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A M A D O N E R V O

P O E M A S

L I B R E R Í A D E L A V - D E G. B O U R E T -

P A R Í S 23, Rué Visconti, 23 MÉXICO

14, Ciuco de Mayo, 14

1901 — "i Propiedad del Editor.

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Quedan asegurados los derechos de propiedad

conforme á la ley

F O N D O L I T E R A T U R A

2 2 7 8 o

Poemas breves

1 8 9 4 - 1 9 0 0

M A G N A V O C E P E R U M B R A S

Un barco : tan s ingu la r

que finge á la mente incauta

la visión de un sueño nauta

p e r e g r i n o del aza r .

De su p r o r a , si el b r e g a r

del viento no las ahoga ,

su rge una voz que i n t e r roga ,

s u r g e otra voz que r e s p o n d e :

Una voz que inqu ie re : ¿ d ó n d e ?

y otra voz q u e ordena : ¡ b o g a !

8 AMADO SERIO

Hincha rug iendo el titán

At lante su ola fiera

como un g r a n v ient re q u e fuera

á pa r i r á Lev i a t an ;

Y en t r e los Soplos q u e van

combando el mar que se azoga ,

s u r g e una voz que in te r roga ,

s u r g e otra voz que r e s p o n d e :

U n a voz que clama : ¡ dónde !

y otra voz q u e o rdena : ¡ b o g a !

P o b r e espí r i tu que avanza

con su galera p o r los

océanos , hacia un Dios

y un r ibazo que no alcanza !

Vanamente su esperanza

con el ab ismo dialoga !

su rge una voz q u e i n t e r roga ,

s u r g e o t ra voz que r e sponde :

U n a voz que g ime : ¡ dónde !

y o t ra voz que o r d e n a : ; b o g a !

L À - H A U T .

Cómo olvidar la cauda de sus cabellos b l o n d o s !

etimo; o lv idar su f ren te nevada y mi s t e r i o sa !

cómo olvidar sus o jos tan t r i s tes y tan hondos ,

que s i empre parec ían pensa r en o t r a cosa . . .

Cómo olvidar lo i nmenso de su melancolía !

La vida no le daba más q y e nos ta lg ia y ceños :

— « ^ o soy la de s t e r r ada p e r e n n e , me decía ,

mi patria es un pianeta q u e mi ro m u c h o en sueños .

AMADO -VEUVO

« Ad«inde i r é en la t i e r r a q u e no e s t é p e s a r o s a !

ya l o d o s lo s c a m i n o s conocen mi c o t u r n o ;

y o soy c o m o un i n s t i n to q u e e s p e r a a l g u n a c o s a ,

y o e s c r u t o el h o r i z o n t e c o m o r o m e r a ans iosa

q u e a g u a r d a en las r i b e r a s del p i é l a g o su t u r n o . >»

« H a t an to t i e m p o , t a n t o ! q u e y e r r o d i s t r a í d a

p i d i e n d o en e x t r a n j e r o s i d i o m a s h o s p e d a j e ,

s in q u e al l l e g a r me d igan j a m á s : « S é bien v e n i d a ! .

s in q u e al p a r t i r me d i g a n : « Q u e t e n g a s un b u e n viaje.»

a ¿ P o r q u é n o me r e f u g i a s en tu a lma de v i d e n t e

me h a n d i c h o q u e los a s t r o s su luz c o p i a n en ella

si d e j a s q u e yo a s o m e la faz c o m o á una f u e n t e ,

q u i é n s a b e si en las n o c h e s v e r é p a s a r mi e s t r e l l a !

« D e v u é l v e m e á m i s s a n t a s r i b e r a s , á mis l agos

d e ama t i s t a , á m i pá l ida e s t r e l l a s i l enc iosa . »

G o m o o lv ida r s u s o j o s tan t r i s t e s y tan v a g o s ,

q u e s i e m p r e p a r e c í a n p e n s a r en o t r a c o s a !

M Á S A L L Á

M á s allá d e l c e d r o p o r el sol c r i b a d o ,

m á s allá del m o n t e p o r la n ieve h o p a d o

q u e los f r e s c o s val les c u s t o d i a n d o es tá .

Más fil/á.

M á s allá del a i re c u y a s n u b e s p u r a s

g r á c i l e s e r i g e n s u s a r q u i t e c t u r a s ,

Más allá.

M á s allá del C o s m o s , f o r j a d o r p o t e n t e

de m u n d o s y so l e s , q u e en r e s p l a n d e c i e n t e

f u g a d e o r o y p la ta , d e s g r a n a n d o va ,

Más allá,

T r i s t e m e n t e r ad i a mi q u i m e r a h e r m o s a ,

s i e m p r e inacces ib l e , s i e m p r e l u m i n o s a ,

Mas allá...

L A H E R M A N A ' M E L A N C O L I A

E n un c o n v e n t o vivía

una m o n j a q u e p a s a b a

p o r san ta y q u e se l l amaba

la h e r m a n a Melanco l í a :

f r u t o de savia t a rd í a

q u e o lv idó la p r i m a v e r a ,

su r o s t r o de l i r io e r a

y s u s p u p i l a s u m b r o s a s

d o s n o c t u r n a s m a r i p o s a s

en ese l i r io d e ce ra .

Nadie la vio son re í r ,

po rque qu iso , en su en t e r eza ,

ennob lece r de t r i s teza

la ignominia de v iv i r ;

tan sólo cuando al m o r i r

mi ró la faz del S e ñ o r ,

a r r o j a n d o su dolor

como se a r ro j a una c ruz ,

m o s t r ó en su f ren te la luz

de un re l ámpago de a m o r .

Y aquella monja sombr ía

que nunca se son r ió ,

cuando en su cr ipta du rmió

sonre ía , s o n r e í a . . .

H e r m a n a Melancol ía ,

dame que s iga tus huel las ,

dame la g lor ia de aquel las

t r i s tezas , oh t a c i t u r n a !

Yo soy un alma noc tu rna

que q u i e r e t ener es t re l las .

T R A N S M I G R A C I O N

A veces , en s u e ñ o s , mi esp í r i tu finge

escenas de vidas le janas :

Yo fui

un sá t rapa egipcio de r o s t r o de esf inge ,

de mitra d o r a d a , y en Menfis viví.

Mas, p r o n t o mi alma siguió el vuelo e r rá t i co ,

c iñendo en Sobina y á Os i r i s infiel,

la mit ra b icorne y el efod h ie rá t ico

del g r a n sacerdo te del Dios de I s rae l .

D e s p u é s mis p legar ias alcé con el d r u i d a ,

y en bosque s a g r a d o Velleda ine a m ó ;

fui rey meroving io de ba rba f lorida,

co rona de h i e r r o mi sien rodeó .

Más la rde , t rove ro de n o b l e s feudales ,

canté sus hazañas , sus l ances de h o n o r ,

comí en s u s casti l los y en mil bacanales

sen t íme beodo de vino y de a m o r .

Y aye r , p r i o r e squ ivo y aus t e ro , los labios

al Dios eucar í s t ico t emblando a c e r q u é .

P o r eso conse rvo p i adosos resabios

y busco el r e t i r o s iguiendo á los sab ios

y s u f r o nos ta lg ias i n m e n s a s de fe . . .

Místicas.

i

L E S O I S E A U X S ' E N V O L E N T E T L E S F L E U R S

T O M B E N T »

Qué niebla tan d i sc re t a ! qué paz tan o p o r t u n a !

yo soy la sola s o m b r a que vaga p o r la acera

soñando, p o r quién s a b e q u é af inidad, con una

convaleciente j oven de pal idez de cera .

Con una noble v i rgen de a lgún pa í s sombr ío ,

en cuyos senos , domos de san t idad , nevados

por todas las p u r e z a s , d u r m i e r a n ; a y ! su hast ío

mis t re in ta años cual t re in ta r o m e r o s fa t igados . . .

2

18 AMADO ÑERVO

E l g r i s y e l s e p i a a l t e r n a n en todas las c o n s u n t a s

y e s c u e t a s r a m a z o n e s en d o n d e el c ie rzo b r e g a

y se oyen d o n d e q u i e r a f r u - f r u s d e h o j a s d i f u n t a s

q u e Ungen las pisadas de una mujer que llega.

E s l ívido el p a i s a j e y e l -c ie lo s u c i o ; en su ancha

c o n c a v i d a d ni un o r o , ni un n á c a r ni un r e f l e jo

d e n u n c i a n á la-luna q u e s u r g e c o m o m a n c h a

d e acei te en u n i n m e n s o pape l d e ca lca v ie jo .

Los, á b r e g o s m o d u l a n su l a s t imera n o t a ,

los a l tos edi f ic ios p a r e c e q u e d o r m i t a n ;

a l lá , l e jos , m u y l e jo s , la g r a n c i u d a d b o r b o t a

y a q u í , en r e d o r , g i m i e n d o , los á r b o l e s t i r i t an .

Q u e b r a n d o la h o j a r a s c a q u e e l v ien to c rue l a r r a n c a ,

s e a c e r c a una h e r m a n i l a q u e m a r c h a d i s t r a í d a :

c o n sus a z u l e s r o p a s y su c o r n e t a b lanca ,

s e m e j a una p l e g a r i a , q u e c ruza p o r la v ida .

LES O/SE AL .X S'EN \'OLE<XT LÍL

Q u é d u l c e s son s u s o j o s ! q u é ca s t a s s u s l i l iales

y l u m i n o s a s m a n o s ! q u é n ivea su c o r n e t a !

y c ó m o se a r m o n i z a n con e s t a s o t o ñ a l e s

t r i s t e z a s los c o n t o r n o s d e a z u r de su s i l u e t a !

T e mi ro y me c o n t e m p l a s , oh h e r m a n a que p a d e c e s

p o r o t r o s , oh c u s t o d i o d e a j e n a s a g o n í a s !

Q u é s o m o s en el m u n d o tú y y o ? D o s pa l i dece s :

tú t i enes t u s e n f e r m o s y y o m i s n o s t a l g i a s . . .

Tú vas mel i f i cando l a s p e n a s c o n d iv inas

p i e d a d e s , f lo tas c o m o la pa lma en los m a r t i r i o s ;

oh p o b r e s an t a , tú e r e s el liliuni ínter spinas

y y o . . . y o s o y a c a s o la espina entre los lirios!

L a s sav ias t i e n e n t i s i s , los v i e n t o s t ienen a s m a ;

ya n o h a y b r i s a s q u e c a n t e n ni p á j a r o s (pie t r o v e n ,

a p e n a s si en las s o m b r a s a lgún p i a n o f a n t a s m a

d e s g r a n a una ine fab le s o n a t a de B e t h o v e n .

Comienzan las veladas en r ededor de una

l umbre cordia l , en tanto que el c ierzo tose a f u e r a ,

y yo me alejo al c laro g ras ien lo de la luna,

soñando , po r qu ién sabe qué afinidad, con una

convaleciente j oven de palidez de cera .

P A R A B O L A

Jesuc r i s to es el buen Samar i t ano :

yo es taba mal he r ido en el camino

y , con celo de he rmano ,

ungió mis l lagas con aceite y v i n o ;

después , hacia el a lbe rgue , no le jano,

rae llevó de l a .mano

en medio del s i lencio vespe r t ino .

L legados , apoyé con abandono

mi cabeza en su seno

y til me di jo muy quedo : « T e pe rdono

tus pecados , ve en paz , sé s i e m p r e luieno

y b ú s c a m e : de todo cuanto exis te

yo soy el manant ia l , el ígneo cen t ro « . . .

Y r ep l iqué m u y pá l ido y m u y t r i s t e :

a S e ñ o r , á qué buscar si nada ¡encuentro!

mi fe se me mur ió cuando pa r t i s t e

y llevo su cadáver aquí d e n t r o . . .

si no te h u b i e r a s ido, v ivi r ía . . .

mas tu verbo inmorta l lodo lo puede ,

dila q u e s u r j a en la conciencia mía,

resucí ta la , oh Dios, e ra mi g u í a ! »

Y Je suc r i s t o r e spond ió : « Ya h iede »..

Místicas .

L U C I É R N A G A S

— C h u t ! genieci l los , qué e m p e ñ o

de hab la r si el poeta cal la!

E s t a b a e n h e b r a n d o un sueño

y me habé is ro to la mal la . . .

Pon iendo .á la charla co tos

r emendad mi malla t r u n c a .

— A m i g o , los sueños r o t o s

ya no se r emiendan nunca .

24 AMADO SF.HVO

— B a r d o , ¿ cuál es tu e s t a n d a r t e ?

— M u c h o s s o n los q u e e n a r b d l o .

— ¿ Q u é m e n t o r ha de g u i a r t e ?

— N i n g u n o : en a m o r y en a r t e

m e delei ta v i a j a r so lo .

¿ Al n a c e r l l amas f o r t u n a ?

¡ Ah ! la c u n a só lo es

un a t aúd al r evés ,

y el f é r e t r o es una c u n a .

La d i f e r e n c i a c o n s i s t e

en q u e la c u n a , m i d u e ñ o ,

e s un a t aúd r i s u e ñ o ,

y el f é r e t r o . . . es cuna t r i s t e .

\ i a j a s d e i ncógn i to y s o l a ;

m a s y o sé qu i én e r e s ya :

/.UCIER-V.L GAS

T o n t a ! ¿ n o ves q u e te es tá

d e n u n c i a n d o la au reo l a

Y los p e r f u m e s q u e e x h a l a s

y t u s Cándidos a s o m b r o s ?

V a m o s , t ápa t e l o s h o m b r o s ,

que se te a s o m a n las a l a s !

P e l e a r como J a c o b ,

c a n t a r c o m o A n a c r e o n t e ,

r e í r c o m o X e n o f o n t e ,

l a m e n t a r s e c o m o J o b ,

F m b e l e s a r c o m o A r m i d a ,

n a v e g a r c o m o J o n á s :

e s o e s v i d a ! . . . lo. d e m á s

es l imosna d e la v ida .

T u s o jo s : c la ra p i sc ina

d o n d e a b r e v a el idea l .

T u m i r a d a : un m a d r i g a l

de G u t i e r r e d e C e l i n a !

Una tarde , en mi s e n d e r o ,

tuve un e n c u e n t r o imprev i s to :

mé e n c o n t r é con J e s u c r i s t o ,

el divino l imosnero .

El l imosne ro divino

l leno de melancolía

pa rec ía , y parec ía

muy cansado del camino .

— ¿ A dónde vas , Señor ? y

— á P a r í s , me r e spond io !

— «i P a r í s . . . á P a r í s . . , no ,

S e ñ o r , no vayas a h í !

Mas Cr i s to de spa rec ió !

E n c o n t r á n d o l e d e s p u é s :

— ¿ Qué h a l l a s t e ? d i j e ; y Él : - Le

p e r d o n o ! Llegado apenas ,

hallé muchas Magdalenas

y ungieron todas mis p ies .

R U P T U R A T A R D I A

Ya no más en las noches , en las noches glaciales

que ag i taban los r izos de azabache en tu nuca ,

soñaremos unidos en los viejos si t iales :

Ya no más en las t a rdes f r ías , qu ie tas y g r i s e s

ped i remos m e r c e d e s á la v i rgen caduca ,

la de manto de p la ta sa lpicado de l ises.

¡ A y ! es fue r za q u e ocu l t e s ese r o s t r o m a r m ó r e o ,

vida y luz, en un c laus t ro de p e n u m b r a s aus t e r a s

donde pesa en las a lmas lodo el hielo h ipe rbó reo .

Nos a m á b a m o s mucho , m a s tu a m o r me pe rd í a ,

nos b e s á b a m o s t a n t o ! mas p e r d i d o te hub ie ra s ,

y r o m p i m o s el lazo que al p lace r nos unía .

E s p r e c i s o ! m u r a m o s á las d ichas h u m a n a s ,

s egu i r é mi camino , muy penoso y muy t a rdo ,

sin besa r tus pupi las , tus pup i las a r c a n a s !

P l e g u e á Dios cuando menos que a lgún día, S e ñ o r a

mue r to ya , te visite, como P e d r o Abe la rdo

vis i tó , ya cadáver , á Eloísa la p r i o r a .

Míst icas .

R E B E L I Ó N

Ni precep tos ni p r ag má t i ca s ni cánones ni leyes :

nací esquivo, tú lo sabes , y ni doy ni ex igo p a u t a ,

mi melena es tanto como las c o r o n a s de los r eyes :

no hay Dalila que la co r t e . . . D é j a m e tocar mi flauta.

¿ Cor t a r í a s po r ven tu ra la r ad ian te cabel lera

de mi amado , el sol e t e rno , mi Absa lón , con tu t i je ra?

No p o r c i e r to ! ¿ Cal la r ías de los vientos el a cen to :

No por cier to! P u e s hab iendo v i en toy sol enrui p r a d e r a

mi melena tendrá n imbos y mi llaula t endrá viento .

Que aun hay a i r e? p u e s yo sop lo ! Bellas i n s t r o -

[mentac iones vas á o i r con el concu r s o de la tór to la , que incauta

está en medio del r ama je go t eando sus canc iones .

Yo soy fuer te , yo soy l i b re !

D é j a m e tocar mi flauta.

MADRIGAL HETERODOXO

Deja que mi canto bro te

p a r a ti como un a r ru l lo

y en tu r e d o r v ibre y lióte.

D e p ó n , m a r q u e s a hugono te ,

tu aus te r idad y tu o rgu l lo .

Soy h ida lgo , amar te puedo

si e r e s hidalga t ambién :

mis mayore s con denuedo ,

s iguieron á ( ¡odof redo

luchando en J e ru sa l én .

Si tú e n t r e las da inas sue l e s

p r e p o n d e r a r , vive D i o s ,

y o p r i v o e n t r e los d o n c e l e s ;

si o s t e n t a s m u c h o s c u a r t e l e s

y o t e n g o se sen t a y d o s .

¿ Q u e tu p a d r e c o m b a t i ó

con el mío y s e d a ñ a r o n

d e d i v e r s o fin en p r o ?

P u e s a m é m o n o s tú y y o

d e s p u é s q u e e l los se m a t a r o n !

¿ T e m e s q u e e l m u n d o p u b l i q i

n u e s t r o idil io, m u r m u r a n d o ?

P u e s y o d i r é á qu i en c r i t i q u e :

T a m b i é n el rey d o n E n r i q u e

a m ó á las del o t r o b a n d o

^ f r e n t e al p r i m o d e G u i s a ,

al i r de Lu tec i a en p o s ,

d i jo con c i e r t a s o n r i s a :

París bien vale una misa...

t ú , m a r q u e s a , va les d o s !

MADRIGAL HETERODOXO

V a m o s , c o n c e d e q u e b r o t e

la voz de mi p l e c t r o eól ico

y en tu r e d o r v ib re y f lo te . . .

¡ P i e d a d , m a r q u e s a h u g o n o t e ,

p a r a es te b a r d o c a t ó l i c o !

T E N U E

Un eco muy le jano,

un eco muy d i sc re to ,

un eco muy suave :

el fantasma de un eco . . .

U n susp i ro muy débil ,

un susp i ro muy ín t imo,

un susp i ro muy blando :

la sombra de un s u s p i r o . . .

Un p e r f u m e m u y v a g o ,

un p e r f u m e m u y du lce ,

un p e r f u m e m u y leve :

el a lma d e un p e r f u m e ,

S o n los s i g n o s e x t r a ñ o s q u e a n u n c i a n

la p r e s e n c i a ine fab le de Lumen.

¡ Ay de m í ! si no a d v i e r t o

el eco tan l e j a n o ,

el s u s p i r o tan i n t i m o ,

el p e r f u m e tan vago :

Lumen vuelve á s e r h e b r a de luna ,

d i l u y é n d o s e t o d a en un r a y o !

m/fMMMMMM

C L A R O B S C U R O

G o l o n d r i n a de b r o n c e , r e f u g i a d a

en la t o r r e m a y o r de la p a r r o q u i a ,

la c a m p a n a , en la f r e s c a m a d r u g a d a

so l i loqu ia .

R e b u j a d a en el m a n t o de m e r i n o

q u e su r o s t r o mir í f ico r e c a t a ,

acude á m i s a del h o g a r vec ino

la b e a t a .

Un p e r f u m e m u y v a g o ,

un p e r f u m e m u y du lce ,

un p e r f u m e m u y leve :

el a lma d e un p e r f u m e ,

S o n los s i g n o s e x t r a ñ o s q u e a n u n c i a n

la p r e s e n c i a ine fab le de Lumen.

¡ Ay de m í ! si no a d v i e r t o

el eco tan l e j a n o ,

el s u s p i r o tan i n t i m o ,

el p e r f u m e tan vago :

Lumen vuelve á s e r h e b r a de luna ,

d i l u y é n d o s e t o d a en un r a y o !

m/fMMMMMM

C L A R O B S C U R O

G o l o n d r i n a de b r o n c e , r e f u g i a d a

en la t o r r e m a y o r de la p a r r o q u i a ,

la c a m p a n a , en la f r e s c a m a d r u g a d a

so l i loqu ia .

R e b u j a d a en el m a n t o de m e r i n o

q u e su r o s t r o mir í f ico r e c a t a ,

acude á m i s a del h o g a r vec ino

la b e a t a .

P á l i d a de f e r v o r e s c o m o un cil io ,

c o n s u m i d a del celo q u e la a b r a s a ,

cua l p a s a una vis ión p o r un de l i r i o ,

as í p a s a .

Va t e m b l a n d o de a m o r e s a la m e s a

d o n d e el m a n j a r d iv ino s e d ivu lga :

t an solo C r i s t o r e y s u s l ab ios besa

si c o m u l g a .

E l i m p u r o

q u e a m ó su pa l idez , s i gu ió su hue l l a ,

r o n d o su r e j a y esca ló su m u r o ,

la vió i m p o s i b l e y se mató por cita.

C o n f i n a d a

la c a m p a n a en su c ú b i c o aposente?,

me p a r e c e una m o n j a , e m p a r e d a d a ,

p o r q u e su cha r l a d i s i pó al c o n v e n t o .

^ la h e r m o s a

h u m i l l á n d o s e a l pie del p r e s b i t e r i o ,

CLAR OBSCl ItO

finge, s u r g i e n d o d e la nave u m b r o s a ,

un m i s t e r i o q u e b ro t a d e un m i s t e r i o .

De h i n o j o s

todo en el la l o s é x t a s i s p r o v o c a ,

t odo en ella es t in iebla : ¡ ha s t a s u s o j o s

t odo es l ív ido en ella : ¡ ha s t a su b o c a !

El i m p u r o

q u e amó su pa l idez , s i gu ió su hue l la ,

r o n d ó su r e j a y e sca ló su m u r o ,

la vió i m p o s i b l e . . . >j se mató por ella!

MI S A I N T D E N I S

Cariát ides e n o r m e s , de tes tas mi lenar ias ,

sopor tan en sus nucas la c r ip ta medieval ,

que gua rda las yacen te s es ta tuas f u n e r a r i a s

de mon jes y adal ides de g ran cepa real .

Ahí p o r s i empre moran las viejas canonesas

al lado el (irme báculo y al pecho el áurea cruz

los áulicos p r i m a d o s , las g raves doc to resas ,

espec tadores m u d o s de la p e r e n n e luz.

AMADO ÑERVO

Alií s u s pa lmas j u n t a n en act i tud de ruego,"

W i l f r e d o : el r ey vel ludo, Guido , a lma de león ,

Raú l , el de la roja c imera y n e g r o escudo ,

con lis-es en un campo de gules po r b lasón.

En ángulo qu ie to que tenue s o m b r a vela,

tendida, con un p e r r o cus todio echado al pie,

s e r ena , casta , inmóvil , es tá Lad ie Arabela :

la re ina d e las t r enzas azules de Tliulé.

L o s mausoleos posan sus moles ve teadas

en mí t i cas q u i m e r a s , b icornes y uni-a ladas ,

de a r b o r e s c e n t e s colas y de ademán flemático,

que escrutan el si lencio pob lado de p a v u r a s

v clavan en las hoscas y a rca icas escu l tu ras

el d a r d o de su ojo t r anqu i lo y en igmát ico .

Kn las p a r e d e s se ab ren los n ichos oj ivales

donde á los besos leves de occidua luz so la r

que llueve polen de o ro de todos los v i t ra les ,

exhiben los doc to re s su túnica ta lar .

San Agus t ín , flagelo del m o n s t r u o maniqueo ,

medita en el ab i smo de la honda Tr in idad ,

43

San Pab lo , el fiero após to l , e sc r ibe á T imo teo

p recep tos ecuménicos de vida y de v e r d a d ,

Je rón imo , el adus to doc to r , el e remi ta

de cue rpo esque le toso , de g r a n calva senil ,

en su caverna brava , j u n t o á la c r u z inédita,

for jando su [»ótente dialéctica sut i l .

Y Magdalena g ime á solas con p u n z a n t e s

dolores , su cabello r izado y b londo cae

sobre sus senos b r e v e s , agudos y d i s tan tes ,

cuyos pezones fingen dos flores r o z a g a n t e s

en el tr igal de o r o que el viento lleva y t rae .

El domo, excelso a m p a r o de ideal idades mís t icas ,

adonde, en asunc iones de a m o r las p r e c e s van,

ostenta en t re sus ga jo s las a r m a s cabal ís t icas

de Lucas , de Mateo, de Marcos y de J u a n .

Los cuat ro , en hondos éx tas i s , en act i tud a rcana ,

parece que contemplan la esencia sobe rana

del Logos , hecho ca rne de befa y de ba ldón ,

y en sus a r robamien to s y en su act i tud de a r t i s t a s ,

fingen un qua to r l ír ico de ba rdos s imbol i s tas ,

que r iman los r u m o r e s po l í fonos de S ión . . .

C u a n d o la n o c h e l l ega , v e l a n d o el h e m i s f e r i o

de l d o m o c o n s u s g a s a s de p o m p a s ide ra l ,

las g á r g o l a s , l i c o r n i o s y t r a s g o s del m i s t e r i o ,

p e n e t r a n á la c r i p t a vo l ando en e s p i r a l ,

D e s p i e r t a n á los s a n t o s d o c t o r e s en s u s f r í a s

m o r a d a s d e r e p o s o , g a l v a n i z a n d o van

los á r i d o s c a d á v e r e s y en l en t a s t e o r í a s

e n t o n a n el t r i s a g i o t r e m e n d o de I sa í a s ,

al i s o c r o n o y v a g o c o m p á s d e un a d e m á n .

P O E M A C A L I G R Á F I C O

Tú e s c r i b e s y y o p i e n s o

y tus ca l ig ra f í a s m e d a n r a r o s

p e n s a m i e n t o s :

T u s íes t i enen r i sa

y t u s equis s e e n r o s c a n c o m o ga r f io s

ó fingen un c o n n u b i o de c u l e b r a s

la c r u z c h u e c a y n e g r a de un p e n a d o .

M i e n t r a s las e p i c ú r e a s pes o s t e n t a n

s u s p a n z a s d e s o c h a n t r e s y los t r a z o s

de l a s eses flexibles se d i r í a n

l i r a s r o t a s , t u s bes s o n s e n o s b l a n d o s ,

n e g r o s s e n o s d e nubia

pa ra bien r e p o s a r . . .

¡ Hache ! sus s a n t o s

l i n c a m i e n t o s r e c u e r d a n la f achada

de Notre-Dame, y son p o r un a r c a n o ,

el p ó r t i c o del n o m b r e -

d e H u g o , v íc to r v iv iente de l m i l a g r o .

¡ C ó m o j u e g a tu p l u m a c o n las oes :

se an to ja q u e es el p ico de a l g ú n p á j a r o

que ca ta p o m a s e n s a z ó n . Q u é finos,

son lo s a r c o s

d e t u s emes, e x t r a ñ a s g a l e r í a s

p a r a una I c o r o n a d a d e I m p e r á t o r !

. . . E s c r i b e , e s c r i b e !

T r a z a e s t a s t r e s c e n t e l l a s : yo te amo!

y s u b r á y a l a s l u e g o con un b e s o . . .

¿Oh ! las c a l i g r a f í a s de t u s l ab ios !

P I E D A D

— « Y o v e n g o d e la n o c h e ,

la luz de l sol me c iega

y p o r e so me a b i s m o en t u s p u p i l a s

r o g á n d o l e á tu a m o r que no a m a n e z c a n .

« D e t e s t o el m e d i o d ía ,

el medio d ía , B e r t a ,

es un g r a n lo to azul en c u y o cál iz

un pis t i lo de l u m b r e cen te l l ea .

« La noche es una r o s a ,

mística rosa neg ra

salpicada de pó lenes de plata :

las es t re l las .

« ¿ Ves ? el sol como un o jo

inyec tado de cólera , me acecha :

í Oh ! deja que me ab i sme en tu s pupi las

r ogándo l e á tu a m o r que no amanezcan . . .

- Mi vida, ya no bebas , te hace d a ñ o !

Si me qu ie re s , ven, d u e r m e , ya no bebas

N E B U L A

Y tu mano infantil , con que d e s h o j a s

mis t r i s tezas como una flor obscu ra !

Y tus labios , que son dos alas ro j a s

con que vuelan tus besos . . .

Y tu a lbu ra ,

tan pura ,

que al bañarme en su l imbos me pa rece

que mi p rop i a miser ia se emblanquece ,

y mira tú si es n e g r a !

. . . Cue rdo , loco?

V e r d a d ? D e v a n e o ?

Si e r e s s u e ñ o n o m a s , p o r q u é te toco !

si e r e s c a r n e , p o r q u é no te p o s e o !

D e f í n e t e ! P r e c i s a

tu s e r : U n á n g e l ? P u e d o

h u r t a r m e d e las n u b e s tu s o n r i s a .

M u j e r ? E n t o n c e s ven ! A p r i s a ! a p r i s a !

s o y h u é r f a n o , e s toy solo y t e n g o m i e d o .

E D E L W E I S S

S e r í a en los y e r m o s d e b lanca S i b e r i a ó de l

S p i t z b e r g so l i t a r io en la inv io lada p a z ; s o b r e los

t é m p a n o s a z u l a d o s , r e v e r b e r a n t e s á la luz c o b r i z a

de un s e g m e n t o «le so l , l e v a n t a r í a su b lanca mole

un cast i l lo :

Un castillo «le nieve con almenas «le nieve, rey feudal torvo y frío.

(En el con f ín la a u r o r a b o r e a l d i f u n d i r í a s u s

náca res ) .

T ú , la cas t e l l ana , la v i r g e n c o n d e s a , a d o r m e c i d a

en s u e ñ o s b l a n c o s , i g n o r a d a y feliz, i n m a r c e s i b l e '

f lor d e las n ieves , el p r e s t i g i o s o cáliz a b r i r í a s . Q u é

p e r f u m e tan c a s t o en el s i lenc io h i p e r b ó r e o des -

p r e n d i e r a s !

l*ii pe r fume suave : las es t re l las son l ir ios, un pe r fume de es t re l las .

E n el azul la a u r o r a bo rea l d e s a t a r í a s u s r o s a s .

L a b r a r a mi n u m e n su m e j o r e s t r o f a : la e s t r o f a

v i r g e n , la e s t r o f a e t e r n a , el v e r b o no e n c a r n a d o

todav ía y q u e flota en el c a o s d e la idea , c o m o Dios

s o b r e el a b i s m o .

Qué singular m o r a d a ! qué ideal moradora ! qué penetrante r i tmo!

( E n el zenit la a u r o r a bo rea l d a r d e a r í a s u s

l l amas) .

R E Q U I E M D E L E C T A B 1 L E

Encas t i l l é m i v ida en la t r i s t eza

como en h u e r t o se l lado

en que el l ir io del s u e ñ o r e f l o r e c e ,

en d o n d e un s o p l o ledo

pasa y mi f r e n t e p e n s a t i v a o r e a ,

i m p r e g n a d o d e a r o m a y poes í a .

Oh p e r e n n e i n q u i e t u d de a q u e l l a s h o r

en que el a m o r b u s c a n d o

MADRIGAL A L I T E R A D O

Tu b lancura es re ina ,

tu b lancura re ina ,

oh nacarada , oh alba como el a lba q u e sus

despe ina !

T u piel , olí mi Blanca ,

como el ala blanca

del niveo a lba t ros q u e adora las e s p u m a s ,

f ranca.

O h ! Blanca de Nieve,

haz que en mi alma nieve

el cand ido fu lgor de lu imagen casta y leve.

Sol i tar ia es t re l la ,

mis noches es t re l la

con esa pensa t iva luz ideal tan bella.

M i l

.Margarita de o r o ,

al tar en que o ro ,

la sutil r ima b ro te como b ro te otoñal .

Y á tu alma se p r e n d a

y en a m o r la p r e n d a

y sea la p renda

de vida inmortal .

f p

Lápidas

I

Á D O N J O S É M A R Í A D E H E R E D I A

Tu glor ia llena todos los conf ines

con la luz de su ro ja l l amarada ;

tu l ibro es una c rá t e ra s a g r a d a

digna sólo de o l ímpicos fes t ines .

Son tus ve r sos he ra ldos pa lad ines

que t ro tan á b a n d e r a desp legada ,

fo rmando ar i s tocrá t ica mesnada

y al hero ico sona r de los c l a r i n e s .

¡ Oh altísimo poeta, qu ién p u d i e r a

p e r s e g u i r el a l b o r d e lu c i m e r a ,

o s t e n t a r tu b la són c o m o a m u l e t o

Y a p r i s i o n a r c o n i m p e c a b l e m a n o

t odo el l u s t r e del r i t m o cas t e l l ano ,

en la mal la ideal de tu s o n e t o !

I I

Policromías

M A N C H O N

Cuando viene á misa r el p a d r e cu ra ,

á la nave r isueña y a l iñada

penet ra con el sol una pa rvada

de palomas que anidan en la a l tura .

Desata el p iano su orac ión alada

y del gótico a l tar en la b l ancu ra ,

candida, leve, inmater ia l y pu ra

se levanta la fo rma c o n s a g r a d a .

6'« AMADO NEKVO

Canta en tonces el I ' Ianco sus can ta res

son Illancos : alas, nave , luz, a l ta res ,

host ia , cu ra seni l , inc ienso v a g o ;

Y en esa nit idez q u e al hielo eno ja ,

ag res iva , vivaz, l lameante , ro j a ,

se des taca la veste del monago .

E V E N T A I L

Flamean co ruscan te s las chaque t i l l as ,

la luz sobre las ropas t iembla y resba la

y lingen p i ro tecnias las bander i l l a s

y au ro ra s las b e r m e j a s capas de gala.

El sol a rde en los g a j o s de las sombr i l l as ,

el clarín su a lar ido de muer te exhala ,

y el d ies t ro , ante los c h a r r o s y las manti l las

á la bestia que muge br inda y rega la .

E n tan to , una dami ta , toda ne rv iosa ,

se cubre con las manos la faz h e r m o s a

que enmarcan los ca i re les de seda y Oro,

^ ext iende en abanico los leves dedos ,

para ver t r a s aquella re ja , sin miedos,

r ómo brota la noble s a n g r e del to ro .

E L M U E C Í N

Cual nidada de pa lomas , se a c u r r u c a , se rep l iega

en los flancos v e r d i n e g r o s de la plácida colina

el islámico pob lado ; más allá luce la vega

sus matices que seme jan los de a l fombra damas ina .

Como egipcia co lumnata donde el au ra veran iega

finge t rémolos medrosos , el pa lmar en la vecina

hondonada se p ro longa . Todo es p a z ; la noche llega

con la f ren te d iademada por la es t re l la vesper t ina .

E s la ho ra del mi s t e r io ; ya la s ierva nazar i ta

u n g e el c u e r p o de su dueña con suavís imas unc iones ;

e l fak i r , en ju to y grave , ba jo un pór t i co medi ta .

De improv isó , con s o n o r a s y do l ien tes inflexiones

desde el alto minare te de la cóncava mezqui ta ,

un muecín de barba nivea de ja oir sus o rac iones .

I N O C H E Á R T I C A

En el zeni t azul , b lanco en el y e r t o

v t r is te plan d é l a sabana e scue ta ;

en los nevados t é m p a n o s violeta

y en el confín del cielo rosa m u e r t o ,

D e s p r é n d e s e la luna del inc ie r to

sur , amar i l la , y en la noche quie ta ,

de un buque abandonado la s i lueta

medrosa , se levanta en el des i e r to .

Ni un r u m o r . . . el Si lencio y la Blancura

ce leb ra ron ha mucho en la infinila

soledad sus a r c a n o s e sponsa l e s

y el e sp í r i tu sueña en la ven tu ra

de un connubio inmorta l con Se raph i l a

ba jo un palio de a u r o r a s borea les .

L A S C I G Ü E Ñ A S

Ya llegaron las c igüeñas á E s t r a s b u r g o : en los a r i scos

torreones buscan n idos , aba t i éndose en bandadas .

Se dirían a r r a n c a d a s á uno de esos obe l i scos

que en pol iedros monol i tos g u a r d a n c rón icas pasadas .

Yael compadre z o r r o a p r e s t a su festín de miel y sueña

que su amiga la c igüeña , con su pico asaz ingra to

no podrá clavar las migas en el p la to , y la c igüeña

de miel colma un f r a sco pa ra res t i tu i r la miel del p la to . . .

^ a l legaron las c igüeñas á E s t r a s b u r g o . N o te admires j

si las ves s o b r e una p ie rna medi tando si lenciosas,

enigmát icas y en ju t a s cual colegio de fak i res .

Rumian t o d o l o q u e s a b e n : B a b i l o n i a , M e n p h i s , l í e los ,

Cliampolion habló con e l l as ; son los p á j a r o s a b u e l o M

y es tán t r i s tes p o r q u e lian visto tantas c o s a s . . . tantas

[cosas!

1 1 1

Lubricidades tristes

1896

A N D R Ó G I N O

-

P o r ti , p o r ti c l a m a b a c u a n d o s u r g i s t e ,

infernal a r q u e t i p o , de l h o n d o E r e b o ,

con tus n e u t r o s e n c a n t o s , tu faz de e f ebo ,

tus senos pectorales, y á mí v in i s t e .

Sombra y luz, y e m a y po l en á un t i e m p o , fu i s te

d e s p e r t a n d o en las a l m a s el c r i m e n n u e v o ,

ya con v i r i l i dades d e d i o s m a n c e b o ,

ya con m u s t i o s h a l a g o s d e m u j e r t r i s t e .

^ o te amé p o r q u e á t r u e q u e de ingenuas gr;

tenías las s u p r e m a s a r i s toc rac ias :

s a n g r e azul , alma huraña , v ien t re i n f e c u n d o ;

p o r q u e sabías mucho y amabas poco

y e ra s s ín tes i s ra ra de un siglo loco

y f loración malsana de un viejo mundo .

D E S P U É S

Te odio con el odio de la i lusión march i ta ,

re t í ra te! he bellido tu cáliz y p o r eso

mis labios ya no saben dónde p o n e r su beso ,

mi carne, a to rmentada de goces , m u e r e ahita.

Safo, Cr is i s , Aspas i a , Magdalena , Afrodi ta ,

cuanto he que r ido fuiste pa ra mi afán avieso.

¿ En dónde hal lar e s p a s m o s , en dónde hal lar exceso

que al punto no me b r i n d e tu pe rve r s ión maldita .'

A l é j a t e ! me invaden ve rgüenzas do lo rosas ,

s o n r o j o s indecibles del mal , r e n c o r e s f r ancos ,

al ve r t emblar la f iebre sobre tus senos ro sa s .

No quiero m á s que vibre la lira de tu s f lancos,

dé jame solo y t r is te l lorar p o r mis g lo r io sa s

v i rg in idades m u e r t a s en t re tus mus los blancos .

I R

i

G U E R R E R O Y F R A I L E

Paseó d o n d e q u i e r a su a i rón de p luma,

sus mesnadas b r iosas y s u s p e n d o n e s ,

y sediento de t i e r r a s á cien nac iones

sometió al vasal laje q u e las a b r u m a .

Después , a t o rmen tado p o r el r e u m a ,

que ño p o r re l ig iosas medi tac iones ,

confinó sus g u e r r e r a s incl inaciones

en la celda de un c laus t ro l leno de b r u m a .

Alií , c o m i e n d o el b lanco pan e u c a r í s t i c o ,

v e g e t a , c o n s u m i d o de ted io m í s t i c o ,

d e l i r a del c o m b a t e c o n el e s t r a g o ,

á la voz q u e le m a n d a l l o r a r su h i e r r o

.contes ta c o n t a imado despena ferro

y en vez d e J e s u c r i s t o r eza á S a n t i a g o .

Á F E L I P E I I

Ignoro (pie c o r r i e n t e d e a s c e t i s m o ,

qué re lac ión, q u é a f in idad o b s c u r a

enlazó tu t r i s t u r a y m i t r i s t u r a

y aduno tu i dea l i smo y mi i d e a l i s m o .

Mas sé po r in tu ic ión q u e un a s t r o m i s m o

surgió de n u e s t r a n o c h e en la p a v u r a ,

}' que en mí c o m o en ti l ib ra la a l tu ra

un combate fatal con el a b i s m o .

¡Olí r ey , e r e s mi r e y ! Hosco y sañudo

también s o y ; en un mar de a rcano duelo

mi luminoso e sp í r i t u se p i e rde

Y escondo como tú , s o b e r b i o y mudo,

bajo el n e g r o j u b ó n de te rc iopelo

el cáncer implacable q u e me m u e r d e .

DOÑA GU10MAR

En vano los t ro tones de abades y g u e r r e r o s

doblaron la rodil la r ind iéndole homena j e

y en vano sus ronde les can t a ron los t rove ros :

doña Guiomar se mue re de amore s p o r un pa je .

Por él fingen sus o jos dos h ú m e d o s luceros ,

por él, bajo los o ros ant iguos de su t ra je

su corazón palpi ta con en tus i a smos fieros,

entraña imper iosa suje ta al vasallaje.

¡ OI)! c u á n t a s veces , l uego de h a b e r p a s a d o esquiva

a n t e s u s a m a d o r e s , a c é r c a s e á la oj iva

d o n d e la luna n i m b a su c a b e l l e r a b londa

c o n un f u l g o r e n f e r m o , y a n t e la n o c h e i n c i e r t a ,

m i e n t r a s los g u a r d i a s g i m e n su \centinela, alerta!

d e s g r a n a b e s o s p a r a su p a j e q u e la r o n d a !

E L P A C T O

— Oh mi r e i n a , en un t i e m p o mi e s t r o f a e r r á t i c a

en loor d e tus g r a c i a s a lzó su v u e l o ;

mi boca p e c a d o r a , c u a n d o la p lá t i ca

n o c t u r n a , d e tu boca l l egó h a s t a el c i c lo .

L o s g e n i o s d e la n o c h e v i é r o n l e ex tá t ica

jun to á mí , y e s c u c h a r o n con h o n d o celo

el f r u - f r u m i s t e r i o s o de mi da lmá t i ca

al r oza r tu jus t i l lo de t e r c i o p e l o .

¿ P o r q u é ahora rae esquivas ?

— Ciño c o r o n a ;

descender á un hidalgo fuera desdoro :

el desl iz de una re ina , qu ién lo p e r d o n a !

— Mas . . . si yo pe rec iese ba t i endo al moro

mañana?

— Hoy d i s f r u t a r á s de mi pe r sona .

— ¡ M o r i r é ! — ¿ Me 1<> j u r a s ? — P o r la c ruz de oro

de mi t izona !

Tí ^

GALARDÓN

El ejército enemigo destruye» la b a r b a c a n a ,

ya los fosos se colmaron de cadáveres r ivales

y la inmensa ca tapul ta , del es t rago s o b e r a n a ,

lanza teas encendidas y g ran i to s colosales .

Los custodios del cast i l lo d e s e s p e r a n ; s a n g r e mana

de sus pechos á t o r r en t e s , sus he r idas son mor ta les . . .

Mas asoma de improviso la soberb ia castel lana

tras la ojiva de una t o r r e y así dice á sus leales :

— « D e f e n s o r e s , ¡ s u s ! á e l l o s ! H e m e juez

[ v u e s t r o lirio:

al g u e r r e r o m á s o s a d o , r e y h a r é de mi be l l eza ,

d u e ñ o h a r é de mis p r i m i c i a s , s e r é s u y a , s e rá inío.. J

R e s u r g i ó , cual p o r e n s a l m o , de los m o z o s la lierez

y al f u l g o r del r o j o i ncend io v ióse hu i r con desvara

las m e s n a d a s a g r e s o r a s , á t r avés d e la m a l e z a .

D I X I T R E X

Album de Oscar Brániff.

— O h S i d i ! b u r l á s t e m e

h u r t á n d o t e mi g a r r i d a

in fan ta , la m á s q u e r i d a

de todas las q u e e n g e n d r é !

A la m o r e r í a te

l levaste á la d e s v a l i d a

d o ñ a Sol (que d e mi vida

a ñ o s a y mus t i a , lo fué) .

Bien p r e g o n a tan villana

acción tu s a n g r e a f r i c a n a ;

inas yo j u r o hasta vengar

mi agrav io en t i e r ra de infieles,

no c o m e r pan á manteles

ni con la re ina fo lgar .

EL H É R O E

« ¿ Q u e caeré? ¡ p u e d e s e r ! m a s imponen te

en mi mudo r e p r o c h e , iré á la tumba :

nací roca enemiga del t o r r en t e ,

tú s ab rás si el t o r r e n t e me d e r r u m b a !

« E r g u í mi mole y afilé mi diente

y el t i tán, q u e me odia , ruge , zumba ,

culebrea , vacila en la pendiente

y me ensordece al fin con su ba lumba .

« Mas c u a n d o pasa el aluvión i nmenso ,

yo estoy de pie y t ranqui lo , p o r q u e p ienso

que fuera insensa tez , oh Dios que f r aguas

cont ra cada opres ión un he ro í smo ,

p o n e r m e como coto en el ab i smo

pa ra h u n d i r m e d e s p u é s ba jo sus aguas . . . »

La ra~a muerta

1896

AYER

Con t r e s g e n u f l e x i o n e s los leuc t l i s a b o r d a r o n

el t rono, cada teuct l i l levaba su t e s o r o :

Señor, mi Señor, l uego gra/i Señor, e x c l a m a r o n

y f u é r o n s e , a g i t a n d o las a r r a c a d a s de o r o .

(Era la f ies ta s a n t a de Que tza l coa l l . ) L l e g a r o n

después donce l l a s b r u n a s d i c i endo ex imio c o r o ,

y f rente al r e y s a ñ u d o c ien m ú s i c o s v i b r a r o n

el t eponaxt le , el h u e h u e t l y el c a r aco l s o n o r o . 7

98 AMADO NERVO

( E r a la fiesta san ta de Quelza lcoa l t . ) R e í a

el p u e b l o . E l R e y en t an to , s in b r i l lo la s o m b r í a

m i r a d a , i n m e n s a , c o m o d o s n o c h e s s in e s t r e l l a s ,

p e n s a b a en el a u g u r i o fatal del Dios Serpiente :

« Y e n t o n c e s , en un vuelo de n a v e s del O r i e n t e ,

v e n d r á n los h o m b r e s b l ancos , que m a t a n con centel las

A t A t A t A H A t A t A t A W

H O Y

A n a h u a c , e s t a d i o fu i s t e de c o n t i e n d a s y p a s i o n e s ,

mas hoy e r e s la donce l l a q u e o r g u l l o s a s e levanta

desdeñando, el h i m n o r o j o d e fus i l e s y c a ñ o n e s ,

con la paz e n t r e los labios y el a r r u l l o en la g a r g a n t a .

De tus hoscas t o r r e n t e r a s ya 110 s u r g e n las t r a i c i o n e s ,

en tus fér t i les c a m p i ñ a s el t r a b a j o su h i m n o canta

y en tus j ó v e n e s c i u d a d e s el p o d e r de los mi l lones

multiplica los pa l ac io s b a j o el o r o de su p l an t a .

La r azón ocupa el solio de las cá t ed ra s t ranqui las ;

n u e s t r a s madre s ya no r e z a n , ya no anidan las esquilas

como pá j a ro s b ronc íneos en la t o r r e que despueblas .

T r i u n f a S p e n c e r , m u e r e A q u o i n ; cae un mundo,

[un m u n d o brota . . .

Todo es vida y e s p e r a n z a !

Solo el indio t ro ta , trota,

con el fa rdo á las espaldas y la f r en te en las t inieblas. V I

La tristeza del converso

1900

E L V I E J O S A T I R O

E n el t ronco de sep ia de una encina

que lu jur iosa floración revis te ,

un sá t i ro seni l , débil y t r i s te ,

con ges to fatigado se rec l ina .

Ya m u r i ó para él la venusina

estación, Af rod i t a no le as is te

ni le qu ie ren las n in fas . . . ya no exis te

el p lacer , y la atrofia se avecina .

Sin es t ímulos ya , sin i lus iones ,

apoya en t r e los dedos los p i tones ,

encoge las pezuñas , con marasmo

e n t r e c i e r r a los o jos v e r d e umbr ío ,

y pasa p o r su ro s t ro de cabr ío

el tedio de una vida sin e s p a s m ó .

L A S S I R E N A S

E n las ondas de í ve rde ca imanero

es t r iadas de luz en áureas venas ,

un g r u p o bull icioso de s i r enas

juega y canta su canto l i son je ro .

E s la luna de nácar un venero

y al bañar ese n á c a r las s e r e n a s

ex tens iones del gol fo , de i r is p lenas ,

finge h e r v o r e s de per las cada es tero .

D o s s i renas del coro se re t i ran :

se qu ie ren y se a t r a e n ; t o rnan , g i r an ,

se besan en los labios escar la ta ,

s u m é r g e n s e ab razadas en las olas,

y r e s u r g e n unidas sus dos colas

como una l ira t rémula de plata .

L A F L A U T A D E P A N

En las dór icas noches , d iamant inas ,

cuando boga Selene po r el cielo

como un sol m o r i b u n d o y en el suelo

duerme todo : memor i a s y rü inas ,

Puebla sotos , o te ros y col inas

un r u m o r de infinito desconsue lo ,

una música lánguida en que el duelo

t reme y l lora con gamas c r i s ta l inas .

E s la flauta de P a o , hecha de caña

inmor ta l , p o r q u e al d ios le p lugo en ella

c o n v e n i r á S i r inga en la c a m p a ñ a ,

y pa rece dec i r su a r ru l l o t r i s te :

« Viandante , une tu voz á mi querel la :

si buscas la be ldad . . . l í e los no e x i s t e ! »

E L N U E V O R I T O

I

— « Nemesis , vieja loba, conozco tus d e s m a n e s ,

tus dientes han mord ido mis ca rnes de g ran i to :

nací con la sonr i sa del divo Ar i s tó fanes

y tú la hiciste mueca del pá l ido Herac l i to .

« Yotuve un culto en D e l p h o s , d e l u z e r a n mis m a n e s

hoy negros , e r a fácil el hoy tedioso r i lo ,

por ti me son host i les mis p a d r e s los t i tanes

y no hay un sitio pa ra mi dicha en lo inl ini to.

F T

« A y e r me lu teaban los dioses s o b e r a n o s

y yo t i raba besos á Zeus á dos manos

bebiendo el vino dór ico de mi l aga r . . . Mas luego

su rg ió cual monje estéri l el dogma que me aflige

y el diáfano Pont í f ice Máximo, que r ige

la Iglesia , uncióme al culto del míst ico b o r r e g o » .

I I

« A y e r a p e n a s cuánto fu lgor en el p a i s a j e !

qué suave d e s p o s o r i o de mitos y de vidas !

Atado iba con cinla de lino el g r an follaje

de mis cabel los rub ios y mis áu reas cnemidas

« Al sol a rd ían . E ra la túnica mi t ra je ,

la túnica que de ja con templa r las mull idas

pan to r r i l l a s , cub ie r t a s p o r un vello de encaje :

seda y cosquil la al beso de todas las A r m i d a s .

. . . « Yo unía en mis d i s cu r sos con d iamant ina sar ta ,

al a t ic i smo heleno la sobr iedad de E s p a r t a

y así rec to era el ju ic io , s a b r o s o era el conce to ;

EL SUEVO RITO III

„ Jun tábanse en mis actos P l a tón y Alc ib iades

y siendo bello y g rave , tenían mis v e r d a d e s

con amargor de p réd i cas , a lmíbar del l l imeto ».

I I I

a f P o r qué siguió al Ol impo del Gólgola infecundo

la soledad y en r ap to de amore s imprev i s to

las razas e m p u ñ a r o n el l ábaro de Cr i s to

que t ra jo las t r i s t ezas al jub i lo del m u n d o ?

« ¿Qué mal había hecho la vida á ese i r acundo

demoledor? D y o n i s o s amable , hub ie ra s vis to

la sangre de tu s uvas en el b reva je mixto

del cáliz y sus ho jas serv i r de p u d i b u n d o

« Fa j e ro á las e s t a tuas o l ímpicas ! E n vano

radió en defensa tuya la e spada de J u l i a n o ;

la humanidad t rocaba su p r i m o g e n i t u r a

« P o r las l en te jas . . . ó p o r la g lor ia que se ab r í a ,

y yo, a ten iense , el sello mos t r aba en mi t onsu ra

del Nazareno , e sposo de la Melancol ía . »

/

I V

Y el ángel de las a lmas angus t i a s medioevales ,

radió en la ojiva : ca ra s imból ica de asceta

que sueña en las agu j a s , medita en los vi t ra les

y llora con los ó r g a n o s , y d i jo así al es te ta :

« ¿ T r i s t e z a s ? c ie r to , p e r o t r i s tezas ideales .

¿ S o l e d a d ? también cier to , la soledad comple ta

de D i o s ; ¿ s o m b r a s ? sin duda , las de las ca tedra les ,

g r i tos de fe, hechos c a r n e de roca , del p laneta .

« Tu P a r t e ü o n , r iente g rac i l idad , e s como

1111 ve r so ante el psa l te r io de p i ed ra de mi domo ,

tus ánforas son b a r r o s con sexo y con de seo ;

Pla tón : u top ías b lancas . D i o n y s o s : uva y l i ra . . .

No t ienes m á s q u e un hé roe sin ca rne de ment i ra

y ese héroe es el emblema de Cr i s to : P r o m e t e o . »

« Mués t r ame un l ir io, un l i r io no más de poesía ,

m u é s t r a m e un l ir io, un lirio tan solo y si a t e so ra

EL NUEVO HITO 113

siquiera el b lanco de tu marmórea teogonia ,

en vez de s e r un ángel s e ré una canefora .

« ¿ Juno ? Pecado ! ¿Venus ? Más pecado ! ¿ La pía

Niobe, feucunda en besos ? N o ! ¿ E l e n a ? N o ! I l ionl lora .

Si un lirio hay en tu Ol impo gemelo de María ,

rezando un exámet ro de miel i ré á tu agora .

a Tu a lbura envuelve carnes en b r a m a de vestales ,

mi albura es toca humi lde que nieva en los sayales

de cerda , .pobre fo rmas exangües é imprec i sas .

Tú tienes co r iban tes , yo mon jes , tu a lborozos ,

yoangust ias . . . . P e r o el mundo , p o r ir t ras mis sol lozos,

lia dos mil años , Jove , que ensordec ió á t u s r i sas ! »

*

V I I

Instrumentaciones 1 9 0 0 - 1 9 0 1

Á LA CATÓLICA M A J E S T A D DE

P A U L V E R L A I N E

Para Rubén Darío.

P a d r e v ie jo y t r i s t e , r e y de las d i v i n a s c a n c i o n e s ,

son en m i c a m i n o focos d e una luz en igmá t i ca

tus p u p i l a s m u s t i a s , v a g a s de p e s a r y a b s t r a c c i o n e s

y el l í m p i d o y nob le marfi l de tu testa socrática.

Flota como el luyo mi a fán e n t r e d o s a g u i j o n e s ,

alma y c a r n e , y b r e g a con la d o b l e c o r r i e n t e s impá t i ca

po r hal lar la ub icua be ldad en s o ñ a d a s u n i o n e s

y d e s p u é s exp ía y g i m e con l i ra h i e r á t i c a .

P a d r e , tú q u e ha l l a s te p o r fin el s e n d e r o q u e a r c a n o

á J e s ú s nos l leva, d a m e q u e mi n u m e n do l ien te

virgen sea y sabio á la Vez q u e radioso y humano.

Tu v i r t u d lo l i b re del mal d e la a n t i g u a s e r p i e n t e •

p a r a q u e ya sa lvos al fin d e la d u r a pe l ea

l a u d e m o s á C r i s t o en vida p e r e n n e . r

A s í sea .

S 0 N E T 1 N 0

Alba en s o n r o j o s

tu faz p a r e c e ;

no a b r a s los o j o s ,

p o r q u e a n o c h e c e !

C i e r r a , si e n o j o s

la luz te o f r e c e ,

l o s l ab ios r o j o s ,

p o r q u e a m a n e c e !

S o m b r a en d e r r o c h e s ,

luz, so i s b ien m í a s !

O j o s o b s c u r o s ,

muy b u e n a s n o c h e s !

L a b i o s m a d u r o s ,

m u y b u e n o s d ías !

y P A R A A D E L I N A N Ú Ñ E Z

151 v ie jo r e y no q u i e r e q u e s a l g a s de pa lac io

p a r a inir^ir su h u e r t o , m a s tú v e r a s si s a l e s

los g i r a s o l e s de o r o , las d a h l i a s de t opac io ,

las lilas d e ama t i s t a , las l i ses i m p e r i a l e s .

El v i e jo r e y no q u i e r e q u e tu m i r a d a a f r o n t e

la luz, m a s b ien te c ede c o m o en tu s t i e r n o s d í a s ,

las l en t a s g a l e r í a s que forman horizonte

de a r c a d a s , á lo l e jo s , las l en t a s g a l e r í a s .

Él viejo r ey no q u i e r e . . . Mas tú v e r á s si d e j a s

los muros del a lcázar , las ro sas , más b e r m e j a s

que tus mord i s cos y las violetas m á s v io le tas .

S e r á tu e sposo el ángel q u e tu ideal invoca,

y el alma de los mundos te be sa rá en la boca

y can t a r án tus nupc ia s d iv inas los poe t a s .

M A D R I G A L C O N C E P T U O S O

— ¿ L a s hos t i a s? — Oh. ! no — ¿ El leve

p lumón del c i sne ? — Olí no.! — ¿ La p o r c e l a n a ?

T a m p o c o ! — ¿ El lirio ? — Menos : E s mi h e r m a n a

tan blanca como el alma de la nieve.

¿ E l o r to ? — Nunca ! Llueve en vano , l lueve

ante s.u faz tu náca r , oh mañana .

— ¿ La eg lan t ina ? — J a m á s ! T o d a su g rana

á emular esos labios no se a t r eve .

— ¿ El ab i smo y sus o jos ? — Oh ! 110 : Abismo,

tú e r e s uno y son dos sus o jos r a r o s

y t ienen además lo que en ti mi smo

no t ienes : el s e r hondos y el s e r c la ros .

A n a d e , son dos ánades sus p lenos

h o m b r o s . P a r o s , bien j u s t a s con sus senos ,

mas en ellos hay rosa y no en ti, P a r o s .

E L V I O L O N C E L L O

El violoncello s u f r e más que el v io l ín ; la viola

lo sabe y no lo dice cuando se lo p r e g u n t o :

se lo veda la d ivagación del c o n t r a p u n t o

que su motivo á sabia complex idad inmola.

El violoncello d i jo su lei tmotiv y sola

p redominó en la o rques t a su a n g u s t i a ; mas al p u n t o

los cobres la envolvieron en escánda lo y jun to

á sus d i sc re t a s q u e j a s ab r i e ron la corola .

El violoncello s u f r e más que el pausado t r í o

cordal q u e glosa su alma {¿ ve rdad , R u b é n Dar ío?)

y s e p A ^ a l v o á ctfcisa de sus penas divinas ,

m a s segu i rá l lo rando su. a sp i rac ión ignota

m i e n t r a s q u e ^ n e l p e n t a g r a m a de Dios no haya una nota

que po r él mor i r qu ie ra coronada de e sp inas .

BIBLIOTECA^ fSXWfICULAR Sfc - L* '

P f t & r & S i C A N T Ó - .

Implacable

1895

I

I M P L A C A B L E

¿ Quién te t r a jo? ¿ q u é impulso mis te r ioso

te a r r o j ó á mi camino? ¿ q u é potencia

infernal te m o s t r ó mi obscu ra vida

y te d i jo : Ahí es tá , tómala y h iére la?

¿ Qué des t ino sañudo , qué des t ino

acopló) tu exis tencia y mi exis tencia ?

Yo fui como árbol j o v e n , en mis r a m a s

e sche rzó sus a r ru l los fi lomela

y co lgaron sus n idos las a londras

y sus mieles l ab ra ron las abe jas .

130 AMADO ÑERVO

E l sol d o r a b a á f u e g o mis fo l l a j e s ,

la luna c o n s u s luces m a c i l e n t a s

n a c a r a b a mis f r o n d a s s a t i n a d a s , ¡

el v i en to d e s c r e n c b a b a mi c i m e r a .

M a s n a c i s t e á mis p i e s , g e r m e n m a l d i t o

y c r ec i s t e á m i a m p a r o , i n f a m e y e d r a

y e n r e d a s t e á mi t r o n c o tu s b e j u c o s

y p r e n d i s t e f e s t o n e s d o n d e q u i e r a .

Y o di je : E s una h e r m a n a , q u e se acoja

á mí , q u e se d i f u n d a , q u e florezca!

Y p r o n t o , con tu s ta l los t r e p a d o r e s ,

t e n t á c u l o s l lo r idos de f amé l i ca ,

me e x p r i m i s t e la savia de la v ida ,

m e c h u p a s t e los j u g o s de la v e n a s .

¡ O h p u l p o ! y lo p e o r es q u e te a m a b a ,

q u e a u n q u e la voz de mi r a z ó n a u s t e r a :

« A p á r t a l a d e ti , me r e p e t í a ,

¿ n o ves q u e te e s t r a n g u l a y te e n v e n e n a ? »

N o la q u i s e a t e n d e r . E s t a b a so lo

y tú me a c o m p a ñ a s t e ; mi a l m a e r a

i g n o r a n t e y senc i l l a , y le d i j i s t e :

a Ana l i za , i n v e s t i g a , c a n i l , c r e a ! »

IMPLACABLE 131

S í , te a m a b a , te a m a b a s o b r e todas

las c o s a s . . . b a n d o l e r a !

rae a t r a í a n t u s o j o s , e s o s o jo s

d i l a t a d o s cua l m a r e s sin r i b e r a s ,

e s o s o jos tan n e g r o s y tan g r a n d e s ,

con p e s t a ñ a s tan g r a n d e s y tan n e g r a s .

Una t a r d e l l egas t e á mi r e t i r o ,

y o m i r a b a los m o n t e s y las s e lva s

y con voz q u e e r a un eco , me d i j i s te :

« ¿ Q u é m i r a s , q u é m e d i t a s , en q u é p i e n s a s ? «

« P i e n s o , te d i j e , en la b o n d a d del c ie lo

q u e la vida c r e ó : la v ida es b u e n a . »

« La v ida , r e s p o n d i s t e , es un e n g a ñ o ,

la m u e r t e es un e n s u e ñ o y una t r e g u a ,

p a r a m o r i r se nace y en la t u m b a

se d u e r m e un solo i n s t a n t e y se d e s p i e r t a . »

« S e d e s p i e r t a ! . ¿ y p o r q u é ? »

« P o r q u e n o s l l aman

o t r a vez l a s a n g u s t i a s , la c o n t i e n d a ,

y e s p r e c i s o a c u d i r á su l l amado ».

132 AMADO X EII VO

« ¿ Y d e s p u é s ? » « O t r a mue r t e nos e spe ra . »

« ¿Y d e s p u é s ? » « O t r a vida. » « ¿Y cuándo acaba,

r e s p ó n d e m e , po r Dios, esa cadena? »

« Su pos t r e r e s labón está muy le jos ! »

« P e r o en dónde r e m a t a ! » « E s tan inmensa

la escala evolut iva, aquel la escala

que el beduino Jacob en sueños v ie ra ! »

. . . Sent í al o í r t e

la fat iga del ból ido que b r e g a

en medio del espac io y busca limite

que de t enga su g i ro y no lo encuen t r a ;

la fat iga que s i en ten de s e g u r o

en su ronda inmorta l P a o l o y F r a n c e s c a ,

la fatiga de t an tos es labones ,

la fatiga de t an tas ex i s tenc ias ,

y se b izo en mi espír i tu la noche ,

una noche de est igia s empi t e rna .

T u s ojos la t r a í an , esos o jos

d i la tados cual m a r e s sin r i be r a s ,

e sos o jos tan n e g r o s y tan g r a n d e s

con pes t añas tan g r a n d e s y tan n e g r a s .

IMPLACABLE 133

(Nota bene : El poe ta cont inúa

su p roceso de todos los s i s t emas ,

de todas las o b s c u r a s teogonias ,

de todas las marañas eso tér icas ,

de todos los p r o g r a m a s posi t ivos

que d e r r u m b a n a l ta res y desdeñan

la h ipótes is de Dios , de todo el t r is te

de l i ra r de las r azas , anes tes ia

con que a d u e r m e n las razas su a m a r g u r a

de c r u z a r como sombras po r la t i e r r a ,

y el r omance concluye de la suer te

que verá en breve t é r m i n o quien lea.

D e s d e en tonces m e s igues y es en vano

que me esconda : no hay noche asaz e spesa

donde no des conmigo , no hay ensueño

que rae a r r o p e ni caos que me envuelva.

E r e s tú la que en lo ínt imo del a lma

con el alma dialoga y la condena ,

la q u e c o n v i e r t e en p a n mi euca r i s t í a ,

la h e t e r o d o x i a s in c u a r t e l , la r é p l i c a .

T e l l amas el qúién sabe ! e se qu ién s abe

m á s , ¡ a y ! d e m o l e d o r que las t r o m p e t a s

de J e r i c ó , te l l ámas el acaso,

el quizá. . y e r e s o g r o d e c r e e n c i a s .

T e e s c a p a s como el á n g e l en la lucha

c o n J a c o b , de mis b r a z o s y f o r c e j a s

en la s o m b r a , y a t ro f i as , c o m o el á n g e l ,

t o c á n d o l o , el t e n d ó n de mi d ia léc t i ca .

M u l t i f o r m e y á veces c a r i ñ o s a ,

si me voy á c a e r de mi q u i m e r a

tu mul l ido co lchón de e s c e p t i c i s m o s

e x t i e n d e s s o b r e el lodo d e la t i e r r a .

N o te p u e d o d e j a r : e s t oy tan s o l o !

N o me p u e d o e s c o n d e r , p o r q u e me e n c u e n t r a s ,

n o te p u e d o m a t a r p o r q u e me malo ,

n o te p u e d o a p a g a r p o r q u e me h i e l a s . . .

I n m o r t a l , t en p i e d a d d e mi ca lva r io ,

d e s c i ñ e los t en t ácu los , o g r e s a ,

q u e l a s t imas las l l agas de mis p l a n t a s

c l avadas en la c r u z de la i m p o t e n c i a . . .

IMPLACABLE

Ya no q u i e r o el v e n e n o i conoc la s t a

de t u s l i b ro s h i n c h a d o s q u e no e n s e ñ a n

m á s q u e á d u d a r . . . E s c ó n d e m e tu s o jo s

d i l a t ados cual m a r e s sin r i b e r a s ,

e s o s o jo s tan n e g r o s y tari g r a n d e s

con p e s t a ñ a s tan g r a n d e s y lan n e g r a s . . .

B u e n o , es f u e r z a a c a b a r ! Si D ios ex i s t e

Dios m e p u e d e a c o r r e r . T ú n u n c a r e z a s ;

p e r o y o r e z a r é ; t ú n u n c a l l o r a s ;

l l o r a r é p o r los d o s ; tú n u n c a s u e ñ a s ;

p e r o y o s o ñ a r é , p o r q u e me h a n d i c h o

q u e s o ñ a r e s o r a r . Al fin, l o b e z n a ,

v a s á ve r c ó m o c r u j e n tu s c a r t í l a g o s

ba jo el p u ñ o del á n g e l y t u s v é r t e b r a s

en los b r a z o s del á n g e l !

C r i s t o , B r a h m a ,

A lá , J o v e , A d o n a í , q u i e n q u i e r q u e s e a s ,

r e t i r a d e mis l ab ios es te cá l iz ,

P a d r e , t en c o m p a s i ó n d e mis t r i s t e z a s !

So l iv í ame la c a r g a d e una es té r i l

j u v e n t u d q u e i n t o x i c a la i n c r e e n c i a ,

ó d a m e una fe tal cual la t en ían

lo s g u e r r e r o s a n t i g u o s en su e m p r e s a ,

los m í s t i c o s d o c t o r e s en su d o g m a ,

los v ie jos q u i r o m a n t e s en su e s t r e l l a ,

R o l a n d o en D u r a n d a l , R u y en t i zona ,

C o n s t a n t i n o en su s i g n o , M a g d a l e n a

en su C r i s t o , S a n s ó n en s u s cabe l lo s

y O h e r o n y X i p h a r en sus p r i n c e s a s !

Y lilla d ice e n v o l v i e n d o en el e s c á n d a l o

d e s u s va s t a s p u p i l a s mi a lma e n t e r a :

« D i o s ba m u e r t o . . . bace m u c h o . . . le m a t a m o s

N i e t z s c h e y y o , en el a z u r y en las c o n c i e n c i a s .

\ e n , l evan ta t u s o jo s al vac ío :

¿ q u e v e s ? »

a L a vía Lác tea , s e m e n t e r a

d e s o l e s . . . »

« N o p o r c i e r t o : es su c a d á v e r ,

el c a d á v e r de D i o s en las e s f e r a s ! »

IMPLACABLE 13

^ al d e c i r e s t a s c o s a s n a u f r a g a b a

mi r a z ó n en s u s o jo s de t in ieb las :

E s o s o j o s tan n e g r o s y tan g r a n d e s ,

con p e s t a ñ a s tan g r a n d e s y tan n e g r a s !

W

D I

B

T R I L O G Í A

Para Jesús E. Valenzuela.

C a b a l g u é tu c o r c e l :

La g r a n e s t e p a

se p r o d u j o a n t e mí , j a m á s ho l l ada ,

y hu í con la c a r r e r a de M a z e p p a ,

m a n c h a n d o la e x t e n s i ó n i n m a c u l a d a .

A g o n i z ó la t a r d e b l a n d a m e n t e ,

m a s la luna s u r g i ó de lo l e j ano

m u y déb i l , c o m o un sol conva l ec i en t e ,

l l ov iendo p a l i d e c e s s o b r e el l l a n o .

AMADO ÑERVO

Cabalgué tu corcel :

Una campaña

se extendió ante mis o jos : la zizaña

folgaba en t r e la mies toda mal t recha

y una inmensa falange ahí cautiva,

se incl inaba, buscando pensa t iva

con inútil e s fue rzo la cosecha .

Hab la r p e n s é con el e n j a m b r e t r i s t e ;

p e r o t ú , mi S e ñ o r , aparec i s te

y me d i jo tu boca s u s p i r a n d o :

— Calla y s i g u e ; tu ro s t ro los con tu rba .

Dejé un rayo de amor s o b r e la tu rba

y seguí caba lgando , caba lgando .

De la g r an lejanía

un castil lo su rg í a .

P o r más que al e te r empinó su t o r r e ,

nunca pudo mi ra r la luz que a legra ,

y e ra n e g r o , tan n e g r o q u e en su neg ra

mole se h u b i e r a enneg rec ido el día .

Quise p a r a r , mas exclamaste : c o r r e !

TRILOGÍA

Vi e m p e r o t r a s los m u r o s de g ran i to

un g r u p o de donce l l a s ; demandaba

un rayo de ve rdad al infinito

y el r ayo de v e r d a d no se le daba .

Y l lena de f e rvores

mi alma- que s i empre d i fund i r se supo ,

o t ro r ayo tomó de sus amore s

y lo a r r o j ó l lo rando sobre el g r u p o .

Cabalgué tu co rce l ; p e r o mi paso

l imitó inmenso r í o ; en sus r i b e r a s

una g r e y de a lmas t r i s tes p re t end ía

b e b e r el agua azul de las qu imera s ,

mas el agua c o r r í a . . .

Y sol lozando de dolor s ince ro ,

o t ro r ayo de amore s , el p o s t r e r o ,

a r r o j é á la tantál ica teor ía .

Al l legar al a lbe rgue ya s e g u r o ,

y o es taba opaco todo, todo o b s c u r o ,

pues di la c lar idad de mis c o n s u e l o s ;

mas ¡ oh S u e ñ o ! tú al pun to me di j i s te :

— T o m a , ¿ q u i e r e s más luz?

Y me la dis te

pa ra s egu i r i luminando duelos .

Yo g u a r d o es tas vis iones en la u rna

de mis g r a n d e s p iedades , po rque ans io

q u e s o b r e aquella pro le tac i turna

f lorezca el a lba de tu faz, Dios mío !

E L P R I S M A R O T O

POEMA K \ É C L O G A S

F. L A M A I> O

Frente IÍ frente t/e un sol gloriosa que se hunde entre mi-de oro 'con randas de fuego.

l l c r o , Laura , Jul ie ta , Margar i t a ,

Idea l . . . . y o no sé tu n o m b r e ; p e r o

sé q u e debes l legar , y en el s e n d e r o

velan todas mis ans ias , Vi rgenci ta .

S Í M B O L O S

A m a d o . — L a A m a d a . — L a s V e n d i m í e l a s . - E l P o e l a . — E l V a l l e . — L a s M o n t a ñ a s . — L a M u s a .

148 AMADO ÑERVO

Los amigos se mofan de mi cu i ta ;

mas yo que t engo fe po rque te qu ie ro ,

les r e s p o n d o : Hace tanto que la e s p e r o ,

¿ cómo no ha de acudir á nues t r a ci ta?

Sin que el fuego del cielo me acobarde

e scudr iñando el hor izonte vivo

desde que sale el sol hasta la t a rde ,

y al c e r r a r , ya de noche , mi ventana ,

m u r m u r o , r e s ignado y pensa t ivo :

— l l o y no pudo ven i r . Se rá m a ñ a n a . . . .

E P I S O D I O P R I M E R O

É g l o g a p r imera .

L A L L E G A D A

El A i n a d o . — L a A m a d a , (á lo l e j o s ) .

Recor tándose , toda bella de las nébulas b lancas de, la mañana , desciende la Amada por la vereda que se rpen tea .

El Amado la contempla en los l imites de la heredad florida v hu-

m K i a s o l se l evan ta , coronando el cráneo nivoso de un monte como un fuego votivo sobre un inmenso a l ta r de sacnl ic iós .

Huele á rosas .

EL AMADO

Y te acercas p o r fin, cuando t e m p r a n a

la luz llueve su rosa en los a l c o r e s ,

EL PRISMA ROTO I'«»

y al mi ra r t e ven i r cantan diana

los pá j a ro s , las fuen te s y las flores.

¡ Si s u p i e r a s ! Mañana t ras mañana ;

sin t emer del invierno los r i go re s ,

sal ían á e s p e r a r t e á la ven tana

como novias inquie tas , mis a m o r e s .

LA AMADA Voz infinitamente armoniosa, glosada ¡>or los nidos que

despiertan.

¡ Cuánto t a rdo en m i r a r t e ! los ab ro jos

a to rmen tan mi paso , dulce dueño ,

y s iento de l legar tales an to jos ,

que po r ve r t e más p r o n t o , con e m p e ñ o

delante de mis p ies c o r r e n mis o jos ,

de lante de mis o jos va mi sueño .

EL AMADO

Cual rayi to de sol , t ibio y r ien te ,

pene t r a tu mi ra r has ta mis huesos

y su l umbre dis ipa todos e sos

p r e s a g i o s de t e r r o r que hay en mi men te .

LA AMADA

Cual banda de pa lomas impac ien te ,

como e n j a m b r e de párvu los t rav iesos ,

J

« t i

150 AMADO NERiO

del n ido de mi boca huyen mis besos

al cielo mis te r ioso de tu f r en te .

EL AMADO

¿ V e s ? ya t iembla la luz en las m o n t a ñ a s ;

¿ son acaso tus o jos d o s s ib i las

que me anuncian el so l?

LA AMADA

¿ P o r q u é lo e x t r a ñ a s ?

muy p r o n t o en nues t r a s pláticas t r anqu i l a s

ve rás anochece r en mis p e s t a ñ a s ,

v e r á s amanece r en mis pupi las .

É g l o g a s e g u n d a .

L A S N U P C I A S

E l A n u i d o . — La A m a d a .

Ra jo el e m p a r r a d o que furnia un a le ro «le esmera lda á la puer ta «le la rús l ica morada y en el «pie las uvas t in ten rac imos de aga ta , ella se recues ta apacible . Él reposa la cabeza en su seno. Ella le pa-sa por los cabel los las manos afi ladas.

Un crepúsculo Jila y rosa da tonos augus tos al ocaso v va lan-guideciendo, languideciendo h a s t a morir en la creciente mare j ada de la sombra en q u e abeji-an va las es t re l las .

EL AMADO

^ a estoy en tu regazo. ¡ Qué s e r e n o s

me contemplan tus o jo s ! ¡cuál me inundas

EL PRISMA HOTO . 151

de a m o r ! ¡qué bien r e p o s o en las r o t u n d a s

y b lancas a lmohadas de tus s e n o s !

¡ Qué bien par lan tus lab ios , s i empre llenos,

de t e rnu ra y de vida ! ¡ qué coyundas

tan leves son tus brazos -! ¡ q u é y u c u n d a s

tus r i sas , y tus ó scu lo s . . . . q u é b u e n o s !

I. A A M A D A

Ven, amigo, ya es hora del car iño ,

la noche con su arcan«? me provoca ,

mi c u e r p o se e s t r emece y te desea . . .

V en , amigo , desala mi c o r p i ñ o . . . .

ven , abreva en el cáliz «le mi boca.

Él. AMADO

¡ O h , mi noche de a m o r , bendi ta s e a !

É g l o g a t e rce ra .

L A S V E N D I \ 1 1 E R A S

El A m a d o . — L a s V e n d i m i e r a s . — El P o e t a .

Un pintoresco grupo de doncellas, f r escas y a legres como una mañani ta de Abril, golpea, r iendo, con tirsos florecidos, la ventana del aposento de la Amada, donde t iemblan las flores de la yed ra .

lil Amado e n t r e a b r e la ven tana y bab la al coro. Á lo lejos, en divina indecisión de mat ices , florece el a lba como

una g ran rosa míst ica.

152 AMADO NE ¡IV O

EL AMADO

Y e n d i m i e r a s ro l l i za s , o s c o n j u r o

p o r lo que m á s a m é i s — o t r o m o m e n t o

de j ad l a r e p o s a r en su a p o s e n t o

de c a ñ a s y d e a rc i l l a s , i n s e g u r o .

Muy a r d u a fué la n o c h e — A m o r es d u r o

v e l a d o r y la s o m b r a su e l e m e n t o ;

q u e d u e r m a ! n o g o l p é i s con r i t m o l en to

la f rág i l pa l i zada de su m u r o .

De jad la r e p o s a r , c a t e rva a m i g a !

A s í el buen S a n I s i d ro h i n c h e la e s p i g a ,

o s d é p a r a la P a s c u a nov ios fieles,

cua j e toda h e r e d a d de o r o s o p i m o s

y d e n é c t a r e s n u t r a los r a c i m o s

y d e v ino s a b r o s o los tone les .

L A S V E X D I M I E I I A S

D e j é m o s l a d o r m i r ! a c a s o en b r e v e

n u e s t r o s nov ios a c u d a n á la cita

y en c o r t e j o v a y a m o s á la e r m i t a

c o r o n a d a s d e pé ta los d e n ieve .

EL AMADO

D e j a d l a , p o r p i e d a d , q u e el s u e ñ o p r u e b e ;

fu r t ivo e s el p l a c e r , l en ta la cui ta ,

EL PRISMA ROTO 153

m a ñ a n a os s e g u i r á de m a ñ a n i t a

p o r co l l ados y o t e r o s su p ie leve. »

E L I» O E T A

R e t i r á n d o s e v a n las v e n d i m i e r a s

en m e d i o de los o r o s de l a s e r a s

y se p i e r d e n , p o r ú l t imo á lo l e jo s ,

el eco p a s t o r a l de s u s c a n c i o n e s ,

el azul d e s u s l u e n g o s p a ñ o l o n e s

y el r o jo de s u s v ivos z a g a l e j o s .

Vuelo de palomas blancas hacia el alba.

É g l o g a c u a r t a .

E L A M A N E C E R

El A m a d o . — L a A m a d a . — E l P o e t a .

Pleno claro do sol que en t ra en haz hirviente do átomos de oro al

aposento. La a m a d a dormi ta . Su busto s u r g e de la a lbura de las ropas , co-

mo una host ia morena de un copón de p l a t a . El Amado de rodillas al pie del lecho la contempla . Afue ra la na tura leza despier ta glorif icada por la luz.

E L PO ti r A

P u e b l a el a i r e la voz de la c a m p a n a ,

e n c i é n d e n s e los tu les de la a u r o r a

y el c apuz d e la n i eb la se co lora

y el r u m o r de los n i d o s se d e s g r a n a .

E n t i n t a d a de r o s a la fon t ana

e s p e r e z a su linfa a r r u l l a d o r a ,

y el s o l , c o m o una g e m a ign i co lo ra ,

se p r e n d e en el azul de la m a ñ a n a .

Al sop lo d e las a u r a s es t iva les

e r i z a n c r e p i t a n d o los ma iza l e s

su a i r ó n d e seda r o j a en el b a r b e c h o

c u a j a d o d e t o p a c i o s y a m a t i s t a s . . .

E L A M A D O « la Amada).

A m i g a , es h o r a ya de q u e le v i s t a s :

la luz j u e g a en las r o p a s de lu l echo .

L A A M A D A despertando).

¿ P a l p é la r ea l idad ó d e s v a r í o ?

¿ E s c i e r t o q u e al a m p a r o de la n o c h e

mi cál iz v i rg ina l a b r i ó su b r o c h e

t r e m u l a n t e de g o t a s de roc ió?

¿ E s v e r d a d q u é te he d a d o mi a l b e l d r í o ?

¿ V e r d a d q u e d e vivir hice d e r r o c h e

a y e r , y sin caute la y sin r e p r o c h e

fui p r e s a d e tus b r a z o s , d u e ñ o mío?

E L A M A D O

Transición del éxtasis ú la meditación.

N o i n t e n t e s de f i n i r con loco e m p e ñ o

EL PRISMA HOTO

t u s i n s t a n t e s d e d icha t r a n s i t o r i a ,

q u e , a n t e el h o n d o m i s t e r i o del p a s a d o ,

lo m i s m o son las d i c h a s q u e su s u e ñ o ,

lo m i s m o e s d e u n bien c i e r t o la m e m o r i a

q u e el r e c u e r d o de u n b ien so lo s o ñ a d o !

E P I S O D I O S E G U N D O

É g l o g a q u i n t a

L A P A R T I D A

El A m a d o . — Lu A m a d a .

Toda expres iva de t r is teza, ella en t r a j e de romera , está á la puer ta de la morada. Él rodéalo la c in tura con la diestra , y en su rostro so ref leja la melancolía do los ins tan tes solemnes.

En los campos. Flora , al sol do la mañana , se m u e s t r a a t av iada , como Salomón en los d ías do su gloria .

I.A A M A D A

A m a d o , - y a m e voy . Beb í tu v ino ,

á t u m e s a c o m í , p u s e á t u s l a r e s

las p r i m i c i a s de A b r i l : mie l , a z a h a r e s

y n e n ú f a r del l a g o c r i s t a l i no .

T i e m p o es y a de q u e cumpla nii d e s t i n o ;

me a g u a r d a el h u m o azul d e m i s h o g a r e s .

EL AMADO

Dios b e n d i g a tus a ñ o s si t o r n a r e s !

A n d a en paz y no o lv ides el c a m i n o .

L A A H A D A

P o r Ju l io t o r n a r é , c u a n d o en las l o m a s

se b e s e n , z u r e a n d o , las p a l o m a s ,

y e n r o j e z c a n las t a r d e s c o m o f r a g u a s

y f u l g u r e n las r u b i a s maravillas

y b r o t e n las m o r a d a s tempranillas

y se a n u n c i e n los t r u e n o s de las a g u a s .

EL AMADO

E s c u c h a : si al t o r n a r , á los conf ines

del p r e d i o no sal í p a r a b e s a r t e ,

ni c o r r e n j u b i l o s o s á e n c o n t r a r t e ,

m e n e a n d o la cola , mis m a s t i n e s ,

no i n q u i e r a s n i p r e g u n t e s ni f e s t i ne s

los e c o s á tu v o z ; d é j a m e y p a r t e .

D o r m i r é , f a t igado de a g u a r d a r t e ,

al a b r i g o del so to de j a z m i n e s .

D o r m i r é p a r a s i e m p r e — n o me l l o r e s

e n t r e l lores nac í , y a z g o e n t r e f lo res ,

y e n c o n t r é , m á s d i c h o s o q u e los s a b i o s ,

q u e es a m a b l e y f ecunda la ex i s t enc ia

si se l leva un fu lgo r en la conc ienc ia

y una go ta de miel e n t r e los l ab ios .

EL PRISMA ROTO 157

É g l o g a sex ta .

E N M A R C H A

La A m a d a ( s o l a ) . — E l A m a d o ( so lo ) .

I,a Amada marcha contempla t iva por los s o b r o s , i de cuando en cuando, p a r a coger u n a flor ,,ue aspira j se p rende

los cabellos. I,os mil rumores del campo la rodean. El sol luce en lo alto del cielo como un escudo de bronce prend,

do á una t ienda de c a m p a ñ a inmensa y azul.

I .A A M A D A

A r r o y o de c r i s t a l e s b u l l i d o r e s

q u e finges al c o r r e r e n t r e las g r a m a s

h i d r a i n m e n s a d e n í t i d a s e s c a m a s ,

c l a r o s o n a n t e r u t a de c o l o r e s

C a m p i ñ a s en q u e v a g a n los o l o r e s

de l a n í s , de l tomi l lo y las r e t a m a s ;

n idos q u e d e s g r a n á i s e n t r e las r a m a s

v u e s t r o s t r é m u l o s c á n t i c o s de a m o r e s :

S a b e d q u e soy feliz, p u e s fui q u e r i d a ,

q u e en una h o r a d e a m o r viví una v ida

y q u e á l o d o s lo s v i e n t o s q u e e n c o n t r a r e

un m e n s a j e d a r é p a r a el A m a d o :

* O h v ien to , g r a n s u s p i r o p e r f u m a d o ,

olvídeme de mi si le olvidare! »

A 31A DO SERVO

E L A M A D O

Pensativo ata vera del camino, mirando desvanecerse gloriosamente ta larde.

F a t i g a r é p a r a s e g u i r t u s hue l l a s

E l m u n d o , de hoy en m á s e r i azo y f r ío ,

y o i r é i s , h o s c a s m o n t a ñ a s , val le u m b r í o ,

el c l a m o r de mis l á n g u i d a s q u e r e l l a s .

E n las n o c h e s de A b r i l , m a n s a s y be l las ,

l e v a n t a n d o m i s o jo s al vac ío ,

— H a b é i s v is to á la q u e a m a el p e c h o mío?

p r e g u n t a r é l l o r a n d o á l a s e s t r e l l a s .

^ p i a d o s o s , el val le y las m o n t a ñ a s ,

c o n o c i e n d o mis ín t imos d o l o r e s

y m o v i d o s tal vez de mi q u e b r a n t o ,

m e d i r á n c o n la voz d e s u s e n t r a ñ a s :

— V a s á ve r c ó m o v u e l v e ! ya 110 l l o r e s . . . .

Y yo r e s p o n d e r é : La q u i e r o t a n t o !

E g l o g a s ép t ima .

L A S G R A N D E S V O C E S

El V a l l e . — L u s M o n t a ñ a s . — El A m a d o .

Desgar rando el s i lencio de un a t a rdece r en q u e tiemlila ya el oro pálido de las es t re l las , dos g r a n d e s voces ; la <lel Valle y la de las

EL PRISMA ROTO 139

i . •

Montañas, surgen á la invocación del Amado, coreadas á lo le jos por I ; ¡os c lamores del Angelus .

Pasan fa t igados los úl t imos v ientos . Del crepúsculo queda una nube roja, her ida d e muer te , que so

% a r ras t ra penosamente por e l cielo. Hace f r ío .

B . El Amado escucha v después se p ierde melancólico en la morada ya obscura, y a hué r fana de ella, donde celebró su misa de amor .

F.L V A L L E [al Amado)

¡ Q u é sé y o d e tu m a l ! Cal lo y g e r m i n o

b a j o t o d a s las v i d a s y d o l o r e s ;

mis so los p e n s a m i e n t o s s o n las f lo res

y las m a t a s q u e huel la el p e r e g r i n o . . . .

Mor t a l , ¡ q u é s e me d a de tu d e s t i n o !

M o r t a l , ¡ q u é se me da de lu s c l a m o r e s !

V e n , ahoga en mi s eno tus a m o r e s ,

de tu c a r n e h a r é r o s a s del c a m i n o .

Ven á mí , ya n o r o b e s á D e r a é t e r

s u s j u g o s y su fó s fo ro , ni al é t e r

los g a s e s de tu c u e r p o . . . . v e n i n e r m e

á y a c e r en mi t ú n i c a i n c o n s ú t i l ;

el h o m b r e , c u a n d o vive, e s m e n o s útil

á la e t e r n a c r e a c i ó n q u e c u a n d o d u e r m e .

L A S M O N T A Ñ A S [al Amado)

¡ Oh m o r t a l ! es en vano q u e r e n u e v e s

t u s s u s p i r o s , t u s q u e j a s y t u s r i m a s :

g lac ia les s o m o s , ¡ a y ! cual n u e s t r a s c i m a s

h o p a d a s in eiernum p o r las n i e v e s !

¡ O h , c u á n t o y e r r a s sí á e s p e r a r te a t r e v e s

q u e con tu s p o b r e s c a n t o s nos a n i m a s !

N o p o d r e m o s m e z c l a r , aun c u a n d o g i m a s ,

una go ta de miel al mal q u e p r u e b e s .

A r r u g a s m i l e n a r i a s del p l a n e t a ,

g u a r d a m o s un e n i g m a en c a d a g r i e t a ,

q u e el r a y o con f u l g o r e s i n s t a n t á n e o s

n o l og ra p e n e t r a r ; y s i e m p r e m u d a s

nos ha l l a r á s , d e c o m p a s i ó n d e s n u d a s ,

r a s g a n d o el c ielo azul con n u e s t r o s c r á n e o s .

E P I S O D I O T E R C E R O

É g l o g a o c t a v a .

E L R E l ' R O C H E

El Amado. — La Musa.

La sombra de la es tanc ia en que el amado pena , mues t ra de pron-to un leve florecimiento de luz.

De la t inicbla s u r g e , visible 6 inmater ia l a l propio t iempo, como un peri-espir i tu, la Musa. Esbe l ta como l . ige ia , enca rna eu su he r -mosura a u g u s t a toda la belleza c lás ica y toda la inquie tante belleza moderna.

H a y en sus ojos la plenitud del ensueño. Su voz pene t r a al a l m a sin el in termedio del oído, como el dardo

de una música t a u m a t u r g a . Está celosa de la Ainada y la inflexión de su acen to es de divina

reproche .

EL /'RISMA ROTO

L A M U S A 1

¡ Ah ! tú ya me d e s d e ñ a s ! no te mueve

la p e n a sin med ida q u e me e m b a r g a

y tu c r u e l d e s a m o r hal la muy la rga

la v ida q u e mi s u e ñ o Halló tan b r e v e .

¡ Q u i é n h a b r á q u e los é x t a s i s r e n u e v e

de un a m o r q u e fué vuelo y q u e h o y e s c a r g a ,

de un a m o r q u e fué miel y q u e h o y a m a r g a ,

d e un a m o r q u e fué I lama y q u e h o y es n i e v e !

Y p e n s a r q u e en las n o c h e s i nve rna l e s ,

c u a n d o e n f e r m o , sin fe, s in idea les ,

l a m e n t a b a s de l s ino los e x c e s o s ,

e n j u g u é d e tu l l an to el m a r s a l o b r e ,

p a r t í tu d u r o tá lamo d e p o b r e

y s o l l o z a n d o te a r r o p é en mis b e s o s . . . ,

LA MUSA II

C o m o m a d r e q u e vela y s e c o n s u m e

c o n t e m p l a n d o la c u n a de su n i ñ o ,

c o m o g a r z a q u e a r r o p a en el a r m i ñ o

de su b l ando p l u m ó n al hi jo i m p l u m e ;

c o m o hábil h o r t e l a n o q u e r e s u m e

su e s f u e r z o en un b o l ó n q u e p ide a l i ño ,

el capu l lo celé d e tu c a r i ñ o

AMADO NERVO

por ver si daba flor y e ra p e r f u m e !

Que lo d igan la rosa y los claveles;

que lo d igan las dahl ias de ca i re les

mat izados , la fusia y la viole ta . . .

¡ Y todo para q u é ! pa ra q u e un día

o t ros labios bebieran ambros í a

en el l irio ideal de mi poe ta !

E L A M A 1) o

B a s t a , ' M u s a , consuéla te , no l lo res !

¿quién osara dec i r le , dueño mío,

q u e pago tus p iedades con desvío ,

de sho jando tus flores y mis flores?

H o m b r e soy y nie r i n d o á los a m o r e s ;

mas enlazó á las dos en mi a lbedr ío ,

como enlaza dos margenes un r ío ,

como enlaza un matiz á dos co lores .

Ya no p e n e s , p o r D ios ; en g i r ó ledo

ven á mí como ayer y sin agrav ios

con ósculo de paz mi boca sella.

LA MUSA

No, no qu ie ro ace r ca rme , t engo miedo

de hal lar , t rémulo aún en t r e tus lab ios ,

al q u e r e r t e besar , el beso de e l la . . . .

EL PRISMA ROTO

E L A M A D O

Si v ieras á mi novia, ho lgando que jas

envid ia ras el ímpetu in seguro

de la humilde parás i ta del m u r o

(¡pie s u b e á dar le flores á sus .rejas.

E s tan l inda que tú te le a semejas ,

hechizo es su m i r a r , su voz con ju ro ,

y ge ran io de olor su a l iento puro

y pétalos r i zados sus o r e j a s .

De sus labios dest i lan r icas mieles ,

son a le ros de Seda sus pes tañas

y t iene en sus meji l las t en tadoras

los p e r f u m e s de todos los ve rge les ,

las f r e s c u r a s de todas las montañas

y las ro sas de todas las au ro ra s .

LA M U S A

V y o . . . ¿ n o soy h e r m o s a ? ¡Quién res i s te

á mis o jos ! mis o jos , bien amado ,

son dos lotos de cáliz azulado

que t iemblan s o b r e un mar s e r e n o y t r i s te . . .

Mi cabello es un haz q u e se revis te

d e l más bello matiz t o rnaso lado ;

mis cejas son dos alas q u e han posado

s u vue lo s i d e r a l c u a n d o las v i s t e .

Mis l a b i o s , e x q u i s i t o s cua l m a n j a r e s

de la m e s a del r e y , c a n t a n u f a n o s

lo s v e r s o s d e l C a n t a r d e los c a n t a r e s ;

dos t r é b o l e s de n á c a r s o n mis m a n o s ,

mis s e n o s d o s c o l i n a s d e a z a h a r e s ,

mis p ies dos leves p á r v u l o s h e r m a n o s .

EL AMADO

A m i g a , es la v e r d a d ; nad ie p r e g o n a

sus e n c a n t o s m e j o r ; tu f r e n t e br i l l a

como un o r t o de s o l ; tu faz humi l l a

la be l leza ideal de una m a d o n a .

T u a m o r e s mi a n g u s t i a y mi c o r o n a ,

mi cielo e s t á en tu r o s t r o sin m a n c i l l a ;

p e r o ella es la m u j e r d e mi cos t i l l a ,

mi d o m i n a , mi c a r n e , mi v a r o n a .

E r e s a l ta , ella h u m i l d e ; tú e r e s a s t r o ,

ella sólo m o r t a l ; m a s c u a n d o a r r a s t r o

la c r u z d e mi p a s i ó n , m i e n t r a s tú s u e ñ a s ,

e l la , en p o s de mi G ó l g o t a b e n d i t o ,

me s igue c o m o h u m i l d e c o r d e r i t o ,

d e j a n d o su to i són e n t r e las b r e ñ a s !

La musa se pierde suspirando en la sombra.

EL PRISMA ROTO 165

E P I S O D I O C U A R T O

É g l o g a n o v e n a .

E L R E T O R N O

La Amada. — El Amado. l,a A m a d a , como la Esposa de los Can ta ros se encamina en busca

del Amado, en medio de un pa i sa j e plácido y r icnte . Ix)s t r igos dorados ondulan fingiendo un raudal de cabe l l e ras ru-

bias, como si á la t i e r r a hubiesen caído todas las do los ánge les , En la voz de la Amada hay jubi lo y e spe ranza . É l amor h incha su seno redondo como si ba jo de su just i l lo se es-

ponjase una pa loma

L A A M A D A

Perfuman las mandragoras ' ; las l lores

s e y e r g e n t i t i l an tes d e r o c í o

y e sma l t an s e m e n t e r a s y baldío

c o m o e s t r e l l a s d e v iv idos c o l o r e s .

La ca te rva r i e n t e d e p a s t o r e s

a l é j a se jov ia l del c a s e r í o ,

á la ve ra del ú b e r s e m b r a d í o

d o n d e c u a j a la e s p i g a s u s p r i m o r e s .

Y a l legan del po r t a l á las r u i n a s ,

p i a n d o de p l a c e r , las g o l o n d r i n a s ;

ya p r o c u r a n las g a r z a s los r i b a z o s .

I. Cant. de los cant .

1G6 AMADO ÑERVO

y a vue lve el p a t o azul á l o s j u n c a l e s ,

ya r e g r e s a el g o r r i ó n á los t r iga les

y y o t o r n o , mi !>ien, hac ia t u s b r a z o s !

E L A M A D O .

M i e n t r a s tú e s t a b a s l e jos del E s p o s o

fué p e r e n n e e s p e j i s m o del s e n t i d o

tu n o m b r e , q u e es a r r u l l o en el o ído

y en los l ab ios a l m í b a r de le i toso .

A causa del a r o m a de l ic ioso

q u e t i ene s en los l ab io s e s c o n d i d o ,

t u n o m b r e es un a r o m a d i f u n d i d o

p o r las a las del v ien to n e m o r o s o .

O h , vuelve á m í , te a s p i r a r é a n h e l a n t e

cua l s a q u i t o de m i r r a p e r f u m a d a ' ,

Zu l ami l a gen l i l ( aunque m o r e n a

p o r q u e el sol lia m i r a d o tu semblan te . 1 )

Ven á m í , ya te a g u a r d a en la m a j a d a ,

m o d u l a n d o s u s églogas'im avena .

C a n t , d e l o s c a n t .

EL PRISMA ROTO 167

E P I S O D I O Q U I N T O

É g l o g a d é c i m a .

E L D E S P E R T A R

El Amado. — La Amada.

El iris h a desaparecido ' ¡perdió su oro la mar iposa ; el pr isma .yace roto. . . . el ajnor se f u é .

El Amado despier ta 3' contempla á la Amada que duerme ;¡ su lado, como se contempla cu una orgia , al fu lgor del amanecer , los rostros marchi tos y las llores muer tas .

El invierno llega á la he r edad ; el cielo e s limpio, desteñido y triste; flotan g r u m o s de e s c a r c h a eoino guiñapos do ilusión y de inocencia.

Las ho jas Caen, caen, caen

E l . A M A D O I

M u j e r , ¿ b a j o qué luz , b a j o q u é p r i s m a

a m é tu s o jo s y s e g u í tu hue l l a ,

q u e hoy , r o t a la i lus ión , e r e s aquella

y e r e s otra á la vez, en r a r o c i sma?

C o n t r a d i c c i ó n h u m a n a q u e me a b i s m a ,

s a r c a s m o formidable*de mi e s t r e l l a . . .

l ' u i s l e luz y e r e s n o c h e . . . . l ' u i s te bel la

y e r e s s o m b r a tan só lo d e ti m i s m a .

S o ñ é - q u e te q u e r í a en un r e m o t o

P a r a í s o de a m o r , p e r o y a r o t o

el e n c a n t o mir í f ico d e s p i e r t o ,

y e n c u e n t r a p o r su mal el a lma e s q u i v a .

AMADO SERVO

Wr C

una p o b r e m u j e r , a r d i e n t e y viva

y un e n s u e ñ o de a m o r , he l ado y m u e r t o !

E L A M A D O 11

C o r a z ó n , c o r a z ó n , tú q u e b l a s o n a s

d e la g l o r i a d e a m a r . . . . a m a s t e en v a n o . . .

e r a c a r n e no m á s , e r a g u s a n o

la s ien q u e c i r c u n d a b a s d e c o r o n a s .

P o r q u é la tes , q u é b u s c a s , q u é p r e g o n a s . . .

A m o r e s f u e g o fa tuo de p a n t a n o . . .

Ven , ma ld ice al a m o r , c o m o el e n a n o

n i b e l u n g o en las f ábu la s t e u t o n a s —

Ven , ma ld ice al a m o r : P e t r a r c a , D a n t e ,

T a s s o , S h a k e s p e a r e , M u s s e t , ¡oh ! c u á n d i s t an t e

e s t aba la m u j e r d e v u e s t r a m e t a !

A la m u j e r d iv in i za s t e i s ; p e r o

c o m o J o b del i n fec to e s t e r c o l e r o ,

s u r g i ó s i q u i e r a i n c ó l u m e el p o e t a .

I. A A M A D A .

Alejándose inmensamente triste.... hacia la muerte.

N u b e s , a u r a s , p e r f u m e s , t a r d e u m b r í a ,

va l les , m o n t e s d e a z u r . . . p o r d o n d e f u e r e

o s irá p r e g u n t a n d o el a lma mía :

¿ Dec id , h a y duelo igual al q u e me h i e r e ?

EL. PRISMA DOTO 1C9

Mi a m o r , mi so lo b i e n , f u é luz de un d ía ,

s u r g i ó , b r i l l ó . . . . t r a m o n t a y se me m u e r e !

E l a m i g o q u e t an to me q u e r í a

y á qu i en t an to a d o r é ya n o me q u i e r e . . . .

Su n u m e n me v i s t ió d e r e s p l a n d o r e s ,

s u s e s t r o f a s c a n t a r o n mi be l l eza ,

su j o v e n f an ta s í a m e d ió g a l a s ;

m a s p a s ó la i lus ión c o m o las l l o re s ,

y he aqu í q u e l a n g u i d e z c o de t r i s t eza

de ya n o p o s e e r i r i s ni a las .

E P Í L O G O

Invocación á la Musa.

l.a Amada lia muer to , ases inada por el Descencanlo. Iil Amado, hijo pródigo del verdadero Ideal, se vuelve arrepent ido hacia la .Musa que es el Arquet ipo inmutable, pe rennemente joven y peren-nemente bello.

Á medida que la invoca, la Musa se condensa en fo rmas de luz... . le reprocha m a t e m a l m e n t e su desvar io y por fin le a m p a r a .

Suenan entonces los c ímbalos de la e te rna gloria y en el alma del Amado hay un florecimiento de astros.

EL A M A D O (« la Musa). ^

Vuelvo á ti con t e r n u r a s inf in i tas

en d e m a n d a d e p a z ; e s t á c a n s a d o

mi bácu lo de h a b e r p e r e g r i n a d o

en p o s de a m o r y r e c o g i e n d o cu i t a s .

170 AMADO NEliVO

T ú sola ni te vas ni te m a r c h i t a s ;

tú sola e r e s v e r d a d , ¡ o h d u e ñ o a m a d o ! . . .

V i e r a s . . . y a n a d a t e n g o . . . he d e s h o j a d o

con f iebre de p l a c e r mis m a r g a r i t a s . . .

A m p á r a m e y al ivia m i s c o n g o j a s ,

én mi vida sin fe caen las hojas"

y ni un pé t a lo q u e d a ni un r e t o ñ o .

T e de j é con el a lma en p r i m a v e r a

y t o r n o á tu r e g a z o con la a u s t e r a

t r i s t eza d e las t a r d e s del O t o ñ o . . .

L A M U S A .

P e n a , p e n a , t u s l á g r i m a s a p u r a

y r e d í m e t e así , p u e s q u e qu i s i s t e

t r o c a r á la m u j e r q u e es carne triste

en Bea t r i z d e tu v ida : selva obscura.

La m u j e r es la c a r n e , q u e f u l g u r a

con f u l g o r d e i l u s ión , m i e n t r a s r e s i s t e .

D e s p u é s ido el f u l g o r , s ido p e r s i s t e

el d e j o del p e c a d o y d e la h a r t u r a .

L l o r a , l l o r a tu s u e ñ o - h e c h o p e d a z o s

y luego v e n y d u é r m e t e en mis b r a z o s ;

y o s o y la sola e s p o s a q u e no h a s t í o ,

y o soy la sola flor n u n c a m a r c h i t a .

EL PRISMA ROTO 171

IIero, Laura, Julieta, Margarita :

¡ y o s o y ! ven á las n u p c i a s , d u e ñ o m í o j

El. AMADO.

Oh mi r e i n o i n t e r i o r , r e f u g i o a b i e r t o

á lodos los c a n s a n c i o s , te c o l u m b r a

á lo le jos mi ma l , c o m o v i s l u m b r a

la a n g u s t i a d e los n á u f r a g o s un p u e r t o .

A g a r a b a n d o n a d a en el d e s i e r t o ,

b a j o un sol q u e a b o c h o r n a y q u e d e s l u m h r a ,

mi e s p í r i t u s o ñ a b a en la p e n u m b r a

de le i tosa y t r a n q u i l a de tu h u e r t o !

ISo m á s vida e x t e r i o r , á m e n l a o t r o s .

La b e l d a d e s t á d e n t r o d e n o s o t r o s

y en mi m e n t e i n m o r t a l ve r é sus hue l l a s . . .

P e d í cielo y e s t r e l l a s al a b i s m o

y hal lé t r a s l a r g o v ia je q u e en mí m i s m o

l l evaba sin s a b e r cielo y e s t r e l l a s .

E N V Í O

A SANTA.

Á ti , q u e c o n un í m p e t u q u e a s o m b r a

c a m i n a s hac i a Dios , tu e t e r n o d u e ñ o ,

y v ives en el S u e ñ o c o m o un s u e ñ o

y en la S o m b r a te d u e r m e s c o m o s o m b r a

P o r tu lab io q u e á C r i s t o só lo n o m b r a ,

y tu c a r n e q u e s a n g r a en d u r o leño

y t u s p i e s a b n e g a d o s cuyo e m p e ñ o

es ha l l a r m u c h o s c a r d o s p o r a l f o m b r a ;

A ti, vaso d e a m o r y de t r i s t eza

q u e ves en el m a r t i r i o una g r a n d e z a

m á s al ta q u e las n u b e s y las c i m a s ,

á t i , Santa, mi n u m e n te d e d i c a

e s t e l i b r o q u e al S u e ñ o g lor i f i ca

con la g lo r i a ine fab le de las r i m a s .

La hermana Agua

1 9 0 1

y v ives en el S u e ñ o c o m o un s u e ñ o

y en la S o m b r a te d u e r m e s c o m o s o m b r a

P o r tu lab io q u e á C r i s t o só lo n o m b r a ,

y tu c a r n e q u e s a n g r a en d u r o leño

y t u s p i e s a b n e g a d o s cuyo e m p e ñ o

es ha l l a r m u c h o s c a r d o s p o r a l f o m b r a ;

A ti, vaso d e a m o r y de t r i s t e z a

q u e ves en el m a r t i r i o una g r a n d e z a

m á s al ta q u e las n u b e s y las c i m a s ,

á t i , Santa, mi n u m e n te d e d i c a

e s t e l i b r o q u e al S u e ñ o g lor i f i ca

con la g lo r i a ine fab le de las r i m a s .

La hermana Agua

1 9 0 1

B I B L I O T E C A 5 V K R T I C I H _ A R -

OC LA

P R O F E S O R A D E C A N T O .

LA . H E R M A N A AGUA

(DE LOS POEMAS PANTEISTAS) .

• H e r m a n a A g u a , a labemos al Señor. {Espíritu de San Francisco de Asís.)

Á Q U I E N VA Á L E E R

Un hilo de agua que cae de una llave i m p e r f e c t a ;

un hilo de agua , manso y diáfano, que g o r j e a toda

la noche y todas las noches ce r ca de mi a lcoba, que

canta á mi soledad y en ella me a c o m p a ñ a ; un hilo

de agua : ¡ qué cosa tan sencilla ! Y, sin e m b a r g o ,

e sas g o t a s incesantes y sonoras me han enseñado

más que los l ib ros .

E l a lma del A g u a me lia h a b l a d o en la s o m b r a ,

el a lma san ta de l A g u a , y y o la h e o ído con r ecog i -

mien to y con a m o r . L o q u e me ha d i c h o es tá e s c r i t o

en p á g i n a s q u e p u e d e n c o m p e n d i a r s e así : ser dócil,

ser cristalino •: ésta es la lexj y los profetas; y ta les

p á g i n a s h a n f o r m a d o un p o e m a .

Y o sé q u e q u i e n lo lea s en t i r á el suave p l a c e r q u e

yo h e s e n t i d o al e s c u c h a r l o d e los labios d e Sor

At/ua, y é s t e s e r á mi g a l a r d ó n en la p r u e b a , has ta

que mis h u e s o s s e r e g o c i j e n e n la g r a c i a de Dios .

E L A G U A Q U E C O K K J 3 I 1 A J O LA T I E R R A

Y o c a n t o al C ie lo p o r q u e mis l in fas i g n o r a d a s

H a c e n q u e f ruc t i f iquen las s a v i a s ; las l l a n a d a s ,

L o s so tos y las l o m a s p o r mí t i enen f r e s c u r a .

N a d i e me m i r a , n a d i e ; m a s mi c o r r i e n t e o b s c u r a

Se r e g o c i j a l u e g o que l lega p r i m a v e r a ,

P o r q u e si d e n t r o hay s o m b r a s , hay m u c h o s ta l los f u e r a .

L o s g é r m e n e s c o n o c e n mi be so c u a n d o an idan

B a j o la t i e r r a , y luego q u e s o n l lo res me o lv idan .

L e j o s de s u s r a í ce s las c o r o l a s fe l ices

N o se a c u e r d a n del a g u a q u e r e g ó sus r a í c e s . . .

LA HERMAS 4 ACIA 177

¡ Q u é i m p o r t a ! y o a l a b a n z a s d i g o á D ios con voz suave .

La f lor no s a b e n a d a , ¡ p e r o el S e ñ o r s í s a b e !

Y o c a n t o á D i o s c o r r i e n d o p o r mi i gno to s e n d e r o

D i c h o s a d e a n t e m a n o ; p o r q u e s e r é v e n e r o

A n t e la v a r a mág ica d e M o i s é s ; p o r q u e un día

V e n d r á n las c a r a v a n a s hac ia la l infa m í a ;

P o r q u e m i s a g u a s d u l c e s , m i e n t r a s q u e la sed m a t a n ,

El r o s t r o beat í f ico de l s e d i e n t o r e t r a t a n

S o b r e el f o n d o del c ie lo , q u e en los c r i s t a l e s y e r r a ;

P o r q u e c o p i a n d o el c ielo lo t r a s l ado á la t i e r r a ,

Y as í el c r e y e n t e t r i s t e q u e en él su d i cha f r a g u a ,

B e b e , al b e b e r m e , el c ielo q u e pa lp i t a en mi a g u a ,

Y c o m o en ese cielo b r i l l a n e s t r e l l a s be l las ,

E l h o m b r e q u e me bebe c o m u l g a con e s t r e l l a s .

Y o a l abo al S e ñ o r b u e n o p o r q u e con la inf ini ta

P e d r e r í a que e n c u e n t r o d e f u e g o s p o l i c r o m o s ,

F o r j o en las m i s t e r i o s a s g r u t a s la es ta lac t i t a ,

P ó r t i c o del a l cáza r d é e n s u e ñ o d e los g n o m o s ;

P o r q u e en o c u l t o s s e n o s d e la c a v e r n a u m b r í a

Doy d e b e b e r al m o n s t r u o q u e t iene m i e d o al d ía .

¡ Q u é i m p o r t a q u e mi vida b a j o la t i e r r a a c a b e !

Los h o m b r e s no lo s a b e n , p e r o Dios sí lo s abe .

12

178

Así me di jo el Agua que d i scu r r e p o r los

A n t r o s , y yo : — Agua h e r m a n a , b e n d i g a m o s á Dios .

E L A G U A Q U E C O R R E S O B R E I .A T I E R R A

Yo alabo al cielo p o r q u e me b r indó en sus amore s

P a r a mi fondo gemas , para mi m a r g e n flores;

P o r q u e cuando la roca me m u e r d e y me mal t ra ta ,

H a y en mi s a n g r e (espuma) filigranas de p la ta ;

P o r q u e cuando al ab i smo r u e d o en un catacl ismo,

A d o r n o de arco i r is t r iunfa les el ab i smo,

Y el roc ío que salta de mis e spumas blancas

Riega las f lorecitas que esmal tan las b a r r a n c a s ;

P o r q u e á t ravés del cauce l levando mi caudal ,

Soy un camino que anda como dijo P a s c a l ;

P o r q u e en mi g r a n l lanura donde la b r i sa vuela,

Des l ízanse los é l i t ros nevados de la ve la ;

P o r q u e en mi azul espalda q u e la quilla acuchil la ,

Mezco, a d u e r m o y sopor to la audacia de la quil la ,

M i e n t r a s que no con tu rba mis o n d a s el Dios fue r te ,

A fin de que or ig inen ca tás t ro fes de muer t e ,

Y la onda q u e a r ru l la sea onda que h i e r e . . .

¡Quién sabe los des ign ios de Dios que así lo q u i e r e !

Yo alabo al cielo po rque en mi vida e r r a b u n d a

LA HERMANA AGUA 179

Soy Niága ra que t ruena , soy Nilo que fecunda ,

Maels t room de r emol ino fatal, ó golfo a m i g o ;

P o r que mar di la vida, y diluvio el cast igo.

Doci l idad inmensa tengo pa ra mi dueño :

K l m e d i c e : « A n d a » , y a n d o ; « Despéña te y de speño

Mis aguas en la s ima de roca , que da e s p a n t o ;

Y canto cuando c o r r o , y al d e s p e ñ a r m e canto ,

Y can tando mi linfa, t o r m e n t a s ó i r is f r agua ,

Fie l al S e ñ o r . . .

— L o e m o s á Dios , h e r m a n a A g u a .

L A N I E V E

Yo soy la movediza p e r e n n e ; nunca dura

E n mí una f o r m a ; p r o n t o mi s é r se t rasf igura

Y ya en t r e gu i jas de ónix can tando p e r e g r i n o ,

"Va en t émpanos helados, d e t e n g o mi camino,

"Va vuelo po r los a i r e s t r o c á n d o m e en vapores ,

Ya soy i r is en polvo de todos los colores

O roc ío que asciende, ó aguace ro que l lueve. . .

Mas D i o s t ambién me ha dado la a lbura de la nieve,

La a lbura de la nieve enigmát ica y fría

Que cae de los cielos como una eucar is t ía ,

Que p o r los pun t i agudos techos resba la leda

Y que cuando la p i san c r u j e como la seda.

Cayendo s i lenciosa, de b lanco al m u n d o a r r o p o :

Subí á la a l tura niebla , desc iendo al suelo c o p o ;

Subí gr i s de los lagos que la quie tud es tanca ,

Y ba jo blanca al m u n d o . . . ¡ O h , qué bello es ser b lanca !

¿ P o r q u é soy blanca? E n p r emio del sacrificio mío,

P o r q u e t ir i to p a r a que nadie t enga f r ío ,

P o r q u e mi lino todos los f r íos a lmacena

Y Dios me to rna blanca po r habe r sido b u e n a !

¿Verdad q u e es l levadera la pa lma del mar t i r io

As í? Yo caigo corno los pé la los de un lirio

Dodo alio, y no pudiendo can ta r mi canción pu ra

Con m u r m u r i o s de l infa, la canto con b lancura .

La nit idez es ruego , la a lbura es h imno santo ,

S e r b l a n c a e § o r a r ; s iendo yo , p u e s , blanca, o r o y canto .

S e r luminosa es o t ro de los can tos m e j o r e s ;

¿No ves q u e las es t re l las sa lmodian con fu lgores?

P o r eso el rey poeta dijo en h imno de amor :

« E l firmamento na r r a la g lo r i a del S e ñ o r . »

Sé tú como la Nieve q u e inmaculada l lueve.

Y yo c lamé : — Alabemos á Dios, h e r m a n a Nieve.

LA HERMASA AGIA 181

F. L H I E L O

P a r a cub r i r los peces del fondo, que agonizan

De fr ío , mis p iadosas ondas se cr is ta l izan,

Y yo , la inquiet i iela, cuyo p e r e n n e móvil

E s va r ia r , enmudezco , me a d u e r m o , quedo inmóvil.

¡ Ah ! Tú no s a b e s cómo padezco nosta lgia

De sol bajo esa blanca sabana s i empre f r í a !

Tú no sabes la angust ia de. la ola q u e inmola

S u s r i tmos ondu lan te s de m u j e r , su son r i s a ,

Al f r ío , y que se vuelve — m u j e r de Lo th —: banquisa :

Se r banquisa es s e r como la estatua de la ola.

Tú ignoras esa a n g u s t i a ; mas yo no me rebelo ,

Y ans iosa de que en todo mi Dios sea loado,

D e s p r e n d o rad iac iones al b loque de mi hielo,

^ en vez .de a/.ul oleaje soy t émpano azulado.

Mis c r e s t a s «MI las n o c h e s del polo son fanales,

Refle jo el rosa de las a u r o r a s borea les ,

La luz convaleciente-del so l , y con-delei te

De Se raph i t a , y e r g o mi cr is ta l ina roca

P o r donde t r e p a n lentos los morsos y la foca,

Segu idos de lapones hambr i en to s de su acei te . . .

182 AVIDO SERVO

¿Ya ves cómo se acata la voluntad del cielo?

^ yo recé : — Loemos á Dios , h e r m a n o Hielo .

E L G R A N I Z O

¡ Tin tin, tin t in ! Yo caigo del cielo, en insensa to

Redob le al campo y todos los céspedes mal t ra to .

¡ T in t in ! ¡ muy buenas t a rdes , mi he rmana la p r a d e r a !

Poe ta , b u e n a s t a rdes , ¡ á b r e m e tu vidr iera !

S o y d iáfano y geomét r i co , t engo esmal te y b lancura

Tan finos y suaves como una d e n t a d u r a ,

Y en un d e r r o c h e de ópa los b lancos me mul t ip l icó .

L a l infa canta , el copo c r u j e , y o . . . y o r e p i c o !

T in t in , tin t in , mi t o r r e es la nube, ideal,

¡ Oye mis campan i l a s de l ímpido cristal !

La nieve es t r i s te , el agua tu rbu len ta , yo sin

Ven tu ra , soy un loco de a ta r , tin tin tin tin !

. . . Censu ra s? No por c ier to , no merezco c e n s u r a s ;

Las t a rdes ca lurosas p o r mí t ienen f r e scu ra s ,

Yo lucho con el hál i to rab ioso del ve rano

^ soy be l lo . . .

— Loemos á Dios , Gran izo h e r m a n o .

E L V A P O R

El Vapor es el alma del agua , h e r m a n o mío,

Así como sonr i sa del agua es el rocío ,

LA HERMANA AGI A 183

Y el lago sus mi radas y su p e n s a r la fuen te ,

S u s l á g r i m a s la l luvia, su impaciencia el to r ren te

Y los r í o s sus b razos , su c u e r p o la l lanada

Sin coto de los m a r e s y las olas sus s e n o s ;

Su f ren te las neveras de los montes se renos

Y sus cabellos de o ro l íquido la cascada.

Yo soy alma del agua , y el alma s i empre sube :

Las t ras f igurac iones de esa alma son la n u b e ,

Su T a b o r es la ta rde real q u e la e m p u r p u r a :

Como él agua fué buena su Dios la t ras f igura . . .

Y ya es el albo copo que en el azul r íe la ,

Ya la zona de fuego que pa rece una es te la ,

Ya el divino cast i l lo de náca r , ya el p lumaje

De un pavo hecho de p i ed ra s prec iosas , ya el enca je

De un abanico inmenso , ya el c rá ter que fu lgu ra . . .

¡Como el agua fué buena , su Dios la t r as f igura !

— ¡ Dios! D i o s s i e m p r e e n tus l a b i o s e s t á c o m o e n un

[ templo,]

Dios , s i empre Dios . . . ¡en cambio yo nunca le con-

t e m p l o !]

¿ P o r qué si Dios exis te no de ja ver sus huel las ,

P o r qué ta imadamente se e sconde á nues t ro anhelo ,

184 AMADO SERVO

POP q u é no se halla escr i to su n o m b r e con es t re l l as

E n medio del esmal te magníf ico del cielo?

— Poe ta , es que lo buscas con la ensoberbec ida

Ciencia que exige p r u e b a s y c i f ras al ab i smo . . .

Asómate á las fuentes o b s c u r a s de tu vida,

Y ahí verás s u . r o s t r o : tu Dios es tá en ti mismo.

B u s c a el s i lencio y ora : tu Dios execra el g r i t o ;

Busca la s o m b r a y oye : tu Dios habla en lo a r c a n o ;

Depón tu g ran penacho de o rgu l lo y de del i to . . .

— Ya 'es tá .

' — ¿ Q u é v e s a h o r a ?

— La faz del Inf ini to .

— ¿ Y e re s feliz ?

— Loemos á Dios , Vapor h e r m a n o .

I. A 1! IT U M A

La B r u m a es el ensueño del agua , q u e se e s fuma

Kn leve g r i s . ¡ T ú ignoras l a . e senc ia de la B r u m a !

La B r u m a es el en sueño del agua , y en su e m p e ñ o

D e inmater ia l izarse lo vuelve todo ensueño .

A t ravés de su velo mirífico, pa rece

C o m o que la mater ia b ru t a l se desvanece :

La t o r r e es un fan tasma de vaguedad que pa sma ,

LA HERMAS A AGIA 185

Todo en su b londa envuel to , se convier te en fan tasma,

^ el mi smo h o m b r e que c ruza po r su zona quieta

Se convier te en fan tasma , es dec i r , en si lueta.

La B r u m a es el ensueño del agua , que se e s fuma

E n leve g r i s . ¡Tú i g n o r a s la esencia de la B r u m a ,

De la B r u m a que sueña con la au ro ra l e j ana !

Y y o d i j e : — ¡ Ensa l cemos á Dios, oh Bruma h e r m a n a !

LAS VOCES DEL AGUA

— Mi gota busca e n t r a ñ a s de roca y las p e r f o r a .

— E n mi Ilota el acei te que en los san tuar ios vela.

— P o r mí raya el mi lagro de la locomotora

La pauta de los r ie les . — Yo p in to la acuarela .

— Mi b r u m a y tus r e c u e r d o s son p o r ex t raño modo

G e m e l o s ; ¿no ves cómo lo divinizan todo?

— "lo p re s to v ib rac iones de flautas p rod ig iosas

A los vasos de vidr io . — Soy tr iaca y e n f e r m e r a

E n las m o d e r n a s c l ín icas . — Y y o , sobre las ro sas ,

Tu r i f e r a r io - san to del a lba en p r imave ra .

— Soy p r o d i g a de fuerza motr iz en mi caída.

— Yo escarcho los r a m a j e s . — Yo en t iempos muy

remotos

Di un canto á las s i r enas — Yo, cuando estoy de rmida ,

Sueño s u e ñ o s azules , y e sos s u e ñ o s son lotos .

186 AMADO SERVO

— Poe ta que p o r grac ia del cielo n o s conoces ,

¿ N o can tas con noso t r a s?

— Sí can to , h e r m a n a s Voces.

E L AGUA M U L T I F O R M E

« El A g u a toma s i empre la forma de los vasos

Que la cont ienen », dicen las c iencias que mis pasos

At i sban y p r e t e n d e n ana l iza rme en vano :

Yo soy la r e s ignada por excelencia , h e r m a n o .

¿No ves que á cada ins tan te mi forma se aniqui la?

Hoy soy to r r en t e inquieto y aye r fui agua t r anqu i l a ;

Hoy soy en vaso es fé r ico r e d o n d a ; aye r a p e n a s

Me m o s t r a b a ci l indr ica en las án fo ra s p l enas ,

Y así p i t agor izo mi sér hora t ras hora :

Hielo , cor r ien te , niebla , vapor que el día d o r a ,

T o d o lo soy, y á todo me pl iego en cuanto c a b e ;

¡ Los h o m b r e s no lo saben , p e r o Dios sí lo sabe!

¡ P o r qué tú te r e b e l a s ! ¡po r q u é tu án imo ag i t a s !

¡ T o n t o ! ¡Si c o m p r e n d i e r a s las d ichas infinitas

De p l e g a r s e á los fines del S e ñ o r que nos r i g e !

¿Qué qu ie r e s? ¿ p o r qué s u f r e s ? ¿ q u é s u e ñ a s ? ¿ q u é

[te aflige?]

¡ Imag inac iones que se ex t inguen en cuanto

LA BERMA.XA AGÍA 187

A p a r e c e n . . . en cambio yo can to , can to , can to !

Can to , mien t r a s tú penas , la voluntad igno ta ;

Can to cuando soy l in fa ; canto cuando soy gota ,

^ al ir , P r o t e o ex t r año , de mi des t ino en pos ,

M u r m u r o : — ¡Que se cumpla la santa ley de Dios

¡ P o r q u é tan tos anhe los sin r u m b o tu alma f ragua

¿ P r e t e n d e s ser d ichoso? P u e s b ien , sé como el agua

Sé como el agua llena de oblación y he ro í smo ,

S a n g r e en el cáliz, gracia de Dios en el bau t i smo ;

Sé como el agua , dócil á la ley infinita,

Que reza en las iglesias en donde está bendi ta ,

Y en el e s t a n q u e a r ru l la meciendo la p i ragua .

¿ P r e t e n d e s s e r d ichoso? P u e s b ien , sé como el agua

Viste can tando el t r a j e de que el Señor te vis te ,

Y no es tés t r is te nunca , que es pecado es ta r t r is te

Deja que en ti se cumplan los fines de la v ida ;

Sé decl ive, no r o c a ; t ranfórmate y anida

Donde al S e ñ o r le plazca, y al ir del fin en pos ,

M u r m u r a : ¡Que se cumpla la santa ley de Dios!

L o g r a r á s , si lo h ic ie res así , magno tesoro

De bienes : si e r e s b ruma , s e r á s b ruma de o r o ;

Si e r e s nube , la ta rde te da rá su a r r e b o l ;

Si e r e s fuen te , en tu seno ve rás t emblando al so l ;

T e n d r á n filetes d e á m b a r t u s o n d a s si l a g u n a

E r e s , y si o c é a n o , te p l a t e a r á la l una .

Si e r e s t o r r e n t e , e spuma- t e n d r á s t o r n a s o l a d a ,

Y una c r e n c h a d e a r c o i r i s en flor si e r e s ca scada .

A s í m e d i jo el A g u a c o n mís t i co r e p r o c h e ,

Y yo , r e n d i d o al s a n t o c o n s e j o d e la M a g a ,

S a b i e n d o q u e es el P a d r e qu i en hab la e n t r e la n o c h e

C l a m é con el A p ó s t o l : —•/ Señor, qué quieres que haga

P a r i s , E n e r o de 1901.

Í N D I C E

M a g n a voce p e r u m b r a s " L à - h a u t 9 M a s a l l á H La h e r m a n a Melanco l ía 13 T r a n s m i g r a c i ó n L5 Les o i s e a u x s ' e n v o l e n t e t les fleurs t o m b e n t 1" P a r á b o l a 21 L u c i é r n a g a s 23 R u p t u r a t a r d í a 27 Rebel ión 29 M a d r i g a l h e t e r o d o x o 31" T e n u e 35 C l a r o s c u r o 37 Mi S a i n t Denis P o e m a c a l i g r á f i c o P i e d a d 4" N é b u l a E d e l w e i s s ^

T e n d r á n filetes d e á m b a r t u s o n d a s si l a g u n a

E r e s , y si o c é a n o , te p l a t e a r á la l una .

Si e r e s t o r r e n t e , e spuma- t e n d r á s t o r n a s o l a d a ,

Y una c r e n c h a d e a r c o i r i s en flor si e r e s ca scada .

A s í m e d i jo el A g u a c o n mís t i co r e p r o c h e ,

Y yo , r e n d i d o al s a n t o c o n s e j o de la M a g a ,

S a b i e n d o q u e es el P a d r e qu i en hab la e n t r e la n o c h e

C l a m é con el A p ó s t o l : —•/ Señor, que quieres que haga

P a r i s , E n e r o de 1901.

Í N D I C E

M a g n a voce p e r u m b r a s " L à - h a u t 9 Mas allá H La h e r m a n a Melanco l ía 13 T r a n s m i g r a c i ó n 1-5 Les o i s e a u x s ' e n v o l e n t e t les fleurs t o m b e n t 1" P a r á b o l a 21 L u c i é r n a g a s 23 R u p t u r a t a r d í a 27 Rebel ión 29 M a d r i g a l h e t e r o d o x o :{1" T e n u e 35 C l a r o s c u r o 37 Mi S a i n t Denis P o e m a c a l i g r á f i c o P i e d a d 4" N é b u l a ^ 9 E d e l w e i s s ^

190 INDICE

R e q u i e m d e l e c t a b i l e . . . 53 M a d r i g a l a l i t e r a d o 5 5 A don J o s é Mar ia de H e r e d i a 5<j M a n c h o n gg E v e n t a i l 65 E l m u c c í n (¡7 Noche á r t i c a gy

;JL- ̂ - Las c i g ü e ñ a s . 7 j A n d r ó g i n o g | | D e s p u é s ^ ' ' ' 77 G u e r r e r o v f r a i l e SI A F e ü p e fi ; ; ; K ; í

ÍD o ñ a G u i o m a r S5

El p a c t o 87 ¡G a l a r d ó n J,<J

Dixi t r e x y | E l h é r o e <j3 A y e r «17 H ° y ai» EL v i e jo s á t i r o 103 L a s s i r e n a s 105 L a flauta de P a n 107 E l n u e v o r i t o 109 A la Ca tó l i ca M a j e s t a d d e P a u l V e r l a i n e 117 S o n e t i n o U g P a r a Ade l ina Núñez 121 M a d r i g a l c o n c e p t u o s o 123 El v io lonee l lo 125 I m p l a c a b l e 12<j T r i l o g í a 141 E l p r i s m a r o l o I47 La h e r m a n a Agua ¡75

i

Paris. — Imprenta de la V a ' de C. BOBRET — 452-1901.