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Pregos das assignataras para a eôrte.

TrimestreSemestre.Anno

9^0001G$ÜOO

Avulso 500 rs.

AJSTJSTON. 572

PUBLICA-SETODOS OS DOMINGOS.

Preços das assignataras para as provincias.Trimestre 6^000Semestre 11$000Anno I8f000

Avulso 500 rs.

ttivtimo istüts^-cbro i>o __s_i,° -Ajsnsro— A vós, excelsa Sra. D. Brasília, que sempre me acompanhastes durante estes onze annos

percorridos, dedica este novo volume, como signal da maior consideração,o Db. Semana.

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4570 SEMANA ILLUSTRADA.

SEMANA ILLUSTEADA.Rio, 26 de Novembro de 1871.

Com o "regente numero 572 finda o décimo primeiroanno desta publicação semanal.

Tenho a obrigação de dirigir-me hoje aos meus hon-rados assignantes, agradecendo-lhes a bondade comque me têm acompanhado neste espaço de tempo, erenovando, como é uso no fim de cada anno, o pedidode não me deixarem continuar a peregrinação sosinhopor este vasto império.

Promessas brilhantes para o novo (duodecimo) annoda Semana, não as faço; quem durante a bagatella deonze annos nunca faltou aos seus compromissos, pos-sue o direito de ser acreditado; hei de continuar afazer o que os meus fracos esforços comportarem, ese não presto para nada, prestem-me as assignaturascomo á lâmpada o azeite, e como á flor secca a chuva

Secca, digo bem, porque é justamente a sêcca quedesejo todos os sabbados; mas ás veze^g^Jjrfme{JyA"(-uatão secca nesta zona-^síAs^r8^

picai, que se parece comÍo-Grando, secca e salgada (mas com sal

ordinário).Soja, porem, como fòr, tenho o desejo de viver como

qualquer outro, e por isso declaro aqui alto e bom somque ninguém deve receiar perder a assignatura, pois heide viver sempre, e sou tão invulnerável, que nem umapeça de Krupp enem um barril de ácido prussico serãocapazes de atacar os meus pulmões.

Declaro, tiualmente, que as assignaturas podem serpagas em ouro, prata ou papel.

Dk. Semaxa.

Sümmabio.— A doença do tempo e o seu melhor reme-dio.—Necessidade dos morgadios.—Noé e o vinho.—-Definição da soberania nacional.— Pae alcaide.Questão ãe buracos.

Os pensadores eminentes estão de accordo em que asociedade humana anda doente, e que a hora da crisechegou. Algum remédio lhe é preciso por força. Qual?Esta é a questão.

Muitas pessoas negam o mal e dispensam o remédio.Mas não se pode rasoavelmente dizer que o circulo éuma chimera, só porque alguém se lembra de dizer quetudo neste mundo é quadrado.

Não pertence ao numero dos cata-cegos o Sr. Soares.O Sr. Soares (deputado provincial cearense) conhece omal e propõe um^emedio.«w^Jj)r-^de vejo hoje (diz S.""Ex.)~nao é sociedade, mabhomens que vivem em guerra aberta, em luta perma-nente. "

O remédio é. .. dou-lhes um doce se adivinharem...o remédio é: — o restabelecimento dos morgados.

^

Em ndditamento ao requerimento supra do meunhcuhò, tenho a honra de participar aos nossos amigosassiguantes que de hoje em diaute estou prompto areceber os cobres em ouro, prata ou papel, e passarrecibo das quantias recebidas.

Como abelhudo-uiór. ainda sou obrigado a nãotrahir o nhonhô. que seriamente me prohibio proclamarque uo 1° de Janeiro de 1872 damos um rico snpple-mento contendo a folhinha do anno.

Pois nào tenho dito nada O moleque.

Agora que o leitor teve um tempo razoável para ficarde bocca aberta, peço-lhe que a feche, e attenda aospouderosos motivos que teve S. Ex. para fazer estaproposta na assembléa de que é digno membro.

E' claro que eu do Sr. Soares só conheço as doutri-uas. e respeitando como devo a sua pessoa, peço licençapaia rir das suas idéas, que são verdadeiras perucas doséculo passado.

A proposta do Sr. Soares é esta:., Iíequeiro que esta assembléa se dirija ao senado e

a câmara dos deputados, pedindo. Io 2o arevogação da lei de 6 de Outubro de 1835, que extinguioos morgados e capellas, para se reconstruir a família.

„ Requeiro mais que esta assembléa se dirija a todasas das outras províncias para fazerem o mesmo. "

yO principal argumento para a restauração dos mor-

gados é do teor seguinte :„ Aquillo (diz S. Ex.) que existio em todos os tem-

pos e em todos os lugares é que é justo, verdadeiro ebom. Ora, em todos os tempos e em todos os lugares,

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SEMANA ILLUSTRADA. 4571

i \oé até nós, se admittio a primogenitura, e os¦¦'i "

do primogênito sobre todos os outros seusdireitos f ao°houve koa razão para desprezar eirmãos. i-^o" . . .

n-llir este principio. „Um deputado imprudente ou pcrveiso interrompeu

n orador exclamando:' __ Direitos fundados no acaso !0 Sr. Soares fulminou táo ridículo aparte com esta

resposta sem resposta:_1 Pois o nobre deputado nao vê que o acaso naoae ter uma duração de mais de quatro mil annos ?

O nobre deputado não vê nisso uma quasi revelação ? A

constância deste direito não indica como que uma tra-

diçâo da revelação delle ? „.... O apartista enterrou-se no dia seguinte.

^

Temos pois, que o morgado é uma quasi revelação,nor ter existido desde Noé, qualidade essa que tambémse pode reconhecer no uso do vinho contemporâneo,conterrâneo e consanguineo do morgado. ^

0 Sr Soares deixou de parte este ponto aa questão,aliás interessante. Para elle ornai do Brasil é a ausênciade morgados.

E nor isso, logo depois de demonstrar a todas psluzes que, sendo a primogenitura anterior a Moysés, nãoha razão para que não exista ainda hoje, indaga a razãopor que não a temos na nossa legislação, e faz a esterespeito uma dissertação que eu transcreveria aqui setivess espaço.

suppue subdito, e como é que se confunde na mesmapessoa os direitos de soberano com os deveres desubdito ? "

S>O Sr. Soares faz-me uma singular impressão ; uma

cousa que nâo posso explicar ; faz-me frio....Nada ! fujamos para lugar mais quente, demos um

pulo adiante e vamos sorprehender uma discussão naassembléa do Pará.

Aquillo é vinho de outra pipa.

Acho, por exemplo, uma receita para saber se umcidadão merece os favores do Estado.

Dizia o Sr. Aragão:„ Entretanto não succede o mesmo a respeito do

outro empregado porque não sei se está nas mesmascircumstancias do capitão Bentes.

„ Entendo que não devemos dar licença a quem quertratar de seus interesses.

„ O Sr. Valente: —Conhece o Pedro Pernambuco,de Cametá ?

„ O Sr. Aragão :—Conheço perfeitamente.„ O Sr. Valente :—Pois é pai delle.

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Não é preciso mais, creio eu, para definir a opiniãodo Sr. Soares.

S. Ex. é ultramontano e legitimista.Dizia o Sr. Portugal na sessão anterior:

Nenhum rei, nenhuma família póde lisongear-sede receber directamente de Deus o poder de governar.

„ O Sr. Soares:—Quem lhe disse isso ? "Ao ouvir estas palavras não sfi que cara fez o Sr. T.

Portugal. Sei qne nâo deixou passar a occasião de lhedizer :

Então rasgue a nossa constituição porqueella assenta no principio da soberania nacional. "

Apanhado em flagrante, não hesitou o illustre de-putado.

„ A soberania nacional (disse elle) de origem dopovo, nego; agora, a noberania nacional do poder di-vino, concedo. "

E para concluir dou este outro specimen :O Sr. Rodrigues fallava de uma commissão.E dÍ7,ia :„ .... e nomeou uma commissão para sobre elle dar

parecer.„ O Sr. José do O' :—Não foi de sapateiros?„ O Sr. Rodrigues : —Não, senhor... O Sr. 31ello:—De calafates ?„ O Sr. José do O'.—Para calafetar os buracos.„ O Sr. Mello :— De quem os tem "

4Mais adiante:„ O que Be observa hoje, senhores ? O triste resul-

tado do absurdo da soberania nacional, da soberaniapovo! Absurdo, por que quem diz soberaniado

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Addio para o numero seguinte algumas palavras deexplicação ou rectificação a respeito do hospital deItabira e de uma pagina do Pindamonhangabense.

Igualmente para esse numero guardo um inédito doSr. A. J. Alvares.

Db. Semana.

A S.Segunda Carta

Ex. Revma. o Sr. D. Pedro Maria ãe LacerdaBispo ão Rio de Janeiro.

Eminentissime domine.— Bem vejo que vos deve tersobremaneira desagradado a minha primeira carta, masnão foi no empenho de lisongear-vos qne lancei mão dapenna, bem como nao o foi também no de affligir-vos.

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EXPOSIÇÃO DE FLORESA primeira exposição brilhou pelas Margaridas, pelos Instrumentos agrícolas que não servem para

Rosas, Perpétuas, algumas Parasitas excellentes concertos.(desconhecidas do Dr. I. Barbosa,

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NO THEATRO— Meu amigo, Vmce. quer fazer-me o favor de —Ah! isso é outra cousa! Peço-lhe mil vezes

sentar-se, para que possa ver alguma cousa perdão.

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O padre Morales, cantando a mulata.

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„_^ando ° capitão Tiberio leu no Jornai a descripção dasgranães perfeigoes do corpo de bombeiros de Vienna, queum t 7aram tao di8tínctwflente perante Sua Magestade, fez, ™.° P*™ que na vqltade Sua Magestade haja um grandehri« \° a alSuma C^» (segpra pela Companhia Feliz Lem-¦mçaj afim do mostrar a perícia da sua gente!!!

O Dr. Hilário de Gouvéacelebre medico oculista.

(Vide o texto.)

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4574 SEMANA ILLUSTRADA.

A vossa predilecção pelo ultramontanismo, pelosjesuítas, pelos padres capuchinhos e laaaristas, e atépelas irmãs de caridade, a rude interpretação que emtodos os actos do vosso curto episcopado tendes sempreprocurado dar ás leis da egreja, o desagrado geral quese vai inoculando no seio deste povo, notável pela suaillustração, pelo seu numero, pela sua riqueza, e atépela sua orthodoxia em matéria de religião, tudo isto,e ainda mais um certo emperramento eystematico dovosso caracter, nos trouxeram a terreiro, com o desejode oppor barreiras a essa onda de estulta insensatez queameaça alagar a sociedade brazileira.

Não, prclarissime domine, vós que sois apenas umgrão de areia perdido na immensidão dos mares, nãopodereis por certo embaraçar a torrente de luz civilisa-dora, que vem de longes séculos, e que trouxe até nósa igualdade do homem, a familia, a libertação da mu-lher, do filho e do escravo, scellados com o sangue doMartyr por excellencia !

Para que, sapieniissime domine, comprometteis ovosso nome, a vossa posição de príncipe da egreja, e oque ainda é mais, a vossa episcopal consciência, abra ¦»çando e propalando doutrinas que a sociedade con-demna, afagando e protegendo entidades que o séculodespreza e repelle?

Tenho, como vós, compulsado a historia, e longe estáo pensamento de negar os bons serviços que em temposque já vão perdidos na escura noite dos séculos pres-taram à egreja e á humanidade alguns bons e respei-taveis jesuítas.Os Nobregas e Anchietas não foram numerosos !

Quereis saber o que é hoje entre nós um pregador damissão jUm rochunchudo frade capuchinho de olhos azues

que deveram ser o espelho de uma celestial consciênciamas que são nelle apenas o veo transparente que enco-bre uma alma creada para a ambição, para a avarezae para todos os vícios e crimes mundanos, lá ia atra-vessando as matas e as campinas da bella província deMinas.Em todos os povoados os fieis se apinbavam cheiosde respeito para recebêl-o, e as offertas e o dinheiro senao taziam esperar, mas todo esse acolhimento filialnao saciava essa alma mundana e ambiciosa iChegado a um pequeno arraial, exigio elle para seurepasto um capão assado (era o sen prato favorito) eporque o não visse na mesa coberto de rodelas de limãoexclamou colérico e com os olhos fitos no cêo — oh >

íiZne! PaUmUr PV° eWleSÍa dei~™P0ne sineBem vejo o riso que disponta pela primeira vez em

Zt;*™' -enhor, dPa acusação que faÇ"a este bom e santo missionário, mas lembrai-vos quedepois foi elle nomeado para capellão de um aldeamento

tlntSSnaS> C qUC Um aUD° ainda nã0 «nha decSquando começaram as crianças a nascer na aldeia comos olhos azues e os cabellos loiros, e que este me hora-l

mento singular na raça americana não agradou .i0 ¦rudes selvagens, que pretenderam attentar contra 1vida do auctor de similhante milagre !

Basta por hoje ; desculpai a minha impertinencialançai a vossa benção sobre o vosso humilde servo '

Antônio.

Co ni in un içado.O DB, HILABIO DE GOUVÊA, MEDICO CÜLISTA

(Vide a estampa)Entre quantos médicos oculistas tem o Rio de Janeiro prima o Dr. Hilário de Gouvêa. Sua celebridade

não é somente brazileira, é européa. Chefe de clinicana primeira universidade allemã—a de Heidelberg —.isto muito moço ainda, este illustre oculista veio parao Brazil recommendado por seu diploma. Se o publicotivesse conhecimento das mais notáveis obras que sobreophtalmologia se tem publicado na Allemanha naFrança, na Inglaterra, e nos Estados-Unidos verianellas citados os trabalhos do Dr. Gouvêa como fonteda sciencia, e o seu nome como o de uma notabilidademedica e de um profundo observador.

A carreira que tem feito o Dr. Hilário de Gouvêa noRio é a mais prospera que medico algum já teve. Seuescriptorio está sempre cheio ; os jornaes trazem semprenoticia de suas operações, sempre bem succedidas eessas noticias não são reclamos, pois qne se cita o nomedos assistentes, e não se as repetem, parecendo os casosditterentes, sendo os mesmos.Muito moço ainda, é hoje o Dr. Gouvêa uma das

primeiras notabilidades médicas do Rio. Quem o con-sulta reconhece logo pelo diagnostico certo a sua grandesciencia: nao vacilla, não hesita ; observa e garante Aquem promette vista, dá; os que elle tem desenganado, inunca acharáõ na clinica de outro medico a vista, que!elle aíhrmou que não recuperarião. Junte-se a tudoiisto uma grande franqueza, um amor excessivo á sei-encia, uma actividade incansável e uma extrema mo-destia, e para os pobres uma charidade inalterável enunca desmentida, e terão o retrato do Dr. Hilário deGouvêa.

Fazemos esta publica declaração de nosso apreço porsuas grandes qualidades, offendendo a sua modéstia;porque a calumnia não se poupa meio algum de com-bater a notoriedade de um talento que é mais apreciadoainda na Allemanha. Graeffe, Iwanoff, Wecker Iaeger,Soelbeege Wells, as revistas de ophtalmologia mais es-timadas, os professores de Heidelberg, todos citaramcom elogio e consideração as investigações do Dr. Gou-1vêa. Jisses não são títulos de jornaes, não são conde-corações tomadas por conta própria, e esses títulos só oestuoo, a perseverança e uma grande vocação podem

Um que lhe deve a vista.

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SEMANA ILLUSTRADA.i.J I '.)

O Sr. Lopes Cardoso. j 0 trabalho do Sr. Peckolt é precioso, segundo affir-c extranho este nome ao publice fluminense. |mam as pessoas entendidas na parte scientifiea: sen-XX), quando um distincto amigo, homem dfc|tlmos 1ue nos faltem habilitações e espaço para

anisou a empreza do Atheneu Dramático, o^azermos delle uma -"--* ¦ *.NãoEu.)

lettras, orga _¦•• Lopes Cardoso oecupou alli um dos primeiros lu-Irares *-IU 1ue se conservou durante quasi todo o tempoda empreza. '

Os freqüentadores do Atneneu tiveram então a ocea-siao de applaudil-o no papel de Tholosan dos íntimosem que o distincto actor revelou talento e acurado es-tudo. A empreza do Atheneu, certa do auxilio que lhedava o Sr. Lopes Cardoso, soube apresental-o em outraspecas que com tanto esmero o fez representar. Entreoutras lembra-nos ainda o Borboletismo, cujo principalpapel coube tambem ao Sr. Lopes Cardoso.

Grabriella da Cunha oecupava brilhantemente o pri-meiro lugar da companhia.

Está o Sr. Lopes Cardoso entre nós, e parece que senão demorará muito tempo. Seria para desejar que se

! apresentasse ao publico, que o animou outr'ora, e esti-mará vei-o hoje.

ues eipreciação mais completa.

Na mesma casa dos Srs. E. & H. Laemmert publi-cou-se a traducção da Batalha de Dorking, escriptapor Benjamim Disraeli, invenção drástica da conquistadaj.nglaterra pelos Prussianos.

Esta obra, apenas appareeeu, produzio prnrhViosoeffeito nâo somente na Inglaterra, como na Europatoda. Delia se fizeram muitas edições tanto em inglezcomo em outras línguas.Os Srs. Laemmert prestam serviço ao Brazil comesta publicação, tão bem escripta como perfeitamentetraduzida em portuguez, porque afinal de tudo ha um

nao sei que que nos toca por casa, e que justifica orifao: cá e lá más fadas ha.

O Sr. van Halle.

Pedem-nos ji publicação do seguinte artigo, impressono Jornal do Commercio de 29 de Outubro próximo :

„ Ao Publico.„ O abaixo assignado, tendo sido exonerado do cargo

Entre os estrangeiros que se distinguiram no Brazil.de inspector do 3o quarteirão do 2o districto da fregue-tem este celebre viajante lugar distincto. ;zia de S. José, como se vê do officio que abaixo vai

Ha muitos annos percorrendo o paiz, estudando-o' transcripto, agradece cordialmente a seus ex-inspeccio-com a attenção própria de viajor illustrado, está co-| nados, amigos e comparochianos as attenções que lhelhendo sem numero de notas sobre suas riquezas que proporcionaram darante o espaço de tempo de perto deembora em grande parte descobertas, são taes que o] anno e meio, que exerceu tal cargo; e pede-lhes des-collocam acima de todos os paizes do mundo.

Mas não é somente este mister que occupa o espiritodo Sr. van Halle; solo, a agricultura e tudo que lhe dizrespeito, os habitantes, costumes e instituições são aomesmo tempo objecto das judiciosas investigações dolaborioso viajante.

Dous artigos ultimamente publicados no Jornal doCommercio dão ideado modo por que o Sr. van Halleencara o Brazil e os Brazileiros.

Publicações.Recebemos um exemplar do excellente trabalho do

Sr. Dr. Theodoro Peckolt, ha pouco publicado em casados Srs. E. & H. Laemmert, tratando das plantasalimentares e de gozo do Brazil. Agradecemos aofferta, folgando em declarar que, se o auctor não fossejá tão vantajosamente conhecido, bastaria tal trabalhopara recommendal-o á gratidão dos Brazileiros.

Na apreciação da geologia, hydrographia e clima dasdifferentes provincias do Império mostra-se o auctor bas-tante conhecedor do paiz que descreve, principalmenteem relação ás provincias do norte; aos productos agri-colas da província de S. Paulo faltou-lhe, porém, addi-cionar a cultura do algodão, hoje em tão grande escalan.aquella província, que constitue uma de suas prin-cipaes fontes de riqueza.

culpa se durante esse tempo commetteu qualquer faltade delicadeza ou attenção para com os mesmos.

„ Eis o officio dirigido pelo Sr. Manoel dos AnjosVictorino do Amaral, 6o supplente em exercício da ditasubdelegaeia. O publico que ajuize e discuta.—JoãoMaria de Almeida Tinoco. "

„ Subdelegaeia do 2o destricto de São Jozé.—Por or-dera supperior, foi V. S. exenerado do cargo de Ins-pector do 3° quarteirão do 2° Destricto de São Jozé oque lhe communico para inteligência passando os pa-peis concernete a Inspetoria de seo Suceçor o cidadãoJozé Carlos Donevant morador na rua da Juda n. 62.D. Gd1'. V. S.—Illm. Sr. João Maria de Almeida Ti-noco.—Manoel dos Anjis Victorino ão Amaral. "

(Está a firma reconhecida pelo tabellião Catanheda).

Arte e charidade.O Sr. A. Arnaud, e as suas adoráveis discípulas, pertencentes

á mais elegante sociedade fluminense, dão no dia 1» de Dezembro,nos salões do Club um esplendido concerto clássico e românticoem favor de uma filha e netos de um insigne fallecido maestrobrasileiro, honra da arte musical no nosso paiz.

Todo o applauso merecerão as dignas cantoras e o seu professor,todo o louvor é devido á sua generosa idéia.

Tvp. do Imp. Inst. Artístico — Rua Primeiro de Março n. 21.

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Fim cio annoTudo no mundo fenece;Acaba-se o mal e o bem;E logo apoz annos onze,Deve ser doze o que vem.

E se até hoje, senhores,fervido vos tenho bem,Espero que continuemPara o anno XII. Ame»!