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    I S S N   1 1 3 3 - 0 1 0 4

    La santidad en el Oriente cristiano

    Cebr ià M.

      P l F A R R É

    R e s u m e n . L o s m o d e l o s d e s a n t i d a d d e l a e s p i

    r i t u a l i d a d r u s o - e s l a v a , q u e b r i l l a n d u r a n t e l o s

    s i g l o s X I X - X X , s e c a r a c t e r i z a n p o r s u h u m i l

    d a d d e v i d a , s u o r a c i ó n f e r v o r o s a y s u c a r i d a d ,

    q u e l o s c o n v i e r t e e n t e s t i g o s d e l R e i n o . S e s a

    b e n p a r t e d e l a I g l e s i a , c u e r p o s a c r a m e n t a l d e

    C r i s t o ( e l C r i s t o  kenótico,  e l h u m i l d e h e r m a n o

    d e l o s p o b r e s y h u m i l d e s ) , d e c u y a s a n t i d a d ,

    c o m u n i c a d a e n l a l i t u r g i a , i n t e n t a n p a r t i c i p a r

    d e m a n e r a c o n s c i e n t e , e n l a v i d a s e n c i l l a d e

    c a d a d í a , e n c o m u n i ó n d e a m o r c o n t o d o s l o s

    h o m b r e s y c o n l a c r e a c i ó n e n t e r a , p o r c u y a

    s a l v a c i ó n i n t e r c e d e n . D e s t a c a n l a f u n c i ó n p r i

    m o r d i a l d e l E s p í r i t u S a n t o e n l a e x p e r i e n c i a

    c r i s ti a n a , c a r a a l a p u r e z a d e l c o r a z ó n q u e h a c e

    p o s i b l e l a « o r a c i ó n d e l c o r a z ó n » y e l c o n o c i

    m i e n t o d e l s e n t i d o d e l a s E s c r i t u r a s . E s t á n

    c o n v e n c i d o s d e l c a r á c t e r i n t u i t i v o , m í s t i c o y

    e c l e s i a l d e l a v e r d a d , q u e s e c o n o c e p o r e l

    a m o r ; p o r e l l o c o n t e m p l a n e l m u n d o c r e a d o

    c o m o b e l l e z a d e D i o s , y a C r i s to , c o m o « r e s

    p l a n d o r d e l P a d r e » .

    P a l a b r a s c l a v e : e s p i r i t u a l i d a d e s l a v a , K i e v ,

    s t a r e t z , o r a c i ó n d e l c o r a z ó n , c a r d i o g n o s i s , C r i s

    t o kenó t i co , d i a kr i s i .

    A b s t r a c t . T h e m o d e l s o f s a n c t i t y w h i c h e x e m

    p l i f y R us s i a n- S l a v o n i c s p i r i t ua l i t y dur i ng t he 1 9 *

    a n d

      2 0

    l h

      cent ur i e s a re cha ra c t er i zed by hum i l i t y

    of l i f e , f ervent prayer and chari ty : t ra i t s which

    t ra ns f o rm ed t he i r f o l l o w ers i n t o w i t nes s es o f t he

    K i n g d o m . T h e y a r e c o n s c i o u s o f b e l o n g i n g t o t h e

    C hurch , t he s a cra m ent a l bo dy o f C hr i s t ( t he   ke -

    notic  C hr i s t , t he hu m b l e bro t her o f t he po o r a nd

    t he hum bl e ) . T hey t ry t o pa r t i c i pa t e co ns c i en

    t ious ly in Chris t ' s sanct i ty through the l i turgy , l i

    v i n g t h e i r s i m p l e , e v e r y - d a y l i f e i n c o m m u n i o n

    o f l o v e w i t h a l l peo p l e a nd w i t h t he w ho l e o f cre

    a t i o n , w ho s e s a l v a t i o n t hey pra y f o r . T hey em

    phas ize the primary funct ion of the Holy Spir i t in

    t h e C h r i s t i a n e x p e r i e n c e , e s p e c i a l l y c o n c e r n i n g

    t he pur i t y o f hea r t w h i ch m a kes po s s i b l e t he

    « pra y er o f t he hea r t » a nd t he kno w l edg e o f H o l y

    S cr i p t ure . T hey a re co nv i nced o f t he i n t u i t i v e ,

    m y s t i ca l a nd ecc l e s i a l cha ra c t er o f t ru t h , kno w n

    by w a y o f l o v e a nd t hro ug h w hi ch t he crea t ed

    w o r l d i s c o n t e m p l a t e d a s t h e b e a u t y o f G o d , a n d

    Chris t as the «splendor of the Father* .

    K e y w o r d s : S l a v o n i c s p i r i t u a l i t y , K i e v ,  staretz,

    pra y er o f t he hea r t , ca rd i o g no s i s ,   kenotic  C hr i s t ,

    d iakris i .

    Las reflexiones que siguen sobre «La santidad en el Oriente cristiano», y más

    en concreto sobre la espiritualidad de algunas figuras representativas de la Rusia

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    Cebrià M. Pifarré

    contempo ránea, quisieran ser, tal como se recuerda en el program a de e ste Simposio,

    una pequeña aportación al «gran ecu men ismo d e la santidad». Cara a comp render

    mejor el contexto p ropio de las figuras del misticism o ruso aq uí presentada s, se re

    cuerdan algunos e lementos qu e han configurado el cristianismo de O riente.

    1.  Forma s de santidad en el Cristianismo oriental

    El Cristianismo oriental, sobre cuyo desarrollo y actualidad existe una copio

    sa bibliografía, también en ámbito católico

    1

    , a pesar de tener en común el saberse he

    rencia de la época patrística, está configurado por una rica sinfonía de voces. Tres

    factores determinaron la configuración de esta sinfonía y la constelación de sus for

    mas de santidad: la estructura patriarcal, las controversias cristológicas y la difusión

    del monacato.

    La estructura patriarcal nos rem ite a las antiguas sedes d e An tioquía de Siria

    y Alejandría, y a las dos grandes familias litúrgicas que de ellas derivan

    2

    . Nos re

    mite asimismo a la Iglesia madre de Jerusalén, desde el siglo   V   centro de peregri

    nación, Iglesia ejemplar por su liturgia, mucho s de cuyos e leme ntos entraron en to

    dos los ri tos de Oriente y Occiden te. Sobre el patriarcado de C onstantinopla baste

    recordar el papel de su basileus,  que conv oca en la capital imperial o en sus alrede

    dores los siete grandes Concil ios Ecuménicos, en cuyos debates se abordaron las

    más cande ntes cuestiones trinitarias y cristológicas, que tan profundam ente marca

    ron la teología y la espiritualidad de Oriente

    3

    . Es en este sentido q ue las co ntrover-

    1.

      E nt re l a r i ca b i b l i o g ra f í a s o bre e l C r i s t i a n i s m o de O r i ent e : N .

      Z E R N O V ,

      Cristianismo Oriental,

    G ua da rra m a , Ma dr i d 1 9 6 2 ; O l i v i er   CLÉMENT,  L Église orthodoxe,  P a r i s 1 9 6 1 ; W .  DE VRIES,  Ortodoxia

    y catolicismo,  H erder , B a r ce l o na 1 9 6 7 ; P a u l  EV DOKIM OV ,  La Ortodoxia,  E d . 6 2 , B a r ce l o n a 1 9 6 9 ; J ea n

    M EY EN DORF F ,  La Iglesia ortodoxa ayer y hoy,  D e s c l é e d e B r o u w e r , B i l b a o 1 9 6 9 ; N .  AFFANASSIEFF,

    L Église du Saint-Esprit,

      P a r i s 1 9 7 1 ; A .

      SCHMEMANN,  Le grand carême. Ascèse et liturgie dans l Egli

    se orthodoxe,  A b b a y e d e B e l l e f o n t a i n e , B é g r o l l e s - e n - M a u g e 1 9 7 4 ; T .

      SPIDLIK,

      La spiritualité de l O

    rient chrétien. Manue l systématique,  e n  « O C A »  2 0 6 , R o m a 1 9 7 8 ; V .  PERI,  La «Grande Chiesa» Bizan

    tina. L ambito ecclesiale dell Ortodossia,  B r e s c i a 1 9 8 1 ; V l a d i m ir  L O S S K Y ,  La teologia mistica de la

    Iglesia de Oriente,

      H erder , B a rc e l o na 1 9 8 2 ; D .

      STANILOAE,

      Le genie de l Orthodoxie. Introduction,

      P a

    ris 1985; J. Z I Z I O U L A S,  Being as Communion,  C r e s t w o o d , N e w Y o r k 1 9 8 5 ; S .  RU N CIM AN ,  Bizancio: es

    tilo y civilización,

      M a d r i d 1 9 8 8 ; N i c o l a s

      L O S S K Y ,  Orthodoxie-Orthodoxie moderne et contemporaine,

    e n J e a n - Y v e s

      LACOSTE,

      Dictionnaire critique de théologie,

      P U F ,

      P a r i s 1 9 9 8 , pp . 8 3 0 - 8 3 5 .

    2.  D e l a ra m a a l e j a ndr i na der i v a n l o s r i to s co pt o y e t i o p i co ; de l a ra m a a nt i o quena , e l r i to s i r í a co ,

    de t ipo occidenta l ( s iro-at ioqueno , bizant ino , armenio) y orienta l ( r i to ca ldeo) . En la l i turg ia de la Ig le

    s ia es tá e l a lma y e l t esoro más precioso de la Ig les ia , y sus r i tos expresan tanto la rea l idad concreta de

    cada Ig les ia loca l , su sent ir más hondo, como su t eo log ía y espir i tua l idad.

    3.

      C o ns t a n t i no p l a nunca i n t erv i no a l a m a nera de R o m a en l a s reg i o nes de l i m pe r i o ro m a no de ha

    b l a g r i eg a , y m eno s a ún s o bre l a s co m uni da des a s ent a da s en l a s f ro nt era s o r i en t a l e s de l i m per i o , cuy o s

    o r í g enes rem o nt a ba n a m enudo a l o s pr i m ero s t i em po s y que v i v í a n en pa í s e s de cu l t ura s m uy a nt i

    g ua s , co m o E g i p t o o S i ro - Mes o po t a m i a , t a n o rg u l l o s o s de s u t ra d i c i ó n co m o ce l o s o s de s u l eng ua .

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    La santidad en el Oriente cristiano

    sias cr istológicas debatidas en los siete grandes Concil ios ecuménicos, cuya pre

    sentación se compendia en el  De fide orthodoxa  de Juan Damasceno, fueron un

    factor crucial en la configuración del Oriente Cristian o. A este factor hay que aña

    dir la influencia decisiva que la difusión del monacato tuvo sobre las formas de

    santidad del Oriente cristiano

    4

    . En ellas es inconfundible el sello de aq uel clim a re

    ligioso y cultural en el que se desarrolló la espiritualidad patrística, que nunca se

    paró teología y santidad, y cuyas características han sido destacadas con acierto:

    piedad objetiva, sentido del misterio, dimensión eclesial y comunitaria de la pie

    dad, valor de la palabra, el sentido bíb lico

    5

    .

    2 .  Nacimiento y desarrollo de la espiritualidad ruso-eslava

    6

    Despué s de la caída de Constantinopla (1 453), cuando buena parte del mun

    do ortodoxo —patriarcados de Alejandría, Antioquía, Jerusalén— se encontraba

    bajo ocupación musulmana, el Crist ianismo ruso toma conciencia de su misión y

    M oscú reem plaza a Constantinopla co mo centro de la ortodoxia. La conversión de

    los pueblos eslavos al cristianismo, cuyos inicios se atribuyen a los santos Cirilo y

    Metodio de Salónica, en el siglo  IX,  contrarresta el declinar de la teología de la Or-

    4.

      E nt re l o s m a e s t ro s de o ra c i ó n de l m o n a ca t o des t a ca n A t a na s i o y l o s C a pa d o c i o s , E v a g r i o P ó nt i -

    c o ( t 3 9 9 ) y J u a n C l í m a c o ( t 6 4 9 c a . ) , c u y a t r a d i c i ó n r e c o g e r á S i m e ó n e l N u e v o T e ó l o g o ( f l 0 2 2 ) , m o n

    j e en e l E s t ud i o de C o ns t a nt i no p l a , t eó l o g o de l s o brena t ura l co ns c i en t e ( f l 0 2 2 ) , m a es t ro de l a o ra c i ó n

    unida a l respirar y a la luz . Entre los s ig los   XIII  y x i v , a pes a r de l a deb i l i da d po l í t i ca de l I m per i o , B i -

    za nc i o enco ntra rá s u ex pre s i ó n t eo l ó g i ca e n l a m í s t i ca de l o s he s i ca s t a s .

    5 . C f r . l a s i nd i ca c i o nes de M.   PELLEGRINO,  Padres y liturgia,  e n D .  S ARTORE- M . TRIACCA  et al.

    ( eds . ) ,  Nuevo D iccionario de Liturgia,

      P a u l i na s , Ma dr i d 1 9 8 9 , pp . 1 5 3 8 - 1 5 4 6 . P i eda d o bj e t i v a que fl o

    rece en una c l i m a de i n t ens a v i da l i t úrg i ca . S u m eo l l o , « s i n neg a r l a i n t i m i da d de l co l o qu i o co n D i o o

    con Cris to» , es e l mis ter io de la Trinidad y de la Encarnación que hay que creer y adorar, hacer propio

    en l a v i da , de m a nera que l a ex i s t enc i a crey ent e s e o r i en t e « no s eg ún e l s en t i m i ent o que pa s a , s i no s e

    g ún l a rea l i da d cre í da , m ed i t a da , v i v i da » . P i eda d o bj e t i v a i ns epa ra b l e de l s en t i do de l m i s t er i o , e s de

    c i r , co nc i enc i a de l do n que v i ene de D i o s y que e l ho m bre a co g e des de una a c t i t ud de a do ra c i ó n y a l a

    ba nza y que , en í n t i m a co nex i ó n co n l a l i t urg i a , i m preg na l a ca t eques i s . C a rá c t er ec l e s i a l de l a

    s a nt ida d , cuy o cent ro e s l a E uca r i s tí a pres i d ida po r e l o b i s p o , en l a co nc i e nc i a de f o rm a r una a s a m bl ea

    de o ra c i ó n , en co m uni ó n co n t o da s l a s I g l e s i a s . L o s P a dres g r i eg o s ex t i enden e l s en t i do de l m i s t er i o a l

    ho m bre , pers o na e i m a g en de l D i o s pers o na l , cuy a v erda dera na t ura l eza e s l a d i v i n i za c i ó n . L a pr i o r i

    dad concedida a la persona , que luego se rea l iza en una natura leza determinada, remite a l mis ter io t r i

    n i t a r i o que l a f e no s rev e l a . E l hecho de que l a s t re s pers o na s co ns t i t uy en un s o l o D i o s , una s o l a na t u

    ra l eza a bs o l u t a , he a qu í e l g ra n m i s t er i o que s upera t o do en t end i m i ent o . C o m prens i b l e s ó l o a l a l uz de

    la santa Trinidad, en su vocación irrepet ible , e l hombre, de manera s imi lar a las personas div inas , es tá

    l lamado a rea l izarse en e l compart ir , en l ibertad y amor, con otras personas .

    6. Cfr. S.W .  SWIERKOSZ-LENART,  Le origini e lo sviluppo della cristianità slavo-bizantina,  R o m a

    1992;

      Igor

      SMOLITSCH,

      Moines de la sainte Russie,

      Marne, Paris 196 7 .

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    Cebriá M. Pifarré

    todoxia entre los griegos

    7

    . Junto con el cristianismo, «trasplantan la idea teocrática,

    a la imagen de Bizanc io, formando así el bizantinismo teocrático»*.  En la historia

    espiritual de Rusia suelen distinguirse tres períodos.

    El período de los orígenes, cuyo centro fue Kiev, tuvo en san Teodosio del

    mo nasterio de Pecersk al representante más gen uino. Los primeros santos canon i

    zados en el reino de Kiev fueron Boris y Gleb, hijos de san Vladimiro (t 1015), y

    aunque víctimas de un crimen político, son venerados por el carácter purificado

    que tiene toda m uerte violenta e injusta.

    El segund o período , desde del siglo

      X I V

      al siglo

      X V I I ,

      la capital se desplaza

    de Kiev a Moscú y se caracteriza por un importante resurgir de la nación en lucha

    con los tártaros en O riente y con los bárbaros en O cciden te. Es el período en q ue el

    mundo eslavo, después de la caída de Constantinopla (1453), toma conciencia de

    su alma cristiana. El arte religioso de inspiración bizantina florece con figuras

    como Teófanes el Griego (1340ca.-1410), cuyo paso por la capital impulsó el ar te

    del icono en el espíri tu hesicasta. De su discípulo Andrej R ub l 'ov (1 360ca.-1 427),

    iconógrafo del monasterio de la Trinidad de Moscú, consta el anhelo por traducir

    en los iconos su ideal de vida interior y de com unión con la santa Trinida d

    9

    . Sobre

    sale en este período la figura de san Sergio de Radonez (fl392), padre de una plé

    yade de san tos, cuya biografía antigua es una especie de manual d e vida ascética.

    Dos grandes reformado res surgen a raíz de la decade ncia de los monasterios, cuya

    difusión en el siglo   X V  fue notable: san Nilo de Sorsky ( t 1508), impulsor de un

    cristianismo de transfiguración, profético, según la tradición pneumática de la po

    breza y de la contem plación mís t ica

    1 0

    , y san José de Volokolamsk (t 1515) que, en

    7 . D e s p ué s de l a f ra ca s a da un i ó n de F l o renc i a ( 1 4 3 8 - 1 4 3 9 ) , que rec o no c í a el p l ura l i s m o l i túrg i co

    y ca nó n i co , y a ba j o l a o cupa c i ó n o t o m a na , l a O rt o do x i a s e rec l uy e en un c i er t o co ns erv a dur i s m o , y

    que da fi jada la t radic ión li túrg ica s iro-bizant ina en e l conjunto de la Ortod oxia . Co n la U ni ón de B rest -

    L i t o v s k d e 1 5 9 6 , la m i no r í a o r t o do x a de U cra n i a y B i e l o rrus i a en t ra ba j o la j ur i s d i cc i ó n de R o m a . R e

    l a t iv a i n f l uenc i a de l cr i s t i a n i s m o o cc i dent a l en e l ca l v i n i s m o de C i r i l o L o uka r i s , pat r ia rca de C o ns t a n

    t i no p l a en 1 6 2 0 , co m ba t i do po r e l m et ro po l i t a de K i ev , P edro Mo g hi l a , y po r D o s i t eo , pa t r i a rca de

    Jerusa lén. La Ortodoxia de los dos úl t imos no escapa a las inf luencias la t inas .

    8. P.

      EV DOKIM OV ,

      La Ortodoxia,

      cit . , p. 35 .

    9 . A nd re j R u bl ' o v pa s ó pa r te de s u v i da en la L aura de l a T r i n i da d de sa n S erg i o de Mo s cú . E l

    icono de la Trinidad, conservado en la Galería Tret jakov de Moscú es su obra emblemát ica: a part ir de

    l a e s c ena d e l a ho s p i t a l i da d q ue A bra há n o f rec i ó a l o s t res á ng e l e s de l S eño r , ex pre s a e l a m o r que une

    las t res personas div inas gracias a l movimiento c ircular sugerido por e l ros tro incl inado de los t res án

    g e l e s . L a e s cena recuerda a qu i en l a co nt em pl a que t o do ho m bre e s t á l l a m a do a pa r t i c i pa r en e l m i s t e

    r i o de l a co m uni ó n d i v i na , en e l ba nquet e nupc i a l de l C o rdero . E l C o nc i l i o de l l o s C i en C a p í t u l o s

    ( 1 5 5 1 ) pro c l a m ó s u T r i n i da d « m o de l o de t o do i co no o r t o do x o » .

    10.  D ura n t e uno s a ño s m o nj e en e l M o nt e A t h o s , en s u  Regla para eremitas  del va l le del r ío Sora ,

    N i l o reco m i enda l a p l eg a r i a de co ra zó n , s i g u i endo l a s ens eña nza s de G reg o r i o e l S i na i t a ( 1 2 5 5 - 1 3 4 6 ) .

    A é l se a tr ibuye la di fus ión del idea l hes icasta en e l Oriente es lavo . Cfr . Igor   SMOLITSCH,  Moines de la

    Sainte Russie,

      c i t . , pp . 5 8 - 6 3 .

    1 1 2

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    La santidad en el Oriente cristiano

    contraposición, defendía un cristianismo social organizado, de corte sacral

    1

    ' . Situa

    ciones adversas como el Cisma (Raskol) de los   viejos creyentes  e n 1 6 6 6

    1 2

    , y asi

    mismo la latinización de los teólogos de Kiev y el absolutismo y la secularización

    de Pedro el Grande, que suprimió el patriarcado de Moscú y lo sustituyó por un sí

    nodo,  no impidieron el florecimiento de la santidad, como lo ilustra el testimonio

    del obispo Dimitrio de Rostov (s.

      X V I I ) .

    El tercer períod o, el que aq uí nos ocupa, va desd e la segunda m itad del siglo

    X V I I I

      hasta nuestros días. La santidad «florece ahora a la sombra del acontecer po

    l í tico, en el si lencio d e los mo nas terios»

    1 3

    , y entre los espirituales más apreciados

    de la época sobresale Ticón de Zado nsk (1 1 783), autor del

      Tesoro espiritual oculto

    en el mundo,

      cuyas instrucciones p rácticas enseñan a ver la naturaleza « com o un li

    bro espiritual», pues ante el mundo el hombre no es un simple espectador, sino que

    debe santificar el mundo, vivificarlo, colaborando con el Espíritu vivificador

    1 4

    . Sin

    embargo, la renovación del monacato ruso y la difusión de la oración de Jesús en

    área eslava, se debe sobre todo a Paisy Velichkovsky

    1 5

      ( f l794) . Descontento con

    los estudios teológicos d e Kiev, y después de unos añ os de experiencia mon ástica

    en el monte Athos, fundó en Moldavia dos monasterios, verdaderos faros que irra

    diaron por toda Ru sia un gran de spertar espiritual, de corte filocálico y neoh esicas-

    ta, gracias sobre todo a la traducción al eslavo de la gran antología de textos sobre la

    oración hesicasta, la Filocalia Dobrotoljubie,  ed. en 1 793), llevada a cabo por sus

    discípulos

    1 6

    . A este despertar espiritual contribuyeron no poco algunos pensadores

    y literatos rusos del siglo

      X I X

     y

     X X

    1 7

    .

    1 1 .  S o b re J o s é de V o l o ko l a m s k c fr . T .

      SPIDLIK,  LOS

      grandes místicos rusos,  C i u d a d N u e v a , M a d r i d

    1 9 8 6 , p p. 1 0 1 - 1 1 6 .

    1 2 .  S e t rat a de l a f uer t e rea c c i ó n de l a rc i pres t e A v v a k um y s us s e g u i d o res , a ra í z de l a co rrec c i ó n

    de los l ibros l i túrg icos rea l izada por e l patr iarca de Moscú, Nikón   ( 1 6 0 5 - 1 6 8 1 ) .  La causa remota sería

    el r i tua l i smo formal d e una Ig les ia o f ic ia l má s interesada por la f idelidad a l pasa do que por la V erdad.

    1 3 .  P a u l  EV DOKIM OV ,  Ortodoxia,  c i t ., p . 3 7 .

    1 4 .  T ex t o s en T o m á s  SPIDLIK,  LOS  grandes místicos rusos,  c i t . , pp.  5 9 - 6 5 .

    1 5 .  P a ï s s i j  VELITCHKOVSKIJ,  Autobiographie d un starets  ( « S p i r i t ua l i t é O r i ent a l e»  5 4 ) ,  A b b a y e d e

    B e l l e f o n t a i n e

      1 9 9 1 .

      T a m bi én I g o r

      Moines de la Sainte Russie,

      c i t . , pp.

      8 0 - 1 0 4 .

    1 6 .  E l renacer de l a t ra d i c ió n hes i ca s t a , en p l eno per í o do de l a s L u ces , co m i enz a en e l M o nt e A t ho s

    co n l a reco p i l a c i ó n de l a a nt o l o g í a de t ex t o s a s cé t i co s y m í s t i co s — P a dres de l des i er t o y de e s cr i t o res

    es p i r i t ua l e s de l s . i v a l x v — s o bre l a o ra c i ó n perpe t ua o de J es ú s . A u t o re s de l a rec o p i l a c i ó n f uero n

    N i c o d e m o H a g i o r it a ( « d e l a S a nt a M o n t a ñ a » ,

      1 7 4 8 - 1 8 0 9 )

      y Ma ca r i o

      ( 1 7 3 1 - 1 8 0 5 ) ,

      m et ro po l i t a de C o -

    rinto. La  Filocalia  ( a m o r de la be l l eza , de l a bo nda d ) g r i eg a a pa rec i ó en V enec i a en

      1 7 8 2 .

    1 7 .

      I m pu l s a do s po r e l ro m a nt i c i s m o y po r e l i dea l i s m o a l em a n es , redes cubren l o s v a l o res e s p i r it ua

    l e s de l cr i s t i a n i s m o es l a v o . E l pen s a m i en t o re l i g i o s o rus o de l o s s i g l o s x i x y x x f ue una res pues t a a l a

    rev ue l t a de l O cc i dent e m o derno . B erd i a e f f dec í a de D o s t o ï ev s k i que s a b í a t o do l o que s upo Ni e t z s che ,

    y a l g o m á s . R us i a co no ce una i m po rta nt e v ue l t a a l o s P a dres de la I g l e s i a , cuy o s t ex t o s s o n t ra duc i dos

    a l rus o en l a s a ca dem i a s de t eo l o g í a , co n repres ent a nt es co m o e l m et ro po l i t a de Mo s cú , F i l a re t e   ( 1 7 8 2 -

    1 8 6 7 ) ,

      y l o s t e ó l o g o s K h o m i a k o v

      ( 1 8 0 4 - 1 8 6 0 )

      y S o l o v i e v

      ( 1 8 5 3 - 1 9 0 0 ) .

      Cfr.

      infra

      nota

      2 6 .

    A H I g 1 2  ( 2 0 0 3 )

    113

  • 8/17/2019 Ahí Xii Estudios 06

    6/19

    Cebrià M. Pifarré

    De los modelos de santidad que brillan durante los siglos

      X I X - X X ,

      presenta

    mos aq uí algunas f iguras, cuya vida de hum ildad, de oración fervorosa y de cari

    dad los convierte en testigos del Reino. Epistolarios, instrucciones espirituales y

    reglas de vida de estos hombres ebrios de Dios transpiran un intenso fervor místi

    co,  fruto sin dud a de una gen uina experiencia en el E spíritu.

    3.  El acompa ñamiento espiritual de los «startzy»

    Recibida de la espiritualidad griega, la tradición de los padres espirituales,

    el  starcestvo

    n

    ,  expe rimentó desd e el t iempo de Paisy Velickovsky, que insist ía en

    la obediencia a un padre espiritual o  starets,  un gran renacim iento en los mona ste

    rios rus os.

    San Serafín de Sarov, icono de la santidad rusa

    19

    Sin duda la más em blem ática de las figuras qu e ilustran la santidad del cris

    t ianismo ortodoxo moderno. Nacido Prokhor Moshnin (Kursk 1759), en el seno

    una familia de mercaderes, con motivo de su peregrinación a las Grutas de Kiev, a

    los diecinue ve añ os, siguiendo el consejo del estaretz Do siteo, se enca minó hacia

    el eremitorio de Sarov. Con tanto entusiasmo vivía el ideal de vida monástica que

    al profesar recibió el nombre de Serafín, «el fervoroso». A fin de vivir mejor la

    búsqu eda d e la si lenciosa y oscura humildad d e las Bienaventuranz as, recibió per

    miso para internarse en la soledad de los bosques cercanos. A excepción de breves

    intervalos, permaneció en la ascesis de esta amada soledad del yermo de Sarov

    hasta 1810, entregado a la búsqueda de la intimidad con Dios en la oración y en la

    escuch a de las Escrituras. En 1 825, habien do recibido la orden de volver al mo nas

    terio, después de unos años de absoluta reclusión en su cenobio de Sarov, Serafín

    abrió las puertas de su pequeña celda a fin de ofrecer consejo espiritual, fruto de

    tantos años de vida en soledad y oración, dedicados a aquello que para Serafín

    constituye el fin d e la vida m onástica: la adquisición del Espíritu S anto. Pacificado

    gracias a una singular experiencia de comunión con Dios, alcanzada al precio de

    no pocas renuncias, Serafín se había convertido al presente en un hombre radiante

    de luz pascual, dotado de discernim iento y de ternura inmen sa, capaz de guiar a sus

    1 8 .  D e l e s l a v o  staretz,  que pro v i en e de l a pa l a bra s em i t a  abbas,  c u y o s i n ó n i m o  geron, senex,  an

    c i a no a pa rece en l a s  Vidas de los Padres.

    1 9 .  Cfr . La introduc ción de Ir ina

      GORAINOFF,

      Sa vie, Entretien avec Motovilov et Instructions spiri

    tuelles.

      D e s c l é e d e B r o u w e r - A b b a y e d e B e l l e f o n t a in e , P ar i s 1 9 7 9 .

    1 1 4

    A H I g 1 2 ( 2 0 0 3 )

  • 8/17/2019 Ahí Xii Estudios 06

    7/19

    La santidad en el Oriente cristiano

    hermanos y hermanas por los caminos de la vida espir i tual . Consagrado

      hombre

    apostólico   gracias a la visita de la m adre de Dios y de los apó stoles P edro y Juan ,

    lo invisible sobre el Rein o se abre aho ra para él. Transcurrió los últimos años de su

    vida dedicado a la oración y al ministerio de paternidad espiritual para con tantas

    personas que, venidas de las más diversas procedencias, buscaban una palabra de

    luz y de consuelo. Murió en año nuevo de 1 833.

    En su mirada profética intuía Serafín que una gran prueba se avecinaba para

    la fe de los crey entes, y por ello proponía a sus amigos laicos y a las monjas de Di-

    vey evo , por él fundadas, una espiritualidad de la transfiguración en el Espíritu San to,

    que debe extenderse al cuerpo, a la cultura, a la condición laical. A su joven discí

    pulo laico, Motovilov, confió en 1831 revelaciones importantes sobre la vida cris

    tiana com o  adquisición del Espíritu,  y ello de tal forma que , a lo largo de un e ncue n

    tro,

      el Espíritu se le manifestó en una plenitud luminosa, «experiencia hesicasta de

    la de la luz del Ta bo r»

    20

    , de la que hizo partícipe a su discípulo, cuyo relato, sin ex

    cluir posteriores retoques, delata un fuerte  sentimiento de Dios.  Motovilov lo cuen

    ta así:

    « P r e g u n t é : ¿ c ó m o p o d r é r e c o n o c e r q u e t e n g o e n m í l a g r a c i a d e l E s p í r i tu

    S a n t o ? . . . E n t o n c e s e l p a d r e S e r a f í n p o n i e n d o f u e r t e m e n t e s u s m a n o s s o b r e m i s h o m

    b r o s ,

      a ñ a d i ó : " A m b o s e s t a m o s a h o r a e n l a p l e n i t u d d e l E s p í r i t u S a n t o . . . A t r é v e t e a

    m i r a r m e , n o t e n g a s m i e d o . D i o s e s t á c o n n o s o t r o s " . E n t o n c e s m i r é s u r o s t ro y m e

    a s a l t ó u n m i e d o r e v e r e n t e . I m a g i n a d e l r o s t r o d e l h o m b r e q u e o s h a b l a e n e l c e n t r o

    d e l s o l , e n e l m á s v i v o r e s p l a n d o r d e s u s r a y o s d e m e d i o d í a . V e i s e l m o v i m i e n t o d e

    s u s l a b i o s , l a e x p r e s i ó n c a m b i a n t e d e s u s o j o s , o í s s u v o z , p e r c i b í s q u e a l g u i e n o s

    s o s t i e n e p o r l a e s p a l d a , p e r o n o l o g r á i s v e r n i s u s m a n o s n i s u f i g u r a , n i l a v u e s t r a ,

    s i n o t a n s ó l o u n a l u z c e g a d o r a q u e s e p r o p a g a l e j o s , m u c h o s m e t r o s a l r e d e d o r , e i l u

    m i n a c o n v i v o r e s p l a n d o r e l m a n t o d e n i e v e q u e c u b r e e l p r a d o , y l o s c o p o s d e n i e v e

    q u e c a e n . . . " ¿ C ó m o o s s e n t í s ? " — m e p r e g u n t ó e l p a d r e S e r a fí n . — M e s i e n t o i n f i n i

    t a m e n t e f e l i z — d i j e . " ¿ F e l i z , d i c e s ? ¿ Q u é e s l o q u e r e a l m e n t e s e n t í s ? " R e s p o n d í :

    " S i e n t o u n t al s o s i e g o , u n a t a l p a z e n m i a l m a q u e n o p u e d o e x p r e s a r l o c o n p a l a

    b r a s " . " E s t a e s , a l m a d e v o t í s i m a , l a p a z d e l a c u a l e l S e ñ o r d i j o a s u s d i s c í p u l o s : ' m i

    p a z o s d o y ; n o c o m o e l m u n d o l a d a o s l a d o y

      y o . . . ' " .

      E s a s u s e l e g i d o s a q u i e n e s e l

    S e ñ o r c o n c e d e e s a p a z q u e a h o r a s e n t í s . . . ¿ Y q u é m á s s e n t í s ? — U n a e x t r a o r d i n a r ia

    d u l z u r a — r e s p o n d í . É l s i g u i ó : " E s t a e s a q u e l l a d u l z u r a d e l a q u e s e h a b l a e n l a s E s

    c r i t u r a s s a n t a s : ' C o n l a a b u n d a n c i a d e tu c a s a m e e m b r i a g a r é , y t ú m e s a c i a r á s c o n

    l o s r í o s d e tu d u l z u r a ' . Y e s p r e c i s a m e n t e e s t a d u l z u r a la q u e l l e n a n u e s t r o s c o r a z o

    n e s y l a q u e c o r r e c o n i n e f a b l e a l e g r í a p o r t o d a s n u e s t r a s v e n a s . . . ¿ Y q u é m á s s e n

    t í s ? "

      — U n a a l e g rí a i n e f a b l e q u e l le n a p o r c o m p l e t o m i c o r a z ó n — " C u a n d o e l E s p í

    r i tu d i v i n o d e s c i e n d e s o b r e e l h o m b r e y l o i l u m i n a c o n l a p l e n i t u d d e s u i n s p i r a c i ó n ,

    e n t o n c e s e l a l m a h u m a n a r e b o s a d e g o z o i n e f a b l e , p u e s e l E s p í r i t u d i v i n o l l e n a d e

    2 0 .  N i c o l a s

      L O S S K Y ,

      Orthodoxie moderne el contemporaine,

      cit . , p. 83 4.

    A H I g 1 2 ( 2 0 0 3 )

    115

  • 8/17/2019 Ahí Xii Estudios 06

    8/19

    Cebrià  M.  Pifarré

    gozo todo

     lo

     que toca. Este gozo

     es el

     gozo

     de

     que habla

     el

     Señor en

     el

     Evangelio

     y

    que una mujer experimenta cuando da a luz un niño... ¿Y qué m ás sentís, predilecto

    de Dios?". — U na sensación de calor y un perfume al que nada p uede ser compara

    do sobre la tierra— respon dí. "¿Calor, dic es? ¡Pero si estamos sentados en el bos

    que

    Es

     invierno,

     y

      tenemos nieve bajo

     los

     pies

     y

     nos cubre

     la

     escarcha

     y del

     cielo

    baja el  ventisco. ¿Qué calor puede ser ese?". —E s un calor com o el que se siente

    cuando uno se baña en agua caliente— dije. "Y la fragancia, ¿a qué se parece?" —En

    la tierra no hay nada semejante—. El padre Serafín dijo entonces sonriendo: "Nin

    guna fragancia pu ede ser comparada con  la que ahora nos rodea, puesto que ésta es

    la fragancia d el Espíritu Santo... La niev e no  se derrite a nuestros pies ; esto signifi

    ca que el calor no está en el aire, sino dentro de nosotro s. Es el calor que el Espíritu

    Santo nos exhorta a pedir a Dio s en la oración: 'Enciéndeme con el  fuego del Espí

    ritu Santo'". Encendidos con  ese fuego, los eremitas no sentían el frío del invierno

    porque los vestía el Espíritu Santo con su gracia com o c on una caliente pelliza. Y así

    debe ser, pues

      la

     gracia divina debe estar dentro

     de

     nosotros,

     en

     nuestro corazón,

    como ha dicho el Señor: "El Reino d e Dio s está dentro de vosotros". Reino de D ios

    es  la gracia del Espíritu Santo... nuestra fe no con siste en palabras de sabiduría terre

    na,  sino en manifestaciones d e poder en el Espíritu. Y ahora nos encontramos ambos

    en este estado, del que dice el Señor: "Algunos de los aquí presentes no morirán an

    tes de haber visto venir al Hijo del hombre en su reino". En esto con siste la plenitud

    del Espíritu Santo»

    21

    .

    4 .

      os santos «starets» de Optina

    Gracias al testimonio de hombres sedientos de Dios, el desierto de Optina,

    en la región de Kaluga, se convirtió en un jardín de santidad. Con la llegada del

    starets León fl841), discípulo de un confidente de Paisy, y monje de paz inaltera

    ble,  Optina comenzó a gozar de gran popularidad entre los peregrinos

    22

    , a pesar de

    los recelos que entre el clero secular provocaba el ejercicio de la dirección espiri

    tual por parte de los carismáticos con fama de santidad personal.

    Macario de Optina

    Sucesor del staretz campesino y franco que fue León, Macario Ivanov

    1788-1860), hombre de cultura refinada, fue el staretz de la sobriedad, de la vida

    oculta y de la oración

    23

    . Unas cartas suyas de dirección espiritual permiten conocer

    21 .  Trad ucción l ibre del  t ex t o que o f rece T. SPIDLIK,  Los  grandes místicos rusos,  cit. pp.  1 7 3 - 1 7 7 .

    22 .  Cfr. V. L O S S KY ,  Les  starisi d Optino,  en

      « C o nt a c t s »

      13

     ( 1 9 6 1 )

     4-14 .

    2 3.

      Cfr.

     ibid.

      14

     ( 1 9 6 2 )

      9-19.

      T a m b i é n

      I.

      SMOLITSCH,

      Moines

      de la

      Sainte Russie,

      cit.

    1 3 1 - 1 3 9 .

    116

    A H I g 1 2 ( 2 0 0 3 )

  • 8/17/2019 Ahí Xii Estudios 06

    9/19

    La santidad en el Oriente cristiano

    los rasgos d e su experiencia cristiana, vertebrada en torno a la hum ildad y a la vida

    de oración, que él entiende como paz ínt ima, como si lencio del alma recogida en

    una presencia inefable, en adoración ante la santidad divina. Recu erda M acario q ue

    para alcanzar la humildad es necesario librarse de las pasiones y de la indolencia,

    ser consciente de la propia condición de pecado, «vivir arrodillados en el arrepen

    t imiento». Y escribía a este respecto: «Explorad los más escondidos meandros de

    los oscuros laberintos que rodean las luminosas profundidades de vuestro corazón,

    y extirpad el orgullo como una mala hierba doquiera la encontréis. La humildad es

    la única arma que rechaza todos los ataques, pero es difícil revestirse de ella, y el

    arte de usarla es a menudo mal comprendido, especialmente por quien l leva una

    vida activa y mundana. La miseria humana es consecuencia del orgullo. Sólo la hu

    mildad e s el camino de la alegría, la puerta de la unión biena venturad a: la int imi

    dad con Dios. . . Poned mucha atención en no creeros buen os o mejores que los de

    más. . .

      Es porque sois indulgen te con el orgullo por lo que sois tan v ulne rable s»

    2 4

    .

    Testigo sincero del pudor y delicadeza que el alma oriental tiene al manifestar su

    vida íntima, el discurso de Macario sobre las cosas de Dios y del alma se distingue

    por su sobriedad y equilibrio, siempre en sintonía con la objetividad del misterio

    revelado, en la línea de la piedad litúrgica de la Iglesia y de los Padres. De donde

    las pocas concesiones a las visiones y experiencias de carácter insóli to: «No hay

    más alegría del espíritu que la que manifiesta nuestro am or de D ios... esforzaos por

    adquir ir la humildad, y la caridad que con sum e el corazón en un a comp asión infi

    nita por todas las criaturas... Vuestra descripción demuestra que habéis imaginado

    que veíais bajo una forma física: ¡peligrosísima ilusión ... Decís también que con

    los ojos d e la fe podéis v er a Nuestro Se ñor se ntado en la diestra del Pad re. No deis

    pábulo a esta ilusión. La visión de esta gloria sólo puede ser concedida a quien ha

    vencido todas sus pasiones y ha alcanzado la pureza de corazón... Dulzura y lágri

    mas no acompañadas de la más profunda humildad, no son mas que tentación.. .

    Orad con senc il lez. No esperéis encontrar en vuestro corazón especiales do nes de

    oración. Consideraos indignos de ellos. Entonces encontraréis la paz. Que el vacío,

    el frío, la aridez de la oración sea alimento para vu estra humildad . Repe tid: "no soy

    digno, Señor, no soy digno". Pero decidlo con calma, sin agitación. Esta humilde

    oración, distinta de aquella con cuya dulzura os comp lacíais, será acepta a Dios. En

    cuanto a la oración hecha en la iglesia, sabed que es superior a la oración que ha

    céis en casa, porque aquella se eleva desde toda la comunidad de fieles, entre los

    cuales quizá hay mucho s que oran a Dios con un corazón hum ilde y puro. Dios re

    cibe su oración como un incienso precioso, y con el la acepta también la vuestra,

    débil e insignificante». La misma discreción expresa acerca de la práctica de la ora-

    2 4 .  SERAFÍN DE SAROV -MACAR IO DE OPTINA  et al . ,  Espiritualidad rusa,  s e l e c c i ó n d e D i v o B a r s o t i ,

    R i a l p ,  Ma dr i d 1 9 6 5 , pp . 7 5 - 7 6 .

    A H I g 1 2 ( 2 0 0 3 )

    117

  • 8/17/2019 Ahí Xii Estudios 06

    10/19

    Cebrià M. Pifarré

    ción de Jesús: «sólo los que tienen los mismos sentimientos que el publicano y que

    el hijo pródigo, pueden practicarla sin riesgo»

    2 5

    . Conoced or de los Padres, en cola

    boración co n el jove n filósofo eslavófilo Kyrewsky, p ublicó varias ediciones de es

    critos espirituales

    26

    .

    Amb rosio de Optina

    21

    Am brosio Grenkov (1 81 2-1 891 ) , sin duda el más grande de entre los startzy

    de Optina, a causa de su salud frágil, desde muy joven se vio obligado a renunciar

    a sus ocios preferidos. En Optina, a donde se encaminó por indicación de su padre

    espiritual, conoció a León y Maca rio, de cuya dirección e spiritual pu do beneficiar

    se.  Mediante el sufrimiento asumido en la oración, Ambrosio aprendió a conocerse

    a sí mis m o y a descubrir en lo profundo de su corazón los secretos de la naturaleza

    humana y el camino hacia la verdadera reconcil iación con Dios y consigo mismo.

    Convencido de que el poder de Dios se revela en la debilidad, se convirtió en un

    padre espiritual de gran dulzura, y empleó su don de discernimiento no para juzgar

    a los demá s, sino para comp adecer con el los. Parafraseando al apóstol , gustaba re

    petir : «la bond ad de Dios es lo que nos empuja a la conv ersión» . Padre espir itual

    del mo nasterio a la m uerte de M acario, Am brosio se em pleó a fondo por promover

    el compromiso de todos los cr ist ianos en la ayuda y sostén de los despreciados y

    marginados de su t iempo. Tenía el don de comprender de inmediato el estado de

    ánimo de su interlocutor y encontrar el modo de prestarle apoyo. Su figura inspiró

    la del staretz Zósima en la novela

      Los Hermanos Karamazov

      de Do stoevsk ij , y a

    propósito de él se decía: «Un abismo insondable de caridad se derrama de sde Am

    brosio sobre cada hombre». En una de sus cartas escribe el santo   staretz-  «Ora

    siempre al Señor para que te conceda la humildad. ¿Pero acaso se puede alcanzar

    la humildad llevando una vida tan cómoda? Si nadie te molestara, y tu permanecie

    ras tranquila, ¿cóm o pod rías conocer tu maldad y caer en la cuenta de tus vicios?

    Te afliges porque, según crees, todos buscan humillarte. Si buscan humillarte, sig

    nifica que quieren hacerte humilde: y tú misma pides a Dios la humildad. ¿Por qué

    pues te afliges por las personas?... Si aspiras a reinar con Cristo, mira como se

    comportó con los enemigos que lo rodeaban»

      Cartas).

      Falleció el 10 de octubre

    de 1 891 , y en su lápida escribieron los discípulos: «M e hice débil con los déb iles

    para ganar a los débiles. Me hice todo con todos, para salvarlos a todos»

    2 8

    .

    2 5 .

      Ibid.

    c i t ., p . 8 4 .

    2 6 .  L i t era t o s y e s t ud i o s o s a cu den a O pt i na en t i em po s de Ma ca r i o . C o n v er t i do po r su m uj er , a dm i

    ra do r de I s a a c e l S i r i o , K y rew s ky a tra jo l a a t enc i ó n de v a r i o s e s cr i t o res que v i s i ta ro n O pt i no c o m o G o -

    g o l , S o l o v i ev , L eo n t i ev , D o s t o ev s k i j y T o l s t o j , y t a m bi én e s l a v ó f i l o s co m o K ho m i a ko v y S o l o v i ev .

    2 7 .

      Cfr. I.  SMOLITSCH,  Moines de la Sainte Russie,  c i t . , pp .  1 6 0 - 1 6 9 .

    2 8 .

      V .

     KOTEL'NIKOV ,

      L eremo di Optina,

      L a ca s a d i Ma t r i o na , M i l a no

      1 9 9 6 .

      p . 1 7 0 .

    1 1 8

    A H I g 1 2

      ( 2 0 0 3 )

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    La santidad en el Oriente cristiano

    5.  Teófanes el Recluso, teólogo del corazón

    29

    Otra de las figuras q ue ilustran la santidad del cristianismo de Oriente es Teó

    fanes el Recluso (1 81 5-1 894), típico representante de aquella serie de monjes d oc

    tos que surgieron en Rusia durante la segunda mitad del siglo XIX. Hijo de un cul

    to presbítero de Cernavsk, de joven seminarista había visi tado la sepultura del

    santo staretz Tikhon de Zadonsk. A fin de poder dedicarse al servicio de la Iglesia

    en el estudio y en la enseñanza de la teología, y a pesar de no haber entrado en un

    mo nasterio, emit ió los votos religiosos (1 841 ) , estudió en la academia eclesiást ica

    de Kiev, y fue profesor de teología en San Petersburgo. En esta época, demasiado

    ocupado por sus obligaciones académicas, escribía a un obispo: «Empiezo a sentir

    me muy a disgusto a causa de mi actividad científica. Preferiría ir a la iglesia y

    quedarme al l í sentado». Una estancia de siete años en Jerusalén, desde 1847, le

    permitió estudiar el Oriente cristiano y profundizar en el conocimiento de los Pa

    dres.

      De nuevo en R usia, fue escog ido com o rector de la academ ia eclesiást ica de

    san Petersburgo (1857), hasta su nombramiento como obispo de Tambov y, más

    tarde, de Vladimir (1863). Decidido a servir a la Iglesia desde la soledad, se retiró

    en el monasterio de Vysen, y en 1872 optó por vivir en reclusión, aunque siguió

    ejerciendo la dirección espiritual por correo. Así vivió hasta su muerte (6 enero,

    1894). Tradujo al ruso muchos textos patrísticos sobre la oración

    3 0

    , y especialmen

    te la

     Filocalia

    31

    .

      Teólog o del coraz ón, escribió en forma de cartas el libro

      ¿Qué es

    la vida espiritual?

    32

    ,

      un clásico de la espiritualidad rus a qu e, en su estilo simple,

    escond e profundas experiencias e spirituales y una robusta teología: «En el corazón

    se concentran todas las energías del cuerpo y del alma. Él es el barómetro de nues

    tra vida», por eso, hay que buscar la pureza del corazón mediante la atención a los

    pensamientos que sobrevienen, y mediante la plegaria, «respiración del Espír i tu

    Santo». Fuerza orante, el Espíritu nos introduce a través de la oración en la rela

    ción filial co n D ios. «Q ue la oración sea tu criterio: si ella va bien, todo irá bien» ,

    repetía, haciéndose eco de lo que le había dicho el staretz Partemio de la laura de

    les Cuev as de K iev, en una visita que Teófanes le hiciera poc o después de su tom a de

    hábito. «Vosotros, monjes doctos —d ecía Artem io— , os habéis sometido a una re-

    29.  S o bre T eó f a n es , c fr . T o m a s  SPIDLIK,  LOS grandes místicos rusos,  c i t . , pp . 2 1 9 - 2 4 5 .

    30 .  E nt re l o s tex t o s t ra duc i do s o reun i do s po r T eó f a nes : e l P a s t o r de H erm a s , S i m e ó n e l N ue v o T eó

    l o g o , l a s  Meditaciones  de s a n E f rén ,  Com entario a la Oración dominical con las palabras de los san

    tos Padres,  una o bra  Sobre la oración  y  la vigilancia,  e l  Com bate espiritual  d e N i c o d e m o H a g i o r i ta .

    T r a d u jo a s i m i s m o u n a c o l e c c i ó n d e s e n t e n c i a s d e m a d r e s d e l d e s i e r to ,

      Meterikon,

      o bra de l m o nj e b i

    zant ino I sa ías ( s .

      XII-XIII) ,

      t es t imonio sobre e l papel de la mujer en e l acompañamiento espir i tua l .

    31 .  M á s que una t ra ducc i ó n l i tera l, s u v ers i ó n e s una a m p l i a c i ó n y a da pt a c i ó n de l a  Filocalia  g r i e

    g a d e N i c o d e m o H a g i o r i t a . O m i t i ó a l g u n o s t e x t o s , c o m o G r e g o r i o P a l a m á s , d e m a s i a d o e s p e c u l a t i v o ,

    y los que t rataban del método «ps icof í s ico» de la plegaria .

    32. TEÓFANES EL RECLÜ S,

      La vida espiritual.

      P ro a ( C l á s s i c s de l cr i s t i a n i s m e 6 4 ) , B a rc e l o na 1 9 9 6 .

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    Cebrià M. Pifarré

    gla monástica, pero no olvidéis que hay una cosa que es la mas importante: la ora

    ción, la oración incesante, que sube hacia Dios desde el Espíritu que habita en el

    corazón. No lo olvidéis ». Teófanes considera la vida cristiana como «la espiritua

    lización progresiva» del alma y del cuerpo, y a través nuestro de todo el cosmos.

    Puesto que la oración abarca todas las facultades del hombre, distingue tres grados

    de oración:

      oración corporal,

      que se expresa en gestos rituales, recitación oral,

    cantos;

      oración del alma

      que, de acuerdo con sus facultades, puede ser de carácter

    reflexivo, meditat ivo, act ivo ( la voluntad toma decisiones);

      oración del corazón,

    que penetra lo más íntimo de la persona y se expresa por medio del sentir profun

    do del hombre. Cuando el Espír i tu Santo ora tan intensamente en el corazón del

    creyente, hasta el punto que éste olvida toda real idad creada, puede hablarse de

    oración espiritual,  de éxtasis. Para Teófanes, el «estado de oración» —id eal de los

    cristianos de Oriente— es el estado de toda la vida espiritual y una disposición es

    table del corazón, y en este sentido habla de «sentimiento del corazón»

    3 3

    . Sólo un

    corazón pu rificado pue de entrar en la realidad esp iritual, y por eso , de acue rdo con

    la doctr ina de Maca rio-Simeón , Teófanes con sidera el corazón com o el órgano de

    la contemp lación de D ios, superior al conoc imiento q ue proviene de las especula

    ciones intelectuales. Dios está en nosotros no cuan do formulam os un discurso con

    la cabeza, sino cuan do brota del corazón, y por eso recom iendo «descend er la ca

    beza hacia el corazón».

    6.

      Santidad en la vida cotidiana: Juan de Cronstadt y el peregrino ruso

    En la reciente historia de la espiritualidad rusa el presbítero Ioann de C rons

    tadt se cuenta entre los más qu erido s

    3 4

    . Como el anónimo peregrino ruso, su expe

    riencia de santidad se inscribe en lo cotidiano, en medio de la gente. Huérfano de

    padre, en su niñez no pudo recibir preparación cultural alguna. Siendo joven no

    ahorró esfuerzos para poder mantener su familia y pagarse los estudios que le per

    mit ir ían acceder al presbiterado, que recibió a los 26 año s, después de haberse ca

    sado con una joven mujer de su ciudad. Del ministerio presbiteral que durante cin

    cuenta y tres años ejerció con entrega ejemplar, podría decirse que fue un servicio

    de reconcil iación y de paz para con sus hermanos. ¿De dónde dimanaba la fuerza

    33.  E l « s ent i m i en t o de l co ra z ó n» o i n t u i c i ó n de s í m i s m o , s eg ú n e l g ra do de t ra ns pa renc i a in t er io r

    y atención a la voz del Espír i tu Santo , es lo que permite conocer s i la oración brota del corazón. A es ta

    i n t u i c i ó n e s p i r i t ua l s e l l eg a m ed i a nt e l a pur i f i ca c i ó n de l co ra zó n y s u a l i m ent o po r l a p l eg a r i a y l a ca

    ridad. Cfr. T.  SPIDLIK,  i n t ro ducc i ó n a La vida espiritual,  c i t . , pp . 2 1 - 2 2 .

    34. JEAN DE CRONSTADT,

      Ma vie en Christ ou instants de recuillement spirituel et de contemplation,

    de pieuse méditation, de purification de l âme, et de paix en Dieu.  Extra i t s du journ al par Jean I ly i t ch

    S erg ie f f. ( « S p i r i tua l i t é O r i ent a l e» 2 7 ) , A b ba y e de B e l l e f o nt a i n e 1 9 7 9 .

    120

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    La santidad en el Oriente cristiano

    evangélica de su incansable compromiso pastoral, sobre todo para con los más pobres

    y desvalidos? Sin ser un gran erudito en ciencia eclesiástica, fue capaz de sonsacar

    grand es frutos en las fuentes d e tradición e spiritual de su Iglesia, fundada sobre la

    liturgia y la oración. Cuan profunda era su vida espiritual, alimentada por la escu

    cha litúrgica de la Palab ra de Dios y la lectura de los espirituales biz antino s, se in

    tuye leyendo su  Diario espiritual.  «A cog e, Señor, mi oración unida a las lágrim as

    a favor de mis hijos espirituales y de todos los cristianos que buscan serte agrada

    bles,  veas en esta súplica la expresión de mi solicitud por su salvación y el signo de

    mi entrega pastoral; haz que sea para ellos la voz que les despierte de su sueño, la

    mirada q ue escruta su corazón, la man o que guía su peregrinaje hacia el reino, que

    les levanta de las caídas en la incredulidad, en la cobardía, en el desaliento. Se as tu

    mism o, Señor, el pastor y el maestro de la grey que me co nfiaste: llévala hacia pa stos

    abundantes. Seas para ellos, en mi lugar, luz, ojos, labios, manos, sabiduría. Pero

    sobre todo sé el amor, del que yo , pecador, soy tan pobre ». A este respecto el testi

    mon io que nos ha transmitido el staretz Silvano del Monte Athos, que de jove n vi

    si tó al padre Juan de Cronstadt resulta esclarecedor: «C uando celebraba la divina

    liturgia su rostro era semejante a la faz de un ángel. Se sentía el deseo de mirarlo

    sin cesar»

    3 5

    . Y también: «Su oración como una columna se alzaba de la t ierra al

    cielo. . . Me acuerdo cómo le rodeaba el pueblo y pedía su bendición cuando, des

    pués d e la Liturgia, salía de la iglesia. Aun entre tanta multitud su alma perma necía

    siempre en D ios; no perdía la paz del alma. Porque am aba a los hom bres y no ce

    saba de pedir por ellos: "Envía, Señor, tu paz a todos los pueblos, da a tus siervos

    tu Espíritu Santo, a fin de que El los encienda con su amo r y les ense ñe toda la ver

    dad. Deja, Señor, que tu paz descanse sobre tu pueblo, da tu gracia a todos los

    hombres, que ellos te conozcan en la caridad y digan como los apóstoles en el Ta-

    bor: Cuan bueno es, Señor, estar contig o"»

    3 6

    . En fin, según Juan de Cronstadt, para

    poder invocar el nombre de Jesús, hay que vivir en la verdad: «fundamento y for

    ma de todo lo creado, sea ella también el fundamento de tus obras interiores y ex

    teriores; sea sobre todo el fundamen to de tu oración... pues con la oración llena de

    fe se encuentra la alegría de v ivir»

    3 7

    .

    Pocos textos como el documento anónimo

      Relatos sinceros de un peregrino

    ruso a su padre espiritual  contribuyeron a divulgar la oración perpetua entre el

    pueblo senc il lo. Hu m ilde campe sino, después de constatar cuan insuficientes son

    las enseñ anzas que se imparten sob re la oración, el peregrino cuenta su en cuentro

    con un staretz experimentado en la «oración de Jesús, interior y constante», el cual

    le entreg ó la Filocalia.  El peregrino la llevaba siempre consigo, y de ella aprendió

    3 5 .   Espiritualidad rusa,  c i t ., p . 1 3 1 .

    3 6 .

      Ibid.

    c i t . , p p .

      1 6 2 - 1 6 3 .

    3 7 .

      C i t a do po r T o m á s

      SPIDLÍK,

      Los grandes místicos rusos,

      cit . ,

      2 5 8 .

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    la oración del corazón, asociada a la invocación «¡Señor Jesucristo, Hijo de Dios ,

    ten piedad de mí, pecador », practicada en los monasterios rusos. El peregrino pro

    pone un método sencillo, no del todo igual al de la  Filocalia,  aunque se apoye en

    su autoridad: «Imagina tu corazón, baja los ojos como si mirases a través del pe

    cho,

      lo má s vivam ente que pued as, y escucha , con el oído atento, com o late, un la

    tido tras otros... Al primer latido dirás "Señor", al segundo "Jesucristo", al tercero

    "ten piedad", al cuarto "de mí"». El primer grado lo constituye el hábito de repetir

    la fórmula con los labios. El hábito de la recitación fue tal que se hizo extensiva in

    cluso al sueño. El peregrino se sentía feliz rezando su invocación del Nombre, que

    ahora recitaba con la mente y el corazón, hasta el punto qu e, unida a los latidos del

    corazón y al ritmo de la respiración, se hizo inseparable de la vida misma: «Ahora

    camino y repito incesantemente la oración de Jesú s, que m e es más preciosa y más

    dulce que cualquier cosa de este mundo»

    3 8

    . Numerosas traducciones del  Peregrino

    ruso

     dieron a conocer la oración de Jesús en los países de Occidente.

    7.  La intercesión universal: Silvano del Mon te Athos

    }9

    Impresiona el test imonio ev angélico d e este santo monje del Atho s, el úl t i

    mo y estaretz de Rusia ( t i 9 3 9 ), que en plena persecución de su querida Iglesia de

    Rusia, con su plegaria «derrama la sangre del corazón» a fin de conseguir la salva

    ción de los verdugos. Oriundo de Sovsk (1866), de una humilde familia de agricul

    tores,  ingresó en 1 892 en el mo nasterio athonita de San Panteleim on. Su santidad

    de vida podría recapitularse diciendo que fue com o una parábo la de la docilidad a

    la acción del Espíritu Santo. De joven sentía ya la presencia del Espíritu Santo en

    el corazón, y decidió dedicarse enteramente a guardar el don del Espíritu mediante

    la oración. Co m o m onje vivió en el anonimato de un trabajo hu milde, prime ro en

    el molino, más tarde como ecónomo de una numerosa comunidad. Atento a la ac

    ción del Espíritu aprendió a reconocer en Jesús la insondable misericordia del Pa

    dre,  y así em prend ió un camino de configuración con su Señor. Pronto cayó en la

    cuenta que sólo en la humildad de saberse «t ierra desolada», «carne de pecado»

    podría alcanzar la plena comunión con Cristo, que por amor a los hombres descen

    dió a los infiernos. En una larga prueba de desolación, casi desesperado, oyó la voz

    del Señor que le repetís: «¡Manten tu espíritu en el infierno, y no desesperes ».

    Consolado desde lo más ínt imo por su Señor, Si lvano se convir t ió en un hombre

    capaz de llevar los sufrimientos de sus herma nos . La visión cristiana so bre el mu n

    do creado como un todo indivisible, y la salvación de cada persona indisociable de

    3 8 .   «Stranik», el peregrino ruso.  Ed. de Espir i tua l idad, Madrid

      2

    1 9 7 4 ,  p . 3 0 .

    3 9 .

      SILVA DE L'ATHO S,

      Escrits espirituals,

      PAM

      (El Gra de blat

      4 0 ) , 1 9 8 2 .

    1 2 2

    A H I g  1 2 ( 2 0 0 3 )

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    La santidad en el Oriente cristiano

    la salvación de toda la humanidad, y hasta del universo entero, impregnaba su ex

    periencia espiritual. Esta conciencia de solidaridad con la creación, ex plica la com

    pasión y responsabilidad que sentía no sólo respecto de los hombres, sino también

    respecto de los animales, las plantas, la tierra, el agua, el aire

    4 0

    .

    La exhortación de Jesús a «amar a todos los hombres» y «ser buenos del

    todo, com o el Padre del cielo» (Mt 5:44 y 48), como tam bién las palabras de Pab lo,

    «sois miembros unos de otros» (Ef 5:25), Silvano las extiende a toda la creación,

    en el sentido que el universo entero tiene que ser salvado y transfigurado: «El Es

    píritu de Dios enseña al alma a amar todo lo que vive, hasta el punto de amar todo

    lo viviente, sin querer hacer daño a nadie, ni a una hoja de árbol, ni querer pisar

    una flor. Así el Espíritu de D ios nos e nseña el am or por todo lo q ue existe y el alma

    tiene comp asión de todo». Convenc ido que todo ser huma no está l lamado a la sal

    vación, descubre que la vocación del monje es la

      intercesión universal:

      «A los que

    ha elegido, el Señor les da una gracia tan grande que en su amor pueden abrazar

    toda la tierra, el mun do en tero... Mi alm a anhela la salvación de todo s los hom bres.

    El amor divino quiere la salvación para todos». Deseo ardiente de salvación de

    toda la humanidad, cuya plasmación Silvano ve en la f igura de la Virgen María,

    M adre de Dios. El sentido de esta intercesión por sus herman os, puede formularse

    en cuatro breves asertos.

    a)  «Am ad a todos los homb res».  Un día, siendo joven monje, durante la ce

    lebración de las vísperas en la capilla de san Elias, tuvo la visión de Cristo, y su

    alma se inundó de un «sentimiento nuevo, muy dulce, de amor a Dios y a todos los

    hombres, por cada hombre». Este amor universal , abrasador, que no es si no el

    amor de Dios que actúa en su corazón, ya no le abandonará jamás, y Silvano lo ex

    tiende hasta los difuntos que padecen en el infierno: «El amor no puede sufrir ni la

    pérdida de una sola alma». A propósito de los que quisieran un cast igo para los

    enem igos d e la Iglesia escribe: «Los que así piensan no con ocen al amor de D ios.

    Quien t iene el amor y la hum ildad de C risto, l lora y pide por todo el m un do »

    4 1

    . A

    un joven que preguntaba: «Los enemigos persiguen a nuestra Iglesia, ¿cómo puedo

    amarles?», el santo staretz responde: «Escúchame: tu pobre alma no ha conocido a

    Dios; no ha conocido cuánto nos ama y con cuánto deseo espera que todos los

    hombres se arrepienten y tengan vida eterna. Dios es amor, envió a la tierra al Es

    píritu S anto, que ens eña al alma a am ar a los enem igos y a pedir por ellos, a fin de

    que también ellos obtengan salvación. He aquí el verdadero amor... Bienaventura-

    4 0 .

      E c o d e e s t a s e n t i d o d e l a u n i d a d c ó s m i c a — v i v i m o s e n la c r e a c i ó n y la c r e a c i ó n v i v e e n n o s

    o t r o s — s o n l a s pa la bra s de l st a re tz Z ó s i m a , que s e l een en l o s  Hermanos Karamazov  d e F i o d o r D o s -

    t o i ev s k i : « A m a d l a crea c i ó n t o da de D i o s » , « s o m o s res po ns a b l e s de ca da uno y de ca da co s a » .

    4 1 .  Espiritualidad rusa,

      cit . , 175.

    A H I g 1 2 ( 2 0 0 3 )

    123

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    Cebriá M. Pifarré

    do quien am a a su herm ano, porque nuestro herman o es nuestra vida. Quien ama a

    un hermano, t iene en su alma sensiblemente el Espír i tu de Dios, que le da paz y

    alegría, le da lágrimas para todo el mundo»

    4 2

    .

    b)

      «Oradpo r todos los homb res».

      Expresión del amor universal es la ora

    ción de intercesión universal, incesante, y de este modo sirve el monje a la Iglesia

    y al mu ndo : «Rezaré po r el mund o entero, a fin de que todos los hombres vuelvan

    hacia Dios y encuentren descanso en Él... El monje reza y derrama lágrimas por el

    mu ndo e ntero; y en esto consiste su principal ocu pación ». En la relación del monje

    con el mundo —ecónomo de su monasterio, Si lvano tenía que atender múlt iples

    menesteres y tratar con muchas personas— se da un doble mov imiento: de recogi

    miento en sí mism o, prime ro, a través de la oración. Atraído por D ios, extraño al

    mundo, se retira del mundo y penetra en el fondo del corazón para purificarse de

    toda pasión pec am inosa, hasta con seguir la quietud y encontrar a Dios en el cora

    zón, l ibre ya de imágenes. De aquí nace un segundo movimiento: una vez que en

    contrado a Dios en las profundidades de su corazón , el monje se descubre u nido a

    todo el cosmos, solidario con toda la creación, y nada le resulta extraño o exterior.

    La ida al yerm o acaba no en negac ión, sino en afirmación del mun do . «Gracias a

    los monjes la oración no cesa nunca sobre la tierra, y aquí está la utilidad de ellos

    por el mundo. El mundo subsiste en la oración; perecería si la oración cesase... El

    monje está llamado a rezar por todos, por el mundo entero. Este es su servicio, y, por

    tanto, no hay que cargarlo con tareas terrena s»

    43

    . Todos los cristianos son llamados a

    orar por el mun do: «Q uien no am a a sus enem igos y no pide por ellos, se atorme nta

    a sí mismo y a los demás y no conocerá nunca a D ios. Quien de veras ama a Dios,

    ora sin cesar. Sí, tenemos las iglesias para rezar... pero también en tu alma está la

    Iglesia de Dios; para quien ora, todo el mundo se convierte en Iglesia»

    44

    .

    c)  «Lloradpor todos los hombres».  Ebrio de Dios, exclama: «¿D ónde estás

    tú, mi luz, mi alegría? El perfume de tu paso está en mi alma y tengo sed de ti... Mi

    corazón te am a, por eso te deseo y busco llorand o. Ad ornas te el cielo con las estre

    llas...  pero a Ti sólo deseo, Señor, y no puedo olvidar tu mirada dulce y suave; te

    pido llorando : ven, entra en mí, purifícame de mis pecad os... No m e aban don es, es

    cucha a tu siervo, que clama: "perdóname, Dios, según tu gran misericordia"»

    4 5

    .

    Lágrimas de dolor y martirio interior son el precio de la intercesión y de plegaria,

    pues cuan to más un o am a, «más grand e es el dolor» , de aquí que de la oración diga

    que es «derramar tu sangre» por los que amas: «Mi alma sufre por todo el mundo;

    4 2 .  Ibid.

    c i t , pp . 1 7 6 - 1 7 7 , 1 7 9 .

    4 3 .

      Ibid

    c i t . , pp . 1 9 1 - 1 9 2 .

    4 4 .  Ibid.

    cit . , p. 159.

    4 5 .

      Ibid.

    cit . , p. 169.

    124

    A H I g 1 2 ( 2 0 0 3 )

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    La santidad en el Oriente cristiano

    rezo y l loro por todos los hom bres, a fin d e que hagan penitencia y reconozc an a

    Dios,

      vivan en el amor y tengan la libertad en Dios... Los hombres que no conocen

    a Dios y le resisten, son dignos de lástima; mi corazó n pa dece a caus a de ellos, mis

    ojos derraman lágr imas»

    4 6

    . Concluye Silvano: «No puedo cal lar , hermanos; debo

    anunciar la bondad de Dios ... Cu and o salí una vez en pascua p or la puerta principal

    del monasterio, me encontré con un chiquillo de cuatro años, con rostro alegre —la

    gracia de Dios hace alegres a los niños—. Llevaba un huevo de pascua y se lo di .

    Lleno de alegría, el niño corrió hacia su padre para enseñ arle el regalo. Por esta pe

    quene z recib í de Dio s una gran alegría: sentía el amo r a todas las criaturas y sentía

    el Espír i tu de Dios en mi alma. Cuando volví a casa oré con lágrimas largo rato,

    con una profunda com pasión por el mun do »

    4 7

    .

    d)  «Arrepentios por todos los hombres».  En este camino de compasión por

    el mundo, además de l lorar , hay también que arrepentirse por todos los hombres,

    según exhorta el apóstol, «arrimad todos el hombro a las cargas de los otros, que

    con eso cumpliréis la ley de Cristo» (Ga 6:2). Desde un punto de vista jurídico, no

    tendría sentido arrepentirse por la culpabilidad de los demás, pero visto desde el

    amor de Cristo, es natural asumir la falta de tus hermanos. Adán pecó precisamen

    te por su pretensión de justificarse, rech azand o cualqu ier responsabilidad en la cul

    pa del pecado de Eva. Al desentenderse del pecado que le era común con Eva,

    Adán rompió la unidad del género humano, cambió el destino del mundo, que es lo

    que hacemos cuando rechazamos arrepentimos por los demás. Es la teología del

    «Adán total», en la que Silvano expresa su deseo de salvación por todos los hom

    bres .

     Ad án, que recapitula el conjunto de la hum anidad, es com o la plenitud co n

    creta del ser humano. De aquí la unidad de todos los hombres, miembros de una

    misma familia, solidarios en el pecado y en la salvación (ICor 15, 22.45), pues el

    pecado y la salvación afectan al igual todo el orden creado (Rom 8, 19-23). Desde

    esta teología del «Adán total» —unidad del género humano en «nuestro padre,

    Adán»— interpreta Silvano el mandamiento de «amar al prójimo como a t i mis

    mo»: mi prójimo soy yo mismo. Asumido pues todo hombre, por amor a Cristo,

    como parte de nuestro dest ino eterno, la santidad adquiere entonces un alcance

    cósmico, pues no somos salvados del mundo, sino con el mundo.

    8.  Conclusión

    Haciéndose eco de la petición del Concilio Vaticano

      I I

     a los católicos de pres

    tar una «especial consideración» de las iglesias orientales

      U R ,

      I I I ,  1), en su carta

    4 6 .  Ibid.

    ci t . , pp. 164 y 172 .

    4 7 .

      Ibid.

    c i t . , pp . 1 7 7 - 1 7 8 .

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    Cebrià M. Pifarré

    apostólica

      Oriéntale Lumen,

      del 2 de ma yo de 1 995, Juan Pablo

      II

     exhortaba a co

    noce r los tesoros del Cristianism o O riental. A pesar de habe r tenido que afrontar el

    martirio más de una vez, ya sea bajo los turcos (1453) o bajo los regímenes comu

    nistas (1917-1989), la Iglesia Ortodoxa ha experimentado una incesante resurrec

    ción, de la que son un claro ejemp lo los testigos de santidad qu e aquí hemo s recor

    dado.

      A propósito del testimonio de tantos mártires en la Rusia de los años 2 0

    4 8

    ,  o

    en el período terrible de Stalin y Krutschev

    4 9

    , se ha dicho qu e la Iglesia ortodoxa, a

    pesar de los pecados de sus hijos, tiene como «una elección de sangre», la púrpura

    de los mártires, y «una elección de la luz», el oro de los transfigurados

    50

    . Pero tal

    coraje de santidad sólo se explica desde la vida de un pueblo cuya fe es un modo

    de vida y de oración, y cuya Iglesia se concibe como  comunión de los santos  en la

    vida sacramental

    51

    .

    Al término de estas no tas, surge la pregunta: ¿qu é rasgos son com unes a la

    santidad d e estos hom bres seducidos por el amor loco de Dios, amigos d e la sole

    dad y de silencio, guías espirituales del pueblo cristiano, y cuya vida aquí hemos

    reseñado brevemente? Podrían indicarse los siguientes:

    1.  Saberse parte de la Iglesia,  cuerpo sacramental de Cristo, de cuya santi

    dad, comunicada en la liturgia —revelación y presencia de los misterios

    de la fe— intentan participar de manera c onscien te, en la vida sencilla de

    cada día, en com unión de amor con todos los hom bres y con la creación

    entera, por cuya salvación interceden.

    2.

      Actitud de

      temor reverente y hum ildad ante el insondable y santo misterio

    trinitario de Dios,  sentido com o presencia cercana de amor salvador por

    todos los hom bres, y que se expresa en búsqueda del corazón c om o lugar

    de Dios, en el que uno se descubre no estar separado de nada ni de nadie.

    3.  La figura d e Cristo que transmiten e stos espirituales rusos es la del Dios

    que se anonadó por nuestra salvación, el  Cristo kenótico  (Flp 2, 6), el hu

    milde hermano de los pobres y humildes. De aquí la compasión con los

    48.

      E nt re o t ro s e l m et ro p o l i t a de K i ev , V l a d i m i ro , que m ur i ó en 1 9 1 8 bend i c i end o a s us v erd ug o s ,

    o l o s 1 6 0 pres b í t ero s a s es i n a do s en l a c i uda d de V o ro nez en e l m i s m o a ño , o T i có n , P a t r ia rca de M o s

    cú ( 1 8 6 5 - 1 9 2 5 ) , a rres t a do en 1 9 2 3 , ca pa z de i l um i na r co n l a l uz i n t er i o r de s u co ra zó n l a ex t rem a s o

    ledad de los cr is t ianos rusos . Cfr . A .

      MAINARDI

      et al.,

      «L autunno della San ta Russia». Atti del VI Con

    vengo ecumen ico internazionale di spiritualità russa,  E d . Q i qa j o n , B o s e 1 9 9 9 , pp . 3 7 0 s .

    49.

      Cfr . A .

      M AIN ARDI

      et al . ,

      «La notte della C hiesa R ussa», Atti del VII Convengo ecumen ico di

    spiritualità russa,  E d . Q i qa j o n , 2 0 0 0 .

    50.  O l i v i e r  CLÉMENT,  L Église orthodoxe,  P U F ,  P a r i s ' 1 9 8 5 , pp . 1 1 7 - 1 1 8 .

    5 1.  L o s g es t o s s i m bó l i c o s , e l r e s p l a ndo r azu l y do ra do de l a s cúpu l a s , l a s p l eg a r i a s hum i l des de l o s

    f i e l e s a n t e l o s s a nt o s i co no s de C r i s t o y de l a Ma dre de D i o s , l a l l a m a de l o s c i r i o s co n s u m i s t er i o s a

    l uz s o bre l o s co l o res de l o s s a nt o s repres ent a do s en l a s pa redes de hum i l des i g l e s i a s , l o s ca nt o s que

    a co m p a ña n l a s ce l eb ra c i o n es , t o do e l l o ha m a nt en i do v i v a l a l l a m a de l a f e de un pueb l o s u f r ien t e .

    126

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    La santidad en el Oriente cristiano

    que sufren, nota común a la santidad de estos testigos de la venida del

    Reino en el mundo. «Mi hermano, alegría mía, Cristo resucitado», excla

    maba Serafín cuando alguien llamaba a su celda.

    4.

      Función primordial del  Espíritu Santo en la experiencia cristiana, cara a la

    pureza del corazón que hace posible la  oración del corazón, y  el sentido

    de las Escrituras. El Espíritu introduce al creyente en la existencia trinita

    ria y concede el don de conocer las profundidades del corazón hum ano , la

    cardiognosis, y  la diakrisi,  o capacidad de discernir los pensamientos y

    deseos de la persona hum ana, cuyo m isterio sólo Dios con oce p lenamente.

    5.

      En fin, convicción sobre el

      carácter intuitivo, místico y eclesial de la ver

    dad, que se conoce por el amor   (Berdiaev), y permite contemplar el mundo

    creado com o belleza de Dios, y a Cristo, «resplandor del Padre» (Jn 1 4, 9),

    como belleza suprema. En su diafanidad lo expresan los  iconos,  lugar de

    encuen tro entre el mund o celeste de Dios y de sus santos y el mu ndo te

    rreno congrega do en la Iglesia, en una contemp lación que se eleva hacia

    Dios,

     y en la gracia comunicada a los hombres.

    Cebriá M. P i farré

      OSB

    Mo nes t i r de Mo nt s erra t

    0 8 1 9 9 Mo nt s erra t ( B a rce l o na )

    e-mai l

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