Althusser - Filosofía y marxismo

7/28/2019 Althusser - Filosofa y marxismo

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L o u i s A l t h u s s e rFILOSOFA Y MARXISMOe n t r e v i s t a p o r F e r n a n d a N a v a r r o

sigloveintiunoeditores


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filosofa


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F I L O S O F A Y M A R X I S M Oe n t r e v i s t a a

L O U I S A L T H U S S E R

porF E R N A N D A N A V A R R O

sigloveintiunoeditoresMXICOESPAAARGENTINACOLOMBIA


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siglo veintiuno editores, sa de cvCERRO DEL AGUA 248, DELEGACIN COYOACAN. 04310 MXICO. D.F.siglo veintiuno de espaa editores, saC/PLAZA S. MADRID 33. ESPAAsiglo veintiuno argentina editores, sasiglo veintiuno de Colombia, ItdaAV . 3a. 17-73 PRIMER PISO. BOGOT, D E . COLOMBIA

edicin al cuidado de mana seosprimera edicin, 1988DR siglo veintiuno editores, s.a. de c.v.ISEN 968-23-1474-7impreso y hecho en mxicoprinted and made in mexico


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N D I C E

A GUISA DE PREFACIO Y ADVERTENCIA, porLOUIS ALTHUSSER 11LOS PRIVILEGIOS DE LA DISTANCIA, por FERNANDA NAVARRO 13

I. UNA FILOSOFA PARA El, MARXISMO: "LALNEA DE DEMCRITO" 19Filosofa marxista o materialismo aleatorio?, 25;Las dos historias, 35

II. FILOSOFA-IDEOLOGA-POLTICA 41La filosofa: un campo de batalla, 45; La "filosofa de los filsofos" y la filosofa materialista, 50

III. EL ANTIHUMANISMO TERICO DE MARX 77El Hombre: mito de la ideologa burguesa, 79;Sujeto de o en la historia?, 85; Palabras de Fou-cault sobre el humanismo, 87

IV. . . . SOBRE EL HISTORICISMO 89Un intento de absolutizar lo relativo, 91; El doble circulo: relativista y empirista, 92; El marxismo no es un historicismo, 95

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a M a u r i c i o M a l a m u d ,r e s p o n s a b l e d e l E n c u e n t r o" e p i c r e o y a l e a t o r i o " ,c o n l a p e r s o n a , v i d a y o b r ad e L o u i s A l t h u s s e r


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AL LECTOR LATINOAMERICANOA G U I S A D E P R E F A C I O Y D EA D V E R T E N C I A

LOUIS ALTHUSSER

Es te t e x to s e p re s e n t a e n f o rma d e co nve r s a c io n e s . Es F e rn a n d a N a v a r ro , p ro f e s o ra d e f ilo s o f a , m e x i c a n a , q u i e n p r e g u n t a . N o e s u n ae n t r e v i s t a g u i a d a . Es e l l a q u i e n e l a b o ra l a s p re g u n ta s y r e d a c t a l a s r e s p u e s t a s .Fe rna nd a me v i s i t e n Pa r s a f i ne s d e l i n v i e r n o d e 19 84 . C h a r l a m o s l a r g a m e n t e d u r a n t em e s e s . S i n p r e s i o n e s d e t i e m p o p u d e e x p l i c a r l em i s p o s ic io n e s y m i s r a z o n e s . T a m b i n le ya l g u n o s d e m i s m a n u s c r i t o s , a n n o p u b l i c a d o s ,q u e r e g i s t r a n e l t r a b a jo d e ca s i ve in t e a o s : d e1 96 0 a 1 9 78 . A lg u na s p l t i ca s g ra b t a m b i n . . .y u n b u e n d a p a r t i p a r a M x i c o . P u e d o d ec i r q u e e n mu ch o a p re c i s u i n t e l i g e nc i a f i losf ica .E l l a t e n a l a i n t e n c i n d e c o m p r e n d e r m e j o rla s razones y los t emas de mi in te rvenc in f i los f ica en Franc ia en la s l t imas dcadas , e lsen t ido f i los f ico y po l t i co de mi empresa , l a sr a zo ne s d e l i n t e r s , p a ra a lg u no s s o rp re s ivo , q u emi o b ra h a b a s u s c i t a d o e n F ra nc i a y e n e lm u n d o , a s c o m o l o s m o t i v o s d e l a h o s t i l i d a d ,a veces f e roz y exa l t ada , que p rovoc en num e r o s o s l e c t o r e s c o m u n i s t a s i n c l u i d o s . P e r o[ii]


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12 A GUISA DE PREFACIO Y ADVERTENCIAF e r n a n d a a l b e r g a b a o t r a i d e a t a m b i n : l a d ep u b l i c a r u n p e q u e o t e x t o d e s t i n a d o a s u s a l u m nos de filo so fa de l a U n iv e r s idad M ich oa can a ,d o n d e e n s e a . M e s e s d e s p u s , a l c o n o c e r e lt e x t o e n s u c o n j u n t o , l o e n c o n t r p e r t i n e n t e ;p e n s i n c l u s o q u e m e r e c a o t r o d e s t i n o . L e e s c r i b p a r a p r o p o n e r l e a l g u n a s m o d i f i c a c i o n e s ysuge r i r l e que se d i r i g i e r a a mi amigo Or f i l a deS i g l o X X I p a r a s u p u b l i c a c i n e n M x i c o , p a r alos e s tud ian tes de f i losof a y los mi l i t an tes deAmrica Latina, exclusivamente. M e r e s e r v o l ap u b l i c a c i n e n F r a n c i a , e n s u m o m e n t o .Pars, julio de 1986.


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L O S P R I V I L E G I O S D E L A D I S T A N C I AFERNANDA NAVARRO

A d i s t anc ia de l t i em po y de l a c on t rove r s i a ya u n c o n t i n e n t e d e d i s t a n c i a , A l t h u s s e r v i e r t ea q u a l g u n a s d e s u s l t i m a s r e f l e x i o n e s s o b r ef i l o so f a y m arx i sm o .E l A l t h u s s e r p o l m i c o e i n c i s i v o , p r o v o c a d o ry d e b a t i d o , q u i e n e n s u i n t e r p r e t a c i n d e lao b r a d e M a r x y s us " s a c u d i d a s e s t r u c t u r a l e s "ob l iga ra a r epensa r l o , a r ev i t a l i z a r l o de en t r e l a sm or tec inas f r a se s c l eb re s m arx i s t a s r ec i t adasc o n r i g i d e z d e l e t a n a ; e l a u t o r d e Para leer"El capital" que, en la dcada de los sesenta-set e n t a d e s p e r t a r a e n t r e s u s l e c t o r e s r e a c c i o n e sms surg idas de l a s v i sce ras que de l a razn , end i sc us iones i r ac undas a vec es , exa l t adas s i em p r e , n o s p e r m i t e a h o r a e s c u c h a r l o d e n u e v o .Las c onve r sac iones que d i e ron l uga r a e s t aen t r ev i s t a , s e i n i c i a ron en e l i nv ie rno de 1984 ys e e x t e n d i e r o n d u r a n t e s e i s m e s e s e n P a r s . A l gunas fue ron g rabadas . A l a s poc as s em anas ,sac generosamente e l f i lsofo a lgunos de susm a n u s c r i t o s , p e r m i t i n d o m e e l d e l e i t e d e h u r ga r en l o in d i t o . . . o t ro r e c u r s o en l a e l abo rac in de es te pequeo tex to fue e l de l a cor r e spondenc ia a l o l a rgo de m s de dos aos ,has ta febre ro de 1987 , en que regres a Par sp a r a d a r l e l a s l t i m a s p i n c e l a d a s .Duran te l a s l a rgas p l t i c a s , hab l de sus

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14 LOS PRIVILEGIOS DE LA DISTANCIAexpe r i enc i a s en l a po l t i ca . De l marx i smo y sua c t u a l i d a d , s o s t i e n e q u e e s e n e l T e r c e r M u n d o , y e n A m r i c a L a t i n a e n p a r t i c u l a r , d o n d es igue y segu i r t en i endo v igo r y v igenc i a , mien t r a s q u e e n E u r o p a l o c o n s i d e r a n y a p a r t e d eun pasado h i s t r i co , de sgas t ado , anac rn ico . "Yn o m e p a r e c e r a i m p r o b a b l e a a d i q u ela s p a l a b r a s ' r e v o l u c i n ' , ' p r o l e t a r i a d o ' , l u c h ade c lases ' y o t ras , vayan a desaparece r de nuest r o * v o c a b u l a r i o . " E s t o e x p l i c a , e n p a r t e , l ai m p r e s i o n a n t e p r o y e c c i n d e l a s o c i a l d e m o c r a -c i a e n e l m u n d o n o c o m u n i s t a .Debo dec i r que , a l e scucha r lo , s e me e sc l a r e c i e r o n m u c h a s i d e a s q u e m e h a b a f o r m a d o d ela pos ic in implacab le de l f i lsofo de " la luchade c l a se s en l a t eo r a " . Impre s iones fo rmadasd e s d e m i s i t u a c i n , d e s d e m i g e n e r a c i n , a p a s ionada po r lo s " fa sc inan t e s" t emas ac tua l e s del a m o d e r n i d a d y s u p o s t , d e l o i m a g i n a r i o , d ea l g u n o s p a r o x i s m o s n i h i l i z a n t e s o e x q u i s i t e c e sl i ng s t i ca s que nos han c reado un e l egan t e yd i s p l i c e n t e e s c e p t i c i s m o f r e n t e a t o d a m i l i t a n -c i a po l t i ca , po r cons ide ra r l a bu rda , de sgas t aday dmode. Al e scucha r l e , pude pe rc ib i r l a f i r m e z a y c o n s e c u e n c i a d e u n a c o n v i c c i n , d e u n aa c t i t u d c o m p r o m e t i d a .

Es t a en t r ev i s t a r ecoge t emt i ca s r ec i en t e s , d i fe ren tes a l a s ya pub l icadas , t a le s como los mund o s d e E p i c u r o , D e m c r i t o y e l m a t e r i a l i s m oa lea to r io ; l a s dos h i s to r i a s y a lgunas de sus l t imas re f lex iones sobre l a f i losof a marx i s ta .T r a t a t a m b i n l a r e l ac in en t r e f ilo so fa , i de o log a y po l t i ca , t ema que re f le ja una idea

* Referido al europeo.


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LOS PRIVILEGIOS DE LA DISTANCIA 15pe r s i s t en te de l au to r ac e rc a de l pape l que lle o torga a la f i losof a . "Una de las razonespor l a s que acced a l a pub l icac in de es ta ent r e v i s t a d e F e r n a n d a N a v a r r o e s p o r q u e a h s u b y a c e l a i m p o r t a n c i a q u e l e c o n c e d o a l afilo so fa c om o fu n d a m en to y c e n t ro de toda est ra teg ia ideo lg ica y po l t i ca . . . l o s igo sos ten iend o , aun c uando l o s e f ec tos de e s t a p r im ac a nos e a n , n a t u r a l m e n t e , i n m e d i a t o s . " A l f i n a l , c i e r r ac o n u n a s v i g o r o s a s p g i n a s s o b r e e l a n t i h u m a n i s m o t e r i c o d e M a r x y s o b r e e l h i s t o r i c i s m o q u e r e s u l t a n e s c l a r e c e d o r a s y p e r t i n e n t e s , a h o r aq u e e l t r m i n o " h u m a n i s m o " s e p r o n u n c i a c o ntan in s i s t en te f r ec uenc ia que su s ign i f i c ac inr e a l h a t e r m i n a d o p o r d i l u i r s e .

Desg rac i adam en te , e l e s t ado de s a l ud de Al -t h u s s e r a c t u a l m e n t e n o p e r m i t i i n c l u i r a q u o t r o s t e m a s s o b r e n u e s t r o t i e m p o , q u e t r a t de m ane ra in fo rm a l a l o l a rgo de l a s c ha r l a s ,p e r o q u e n o p u d o f u n d a m e n t a r c o n e l r i g o rq u e a c o s t u m b r a . T e m a s n o v e d o s o s t a l e s c o m ol o s " i n t e r s t i c i o s " q u e h a n a b i e r t o l o s m o v i m i e n t os p o p u l a r e s y l a a l t e r n a t i v a q u e r e p r e s e n t a nf ren te a l a r g ida e s t ruc tu ra pa r t ida r i a ; l a s e s t ra teg ias de l a burgues a pa ra e l ao 2000: los"p lace res fo rzados" ; l a e ra t ecno lg ica y susinca lcu lab les e fec tos , en t re o t ros , e l de cues t i o n a r l o s p l a n t e a m i e n t o s d e M a r x a c e r c a d e lpa pe l h i s t r i c o de l a c la se o b re ra . . . y a l gu no so t r o s q u e t i e n e p e n s a d o s e g u i r t r a b a j a n d o p a r au n a f u t u r a r e e d i c i n .F i n a l m e n t e , d i r e m o s q u e si b i e n m u c h o h u b ode a lea to r io en e l in ic io de es tas conversac iones ,h u b o t a m b i n u n h e c h o i r r e f u t a b l e q u e a n u l atoda c on t ingenc ia : e l que s e t r a t e de un fil


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16 LOS PRIVILEGIOS DE LA DISTANCIAsofo, e n t o d a s u e s t a t u r a . E n t e n d i d o c o m o a q u e lq u e h a c e d e l i n t e n t o d e i m p r i m i r i n t e l i g i b i l i d a d a l m u n d o , s u t a r e a ; a q u e l q u e d a e x p r e s in cohe ren t e y t o t a l a su poca con todass u s d i s c o n t i n u i d a d e s , c o n t r a d i c c i o n e s y s i n s e n -t i d o s ; aque l que a veces recur re a l a s n tes i s yp r o y e c c i n d e p e n s a m i e n t o s a n t e r i o r e s o b i e na l p a r r i c i d i o , e n b u s c a d e u n a o r i g i n a l i d a d f u n dan t e ; aque l , en f i n , que l i nea lmen te o en e s p i ra l , r e f lex iona sobre l a se r i e de eventos quet e je n n u e s t r a r e a l i d a d y la i l u m i n a n . . .C o n c l u y e n d o c o n Fo u c a u l t , d i r e m o s : " E l f i l so fo hoy d a , ms que un hacedor de s i s t emas ,d e b e s e r u n i n f a t i g a b l e h a c e d o r d e d i a g n s t i cos . "


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I . U N A F I L O S O F A P A R A E L M A R X I S M O :" L A L N E A D E D E M C R I T O "


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A lo largo de su obra, ha mostrado Ud. unmarcado inters en la filosofa y su relacincon la poltica. Estara de acuerdo en iniciarla presente entrevista con este tem a?

C i e r t a m e n t e . P o d e m o s d e c i r q u e e s t e i n t e r sno s lo ha s ido en e l n ive l t er ico pues desdelos aos cuaren ta he s ido f i lsofo y po l t i coa l a vez . En par te , e s to se deb i a l a c i rcuns tanc i a h i s t r i c a que m e toc v iv i r : l a s egundag u e r r a m u n d i a l , e l e s t a l i n i s m o , l a c a m p a a m u n d ia l po r l a paz , e l l l am am ien to de Es toc o l m o .E r a e l m o m e n t o e n q u e s l o E s t a d o s U n i d o spose a e l a rm a a tm ic a , po r l o t an to , e r a p re c i so ev i ta r , a toda cos ta , una te rce ra guer ra .L l e g u a m i l i t a r , e n t o n c e s , h a s t a d i e z h o r a sd i a r i a s .Sus palabras recuerdan lo que Ud. mismo escribi en el "Prefacio: hoy" de L a r e v o l u c i nt e r i c a d e M a r x , al referirse a la poca de posguerra:" L a h i s t o r i a s e h a b a a p o d e r a d o d e n u e s t r aa d o l e s c e n c i a d e s d e l a p o c a d e l F r e n t e P o p u l a ry l a gu e r ra de E spa a , pa ra m a rc a rn os en l ag u e r r a m i s m a c o n l a t e r r i b l e e d u c a c i n d e l o sh e c h o s . N o s s o r p r e n d i a l l d o n d e h a b a m o sv e n i d o a l m u n d o , y d e e s t u d i a n t e s d e o r i g e nb u r g u s o p e q u e o b u r g u s q u e r a m o s , n o s h i z ohom bres in s t ru idos en l a ex i s t enc ia de l a s c l a se s ,de su lucha y de su s ign i f icac in . F ren te a l a s

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20 UNA FILOSOFA PARA EL MARXISMOevidenc ias impues tas por e l l a sacamos l a conc l us in de un i rnos a l a o rgan iz ac in po l t i c a del a c la se ob re r a , e l P a r t id o C om un i s t a . [ ]nos v imos ob l igados a ve r l a s impl icac iones denues t r a e l ec c in y a a sum i r sus c onsec uenc ia s[a a f ron ta r , d e sde d e n t r o , lo s p r ob l em as , abe r r a c i o n e s y m o n s t r u o s i d a d e s p a r a d a r u n p o c od e ex is te nc ia y co ns is te nc ia te r ica a la f ilosof a d e M a r x ] ." [ . . . ] E n n u e s t r a m e m o r i a f i l o s f i c a , e s e t i e m p o p e r m a n e c e c o m o e l t i e m p o d e l o s i n t e l e c t u a l e s a r m a d o s , c o m b a t i e n d o e l e r r o r e n t o d a ssus guar idas ; aquel de los f i lsofos s in obra ,n o s o t r o s m i s m o s , p e r o q u e h a c a n p o l t i c a d etoda ob ra , y d iv id a n e l m u n d o ( a rt e s, l i t e r a tu ra , f i losof a y c ienc ia ) u t i l i zando un so lo cor t e : e l de sp ia da do co r te d e l a s c l ases . . . m st a rde en t r ev im os que e l u so de l c r i t e r io de c l a seno e ra un c r i t e r io s in l m i t e s y que s e nos hac at r a t a r l a c i enc ia , c uya rb r i c a c ub r a l a s ob ra sd e M a r x , c o m o u n a i d e o l o g a c u a l q u i e r a . E r an e c e s a r i o r e t r o c e d e r y , e n u n a s e m i c o n f u s i n ,v o l v e r a l o s r u d i m e n t o s .D e c i d e n t o n c e s i n t e r v e n i r p o l t i c a m e n t e e nF r a n c i a . Y d e c i d h a c e r l o d e s d e e l i n t e r i o r d e lP a r t i d o C o m u n i s t a . A d e m s , q u i s e i n t e r v e n i ra h p a r a l u c h a r c o n t r a l a i n f l u e n c i a d e l e s t a l i n i s m o q u e a n p e r s i s t a . P e r o n o t u v e p o s i b i l i d a dd e e l e g i r : s i h u b i e s e i n t e r v e n i d o p b l i c a m e n t ee n l a p o l t i c a d e l p a r t i d o q u e s e r e h u s a b aa publ ica r mis t ex tos f i losf icos sobre Marxp o r j u z g a r l o s h e r e j e s y p e l i g r o s o s m e h u b i e r ayo e n c o n t r a d o m a r g i n a d o y s in n i n g u n a i n f lu e n c i a . P o r l o t a n t o , m e q u e d a b a u n a s o l a v a d ein te rvenc in: l a t er ica , a t ravs de l a f i losof a .


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LA LNEA DE DEMCRITO 21Sobre ese fondo de disidencia podra inscribirsesu crtica a algunos conceptos fundamentalesque sustentaban la posicin oficial de los partidos comunistas, pienso por ejemplo, en elmaterialismo dialctico.E f e c t i v a m e n t e . M e i n t e r e s a b a , d e s d e q u e i n g res a l pa r t i do , que se abandonara e sa t e s i sp o r i m p e n s a b l e . N o e r a f c i l , p u e s i m p e r a b ae n t o d o s l o s p a r t i d o s c o m u n i s t a s o c c i d e n t a l e s ,s a lvo en pa r t e en I t a l i a g r ac i a s a l g i gan t esco es fuerzo de c r t i ca y de recons t rucc in del a t e o r a m a r x s t a r e a l i z a d o p o r G r a m s c i .En qu fundam ent su crtica del materialismo dialc t ico?M e p a r e c a i m p e r i o s o d e s h a c e r s e d e l m o n i s mo ma t e r i a l i s t a con sus l eyes d i a l c t i cas un i ver sa les : nefas t a concepc in metaf s i ca de l aA c a d e m i a d e C i e n c i a s d e l a U R S S q u e c o l o c a l a 'ma t e r i a ' en e l l uga r de l 'Esp r i t u ' o de l a' I d e a A b s o l u t a ' h e g e l i a n o s .C o n s i d e r a b a y o u n a a b e r r a c i n e l c r e e r ei m p o n e r la c r e e n c i a q u e se p u e d e d e d u c i rdirectamente una c i enc i a e i nc luso l a i deo log ay l a po l t i c a marx i s t a - l en i n i s t a s , ap l i cando l a ss u p u e s t a s " l e y e s " d e u n a p r e t e n d i d a d i a l c ti c ad i r ec t amen t e a l a s c i enc i a s y a l a po l t i c a mi s ma. Sos tengo que l a f i losof a no ac ta j ams d i r ec t amen t e , s i no a t r avs de l a i deo log a .Qu consecuencias polticas podan derivarsede esa posicin?

P i e n s o q u e l a U R S S h a p a g a d o c a r o e s t a i m pos tura f i losf i ca . No c reo exagerar a l dec i r quela es t r a t eg ia pol t i ca de S ta l in y toda l a t r agedia


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22 UNA FILOSOFA PARA EL MARXISMOde l e s t a l i n i smo e s tuv o , en parte, f u n d a d a e n e l" m a t e r i a l i s m o d i a l c t i c o " , m o n s t r u o s i d a d f i l o sfica d i r i g id a a j u s t i fi c a r , y s e rv i r t e r i ca m en tede ga r an t a , a l pode r po r en c ima de l a i n t e l i g e n c i a .P o r lo d e m s , e s i m p o r t a n t e s e a la r q u e M a r xn u n c a p r o n u n c i e l t r m i n o " m a t e r i a l i s m o d i a l c t i c o " , e s t e " l o g a r i t m o a m a r i l l o " c o m o g u s t aba l l amar a l o s absu rdos t e r i cos . F ue En ge l sq u i e n , e n d e t e r m i n a d a c i r c u n s t a n c i a , b a u t i z a l m a t e r i a l i s m o m a r x i s t a d e m a t e r i a l i s m o d i a l c t i c o . M a r x l a m e n t n o h a b e r e s c r i t o u n av e i n t e n a d e p g i n a s s o b r e l a d i a l c t i c a . T o d olo q u e se con oce d e l sob re ese p u n t o ( ade ms de l j uego d i a l c t i co de lo s con cep tos dela t eor a de l va lo r - t r aba jo) se enc ie r ra enes ta be l l a f r ase : "La d ia lc t i ca , que con mayor f r ecuenc ia ha se rv ido a los poderes es t a b l e c i d o s , e s t a m b i n c r t i c a y r e v o l u c i o n a r i a . " Cuan do se en un c i an sus " l eyes" , l a d i a l c t ica es con serv ad ora (Enge ls ) o ap o lo g t i ca( S t a l i n ) . P e r o c u a n d o e s c r t i c a y t a m b i n r e vo lu c io na r i a , l a d ia l c t i ca es va l iosa . E n es t ecaso, n o cabe hab la r de " l eyes" de l a d i a l c t i c a ,d e l a m i s m a m a n e r a q u e n o c a b e h a b l a r d e" l eyes" d e l a h i s t o r i a . A m b a s e x p r e s i o n e s r e s u l t a n i g u a l m e n t e a b s u r d a s . U n a v e r d a d e r a c o n cepc in ma te r i a l i s t a de l a h i s t o r i a imp l i ca e laban don o de l a i dea de que l a h i s t o r i a e s t r e g i d a y d o m i n a d a p o r l e y e s q u e b a s t a c o n o c e r yr e s p e t a r p a r a t r i u n f a r s o b r e l a a n t i - H i s t o r i a .En qu consisti su intervencin terica, filosfica, dentro del partido?


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LA LNEA DE DEMCRITO 23M e d e d i q u a b u s c a r e n El capital la filosof a marx i s t a , con e l f i n de que e l ma rx i smofuera o t ra cosa que esas c lebres f rmulas , opacas o rayando en la obviedad , c i t adas a l in f i n i t o s i n n i n g n p r o g r e s o f e c u n d o y , d e s d e l u e go , s i n n i n g u n a a u t o c r t i c a .

Y poda, sin grandes riesgos, interpretar el "verdadero" pensamiento terico de M arx, en elseno de un partido con las caractersticas quemenciona?A p e s a r d e q u e e l P a r t i d o C o m u n i s t a F r a n c s e r a m a r c a d a m e n t e e s t a l i n i s t a y a c t u a b a c o nd u r e z a , p u d e h a c e r l o p o r q u e M a r x e r a s a g r a d op a r a e ll os . P r o c e d u n p o c o t o d a p r o p o r c i ng u a r d a d a a l a m a n e r a d e S p i n o z a q u i e n , p a r acr i t ic ar la fi losofa idea l i s ta , d e D esc ar tes y d elos f i lsofos esco ls t i cos "pa r t a de Dios mismo" .C o m e n z a b a s u s d e m o s t r a c i o n e s d e l a t i c a p o rl a sus t anc i a abso lu t a , e s dec i r D ios , t end i endoas una t r ampa a sus adve r sa r io s qu i enes , de s d e ese m o m e n t o , q u e d a b a n c o lo c ad o s e n u n ap o s i c i n d e i m p o t e n c i a , i m p o s i b i l i t a d o s p a r ar e c h a z a r c u a l q u i e r i n t e r v e n c i n f i l o s f i c a q u ei n v o c a r a l a o m n i p o t e n c i a d e D i o s , p o r r e c o n o c e r l a c o m o u n a r t c u l o d e f e y c o m o u n a " e v i denc i a " pa ra t odos e l lo s , i nc luyendo a Desca r tes . Se t r a t a b a d e l a V e r d a d f u n d a m e n t a l i l um i n a d a p o r l a l u z n a t u r a l .Pero como deca tambin Descartes: "todo filsofo avanza enmascarado".E x a c t a m e n t e . S p i n o z a i n t e r p r e t a b a a e s e D i o s" e n a t e o " s i m p l e m e n t e .


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24 UNA FILOSOFA PARA EL MARXISMOY qu suerte corri usted con esa estrategia?R e s u l t b a s t a n t e e x i t o s a . L o s a t a q u e s q u e m el a n z a r o n t a n t o m i s a d v e r s a r i o s c o m u n i s t a s c o m ol os m ed ios m arx i s t a s no c om uni s t a s , l l ega ron ase r v i ru l en tos , pe ro l a m ayor a c a ren te s de va l o r t e r i c o no s l o desde e l pun to de v i s t ad e l m a r x i s m o s i n o s i m p l e m e n t e e n e l n i v e lfi losfico.Y l o c o n s i d e r o u n x i t o p o r q u e a l a d o p t a rl a n ic a e s t r a t eg ia pos ib l e en e se m om ento , l at e r i c a , d i o l u g a r a r e s u l t a d o s d i r e c t a m e n t ep o l t i c o s c o m o o c u r r i a p a r t i r d e l o s X X I yX X I I C o n g r e s o s , a p r o p s i t o d e l a b a n d o n o d e lc o n c e p t o d e l a " d i c t a d u r a d e l p r o l e t a r i a d o " .P o r o t r a p a r t e , e l p a r t i d o n o p o d a e x c l u i r m ep o r q u e m i s i n t e r v e n c i o n e s p o l t i c a s s e a p o y a b a nd i r e c t a m e n t e e n M a r x , d e q u i e n y o o f r e c a u n ai n t e r p r e t a c i n c r t ic a y r e v o l u c i o n a r i a . M a r xm e p ro teg a en e l s eno de l pa r t ido po r su c a r c t e r d e p a d r e p e n s a d o r , i n t o c a b l e y s a g r a d o .No sospecharon alguna vez?Creo que s . Desde l uego s que m e t en anu n a g r a n d e s c o n f i a n z a . M e m a n t e n a n a l m a r gen e inc l uso l l ega ron a "v ig i l a rm e" a t r av sd e e s t u d i a n t e s d e l a U n i n d e J u v e n t u d e s C o m u n i s t a s e n l a E s c u e l a N o r m a l S u p e r i o r , d o n d e y o e n s e a b a , i n t r i g a d o s p o r e l p e l i g r o q u epod a r ep re sen ta r e se ex t r ao f i l so fo un ive r s i t a r io que s e a t r ev a a da r o t r a ve r s in de l af o r m a c i n d e l p e n s a m i e n t o d e M a r x . . . c o n t o das sus im p l i c ac iones .Adem s , a l be rgaban sospec has de que yo e rae l i n sp i r ado r , c a s i s ec re to pe ro a l t am en te e f i caz, d e l m o v i m i e n t o d e la j u v e n t u d m a o s t a e n


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F r a n c i a q u e , d e h e c h o , c o n o c i u n d e s a r r o l l oo r i g i n a l y e s p e c t a c u l a r .

Con respecto a sus crticas y cuestionam ientos,tenia usted entonces alguna propuesta alternativa?E n a q u e l t i e m p o n o , a h o r a s. P i e n s o q u e e l" v e r d a d e r o " m a t e r i a l i s m o , e l q u e m e j o r c o n v i e n e a l ma r x i s mo , e s e l materialismo aleatorio, i n s c r i t o e n l a l n e a d e E p i c u r o y D e m c r i t o .P r e c i s o m s : e s t e ma t e r i a l i s mo n o e s u n a f i l o s o f a q u e d e b i e r a s e r e l a b o r a d a e n s i s t e ma p a r am e r e c e r t a l n o m b r e . A u n q u e n o s e r a i m p o s i b l e , n o es ne cesa r io co nv e r t i r l a en s i s t em a ; loque s e s dec i s ivo en e l marx i smo es que r ep re sen te una pos ic in en f i losof a .Cuando habla de sistema, lo entiende comouna totalidad cerrada donde todo est pensadocon anterioridad y donde nada puede ser cuestionado de nuevo sin trastornar el conjunto?S. Pero in s i s to : lo que cons t i t uye una f i lo sof a no es su d i scurso de demos t rac in n i sud i scu r so de l eg i t imac in . Lo que l a de f ine e ssu po s ic in ( thes is , en g r i ego) en e l c ampo deb a ta l l a f ilosfico (el Kampfplatz d e K a n t ) p o ro contra ta l pos ic in f i losf ica exis ten te o endefensa de una pos ic in f i losf ica nueva .

FILOSOFA MARXISTA O MATERIALISMOALEATORIO?

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26 UNA FILOSOFA PARA EL MARXISMOPodra hablarnos de Dem crilo y de los mundos de Epicuro para comprender mejor su propuesta del materialismo aleatorio?

S, pe ro an te s qu i s i e ra dec i r l o que ha s idom o t i v o d e m i r e f l e x i n e n l o s l t i m o s a o s ,j u s t am en te sob re l a f i l o so f a m arx i s t a .E f e c t i v a m e n t e , h e p e n s a d o q u e r e s u l t a m u ydif c i l hablar de una f i losof a marxis ta , de lam i s m a m a n e r a q u e s e r a d i f c i l h a b l a r d e u n af i losof a matemt ica o f s ica , s i cons ideramosq u e l o e s e n c i a l d e l d e s c u b r i m i e n t o d e M a r x e sde ca rc te r c ien t f ico : e l haber sacado a l a luze l m o d o d e f u n c i o n a m i e n t o d e l r g i m e n c a p i ta l is ta .Para e l lo , Marx se apoy en una f i losof a lad e H e g e l q u e n o s o t r o s p o d e m o s c o n s i d e r a rque no fue l a que m e j o r c o r re spond a a su ob j e t i v o . . . y p a r a s e g u i r p e n s a n d o . P e r o d e t o d o sm o d o s , n o s e p u e d e n e x t r a p o l a r s u s d e s c u b r i mientos c ient f icos a la f i losof a . Nosotros podem os pensa r que en r ea l idad no p ro fe s l a f i losof a que es t p resen te en su inves t igac in .E s l o q u e n o s o t r o s t r a t a m o s d e h a c e r c u a n d oi n t e n t a m o s d a r l e u n a f i l o s o f a a M a r x p a r ape rm i t i r su in t e l igenc ia , l a de El capital, l a des u p e n s a m i e n t o e c o n m i c o , p o l t i c o e h i s t r i c o .E n e s t e p u n t o c r e o q u e , d e a l g u n a m a n e r a ,e r r am os e l b l anc o , en t an to que no l e d im os aMarx l a mejor f i losof a que convena a su obra .Le d im os u n a filo so fa d o m in a d a po r " e l a i r ed e l t i e m p o " , d e i n s p i r a c i n b a c h e l a r d i a n a y e s -t r u c t u r a l i s t a q u e , a u n q u e s d a c u e n t a d e u n as e r i e d e a s p e c t o s d e l p e n s a m i e n t o d e M a r x , n oc reo que pueda se r l l amada una f i losof a marxista. O b j e t i v a m e n t e , e s t a f i l o s o f a p e r m i t a u n a


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LA LNEA DE DEMCRITO 27i n t e l i g e n c i a c o h e r e n t e d e l p e n s a m i e n t o d e M a r xpe ro hay demas i ados t ex tos suyos que l a cont r a d i c e n c o m o p a r a p o d e r c o n s i d e r a r l a su filosofa.Po r o t ro l ado , a r a z de l a s i nves t i gac ionesm s r e c i e n t e s , c o m o l a s p u b l i c a d a s p o r B i d e te n s u e x c e l e n t e l i b r o Que faire du Capital? p o d e m o s r e c o n o c e r q u e e f e c t i v a m e n t e M a r x n u n c a s e l i b e r t o t a l m e n t e d e H e g e l , a u n q u e s s emovi hac i a o t ro t e r r eno , e l c i en t f i co , en e lq u e f u n d e l m a t e r i a l i s m o h i s t r i c o .Significa esto que la "ruptura" no fue total?N o , no lo fue . Fue s lo t endenc i a l .Cmo lleg usted, especficam ente, a este reconocimiento?Lo de f in i t i vo fue ron l a s i nves t i gac iones deB i d e t , c o m o y a d i j e , q u e a p o r t a n n u e v a s l u c e ssob re l a ob ra de Marx . l t uvo acceso a unc m u l o d e m a t e r i a l , i n c l u y e n d o i n d i t o s , q u en o s e c o n o c a n h a c e v e i n t e a o s y q u e r e s u l t a nc o n c l u y e n t e s . N o h a c e m u c h o , B i d e t m e v i s i t y c h a r l a m o s l a r g a m e n t e .Qu dira usted ahora de aquella frase deRaymond Aaron acerca del "marxismo imaginario"?P u e d o d e c i r q u e , e n c i e r t o s e n t i d o , A a r o nt e n a a l g o d e r a z n . N o s o t r o s f a b r i c a m o s u n af ilo so fa " i m a g i n a r i a " p a r a M a r x , es d e c i r , u n af i losof a que no exis t a en su obra -si se apegau n o e s t r i c t a m e n t e a l a l e t r a d e s u s t e x t o s .Pero en ese caso, pocos seran los autores que


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28 UNA FILOSOFA PARA EL MARXISMOse salvan de no incurrir en lo "imaginario",sobre todo tratndose de algo (como la filosofa en la obra de Marx) que, de existir, se encontrara en estado latente.P u e d e s e r , p e r o e n c u a n t o a n o s o t r o s , c r e oque e s t am os f r en te a una nueva t a rea despu sd e e s t a e x p e r i e n c i a a l e c c i o n a d o r a : s a b e r q u t ipo de f i losof a es l a que mejor cor responde al o que Marx e sc r ib i en El capital.Sea cua l fue re , no se r una " f i losof a mar-x i s ta" , se r una f i losof a , s , pe r tenec ien te a l aHis to r i a de l a F i l o so f a , que podr da r c uen tade l o s de sc ubr im ien tos de l o s c onc ep tos queM a r x u t i l i z a e n El capital, p e r o n o s e r u n af i losof a marxis ta , ser una f i losof a PARA elmarxismo.Esta idea no se vendra gestando desde antes?Recuerdo que en Lenin y la f i losofa ya declaraba Ud. que el marxismo no era una nuevafilosofa a rg u y e n d o que en el corazn de lateora marxista hay una ciencia , sino msbien se trataba de una n u e v a p r c t i c a de lafilosofa que incluso poda ayudar a transformar la filosofa misma.As es.En una conferencia en la Universidad de Granada, sobre la transformacin de la filosofa, en1976, Ud. ya hablaba de lo paradjico que resultaba pensar en una filosofa marxista, aludiendo a que Marx consideraba que produciruna filosofa com o "filosofa" era una forma deentrar en el juego del adversario y contribuir aun en la forma de la oposicin a reforzar


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LA LNEA DE DEMCRITO 29la ideologa burguesa dando por vlida suforma de expresin filosfica.

Jus tamente . Era a r r i e sgarse a cae r , en f i losof a , de l l ado de l Es tado , ins t i tuc in por l a cua lM a r x m o s t r u n a p r o f u n d a d e s c o n f i a n z a . Y l af i lo so f a r ep re sen t aba una fo rma de un i f i cac ind e l a i d e o l o g a d o m i n a n t e . A m b a s c o m p r o m e t i d a s e n e l m i s m o m e c a n i s m o d e d o m i n a c i n .He ah otra razn ms para comprender por

qu Marx se abstuvo de toda produccin filosfica com o tal, pues de algn modo era caeren el "enaltecimiento" del estado de cosas existente.

R e c o r d e m o s q u e c u a n d o M a r x p e n s a b a e n l af o r m a d e l E s t a d o f u t u r o , h a b l a b a d e u n E s t a d oq u e f u e ra u n " n o - E s t a d o " , es d e c i r, u n a f o r m an u e v a q u e p r o d u j e r a s u p r o p i a e x t i n c i n . L omismo podemos dec i r pa ra l a f i losof a : lo que l buscaba e ra una "no-f i losof a" , cuya func i n d e h e g e m o n a t e r i c a d e s a p a r e c i e r a p a r ade ja r lugar a nuevas fo rmas de ex i s tenc ia f i losfica.De esta manera parece despejarse la paradojade una filosofa marxista.

S, p u e s l a p a r a d o j a r a d i c a b a e n q u e h a b i e n do r ec ib ido Marx una fo rmac in de f i l so fo , serehusa ra a e scr ib i r f i losof a ; no obs tan te , h izotambalea r a toda la f i losof a t r ad ic iona l a l e s c r i b i r e n l a T e s i s X I s o b r e Fe u e r b a c h l a p a l a b ra "p rc t i ca " . As fue como l practic la filosof a que nunca escr ib i , a l e scr ib i r El capital,su obra c ien t f i ca , c r t i ca y po l t i ca .R e c o g i e n d o l o a n t e r i o r , p o d e m o s i n s i s t i r e n


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30 UNA FILOSOFA PARA EL MARXISMOq u e la t a r ea ac tu a l n o es e l ab or a r u n a f ilosofamarxis ta s ino una f i losof a PARA el marxismo.Es en e s t e s en t i do que se d i r i gen mi s l t imasr e f le x i o n e s y q u e i n t e n t o b u s c a r e n la H i s t o r i ade l a F i lo so f a l o s e l emen tos que pe rmi t an da rcuen t a de lo que M arx pen s , de l a fo rmaen que lo pen s .U n a l t i m a a c l a r a c i n : c u a n d o d i g o q u e e sd i f c i l hab l a r de un a f i l o so f a marx i s t a n o debee n t e n d e r s e e n s e n t i d o n e g a t i v o . N o t i e n e p o rqu habe r s i empre un a f i l o so f a pa r a cada poc a ; t a m p o c o c o n s i d e r o q u e s e a l o m s u r g e n t en i esencia l . S i queremos f i lsofos , ah es tnP la tn , Desca r t e s , S p in oza , Kan t , Hege l y t an t o s o t r o s , a c u y o p e n s a m i e n t o p o d e m o s r e c u r r i rp a r a p e n s a r y a n a l iz a r n u e s t r o t i e m p o , " t r a d u c i n d o l o s " y a c t u a l i z n d o l o s .Considera al materialismo aleatorio com o unaposible filosofa PARA el marxismo?

S, v a en e sa d i r ecc in . Ahora ya podemos r e m o n t a r n o s a D e m c r i t o y a l o s m u n d o s d e E p i -c u r o . R e c o r d e m o s l a t e s i s p r i n c i p a l : q u e a n t e s ,d e l a f o r m a c i n d e l m u n d o , u n a i n f i n i d a d d e tomos ca a en e l vac o , en fo rma para le la . Lasimpl i cac ion es de e s t a a f i rmac in son fue r t e s : 1 ]q u e a n t e s d e q u e h u b i e r a m u n d o , n o e x i s t aa b s o l u t a m e n t e n a d a formado, y , a l mi smo t i emp o , 2 ] q u e t o d o s l o s e l e m e n t o s d e l m u n d o e x i s t an ya a i s lados , desde s i empre , desde toda l ae t e r n i d a d , a n t e s d e q u e h u b i e r a m u n d o . L o a n t e r i o r i m p l i c a q u e a n t e s d e l a f o r m a c i n d e lm u n d o n o e x i s t a n i n g n O r i g e n , S e n t i d o , C a u sa , Razn n i F in . N iega t oda t e l eo log a : s ear ac ion a l , mora l , po l t i c a o e s t t i c a . Aad i r que


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LA LNEA DE DEMCRITO 31es te m at e r i a l i s m o n o es e l d e u n su je to (seaDios o e l p ro le ta r i ado) s ino c l de un p rocesosin su j e to que domina e l o rden de su de sa r ro l lo , s i n un f i n a s ignab le .Esta no-anterioridad del Sentido es una tesisfundamental en Epicuro, en lo cual se oponea Platn y Aristteles.

As es . Despus sobrev ino e l clinamen: un adesv i ac in i n f in i t e s ima l que ocu r r e s i n sabe r sec m o , n i c u n d o n i d n d e . L o i m p o r t a n t e e sq u e e l clinamen provoca l a de sv i ac in de un tomo en su ca da en e l vac o y ocas iona unencuentro c o n o t r o t o m o . . . y d e e n c u e n t r oe n e n c u e n t r o s i e m p r e y c u a n d o s ea n d u r a d e r o s , n o f u g a c e s n a c e u n m u n d o .De lo que se deduce que el origen de todo mundo o realidad, de toda necesidad y sentido sedebe a una desviacin a l e a t o r i a .J u s t a m e n t e . L o q u e p l a n t e a E p i c u r o e s q u ees l a desv iac in a lea to r ia y no la Razn o laC a u s a P r i m e r a , e l o r i g e n d e l m u n d o . P e r o h a yq u e t e n e r c l a r o q u e e l e n c u e n t r o n o c r e a n a d ap o r s m i s m o , n i n g u n a r e a l i d a d . L o q u e s hace e s da r l e r ea l i dad a lo s tomos mi smos que ,s in l a de sv i ac in y e l encuen t ro , no se r an nadams que e lementos abs t rac tos y a i s lados , s in cons i s t enc ia n i ex i s t enc ia . Ahora b ien , una vez const i t u i d o e l m u n d o , s e i n s t a u r a d e s d e e s e m o men to , e l r e ino de l a r azn , l a neces idad y e ls e n t i d o .Se puede pensar en alguna filosofa posterior


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32 UNA FILOSOFA PARA EL MARXISMOque haya retomado estas tesis y que rechace lacuestin del Origen?Pie n s o e n H e id e g g e r . Si b i e n n o es n i e p i c re on i a t o m i s t a , h a y e n l u n m o v i m i e n t o d e p e n s a mie n to a n lo g o . Su r e ch a zo d e to d a cu e s t i nd e l O r i g e n , C a u s a y F i n d e l m u n d o e s b i e nco no c id o ; p e ro h a y , a d e ms , u na s e r i e d e d e sa r ro l los en to rno a l a s expres iones es gibt, o sea" h a y " ( h a y m u n d o , h a y m a t e r i a , h a y h o m b r e s ) ,"as es" y "ser -ah " [da-Sein), q u e r e c o g e n l ainsp i rac in de Ep icuro . Es ta f i lo so f a se ab reh a c i a u na v i s i n q u e r e s t i t u y e u na e s p e c i e d ec o n t i n g e n c i a t r a s c e n d e n t a l d e l m u n d o , a l c u a lh e mo s s id o "a r ro j a d o s " , a s co mo d e l s e n t id od e l m u n d o , q u e n o s o r i e n t a h a c i a l a a p e r t u r a d e lSe r , ms a l l de l cua l no hay nada que busca rn i n a d a q u e p e n s a r . D e e s t a m a n e r a , e l m u n d oes u n " d o n " p a r a n o s o t r o s .Un don que no hemos pedido ni elegido peroque se abre frente a nosotros en toda su facti-cidad y contingencia.S, p e r o e n l u g a r d e p e n s a r l a c o n t i n g e n c i ac o m o m o d a l i d a d o e x c e p c i n d e l a n e c e s i d a d ,h a y q u e p e ns a r l a ne ce s id a d co mo e l d e ve n i r -n e c e s a r i o d e l e n c u e n t r o d e l o s c o n t i n g e n t e s .M i i n t e nc i n , a q u , e s r e ca lca r l a e x i s t e nc i ad e u n a t r a d i c i n m a t e r i a l i s t a n o r e c o n o c i d a p o rla His to r ia de la F i loso f a . Me re f ie ro a l a deD e m c r i t o , E p i c u r o , M a q u i a v e l o , H o b b e s , R o u s seau (2o . Discurso ) , Marx , He idegger , a s como ala s ca tegor a s que han sos ten ido , t a le s comoe l va c o , e l l m i t e , e l ma rg e n , l a a u s e nc i a d ec e n t r o , e l d e s p l a z a m i e n t o d e l c e n t r o a l m a r g e n(y v iceversa) y la l ib e r t ad . Se t ra ta d e l m a te -


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LA LNEA DE DEMCRITO 33r i a l i s m o d e l e n c u e n t r o , d e l a c o n t i n g e n c i a , e ns u m a , d e l o aleatorio, q u e s e o p o n e i n c l u s o alo s ma te r i a l i smos reg i s t r ados , i nc luyendo a l co m n m e n t e a t r i b u i d o a M a r x , E n g e l s y L e n i n ,q u e , c o m o t o d o m a t e r i a l i s m o d e l a t r a d i c i nrac iona l i s t a e s un mate r i a l i smo de l a neces i dad y de la te leologa , es decir , de una Corma disf razada de idea l i smo .J u s t a m e n t e p o r r e p r e s e n t a r u n p e l i g r o , l at rad ic in f i losf ica lo in te rp re t y lo desv i hac ia un idealismo de la libertad..Si l o s tomos de Ep icu ro que caen en e lv ac o en l a l l u v i a p a r a l e l a s e en c u en t r an , e sp a ra q u e se r ec o n o z c a e n la d e s v i ac i n p ro d u c i d a p o r e l clinamen la ex i s t en c ia d e l al i b e r t a d h u m a n a e n e l m u n d o m i s m o d e l a n e ces idad .Podra concluirse entonces que esta filosofa,al rechazar todo Origen, tendra como puntode partida. . . la nada?Jus tamen te . Se t r a t a de una f i l o so f a de l va co , que no s lo dice que e l vac o p reex i s t e alos tomos que caen sobre l , s ino una f i losof a que pos tu la y "hace" , "c rea" e l vac o f i lo sf ico para darse ex is tenc ia : una f i losof a queen vez de par t i r de los famosos "prob lemas f i l o s f i cos" comienza po r e l imina r lo s y po r r e hus a r se a da r se a s m ism a u n "o b j e to " (laf i losof a no t iene un ob je to ) , para par t i r de l an ad a . Se d a p u es e l p r i m ad o d e l a n ad a s o b retoda fo rma , e l p r i m a d o de l a aus en c ia (no hayor igen) sob re l a p resenc ia . Puede pensa r se enuna cr t ica ms radical de toda f i losof a en sup re tens in de dec i r l a Verdad sob re l a s cosas?


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34 UNA FILOSOFA PARA EL MARXISMODifcilmente. Cmo puntualizara la posicinfilosfica del m a t e r i a l i s m o a l e a t o r i o ?

S o b r e e s o p o d e m o s d e c i r q u e e l m a t e r i a l i s m oa l e a t o r i o p l a n t e a e l p r i m a d o d e l a m a t e r i a l i d a ds o b r e t o d o l o d e m s , i n c l u y e n d o l o a l e a t o r i o .E l m a t e r i a l i s m o p u e d e s e r s i m p l e m e n t e l a m a t e r i a , p e r o n o n e c e s a r i a m e n t e l a m a t e r i a d e s n u d a . E s t a m a t e r i a l i d a d p u e d e s e r b i e n d i f e r e n t e d e l a ma te r i a d e l f s i co o d e l q u micoo d e l t r a b a ja d o r q u e e l a b o ra e l me ta l o l a t i e r r a .P u e d e s e r l a m a t e r i a l i d a d d e l d i s p o s i t i v o e x p e r i m e n t a l . V o y a l e x t r e m o : p u e d e s e r e l s i m p le t r a zo , l a ma te r i a l i d a d d e l g e s to q u e d e jau n t r a zo , i nd i s ce rn ib le d e l t r a zo q u e d e ja s o b rel a p a re d d e u na ca ve rna o l a h o ja d e u n p a p e l .Las cosas l l egan t an le jos que Der r ida ha most r a d o q u e e l p r ima d o d e l t r a zo ( d e l a e s c r i t u r a )se e n c u e n t r a h a s t a e n e l f o n e m a e m i t i d o p o r l av oz q u e h a b l a . E l p r i m a d o d e l a m a t e r i a l i d a de s u n ive r s a l .E s t o n o q u i e r e d e c i r q u e e l p r i m a d o d el a i n f r a e s t r u c t u r a ( f a l s a m e n t e c o n c e b i d a c o m o l asuma de la s fue rzas p roduc t ivas ma te r ia le s y la sm a t e r i a s p r i m a s ) s e a l o d e t e r m i n a n t e e n l t i m ai n s t a n c i a . L a u n i v e r s a l i d a d d e e s t a l t i m a n o c i n r e s u l t a a b s u r d a c u a n d o n o se l a r e l a c i o n ams que con la s fue rzas p roduc t ivas . "Eso de p e nd e " , e s c r ib e M a rx e n u n p a s a j e d e l a Contribucin a la crtica de la economa poltica,donde se t r a ta de sabe r s i l a s fo rmas lg ica m e n t e p r i m e r a s s o n t a m b i n l a s p r i m e r a s h i s t r i c a m e n t e . a dpend, p a l a b r a a l e a t o r i a y n od ia l c t i ca .T r a d u z c a m o s : t o d o p u e d e s e r d e t e r m i n a n t e" e n l t i m a i n s t a n c i a " , e s d e c i r , t o d o p u e d e do-


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LA LNEA DE DEMCRITO 35minar. M a r x l o d e c a d e l a p o l t i c a e n A t e n a sy d e la r e l i g i n e n R o m a , e n u n a t e o r a n o -d i c h a d e l d e s p l a z a m i e n t o d e l a d o m i n a n c i a ( q u eB a l i b a r y y o t r a t a mo s d e t e o r i z a r e n Para leer"El capital"). P e r o e n l a s u p e r e s t r u c t u r a m i s m a l o q u e es d e t e r m i n a n t e es t a m b i n s u m a t e r i a l i d a d . E s p o r e l l o q u e me h e i n t e r e s a d ot a n t o e n m o s t r a r l a m a t e r i a l i d a d , d e h e c h o , d et o d a s u p e r e s t r u c t u r a y d e t o d a i d e o l o g a . . .como lo h ice en los apara tos ideolgicos de l Es t a d o (AIE). E s a h d o n d e h a y q u e e n c o n t r a r e lc o n c e p t o d e " l t i ma i n s t a n c i a " , e l d e s p l a z a m i e n t o d e l a m a t e r i a l i d a d , s i e m p r e d e t e r m i n a n t e " e n l t i m a i n s t a n c i a " e n c a d a c o y u n t u r ac o n c r e t a .

P o d e mo s d e c i r q u e h a y d o s t i p o s d e h i s t o r i a s ,dos h i s to r i a s : po r un l ado , l a H i s to r i a de losh i s to r i adores , e tn logos , soc i logos y an t roplogos c l s i cos que pueden hab la r de " l eyes" del a H i s t o r i a p o r q u e c o n s i d e r a n s l o e l h e c h oc o n s u ma d o , e l d e l a h i s t o r i a p a s a d a . S e p r e s e n t aen tonces como un ob je to to t a lmen te f i jo , e s t t ico , de l cua l pueden e s tud ia r se todas l a s de t e rminac iones como l a s de un ob je to f s i co , uno b j e t o a c a e c i d o , m u e r t o . P o d r a p r e g u n t a r s e : yd e q u o t r a ma n e r a p o d a n a c t u a r l o s h i s t o r i a -

Una coexistencia de historias que sesobredeterminan.

LAS DOS HISTORIAS


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36 UNA FILOSOFA PARA EL MARXISMOd o r e s f r e n t e a u n a h i s t o r i a c o n s u m a d a , i n a l t e r ab l e , pe t r i f i c ada , de l a que pueden s ac a r see s t a d s t i c a s d e t e r m i n a n t e s y d e t e r m i n i s t a s ? E sa q u d o n d e p u e d e e n c o n t r a r s e l a f u e n t e d e l aideo l og a e spon t nea de l o s h i s to r i ado re s , l o ssoc i logos vu lgares , pa ra no hab la r de los econ o m i s t a s .Pero, puede pensarse en otro tipo de historia?S, j u s t a m e n t e l a l e n g u a a l e m a n a d i s p o n e d eu n a p a l a b r a p r e c i s a p a r a d e s i g n a r l a : Geschichte,que s e r e f i e re ya no a l a h i s to r i a c onsum adas ino a l a h i s to r ia en presente, s i n d u d a d e t e r m i n a d a e n g r a n p a r t e p o r e l p a s a d o y a a c a e c i d o ,p e r o s l o e n p a r t e , p o r q u e l a h i s t o r i a p r e s e n t e ,v i v a , e s t a b i e r t a t a m b i n a u n f u t u r o i n c i e r t o ,i m p r e v i s t o , a n n o c o n s u m a d o y p o r l o t a n t oaleatorio. L a h i s t o r i a v i v a q u e n o o b e d e c e m sq u e a u n a c o n s t a n t e ( n o a u n a l e y ) : l a c o n s t a n t ed e l a l u c h a d e c l a s e s . M a r x n o e m p l e e l t r m i n od e " c o n s t a n t e " q u e y o t o m o p r e s t a d o a L e v i -S t r a u s s , s i n o u n a e x p r e s i n g e n i a l : " l e y t e n d e n -c i a l " c apaz de t r a s toc a r (no c o n t rad ec i r ) l a p r i m e r a l e y t e n d e n c i a l . E s d e c i r , q u e u n a t e n denc ia no posee l a fo rma o f igura de una l eyl inea l s ino que puede b i fu rc a r se ba j o e l e f ec tod e u n e n c u e n t r o c o n o t r a t e n d e n c i a y a s h a s t ae l i n f in i to . En c ada c ruc e de c am inos , l a t en d e n c i a p u e d e t o m a r u n a v a i m p r e v i s i b l e , p o raleatoria.Resum iendo, podra decirse que la historia presente es siempre la de una coyuntura singular,aleatoria?S, y h a y q u e r e c o r d a r q u e c o y u n t u r a s i g n i f i


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LA LNEA DE DEMCRITO 37c a c o n j u n c i n , e s d e c i r , e n c u e n t r o a l e a t o r i o d ee l e m e n t o s e n p a r t e e x i s t e n t e s p e r o t a m b i n i m p r e v i s i b le s . T o d a c o y u n t u r a es u n c a so s i n g u l a r c o m o t o d a s l a s i n d i v i d u a l i d a d e s h i s t r i c a s ,c o m o t o d o l o q u e e x i s t e .E s p o r e l lo q u e P o p p e r , L o r d P o p p e r , n oc o m p r e n d i n a d a d e l a h i s t o r i a d e l m a r x i s m on i de l p s i coan l i s i s po rque sus ob je to s no sonde l t i po de l a h i s to r i a consumada s ino de l aGeschichte, l a h i s to r i a v iva que se hace y su rged e l a s t e n d e n c i a s a l e a t o r i a s y d e l i n c o n s c i e n t e ;l a h i s to r i a cuyas fo rmas son ex t r aas a l de t e r -minismo de las leyes f s icas .Se d e s p r e n d e d e l o a n t e r i o r q u e l o c u l m i n a n t e d e l m a t e r i a l i s m o , v i e j o c o m o e l m u n d o p r i m a d o d e l o s A m i g o s d e l a T i e r r a s o b r e l o sAmigos de l a s Idea s de P la tn, e s e l ma te r i a l i s m o aleatorio, r e q u e r i d o p a r a p e n s a r l a a p e r t u r a d e l m u n d o h a c i a e l a c o n t e c i m i e n t o , l a i m a g i n a c i n i n a u d i t a y t a m b i n h a c i a t o d a p r c t i c av iva , i nc luyendo l a po l t i ca .. . .hacia el acontecimiento?W i t t g e n s t e i n l o d i c e m a g i s t r a l m e n t e e n e lTractatus: die W elt ist alies was das fall ist, frases o b e r b i a p e r o d e d i f c i l t r a d u c c i n . Se p o d r ai n t e n t a r a s : " e l m u n d o e s t o d o l o q u e a c o n t e c e " , o m s l i t e r a l m e n t e : " e l m u n d o e s t o d oa q u e l l o q u e n o s s o b r e v i e n e , ' q u e n o s c a e e n c im a ' " . H ay o t r a t r a du cc in m s , l a d e l a Esc u e l a d e R u s s e l l : " e l m u n d o e s t o d o l o q u ees el caso" (the world is what the case is).Es ta f r a se a sombrosa lo d i ce t odo , po rque noe x i s t e e n e l m u n d o n a d a m s q u e c a s o s , s i t u a c iones , cosa s , l o que "nos sob rev i ene" s in p rev


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38 UNA FILOSOFA PARA EL MARXISMOni r . Es t a t e s i s , de que no ex i s t e nada m s quec asos e i nd iv iduos s ingu l a re s to t a l m en te d i s t in tos en t re s , e s l a t e s i s fundamenta l de l nom i n a l i s m o .No afirm Marx que el nom inalismo es la antesala del materialismo?Ju s t a m e n te , y yo i r a m s l ej os . D i r a q u e n os lo es l a an tesa la s ino que es ya e l mate r ia l i smo.L o q u e r e s u l t a i m p a c t a n t e e s c o n s t a t a r l o q u ehan obse rvado a l gunos e tn l ogos , a s abe r , que enl a s soc iedades m s p r im i t iva s , c om o l o s abo r genes aus t ra l ianos o los p igmeos en f r ica , pa rec e r e ina r l a f i l o so f a nom ina l i s t a m ism a , y nos l o en e l n ive l de pensam ien to , e s dec i r , de l en gua j e , s ino t am bi n en l a p r c t i c a , en l a r ea l i dad . Pa ra e l l o s , s egn e s tud ios c onc l uyen te s r e c i en te s , no ex i s t en m s que s e re s s ingu l a re s , yc a d a s i n g u l a r i d a d , c a d a p a r t c u l a / r i d a d , e s d e s i g n a d a p o r u n a p a l a b r a , t a m b i n s i n g u l a r . A s ,e l m u n d o e s t h e c h o e x c l u s i v a m e n t e d e c o s a ss ingu l a re s , n ic a s , de s ignab l e s c ada una po r sup r o p i o n o m b r e y s u s p r o p i e d a d e s . E l " a q u ya h o r a " q u e n o p u e d e s e r n o m b r a d o s i n o s i m p l e m e n t e i n d i c a d o , s e a l a d o c o n e l d e d o , p u e sla pa labra se r a ya una abs t racc in , lo cua l s ig n i f i c a e l p r im ado de l ge s to sob re l a pa l ab ra , de lt r az o m a te r i a l sob re e l s igno .Ese "indicar con el dedo" aparece ya en lossofistas, en Cratilo y en Protgoras.C i e r t o , p u e d e d e c i r s e q u e e l n o m i n a l i s m of i l o s f i c o e s t ya p re sen te en Hom ero , Hes o d o , los sof i s tas y a tomis tas como Demcr i to yE p i c u r o , a u n q u e f u e e l a b o r a d o r e a l m e n t e , d e


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LA LNEA DE DEMCRITO 39m a n e r a s i s t e m t i c a , a p a r t i r d e l a E d a d M e d i a ,po r t e logos cuyos mx imos r ep re sen t an t e s sonD u n s S c o t o y G u i l l e r m o d e O c c a m .S l o u n l t i m o p u n t o s o b r e l a c u e s t i n d e la c o n t e c i m i e n t o h i s t r i c o : p u e d e d e c i r s e q u e n iM a rx n i En ge ls se ace rca ron a ma t eo r a del a h i s t o r i a , e n e l s e n t i d o d e l a c o n t e c i m i e n t oh i s t r i co imprev i s to , n i co , a l ea to r io , n i de l ateor a p rc t i ca po l t i ca . Me re f i e ro a l a p rc t i ca po l t i co- ideo lg ico-soc ia l de l a mi l i t anc ia pol t i ca , de los movimien tos de masa y de suse v e n t u a l e s o r g a n i z a c i o n e s , q u e n o d i s p o n e n d ec o n c e p t o s y m e n o s d e u n a t e o r a c o h e r e n t e p a r ap e n s a r l a . L e n i n , G r a m s c i y M a o l a p e n s a r o n s l oen pa r t e ; e l n i co que pens l a t eo r a de l ah i s to r i a po l t i ca , de l a p rc t i ca po l t i ca en presente, e s M a q u i a v e l o . H e a h o t r a e n o r m e l a g u n a q u e l l e n a r , c u y a i m p o r t a n c i a e s d e c i s i v ay que , una vez ms nos remi te a l a f i losof a .


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I I . F I L O S O F A - I D E O L O G A - P O L T I C A


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Podra explicarnos por qu ha puesto un especial nfasis en esta triada, a lo largo de suobra?C o n s i d e r o p e r t i n e n t e i n i c i a r l a r e s p u e s t a c o nm i c o n c e p t o d e " f i l o s o f a " : s u s u r g i m i e n t o yf u n c i n . P o d e m o s d e c i r q u e h i s t r i c a m e n t e l af i losof a su rg i de la re l ig in , de l a cua l he redr e l e v a n t e s c u e s t i o n e s q u e p o s t e r i o r m e n t e s e c o n v i r t i e ron en g randes t emas f i l o s f i cos , aunquec o n p l a n t e a m i e n t o s y r e s p u e s t a s d i f e r e n t e s , c o m opor e j emplo , e l o r igen , f i n o de s t i no de l homb r e , d e l a h i s t o r i a y d e l m u n d o .S in embargo , so s t engo que cuando l a f i l o so f a se cons t i t uye como t a l , en sen t ido r i gu roso ,es c u a n d o a p a r e c e l a p r i m e r a c i e n c i a : la s m a t emt i ca s . Es to no e s ca sua l , pues marca p re c i samen te e l pa so de l e s t ado emp r i co a l e s t adot e r i c o . A p a r t i r d e e s e m o m e n t o , s e e m p e z ar a z o n a r d e o t r a m a n e r a y s o b r e o b j e t o s d i f e r en t e s : l o s abs t r ac to s .Considera que la filosofa no hubiera podidoconstituirse sin la existencia previa de unaciencia?No lo c reo , por l a s igu ien te razn: l a f i losof a t om de l a c i enc i a a lgo i nva luab le : e l mod e l o d e l a a b s t r a c c i n r a c i o n a l , i m p r e s c i n d i b l epa ra e l l a .De hecho , l a f i l o so f a nace en e l momentoe n q u e s e a b a n d o n a n l a s f o r m a s d e r a z o n a m i e n

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44 FILOSOFA-IDEOLOGA-POLTICAto m i to l g ic o y r e l ig io so , de l a exhor t ac in m ora l y l a e l oc uenc ia po l t i c a o po t i c a pa ra pode ra d o p t a r l a s f o r m a s d e l r a z o n a m i e n t o t e r i c o ,cons t i tu t ivo de l a c ienc ia . En suma, l a f i losof a n o p u e d e p r o d u c i r s e s i n c o n t a r p r e v i a m e n t ec on l a ex i s t enc ia de l d i s c u r so r ac iona l pu ro ,cuyo mode lo es t en l a s c ienc ias .Qu otras caractersticas le fueron imprimiendo a la filosofa su propia especificidad?La f ilosof a t ra d i c io n a l se ad jud ic l a t a re ah i s t r i c a e i r r e m p l a z a b l e d e d e c i r l a V e r d a dacerca de todo : de l a s p r imeras causas , de losp r i m e r o s p r i n c i p i o s d e t o d o l o e x i s t e n t e y , p o re n d e , de todo lo cognosc ib le , a s como de l af i n a l i d a d o d e s t i n o d e l h o m b r e y d e l m u n d o .Fue as que se e r ig i en l a "Cienc ia" de l a to t a l idad , c apaz no s l o de p roporc iona r l o s c o n o c i m i e n t o s m s i n d u b i t a b l e s y e l e v a d o s , s i n o d ep o s e e r l a V e r d a d m i s m a . E s t a V e r d a d , e s e l lo -gos, el o r ig en , e l s e n t i d o . . . y da da l a id e n t i d a do r i g i n a r i a e n t r e e l logos y e l dec i r , en t re l aVerdad y e l D i sc u r so , s l o hay un m ed io pa ra ha c e r c o n o c e r l a V e r d a d : l a p a l a b r a , l a f o r m a d e ld iscurso . Es por e l lo que la f i losof a no puedesobrepasa r su p rop io d i s c u r so que e s l a p re sen c i a m i s m a d e l a V e r d a d c o m o logos.En cuanto a la composicin/constitucin de unsistema filosfico, existe un riguroso vnculoentre todos sus elementos tericos; me refiero alas tesis (o proposiciones filosficas) y a las categoras. Podra explicar qu son y qu funcintienen?

Thesis, e n g r i e g o , q u i e r e d e c i r " p o s i c i n " .


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FILOSOFA-IDEOLOGA-POLTICA 45P o r e l l o r e q u i e r e d e l a a n t t e s i s . E n c u a n t o alas ca tegor as , que son los conceptos ms gener a l e s , m e v i e n e a l a m e n t e , a m a n e r a d e i l u s t r a c in , l a de ' sus t anc ia ' o l a de ' su je to ' . Es ta l t i ma o f r ece un e spec i a l i n t e r s . En t r e l os s i glos xiv y xvi i , la ca tegor a de ' suje to ' se enc u e n t r a p e r m e a n d o t o d o s l o s c a m p o s , p a r a d a rc u e n t a d e u n n m e r o c o n s i d e r a b l e d e i d e o l o g as y de sus prc t i cas . Emergi de l a ideologaj u r d i c a , d e l a s r e l a c i o n e s m e r c a n t i l e s d o n d ec a d a i n d i v i d u o e s s u j e t o d e d e r e c h o , c o m opropietario d e b i e n e s , e t c . E s t a m i s m a c a t e g o r ainvadi e l t e r reno de l a f i losof a con Descar t es(e l su je to de l "yo p ienso") y ms t a rde e l dela ideologa mora l con Kant (e l su je to de l a" c o n c i e n c i a m o r a l " ) . Y a a n t e s h a b a p e n e t r a d oe l domi n i o de l a po l t i c a con e l " su j e t o po l t i c o " d e l c o n t r a t o s o c i a l . E s t o d e m u e s t r a u n a d elas t es i s que defendemos: a saber , que l a f i lo sof a " t r aba ja" ca tegor as capaces de un i f i ca re l con jun to de l as ideologas y de l as prc t i casc o r r e s p o n d i e n t e s .

Y en cuanto a l funcionamiento de la filosofa?S i n p r e t e n d e r s e r e x h a u s t i v o , d i r q u e c a d af i l oso f a r ep roduce de a lgn modo , en su i n t e r ior , e l conf l i c to en e l cua l es t inmersa ex te -r i o r m e n t e . T o d a f i l o s o f a e n t r a a e l e s p e c t r o d esu con t r a r i o : e l i dea l i smo e l e spec t ro de l ma t e r i a l i smo, y v iceversa .

L A F I L O S O F A : U N C A M P O D E B A T A L L A


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46 FILOSOFA-IDEOLOGA-POLTICAUsted reiteradamente seala que ya Kant serefera a la filosofa como a un "campo de batalla" ( K a m p f p l a t z ) .E fe c t ivam en te , u n o de sus fines es l i b ra r u n aba ta l l a t e r i c a . Po r e l l o puede dec i r s e que una t e sis es s i em pr e un a an t i- t e s is , po r n a tu ra l ez a .U n a t e s i s n o e s p l a n t e a d a m s q u e c o n t r a o t r ates i s , o en defensa de una nueva .Hablando de esta batalla terica, sigue sosteniendo que el campo de la filosofa est dividido en dos grandes bloques o posiciones antagnicas: materialismo e idealismo?N o . Pienso que en toda f i l o so f a s e puedend e s c u b r i r e l e m e n t o s i d e a l i s t a s y m a t e r i a l i s t a s ,c on un n fa s i s m arc ado hac ia una de l a s dospos ic iones , c l a ro e s t . En o t r a s pa l ab ra s , no hayuna d iv i s in s eve ra y t a j an te , pues en una f i l o so f a c a l i f i c ada de idea l i s t a pueden enc on t ra r s e e l em en tos m a te r i a l i s t a s y v i c eve r sa . Lo c i e r toes q u e n o hay f ilo so fa q u e sea a b so l u ta m e n tep u r a . L o q u e h a y s o n t e n d e n c i a s .Podra mencionar a algn filsofo para ilustrarlo anterior?

P a s ca l es u n e j e m p l o i n t e r e s a n t e p o r p a r a d j i co . A t rav s de l o s p rob l em as r e l ig io sos quep l a n t e a , se j u e g a n t a m b i n p r o b l e m a s e p i s te molg icos , h i s t r icos y de cons t i tuc in de l a so c i e d a d , d e t a l s u e r t e q u e p o d e m o s a f i r m a r q u et i e n e r a s g o s p r o f u n d a m e n t e m a t e r i a l i s t a s . Q u e d s o r p r e n d i d o , a l r e l e e r a P a s c a l e s t o s l t i m o saos , de ve r que en e l f ondo , s in s abe r l o , hab ayo to rnado de l a lgunos concep tos f i losf icos :toda l a t eor a de l a ideo log a , de l desconoc


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FILOSOFA-IDEOLOGA-POLTICA 47m i e n t o y d e l c o n o c i m i e n t o , e s t y a e n l . M ep r e g u n t a b a y o d e d n d e p r o v e n a e s e r e e n c u e n t r o c o n P a s c a l h a s t a q u e r e p a r q u e f u e e l n i c ol i b r o a m i a l c a n c e d u r a n t e l o s c i n c o a o s q u ep a s e n u n c a m p o d e p r i s i o n e r o s a l e m n , d u r a n t e l a l t i m a g u e r r a . L o h a b a b o r r a d o d em i m e m o r i a p o r c o m p l e t o !

Pasca l e sc r ib i cosa s so rp renden te s sob re l ah i s t o r i a d e l a s c i e n c i a s . Fu e u n g r a n m a t e m t i co y f s i co ; i nven t l a mqu ina de ca l cu la r , de sa r ro l l , en f in , toda una t eor a de la c ienc ia .Aqu se advierte, como sealaba, que cada filosofa entraa a su propio antagonista.As e s. P o r lo de m s , l a co n t r ad i cc in enf i losof a no es de l t ipo de A f r e n t e a n o - A . n ide s frente a NO. E S t e n d e n c i a l . E s t a t r a v e s a d apor t endenc i a s . En r ea l i dad , t oda f i l o so f a noes ms que l a r ea l i zac in ms o menos acaba d a d e u n a d e l a s d o s t e n d e n c i a s a n t a g n i c a s :la idea l i s t a o l a ma te r i a l i s t a . Y en cada f i losof a se r ea l i za no l a t endenc i a s i no l a con t r ad i c c i n a n t a g n i c a e n t r e a m b a s t e n d e n c i a s .Cmo se explica esto?Se d e b e a r a z o n e s q u e t i e n e n q u e v e r c o nla na tu ra leza misma de la guer ra f i losf ica . S iuna f i l o so f a qu i e re ocupa r l a s pos i c iones de ladve r sa r io , e s p rec i so que gane , pa ra su causa ,pa r t e de l a s " t ropas" adve r sa s ; e s dec i r , su s a r gumentos f i losf icos . S i se desea vencer a l ene m i g o , e s p r e c i s o c o n o c e r l o p r i m e r o p a r a d e s pus ap rop ia r se no s lo de sus a rmas , t ropas yt e r r i t o r i o , s i n o a n t e t o d o , d e s u s a r g u m e n t o s ,


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48 FILOSOFA-IDEOLOGA-POLTICApues e s c on e l l o s que s e ob tend r n l a s g randesv ic to r i a s .Esto me recuerda aquella frase de Goethe: "Sideseas conocer a tu enemigo, trasldate a susdominios."Exac to . De m ane ra que c ada f i l o so f a l l evae n s u s e n o a s u p r o p i o a d v e r s a r i o , p a r a p o d e rc ons t i tu i r s e c om o f i l o so f a . E l l a r e sponde , dean tem ano , a todas l a s r p l i c a s , s e i n s t a l a p rev ia m e n t e e n s u p r o p i o d i s p o s i t i v o y l o m o d e l a p a r apode r e f ec tua r l a ope rac in de abso rc in y de su bo rd in ac i n . Es a s c o m o to da f ilo so fa d e t en d e n c i a i d e a l i s t a c o m p o r t a n e c e s a r i a m e n t e a r g u m e n t o s m a t e r i a l i s t a s y v i c e v e r s a . R e p i t o , n o h a ypurez a to t a l . N i l a f i l o so f a m a te r i a l i s t a m arx i s t ap o d r a p r e t e n d e r s e r e x c l u s i v a m e n t e " m a t e r i a l is t a" p o r q u e e n ese m o m e n t o h a b r a a b a n d o n a d o e l c o m b a t e , r e n u n c i a n d o a t o m a r , p r e v e n t i v a m e n t e , p o s i c i o n e s o c u p a d a s p o r e l i d e a l i s m o .Esto recuerda al L e v i a t h a n de Hobbes, al estado de guerra perpetua.Aunque e s t a "gue r ra f i l o s f i c a" no e s exac t a m e n t e " l a g u e r r a d e t o d o s c o n t r a t o d o s " d el a q u e h a b l a b a H o b b e s e n l a I n g l a t e r r a d e ls i g l o x v i i . N o e s u n a g u e r r a e n t r e i n d i v i d u o ss ino ent re pos ic iones f i losf icas , es dec i r , ent rees t ra tegias f i losf icas que se d isputan, en lasg randes c oyun tu ra s c u l tu ra l e s y po l t i c a s , l a he gemona f i losf ica en ta l o cua l pa s o cont inente , i n c l u s o d e s d e q u e e l p l a n e t a s e c o n v i r t i p r c t i c a m e n t e e n u n a s o l a t o t a l i d a d e n e lm u n d o e n t e r o .


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FILOSOFA-IDEOLOGA-POLTICA 49Esto est en relacin con su ltima definicinde la Filosofa como "lucha de clases en la teora"?S. Es dec i r , l a forma ter ica que rev i s te enla f i losof a , la lucha de c lases . Pero hay unap a r t e f u n d a m e n t a l d e l a d e f i n i c i n q u e o m i t i s t e : "en ltima instancia".N o d e b e o l v i d a r s e e s t e " e n l t i ma i n s t a n c i a " ,pues nunca he d i cho que l a f i lo so f a e ra pu ray s implemen te lucha de c l a ses en l a t eo r a . Es t ar e s e rv a , " e n l t i m a in s t a n c i a " , es u n a m e n c i npara sealar que exis ten ot ras cosas en la f i losof a adems de la lucha de c lases en la teor a .Pero tambin ind ica que la f i losof a , e fec t ivamen te , r ep re sen ta pos i c iones de c l a se en l ateor a , e s dec i r , en las re lac iones que t i ene conlas formas ms ter icas de las prc t icas humanas ya t ravs de e l las , a t ravs de las formas ms conc re t a s de l a s p rc t i ca s humanas , i nc luyendo l alu c h a d e c lases . . . y m o st r q u e e n f ilosof a ,l a lucha de c l a ses tomaba l a fo rma de con t rad ic c iones en t re t es i s y an t t es i s , en t re pos ic iones det e n d e n c i a i d e a l i s t a y ma t e r i a l i s t a .Hay un e j emplo en l a H i s to r i a de l a F i loso f a que p rueba que l a f i lo so f a e s " en l t imains tanc ia" lucha de c lases en la t eor a , a par t i rd e l a s p a l a b r a s d e K a n t , y a me n c i o n a d a s . C u a n do d ice que la f i losof a es un campo de ba ta l la ,ve uno a Kan t i n i c i a r l a ed i f i cac in de unaf i losof a que no sea polmica , que no es t ene s t a d o d e l u c h a . A l e mp r e n d e r K a n t e l p r o y e c t ode una "paz pe rpe tua" f i lo s f i ca en vez de uncomba te pe rpe tuo en t r e l a s f i lo so f a s , no hab lade lucha de c lases pero s reconoce e l ca rc te rpolmico y de lucha de toda f i losof a . Su meta


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50 FILOSOFA-IDEOLOGA-POLTICAde a lcanzar una f i losof a s in conf l ic to , en pazp e r p e t u a , c o n s t a t a u n r e c o n o c i m i e n t o a l n e gar lo de la ex is tencia de la lucha en la f i losofa.Una p a la b ra ms : e n o ca s i n d e lo s co n f l i c tos que la f i losof a ha susci tado en su h is tor ia ,a p a r e c e n MRGENES, z o n a s , q u e p u e d e n e s c a p a ra l a d e t e r m i n a c i n u n v o c a d e l a l u c h a d e c l a ses. Eje mp lo s : c i e r to s s e c to re s d e r e f l e x i n s o b rela l ing s t i ca , l a ep i s temolog a , e l a r t e , e l s en t i mie n to r e l i g io s o , l a s co s tu mb re s , e l f o lk lo re yot ros . Es deci r , dent ro de la f i losof a hay i s lotes , " i n t e r s t i c i o s " .

LA "FILOSOFA DE LOS FILSOFOS" Y LAFILOSOFA MATERIALISTA

Para terminar este apartado, podra resumirlos rasgos distintivos que deslindan a las dosposiciones o tendencias filosficas: la idealistay la materialista?De a cu e rd o . Pe ro co mo a l h a b la r d e f i l o s o f a s iempre se a lude a la f i losof a t rad ic iona l , detendencia idea l i s ta , a la "f i losof a de los f i lsofos" , es ta vez voy a tomar como re fe renc ia ala pos ic in mater ia l i s ta en f i losof a .H a b l a r d e " m a t e r i a l i s m o " es p l a n t e a r u n ode los temas neur lg icos de la f i losof a . La den o m i n a c i n d e " m a t e r i a l i s m o " f o r m a p a r t e d ela h i s to r ia de nues t ra f i lo so f a , nac ida en Gre c i a , b a jo lo s a u s p ic io s y p ro b le m t i ca g e ne ra ld e P l a t n . E s e n l d o n d e s e e n c u e n t r a l a p r i -


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FILOSOFA-IDEOLOGA-POLTICA 51m e r a y f u n d a m e n t a l o p o s i c i n e n t r e " l o s a m i gos de l a s Ideas" y " los ami gos de l a T i e r r a" .Los dos t rmi nos de e s t a d i ada e s t n p l an t eadosc o m o i n d i s p e n s a b l e s p a r a l a c o n s t i t u c i n d el a m i s m a , d o n d e c a d a d e n o m i n a c i n i m p l i c a l ao t r a . N o h a y , p u e s , a m i g o s d e l a T i e r r a m sque en v i r t ud de que ex i s t en l os ami gos de l a sI d e a s ; y es t a d i s t i nc i n y opos i c i n son obra deun f i l so fo , e l que i naugur nues t r a h i s t o r i ade l a f i losof a , s i tundose l mismo en t re " losami gos de l a s Ideas" . En t r e sus adve r sa r i os ,a m i g o s d e l a T i e r r a , e s t n D e m c r i t o , E p i c u r o ,los empir i s tas , los escpt icos , los sensual i s tasy los his tor ic i s tas .

Es p r ec i so sea l a r , s i n embargo , que en l ac p u l a d e c o n t r a r i o s i d e a l i s m o / m a t e r i a l i s m o , e li d e a l i s m o a l s e r l a t e n d e n c i a d o m i n a n t e d etoda l a f i losof a occ iden ta l se cons t i tuy en e lfu n d am e n t o sob re e l cua l se e r i g i o fun d l ac p u l a m i s m a .A partir de lo que Heidegger dice de la dominacin del logocentrismo sobre toda la filosofaoccidental, podemos fcilmente explicarlo: cadavez que se trata del materialismo pronunciadoen el marco de la historia de nuestra filosofa,es preciso advertir que esta apelacin reproduce,a manera de espejo y en negativo, la apelacindel idealismo. Heidegger dira que el idealismo obedece, al igual que el materialismo, al'principio de razn', a saber, al principio deque todo existente, sea ideal o material, estsometido a la cuestin de la razn de su exist enc i a .Yo d i r a pu es , q u e en l a t r a d ic i n f ilosf ica,


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52 FILOSOFA-IDEOLOGA-POLTICAl a invoc ac in de l m a te r i a l i sm o e s a l m i sm o t i em po e l s igno de una ex igenc ia , s igno de que hayque nega r a l i dea l i sm o pe ro s in s a l i r s in po de r s a l i r de l a d i ada e spec u l a r i dea l i sm o-m at e r i a l i s m o . E s u n s i g n o p e r o t a m b i n u n a t r a m pa , ya que no puede uno s a l i r s e n i e sc apa r de li d e a l i s m o a d o p t a n d o s u c o n t r a p u n t o n i e n u n c i a n d o s u c o n t r a r i o , t a m p o c o i n v i r t i n d o l o . P o rl o t a n t o , n o s e p u e d e h a b l a r d e m a t e r i a l i s m os in c ie r ta desconf ianza : no es l a pa labra l a quehac e o c ons t i tuye a l hec ho , a l a c osa . Y c uandouno ana l i z a de c e rc a y a fondo , s e da c uen tade que l a m ayor a de l o s m a te r i a l i sm os a s de c l a rados no son m s que idea l i sm os inve r t idos ,a l r ev s . E j em pl os : l o s m a te r i a l i sm os de l S ig l ode l as Luces y a lgunos pasa jes de Enge l s .Qu otros rasgos podran destacarse del idealismo en tanto polo opuesto y necesario delmaterialismo?

U n o d e l o s r a s g o s q u e n o s p e r m i t e n r e c o noc e r a l i dea l i sm o e s e l hec ho de e s t a r a t r apadoe n e l ' p r i n c i p i o d e r a z n ' q u e s e d e s d o b l a e nd o s : el Origen y e l Fin o f i n a l i d a d (telos,e n g r i e g o ) . E l O r i g e n r e m i t e d e m a n e r a n a t u r a la l F in o telos: e l s e n t i d o d e l m u n d o , d e l a h i s to r ia , l a f ina l idad de ambos , e tc . , que se p roy e c t a a n t i c i p n d o s e e n y s o b r e l a c u e s t i nd e l o r i g e n . N u n c a s e p l a n t e a l a c u e s t i n d e l' o r igen rad ica l de l a s cosas ' ms que en func inde l a Idea que uno s e haga de su Des t ino , de suFinal , ya sea que se t ra te de los f ines de la prov idenc ia o de l a u top a .


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FILOSOFA-IDEOLOGA-POLTICA 53Existen filsofos que hayan evadido la diadaidealismo-materialismo?S. Sus f ilo so fa s pu e d e n r econo ce r se en t a n toq u e s e d e s l i n d a n d e l a s c u e s t i o n e s d e l O r i g e n yd e l F i n , o s i m p l e m e n t e d e l a t e l e o l o g a . E s t a sf i lo so f a s o f r ecen un g ran i n t e rs en t an to quee x p r e s a n e v i t a n d o l a t r a m p a l a e x i g e n c i ad e a b a n d o n a r e l i d e a l i s m o y d e d i r i g i r s e h a c i ae s o q u e p o d e m o s l l a m a r e l m a t e r i a l i s m o : d e s l i ndndose , r ep i to , de t oda f i l o so f a de l Or igenya sea de l Se r , de l Su je to , de l Sen t ido o de lTe los, pues cons ide ran que e sos t emas i n cumben a l a r e l i g in y a l a mora l , no a l a f i l o sofa.

En toda la h i s to r i a , no son muchas la s f i lo sof as con es te se l lo : no-apologt icas , no-re l i g io sa s y no ap r i s ionadas en l a d i ada . En t r e lo sg randes f i l so fos que han evad ido e s t a e s t ruc t u r a , e s t e s i s t e m a , p o d e m o s m e n c i o n a r a E p i -c u r o , Sp i n o z a, M a r x , N i e t z s c h e . . . H e i d e g g e r .E l r e c h a z o d e l o r i g e n r a d i c a l c o m o e s t a t u t ode em is in f ilo s fica o b l iga a r ech aza r t a m b i ns u m o n e d a y a e l a b o r a r o t r a s c a t e g o r a s , c o m ola de d ia lc t i ca .

S que Spinoza es uno de los filsofos que msadmira, entre otras razones, por sus aportes ala posicin materialista. Quisiera preguntarle siconsidera que l haya escapado a la tentacinde la Verdad.D e f i n i t i v a m e n t e . l h a b l a c l n i c a m e n t e d e ' l ov e r d a d e r o ' , n o d e l a V e r d a d . So s t e n a q u e " l overdadero se ind ica a s mismo y a lo fa l so" .Se i nd i ca a s m i smo , no como p re senc i a s i noc o m o p r o d u c t o , e n l a d o b l e a c e p c i n : a] c o m o


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54 FILOSOFA-IDEOLOGA-POLTICAresu l t ado de l t r aba j o de un p roc eso que l o de s c u b r e y b ] c o m o p r o b n d o s e e n s u p r o d u c c i nm i s m a .Con esa concepcin inmanenlisla de la verdad,Spinoza deja de lado entonces, el problema delcriterio de verdad.Y a d e m s r e h u s a l a s c u e s t i o n e s d e l O r i g e n yde l Su je to que sos t ienen l as t eor as de l conoc i m i e n t o .Qu otros rasgos distintivos tendra una filosofa materialista?P o r u n l a d o , n o t i e n e l a p r e t e n s i n d e s e ra u t n o m a n i d e f u n d a r s u p r o p i o o r i g e n y p o d e r . T a m p o c o s e c o n s i d e r a u n a c i e n c i a , y m u c ho m enos l a C ienc ia de l a s C ienc ia s . En e s t esen t ido , e s t en c on t ra de todo pos i t i v i sm o .Digno de s ea l a r s e e s su r enunc ia a s e r l ap o s e e d o r a d e l a V e r d a d .La f i l o so f a de t endenc ia m a te r i a l i s t a r ec o noc e l a ex i s t enc ia de l a r ea l idad ob j e t iva ex te r i o r a s c o m o s u i n d e p e n d e n c i a r e s p e c t o d e l s u j e to que l a pe rc ibe o c onoc e . Rec onoc e que e lse r , lo rea l , ex i s te y es an te r io r a su descubr i m i e n t o , a s u s e r p e n s a d o o c o n o c i d o . A p r o p s i to de e s to , hay vec es en que uno s e p regun tacmo se puede asegura r que l a f i losof a no ese l de l i r io t er ico de una c l ase soc ia l en buscad e g a r a n t a o d e o r n a m e n t o r e t r i c o . E n t o d al a l a rga p roduc c in de a r t e sanos t e r i c os , m uc h o s h a n h e c h o d e s u s f a n t a s m a s i n d i v i d u a l e suna f i losof a , o b ien de su de l i r io o p re fe renc ia su b j e t iv a . . . o s i m p l e m e n te de su deseo d eteo r i z a r .


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FILOSOFA-IDEOLOGA-POLTICA 55Precisamente, con la postura materialista se datodo un viraje frente a las filosofas de la represen tacin, que siguen la tradicin idealistaespecular que sostiene que todo lo que conocemos son las ideas de las cosas y no las cosasmismas.U n a c o n s e c u e n c i a q u e s e d e s p r e n d e d e l oanter ior es que las f i losof as mater ia l i s tas af i r man l a p r imac a de l a p rc t i ca sobre l a t eo r a .Y l a p rc t i ca e s , en todo , con t ra r i a y ex t r aaa l logos. No es l a Verdad y no se r educe n i s erea l iza en e l ve r ( la in tu ic in) n i en e l dec i r(logos). La prc t ica es un proceso de t rans for ma c i n s o me t i d o a s u s p r o p i a s c o n d i c i o n e s d ee x i s t e n c i a y q u e p r o d u c e n o l a V e r d a d s i n o' v e r d a d e s ' d e l o s r e s u l t a d o s o c o n o c i mi e n t o s e ne l i n t e r i o r d e l c a mp o d e s u s p r o p i a s c o n d i c i o nes de ex i s tenc ia . Y s i l a p rc t ica t i ene agen tes ,n o t i e n e u n s u j e t o c o mo o r i g e n t r a s c e n d e n t a l uon to lg ico de su ob je t ivo , de su p royec to y not i e n e t a m p o c o u n a f i n a l i d a d c o m o v e r d a d d esu proceso . Es pues un proceso sin sujeto (ent e n d i d o e l s u j e t o c o mo e l e me n t o a h i s t r i c o ) .D e e s t a ma n e r a , l a p r c t i c a h a c e t a mb a l e a r al a f i lo so f a t r ad ic iona l y pe rmi t e comenza r a ve rc laro en e l in ter ior de la f i losof a , por basarse ,a d e m s , e n l a p o s i b i l i d a d d e t r a n s f o r ma r e lm u n d o .L a i r r u p c i n d e l a p r c t i c a e s l a d e n u n c i a d ela f i losof a producida como ta l F i losof a . Esde c i r , co n t ra la p re te n s i n de la F i losof a ( tra d i c iona l ) de aba rca r e l con jun to de l a s p rc t icas sociales (y las ide as) , d e ve r el ' t o d o ' c o m od e c a P l a t n , p a r a e s t a b l e c e r s u d o mi n i o s o b r ees tas mismas prc t icas ; es con t ra la supos ic in


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56 FILOSOFA-IDEOLOGA-POLTICAde la F i loso f a de no t ene r ' un e spac io ex te r i o r ' p o r l o q u e e l m a r x i s m o a f i r m a , s i n d u d a ,que la f i lo so f a t i ene ' un ex te r io r ' , e s dec i r , quela f i lo so f a no ex i s te ms que por e se ' ex te r io r 'y pa ra l . E s te ex te r io r (q u e la fi lo sofa q u ie r ehace rse la i lu s in de somete r a l a Verdad) e sla prct ica , son las prct icas socia les .H a y q u e a c e p t a r l a r a d i c a l i d a d d e e s t a c r t i c a p a r a e n t e n d e r s u s c o n s e c u e n c i a s . D e f o r m a ,c o n t r a r a a l logos, e s d e c i r , a u n a r e p r e s e n t a c i n d e a lg o s u p re mo a lo q u e s e l l a ma ' l aV e r d a d ' .S i a ce p t a mo s e l t rmino d e Ve rd a d e n s u s e n t ido f i losf ico , de Pla tn a Hegel , y s i lo conf ron tamos a l a p rc t i ca , p roceso s in su je to n if i n , s e g n M a r x , h a y q u e a f i r m a r q u e n o h a yve rd a d d e l a p rc t i ca . La p rc t i ca no e s u n s u s t i t u t o d e l a V e r d a d p a r a u n a F i l o s o f a i n m u t a b l e ; es, c o n t r a r i a m e n t e , lo q u e l a p e r t u r b a .La p rc t i ca e s aque l lo que la f i lo so f a , en todasu h i s to r ia ya sea ba jo la fo rma de la luchad e c l a s e s o d e l a ca u s a e r r a n t e d e l a ma te r i a n o h a p o d i d o a s u m i r n u n c a . L a p r c t i c a e saque l la o t ra cosa , a pa r t i r de la cua l , no s lose puede hace r t amba lea r a l a f i lo so f a s ino , msa n , a q u e l lo g ra c i a s a lo cu a l s e p u e d e co me nza ra ver c la ro en e l in te r ior de la f i losof a .Deca usted que la prctica a la filosofa areconocer que ella tiene un exterior. . .S. C o n o c e m o s e l d i c h o d e H e g e l : l a c o n c i e n c ia de s t i ene un envs y no lo sabe . A loc u a l r e s p o n d e l a c o n f i d e n c i a d e F r a n c o i s M a u -r i a c c u a n d o r e c u e r d a q u e d e n i o l c r e a q u ela s p e r s o na s i l u s t r e s no t e n a n t r a s e r

Althusser - Filosofía y marxismo

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