Artigo sobre ensino da matematica

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ELEONILTON LEONARDO DA COSTA DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM NO ENSINO DE MATEMÁTICA NA 9ª SÉRIE DA ESCOLA MUNICIPAL ANTÔNIO PEREIRA LOPES

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ELEONILTON LEONARDO DA COSTA

DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM NO ENSINO DE MATEMÁTICA

NA 9ª SÉRIE DA ESCOLA MUNICIPAL ANTÔNIO PEREIRA LOPES

TERESINA – PIAUI

2016

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ELEONILTON LEONARDO DA COSTA

DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM NO ENSINO DE MATEMÁTICA

NA 9ª SÉRIE DA ESCOLA MUNICIPAL ANTÔNIO PEREIRA LOPES

.

Orientador: Prof°

TERESINA – PIAUÍ

2016

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ELEONILTON LEONARDO DA COSTA

DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM NO ENSINO DE MATEMÁTICA

NA 9ª SÉRIE DA ESCOLA MUNICIPAL ANTÔNIO PEREIRA LOPES

Trabalho apresentado ao Instituto, como requisito para obtenção da graduação em

Matemática.

Aprovado em _______ de ____________________ de _____________

Banca Examinadora:

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

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DEDICATÓRIA

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AGRADECIMENTOS

Agradeço a todos que incentivaram e participaram comigo na realização deste trabalho.A minha orientadora Professora Margarita.Aos entrevistados (estudantes)Aos meus pais, Antônio e Socorro por proporcionarem a continuidade dos meus estudos.E em especial, ao meu esposo Eleonilton Leonardo pelo apoio na execução deste trabalho.Enfim, a todos que participaram direta ou indiretamente para o êxito desta pesquisa.

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ........................................................................................................................ 7

CAPÍTULO I

1− A aprendizagem Matemática .......................................................................................... 9

1.2 − Um breve histórico sobre a Matemática no Brasil .................................................... 10

1.3 – A Matemática e o processo de ensino aprendizagem ................................................ 13

CAPÍTULO II

2 – Metodologia .................................................................................................................. 19

2.1 –Conhecendo a escola....................................................................... 20

CAPÍTULO III

3.1 – Achados da Pesquisa ................................................................................................. 21

CAPÍTULO IV

4.1 – Considerações Finais ................................................................................................. 28

REFERENCIAL TEÓRICO ................................................................................................... 29

ANEXO.................................................................................................................................... 30

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RESUMO: Esse trabalho tem como objetivo principal apresentar Dificuldades de Aprendizagem no Ensino de Matemática na 9ª Série da Escola Municipal Antônio Pereira Lopes. Hoje, em uma época de inovações tecnológicas e onde a tecnologia da informação é bastante valorizada, a matemática escolar continua sendo, em grande parte, abordada de maneira formal e abstrata, o que leva uma grande quantidade de alunos a sentir dificuldades na aprendizagem e compreensão dos conteúdos trabalhados na disciplina. Para mudar esse quadro, é de fundamental importância que o educador venha a refletir sobre qual metodologia ou metodologias devem lançar mão para ministrar determinado conteúdo. Isso, partindo-se do princípio de que não ocorra simplesmente o repasse ou acúmulo de conteúdos em sala de aula, mas sim, que aconteça a aprendizagem efetiva por seus alunos, ou seja, um aprendizado significativo de ensino da Matemática, que deve conduzir os alunos à exploração de uma grande variedade de ideias e de estabelecimento de relações entre fatos e conceitos de modo a incorporar os contextos do mundo real, as experiências e o modo natural de envolvimento para o desenvolvimento das noções matemáticas com vistas à aquisição de diferentes formas de percepção da realidade. Esses pressupostos embasaram o desenvolvimento desse trabalho, visando, ainda, compor um instrumento para oportunizar futuras discussões sobre possibilidades de melhorar a qualidade de ensino, principalmente na série final do Ensino Fundamental.

Palavras-chave: Aprendizagem Matemática. Aprendizado significativo. Dificuldades.

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1. INTRODUÇÃO

A matemática vem ao longo dos anos sofrendo algumas modificações, tanto no que

tange à sua aplicação nas mais variadas áreas, como na criptografia e seus códigos binários,

quanto na nossa vida cotidiana em que ela se faz presente. Mas, a principal necessidade em

relação aos avanços, práticos ou teóricos, concentram-se em suas aplicações no sentido de

contribuírem para o progresso do conhecimento da humanidade sem que se tenha, de igual

modo, a preocupação de difundir esses conhecimentos dando oportunidade a todos de se

apropriarem desse conhecimento, direcionando atenção, a forma como que esses conceitos

são ensinados na escola, ou seja, quais os processos adotados pelos professores para garantir o

direito de todos ao conhecimento matemático.

Existe uma realidade insatisfatória no que se refere ao aprendizado e ao ensino da

Matemática. Nas escolas ou em algumas salas de aula existem uma grande quantidade de

alunos que são incapazes de relacionar adequadamente várias informações, fatos,

conhecimentos e habilidades para resolver determinada situação-problema que necessite de

sua abstração. O que há na verdade, é uma pequena quantidade de alunos com facilidade de

compreensão dos conteúdos, e uma maioria com necessidade de compreensão da disciplina,

por essa razão, os momentos em que os professores trabalham sistematicamente para que o

aprendizado aconteça de forma satisfatória para todos os discentes acontece de forma rara e

muitas vezes sem resultados satisfatórios para os atores envolvidos no processo de ensino e

aprendizagem.

Sabemos que o ensino da Matemática, muitas vezes de forma mecânica e sem

contextualização para o aluno, atrapalha a sua compreensão. A organização lógica e a

interferência do educador como mediador entre o conhecimento e o aluno, reflete diretamente

no aprendizado desses alunos e isso deve ser considerado e pensado pelo docente desde o

momento da escolha do conteúdo a ser ministrado nas aulas e prosseguindo até a utilização de

recursos didáticos em sala de aula visando maior alcance dos objetivos pretendidos ao

lecionar determinado assunto.

Para que o ensino da matemática funcione efetivamente com os alunos, faz-se

necessário que se crie nas aulas de matemática um ambiente de interação entre alunos e

alunos, e alunos e professor. Que esse ambiente seja local para dirimir dúvidas, levantar

hipóteses e estimativas, discussões e desafios matemáticos e que sejam organizados de tal

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forma que o aluno se considere fator primordial no processo de ensino. Isso fará com que

aconteça a desmistificação de que a matemática está apenas ao alcance de poucos ou das

mentes privilegiadas.

A maioria dos professores leva para sua sala de aula algumas referências que tiveram

durante sua vida escolar. Com o professor de matemática essa realidade não é diferente.

Porém, sendo essa disciplina da área das exatas, estigmatizada por muitos como sendo de

difícil compreensão, cabe ao educador descobrir variadas formas de trabalhar com a

matemática, de modo que seus alunos percebam que se pensa matematicamente o tempo todo,

resolve-se problemas matemáticos durante vários momentos do dia, através de cálculos

mentais e todos os dias se é convidado a pensar de forma lógica para resolver situações do

cotidiano.

Segundo Guichard (2006), O saber toma o aspecto de uma realidade anti-histórica,

intemporal, que se impõe por si mesma e que, sem produtor, aparecendo livre em relação a

qualquer processo de produção, não se lhe pode contestar a origem, a utilidade, a pertinência e

sentido do ensino da Matemática. Acreditando nisso, não se pode considerar normal que

dentro do trabalho cotidiano das escolas, vários professores de matemática ensinem a

disciplina de forma corriqueira, onde os conteúdos trabalhados são apenas aqueles presentes

no livro didático adotado, da forma que estão lá, e o método de ensino se restringe a aulas

expositivas e a exercícios de fixação ou de aprendizagem. É preciso que se vá além do livro

didático. Que se mostre ao aluno que a capacidade para adquirir o conhecimento matemático

está ao alcance de todos que se dispuserem a aprendê-la.

Portanto, se a matemática, faz parte da vida e pode ser aprendida de uma maneira

dinâmica, rápida, descomplicada e divertida, o que deve ser considerado dificuldade no

processo de ensino aprendizagem em Matemática? Ou ainda, como minimizar as dificuldades

dos alunos em aprender Matemática? Embasado nessas interrogações e na problemática Quais

as dificuldades encontradas pelos alunos do 9º ano da Escola Municipal Antônio Pereira

Lopes no processo de Ensino Aprendizagem é que esse trabalho foi desenvolvido, objetivando

Analisar as dificuldades apresentadas no processo de ensino aprendizagem da Matemática no

9º ano da Escola Municipal Antônio Pereira Lopes; Caracterizar as dificuldades encontradas

pelos alunos no processo ensino aprendizagem do 9º ano da Escola Municipal Antônio Pereira

Lopes; partindo de duas questões norteadoras, a primeira, identificar o que pode ser

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considerado dificuldade no processo de Ensino Aprendizagem na Matemática, e por fim,

descrever as dificuldades dos alunos em aprender Matemática.

O estudo de caso que se segue, foi realizado a partir de conversas informais com os

professores, assim como, a realização de entrevistas e questionários com os alunos, público

alvo desse trabalho de pesquisa. Partindo do debate de ideias sobre o ensino da matemática

nos dias atuais e de um trabalho educacional que venha a favorecer ao aluno melhoria no

processo de aprendizagem e da noção de que a matemática, é necessária a vida cotidiana

especialmente em várias atividades profissionais. É obrigação do professor transmiti-la aos

seus alunos de forma simples e compreensiva para que sejam capazes de formar o raciocínio

dedutivo a partir de formas abstratas para que eles possam resolver situações de seu cotidiano

quando necessitarem de tal conhecimento.

1.1 HISTÓRIA DA MATEMÁTICA

Narrativas populares dão conta de que desde os primórdios da humanidade, o ser

humano esteve envolvido com um sistema de contagem. Seja através de pedrinhas para

simbolizar animais ou até em pinturas rupestres em cavernas. A matemática surgiu a partir da

necessidade humana, assumindo característica utilitária, isto é, era usada principalmente para

resolver situações cotidianas de vendedores, comerciantes ou pescadores. Mais tarde na

Grécia, ela assume patamar intelectual de propriedade apenas de parte da sociedade

privilegiada e com poder de persuasão e domínio sobre as demais camadas sociais. Com isso,

pode-se perceber que há milhares de anos, a humanidade se preocupa com os registros de

quantidades e muitos povos criaram os seus próprios sistemas de numeração de acordo com

suas necessidades, sua cultura e suas crendices.

Na Europa, no século XIX, a matemática é vista como linguagem indispensável para

descrever o mundo físico e os fenômenos da natureza, isso vem mostrar que a matemática

também contempla os conceitos criados pelo próprio homem e pela natureza, e muitas vezes,

sem nenhum significado físico aparente.

Na sociedade pré-colombiana, os povos utilizavam registros eficazes o que pode ser

comprovado pelo sistema matemático usado pelos Incas, Astecas e Maias. Acredita-se que os

Maias foram um dos primeiros povos a utilizam o algarismo zero, muito tempo antes dos

romanos. Tudo isso vem a provar o quanto os homens se ocupavam em organizar um sistema

de numeração que lhes permitisse fazer registros e contagens.

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E se falando no hoje, no mundo tecnológico em que vivemos muito se tem discutido

sobre as competências e habilidades exigidas de cada pessoa na sociedade em que vivemos.

As suas contribuições intelectuais para o desenvolvimento de estruturas sofisticadas e de

difícil decodificação para proteger informações empresariais disseminadas na rede de

computadores e a tecnologia da informação, presente em vários setores de nossa sociedade. E,

as pessoas envolvidas nessas profissões necessitam do conhecimento matemático. No caso da

aprendizagem matemática, existe a preocupação e uma forte pressão sobre o estabelecimento

de ensino, para que a formação de nossos alunos aconteça de fato e com pleno

desenvolvimento cognitivo e de habilidades que vão muito além dos conhecimentos

específicos e dos procedimentos necessários à compreensão dessa área do conhecimento.

A evolução na matemática através dos anos nos mostra que o seu ensino também deve

sofrer modificações e até adequações e sair de uma função meramente instrutiva, em que se

privilegia a memorização de fatos e a exercitação de procedimentos e técnicas de cálculo na

sala de aula. O que se pede hoje é uma matemática dinâmica e contextualizada com aplicação

prática na vida do educando. Onde ele venha a ser autor de seu conhecimento e não mais

apenas parte do processo de ensino aprendizado. E, se faz necessário que as gerações a vejam,

como algo a ser descoberto, a ser testado e posto à prova e não como objeto já construído,

pronto e acabado.

É preciso ainda que os alunos saibam que mesmo sendo ciência exata, existem várias

lacunas a serem preenchidas, várias incógnitas a serem desvendadas e lembrar que devemos

apreender com o passando a considerá-la como uma forma de pensamento aberto, cujo

domínio deve ser desenvolvido em todos os alunos, respeitando a sua autonomia e o seu ritmo

próprio de aprendizagem, orientando-os para a consecução de valores democráticos ao lado

dos valores formativos dando ênfase ao conhecimento crítico com um todo e olhando o

conhecimento matemático e suas relações com a dinâmica e cultura da sociedade para que se

possa construir uma escola com oportunidade para todos.

Com tudo isso, pode-se afirmar que a matemática está presente de forma variada na

vida do ser humano. Ela está presente em vários lugares, como na natureza e a geometria

fractal ou simétricas, nas ondas eletromagnéticas, nos programas de computadores, nas

construções e projetos arquitetônicos, na indústria e equipamentos eletrônicos, enfim, a vida

hoje seria impossível sem o auxílio da matemática.

Portanto, se o ensino da matemática deve ser voltado para o conhecimento do aluno e

o pleno domínio dos cálculos matemáticos, não se pode conceber uma aula centrada na lousa

e no pincel, sem nenhum significado para o educando. Não se pode pensar numa matemática

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estática, parada no tempo e no espaço com seus exercícios de fixação voltados para a

memorização e repetição de fórmulas prontas. Devemos pensar no construir e no aprender

fazendo, para que o ensina da matemática apresente resultados reais tanto para alunos quanto

para os professores, e que durante esse aprendizado o discente seja motivado a fazer, refazer,

comparar e calcular numa aprendizagem significativa, sistemática e envolvente.

1.2. UM BREVE HISTÓRICO SOBRE A MATEMÁTICA NO BRASIL

O ensino de Matemática no Brasil iniciou-se ainda no período conhecido como Brasil

Colônia com a institucionalização do Ensino da Matemática Superior no Brasil, na Academia

Real Militar da Corte, foi nessa instituição que se desenvolveu efetivamente o ensino de

Matemática no Brasil. Essa academia oferecia dois cursos, um de Matemática, com duração

de quatro anos, e outro militar, com duração de três anos. Os alunos destinados a cavalaria e à

infantaria estudavam a Matemática Elementar apenas no primeiro ano, mas para artilheiros e

engenheiros, era exigido os estudos do curso completo. Damázio (1996).

Com as necessidades no país de ensino de outras ciências, a Academia Real Militar

transformou-se na Escola Militar e pouco tempo mais tarde em Escola Central, continuando

com o ensino da Matemática por meio do Curso de Matemática.

Anos mais tarde, houve o rompimento do ensino da Matemática Superior com a

Militar. Assim, as autoridades competentes resolveram instituir o grau de doutor em Ciências

Matemáticas. Os concludentes desses cursos poderiam candidatar-se ao grau, com a

comprovação de alguns critérios estabelecidos nos estatutos da escola. Segundo tal estatuto,

os candidatos a docentes, só poderiam exercer a profissão depois de obter o grau de Doutor,

que depois veio a ser mudado para doutor em Ciências Físicas e Matemáticas, de Ciências

Física e Naturais. Toda essa organização de ensino permanece até meados de 1920, que é

considerado o primeiro período do ensino de Matemática no Brasil após o período colonial.

O período consolidador do ensino da Matemática superior no Brasil é 1930, pois foi

criada pelo governo paulista, a Universidade de São Paulo, e com isso, inicia-se a ampliação

do curso matemático não só apenas voltado para engenharias. Foi criado um curso a nível de

graduação em Matemática na USP, com o objetivo de formar matemáticos e professores de

Matemática. É o início da criação de uma comunidade matemática com uma intenção em se

fazer pesquisa continuada na área, e isso fez com que acontecesse a criação de vários textos

com conteúdo matemático, bem como de revistas especializadas em Matemática nessa

década.

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Em meados de 1940, o ensino da Matemática acontece de forma mais ampla e efetiva,

e ao mesmo tempo, é realizada uma reforma significativa no referido ensino da Matemática

no país. Vários temas e assuntos foram incorporados aos currículos dos cursos de graduação

em Matemática. Nesse período, o Brasil recebe vários doutores em matemática que vieram de

várias partes do mundo fixar residência no país. Isso, em partes, veio a colaborar para a

expansão do ensino da Matemática, que veio a colocar o Brasil em patamar de igualdade com

outros países situados na América Latina.

Em 1952 é criado o Instituto de Matemática Pura e Aplicada no Rio de Janeiro. Poucos anos mais tarde foi criada a segunda sociedade de Matemática no Brasil. Em

1954, o professor Luiz Freire funda o Instituto de Física e Matemática, umas das pioneiras no

Nordeste brasileiro, com a finalidade de desenvolver atividades e pesquisas nas áreas da

matemática e física. O instituto criado em Recife atraiu uma grande quantidade de cientistas

estrangeiros que vieram para o Brasil com a finalidade de conhece-lo. No ano de 1957 em

Minas Gerais foi realizado o 1° Colóquio Brasileiro de Matemática com a participação de

vários matemáticos e segmentos da sociedade. Após tal evento, houve a tentativa das

faculdades do Rio de Janeiro e de São Paulo no desenvolvimento de estudos centralizados em

Matemática e Física. 

Em 1960, aumenta significativamente a oferta e a demanda nos cursos de graduação

em matemática pelo Brasil, nessa década é inaugurada a Universidade de Brasília, com ela, o

Instituto Central de Matemática, que é criada com a finalidade principal de congregar todos os

cursos de Matemática da instituição, sendo eles: graduação, especialização e mestrado. Tem

início nesse período, um forte programa de incentivo financeiro por parte do governo na

tentativa de atrair e formar professores qualificados na disciplina de matemática.

No começo de 1970, a Matemática Moderna ganha espaço nas escolas brasileiras de

modo geral. O Movimento Internacional da Matemática Moderna trouxe grandes inovações

ao ensino da matemática, dentre elas proporcionou a produção e distribuição de livros

didáticos pelos governos. Esse movimento de caráter mundial visava a transmissão de

conhecimento de forma maciça e centrada na política de modernização econômica, que

culminou na transmissão de conhecimento da matemática repassado de forma abstrata e com

uma organização de conteúdos extremamente estruturada na teoria e na técnica de fixação de

exercícios.

Ainda na década de 1970: vários pesquisadores e matemáticos atacaram a exagerada

ênfase à abordagem dedutiva, como também os excessos quanto à terminologia e ao

simbolismo, à adequação do estudo das estruturas aos jovens estudantes do ensino secundário,

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e o fechamento da matemática em si própria de forma que a isolava dos outros conhecimentos

que deveriam ser adquiridos pelos alunos.

Nos anos 80, acontece a implantação de alguns cursos de Mestrado e Doutorado em

vários estados brasileiros, e ainda devido a quantidade e qualidade das produções científicas

desenvolvidas por matemáticos brasileiros, o Brasil passa a pertencer ao grupo 3 de um total

de cinco grupos na classificação feita pela União Internacional de Matemática. Para ser

classificado para tal grupo, exigia-se um número significativo de mestres e doutores

trabalhando nos Departamentos de Matemática das várias universidades brasileiras e

dedicados ao ensino e à pesquisa científica básica. Isso veio a contribuir para a melhoria de

qualidade do ensino da Matemática superior no Brasil, bem como para a melhoria da

qualidade da produção matemática brasileira, e a fundação da Sociedade Brasileira de

Educação Matemática (SBEM), cujo objeto é as questões de natureza múltipla envolvidas no

ensino e aprendizagem da matemática, criando-se e reconhecendo-se institucionalmente o

campo de investigação da Educação Matemática.

Ainda em meados dos anos 90, a elaboração de uma proposta para o currículo escolar

para educação ficava a cargo de cada estado da federação brasileira. Somente em meados

de1996, é que foram admitidos no país os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) com

direcionamentos para o ensino fundamental e ensino médio das escolas brasileiras nos estados

e municípios. O Ministério da Educação coordenou um projeto nacional em que, ouvindo

educadores que atuam em diferentes áreas e níveis de ensino, se reuniram, debateram,

ponderaram e por fim, decidiram elaborar as diretrizes curriculares nacionais comuns para

reger a educação básica em nosso país. Elas permanecem vigorando até os dias atuais.

Acontece na mesma década de 90, a elaboração da Lei de Diretrizes e Bases da Educação

Nacional (LDB) que regulariza e fundamenta a educação nacional nos mais diferentes níveis e

modalidades de ensino no Brasil tendo por base os princípios presentes na Constituição

Federal de 1988.

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1.3 A Matemática e o processo de ensino-aprendizagem

Sendo a contagem um dos aspectos da Matemática, percebemos que ela é de certa

forma, indispensável e integrada à nossa vida e se apresenta no nosso cotidiano de forma

concreta a todo o momento, como por exemplo, quando pagamos uma conta, fazemos uma

roupa, preparamos receita de um prato qualquer, durante uma construção ou uma grande

plantação.

Historicamente, a relação da Matemática com o cotidiano das pessoas pode ser

considerada em diversos acontecimentos. Heródoto acreditava que a Geometria se originara

no Egito devido à necessidade prática de se fazer a medição de terras para plantação, depois

de cada inundação anual no vale do rio Nilo. Esse saber matemático identificado nessas

épocas remotas não só com os egípcios, mas também com sumérios, assírios e fenícios,

necessitava de um rigor lógico, e esse rigor, veio a ter início na Grécia antiga. Foi na Grécia

que a Matemática passou a ter caráter dedutivo. Exemplo disso é o movimento ocorrido com

o Teorema de Pitágoras, que já era utilizado pelos egípcios e babilônico; quando ele se tornou

conhecido pelos gregos, passou a ser demonstrado como teorema e utilizado com todas as

suas generalidades.

Nos dias atuais, a escola sempre tem como meta que os alunos sejam capazes de

relacionar adequadamente várias informações, fatos, conhecimentos e habilidades para

enfrentar situações-problema; no entanto, em raros momentos trabalha-se sistematicamente

para atingi-la. Um processo significativo de ensino de Matemática deve conduzir os alunos à

exploração de uma grande variedade de ideias e de estabelecimento de relações entre fatos e

conceitos de modo a incorporar os contextos do mundo real, as experiências e o modo natural

de envolvimento para o desenvolvimento das noções matemáticas com vistas à aquisição de

diferentes formas de percepção da realidade. Mas ainda é preciso avançar no sentido de

conduzir os alunos a perceberem a evolução das ideias matemáticas, ampliando

progressivamente a compreensão que delas se tem.

Somente a escola pode cumprir esta função, e para cumpri-la, democraticamente, deve

tornar-se compreensiva, atender aos desiguais diferentemente, e oferecer o conhecimento

público como ferramenta inestimável de análise, propiciando aos alunos o repensar das suas

construções e preconcepções vulgares, seus interesses e atitudes condicionadas, assim como a

sua conduta nas relações sociais.

De modo algum, isso não significa que toda reconstrução do aluno não podem ser

abandonadas pela escola, mas que tudo deve ser considerado e repensado quando se visa um

Page 16: Artigo sobre ensino da matematica

melhor desempenho no processo de ensino aprendizado, isto é, temos que, enquanto

educadores e supervisores, trabalhar de forma heterogênea de forma que respeite o ritmo dos

alunos, a idade mental e a realidade em que vivem, e aliar os conhecimentos adquiridos por

eles na sua vida familiar na sua experiência escolar, fazendo com que ele perceba que a

matemática apresenta-se em seu cotidiano sobre diferentes formas, seja em pequenas

compras, brincadeiras e jogos, até mesmo em figuras de linguagem tais como: círculo vicioso,

triângulo amoroso, pessoa quadrada, ver por outro prisma, sair pela tangente, aparar arestas e

outros, tudo isso, levará os alunos a perceber que a matemática vai além dos números e das

formas. E ao educador, na atual realidade, cabe ser possuidor das habilidades de ensino de

olhar para os alunos, questioná-los, auxiliá-los no dia a dia, na sala de aula, para que assim,

seja partilhada tanto a responsabilidade da ação pedagógica, quanto os resultados e

aprendizagem desses alunos.

O educador deve considerar que cada aluno aprende de uma forma e ao seu tempo,

dependendo de sua organização do pensamento e seus processos de reconstrução e

organização lógica, e que por mais que professores, supervisores e pais tentem interferir nesse

processo, nada substitui a atuação do próprio aluno na tarefa de construir significados sobre os

conteúdos da aprendizagem, isso tudo deve ser considerado, não apenas na disciplina de

Matemática, mas em todo o contexto educacional em que o aluno encontra-se inserido, porque

a escola não é apenas um local para transmissão de conteúdos que precisam ser aprendidos

pelos alunos, mas, é local para discussão, tomada de atitudes, valorização do ser humano,

além da ampliação dos horizontes do indivíduo, oportunizando uma formação cultural e

humana, como pode ser reforçado pelas palavras de Demerval Saviani (2000 p.20):

Com efeito, a nossa ação segue certa orientação; a todos momentos estamos fazendo escolhas, mas isso não significa que estamos sempre refletindo; a ação não pressupõe necessariamente a reflexão; podemos agir sem refletir (embora não nos seja possível agir sem pensar).

A cultura criada pelo homem, e a modificação do ambiente que o cerca, torna o ser

humano diferente dos outros animais pelo fato de que interage com a natureza e com os outros

homens. E, é através da cultura que a escola se faz presente desde os primeiros anos do

indivíduo e o acompanha por muitos anos. Mas, mesmo assim, a produção de cultura não é

um privilégio apenas da escola, a partir do momento em que as crianças adentram os portões

da escola, elas já trazem algum conhecimento adquirido em seu convívio com os familiares ou

com os colegas de mesma faixa etária, algumas crianças, quando chegam à escola

Page 17: Artigo sobre ensino da matematica

normalmente gostam de Matemática. Entretanto, não será difícil constatar também que esse

gosto pela citada disciplina decresce proporcionalmente ao avanço dos alunos.

No entanto, durante o processo de socialização na escola, esse conhecimento trazido

pelos alunos é cada vez mais desconsiderado pelos educadores, pois muitos acreditam que

toda criança é uma folha em branco que precisa ser preenchida pelos ensinos que somente

alguns professores são capazes de repassá-los da melhor forma para o aluno, deixando de lado

o aprendizado extraescolar, conhecido por muitos como currículos ocultos. Com isso, a escola

vem ao longo dos anos servindo aos interesses apenas de parte da população, população esta,

que detentora do poder das articulações políticas e de pedagogias arcaicas que lhes favorecem

a permanecer usando a escola como instrumento para modelar e ajustar o comportamento

humano de acordo com os ideais do sistema social em vigor, que é o sistema capitalista.

Em muitas ocasiões, a disciplina de Matemática torna-se um mero instrumento de

selecionar, classificar, rotular ou discriminar alunos. Diversas tentativas de explicação do

problema em relação ao aprendizado da Matemática transitam pelas ideias de formação

inadequada do professor, condições inadequadas de trabalho no magistério, dificuldades de

aprendizagem dos alunos, desvalorização da escola, currículos e programas de ensino

obsoletos, etc., e, cada um desses aspectos merece a devida consideração e cumpre um papel

determinante para o desempenho das crianças nessa área do conhecimento, desenvolvimento e

aprendizado. Como bem define (VYGOTSKY, 1989, p. 101):

(...) o aprendizado não é desenvolvimento; entretanto, o aprendizado adequadamente organizado resulta em desenvolvimento mental e põe em movimento vários processos de desenvolvimento que, de outra forma, seriam impossíveis de acontecer. Assim, o aprendizado é um aspecto necessário e universal do processo de desenvolvimento das funções psicológicas culturalmente organizadas e especificamente humanas.

O ensino da matemática, tradicionalmente, ainda se faz sem referência ao que os

alunos já sabem ou precisam saber. Apesar de todos reconhecerem que os alunos podem

aprender sem que o façam na sala de aula, tratamos como se nada soubessem sobre tópicos

ainda não ensinados. O aluno, em alguns casos, é visto apenas como um mero produto, uma

mercadoria que ao não conseguir ser vendida, isto é, aprovado para a série seguinte, é deixado

na prateleira, sala de aula, para quem sabe, na próxima feira, ano letivo, ele consiga ser

vendido, ou seja, aprovado para a série seguinte. Há então, um choque de ideais e de

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comportamentos, pois a escola faz com que o aluno se distancie do seu mundo por algum

tempo, como se os alunos tivessem dupla personalidade instrutiva. Eles têm que aprender a

matemática que, de certa forma, não lhes servirá, para deixar de lado aquela velha matemática

que ele usa e abusa em seu cotidiano e da qual poderia tirar mais e melhores proveitos.

Por outro lado, há, por parte dos alunos, um sentimento mais ou menos generalizado

de desinteresse, de desmotivação com tudo o que isto acarreta de práticas de demissão e de

aborrecimento, de mal-estar e de desgosto perante as chamadas matérias escolares, quando

não pela aprendizagem em geral, pelo saber e, até, pela essência de cada um. Em muitos

alunos, quando essa matéria escolar é a Matemática, sentimentos de incapacidade ou de

deficiência tornam-se também notórios, fazendo sentir fortemente os efeitos da sua presença,

que em muitos casos, acompanharão para sempre esse aluno em questão.

O desempenho em Matemática tem constituído um critério decisivo para selecionar os

alunos, especialmente no que se refere ao acesso às profissões de natureza técnica e científica.

Aqueles que tiram maus resultados nesta disciplina desencorajam-se de enveredar por uma

carreira de engenharia ou um curso de ciências. Implicitamente, a Matemática leva muitos

alunos a definirem-se em termos de carreiras profissionais.

De modo mais sutil, o ensino da Matemática corporiza mecanismos de transmissão de

valores sociais para a esfera dos comportamentos individuais. Ele contribui para ajustar a

conduta humana a determinados modos de racionalidade, dominantes na sociedade. Mas este

ensino pode ser orientado para promover a difusão de valores democráticos e de integração

social, como a capacidade de cooperação, a atividade crítica e a ação comunicativa. Trata-se,

assim, de elementos importantes que devem ser tidos em conta na elaboração do currículo.

Segundo FIORENTINI (1995, p. 6-7) é uma concepção platônica orientada por uma

visão estática e a-histórica das idéias matemáticas, “como se elas existissem independente do

homem”. Nessa concepção, aprender matemática “é privilégio de poucos e dos ‘bem dotados

intelectual e economicamente”.

Uma escola orientada para a aquisição de valores democráticos ao lado dos valores

formativos de cunho individual deve dar ênfase ao conhecimento crítico de todo o sistema

matemático e das suas relações com a cultura e a sociedade. Esta orientação crítica deve estar

presente nas finalidades gerais do currículo da Matemática escolar. Por isso, entre as

finalidades do ensino desta disciplina pode-se encontrar explicitamente a promoção de valores

éticos e democráticos, que constituem um aspecto essencial da sua dimensão política.

Page 19: Artigo sobre ensino da matematica

Na visão de Carraher (1995) a Matemática ainda não conseguiu se desvencilhar do

estigma de bicho de sete cabeças, de matéria difícil, de que só aprende quem já nasce com o

dom para cálculos e o ensino da Matemática. E sua visão de que aprendizagem da

Matemática deve estar relacionada com a vida cotidiana é bem prática. Sua linha de

pensamento engloba desde estudos da Filosofia, Sociologia, Psicologia e finalmente a

Matemática.

Afirma ainda Carraher que, “quando uma criança resolve um problema com números

na rua, usando seus próprios métodos, mas que são compartilhados por outras crianças e

adultos está diante de um fenômeno matemático, devido ao conteúdo do problema. Isso

envolve a Psicologia, porque a criança certamente raciocinou”. Desse modo, pôde-se separar

a Matemática da Psicologia enquanto ciência, mas não se pode separá-la enquanto fenômeno

acontecendo na prática, ou seja, quando alguém resolve um problema de Matemática, está

diante de uma pessoa que pensa, e este pensamento vai bem além da Matemática de sala de

aula, onde são apresentados problemas, que nem sempre foram relacionados pelo aluno com

a sua vida cotidiana.

Desse modo, a matemática ao se configurar para os alunos como algo difícil de

compreensão, sendo de pouca utilidade prática, produz representações e sentimentos que vão

influenciar no desenvolvimento da aprendizagem. VITTI (1999, p.19) afirma:

O fracasso do ensino de matemática e as dificuldades que os alunos apresentam em relação a essa disciplina não é um fato novo, pois vários educadores já elencaram elementos que contribuem para que o ensino da matemática seja assinalado mais por fracassos do que por sucessos.

Para Lopes (2001), qualquer indivíduo, em condições físicas e mentais normais, pode

produzir conhecimento matemático, desde que esteja exposto a tal desenvolvimento e se

prepare para essa finalidade. Já segundo Fonseca (1998), muitas vezes os alunos têm

capacidade para aprender a matéria, mas simplesmente não o fazem por um desconforto que

acompanham suas tentativas, uma impossibilidade temporária para a aquisição dos conceitos

estudados. Isso corrobora com a afirmação de Fiorentini:

O ensino nessa tendência pedagógica foi acentuadamente, livresco e centrado no

professor e no seu papel de transmissor e expositor do conteúdo através de preleções

ou de desenvolvimentos teóricos na lousa. A aprendizagem do aluno era considerada

passiva e consistia na memorização e na reprodução (imitação/repetição) precisa dos

Page 20: Artigo sobre ensino da matematica

raciocínios e procedimentos ditados pelo professor ou pelos livros (FIORENTINI,

1995, p. 7).

Conforme podemos perceber, a visão conteudista e centrada no livro didático e sem

contextualização do ensino leva o professor a não perceber um espaço latente de germinação

da concepção socioetnocultural. Por exemplo, quando o professor analisa criticamente o

ensino de Álgebra, sem significado para o aluno, percebe-se também uma disposição para

transformar suas práticas pedagógicas.

Segundo Brito e Miorim (1999), a partir da aquisição de conhecimentos históricos e

filosóficos dos conceitos matemáticos, o professor tem a possibilidade de diversificar suas

técnicas pedagógicas e tornar-se mais criativo na elaboração de suas aulas, as quais podem

provocar o interesse dos alunos para o estudo da matemática. Na aprendizagem escolar o erro

é inevitável e, muitas vezes, pode ser interpretado como um caminho para buscar o acerto.

Quando o aluno ainda não sabe como acertar, faz tentativa, à sua maneira, construindo uma

lógica própria para encontrar a solução A importância do professor nas etapas de

desenvolvimento do educando é de suma relevância, como Drouet (1995, p.12) relata:

“Na escola, o professor deve estar sempre atento às etapas do desenvolvimento do aluno, colocando-se na posição de facilitador da aprendizagem e calcando seu trabalho no respeito mútuo, na confiança e no afeto”.

Há quem diga que, na relação aluno-professor de Matemática, o diálogo não seja

fundamental quanto em outras disciplinas, deve-se sobressair neste caso, o lado prático da

questão. Não se pode esquecer que a prática é uma extensão da teoria, ou seja, não existe

prática sem a teoria fundamentada antes. Na Matemática, o processo ensino-aprendizagem é

aquele que parte de uma questão problematizadora para desencadear o diálogo, no qual o

professor transmite o que sabe, aproveitando os conhecimentos prévios e as experiências

anteriores do aluno. Assim, ambos chegam a uma síntese que elucida, explica ou resolve a

situação-problema que desencadeou a discussão, que ficará bem resolvida se tiver uma

explicação prévia.

Algumas pesquisas indicam que o aluno é o principal agente da construção do seu

conhecimento, dessa forma, o papel do aluno frente ao saber, redimensiona o papel do

educador que passa a ser visto como um mediador, aquele que fornece informações para que o

aluno tenha condições de aprender, e não mais como o detentor do saber, o que repassa

conteúdo sem significado para o aluno.

Page 21: Artigo sobre ensino da matematica

É nesse contexto que o professor de Matemática encontra-se muitas vezes inserido, e

sendo ele um profissional da educação capaz de favorecer o debate, a discussão ou

questionamento sobre os rumos da educação, uma vez atuando junto aos alunos, tem as

condições de conclamá-los à reflexão, de olhar além do mero repasse e acúmulo de conteúdo,

para uma valorização do ser humano como um todo, para que seus alunos sejam vistos como

seres com sentimentos, medos, dificuldades e frustrações, e não apenas como mais um mero

produto final de um processo de ensino-aprendizagem desacreditado por muitos que se dizem

educadores.

2. METODOLOGIA

A pesquisa qualitativa com o instrumento de questionário composto por perguntas

abertas e fechadas foi o método escolhido para a realização desse trabalho, pelo fato de

economizar tempo, viagens e obtêm grande número de dados, atinge maior número de pessoas

simultaneamente, abrange uma área geográfica mais ampla, economiza pessoal, tanto em

adestramento quanto em trabalho de campo, obtém respostas mais rápidas e mais precisas, dá

maior liberdade nas respostas, em razão do anonimato, há mais segurança, pelo fato de as

respostas não serem identificadas, existe menos riscos de distorção, pela não influência do

pesquisador, possibilita mais tempo para responder e em hora mais favorável, há mais

uniformidade na avaliação, em virtude da natureza impessoal do instrumento, obtêm-se

respostas que materialmente seriam inacessíveis, possibilita um maior contato com cada uma

das variáveis envolvidas na referida pesquisa.

De acordo com vários autores a pesquisa qualitativa desfavorece que o pesquisador

construa as hipóteses a priori, vindo a construí-las a posteriori. Assim sendo, nessa pesquisa,

acontece em primeiro lugar à observação do fenômeno que se pretende pesquisar, para só

depois, procurar possíveis soluções causais.

A pesquisa qualitativa deve obedecer aos seguintes procedimentos: definição do

problema; formulação das hipóteses e material teórico; coleta de dados; análise dos dados;

redação do trabalho.

Algumas concepções sobre a pesquisa qualitativa

Page 22: Artigo sobre ensino da matematica

“A pesquisa qualitativa responde a questões muito particulares. Ela se preocupa com

um nível de realidade que não se pode ser quantificado”. (Minayo, 1994)

“Quando o interesse não está focalizado em contar o número de vezes em que uma

variável aparece, mas sim que qualidades elas apresentam”. (Leopardi, 2001)

“A interpretação dos fenômenos e a atribuição de significados são básicas no processo

de pesquisa qualitativa. Não requer o uso de métodos e técnicas estatísticas. O ambiente

natural é a fonte direta para coleta de dados e o pesquisador é o instrumento-chave. É

descritiva. Os pesquisadores tendem a analisar seus dados indutivamente. O processo e seu

significado são os focos principais de abordagem”. (Lakatos e Marconi, 2001)

Godoy (2006) propõe uma agenda mínima de critérios que devem ser levados em

consideração para garantir a qualidade da pesquisa qualitativa: 1) necessidade de clareza na

apresentação dos pressupostos orientadores do paradigma qualitativo que dá sustentação ao

estudo; 2) realização de estudo-piloto; 3) explicitação da forma pela qual se desenvolveu o

trabalho de campo e o processo analítico; 4) consistência entre dados coletados e resultados;

5) fornecimento de dados ricos e abundantes; 6) realização de checagens pelos participantes e

pesquisadores; 7) fornecimento de informações suficientes para que haja possibilidade de

ocorrer a generalização naturalística; 8) organização de arquivos que preservem os dados.

Para a realização desse trabalho de pesquisa, foi necessária a realização de algumas

etapas descritas a seguir: pesquisa bibliográfica, conversa com a equipe gestora, com alguns

professores e grupo de alunos sobre os objetivos e finalidades da realização dessa pesquisa;

observação do aspecto físico e funcional da escola; apresentação e aplicação dos questionários

com o público alvo; coleta e análise dos dados; redação e conclusão dos dados; divulgação

dos resultados.

2.1. Conhecendo a Escola Municipal Antônio Pereira Lopes

A Escola Municipal Antônio Pereira Lopes, é uma escola da rede Municipal de Ensino

da Cidade de Demerval Lobão, distante a 30 km de Teresina, localiza-se na Rua São José,

253, Bairro Cidade Nova. Possui Cadastro no INEP: 22109765, e pertence à zona urbana do

citado município. Atende ao Ensino Fundamental 6º ao 9º ano. Funciona nos turnos manhã

Page 23: Artigo sobre ensino da matematica

com 242 alunos, e tarde com 186 alunos, com aproximadamente 592 alunos matriculados. A

escola conta com um quadro de 13 professores, todos graduados ou especialistas, 03

coordenadores pedagógicos, 04 zeladores, 03 vigias, 02 secretárias e 01 diretora.

O citado estabelecimento de ensino conta com uma estrutura física com 7 salas de aula

amplas e climatizadas, todas possuem mesas e cadeiras, quadro em acrílico, murais e entradas

de luz através de basculantes. Existe um pátio amplo, corredores e área arborizada e ainda,

quadra poliesportiva coberta. A diretoria/secretaria e sala de professores funcionam em

espaço climatizado um próximo ao outro, onde existe armário para os professores, mesas e

cadeiras. Há ainda cantina, banheiro para funcionários e 2 banheiros para os alunos A escola

atende a alunos de várias comunidades como: Parque Vaquejador, Mutum, Lagoa Seca,

Piaçava, Vista Alegre, Taboca, Chapadinha Sul, Chapada do Sono, Espraiado, Mutirão e

adjacências, visto que é a única escola municipal que oferece o ensino fundamental maior.

O perfil socioeconômico dessa clientela escolar é renda mínima, de pessoas pobres,

como a maioria das escolas públicas da periferia das cidades. Algumas pessoas do bairro

vivem em casa de taipa em terrenos fruto de posse irregular. Existem também nas

proximidades da escola alguns pontos comerciais como mercadinhos, padaria, farmácia,

lojinha de roupa, armarinho, lan-hause, barbearia, outras escolas e também igrejas.

Alguns alunos chegam à escola de bicicletas, outros a pé, ou transportados pelos pais

de motocicleta. As ruas de acesso à escola são asfaltadas, bem iluminadas e pavimentadas, e a

rua em que se encontra inserida a escola é do tipo cabeça de jacaré. Existem ainda muitos

moradores vivendo em estado de pobreza devido ao desemprego, baixa escolaridade,

consumo de álcool e drogas.

A escola tem como proposta pedagógica orientar suas ações em busca da efetivação de

seus objetivos, através de um currículo que valorize a interação constante entre seus membros,

entre a escola e a família. A família participa de forma efetiva dos diversos momentos da

construção do conhecimento e das decisões que definirão os rumos da escola. Contribuindo

assim de forma real para a formação da pessoa humana e para mudança da sociedade.

Segundo o Projeto Político Pedagógico da instituição, no momento da construção da

proposta pedagógica houve participação de todos os atores envolvidos no processo ensino

aprendizagem.

A escola tem como objetivo geral oferecer condições ao aluno de uma aprendizagem

voltada às necessidades sócio histórico e cultural, levando-o a ter uma visão crítica para

exercer sua cidadania dentro e fora da instituição escolar.

Page 24: Artigo sobre ensino da matematica

Especificamente objetiva aperfeiçoar a gestão da escola; Favorecer a aprendizagem

dos alunos, excluindo os fatores que incidem na repetência; Integrar a escola à comunidade

através de reuniões sistemáticas onde serão discutidos os problemas, os avanços ou recuos do

processo educativo; Assegurar as pessoas com deficiência, transtorno globais de

desenvolvimento e Altas Habilidades/ Superlotação a efetivação do direito ao acesso à

educação e a oferta do Atendimento Educacional Especializado AEE, em parceria com a

Secretaria de Assistência Social, criando condições para a plena participação e aprendizagem;

Desenvolver coletivamente, as metas estabelecidas no plano de ação da escola; Conhecer e

respeitar as atribuições de todos os segmentos da escola proporcionando uma

responsabilidade coletiva; Inserir os jovens e adultos de nossa comunidade escolar no

processo de desenvolvimento político, social, afetivo e intelectual.

Percebe-se que muitos estudantes tem apresentado dificuldades de leitura,

interpretação e compreensão de texto. Há também casos de indisciplina e descompromisso

com os estudos.   Objetivando solucionar o problema do comodismo, busca-se apoio familiar,

visto que este apoio é imprescindível no processo ensino-aprendizagem.

 Segundo a coordenadora o “Conselho de Classe é realizado a partir de uma discussão

coletiva dentro da escola oriunda das reuniões mensais, nas quais são apontadas as

dificuldades dos alunos, professores e instituição, a fim de melhorá-la. A coordenadora falou

também, que na escola existe o Conselho Escolar representado por: pais, estudantes,

professores, demais funcionários, membros da comunidade local e a diretora da instituição.

Na reunião do “Conselho Escolar” são expostas as prestações de contas das compras dos

recursos financeiros.

O calendário escolar estabelece início e término de cada período letivo, feriado

nacional e municipal, período de matricula, período de avaliação e recuperação, reposição de

aulas, atividades extras curriculares, eventos e recessos escolar.

3. ACHADOS DA PESQUISA

No ensino da Matemática a atuação e a formação do professor são de suma

importância para que esse profissional venha a desempenhar sua função a contento, pois essa

formação possibilitará a ele uma visão geral sobre o seu papel e a sua função dentro do

contexto educacional. Sabemos que o professor faz parte de uma equipe num estabelecimento

Page 25: Artigo sobre ensino da matematica

de ensino e a sua atuação predominante é com os alunos, sendo o foco de seu trabalho a

articulação de ações pedagógicas que viabilizem a qualidade no desenvolvimento desse

ensino e o aprendizado de forma satisfatória por parte de seus alunos.

A seguir, por meio de gráficos, foi realizada a análise de cada pergunta dos

questionários aplicados para os alunos da 9ª série da escola na qual foi realizada a pesquisa.

Os resultados foram descritos tomando-se por base as considerações teóricas discutidas

anteriormente no decorrer da Monografia. Analisando as questões obtiveram-se os seguintes

resultados:

Na primeira questão perguntou-se, Você gosta de Matemática? Do total de 10 alunos,

8 responderam que gostam de Matemática, correspondendo a 80%, enquanto que os que

disseram não gostar de Matemática, corresponde apenas a 20%. Dessa forma podemos

comprovar que muitos alunos gostam de estudar Matemática e acabe aos professores tornar

esse ensino cada vez mais eficaz e próximo da realidade desses alunos, como bem afirma

Carraher:

A Matemática ideal não se faz apenas em quatro paredes de uma sala de aula, é bem superior a isto, devemos explorá-la na vida cotidiana dos alunos, mostrar na prática a importância das teorias (Carraher, 1995: 52)

Você gosta de Matemática?

SimNão

Figura 1 Fonte: Pesquisa Direta

A questão número 2, trouxe a seguinte interrogativa: Na sua opinião é importante

aprender Matemática? Dos 10 alunos que responderam ao questionário, todos reconheceram

a importância do ensino dessa disciplina. A análise dessa questão não deixa dúvida, os alunos

Page 26: Artigo sobre ensino da matematica

acreditam que é importante aprender Matemática. Diversas são as explicações dos alunos

para esse fato: “precisamos dela para a vida toda...” Porque vai ajudar no futuro..” Porque

trás conhecimento...” “Não dá pra viver sem a Matemática...” “porque para fazer teste de

emprego tem prova de matemática...”. Dessa forma, podemos constatar nas frases de alguns

alunos pesquisados, o mesmo pensamento externado por Lopes:

[...] a matemática é importante no ensino, mas é importante esclarecer que esta

disciplina não se limita apenas à preparação de um profissional para a área de

trabalho, mas assim como nas ciências humanas, também tem grande importância

no desenvolvimento social dos educandos [...]. (LOPES, 2006, p. 2).

Você acha importante aprender Matemática?

Sim

Figura 2 Fonte: Pesquisa direta

Na terceira interrogativa procurou-se saber dos alunos se eles sentiam dificuldades ou

não em aprender Matemática. Dos 10 alunos, 7 disseram sim, correspondendo a 70%,

enquanto que apenas 3 disseram que não, representado 30% do total. O gráfico mostra que

mesmo todos alunos sabendo da importância de se aprender Matemática, as dificuldades

encontradas para o aprendizado são enormes. Isso veio a confirmar D’Ambrósio (1996:43),

que afirma:

Page 27: Artigo sobre ensino da matematica

A Matemática é a mais antiga das Ciências, por isso ela é difícil. Porque já caminhou muito, já sofreu muitas rupturas e reformas, possuindo um acabamento refinado e formal.

Você sente dificuldades em aprender Matemática?

SimNão

Figura 3 Fonte: Pesquisa Direta

Na questão 4, interrogou-se aos alunos, o que falta para aprender Matemática. Do

total de 10 alunos pesquisados, 6 responderam que faltava estudar mais a disciplina, o que

corresponde a 60%, 3 responderam que faltava prestar mais atenção nas aulas, o que

corresponde a 30%, e por fim, apenas 1 aluno respondeu que era falta de resolução de

atividades em sala de aula, o que vem a ser 10% dos alunos que responderam ao questionário.

Analisando essa questão, pode-se afirmar que a maioria dos alunos acredita que estuda menos

que deveria e que dá pouca atenção para as aulas ministradas, isto é, os alunos tomam para si

a responsabilidade do aprender, e somente um aluno acredita que a resolução de atividades

pelo professor possa melhorar o aprendizado. De certa forma, percebe-se que há uma carga

ideológica originária da Escola Tradicional, que transfere toda a culpa do não aprender para o

aluno e isenta o professor de qualquer compromisso com o aprendizado do aluno. Paulo

Freire (1994) afirma que a figura do professor tanto pode ser um modelo, um estímulo, um

ponto de referência, como pode significar também uma ameaça, uma incerteza, um

Page 28: Artigo sobre ensino da matematica

desconforto. O sucesso ou insucesso de uma disciplina dependerá muito do professor e não

apenas do desempenho ou esforço do aluno, ambos devem andar em harmonia visando o

aprendizado.

O que falta para você aprender Matemática?

Mais atenção na aulaEstudar maisResolução de atividades

Figura:4 Fonte: Pesquisa Direta

A questão 5 refere-se ao que o aluno pesquisado atribui como dificuldade na

assimilação dos conteúdos da Matemática. Do total de 10 respostas, 4 alunos disseram que é

por falta de interesse deles na disciplina, o que corresponde a 40%, 3 alunos responderam que

se deve às pressas em responder as atividades e muitas vezes são realizadas de qualquer jeito,

isso corresponde a 30%, 2 alunos afirmaram que não gostam de ler as informações fornecidas

no enunciado da situação-problema, correspondendo a 20%, e finalizando, apenas 1 aluno

respondeu que não gosta de fazer cálculos matemáticos, isso equivale a 10%.

Numa análise dessa questão, fica evidente que o professor deve criar situações

estimulantes, mesmo o de Matemática, desta forma, com a interação com os alunos,

desmistificar a ideia que por ser matemática, apenas o professor fala e o aluno ouve, pois, o

aluno é o centro do processo educativo, não podendo haver inversão de valores. O ensino que

envolve cálculos é o mesmo que envolve teoria, sua essência não muda, seu significado é o

mesmo, educar. Ensinar Matemática é mais que passar alguns conteúdos, resolver cálculos ou

pedir para que os alunos aprendam; só desperta paixão de aprender quem tem paixão de

ensinar.

Page 29: Artigo sobre ensino da matematica

Qual a sua dificuldade em assimilar conteúdo Matemático?

CálculosFalta de interessePressa em fazer atividadeNão gosta de ler o Problema

Figura 5 Fonte: Pesquisa Direta

Na questão 6, os pesquisados deveriam listar o que poderia ser feito para melhorar o

ensino da Matemática. De um total de 10 aluno, 5 responderam que deveria se prestar mais

atenção nas aulas e as explicações do professor, 50% dos pesquisados, 3 alunos afirmaram

que deveriam ser aplicadas e resolvidas mais atividades em sala de aula, isso corresponde a

30% do total de alunos entrevistados, finalmente, 2 alunos apontaram a resolução de

atividades em casa e corrigidas na sala de aula pelo professor como melhoria no ensino da

disciplina, o que corresponde a 20% de alunos ouvidos.

De acordo com a resposta dos alunos acima, pode-se afirmar que para se aprender

Matemática o aluno terá de estar imbuído de um estímulo, um objetivo, para que a

necessidade de aprender possa se equiparar a sua vontade. E o professor será peça essencial

nesse processo, já que o estímulo do aluno será a capacidade do professor em motivá-lo e

levá-lo a criar vínculos com a disciplina. Os professores precisam buscar a excelência da

educação, à maneira como vão fazer o aluno entender certos princípios. O professor não

ensina conceitos aos alunos, ele os ajuda a construir. A Matemática deve levar o aluno a

organizar o pensamento e analisar criticamente informações e dados, ou seja, a Matemática

não dever se limitar ao saber fazer contas, mas ao saber estruturar situações, analisá-las, fazer

estimativas, ter um raciocínio próprio.

Page 30: Artigo sobre ensino da matematica

O que precisa ser feito para aprender Matemática?

Atenção na aulaFazer atividadesAtividades para casa

Figura 6 Fonte: Pesquisa Direta

4. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Ao se pensar no ensino da matemática na escola, deve-se lembrar da discriminação, do

preconceito e da exclusão que pesaram durante anos sobre a maior parte da população

brasileira. Deve-se reconhecer que o diálogo entre as práticas educativas em matemática e a

história da educação matemática também se faz urgente, pela contribuição que pode dar para

que compreendamos melhor os problemas que o presente nos coloca. É preciso ter em mente

que ensinar Matemática é desenvolver o raciocínio lógico, estimular o pensamento

independente, a criatividade e a capacidade de resolver problemas. Por isso, devemos procurar

alternativas para aumentar a motivação para a aprendizagem, desenvolver a autoconfiança, a

organização, a concentração, estimulando a socialização e aumentando as interações do

indivíduo com outras pessoas.

Todo aluno necessita de estímulo para aprender, e o exercício lúdico, por sua vez,

desperta a motivação, sendo que o lúdico tem sido utilizado em muitas escolas como fonte de

inspiração para os professores e de grande motivação aos alunos. Cada vez mais os

professores devem buscar a criatividade, procurando desenvolver, de acordo com suas

Page 31: Artigo sobre ensino da matematica

necessidades, recursos didáticos para desempenhar seu papel com sucesso no processo de

ensino e aprendizagem, tendo como foco principal o aprendizado de seu aluno.

O ensino da Matemática pode ser bem mais prazeroso com a aplicação de atividades

lúdicas, como jogos, brincadeiras, problemas aplicados no cotidiano, problemas de desafio,

histórias, calculadoras, simulação de compra, venda, criação de um mercadinho em sala de

aula, onde se pode trabalhar com uma variedade de produtos explorando as várias

informações matemáticas existentes nos rótulos, entre outros. Para os alunos com maiores

dificuldades no aprendizado matemático, o lúdico propicia uma situação favorável ao

interesse pela matemática e, consequentemente, sua aprendizagem, pois a partir do

aprendizado significativo o aluno adquire motivação e autoconfiança para sentir-se capaz e

apto para desenvolver novas formas de aprendizagens e de organizar de forma satisfatória os

conhecimentos adquiridos ao longo de sua vida escolar.

Sabe-se que toda pesquisa não se esgota em si mesma, pois novos questionamentos

podem surgir no decorrer da realização do estudo. Mas, essa pesquisa visa contribuir de forma

significativa para todos que se preocupam com os rumos da educação no nosso estado e do

ensino da Matemática no nosso País.

Page 32: Artigo sobre ensino da matematica

REFERENCIAL TEÓRICO

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Page 34: Artigo sobre ensino da matematica

ANEXOS

Page 35: Artigo sobre ensino da matematica

INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO PIAUÍ.

CAMPUS TERESINA – CENTRAL

Caríssimo aluno peço a sua colaboração na resolução deste questionário com o propósito de

auxiliar no meu trabalho final do curso de Licenciatura Plena em Matemática.

Desde já, agradeço a sua colaboração.

QUESTIONÁRIO

1. Você gosta de Matemática? ______________________

2. Na sua opinião, por que é importante aprender Matemática?

__________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________

3. No seu ponto de vista, o que leva você a sentir dificuldade em aprender Matemática?

Por quê? ____________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

4. Em qual eixo da matemática você tem mais dificuldade de aprendizagem?

( ) Números e operações ( ) Espaço e forma

( ) Grandezas e medidas ( ) Tratamento da Informação

Por quê?____________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

5. De que maneira a escola poderia amenizar a sua dificuldade na aprendizagem do ensino de

Matemática?

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

_________________________________________________________________

6. No seu ponto de vista, de que forma a matemática pode ajudar na sua vida?

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________