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ANO XXV - 2014 - 1ª SEMANA DE AGOSTO DE 2014 BOLETIM INFORMARE Nº 32/2014 ASSUNTOS ASSUNTOS ASSUNTOS ASSUNTOS PREVIDENCIÁRIOS PREVIDENCIÁRIOS PREVIDENCIÁRIOS PREVIDENCIÁRIOS RECOLHIMENTO EM ATRASO - TABELA – AGOSTO/2014 .................................................................................................................Pág.1004 ASSUNTOS TRABALHISTAS ASSUNTOS TRABALHISTAS ASSUNTOS TRABALHISTAS ASSUNTOS TRABALHISTAS PPRA - PROGRAMA DE PREVENÇÃO DE RISCOS AMBIENTAIS - NORMA REGULAMENTADORA – NR 9...................................Pág.1007 PCMSO - PROGRAMA DE CONTROLE MÉDICO DE SAÚDE OCUPACIONAL - NORMA REGULAMENTADORA (NR-7)................Pág.1017 ELEIÇÕES - ASPECTOS TRABALHISTAS E PREVIDENCIÁRIOS........................................................................................................Pág.1029

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ANO XXV - 2014 - 1ª SEMANA DE AGOSTO DE 2014 BOLETIM INFORMARE Nº 32/2014

ASSUNTOS ASSUNTOS ASSUNTOS ASSUNTOS PREVIDENCIÁRIOSPREVIDENCIÁRIOSPREVIDENCIÁRIOSPREVIDENCIÁRIOS RECOLHIMENTO EM ATRASO - TABELA – AGOSTO/2014 ................................................................................................................. Pág.1004

ASSUNTOS TRABALHISTASASSUNTOS TRABALHISTASASSUNTOS TRABALHISTASASSUNTOS TRABALHISTAS

PPRA - PROGRAMA DE PREVENÇÃO DE RISCOS AMBIENTAIS - NORMA REGULAMENTADORA – NR 9................................... Pág.1007

PCMSO - PROGRAMA DE CONTROLE MÉDICO DE SAÚDE OCUPACIONAL - NORMA REGULAMENTADORA (NR-7) ................ Pág.1017

ELEIÇÕES - ASPECTOS TRABALHISTAS E PREVIDENCIÁRIOS ........................................................................................................ Pág.1029

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TRABALHO E PREVIDÊNCIA - AGOSTO - 32/2014 1004

ASSUNTOS ASSUNTOS ASSUNTOS ASSUNTOS PREVIDENCIÁRIOSPREVIDENCIÁRIOSPREVIDENCIÁRIOSPREVIDENCIÁRIOS

RECOLHIMENTO EM ATRASO Tabela – Agosto/2014

Sumário

1. Introdução 2. Texto Explicativo Sobre Aplicação de Multas Divulgado no “Site” da Previdência Social 2.1 - Multas Vigentes Por Competência

1. INTRODUÇÃO A partir da competência dezembro de 2008, as regras para aplicação dos juros e multa foram alteradas. Atualmente, os recolhimentos são feitos da mesma forma que o recolhimento em atraso para os tributos administrados pela Receita Federal do Brasil para competências a partir de dezembro de 2008. Abaixo transcrevemos as regras definidas pelo INSS para recolhimento em atraso das contribuições previdenciárias. 2. TEXTO EXPLICATIVO SOBRE APLICAÇÃO DE MULTAS DIVULGADO NO “SITE” DA PREVIDÊNCIA SOCIAL O recolhimento em atraso das contribuições previdenciárias urbanas e rurais acarreta multa de mora variável, correspondente àquela estabelecida pela Legislação vigente à época de ocorrência do fato gerador da contribuição. 2.1 - Multas Vigentes Por Competência I - Competências de janeiro de 1995 até março de 1997 (Leis nºs 8.383, de 1991, e 8.620, de 1993): a) 10% (dez por cento) sobre os valores das contribuições em atraso que até a data do pagamento não tenham sido incluídas em notificação de débito; b) 20% (vinte por cento) sobre os valores pagos dentro do prazo de 15 (quinze) dias, contados da data do recebimento da correspondente notificação de débito; c) 30% (trinta por cento) sobre os valores pagos mediante parcelamento, desde que requerido no prazo de 15 (quinze) dias, contados da data do recebimento da correspondente notificação de débito; d) 30% (trinta por cento) sobre os valores não incluídos em notificação de débito e que sejam objeto de parcelamento. e) 60% (sessenta por cento) sobre os valores pagos em quaisquer outros casos, inclusive por falta de cumprimento de acordo para parcelamento e reparcelamento. II - Competências de abril de 1997 até outubro de 1999: a) para pagamento após o vencimento de obrigação não incluída em notificação fiscal de lançamento: a.1) 4% (quatro por cento) dentro do mês de vencimento da obrigação; a.2) 7% (sete por cento) no mês seguinte; a.3) 10% (dez por cento) a partir do segundo mês seguinte ao do vencimento da obrigação; b) para pagamento de débitos incluídos em notificação fiscal de lançamento: b.1) 12% (doze por cento) se o pagamento for realizado em até 15 (quinze) dias do recebimento da notificação; b.2) 15% (quinze por cento) após o 15º dia do recebimento da notificação; b.3) 20% (vinte por cento), após apresentação de recurso desde que antecedido de defesa, sendo ambos tempestivos, até 15 (quinze) dias da ciência da decisão do Conselho de Recursos da Previdência Social (CRPS);

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TRABALHO E PREVIDÊNCIA - AGOSTO - 32/2014 1005

b.4) 25% (vinte e cinco por cento) se o pagamento for realizado após o 15º dia da ciência da decisão do Conselho de Recursos da Previdência Social (CRPS), enquanto o débito não for inscrito em Dívida Ativa; c) para pagamento de débito inscrito em Dívida Ativa: c.1) 30% (trinta por cento) quando não tenha sido objeto de parcelamento; c.2) 35% (trinta e cinco por cento) se houve parcelamento; c.3) 40% (quarenta por cento) após o ajuizamento da execução fiscal, mesmo que o devedor ainda não tenha sido citado, se o débito não foi objeto de parcelamento; c.4) 50% (cinquenta por cento) após o ajuizamento da execução fiscal, mesmo que o devedor ainda não tenha sido citado, se o débito foi objeto de parcelamento. III - A partir da competência novembro de 1999 (Lei nº 9.876, de 1999): a) contribuição devida, declarada na GFIP, aplicar o previsto no item II; b) contribuição devida, não declarada na GFIP, aplicar o previsto no item II, em dobro. IV - A partir da competência dezembro de 2008 (Medida Provisória nº 449, de 03 de dezembro de 2008, convertida na Lei nº 11.941, de 27 de maio de 2009): Os débitos para com a União serão acrescidos de multa de mora, calculada à taxa de 0,33% (trinta e três centésimos por cento), por dia de atraso, de acordo com a tabela abaixo:

TABELA DE MULTA

A PARTIR DA COMPETÊNCIA 12/2008

DIAS DE ATRASO

MULTA (%) DIAS DE ATRASO

MULTA (%) DIAS DE ATRASO

MULTA (%) DIAS DE ATRASO

MULTA (%) DIAS DE ATRASO

MULTA (%)

01 0,33 13 4,29 25 8,25 37 12,21 49 16,17

02 0,66 14 4,62 26 8,58 38 12,54 50 16,50

03 0,99 15 4,95 27 8,91 39 12,87 51 16,83

04 1,32 16 5,28 28 9,24 40 13,20 52 17,16

05 1,65 17 5,61 29 9,57 41 13,53 53 17,49

06 1,98 18 5,94 30 9,90 42 13,86 54 17,82

07 2,31 19 6,27 31 10,23 43 14,19 55 18,15

08 2,64 20 6,60 32 10,56 44 14,52 56 18,48

09 2,97 21 6,93 33 10,89 45 14,85 57 18,81

10 3,30 22 7,26 34 11,22 46 15,18 58 19,14

11 3,63 23 7,59 35 11,55 47 15,51 59 19,47

12 3,96 24 7,92 36 11,88 48 15,84 60 19,80

61 DIAS OU MAIS - MULTA DE 20%

Observações: a) A multa será calculada a partir do primeiro dia subsequente ao do vencimento do prazo previsto para o pagamento do tributo ou da contribuição até o dia em que ocorrer o seu pagamento. b) O percentual de multa a ser aplicado fica limitado a 20% (vinte por cento).

TABELA DE JUROS Multiplicar o valor originário da contribuição previdenciária pelo percentual de juros correspondente ao mês devido na Tabela Prática abaixo transcrita:

Competência Juros% Competência Juros% Competência Juros% Competência Juros%

01/95 325,89 01/00 192,48 01/05 106,56 01/10 42,12

02/95 323,29 02/00 191,03 02/05 105,03 02/10 41,36

03/95 319,03 03/00 189,73 03/05 103,62 03/10 40,69

04/95 314,78 04/00 188,24 04/05 102,12 04/10 39,94

05/95 310,74 05/00 186,85 05/05 100,53 05/10 39,15

06/95 306,72 06/00 185,54 06/05 99,02 06/10 38,29

07/95 302,88 07/00 184,13 07/05 97,36 07/10 37,40

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TRABALHO E PREVIDÊNCIA - AGOSTO - 32/2014 1006

08/95 299,56 08/00 182,91 08/05 95,86 08/10 36,55

09/95 296,47 09/00 181,62 09/05 94,45 09/10 35,74

10/95 293,59 10/00 180,40 10/05 93,07 10/10 34,93

11/95 290,81 11/00 179,20 11/05 91,60 11/10 34,00

12/95 288,23 12/00 177,93 12/05 90,17 12/10 33,14

01/96 285,88 01/01 176,91 01/06 89,02 01/11 32,30

02/96 283,66 02/01 175,65 02/06 87,60 02/11 31,38

03/96 281,59 03/01 174,46 03/06 86,52 03/11 30,54

04/96 279,58 04/01 173,12 04/06 85,24 04/11 29,55

05/96 277,60 05/01 171,85 05/06 84,06 05/11 28,59

06/96 275,67 06/01 170,35 06/06 82,89 06/11 27,62

07/96 273,70 07/01 168,75 07/06 81,63 07/11 26,55

08/96 271,80 08/01 167,43 08/06 80,57 08/11 25,61

09/96 269,94 09/01 165,90 09/06 79,48 09/11 24,73

10/96 268,14 10/01 164,51 10/06 78,46 10/11 23,87

11/96 266,34 11/01 163,12 11/06 77,46 11/11 22,96

12/96 264,61 12/01 161,59 12/06 76,38 12/11 22,07

01/97 262,94 01/02 160,34 01/07 75,38 01/12 21,32

02/97 261,30 02/02 158,97 02/07 74,33 02/12 20,50

03/97 259,64 03/02 157,49 03/07 73,33 03/12 19,79

04/97 258,06 04/02 156,08 04/07 72,30 04/12 19,05

05/97 256,45 05/02 154,75 05/07 71,30 05/12 18,41

06/97 254,85 06/02 153,21 06/07 70,30 06/12 17,73

07/97 253,26 07/02 151,77 07/07 69,30 07/12 17,04

08/97 251,67 08/02 150,39 08/07 68,30 08/12 16,50

09/97 250,00 09/02 148,74 09/07 67,37 09/12 15,89

10/97 246,96 10/02 147,20 10/07 66,53 10/12 15,34

11/97 243,99 11/02 145,46 11/07 65,69 11/12 14,79

12/97 241,32 12/02 143,49 12/07 64,76 12/12 14,19

01/98 239,19 01/03 141,66 01/08 63,96 01/13 13,70

02/98 236,99 02/03 139,88 02/08 63,12 02/13 13,15

03/98 235,28 03/03 138,01 03/08 62,22 03/13 12,54

04/98 233,65 04/03 136,04 04/08 61,34 04/13 11,94

05/98 232,05 05/03 134,18 05/08 60,38 05/13 11,33

06/98 230,35 06/03 132,10 06/08 59,31 06/13 10,61

07/98 228,87 07/03 130,33 07/08 58,29 07/13 9,90

08/98 226,38 08/03 128,65 08/08 57,19 08/13 9,19

09/98 223,44 09/03 127,01 09/08 56,01 09/13 8,38

10/98 220,81 10/03 125,67 10/08 54,99 10/13 7,66

11/98 218,41 11/03 124,30 11/08 53,87 11/13 6,87

12/98 216,23 12/03 123,03 12/08 51,82 12/13 6,02

01/99 213,85 01/04 121,95 01/09 50,96 01/14 5,23

02/99 210,52 02/04 120,57 02/09 49,99 02/14 4,46

03/99 208,17 03/04 119,39 03/09 49,15 03/14 3,64

04/99 206,15 04/04 118,16 04/09 48,38 04/14 2,77

05/99 204,48 05/04 116,93 05/09 47,62 05/14 1,95

06/99 202,82 06/04 115,64 06/09 46,83 06/14 1,00

07/99 201,25 07/04 114,35 07/09 46,14 07/14 0,00

08/99 199,76 08/04 113,10 08/09 45,45 08/14 0,00

09/99 198,38 09/04 111,89 09/09 44,76 - -

10/99 196,99 10/04 110,64 10/09 44,10 - -

11/99 195,39 11/04 109,16 11/09 43,37 - -

12/99 193,93 12/04 107,78 12/09 42,71 - -

Observação: Não utilizar esta tabela para calcular contribuições em atraso de Segurados Empresário, Autônomo e Equiparado e Empregador Rural, para fatos geradores ocorridos até a competência abril de1995.

Fundamentos Legais: Os citados no texto e a Lei nº 11.941, de 27.05.2009.

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ASSUNTOS TRABALHISTASASSUNTOS TRABALHISTASASSUNTOS TRABALHISTASASSUNTOS TRABALHISTAS

PPRA - PROGRAMA DE PREVENÇÃO DE RISCOS AMBIENTAIS Norma Regulamentadora – NR 9

Sumário 1. Introdução 2. Conceitos 2.1 – Riscos Ambientais 2.2 – PCMSO 2.3 – PPP 2.4 - LTCAT 2.5 – SESMET 2.6 – CIPA 2.7 – SIPAT 2.8 – EPI 3. PPRA 3.1 - Conceito 3.2 – Objetivo 4. Obrigatoriedade 5. Substituição Do LTCAT 6. Riscos Ambientais 6.1 - Agentes Físicos 6.2 - Agentes Químicos 6.3 - Agentes Biológicos 7. Reconhecimento Dos Riscos Ambientais 8. Locais Sem Riscos Ambientais 9. Responsabilidade Do Empregador 10. Responsabilidade Dos Trabalhadores 11. Elaboração Do PPRA 11.1 – Integração Do PPRA E PCMSO 12. Desenvolvimento Do PPRA 12.1 – Reconhecimento Dos Riscos Ambientais 12.2 - Avaliação Quantitativa 13. Estrutura Do PPRA 14. Análise Anual Do PPRA 15. Medidas De Controle 15.1 - Medidas De Caráter Coletivo 15.2 – Atividades Simultâneas No Mesmo Local De Trabalho 16. Utilização De EPI 17. Nível De Ação 18. Monitoramento 19. Registro De Dados 19.1 - Guarda Dos Dados 20. Informações Aos Trabalhadores 21. Situação Grave E De Iminente Risco - Suspensão Das Atividades 22. Atividades Simultâneas No Mesmo Local De Trabalho 23. Fiscalização Do Ministério Do Trabalho 23.1 - Penalidades 24. Modelo De PPRA 1. INTRODUÇÃO A Norma Regulamentadora - NR-9 estabelece os parâmetros mínimos e diretrizes gerais a serem observadas no cumprimento do PPRA - Programa de Prevenção de Riscos Ambientais, podendo os mesmos ser ampliados mediante negociação coletiva de trabalho. Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA), Norma Regulamentadora (NR 09) que visa à preservação da saúde e da integridade dos trabalhadores, por meio da antecipação, reconhecimento, avaliação e conseqüente controle da ocorrência de riscos ambientais existentes ou que venham a existir no ambiente de trabalho, tendo em consideração a proteção do meio ambiente e dos recursos naturais (Informações do site do Ministério do Trabalho e Emprego). O PPRA deve ser elaborado pelos empregadores, tendo como objetivo a preservação da saúde dos trabalhadores, através da avaliação dos riscos ambientais existentes no ambiente de trabalho. O PPRA - Programa de Prevenção de Riscos Ambientais é parte integrante do conjunto mais amplo das iniciativas da empresa no campo de preservação da saúde e da integridade dos trabalhadores, devendo estar articulado com o disposto nas Normas Regulamentadoras, em especial com o Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO).

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2. CONCEITOS Segue abaixo alguns conceitos os quais fazem parte desta matéria e também para melhor compreensão do assunto em questão. 2.1 – Riscos Ambientais Consideram-se riscos ambientais os agentes físicos, químicos e biológicos existentes nos ambientes de trabalho que, em função de sua natureza, concentração ou intensidade e tempo de exposição, são capazes de causar danos à saúde do trabalhador. Deverá ser efetuada, sempre que necessário e pelo menos uma vez ao ano, uma análise global do PPRA para avaliação do seu desenvolvimento e realização dos ajustes necessários e estabelecimento de novas metas e prioridades. (http://portal.mte.gov.br/fisca_trab/10-2-ppra.htm). 2.2 – PCMSO PCMSO é a sigla de Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional. Está regulamentado pela Norma Regulamentadora (NR-7), emitida pelo Ministério do Trabalho e Emprego no ano de 1994. O PCMSO é parte integrante do conjunto mais amplo de iniciativas da empresa no campo da saúde dos trabalhadores, devendo estar articulado com o disposto nas demais normas regulamentadoras (NR 7, item 7.2.1). 2.3 – PPP PPP - Perfil Profissiográfico Previdenciário constitui-se em um documento histórico-laboral do trabalhador que reúne, entre outras informações, dados administrativos, registros ambientais e resultados de monitoração biológica, durante todo o período em que este exerceu suas atividades (IN INSS/PRES n° 45/2010). “PPP é a sigla de Perfil Profissiográfico Previdenciário, um documento histórico-laboral do trabalhador, apresentado em formulário instituído pelo INSS, contendo informações detalhadas sobre as atividades do trabalhador, exposição a agentes nocivos à saúde, resultados de exames médicos e outras informações de caráter administrativo. O primeiro modelo do formulário encontra-se no Anexo XV da Instrução Normativa nº 84 do INSS, de 17/12/2002 Este formulário sofre várias alterações através de Instruções Normativas, e sua versão atual, encontra-se na IN RFB n° 45/2010, no Anexo XV, no site do Ministério da Previdência Social”. 2.4 - LTCAT “O LTCAT é um Laudo, elaborado com a finalidade de se documentar os agentes nocivos existentes no ambiente de trabalho e concluir se eles podem causar insalubridade para os trabalhadores eventualmente expostos”. LTCAT - Laudo Técnico de Condições Ambientais do Trabalho, a exigência da apresentação do LTCAT está dispensada a partir de 1º de janeiro de 2004, data da vigência do PPP, onde deve permanecer na empresa à disposição da Previdência Social. Para os períodos laborados até 31 de dezembro de 2003, será aceito o DIRBEN-8030 (antigo SB-40, DISES-BE 5235, DSS-8030), porém, desde que seja emitido até essa data. 2.5 – SESMET SESMET - Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho é uma equipe de profissionais da saúde nas empresas, tendo como finalidade proteger a integridade física dos trabalhadores. E está fundamentado na CLT - Consolidação das Leis do Trabalho, no artigo 162 e é regulamentado pela Norma Regulamentadora - NR 04. “O SESMET - Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho consiste em serviço mantido pelo empregador e formado por profissionais ligados à medicina e à segurança do trabalho”. 2.6 – CIPA A Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA) é um instrumento que os trabalhadores têm como finalidade prevenir acidentes do trabalho, das doenças decorrentes do trabalho, das condições do ambiente do trabalho e de todos os aspectos que afetam sua saúde e segurança. “Entende-se por segurança no trabalho todas as medidas e formas de proceder que visem a eliminação dos riscos de acidentes. E para ser eficaz, a Segurança deve atuar sobre homens, máquinas e instalações, levando em conta todos os pormenores relativos às atividades humanas”.

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2.7 – SIPAT SIPAT - Semana Interna de Prevenção de Acidentes do Trabalho é uma semana voltada à prevenção de acidentes do trabalho e também de doenças ocupacionais, na qual a empresa proporciona aos seus trabalhadores períodos de informações a respeito de prevenção e conscientização quanto à segurança e acidentes no trabalho. A função da semana da SIPAT é desenvolver palestras com assuntos direcionados à grande importância na conservação e proteção da segurança, da saúde e da integridade física dos trabalhadores. As empresas que estão obrigadas a constituir CIPA devem realizar anualmente a Semana Interna de Prevenção de Acidentes do Trabalho (SIPAT), pois é uma campanha obrigatória realizada pela CIPA, a cada gestão, desenvolvendo palestras com temas voltados para segurança e saúde do trabalhador, e a sua realização pode ser em qualquer mês no ano. Conforme a Norma Regulamentadora (NR-5), em seu item “5.16”, alíneas “o” e “p”, a CIPA terá por atribuição: promover, anualmente, em conjunto com o SESMT, onde houver a Semana Interna de Prevenção de Acidentes do Trabalho - SIPAT, e participar, anualmente, em conjunto com a empresa, de Campanhas de Prevenção da AIDS. 2.8 – EPI Considera-se Equipamento de Proteção Individual – EPI, todo dispositivo ou produto, de uso individual utilizado pelo trabalhador, destinado à proteção de riscos capazes de ameaçar a segurança e a saúde no trabalho (NR 6, subitem 6.1). “EPI – Equipamentos de Proteção Individual são quaisquer meios ou dispositivos destinados a ser utilizados por uma pessoa contra possíveis riscos ameaçadores da sua saúde ou segurança durante o exercício de uma determina atividade”. Entende-se como Equipamento Conjugado de Proteção Individual todo aquele composto por vários dispositivos, que o fabricante tenha associado contra um ou mais riscos que possam ocorrer simultaneamente e que sejam suscetíveis de ameaçar a segurança e a saúde no trabalho (Item 6.1.1). 3. PPRA Existem importantes instrumentos facilitadores na inclusão adequada de trabalhadores no nível de empresa, tais como o Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO), o Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA), a Ergonomia, o Programa de Gestão de Questões Relativas à Deficiência no Local de Trabalho (incluído no PPRA e PCMSO), dentre outros, que, articulados, integram o conjunto mais amplo das iniciativas da empresa, no campo da preservação da saúde e da integridade dos trabalhadores em geral e em especial das pessoas com deficiência. Informações do site do Ministério do Trabalho e Emprego (http://www3.mte.gov.br/fisca_trab/inclusao/lei_cotas_10.asp). O Programa de Gestão de Questões Relativas à Deficiência no Local de Trabalho pode estar incluído no PPRA e PCMSO da empresa, e faz parte das orientações da OIT em seu Repertório de Recomendações Práticas sobre essa questão (Genebra/2001), tendo como objetivo a igualdade de acesso e oportunidade para todas as pessoas no que diz respeito a emprego seguro e saudável, a treinamento profissional e a ocupações específicas e sem discriminação (art. 4º da Convenção n° 159 da OIT). Informações do site do Ministério do Trabalho e Emprego (http://www3.mte.gov.br/fisca_trab/inclusao/lei_cotas_10.asp). 3.1 - Conceito PPRA é a sigla de Programa de Prevenção de Riscos Ambientais. E esse programa está fundamentado na Norma Regulamentadora (NR-9) da CLT - Consolidação das Leis do Trabalho, sendo a sua redação inicial dada pela Portaria nº 25, de 29 de dezembro de 1994, da Secretaria de Segurança e Saúde do Trabalho, do Ministério do Trabalho. “Consideram-se riscos ambientais os agentes físicos, químicos e biológicos existentes nos ambientes de trabalho que, em função de sua natureza, concentração ou intensidade e tempo de exposição, são capazes de causar danos à saúde do trabalhador. Deverá ser efetuada, sempre que necessário e pelo menos uma vez ao ano, uma análise global do PPRA para avaliação do seu desenvolvimento e realização dos ajustes necessários e estabelecimento de novas metas e prioridades. Essa análise deverá incluir sempre a gestão de questões relativas à deficiência no local de trabalho com vistas à promoção de um local de trabalho seguro, acessível e saudável para pessoas com deficiência, devendo ser

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executados todos os ajustes necessários nos equipamentos, posto de trabalho e organização do trabalho com a finalidade de minimizar ou excluir possíveis riscos ocupacionais. Nesse caso, a adoção de medidas especiais positivas, tais como apoios especiais, promoção da acessibilidade e ajustes na organização do trabalho, atendem às necessidades específicas das pessoas com deficiência e visam estabelecer igualdade efetiva de oportunidades e de tratamento no trabalho para essas pessoas, não constituindo discriminação dos demais trabalhadores”. Informações extraídas do site do Ministério do Trabalho e Emprego (http://portal.mte.gov.br/fisca_trab/10-2-ppra.htm). 3.2 – Objetivo O PPRA deve ser elaborado pelos empregadores, tendo como objetivo a preservação da saúde dos trabalhadores, através da avaliação dos riscos ambientais existentes no ambiente de trabalho. E o PPRA deve também determinar um processo de ação onde irá garantir além da preservação da saúde, a integridade dos trabalhadores, no que se menciona aos riscos dos ambientes do trabalho. O PPRA - Programa de Prevenção de Riscos Ambientais tem como objetivo estabelecer uma metodologia de ação que garanta a preservação da saúde e integridade dos trabalhadores, frente aos riscos dos ambientes de trabalho, ou seja, levantar os riscos existentes e propor mecanismos de controle. “O PPRA visa à preservação da saúde e da integridade dos trabalhadores, através da antecipação, reconhecimento, avaliação e conseqüente controle da ocorrência de riscos ambientais existentes ou que venham a existir no ambiente de trabalho, tendo em consideração a proteção do meio ambiente e dos recursos naturais (NR 9, subitem 9.1.1)”. Já os riscos não eliminados é objeto de controle pelo PCMSO, consequentemente, sem o PPRA não existe PCMSO, devendo ambos estar permanentes ativos. A NR 9 estabelece os parâmetros mínimos e diretrizes gerais a serem observados na execução do PPRA, podendo os mesmos ser ampliados mediante negociação coletiva de trabalho (NR 9, subitem 9.1.4). Segue abaixo três objetivos fundamentais referente ao laudo do PPRA: a) Reconhecimento: Primeiramente deverá reconhecer os agentes ambientais que poderá afetar a saúde dos trabalhadores, apontando quais os produtos que estão envolvidos nesta situação, como também os métodos de trabalho e a quantidade de trabalhadores expostos e demais atividades laborais; b) Avaliação: Deverá fazer a avaliação qualitativa e também a quantitativa dos agentes ambientais que fazem parte nos posto de trabalho; c) Controle: E por último, adotar medidas onde as quais visem a eliminação ou a minimização dos riscos existentes no local de trabalho, ou seja, tendo como objetivo manter os agentes ambientais sob controle, monitorando periodicamente, com isso visar uma completa relação entre o homem e o meio ambiente laboral. 4. OBRIGATORIEDADE Toda atividade laboral em que houver vínculo empregatício está obrigada a implementar o programa PPRA, tais como: indústrias, comércios, hotéis, condomínios, drogarias, supermercados, hospitais, clubes, escolas, fornecedores de serviços, transportadoras, entre outros. E não existe na legislação exceção para as Microempresas, Empresas De Pequeno Porte E As Optantes Pelo SIMPLES. A Norma Regulamentadora 9 (NR 9) estabelece a obrigatoriedade da elaboração e implementação, por parte de todos os empregadores e instituições que admitam trabalhadores como empregados, do Programa de Prevenção de Riscos Ambientais - PPRA, visando à preservação da saúde e da integridade dos trabalhadores, através da antecipação, reconhecimento, avaliação e consequente controle da ocorrência de riscos ambientais existentes ou que venham a existir no ambiente de trabalho, tendo em consideração a proteção do meio ambiente e dos recursos naturais (NR 9, item 9.1.1.). Vale ressaltar que o PPRA é um programa de ação contínua, não é apenas um documento. 5. SUBSTITUIÇÃO DO LTCAT Conforme determina Instrução Normativa INSS/PRES n° 45/2010, o LTCAT - Laudo Técnico de Condições Ambientais do Trabalho, para períodos laborados a partir de 10.12.2003, pode ser substituído pelo PPRA - Programa de Prevenção de Riscos Ambientais, PGR - Programa de Gerenciamento de Riscos e PCMAT -

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Programa de Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção (somente para indústria da construção civil). 6. RISCOS AMBIENTAIS Consideram-se riscos ambientais os agentes físicos, químicos e biológicos, existentes nos ambientes de trabalho que, em função de sua natureza, concentração ou intensidade e tempo de exposição, são capazes de causar danos à saúde do trabalhador (NR 9, item 9.1.5). 6.1 - Agentes Físicos Consideram-se agentes físicos as diversas formas de energia a que possam estar expostos os trabalhadores, tais como ruído, vibrações, pressões anormais, temperaturas extremas, radiações não-ionizantes, radiações ionizantes, bem como o infrassom e o ultrassom (NR 9, item 9.1.5.1). 6.2 - Agentes Químicos Consideram-se agentes químicos as substâncias, compostos ou produtos que possam penetrar no organismo pela via respiratória, nas formas de poeiras, fumos, névoas, neblinas, gases ou vapores, ou que, pela natureza da atividade de exposição, possam ter contato ou ser absorvidos pelo organismo através da pele ou por ingestão (NR 9, item 9.1.5.2). 6.3 - Agentes Biológicos Consideram-se agentes biológicos as bactérias, fungos, bacilos, parasitas, protozoários, vírus, entre outros (NR 9, item 9.1.5.3). 7. RECONHECIMENTO DOS RISCOS AMBIENTAIS O reconhecimento dos riscos ambientais deverá conter os seguintes itens quando aplicáveis: a) a sua identificação; b) a determinação e localização das possíveis fontes geradoras; c) a identificação das possíveis trajetórias e dos meios de propagação dos agentes no ambiente de trabalho; d) a identificação das funções e determinação do número de trabalhadores expostos; e) a obtenção de dados existentes na empresa, indicativos de possível comprometimento da saúde decorrente do trabalho; f) os possíveis danos à saúde relacionados aos riscos identificados, disponíveis na literatura técnica; g) a descrição das medidas de controle já existentes. 8. LOCAIS SEM RISCOS AMBIENTAIS Quando não forem identificados riscos ambientais nas fases de antecipação ou reconhecimento, o PPRA poderá resumir-se às etapas previstas nas letras “a” e “f” do item 7 desta matéria. “INR 9, item 9.1.2.1 Quando não forem identificados riscos ambientais nas fases de antecipação ou reconhecimento, descritas nos itens 9.3.2 e 9.3.3, o PPRA poderá resumir-se às etapas previstas nas alíneas “a” e “f” do subitem 9.3.1". 9. RESPONSABILIDADE DO EMPREGADOR O empregador deverá estabelecer, implementar e assegurar o cumprimento do PPRA como atividade permanente da empresa ou instituição (NR 9, item 9.4.1). 10. RESPONSABILIDADE DOS TRABALHADORES Os trabalhadores deverão (NR 9, item 9.4.2):

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a) colaborar e participar na implantação e execução do PPRA; b) seguir as orientações recebidas nos treinamentos oferecidos dentro do PPRA; c) informar ao seu superior hierárquico direto ocorrências que, a seu julgamento, possam implicar riscos à saúde dos trabalhadores. 11. ELABORAÇÃO DO PPRA “O PPRA é um instrumento dinâmico que visa proteger a saúde do trabalhador e, portanto deve ser simples prático, objetivo e acima de tudo facilmente compreendido e utilizado”. “NR 9, subitem 9.3.1.1 A elaboração, implementação, acompanhamento e avaliação do PPRA poderão ser feitas pelo Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho - SESMT ou por pessoa ou equipe de pessoas que, a critério do empregador, sejam capazes de desenvolver o disposto nesta NR”. As opções para elaboração, desenvolvimento e implementação do PPRA são: a) Empresas com SESMT (Serviço Especializado de Segurança e Medicina do Trabalho): O pessoal especializado do SESMT será responsável pelas diversas etapas do programa em conjunto com a direção da empresa; b) Empresas sem SESMT (Serviço Especializado de Segurança e Medicina do Trabalho): A empresa deverá contratar uma firma especializada ou um Engenheiro de Segurança do Trabalho para desenvolvimento das diversas etapas do programa em conjunto com a direção da empresa. 11.1 – Integração Do PPRA E PCMSO O PPRA é parte integrante do conjunto mais amplo das iniciativas da empresa no campo da preservação da saúde e da integridade dos trabalhadores, devendo estar articulado com o disposto nas demais NR, em especial com PCMSO - Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional previsto na NR-7 (NR 9, item 9.1.3). Observações: “Todos os empregadores e instituições que admitam trabalhadores como empregados do Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA) e do Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO), de acordo com Norma Regulamentadora n° 9 da Portaria n° 3.214/78 do MTE, também devem preencher o PPP”. (site do Ministério da Previdência Social) “As informações para preenchimento do PPP devem ser extraídas dos seguintes formulários: do Laudo Técnico de Condições Ambientais do Trabalho (LTCAT), do Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA), do Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO) e do Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR), este último no caso de empresas de mineração”. 12. DESENVOLVIMENTO DO PPRA As ações do PPRA devem ser desenvolvidas no âmbito de cada estabelecimento da empresa, sob a responsabilidade do empregador, com a participação dos trabalhadores, sendo sua abrangência e profundidade dependentes das características dos riscos e das necessidades de controle (NR 9, item 9.1.2). O Programa de Prevenção de Riscos Ambientais deverá incluir as seguintes etapas (NR 9, item 9.3.1): a) antecipação e reconhecimentos dos riscos; b) estabelecimento de prioridades e metas de avaliação e controle; c) avaliação dos riscos e da exposição dos trabalhadores; d) implantação de medidas de controle e avaliação de sua eficácia; e) monitoramento da exposição aos riscos;

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f) registro e divulgação dos dados. A elaboração, implementação, acompanhamento e avaliação do PPRA poderão ser feitos pelo Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho - SESMT ou por pessoa ou equipe de pessoa que, a critério do empregador, sejam capazes de desenvolver (NR 9, item 9.3.1.1). A antecipação deverá envolver a análise de projetos de novas instalações, métodos ou processos de trabalho, ou de modificação dos já existentes, visando identificar os riscos potenciais e introduzir medidas de proteção para sua redução ou eliminação (NR 9, item 9.3.2). O PPRA deve estabelecer critérios e mecanismos de avaliação da eficácia das medidas de proteção implantadas considerando os dados obtidos nas avaliações realizadas e no controle médico da saúde previsto na NR-7 (NR 9, item 9.3.5.6). “Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA), Norma Regulamentadora (NR 09) que visa à preservação da saúde e da integridade dos trabalhadores, por meio da antecipação, reconhecimento, avaliação e conseqüente controle da ocorrência de riscos ambientais existentes ou que venham a existir no ambiente de trabalho, tendo em consideração a proteção do meio ambiente e dos recursos naturais. Essas ações devem ser desenvolvidas sob a responsabilidade do empregador, com a participação dos trabalhadores, sendo sua abrangência e profundidade dependentes das características dos riscos e das necessidades de controle. A escuta e a efetiva participação dos trabalhadores com deficiência nessas ações é de primordial importância para a eficácia desse programa e de sua adequada inclusão na empresa”. Informações obtidas no site do MTE (http://portal.mte.gov.br/fisca_trab/10-2-ppra.htm). 12.1 – Reconhecimento Dos Riscos Ambientais O reconhecimento dos riscos ambientais deverá conter os seguintes itens, quando aplicáveis (NR 9, item 9.3.3): a) a sua identificação; b) a determinação e localização das possíveis fontes geradoras; c) a identificação das possíveis trajetórias e dos meios de propagação dos agentes no ambiente de trabalho; d) a identificação das funções e determinação do número de trabalhadores expostos; e) a caracterização das atividades e do tipo da exposição; f) a obtenção de dados existentes na empresa, indicativos de possível comprometimento da saúde decorrente do trabalho; g) os possíveis danos à saúde relacionados aos riscos identificados, disponíveis na literatura técnica; h) a descrição das medidas de controle já existentes. O conhecimento e a percepção que os trabalhadores têm do processo de trabalho e dos riscos ambientais presentes, incluindo os dados consignados no Mapa de Riscos, previsto na NR-5, deverão ser considerados para fins de planejamento e execução do PPRA em todas as suas fases (NR 9, item 9.6.2). 12.2 - Avaliação Quantitativa A avaliação quantitativa deverá ser realizada sempre que necessária para (NR 9, item 9.3.4): a) comprovar o controle da exposição ou a inexistência dos riscos identificados na etapa de reconhecimento; b) dimensionar a exposição dos trabalhadores; c) subsidiar o equacionamento das medidas de controle. 13. ESTRUTURA DO PPRA O Programa de Prevenção de Riscos ambientais deverá conter, no mínimo, a seguinte estrutura (NR-9, item 9.2.1):

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a) planejamento anual com estabelecimento de metas, prioridades e cronograma; O cronograma deverá indicar claramente os prazos para o desenvolvimento das etapas e cumprimento das metas do PPRA. b) estratégia e metodologia de ação; c) forma do registro, manutenção e divulgação dos dados; d) periodicidade e forma de avaliação do desenvolvimento do PPRA. O PPRA deverá estar descrito num documento-base contendo todos os aspectos estruturais citados acima (NR 9, item 9.2.2). O documento-base e suas alterações e complementações deverão ser apresentados e discutidos na CIPA, quando existente na empresa, de acordo com a NR-5, sendo sua cópia anexada ao livro de atas desta Comissão (NR 9, item 9.2.2.1). O documento-base e suas alterações deverão estar disponíveis de modo a proporcionar o imediato acesso às autoridades competentes (NR 9, item 9.2.2.2). O cronograma previsto nas alíneas “a” a “d” deverá indicar claramente os prazos para o desenvolvimento das etapas e cumprimento das metas do PPRA (NR 9, item 9.2.3). 14. ANÁLISE ANUAL DO PPRA Deverá ser efetuada, sempre que necessário e pelo menos 1 (uma) vez ao ano, uma análise global do PPRA para avaliação do seu desenvolvimento e realização dos ajustes necessários e estabelecimento de novas metas e prioridades (NR 9, subitem 9.2.1.1). 15. MEDIDAS DE CONTROLE Deverão ser adotadas as medidas necessárias e suficientes para a eliminação, a minimização ou o controle dos riscos ambientais sempre que forem verificadas uma ou mais das seguintes situações (NR 9, item 9.3.5.1): a) identificação, na fase de antecipação, de risco potencial à saúde; b) constatação, na fase de reconhecimento, de risco evidente à saúde; c) quando os resultados das avaliações quantitativas da exposição dos trabalhadores excederem os valores dos limites previstos na NR-15 ou, na ausência destes, os valores de limites de exposição ocupacional adotados pela ACGIH - American Conference of Governamental Industria Higyenists, ou aqueles que venham a ser estabelecidos em negociação coletiva de trabalho, desde que mais rigorosos do que os critérios técnico-legais estabelecidos; d) quando, através do controle médico da saúde, ficar caracterizado o nexo causal entre danos observados na saúde dos trabalhadores e a situação de trabalho a que eles ficam expostos. O estudo, desenvolvimento e implantação de medidas de proteção coletiva deverá obedecer à seguinte hierarquia (NR 9, item 9.3.5.2): a) medidas que eliminam ou reduzam a utilização ou a formação de agentes prejudiciais à saúde; b) medidas que previnam a liberação ou disseminação desses agentes no ambiente de trabalho; c) medidas que reduzam os níveis ou a concentração desses agentes no ambiente de trabalho. 15.1 - Medidas De Caráter Coletivo A implantação de medidas de caráter coletivo deverá ser acompanhada de treinamento dos trabalhadores quanto aos procedimentos que assegurem a sua eficiência e de informação sobre as eventuais limitações de proteção que ofereçam (NR 9, item 9.3.5.3).

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Quando comprovado pelo empregador ou instituição a inviabilidade técnica da adoção de medidas de proteção coletiva, ou quando estas não forem suficientes ou encontrarem-se em fase de estudo, planejamento ou implantação, ou ainda em caráter complementar ou emergencial, deverão ser adotadas outras medidas, obedecendo-se à seguinte hierarquia (NR 9, item 9.3.5.4): a) medidas de caráter administrativo ou de organização do trabalho; b) utilização de Equipamento de Proteção Individual - EPI. 15.2 – Atividades Simultâneas No Mesmo Local De Trabalho Sempre que vários empregadores realizem simultaneamente atividades no mesmo local de trabalho terão o dever de executar ações integradas para aplicar as medidas previstas no PPRA visando a proteção de todos os trabalhadores expostos aos riscos ambientais gerados (NR 9, item 9.6.1). 16. UTILIZAÇÃO DE EPI Considera-se Equipamento de Proteção Individual – EPI, todo dispositivo ou produto, de uso individual utilizado pelo trabalhador, destinado à proteção de riscos capazes de ameaçar a segurança e a saúde no trabalho (NR 6, subitem 6.1). E atendidas as peculiaridades de cada atividade profissional, e observado o disposto no subitem 6.3 da NR 6, o empregador deve fornecer aos trabalhadores os EPI adequados, de acordo com o disposto no Anexo I da NR-6 (Subitem 6.4 da NR 6). A utilização de EPI no âmbito do programa deverá considerar as Normas Legais e Administrativas em vigor e envolver, no mínimo (NR 9, item 9.3.5.5): a) seleção do EPI adequado tecnicamente ao risco a que o trabalhador está exposto e à atividade exercida, considerando-se a eficiência necessária para o controle da exposição ao risco e o conforto oferecido segundo avaliação do trabalhador usuário; b) programa de treinamento dos trabalhadores quanto a sua correta utilização e orientação sobre as limitações de proteção que o EPI oferece; c) estabelecimento de normas ou procedimentos para promover o fornecimento, o uso, a guarda, a higienização, a conservação, a manutenção e a reposição do EPI, visando garantir as condições de proteção originalmente estabelecidas; d) caracterização das funções ou atividades dos trabalhadores, com a respectiva identificação dos EPI utilizados para os riscos ambientais. Observação: Matéria completa sobre EPI, vide Boletim INFORMARE n° 26/2014, em assuntos trabalhistas. 17. NÍVEL DE AÇÃO Considera-se nível da ação o valor acima do qual devem ser iniciadas ações preventivas de forma a minimizar a probabilidade de que as exposições. As ações devem incluir o monitoramento periódico da exposição, a informação aos trabalhadores e o controle médico (NR-9, item 9.3.6.1). Deverão ser objeto de controle sistemático as situações que apresentem exposição ocupacional acima dos níveis de ação, conforme indicado nas letras que seguem (NR-9, item 9.3.6.2): a) para agentes químicos, a metade dos limites de exposição ocupacional considerados de acordo com a alínea “c” do subitem 9.3.5.1; b) para o ruído, a dose de 0,5 (dose superior a 50%), conforme critério estabelecido na NR-15, anexo 1, item 6. 18. MONITORAMENTO Para o monitoramento da exposição dos trabalhadores e das medidas de controle, deve ser realizada uma avaliação sistemática e repetitiva da exposição a um dado risco, visando a introdução ou modificação das medidas de controle, sempre que necessário (NR 9, item 9.3.7.1).

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19. REGISTRO DE DADOS Deverá ser mantido pelo empregador ou instituição um registro de dados, estruturado de forma a constituir um histórico técnico e administrativo do desenvolvimento do PPRA (NR 9, item 9.3.8.1). O registro de dados deverá estar sempre disponível aos trabalhadores interessados ou seus representantes e para as autoridades competentes (NR 9, item 9.3.8.3). 19.1 - Guarda Dos Dados Os dados deverão ser mantidos por um período mínimo de 20 (vinte) anos (NR 9, item 9.3.8.2). 20. INFORMAÇÕES AOS TRABALHADORES Os trabalhadores interessados terão o direito de apresentar propostas e receber informações e orientações a fim de assegurar a proteção aos riscos ambientais identificados na execução do PPRA (NR 9, item 9.5.1). Os empregadores deverão informar os trabalhadores de maneira apropriada e suficiente sobre os riscos ambientais que possam originar-se nos locais de trabalho e sobre os meios disponíveis para prevenir ou limitar tais riscos e para proteger-se dos mesmos (NR 9, item 9.5.2). 21. SITUAÇÃO GRAVE E DE IMINENTE RISCO - SUSPENSÃO DAS ATIVIDADES O empregador deverá garantir que, na ocorrência de riscos ambientais nos locais de trabalho, que coloquem em situação de grave e iminente risco um ou mais trabalhadores, os mesmos possam interromper de imediato as suas atividades, comunicando o fato ao superior hierárquico direto para as devidas providências (NR 9, item 9.6.3). 22. ATIVIDADES SIMULTÂNEAS NO MESMO LOCAL DE TRABALHO Sempre que vários empregadores realizem simultaneamente atividades no mesmo local de trabalho terão o dever de executar ações integradas para aplicar as medidas previstas no PPRA visando a proteção de todos os trabalhadores expostos aos riscos ambientais gerados (NR 6, subitem 9.6.1). 23. FISCALIZAÇÃO DO MINISTÉRIO DO TRABALHO O documento-base, previsto na estrutura do PPRA deve estar à disposição da fiscalização, pois trata de um roteiro das ações a serem empreendidas para atingir as metas do Programa, ou seja, se houver um excelente documento-base, mas as medidas não estiverem sendo implementadas e avaliadas, o PPRA, na verdade, não existirá. “O PPRA é um programa de ação contínua, não é um documento. Já o documento-base gerado quando de sua elaboração e as ações que compõem o programa podem ser solicitados pelo Fiscal. Caso a empresa possua o documento-base e não existam evidencias de que esteja sendo praticado, o Fiscal entenderá que o programa não existe”. Ressalta-se que toda atividade laboral em que houver vínculo empregatício está obrigada a implementar o programa PPRA, tais como: indústrias; comércios; hotéis; condomínios; drogarias; supermercados; hospitais; clubes; escolas; fornecedores de serviços; transportadoras; etc. E aqueles que não cumprirem com as exigências estarão sujeitos a penalidades que variam de multas e ou mesmo interdições do estabelecimento. 23.1 - Penalidades As infrações à legislação trabalhista são punidas com multas pecuniárias, fixas ou variáveis, cujos valores são previstos em lei de acordo com cada infração. Após a lavratura do auto de infração pelo Auditor-Fiscal do Trabalho e o oferecimento de oportunidade para que o empregador apresente sua defesa, o Superintendente, ou a autoridade a quem ele tenha delegado competência para a prática do ato, impõe ao empregador a multa. No caso das multas variáveis, ou seja, aquelas em que a lei indica apenas o valor mínimo e o valor máximo, a gradação da multa se dá com base em parâmetros previstos em portaria do Ministro do Trabalho, de forma a garantir a isonomia, ou seja, que empregadores na mesma situação sejam punidos com multas de mesmo valor. E caso a multa não seja quitada, o débito é encaminhado à Procuradoria da Fazenda Nacional - PFN, órgão responsável pela inscrição em Dívida Ativa e cobrança executiva”. (Informações extraídas do site do ministério do trabalho).

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TABELA DE MULTAS POR INFRAÇÃO

INFRAÇÃO Dispositivo Infringido

Base Legal da Multa

Quantidade de UFIR Observações

Mínimo Máximo

SEGURANÇA DO TRABALHO

CLT art. 154 a 200 CLT art. 201 630,4745 6.304,7453

valor máximo na reincidência, embaraço, resistência, artifício

ou simulação

MEDICINA DO TRABALHO CLT art. 154 a

200 CLT art. 201 378,2847 3.782,8471 valor máximo na reincidência, embaraço, resistência, artifício

ou simulação

FISCALIZAÇÃO CLT art. 626 a

642 CLT art. 630

§ 6º 189,1424 1.891,4236 ---

Observação: Com a extinção da UFIR e como até o momento não houve manifestação do MTE a respeito, deve-se utilizar a última UFIR oficial divulgada - R$ 1.0641. 24. MODELO DE PPRA Não existe na legislação um modelo padrão, pois o formulário poderá ser elaborado pela própria empresa, pelo Engenheiro de Segurança do Trabalho ou quando a empresa contratar uma firma especializada, para desenvolvimento das diversas etapas do programa, ou seja, eles estarão aptos a desenvolver ou elaborar o PPRA. Fundamentos Legais: Os citados no texto e Ministério do Trabalho e Emprego.

PCMSO - PROGRAMA DE CONTROLE MÉDICO DE SAÚDE OCUPACIONAL

Norma Regulamentadora (NR-7) Sumário 1. Introdução 2. Conceito 3. Objetivo 4. Obrigatoriedade 4.1 – Empresa Contratante De Mão-De-Obra 4.2 – Não Precisa Ser Homologado No MTE 5. Planejamento E Implantação 6. Abrangência Do PCMSO 7. PCMSO E PPRA 7.1 – Integração Do PCMSO E PPRA 8. Médico Coordenador - Desobrigatoriedade E Obrigatoriedade 9. Responsabilidades 9.1 – Empregador 9.2 - Médico Coordenador 10. Desenvolvimento Do PCMSO 10.1 – Exames Médicos 10.1.1 – Exame Admissional 10.2 – Exames Complementares 10.2.1 - Exposição A Agentes Químicos E Físicos 10.3 – Capacidade Laborativa Das Pessoas Com Deficiência 11. Periodicidade Dos Exames 11.1 - Exame Médico Admissional 11.2 - Exame Médico Periódico 11.3 - Exame Médico De Retorno 11.4 - Exame Médico De Mudança De Função 11.5 - Exame Médico Demissional – Prazo 12. Validade Dos Exames 13. Atestado De Saúde Ocupacional – ASO 13.1 – Conteúdo 14. Prontuário Médico 14.1 – Arquivo 15. Relatório Anual 15.1 – Desobrigação 16. Exposição Excessiva - Afastamento Do Empregado 17. Doenças Profissionais - Procedimento Médico 18. Primeiros-Socorros 18.1 - Quadros E Anexos 19. Guarda Da Documentação 20. Fiscalização/Penalidades/Multas

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1. INTRODUÇÃO As Normas Regulamentadoras - NR, referentes à segurança e medicina do trabalho, são de observância obrigatória pelas empresas privadas e públicas e pelos órgãos públicos da administração direta e indireta, bem como pelos órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário, que possuam empregados geridos pela Consolidação das Leis do Trabalho – CLT (NR 1). As disposições contidas nas Normas Regulamentadoras – NR aplicam-se, no que incumbir, aos trabalhadores avulsos, às entidades ou empresas que lhes tomem o serviço e aos sindicatos representativos das relativas categorias profissionais (NR 1). Nesta matéria iremos tratar sobre a Norma Regulamentadora 7 (NR 7), que dispõe sobre o PCMSO - Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional com suas normas, procedimentos, responsabilidades, obrigatoriedades e entre outros. 2. CONCEITO O PCMSO (Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional) é um programa regulamentado pela NR-07 (Norma Regulamentadora) e tem como objetivo por meio de Exames Ocupacionais a promoção e preservação da saúde dos trabalhadores através de medidas prevencionistas, diagnosticando precocemente os agravos à saúde relacionados ou não ao trabalho. 3. OBJETIVO O PCMSO é um programa que tem por objetivo a promoção e a preservação da saúde dos trabalhadores, bem como prevenção e diagnóstico precoce de doenças relacionadas às funções desempenhadas e ao ambiente de trabalho. “Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO), Norma Regulamentadora (NR 07) que introduziu um "olhar coletivo" nos procedimentos da inspeção do trabalho na área da segurança e saúde, dando ênfase às questões incidentes não somente sobre o indivíduo (abordagem clínica), mas também sobre a coletividade de trabalhadores (abordagem epidemiológica), privilegiando o instrumental clínicoepidemiológico na abordagem da relação entre sua saúde e o trabalho. Essa dupla abordagem configura-se como essencial para a inclusão das pessoas com deficiência no trabalho, por ter como objetivo a promoção e a preservação da saúde do conjunto dos trabalhadores, possibilitando a prevenção, rastreamento e o diagnóstico precoce dos agravos à saúde relacionados com o trabalho”. Extraído do site do Ministério do Trabalho (http://portal.mte.gov.br/fisca_trab/10-1-pcmso.htm). 4. OBRIGATORIEDADE A Norma Regulamentadora – NR 7 estabelece a obrigatoriedade da elaboração e implementação, por parte de todos os empregadores e instituições que admitam trabalhadores como empregados, do Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional - PCMSO, com o objetivo de promoção e preservação da saúde do conjunto dos seus trabalhadores (NR 7, subitem 7.1.1). A mencionada norma estabelece os parâmetros mínimos e diretrizes gerais a serem observados na execução do PCMSO, podendo os mesmos serem ampliados mediante negociação coletiva de trabalho (NR 7, subitem 7.1.2). 4.1 – Empresa Contratante De Mão-De-Obra Caberá à empresa contratante de mão-de-obra prestadora de serviços informar a empresa contratada dos riscos existentes e auxiliar na elaboração e implementação do PCMSO nos locais de trabalho onde os serviços estão sendo prestados (NR 7, subitem 7.1.3) 4.2 – Não Precisa Ser Homologado No MTE O PCMSO conforme a NR 7 não precisa ser homologado, porém, é obrigatório que a empresa deixe a disposição do agente de inspeção do trabalho, para o caso de uma fiscalização do trabalhista. Ele pode ser também em arquivo informatizado. 5. PLANEJAMENTO E IMPLANTAÇÃO

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O PCMSO deverá ser planejado e implantado com base nos riscos à saúde dos trabalhadores, especialmente os identificados nas avaliações previstas nas demais Normas Regulamentadoras (NRs). Dois conceitos epidemiológicos são fundamentais na compreensão da importância do programa para a inclusão das pessoas com deficiência: o risco e o fator de risco. Risco pode ser definido como a probabilidade de os membros de uma determinada população desenvolverem uma dada doença ou evento relacionado à saúde em um período de tempo. Fator de risco pode ser definido como o atributo de um grupo que apresenta maior incidência de uma dada patologia ou característica, em comparação com outros grupos populacionais, definidos pela ausência ou menor dosagem de tal característica. Observação: Informações extraídas do site do Ministério do Trabalho e Emprego (http://portal.mte.gov.br/fisca_trab/10-1-pcmso.htm). 6. ABRANGÊNCIA DO PCMSO O PCMSO é parte integrante do conjunto mais amplo de iniciativas da empresa no campo da saúde dos trabalhadores, devendo estar articulado com o disposto nas demais normas regulamentadoras (NR 7, subitem 7.2.1). O PCMSO deve (NR 7, subitens 7.2.2 a 7.2.4): a) considerar as questões incidentes sobre o indivíduo e a coletividade de trabalhadores, privilegiando o instrumental clínico-epidemiológico na abordagem da relação entre sua saúde e o trabalho; b) ter caráter de prevenção, rastreamento e diagnóstico precoce dos agravos à saúde relacionados ao trabalho, inclusive de natureza subclínica, além da constatação da existência de casos de doenças profissionais ou danos irreversíveis à saúde dos trabalhadores; c) ser planejado e implantado com base nos riscos à saúde dos trabalhadores, especialmente os identificados nas avaliações previstas nas demais normas regulamentadoras. Importante: Os riscos não eliminados são objetos de controle pelo PCMSO, então, sem o PPRA não existe PCMSO, devendo ambos estar permanentemente ativos. 7. PCMSO E PPRA O PCMSO e o PPRA devem ser integrados, pois o PPRA trata dos agentes ambientais e o PCMSO dos trabalhadores expostos a estes agentes. Os riscos ambientais são os agentes físicos, químicos e biológicos existentes nos ambientes de trabalho que, em função de sua natureza, concentração, intensidade e tempo de exposição são capazes de causar danos à saúde dos trabalhadores. 7.1 – Integração Do PCMSO E PPRA O PCMSO é parte integrante do conjunto mais amplo de iniciativas da empresa no campo da saúde dos trabalhadores, devendo estar articulado com o disposto nas demais normas regulamentadoras (NR 7, subitem 7.2.1). O PPRA também é parte integrante do conjunto mais amplo das iniciativas da empresa no campo da preservação da saúde e da integridade dos trabalhadores, devendo estar articulado com o disposto nas demais NR, em especial com PCMSO - Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional previsto na NR-7 (NR 9, subitem 9.1.3). Observações: O objetivo do PPRA (Programa de Prevenção dos Riscos Ambientais) é levantar os riscos existentes e propor mecanismos de controle (NR 9). “Todos os empregadores e instituições que admitam trabalhadores como empregados do Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA) e do Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO), de acordo com Norma Regulamentadora n° 9 da Portaria n° 3.214/78 do MTE, também devem preencher o PPP”. (site do Ministério da Previdência Social)

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“As informações para preenchimento do PPP devem ser extraídas dos seguintes formulários: do Laudo Técnico de Condições Ambientais do Trabalho (LTCAT), do Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA), do Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO) e do Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR), este último no caso de empresas de mineração”. 8. MÉDICO COORDENADOR - DESOBRIGATORIEDADE E OBRIGATORIEDADE Dependendo de seu riso e do número de trabalhadores, a empresa necessitará contratar um médico para coordenar o programa. Ficam desobrigadas de indicar médico coordenador as empresas de grau de risco 1 e 2, segundo Quadro I da NR-4, com até 25 (vinte e cinco) empregados e aquelas de grau de risco 3 e 4, segundo o Quadro I da NR-4, com até 10 (dez) empregados (NR 7, subitem 7.3.1.1). As empresas com mais de 25 (vinte e cinco) empregados e até 50 (cinquenta) empregados, enquadradas no grau de risco 1 ou 2, segundo o Quadro I da NR-4, poderão estar desobrigadas de indicar médico coordenador em decorrência de negociação coletiva (NR7, subitem 7.3.1.1.1). As empresas com mais de 10 (dez) empregados e com até 20 (vinte) empregados, enquadrados no grau de risco 3 ou 4, segundo o Quadro I na NR-4, poderão estar desobrigadas de indicar médico do trabalho coordenador em decorrência de negociação coletiva, assistida por profissional do órgão regional competente em segurança e saúde no trabalho (NR 7, subitem 7.3.1.1.2). Por determinação do Delegado Regional do Trabalho, com base no parecer técnico conclusivo da autoridade regional competente em matéria de segurança e saúde do trabalhador, ou em decorrência de negociação coletiva, as empresas elencadas neste subitem poderão ter a obrigatoriedade de indicação de médico coordenador, quando suas condições representarem potencial de risco grave aos trabalhadores (NR 7, subitem 7.3.1.1.3). 9. RESPONSABILIDADES 9.1 – Empregador Compete ao empregador (NR 7, subitem 7.3.1): a) garantir a elaboração e efetiva implementação do PCMSO, bem como zelar pela sua eficácia; b) custear, sem ônus para o empregado, todos os procedimentos relacionados ao PCMSO; c) indicar, dentre os médicos dos Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho - SESMT, da empresa, um coordenador responsável pela execução do PCMSO; d) no caso de a empresa estar desobrigada de manter médico do trabalho, de acordo com a NR-4, deverá o empregador indicar médico do trabalho, empregado ou não da empresa, para coordenar o PCMSO; e) inexistindo médico do trabalho na localidade, o empregador poderá contratar médico de outra especialidade para coordenar o PCMSO. 9.2 - Médico Coordenador Compete ao médico coordenador (NR 7, subitem 7.3.2): a) realizar os exames médicos previstos no item “10.1” desta matéria, ou encarregar os mesmos a profissional médico familiarizado com os princípios da patologia ocupacional e suas causas, bem como com o ambiente, as condições de trabalho e os riscos a que está ou será exposto cada trabalhador da empresa a ser examinado; b) encarregar dos exames complementares previstos na NR-7, profissionais e/ou entidades devidamente capacitados, equipados e qualificados. O profissional médico, familiarizado com os princípios da patologia ocupacional e suas causas, bem como com o ambiente, as condições de trabalho e os riscos a que está ou será exposto cada trabalhador da empresa, atua, pois, como importante agente facilitador na inclusão da pessoa com deficiência na empresa, por meio da prevenção, rastreamento e diagnóstico precoce dos agravos à saúde relacionados com o trabalho. Mediante exame médico ocupacional, o profissional médico identifica aptidão ou não do(a) trabalhador(a) para exercer determina da função, identificando suas potencialidades laborativas, fator primordial na adequada alocação e

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inclusão deste(a) trabalhador(a) com deficiência na em presa. Essa ação é primordial para garantir que a pessoa com deficiência assuma uma função que corresponda às suas habilidades, à sua capacidade de trabalho e a seu interesse, atuando como agente produtivo na sociedade. Extraído do site do Ministério do Trabalho (http://portal.mte.gov.br/fisca_trab/10-1-pcmso.htm). 10. DESENVOLVIMENTO DO PCMSO 10.1 – Exames Médicos O PCMSO deve incluir, entre outros, a realização obrigatória dos exames médicos (NR 7, subitem 7.4.1): a) admissional; b) periódico; c) de retorno ao trabalho; d) de mudança de função; e) demissional. O PCMSO deve incluir, dentre outros, a realização obrigatória dos exames médicos admissional, periódico, de retorno ao trabalho, de mudança de função e demissional, que inclui avaliação clínica, abrangendo anamnese ocupacional, exame físico e mental, além de exames complementares, para avaliar o funcionamento de órgãos e sistemas orgânicos, realizados de acordo com os termos específicos da NR 07 e seus anexos. Informações extraídas do site do Ministério do Trabalho (http://portal.mte.gov.br/fisca_trab/10-1-pcmso.htm). Os exames referente acima compreendem (NR 7, subitem 7.4.2): a) avaliação clínica, abrangendo anamnese ocupacional e exame físico e mental; b) exames complementares, conforme determinado pelo médico do trabalho de acordo com a atividade do empregado e com os anexos nesta NR. Também o artigo 168 da CLT trata sobre os exames, conforme abaixo: “Art. 168. CLT. Será obrigatório exame médico, por conta do empregador, nas condições estabelecidas neste artigo e nas instruções complementares a serem expedidas pelo Ministério do Trabalho: (Redação dada pela Lei nº 7.855, de 24.10.1989) I - a admissão; (Incluído pela Lei nº 7.855, de 24.10.1989) II - na demissão;(Incluído pela Lei nº 7.855, de 24.10.1989) III - periodicamente.(Incluído pela Lei nº 7.855, de 24.10.1989) § 1º - O Ministério do Trabalho baixará instruções relativas aos casos em que serão exigíveis exames: (Incluído pela Lei nº 7.855, de 24.10.1989) a) por ocasião da demissão; (Incluída pela Lei nº 7.855, de 24.10.1989) b) complementares.(Incluída pela Lei nº 7.855, de 24.10.1989) § 2º - Outros exames complementares poderão ser exigidos, a critério médico, para apuração da capacidade ou aptidão física e mental do empregado para a função que deva exercer. (Incluído pela Lei nº 7.855, de 24.10.1989) § 3º - O Ministério do Trabalho estabelecerá, de acordo com o risco da atividade e o tempo de exposição, a periodicidade dos exames médicos. (Incluído pela Lei nº 7.855, de 24.10.1989) § 4º - O empregador manterá, no estabelecimento, o material necessário à prestação de primeiros socorros médicos, de acordo com o risco da atividade. (Incluído pela Lei nº 7.855, de 24.10.1989) § 5º - O resultado dos exames médicos, inclusive o exame complementar, será comunicado ao trabalhador, observados os preceitos da ética médica. (Incluído pela Lei nº 7.855, de 24.10.1989)”.

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Observações importantes: Após o exame, o médico emitirá o Atestado de Saúde Ocupacional, com a definição de apto ou inapto para a função específica que o trabalhador irá exercer (admissão), exerce (periódico) ou exerceu (demissional). Informações extraídas do site do Ministério do Trabalho (http://portal.mte.gov.br/fisca_trab/10-1-pcmso.htm). O PCMSO deverá ser renovado anualmente, mesmo que não tenha ocorrido nem uma mudança na empresa. 10.1.1 – Exame Admissional O exame médico admissional deverá ser realizado antes que o trabalhador assuma suas atividades. Para trabalhadores expostos a riscos ou a situações de trabalho que impliquem desencadeamento ou agravamento de doença ocupacional, ou, ainda, para aqueles que sejam portadores de doenças crônicas, o exame médico deverá ser repetido a cada ano ou a intervalos menores, a critério do médico encarregado, ou quando notificado pelo médico agente da inspeção do trabalho, ou, ainda, como resultado de negociação coletiva de trabalho. Após o exame, o médico emitirá o Atestado de Saúde Ocupacional, com a definição de apto ou inapto para a função específica que o trabalhador irá exercer (admissão), exerce (periódico) ou exerceu (demissional). Observação: Informações extraídas do site do Ministério do Trabalho e Emprego (http://portal.mte.gov.br/fisca_trab/10-1-pcmso.htm). 10.2 – Exames Complementares Poderá haver a necessidade da realização de exames complementares, para os trabalhadores cujas atividades envolvem os riscos discriminados nos Quadros I e II da NR 7, os exames médicos complementares deverão ser executados e interpretados com base nos critérios constantes dos referidos quadros e seus anexos. A periodicidade de avaliação dos indicadores biológicos do Quadro I deverá ser, no mínimo, semestral, podendo ser reduzida a critério do médico coordenador, ou por notificação do médico agente da inspeção do trabalho, ou mediante negociação coletiva de trabalho (NR 7, item 7.4.2.1). Outros exames complementares usados normalmente em patologia clínica para avaliar o funcionamento de órgãos e sistemas orgânicos podem ser realizados, a critério do médico coordenador ou encarregado, ou por notificação do médico agente da inspeção do trabalho, ou ainda decorrente de negociação coletiva de trabalho (NR 7, item 7.4.2.3). 10.2.1 - Exposição A Agentes Químicos E Físicos Para os trabalhadores expostos a agentes químicos não constantes dos Quadros I e II, outros indicadores biológicos poderão ser monitorizados, dependendo de estudo prévio dos aspectos de validade toxicológica, analítica e de interpretação desses indicadores (NR7, item 7.4.2.2). 10.3 – Capacidade Laborativa Das Pessoas Com Deficiência O exame médico ocupacional é de primordial importância para avaliação da capacidade laborativa das pessoas com deficiência, objetivando melhorar a sua colocação e inclusão na empresa. Informação extraída do site do Ministério do Trabalho e Emprego. As pessoas com deficiência devem ser, portanto, vistas como integrantes de um grupo populacional com características específicas que, se consideradas aptas ao trabalho pelo profissional médico, deverá ter promovida a sua acessibilidade para inclusão adequada na empresa. O impacto da deficiência sobre a capacidade de trabalho da pessoa pode variar amplamente, podendo ser reduzido, pouco interferindo na interação da mesma com o meio ambiente laboral, ou ser significativo, exigindo considerável apoio e assistência por parte da empresa e seus empregados. Observação: Informações acima foram extraídas do site do Ministério do Trabalho e Emprego (http://portal.mte.gov.br/fisca_trab/10-1-pcmso.htm). 11. PERIODICIDADE DOS EXAMES

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A avaliação clínica referida no item 7.4.2, alínea "a", com parte integrante dos exames médicos constantes no item 7.4.1, deverá obedecer aos prazos e à periodicidade conforme previstos nos subitens abaixo relacionados (NR 7, subitem 7.4.3). 11.1 - Exame Médico Admissional O exame médico admissional deverá ser realizado antes que o trabalhador assuma suas atividades (NR 7, item 7.4.3.1). 11.2 - Exame Médico Periódico O exame médico periódico deverá ser realizado de acordo com os intervalos mínimos de tempo abaixo discriminados (Subitem 7.4.3.2 da NR-7): a) para trabalhadores expostos a riscos ou situações de trabalho que impliquem no desencadeamento ou agravamento de doença ocupacional, ou, ainda, para aqueles que sejam portadores de doenças crônicas, os exames deverão ser repetidos: a.1) a cada ano ou a intervalos menores, a critério do médico encarregado, ou se notificado pelo médico agente da inspeção do trabalho, ou, ainda, como resultado de negociação coletiva de trabalho; a.2) de acordo com a periodicidade especificada no Anexo 6 da NR-15, para os trabalhadores expostos a condições hiperbáricas; b) para os demais trabalhadores: b.1) anual, quando menores de 18 (dezoito) anos e maiores de 45 (quarenta e cinco) anos de idade; b.2) a cada 2 (dois) anos, para os trabalhadores entre 18 (dezoito) anos e 45 (quarenta e cinco) anos de idade. 11.3 - Exame Médico De Retorno O exame médico de retorno ao trabalho deverá ser realizado obrigatoriamente no primeiro dia da volta ao trabalho de trabalhador ausente por período igual ou superior a 30 (trinta) dias por motivo de doença ou acidente, de natureza ocupacional ou não, ou parto (NR 7, subitem 7.4.3.3). 11.4 - Exame Médico De Mudança De Função O exame médico de mudança de função será obrigatoriamente realizado antes da data da mudança (NR 7,subitem 7.4.3.4). Entende-se por mudança de função toda e qualquer alteração de atividade, posto de trabalho ou de setor que implique na exposição de trabalhador a risco diferente daquele a que estava exposto antes da mudança (NR 7, subitem 7.4.3.4.1). 11.5 - Exame Médico Demissional – Prazo O exame médico demissional será obrigatoriamente realizado até a data da homologação, desde que o último exame médico ocupacional tenha sido realizado há mais de (NR, item 7.4.3.5): a) 135 (cento e trinta e cinco) dias para as empresas de grau de risco 1 e 2, segundo o Quadro I da NR-4; b) 90 (noventa) dias para as empresas de grau de risco 3 e 4, segundo o Quadro I da NR-4. 12. VALIDADE DOS EXAMES As empresas enquadradas no grau de risco 1 ou 2, segundo o Quadro I da NR-4, poderão ampliar o prazo de dispensa da realização do exame demissional em até mais 135 (cento e trinta e cinco) dias, em decorrência de negociação coletiva, assistida por profissional indicado de comum acordo entre as partes ou por profissional do órgão regional competente em segurança e saúde no trabalho (NR 7, subitem 7.4.3.5.1). As empresas enquadradas no grau de risco 3 ou 4, segundo o Quadro I da NR-4, poderão ampliar o prazo de dispensa da realização do exame demissional em até mais 90 (noventa) dias em decorrência de negociação

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coletiva, assistida por profissional indicado de comum acordo entre as partes ou por profissional do órgão regional competente em segurança e saúde do trabalho (NR 7, subitem 7.43.5.2). Por determinação do Delegado Regional do Trabalho, com base em parecer técnico conclusivo da autoridade regional competente em matéria de segurança e saúde do trabalhador, ou em decorrência de negociação coletiva, as empresas poderão ser obrigadas a realizar o exame médico demissional independentemente da época de realização de qualquer outro exame, quando suas condições representarem potencial de risco grave aos trabalhadores (NR 7, subitem 7.4.3.5.3). 13. ATESTADO DE SAÚDE OCUPACIONAL – ASO Para cada exame médico realizado, o médico emitirá o Atestado de Saúde Ocupacional - ASO, em 2 (duas) vias (NR 7, subitens 7.4.4 a 7.4.4.2): a) a 1ª via do ASO ficará arquivada no local de trabalho do trabalhador, inclusive frente de trabalho ou canteiro de obras, à disposição da fiscalização do trabalho; b) a 2ª via do ASO será obrigatoriamente entregue ao trabalhador, mediante recibo na 1ª via. 13.1 – Conteúdo O ASO deverá conter, no mínimo (NR 7, subitem 7.4.4.3): a) nome completo do trabalhador, o número de registro de sua identidade e sua função; b) os riscos ocupacionais específicos existentes, ou a ausência deles, na atividade do empregado, conforme instruções técnicas expedidas pela Secretaria de Segurança e Saúde no Trabalho - SSST; c) indicação dos procedimentos médicos a que foi submetido o trabalhador, incluindo os exames complementares e a data em que foram realizados; d) o nome do médico coordenador quando houver, com respectivo CRM; e) definição de apto ou inapto para a função específica que o trabalhador vai exercer, exerce ou exerceu; f) nome do médico encarregado do exame e endereço ou forma de contato; g) data e assinatura do médico encarregado do exame e carimbo contendo seu número de inscrição no Conselho Regional de Medicina. 14. PRONTUÁRIO MÉDICO Os dados obtidos nos exames médicos, incluindo avaliação clínica e exames complementares, as conclusões e as medidas aplicadas deverão ser registrados em prontuário clínico individual, que ficará sob a responsabilidade do médico coordenador do PCMSO (NR 7, item 7.4.5). Havendo substituição do médico responsável, os arquivos deverão ser transferidos para seu sucessor NR 7, item 7.4.5.2). 14.1 – Arquivo Os registros a que se refere o item “14” desta matéria (NR7, subitem 7.4.5) deverão ser mantidos por período mínimo de 20 (vinte) anos após o desligamento do trabalhador (NR 7, subitem 7.4.5.1). 15. RELATÓRIO ANUAL O PCMSO deverá obedecer a um planejamento em que estejam previstas as ações de saúde a serem executadas durante o ano, devendo estas ser objeto de relatório anual (NR 7, subitem 74.6). O relatório anual deverá discriminar, por setores da empresa, o número e a natureza dos exames médicos, incluindo avaliações clínicas e exames complementares, estatísticas de resultados considerados anormais, assim como o planejamento para o próximo ano, tomando como base o modelo no Quadro III da NR 7 (NR 7, subitem 7.4.6.1).

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O relatório anual deverá ser apresentado e discutido na CIPA, quando existente na empresa, de acordo com a NR-5, sendo sua cópia anexada ao livro de atas daquela Comissão (NR 7, subitem 7.4.6.2). O relatório anual do PCMSO poderá ser armazenado na forma de arquivo informatizado, desde que este seja mantido de modo a proporcionar o imediato acesso por parte do agente da inspeção do trabalho (NR 7, subitem 7.4.6.3). 15.1 – Desobrigação As empresas desobrigadas de indicarem médico coordenador ficam dispensadas de elaborar o relatório anual (NR 7, subitem 7.4.6.4). 16. EXPOSIÇÃO EXCESSIVA - AFASTAMENTO DO EMPREGADO Sendo verificada, através da avaliação clínica do trabalhador e/ou dos exames constantes do Quadro I, apenas exposição excessiva (EE ou SC) ao risco, mesmo sem qualquer sintomatogia ou sinal clínico, deverá o trabalhador ser afastado do local de trabalho, ou do risco, até que esteja normalizado o indicador biológico de exposição e as medidas de controle nos ambientes de trabalho tenham sido adotadas (NR 7, subitem 7.4.7). 17. DOENÇAS PROFISSIONAIS - PROCEDIMENTO MÉDICO Sendo constatada a ocorrência ou agravamento de doenças profissionais, através de exames médicos que incluem os definidos na NR-7, ou sendo verificadas alterações que revelem qualquer tipo de disfunção de órgão ou sistema biológico, através dos exames constantes dos Quadros I (apenas aqueles com interpretação SC) e II, e complementares, mesmo sem sintomatologia, caberá ao médico coordenador ou encarregado (NR 7, subitem 7.4.8): a) solicitar à empresa a emissão da Comunicação de Acidente do Trabalho - CAT; b) indicar, quando necessário, o afastamento do trabalhador da exposição ao risco, ou do trabalho; c) encaminhar o trabalhador à Previdência Social para estabelecimento de nexo casual, avaliação de incapacidade e definição da conduta previdenciária em relação ao trabalho; d) orientar o empregador quanto à necessidade da adoção de medidas de controle no ambiente de trabalho. 18. PRIMEIROS-SOCORROS Todo estabelecimento deverá estar equipado com material necessário à prestação de primeiros-socorros, considerando-se as características da atividade desenvolvida, e manter esse material guardado em local adequado, e aos cuidados de pessoa treinada para esse fim (NR 7, subitens 7.5 e 7.5.1). 18.1 - Quadros E Anexos

QUADRO I PARÂMETROS PARA CONTROLE BIOLÓGICO DA EXPOSIÇÃO A ALGUNS AGENTES QUÍMICOS

Agente

Químico

Indicador Biológico VR IBMP

Método Analítico Amostragem Interpretação Vigência Mat.

Biológico Análise

Anilina Urina

Sangue paminofenol e/ou

Metahemo-globina Até 2%

50mg/g creat. 5%

CG E

FJ FJ-01

EE SC,

-

Arsênio Urina Arsênio Até 10mg/g

creat. 50mg/g creat E ou EAA FS,T-6 EE -

Cádmio Urina Cádmio Até 2mg/g creat.

5mg/g creat. EAA NC T-6 SC -

Chumbo Inorgânico

Sangue Chumbo e Até

40mg/100ml 60 mg/100ml EAA NCT-I SC -

Urina Ác. Delta amino

levulníco, ou Até 4,5mg/g

creat 10 mg/g

creat E NCT-I SC -

Sangue Zincoproto-porfirina Até 40mg/100ml

100mg/100ml Iif Nct-i sc -

Chumbo Tetraetila

Urina Chumbo Até 50mg/g creat.

100mg/g creat

EAA FJO-1 EE -

Cromo Hexavalente Urina Cromo

Até 50mg/g creat

30mg/g creat. EAA FS EE -

Diclorometano Sangue Carboxiher-moglobina

Até 1% NF 3,5% NF E FJO-1 SC, -

Dimetilformamida Urina N-metilforma-mida 40mg/g CG ou FJ EE P-18

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TRABALHO E PREVIDÊNCIA - AGOSTO - 32/2014 1026

creat. CLAD Dissulfeto de

Carbono Urina Ác. 2-Tio Tiazolidina 5mg/g creat. CG ou

CLAD Fj Ee P-24

Ésteres Organofos-forados e

Carbamatos

Sangue

Acetil-colinesterase Eritrocitária ou Colinesterase Plasmática ou Çolinesterase Eritrocitária e

plasmática (sangue total)

Determinar a atividade pré-ocupa-

cional

30% de depressão da

atividade inicial

NC SC -

50% de depressão da

atividade inicial

- NC SC -

25% de depressão da

atividade inicial

- -

NC SC -

Estireno Urina Ác. Mandélico e/ou 0,8g/g creat. CG ou

CLAD FJ EE -

Urina Ác. Fenil-glioxílico 24 mg/g creat.

CG ou CLAD FJ EE -

Etil-benzeno Urina Ác. Mandélico 1,5g/g creat. CG ou CLAD FS EE -

Fenol Urina Fenol 20mg/g creat.

250mg/g creat

CG ou CLAD

FJO-1 EE -

Flúor e fluoretos Urina Fluoreto Até 0,5 mg/g creat.

3mg/g creat. No início da

jornada e 10mg/g

creat. No final da fornada

RS PP, EE -

Mercúrio Inorgânico

Urina Mercúrio Até 5mg/g creat.

35mg/g creat.

EAA PUT-12 EE -

Metanol Urina Metanol Até 5mg/l 15mg/l CG CG FJO-1 EE - Metil-etil-cetona Urina Metil-etil-cetona - 2mg/l CG FJ EE P-12

Monóxido de Carbono

Sangue Carboxihemoglobina Até 1% NF 3,5% NF E FJO-1 SC, -

N-hexano Urina 2.5 hexanodioa - 5mg/g creat. CG FJ EE P-18 Nitrobenzeno Sangue Netahemo-globina Até 2% 5% E Fjo-1 Sc, -

Pentaclorofenol Urina Pentacloro-fenol - 2mg/g creat. CG ou CLAD ES, EE -

Tetracloroetileno Urina Ác. Tricloroa-cético - 3,5mg/l E FS, EE -

Tolueno Urina Ác. Hipúrico Até 1,5g/g creat.

2,5g/g creat CG ou CLAD

FJO-1 EE -

Tricloroetano Urina Tricloro-compostos

totais - 40mg/g creat E FS EE -

Tricloroetileno Urina Triclorocompostos

totais -

300mg/g creat.

E FS EE -

Xileno Urina Ác. Metil-hipúrico - 1,5g/g creat. CG ou CLAD

FJ EE -

ANEXO DO QUADRO I

ABREVIATURAS

IBMP Índice Biológico Máximo Permitido é o valor máximo do indicador biológico para o qual se supõe

que a maioria das pessoas acupacionalmente expostas não corre risco de dano à saúde. A ultrapassagem deste valor significa exposição excessiva.

VR Valor de Referência da Normalidade; valor possível de ser encontrado em populações não expostas ocupacionalmente.

NF Não fumantes

MÉTODO ANALÍTICO RECOMENDADO

E Espectrofotometria ultravioleta/visível EAA Espectrofotometria de absorção atômica. CG Cromatografia em fase gasosa

CLAD Cromatografia líquida de alto desempenho. IS Eletrodo íon seletivo HF Hematofluorômico

CONDIÇÕES DE AMOSTRAGEM

FJ Final do último dia de jornada de trabalho (recomenda-se evitar a primeira jornada da semana). FS Final do último dia da jornada da semana. FS Início da última jornada da semana PP Pré a pós a 4ª jornada de trabalho da semana PU Primeira urina da manhã

NC Momento de amostragem "não crítico": pode ser feita em qualquer dia e horário+ desde que o trabalhador esteja em trabalho contínuo nas últimas 4 semanas sem afastamento maior que 4

dias. T-1 Recomenda-se iniciar a monitorização após 1 mês de exposição.

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TRABALHO E PREVIDÊNCIA - AGOSTO - 32/2014 1027

T-6 Recomenda-se iniciar a monitorização após 6 meses de exposição T-12 Recomenda-se iniciar a monitorização após 12 meses de exposição

O-1

Pode-se fazer a diferença entra pré e pós-jornada

INTERPRETAÇÃO

EE O indicador biológico é capaz de indicar uma exposição ambiental acima do limite de Tolerância+ mas não possui+ isoladamente+ significado clínico ou toxicológico próprio+ ou seja+ não indica

doença+ nem está associado a um efeito ou disfunção de qualquer sistema biológico.

SC Além de mostrar uma exposição excessiva+ o Indicador Biológico tem também siginificado clínico

ou toxicológico próprio+ ou seja+ pode indicar doença+ estar associado a um efeito ou uma disfunção do sistema biológico avaliado.

SC O indicador Biológico possui significado clínico ou toxicológico próprio+ mas+ na prática+ devido à

sua curta mea-vida biológica deve ser considerado como EE

VIGÊNCIA

P-12

A inspeção do trabalho passará a exigir a avaliação deste indicador biológico 12 meses após publicação desta norma.

P-18

A inspeção do trabalho passará a exigir a avaliação deste indicador biológico 18 meses após a publicação desta norma.

P-24

A inspeção do trabalho passará a exigir a avaliação deste indicador biológico 24 meses após a publicação desta norma.

RECOMENDAÇÃO

Recomenda-se executar a monitorização biológica no coletivo, ou seja, monitorizando os resultados de

grupos de trabalhadores expostos a riscos quantitativamente semelhantes.

QUADRO II (Alterado pela Portaria SIT nº 223, de 06 de maio de 2011)

PARÂMETROS PARA MONITORIZAÇÃO DA EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL A ALGUNS RISCOS À SAÚDE

Risco

Exame Complementar Periodicidade

Método de Execução

Critério de Interpretação Observação

Ruído Vide Anexo I - Quadro II

Aerodispersóides FIBROGÊNICOS

Telerradiografia do tórax

Espirometria

Admissional e anual

Admissional e bienal

Vide Anexo II do

Quadro II Técnica bienal

preconizada pela

American Thoracic Society,

1987

Classificação internacional da OIT para radiografias

-

Aerodispersóides NÃO-

FIBROGÊNICOS

Telerradiografia do tórax

Espirometria

Admissional e trienal, se

exposição < 15 anos

Bienal, se exposição >

15 Anos

Admissional e Bienal

Vide Anexo II

do Quadro II

Técnica preconizada

pela American Thoracic Society,

1987

Classificação internacional da OIT para radiografias

-

Condições Hiperbáricas

Radiografias de articulações

coxo-femorais e espáculo-

umerais

Admissional e anual

Ver anexo "B" do

anexo nº 6 da NR- 15

Radiações ionizantes

Hemograma completo e

contagem de plaquetas

Admissional e semestral --

Hormônios sexuais

femininos

Apenas em homens,

Testosterona total ou

plasmática livre LH e FSH

Admissional e semestral

--

Benzeno Hemograma completo e plaquetas

Admissional e semestral

--

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TRABALHO E PREVIDÊNCIA - AGOSTO - 32/2014 1028

ANEXO I DO QUADRO II (Ver na NR-7)

ANEXO II DO QUADRO II

(Ver na NR-7)

DIRETRIZES E PARÂMETROS MÍNIMOS PARA AVALIAÇÃO E ACOMPANHAMENTO DA AUDIÇÃO EM TRABALHADORES EXPOSTOS A NÍVEIS DE PRESSÃO SONORA ELEVADOS (Ver na NR-7)

QUADRO III

(ver na NR-7) 19. GUARDA DA DOCUMENTAÇÃO Os registros constantes em prontuário médico, assim como os respectivos exames, deverão ser mantidos por período mínimo de 20 (vinte) anos após desligamento do trabalhador. “NR 7, subitem 7.4.5 Os dados obtidos nos exames médicos, incluindo avaliação clínica e exames complementares, as conclusões e as medidas aplicadas deverão ser registrados em prontuário clínico individual, que ficará sob a responsabilidade do médico-coordenador do PCMSO. NR 7, subitem 7.4.5.1 Os registros a que se refere o item 7.4.5 deverão ser mantidos por período mínimo de 20 (vinte) anos após o desligamento do trabalhador”. Segue abaixo, alguns documentos relacionados com a matéria, ou mesmo com a segurança e medicina do trabalho, referente aos prazos para guardar essas documentações:

GUARDA DE DOCUMENTOS Prazos

Documento Período Fundamentação Legal

Atestado Médico 5 anos durante o emprego, até 2 anos após a rescisão * vide GPS

CF, art. 7º, XXIX

Declaração de Instalação (NR-2 - Port. 3.214/78) Indeterminado não há

Exames Médicos 20 anos, no mínimo, após o desligamento do empregado

Portaria nº 3.214/78, NR 7

Mapa Anual de Acidente de Trabalho 5 anos Portaria nº 3.214/78, NR 4

Registro de segurança de caldeiraria

Indeterminado não há

20. FISCALIZAÇÃO/PENALIDADES/MULTAS A Norma Regulamentadora NR 28 trata sobre a fiscalização e penalidades referente a segurança e medicina do trabalho. E os valores referente a multas a serem aplicadas caberá à DRT determinar o valor a cada caso específico. “NR 28, subitem 28.1.1. A fiscalização do cumprimento das disposições legais e/ou regulamentares sobre segurança e saúde do trabalhador será efetuada obedecendo ao disposto nos Decretos n.º 55.841, de 15/03/65, e n.º 97.995, de 26/07/89, no Título VII da CLT e no § 3º do art. 6º da Lei n.º 7.855, de 24/10/89 e nesta Norma Regulamentadora. (Alterado pela Portaria n.º 7, de 05 de outubro de 1992. 28.1.4.4. A empresa poderá recorrer ou solicitar prorrogação de prazo de cada item notificado até no máximo 10 (dez) dias a contar da data de emissão da notificação”. A empresa ou empregador que não realizar o PCMSO acarreta MULTA de 1.324 UFIR e a não realização dos Exames Ocupacionais (admissional, periódico, etc.) acarreta MULTA de 1.986 UFIR (por exame não realizado). Além das multas outro risco a que a empresa está sujeita quando não implementa os Programas de Segurança e Medicina do Trabalho Ações na Justiça no futuro movidas por funcionários que podem alegar que os danos à saúde que eles apresentam foram adquiridos no período em que trabalharam nesta empresa. Importante: Todos os ASO’s (Atestados de Saúde Ocupacional) deverão ficar à disposição da fiscalização, e todos eles deverão estar devidamente assinados pelos trabalhadores e dentro da validade.

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TRABALHO E PREVIDÊNCIA - AGOSTO - 32/2014 1029

Segue abaixo uma tabela referente a multas por infração a segurança e medicina do trabalho.

TABELA DE MULTAS POR INFRAÇÃO

INFRAÇÃO Dispositivo Infringido

Base Legal da Multa

Quantidade de UFIR Observações

Mínimo Máximo

SEGURANÇA DO TRABALHO CLT art. 154 a 200 CLT art. 201 630,4745 6.304,7453 valor máximo na reincidência, embaraço, resistência, artifício

ou simulação

MEDICINA DO TRABALHO CLT art. 154 a 200 CLT art. 201 378,2847 3.782,8471 valor máximo na reincidência, embaraço, resistência, artifício

ou simulação

DURAÇÃO E CONDIÇÕES ESPECIAIS DO TRABALHO CLT art. 224 a 350 CLT art. 351 37,8285 3.782,8471

dobrado na reincidência, oposição ou desacato

FISCALIZAÇÃO CLT art. 626 a 642 CLT art. 630 §

6º 189,1424 1.891,4236 ---

Observação: Com a extinção da UFIR e como até o momento não houve manifestação do MTE a respeito, deve-se utilizar a última UFIR oficial divulgada - R$ 1.0641. Fundamentos Legais: Citados no texto e Ministério do Trabalho e Emprego.

ELEIÇÕES Aspectos Trabalhistas e Previdenciários

Sumário 1. Introdução 2. Conceitos 2.1 – Empregador 2.2 – Empregado 2.3 - Contribuinte Individual 2.4 - Cabo Eleitoral 3. Cadastro No CNPJ Dos Candidatos A Cargos Eletivos Dos Comitês Financeiros De Partidos Políticos 4. Contratação De Pessoal Para Prestação De Serviços Nas Campanhas Eleitorais 4.1 – Não Gera Vínculo Empregatício 4.2 – Enquadra-Se Como Contribuinte Individual 5. Direitos Contratuais 6. Contribuição Previdenciária 6.1 - Partidos Políticos, Comitês Financeiros E Candidatos Ao Contratarem Pessoas Físicas 6.1.1 - 20% (Vinte Por Cento) Sobre O Total Das Remunerações Pagas Ou Creditadas 6.2 - Cabo Eleitoral – Contribuinte Individual 6.2.1 – Retenção De 11% (Onze Por Cento) 6.3 – Contribuição Condutor Autônomo 6.4 - Recolhimento – SEFIP/GFIP 6.4.1 – Prazo De Vencimento Da Contribuição - Até O Dia 20 Do Mês Subsequente 7. Eleitores Convocados Para Trabalhar Nas Eleições - Dispensa Do Trabalho 8. Feriado Nacional 9. Empregado Celetista Candidato 9.1 - Licença Não Remunerada 9.1.1 - Procedimentos Na Concessão 1. INTRODUÇÃO A Lei nº 9.504, de 30 de setembro de 1997, estabeleceu as normas para as eleições eleitorais, como também prevê as situações de dispensa do trabalho e sobre a relação de emprego dos “cabos eleitorais”. Referente os aspectos previdenciários dos contribuintes individuais que prestam serviços nas campanhas eleitorais, para os partidos políticos, comitês financeiros e candidatos a cargos eletivos, a Instrução Normativa RFB nº 872, de 26 de agosto de 2008 dispõe sobre a declaração e o recolhimento das contribuições previdenciárias e das contribuições devidas a outras entidades ou fundos. Nesta matéria será tratada sobre as questões trabalhistas e previdenciárias dos partidos políticos, os candidatos e os comitês financeiros, referente às pessoas que irão trabalhar nas eleições ou no período eleitoral.

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TRABALHO E PREVIDÊNCIA - AGOSTO - 32/2014 1030

2. CONCEITOS Segue abaixo alguns conceitos para melhor compreensão desta matéria. 2.1 – Empregador O artigo 2° da CLT considera-se empregador a empresa, individual ou coletiva, que, assumindo os riscos da atividade econômica, admite, assalaria e dirige a prestação pessoal de serviços. E o parágrafo 1° do artigo citado acima equiparam-se ao empregador, para os efeitos exclusivos da relação de emprego, os profissionais liberais, as instituições de beneficência, as associações recreativas ou outras instituições sem fins lucrativos, que admitirem trabalhadores como empregados. 2.2 – Empregado O artigo 3° da CLT considera-se empregado toda pessoa física que prestar serviços de natureza não eventual a empregador, sob a dependência deste e mediante salário. 2.3 - Contribuinte Individual Contribuintes individuais são aqueles que têm rendimento através do seu trabalho, sem estar na qualidade de segurado empregado, tais como os profissionais autônomos, sócios e titulares de empresas, entre outros. E são considerados contribuintes obrigatórios da Previdência Social. (Artigo 4° da IN RFB nº 971/2009) 2.4 - Cabo Eleitoral “O cabo eleitoral é aquela pessoa que tem como função obter votos para o candidato”. O trabalho no período eleitoral, além das atividades exercidas nas ruas, também abrange toda a estrutura da campanha eleitoral, que vai do coordenador de campanha ao motorista de carreata, além de todo o secretariado do comitê eleitoral. O motorista do veículo, por exemplo, não está angariando votos, portanto ele não poderá ser considerado um cabo eleitoral. Ele poderá ser um prestador de serviço, mas não é um correligionário. 3. CADASTRO NO CNPJ DOS CANDIDATOS A CARGOS ELETIVOS DOS COMITÊS FINANCEIROS DE PARTIDOS POLÍTICOS Os candidatos a cargos eletivos dos comitês financeiros de partidos políticos, inclusive vices e suplentes, estão obrigados à inscrição no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica - CNPJ, para o recolhimento das contribuições previdenciárias, as inscrições no Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas - CNPJ (IN RFB-TSE nº 1.019, de 10 de março de 2010, artigo 1º, alterada pela IN RFB n° 1.179, de 02.08.2011). “Art. 22-A. Lei n° 9.504/1997. Candidatos e Comitês Financeiros estão obrigados à inscrição no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica - CNPJ. (Incluído pela Lei nº 12.034, de 2009) § 1o Após o recebimento do pedido de registro da candidatura, a Justiça Eleitoral deverá fornecer em até 3 (três) dias úteis, o número de registro de CNPJ. (Incluído pela Lei nº 12.034, de 2009)”. “IN RFB n° 872, de 26 de agosto de 2008, artigos 3º e 4º: Art. 3º Os comitês financeiros de partidos políticos se equiparam à empresa em relação aos segurados contratados para prestar serviços em campanha eleitoral, nos termos do parágrafo único do art. 15 da Lei nº 8.212, de 1991. Art. 4º A equiparação de que trata o art. 3º não se aplica ao candidato a cargo eletivo que contrate segurados para prestar serviços em campanha eleitoral”. 4. CONTRATAÇÃO DE PESSOAL PARA PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS NAS CAMPANHAS ELEITORAIS As campanhas eleitorais geram oportunidade para as pessoas que estão desempregadas, geralmente na condição de cabo eleitoral, como por exemplo, distribuir panfletos, segurar faixas nos cruzamentos de trânsito, fazer logomarca de um candidato.

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TRABALHO E PREVIDÊNCIA - AGOSTO - 32/2014 1031

4.1 – Não Gera Vínculo Empregatício E de acordo com o artigo 100 da Lei n° 9.504/1997, a contratação de pessoal para prestação de serviços nas campanhas eleitorais não gera vínculo empregatício com o candidato ou partido contratantes. Conforme o entendimento do TRT-SP (4ª Turma do Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região), para configurar a relação de emprego de um cabo eleitoral com candidato ou partido político é necessário que seja comprovado que não foi contratado exclusivamente para a prestação de serviços em campanha política. Há vários doutrinadores que entendem a norma de exclusão de vínculo como inconstitucional, por afrontar o princípio da igualdade, e que estando presente os requisitos do vínculo empregatício é devido o reconhecimento de todos os direitos trabalhistas, pois, preenchidos os requisitos legais do artigo 3° da CLT, caracteriza um contrato de trabalho por prazo determinado, limitado no tempo por um evento determinado de previsão aproximada, ou seja, término do período eleitoral (Art. 443, § 1º, CLT). “Parte da jurisprudência entende que não existe o reconhecimento da relação de emprego entre a pessoa que trabalhava na campanha eleitoral e o candidato ou partido político, pois a parte contratante não se enquadra no conceito de empregador previsto no artigo 2º da CLT, perante a ausência de uma atividade econômica ou porque se tratava de trabalho eventual e sem subordinação”. Segue abaixo algumas jurisprudências a respeito do assunto. Jurisprudências: CABO ELEITORAL OU ASSESSOR DE CAMPANHA. INEXISTÊNCIA DE VÍNCULO EMPREGATÍCIO. O artigo 100 da Lei 9.504/97 define que “a contratação de pessoal para prestação de serviços nas campanhas eleitorais não gera vínculo empregatício com o candidato ou partido contratantes”. Se a prova dos autos elucida que atividade desenvolvida não suplanta assuntos eleitoreiros do Réu e ainda que o Autor tem inequívoco interesse político-partidário em vincular sua imagem ao mesmo, deve ser rejeitada a aspiração de reconhecimento de vínculo empregatício entre as partes. (RO 75001820075050161 BA 0007500-18.2007.5.05.0161 - Relator(a): Marizete Menezes - Julgamento: Órgão Julgador: 3ª. TURMA - Publicação: DJ 13.10.2008) VÍNCULO DE EMPREGO. CABO ELEITORAL. A disposição contida no artigo 100 da Lei nº 9.504/97 não é de aplicação absoluta. Resolve-se a controvérsia na análise do contexto probatório, cabendo ao trabalhador o ônus quanto à elisão da excludente legal, com amparo no artigo 9º, da CLT. Recurso a que se nega provimento em razão da fraude não comprovada. (TRT 2º Região - Proc. 01942-2006-057-02-00-9-RO - Rel. Lizete Belido Barreto Rocha - DOE 25.09.2007) Vínculo empregatício - Cabo eleitoral - inexistência - A prestação de serviços desenvolvidos pelos cabos eleitorais, no período eleitoral, não tem natureza de vínculo empregatício e sim de locação de serviços, tendo em vista inexistir atividade econômica e por força do art. 100 da Lei Eleitoral nº 9.504/97. (TRT 15ª R - Proc. 26220/03-RO - Ac. 14009/04 - 4ª T - Rel.ª Juíza Rita de Cássia Penkal Bernardino de Souza - DOESP 30.04.2004). 4.2 – Enquadra-se Como Contribuinte Individual É considerada como contribuinte individual e deverá obrigatoriamente contribuir para a Previdência nesta categoria de segurado, a pessoa física contratada por partido político ou por candidato a cargo eletivo, para, mediante remuneração, prestar serviços em campanhas eleitorais, em razão do disposto no art. 100 da Lei nº 9.504, de 30 de setembro de 1997 (Artigo 9º, inciso XXI, da IN RFB n° 971/2009). 5. DIREITOS CONTRATUAIS Existem entendimentos de alguns juristas, que os direitos e deveres dos cabos eleitorais ficarão condicionados ao contrato de prestação de serviços, e que os trabalhadores não podem ser tratados de forma diferente, sejam eles contratados para a campanha, ou seja, eles contratados por carteira de trabalho assinada, pois algumas regras devem ser observadas, isso para proteger a saúde dos trabalhadores, independentemente dele ser empregado ou não, principalmente para as condições de trabalho nas ruas. “Ficar exposto ao sol, durante o dia inteiro, sem nenhum líquido, sem água, enfim, sem possibilidade de descansar, não fere precisamente a lei trabalhista, isso fere a Constituição Federal que está acima de qualquer outra legislação. Nesses casos, cabe ao partido político ou comitê financeiro, ao contratar tais trabalhadores, agirem com bom senso, definindo forma de trabalho que priorizem a saúde e a integridade física deles”.

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O “cabo eleitoral” recebe uma remuneração para trabalhar em comícios, carreatas e distribuição de panfletos. Não há restrição legal sobre o valor a ser pago aos cabos eleitorais. Em geral é fixado um valor por dia de trabalho. 6. CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA Conforme a Instrução Normativa RFB nº 872, de 26 de agosto de 2008, a Previdência Social disciplinou o recolhimento das contribuições previdenciárias decorrentes da contratação de pessoal, pelos partidos políticos, comitês financeiros e candidatos a cargos eletivos, para a prestação de serviços nas campanhas eleitorais. “Art. 1 º. IN RFB N° 872/2008. Esta Instrução Normativa disciplina a declaração e o recolhimento das contribuições previdenciárias e das contribuições devidas a outras entidades ou fundos, decorrentes da contratação, por comitê financeiro de partido político e por candidato a cargo eletivo, de pessoal para prestação de serviços em campanha eleitoral”. 6.1 - Partidos Políticos, Comitês Financeiros E Candidatos Ao Contratarem Pessoas Físicas Os partidos políticos, comitês financeiros e candidatos estão obrigados ao cumprimento das obrigações principais e acessórias previstas na Legislação Previdenciária ao contratarem pessoas físicas, considerados como contribuinte individual. De acordo com a Lei n° 9.504/1997, artigo 22-A e §§ 1º e 2º determina que: “Art. 22-A. Candidatos e Comitês Financeiros estão obrigados à inscrição no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica - CNPJ. (Incluído pela Lei nº 12.034, de 2009) § 1o Após o recebimento do pedido de registro da candidatura, a Justiça Eleitoral deverá fornecer em até 3 (três) dias úteis, o número de registro de CNPJ. (Incluído pela Lei nº 12.034, de 2009) § 2o Cumprido o disposto no § 1o deste artigo e no § 1o do art. 22, ficam os candidatos e comitês financeiros autorizados a promover a arrecadação de recursos financeiros e a realizar as despesas necessárias à campanha eleitoral. (Incluído pela Lei nº 12.034, de 2009)”. Então, as contribuições previdenciárias serão recolhidas pelos candidatos a cargos eletivos ou pelos comitês financeiros de partidos políticos que se equiparam a empresa, conforme prevê a Lei nº 8.212/1991, artigo 15, parágrafo único. “Parágrafo único - Equipara-se a empresa, para os efeitos desta Lei, o contribuinte individual em relação a segurado que lhe presta serviço, bem como a cooperativa, a associação ou entidade de qualquer natureza ou finalidade, a missão diplomática e a repartição consular de carreira estrangeiras (Redação dada pela Lei nº 9.876, de 1999)”. “Art. 5º. IN RFB n° 872/2008. O comitê financeiro de partido político tem a obrigação de: I - arrecadar a contribuição do segurado contribuinte individual a seu serviço, descontando-a da respectiva remuneração; e II - recolher o valor arrecadado juntamente com a contribuição a seu cargo, utilizando-se de sua inscrição no Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas (CNPJ). Parágrafo único. Além das obrigações previstas nos incisos I e II do caput , o comitê financeiro de partido político deve arrecadar, mediante desconto no respectivo salário-de-contribuição, e recolher a contribuição ao Serviço Social do Transporte (SEST) e ao Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte (SENAT), devida pelo segurado contribuinte individual transportador autônomo de veículo rodoviário que lhe presta serviços em campanha eleitoral”. 6.1.1 - 20% (Vinte Por Cento) Sobre O Total Das Remunerações Pagas Ou Creditadas Como se trata de uma relação de prestação de serviço de um contribuinte individual para uma empresa, tanto o partido político como o candidato político estarão obrigados ao recolhimento previdenciário patronal de 20% (vinte por cento), conforme o artigo 22, III, da Lei nº 8.212/1991: “Art. 22 - A contribuição a cargo da empresa, destinada à Seguridade Social, além do disposto no art. 23, é de:

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III - 20% (vinte por cento) sobre o total das remunerações pagas ou creditadas a qualquer título, no decorrer do mês, aos segurados contribuintes individuais que lhe prestem serviços”. 6.2 - Cabo Eleitoral – Contribuinte Individual Como já vimos à contratação de pessoal para a prestação de serviços exclusivamente nas campanhas eleitorais não gera vínculo empregatício com o candidato ou partido contratante. Desta forma, as pessoas contratadas para trabalhar para os comitês nas campanhas eleitorais são consideradas contribuintes individuais para efeitos previdenciários. De acordo com a IN RFB n° 971/2009, artigo 9º, inciso XXI, o cabo eleitoral enquadra-se como segurado obrigatório da Previdência Social, na categoria de contribuinte individual. “Art. 9º Deve contribuir obrigatoriamente na qualidade de contribuinte individual: XXI - a pessoa física contratada por partido político ou por candidato a cargo eletivo, para, mediante remuneração, prestar serviços em campanhas eleitorais, em razão do disposto no art. 100 da Lei nº 9.504, de 30 de setembro de 1997”. E o artigo 2° da IN RFB n° 872/2008 determina que é segurado contribuinte individual, nos termos das alíneas “g” e “h” do inciso V do art. 12 da Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991, a pessoa física contratada, respectivamente, por comitê financeiro de partido político ou por candidato a cargo eletivo, para prestação de serviços em campanha eleitoral. 6.2.1 – Retenção De 11% (Onze Por Cento) O comitê deverá reter do contribuinte individual 11% (onze por cento) sobre o valor pago e repassar ao INSS (Lei nº 8.212/1991, artigo 12, inciso V, alínea “g” e artigo 216, § 26, do Decreto n° 3.048/999). “Art. 216, artigo 226, § 26, do Decreto n° 3.048/1999. A alíquota de contribuição a ser descontada pela empresa da remuneração paga, devida ou creditada ao contribuinte individual a seu serviço, observado o limite máximo do salário-de-contribuição, é de onze por cento no caso das empresas em geral e de vinte por cento quando se tratar de entidade beneficente de assistência social isenta das contribuições sociais patronais. (Incluído pelo Decreto nº 4.729, de 2003)”. 6.3 – Contribuição Condutor Autônomo O salário-de-contribuição do condutor autônomo de veículo rodoviário (inclusive o taxista), do auxiliar de condutor autônomo e do operador de máquinas, bem como do cooperado filiado a cooperativa de transportadores autônomos, conforme estabelecido no § 4º do art. 201 do RPS, corresponde a 20% (vinte por cento) do valor bruto auferido pelo frete, carreto, transporte, não se admitindo a dedução de qualquer valor relativo aos gastos com combustível e manutenção do veículo, ainda que parcelas a este título figurem discriminadas no documento (§ 2°, artigo 55 da IN RFB n° 971/2009). O salário-de-contribuição pago ou creditado ao condutor autônomo de veículo rodoviário, pelo frete, carreto ou transporte de passageiros, é 20% (vinte por cento) do rendimento bruto, ou seja, a base de cálculo da contribuição corresponde a 20% (vinte por cento) do valor bruto (Artigo 111-I, inciso I, da Instrução Normativa RFB nº 971/2009). “Art. 55, § 2º. IN RFB n° 971/2009. O salário-de-contribuição do condutor autônomo de veículo rodoviário (inclusive o taxista), do auxiliar de condutor autônomo e do operador de máquinas, bem como do cooperado filiado a cooperativa de transportadores autônomos, conforme estabelecido no § 4º do art. 201 do RPS, corresponde a 20% (vinte por cento) do valor bruto auferido pelo frete, carreto, transporte, não se admitindo a dedução de qualquer valor relativo aos dispêndios com combustível e manutenção do veículo, ainda que parcelas a este título figurem discriminadas no documento”. Também tem a contribuição para o SEST - Serviço Nacional de Transporte (1,5% - um inteiro e cinco décimos por cento) e o SENAT - Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte (1,0% - um por cento), que também é retida pela empresa contratante e repassada ao INSS, com informação na GFIP, cujo cálculo não observará o limite máximo do salário-de-contribuição (Artigo 65, § 5º, da Instrução Normativa nº 971/2009). Então, ao contratar condutor deverá reter dele os 11% (onze por cento) sobre a base dos 20% (vinte por cento) do valor total do frete, como também 2,5% para o SEST e SENAT e a parte patronal 20% (vinte por cento) sobre o total do frete.

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Observação: Matéria completa sobre o condutor autônimo, vide Boletim INFORMARE n° 21/2014 – Contribuinte Individual, em assuntos previdenciários. 6.4 - Recolhimento – SEFIP/GFIP O comitê deverá recolher 20% (vinte por cento) a seu cargo incidente sobre o valor a pagar e informar através do SEFIP, juntamente com o valor da contribuição de 11% (onze por cento) descontada do contribuinte individual (Lei nº 8.212/1991, artigo 12, inciso V, alínea “g”, e Lei nº 8.213/1991, artigo 11, inciso V, alínea “g”). “Art. 6º. IN RFB n° 872/2008. A ocorrência de fatos geradores de contribuições previdenciárias e de contribuições devidas a outras entidades ou fundos, bem como as demais informações pertinentes, deverão ser declaradas à Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB) mediante Guia de Recolhimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço e Informações à Previdência Social (GFIP)”. Algumas informações a serem preenchidas no SEFIP/GFIP: a) CNAE de acordo com a atividade estabelecida no CNPJ; b) FPAS de acordo com o CNAE (IN RFB n° 971/2009, ANEXO I); c) Código do segurado contribuinte individual: 13; d) Código de recolhimento em GPS 2100. Observação: Informações detalhadas e adicionais, a respeito do preenchimento do SEFIP, vide no capítulo II, do Manual SEFIP 8.4. Segue abaixo nos subitens, algumas informações importantes. 6.4.1 – Prazo De Vencimento Da Contribuição - Até O Dia 20 Do Mês Subsequente A empresa contratante deverá recolher o valor da retenção do contribuinte individual juntamente com as contribuições a seu cargo (Artigo 80 da Instrução Normativa nº 971/2009, com alterações dadas pela Instrução Normativa RFB nº 1.027/2010), a partir da competência novembro de 2008, até o dia 20 (vinte) do mês subsequente ao da competência. Observação: Quando não houver expediente bancário na data definida para o pagamento será antecipado para o dia útil imediatamente anterior, ou seja, a data do pagamento é antecipada quando o dia 20 (vinte) cair no dia que não tem expediente bancário. 7. ELEITORES CONVOCADOS PARA TRABALHAR NAS ELEIÇÕES - DISPENSA DO TRABALHO Ao empregado convocado para trabalhar nas eleições, a lei prevê 2 (dois) dias de folga para cada dia trabalhado nas eleições, mediante declaração expedida pelo Juiz Eleitoral, sem prejuízo do salário, vencimento, ou qualquer vantagem (Lei nº 9.504/1997, artigo 98). Exemplo: O empregado é convocado para auxiliar os trabalhos referentes às eleições por 3 (três) dias, então, ele terá direito a 6 (seis) dias de folga. Entende-se por dias de convocação quaisquer eventos que a Justiça Eleitoral repute necessários à realização do pleito, inclusive as hipóteses de treinamentos e de preparação ou montagem de locais de votação. A orientação vem do TSE através da Resolução TSE nº 22.747, de 27 de março de 2008 e vale para instituições públicas e privadas. “Art. 1°, § 2° da Resolução do TSE n° 22.747/2008. A expressão dias de convocação abrange quaisquer eventos que a Justiça Eleitoral repute necessários à realização do pleito, inclusive as hipóteses de treinamentos e de preparação ou montagem de locais de votação (Res.-TSE n° 22.424, de 26 de setembro de 2006)”. Observação: Não existe previsão legal, mas a melhor época para a concessão das folgas é logo após as eleições, para que o empregado possa descansar e retornar às atividades normalmente. Ressaltamos que os dias de compensação não podem ser convertidos em retribuição pecuniária.

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8. FERIADO NACIONAL A Lei n° 4.737, de 15 de julho de 1965, em seu artigo 380 estabelece que será feriado nacional o dia em que se realizarem eleições de data fixada pela Constituição Federal; nos demais casos, serão as eleições marcadas para um domingo ou dia já considerado feriado por lei anterior. O artigo 11, § 4° do Decreto n° 27.048/1949, estabelece que para os efeitos do pagamento da remuneração, entende-se como semana o período da segunda-feira a domingo, anterior à semana em que recair o dia de repouso. Conforme dispõe o artigo 6º, § 3º, do Decreto nº 27.048/1949, entende-se que se pagará em dobro. “Art. 6º, § 3º Nos serviços em que for permitido o trabalho nos feriados civis e religiosos, a remuneração dos empregados que trabalharem nesses dias será paga em dobro, salvo a empresa determinar outro dia de folga”. “Art. 9º Nos dias de repouso, em que for permitido o trabalho, é vedada às empresas a execução de serviços que não se enquadrem nos motivos determinantes da permissão”. De acordo com a Lei n° 605/49, artigo 9°, determina que nas atividades em que não for possível, em virtude das exigências técnicas das empresas, a suspensão do trabalho, nos dias feriados civis e religiosos, a remuneração será paga em dobro, salvo se o empregador determinar outro dia de folga. Com a alteração da súmula do TST nº 146, o trabalho prestado em domingos e feriados, não compensado, deve ser pago em dobro, ou seja, 100% (cem por cento). “SÚMULA Nº 146 DO TST (TRABALHO EM DOMINGOS E FERIADOS), NÃO COMPENSADO (incorporada à Orientação Jurisprudencial nº 93 da SBDI-1) - Res. nº 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003: O trabalho prestado em domingos e feriados, não compensado, deve ser pago em dobro, sem prejuízo da remuneração relativa ao repouso semanal”. Observação: Vale ressaltar que o voto é um dever, ou seja, o cidadão está obrigado a exercer o seu direito de votar. 9. EMPREGADO CELETISTA CANDIDATO A Legislação não traz previsão de dispensa para o empregado celetista realizar a campanha eleitoral. Desta forma, a candidatura do empregado ao pleito eleitoral não interfere na relação de emprego, isto é, ele deve continuar cumprindo suas obrigações de empregado, sendo que não há estabilidade de emprego, e as faltas ao trabalho poderão ser descontadas, caso não tenha justificativa, conforme prevê o artigo 473 da CLT. 9.1 - Licença Não Remunerada Como foi visto no item “9” não existe previsão legal obrigando o empregador a dispensar o empregado candidato às eleições, mas poderá em comum acordo suspender o contrato de trabalho, como licença não remunerada. Licença de forma geral manifesta a autorização concedida a alguém para que ela possa fazer ou deixar de fazer alguma coisa, em um determinado período, ou seja, é a permissão concedida ao empregado para ausentar-se do trabalho por alguma razão e por algum tempo. E essa licença pode ser concedida devido a vários acontecimentos, tanto com previsão legal ou por consentimento do empregador. Também entende-se por licença a dispensa do trabalho ou do serviço, podendo ser remunerada ou não, ou mesmo, demonstra a permissão de dispensa ou desobrigação de fazer aquilo a que se estava obrigado a fazer. O empregado pertencente à iniciativa privada também poderá se afastar de suas atribuições, no entanto, as empresas não estão obrigadas a pagar a remuneração do período. Ressalta-se, que o artigo 444 da CLT dispõe que as relações de trabalho podem ser objeto de livre estipulação das partes, desde que não transgrida as disposições de proteção ao trabalho, aos contratos coletivos que lhes sejam aplicáveis e às decisões das autoridades competentes. Importante: “O artigo 25 da Lei n° 7.664/88, que tratava a respeito do afastamento dos servidores públicos foi revogado pela Lei Complementar n° 64/90, porém não está claro quanto ao parágrafo único se foi revogado também”.

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9.1.1 - Procedimentos Na Concessão O empregador não está obrigado a conceder licenças não previstas em lei. E caso ocorra concessão de licença não prevista em lei, a forma de sua concessão poderá configurar suspensão ou interrupção do contrato de trabalho individual, conforme acordem as partes (empregador e empregado). O empregador poderá conceder licenças não previstas em lei a pedido do empregado, porém deverá tomar alguns cuidados, conforme abaixo: a) interrupção do contrato, paga-se salário e conta como tempo de serviço (FGTS, Férias, 13º Salário, etc.); b) suspensão do contrato, não se paga salário e não conta como tempo de serviço (FGTS, Férias, 13º Salário, etc.). “No caso do empregador concordar com o afastamento do empregado de suas atividades, as partes poderão combinar as condições em que se dará esse afastamento, sendo com ou sem salário, pois não há obrigação de pagar salário, ou mesmo com suspensão ou manutenção de alguns benefícios. E ressalta-se, que durante o período de suspensão contratual, o empregado não poderá ser demitido”. A licença não-remunerada não é prevista na Legislação Trabalhista, como já foi visto, exceção feita àquela fundamentada pelo art. 543, § 2º, da CLT, que considera como licença não-remunerada, salvo assentimento da empresa ou cláusula contratual, o tempo em que o empregado eleito para cargo de administração sindical ou representação profissional se ausentar do trabalho para exercer os referidos cargos no sindicato, inclusive no órgão de deliberação coletiva. Observações: Como a licença não-remunerada é do interesse do empregado, deve ser documentada, ou seja, o pedido deve ser formalizado por escrito. A licença não-remunerada concedida ao empregado e por interesse pessoal, como exemplo sua locomoção para localidade distante por motivo particular, será caracterizado a suspensão do contrato, mas se o empregador remunerar será interrupção do contrato. Matéria completa sobre licença remunerada e não remunerada, vide Boletim INFORMARE n° 34/2012. Jurisprudência: EMPREGADO CELETISTA - SUSPENSÃO DO CONTRATO DE TRABALHO - CAMPANHA ELEITORAL - POSSIBILIDADE. A lei concede ao empregado celetista o direito de postular junto ao seu empregador a suspensão do seu contrato de trabalho, logo, sem a percepção de remuneração nesse período, para dedicar-se à campanha eleitoral, conforme inteligência extraída da norma do parágrafo único do artigo 25 da Lei 7.664/88. (TRT-14ª R. - RO 00530.2006.403.14.00-7 - Relatora juíza Maria do Socorro Costa Miranda - DOJT 15-01-2007.) Fundamentos Legais: Os citados no texto e Bol. INFORMARE nº 34/2010.