Atlas - Edicións do Cumio · PDF fileMais tamén é este o lugar para...

9
Atlas Xeográfico e Histórico de Galicia e do Mundo cumio

Transcript of Atlas - Edicións do Cumio · PDF fileMais tamén é este o lugar para...

Page 1: Atlas - Edicións do Cumio · PDF fileMais tamén é este o lugar para coñecer mellor o noso territorio, ... Eras xeolóxicas ... cia media da Terra ao Sol que a Unión Astro

AtlasXeográfico e Histórico de Galicia e do Mundo

cumio

Page 2: Atlas - Edicións do Cumio · PDF fileMais tamén é este o lugar para coñecer mellor o noso territorio, ... Eras xeolóxicas ... cia media da Terra ao Sol que a Unión Astro

Edición a cargo de Cándido Meixide Figueiras

Primeira edición, xuño 2016

© dos autores: equipo de Edicións do Cumio

Coordinación: Adrián Estévez Iglesias

Maquetación: Rosa Escalante Castro | Ramón Pais Martínez

© da edición

Edicións do Cumio, S. A.

Pol. industrial A Reigosa, parcela 19

36827 Ponte Caldelas, Pontevedra

Tel.: 986 761 045

[email protected] | www.cumio.gal

Calquera forma de reprodución, distribución, comunicación pública ou transformación desta obra

soamente pode ser realizada coa autorización dos titulares, salvo excepción prevista pola lei.

Diríxanse a CEDRO (Centro Español de Derechos Reprográf icos, www.cedro.org)

se precisan fotocopiar, escanear ou facer copias dixitais dalgún fragmento desta obra.

ISBN: 978-84-8289-520-8

Depósito legal: VG 254-2016

Impreso en Galicia

Desde Edicións do Cumio énos grato presentar a nova edición do Atlas Xeográ-fico e Histórico de Galicia e do Mundo. Non foron poucos os cambios acontecidos desde que en 1996 saíra á luz o primeiro Atlas en lingua galega, reeditado en 2003, 2005 e 2009: a independencia de Sudán do Sur en 2011, a fusión entre os concellos de Oza dos Ríos e Cesuras na provincia da Coruña en 2013, ou o acceso de Croacia á Unión Europea nese mesmo ano, implicaron mudanzas na cartografía xeopolítica e administrativa.

Vivimos na era da Información, onde a revolución dixital permitiu o acceso cómodo e rápido a través da rede a todos os datos que queiramos consultar. Neste escenario é im-portante saber seleccionar e discriminar para poder aplicar o coñecemento. Este volume que tes entre as mans quere ser un documento de consulta que permita interpretar os datos e a información dada no seu contexto.

Asumimos que un dos usos principais dos atlas é como ferramenta didáctica, destinada ao alumnado e profesorado tanto de educación primaria como secundaria. Por este motivo, procurouse realizar unha redacción que combine o rigor científico cunha fácil comprensión. Os currículos escolares están orientados cara a unha aprendizaxe transversal, polo que os con-tidos están interrelacionados. Xa que logo, este Atlas é un volume multidisciplinar que abran-gue os diferentes aspectos da nosa sociedade, desde a demografía á economía pasando pola ecoloxía, as comunicacións ou o acceso aos recursos. Os textos van acompañados de imaxes, gráficas, fotografías ou diagramas. Os mapas —a cartografía foi de sempre un dos campos nos que Cumio está especializado— están actualizados coa inclusión das novas infraestruturas.

Este Atlas está feito desde Galicia, e entendemos que é unha ferramenta necesaria para a normalización da nosa lingua, válida para explicar a astronomía, a xeoloxía ou a biodiversidade do noso planeta. Mais tamén é este o lugar para coñecer mellor o noso territorio, desde os espazos naturais protexidos, a configuración histórica do territorio, a crise demográfica que está a vivir Galicia, até os seus recursos industriais ou turísticos.

Como ferramenta de normalización lingüística, un dos campos máis complicados foi a selección dos exónimos: os nomes dos lugares do mundo. Nalgúns casos a necesidade do seu uso é máis obvia, cando cómpre facer unha transliteración doutros alfabetos como o cirílico, o árabe, o xaponés ou o birmano. É por isto que usamos Moscova e non Москва, ou Abu Zabi no canto de ابوظبي. Para os topónimos estranxeiros tomáronse como referencia varios do-cumentos: o Dicionario da Real Academia Galega, a Diciopedia do século 21, os Criterios para o uso da lingua do Servizo de Normalización Lingüística da Universidade da Coruña, o texto Lingua galega: dúbidas lingüísticas da Área de Normalización Lingüística da Universidade de Vigo, o Dicionario Galaxia de usos e dificultades da lingua galega ou a Enciclopedia Galega Universal.

Page 3: Atlas - Edicións do Cumio · PDF fileMais tamén é este o lugar para coñecer mellor o noso territorio, ... Eras xeolóxicas ... cia media da Terra ao Sol que a Unión Astro

Índicen A TERRA NO UNIVERSO ............................................................................................................................... 9 A imaxe do Cosmos ........................................................................................................................................ 10 O espazo ............................................................................................................................................................ 12 O sistema solar ................................................................................................................................................ 13 Constelacións boreais ..................................................................................................................................... 16 Constelacións austrais .................................................................................................................................... 17 A Terra ................................................................................................................................................................ 18 A Lúa ................................................................................................................................................................... 19 Paralelos e meridianos .................................................................................................................................... 20 Proxeccións cartográficas .............................................................................................................................. 21 Cartografía de Galicia ..................................................................................................................................... 22

n A TERRA COMO SISTEMA ............................................................................................................................ 23 A atmosfera ....................................................................................................................................................... 24 A hidrosfera ...................................................................................................................................................... 27 A xeosfera ......................................................................................................................................................... 28 A biosfera .......................................................................................................................................................... 30 Eras xeolóxicas ................................................................................................................................................. 31

n O MUNDO ................................................................................................................................................................. 32 Mapa físico ......................................................................................................................................................... 32 Mapa político ..................................................................................................................................................... 34 Clima ................................................................................................................................................................... 36 Xeoloxía e biomas ........................................................................................................................................... 37 Problemática ambiental................................................................................................................................... 38 Demografía ........................................................................................................................................................ 39 Recursos ............................................................................................................................................................ 43 Comercio ........................................................................................................................................................... 45 Linguas e relixións ........................................................................................................................................... 46

n GALICIA ..................................................................................................................................................................... 47 Mapa físico ......................................................................................................................................................... 48 Mapa político ..................................................................................................................................................... 49 Situación xeográfica ......................................................................................................................................... 50 Circulación atmosférica .................................................................................................................................. 51 Circulación mariña ........................................................................................................................................... 53 Tempo ................................................................................................................................................................. 54 Dominios climáticos ........................................................................................................................................ 55 Xeoloxía ............................................................................................................................................................. 57 Solos.................................................................................................................................................................... 58 Litoloxía ............................................................................................................................................................. 60 Metaloxenético ................................................................................................................................................. 61 Unidades morfolóxicas ................................................................................................................................... 62 Cuncas hidrográficas ....................................................................................................................................... 63 Ríos ..................................................................................................................................................................... 64 Rías ...................................................................................................................................................................... 65 Biodiversidade................................................................................................................................................... 66 Rexións fitoxeográficas ................................................................................................................................... 67 Vexetación ......................................................................................................................................................... 68 Ecosistemas e biodiversidade ........................................................................................................................ 70 Fauna ................................................................................................................................................................... 71 Espazos naturais ............................................................................................................................................... 73 Historia............................................................................................................................................................... 76 Comarcas ........................................................................................................................................................... 80 Organización territorial .................................................................................................................................. 81 Institucións ........................................................................................................................................................ 82 Lingua .................................................................................................................................................................. 83 Demografía ........................................................................................................................................................ 84 Ocupación ......................................................................................................................................................... 86 Forestal / Agricultura / Gandaría .................................................................................................................. 87 Gandaría / Produtos de calidade .................................................................................................................. 88

Page 4: Atlas - Edicións do Cumio · PDF fileMais tamén é este o lugar para coñecer mellor o noso territorio, ... Eras xeolóxicas ... cia media da Terra ao Sol que a Unión Astro

Pesca de baixura ............................................................................................................................................... 89 Pesca de altura .................................................................................................................................................. 90 Acuicultura ........................................................................................................................................................ 91 Minaría ................................................................................................................................................................ 92 Industria ............................................................................................................................................................. 93 Enerxía ................................................................................................................................................................ 94 Turismo .............................................................................................................................................................. 96 Mapas .................................................................................................................................................................. 98 n PENÍNSULA IBÉRICA ....................................................................................................................................... 110 Mapa físico ......................................................................................................................................................... 112 Mapa político ..................................................................................................................................................... 114 Clima ................................................................................................................................................................... 116 Vexetación ......................................................................................................................................................... 117 Relevo e ríos ..................................................................................................................................................... 118 Demografía ........................................................................................................................................................ 119 Gandaría e pesca / Industria e minaría ........................................................................................................ 120 Enerxía ................................................................................................................................................................ 121 Turismo .............................................................................................................................................................. 122 Transporte ......................................................................................................................................................... 123

n EUROPA...................................................................................................................................................................... 124 Mapa físico ......................................................................................................................................................... 126 Mapa político ..................................................................................................................................................... 127 Clima e bioxeografía ........................................................................................................................................ 128 Demografía e economía ................................................................................................................................. 129 A Unión Europea ............................................................................................................................................. 130 Mapas .................................................................................................................................................................. 132

n ÁFRICA ....................................................................................................................................................................... 144 Mapa físico ......................................................................................................................................................... 146 Mapa político ..................................................................................................................................................... 147 Clima e vexetación .......................................................................................................................................... 148 Demografía e economía ................................................................................................................................. 149 Mapas .................................................................................................................................................................. 150

n AMÉRICA DO NORTE ....................................................................................................................................... 154 Mapa físico ......................................................................................................................................................... 156 Mapa político ..................................................................................................................................................... 157 Clima e vexetación .......................................................................................................................................... 158 Demografía e economía ................................................................................................................................. 159 Mapas .................................................................................................................................................................. 160

n AMÉRICA CENTRAL E DO SUR ................................................................................................................. 166 Mapa físico ......................................................................................................................................................... 168 Mapa político ..................................................................................................................................................... 169 Clima e vexetación .......................................................................................................................................... 170 Demografía e economía ................................................................................................................................. 171 Mapas .................................................................................................................................................................. 172

n ASIA ............................................................................................................................................................................. 180 Mapa físico ......................................................................................................................................................... 182 Mapa político ..................................................................................................................................................... 183 Clima e vexetación .......................................................................................................................................... 184 Demografía e economía ................................................................................................................................. 185 Mapas .................................................................................................................................................................. 186

n OCEANÍA ................................................................................................................................................................... 196 Mapa físico ......................................................................................................................................................... 198 Mapa político ..................................................................................................................................................... 199 Clima e vexetación .......................................................................................................................................... 200 Demografía e economía ................................................................................................................................. 201 Mapas .................................................................................................................................................................. 202

n ÍNDICE TOPONÍMICO ...................................................................................................................................... 207

SÍMBOLOS E ABREVIATURAS

Page 5: Atlas - Edicións do Cumio · PDF fileMais tamén é este o lugar para coñecer mellor o noso territorio, ... Eras xeolóxicas ... cia media da Terra ao Sol que a Unión Astro

A TERRA NO UNIVERSO

Page 6: Atlas - Edicións do Cumio · PDF fileMais tamén é este o lugar para coñecer mellor o noso territorio, ... Eras xeolóxicas ... cia media da Terra ao Sol que a Unión Astro

A TERRA NO UNIVERSO. A imaxe do Cosmos

10

A TERRA NO UNIVERSO. A imaxe do Cosmos

11

Desde os inicios da súa historia a humanidade preocupouse por coñecer as leis que rexen o cos-mos. Naceron así os mitos, relatos simbólicos relacionados coa orixe do mundo e da propia humanida-de. Nun comezo estas mitoloxías estaban fondamente relacionadas coa relixión, e asumíase que eran os deuses quen se encargaban de gobernar o Universo, logo da conversión do caos (desorde) primixenio en cosmos (orde).

As diversas culturas primitivas decatáronse de que existían ciclos constantes e inmutables, como as fases da Lúa, as estacións do ano ou os ciclos das estrelas. Isto serviu como ferramenta para medir o tempo e para poder predicir os períodos de recolección e caza, así como para afrontar o inverno. Desde a antigüidade o ceo serviu como mapa, calendario e reloxo. As constancias máis antigas desta medición do tempo datan do Neolítico, cando se iniciou a agricultura e o sedentarismo. Desa época son os conxuntos de Stonehenge (Inglaterra) e Newgrange (Irlanda), que presentan respectivamente aliñacións cos puntos de saída do Sol e a Lúa nos solsticios de verán e inverno. A representación máis vella da bóveda celeste é o disco celeste de Nebra, unha placa de bronce de 32 cm de diámetro e 2 kg de peso, atopada en Saxonia-Anhalt (Alemaña). Calcúlase que ten uns 3600 anos.

A astronomía estivo ligada desde un comezo á astroloxía, e os sacerdotes facían dela non só un instrumento de saber, senón tamén de poder. En Mesopotamia, entre os ríos Tigris e Éufrates, a civilización sumeria creou a Teoloxía Astral. Ao usaren un sistema numérico sexaxesimal (de base 60), crearon a práctica moderna de dividir un círculo en 360 graos de 60 minutos cada un. En relación coa identificación de constelacións na bóveda celeste, esta división deu pé á aparición do zodíaco, a rexión da esfera celeste pola que (en aparencia) se moven o Sol e os planetas. De hai 2700 anos é a táboa de Ammisaduqa, unha peza de arxila da civilización babilonia na que se recollen observacións sobre o plane-ta Venus. Por entón era xa posible realizar cálculos e predicións de eclipses, e levábanse a cabo precisos calendarios na China (con meses lunares e cinco ciclos de doce anos) e América Central (calculados baseándose nos ciclos da Terra, a Lúa e Venus).

Un dos motivos figurativos existentes nos petróglifos galegos son as espirais e os labirintos, que poderían ser interpretados como unha representación do ciclo solar anual: crecente desde o solsticio de inverno e decrecente desde o solsticio de verán. Sería o caso da Laxe das Rodas (Louro, Muros), o Outeiro do Cribo (A Armenteira, Meis) ou o labirinto de Mogor (Marín). Tamén se está a estudar a súa orientación espacial respecto aos astros.

A arquitectura estivo tamén ligada á astronomía. Amais de procurar unha boa orientación das vivendas cara a zonas máis solleiras e luminosas, os monumentos sagrados e relixiosos como templos, túmulos ou tumbas tamén estaban orientados seguindo determinados patróns.

Alonso Romero, F. (1981): El calendario ritual de la Laxe das Rodas (Louro, Muros).Aliñacións astronómicas de Stonehenge.

Novembro

Outubro

Setembro

Agosto

Xullo

Decembro

Xaneiro

Febreiro

Marzo

Abril

Maio

Xuño

H HIH HI

H, HI = Horizonte = Amencer = Ocaso

DŒA

NOITE

Alonso Romero, F. (1981). O camiño espiral do Sol.

Inicialmente existiu unha concepción xeocéntrica do Universo, segundo a cal arredor da Terra xiran o resto de astros nun cosmos esférico e finito. Neste modelo destacaban sete astros, que en varias culturas deron nome aos sete días da semana: Lúa (luns), Marte (martes), Mercurio (mércores), Xúpiter (xoves), Venus (venres), Saturno (Saturday) e o Sol (Sunday). Este modelo xeocéntrico viuse consolidado a partir do século ii, cando Ptolomeo escribiu o tratado Almaxesto.

Se ben xa na antiga Grecia algúns pitagóricos e mais Aristarco de Samos defenderan o modelo heliocéntrico, a teoría xeocéntrica persistiu até o Renacemento. Nesa época houbo avances técni-cos, como a mellora do instrumental astronómico relacionado coa navegación, e tíñase información procedente das observacións realizadas durante a Idade Media. A mediados do século xvi Copérnico desenvolveu o modelo heliocéntrico do cosmos, co Sol no centro do Universo e a Terra e os demais planetas xirando ao seu redor. Kepler, Galileo e Newton contribuíron coas súas achegas a desenvolver a cosmovisión moderna, onde a Terra desem-peña un rol secundario dentro dun Universo mecánico, estático e predicible.

Os avances científicos e técnicos do século xx achegaron dúas novas perspecti-vas, a microcósmica e a macrocósmica, nas que non resultaba válido o modelo mecáni-co proposto por Newton. Por unha banda, a escala subatómica, a física cuántica revela un mundo indeterminado e impredicible, e por outra as novas técnicas de observación a escala macrocósmica canda as teorías de Einstein e as investigacións de Hubble, amó-sannos un Universo dinámico e en expan-sión, curvo e sen centro, cun contínuum in-terdependente de espazo e tempo.

Para calcular esta inmensidade espacial utilízase a unidade astronómica (ua), distan-cia media da Terra ao Sol que a Unión Astro-nómica Internacional estableceu en 149 597 870,7 km. Outras unidades son o ano luz (9 460 730 472 580,8 km) e o parsec (206 265 ua, 3,2616 anos luz).

Cortés de Albacar, M. (1551): Breve Compendio de la Sphera y de la Arte de Navegar.

Page 7: Atlas - Edicións do Cumio · PDF fileMais tamén é este o lugar para coñecer mellor o noso territorio, ... Eras xeolóxicas ... cia media da Terra ao Sol que a Unión Astro

12 13

A TERRA NO UNIVERSO. O sistema solarA TERRA NO UNIVERSO. O espazo

A nosa galaxia é a Vía Láctea, tamén coñecida como Camiño de Santiago, cuns cen mil millóns de estrelas. A ela pertencen todos os corpos que vemos no ceo boreal, agás a constelación de Andróme-da. Ten forma espiral, e é visible de canto como unha nebulosa que cruza o ceo. No extremo do brazo de Orión está situado o noso sistema solar, a 26 000 anos luz do núcleo central e a 4,22 anos luz da estrela máis próxima, Próxima Centauri. O sistema solar formouse hai aproximadamente 4568 millóns de anos, tras o colapso dunha nube de gas e po interestelar, que deu lugar a un disco circunestelar a partir do cal xurdiron os planetas.

No sistema solar o astro predominante é o Sol, clasificado pola UAI como unha estrela media-na. Ten un diámetro de 1 392 400 km, e supón o 99,75 % da masa do sistema solar. Está composto principalmente por helio (23 %) e hidróxeno (75 %), cunha temperatura duns 6000 ºC no exterior e 15 000 000 ºC no interior. O Sol serve de centro de gravidade aos corpos celestes que orbitan arredor del: catro planetas exteriores, catro interiores, cinco planetas ananos e numerosos satélites, asteroides, meteoritos e cometas.

Os catro planetas interiores son Mercurio, Venus, Terra e Marte, máis pequenos e compostos en boa parte por rocha e metal. Adoitan ter unha capa de gases e poucos satélites, e carecen de aneis.

Os catro planetas exteriores son Xúpiter, Saturno (os xigantes gasosos, formados principalmente por helio e hidróxeno), Urano e Neptuno (os xigantes xeados, compostos por auga conxelada, metano e amoníaco). Estes catro teñen maior masa, con numerosos satélites e aneis de xeo e gran de rocha.

Os cinco planetas ananos son Ceres, Plutón, Eris, Makemake e Haumea. A órbita de Ceres, descuberto en 1801, está entre Marte e Xúpiter, no cinto de asteroides. O resto de planetas ana-nos están alén de Neptuno, onde se sitúan o cinto de Kuiper, o disco disperso e a nube de Oort, considerada o límite do Sistema Solar e situada a un ano luz do Sol.

O Universo é o conxunto de espazo, tempo e todo o que neles está contido, incluídos os planetas, as estrelas, as galaxias, o espazo interestelar, as partículas subatómicas, a materia e a enerxía. Ten unha antigüidade de 13 800 millóns de anos, e segundo a teoría do Big Bang naceu logo da expansión súbita dunha singularidade espazo-temporal.

A amplitude do Universo visible calcúlase en 91 000 millóns de anos luz, se ben non hai acordo sobre cal é a súa forma. Pode parecer un paradoxo que dous obxectos puidesen separarse 91 000 mi-llóns de anos luz en unicamente 13 800 millóns de anos, pois segundo a teoría da relatividade espacial a materia non pode desprazarse a unha velocidade superior á da luz. Porén, a teoría da relatividade xeral afecta só ao movemento no espazo, pero non ao espazo en si mesmo, que pode estenderse a unha ve-locidade maior ca a da luz.

No Universo hai corpos celestes, definidos como aquelas entidades físicas significativas, asocia-cións ou estruturas das cales a ciencia confirmou a súa existencia. Os astros son corpos celestes con formas definidas e con movemento no ceo, como as estrelas, planetas, satélites, asteroides ou come-tas. As galaxias son aglomerados de estrelas e nebulosas baixo un centro de gravidade común. Á súa vez, as galaxias agrúpanse en cúmulos, e calcúlase que no Universo pode haber entre 170 000 e 200 000 millóns de galaxias. Hainas con forma elíptica, en espiral, lenticulares ou irregulares, e abranguen desde varios miles de estrelas (galaxias ananas) até varios miles de millóns. As estrelas son corpos celestes formados por gas incandescente que emiten luz e calor de seu.

Galaxias

Vía Láctea. No recadro o sistema solarO UniversoPlanetas interiores.

O Sol.

O sistema solar.

Planetas exteriores.

Page 8: Atlas - Edicións do Cumio · PDF fileMais tamén é este o lugar para coñecer mellor o noso territorio, ... Eras xeolóxicas ... cia media da Terra ao Sol que a Unión Astro

A TERRA NO UNIVERSO. O sistema solar

14 15

MERCURIO VENUS TERRA MARTE XÚPITER SATURNO URANO NEPTUNO

Diámetro Densidade Gravidade Distancia ao Sol Período de Período Velocidade orbital Velocidade de

PLANETA (km) (g/cm3) (m/s2) (km) rotación sideral (km/s) escape (km/s)

MERCURIO 4880 5,43 2,8 57 900 000 58 días 15 h 87 días 23 h 44,7 4,2

VENUS 12 100 5,25 8,6 108 200 000 244 días 7 h 224 días 17 h 34,9 10,3

TERRA 12 756 5,52 9,8 149 600 000 23 h 56 m 365 días 6 h 29,9 11,2

MARTE 6794 3,95 3,7 227 900 000 24 h 37 m 687 días 23,9 h 5

Ceres 960 2,08 0,27 414 000 000 - 4,6 anos 17,8 -

XÚPITER 142 796 1,33 23,4 778 300 000 9 h 51 m 11 anos 314 días 13 61

SATURNO 120 000 0,69 9 1 429 000 000 10 h 14 m 29 anos 168 días 9,7 37

URANO 51 120 1,29 8,1 2 900 000 000 17 h 48 m 84 anos 36 días 6,8 22

NEPTUNO 49 200 2,3 10,9 4 400 000 000 16 h 7 m 164 anos 288 días 5,4 25

Plutón 2300 1,6 0,6 5 915 000 000 6 días 9 h 248 anos 197 días 4,8 1,1

Eris 2400 – – 14 400 000 000 – 560 anos 3,4 –

Período sideral = Translación, tempo de revolución orbital ao redor dunha estrela.

Velocidade de escape = Velocidade mínima para saír fóra do planeta.

Page 9: Atlas - Edicións do Cumio · PDF fileMais tamén é este o lugar para coñecer mellor o noso territorio, ... Eras xeolóxicas ... cia media da Terra ao Sol que a Unión Astro

16 17

0I

II

III

IV

V

VI

VII

VIII

IX

X

XIXII

XIII

XIV

XVX

VI

XV

IIX

VIII

XIX

XX

XXI

XXII

XXIII

DE

CE

MB

RO

TA

UR

O

NO

VEM

BRO

ARIES

OUTUBRO

PISCES SETEMBRO

ACUARIO

AGOSTO

CAPRIC

OR

NIO

XU

LLO

SA

XIT

AR

IO

XU

ÑO

MAIO

ABRIL

MARZO

FEBREIROX

AN

EIR

O

ES

CO

RP

IÓN

LIBRA

VIRGO

LEÓN

CÁN

CER

MIN

I

BALEA

ERIDANO

ORIÓN

LEBRE

UNICORNIO

CANMAIOR

POPA

COMPÁS

HIDRA

SEXTANTE COPA CORVO

VIRGO

LIBRA

ESCORPIÓN

OFIUCO

SERPE

ESCUDO

SAXITARIOCOROA

AUSTRAL

MICROSCOPIO

CAPRICORNIO

ACUARIO

PEIXE AUSTRAL

ESCULTOR

FORNO

FÉNIX

BURIL

POMBA DOURADA

PINTOR

VELAS

QUILLA

CENTAURO

LOBO

TELESCOPIO

GROU

RETÍCULO HIDRAMACHO

Nube maiorde Magalhães

PEIXEVOADOR CAMALEÓN

CRUZ DO SUR

COMPÁS

TRIÁNGULOAUSTRAL

PAVO

AVEDO PARAÍSO

TUCANO

OCTANTE

Nube menorde Magalhães

PISCES

PEGASO

DELFÍN

FRECHAÁGUIA

OFIUCO

SERPE

COROA BOREAL

BOIEIRO CANS DE CAZA

VIRGO

LEÓN

HIDRA

CÁNCER

CAN MENOR

XÉMINI

ORIÓN

TAURO

BALEA

ARIES

LAGARTO

CISNE

LIRA

HÉRCULES

O CARRO

LEÓNMENOR

LINCE

AURIGA

PERSEO

TRIÁNGULOANDRÓMEDA

CASIOPEA

Vía Láctea

CEFEO

DRAGÓN OSA MENOR

Estrela Polar

XIRAFA

MIN

I

CÁN

CER

LEÓN

VIRGO

LIBRA

ES

CO

RP

IÓN X

AN

EIR

OFEBREIR

O

MARZO

ABRIL

MAIO

XU

ÑO

0I

II

III

IV

V

VI

VII

VIII

IX

X

XIXII

XIII

XIV

XV

XV

I

XV

IIX

VIII

XIX

XX

XXI

XXII

XXIII

SA

XIT

AR

IO

XU

LLO

CAP

RIC

ORNIO

AGOSTO

ACUARIO

SETEMBRO PISCES

OUTUBRO

ARIES

NOVEM

BRO

TAU

RO

DE

CE

MB

RO

OSA MAIOR

FOUCE

En 1928 a Unión Astronómica Internacional decidiu reagrupar a esfera celeste segundo criterios científicos, co propósito de que todo punto visible no ceo quedase incluído na área dunha figura. Así, en 1930 establecéronse 88 constelacións con límites precisos, das cales case a metade manteñen a denominación tradicional procedente da as-tronomía grega. Con todo, na actualidade perderon parte da súa importancia, pois tanto os xeógrafos coma os astró-nomos utilizan o sistema de coordenadas para se orientar e para se referir aos obxectos da esfera celeste.

Os planisferios celestes toman como base o ecuador, os meridianos e os paralelos da Terra, usándoos como prolongación. Respectivamente mostran a visión nocturna do ceo boreal desde o Polo Norte e do ceo austral desde o Polo Sur. Nos bordos aparecen indicados os doce meses do ano, e en números romanos as horas de ascensión. As constelacións aparecen unidas con liñas vermellas. O grosor dos puntos que representan as estrelas non se corres-ponde co seu tamaño, senón que varía en función da intensidade da luz que recibimos na Terra.

A posición das estrelas vai variando moi devagar ao longo do tempo. Actualmente no centro do planisferio norte está a Estrela Polar, da constelación da Osa Menor. A Vía Láctea está situada un pouco máis ao norte no zo-díaco, representada por un trazo nebuloso.

A TERRA NO UNIVERSO. Constelacións boreais

As antigas civilizacións agruparon as estrelas visibles na bóveda celeste en constelacións, debido á súa po-sición aparentemente estable. Porén, as estrelas dunha mesma constelación non teñen por que estar fisicamente asociadas, e mesmo poden estar separadas por centos de anos luz. As agrupacións que se ven no hemisferio norte do ecuador celeste son chamadas constelacións boreais, e as que se ven no hemisferio sur son as constelacións aus-trais. Estas constelacións estaban asociadas a figuras de animais, obxectos ou seres mitolóxicos. O propósito inicial era debido a intereses prácticos, como medir o paso do tempo e servir de orientación nas travesías nocturnas, xa fosen por mar ou por terra. Ao formar figuras relacionadas cos relatos mitolóxicos era máis doado recordar a súa localización.

Como comentamos, o zodíaco é a rexión da esfera celeste pola que se ven mover o Sol e os planetas. Pénsase que os primeiros en dividir o zodíaco en doce constelacións foron os babilonios. No século ii antes da nosa era, Pto-lomeo recolleu na súa obra Almaxesto 48 constelacións agrupando 1022 estrelas, as visibles desde Alexandría. Esta obra serviu de base aos textos astronómicos até finais da Idade Media. Na idade moderna, coas navegacións polo hemisferio sur da Terra, comezaron a reformularse os atlas astronómicos.

A TERRA NO UNIVERSO. Constelacións austrais