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um atlas escolar “Atlas Ambiental do Estado de São Paulo”. In: COLÓQUIO DE CARTOGRAFIA PARA
CRIANÇAS E ESCOLARES, 7, 2011. Vitória. Anais... Vitória, 2011. p. 66-83
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A determinação de um método e classificação para a elaboração de um atlas
escolar “Atlas Ambiental do Estado de São Paulo”
Bruno Zucherato
Mestrando do Programa de Pós Graduação em Geografia pela UNESP – Rio Claro
Maria Isabel Castreghini de Freitas
Docente do Departamento de Planejamento Territorial e Geoprocessamento
DEPLAN/IGCE/UNESP – Rio Claro
Resumo: A criação e elaboração de mapas adequados aos seus usuários deve ser uma
prioridade por parte dos cartógrafos e geógrafos. Dentre os passos que devem ser
levados em consideração quando da elaboração de um mapa, destacam-se: 1 – Como o
fenômeno está distribuído espacialmente; 2 – Determinar a finalidade da elaboração do
mapa; 3 – coletar os dados para serem representados da maneira mais adequada ao seu
uso; 4 – Projetar e construir o mapa e 5 – Determinar a utilidade do mapa com seus
usuários. Com base nessas questões a presente pesquisa busca determinar um método de
classificação de dados espaciais que compõe o “Atlas Ambiental do Estado de São
Paulo”, elaborado para alunos do ensino fundamental e médio, avaliando os resultados
de acordo com o método da complexidade dos mapas e da avaliação dos principais
métodos de classificação presentes comumente nos Sistemas de Informações
Geográficos. Para a elaboração dos mapas foram utilizados os dados fornecidos pela
Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo referente ao Índice de Coleta e
Tratabilidade de Esgoto do Município (ICTEM) para as Unidades de Gerenciamento de
Recursos Hídricos (UGRHI) do estado de São Paulo, que foram utilizadas como
unidades de representação dos dados apresentados. Foram elaborados quatro mapas com
os dados espaciais obtidos pela Secretaria do Meio Ambiente do estado de São Paulo,
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sendo que para cada um dos quatro mapas elaborados com o software Philcarto, foi
utilizado um método de classificação diferente. Os métodos utilizados para as
classificações foram: intervalos iguais; método das quebras naturais do algoritmo de
jenks; método dos quartis e método de classificação da média menos o desvio padrão.
Com base nos mapas obtidos os resultados foram analisados e ainda foram calculados
para os mapas resultantes o coeficiente de complexidade dos mapas, compostos pelo
coeficiente de faces (CF), coeficiente de vértices (CV) e coeficiente de lados (CL),
levando-se em consideração o público a que se destinam os mapas elaborados, alunos
do ensino fundamental e médio, considerou-se mais adequados para os usuários mapas
com menor complexidade. Com base nos resultados obtidos, o método de classificação
mais adequado para compor o “Atlas Ambiental do estado de São Paulo” foi o método
das quebras naturais do algoritmo de jenks, obtendo um CF igual a 0,409, CV igual a
0,380 e CL igual a 0,467, para a confirmação dos resultados obtidos nessa avaliação, os
mapas serão testados em sala de aula, com alunos do ensino fundamental e médio e se
confirmado o método este será aplicado para os demais mapas que irão compor o Atlas.
Palavras chave: Philcarto, métodos de classificação, coeficiente de complexidade
Abstract: The creation and development of appropriate maps to your users must be a
priority y cartographers and geographers. Among the steps that must be taken into
account when drawing up a map, are: 1 - As the phenomenon is spatially distributed 2 -
Determine the purpose of preparing the map; 3 - collect data to be represented in the
most appropriate to its use; 4 - Designing and building the map, and 5 - Determine the
usefulness of the map to your users. Based on these questions this research seeks to
determine a method of classification of spatial data that makes up the "Environmental
Atlas of the State of São Paulo", prepared for students in elementary and secondary
education, evaluating the results of the method according to the complexity of the maps
and evaluation of the main classification methods commonly present in Geographic
Information Systems. For the preparation of the maps we used data provided by the
Secretariat of Environment of the State of Sao Paulo for the index Treatability
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Wastewater Collection and the City (ICTEM) Units for the Management of Water
Resources (UGRHI) the state of Sao Paulo, which were used as units of representation
of the data presented. Four maps were prepared on the spatial data obtained from the
Department of the Environment of São Paulo, and for each of the four maps created
with the software Philcarto, we used a different method of classification. The methods
used for the classifications were classified into "N" classes of equal amplitudes, the
method of natural breaks; method of quartiles and method of classification of the
average minus the standard deviation. The results were also calculated for the resulting
maps the complexity of the maps, made by the coefficient of faces (CF), coefficient of
vertices (CV) and coefficient of limits (CL), taking into account the audience targeted
by the maps drawn students from elementary and middle school, it was considered more
suitable for users with less complex maps and more positive assessments among the
selection criteria for the classification methods. Based on the results obtained, the most
appropriate classification method to compose the "Environmental Atlas of the State of
São Paulo" was the method of natural breaks, getting a CF equal to 0.409, 0.380 and CV
equal to CL equal to 0.467, to confirm the results of this assessment, the maps will be
tested in the classroom, with students from elementary and secondary education and the
methodology it will be applied to other maps that will compose the Atlas.
Keywords: Philcarto, data classification, map complexity
Introdução.
A utilização de mapas no ensino de geografia é de vital importância para uma
boa compreensão da realidade e para uma boa leitura e análise de fenômenos
espacialmente distribuídos. Sua utilização no ensino é ampla e recomendada pelos
principais documentos que norteiam os conteúdos referentes a disciplina geográfica
como por exemplo os Parâmetros Curriculares Nacionais (BRASIL, 2000).
No entanto existe ainda hoje uma resistência de ordem prática no que se refere a
produção das representações cartográficas. Se a leitura e utilização de mapas vêm sendo
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cada vez mais frequente, o mesmo não pode ser dito de sua produção, os critérios
adotados para a elaboração de um mapa bem como o seu processo produtivo de uma
maneira geral ainda é restrito aos especialistas e cartógrafos, que muitas vezes não
possuem uma relação direta com os usuários desses mapas.
O resultado dessa restrição é que os mapas produzidos muitas vezes não levam
em consideração a capacidade de leitura e análise de seus usuários, e os usuários dos
mapas não possuem domínio do seu processo de construção.
Com base nessas questões o presente artigo busca apresentar uma metodologia
de avaliação das representações cartográficas no que se refere a determinação de
intervalos de classes para a representação de dados, levando em consideração a sua
complexidade, dessa maneira mapas menos complexos e portanto mais elementares
serão melhor interpretado pelos seus usuários, os alunos.
Desenvolvimento
Para isso foi utilizada uma base cartográfica do estado de São Paulo dividido de
acordo com as Unidades de Gestão de Recursos Hídricos (UGRHI) e como fenômeno
representado o Índice de Coleta e Tratamento de Esgoto Municipal (ICTEM),
apresentado na tabela 1.
Tabela 1 - ICTEM do estado de São Paulo por UGRHI – 2008.
UGRHI Índice (0 - 10)
1 - Mantiqueira 1,4
2 – Paraíba do Sul 4,1
3 – Litoral norte 4,2
4 – Pardo 6,3
5 – Piracicaba, Capivari, Jundiaí 4,4
6 – Alto Tietê 4,1
7 – Baixada Santista 1,8
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Tabela 1 - ICTEM do estado de São Paulo por UGRHI – 2008.
8 - Sapucaí/Grande 6,6
9 – Mogi Guaçu 4,0
10 – Sorocaba/Médio Tietê 5,1
11 – Ribeira de Iguape 5,2
12 – Baixo pardo/Grande 6,6
13 - Tietê/Jacaré 4,1
14 – Alto Paranapanema 6,5
15 - Turvo/Grande 3,7
16 - Tietê/Batalha 6,3
17 – Médio Paranapanema 7,2
18 – São José dos Dourados 9,7
19 – Baixo Tietê 6,8
20 – Aguapeí 7,5
21 – Peixe 4,4
22 – Pontal do Paranapanema 7,7
Fonte: Estado de São Paulo; Secretaria do Meio Ambiente:
Painel da Qualidade Ambiental, 2009, p.69.
Esses dados utilizados fazem parte do temário utilizado para a elaboração do
Atlas Ambiental do Estado de São Paulo, elaborado para a utilização com alunos do
ensino fundamental e médio.
Estabelecidos os dados, a base cartográfica para a construção dos mapas e as
unidades de representação, foi estabelecido o número de classes a serem divididos os
dados. Pesquisas mostram que é necessário que se estabeleçam um número médio de
classes que varia entre 4 e 8 (LOCH, 2006, p.203), pois o número de classes não deve
ser tão pequeno de modo a ocultar diferenças fundamentais na análise dos dados
representados e nem tão grande de forma a dificultar a leitura e interpretação da
representação cartográfica.
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Para determinar o número de classes para a elaboração do mapa utilizado na
pesquisa realizada, foi utilizada a fórmula de Sturges (LOCH, 2006), apresentado na
Fórmula 1:
Número de classes=1+ (3,3⋅ log Nd ) (1)
Onde:
Nd = Frequência ou número de dados
O número de dados utilizados para a elaboração da representação correspondem
ao número das UGRHI do estado de São Paulo: 22, sendo determinado de acordo com a
fórmula em 5 classes:
Número de classes = 1+ (3,3∙log22)
Número de classes = 1+ (3,3∙1,34)
Número de classes = 1+ 4,42
Número de classes = 5,42
Número de classes = 5
Fixado o número de classes, foram elaboradas 4 representações sendo para cada
uma das representações utilizado um método de classificação diferente a saber:
intervalos iguais, algoritmo de jenks (quebras naturais), quartis com classes separadas
para o menor e maior valor e método da média-desvio padrão.
Esses métodos de classificação foram escolhidos por serem os métodos
disponibilizado pelo programa de computador utilizado Philcarto.
Intervalos iguais
No método dos intervalos iguais, são estabelecidos intervalos fixos entre os
dados de maneira que a compreensão da legenda é facilitada (SLOCUM et al., 2005,
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p.75), o cálculo para o estabelecimento dos intervalos é feito de acordo com a fórmula
(2):
Intervalo=maior valor da série− menor valor da série
número de classes (2)
De acordo com Slocum et al. (2005, p.75), dentre as vantagens desse método de
classificação destacam-se a facilidade no cálculo dos intervalos, a fácil compreensão da
legenda, no entanto a principal desvantagem desse tipo de classificação encontra-se no
fato de que, dependendo de como o dado se distribui, muitas vezes algumas classes
podem ficar vazias, ou seja sem dados, o que não é aconselhável quando se elabora um
mapa.
Algoritmo de Jenks (quebras naturais).
O método do algoritmo de Jenks, busca minimizar a variância intra classes e
maximizar a variância inter classes (GIRARDI, 2008). Ele possui sua base no método
das quebras naturais, no entanto possui uma base matemática para determinar o valor de
seus intervalos.
Para o cálculo dos valores dos intervalos do método de Jenks, inicialmente é
feito um cálculo da soma dos Desvios Absolutos sobre a Mediana da Classe (DAMC).
O DAMC corresponde a um erro, para o estabelecimento das quebras naturais da série
de dados, ou seja, quanto menor for o resultado do DAMC, mais acurada será a divisão
das classes.
Nesse método de classificação os dados com menor variação são agrupados,
estabelecendo de maneira estatística os padrões espaciais dos dados utilizados.
Quartis.
Na classificação, de acordo com o método dos quartis, os números são
ordenados e divididos, sendo criadas classes com um número regular de amostras em
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cada classe, e mais duas classes para os valores mínimo e máximo, dessa maneira os
limites das classes são estabelecidos da seguinte forma: valor mínimo, 5º percentil, 1º
quartil, média, 3º quartil e 95º percentil (GIRARDI, 2008, p.24).
Para esse método de classificação o número de classes é fixo sendo ao todo 6
classes para a distribuição dos dados.
Entre as vantagens do método de classificação dos quartis, de acordo com
Slocum et al. (2005, p.83), consiste no cálculo fácil e manual dos limites da
classificação e ainda o fato de haver uma classe separada para os valores mínimo e
máximo, o que permite uma base para a comparação das amostras das outras classes.
Dentre as maiores desvantagens desse método de classificação inclui o fato de
não considerar a concentração dos valores dos dados, uma vez que o número de valores
de cada classe é fixo (SLOCUM et al., 2005, p.82).
Média – Desvio padrão.
No método de classificação da média – desvio padrão, o número de classes para
a divisão dos dados é fixado em 5 sendo os limites de classe estabelecidos da seguinte
maneira: valor mínimo, média – 1 desvio padrão, média – 0,5 desvio padrão, média +
0,5 desvio padrão e máximo (GIRARDI, 2008, p.24).
Esse método de classificação leva em conta o modo como os dados estão
distribuídos ao longo da linha numérica, além de facilitar o cálculo dos limites da
classe. Entre as desvantagens desse método está o fato de que funcione melhor para
série de dados distribuídos em uma curva normal e que necessite de alguns
conhecimentos básicos em estatística para que possa ser calculado (SLOCUM et al.,
2008, p.83).
Elucidados os métodos de classificação a serem avaliados para a elaboração do
Atlas Ambiental do estado de São Paulo, foram construídos 4 gráficos de dispersão de
acordo com os diferentes métodos de classificação e 4 mapas coropléticos apresentados
nas Figuras 1 e 2 a seguir:
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Figura 1 - Gráficos de dispersão dos métodos de classificação utilizados respectivamente,
método dos intervalos iguais, método da média-desvio padrão, método dos quartis e algoritmo de jenks.
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Fonte: Bruno Zucherato (2011)
A organização dos mapas apresentaram diferenças significativas nas
representações resultantes, sendo necessário uma avaliação dos resultados dessa
elaboração para a determinação de qual método de classificação será utilizado para a
elaboração dos mapas do Atlas Ambiental do Estado de São Paulo.
Para determinar qual o método será utilizado para a elaboração dos mapas do
Atlas ambiental com base nos mapas elaborados com os dados selecionados de ICTEM,
foi utilizado o coeficiente de complexidade do mapa apresentada em MacEachren
(1982).
Considerando-se os usuários pretendidos para o atlas, alunos do ensino
fundamental e médio, e levando-se em consideração a necessidade da apresentação de
Figura 2 - Mapas construídos com base no gráficos de dispersão de acordo com os diferentes métodos
de classificação.
Org. Bruno Zucherato (2011)
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informações elementares dos conteúdos apresentados, os mapas mais adequados a esse
fim são aqueles que apresentam menos complexidade. Neste sentido MacEachren
(1982) argumenta:
Map complexity is defined simply as the degree to which the
combination of map elements results in a pattern that appears to be
intricate or involved. In this sense, map complexity is a subjective
impression formed by the map reader1 (MACEACHREN, 1982, P.32)
.
MacEachren (1982) aplica os princípios da teoria dos gráficos para a
determinação da complexidade dos mapas coropléticos.
A avaliação da complexidade do mapa coroplético auxilia na percepção de como
a leitura da representação é apresentada, sendo que quanto menos variações houver na
leitura da representação, menos complexo é o mapa apresentado.
Para estabelecer essa complexidade MacEachren identifica, nos mapas
coropléticos, os elementos determinados pelos vértices, faces e lados da representação
apresentada.
As faces são representadas pela homogeneidade das unidades apresentadas pela
representação, os vértices para os pontos de encontro de duas unidades com valores de
representação diferentes e os lados para as linhas que dividem as faces como
apresentado na Figura 3.
Identificados esses três elementos da representação são calculados o coeficiente
de faces, o coeficiente de vértices e o coeficiente de lados.
Para o cálculo desses 3 coeficientes, é necessário que se identifiquem os lados,
vértices e faces totais das unidades espaciais e os lados, vértices e faces da
representação classificada. Para estabelecer os lados, os vértices e as faces da
representação, unidades espaciais que estão em uma mesma classe são consideradas
uma mesma face, como o indicado nas Figuras 4 e 5.
1 A complexidade do mapa é definida, de maneira simples, como o grau em que a combinação dos elementos representados no
mapa aparecem em um padrão de complicação. Nesse sentido, a complexidade do mapa é uma impressão subjetiva formada pelo
leitor do mapa (tradução nossa).
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Figura 3: Identificação dos lados, faces e vértices de um mapa.
Org. Bruno Zucherato (2011)
Figura 4: Determinação das faces, lados e vértices total das unidades espaciais
da representação.
Org. Bruno Zucherato (2011).
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Determinadas as faces, os lados e os vértices da representação classificada e do
número total das unidades espaciais, são calculados os coeficiente de faces (CF)
coeficiente de lados (CL) e coeficiente de vértices (CV) apresentados nas fórmulas (3 a
5).
Coefciente de faces=número de faces da representaão clasificadanúmero de faces total das unidades espaciais
(3)
Coefciente de lados=número de lados da representaão clasificadanúmero de lados total das unidades espaciais
(4)
Coefciente de vértices=número de vértices da representação clasificadanúmero de vértices total das unidades espaciais
(5)
Quanto menor o valor de CF, CV e CL, menor será a complexidade do mapa
apresentado, indicando que mais simples será a leitura e compreensão do mapa.
Por meio destes procedimentos é possível estabelecer qual método de
classificação apresenta como resultado um mapa mais complexo e qual deles apresenta
um resultado menos complexo, a ideia é utilizar para o Atlas o método de classificação
menos complexo, uma vez que a finalidade das representações é serem utilizadas no
Figura 5: Determinação das faces, lados e vértices da representação
classificada.
Org.Bruno Zucherato (2011)
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ensino, as Figuras 6, 7, 8 e 9 apresentam o cálculo dos valores de complexidade do
mapa, esses valores podem ser visualizados na tabela 2.
Figura 7 - Figura 6: Cálculo do CF, CV, e CL para o método da média-desvio
padrão.
Org. Bruno Zucherato (2011).
Figura 6 - Cálculo do CF, CV, e CL para o método dos intervalos iguais.
Org. Bruno Zucherato (2011)
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Figura 8 - Cálculo do CF, CV, e CL para o método dos quartis com classes
adicionais para os extremos.
Org. Bruno Zucherato (2011).
Figura 9 - Cálculo do CF, CV, e CL para o método do algoritmo de Jenks.
Org. Bruno Zucherato (2011)
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Tabela 2 - Valor dos Coeficientes para o tema: ICTEM
Intervalos iguais Jenks Quartis Média-desvio padrão
CV 18/42=0,428 16/42=0,380 20/42=0,476 20/42=0,476
CF 10/22=0,454 9/22=0,409 11/22=0,500 11/22=0,500
CL 27/62=0,435 29/62=0,467 30/62=0,483 29/62=0,467
Coeficiente total 1,317 1,256 1,459 1,443
Para o tema ICTEM selecionado os coeficientes apresentaram um menor valor
para o método de classificação de acordo com o algoritmo de Jenks, sendo que esse será
o método de classificação utilizado para a representação desse tema no Atlas Ambiental
do Estado de São Paulo.
É importante observar que o resultado do Coeficiente não deve ser muito baixo
de modo a apresentar um mapa homogêneo ou com apenas uma classe, nem um
resultado muito alto, apresentando um mapa muito complexo, uma vez que o Atlas é
destinado a alunos do ensino fundamental e médio.
O resultado do cálculo de complexidade dos mapas foi comparado com a
avaliação dos métodos de classificação apresentada por SLOCUM et. al (2008)
O Quadro 1 apresenta o procedimento de análise para a seleção do método de
classificação, esse quadro foi elaborado e apresentado por Slocum et al. (2005, p.88)
Quadro 1 - Procedimento de análise para a Seleção dos métodos de classificação
Intervalos
iguais
Quartis Média - DP Algoritmo de
Jenks (otimizado)
Consideração sobre a distribuição dos
dados ao longo da linha numérica
pobre pobre bom2 muito bom
Facilidade na compreensão do conceito Muito bom Muito bom Muito bom bom3
Facilidade no cálculo Muito bom Muito bom Muito bom bom
Facilidade na compreensão da legenda Muito bom4 pobre bom pobre
Os valores da legenda condizem com a
distribuição dos dados nas classes
pobre Muito bom pobre Muito bom
Auxilia na seleção do número de
classes
pobre pobre pobre muito bom
2 Classificação pode ser pobre quando os dados não seguem a curva normal (SLOCUM et al. 2005).
3 A classificação só é considerada boa devido a natureza complexa do algoritmo (SLOCUM et al. 2005).
4 A classificação passa a ser boa nesse caso específico se os números usados não forem números redondos (Slocum et al. 2005).
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A partir desse quadro e das avaliações apresentadas, foi estabelecida uma
pontuação, sendo o valor 3 dado a cada avaliação “muito boa”, 2 a cada pontuação
“boa” e 1 a cada pontuação “pobre”. Observadas tais considerações, a avaliação final
dos métodos de classificação se apresentou da seguinte maneira:
Quadro 8 - Pontuação dos métodos de classificação
Intervalos
iguais
Quartis Média - DP Algoritmo
de Jenks
Consideração sobre a distribuição dos dados ao longo da
linha numérica
1 1 2 3
Facilidade na compreensão do conceito 3 3 3 2
Facilidade no cálculo 3 3 3 2
Facilidade na compreensão da legenda 3 1 2 1
Os valores da legenda condizem com a distribuição dos
dados nas classes
1 3 1 3
Auxilia na seleção do número de classes 1 1 1 3
Pontuação total da classificação 12 12 12 14
Com base nessa avaliação, o método de classificação algoritmo de Jenks
(quebras naturais), possui mais avaliações positivas.
Considerações finais.
A análise do cálculo do coeficiente de complexidade do mapa e a avaliação
apresentada por SLOCUM et al. (2008), mostram que o método de classificação das
quebras naturais do algoritmo de jenks é o mais adequado para a elaboração do Atlas
Ambiental do Estado de São Paulo, além de apresentar um coeficiente de complexidade
menor, esse método obteve mais avaliações positivas dentre os parâmetros apresentados
por SLOCUM et al. (2008).
Dentre as próximas etapas da pesquisa proposta estão incluídas o teste com
relação aos diferentes métodos de classificação com os usuários do Atlas: alunos do
ensino fundamental e médio, somente mediante a confirmação da avaliação feita pelos
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alunos o método será adotado para a elaboração do Atlas Ambiental do Estado de São
Paulo.
Referências.
BRASIL, MEC/SEEF, Parâmetros Curriculares Nacionais, Brasília:MEC/SEF, 2000;
GIRARDI, E. P.; Proposição de uma cartografia geográfica crítica e sua aplicação
no desenvolvimento do atlas da questão agrária brasileira. Presidente Prudente –
FCT, tese apresentada ao Departamento de Geografia da Faculdade de Ciências e
Tecnologia da unesp – Campus de Presidente Prudente para a obtenção de título de
doutor em geografia, 2008;
LOCH, R.E.N.; Cartografia: Representação, comunicação e visualização de dados
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