8.- La Poesía Femenina en El Virreinato (Parte 2)

103
Josefina Muriel Cultura femenina novohispana México Universidad Nacional Autónoma de México, Instituto de Investigaciones Históricas 2000 545 p. (Serie Historia Novohispana, 30) ISBN 968-58-0313-7 Formato: PDF Publicado en línea: 27 abril 2015 Disponible en: http://www.historicas.unam.mx/publicaciones/publicadigital/libro/ cultura/femenina.html DR © 2015, Universidad Nacional Autónoma de México-Instituto de Investigaciones Históricas. Se autoriza la reproducción sin fines lucrativos, siempre y cuando no se mutile o altere; se debe citar la fuente completa y su dirección electrónica. De otra forma, requiere permiso previo por escrito de la institución. Dirección: Circuito Mario de la Cueva s/n, Ciudad Universitaria, Coyoacán, 04510, México, D. F.

description

MéxicoUniversidad Nacional Autónoma de México,Instituto de Investigaciones Históricas2000545 p.(Serie Historia Novohispana, 30)ISBN 968-58-0313-

Transcript of 8.- La Poesía Femenina en El Virreinato (Parte 2)

  • Josefina Muriel

    Cultura femenina novohispana

    Mxico

    Universidad Nacional Autnoma de Mxico, Instituto de Investigaciones Histricas

    2000

    545 p.

    (Serie Historia Novohispana, 30)

    ISBN 968-58-0313-7

    Formato: PDF

    Publicado en lnea: 27 abril 2015

    Disponible en:

    http://www.historicas.unam.mx/publicaciones/publicadigital/libro/cultura/femenina.html

    DR 2015, Universidad Nacional Autnoma de Mxico-Instituto de Investigaciones Histricas. Se autoriza la reproduccin sin fines lucrativos, siempre y cuando no se mutile o altere; se debe citar la fuente completa y su direccin electrnica. De otra forma, requiere permiso previo por escrito de la institucin. Direccin: Circuito Mario de la Cueva s/n, Ciudad Universitaria, Coyoacn, 04510, Mxico, D. F.

  • LA POESA FEMENINA EN EL VIRREINATO 215

    Esta idea vuelve a vincularnos al Coloquio de los doce en los cap-tulos IV, VIII y IX del primer libro y en especial a este ltimo en el cual los frailes despus de or lo que los sacerdotes indios hablaron sobre su religin, les dicen que ese Dios venerado como el seor que "da ser y vida a todas las cosas y por cuya virtud vivimos" es el Dios que ellos les predican, el verdadero Ipalnemohuani que ellos no han conocido.

    En forma semejante, Sor Juana levanta la voz en la loa diciendo:

    ... Occidente, escucha; oye, ciega Idolatra! ...

    Esos milagros que cuentas, esos prodigios que intimas esos visos, esos rasgos, que debajo de cortinas supersticiosas asoman; esos portentos que vicias, atribuyendo su efecto a tus deidades mentidas, obras del Dios verdadero, y de su sabidura son efectos. Pues si el prado florido se fertiliza, si los campos se fecundan, si el fruto se multiplica, si las sementeras crecen, si las lluvias se destilan, todo es obra de su diestra; pues ni el brazo que cultiva, ni la lluvia que fecunda, ni el calor que vivifica, diera incremento a las plantas, a faltar su productiva Providencia, que concurre a darles vegetativa alma.

    Este ver rebajados sus venerados dioses a deidades mentidas, a de-monios que no haban sido autores de las benficas obras que se les imputaban, constituye la tragedia intelectual del mundo indgena. En los coloquios la cuestin llega a su mximo dramatismo cuando los sacerdotes indios dicen "dejadnos ya morir puesto que nuestros dio-ses han muerto!" Para Sor Juana que escribe un siglo despus de aquel encuentro ideolgico, el asunto no es ya tan trgico, pues vive

  • 2 1 6 L A P O E S A F E M E N I N A E N E L V I R R E I N A T O

    l o s r e s u l t a d o s p o s i t i v o s d e l a e v a n g e l i z a c i n . A s p o n d r n f a s i s e n

    e x p l i c a r a l o s i n d g e n a s l a e s e n c i a d e l D i o s v e r d a d e r o .

    A e s t a p r i m e r a i d e a t e o l g i c a d e l a e x i s t e n c i a d e u n D i o s c r e a d o r ,

    s a b i o y p r o v i d e n t e , q u e s e c o n t i e n e e n e l p o e m a a n t e r i o r , v a a a d i r

    d e s p u s o t r a s q u e l o d e f i n a n c o n m s c l a r i d a d , c o m o s o n l a i n m a t e -

    r i a l i d a d , l a i n m e n s i d a d , l a u n i d a d e i n d i v i s i b i l i d a d y l a i n f i n i t u d .

    T r a s e s t a s e x p l i c a c i o n e s d e l o q u e e s l a e s e n c i a d i v i n a p a r a e l l a , c o m o

    l a h a b a s i d o p a r a t o d o s l o s e v a n g e l i z a d o r e s d e l s i g l o x v r y l o e s p a r a

    l o s c r i s t i a n o s , p a s a S o r J u a n a a h a b l a r d e l m i s t e r i o d e l a h u m a n i d a d

    d e D i o s , d e s u m u e r t e e n l a c r u z p a r a l a r e d e n c i n d e l m u n d o y , a l

    h a c e r e s t o , h a b l a t a m b i n d e l s a c r i f i c i o i n c r u e n t o d e C r i s t o e n l a

    m i s a . D e c m o D i o s s e v a l e d e l a s s e m i l l a s d e t r i g o p a r a d e j a r n o s p o r

    c o m i d a s u c u e r p o y s u s a n g r e . B u s c a c o n e s t o l t i m o u n s m i l c o n e l

    d i o s H u i t z i l o p o c h t l i c u y o c u e r p o e s t a b a h e c h o c o n s e m i l l a s y s a n g r e

    h u m a n a , q u e s u s f i e l e s c o m a n e n r e l i g i o s a c e r e m o n i a . C o n e l l o p r e -

    t e n d e h a c e r s a l i r a A m r i c a d e l o s c u r o r e m e d o q u e a q u e l f i n g i m i e n t o

    d e m o n a c o s i g n i f i c a b a y l l e v a r l a a l a l u m i n o s a v e r d a d d e l a E u c a -

    r i s t a .

    E l g r a n d i o s i n d g e n a h e c h o d e s e m i l l a s , e l f e r o z H u i t z i l o p o c h t l i

    e n l a a l e g o r a p o t i c a d e S o r J u a n a , h a c e d i d o s u l u g a r a l v e r d a d e r o

    D i o s d e l a s s e m i l l a s d e t r i g o , e l q u e e n a p a r e n t e p a n e s c o m i d a d e

    l o s h o m b r e s .

    C u a n d o e l d i l o g o d e s p i e r t a e l i n t e r s d e A m r i c a y O c c i d e n t e , l a

    g r a c i a d e D i o s e m p i e z a a a c t u a r e n e l l o s h a c i n d o l o s d e s e a r c o n o c e r l e .

    E s t o e s l o q u e A m r i c a q u i e r e d e c i r c u a n d o a n s i o s a r e c l a m a m s n o -

    t i c i a s " p u e s y a i n s p i r a c i n d i v i n a m e m u e v e a q u e r e r s a b e r l a s " .

    E l d r a m a d e j a d e s e r l o , p u e s e n e l h o r i z o n t e h a y u n a l u z . U n n u e v o

    a m a n e c e r s e a n u n c i a b a y a a l o s v e n c i d o s : l a e n t r a d a a l r e i n o d e D i o s

    p o r l a p u e r t a d e l b a u t i s m o .

    L o s c a n t o s d e c o n q u i s t a d o s y c o n q u i s t a d o r e s d a n f i n a l a e s c e n a ,

    s i m b o l i z a n d o e n e l l o l a a l e g r a d e l a p a z p u e s l o s i n d g e n a s s e h a n

    r e n d i d o a l a f e d e C r i s t o .

    E n l a l o a d e l a u t o s a c r a m e n t a l E l C e t r o d e J o s , S o r J u a n a v u e l v e

    a r e f e r i r s e a l t e m a a m e r i c a n i s t a ' d e l a e v a n g e l i z a c i n d e l a s I n d i a s .

    C o n e l l o t r a t a n u e v a m e n t e d e d a r l e u n v a l o r j u s t o a l a p r e s e n c i a d e

    E s p a a e n A m r i c a .

    T e m t i c a m e n t e l a l o a d e E l C e t r o d e ] o s e s u n a c o n t i n u a c i n d e

    l a d e E l D i v i n o N a r c i s o . E n l a p r i m e r a e s c e n a h a c e d e c i r a l o s p u e b l o s

    d e A m r i c a , r e p r e s e n t a d o s e n e l p e r s o n a j e N a t u r a l e z a h u m a n a y y a

    d i s p u e s t o s a a c e p t a r l a r e l i g i n c r i s t i a n a :

  • LA POESA FEMENINA EN EL VIRREINATO

    En buena hora hermosa Fe! llegues a mi humilde casa.

    217

    El tema que Sor Juana desarrolla es ste: en Amrica exista una poblacin indgena formada por seres racionales que se regan por leyes naturales. Sin embargo, la naturaleza humana se hallaba en ellos privada de la fe, y la ley natural, de la ley de gracia. La evange-lizacin les trae la fe y la gracia, esto es motivo de felicidad para los pueblos americanos, por eso la msica de la loa entona un canto que dice:

    Al nuevo sol de la Fe, que dora las cumbres altas, la Ley Natural saluda, como suele al Sol el Alba, haciendo salva, alegre, festiva, contenta y ufana.

    A lo que responde el coro con la bienvenida a la ley de gracia, cantando:

    Y porque viene con ella la divina Ley de Gracia, Naturaleza recibe en ella el bien que le falta, llegando a hablarla rendida, devota, humilde y postrada.

    Ya no hay combates como en la loa a El Divino Narciso, Amrica, los indgenas o Naturaleza humana han abierto sus corazones y Es-paa vuelca en ellos sus ms altos valores.

    Sor Juana va analizando aqu el progreso de la conciencia moral de los pueblos americanos y, al hacerlo, va definiendo sus ideas teo-lgico-morales, explicando que la ley natural y la ley de gracia estn hermanadas.

    En los indios, sostiene la insigne monja, la ley natural estuvo pri-vada de la ley de gracia e indignamente hollada por los sacrificios humanos. Recordemos que ella, tan estudiosa de la historia indgena, los conoca en toda su crueldad y magnitud numrica. Por eso enten-da que la defensa de la naturaleza humana y el restablecimiento de su dignidad slo poda hacerlo la fe, con la cual entraba al mismo tiempo la luz de gracia. As pone en boca de la Fe estos versos:

    Yo estimo, Naturaleza,

  • 2 1 8

    L A P O E S A F E M E N I N A E N E L V I R R E I N A T O

    e s e o b s e q u i o q u e e n t i h a l l a

    m i a m o r . Y s u p u e s t o q u e

    d e l r e g o c i j o l a c a u s a

    e s l a n u e v a c o n v e r s i n

    d e l a s I n d i a s c o n q u i s t a d a s ,

    d o n d e t p o r t a n t o s s i g l o s

    d e m e s t u v i s t e p r i v a d a

    e n t a n t o i n d i v i d u o , c u a n t o

    p r o v i n c i a s t a n d i l a t a d a s

    d e l a A m r i c a a b u n d a n t e

    p u e b l a n d e n a c i o n e s v a r i a s ;

    y t , L e y N a t u r a ! , n o

    s o l a m e n t e s e p a r a d a

    d e l a L e y d e G r a c i a , q u e e s

    q u i e n t u s p r e c e p t o s e s m a l t a

    y p e r f e c c i o n a t u s e r ,

    s i n o i n d i g n a m e n t e h o l l a d a

    d e l a c i e g a I d o l a t r a ,

    c u y a s s a c r l e g a s A r a s ,

    a p e s a r d e t u s p r e c e p t o s ,

    m a n c h a d a s d e s a n g r e h u m a n a ,

    m o s t r a b a n q u e s o n l o s h o m b r e s

    d e m s b r b a r a s e n t r a a s

    q u e l o s b r u t o s m s " c r u e l e s " . . .

    Y l u e g o a a d e :

    q u e l l e g l a L e y d e G r a c i a

    a d a r t e a q u e l c o m p l e m e n t o

    q u e p o r e d a d e s t a n l a r g a s

    d e s e a s t e . . .

    A e s t e b e n e f i c i o b s i c o a l a d i v i n i d a d d e l h o m b r e q u e t r a j o l a t e o -

    l o g a m o r a l s o s t e n i d a p o r l o s e s p a o l e s v a a a a d i r S o r J u a n a o t r o

    q u e a e l l a c o m o m u j e r d e b i i m p o r t a r l e m u c h o : m o n o g a m i a . E x p o n e

    S o r J u a n a q u e l a p o l i g a m i a r e p u g n a a l c o n t r a t o n a t u r a l , q u e e s

    i n j u s t a . B a j o l a l e y d e g r a c i a l a p o l i g a m i a n o p o d a s e r a d m i t i d a ,

    S o r J u a n a c o n o c a q u e s t e h a b a s i d o u n o d e l o s p u n t o s n e u r l g i c o s

    d e l o s e v a n g e l i z a d o r e s , q u e s e h a b a t r a t a d o e n d i v e r s a s j u n t a s r e l i -

    g i o s a s t e n i d a s e n t r e l o s f r a n c i s c a n o s y c o n e l o b i s p o Z u m r r a g a , q u e

    s u d i s c u s i n h a b a l l e g a d o h a s t a l a S a n t a S e d e . Q u e a u n q u e a l o s

    j v e n e s e r a f c i l c a s a r l o s m o n o g m i c a m e n t e s e g n l a s l e y e s d e l a I g l e -

    s i a c a t l i c a , a l o s v i e j o s , a l o s q u e d e s d e a n t e s d e l a c o n q u i s t a c o -

    h a b i t a b a n c o n m u c h a s m u j e r e s , n o e r a f c i l s e a l a r l e s c u l e r a l a

  • LA POESA FEMENINA EN EL VIRREINATO 219

    esposa legtima de entre todas las que tenan, ni entendan por qu no tomar esposa joven cuando la primera era ya vieja.

    Ante el problema que Sor Juana considera atentatorio a la ley na-tural, pone en boca de sta su opinin:

    A m tambin, aadiendo que pues me hace repugnancia al Contrato Natural admitir mujeres tantas y desatar aquel nudo que las voluntades ata, mandes que los Matrimonios pblicamente se hagan y que el que, siendo Gentil, admiti Mujeres varias, cohabite con la primera Esposa, siendo Cristiana, y esto por padrn te sirva.

    sta es precisamente la solucin que el Papa Julio II dio al pro-blema en 1537. Ms adelante har que la Fe proponga que los con-trayentes distingan entre el matrimonio natural y el matrimonio cristiano, que se efecta bajo la ley de gracia, que caigan en cuenta que ste es monogmico e indisoluble y que para dar solemnidad al acto se celebre en forma evidente ante Cristo, es decir, frente a la Eucarista, para que "el vnculo conyugal perpetuo a vista de tanta majestad y conocer que es Dios slo quien lo ata", no lo puedan disolver.

    Sor Juana sabe que la presencia de los imponentes templos ind-genas haba sido un obstculo para la evangelizacin, pero est en desacuerdo con la destruccin que de ellos se haba hecho y tal vez con la nostalgia de no haberlos conocido, y por boca de la ley de gracia, pide se conserven, que de ellos slo se quiten los dolos y se coloque en su lugar la imagen de Cristo:

    Mas yo, coIJ)O Ley Divina, que atiendo a la Primer Causa como a lo ms principal, por de mayor importancia tengo el quitar del Altar las sacrlegas estatuas de sus falsos Dioses, y despus que purificadas las Aras estn, en ellas

  • 2 2 0

    L A P O F . S A F E M E N I N A E N E L V I R R E I N A T O

    c o l o c a r l a s a c r o s a n t a

    I m a g e n d e C r i s t o , q u e e s

    l a b a n d e r a s o b e r a n a

    e n l a s l i d e s d e l a I g l e s i a

    q u e s i g u e l a L e y d e G r a c i a .

    L u e g o c o m p l e m e n t a e s t a i d e a d i c i e n d o q u e n o s e c o l o q u e i m a g e n

    s i n o m e j o r l a " F o r m a C o n s a g r a d a " p o r q u e " c o l o c a n d o e l s a c r a m e n -

    t o " , l a s a r a s i n d g e n a s q u e d a r n p u r i f i c a d a s .

    S o r J u a n a n o s r e c u e r d a d e s p u s l o s C o l o q u i o s d e l o s d o c e y a l

    c r o n i s t a T o r q u e m a d a c u a n d o e l p e r s o n a j e I d o l a t r a d e e s t a l o a d e

    f i e n d e l o s s a c r i f i c i o s h u m a n o s , p u e s l o h a c e i g u a l q u e l o h a b a n

    h e c h o l o s s a c e r d o t e s i n d g e n a s a n t e l o s f r a n c i s c a n o s .

    M s f c i l e r a a c e p t a r a l D i o s d e l o s c o n q u i s t a d o r e s c o m o l a d e i d a d

    d e s c o n o c i d a , q u e a c e p t a r s e r p r i v a d o s d e l o s s a c r i f i c i o s h u m a n o s , p o r -

    q u e c o n s i d e r a b a n q u e l o s m s d i g n o s s a c r i f i c i o s q u e p o d a n o f r e c e r s e

    a l a d i v i n i d a d e r a n l o s d e l a s a n g r e h u m a n a . P o r e s t a r a z n l a I d o -

    l a t r a p i d e q u e s e l e s p e r m i t a c o n t i n u a r c o n e l l o s , o f r e c i n d o l o s a l

    n u e v o D i o s , y a d e m s q u e s e l e s d e j e s e g u i r p r a c t i c a n d o l a a n t r o -

    p o f a g i a .

    L a I d o l a t r a , r e s p o n d i e n d o a l a p r e g u n t a d e l p o r q u d e e s t a s c o s -

    t u m b r e s , d i c e :

    P o r d o s c a u s a s :

    l a p r i m e r a e s e l p e n s a r

    q u e l a s D e i d a d e s s e a p l a c a n

    c o n l a v c t i m a m s n o b l e ;

    y l a o t r a e s q u e , e n l a s v i a n d a s ,

    e s e l p l a t o m s s a b r o s o

    l a c a r n e s a c r i f i c a d a ,

    d e q u i e n c r e e m i N a c i n ,

    n o s l o q u e e s l a s u b s t a n c i a

    m e j o r , m a s q u e v i r t u d t i e n e

    p a r a h a c e r l a v i d a l a r g a

    d e t o d o s l o s q u e l a c o m e n .

    ( A n a d i e n o v e d a d h a g a ,

    _ p u e s a s l a s t r a d i c i o n e s

    d e l o s I n d i o s l o r e l a t a n . )

    S o r . J u a n a n o s e s t d e m o s t r a n d o a q u s u p r o f u n d a c o m p r e s i / , n d e l

    m u n d o i n d g e n a , c o m o l o h a r a u n a n t r o p l o g o d e n u e s t r o s d a s . N o

    e r a n l o s i n d g e n a s d e e s t a n a c i n b e s t i a s q u e s e d e v o r a b a n e n t r e s

    p o r l a n e c e s i d a d a n i m a l d e l a c o m i d a , s i n o p e r s o n a s q u e e n t e n d a n

    c o m o l a m s v a l i o s a o f r e n d a a l o s d i o s e s l a e n t r e g a d e l a v i d a .

  • LA POESA FEMENINA EN EL VIRREINATO 221

    Sor Juana aprovecha esta parte de la discusin para introducir dos ideas cristianas, la primera es que el hombre no podra por s nsmo aplacar a Dios porque slo Dios puede dar a Dios cumplida satis-faccin para redimir a la humanidad. La segunda es el misterio de la Eucarista, el alimento que hace la vida larga hasta la eternidad.

    La Idolatra se interesa entonces en s.aber ms y ansiosamente dice;

    Pues, a qu aguardas? Vamos, que como yo vea que es una vctima humana; que Dios se aplaca con ella; que la como, y que me causa Vida Eterna (como dices), la cuestin est acabada y yo quedo satisfecha!

    Con esto las prevenciones contra la nueva religin concluyen. La presentacin de la conquista espiritual como un encuentro de

    dos ideologas debe haber causado en sus oyentes espaoles gran im-presin, pues al hacerlo present a los pueblos indgenas con la cate-gora de personas, capaces de tener un pensamiento teolgico pro-pio, estructurado y apoyado en una filosofa del hombre.

    Esa comprensin de la cultura indgena slo pudo darse en los siglos coloniales en personas como ella, cuya amplia cultura presupone co-nocimientos de metafsica, filosofa moral y filosofa de la naturaleza que le daban una perspectiva del desarrollo humano en los distintos pueblos de la tierra en forma total, en lo que es una visin meta-fsica de la historia.

    Entre las loas que dedic Sor Juana Ins a los reyes y virreyes, la ms interesante en cuanto a las ideas que presenta es la dedicada a los aos de gobierno del rey Carlos II porque entre sus versos estn contenidas sus ideas polticas.

    A travs de los personajes abstractos, la Vida, la Majestad, la Ple-be y la Lealtad, sus versos nos van hablando del positivo valor que ella le da al sistema monrquico, otorgando el pueblo la pleitesa al rey, cuya majestad lo hace diferente al plebeyo, lo hace seor de monarquas e imperios.

    Todo esto nos lleva a pensar en que para ella como para Santo Toms, en quien se informa, el gobierno ideal es el monrquico, que hace derivar de la autoridad divina creadora de esa humanidad que tiene por naturaleza necesidad de gobierno para alcanzar su fin terrenal y eterno. En otras loas aflora tambin su fidelidad a la mo-narqua y a los virreyes, sus representantes.

  • 2 2 2

    L A P O E S A F E M E N I N A E N E L V I R R E I N A T O

    A l t e m a p u r a m e n t e r e l i g i o s o d e d i c S o r J u a n a o t r a s o b r a s , d e l a s

    c u a l e s r e c o r d a r e m o s l a s m s a m p l i a m e n t e c o n o c i d a s : s u v e r s i ( > n d e

    u n a p l e g a r i a l a t i n a i n t i t u l a d a A n t e t u s o j o s b e n d i t o s , l o s r o m a n c e s

    s a c r o s t a l e s c o m o Q u e h o y b a j D i o s a l a t i e r r a , M i e n t r a s l a g r a c i a

    m e e x c i t a , A m a n t e d u l c e d e l a l m a , l a G l o s a a S a n ] o s , l a s h e c h a s

    e n h o n o r d e M a r a c o m o l a i n t i t u l a d a D e t u p l a n t a l a p u r e z a , l a

    L o a d e l a C o n c e p c i n q u e s e r e p r e s e n t e n l a s c a s a s d e d o n J o s G u e -

    r r e r o ; v a r i o s s o n e t o s , c u y a s t e m t i c a s s o n : l a v i r g e n d e G u a d a l u p e , l a

    c o n d e n a c i n q u e d e C r i s t o h i z o P i l a t o s , e l m i l a g r o d e S a n J u a n d e

    S a h a g n y S a n J o s .

    P e r o a n e s c r i b i d o s o b r a s m s e n p r o s a c u y a t e m t i c a c a e d e n -

    t r o d e l a t e o l o g a m o r a l : a s c e t i s m o y d e v o c i n . L a u n a s e t i t u l a

    O f r e c i m i e n t o s p a r a e l S a n t o R o s a r i o d e q u i n c e M i s t e r i o s q u e s e h a n

    d e r e z a r e l d i a d e l o s D o l o r e s d e N u e s t r a S e o r a l a V i r g e n M a r i a .

    N o s e t r a t a d e c u a l q u i e r p l e g a r i a d e v o t a , s i n o d e o r a c i o n e s q u e s o n

    a l m i s m o t i e m p o a l a b a n z a a l a d i v i n i d a d y m e d i t a c i n p r o f u n d a

    d e l a r e l a c i n h u m a n o - d i v i n a . E s d e c i r , o b r a d e p i e d a d v e r d a d e r a , d e

    e s a q u e e s c o n c i e n c i a s i e m p r e p r e s e n t e d e l a r e l a c i n c o n D i o s y n u n -

    c a d e v o c i o n c i l l a s e n s i b l e r a .

    E n l a s m e d i t a c i o n e s , o r a c i o n e s y o f r e c i m i e n t o s q u e c o n t i e n e e s t e

    o p s c u l o s e r e f l e j a c l a r a m e n t e l a p e r s o n a l i d a d d e l a a u t o r a , p o r e j e m -

    p l o e n a q u e l l a m e d i t a c i n d e l t r e c e a v o o f r e c i m i e n t o , q u e d i c e " O h

    m a d r e m a r t i r i z a d a d e t r e s l o s m s n o b l e s , p e r o l o s m s i n h u m a n o s

    v e r d u g o s , q u e f u e r o n : v u e s t r a i n d e l e b l e m e m o r i a , v u e s t r a i n f u s a s a -

    b i d u r a y v u e s t r o a r d e n t s i m o a m o r " . P a r a S o r J u a n a l o s p~ores d o -

    l o r e s q u e s e r h u m a n o p u e d e t e n e r s o n l o s q u e a t a e n a l a s f a c u l t a d e s

    d e l a l m a , a q u e l l o q u e a l o s h o m b r e s h a c e p e r s o n a s c o m o d i r a G r a -

    c i n . E s t a c o n s i d e r a c i n d e v o t a s l o p o d a n a c e r d e q u i e n d a b a a l

    e n t e n d i m i e n t o l a p r i m a c a .

    I n t e r e s a d a e n s u p o c a t u v o p r e s e n t e s e n s u s o r a c i o n e s l a s l t i m a s

    h e r e j a s , l a s p r o t e s t a n t e s q u e h a b a n d i v i d i d o a l a i g l e s i a e n e l s i g l o

    x v I , p u e s a e l l a s c l a r a m e n t e a l u d e c u a n d o h a b l a d e l d o l o r d e l a

    V i r g e n a l v e r q u e s e p i e r d e n d e l a i g l e s i a n o s l o l o s g e n t i l e s " p e r o

    l o s q u e y a estab~n e n l a c a r r e r a d e l a v i d a y e n e l c a m i n o d e l a l u z " ,

    " d e s c o y u n t a n d o l a a r m o n a d e l o s m i e m b r o s d e s u m s t i c o c u e r p o " .

    6

    2

    O t r a o b r a q u e c a e t a m b i n d e n t r o d e e s t a t e m t i c a l i t e r a r i a f u e l a

    t i t u l a d a E j e r c i c i o s d e v o t o s p a r a l o s n u e v e d a s a n t e s d e l a P u r s i m a

    E n c a r n a c i n q u e f u e r o n e s c r i t o s e n p r o s a h a c i a 1 6 8 4 - 1 6 8 8 , y p u b l i c a d o s

    e n M x i c o s i n e l n o m b r e d e S o r J u a n a , p e r o i n c l u i d o s e n e l t o m o m

    0 2

    S o r J u a n a I n s d e l a C r u z , o p . c i t . , t . I V .

  • LA POESA FEMENINA EN EL VIRREINATO 223

    de sus Obras e impresos en 1701 y 1725. Hoy estn publicados en sus Obras Completas.63

    Los dedica a la Virgen Mara con el barroco ttulo de "Emperatriz Suprema de los Angeles, Reina Soberana de los Cielos, absoluta Se ora de todo lo creado" y hace una introduccin en la que declara que se documenta e inspira en la opinin de la venerable Mara de Jess de Agreda.

    El ttulo y los fines que persigue con ellos la vinculan a San Igna-cio de Loyola, y no es de extraar pues su confesor era un jesuita.

    San Ignacio pretendi mediante sus famosos ejercicios que cada persona realizara su introspeccin para hacerla tomar conciencia de su relacin con Dios, como ser creado y redimido por su amor, "para la mayor gloria de Dios". Sor Juana se propone que se hagan sus ejercicios "para sanear en algo el torpe olvido con que tratamos el sagrado misterio de la Encarnacin", y sacar de esas reflexiones, sacrificios y oraciones que prescribe, el mejoramiento personal de quien los haga y honra del Seor.

    Los ejercicios de Sor Juana estn formados por nueve meditaciones seguidas de ofrecimientos y prcticas o ejercicios de oraciones y peni-tencias.

    Las seis primeras meditaciones estn basadas en la Mstica Ciudad de Dios de la venerable Mara de Jess de Agreda y corresponden fielmente a lo contenido en el libro m, captulos 1-6. Estas medita-ciones tienen como base el Gnesis, desarrollando la temtica de los seis das de la creacin del mundo paralelamente a la descripcin de los inefables favores que Dios hizo a su Madre, para prevenirla y ador-narla de la grandeza que haba de tener.

    Consideremos slo un pequeo prrafo del captulo n de la obra de la Madre de Agreda para ver su influencia en Sor Juana. Dice la mstica hispana que Dios, despus de haberle manifestado a Mara cundo y cmo hizo la divisin de las aguas en el segundo da de la creacin, "la dio potestad sobre las influencias de los cielos y pla-netas y elementos y mand que todos la obedeciesen. Qued esta gran Seora con imperio y dominio sobre el mar, tierra, elementos y orbes celestes con todas las criaturas que contienen".64

    Sor Juana en el segundo da de sus ejercicios explica cmo Dios despus de haber separado las aguas de la tierra. y creado el firma-mento, "segunda obra de aquella Potencia y Sabidura inmensa ... postr su hermosa mquina ante las virginales P.lantas de su madre".

    Ahora bien, si la temtica de Sor Juana est basada en los escritos 08 lbidem. Ejercicios devotos. "' Mara de Jess de Agreda, op. cit., lib. 111, cap. 2, p. !155.

  • 2 2 4 L A P O E S A F E M E N I N A E N E L V I R R E I N A T O

    d e l a m a d r e d e A g r e d a , n o p e r m a n e c e a p e g a d a a e l l a , y e s n a t u r a l ,

    p u e s l a v e n e r a b l e M a r a d e J e s s e s c r i b e p o r i n s p i r a c i n m s t i c a , e n

    t a n t o q u e S o r J u a n a l o h a c e p o r r e f l e x i n d e s u p r o p i o e n t e n d i m i e n -

    t o . A s e n e s e m i s m o s e g u n d o d a m i e n t r a s l a m s t i c a d e A g r e d a d e -

    d i c a u n c a p t u l o a h a b l a r d e l a p o t e s t a d d e M a r a s o b r e t o d o l o

    c r e a d o , S o r J u a n a d a m a y o r n f a s i s e n s u r e f l e x i n a l o q u e e s e l f i r -

    m a m e n t o , h a c i e n d o u n s m i l c o n l a f i r m e z a d e l a s v i r t u d e s d e M a r a ,

    p a s a n d o d e i n m e d i a t o a d e s c r i b i r l o :

    E l c u a l f i r m a m e n t o ( s e g n l o s m a t e m t i c o s ) t i e n e e s t a e x c e l e n -

    c i a m s q u e l o s d e m s O r b e s ; y e s q u e n o s l o e s t b o r d a d o d e

    i n u m e r a b l e s e s t r e l l a s t a n t a s q u e s o n t o d a s l a s q u e v e m o s , s a c a n -

    d o s l o s i e t e p l a n e t a s , s i n o q u e l a s q u e t i e n e t o d a s s o n f i r m e s

    y f i j a s s i n m o v e r s e , y e n l o s o t r o s c i e l o s ( c o n t e n e r s l o u n a ) e s

    e r r a n t e y s i e n d o t a n h e r m o s o y t r a n s p a r e n t e g o z a e s t o s m s p r i -

    v i l e g i o s q u e n o t i e n e n l o s o t r o s . 6 5

    S o r J u a n a n o s h a b l a d e c i e n c i a p u r a e n m e d i o d e l a m s t i c a , d e

    u n f i r m a m e n t o r e a l , t a l c o m o e l l a l o c o n o c a p o r s u s e s t u d i o s d e a s -

    t r o n o m a . E l c o n c e p t o d e f i r m a m e n t o q u e n o s p r e s e n t a e s e l m i s m o

    q u e h a b a e x p u e s t o E n r i c o M a r t n e z e n s u o b r a R e p o r t o r i o d e l o s

    t i e m p o s ,

    6 6

    e n l a c u a l d i c e : " L l m a s e f i r m a m e n t o p o r q u e e n l e s t n

    f i r m e s t o d a s l a s e s t r e l l a s g u a r d a n d o e n t r e s o r d e n y d i s t a n c i a i n v a -

    r i a b l e , s e g n q u e a l p r i n c i p i o p o r D i o s f u e r o n c r e a d a s ' ' . .

    E n e l o f r e c i m i e n t o d e e s t e d a h a y n u e v a m e n t e o t r a r e f e r e n c i a a l a

    c ; : i e n c i a astro~mica q u e e s t c o n t e n i d a e n u n a a l e g o r a e n l a c u a l

    S o r J u a n a l l a m a a l a V i r g e n M a r a " f i r m a m e n t o d i v i n o d o n d e e s t n

    l a s e s t r e l l a s d e l a s v i r t u d e s . f i j a s " . E s d e c i r , S o r J u a n a e l e v a a a l e g o r a

    m a r i a n a l o q u e p a r a e l l a e r a u n a r e a l i d a d c i e n t f i c a . E n s e g u i d a h a c e

    u n a p e t i c i n d i c i e n d o : " D a d n o s l o s b e n i g n o s i n f l u j o s d e e l l a " .

    R e c o r d e m o s q u e c u a n d o e l p a d r e E u s e b i o K i n o S . J . v i n o a M x i c o ,

    t u v o u n a d i s c u s i n c o n e l c i e n t f i c o m e x i c a n o d o n C a r l o s d e S i g e n z a

    y G n g o r a 6 7 p o r s o s t e n e r e l a l e m n q u e l o s c o m e t a s i n f l u a n e n l a

    v i d a d e l o s h o m b r e s , m i e n t r a s d o n C a r l o s c o n g r a n e s p r i t u c i e n t f i c o

    s l o l o s v e a c o m o u n m o v i m i e n t o e n e l e s p a c i o i n t e r e s a n t e a l a a s t r o -

    n o m a p e r o a j e n o a l o s h o m b r e s . E n e s t a d i s c u s i n n o h a b a q u e -

    d a d o m u y c l a r o e l p a r t i d o q u e S o r J u a n a h a b a t o m a d o , a u n q u e e l

    p o e m a q u e d e d i c a K i n o A u n q u e e s c l a r a d e l c i e l o l a l u z p u r a . . .

    " " S o r J u a n a I n s d e l a C r u z , o p . c i t . , t . 1 v .

    H e n r i c o M a r t n e z , R e p e r t o r i o d e l o s t i e m p o s e h i s t o r i a n a t u r a l d e N u e v a E s -

    p a a , M x i c o , S E P , 1 9 4 8 .

    1 1 1

    C a r l o s d e S i g e n z a y G n g o r a , L i b r a a s t r o n m i c a , M x i c o , U N A M , 1 9 5 9 .

  • ----~--

    LA POESA FEMENINA EN EL VIRREINATO 225 haca pensar que se inclinaba por ste y no haba compartido la tesis de su amigo. Creo que la aceptacin de la influencia de las estrellas hecha en esta peticin nos lo aclara definitivamente.

    En la sexta meditacin se dedica a hablar de la creacin del hom-bre "perfeccin y ornamento de todo lo creado", dice tambin cmo fue creada Mara para restaurar la humana naturaleza y que, por tanto, todas las criaturas son deudoras a ella.

    Siguiendo a Mara de Jess de Agreda, relata que el sexto da de la creacin le dieron obediencia los animales brutos y fue hecha se-ora de todos los hombres.

    Las meditaciones del sptimo, octavo y noveno da estn dedicadas a enaltecerla como reina del cielo. Esto le da entrada para hablar de los ngeles. El estudio que hace de los espritus celestes lo basa espe-cialmente, segn declara ella misma, en las Homilas de San Grega-rio Magno,68 aunque desde luego vuelve a haber en ella un fondo tomista.

    Este tema de los ngeles tan menospreciado y aun olvidado por los cristianos de nuestro tiempo, en la poca de Sor Juana tena gran importancia y prueba de ello son la literatura y la iconografa de entonces.

    Sus consideraciones pretenden hacer reflexionar al lector en la alt-sima dignidad y grandeza a donde Dios encumbr a su madre, cuan-

    ~ la coloc sobre todas las criaturas y la elev al Cielo, haciendo que le rindieran homenajes las anglicas jerarquas. Todo lo cual se entiende en relacin al fin para el cual haba sido creada.

    Los ejercicios terminan con una meditacin sobre la Encarnacin en la cual Sor Juana empieza por decir que el tema es "para un elo-cuente retrico", "para un doctsimo panegirista", ms que "para el dbil instrumento de su discurso ... " Sin embargo se lanza a escribir y dedica toda su meditacin a reflexionar sobre el profundsimo sig-nificado de tres pequeas palabras: "Madre de Dios".

    La Novena a la Virgen de los Dolores que forma parte de la lite-ratura devota de Sor Juana es, como todas sus obras, ejemplo de su magnfica poesa, pero no aparta nuevos datos sobre su cultura teo-lgica, aunque s es una evidencia ms de su participacin en la vida religiosa de su tiempo, impregnada toda de sincera piedad mariana.

    La obra que sin duda nos da ms informacin sobre su actitud ante lo teolgico es su Carta Athenagrica que public el obispo de Puebla don Manuel Fernndez de Santa Cruz, pues en ella Sor Juana nos

    .. San Gregario Magno, Obras completas. Introduccin castellana de Paulino Gallardo. Introduccin general, notas e ndices de Melquiades Andrs, Madrid, B.A.C., MCMLVIII. Homilias sobre los Evangelios 14 ~) 7-14, pp. 715-721.

  • 2 2 6 L A P O E S A F E M E N I N A E N E L V I R R E I N A T O

    m a n i f i e s t a e v i d e n t e m e n t e q u e s u i n t e r s e n e s o s e s t u d i o s n o e r a p a -

    s i v o , q u e l e i m p o r t a b a f o r m a r s u p r o p i o c r i t e r i o y d i s c u t i f e n l o

    o p i n a b l e .

    N o v a m o s a q u a r e p r o d u c i r l a c o n o c i d s i m a c a r t a , s l o n o s r e f e r i -

    r e m o s a l o s t e m a s t e o l g i c o s c o n t e n i d o s e n e l l a y a l o q u e p e n s a r o n

    s u s c o n t e m p o r n e o s , q u e t a n v e r s a d o s e r a n e n e s t o .

    L a i n t i m i d a d d e l e s t u d i o y l a p r o f u n d i d a d d e l o s c o n o c i m i e n t o s

    a d q u i r i d o s e r a n e n S o r J u a n a a l g o m u y p e r s o n a l q u e n i c a m e n t e

    c o m p a r t a c o n s u s a m i g o s e n p l t i c a s t r a s l a s r e j a s d e l l o c u t o r i o , p o r

    e s a a n s i a d e s a l i r d e s u s o l e d a d d e a u t o d i d a c t a y c o n f r o n t a r c o n o t r o s

    s u s i d e a s .

    D e l a b i o g r a f a d e l i l u s t r s i m o d o n M a n u e l F e r n n d e z d e S a n t a

    C r u z s e d e s p r e n d e e l h e c h o d e q u e c o n o c i a S o r J u a n a y l a v i s i t

    e n s u c o n v e n t o c u a n d o v i n o a M x i c o . A e s t o s e r e f i e r e t a m b i n e l l a

    c u a n d o d i c e e n l a s p r i m e r a s l n e a s d e s u C a r t a A t h e n a g r i c a q u e e l

    o b i s p o l e h a h e c h o m e r c e d . d e l a c o n v e r s a c i n . M u c h o s p e r s o n a j e s

    c h a r l a b a n c o n e l l a t r a s l a r e j a . H u b o u n a v i s i t a q u e p o d e m o s i m a -

    g i n a r c o m o u n c o m b a t e d e i n t e l i g e n c i a s . E l t e m a f u e r o n l a s i d e a s c o n t e -

    n i d a s e n e l s e r m n d e l j e s u i t a l u s i t a n o p a d r e A n t o n i o V i e y r a . L o q u e

    S o r J u a n a c o n s i d e r u n a p l t i c a i n t r a s c e n d e n t e l l a m n d o l a " b a c h i -

    l l e r a s d e u n a c o n v e r s a c i n " , a l o b i s p o l e p a r e c i u n a i m p o r t a n t e y

    b i e n f u n d a d a i m p u g n a c i n t e o l g i c a , y n o q u e r i e n d o q u e s e p e r -

    d i e r a , i n v i t a S o r J u a n a a p o n e r l a p o r e s c r i t o . R e c o r d e m o s l o q u e

    e r a u n o b i s p o d e n t r o d e l a s o c i e d a d v i r r e i n a l y e n t e n d e r e m o s l a

    p r e s i n q u e e j e r c i s o b r e l a a u t o r a . L e m o l e s t a b a i m p u g n a r a p e r s o n a

    a l g u n a y m s e n e s t e c a s q e n q u e s e t r a t a b a d e u n g r a n t e l o g o . E l

    a s u n t o s e a g r a v a b a s e g n e l l a p o r e l h e c h d d e s e r m u j e r , p u e s c o m o

    d i c e " a o t r o s o j o s p a r e c e r d e s p r o p o r c i o n a d a s o b e r b i a y m s c a y e n d o

    e n s e x o t a n d e s a c r e d i t a d o e n m a t e r i a d e l e ' t r a s " .

    P e r o s u m i e d o s e s o m e t i n o s l o e n r a z n d e l p r e c e p t o e p i s c o p a l ,

    s i n o p o r o t r a s m o t i v a c i o n e s q u e e n e l l a e r a n f u e r z a v i t a l : e l a m o r

    a l a v e r d a d y a f a l i b e r t a d d e p e n s a m i e n t o . P o r e l l o d e c l a r a q u e

    t o d a s l a s r a z o n e s q u e t i e n e p a r a n o c o n t r a d e c i r a V i e y r a " n o b a s t a r n

    a q u e e l e n t e n d i m i e n t o h u m a n o , p o t e n c i a l i b r e y q u e a s i e n t e o < l i -

    s i e n t e n e c e s a r i o a l o q u e j u z g a s e r o n o s e r v e r d a d , s e r i n d a p o r l i s o n -

    j e a r e l c o m e d i m i e n t o d e l a v o l u n t a d " .

    D e c i r l a v e r d a d , p e s e a l t e m o r d e m a l q u i s t a r s e c o n l o s j e s u i t a s , f u e

    u n a e j e m p l a r l e c c i n d e v a l o r d e e s t a m o n j a y g r a n m u j e r . L a r p l i c a

    d e S o r J u a n a v a a p r i n c i p i a r s i n e x a b r u p t o s y c o n l a f m i n a c o r t e s a

    b a r r o c a q u e e r a t a n s u y a : " . . . d i g o q u e e s t o n o e s r e p l i c a r , s i n o r e f e -

    r i r s i m p l e m e n t e m i s e n t i r " . E n s e g u i d a i n i c i a e l c o m b a t e a l e x p o n e r

    q u e V i e y r a a l a r d e a d e q u e n a d i e p o d r a d e l a n t a r s u s d i s c u r s o s n i

  • LA POESA FEMENINA EN EL VIRREINATO 227

    contradecirlo y ella dulce y firmemente le responde que el campo que l recorre es ya camino andado, que all estn para contradecirlo los padres de la Iglesia: San Agustn, San Juan Crisstomo y Santo To-ms de Aquino, que son tres plumas a ms de doctas canonizadas. Segura con la patrstica, que tan bien conoce, aade: "Mi asunto es defender las razones de los tres Santos Padres, mal dije: mi asunto es defenderme con las razones de los tres Santos Padres. (Ahora creo que acert.)"

    El tema a discutir es: Cul fue la mayor fineza que Cristo tuvo con los hombres al final

    de su vida? Esta temtica que hoy parece tan artificiosa como intil tuvo dentro del pensamiento teolgico de aquellbs tiempos gran im-portancia, pues, aunque en ella no se involucra ninguna modificacin al dogma, que en este caso sera el amor de Cristo, s los llevaba a un mayor conocimiento de su obra amorosa expresada en la reden-cin, como sostenedores de un cristianismo surgido en la Espaa del Renacimiento, que era fe y razn. En contraposicin al pensamien-to protestante que era slo fe. Poniendo en prctica su conocimiento de la lgica, plantea Sor Juana una ofdenada discusin en la que las premisas van siempre bien fundamentadas, y uniendo silogismos de verdad a verdad probada, nos lleva a derivar conclusiones incontro-vertibles o bien nos demuestra lo errneo de los conceptos ajenos, rebatiendo la falacia de las conclusiones por los sofismas de las pre-misas en que se fundamenta Vieyra.

    Voy a concretarme al desarrollo de su argumentacin en la tem-tica discutida. Las tres primeras partes de la carta fueron dirigidas a la defensa de los padres de la Iglesia que Vieyra contradeca. Vea-mos cmo plantea y desarrolla la polmica.

    Vieyra sostiene en su sermn que fue mayor fineza de Cristo ausen-tarse que morir: San Agustn dice que la mayor fineza de Cristo fue morir. Sor Juana defiende el pensamiento del obispo de Hipona diciendo como l que la mayor fineza de Cristo fue morir "porque lo ms apreciable en el hombre es la vida y la honra y ambas cosas da Cristo en su afrentosa muerte" y aade: " ... siendo Cristo quien slo sabe cul es la mayor de sus finezas, claro es que cuando se pone a ejecutoriarlas l mismo, a haber otra mayor, la dijera; y no ostenta para prueba de su amor ms que la prontitud a la muerte. Luego es la mayor de las finezas de Cristo". Profundiza ms en el 'asunto di-ciendo que hay dos trminos que hacen grande una fineza: "el tr-mino 'a quo' de quien la ejecuta y el trmino 'ad quem', de quien lo logra. El primero hace grande una fineza, por el mucho costo que

  • 2 2 8

    L A P O E S A F E M E N I N A E N E L V I R R E I N A T O

    t i e n e a l a m a n t e y e l s e g u n d o p o r l a m u c h a u t i l i d a d q u e t r a e a l

    a m a d o " .

    L a s f u n d a m e n t a c i o n e s q u e v a h a c i e n d o S o r J u a n a p a r a d e m o s t r a r

    q u e m o r i r p o r l o s h o m b r e s f u e l a m a y o r f i n e z a d e C r i s t o n o s d e m u e s -

    t r a n c o n m a y o r e v i d e n c i a q u e e n c u a l q u i e r o t r a d e s u s o b r a s s u s c o -

    n o c i m i e n t o s t e o l g i c o s y s u i n t e r s v i t a l e n e l l o s .

    U n a v e z q u e h a d e j a d o b i e n c i m e n t a d a s u i d e a , p a s a a c o m b a t i r

    a V i e y r a a l q u e l l e g a a d e m o s t r a r q u e " e l a u s e n t a r s e n o s l o n o s e

    d e b e c o n t a r p o r l a m a y o r f i n e z a d e C r i s t o , p e r o n i p o r f i n e z a , p u e s

    n u n c a l l e g e l c a s o d e e j e c u t a r l a " . " E s v e r d a d q u e C r i s t o s e v a , p e r o

    e s f a l s o q u e s e a u s e n t a " , p u e s t o q u e p r e v i a a l a m u e r t e h a b a d e j a d o

    y a s u p r e s e n c i a e n l a E u c a r i s t a . P o r e s o u n p o c o e n f a d a d a d i c e : " N o

    g a s t e m o s e l t i e m p o : y a s a b e m o s l a i n f i n i d a d d e s u s p r e s e n c i a s " .

    E n e s t a f o r m a v a d e s t r u y e n d o l a p r i m e r a p r o p o s i c i n d e V i e y r a

    h a s t a c o n c l u i r c o n q u e e s m a y o r d o l o r l a m u e r t e q u e l a a u s e n c i a , y

    q u e , p o r t a n t o , m a y o r f i n e z a e s m o r i r p o r q u i e n s e a m a q u e a u s e n -

    t a r s e d e l .

    E l s e g u n d o t e m a a d i s c u s i n e s s o b r e l a p r o p o s i c i n d e S a n t o T o -

    m s d e A q u i n o r e s p e c t o a q u e l a m a y o r f i n e z a d e C r i s t o f u e q u e d a r s e

    c o n n o s o t r o s e n e l S a c r a m e n t o d e l a E u c a r i s t a . F r e n t e a e l l a , V i e y r a

    s o s t e n a q u e l a m a y o r f i n e z a e s t a b a e n h a b e r s e q u e d a d o a l l s i n e l

    u s o d e l o s s e n t i d o s .

    S i e n l a p r i m e r a t e m t i c a p a r e c e q u e S o r J u a n a e s t a l a d e f e n s i v a ,

    e n s t a s e l a n z a a l a t a q u e d e l o q u e c o n s i d e r a l a a r g u m e n t a c i n s o -

    f s t i c a d e V i e y r a , d i c i e n d o e n f o r m a u n t a n t o v i o l e n t a p e r o m u y l -

    g i c a " Q u f o r m a d e a r g i r e s s t a ? E l s a n t o p r o p o n e e n g n e r o y e l

    a u t o r r e s p o n d e e n e s p e c i e . L u e g o n o v a l e e l a r g u m e n t o " .

    C o n t i n a d e m o s t r a n d o l o s e r r o r e s d e V i e y r a d i c i e n d o f i n a l m e n t e a l

    o b i s p o d e P u e b l a : " P a r e c e q u e q u i t a d a s l a s p r i m e r a s b a s e s s o b r e q u e

    e s t r i b a l a p r o p o s i c i n , c a e e n t i e r r a e l e d i f i c i o d e l a s p r u e b a s " .

    T r a s d e f e n d e r a S a n t o T o m s c u y a s p r o p o s i c i o n e s a t a c a b a V i e y r a ,

    S o r J u a n a a v e n t u r a s u p r o p i a o p i n i n d i c i e n d o :

    S i y o h u b i e r a d e a r g i r d e e s p e c i e a e s p e c i e c o n e l a u t o r d i j e r a :

    q u e d e l a s e s p e c i e s d e f i n e z a q u e C r i s t o o b r e n e l S a c r a m e n t o ,

    n o e s l a m a y o r e l e s t a r s i n u s o d e s e n t i d o s s i n o e s t a r p r e s e n t e

    a l d e s a i r e d e l a s o f e n s a s . P o r q u e p r i v a r s e d e l u s o d e l o s s e n t i d o s ,

    e s s l o a b s t e n e r s e d e l a s d e l i c i a s d e l a m o r , q u e e s t o r m e n t o

    n e g a t i v o ; p e r o p o n e r s e p r e s e n t e a l a s o f e n s a s , e s n o s l o b u s c a r

    e l p o s i t i v o d e l o s c e l o s , p e r o ( l o q u e m s e s ) s u f r i r u l t r a j e s e n e l

    r e s p e t o , y e s s t a t a n t o m a y o r f i n e z a q u e a q u l l a , c u a n t o v a d e

    u n a m o r a g r a v i a d o a u n a m o r r e p r i m i d o ; y l o q u e d i s t a e l d o -

    l o r d e u n d e l e i t e q u e n o s e g o z a , a u n a o f e n s a q u e s e t o l e r a ,

  • LA POESA FEMENINA EN EL VIRREINATO 229

    dista el de privarse de los sentidos al de hacer cara a los agra-vios.

    El tercer argumento ataca la proposicin de San Juan Crisstomo que dice que la mayor fineza de Cristo fue lavar los pies de sus dis-cpulos, mientras el lusitano sostiene que la mayor fineza fue la causa que le mova a lavarlos. Sor Juana se enfrenta nuevamente a esta ltima opinin con fuerte argumentacin lgica, demostrando que el jesuita confunde efecto y causa, que no pueden separarse. La defensa de San Juan Crisstomo la inicia con esta rplica a su falta de lgica, reaccionando excitada: "Vlgame Dios! Pudo pasarle por el pensamiento al divino Crisstomo que Cristo o\>r tal cosa sin cau-sa, y muy grande? Claro est que no pudo pensar tal cosa. Antes no slo una causa sino muchas causas manifiesta en tan portentoso efec-to como humillarse aquella Inmensa Majestad a los pies de los hom-bres". Contina Sor Juana demostrando el amor de Cristo implcito en este acto, que no puede separarse de l como la causa del efecto. En seguida va usando los argumentos del Evangelio de San Juan, para demostrar mediante ellos que el efecto prueba la causa como en aquella aseveracin: "Am Dios de manera tal al mundo que le dfo a su hijo". Termina la rplica con una explicacin de lo que es fineza para hacer ms comprensible el pensamiento de San Juan,Crisstomo. As, nos dice que fineza no es tener amor, pero s demostrarlo: "aque-llos signos exteriores demostrativos y acciones que ejercita el amante siendo su causa motiva el amor, eso se llama fineza". Y por tanto no ha lugar la argumentacin de Vieyra pues el santo habla de la fineza del amor en el lavatorio, y no del amor mismo que es la causa.

    Despus de haber "respondido por los tres santos", apunta sus ba-teras "a lo ms arduo, que es la opinin que ltimamente forma el autor al Aquiles de su sermn". Con esto entramos al cuarto tema que es el medular. Afirma Vieyra "que Cristo no quiso la correspon-dencia de su amor para s, sino para los hombres y que sta fue la mayor fineza: amar sin correspondencia". Es decir que no exige que correspondamos a su amor.

    Sor Juana lo refuta diciendo que tal fineza del amor de Cristo no existi, como afirma el famoso orador, pero que en cambio la fineza de Cristo estuvo en lo contrario, en exigir nuestra correspondencia sin necesitarla y aade: "El probar que Cristo quiso nuestra corres pondencia y no la renunci, sino que la solicit, es tan fdl, que no se halla otra cosa en todas las Sagradas Letras que instancias y pre-ceptos que nos mandan amar a Dios".

    La argumentacin probatoria de Sor Juana es contundente y la va

  • 2 3 0

    L A P O E S A F E M E N I N A E N E L V I R R E I N A T O

    d e s a r r o l l a n d o c o n s u a v i d a d , u s a n d o p a r a c o m e n z a r e l p r i m e r m a n d a -

    m i e n t o d e D i o s y s i g u i e n d o c o n l a s g r a n d e s f i g u r a s b b l i c a s c o m o

    A b r a h a m , a l q u e s e l e p i d e d e m u e s t r e s u a m o r s a c r i f i c a n d o a s u h i j o .

    A s v a p r o b a n d o e n f o r m a o b j e t i v a y c o n c r e t a e l m a n d a t o d e l a c o -

    rr~spondencia, h a s t a l l e g a r a l o s s a n t o s E v a n g e l i o s , e n d o n d e h a c e

    d e 5 t a c a r l a f u e r z a q u e c o b r a e n e l l o s e s t e p r e c e p t o , d e n t r o d e l c u a l

    t o d o s l o s a m o r e s h u m a n o s , q u e d a n s u b o r d i n a d o s a l a m o r d e D i o s y e n

    d o n d e a u n e l c u e r p o m i s m o ( " s i t u p i e o t u m a n o t e e s c a n d a l i z a n " )

    q u i t d a c o n v e r t i d o e n o b j e t o s d e a b o r r e c i m i e n t o c u a n d o s e i n t e r p o -

    n e n a l a m o r d i v i n o . A l l l e g a r a e s t o S o r J u a n a , q u e s e s e n t a t a n

    h u m a n a , a l a v e z q u e t a n m u j e r y t a n m o n j a , e x c l a m a : " V l g a m e

    D i o s q u a p r e t a d o p r e c e p t o q u e n o r e s e r v a a u n l a v i d a ! " L a m i r a d a

    d e D i o s l l e g a t o d a v a m s h o n d o y s u e x i g e n c i a e s t a n p r o f u n d a q u e

    e l h o m b r e n o p u e d e r e s e r v a r s e p a r a s n i s u s e r m i s m o , y b a s n d o s e

    e n l a s p a l a b r a s e v a n g l i c a s " S i a l g u n o q u i e r e v e n i r e n p o s d e m n i -

    g u e s e a s m i s m o ' ' , a a d e : " V e i s a h c m o n a d a h a y r e s e r v a d o e n i m -

    p o r t a n d o a : s u s e r v i c i o , p u e s c m o h e m o s d e p e n s a r q u e n o q u i e r e

    n u e s t r o a m o r p a r a s , s i v e m o s q u e l o s m s l c i t o s a m o r e s n o s p r o -

    h b e c u a n d o s e o p o n e n a l s u y o ? . . . "

    D e s p u s d e d e j a r e x p l i c a d o e s t e f u e r t e e i n n e g a b l e p r e c e p t o d e l

    a m o r a D i o s y d e r e a f i r m a r l o c o n a q u e l l a f r a s e d e l a s E s c r i t u r a s

    " Y o s o y t u S e o r y D i o s f u e r t e y c e l o s o ' ' , p a s a S o r J u a n a a e x p l i c a r

    e l a m o r a l p r j i m o , d e m o s t r a n d o q u e e n s t e C r i s t o e x i g e y p r e s u -

    p o n e c o m o f u n d a m e n t o e l a m o r a L

    D e i n m e d i a t o h a c e u n a a r g u m e n t a c i n m u y d e a c u e r d o a s u l g i c a

    m e n t a l i d a d : " P a r a a m a r n o s u n o s a o t r o s h a d e s e r S u M a j e s t a d e l

    m e d i o y l a u n i n , y n a d i e i g n o r a q u e e l m e d i o q u e u n e d o s t r m i n o s ,

    s e u n e m s e s t r e c h a e i n m e d i a t a m e n t e c o n e l l o s , q u e e l l o s e n t r e s .

    C r i s t o s e p o n e p o r m e d i o y u n i n , l u e g o q u i e r e q u e l e a m e m o s c u a n -

    d o m a n d a q u e a m e m o s a l p r j i m o . . . " y c o n c l u y e : " D e l o d i c h o j u z -

    g o . . . q u e C r i s t o n o h i z o p o r n o s o t r o s l a f i n e z a q u e e l a u t o r s u p o n e

    d e n o q u e r e r c o r r e s p o n d e n c i a " .

    D e s p u s d e e s t o S o r J u a n a c a m b i a l a p r o p o s i c i n d e V i e y r a y d i c e

    q u e l a f i n e z a d e C r i s t o e s t e n s o l i c i t a r n u e s t r a c o r r e s p o n d e n c i a " s i n

    h a b e r l a m e n e s t e r " , e s d e c i r n o s a c a p r o v e c h o a l g u n o d e n u e s t r o a m o r .

    E s t e d e s i n t e r s d e C r i s t o , d i c e S o r J u a n a , e s l o q u e h i z o a l j e s u i t a

    e q u i v o c a r s e y c r e e r q u e n o q u e r a s e r c o r r e s p o n d i d o . T r a s l a a p l a s -

    t a n t e r e f u t a c i n , e x p o n e e l l a s u o p i n i n s o b r e e l t e m a , d i c i e n d o q u e

    l a m a y o r f i n e z a d e D i o s p a r a c o n l o s h o m b r e s s o n l o s b e n e f i c i o s n e -

    g a t i v o s , e s d e c i r l o s b e n e f i c i o s q u e n o s d e j a d e h a c e r , p o r q u e s a b e l o

    m a l q u e h e m o s d e c o r r e s p o n d e r .

    A q u l o b a r r o c o d e S o r J u a n a n o s e c o n c r e t a y a a s u f o r m a d e e x -

  • LA POESA FEMENINA EN EL VIRREINATO 231

    presin sino al tema mismo. El buscar un beneficio negativo como mxima fineza nos semeja la voluntad que remata un contrafuerte o la columna del retablo que gira sobre su eje y retuerce su fuste. Luego nos dice "sta es fineza de Dios en cuanto Dios y continuada siempre". Parece entonces que empezamos a ver la parte superior de un retablo mayor en donde la figura de Dios, la Trinidad, lo centra todo.

    Sobre este fondo, expone su teora que resume en lo siguiente:

    Dios es infinita bondad y bien sumo, y como tal es de su propia naturaleza comunicable y deseoso de hacer bien a sus criaturas. Mas, Dios tiene infinito amor a los hombres, luego siempre est pronto a hacerles infinitos bienes. Mas, Dios es todopode-roso y puede hacerles a los hombres todos los bienes que qui-siere, sin costarle trabajo, y su deseo es hacerlos. Luego Dios cuando les hace bienes a los hombres, va con el corriente na-tural de su propia bondad, de su propio amor y de su propio poder, sin costarle nada. Claro est. Luego cuando Dios no le hace beneficios al hombre, porque los ha de convertir el hom-bre en su dao, reprime Dios los raudales de su inmensa libe-ralidad, detiene el mar de su infinito amor y estanca el curso de su absoluto poder. Luego segn nuestro modo de concebir, ms le cuesta a Dios el no hacernos beneficios que no el hacr-noslos y por consiguiente, mayor fineza es el suspenderlos que el ejecutarlos, pues deja Dios de ser liberal -que es propia con-dicin suya-, porque nosotros no seamos ingratos -que es pro-pio retorno nuestro-; y quiere ms parecer escaso, porque los hombres no sean peores, que ostentar su largueza con dao de los mismos beneficiados.

    Todo esto lo ejemplifica con textos bblicos demostrando el bene-ficio que ha sido para muchos no recibir ms dones de Dios y lo reafirma con las palabras de San Gregorio Magno: "Mientras ms es lo recibido, ms grave es el cargo de la cuenta". De lo cual concluye:

    Es beneficio el no hacernos beneficios cuando hemos de usar mal de ellos, es beneficio exonerarnos de mayor cuenta.

    Agradezcamos y ponderemos este primor del Divino Amor en quien el premiar es beneficio y el suspender beneficios es el mayor beneficio y el no hacer finezas la mayor fineza.

    En el ltimo prrafo de esta hermosa y magistral exposicin, si-guiendo el uso de la poca escribe: "Su majestad nos d gracia ... para que sus beneficios negativos se pasen a positivos, hallando en

  • 2 3 2

    L A P O E S A F E M E N I N A E N E L V I R R E I N A T O

    n o s o t r o s d i g n a d i s p o s i c i n q u e r o m p a l a p r e s a a l o s e s t a n c a d o s r a u -

    d a l e s d e l a lib~ralidad d i v i n a , q u e d e t i e n e y r e p r e s a n u e s t r a i n g r a -

    t i t u d y a V u e s t r a M e r c e d m e g u a r d e m u c h o s a o s " . F i n a l i z a p o n i e n -

    d o t o d o l o q u e a t e o l o g a s e r e f i e r e e n s u e s c r i t o , b a j o l a c e n s u r a

    d e l a I g l e s i a c a t l i c a .

    L a e n j u n d i a d e s u s c o n c e p t o s t e o l g i c o s y e l a m o r c o n q u e l o s t r a t

    e v i d e n c i a r o n a n t e e l o b i s p o l a m a d u r e z y f a c u l t a d e s q u e S o r J u a n a

    t e n a p a r a e n t r e g a r s e e n t o d a s u i n t e g r i d a d a l a t e o l o g a . C o n e s t e

    p r o p s i t o l o p u b l i c a a s u c o s t a , d n d o l e p o r t t u l o C a r t a A t h e n a -

    g r i c a .

    L a o b r a i m p r e s a y a l l e g a m a n o s d e S o r J u a n a a c o m p a a d a d e

    u n a c a r t a p e r s o n a l d e l o b i s p o p o b l a n o , e s c u d a d a b a j o e l s e u d n i m o

    d e S o r P h i l o t e a d e l a C r u z . E l i m p a c t o q u e l e p r o d u j o r e c i b i r a m b a s

    c o s a s a u n t i e m p o n o s l o d i c e e n s u r e s p u e s t a a l m i s m o :

    I m p o s i b l e s a b e r a g r a d e c e r o s t a n e x c e s i v o c o m o n o e s p e r a d o f a -

    v o r , d e d a r a l a p r e n s a m i s b o r r o n e s : m e r c e d t a n s i n m e d i d a

    q u e a u n s e l e p a s a r p o r a l t o a l a e s p e r a n z a m s a m b i c i o s a y a l

    d e s e o m s f a n t s t i c o y q u e a u n c o m o e n t e d e r a z n p u d i e r a

    c a b e r e n m i s p e n s a m i e n t o s . . . . a l l l e g a r a m i s m a n o s i m p r e s a

    l a c a r t a q u e n u e s t r a p r o p i e d a d l l a m A t h e n a g r i c a , p r o r r u m p

    ( c o n n o s e r e s t o f c i l e n m ) e n l g r i m a s d e c o n f u s i n , p o r q u e

    m e p a r e c i q u e v u e s t r o f a v o r n o e r a m s q u e u n a r e c o n v e n c i n

    q u e D i o s h a c e a l o m a l q u e l e c o r r e s p o n d o y q u e c o m o a o t r o s

    c o r r i g e c o n c a s t i g o s , a m m e q u i e r e r e d u c i r a f u e r z a d e b e n e -

    f i c i o s .

    L a c a r t a d e l o b i s p o t i e n e e n t o d o m o m e n t o u n t o n o d e a m a b i l i d a d

    y e n o r m e c a r i o h a c i a S o r J u a n a .

    6 9

    E n e l p r e m b u l o l e d i c e q u e

    " d e s d e q u e l e b e s m u c h o s a o s h a l a m a n o , v i v e e n a m o r a d o d e s u

    a l m a , s i n q u e s e h a y a e n t i b i a d o e s t e a m o r c o n l a d i s t a n c i a n i e l

    t i e m p o " . E n s e g u i d a l e c o n f i e s a e n c u n t o v a l o r a s u l a b o r i n t e l e c t u a l

    d i c i e n d o : " n o a p r u e b o l a v u l g a r i d a d d e l o s q u e r e p r u e b a n e n l a s

    m u j e r e s e l u s o d e l a s l e t r a s " y l o s p a d r e s d e l a I g l e s i a c o m o S a n . J e -

    r n i m o h a n a l a b a d o a l a s q u e s e d e d i c a n a l e s t u d i o , e l m i s m o S a n

    P a b l o n o m a n d a q u e n o e s t u d i e n p a r a s a b e r ; " l a s l e t r a s - a a d e -

    s l o s o n m a l a s c u a n d o e n s o b e r b e c e n a l a m u j e r y l a e n f r e n t a n a l

    h o m b r e " . M s a d e l a n t e l a l l a m a m u j e r q u e e s h o n r a d e s u s e x o , q u e

    c o m o o t r a g u i l a d e l A p o c a l i p s i s s e h a r e m o n t a d o e n s u r e f u t a c i n

    a V i e y r a .

    " ' M i g u e l d e T o r r e s , D e c h a d o d e P r n c i p e s E c l e s i d s t i c o s , M a d r i d , M a n u e l R o -

    m n , s . f .

  • LA POESA FEMENINA EN EL VIRREINATO 233

    Tras el elogioso prembulo empieza a descubrir el objetivo de la carta, hacindole notar los dones tan especiales de que ha sido dotada por Dios, como el de la claridad de entendimiento que no se adquie-ren con estudio, sino que son infundidos con el alma. Con esto pre-tende que Sor Juana caiga en la cuenta de que pocas criaturas deben en lo natural tanto a Dios como ella, para entonces moverla a dedi-car su inteligencia slo a l, al estudio de la teologa.

    Sor Juana tard varios meses en responder la misiva del obispo, es ms, estuvo tentada a dejar la respuesta en silencio, en parte por su mala salud y en parte por el temor de disentir de tan ilustre y poderoso obispo. Finalmente lo hace por el valor, que le da el sentir-se amada por l. As lo explica cuando dice: "Quien hizo imprimir la carta tan sin noticia ma, quien la intitul, quien la coste, quien la honr tanto (siendo de todo indigna por s y por su autora) qu no har? qu no perdonar?"

    Despus, con la humildad propia de una monja ante el prelado, le escribe:

    Recibo en mi alma vuestra santsima amonestacin de aplicar el estudio de libros sagrados, que aunque viene en traje de con-sejo, tendr para m sustancia de precepto; con no pequeo consuelo de que aun antes parece que prevena mi obediencia vuestra pastoral insinuacin, como a vuestra direccin, inferido del asunto y pruebas de la misma carta [la Athenagrica].7

    Sor Philotea en su carta minimizaba todo su tiempo dedicado a estudios religiosos, teolgicos, msticos, filosficos, patrsticos, patro-lgicos, bblicos y olvidaba o desconoca toda esa temtica religiosa de sus escritos (villancicos, letras sacras, autos sacramentales, ejerci-cios, ofrecimientos), a la que haba entregado gran parte de sus das y sobre todo gran parte de su amor. Porque no es posible leer El Divino Narciso sin sentir las profundas vibraciones del amor divino en Sor Juana, no se pueden leer sus temas teolgicos sin sentir su profunda vida de fe, como tampoco es posible ignorar su apasionado marianismo que con razones de la mente y del corazn exalta a la Virgen Mara.

    La respuesta de Sor Juana va a enfocarse en la primera parte a demostrar al obispo lo que a nosotros a siglos de distancia nos parece

    En numerosos escritos ella hace mencin a su mala salud. "" A. Hamman, Gua prctica de los padres de la Iglesia, Bilbao, Pescle de

    Brouwer, 1969, p. 252.

  • 2 3 4

    L A P O E S A F E M E N I N A E N E L V I R R E I N A T O

    e v i d e n t e : s u p r i m o r d i a l i n t e r s e n l a t e o l o g a . H e a q u l o s t e x t o s

    d e s u r e s p u e s t a e n q u e l o d e c l a r a :

    C o n e s t o p r o s e g u , d i r i g i e n d o s i e m p r e , c o m o h e d i c h o , l o s p a s o s

    d e m i e s t u d i o a l a c u m b r e d e l a S a g r a d a T e o l o g a ; p a r e c i n d o m e

    p r e c i s o , p a r a l l e g a r a e l l a , s u b i r p o r l o s e s c a l o n e s d e l a s c i e n c i a s

    y a r t e s h u m a n a s ; p o r q u e c m o e n t e n d e r a l e s t i l o d e l a R e i n a

    d e l a s C i e n c i a s q u i e n a n n o s a b e e l d e l a s a n c i l a s ? C m o s i n

    L g i c a s a b r a y o l o s m t o d o s g e n e r a l e s y p a r t i c u l a r e s c o n q u e

    e s t e s c r i t a l a S a g r a d a E s c r i t u r a ? C m o s i n r e t r i c a e n t e n d e r a

    s u s f i g u r a s , t r o p o s y l o c u c i o n e s ? C m o s i n F s i c a , t a n t a s c u e s -

    t i o n e s n a t u r a l e s d e l a s n a t u r a l e z a s d e l o s a n i m a l e s , d e l o s s a c r i -

    f i c i o s , d o n d e s e s i m b o l i z a n t a n t a s c o s a s y a d e c l a r a d a s , y o t r a s

    m u c h a s q u e h a y ? C m o s i e l s a n a r S a l a l s o n i d o d e l a r p a d e

    D a v i d f u e v i r t u d y f u e r z a n a t u r a l d e l a m s i c a , o s o b r e n a t u r a l

    q u e D i o s q u i s o p o n e r e n D a v i d ? C m o s i n A r i t m t i c a s e p o -

    d r n e n t e n d e r t a n t o s c m p u t o s d e a o s , d e d a s , d e m e s e s , d e

    h o r a s , d e h e b d m a d a s t a n m i s t e r i o s a s c o m o l a s d e D a n i e l , y

    o t r a s p a r a c u y a i n t e l i g e n c i a e s n e c e s a r i o s a b e r l a s n a t u r a l e z a s ,

    c o n c o r d a n c i a s y p r o p i e d a d e s d e l o s n m e r o s ? C m o s i n G e o -

    m e t r a s e p o d r n m e d i r e l A r c a S a n t a d e l T e s t a m e n t o y l a

    C i u d a d S a n t a d e J e r u s a l n , c u y a s m i s t e r i o s a s m e n s u r a s h a c e n

    u n c u b o c o n t o d a s s u s d i m e n s i o n e s , y a q u e l r e p a r t i m i e n t o p r o -

    p o r c i o n a l d e t o d a s s u s p a r t e s t a n m a r a v i l l o s o ? C m o s i n A r -

    q u i t e c t u r a , e l g r a n T e m p l o d e S a l o m n , d o n d e f u e e l m i s m o

    D i o s a l a r t f i c e q u e d i o l a d i s p o s i c i n y l a t r a z a , , y e l S a b i o R e y

    s l o f u e s o b r e s t a n t e q u e l a e j c u t ; d o n d e n o h a b a b a s a s i n

    m i s t e r i o , c o l u m n a s i n s m b o l o , c o r n i s a s i n a l u s i n , a r q u i t r a b e

    s i n s i g n i f i c a d o ; y a s d e o t r a s s u s p a r t e s , s i n q u e e l m s m n i m o

    f i l e t e e s t u v i e s e s l o p o r e l s e r v i c i o y c o m p l e m e n t o d e l A r t e , s i n o

    s i m b o l i z a n d o c o s a s m a y o r e s ? C m o s i n g r a n d e c o n o c i m i e n t o

    d e r e g l a s y p a r t e s d e q u e c o n s t a l a H i s t o r i a s e e n t e n d e r n l o s

    l i b r o s h i s t o r i a l e s ? A q u e l l a s r e c a p i t u l a c i o n e s e n q u e m u c h a s v e -

    c e s s e p o s p o n e e n l a n a r r a c i n l o q u e e n e l h e c h o s u c e d i p r i -

    m e r o . C m o s i n g r a n d e n o t i c i a d e a m b o s D e r e c h o s p o d r n

    e n t e n d e r s e l o s l i b r o s l e g a l e s ? C m o s i n g r a n d e e r u d i c i n t a n t a s

    c o s a s d e h i s t o r i a p r o f a n a s , d e q u e h a c e m e n c i n l a S a g r a d a

    E s c r i t u r a ; t a n t a s c o s t u m b r e s d e g e n t i l e s , t a n t o s r i t o s , t a n t a s m a -

    n e r a s d e h a b l a r ? C m o s i n m u c h a s r e g l a s y l e c c i n d e S a n t o s

    P a d r e s s e p o d r e n t e n d e r l a o s c u r a l o c u c i n d e l o s P r o f e t a s ?

    P u e s s i n s e r m u y p e r i t o e n l a M s i c a , c m o s e e n t e n d e r n a q u e -

    l l a s p r o p o r c i o n e s m u s i c a l e s y s u s p r i m o r e s q u e h a y e n t a n t o s

    l u g a r e s , e s p e c i a l m e n t e e n a q u e l l a s p e t i c i o n e s q u e h i z o a D i o s

    A b r a h a m , p o r l a s C i u d a d e s , d e q u e s i p e r d o n a r a h a b i e n d o c i n -

    c u e n t a j u s t o s , y d e e s t e n m e r o b a j a c u a r e n t a y c i n c o , q u e

    e s s e s q u i n o n a y e s c o m o d e m i a r e ; d e a q u a c u a r e n t a , q u e e s

  • LA POESA FEMENINA EN EL VIRREINATO 235 sesquioctava y es como de re a mi; de aqu a treinta, que es ses-quitercia, que es la del diatesarn; de aqu a veinte, que es la proporcin sesquiltera, que es la del diapente; de aqu a diez, que es la dupla, que es el diapasn; y como no hay ms proporciones armnicas no pas de ah? Pues cmo se podr entender esto sin Msica? All en el Libro de Job le dice Dios: Numquid coniungere valebis micantes stellas Pleiadas, aut ffY rum rcturi poteris dissipare, Numquid producis Luciferum in tempore suo, et Vesperum super filias terrae consurgere facis? ~ cuyos trminos, sin noticia de Astrologa, ser imposible enten-der. Y no slo estas nobles ciencias; pero no hay arte mecnica que no se mencione. Y en fin, cmo el Libro que comprende todos los Libros, y la Ciencia en que se incluyen todas las cien-cias, para cuya inteligencia todas sirven; y despus de saberlas todas (que ya se ve que no es fcil, ni aun posible) pide otra circunstancia ms que todo lo dicho, que es una continua ora-cin y pureza de vida, para impetrar de Dios aquella purgacin de nimo e iluminacin de mente que es menester para la inte-ligencia de cosas tan altas; y si esto falta, nada sirve de lo dems.

    Del Anglico Doctor Santo Toms dice la Iglesia estas pala-bras: In difficultatibus locorum Sacrae Scripturae ad orationern ieiunium adhibebat. Quin etiam sodali suo Fratri Reginaldo dicere solebat, quidquid sciret, non tam studio, aut labore suo perperisse, quam divinitus traditum accepisse. Pues yo, tan dis-tante de la virtud y de las letras, cmo haba de tener nimo para escribir? Y as por tener algunos principios granjeados,. estudiaba continuamente diversas cosas, sin tener para alguna particular inclinacin, sino para todas en general; por lo cual, el haber estudiado en unas ms que en otras, no ha sido en m eleccin, sino que el acaso de haber topado ms a mano libros de aquellas facultades les ha dado, sin arbitrio mo, la prefe-rencia. Y como no tena inters que me moviese, ni lmite de tiempo que me estrechase el continuado estudio de una cosa por la necesidad de los grados, casi a un tiempo estudiaba diversas cosas o dejaba unas por otras; bien que en eso observaba orden, porque a unas llamaba estudio y a otras diversin; y en stas descansaba de las otras: de donde se sigue que he estudiado muchas cosas y nada s~, porque las unas han embarazado a las otras. Es verdad que esto digo de la parte prctica en las que la tienen, porque claro est que mientras se mueve la pluma descansa el comps y mientras se toca el arpa sosiega el rgano, et sic de caeteris; porque como es menester mucho uso corporal para adquirir hbito, nunca le puede tener perfecto quien se reparte en varios ejercicios; pero en lo formal y especulativo sucede al contrario, y quisiera yo persuadir a todos con mi expe riencia a que no slo no estorban, pero se ayudan dando luz:

  • 2 3 6 L A P O E S A F E M E . t ' J I N A E N E L V I R R E I N A T O

    y a b r i e n d o c a m i n o l a s u n a s p a r a l a s o t r a s , p o r v a r i a c i o n e s y

    o c u l t o s e n g a r c e s - q u e p a r a e s t a c a d e n a u n i v e r s a l l e s p u s o l a

    s a b i d u r a d e s u A u t o r - , d e m a n e r a q u e p a r e c e s e c o r r e s p o n d e n

    y e s t n u n i d a s c o n a d m i r a b l e t r a b a z n y c o n c i e r t o . E s l a c a d e n a

    q u e f i n g i e r o n l o s a n t i g u o s q u e s a l a d e l a b o c a d e J p i t e r , d e

    d o n d e p e n d a n t o d a s l a s c o s a s e s l a b o n a d a s u n a s c o n o t r a s . A s

    l o d e m u e s t r a e l R . P . A t a n a s i o Q u i r q u e r i o e n s u c u r i o s o l i b r o

    D e M a g n e t e . T o d a s l a s c o s a s s a l e n d e D i o s , q u e e s e l c e n t r o a

    u n t i e m p o y l a c i r c u n f e r e n c i a d e d o n d e s a l e n y d o n d e p a r a n

    t o d a s l a s l n e a s c r i a d a s .

    Y o d e m p u e d o a s e g u r a r q u e l o q u e n o e n t i e n d o e n u n a u t o r

    d e u n a f a c u l t a d , l o s u e l o e n t e n d e r e n o t r o d e o t r a q u e p a r e c e

    m u y d i s t a n t e ; y e s o s p r o p i o s , a l e x p l i c a r s e , a b r e n e j e m p l o s m e t a -

    f r i c o s d e o t r a s a r t e s : c o m o c u a n d o d i c e n l o s l g i c o s q u e e l

    m e d i o s e h a c o n l o s t r m i n o s c o m o s e h a u n a m e d i d a c o n d o s

    c u e r p o s d i s t a n t e s , p a r a c o n f e r i r s i s o n i g u a l e s o n o ; y q u e l a

    o r a c i n d e l l g i c o a n d a c o m o l a l n e a r e c t a , p o r e l c a m i n o

    m s b r e v e , y l a d e l r e t r i c o s e m u e v e , c o m o l a c o r v a , p o r e l m s

    l a r g o , p e r o v a n a u n m i s m o p u n t o l o s d o s ; y c u a n d o d i c e n

    q u e l o s e x p o s i t o r e s s o n c o m o l a m a n o a b i e r t a y l o s e s c o l s t i c o s

    c o m o e l p u o c e r r a d o . Y a s n o e s d i s c u l p a , n o p o r t a l l a d o y ,

    e l h a b e r e s t u d i a d o d i v e r s a s c o s a s , p u e s s t a s a n t e s s e a y u d a n ,

    s i n o q u e e l n o h a b e r a p r o v e c h a d o h a s i d o i n e p t i t u d m a y d e b i -

    l i d a d d e m i e n t e n d i m i e n t o , n o c u l p a d e l a v a r i e d a d .

    E n e s t a c l e b r e R e s p u e s t a / S o r J u a n a d e m u e s t r a s u i d e a v i t a l d e l a

    t e o l o g a a m p l i a m e n t e . A l l t a m b i n h a r d e r i v a r d e s u i d e a d e l h o m -

    b r e c r i a t u r a d e D i o s , h e c h o a i m a g e n s u y a , l a d i g n i d a d d e e l l a m i s m a

    c o m o p e r s o n a h u m a n a , c o n p l e n o d e r e c h o a c u l t i v a r s u i n t e l i g e n c i a ,

    d o n d e D i o s q u e d i s t i n g u e a l h o m b r e d e l b r u t o .

    L a F e y l a R a z n

    P a r t i e n d o d e t o d a l a t e m t i c a a n a l i z a d a , c o n c r e t e m o s e l p e n s a m i e n t o

    t e o l g i c o q u e e n e l l a s e c o n t i e n e .

    S a b e m o s q u e S o r J u a n a n a c e c r i s t i a n a p o r a s d e c i r l o , v i v e c o m o t a l

    y m u e r e c o m o m o n j a e j e m p l a r . C o n o c e m o s t a m b i n e l n f a s i s q u e e n

    t o d a s u v i d a d i o a l a r a z n . E s t o s d o s e l e m e n t o s c o m b i n a d o s n o s d a n

    l a p a u t a p a r a e n t e n d e r s u p e n s a m i e n t o t e o l g i c o . P a r t i r d e s d e l a s

    p r e m i s a s d e l a r e l i g i n c a t l i c a , d e u n a f e q u e n o s e b a s a e n l a r a z n ,

    s i n o e n l a r e v e l a c i n . D e u n a f e q u e n o v a c o n t r a l a r a z n p o r q u e n o

    e x c l u y e l o s p r i n c i p i o s r a c i o n a l e s , p e r o q u e c o n s i d e r a a l h o m b r e i n -

  • LA POESA FEMENINA EN EL VIRREINATO 237

    capaz de alcanzar a Dios solamente por la razn, por ello la sita en una dependencia eterna de l.

    Sus estudios son el camino para la bsqueda de la verdad y aun-que sabe que el esfuerzo humano para comprender todo lo creado fracasar por las limitaciones del entendimiento finito del hombre -Primero Sueiio-, sabe tambin que mediante el esfuerzo de la inte-ligencia podr acercarse a la verdad, satisfacer esa ansia de saber que es en ella la bsqueda de la felicidad.

    Al igual que Santo Toms, no es escptica pues a pesar de tener conciencia de sus limitaciones, se lanza al estudio de la teologa por-que le parece "menguada inhabilidad siendo catlica no saber todo lo que en esta vida podemos alcanzar por medios naturales de los divinos misterios".

    Esta ideologa nos la destaca sobre el panorama de la filosofa to-mista de su poca.

    Sor Juana acepta que lo que la mente humana no alcanza en su reflexin filosfica, lo alcanza la fe, y entonces aade a sus estudios la revelacin como fuente de conocimiento. Ella conoci indudable-mente la definicin que el concilio tridentino hizo de la fe. En sta se afirma que la fe es la virtud por la cual " ... tenemos por infalible todo cuanto la Iglesia propone como revelado por Dios". Haciendo suyo el pensamiento de Santo Toms, nos explica que as como la gracia no destruye a la naturaleza, antes la perfecciona, la revelacin no destruye a la razn, antes la ilumina ayudndola a entender lo que ella, limitada, no alcanza.

    Con estos conceptos Sor Juana combina dos elementos, razn y fe, pero luego, pese a la importancia que da a la razn, se adentra ms en el camino de la fe cuando valora a la mstica como fuente tam-bin de conocimiento teolgico.

    Es fcil de comprender que Sor Juana diera esa gran importancia a la intuicin mstica si consideramos que ella vive en una poca en que.son paradigma los grandes msticos, que en la Nueva Espaa ha-ba en su tiempo un apogeo de la mstica femenina que se prolonga hasta el siglo xvm.

    Para ella fue tambin una va vlida de conocimiento la intuicin mstica, confirmndonoslo el hecho de que utiliz como fuentes de verdad el Apocalipsis de San Juan, La mstica ciudad de Dios de la venerable Mara de Agreda, as como el gran aprecio que tuvo y el tiempo que gast en conocer a Santa Teresa, a quien llamaba "ma-dre ma'', y a San Juan de la Cruz, cuya influencia aflora por ejem-plo en El Divino Narciso, y las menciones que hace a sucesos que entran dentro de la mstica, aceptndolos como verdades.

  • 2 3 8 L A P O E S A F E M E N I N A E N E L V I R R E I N A T O

    T o d o e s t o l a a c e r c a m s a n a l p e n s a m i e n t o d e S a n t o T o m s . R e -

    c o r d e m o s q u e e l f i l s o f o d e A q u i n o , e n c i e r t a o c a s i n , t r a s u n o d e

    a q u e l l o s a r r e b a t o s m s t i c o s q u e t u v o e n s u s l t i m o s a o s , d e c i a r a

    s u s h e r m a n o s d e r e l i g i n q u e t o d o c u a n t o h a b a e s c r i t o d e D i o s e r a

    b a s u r a j u n t o a l o q u e h a b a c o n o c i d o d e l p o r i n t u i c i n m s t i c a .

    P a r a e n t e n d e r m s l o q u e e r a l a f e e n S o r J u a n a - e s t a m o s h a b l a n -

    d o d e F e c r i s t i a n a - , r e c o r d e m o s a l g u n o s d e l o s c o n c e p t o s q u e n o s

    d e j e n l o s p r r a f o s d e s u s o b r a s y a c i t a d a s : " f e e s c r e e r e n e l v a t i -

    c i n i o " , " f e e s c r e e r l o n o v i s t o ' ' , " f e e s c r e e r p o r q u e D i o s l o d i j o " .

    S o r J u a n a n o s e s t h a b l a n d o a q u d e u n a f e b a s a d a e n l a r e v e l a

    c i n q u e d e D i o s s e v a h a c i e n d o a p a t r i a r c a s y p r o f e t a s . P e r o t a m b i n

    n o s h a b l a d e u n a f e q u e t r a s p a s a l o s s i g l o s , l a s d i s t a n c i a s , l o q u e n o

    p u d i m o s v e r y n o s l o h a c e t a n e v i d e n t e c o m o l o q u e t e n e m o s a q u

    a n t e n u e s t r o s o j o s . N o s h a b l a d e e s a f e q u e s o b r e p a s a l o q u e e r a

    a n u n c i o , l a f e e n C r i s t o q u e e s y a r e v e l a c i n v i v a d e D i o s . P o r q u e

    " l o d i j o l " , q u e e s l a v e r d a d . P e r o l u e g o n o s d i c e " f e e s c r e e r c o n -

    t r a l o s s e n t i d o s " .

    E l l t i m o c o n c e p t o n o s p l a n t e a u n a a p a r e n t e c o n t r a d i c c i n e n t r e

    l a f e y l a r a z n . S o r J u a n a , s i g u i e n d o a S a n t o T o m s e n s u t e o r a

    d e l c o n o c i m i e n t o , a c e p t a c o m o l q u e n a d a h a y e n e l e n t e n d i m i e n t o

    q u e n o h a y a p a s a d o a n t e s p o r l o s s e n t i d o s , y e s t a a s e v e r a c i n f i l o -

    s f i c a e n t r a r a p a r e n t e m e n t e e n c o n f l i c t o c o n l a a f i r m a c i n d e l " m i s -

    t e r i o p o r a n t o n o m a s i a " . S i n e m b a r g o n o h a y t a l , p o r q u e S o r J u a n a ,

    a p o y a d a n u e v a m e n t e e n e l A q u i n a t e n s e , v a a s o s t e n e r q u e l a i n f o r m a -

    c i n d e l o s s e n t i d o s e s l i m i t a d a , p o r e l l o l a m e n t e s e e q u i v o c a e n e l

    j u i c i o . E n c a m b i o l a f e a l c a n z a d o n d e l o s s e n t i d o s n o l l e g a n .

    A s s a b e p o r l a f e q u e l a E u c a r i s t a e s l a s u s t a n c i a d e J e s u c r i s t o ,

    a u n q u e l o s s e n t i d o s d i g a n q u e t i e n e e l s a b o r , l a a p a r i e n c i a y e l o l o r

    d e l p a n . E l e n t e n d i m i e n t o s e h a r e n d i d o a l a f e , p o r q u e a c e p t a q u e

    s t a a l c a n z a m s , s a b e m s .

    R e c o n o c e q u e l o s m i s t e r i o s d e l a f e s o n i n a l c a n z a b l e s a l e n t e n d i -

    m i e n t o h u m a n o , m a s n o p o r q u e s e a n c o n c e p t o s i r r a c i o n a l e s ; s i n o s u -

    p r a r r a c i o n a l e s y p o r t a n t o n o r e p u g n a n a l a r a z n .

    T o d o e s t o n o s h a c e c o m p r e n d e r e l v a l o r q u e e n e l p e n s a m i e n t o d e

    S o r J u a n a t e n a l a f e , p e r o p o r s i f u e r a p o c o , r e c o r d e m o s l o s p r r a -

    f o s d e l A u t o d e S a n H e r m e n e g i l d o , e n d o n d e e l l a h a b l a d e l a f e c o m o

    v i r t u d c r i s t i a n a s u p e r i o r y b a s e d e l a s d e m s . S o l d e l a f e l a l l a m a

    r e c o n o c i n d o l a c o m o l a l u z q u e i l u m i n a l a m e n t e . L u z q u e v i e n e d e

    D i o s a l e n t e n d i m i e n t o h u m a n o p a r a q u e s e a d e l a n t e a v e r d o n d e l a

    v i s t a n o a l c a n z a .

    E n S o r J u a n a n o h a y u n s o l o p e n s a m i e n t o d e d i s c r e p a n c i a e n t r e

    f e y r a z n , p o r e l c o n t r a r i o , a m b a s v a n d e l a m a n o e n p e r f e c t a a r m o -

  • LA POESA FEMENINA EN EL VIRREINATO 239

    na, ayudndose en el camino del conocimiento, al igual que estu-vieron en el pensamiento de Santo Toms.71

    Por todo esto, pese a que Sor Juana vive ya los inicios de ese mun-do racionalista que, como afirma Elas Trabulse en su magistral estudio de Ciencia y religin en el siglo XVII, rechaza la revelacin como fuente de verdad, el milagro por parecerle irracional y la pro-feca porque rebasa la comprensin humana,72 ella se mantiene fiel a la verdad de la revelacin, se rinde ante el milagro que es slo "obra de Dios verdadero" y encuentra en la profeca una luz para la fe. U no de los grandes valores de Sor Juana como cristiana y como monja es su mirar sereno ante la llegada del cientificismo. No perder la proporcin de ella misma, criatura de inteligencia limitada, frente a Dios, suma sabidura. Por eso ha dicho que la razn es limitada, que la fe alq_nza ms. Para ella s hay verdades que estn por en-cima de la razn, al supuesto revelado no lo sustituye un postulado racional, por ello fe y razn se complementan, al igual que las leyes naturales con la ley de gracia se perfeccionan.

    La fe y la ciencia

    En el pensamiento de Sor Juana no se confunden. Para ella la cien-cia se forma con verdades, pero verdades que son evidencia en la conciencia.

    "En el pensamiento tomista, ciencia era cierto conocimiento que se tena en virtud de la aplicacin de principios evidentes de suyo cono-cidos como ciertos a la luz de la ciencia superior".73 Si recordamos que Sor Juana ha dicho que la evidencia no es fe, tendremos que acep-tar que su concepto de ciencia se aleja del concepto tomista, puesto que la evidencia de la razn es diferente a la luz de la fe o ciencia superior.

    Esta posicin frente a la ciencia est siempre viva en su pensa-miento, mostrndolo, por ejemplo, al escribir el poema a la esperanza Verde embeleso de la vida humana, en el que declara el valor que da a lo que es evidente a la razn: "que yo ms cuerda en la fortuna ma, tengo entre ambas manos, ambos ojos y solamente lo que toco veo". Es decir los sentidos son la fuente de informacin para el cono-

    71 Frederick Copleston, S. J., El pensamiento de Santo Toms de Aquino, M-xico, rondo de Cultura Econmica, 1976, p. 64 .

    .,. Ellas Trabulse, Ciencia y religin en el siglo XVII, Mxico. El Colegio de Mxico, 1974.

    73 Fredcrick Copleston, S.J., op. cit., p. 77.

  • 2 4 0 L A P O E S A F E M E N I N A E N E L V I R R E I N A T O

    c i m i e n t o c i e n t f i c o . P o r l o s d a t o s q u e l a m e n t e r e c i b e l a r a z n c o n o c e .

    E n s u f e n o p u e d e h a b e r d u d a s q u e p r o v e n g a n d e l a c i e n c i a p o r -

    q u e p a r a e l l a l a c i e n c i a e x p l i c a l o q u e c r e e m o s p o r f e , p u e s c i e n c i a

    e s i r c o m p r e n d i e n d o l a o b r a d e D i o s . P o r e s o e n s u r e s p u e s t a a S o r

    P h i l o t e a e x p l i c a c m o e s t u d i a e n t o d a s l a s c o s a s q u e D i o s c r i y d i c e :

    " n a d a v e a s i n r e f l e j o , n a d a o a s i n s e g u n d a c o n s i d e r a c i n , a u n e n

    l a s c o s a s m s m e n u d a s y m a t e r i a l e s p o r q u e c o m o n o h a y c r i a t u r a , p o r

    b a j a q u e s e a , e n q u e n o s e c o n o z c a e l m e f e c i t D e u s n o h a y a l g u n a

    q u e n o p a s m e e l e n t e n d i m i e n t o , s i s e c o n s i d e r a c o m o s e d e b e " .

    S i n e m b a r g o , d e n t r o d e l i n t e r s e n e s t u d i a r l a o b r a d e D i o s h a y

    a l g o n u e v o . E n e l p e n s a m i e n t o a r i s t o t l i c o - t o m i s t a l a f s i c a e r a s l o

    u n a c i e n c i a t e r i c a q u e c o m o t o d a c i e n c i a e s p e c u l a t i v a e s t a b a u n i d a