Apostila Matemática Cálculo CEFET Capítulo 06 - Integral Def

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    Captulo 6

    INTEGRAO INDEFINIDA

    6.1 Introduo

    Na primeira parte do captulo mostraremos como obter uma funo conhecendo apenas a suaderivada. Este problema chamado de integrao indefinida.

    Definio 6.1. Uma funo chamada uma primitiva da funo no intervalo se para todo, tem-se:

    Muitas vezes no faremos meno ao intervalo , mas a primitiva de uma funo sempre serdefinida sobre um intervalo.

    Exemplo 6.1.

    [1] Seja , ento uma primitiva de em , pois .

    tambm uma primitiva de em , pois . Na verdade,

    , para todo primitiva de pois .

    [2] Seja , ento , para todo uma primitiva de . De fato,.

    [3] Seja:

    No existe funo definida em todo cuja derivada seja igual a . Por outro lado, considerea seguinte funo:

    239

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    240 CAPTULO 6. INTEGRAO INDEFINIDA

    uma funo contnua em todo e se . Logo, uma primitivade em .

    Em geral, uma funo admite uma infinidade de primitivas sobre um intervalo. o queassegura a seguinte proposio:

    Proposio 6.1. Seja uma primitiva da funo no intervalo . Ento, , , tambm primitiva de no intervalo .

    A pergunta natural que surge, a seguir, : se e so primitivas de uma funo sobre umintervalo, ser que e esto relacionadas de alguma forma? A resposta a esta questo dadapela seguinte proposio:

    Proposio 6.2. Se e so primitivas de uma funo num intervalo , ento existe tal que, para todo .

    Prova: Seja ; ento, para todo , temos que:. Como consequncia do Teorema do Valor Mdio, para todo , ;

    ento, para todo ,

    Em outras palavras, duas primitivas de uma funo diferem por uma constante. Logo, se co-nhecemos uma primitiva de uma funo, conhecemos todas as primitivas da funo. De fato,basta somar uma constante primitiva conhecida para obter as outras.

    Exemplo 6.2.

    [1] Seja . Uma primitiva desta funo ; logo, toda primitiva de do tipo .

    -6 -4 -2 2 4 6

    -2

    -1

    1

    2

    3

    Figura 6.1: Grficos de e algumas primitivas de .

    [2] Seja . Uma primitiva desta funo ; logo, toda primitiva de do tipo , .

    Definio 6.2. Seja uma primitiva da funo no intervalo . A expresso chamada a integral indefinida da funo e denotada por:

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    6.1. INTRODUO 241

    Note que

    em particular:

    Teorema 6.1. (Linearidade da Integral) Sejam , primitivas de e , respectivamente, numintervalo e . Ento, uma primitiva de , e:

    Prova: Se e so primitivas de e , respectivamente, ento primitiva de; logo:

    Exemplo 6.3.

    Calcule as seguintes integrais:

    [1] .

    [2] .

    [3] .

    [1] Usando o Teorema, podemos decompor a integral em duas outras integrais:

    Sabemos que e , ento:

    [2] Usando o Teorema de linearidade, podemos escrever a integral como:

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    242 CAPTULO 6. INTEGRAO INDEFINIDA

    Como e , ento:

    [3] Observe que ; logo:

    Assim o processo de integrar se reduz a descobrir uma funo conhecendo apenas sua deriva-da; usando a tabela de derivadas do captulo anterior, obtemos uma lista de integrais chamadasimediatas. Esta lista pode ser comprovada derivando cada resultado da integral e consultandoa tabela de derivada. Por exemplo, na tabela de derivadas do captulo anterior temos que:

    ento

    No entanto, no incluimos como imediatas, por exemplo, integrais do tipo , pois no evidente encontrar uma funo que tem como derivada . Para resolver este impasse,estudaremos os chamados mtodos de integrao, que nos permitiro calcular integrais noimediatas.

    6.2 Tabela

    Usaremos como varivel independente .

    1.

    2.

    3.

    4. , ( )

    5.

    6.

    7.

    8.

    9.

    10.

    11.

    12.

    13.

    14.

    15.

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    6.3. MTODO DE SUBSTITUIO 243

    16.

    17.

    18.

    19.

    20.

    21.

    22.

    23.

    Mtodos de Integrao

    Nas prximas sees apresentaremos os mtodos mais utilizados que nos permitiro determi-nar uma grande quantidade de integrais no imediatas. O primeiro a ser estudado se baseia naregra da cadeia.

    6.3 Mtodo de Substituio

    Sejam uma primitiva de num intervalo e uma funo derivvel tal que estejadefinida. Usando a regra da cadeia; temos, . Logo,

    uma primitiva de , ento:

    fazendo , tem-se ; substituindo na expresso anterior:

    Exemplo 6.4.

    Calcule as seguintes integrais:

    [1] Fazendo , ento . Substituindo na integral:

    [2] Fazendo , ento . Substituindo na integral:

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    244 CAPTULO 6. INTEGRAO INDEFINIDA

    [3] . Fazendo , ento ou, equivalentemente, . Substi-

    tuindo na integral:

    [4] . Fazendo , ento . Substituindo na integral:

    [5] . Fazendo , ento . Substituindo na integral:

    [6] . Reescrevemos a integral fazendo: . Se ,

    ento ou, equivalentemente, . Substituindo na integral:

    [7] . Reescrevemos a integral como: .

    Fazendo , ento . Substituindo na integral:

    Muitas vezes, antes de efetuar uma substituio adequada, necessrio fazer algumas mani-pulaes, como, por exemplo, o completamento de quadrados.

    [8] Calcule . Completando os quadrados ; ento,

    Fazendo , teremos . Substituindo na integral:

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    6.4. INTEGRAIS DE PRODUTOS E POTNCIAS DE FUNES TRIGONOMTRICAS 245

    6.3.1 Outros Tipos de Substituies

    Exemplo 6.5.

    Calcule as seguintes integrais:

    [1] . Fazendo , ento e ;

    [2] . Fazendo , ento e ;

    [3] . Seja ; ento, e ; .

    [4] . Fazendo , e . Logo, e

    .

    6.4 Integrais de Produtos e Potncias de Funes Trigonomtricas

    Exemplo 6.6.

    Calcule as seguintes integrais:

    [1] . Se , utilizamos :

    ento:

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    246 CAPTULO 6. INTEGRAO INDEFINIDA

    Se , utilizamos ; ento:

    [2] . Como , fazendo

    , temos e:

    [3] . Fatorando ;

    [4]

    Fazendo , temos . Substituindo na integral:

    Estes exemplos nos mostram que para determinar a primitiva de uma integral que envolveprodutos ou potncias de funes trigonomtricas necessrio, em primeiro lugar, transfor-mar a funo a integrar por meio de identidades trigonomtricas conhecidas, para depois usaralguns dos mtodos.

    6.5 Mtodo de Integrao por Partes

    Sejam e funes derivveis no intervalo . Derivando o produto :

    ou, equivalentemente, . Integrando ambos os lados:

    fazendo: e , temos: e . Logo:

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    6.5. MTODO DE INTEGRAO POR PARTES 247

    Este mtodo de integrao nos permite transformar a integrao de na integrao de . importante saber escolher a substituio e na integral de partida. Devemos escolher

    tal que permita determinar . As expresses de e devem ser mais simples que as de e, respectivamente.

    Exemplo 6.7.

    Calcule as seguintes integrais:

    [1] . Faamos e ; ento, e ; logo:

    [2] . Faamos e ; ento, e ; logo:

    [3] . Faamos e ; ento, e ; logo:

    Calculemos agora , novamente por partes. Fazendo e , temose ; logo:

    Ento:

    [4] ; . Faamos e ; ento, e

    ; logo:

    (6.1)

    Calculemos , novamente integrando por partes. Fazendo e

    , temos e ; logo:

    (6.2)

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    248 CAPTULO 6. INTEGRAO INDEFINIDA

    Denotemos por . Ento, de 6.1 e 6.2, temos:

    Pois a ltima integral exatamente a integral procurada e podemos pass-la ao outro lado daigualdade:

    Logo, .

    [5] . Aqui usamos os dois mtodos:

    Substituio: seja ; ento, ou ;

    Integrando por partes, fazemos e ; ento, e :

    [6] . Aqui usamos, novamente, os dois mtodos:

    Substituio: seja ; ento, ou ;

    Integrando por partes: fazemos e ; ento, e :

    [7] . Aqui usamos, novamente, os dois mtodos:

    Substituio: seja ; ento, ou e ;

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    6.6. MTODO DE SUBSTITUIO TRIGONOMTRICA 249

    Integrando por partes: fazemos e ; ento, e :

    6.6 Mtodo de Substituio Trigonomtrica

    Este mtodo usado quando a expresso a integrar envolve alguns dos seguintes tipos deradicais:

    onde .

    Caso 1:

    Para , seja ; ento, . Logo .Denotando por :

    ua

    c

    Figura 6.2: Caso 1

    Caso 2:

    Para , seja ; ento, . Logo .

    Denotando por :

    a

    ud

    Figura 6.3: Caso 2

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    250 CAPTULO 6. INTEGRAO INDEFINIDA

    Caso 3:

    Para ou , seja ; ento, . Logo

    . Denotando por :

    a

    u e

    Figura 6.4: Caso 3.

    Exemplo 6.8.

    Calcule as seguintes integrais:

    [1] .

    Seja ; ento, ; e .

    e ; ento, ; estamos no caso 1: xa

    c onde

    ; logo, e . Substituindo no resultado da integral:

    [2] . Seja ; ento, ; . Em tal caso

    :

    Estamos no caso 2: d

    a

    x

    ; onde e . Logo, . Substituin-do:

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    6.6. MTODO DE SUBSTITUIO TRIGONOMTRICA 251

    [3] . Seja ; ento, ; . Neste caso,

    :

    Estamos no caso 1: xa

    c onde ; logo, ; ento, .Substituindo no resultado da integral:

    [4] . Reescrevendo a integral: . Seja ; ento,; ou ( ). Neste caso, :

    Estamos no caso 3: x e

    1/3 onde ; logo, e .Substituindo no resultado da integral:

    [5] . Seja ; ento, ; ou .

    Neste caso e:

    Estamos no caso 3: x

    4

    e

    onde ; logo, . Para calcular

    , devemos ter cuidado, pois definida para e .Se , ento e , onde . Se , ento

    e , onde . Mas e ; logo, para, , onde ; substituindo no resultado da integral:

    i) :

    ii) : onde .

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    252 CAPTULO 6. INTEGRAO INDEFINIDA

    [6] . Primeiramente completamos os quadrados: ;

    fazendo , temos . Substituindo na integral:

    Seja ; ento ; e .

    Estamos no caso 1: . Substituindo no resultado da integral:

    [7] . Completando os quadrados: ; fazendo

    , temos . Substituindo na integral:

    Seja ; ento e :

    Estamos no caso 2: e . Substituindo no resultadoda integral:

    6.7 Mtodo para Integrao de Funes Racionais

    Um polinmio de coeficientes reais podeser sempre expresso como um produto de fatoreslineares e/ou quadrticos. Naturalmente esta decomposio depende essencialmente do grau

    de .i) ou

    ii) ou

    iii) ou

    iv) .

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    6.7. MTODO PARA INTEGRAO DE FUNES RACIONAIS 253

    Exemplo 6.9.

    [1] .

    [2] .[3] .

    [4] .

    Seja uma funo racional . A decomposio de uma funo racional em fraes mais

    simples, depende do modo em que o polinmio se decompe em fatores lineares e/ouquadrticos. Se numa funo racional o grau de maior ou igual ao grau de , entopodemos dividir os polinmios. De fato, se ento

    onde ; ento, Logo, basta estudar o caso em

    que:

    pois, caso contrrio efetuamos a diviso dos polinmios.

    Caso 1: se decompe em fatores lineares distintos.

    Ento:

    onde so distintos dois a dois; ento

    onde so constantes a determinar.

    Calculemos .

    Fazendo ; ento, ; logo:

    onde so constantes a determinar.

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    254 CAPTULO 6. INTEGRAO INDEFINIDA

    Exemplo 6.10.

    Calcule as seguintes integrais:

    [1] . Observe que . Dividindo os polin-

    mios:

    A seguir, aplicamos o mtodo ltima parcela da direita:

    Calculemos . Fatorando: ; temos:

    Comparando os numeradores: . As razes do polinmio soe ; agora substituimos cada raiz na ltima expresso. Se teremos

    e . Se , ento e . Logo, podemos decompor a frao inicialem:

    Ento, pelo Caso 1: A integral procurada :

    [2] . Note que . Dividindo os polin-

    mios:

    Ento:

    Aplicando o mtodo ltima parcela da direita, calculemos . Primei-

    ro observemos que :

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    6.7. MTODO PARA INTEGRAO DE FUNES RACIONAIS 255

    Comparando os numeradores: ;as razes do polinmio so , e ; agora substituimos cada raiz na ltimaexpresso.

    Se , ento, ; se ento, e se , ento, . A frao inicialpode ser decomposta em:

    Pelo Caso 1, temos: . A integral procurada :

    Nos exemplos anteriores a forma de determinar os coeficientes equivalente a resolver umsistema de equaes.

    Consideremos o exemplo 2. .Ordenando o segundo membro em potncias de , temos:

    Comparando os polinmios e sabendo que dois polinmios soiguais se e somente se os coeficientes dos termos do mesmo grau so iguais, temos que resolvero seguinte sistema:

    que tem como soluo: , e .

    [3] .

    ; e ; aplicando o mtodo:

    Comparando os numeradores: ; as razes do polinmio soe ; agora substituimos cada raiz na ltima expresso. Se , ento, e

    se , ento, . A frao inicial pode ser decomposta em:

    Pelo Caso 1, temos:

    Aplicamos esta ltima frmula para completamento de quadrados.

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    256 CAPTULO 6. INTEGRAO INDEFINIDA

    Exemplo 6.11.

    Calcule as seguintes integrais:

    [1] . Como : Fazendo ,

    temos . Substituindo:

    onde as ltimas igualdades so obtidas pela frmula anterior.

    [2] . Completando os quadrados e fazendo ,

    temos . Substituindo:

    onde as ltimas igualdades so obtidas pela frmula anterior.

    Caso 2: se decompe em fatores lineares, alguns deles repetidos.

    Seja o fator linear de de multiplicidade e a maior potncia da fatorao. Ento,a cada fator linear repetido associamos uma expresso do tipo:

    onde so constantes a determinar. Em tal caso, integrando esta expresso obte-mos:

    Os fatores lineares no repetidos so tratados como no caso 1.

    Exemplo 6.12.

    Calcule as seguintes integrais:

    [1] . Como e . O fator

    tem multiplicidade 2 e o fator como no caso 1.

    Comparando os numeradores: . As razes dopolinmio so: e ; agora, substituimos cada raiz na ltima expresso. Se

    , ento e se , ento . Falta determinar . Para calcular o valor

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    6.7. MTODO PARA INTEGRAO DE FUNES RACIONAIS 257

    da constante , formamos o sistema de equaes, obtido da comparao dos coeficientes dospolinmios. ; ento:

    Como sabemos os valores de e obtemos, facilmente, ; ento:

    logo,

    [2] .Como ; . O fator tem multiplicidade 2e os fatores so como no caso 1.

    Comparando os numeradores:

    ; asrazes do polinmio so: , e . Agora substituimos cada raiz na ltimaexpresso. Se , ento ; se , ento e se , ento . Faltadeterminar . Para calcular o valor da constante , formamos o sistema de equaes obtido

    da comparao dos coeficientes dos polinmios.

    note que o coeficiente da potncia cbica nos d o valor de . De fato, sendo ,ento .

    logo: .

    Caso 3: se decompe em fatores lineares e fatores quadrticos irredutveis, sen-do que os fatores quadrticos no se repetem

    A cada fator quadrtico de associamos uma expresso do tipo:

    onde so constantes a determinar. Os fatores lineares so tratados como no caso 1 e 2.

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    258 CAPTULO 6. INTEGRAO INDEFINIDA

    Exemplo 6.13.

    Calcule as seguintes integrais:

    [1] Calcule .

    Primeiramente observamos que . Fatorando. O nico fator quadrtico irredutvel ; o fator como no caso 1.

    Comparando os numeradores:

    . A raizreal do polinmio ; agora substituimos esta raiz na ltima expresso. Se ,

    ento . Formamos o sistema de equaes, obtido da comparao dos coeficientes dospolinmios: , logo e implica em .

    Portanto: , onde a ltima inte-

    gral resolvida usando substituio simples.

    [2] Calcule .

    Primeiramente observamos que . Fatorando. O nico fator quadrtico irredutvel . O fator como

    no caso 1.

    Comparando os numeradores:

    ;a raiz real do polinmio ; substituindo esta raiz na ltima expresso: Se ,ento . Formamos o sistema de equaes, obtido da comparao dos coeficientes dospolinmios: ; logo e ; logo . Ento:

    logo:

    onde a ltima integral resolvida usando substituies; de fato: .Ento, considere ; logo e:

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    6.7. MTODO PARA INTEGRAO DE FUNES RACIONAIS 259

    A segunda integral imediata, pois:

    Na primeira integral fazemos ; logo :

    e: .

    [3] Calcule . Observemos que ;

    e so fatores quadrticos irredutveis. Temos:

    Comparando os numeradores:

    .

    Formando o sistema de equaes, obtido da comparao dos coeficientes dos polinmios:

    Resolvendo o sistema: , , e ; logo:

    Integrando, aps a decomposio da funo integranda, obtemos quatro integrais, a primeira resolvida por substituio simples, a segunda imediata, a terceira e quarta so resolvidas porcompletamento de quadrados.

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    260 CAPTULO 6. INTEGRAO INDEFINIDA

    Caso 4: se decompe em fatores lineares e fatores quadrticos irredutveis, sen-do que alguns dos fatores quadrticos se repetem

    Se um fator quadrtico de tem multiplicidade , a esse fator quadrticoassociamos uma expresso do tipo:

    onde so constantes a determinar, . Os outros fatores so tratados como noscasos 1, 2 e 3.

    Exemplo 6.14.

    Calcule as seguintes integrais:

    [1] Calcule .

    Primeiramente observamos que e o nico fator quadrticoirredutvel, de multiplicidade 2.

    Comparando os numeradores:

    . Formando e resolvendoo sistema de equaes obtido da comparao dos coeficientes dos polinmios e lembrando que

    tem uma raiz real , obtemos, , , , e Logo:. Calculando as integrais correspondentes:

    [2] Calcule .

    Primeiramente observamos que e o nico fator quadrticoirredutvel, de multiplicidde 3.

    Formando e resolvendo o sistema de equaes obtido da comparao dos coeficientes dos po-linmios; obtemos, , B=1 e Logo:

    e .

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    6.8. MUDANA: TANGENTE DO NGULO MDIO 261

    6.8 Mudana: Tangente do ngulo Mdio

    Se a funo integranda envolve expresses do tipo: , ou combinaes

    destas, utilizamos a mudana ; logo:

    e

    Por exemplo:

    Exemplo 6.15.

    [1] Calcule . Neste caso e ; logo:

    [2] Calcule .Utilizando as mudanas: ; logo:

    6.9 Aplicaes da Integral Indefinida

    6.9.1 Obteno de Famlias de Curvas

    Seja uma funo derivvel. O coeficiente angular da reta tangente ao grfico deno ponto . Inversamente, se um coeficiente angular dado por ,por integrao determina-se uma famlia de funes: , onde uma constantearbitrria.

    Exemplo 6.16.

    [1] Obtenha a equao de uma famlia de curvas, sabendo que o coeficiente angular da retatangente cada curva, num ponto, igual a menos duas vezes a abscissa do ponto. Obtenha aequao da curva que passa pelo ponto .

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    262 CAPTULO 6. INTEGRAO INDEFINIDA

    Temos ; integrando: No ponto , tem-se

    ; ento, e .

    [2] Em todos os pontos de uma curva tem-se que . Obtenha a equao dacurva, se esta passa pelo ponto e a reta tangente nesse ponto paralela reta .Temos ; integrando:

    O coeficiente angular da reta: e a reta tangente curva no ponto (1,1) paralela a esta reta: ; logo, e . Integrandonovamente: (azul). Usando o fato de que temos e

    (verde).

    -2 -1 1 2

    -1

    1

    2

    Figura 6.5:

    6.9.2 Outras aplicaes

    Exemplo 6.17.

    [1] A taxa de produo de uma mina de cobre anos aps a extrao ter comeado foi calculadacomo mil toneladas por ano. Determine a produo total de cobre ao final doano .

    Seja a produo total ao final do ano ; ento, a taxa de produo ; logo,; integrando:

    Ao final do ano zero a produo zero; logo, , donde obtemos ; portanto, aproduo total de cobre ao final do ano dada por:

    [2] A temperatura de um lquido . Coloca-se o lquido em um depsito cuja temperatura,mantida constante igual a . Passados minutos a temperatura do lquido . Sabendo

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    6.9. APLICAES DA INTEGRAL INDEFINIDA 263

    que a velocidade de resfriamento proporcional diferena que existe entre a temperatura dolquido e a do depsito, qual a temperatura do lquido aps minutos?

    Seja a temperatura do lquido no instante , e . A velocidadede resfriamento proporcional diferena que existe entre a tenperatura do lquido e a dodepsito. Ento, , . Devemos determinar .

    . Como , ento:

    logo, ; ento:

    donde ; logo, e ; ento:

    [3] (Lei de resfriamento de Newton): A taxa de variao da temperatura de umcorpo proporcional diferena entre a temperatura ambiente (constante) e a temperatura

    , isto :

    Para determinar , integramos em relao a :

    obtendo

    logo, . Se a temperatura inicial ; ento, e:

    [4] (Crescimento populacional inibido): Considere uma colnia de coelhos com populaoinicial numa ilha sem predadores. Se a populao pequena, ela tende a crescera uma taxa proporcional a si mesma; mas, quando ela se torna grande, h uma competio

    crescente por alimento e espao e cresce a uma taxa menor. Estudos ecolgicos mostram quea ilha pode suportar uma quantidade mxima de indivduos, se a taxa de crescimento dapopulao conjuntamente proporcional a e a ; logo:

    Para determinar , integramos em relao a , aplicando o mtodo de fraes parciais:

    logo,

  • 7/30/2019 Apostila Matemtica Clculo CEFET Captulo 06 - Integral Def

    26/32

    264 CAPTULO 6. INTEGRAO INDEFINIDA

    e:

    Como , ; ento,

    logo, donde:

    que uma funo logstica de populao limite .

    6.10 Exerccios

    1. Calcule as seguintes integrais usando a tabela e, em seguida, derive seus resultados paraconferir as respostas:

    (a)

    (b)

    (c)

    (d)

    (e)

    (f)

    (g)

    (h)

    (i)

    (j)

    (k)

    (l)

    (m)

    (n)

    (o)

    (p)

    (q)

    (r)

    (s)

    (t)

    2. Calcule as seguintes integrais usando o mtodo de substituio:

    (a)

    (b)

    (c)

    (d)

    (e)

    (f)

    (g)

    (h)

    (i)

  • 7/30/2019 Apostila Matemtica Clculo CEFET Captulo 06 - Integral Def

    27/32

    6.10. EXERCCIOS 265

    (j)

    (k)

    (l)

    (m)

    (n)

    (o)

    (p)

    (q)

    (r)

    (s)

    (t)

    (u)

    (v)

    (w)

    (x)

    (y)

    (z)

    3. Calcule as seguintes integrais, usando as substituies dadas:

    (a) use

    (b) use

    (c) use

    (d) use

    (e) use

    (f) use

    4. Calcule as seguintes integrais usando o mtodo de integrao por partes:

    (a)

    (b)

    (c)

    (d)

    (e)

    (f)

    (g)

    (h)

    (i)

    (j)

    (k)

    (l)

    (m)

    (n)

    (o)

    (p)

    (q)

    (r)

    (s)

    (t)

    (u)

    (v)

    (w)

    (x)

    (y)

    (z)

  • 7/30/2019 Apostila Matemtica Clculo CEFET Captulo 06 - Integral Def

    28/32

    266 CAPTULO 6. INTEGRAO INDEFINIDA

    5 Calcule as seguintes integrais usando primeiramente o mtodo de substituio e depois,integrao por partes:

    (a)

    (b)

    (c)

    (d)

    (e)

    (f)

    6 Calcule as seguintes integrais que envolvem potncias de funes trigonomtricas:

    (a)

    (b)

    (c)

    (d)

    (e)

    (f)

    (g)

    (h)

    (i)

    (j)

    5. Calcule as seguintes integrais, usando substituio trigonomtrica:

    (a)

    (b)

    (c)

    (d)

    (e)

    (f)

    (g)

    (h)

    (i)

    (j)

    (k)

    (l)

    (m)

    (n)

    (o)

    (p)

    (q)

    6. Usando primeiramente o mtodo de substituio simples, seguido do mtodo de substi-tuio trigonomtrica, calcule as seguintes integrais:

  • 7/30/2019 Apostila Matemtica Clculo CEFET Captulo 06 - Integral Def

    29/32

    6.10. EXERCCIOS 267

    [

    7. Completando quadrados e usando substituio trigonomtrica, calcule as seguintes inte-

    grais:

    (a)

    (b)

    (c)

    (d)

    (e)

    (f)

    (g)

    (h)

    (i)

    (j)

    8. Calcule as seguintes integrais, usando fraes parciais:

    (a)

    (b)

    (c)

    (d)

    (e)

    (f)

    (g)

    (h)

    (i)

    (j)

    (k)

    (l)

    (m)

    (n)

    (o)

    (p)

    (q)

    (r)

    (s)

    (t)

    (u)

    (v)

    9. Calcule as seguintes integrais:

  • 7/30/2019 Apostila Matemtica Clculo CEFET Captulo 06 - Integral Def

    30/32

    268 CAPTULO 6. INTEGRAO INDEFINIDA

    (a)

    (b)

    (c)

    (d)

    (e)

    (f)

    (g)

    (h)

    (i)

    (j)

    (k)

    (l)

    (m)

    (n)

    (o)

    (p)

    (q)

    (r)

    (s)

    (t)

    (u)

    (v)

    (w)

    (x)

    10. Calcule as seguintes integrais:

    (a)

    (b)

    (c)

    (d)

    11. Verifique, utilizando exemplos, se verdadeiro ou falso que se um polinmio

    de grau , ento: .

    12. Em todos os pontos de uma curva tem-se que . Obte-nha a equao da curva, se esta passa pelo ponto e a reta tangente nesse ponto perpendicular reta .

  • 7/30/2019 Apostila Matemtica Clculo CEFET Captulo 06 - Integral Def

    31/32

    6.10. EXERCCIOS 269

    13. Em alguns estudos, a degradao ambiental produzida por detritos txicos modeladapela equao de Haldane:

    onde , a concentrao do substrato ( a substncia do resduo na qualas bactrias agem). Determine .

    Qual a probabilidade dos circuitos continuarem funcionando aps horas?

  • 7/30/2019 Apostila Matemtica Clculo CEFET Captulo 06 - Integral Def

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    270 CAPTULO 6. INTEGRAO INDEFINIDA