7.- La Poesía Femenina en El Virreinato (Parte 1)

Josefina Muriel

Cultura femenina novohispana

Mxico

Universidad Nacional Autnoma de Mxico, Instituto de Investigaciones Histricas

2000

545 p.

(Serie Historia Novohispana, 30)

ISBN 968-58-0313-7

Formato: PDF

Publicado en lnea: 27 abril 2015

Disponible en:

http://www.historicas.unam.mx/publicaciones/publicadigital/libro/cultura/femenina.html

DR 2015, Universidad Nacional Autnoma de Mxico-Instituto de Investigaciones Histricas. Se autoriza la reproduccin sin fines lucrativos, siempre y cuando no se mutile o altere; se debe citar la fuente completa y su direccin electrnica. De otra forma, requiere permiso previo por escrito de la institucin. Direccin: Circuito Mario de la Cueva s/n, Ciudad Universitaria, Coyoacn, 04510, Mxico, D. F.

CAPTULO V

LA POESfA FEMENINA EN EL VIRREINATO

L A PLUMA de la "dcima musa americana", la monja jernima Sor Juana Ins de la Cruz tiene tal luminosidad que su brillo de genio nico ha impedido ver la obra de otras mu-jeres. Tal ha sido nuestra satisfaccin de gozar con sus versos, que se convirti en el alfa y omega de nuestra cultura femenina.

Los genios son nicos e irrepetibles; no

1 2 2 L A P O E S A F E M E N I N A E N E L V I R R E I N A T O

d e E s l a v a ( 1 5 3 4 - 1 6 0 1 ) , c o n m o t i v o d e l a p u b l i c a c i n d e s u s C o l o q u i o s

e s p i r i t u a l e s y s a c r a m e n t a l e s .

1

L o s v e r s o s d e C a t a l i n a d e E s l a v a e m p i e z a n a m o s t r a r n o s c m o l a s

m u j e r e s s e i n t e g r a n a l a s c o r r i e n t e s l i t e r a r i a s d e s u p o c a , l o c u a l

i n d i c a q u e n o v i v e n a j e n a s a l a c u l t u r a q u e l a s r o d e a .

D e l a p o e s a o c a s i o n a l e n l a N u e v a E s p a a y a h a b a a n t e c e d e n t e s

m u y n o t a b l e s , c o m o l o h a b a n s i d o l o s p o e m a s q u e C e r v a n t e s d e

S a l a z a r r e c o g i e n e l T m u l o I m p e r i a l d e C a r l o s V e n 1 5 5 9 , y e l

p o t i c o r e c u e r d o d e l C o n c i l i o M e x i c a n o d e 1 5 8 5 d e B e r n a r d o d e B a l -

b u e n a . P e r o m a y o r i n f l u e n c i a t u v o e n e s t a a u t o r a s u p r o p i o t o ,

q u i e n h a b a c o m p u e s t o p o e s a s y o b r a s d e t e a t r o o c a s i o n a l e s , c o m o

E l c o l o q u i o d e l o s c u a t r o d o c t o r e s d e l a i g l e s i a , h e c h o p a r a u n a f i e s t a

d e C o r p u s C h r i s t i , o e l d e L o s m a t r a d o c t o r e s , c o m p u e s t o e n o c a -

s i n d e l a l l e g a d a a M x i c o d e l v i r r e y c o n d e d e l a C o r u a ( 1 5 8 0 ) .

L a f o r m a l i t e r a r i a q u e l a p o e t i s a e s c o g e e s e l s o n e t o , q u e y a t e n a

e n t o n c e s e n M x i c o u n a c i m e n t a d a t r a d i c i n c o m o l o d e m u e s t r a n e l

d e G u t i e r r e d e C e t i n a O j o s c l a r o s s e r e n o s , e l d e f r a y M i g u e l d e G u e -

v a r a N o m e m u e v e m i D i o s p a r a q u e r e r t e y e l d e F r a n c i s c o d e T e -

r r a z a s D e j a d l a h e b r a d e o r o .

C a t a l i n a d e E s l a v a i r r u m p e e n l a p o e s a n o v o h i s p a n a c o n e l s o n e t o

s i g u i e n t e :

S o n e t o a F e r n n G o n z l e z d e E s l a v a

E l s a g r a d o l a u r e l c i a t u f r e n t e ,

L a y e d r a , e l a r r a y n , t r b o l y o l i v a ,

P o r q u e ( a u n q u e m u e r t o e s t s ) t u f a m a v i v a

Y s e p u e d a e x t e n d e r d e g e n t e e n g e n t e .

E l t i e m p o l a c o n s e r v e , p u e s c o n s i e n t e

Q u e e l l e v a n t a d o v e r s o s u b a a r r i b a ,

Y e n l m i n a s d e o r o e l n o m b r e e s c r i b a

D e l q u e n o t i e n e i g u a l d e O c a s o a O r i e n t e .

E n e l c a r r o d e A p o l o t e d e n g l o r i a ,

D i g o d e a q u e l A p o l o s o b e r a n o

A q u i e n c o n t a n t o a . m o r t a n b i n s e r v i s t e :

Y p u e s l h a c e e t e r n a l a m e m o r i a ,

C o n q u e m u e v a s m i p l u m a c o n t u m a n o

L a g l o r i a a l c a n z a r s q u e a c n o s d i s t e .

A u n q u e s u r g e c o m o p o e s a o c a s i o n a l , n o c a r e c e d e e m o c i n , t a l

v e z p o r q u e e l m o t i v o q u e l a p r o d u c e s e v i n c u l a a e l l a e n l a z o s a f e e -

1

J o s M a r a V i g i l , P o e t i s a s m e x i c a u a s , M x i c o , O f i c i n a T i p o g r f i c a d e l a S e -

c r e t a r l a d e F o m e n t o , 1 8 9 3 .

LA POESA FEMENINA EN EL VIRREINATO 123

tivos. Admiracin y una rebelda ante la muerte que todo lo acaba, manifestados en deseos de eterna gloria, son los sentimientos que con fina sobriedad contiene el poema, rebasando los lmites fros de la poesa ocasional y enfilando hacia la lrica.

Catalina de Eslava no sigue en su poema la forma de expresin de su to, sino que se nos presenta como una mujer culta, versada en las letras clsicas, familiarizada con los triunfos del Parnaso. En su primera cuarteta, corona a Gonzlez de Eslava como paladn de las letras, a imitacin de los tiempos griegos. Escribir el nombre en letras de oro era triunfo de los hroes romanos, y el llamar a Dios Apolo nos muestran cun metida estaba su mente en las humanidades cl-sicas, lo cual nos va pintando a una mujer que haba vivido el esp-ritu del Renacimiento.

Los versos finales son la tierna splica de una mujer que no que-riendo que stos se terminen, ofrece su pluma a la inspiracin del poeta para continuar ella su obra literaria. Esto ltimo nos lleva a pensar que Catalina de Eslava pudo haber escrito muchas cosas ms. y con ello abrimos una brecha para futuras investigaciones.

En la segunda mitad del siglo xv1, la ciudad de Mxico alcanza ya firme prestigio como capital del virreinato por la belleza de sus edificios y la importancia de sus instituciones, que atendan desde la salud pblica, la correccin de delincuentes y la vida religiosa en innumerables y respetados conventos, hasta la educacin, lo mismo en las primeras letras que en la Real y Pontificia Universidad. Es entonces cuando describirla se vuelve tema ms del poeta que del historiador o del cronista.

Juan de la Cueva (1543-1610) escribe al licenciado Snchez de Obregn una epstola en verso, en la cual le habla de lo que ha visto y odo en est~ ciudad, los edificios "altos y opulentos" que hay en ella, las frutas exticas de estas tierras, los cantos y danzas en las que "dos mil indios (oh extraa maravilla!) bailan por un comps a un tamborino ... "2 Francisco Cervantes de Salazar (1513-1575), en sus Dilogos Latinos, hoy ms conocidos como Mxico en 1554, describir en forma dialogada cmo era la ciudad de Mxico en esos tiempos.3 Y aunque los escribi en lengua latina, nos interesan como una ma-nifestacin de la importancia que la literatura descriptiva tena en-tonces en Mxico.

Raymundo Lazo, Historia de la literatura hispanoamericana, Mxico, Editorial Porra, 1965, p. 58. [Coleccin Sepan Cuantos No. 38.]

Francisco Cervantes de Satazar, Mxico en 1554 y Tmulo Imperial. Edicin. prlogo y notas de Edmundo O'Gorman, Mxico, Editorial Porra, 1963. (Colec-cin Sepan Cuantos No. 25.]

1 2 4

L A P O E S A F E M E N I N A E N E L V I R R E I N A T O

H a c i a f i n a l e s d e l s i g l o X V I ( 1 5 3 0 - 1 6 0 5 ) , e l p o e t a E u g e n i o S a l a z a r

A l a r c n h a c e e n v e r s o u n a D e s c r i p c i n d e l a L a g u n a d e M x i c o p a r a

s u a m i g o e l p o e t a H e r n a n d o d e H e r r e r a ( e l D i v i n o ) , e n l a c u a l p u e -

b l a e l p a i s a j e m e x i c a n o c o n l o s d i o s e s g r i e g o s y r o m a n o s .

E n 1 6 0 4 a p a r e c e l a o b r a m a e s t r a d e l a p o e s a d e s c r i p t i v a n o v o h i s -

p a n a , l a G r a n d e z a M e x i c a n a d e B e r n a r d o d e B a l b u e n a .

T e n i e n d o e n c u e n t a e s t o s a n t e c e d e n t e s , e s p o s i b l e e x p l i c a r n o s l a

a p a r i c i n e n 1 6 4 0 d e u n a e p s t o l a p o t i c a d e s c r i p t i v a h e c h a p o r u n a

m u j e r .

l \ . f A R A D E E S T R A D A M E D I N I L L A

N o c o n o c e m o s n i n g n d a t o d e s u v i d a f u e r a e l e l o s q u e s e c l c - , p r e n c l e n

d e s u o b r a . T a l v e z f u e r a n i e t a e l e P e d r o d e M e d i n i l l a q u e f u e r e g i d o r

y d i p u t a d o e n e l A y u n t a m i e n t o d e l a c i u d a d d e 1 5 4 6 a l ! : 5 8 . E n 1 5 4 7

l e f u e o t o r g a d o u n s o l a r y e n 1 5 5 1 y a t e n a u n a s h a c i e n d a s . F u e

p e r s o n a d e c o n f i a n z a d e l a s m o n j a s d e l a C o n c e p c i n , p u e s e l l a s l e

e n t r e g a r o n l a s r e a l e s c d u l a s d e f u n d a c i n p a r a p r e s e n t a r l a s a l v i r r e y

y A u d i e n c i a .

4

E l n o m b r e d e M a r a d e E s t r a d a e s n o t a b l e d e s d e l a

c o n q u i s t a , p e r o n o h e m o s p o d i d o h a l l a r l a v i n c u l a c i n c o n l a p o e t i s a .

P e r t e n e c a a e s a c l a s e d e p o b l a d o r e s q u e s e f u e r o n a v e c i n d a n d o e n

M x i c o a l o l a r g o d e l s i g l o X V I , y c u y o s h i j o s y n i e t o s e r a n y a c r i o l l o s

p o r n a c i m i e n t o , p o r c o s t u m b r e s , p o r u n m o d o d e v e r a M x i c o y a l

m u n d o d e s d e a q u , y p o r t e n e r u n p u n t o d e v i s t a q u e y a e s m e x i c a n o .

L a p o s i c i n q u e t u v o e n l a s o c i e d a d f u e s i n d u d a a l g u n a p r e e m i -

n e n t e , c o n t i t u l a c i n d e d o a y b u e n a p o s i c i n e c o n m i c a p u e s t o q u e

m e n c i o n a t e n e r c o c h e , l o c u a l p r e s u p o n e c a b a l l o s y c o c h e r o s . P o r

c m o h a b l a d e s u m a n e r a d e v e s t i r y d e l a d e o t r a s , y p o r l a s r e s e a s

y v a l o r a c i o n e s q u e h a c e d e l o q u e v e , s e m u e s t r a c o m o u n a m u j e r

d e m u n d o , e l e g a n t e y c u l t a .

V a m o s p u e s a i n s e r t a r a q u u n o d e s u s p o e m a s , p u b l i c a d o b a j o e l

l a r g o t t u l o d e R e l a c i n e s c r i t a p o r D o a M a r a E s t r a d a M e d i n i l l a

a u n a r e l i g i o s a m o n j a p r i m a s u y a , d e l a f e l i z e n t r a d a e n M x i c o d a

d e S a n A g u s t n . 2 8 d e a g o s t o d e m i l y s e i s c i e n t o s y c u a r e n t a a i ' o s ,

d e l E x c e l l e n t i s s i m o S e o r D n . D i e g o L p e z P a c h e c o C a b r e r a y B o b a -

d i l l a M a r q u s d e V i l l e n a , V i r r e y G o b e r n a d o r y C a p i t n G e n e r a l d e

e s t a N u e v a E s p a a . F u e i m p r e s o e n M x i c o p o r J u a n R u y z e n 1 6 4 0

y f o r m p a r t e d e u n a o b r a d e d i c a d a a l c i t a d o v i r r e y , q u e s e t i t u l

E d m u n d o O ' G o r m a n , G u i a d e l a s A c t a s d e l C a b i l d o d e l a C i u d a d d e M x i c o ,

S . X V I , c o n l a c o l a b o r a c i n d e l c r o n i s t a d e l a c i u d a d S a l v a d o r N o v o , M x i c o ,

F o n d o d e C u l t u r a E c o n m i c a , 1 9 7 0 . A c t a 1 4 6 4 , 1 4 7 1 , 1 6 6 0 , 1 9 7 3 , 2 3 9 6 .

LA POESA FEME."IINA EN EL VIRREINATO 125"

Viaje de Tierra y ms feliz por mar y tierra que hiw el Excmo. Sr. Marqus de Villena mi Seur yendo por Virrey y Capitn General de la Nueva Espaa.5

Para entender esta poesa y el valor que tuvo en el momento en que se produjo, hay que situarse en su tiempo, el siglo xvn. Alfonso. Mndez Plancarte ha explicado muy bien este proceso diciendo que antes de leer la poesa barroca hay que tener en la mente la arqui-tectura de Santa Prisca de Taxco, Santa Rosa de Quertaro, la En-seanza, el Altar de los Reyes de la Catedral de Mxico, para impreg-narse de ese espritu y as, al leer, poder sentir y vibrar con el esp-ritu barroco de la poesa, pues arquitectura y literatura son formas paralelas de expresin de un igual momento histrico. Nuestra poe-sa barroca aade:

no fue sino otra flor del mismo rosal. El colorismo que adorn retablos y refulgi en cpulas y aun en fachadas, riega en ver-sos su vocabulario cromtico y luminoso, a las tallas inveros-miles, las columnas salomnicas y los tmpanos contorsionados, responden las metforas complejas, los acusativos griegos y el hiprbaton serpenteante. Y en lirismos de piedra y en arqui-tecturas verbales, es una misma la prdiga ostentacin de lo decorativo.6

Juzgue pues el lector la Relacin de Mara Estrada Medinilla y goce de ella si es capaz de entender nuestro mexicansimo mundo barroco:

Quise salir, amiga, Ms que por dar alivio a mi fatiga,

Temprano ayer de casa, Por darte relacin de lo que pasa.

Prevenir hice el coche, Aunque mi pensamiento se hizo noche,

Pues tan mal lo miraron, Que para dao nuestro pregonaron

Que carrozas no hubiera: Oh ms civil que criminal cansera!

Lamentlo infinito; Puesto que por cumplir con lo exquisito,

Mara Estrada Medinilla, "Relacin escrita a una religiosa prima suya", en Viaje por tierra y mds feliz por mar y tierra, Mxico, Imp. Bernardo Caldern, 1640.

Alfonso Mndez Plancarte, Poetas novohispanos. Segundo siglo, Mxico, UNAMr 1944, p. xxx. [Biblioteca del Estudiante Universitario no. 43.)

1 2 6


A u n q u e t a n p o c o v a l g o ,

M e n o s q u e a e n t r a d a d e u n v i r r e y n o s a l g o :

M a s e l s e r h i z o e f e c t o ,

Y a s q u i s e c u m p l i r c o n l o i m p e r f e c t o

M u d a n d o d e s e m b l a n t e : '

N o q u i e r a s m s p u e s f u i s i n g u a r d a i n f a n t e .

7

C o n q u e h a b r s e n t e n d i d o

Q u e t o d o q u e d a b i e n e n c a r e c i d o ;

P e r o s i l e l l e v a r a ,

D e l p r i m e r m o v i m i e n t o n o p a s a r a .

S i g u i r o n m e u n a s d a m a s

A q u i e n e s d e b e e l m u n d o n o b l e s f a m a s ,

8

Y c o n m a n t o s e n c i l l o

Q u i s i m o s a l e n t a r e l t a p a d i l l o ,

Y e n f i n c o m o p u d i m o s

H a c i a l a i g l e s i a C a t e d r a l n o s f u i m o s ,

D o n d e m s q u e a d m i r a d a ,

Q u e d v i e n d o d e l a r c o l a f a c h a d a , 9

Q u e t o c a r d e p a s o ,

P o r q u e s i e n e l i n g e n i o m e e m b a r a z o ,

H a b i n d o m e e n g o l f a d o

N o h a b r c a m i n o d e s a l i r a n a d o .

A f o l l a j e s g a l a n t e s

E s t r a g o f u e d e C e u s i s y T i m a n t e s

1 0

G r a n d e z a e n q u i e n c o n t e m p l o

L o r a r o d e t r e s t e m p l o s e n u n t e m p l o ,

P o m p a < l e M a u s e o l o , 1 1

C i e n c i a d e S a l o m n , p l e c t r o d e A p o l o ,

P e r d o n e l a p i n t u r a

Q u e e n l o f o r m a l s e m o s t r a r m s p u r a ,

P u e s a t a n t o s e a t r e v e

G u a r d a i n f a n t e : E s p e c i e d e t o n t i l l o r e d o n d o h e c h o d e a l a m b r e s y c i n t a s q 1 1 e s e

c o l o c a b a n l a s m u j e r e s e n l a c i n t u r a p a r a d a r m s a m p l i t u d a l a s f a l d a s . D e s d e

l u e g o i m p r o p i o p a r a m o v e r s e e n t r e l a m u l t i t u d p u e s , c o m o e l l a d i c e , " ' s i l e l l e -

v a r a d e l p r i m e r m o v i m i e n t o n o p a s a r a " .

E s t a s n o b l e s d a m a s e r a n l a s d e s c e n d i e n t e s d e c o n q u i s t a d o r e s , c o m e r c i a n t e s y

. m i n e r o s e n r i q u e c i d o s y e n n o b l e c i d o s P o r s u s h a z a a s , q u e c r e a r o n l a i n m e n s a

N u e v a E s p a a y q u e d i e r o n s u a y u d a e c o n m i c a a l r e y e n l a s g u e r r a s e u r o p e a s .

S e r e f i e r e a l o s e f m e r o s a r c o s t r i u n f a l e s q u e l o s c a b i l d o s d e l a c i u d a d y d e

l a c a t e d r a l c o l o c a b a n e n h o n o r d e l o s v i r r e y e s .

1 0

Z e u x i s y T i m a n t e s s o n d o s p i n t o r e s g r i e g o s q u e v i v i e r o n h a c i a e l a o 4 0 0 a . c .

L a f i g u r a d e T i m a n t e s a p a r e c e e n l a N u e v a E s p a a p o r p r i m e r a v e z e n l a p i r a

f u n e r a r i a d e C a r l o s V , l e v a n t a d a e n 1 5 5 9 .

1 1

A l u d e a u n a d e l a s s i e t e m a r a v i l l a s d e l m u n d o a n t i g u o : e l m o n u m e n t o f u -

n e r a r i o q u e a l r e y M a u s o l o c o n s t r u y s u m u j e r A r t e m i s a , y e l t e m p l o d e S a l o -

m n , c u y a c o n s t r u c c i n r e q u i r i t o d a l a c i e n c i a a r q u i t e c t n i c a y m a t e m t i c a d e

l o s s a b i o s d e l a p c a . A l o q u e a a d e l a i n s p i r a c i n d e A p l O , d i o s d e l o s o r c u -

l o s , l a j u v e n t u d y . l a s a r t e s e n g e n e r a l .

- - - - - . . _ _ _ _ _ , - - - - - -

LA POESA FEMENINA EN EL VIRREINATO

Que al lienzo fa lo que al bronce debe. No qued en todo el cielo

Signo que el arte no bajase al suelo Ni en toda la Escritura

Tribu que no trajese a coyuntura Ni doce que la fama

Por sus virreyes justamente aclama Contra largas edades

Para la eternidad de eternidades, Ni la insigne ascendencia

Del ilustre marqus, cuya excelencia Da con celebraciones

Glorias a Espaa, al mundo admiraciones; De suerte todo unido,

Que diera suspensiones al sentido Que ms perspicaz fuera,

Cuya atencin an no lo consiguiera. De su metro imagino

Que pasa de lo humano a ser divino, Y es caso averiguado

Que un ngel a otro ngel le ha dictado,12 Y porque no te asombre

Corresponden sus obras a su nombre. Dimos la vuelta luego

Y en un abismo de rumor me anego; Al discurrir la calle

No hay paso donde el paso no se encalle; El nmero de gente

Presumo que no hay cero que tal cuente Pues tomar fuera en vano

La calle, como dicen, en la mano: Iba, aunque aqu se note,

De lo que llama el vulgo bote en bote. Era cada ventana

Jardn de Venus, templo de Diana,1s Y desmintiendo Floras,14

Venciendo mayos y afrentando Auroras,1"

127

"' La loa que se deca frente al arco para explicarlo -dice ella- que la hizo un Angel, es decir, un poeta de este nombre. No conocemos quin fue, aunque sabemos que se trat de un jesuita, tal vez el padre Miguel de Castilla, S.J., quien cuarenta aos despus hizo los poemas del arco del marqus de la Laguna en Puebla.

18 Venus, la diosa del amor y la belleza, y Diana, la diosa de los bosques. Las hermosas mujeres que estn en los enflorados balcones.

" Flora: la diosa de todo lo que florece. "" Aurora: la diosa cuyas lgrimas son el roco de la maana.

1 2 8


L a m s p o b r e a z o t e a

D e s p r e c i o d e l a c o p i a d e A m a l t e a 1 a

C o n v a r i e d a d h e r m o s a ,

A u n q u e t u v o t a m b i n d e t o d a b r o z a

P i n t a r s u b i z a r r a

N i m s F l a n d e s h a b r n i m s T u r q u a .

E n f i n , t o d o e s r i q u e z a ,

T o d o h e r m o s u r a , t o d o g e n t i l e z a .

A o p u l e n c i a t a n r a r a

Q u b a b i l o n i o m u r o n o t e m b l a r a ?

P u e s c o n s e r v a n d o a b r i l e s

S e m i r a n i n j u r i a d o s s u s p e n s i l e s .

L a t r o p a c r e c e m u c h o ;

l c e r c a v i e n e e n t r e l a t r o p a e s c u c h o ,

Y t r o p e z a n d o a p r i e t o s ,

E n t r a m o s c o n o r g u l l o s m s i n q u i e t o s

D o n d e u n b a l c n e s t a b a

Q u e c o n o s t e n t a c i n n o s e s p e r a b a ,

Y a m e n o s s o b r e s a l t o

P i e n s o q u e n a d a s e n o s f u e p o r a l t o

F u n d a c i o n e s t o n a n t e s

E n h o m b r o s d e h i p o g r i f o s e l e f a n t e s 1 7

D e j a r o n i l u s t r a d o

A l p r i m e r i n v e n t o r d e l o b o r d a d o :

D u p l i c a d o s c l a r i n e s

D e m s i c a p o b l a r o n l o s c o n f i n e s

Q u e e n a c e n t o s s u a v e s

R e p e t i c i n h i c i e r o n a l a s a v e s ,

C o n c u y a s a r m o n a s

O c i o s a s q u e d a r n l a s c h i r i m a s :

E s t r u e n d o d e a t a b a l e s

B i e n e s a n u n c i a a t a n t o g u s t o i g u a l e s ;

L a b r e v e d a d s e i n d i c i a ;

M i d e n l a c a l l e v a r a s d e j u s t i c i a ;

G l o r i o s a m e n t e u f a n a

I b a l a g r a n n o b l e z a m e x i c a n a ,

L o g r a n d o o s t e n t a c i o n e s

E n t r e l a s m i l i t a r e s r e l i g i o n e s

M o s t r a n d o e n s u g r a n d e z a

Q u e e s m u y h i j o e l v a l o r d e l a n o b l e z a ,

Y e n s u s r i c o s a s e o s

D e s e o s c o n o b r a s , o b r a s c o n d e s e o s .

1 8

A m a l t e a , n o d r i z a d e Z e u s , a q u i e n l e f u e p r o m e t i d o l l e n a r d e f r u t o s s u c o r -

n a m e n t a d e c a b r a . L o q u e s e t r a d u c e e n c u e r n o d e l a a b u n d a n c i a y a q u p r -

d i g o y l o z a n o .

1 7

E l e f a n t e s a l a d o s .

- - - - - - - - - - - - - - - -


Brotando suficiencias La doctsima madre de las ciencias

Iba, aunque se interprete, Cifrado en un vistoso ramillete

Lo raro y lo diverso De la Universidad y el universo,

Compendio mexicano, Emulacin famosa del romano

En quien se ve cifrada La nobleza y lealtad ms celebrada:

Qu mrmoles y jaspes Ilustra desde el Betis al Idaspes 1

Mostraba generoso Cuanto sabe ostentar de lo honroso,

Haciendo competencia Su generosidad con su prudencia,

Y en rdenes iguales Del tribunal mayor y tribunales

Ostentaban primores El factor, tesorero y contadores,

Donde slo se iguala Con lo rico y perfecto tanta gala;

Y a fmulas hileras Forman tapetes, huellan primaveras.

El que la guarda rige, Dignsimo sujeto a quien se erige

Por tan justo derecho La blanca insignia que adorn su pecho,

Con denuedo galante Era la perfeccin de lo brillante,

Y a lucientes aceros Multiplicaba nmeros de arqueros:

Insignia real divisa La dignidad de un joven autoriza

Que a muchos les excede, Tanto, que l solo competirse puede.

Mostraban su eminencia Pompilios y Licurgos de la Audiencia,19

De quien hoy fuera amago La docta rectitud del Arepago

Que Atenas tanto aprecia, De Roma ejemplo y atencin de Grecia.

Lleg la gran persona

129

18 Betis es el nombre antiguo del ro Guadalquivir. Idaspes es el monte Ida. 10 Rey y legislador romanos cuyos nombres han pasado a Ja historia como sin

nimos de buen gobernante y sabio legislador.


D e l v a l e r o s o d u q u e d e E s c a l o n a

E n u n a l a d o b r u t o

Q u e f u e d e l o s d e F e b o s u s t i t u t o ,

2

Y a s e r t a n h b i l v i e n e

Q u e y a d e b r u t o s l o e l n o m b r e t i e n e .

C o l o r b a y o r o d a d o

E n q u i e n n o q u e d a b i e n d e t e r m i n a d o ,

P o r g u a r d a r l e e l d e c o r o ,

O s i f u e o r o e n g r i f a d o o g r i f o d e o r o :

A l a v i s t a p r i m e r a

O r o e s m a l t a d o d e a z a b a c h e s e r a .

B i e n q u e a l a f a n t a s a

Y a t i g r e d e t r a m o y a s p a r e c a

Y y a p a y n d e J u n o ,

2 1

A u n q u e e n l o c i e r t o n o t o c n i n g u n o ;

Y e r i z a n d o s u s p l u m a s ,

F u r i a s v e r t i e n d o s i b r o t a n d o e s p u m a s ,

D a b a a t o d a l a " p l e b e

A c h i r l o y c i n t a r a z o g r a n a y n i e v e :

T a n r a c i o n a l e s t a b a ,

Q u e c a p a z d e l a a l t u r a e n q u e s e h a l l a b a ,

N o t u v o n i a u n a p e n a s

U n t o c a r c o n l a s m a n o s l a s a r e n a s ;

Y e s t a n d o d e s c u i d a d a ,

H i c e , v i e n d o v e n i r u n a p e d r a d a ,

R e p a r o d i l i g e n t e

C o n q u e n o m e r o m p i t o d a l a f r e n t e .

Y e s t o l o m e n o s f u e r a ,

P u e s p o r p o q u i t o n o m e l a p a r t i e r a

A v u e l t a s d e l a c a r a :

A n e l s u s t o m e d u r a y c u l q u e d a r a

E l c o r a z n m e p a r t e :

Y a u n q u e d e m i d i s c u r s o e n e s t a p a r t e

P o n d e r a c i n c o l i g a s ,

T a n s i n b a j a r s e l e v a n t a b a g u i j a s ,

Q u e t u v e a l g n r e c e l o

D e q u e s e g r a n i z a b a n d e s d e e l c i e l o ,

Y e n l o s m s r e t i r a d o s ,

I n f i n i t o s h a b r d e s c a l a b r a d o s .

E n s u f u r i a m o s t r a b a

Q u e a l v i r r e y e n e l c u e r p o e n f i n l l e v a b a ;

D e s u e r t e l e i m a g i n o

Q u e e n l h a s t a e l b o z a l e r a l a d i n o ;

" " F e b o e n p o e s a e s e l d i o s s o l c u y o c a r r o v a t i r a d o p o r c a b a l l o s a l a d o s .

" ' E s e l p a v o r e a l q u e l l e v a l a d i o s a J u n o , p r o t e c t o r a d e l a s m u j e r e s .

--- --- ------


Con nueva maravilla Promontorio de plata era la silla

Pintar su dueo agora Quien tanto el arte de primor ignora,

Aunque el objeto obligue, Mal lo comienza y tarde lo consigue,

Y eptetos vulgares No son para las cosas singulares.

Viste el solio divino Del sol, que desde el orbe cristalino,

Dorando las florestas, Hace con providencias manifiestas

Flamantes bizarras Como desperdiciando argenteras,

Y aunque le gozan todos, Si le quieren mirar, por varios modos

Tal resistencia hallan. Que ciegos a su amago se avasallan,

Y nadie aquello puede Que a un guila caudal se le concede?

A m me ha sucedido Lo mismo; pues poniendo en tanto olvido

D.e mi ser la bajeza, Llevada del fervor y la viveza,

Quise, bebiendo rayos, Sembrar alientos y coger desmayos;

Y cuando cerca llega, Flamgero furor mi vista ciega:

Mas aunque ms se impide, Con el afecto y con la fe le vide,

Y aun bosquejarle puedo Si al rayo y a la espuma pierdo el miedo.

Juzgule tan airoso Y tan de lindo gusto en lo alioso,

Haciendo con desgarro Desprecio general de lo bizarro,

Que alguno habr pensado Que aquel descuido todo fue cuidado:

Aunque se est sabido Que es aquella postura de entendido,

Con que est dicho todo. Y puesto que en los hombres es apodo

Entrarles por lo bello, A riesgo de empezar por el cabello

Principio de lo hermoso, Habiendo lo discreto y lo brioso

131

1 3 2


C o n e x t r e m o i n f i n i t o ,

A q u s e c i f r a t o d o s i n d e l i t o ,

Y e n t o d a s o p i n i o n e s

U n e p l o g o f u e d e p e r f e c c i o n e s .

N u b e v i s t e d e p l a t a

D o n d e l o r e c a m a d o s e d i l a t a

T a n t o , q u e n o h a l l e g a d o

L i n c e s u t i l a h a b e r a v e r i g u a d o

P o r b r j u l a o c a u t e l a

E l m s b r e v e d i b u j o d e l a t e l a .

E n f i n , l a c h u s m a t o d a

H i g a s y b e n d i c i o n e s l e a c o m o d a ,

Y e n m u r m u l l o c o b a r d e

L a s m o z a s l e d i j e r o n : " D i o s t e g u a r d e ;

Q u l i n d o y q u g a l a n o " ;

L a s v i e j a s : " D i o s t e t e n g a d e s u m a n o ;

Q u b i e n q u e r e s p l a n d e c e ;

A e l m i s m o r e y d e E s p a a s e p a r e c e . "

L l e g a u n g r a v e e d i f i c i o ,

D e B e l o y J a n o v e n t a j o s o i n d i c i o ,

2

2

C u y o s v i v o s p i n c e l e s

A r s t i d e s , P r o t g e n e s y A p e l e s

2

D e j a r o n o l v i d a d o s ;

P o r q u e a q u l l o s c o n s t o s s o n p i n t a d o ! > ,

Y a u n q u e e n l a f a m a e t e r n o s ,

A t n g o m e a l p r i m o r d e l o s m o d e r n o s ,

P u e s s e h a n a v e n t a j a d o

C u a n t o v a d e l o v i v o a l o p i n t a d o .

H o n o r m a r a v i l l o s o

F u e d e A m r i c a s u e l o l o i n g e n i o s o :

B i e n l o g r a d o d e s v e l o ,

C u y o s a c e n t o s l l e g a n h a s t a e l c i e l o ,

C u y a s r e p e t i c i o n e s

E t e r n a s v i v i r n e n l o s b l a s o n e s

D e l q u e e s s i n a r r o g a n c i a

R a m a d e P o r t u g a l , C a s t i l l a y F r a n c i a .

N o b i e n l l e g a l a s p u e r t a s ,

C u a n d o l a s v i o c o n r e g o c i j o a b i e r t a s ,

E n q u i e n n o s e d e s q u i c i a

D e l a m i s e r i c o r d i a l a j u s t i c i a ;

B e l o e n m i t o l o g a e s u n o d e l o s g e m e l o s h i j o s d e P o s e i d n y d e l a n i n f a

L i b i a q u e s e q u e d a v i v i r e n E g i p t o y l e d i o e l r o N i l o . J a n o , d i o s d e d o s c a r a s .

L a a l u s i n e s a l h e r m o s o t e m p l o d e B e l o y a l a s d o s f a c h a d a s q u e t e n a e l a r c o

t r i u n f a l .

P i n t o r e s g r i e g o s d e l s i g l o I V , c u y o s n o m b r e s h a n p a s a d o a l a p o s t e r i d a d c o m o

s i n n i m o s d e l a p e r f e c c i n p i c t r i c a .

-------------


Y en sumisiones graves Un noble senador le dio las llaves,

Que al mundo honrar pudiera, Cuya opinin es luz desta ribera.

All fue ejecutada La ceremonia siempre acostumbrada,

Y alegre le recibe La ciudad, que de nuevo le apercibe

Aplauso reverente, Siendo a su dignidad tan competente;

Y habindole formado Navegacin de velas de brocado

Que a su sol se permite, Grato la aplaude, pero no la admite.

De dos rojos cendales Trabados dos sujetos sin iguales

De tanto cielo Atlantes 24 El venerable honor de los Cervantes

A quien tambin venero Y el valor de la casa de Valero,

Don Marcos de Guevara, A quien el cielo dio nobleza clara,

Corts con su asistencia El toldo gobern de su excelencia.

Por uno y otro lado Los ilustres sujetos del Senado

Mostraban con efectos Lo que en las veras pueden sus afectos:

En el lugar preciso Le sigue su mayor caballerizo,

Y alternando celajes Gentiles hombres, oficiales, pajes,

Iban segn su grado Cada cual en el suyo aventajado.

No muchos pasos dieron Cuando la autoridad reconocieron

De un festivo teatro Con pompa de solemne anfiteatro,

Que estaba prevenido Antes del arco arriba referido,

Donde los principales Del cabildo, palomas racionales,

Rigen con gallarda

133

"' Pluraliza al rey mitolgico Atlas, inventor de la esfera; los petas han supues-to que sostena al mundo sobre sus espaldas.

1 3 4


A t a n t a r e l i g i o s a c l e r e c a ;

Y e n a c e n t o s s u t i l e s ,

D u l c e r e p e t i c i n d e m i n i s t r i l e s ,

F o r m a b a e n e s c u a d r o n e s

T r a c i a s c a p i l l a s , t r o p a s d e A n f i o n e s ,

C o n q u e e n e c o s s o n o r o s

T e D e u m l a u d a m u s l e e n t o n a b a a c o r o s ;

Y d e s d e e l s i m u l a c r o

S a n P e d r o l e c o n d u c e a l t e m p l o s a c r o .

D e q u e s e v i o l o g r a d o

E l a d o r n o d e p r p u r a y b r o c a d o ,

Y e n f r a g a n t e s a r o m a s

B r a s a s d e s a t a n c u a n d o e x h a l a n p o m a s ,

R e v u l v e n s e e s o s c i e l o s

D o n d e t r e s c i u d a d a n o s c o n d e s v e l o s

H i c i e r o n d e s u s d o n e s

D e m o s t r a c i n a l e g r e d e o b l a c i o n e s .

U n o e s t r u e n d o l e f r a g u a ,

E s t o t r o f u e g o c u a n d o e l o t r o a g u a ;

C u a n t o c o n t i e n e e s p a c i o

D e l a m a y o r i g l e s i a h a s t a e l p a l a c i o :

F i e r r o t e r r o r d e M a r t e 2 1 1

F o r m a b a a u n b a t a l l n e n c a d a p a r t e ,

D e c u y a s c o m p a a s

T a n t a s a d e l a n t g a l a n t e r a s ,

Q u e s e v i o c a d a i n f a n t e

R a y o d e p l u m a s o e s c u a d r n v o l a n t e

V u l c a n o e n p r e v e n c i o n e s 2 e

F u e p o b l a c i n d e g r i e g a s i n v e n c i o n e s

C o n q u e n o y a t a n v a n o

Q u e d e l q u e i n c e n d i o s f a b r i c a l t r o y a n o ,

D e q u e t a n t a s m e m o r i a s

E t e r n i d a d e s t i e n e n l a s h i s t o r i a s

A n n o b i e n p e n e t r a d o

F u e e l C a p i t o l i o , c u a n d o e l c i e l o a r m a d o

D e m p e t u s t r a n s p a r e n t e s ,

E l c u r s o d e s a t d e s u s c o r r i e n t e s ,

Y a f u e r z a d e r a u d a l e s

L a s c a l l e s f u e r o n m o n t e s d e c r i s t a l e s .

Y e s v e r d a d m a n i f i e s t a

Q u e n i a u n a q u e s t o p u d o a g u a r l a f i e s t a ;

P o r q u e m e n o s u f a n o

M a r t e , d i o s d e l a g u e r r a .

V u l c a n o , d i o s d e l f u e g o .


Ces Neptuno27 y presidi Vulcano; Pues a furias de aguas

Alquitranes resisten de sus fraguas. En tan clebre da

Fuera civilidad o cobarda Que quedara figura

De la ms vestal ninfa la clausura,2s Y si tal entendieras

Presumo que aun t misma la rompieras Pues con esto apercibo

El hiprbole ms ponderativo. Y aunque el verlas te inquiete,

Mayores fiestas Mxico promete: Mscaras, toros, caas

Que puedan celebrarse en las Espaas. Esto es en suma, prima,

Lo que pas; si poco te lo intima Mi pluma o mi cuidado

Mal erudito pero bien guiado, Perdona que a mi musa.

El temor justo del errar la excusa.

135

La mtrica del poema, dice Alfonso Mndez Plancarte, es de apa-reados u ovillejos y no de octavas reales, como afirmara Nicols Ran-gel y todos los que sin conocer la obra lo siguieron.

Utiliza la z suave como s, al estilo sevillano, como ms tarde lo har Sor Juana.

Doa Mara escribe como sus antecesores Salazar Alarcn, Juan de la Cueva y Bernardo de Balbuena, por el deseo de informar a alguien cie su estimacin. Salazar Alarcn lo haba hecho para Hernando de Herrera (el Divino), Balbuena para doa Isabel de Tovar, y doa Mara lo hace para su prima, monja enclaustrada en un convento de la ciudad de Mxico.

El poema tiene como finalidad la descripcin de la festiva entrada del virrey a la capital del virreinato. Como descripcin est perfec-tamente realizada, pues comparndola con las que en prosa se escri-bieran sobre el mismo suceso, vemos que no hay nada falso en ella. Conocemos la obra de Gutirrez de Medina sobre el viaje del virrey marqus de Villena, cuyo ltimo captulo, muy breve por cierto, le

17 Neptuno, dios romano del mar que pone como dios del agua y que se pre-senta con la lluvia que cae sobre la ciudad.

Se refiere al encerramiento en que estaban las mujeres consagradas a los dioses paganos, haciendo al mismo tiempo alusin al enclaustramiento de su pri-ma monja.


e s t d e d i c a d o .

2 9

E x i s t e n a d e m s o t r a s o b r a s q u e c o m p l e m e n t a n l a v i -

s i n d e l a e n t r a d a d e l v i r r e y a l a c i u d a d , q u e s o n l a d e s c r i p c i n y

e x p l i c a c i n d e l a f b r i c a y e m p r e s a s d e l s u n t u o s o a r c o q u e e l A y u n -

t a m i e n t o d e l a c i u d a d l e v a n t e n h o n o r d e l v i r r e y .

S e p u b l i c a r o n t a m b i n Z o d i a c o , r e g i o t e m p l o p o l t i c o a l e x c e l e n t -

s i m o s e o r . . .

1

y l a L o a f a m o s a q u e s e r e c i t a l e x c e l e n t s i m o m a r -

q u s d e V i l l e n a y d u q u e d e E s c a l o n a , a 2 q u e s o n l a e x p l i c a c i n e n

p r o s a y e n v e r s o d e l a r c o q u e l a c a t e d r a l l e d e d i c . S e i m p r i m i t a m -

b i n e l F e s t n h e c h o p o r l a s m o r e n a s c r i o l l a s .

L a o b r a d e G u t i r r e z d e M e d i n a n a r r a e l d e s f i l e , y l a s d e m s d e s -

c r i b e n l o s a r c o s , t e m p l o s , f i e s t a s y b a i l e s .

D o a M a r a e m p i e z a r e l a t a n d o l a s a l i d a d e s u c a s a , d e s p u s s u p a s o

f r e n t e a l e n o r m e a r c o t r i u n f a l q u e l e v a n t l a c i u d a d , e l c u a l t e n a

9 0 p i e s d e a l t u r a p o r 7 0 d e a n c h u r a ,

3 4

y p o r t e m a p r i n c i p a l a M e r -

c u r i o , c o m o f i g u r a r e p r e s e n t a t i v a d e l v i r r e y , e n v i a d o a l a N u e v a

E s p a a p o r J p i t e r , o s e a s u M a j e s t a d F e l i p e I V ; l o v e r p i d a m e n t e

p u e s e s t y a p o r l l e g a r e l v i r r e y , d i r i g i n d o s e h a c i a e l b a l c n ' q u e y a

l a e s p e r a , d e s d e d o n d e m i r a d e t e n i d a m e n t e e l a r c o t r i u n f a l q u e l a

c a t e d r a l h a l e v a n t a d o , y o y e l a l o a q u e s e d i c e p a r a e x p l i c a r a l v i r r e y

e l e f m e r o m o n u m e n t o . P e r m a n e c e e n e l b a l c n s o p o r t a n d o u n a g u a -

c e r o h a s t a e l f i n a l d e l a c e r e m o n i a .

E s t a d e s c r i p c i n e s y a d e b a r r o q u i s m o p l e n o . A s c o m o a l l e e r l a

i n f o r m a c i n q u e u n a r q u i t e c t o d e l s i g l o x v m h a c e d e s u o b r a , d o n d e

n o s h a b l a d e l o s r d e n e s c l s i c o s q u e c o n t i e n e , p e r o q u e e n l a o b r a

r e a l i z a d a a p e n a s l o g r a n d e s c u b r i r s e d e n t r o d e l a o r n a m e n t a c i n q u e

r o m p e l o s e n t a b l a m e n t o s , r e t u e r c e l o s f u s t e s d e l a s c o l u m n a s , d a n d o

p a s o l i b r e c o n s u s e l e m e n t o s d e c o r a t i v o s a l a s f a n t a s a s d e l a i m a g i -

C r i s t b a l G u t i r r e z d e M e d i n a , V i a j e d e l v i r r e y m a r q u s d e V i / l e n a . I n t r o -

d u c c i n y n o t a s d e M a n u e l R o m e r o d e T e r r e r o s , M x i c o , U N A M , I n s t i t u t o d e

H i s t o r i a , 1 9 4 7 .

8 0

D e s c r i p c i n y e x p l i c a c i n d e l a f d b r i c a y e m p r e s a s d e l s u n t u o s o a r c o q u e l a

i l u s t r s i m a , n o b i l s i m a y m u y l e a l c i u d a d d e M x i c o , c a b e z a d e l o c c i d e n t a l i m p e l

r o , e r i g i a l a f e l i z e n t r a d a y g o z o s o r e c i b i m i e n t o d e l e x c e l e n t s i m o S . d o n D i e g

L p e z P a c h e c o , M x i c o , I m p . J u a n R u y s , 1 6 . W .

1 1

A n n i m o , Z o d i a c o R e g i o , t e m p l o p o U t i c o a l e x G e l e n t i s i m o s e o r d o n D i e g o

L p e z P a c h e c o . . . C o n s a g r a d o p o r l a S a n t a I g l e s i a M e t r o p o l i t a n a d e M x i c o . . .

c o m p u e s t o p o r u n r e l i g i o s o d e l a C o m p a i a d e J e s s , M x i c o , I m p . F r a n c i s c o

R o b l e d o , 1 6 4 0 .

1 1 9

A n n i m o , L o a f a m o s a q u e s e l e r e c i t a l e x c e l e n t i s i m o s e 1 i o r m a r q u s d e

Y i l l e n a d u q u e d e E s c a l o n a , a l a e n t r a d a d e l a r c o t r i u n f a l d e l a C a t e d r a l d e M -

x i c o , M x i c o , I m p . d e F r a n c i s c o R o b l e d o , 1 6 4 0 .

1 1 9

F e s t ( n h e c h o p o r l a s m o r e n a s c r i o l l a s d e l a C i u d a d d e M x i c o a l r e c i b i m i e n -

t o y e n t r a d a d e l e x c e l e n t s i m o s e o r m a r q u s d e V i l l e n a , M x i c o , I m p . F r a n c i s c o

R o b l e d o , 1 6 4 0 .

" ' M a n u e l R o m e r o d e T e r r e r o s , " N o t a s a l v i a j e d e l v i r r e y m a r q u s d e V i l l e n a " ,

o p . c i t . , p . 8 6 .


nacin, al leer la prosa de la entrada del virrey y compararla con el poema de doa Mara, nos parece el proyecto, los cimientos, el andamiaje sobre el cual esa artista de nuestra literatura barroca hace su relato. Y all aparecen los balcones donde estn las damas, descri-tos con tapices y flores, convertidos por ella en templos de Venus, en jardines de Diana, en cornucopias de Amaltea, y el caballo, aquel que el Ayuntamiento comprara al conde de Santiago para uso del virrey, la imaginacin de doa Mara lo transforma en "alado bruto" que sustituye a los grifos que tiran el carro del sol.

El arco triunfal que la catedral levanta, aun cuando en s mismo era ya una creacin barroca, la fantasa de la poetisa lo lleva ms all, al vincularlo a los conceptos de hermosura, perfeccin e inspi-racin que tienen los monumentos de Mausolo, Salomn y Apolo.

Y cuando desfila la Real y Pontificia Universidad, para ella quien camina es la "madre de las ciencias", que a .su paso derrama sabidu-ra pues va brotando suficiencias. Y frente a los oidores transforma-dos por gracia de su imaginacin en senadores, nos trasladamos a Roma y poco nos falta para que al conjuro de su verso los veamos de tnica o nos sintamos frente al Arepago griego.

En medio de la solemne ceremonia, poco despus del Te Deum, justo cuando las salvas de los caones y los cohetes iban a comenzar, se suelta una de esas granizadas seguidas de aguacero tan comunes en esta ciudad, y ella, como fiel relatora de los sucesos de ese da, lo consigna diciendo que el cielo armado

De mpetus transparentes El curso desat de sus corrientes Y a fuerza de raudales Las calles fueron montes de cristales.

Pero un espritu barroco no poda quedarse en esa escueta descrip-cin, por ello, al conjuro de su viva imaginacin, llegan los dioses mitolgicos

Ces Neptuno y presidi Vulcano, Pues a furias de aguas Alquitranes resisten en sus fraguas.

El aguacero no importa ya, las fraguas del dios del fuego han dado nuevamente calor a la ciudad y con ellos se vislumbran en el horizon-te las fiestas de toros, los juegos de caas, cuando su musa empieza a presentirlos.

1 3 8


V a l e l a p e n a s e a l a r a q u a l g u n o s r a s g o s d e l b a r r o c o q u e n o s d a n

l a p e r s o n a l i d a d d e l a p o e t i s a . E s a n e c e s i d a d d e c o r t e s a , a l a q u e

a l u d i e r a R u i z d e A l a r c n , l a e n c o n t r a m o s e n t o d o e l p o e m a d e s d e

l o s p r i m e r o s v e r s o s , h a s t a l a e x c u s a f i n a l d e l o s l t i m o s .

E l p o e m a t o d o t i e n e u n a p e r f e c t a u n i d a d m e n t a l q u e n o r o m p e n

n u n c a l a s a p a r e n t e s d e s v i a c i o n e s a q u e d a l u g a r e l n f a s i s e n l a o r n a -

m e n t a c i n , q u e e s e l u s o d e l a s l i b e r t a d e s d e a r t i s t a b a r r o c a .

S m b o l o s y m e t f o r a s , o r i g i n a d o s p o r s u a m p l i a f o r m a c i n , s o n

u s a d o s p o r e l l a c o n g r a n n a t u r a l i d a d , d n d o n o s l a i m p r e s i n d e u n

l e n g u a j e u s u a l e n t r e l a s g e n t e s d e s u m u n d o y s u c u l t u r a . E s t o t i e n e

p l e n a c o m p r o b a c i n c o n l a s o l a l e c t u r a d e o b r a s l i t e r a r i a s c o m o l a s

d e G n g o r a , C a l d e r n , O j e d a y V a l l e C a v i e d e s q u e s e p r o d u c e n e n

s u t i e m p o y q u e m a r c a n y a e l c a m i n o d e l e s p l e n d o r b a r r o c o m e x i .

c a n o q u e a o s d e s p u s v e r e m o s e n S o r J u a n a I n s d e l a C r u z . I g u a l

p o d e m o s d e c i r d e l u s o d e l h i p r b a t o n q u e a l t e r a e l o r d e n n a t u r a l d e

l a s p a l a b r a s y h a c e t a n d i f c i l l a c o m p r e n s i n d e l a i d e a . a l i O t r a c a r a c -

t e r s t i c a d e l b a r r o q u i s m o d e d o a M a r a e s e l d i n a m i s m o y l o s e f e c t o s

d r a m t i c o s q u e s a b e i n t r o d u c i r e n s u o b r a . A p r o v e c h a l a r e a l i d a d y

s o b r e e l l a c r e a e l e f e c t o q u e q u i e r e . A s a l a m i t a d d e l p o e m a , c u a n -

d o l l e g a e l v i r r e y d u q u e d e E s c a l o n a , e n m e d i o d e m e n c i o n e s d e

d i o s e s d e l O l i m p o , i n t r o d u c e u n i n c i d e n t e d e d i n m i c o d r a m a t i s m o

a 1 r e l a t a r c m o u n a p i e d r a e s t u v o a p u n t o d e r o m p e r l e l a c a r a . Y

m u j e r a l f i n ! p r e o c u p a d a d e s u b e l l e z a , l e d a a l h e c h o t a n t a i m p o r -

t a n c i a q u e i n t e r r u m p e e l r e l a t o e n s u m o m e n t o c u m b r e , d e d i c a n d o

a l o q u e p u d o s e r s u t r a g e d i a p e r s o n a l d i e z v e r s o s q u e t e r m i n a n c o n

s u d e c l a r a c i n :

A n e l s u s t o m e d u r a y c u a l q u e d a r a

E l c o r a z n m e p a r t e . . .

O t r o r a s g o d r a m t i c o n o s l o d a n a q u e l l o s p r i m e r o s v e r s o s e n q u e

m u e s t r a s u e n o j o p o r n o h a b e r l e p e r m i t i d o l a s a u t o r i d a d e s d e l a

c i u d a d s a c a r s u c a r r o z a p a r a i r a v e r l a e n t r a d a d e l v i r r e y , e x c l a m a n -

d o : O h m s c i v i l q u e c r i m i n a l c a n s e r a !

M a s d e p r o n t o r o m p e s u a c t i t u d d r a m t i c a y c o n s u a v e c o r t e s a s e

s o m e t e , a u n q u e s i n a c e p t a r p o r b u e n a l a o r d e n , d i c i e n d o : " Y a s q u i -

s e c u m p l i r c o n l o i m p e r f e c t o , . . "

S e a l e m o s , f i n a l m e n t e , u n e l e m e n t o q u e n o s c o m p l e t a l a p e r s o n a -

l i d a d d e l a p o e t i s a , e s t o e s , s u c o n o c i m i e n t o d e l a s h u m a n i d a d e s

c l s i c a s q u e v a m o s t r a n d o a l o l a r g o d e l p o e m a y q u e s o n a l a v e z

' " ' A n g e l B a l b u e n a B r i o n e s , H i s t o r i a d e l a l i t e r a t u r a e s p a o l a . L i t e r a t u r a h i s p a -

n o a m e r i c a n a , 4 a . e d . , B a r c e l o n a , E d i t o r i a l G u s t a v o G i l i , S . A . , 1 9 6 9 , t . v .


como reflejo del ambiente en que vive. Recordemos los pasajes mito-lgicos del arco triunfal. Estos elementos culturales estn utilizados no como manifestacin pedante de sus conocimientos, sino para dar vivacidad a sus descripciones, las que ilumina con el colorido de los adjetivos, muchas veces apasionados, en vez del uso constante de enu-meraciones, sistema empleado por Balbuena en su Grandeza Mexi-cana. Por eso el poema de doa Mara nos parece mucho ms inte-lectual que el de ste.

La temtica del poema de Mara de Estrada Medinilla es bsica-mente americana. Tiene adems en ella mayor naturalidad que en los poetas que la precedieron en este mismo gnero porque ellos, in-cluyendo a Balbuena, no eran americanos por nacimiento. Es por tanto, la primera mexicana que escribe haciendo elogios de su patria, parangonndola en virtudes, en ciencia y en belleza con lo mejor del mundo antiguo y moderno.

Citemos como ejemplo de ello los versos en que habla de la noble-za, diciendo:

Gloriosamente ufana Iba la gran nobleza mexicana.

destacndose entre los caballeros de las rdenes militares que desfi-laban. El adjetivo "gran" colocado all involucra satisfaccin y or-gullo de casta de la poetisa, que aade:

Mostrando en su grandeza Que es muy hijo el valor de la nobleza

Es decir, los mexicanos que haban obtenido la nobleza a base de la-intrpida labor de las conquistas que haban creado la Nueva Es-paa en su inmenso territorio.

La elegancia y la riqueza que presenta la ciudad de Mxico opaca a Flandes y a Turqua y, es ms, aun los jardines colgantes de Ba bilonia son poco junto a ella:

A opulencia tan rara Qu babilonio muro no temblara?

Todo el gobierno de la Nueva Espaa tiene para ella dignidad y categora, porque sus instituciones y sus hombres la tienen. As la: Real y Pontificia Universidad no era cualquier centro de estudios,. sino la doctsima, la que es uni-diversus, es decir, aquella en que caben todas las posibilidades del conocimiento.

1 4 0


L a A u d i e n c i a d e M x i c o t i e n e " L a d o c t a r e c t i t u d d e l A r e p a g o "

y s u s m i e m b r o s l a a l t a c a t e g o r a d e u n P o m p i l i o o d e u n L i c u r g o .

E x a l t a a q u l o s v a l o r e s m o r a l e s q u e t i e n e n l o s m e x i c a n o s , e n c u y a s

m a n o s e s t e l e j e r c i c i o d e l a j u s t i c i a . V a l o r e s q u e A t e n a s y R o m a

t a n t o a p r e c i a r o n .

S u e l o g i o e s m a y o r a l o h e c h o e n e s t a s t i e r r a s c u a n d o p r e s e n t a e l

a r c o t r i u n f a l l e v a n t a d o e n h o n o r d e l v i r r e y d u q u e d e E s c a l o n a , y

d e s p u s d e c o m p a r a r l a a r q u i t e c t u r a d e l a r c o c o n l a h e r m o s u r a d e

l o s t e m p l o s d e B e l o y J a n o , f i j a s u a t e n c i n e n l a p i n t u r a , e n c o n -

t r a n d o q u e l a s d e M x i c o s o n t a n b u e n a s o t a l v e z m e j o r e s - p a r a

e l l a - q u e l a s d e l a G r e c i a d e l s i g l o 1 v :

C u y o s v i v o s p i n c e l e s

A A r s t i d e s , P r o t g e n e s y A p e l e s

d e j a r o n o l v i d a d o s ,

P o r q u e a q u l l o s c o n s t o s s o n p i n t a d o s

Y a u n q u e e n l a f a m a e t e r n o s

A t n g o m e a l p r i m o r d e l o s m o d e r n o s

P u e s h a n a v e n t a j a d o

c u a n t o v a d e l o v i v o a l o p i n t a d o . . .

V e r s o q u e t e r m i n a c o n l a p r o c l a m a c i n d e q u e e l i n g e n i o e s p r o -

p i o d e e s t a s t i e r r a s , c u a n d o d i c e :

H o n o r m a r a v i l l o s o

F u e d e A m r i c a s u e l o l o i n g e n i o s o . . .

S u d o c t a d i s e r t a c i n t e r m i n a d i c i e n d o , c o n o r g u l l o d e c r i o l l a , q u e

a u n e n l o f r v o l o , c o m o s o n l o s t o r o s , l o s j u e g o s d e c a a s y l a s m a s -

c a r a d a s , l a s q u e s e c e l e b r e n a q u s e r n m e j o r e s q u e l a s q u e p u e d a n

c e l e b r a r s e e n E s p a a .

E s t e t o n o n a c i o n a l i s t a q u e s e m u e s t r a e n a l a b a r l o n u e s t r o , c o m o l o

h i z o t a m b i n B a l b u e n a , e s e n l a h i s t o r i a d e l c r i o l l i s m o i n c i p i e n t e

l a n e c e s i d a d d e a f i r m a r s e e n e s t a s t i e r r a s , d e p o n e r c i m i e n t o s l i d o

e n l a n a c i o n a l i d a d m e x i c a n a q u e n o s e c o n c i b e e n t o n c e s c o m o s e p a -

r a c i n d e l a m e , t r p o l i , s i n o s l o c o m o u n a f i a n z a m i e n t o d e l a p r o -

p i a p e r s o n a l i d a d . P o r e l l o e l c r i o l l i s m o m e x i c a n o e s a f i r m a c i n d e

l o e s p a o l .

E l h e c h o d e q u e l a e n t r a d a d e l v i r r e y f u e r a e l m o t i v o d e s u p r i -

m e r a p o e s a o c a s i o n a l p u b l i c a d a n o s a b r e l a s p u e r t a s p a r a c o n o c e r

e l t i p o d e p o e t i s a q u e f u e .

T o d a s u e x p r e s i n p o t i c a c o n o c i d a s u r g e a n t e h e c h o s d e l a v i d a

v i r r e i n a l . N i c o l s R a n g e l n o s m e n c i o n a e n s u H i s t o r i a d e l t o r e o e n

- - - . - - - - - - - - - - -

----------


Mxico36 que el primer poema a los toros fue hecho por ella, y Beris-tin que conoci la edicin de 1641 la consigna bajo el ttulo de Descripcin en Octavas Reales de las Fiestas de Toros Caas y Al-cancas, con que obsequi Mxico a su Virrey el Marqus de Ville-na.37 Esta obra fue publicada por el Ayuntamiento de la ciudad, "dando de gala a la autora 500 pesos".

En 1649, con motivo de la publicacin de la obra Desagravios de Cristo en el triunfo de la Cruz contra los judos que compuso su to, el poeta Francisco Corchero Carreo, hizo un soneto que Francisco Pimentel conoci y calific "de gusto culterano".38 sta puede ser una obra lrica, pero no la conocemos.

Durante el virreinato numerosos poetas surgieron a la publicidad por medio de los certmenes literarios. stos eran convocados por la Real y Pontificia Universidad de i\Ixico, por algn Colegio Mayor, alguna institucin u orden religiosa.

Se hacan para festejar un acontecimiento real o religioso, como el nacimiento de un prncipe, la jura de un rey, la gloria de la Vir-gen Mara, o bien la dedicacin de un templo, la llegada de las reli-quias de santos o su beatificacin. Eran convocados mediante carte-les pblicos con alegoras referentes a asuntos del concurso y las con-diciones, temas y metros que podan emplearse, y fecha de entrega de los poemas, que eran calificados por un jurado formado por inte-lectuales distinguidos, dentro del cual haba un fiscal y un secretario. La cerei:nonia de otorgamiento de premios era solemnsima: en ella el secretario lea los poemas laureados y al entregar los premios, alu-da en "sendos epigramas suyos, crticas, stiras o comentarios jocosos a los premios". De este modo el buen humor quitaba lo solemne a la ceremonia que conclua con la satisfaccin de los triunfadores al re-cibir los premios, que eran objetos de valor, como cintillos de oro con esmeraldas y diamantes, cajas de polvos de plata repujada, jarras, vernegales, fuentes, jarras del mismo preciado metal, tumbagas de oro, paos de cambray con puntas de flandes, pomos esmaltados de perlas, rosarios de coyole y filigrana, misales, etctrea.39

El resultado del concurso era la publicacin de los poemas premia-dos que quedaba a cargo del secretario. Empero no todos fueron

.. Nicols Rangel, Historia del toreo en Mxico (1521-1821), Mxico, Imp. de Manuel Len Snchez, 1924 .

.., Jos Mariano Beristin y Souza, Biblioteca hispanoamericana septentrional, op. cit., t. 1, p. 428.

38 Francisco Pimentel, Obras completas, Mxico, Tipografa Econmica, 1903, t. IV

.. Alfonso Mndez Plancarte, Poetas novohispanos. Segundo siglo, op. cit., pp. XLVI-XLVII.


p u b l i c a d o s d e s g r a c i a d a m e n t e , p e r o p o r l o s q u e s l o f u e r o n p o d e m o s

c o n o c e r , d a d o e l i n t e r s q u e d e s p e r t a b a n , l a p o e s a q u e e n la~ d i f e -

r e n t e s p o c a s s e h a c a e n l a N u e v a E s p a a . C o n o c e m o s c o n c u r s o s

d e s d e e l s i g l o x v 1 . N o t a b l e f u e e l d e 1 5 7 8 , c o n v o c a d o s p o r l o s j e s u i t a s

c o n m o t i v o d e h a b e r r e c i b i d o d e l P a p a c i e r t a s r e l i q u i a s . E n e l d e 1 5 8 5

p a r t i c i p B e r n a r d o d e B a l b u e n a j u n t o c o n o t r o s t r e s c i e n t o s p o e t a s .

L o s h u b o t a m b i n e n 1 5 8 6 y e n 1 5 9 0 .

4

A e s t a s j u s t a s p o t i c a s n o p o d a s e r a j e n a d o a M a r a , y a s p a r -

t i c i p e n 1 6 5 4 , c u a n d o l a R e a l y P o n t i f i c i a U n i v e r s i d a d d e M x i c o

c o n v o c u n a s o b r e l a I n m a c u l a d a C o n c e p c i n d e M a r a , b a j o e l t -

t u l o d e " L a I n m a c u l a d a C o n c e p c i n , s m b o l o d e l a m s p u r a M i -

n e r v a q u e n a c i d e l a c a b e z a d e J p i t e r a r m a d a c o n e s c u d o c r i s t a -

l i n o y l a n z a f l g i d a " .

E l c o n c u r s o t u v o p o r j u e c e s a l c a p i t n d o n P e d r o V e l z q u e z d e l a

C a d e n a - p a d r i n o q u e s e r a p o c o d e s p u s d e S o r J u a n a - , f i s c a l l o

f u e e l b a c h i l l e r S a r i a n a y s e c r e t a r i o e l p r e s b t e r o J u a n d e G u e v a r a .

C o n c u r s d o a M a r a c o n u n a g l o s a e n d c i m a s , n a t u r a l m e n t e , y a

q u e a s l o e x i g a l a c o n v o c a t o r i a y s u e s t i l o t a m b i n . L o s c o n t e n d i e n -

t e s f u e r o n a l g u n o s d e l o s m e j o r e s p o e t a s d e s u t i e m p o , c o m o A g u s t n

d e S a l a z a r y T o r r e s , F r a n c i s c o B r a m n , L u i s d e B e r r i o , S a n d o v a l

Z a p a t a , e t c t e r a . E l p r i m e r l u g a r l o o b t u v o e l c a p i t n d o n L u i s d e

B e r r i o , e l l a e l t e r c e r o , y e l c o n c u r s o f u e p u b l i c a d o p o r e l b a c h i l l e r

J u a n d e G u e v a r a e n 1 6 5 4 .

0

D o a M a r a d e E s t r a d a M e d i n i l l a , " m u j e r m u y p r i n c i p a l d e e s t a

c i u d a d " , o c u p a u n l u g a r d e n t r o d e l a h i s t o r i a d e l a s l e t r a s n o v o h i s -

p a n a s , r e s p o n d i e n d o a u n e s t i l o l i t e r a r i o y a u n a f o r m a e l e v i d a d e

e s e e s p l e n d o r o s o s i g l o x v n m e x i c a n o q u e l e t o c v i v i r . P a r t i c i p e n

l a c u l t u r a d e s u t i e m p o c o m o l e s e r a d a d o h a c e r l o a l a s m u j e r e s ,

d e m o s t r n d o n o s c o n s u s o b r a s q u e l a c u l t u r a l i t e r a r i a f e m e n i n a ,

c o m o d i c e d o n F r a n c i s c o P r e z S a l a z a r , " n o a n d a b a t a n d e s c u i d a -

d a c o m o v u l g a r m e n t e s e a s e g u r a " .

L a o b r a d e e s t a a u t o r a e s u n i n f o r m e c l a r o s o b r e e l p a p e l q u e l a

m u j e r t e n a e n l a s o c i e d a d c o l o n i a l . P e r o h a y a l g o m s : s u p o e s a ,

q u e a l m e n o s h a s t a d o n d e l l e g a n n u e s t r o s c o n o c i m i e n t o s , e s s l o u n

d e s t e l l o f u g a z , m a r c a u n a r u t a a l a s m u j e r e s d e s u t i e m p o c o n s u

e s t i l o , c o n s u t e m < t i c a , c o n s u v a l o r p a r a e s c r i b i r y p u b l i c a r , m o s -

" ' F r a n c i s c o P r e z S a l a z a r , " L o s c o n c u r s o s l i t e r a r i o s e n N u e v a E s p a a " , e n R e

v i s t a d e L i t e r a t u r a M e x i c a n a , M x i c o , o c t u b r e - d i c i e m b r e , 1 9 4 8 , a o 1 , n o . 2 , p .

2 9 4 .

1

J u a n d e G u e v a r a , B a c h i l l e r P r e s b t e r o , C e r t a m e n p o t i c o q u e c e l e b r l a d o c t a

y l c i d a E s c u e l a d e l o s E s t u d i a n t e s d e l a R e a l U n i v e r s i d a d d e M x i c o a l a l n -

n w r n ! a d a C o n c e J 1 c i n . M x i c o , I m p . V i u d a d e C a l d e r n , 1 6 5 4 .

- - - - - - - - - - - -


trando sin temor pusilnime su talento, su cultura y su alegra, lo mismo en sus comentarios frente a un arco triunfal, que en un cer-tamen convocado por la institucin cultural ms importante de la Nueva Espaa o en una fiesta de toros. Con su obra, como dice Mn-dez Plancarte, dej allanada la senda a nuestra Dcima Musa y a sus hermanas menores.

SOR JUANA INS DE LA CRUZ (1651-1695)

Introducidos ya al mundo de la cultura novohispana del siglo xvu, vemos aparecer en l a doa Juana de Asbaje y Ramrez de Santi-llana.

Nace en San Miguel de Nepantla el ao de 1651, hija de padre vascongado y madre criolla. Fue hija natural, pero en aquella poca no tena la importancia que tiene hoy, pues las legitimaciones eran frecuentes y los bastardos tenan su lugar de acuerdo al reconoci-miento y categora que les hubiese dado el padre. Recordemos que el arzobispo virrey don fray Payo Enrquez de Rivera era hijo na-tural del duque de Alcal de los Gazules. Por eso Calleja que a los cinco aos de muerta escribe su biografa la llama hija legtima y ella as se confiesa.

La chispa de su genio se dej ver cuando siendo nia ele tres aos aprendi a leer con slo poner atencin a la enseanza que daban a sus hermanos mayores.

Dice su bigrafo Calleja que a los siete aos su educacin com-prenda ya "leer, escribir, contar y todas las menudencias curiosas de labor blanca y stas con tal esmero, que hubieran sido su heredad si hubiera sido menester que fuesen su tarea".42 En su ansia de saber peda a su madre la enviase a Mxico vistindola de hombre para poder estudiar en la Universidad.

Este hecho de desear mudarse de ropa para realizar lo que a las de su se~o les estaba vedado, es una cosa frecuente en las mujeres de su poca. La literatura espaola tiene innumerables menciones de ello y aqu en la Nueva Espaa ya se conoca el caso de la Monja Alfrez. Lo que distingue a Juana Ins en esto es que, mientras otras que se

1651 es la fecha de nacimiento declarada por ella, pero 1648 es la que apa rece en un acta de bautismo hallada por el licenciado Salceda.

Diego de Calleja, Vida de la Madf'e Juana Ins de la Cruz religiosa profesa en el convento de San Jernimo de la Ciudad Imperial de Mxico. Copia del ma-nuscrito existente en la Biblioteca de Madrid, hecha por Amado Nervo y publi-cada como apndice en su obra Juana de Asbaje, Madrid, Imp. El adelantado de Segovia, s/f., vol. vm. [Biblioteca Nueva.]

1 4 4


d i s f r a z a n d e h o m b r e s l o h a c e n p o r a f n d e a v e n t u r a , p o r d e f e n s a d e l

h o n o r p e r d i d o o l a v e n g a n z a d e u n u l t r a j e , e l l a l o h a c e p o r a m o r a l

s a b e r . D u r a n t e v a r i o s a o s e s a s e d l a c a l m a r n l o s l i b r o s d e l a b i b l i o -

t e c a d e s u a b u e l o , q u e m s t a r d e s e r a n e l n i c o l e g a d o a s u n i e t a .

4 3

A l o s o c h o a o s s u n o m b r e e m p e z a c o n o c e r s e e n A m e c a m e c a , p o r

u n a l o a c o m p u e s t a e n h o n o r d e l S a n t s i m o S a c r a m e n t o . S i e n d o y a u n a

a d o l e s c e n t e , s u p e r l a s l i m i t a c i o n e s q u e a s u s a n s i a s d e s a b e r p o -

n a l a v i d a p u e b l e r i n a t r a s l a d n d o s e a c a s a d e u n o s p a r i e n t e s q u e

h a b i t a b a n e n l a c i u d a d d e M x i c o . A l l p u d o i n i c i a r l a e d u c a c i n

s u p e r i o r q u e l a s f a m i l i a s a c o m o d a d a s d a b a n a s u s h i j a s m e d i a n t e

m a e s t r o s p a r t i c u l a r e s . F u e e l b a c h i l l e r M a r t n d e O l i v a s e l q u e t u v o

e l h o n o r d e s e r s u m a e s t r o , i n t r o d u c i n d o l a a l e s t u d i o d e l l a t n . S l o

d i e z l e c c i o n e s f u e r o n - s u f i c i e n t e s p a r a q u e e l l a p u d i e r a d e s p u s p o r s

m i s m a l l e g a r a d o m i n a r e s t a l e n g u a . F u e s t e s u n i c o m a e s t r o y

g u a r d p o r l g r a n a d m i r a c i n . P o r e s o a l d e d i c a r l e a o s d e s p u s u n

a c r s t i c o d i c e : " p e r m i t a e l c i e l o q u e e n t r e g u e m i a t e i : i c i n a i m i t a r l e ,

p a r a a n e g a r m e e n e l m a r d e s u c i e n c i a " . E s t o n o d e b i p a r e c e r e x -

t r a o e n a q u e l t i e m p o , p u e s e n t r e l a s c u l t a s d a m a s q u e s e i n t e r e s a b a n

e n e s t u d i a r e r a c o m n e l c o n o c i m i e n t o d e l l a t n e i n c l u s i v e d e l

g r i e g o .

4 4

C o n e l c o n o c i m i e n t o d e l l a t n , i d i o m a d e l a c u l t u r a , J u a n a I n s

p u d o l a n z a r s e a l o s m s e l e v a d o s e s t u d i o s s i n p i s a r n u n c a l a R e a l y

P o n t i f i c i a U n i v e r s i d a d . E n c a s a d e p a r i e n t e s v i v a , p e r o " v o l l a f a m a

p a r l e r a ' , c o r r i l a v o z d e l e l o g i o d e a q u e l l a j o v e n e x t r a o r d i n a r i a c o n

l a l u z d e l g e n i o e n l o s o j o s , d i s c r e t a , " c o n g r a c i a e n e l h a b l a r , e l e -

v a d o e n t e n d i m i e n t o , s i n g u l a r e r u d i c i n y n o p e q u e a h e r m o s u r a . . . ' '

4

1 >

C u e n t a C a l l e j a q u e l o s p a r i e n t e s c o n q u i e n e s v i v a " l u e g o q u e

c o n o c i e r o n e l r i e s g o q u e p o d a c o r r e r d e d e s g r a c i a d a p o r d i s c r e t a y

c o n d e s g r a c i a n o m e n o s p o r s u h e r m o s u r a , a s e g u r a r o n a m b o s e x t r e -

m o s d e u n a v e z y l a i n t r o d u j e r o n e n e l p a l a c i o d e l e x c e l e n t s i m o

s e o r m a r q u s d e M a n c e r a " , q u e e n c a l i d a d d e v i r r e y h a b a l l e g a d o

a M x i c o e n 1 6 6 4 :

A s a l o s t r e c e a o s d e e d a d f u e d a m a d e l a v i r r e i n a d o a L e o n o r

d e C a r r e t o q u i e n l a v a l o r y l a a m t i e r n a m e n t e , p r o t e g i n d o l a b a j o

e l t t u l o d e " m u y q u e r i d a d e l a s e o r a v i r r e i n a " . .

S u v i d a e n p a l a c i o , p e s e a l o s d e b e r e s c o n t a n d i s t i n g u i d a d a m a ,

6 3

A u d r e y G . B e l l , E l r e n a c i m i e n t o e n E s p a 1 i a , Z a r a g o z a , E d . E b r o , 1 9 4 4 , p p .

5 0 - 9 6 .

" S o r J u a n a I n s d e l a C r u z , O b r a s c o m p l e t a s ; p r l o g o d e F r a n c i s c o M o n t e r d e ,

M x i c o , E d i t o r i a l P o r r a , 1 9 7 5 , p . x . [ C o l e c c i n S e p a n C u a n t o s . N o . 1 0 0 . ]

' " J u a n A n t o n i o d e O v i e d o , V i d a y V i r t u d e s d e l V e n e r a b l e P a d r e A n t o n i o N e z

d e M i r a n d a , M x i c o , I m p . d e l o s h e r e d e r o s d e F r a n c i s c o R o d r g u e z L u p e r c i o , 1 7 0 2 ,

p p . 1 3 2 - 1 3 7 .


no la apartaron de sus estudios, por el contrario, en ese mundo ms elevado que el familiar, los ampli a su deseo con anuencia y aplauso de la virreina.

El ms hermoso recuerdo de la estancia de Juana en el palacio lo guard el propio marqus en su memoria, y muerta ya Sor Juana Ins de la Cruz, nos lo leg a travs del padre Calleja, quien escribe en la biografa que le dedic:

El seor marqus de Mancera que hoy vive y viva muchos aos. . . me cont varias veces que estando con no vulgar ad-miracin (era de su excelencia) de ver en Juana Ins tanta variedad de noticias, las escolsticas tan a1 parecer puntuales y bien fundadas las dems, quiso desengaarse de una vez y saber si era sabidura tan admirable o infusa, o adquirida, o artificio, o natural, y junt un da en su palacio cuantos hom-bres profesaban letras en la Universidad y Ciudad de Mxico. El nmero de todos llegara a cuarenta y en las profesiones eran varios, como telogos, escripturarios, filsofos, matemti-cos, historiadores, poetas, humanistas y no pocos de los que, por alusivo gracejo llamamos tertulios, que sin haber cursado por destino las facultades, con su mucho ingenio y alguna aplica-cin, suelen hacer, no en vano, muy buen juicio de todo. No desdearon la niez (tena entonces Juana Ins no ms de diez y siete aos) de la no combatiente, sino examinada, tan sea-lados hombres, que eran discretos: ni aun esquivaron descor-teses la cientfica lid por mujer que eran espaoles. Concurrie-ron pues, el da sealado al certamen de tan curiosa admira-cin, y atestigua el seor marqus que no cabe en humano jui-cio creer lo que vio, pues dice: que a la manera que un Galen Real (traslado las. palabras de su excelencia) se defendera de pocas chalupas, que le embistieran, as se desembalzaba Juana Ins de las preguntas, argumentos y rplicas, que tantos, cada uno en su clase, la propusieron. Qu estudio, qu entendimien-to, qu discurso y qu memoria sera menester para esto ... ?

Juana de Asbaje sali de aquel examen triunfante y cubierta, a falta de birrete universitario, de la admiracin y el respeto de to-dos. Porque a su cultura reconocida ya por los universitarios, se aada su belleza, juventud y discrecin. Por eso declarar ella Il1s tarde, contemplando lo que fueron los aos de su primera juventud

Por la edad que le atribuye Calleja, este famoso examen debi realizarse en el tiempo que medi entre su salida del convento carmelita de San Jos y su ingreso al jernimo.

1 4 6


E r a d e m i p a t r i a t o d a

e l o b j e t o v e n e r a d o . . .

E s t a a c o g i d a q u e t u v o e s p u n t o c l a v e p a r a c o m p r e n d e r l a p o c a

y s u f i g u r a d e n t r o d e e l l a .

S u s a b i d u r a , e x p r e s a d a t a n t o e n e l e x a m e n c o m o e n e s e d i a r i o

c o n v i v i r c o n l o s h o m b r e s m s c u l t o s d e s u p o c a q u e f r e c u e n t a b a n

e l p a l a c i o y e n e l r e c l a m o d e e s a p o e s a o c a s i o n a l c o n q u e a g a s a j a a

s u s a m g i o s , n o s h a c e n e n t e n d e r l a c o m o u n a j o v e n q u e v i v a e n a r m o -

n a c o n s u m u n d o . N a d i e e s t a b a c o n t r a s u s e s t u d i o s e n a q u e l t i e m -

p o y t o d o s c e l e b r a b a n e l r e s u l t a d o d e e l l o s .

F u e e l l a l a q u e n o e s t u v o c o n f o r m e c o n e l a m b i e n t e e n q u e v i v a .

Y e s f c i l e n t e n d e r l o . p u e s l o s c o m p r o m i s o s s o c i a l e s d e l a c o r t e l e

r o b a b a n m u c h o t i e m p o y d u r a n t e s u e s t a n c i a e n e l l a t u v o l a o p o r -

t u n i d a d d e v e r c u n d i f c i l e r a c o m p a g i n a r l a v i d a m a t r i m o n i a l , q u e

e s d e r e l a c i n s o c i a l - f a m i l i a r . c o n l a p r i v a d a q u e r e c l a m a b a s u s e -

d i e n t o e n t e n d i m i e n t o .

M u c h o s e h a e s c r i t o s o b r e s i f u e u n a d e c e p c i n a m o r o s a o u n a m o r

i m p o s i b l e l o s q u e l a h i c i e r o n e n t r a r a l c o n v e n t o ; l a v e r d a d e s q u e

e l l a n u n c a h a b l a d e e s t o y t o d o c u a n t o s e d i g a n o s e r m s q u e e l

p r o d u c t o d e l u c u b r a c i o n e s h e c h a s p o r l o s c r t i c o s s o b r e s u s v e r s o s

a m o r o s o s . S i e l l a c o n o c i e l a m o r e n s u s a o s d e a d o l e s c e n t e - t e n a

1 5 a o s c u a n d o e n t r a l a s c a r m e l i t a s - n o l o s a b e m o s . D i f c i l m s

p o s i b l e e s q u e l o h u b i e r a d e s c u b i e r t o d e s p u s , t r a s l a s r e j a s d e l l o c u -

t o r i o , y q u e l o h u b i e r a v i v i d o e n t o n c e s p l a t n i c a m e n t e o q u i z s t o d a

l a p a s i n a m o r o s a m a n i f e s t a d a e n v e r s o s s e a s o l a m e n t e p o e s a p u r a ,

p r o d u c t o d e e x p e r i e n c i a s a j e n a s , r e l a t a d a s , l e d a s , i m a g i n a d a s , t a l v e z

d e s e a d a s . . . Q u i e n e n e s t a d i s c u s i n s e i n t e r e s e p u e d e a c u d i r a t o d a

e s a s e r i e d e b i o g r a f a s , e s t u d i o s s i c o l g i c o s y d e m s q u e a e l l o s e

r e f i e r e n . Y o v o y a c o n c r e t a r m e e x c l u s i v a m e n t e a l o s d o c u m e n t o s e s -

c r i t o s p o r e l l a y s u s c o n t e m p o r n e o s q u e n o s h a b l a n d e s u e n t r a d a

a l c o n v e n t o .

E n s u R e s p u e s t a , c o n l a d i s c r e c i n q u e l e e r a p r o p i a , n o s v a e x p l i -

c a n d o q u e l o q u e m s d e s e a b a e n l a v i d a e r a t e n e r l i b e r t a d p a r a

d e d i c a r s e a e s t u d i a r . P e r o a s c o m o e l m a t r i m o n i e r a p a r a e l l a u n a

n e g a c i n , p o r q u e l a s o b l i g a c i o n e s i n h e r e n t e s a l m i s m o r e c l a m a r a n

e l t i e m p o q u e e l l a q u e r a p a r a s u s e s t u d i o s , t u v o i g u a l m e n t e e l s e r i o

t e m o r d e q u e t a m b i n l a s o b l i g a c i o n e s d e l a v i d a m o n s t i c a l e e s t o r b a -

r a n l a l i b e r t a d p a r a e s t u d i a r . S i l e e m o s p a r a l e l a m e n t e l a R e s p u e s t a

a S o r F i l o t e a d e l a C r u z y l a s c o n v e r s a c i o n e s q u e t u v o c o n s u c o n -

f e s o r e l p a d r e A n t o n i o N e z d e M i r a n d a , t a n c l a r a m e n t e e x p r e s a d a s


en la biografa que de ste hizo el padre Oviedo, nos parece que am-bas hacen un dilogo.

As cuando Juana dice "no quera tener ocupacin obligatoria que embarazase la libertad de mi estudio", Nez de Miranda -la per-sona docta de su Respuesta- le contesta que las obligaciones religio-sas no se lo impedirn. Y cuando ella insiste en preguntar si sera obligacin del estado religioso "haber de abandonar sus libros y es-tudios en que desde los primeros aos tena colocados sus carios", el padre Antonio le responde que la Iglesia vea con beneplcito que las monjas estudiaran y tanto, que las benedictinas en los tiempos ms antiguos tenan como punto de regla el estudio. Ejemplo de ello, aade, es Santa Gertrudis la Magna que habiendo observado esta regla lleg a ser "asombro del mundo por su singularsimo ingenio y extraordinaria memoria, y admiracin de las universidades".

Ante estos convincentes argumentos, nos dir, se sometieron "las impertinencillas de mi genio" que eran la de "querer vivir sola, de no querer tener ocupacin obligatoria que embarazase la libertad de mi estudio, ni rumor de comunidad que impidiese el sosegado silencio de mis libros" .46

El que Juana Ins escogiese esa forma de vida hoy nos parece ex-trao porque la reclusin en monasterios no forma ya parte de nues tro mundo, pero en aquel entonces vivir en un convento era tan comn que formaba parte, por decirlo as, de la vida social.

Aceptando la vida monstica como la que mayores ventajas ofreca a su singular personalidad, escogi el silencioso mundo de las car-melitas de San Jos, famoso ya por las sabias y santas mujeres que lo habitaban, adems de que en l haban profesado varias damas de la corte virreinal. Sin embargo, no pudo su delicada complexin con tantos ayunos y penitencias que all se usaban y tuvo que aban-donarlo.

La estancia en San Jos debi causarle gran impacto, pues en re-cuerdo de la madre Ins de la Cruz, la santa y sabia cronista de la orden car,iielita, llev su nombre al convento de San Jernimo, don-de al profesar el ao de 1669 lo aadi al suyo.

Eligi este monasterio que no le ofreca la austera y silenciosa quietud de las carmelitas, pero que, a cambio de ello, le daba la posibilidad de comprar una celda particular con amplio espacio para instalar una biblioteca, pues las haba de uno o varios cuartos y hasta de dos pisos. Adems, sin quebrantar la regla poda tener criados y aun esclava, como la tuvo, para su servicio.

'" Sor Juana Ins de la Cruz, Obras completas, op. cit.1 p. 831.

1 4 8


A s s e l l e v a l m o n a s t e r i o d e S a n J e r n i m o t o d a s s u s p e r t e n e n c i a s

y c o l o c e n s u a m p l i a c e l d a l a b i b l i o t e c a d e s u a b u e l o , q u e f u e a c r e -

c e n t a n d o c o n l o s r e g a l o s q u e c o n t i n u a m e n t e r e c i b a . D i c e C a l l e j a q u e

t o d o s l o s i m p r e s o r e s d e s u t i e m p o t e n a n a h o n r a r e g a l a r l e u n e j e m -

p l a r d e l o s l i b r o s q u e p u b l i c a b a n , y a a d e : " a t e s o r e n s u c e l d a i n s -

t r u m e n t o s m s i c o s y m a t e m t i c o s s i n g u l a r e s y e x q u i s i t o s " .

E n l o s a o s q u e S o r J u a n a I n s d e l a C r u z v i v i e n S a n J e r n i m o ,

p u d o d e d i c a r g r a n p a r t e d e s u t i e m p o a l e s t u d i o , a u n q u e n o l o h i z o

t a n s i n l m i t e d e t i e m p o c o m o e l l a h u b i e r a d e s e a d o , s e g n c o n f i e s a

e n l a R e s p u e s t a a S o r F i l o t e a , p u e s s u s l e c t u r a s e r a n i n t e r r u m p i d a s

p o r " t a n t o e j e r c i c i o q u e l a r e l i g i n t i e n e ' ' , l l e g a n d o e n o c a s i o n e s a

p r e s i o n a r l a d e t a l m a n e r a e s t a i n t e r r u p c i n q u e s e n t a q u e " r e v e n -

t a b a c o m o p l v o r a y s e v e r i f i c a b a e n m e l p r i v a t i o e s t c a u s a a p p e -

t i t u s " .

S i n e m b a r g o f u e a l l , e n e s a g r a n c e l d a c u y a s p a r e d e s l e d a b a n l a

a n s i a d a p r i v a d a , d o n d e e l l a p u d o l e e r y e s t u d i a r . F u e t a m b i n s o b r e

e s e e s c r i t o r i o q u e M i r a n d a y C a b r e r a p i n t a r o n e n s u s l i e n z o s e n d o n -

d e S o r J u a n a I n s d e l a C r u z e x p r e s s u c u l t u r a . E n a q u e l l u g a r d e b e

h a b e r l e d o s u p r i m e r a g r a n o b r a p u b l i c a d a : L a I n u n d a c i n C a s t -

l i d a . A l l s u p l u m a e s c r i b i s u c r e a c i n a m a d a : E l S u e o . S o b r e

a q u e l l a s m a d e r a s s u r g i e r o n s u s r o m a n c e s e s c r i t o s a l a r z o b i s p o d e M -

x i c o f r a y P a y o E n r q u e z d e R i v e r a ; l o s q u e d e d i c a l o s v i r r e y e s m a r -

q u e s e s d e M a n c e r a ( e l l a e s L a u r a e n l o s p o e m a s ) , a l i n f o r t u n a d o

d u q u e d e V e r a g u a , a l o s m a r q u e s e s d e l a L a g u n a y c o n d e s d e P a r e -

d e s ( e l l a L y s i y F i l i s ) , l o s q u e h i z o p a r a l o s c o n d e s d e G l v e z ( e l l a

E l v i r a ) . S e n t a d a f r e n t e a e s t e e s c r i t o r i o t u v o p r e s e n t e s e n l a i m a g i -

n a c i n a s u s a m i g o s e l d o c t o r d e l a V e g a y V i q u e , e l s e c r e t a r i o d e l

v i r r e y m a r q u s d e l a L a g u n a , d o n F r a n c i s c o d e E r a s , a d o n D i e g o

V a l v e r d e , a l c a p i t n d o n P e d r o V e l z q u e z d e l a C a d e n a , s u p a d r i n o ,

a l p o e t a b a c h i l l e r D i e g o d e R i b e r a , a d o n C a r l o s d e S i g e n z a y G n -

g o r a , e l c i e n t f i c o m s c o n n o t a d o d e l a N u e v a E s p a a , a m s i c o s ,

d o c t o r e s , b a c h i l l e r e s y h a s t a t o r e r o s .

A l l t a m b i n e s c r i b i d e l a m o r , d e l d e s a m o r , d e l a s p a s i o n e s , c o m o

s o n l o s c e l o s , e l o r g u l l o , e l o d i o , e l d e s p e c h o ; d e l a e s p e r a n z a y l a

d e s e s p e r a n z a , l a f e l i c i d a d y e l d o l o r . A l l d e j q u e s u p l u m a c o r r i e r a

e n b d e s c r i p c i n p o t i c a d e l a s p a s i o n e s h u m a n a s , n o s d i o e n s u

l r i c a p o e m a s i n t e m p o r a l e s y e c u m n i c o s . D c i m a s , g l o s a s , r e d o n d i l l a s ,

e n d e c h a s , l i r a s , s o n e t o s , e n f i n , u s t o d o s l o s m e t r o s p a r a d a r e x p r e -

s i n a d e c u a d a a s u s i d e a s .

R e c l u i d a p o r p r o p i a v o l u n t a d e n t r e l a s c u a t r o p a r e d e s d e s u c e l d a ,

s e n t a l i b r e e l a l m a , l i b r e p a r a e s t u d i a r , p a r a m e d i t a r , p a r a a p r e n -

d e r , p a r a a m a r , p a r a s o a r . . .


para el alma no hay encierro ni prisiones que la impidan

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escribi y as era, pues su mente, que no saba de crceles, se escapaba al mundo que le interesaba, a la corte, a la Universidad, a otros pases, a otros tiempos, al mundo abstracto de la filosofa y al de la fe teolgica.

As vive el ambiente cortesano, imaginando y describiendo esce-nas de amor, de intriga, de enredo, en Jas cuales ella misma forma parte, como sucede en Los empeos de una casa y su personaje doa Leonor. Esta violacin imaginaria a la clausura es semejante a la del poeta espaol fray Gabriel de Tllez.

Encerrada e

7.- La Poesía Femenina en El Virreinato (Parte 1)

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