l d e f l o r e s

d i v i n a s , e l C a n c i o n e r o d e M o n t e m a y o r y l o s r o m a n c e r o s . M u y p o p u -

l a r e s f u e r o n l a s C o p l a s d e J o r g e M a n r i q u e . 6 V e n a n e n l a s n a v e s ,

d e s t i n a d o s a l i b r e r o s o a p a r t i c u l a r e s , l i b r o s p a r a l a e n s e a n z a d e l a

r e t r i c a y l a g r a m t i c a y d e s d e l u e g o e l A r t e d e l a l e n g u a d e N e b r i j a .

T a m p o c o f a l t a b a n l o s d e e n s e a n z a d e l l a t n c o m o e l l l a m a d o D e

e l e g a n t i a l i n g u a l a t i n a d e L o r e n z o V a l l a .

S e l e a h i s t o r i a y n o v e l a s h i s t r i c a s e n o b r a s t a l e s c o m o l a Y s t o r i a

g e n e r i s u m a n i d e A r i a s M o n t a n o , l a s o b r a s d e X e n o f o n t e , l a H i s t o r i a

d e E s p a a d e M a r i a n a , y l a s c r n i c a s c o m o l a d e l r e y d o n R o d r i g o ,

a l i g u a l q u e l a s r e f e r e n t e s a A m r i c a d e G m a r a , A c o s t a , T o r q u e -

m a d a , e t c t e r a . N o f a l t a b a l a H i s t o r i a d e l A b e n c e r : r a j e y l a h e r m o s a

j a r i f a , a s c o m o L a s g u e r r a s c i v i l e s d e G r a n a d a d e G i n s P r e z d e

H i t a , y L a A r a u c a n a d e A l o n s o d e E r c i l l a .

L a s o b r a s d e c a r c t e r f i l o s f i c o , t e o l g i c o , r e l i g i o s o y m o r a l f u e -

r o n p r o p a g a d a s p o r l o s m i s i o n e r o s , m a e s t r o s d e c o l e g i o s y u n i v e r s i -

d a d e s . S e l e a y e s t u d i a b a l a B i b l i a , A n t i g u y N u e v o T e s t a m e n t o s ,

e n l a v e r s i n a u t o r i z a d a c o m p l e t a o p a r t e s d e e l l a , p e s e a l a s p r o h i -

b i c i o n e s q u e h u b o p o r l o s p e l i g r o s q u e e l m o v i m i e n t o d e l a R e f o r m a

l e h a b a v i n c u l a d o . C i r c u l a b a n p r o f u s a m e n t e l a s o b r a s d e l o s p a d r e s

d e l a I g l e s i a c o m o S a n J e r n i m o , S a n A g u s t n , S a n A m b r o s i o , S a n

G r e g o r i o N a c i a n c e n o , S a n t o T o m s d e A q u i n o , e t c t e r a . L a s v i d a s d e

l o s s a n t o s y s a n t a s , i n d i v i d u a l e s o e n _ c o l e c c i o n e s , c o m o e l F l o s s a n c -

t o r u m , e r a n l e d a s e n f a m i l i a . L a s o b r a s d e l o s c l s i c o s c r i s t i a n o s

e s p a o l e s c o m o f r a y L u i s d e L e n , f r a y L u i s d e G r a n a d a , S a n t a T e -

r e s a , S a n J u a n d e l a C r u z , e l b e a t o J u a n d e v i l a y l a s d e l a m a d r e

M a r a d e J e s s d e A g r e d a , M a r a d e l a A n t i g u a y l o s L i b r o s d e H o r a s

s e e n c o n t r a b a n e n l a s c a s a s d e l a s f a m i l i a s p i a d o s a s .

A l b e r t o M a r a C a r r e f t o , J o y a s l i t e r a r i a s d e l s i g l o X V I I , e n c o n t r a d a s e n M x i c o ,

M x i c o , E d i t o r i a l J u s , 1 9 6 5 , p . 2 0 7 .

LAS MUJERES DE ESPAA EN TIERRAs DE AMRICA 21

No faltaban, desde luego, los obras de Platn, Aristteles, Pedro Lombardo y las de Luis Vives, en especial la Instruccin de la mujer cristiana, que se divulgaron ampliamente. Tambin se lean libros sobre mujeres clebres como el de Juan Prez de Moya.

Obras bsicas eran los catecismos o manuales de doctrina cristiana. Haba adems tratados de aritmtica y de msica, como los de vihuela que escribieran Miguel de Fuenllana y Luis de Narvez.7

Ahora bien, los libros tenan un alto costo y no era fcil adqui-rirlos, por eso era frecuente que se prestaran o se revendieran, circu-lando as de una a otra mano. De esto hay constantes menciones y nos lo reafirma el hecho de que los lectores pusieran su nombre en las obras, haciendo declarar al libro mismo ~n diversas pginas "soy de fulanto de tal" y aadiendo tambin versos chuscos con los intentaban que los ladrones de libros los devolvieran.

Para las mujeres exista otro problema: el de la censura mascu-lina para sus lecturas. Padres, hermanos y confesores selecciona.han o impedan lo que les pareca bueno o malo. Ellos eran, general-mente, los que llevaban los libros a los hogares, aunque desde luego las verdaderamente interesadas podn obtener lo que quisieran. Ejemplo de ello, aunque nico, es Sor Juana Ins de la Cruz que lleg a tener una biblioteca personal con cuatro mil volmenes.8

El saber leer permita a las mujeres adquirir la cultura segn su inters personal. Sabemos que las mujeres no tenan una vida activa fuera de su casa, por lo que disponan de tiempo para leer y de hecho lo hacan. Lope de Vega dice en una de sus obras: "Doncellas ence-rradas en su casa entre la labor y el libro".

Hay que pensar que dentro de la vida bastante ociosa de las mu-jeres, la lectura era una necesidad que llenaba el espritu ms que el trabajo manual. En la comedia del novohispano Alarcn La prue-ba de las promesas una hija dice a su padre: "Ya sabes, seor, que ms me deleitan tus libros que mis labores". Y las citas de esas obras literarias que tienen sus races en la vida del pueblo son rica fuente de informacin del ambiente de una poca.

Sabemos que aqu, en la Nueva Espaa, Sor Juana Ins de la Cruz no tuvo obstculo alguno para llegar a leer cuanto haba en la bi-blioteca de su abuelo, ni en aprender latn para penetrar en la cul-tura clsica.

Confesores y predicadores nos dicen que era comn la lectura en

7 Irwing A. Leonard, Los libros del conquistador, Mxico-Buenos Air

2 2 L A S M U J E R E S D E E S P A A E N T I E R R A s D E A M R I C A

t r e l a s m u j e r e s , q u e j n d o s e d e l a d e s m e d i d a a f i c i n q u e t e n a n a

l e e r n o v e l a s y c o m e d i a s , y l o s v e r s o s d e l R e n a c i m i e n t o e s p a o l l o

c o n f i r m a n : " c u a r e n t a v e c e s d e j a r l a m e d i a / c o m o s e o f r e z c a l e e r u n a

c o m e d i a . . . "

L a s o b r a s d e a s c t i c a y m s t i c a o c u p a n u n p u e s t o p r i m o r d i a l e n t r e

l a s p r o d u c c i o n e s y e d i c i o n e s t a n t o a l l c o m o a c . N a d a h a y q u e t e n -

g a t a n t a d i v u l g a c i n c o m o l a l i t e r a t u r a r e l i g i o s a , p u e s h a s t a l o s

i n t e r e s e s n a c i o n a l e s e s t n i n t e g r a d o s a e l l a . L a s m u j e r e s l e e n e n g r a n

p a r t e e s t e t i p o d e l i t e r a t u r a v i n c u l a d o a l a c o n s c i e n t e r a z n d e s u

p r o p i a e x i s t e n c i a .

L a o r d e n d e l e e r e n c o m u n i d a d y e n p r i v a d o q u e e x i s t a e n t o d o s

l o s r e g l a m e n t o s d e l a s i n s t i t u c i o n e s f e m e n i n a s y l a m e n c i n q u e s e

h a c e d e l a s b i b l i o t e c a s , n o s p e r m i t e n a f i r m a r q u e e x i s t a n e n l o s

c o n v e n t o s d e m o n j a s , c o l e g i o s y b e a t e r i o s . D e s g r a c i a d a m e n t e n o l a s

c o n o c e m o s p o r q u e f u e r o n d i s p e r s a d a s e n e l s i g l o x 1 x , t u a n d o l a e x -

c l a u s t r a c i n .

S i r e f l e x i o n a m o s s o b r e c u l e r a e l m x i m o d e l o s c o n o c i m i e n t o s

a q u e p o d a a s p i r a r u n a m u j e r , e n c o n t r a r e m o s q u e e r a e l m i s m o q u e

p a r a e l h o m b r e , y a q u e e n l a U n i v e r s i d a d l a e n s e a n z a e r a b s i c a -

m e n t e e s c o l s t i c a y h u m a n i s t a , y l o s e s t u d i o s d e l a s m u j e r e s e r a n

s u p e r f i c i a l e s o p r o f u n d o s y s e g u a n l o s m i s m o s d e r r o t e r o s . L a m s

a l t a c u m b r e d e l s a b e r h u m a n o e r a e n t o n c e s l a t e o l o g a , p a r a c u y a

d e d i c a c i n l a s m u j e r e s n o t e n a n n i n g u n a p r o h i b i c i n , e m p e r o , e l

o b s t c u l o g r a n d s i m o e r a e l d e n o p o d e r p r e p a r a r s e f o r m a l m e n t e e n

c o l e g i o a l g u n o p a r a l l e g a r a e l l a , d e n o p o d e r h a c e r e s t u d i o s o r d e -

n a d o s , s i s t e m t i c o s , p r o g r a m a d o s . P o r t o d o e s t o , l a e d u c a c i n d e l a

m u j e r a d e m s d e d i f i c u l t o s a f u e a l g o t a n n t i m o q u e a u n l a m s g e -

n i a l d e l a N u e v a E s p a a d i c e " y o n o e s t u d i o p a r a e s c r i b i r , n i m e n o s

p a r a e n s e a r , s i n o s l o p o r v e r s i c o n e s t u d i a r i g n o r o m e n o s " . E s t o ,

q u e n o e s o t r a c o s a q u e p u d o r f e m e n i n o a n t e l a a c o s t u m b r a d a p r e -

p o t e n c i a m a s c u l i n a , c o r r e s p o n d e a u n m u n d o d e v i n c u l a c i n p a t e r -

n a l i s t a , q u e e n d i v e r s a s f o r m a s l o r e p i t e n l a s d e m s . P o r e l l o l a s m u -

j e r e s e s c r i b i e r o n p o c o y , d e n t r o d e e s e p o c o , r a r a m e n t e l o h i c i e r o n

p a r a p u b l i c a r , a u n q u e d e s d e l u e g o h a y e x c e p c i o n e s , c o m o e n e l c a s o

d e l a s p o e t i s a s , q u e i r e m o s v i e n d o a l o l a r g o d e e s t e e s t u d i o .

CFN003