—José Cypriano Salgado Junior MONARQUIA E RE PUBLICA · 2020. 2. 11. · Firmino José Rodrigues...

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XI ANNO DOMINGO, 2 DÊ ABRIL DS 1911 N.° 508 i EM A NARI O REPUBLICANO RADICAL ¥g/ ^CA issignatura a ■8 Anno. 1S000 réis: semestre.” 5oo réis. Pagamento adeantado. Ò HEBACilÁO, Aílllílií^l IlAfjÂll Ij 1 Iflillílf Para fóra: Anno. 1S200; semestre, 600; avuiso. 20 réis. ^ (('O B ip O S ie íiO e l$5a|»E'e!g§;S©) Para o Brazil: Anno. 2S000 reis 1 moeda forte,. g RUA CÂNDIDO DOS REIS— I2Ô, 2 ,\% DIRÉCTOR -PROPRIETARIO —Jose Augusto Saloio % alde<íall,í:ga 'ú Fisblicaçôes Annuncios— i,a publicação. 40 réis a linha, nas seguintes, rt 30 réis. Annuncios na 4.= pagina, contracto especial. Os auto- p graphos náo se restituem quer sejam au náo publicados. EDITOR — José Cypriano Salgado Junior MONARQUIA E RE- PUBLICA 11 Continuando o nosso modesto curso de propa- ganda, comparando a le- gislação actual com a da monarquia, vamos-nos no - vamente referir á lei do divorcio que temsido uma dasmais atacadas pela rea- cção. Explica esta lei, logo de principio qu,e o casamento se dissolve, ou pela morte dum dos cônjuges, ou pe- lo divorcio. E, no art.0 2.0, muito claramente determi- na que o divorcio, auctori- sado por sentença passada em julgado, tem juridica- mente os mesmos effeitos da dissolução por morte, quer pelo que respeita ás pessoas e aos bens dos cônjuges, quer pelo que respeita á faculdade de contrair em novo e legiti- mo casamento. Esta disposição é,. sem dúvida alguma, uma gran- de conquista da democra- cia, Não se comprehende, de-fórma alguma, que uma criatura tivessea infelicida- de de se unir a outra que por completo a desmere- cesse,. e que, exigindo uma absoluta separação entre ambos, se tivesse de con- siderar eternamente ligada áquella pelos sagrados la- ços do hymeneu, A este caso é que bem se póde aplicar aquella expressão que os reaccionarios cria- ram para alcunhar a lei do divorcio. Perfeita prostitui- ção legalisada era aquelle. regimen em que um côn- juge, separado do outro que era absolutamente in- compatível comsigo, tinha de refrear os impulsos da natureza e da sua vontade não procurando outra pes- soa que o comprehendesse e 0 fizesse feliz. Ainda para o homem esta situação não incom- modava muito. A moral foi sempremuito maiscruel para com a nossa seme- lhante. De maneira que a mulher, ou passava tor- mentos na subjugação das suas paixões naturais, ou satisfazendo-as se prosti - tuía, pois a lei lhe declara- va que ella era a eterna espoza d’aquelle de quem seseparara. Para estas coi- sas que parecem sem im- portancia é que todos de- vem olhar. D’estas se tiram as outras. A doutrina esta- belecida pelo art.0 2.0 da lei do divorcio foi certamente dictada por umelevadoes- pirito de democracia, e de bom senso, O art.°4.° d’esta mesma lei tem tambem sidoalvo de acaloradas criticas. Estabe- lece elle as,causàs legitimas do divorcio litigioso, isto é, pedido por umdos côn- juges. Esqueceu-nos a referen - ciaásegunda parte do art.0 3 .°, no fim . Explica o legis- lador aqui que o divorcio póde ser requerido por um só cônjuge ou pelos dois. No primeiro caso o divor- cio diz-se litigioso- e no se - gundocasopor mútuocon- sentimento. E’ exactamen- te a esta expressão «por mútuo consentimento» que nos queremos referir. Para nós. uma disposição desta natureza, só por si, honra o seu auctor. A presidir á feitura, da lei que estamos explicando, estiveram não áó um elevado espirito de democracia e de bom sen- so, como acima dizemos, mas tambem de altíssima moralidade. Aquella curta expressão «por mútuo consentimen- to». vem nada mais nada menos do qu.e tornar o di- vorcio umacto de elevada moralisação. Dois cônju- ges. dão-se horrivelmente mal umcomo outro, entre si ha questões que os in- compatibilisam por com- pleto; não querem,, porém, que essas questões sejam discutidas em pleno tribu- nal, não querem mesmo que algum dos funcioná- rios judiciais conheça as suas desavenças, e, coisa simples e encantadora, re- queremodivorcio por mú- tuoconsentimento. D’outra maneira muito commum seria que na resolução de uma acção d.e divorcio a sala do tribunal se enches- se unica e simplesmente para se assistir á exposição dos factos que levaram os espozos áquella atitude. Ninguémcomquemtemos versado este assumpto dis- corda d’esta opinião e os proprios reaccionarios, na discussão de, para elles, tão árduo assumpto., são levados a confessar que es- ta disposição é duma in- confundível moralidade. Continuaremos no pro- ximo número este nosso trabalho Não é elle per- feito nemde bom se apro- ximará. E’no em tanto feito sob uma grande vontade de que o povo da nossa terra possa discutir estes assumptos entre si e de que conheça as leis da Re- publica como nunca co- nheceu as da. monarquia. Só lhe pedimos que nos leia, ainda, que para isso al- gum sacrifício faça. Da discussão nasce a luz e d#a leitura pro^ém-nos o des - envolvimento intelectual que, nos tempos que vão correndo nos é tãp neces- sário. çomo o desenvolvi- mento físico. P aulino Gomes, #ixx^xxxxx» SANTOS LOURENÇO ADVOGADO A’s 3.as, 4.Ss,. sextas e sabbados Slua òc. S. cluliãc, 174 , S.° iJstoôa tmxxxxxxxxxxm- Corninenf.arios <5k Moficias &5S.EÍÍ.;tíSO„ líecebemos a honra da visita d'este nosso collega brazilei.ro, órgão da colónia, portugueza no Rio Grande do Sul, com quem gostosamente vamos estabelecer a permuta. O seu número de 29 de janeiro ultimo apresenta-se il - lustrado com, o retrato, do. seu. redactor principal, o nosso con- terrâneo, sr. Firmino José Ro- drigues, acompanhado das se- guintes notas biográficas que nós, orgulhosos por s.e tratar de um aldegallense que longe do seu paiz vai para quatro decén- nios não o esqueceu, antes pelo contrario, defende-o com o calor proprio d’um sincero democráta e verdadeiro portuguez, vam.o.s. transcrever: «Honra hoje as columnas do «Luzitano» o retrato de um seu grande e prestante amigo e de- votado prop.ugnador dos interes- ses d.a colónia portugueza e das glorias da sua patria nativa, que nunca esqueceu, e a qual ama tanto quanto esta, que. elle aqui adoptou nos seus verdes annos e que por ella tem dado o melhor de seu esforço moral, material e intellectual e onde constituiu a adorada familia. Por um grande tour de force conseguimos obter os seguintes traços biográficos, certamente muito incompletos, de tão talen- toso e distincto. compatriota:. Firmino José Rodrigues é na- tural do Ribatejo, no districto de Lisbôa, onde cursou com bri- lhantismo os necessários prepa- ratorios para seguir a vida ec- clesiastica, não por inclinação própria e sim por ardentes dese- jos de seus genitores. Resolveu, por isso, vir para o Brazil,. aos 17 annos de idade, na esperança* de, com. uma curta ausência, modificar as aspirações de sua familia e a ella volver dentro, em breve.. Mas, tais, encantos, e. attracti- vos encontrou n’este paiz, espe- cialmente. n’esta cidade, e de tal modo se identificou com o seu meio social, que a nostalgia da patria nativa, tão vehemente a principio, foi desapparecendo pouco a pouco, vendo n’esta ter- ra, um prolongamento da. sua, nos hábitos, nos cost.iimes, na civili- sação e no ardor cívico. Desde logo comprehendeu que se achava perfeitamtnte á vonta- de, entre um povo irmão, ao qual estavamos e estamos presos pelos mesmos laços de sangue, da mesma raça, e origem. E desde então confrate.rnisou alegremente com a mocidade d’a- qui, com a qual conviveu duran- te muitos annos, quer no com- mercio, por onde começou a sua carreira, quer na imprensa, quer, finalmente, no funccionalismo público,, onde ha. mais d.e um quarto de século, vem occupando, com intelligencia e amor ao tra- balho, logar saliente. Ea. commercio esteve apenas meia duzia de annos. De temperamento inamolgavel e d.e genio emprehendedor; com- batendo com fervor, a descober- to, o çarrancismo. dos antigos, patrões, que concessão alguma faziam n’essa época, a seus cai- xeiros, n.ivel.ando-os. aos míseros, escravos, — Firmino Rodrigues alliou-s.e a companheiros de clas- se para a fundação de um Club Caixeira! e de um. jornal que advogasse os seus direitos, o que de- facto, se levou a effeito. Amante das lettras, deu á luz da publicidacle muitíssimos e bel- 1 . 0 s escriptos. Fez parte de várias sociedades lit.terarias, coliaborando em di- versos. jornaes e revistas, até que por fim teve por algum tempo jornal proprio, o «Diario Popular», que sahiu á luz da, pu- blicidade no anno de 1882, salvo erro. Aberto concurso para o pre- henchimento de tres vagas no Thezouro do Estado, em 1886, disputou uma d’ellas. com todo o brilho, embora politicamente guerreado, sendo justamente no- meado por seu proprio. mereci- mento. N’essa repartição se tem elle conservado até hoje, galgando a posição de funccionario superior que ora occupa, muito conside- rado pelo govêrno e por seus chefes, que lhe têem confiado importantes e árduas commissões, no d.esempenho das quaes. ha conquistado sempre honrosos lou- vores. Firmino Rodrigues, tem ainda o seu nome ligado a generosas iniciativas. * Tais são, em synthese, os tra- ços biográficos que conseguimos obter com relação á personalida- de de tão illustre e prestante amigo. Como. homem social é concei- tuadíssimo em nosso meio; como chefe de familia, é exemplarissi- mo. Sobretudo é um verdadeiro apóstolo do Bem, exercitando a Caridade como é recommendada pelo Evangelho. «O Luzitano» ufana-se em apresentar hoje á colonia portu- gueza d este paiz e ao público em geral um cavalheiro tão dis- tincto por suas eminentes quali- dades e péde-lhe desculpa se, levado por um legitimo senti- mento de gratidão, foi, com este merecido, preito, offender a. sua reconhecida modéstia»,, Cia^egorio ®J|| Com fábrica de distillação na travessa do Lagar da Cera (na Pontinha) offerece á sua numero- sa clientella, álém de aguardente bagaceira muito bôa de que sem -, pre tem grande quantidade para venda, finíssima aguardente de prova (30°) para melhoramentos dos vinhos, assim como aguarden- te anisada muito melhor que. a chamada de Evora, Os preços são sempre inferiores aos de qualquer parte e as qualidades, muito su- periores. SSegis.to cí^II Entrou hontem em vigor a no- va lei do registo civil. N’este concelho ha por’ora dois postos: um em Aldegallega abrangendo as. freguezias. do,Es- pirito Santo e S. Jorge, de Sa- rilhos Grandes, e. outro em Ca- nha comprehendend.o apenas, aquella freguezia, —-Para Car*ha foi nomeado of- ficial do registo civil o nosso, amigo e solicito correspondente n’aquella. localidade, cidadão. Ar- thur de Jesus Oliveira. Tomou, posse na passada sexta feira noL, tribunal, d’esta comarca. A o s sesBísos*Iffis Livros de recibos, d.e tendas de casas a mezes com. 250 folhas, 700. réis. Tambem ha cadernetas de 50 folhas a 250 réis e de 100 a 400. Pedir n’esta redacção.

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  • X I ANNO D O M I N G O , 2 D Ê A B R I L D S 1 9 1 1 N.° 508

    i EM A N ARI O REPUBLICANO RADICAL

    ¥ g / ĈA

    issignatura a■8Anno. 1S000 réis: semestre.” 5oo réis. Pagamento adeantado. Ò HEBACi lÁO , A í l l l í l i í ^ l I lAf jÂl l Ij 1 I f l i l l í l f

    Para fóra: Anno. 1S200; semestre, 600; avuiso. 20 réis. ^ (('O BipO SieíiO e l$5a|»E'e!g§;S©)Para o Brazil: Anno. 2S000 reis 1 moeda forte,. g RUA CÂNDIDO DOS REIS— I2Ô, 2,\%DIRÉCTOR-PROPRIETARIO—Jose Augusto Saloio % alde

  • O D O M IN G OA t

    firm ino José Rodrigues.0 govêrno brazileiro acaba de

    promover a chefe de secção do Thesouro do ÍCstado do Rio G ran- de do S[fl, (Brazil) o nosso conterrâneo e grande patriota, sr. Firmino José Rodrigues.

    Congratulando-nos, d'aqui lhe 'enviámos um saudoso abraço de‘: felicitações. * <Contribuições

    Durante o vigente mez está. •aberto o cofre da recebedoria de este concelho pára â cobrança volitntaria das contribuições gerais do Estado, respeitantes ao anno de 1910.Descanço semanal

    A ex.ma camara municipal dej èste concelho, convidou todos os commerciantes, industriais, empregados no commercio e demais interessados pafa uma nova reu-f nião que se effectuará hoje, pe- las 7 horas da noite, no edifício, dos Paços do Concelho, a fim de, ser tratada definitivamente a re-. gulamentação do «descanço semanal» n’esta villa. As associações e classes a qnem o assumpto directamente importa, deverão nomear, cada uma, o seu delegado, com amplos poderes, sen do essa qualidade verificada peta respectivo diploma de identidade.

    Associação de Classes Mistas Operarias.Esta prestimosa associação fie*

    classes operarias reime hcfje na' sua nova séde, Praça da Repu biica, 42— l.o, pelas 4 horas « meia da tarde, para tratar de as- sj ui tos de urgência.Até os barões!

    Ma villa do Crato, districto de Portalegre, aderiu ha pouco á RepublicajQ sr. W à o de G r f e - tèT

    Quando aderirá, tambem, 'um marquez? 0 do Soveral, por. exemplo.

    J u lg a m e n t oResponderam em audiência de

    policia correccional -na passada1 quinta feira, no tribunal d 'esta1 comarca, os réos João André e Diogo Carvalheda, ambos de Alcochete, acusados de offenderem corporalmente Matheus Lopes, tambem da mesma yilla, sendo absolvido o primeira e condemnado o segundo em -50 dias de multa a 100 réis por dia, sem custas por provar ser pobre.Fallcci mento

    Pela uma hora e meia da madrugada de quarta feira passada falleceu n esta villa com a idade de 68 annos o sr. Joaquim Caetano da Costa Ferraz, que pas' sou metade da sua vida entreva do.

    A enlutada familia enviámos o nosso cartão de pêsames.Raptismos

    Na sexta feira, como era o ultimo dia em que se podiam fazer baptismos sem a obrigação do registo civil primeiro, toda a iamilia religiosa correu ás igreja s a baptizar os filhos. Aldegallega, que bem pouco tem de religiosa, tambem deu, infelizmente, um bom contingente, sem contarmos, está claro, os tres ou quatro repiques a mais que o sineiro dava por cada baptismo, para réclâmo.

    Esqueceram-se, até, de que era dia aziago, e que, naturalmente, lhes virá nova despeza por esse motivo.I*az ã sua alma

    Antonio Saturnino dAlmeida, o «Minhocas», ex-proprietario do extincto jornaléco «A Comarca», que durante 17 mezes se publi-

    COFEE BE PSXtOX#AS

    S l “ Q íOctningc,,-.

    provada honestidade e com com- bação quimica, transforma rapi-petencia technica devem ser pre- \ damente o terreno e torna neces-

    - - « i -i /•»

    Já não 'lemos este dia Nas Repartições do Estado, Porque emfim f o i decretado Que d'essa folga a magia Se fosse., com o reinado?

    Até mesmo das Escolas,—Liceus c outras que taes— E ainda dos Tribunaes-,Q pobre se fo i ás úlas,T'alve\ para nunca mais1!

    Porém, d'Aldeia Gailega,— Onde ha annos radic-ára— E que nada o deslocara,Nem rnesmo a lendaria pega Da Reacção que -passara!

    E dos trabalhos agrestes De quasi toda a nação, Tambem fóra o não verão, Porque nas lides campestres Reina a Lei do bom christãó!

    A delaide M oRet .

    con u ’esta villa, criado e susten-' tado -por meia dirzia de gnlozos ás ordens do sr. José Maria dos Sarrtos e do Baptrstiríha de Setúbal com pretençÕes a caciques n’este concellho, morreu, na manhã de domingo passado, depois d’um longo soffrimento de misérias, sem que ao menos áquelles que se serviram do ■seu nome para calumniarem e infamarem os que lhes fa/iam sombra ás suas vaidosas, interesseiras e malévolas aspirações, o fossem acompanhar á derradeira morada.

    G desgraçado Saturnino d A l meida prestou-se a desempenhar todos os papeis que véxam e perdem um cidadão em defeza dos scelefados qne lhe promet- tiam uma vida de principe. Como solicitador perdeu toda a clientella e ultimamente Vivia de esmolas, na sua maior parte dadas por republicanos.

    O seu funeral realisou se pelas 8 horas e meia da noite e— triste é dizel-o—compunha-se de seis homens ao caixão, dois g a rotos com archotes, padre e sacristão. Eis pois, n’este acto, bem definidos os sentimentos de carácter dos defensores do extincto regimen, aderentes, hoje, á Republica, e alguns até com juramento sob a «sua palavra de honra».

    Manuel D. fanecoNegociante de gado suino, ba

    tata em saccas ou em caixas, adubos chimicos, carvão, palha e ce- reaes.

    Quem pretender realisar algum negocio póde dirigir-se a Manuel Domingos Taneco, rua Manuel José Nepomuceno, proximo á estação fios C. de F. Aldegellega

    Liquidam-se contas todos os domingos das 10 da manhã ás õ da tarde.

    JesuitasFez hontem atinos que os j e

    suitas foram expulsos de Hespa- nha, no reinado de Carlos II I , pelo conde de Aranda.

    Havia então no visinho paiz 14 tribunais do Santo Officio: em CórdoVa, Jaen, Toledo, Val- ladolid, Calahorra, Murcia, Cu- enca, Saragoça, Valência, Barcelona, Malhorca e outras cidades da Extremadura que «quatro vezes» por anno realisavam «autos de f4», em que centenas

    de desgraçados eram victimas. das chammas. Só em Sevilha, 110 anno do estabelecimento da Inquisição, se queimaram 2:000 pessoas, sendo 17:000 penitenciadas. Entre vivos, mortos e ausentes foram condemnados como herejes mais de 100:000 pessoas.Verdades duras

    O grande jornalista extrangeiro Max Nordau, aprecia-nos, a'utn dos seus centes, assim:

    artigos mais re-

    «Qne admiravel povo, o povo. portuguez! Encontra-se adeantado um seculo, ou mais dos restantes povos da peninsula ibérica. Ainda durante dois séculos o Muezzin devia evocar os crentes em Sevilha, em Cordova, em Granada, quando Affonso I I I re- pellira já o ultimo rei mouro dos Algarves. Meio seculo antes que, com custo, Colombo obtivesse dos reis cátholicos umas humildes caravelas para a descoberta da America, o infante D. Henrique descobrira as costas de África até muito além do Equador. Muito mais de um seculo antes que Carlos V levasse a bandeira hespanhola para além do Mediterrâneo, Portugal conquista Ceu ta> Quando em Hespanha as fo gueiras dos autos de fé luziam ainda por toda a parte, Pombal expulsava os jesuitas de Portugal e fazia progredir os espiritos, mais do que a um só homem é dado fazer. E agorà, ainda quando o resto da peninsula é profundamente monárquica, Portugal desfralda victoriosaínente a bandeira republicana!»

    São verdades duras de roer para os que sem escrnpulcs e na mira unicamente de servirem a barriga se lançam nas mãos de quem quer que seja e por todo o preço.C*.’ P

    Todos os BB-.- P P 1.* deverão ter o maximo cuidado na escolha dos deputados a eleger á Assembléa Constituinte, a fim de não prejudicarem a obra de 4 e 5 de Outubro.

    A consolidação da Republica, a regeneração moral e o progresso do Paiz estão dependentes dos deputados que forem eleitos. ,

    Os homens de caracter, de

    i—feridos aos palradores de profissão.

    A C-.- P. só dará por finda a sua missão quando a Republica estiver oonselidada, e o progresso do Paiz seja um facto.

    Traçado em Lisboa no dia 9 do mez de março de 1911.—O G r . - M-.-. João Faulo Marat.R o a id é ia

    Contam-nos de Alcochete que os «thalassas» se misturaram com o devasso Nunes da Quinta da Formiga para fazerem um theatro onde se darão espectáculos com elementos d’alli. Não podiam elles encontrar melhor. O Nunes é hermafrodita e tem descaramento até para entrar em scena n ’um espectáculo só para. . . catraeiros.

    E ’ boa a ideia.N a t u r a l is a ç ã o d e e x tr a n

    g e ir o s .O decreto de 2 de dezemhro

    de 1910 sobre naturalização de extrangeiros, foi rectificado nos seguintes termos: «o extrangeiro naturalizado, não poderá exercer funccões públicas de qualquer natureza nem exercer funcções de direcção ou fiscalização em sociedades ou outras entidades dependentes do Estado por contracto, ou por elle subsidiadas, emquanto não decorrerem cinco annos pelo menos, após a data da sua naturaíisação excepto quando j á antes exercia essas funcções».C asa

    Vende-se um rez-do clião na rua do Quartel, 16 e 18 com adega e casa para cavallariça no

    ' e poço. Trata-se com Joaquim Iça (pai).D r . M a g a lh ã e s L im a

    Com geral enthusiasmo se espera n’esta villa a visita do dr. Magalhães Lima, que aqui vem no proximo domingo fazer a pro paganda do livre-pensamento. O grande apóstolo da democracia a quem o paiz tanto deve chegará a esta villa n ’um dos comboios da manha.A quem competir

    Lembrámos que é urgente providenciar sobre o facto de andarem livremente pelas ruas d’esta villa, cães a todas as ho ras sem açaime, o que é prohi bido, álém de ser perigoso.

    — O largo do Laranjo continúa no mesmo estado de immun- dicie sem que ainda fossem dadas as necessarias providencias.

    AGRICULTURA

    Analysemos os adubosEs.palhou-se rapidamente en

    tre nós o Uso de mandar analy saf as terras antes de encom mendar os adubos para as differentes culturas.

    E* incontestavelmente boa e s ta prática, sobretudo para o negociante e fabricante de adubos, que póde organisar pàra o seu cliente Uma fórmula mais económica, embora deva consideral-a como transitória, pois as fórmu las de adubos calculadas sobre o desiquilibrio de composição de uma terra em dados elementos nobres, não póde nem deve ser definitiva.

    De facto é frequente, por eXemplo, n’uma terra «sem cal» encontrar-se uma reserva apreci- avel de azoto e calcular-se a fórmula de adubação juntando lhe apenas uma pequena parcella de adubo azotado. Uma colheita elevada, e sobretudo as novas condições de elaboração criadas a esta reserva azotada pela adu-

    saria, logo no anno seguinte, nma nova fórmula de adubo composto completo.

    De mais a analyse dos terrenos mostra-nos quasi sempre pobreza de a-zoto e ácido fosfórico, e a cal e potassa em razão inversa, apparecendo-nos abastecidas em potassa os terrenos pobres em cal, estando sobejamente provados pela experiencia que os adubos compostos completos, sobretudo ricos em azoto e acido fosfórico, dão magníficos resultados culturaes.

    'Os adubos calculados sobre â analyse das terras são incontestavelmente mais económicos e de resultados mais certos, mas não é indispensável o conhecimento quimico dado pela analyse da terra, para determinar a escolha do adubo, e sobretudo p a ra alcançar uma farta colheita

    #Ao mesmo tempo qne as ter

    ras estão sendo tão largamente analysadas, a anályse dos adubos é quasi nulla, sucedendo dar-se toda a casta de abusos sobretudo nas percentagens de certos adubos importados cuja riqueza em ácido fosfórico vai de 12 a 19 pot cento, sendo em geral vendidos com os títulos mais baixos pelos preços das percentagens mais elevadas.

    Este enorme abuso que chega a attingir 50 poroento de prejuízo para o lavrador quando recebe por exemplo Fosfato Thomaz com 12 por cento em vez de ter 18 por cento, merece bem ser punido o quê o lavrador ande sobre-avisado ácêrca d’elle.

    Mas outros abusos estão sendo praticados todos os dias apontando se por exemplo como de valof mais elevado o ácido fosfórico soluvel nos ácidos fortes, contra o ácido fosfórico soluvel na agua^

    Ora estas e outras indicações só a analyse dos adubos pode dar, e só com ella póde o lavrador defender-se das fraudes que tanto lhes prejudica as algibeiras, como affecta o crédito dos fabricantes e vendedores honestos de adubos.

    Nos laboratorios extrangeiros as analyses de adubos fazem-se aos milhares, físcàlisando o proprio lavrador â lealdade dos seus fornecedores e pondo em pouco tempo fóra de toda a concorrência o commerciante que intenta illudir a sua confiança.

    Parece-nos útil chamar a attenção dos nossos leitores para este assumpto.

    RECENSEAMENTO ELEITORAL

    Pódem requerer inscripção no recenseamento todos os portuguezes maiores de 21 ànnos á data de 21 de maio do anno corrente, residentes em territorio nacional, comprehendidos em qualquer das seguintes categorias:

    1.° Os que souberem lêr e es- creVer.

    2.° Os que forem chefes de familia, entendendo-se como tais áquelles que, ha mais de um anno, á data do primeiro dia do recenseamento, viverem em commum com qualquer ascendente, descendente, tio, irmão ou sobrinho, ou com sua mulher e proverem aos encargos de familia.

    Não pódem requerer:1.° As praças de pret em ef-

    fectivo serviço, os indigentes à todos os que não possuírem meios proprios para a sua subsistência.

    2.° Os pronunciados com transito em julgado.

    3.° Os interditos, por sentença, da administração de sua pes-

  • O D O M I N G O 3soa e bens, os fallidos não reha- biiitados e os incapazes de ele ger por effeitos de sentença penal-

    4.° Os portuguezes por naturalisâção.

    Os requerimentos para a ins> cripção serão dirigidos aos presidentes das commissões recensea- doras, mencionando se n’elles a idade, freguezia da naturalidade, estado, profissão, residencia e pretenso titular de eleitor. Os requerimentos dos interessados que pretenderem inscrever-se por saberem lêr e escrever devem ser por elles escriptos e assignados, na presença do notário que assim o certifique e reconheça a letra e a assignatura, ou perante o membro recenseador da paróquia onde residir, que assim o ateste.

    Br> Magalhães í à m aVisita esta villa no dia 9 de

    abril o grande patriota Dr. Magalhães Lima.

    Esta visita, feita a instantes rogos da Junta Local do Livre- Pensamento, não se resume aos livre-pensadores. Comprehende e attinge todos os republicanos e todos os cidadãos, porque Magalhães Lima se tem trabalhado p-ela Republica, tem trabalhado tambem pela causa da Emancipação Humanai. . .

    A Junta Local composta de cinco republicanos deseja que Aldegallega saude com enthu- ziasmo, sern distineção de classes, nem d-e idéias, o nobre e glorioso combatente!..„

    Por isso péde ao povo que não esqueça as manifestações que a cidade de Lisbôa lhe tributou, para que as nossas, já que não possam ser excedidas na quantidade numérica dos manifestantes, se equivalham pelo menos na sinceridade, no calor e na alegria.

    Republicanos, livre-pensado- res, cidadãos, giorificae, n’um intenso aplauso, o diplomata da Republica Portugueza, Dr. Magalhães Lima!.. .

    A Junta Local.

    Quem quizer encom m endar Uma charrett barata Com solidez p'ra rodar Para evitar andar á páta,Uma carroça bem bôa Toda feita a vapor Como uzam em Lisbôa,Um verdadeiro p r im o r !...

    Tpmbem lhes quero dizer Que carroças baixas fabrico T ão bonitas que regalam vêr Tanto ao pobre como ao rico.

    T enho maquinas p ‘ra serrar E no torno tudo se faz;Rebolos p'ra am olar,Tudo p ’lo m otor a gaz.

    Garlopa, enchó e cintel.Anda tudo n u m a poeira Na officina do Pim entèl N.o 20, largo da E ira.

    T u d o aqui mais barato Lhes garantn, com prarão;Meto raios a . . . pataco E pinas a . .. meio tost.ío!

    F rancisco P imentel.

    a g r a d e c i m e n t o

    Ursula Maria da Costa Ferraz, agradece muito re conhecida a todas as pessoas que acompanharam seu estimado marido, á ultima morada.

    Teatro Salão Recreio Popularh o j e h o j ej

    ESPECTÁCULO DEGRANDE EXITO

    A muito applaudida couplelisia e bailarina

    SIX/II__H A N I T Afará hoje o encanto de todos os espectadores cantando um lindo fado que lhe foi offerecido por um numeroso gruno de estudantes portuguezes.

    S1VILHANÍTA exhibirá variadíssimos números do seu interessante repertorio.

    Ninguém deve deixar de ir hoje ao teatro.

    ANNUNCIOS

    (2.3 pubiicação)

    A Commissão organisadora do recenseamento eleitoral do Concelho de Aldegallega do Ribatejo, faz público que o prazo para a entrega dos requerimentos dos individuos que se queiram inscrever no mesmo recenseamento, começa no dia 3o do corrente mez e termina no dia 8 de abril proximo.

    Aldegallega do Ribatejo, 25 de março de 1911.

    O Presidente da Comm issão

    Manuel ferreira Giraldes.

    A.:sr n t j n c i o

    HflUA Uli aLl)fiunjjuuuu

    ( f .* publicação)

    Pe l o Juizo de Direito de esta camarca, e pelos

    autos de inventario orpha- nológico por obito de Antonio Maria Bello, no qual é inventariante Emilia da Conceição, vai á praça á porta do Tribunal de esta comarca, no dia 23 de abril proximo pelas 11 horas da manhã, a fim de ser arrematada por preço superior ao da sua avaliação, uma casa abarracada com quintal sita na rua da Calçada desta villa, foreira em 3oo réis annuaes com laudémio de 2o.a a Rozaria da Conceição Marques, avaliada em réis 1 i7$8oo.

    A contribuição de registo é paga por inteiro pelo arrematante assim como as despezas da pra- ça. . <

    Pelo presente são citados quaesquer crédores incertos para assistirem á praça.

    Aldegallega, 25 de março de 1911.V erificação a exactidão:

    O JU IZ D E D IR E IT O

    A. Marçal0 E S C R IV Á O

    Pedro José Bandeira.

    (2 .a publicação)

    Pelo Juizo de Direito de esta comarca, cartorio

    do i.° officio, e pelos autos de execução por custas e sellos, em que é exequente o M.° P.° e executados Emilia Fernandes e seus filhos, vão á praça á porta do Tribunal desta comarca, pela segunda vez, no dia 2 de abril proximo, pelas 11 horas da manhã, a fim de serem arrematados por preço superior ao da metade

    P A L H A D E TRIGO

    Vende-se a 200 réis o fardo feita e enfardada á machina. Manda-se pôr aonde fòr preciso. — José Julio.—Aldegallega.

    P M C M O n i Z VELHOCom escriptorio na rua

    João de Deus, n.° 73. Encarrega-se de solicitar em todas as repartições da comarca e fóra delia, por preços muito diminutos.

    A N N U I nT C I O

    da sua avaliação os seguintes prédios:

    O dominio directo do foro annual de io$ooo réis com laudémio de dezena, imposto em um predio rústico e urbano no sitio da Broega, do qual é emphyteuta Ismael Ribeiro, no valor de 23o$ooo réis.

    O direito e acção a metade do dominio directo do foro annual de 7$oco réis com laudémio de dezena, imposto em umas casas que serve de adega e quintal, situadas no logar de Sarilhos Grandes, do qual são emphyteutas os herdeiros de Antonio Francisco de Carvalho, no valor de 35$5oo réis.

    Pelo presente são citados quaesquer crédores incertos para os effeitos do n.° i.° do artigo 844 do Código Processo Civil.

    Aldegallega do Ribatejo, 20 de março de 1911.V e rifiq u e i a exactkião:

    O JU IZ D E D IR E IT O

    A. Marçal.O E S C R IV Á O

    José Maria de Mendonça.

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    N’estas agencias deverão ser entregues.os pedidos,.escriptos em bilhetes postais ou cartas devidamente selladas com estampilhas de 25 e sobrescriptadas para G R M D U I íL A C .a—ÍS.5aa d o O u r o , 3 1 5 —L I S B O A .

    PASSADAS 48 HORAS, nas mesmas agencias serão entregues os catálogos, as collecções de amostras ou a resposta a qualquer informação que tenham pedido, isto sem despeza alguma.

    Os pedidos de quaisquer artigos que. hajam, pelo.mesmo processo, entregue na agencia, serão tambem entregues na mesma a- gencia 48 HORAS depois do pedido feito e em troca do pagamento da respectiva factura.

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    SSOPOR ACASO, o que rarissimas vezes acontece, os artigos ou fazendas recebidas não fôrem fornecidos perfeitamente em harmonia com o pedido ou não CORRESPONDEREM ao que esperavam pela SIMPLES LEITURA DO CATALOGO, não serão obrigados a ficar com esses artigos, IMMEDIATAMENTE

    D E V E R Ã Otornar a empacotar o que não lhes agradar EXACTAMENTE como vinha acondicionado e sobrescriptado para GRANDELLA& C .a— Rua do Ouro, 2 i 5 — LISBOA leval-o novamente á agencia e ahi pagar os sellos que indicarem serem precisos pôr no volume. PASSADAS 48 HORAS de assim haverem procedido, receberão a importancia dos artigos que devolveram bem como a importancia das despezas feitas para os devolverem, caso tenha havido erro no fornecimento.

    Estas agencias são das que offerecem mais garantias de seriedade, porque não só estão debaixo da fiscalisação do Estado, como tambem têem a garantir as transações alli effectuadas, a probidade commercial dos A R M A Z É N S G R A N D E L L A importante casa commercial do paiz que, d’esta fórma, põe á disposição de todos os habitantes do paiz OS COLLOSSAIS SORTIMENTOS DA SUA SEDE EM LISBOA, pelos mesmos preços que vende em Lisboa, ao balcão.

    Estas A G ISN C IA S são as Estações Postais em cada terra do paiz.

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    %)W $ > m wRua de S. Bento, 216-B

    “À ¥i*a nos Astros,,T ra d u ccão do tenente Moraes Rosa

    Se os outros mundos são habitados, como parece estar p ro v a d o ... Se outros planetas, que vagueiam no espaço, têem em si humanidades mais ci- vilisadas talvez do que a n o ss a ... Com o será a vida n’esses astros? Como poderemos chegar a correspon der-nos com os habitantes d’esses ou tros mu:.dos?

    Estes assumptos, sempre de p a lp i-1 tante actualidade, sempre de um interesse empolgante, são tratados no novo livro do glande astrónom o fian- cez 1 anulle Flam m arion. A V ID A NOS A b T R O S — livro agora traduzido em portuguez, constituindo o quinto volume da «Bibliotheca de Educação M oderna», que se publica em Lisbôa sob a direcção de R ibeiro de C; rva- lho.

    Sem dúvida alguma. A V ID A NOS A S T R O S é uma das obras mais sen- sacionaes, mais instructivas e curiosas dos últim os tempos. Como será a v ida nos outros planetas que vemos b rilhar no Céo infinito? Com o poderemos nós, um dia, com m unicar com as outras humanidades que certamente povôam o espaço? Esta* duas questões estudou as Flam m arion com a sua proficiência, dando nos uma obra magnifica. não só ue um enorme valor scientífico, mas tambem de leitura encantadora, attrahente. emocinante.

    A mesma «Bibliotheca de E iucaçáo Moderna» já publicou mais quatro livros. verdadeiram ente sensacionaes, tambem prim orosam ente traduzidos para portuguez

    O prim eiro intitula se «A Egreja e a Liberdade» e é devido á pena de E m ilio Bossi, o famoso auctor do «Christo nunca existiu».

    O segundo intitula-se «Socialismo e Anarquism o» e constitue um estudo, com pleto e claro.ácerca d'estas duas doutrinas sociaes. sendo seu aucto r v grande so ólogo Hamon.

    O terceiro tem este título s.uggesti- vo: «Descendem os do Macaco»? N ’eile se trata, com uma clareza maravihosa, o problem a da origem do homem, respondendo a estas perguntas, que preoceupam todos os espiritos:- De onde de-cendemns? Qual a nossa o rigem? Com o appareceu sobre a terra o prim eiro homem?

    O quarto volum e intitula-se: «Náo creio em Deus». E ' a obra mais formidável que em todos os paizes se tem publicado contra o fanatismo e contra a reacção religiosa.

    P reça de cada volume d’esta bibliotheca: brochado, 200 réis; magn fica- mente encaoernado em percalina, 3oo réis. Remettem-se, pelo correio, para todas as terras da provincia do B razil e das rolon as portuguezas. Pedidos á «Livraria Inte-nacional», Calçada do Sacram ento, ao Chiado, 44— Lisbôa.

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