benedetto croce - breviario de estética (espasa-calpe s. a.-1985)

5/17/2018 benedetto croce - breviario de est tica (espasa-calpe s. a.-1985) - slidepdf.com

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B E N E D E T T OC R O C E

B R E V I A R I O D EESTÉTICA

C U A T R O L E C C I O N E SSEGUIDAS D E D O S ENSAYOSY U N A P É N D I C E

Novena edición

COLECCIÓN AUSTRAL

ESPASA-CALPE



B R E V I A R I O DEESTÉTICA



B E N E D E T T OC R O C E

B R E V IA R IO D EE S T É T I C A

C U A T R O L E C C I O N E SSEGUIDAS D E D O S ENSAYOS

Y U N A P É N D I C E

N ove na e d i c i ón

COLECCIÓN AUSTRAL

ESPASA-CALPE



Primera edición:

Segunda edición:

Tercera edición:

Cuarta edición:

Quinta edición:

Sexta edición:

Séptima edición:

Octava edición:

10-

20-

28-

15-28-

18-

16-

9-

VIII

VI

II

V

III

IV

V

III

•1938

-1939

-1942

-1943

-1945

-1947

-1967

-1979

Novena edición: 12- Vil -1985

Traducción del italiano po r José Sánchez Rojas

© De esta edición: Espasa-Calpe, S. A., 1938

Maqueta de cubierta: Enríe Sa tué

Depósito legal: M. 24.702-1985

ISBN84-239-0041-X

Impreso en España

Printed in Spain

Acabado de imprimir el día 12 de ulio de 1985

Talleres gráficos de la Editorial Espasa-Calpe, S. A

Carretera de Irán, km. 12,200. 28049 Madrid

Í N D I C E

A D V E R T E N C I A DEL A U T O R 9

L E C C I Ó N P R I M E R A .

¿ Q u é es el a r t e ? 11

L E C C I Ó N S E G U N D A .

P r e j u i c i o s en t o r n o al a r t e 37

L E C C I Ó N T E R C E R A .

E l p u e s t o del a r t e en el e sp í r i t u y en la s o c i e d a dh u m a n a 57

L E C C I Ó N C U A R T A .L a c r í t i c a y la hi s t or i a del a r t e 75

I N I C I A C I Ó N , P E R Í O D O S Y C A R Á C T E R DE LA H I S T O R I A DE LA

E S T É T I C A ._ 93

E l c a r á c t e r de t o t a l i d a d de la e xpre s i ón a r t í s t i c a 117

A P É N D I C E .

I . I ro n í a , sá t i r a y poe s í a 131

I I . En t o r n o a la g r a d a c i ó n de las o b r a s de a r t e 136

I I I . D i s c i p l i n a y e s p o n t a n e i d a d 139



A D V E R T E N C I A D E L A U T O R

Con motivo de la inauguración, celebrada en el mes deoctubre del año pasado, del Rice Instituto — la nueva y gran

Universidad de Houston en el Estado de Tejas— , fui invitado por su presidente, el profesor Edgar Lovett Odell, apronunciar algunas lecciones sobre los temas que formanel contenido de este volumen y que fueran para los oyentes como una, orientación sobre los problemas capitales dela Estética. Habiéndome excusado, a caMsa de mis m-uchasocupaciones, que me impedían, por el momento, emprender un largo viaje al golfo de Méjico, se me replicó, conla mayor cortesía, que se me dispensaba del viaje corporal a cambio de que enviase el -manuscrito de las leccionespara traducirlo al inglés — como se hizo en seguida— eincorporarlo a los volúmenes conmemorativos de la inauguración, Y en pocos días escribí este B R E V I A R I O D E E S T É T I CA , cumpliendo el compromiso que contraje. Luego, después

de haber acabado mi tarea, adverttí, con cierto regodeomental, que no solamente había condensado en este libritolos conceptos más importantes de mis volúmenes anteriores sobre el mismo tema, sino que además los había expuesto con mayor cohesión y más aguda perspicacia queen mi Estética, que tiene ya la respetable antigüedad dedoce años. Una nueva idea se apod,eró también de mi espí

ritu; lá idea de que estas cuatro lecciones recogidas aquípueden ser útiles para los jóvenes que se consagran al estudio de la poesía y, en general, del arte, y hasta servir enlas escuelas secundarias como libro auxiliar y de consultaen los estudios literarios y filosóficos. Porque tengo paramí que la Estét ica , cuando se enseña con habilidad, sirve,mejor que otra disciplina filosófica cualquiera, d¿e introduc-



10 BENEDBTTO CHOCE

ción y de pórtico para el aprendizaje de la filosofía, porque el arte y la poesía despiertan en seguida el ejercicio dela atención y de la reflexión de los muchachos. La Lógica,en cambio, supone el ejercicio previo de las investigacionescientíficas, resultando para ellos demasiado abstracto, y laÉtica— al menos en Italia, donde por razones históricas,de todos conocid as, falta el estímulo que el espíritu religioso ejercita sobre la meditación del humano destino — parece generalmente una prédica cansina y machacona, y la llamada Psicología, más que preparación, sueleser disertació n de la filosofía. Los problema s del arte, porel contrario, conducen m ás hacedera y espontáneamente,no sólo a conquistar el hábito de la especulación, sino agustar por anticip ado de las mieles de la lógica, de la ética y de la metafísica, ya que, por ejemplo, comprenderla relación de contenido y forma en el arte es comenzara comprender la síntesis a p r i o r i ; comprender la relaciónde intuición y expresión vale tanto como superar el materialismo y, a la vez, el dualismo espiritualista; compr enderel empirismo de las clasificaciones de los géneros literariosy de las artes es lo mismo que darse cuenta de la diferencia entre el procedim iento naturalista y el filosófico... Yasí sucesivamente. Tal vez será ésta una ilusión mía nacidade mi poco conocimiento de las escuelas secundarias, de lasque no conservo, sino los lejanos y, al mismo tiempo, vivosrecuerdos de mis tiempos de estudiante, y en ellos me fundo . Vero es el caso que semejante ilusión me ha movidoa publicar, en italiano, mis lecciones de A mérica y a dejárselas incluir a mi amigo Laterza en su nueva "Colecciónescolar", a la que deseo toda suerte de bienandanzas.

B . C .

Ñ a p ó le s , 1 d e e n e r o d e 1 9 1 3 .

L E C C I Ó N P R I M E R A

¿ Q U É E S E L A R T E ?

A la p r e g u n ta ¿ q u é e s e l a r t e ? p u e d e r e s p o n d e r s e b r o m e a n d o , c o n u n a b r o m a q u e n o e s c o m p l e t a m e n t e n e c i a ,que e l a r te es aque llo que to dos saben lo qu e es . Y verda d e r a m e n te , s i n o s e s u p i e r a d e a lg ú n m o d o lo q u e e s e la r t e , n o p o d r í a m o s t a m p o c o f o r m u la r n o s e s t a p r e g u n ta ,p o r q u e to d a p r e g u n ta i m p l i c a s i e m p r e u n a n o t i c i a d e l ac o s a p r e g u n ta d a , d e s i g n a d a e n l a p r e g u n ta y , p o r e n d e , c a l i f i c a d a y c o n o c i d a . C o s a s o b r e l a c u a l p o d e m o s h a c e r u n ae x p e r i e n c i a d e h e c h o , s i n o s d a m o s c u e n ta d e l a s i d e a s ,jus tas y profundas , que o ímos con f recuenc ia formular conre lac ión a l a r te por aque llos que no son profes iona les dela f i losofía y de la teoría, por los la icos, por los artistas pocoamigos de razones , por las personas ingenuas , has ta por lasg e n te s d e l p u e b lo ; i d e a s q u e v a n m u c h a s v e c e s i m p l íc i t a m e n te e n v u e l t a s e n lo s ju i c i o s q u e s e h a c e n e n to r n o a d e t e r m i n a d a s o b r a s d e a r t e , y q u e a lg u n a s v e c e s s e p r o n u n c i a nen forma de a for ismos y de def in ic iones . Y hasta damos enla f lo r d e s o s p e c h a r q u e p u d i é r a m o s r e í r n o s a m a n d íb u laba t ien te , s i empre que nos v in iese en ganas , de los f i lósofoso r g u l lo s o s q u e p r e t e n d e n h a b e r d e s c u b i e r to l a n a tu r a l e z a d e la r t e , m e t i é n d o n o s p o r lo s o jo s y p o r lo s o íd o s p r o p o s i c i o n e sescr i tas en los l ibros más vulgares y f rases de l acervo comúnd e l a s g e n te s , a d v i r t i é n d o n o s q u e c o n t i e n e n , c o n l a m a y o rc la r i d a d , s u f l a m a n te d e s c u b r i m i e n to .

E l f i lósofo tendr ía s iempre ocas ión de avergonzarse s im a n tu v i e s e a lg u n a v e z l a i lu s i ó n d e h a b e r l e g a d o , c o n s u sd o c t r i n a s p e r s o n a le s , a lg o c o m p le ta m e n te o r i g i n a l a l a c o

m ú n c o n c i e n c i a h u m a n a , a lg o e x t r a ñ o a e s t a c o n c i e n c i a ,



12 ÉENEDETTO CROCE

l a r e v e la c i ó n d e u n m u n d o e n te r a m e n te n u e v o . P e r o n o s etu r b a y s i g u e d e r e c h o s u c a m i n o , p o r q u e s a b e q u e l a p r e g u n t a , ¿ q u é c o s a e s e l a r t e ? —c o m o , e n g e n e r a l , t o d a p r e g u n taf i losóf ica sobre la na tura leza de lo rea l y toda preguntad e c o n o c i m i e n to —, s i a d q u i e r e e n l a s p a la b r a s q u e s ee m p le a n c i e r to m a t i z d e p r o b le m a g e n e r a l y to t a l , q u es e p r e t e n d e r e s o lv e r p o r p r i m e r a y p o r ú l t i m a v e z , t i e n es iempre , en e fec to , un s ign i f icado c i rcunstanc ia l , que rezac o n l a s d i f i c u l t a d e s e s p e c i a l e s q u e s e v i v e n e n u n m o m e n tod e t e r m i n a d o d e l a h i s t o r i a d e l p e n s a m i e n t o . C i e r t a m e n t e

l a v e r d a d c o r r e p o r s u c a m i n o , c o m o l a c h i s p a d e l c o n o c i d o p r o v e r b i o f r a n c é s , y c o m o l a m e tá f o r a " r e i n a d e lo st r o p o s " , s e gú n lo s se c to re s , c o n q u e M o n ta i g n e s e to p a b ae n l a c h a c h a r a d e s u c a m a r e r a . P e r o l a m e tá f o r a d e l a c a m a r e r a e s l a s o lu c i ó n d e u n p r o b le m a q u e e x p r e s a p r e c i s a m e n te lo s s e n t i m i e n to s q u e a g i t a n e n a q u e l i n s t a n te e lespír i tu de és ta , y las a f i rmac iones tr iv ia les que in tenc io n a d a o i n c i d e n ta lm e n te o ím o s s o b r e l a n a tu r a l e z a d e l a r t e ,son so luc iones de problemas lóg icos que se presen tan a és teo a l o tro ind iv iduo que no hace profes ión de f i lósofo , yq u e , s i n e m b a r g o , c o m o h o m b r e , y c o m o t a l h o m b r e , e sf i lósofo en c ie r ta med ida . Y as í como la metáfora de lac a m a r e r a e x p r e s a , p o r r e g la g e n e r a l , u n a l i m i t a d a y p o b r ec o n c e p c i ó n d e s e n t i m i e n to s c o n r e l a c i ó n a lo s p o e ta s , d e l

mismo modo la a f i rmac ión tr iv ia l de un no f i lósofo resue l v e u n p r o b le m a l i v i a n o c o n r e l a c i ó n a l p r o b le m a q u e e lf i lósofo se ha propuesto . La respuesta , ¿qué cosa es e l a r te?,p u e d e s e r s e m e ja n te e n u n o y e n o t r o c a s o , p e r o s o la m e n teen la apar ienc ia , ya que se complica después con la r iquezad is t in ta de su con ten ido ín t imo. La respuesta de l f i lósofod i g n o d e t a l n o m b r e h a d e t e n e r n a d a m e n o s q u e l ap r e t e n s i ó n d e r e s o lv e r a d e c u a d a m e n te to d o s lo s p r o b le m a sq u e h a n s u r g i d o , h a s ta a q u e l m o m e n to , e n e l c u r s o d e l ah is tor ia , en to rno a la na tura leza de l a r te , y la de l la ico ,m o v i é n d o s e e n u n c í r c u lo b a s ta n te m á s l i m i t a d o , n o t i e n eb r ío p a r a s a l i r s e d e é s t e . F e n ó m e n o q u e p r o b a m o s e x p e -r i m e n ta lm e n te c o n l a f u e r z a d e l e t e r n o p r o c e d i m i e n to s o c r á t i c o , c o n l a f a c i l i d a d c o n q u e lo s i n t e l i g e n te s c o n f u n d e n

BREVIARIO DE ESTÉTICA 13

y de jan con la boca ab ie r ta a los que no lo son y conía c o o r d i n a c i ó n d e s u s p r e g u n ta s , q u e o b l i g a n a c a l l a r a l o sl e g o s q u e h a b ía n c o m e n z a d o a h a b la r a t i n a d a m e n te , a d v i r t i e n d o d e p a s o q u e s e a r r i e s g a n d e m a s i a d o e n e l c u r s o d e li n t e r r o g a to r i o y q u e lo p o c o q u e s a b e n lo s a b e n m a l , a t r i n cherándose de trás de las defensas de su for ta leza y dec la r a n d o q u e n o h i l a n d e lg a d o e n a c h a q u e d e sutilezas.

El orgullo de l f i lósofo debe encas t i l la rse en la conc ienc iade la in tens idad de sus preguntas y de sus respuestas , o rgul lo q u e n o p u e d e i r a c o m p a ñ a d o d e l a m o d e s t i a , o l o q u e e si g u a l , d e l c o n o c i m i e n to q u e l e p r e s t a l a m a y o r o m e n o re x te n s i ó n d e s u ju i c i o c o n l a p o s i b i l i d a d d e u n m o m e n tode te rminado , y que t i ene sus l ími tes , t r azados por la h is to r i a d e a q u e l m o m e n to , s i n q u e p u e d a p r e t e n d e r u n v a lo rd e to t a l i d a d , o c o m o s u e le d e c i r s e , u n a s o lu c i ó n d e f i n i t i v a .L a v i d a u l t e r i o r d e l e s p í r i tu , r e n o v a n d o y m u l t i p l i c a n d osus problemas, conv ie r te no só lo en fa lsas , s ino también enimproceden tes , las so luc iones an te r io res , par te de las cua l e s c a e n e n e l n ú m e r o d e l a s v e r d a d e s q u e s e s o b r e e n t i e n den , y par te de las cua les t i enen que rehacerse y comple ta rse . Un s is tema es como una casa , que después de ha

b e r s e c o n s t r u i d o y d e c o r a d o —s u je ta , c o m o e s tá, a la a c c i ó nd e s t r u c to r a d e lo s e l e m e n to s — n e c e s i ta d e u n c u i d a d o , m á so m e n o s e n é r g i c o , p e r o a s i d u o , d e c o n s e r v a c i ó n , y q u e , e nu n m o m e n to d e te r m i n a d o , n o s ó lo h a y q u e r e s t a u r a r yapunta la r , s ino echar a t i e r ra sus c imien tos para levan ta r losd e n u e v o . P e r o h a y u n a d i f e r e n c i a c a p i t a l e n t r e u n s i s t e m ay u n a c a s a : e n l a o b r a d e l p e n s a m i e n to , l a c a s a , p e r p e tu a m e n te n u e v a , e s tá p e r p e tu a m e n te s o s te n i d a p o r l a a n t i g u a ,q u e d e u n m o d o m á g i c o y p r o d i g i o s o p e r d u r a s i e m p r e e ne l la . Ya sabemos que los que ignoran es ta a r te mágica ,los in te lec tua les superf ic ia les o ingenuos , se asombran hastae l p u n to d e q u e s u s m o n ó to n a s c a n t i l e n a s e s t r i b a n e n l adec la rac ión de que la f i losof ía deshace con t inuamente suobra y de que unos f i lósofos con trad icen a los o tros como

s i e l h o m b r e n o h i c i e s e , d e s h i c i e s e y r e h i c i e s e c o n t i n u a m e n te



14 BENEDETTO CROCE

s u h a b i t a c i ó n ; c o m o s i e l a r q u i t e c to d e m a ñ a n a n o r e c t i f i c a s elos p íanos de l a rqui tec to de hoy , y como s i de es te hacer , ydeshacer , y rehacer la prop ia casa , y de es ta rec t i f i cac ión deunos a rqui tec tos y o tros a rqui tec tos pud iese der ivarse lac o n c lu s i ó n d e q u e n o d e b e m o s l e v a n ta r v i v i e n d a s p a r a m o r a ren ellas.

C o n l a v e n ta j a d e u n a i n t e n s i d a d m á s r i c a , l a s p r e g u n tas y las respuestas de l f i lósofo l levan cons igo e l pe l igrod e u n m a y o r e r r o r , y e s tá n f r e c u e n te m e n te v i c i a d a s p o r

c i e r t a a u s e n c i a d e b u e n s e n t i d o q u e , e n c u a n to p e r t e n e c ea una esfe ra super ior de cu ltura , t i ene , has ta en su comprobac ión , un carác te r a r i s tocrát ico , ob je to no só lo de des d e n e s y d e b u r la s , s i n o d e e n v i d i a y d e a d m i r a c i ó n s e c r e tas. En es to se funda e l con tras te , que muchos se compla c e n e n h a c e r r e s a l t a r , e n t r e e l e q u i l i b r i o m e n ta l d e l a g e n teord inar ia y las ex travaganc ias de los f i lósofos . A n ingúnh o m b r e d e b u e n s e n t i d o s e l e o c u r r e d e c i r , p o r e j e m p lo ,que e l a r te es la resonanc ia de l ins t in to sexual , o que e la r te es un malef ic io que debe se r cas t igado en las repúbli c a s b i e n g o b e r n a d a s ; a b s u r d o q u e h a n d i c h o , s i n e m b a r g o ,f i lósofos y grandes f i lósofos , por lo demás. La inocenc iad e l h o m b r e d e b u e n s e n t i d o e s , s i n e m b a r g o , p o b r e z a e i n o cenc ia de sa lva je , y aunque se haya susp i rado muchas veces

por la v ida inocen te de l sa lva je y se haya acud ido a expe d ien tes socorr idos para a l i a r la f i losof ía con e l buen sen t i d o , es lo c ie r to que e l esp ír i tu , en su desenvolv imien to ,a f r o n ta c o n to d a v a le n t í a , p o r q u e n o p u e d e m e n o s d e h a cer lo as í , los pe l igros de la c iv i l izac ión y e l desv ío momentá n e o d e l b u e n s e n t i d o . L a i n d i g n a c i ó n d e l f i l ó s o f o e ntorno a l a r te t i ene que recorre r las v ías de l e r ror para to p a r c o n e l s e n d e r o d e l a v e r d a d , q u e n o e s d i s t i n to d eaquéllas , s ino aquéllas mismas, a travesadas por un h i loq u e p e r m i te d o m i n a r e l l a b e r i n to .

E l m i s m o n e x o d e l e r r o r c o n l a v e r d a d n a c e d e l h e c h od e q u e u n m e r o y c o m p le to e r r o r e s i n c o n c e b i b le y , c o m oinconceb ib le , no ex is te . E l e r ror habla con dos voces , unade las cua les a f i rma la fa lsedad que desmien te la o tra , to

p á n d o s e e l s í y e l n o e n lo q u e l l a m a m o s c o n t r a d i c c i ó n .


P o r e s o , c u a n d o d e s d e la c o n s i d e r a c i ó n g e n é r i c a d e s c e n d e m o s a u n a t e o r í a q u e s e h a c o n s i d e r a d o c o m o e r r ó n e a e f tto d a s s u s p a r t e s , y e n s u s d e te r m i n a c i o n e s , n o s e n c o n t r a m o se n e l l a m i s m a l a m e d i c i n a d e s u e r r o r , g e r m i n a n d o l a v e r d a d e r a t e o r í a , d e l e s t e r c o le r o e n q u e b r o tó e l e r r o r . L o smismos que tra tan de reduc i r e l a r te a l ins t in to sexualrecurren , para demostra r su tes is , a a rgumentos y compro b a c i o n e s q u e , e n lu g a r d e u n i r , s e p a r a n a l a r t e d e a q u e li n s t i n to . Y e l m i s m o q u e d e s te r r a b a l a p o e s ía d e to d arepública b ien ordenada , se o fuscaba a l proc lamar aque llae x p u ls i ó n y c r e a b a d e a q u e l m o d o u n a p o e s ía s u b l i m e yn u e v a . H a y p e r ío d o s h i s tó r i c o s e n lo s q u e h a n d o m i n a d o l a smás to rc idas y groseras doc tr inas sobre e l a r te , lo que noi m p i d e q u e h a s ta e n a q u e l lo s m i s m o s p e r ío d o s s e d i s c i e r n alúc idamente lo be l lo de lo feo , y has ta que se d iscurra ento r n o a e s o s c o n c e p to s c o n l a m a y o r s u t i l e z a c u a n d o , o lv i dándose de las teor ías abstrac tas , se acude a los casos par t i c u la r e s . E l e r r o r s e c o n d e n a s i e m p r e , n o e n l a b o c a d e ljuez, s ino ex ore suo.

Por es te nexo es trecho con e l e r ror , la a f i rmac ión de lav e r d a d e s s i e m p r e u n p r o c e s o d e lu c h a , e n l a q u e s e v i e n el i b e r t a n d o e l e r r o r d e l m i s m o e r r o r . D e d o n d e b r o ta u n p i a d o s o , p e r o i m p o s i b le d e s e o : e l q u e e x i g e q u e l a v e r d a d s e

e x p o n g a d i r e c t a m e n te , s i n d i s c u t ir y s i n . p o le m i z a r , d e já n d o la q u e p r o c e d a m a je s tu o s a m e n te y p o r s í m i s m a , c o m osi ta les paradas de tea tro fuesen e l mejor s ímbolo para lav e r d a d , q u e e s e l m i s m o p e n s a m i e n to , y c o m o t a l p e n s a m i e n to , s i m p r e a c t i v o y e n f o r m a c i ó n . E n e f e c to , n a d i e l l e g aa exponer una verdad s ino grac ias a la c r í t i ca de las d iver sas so luc iones de l problema a la que se re f ie re aquélla , yn o c o n o c e m o s u n t r a t a d o m e z q u i n o d e c i e n c i a f i l o s ó f i c a ,m a n u a le t e e s c o lá s t i c o o d i s e r t a c i ó n a c a d é m i c a q u e n o c o loque a la cabeza o no con tenga en su tex to la reseñad e l a s o p i n i o n e s , h i s tó r i c a m e n te f o r m u la d a s o i d e a lm e n tepos ib les , de las cua les qu ie ran se r la opos ic ión o la cor rec c i ó n . T o d o lo c u a l , e x p u e s to a i b i t r a r i a m e n te y c o n c i e r tod e s o r d e n , e x p r e s a p r e c i s a m e n te l a e x i g e n c i a l e g í t i m a , a l

tra ta r un problema, de recorre r todas las so luc iones que se



16 BENEDETTO CBOCE

h a n i n t e n ta d o e n l a H i s to r i a o s o n s u s c e p t i b le s d e i n t e n t a r s e e n l a i d e a —e n e l m o m e n to p r e s e n te y , p o r lo t a n to ,e n l a H i s to r i a — d e m o d o q u e l a n u e v a s o lu c i ó n i n c lu y a e ns u r e g a z o l a l a b o r p r o c e d e n te d e l e s p í r i tu h u m a n o .

Esta ex igenc ia es una ex igenc ia lóg ica , y como ta l , in tr ín s ec a a t o d o v e r d a d e r o p e n s a m i e n to e i n s e p a r a b le d e é l. N oc o n f u n d a m o s e s t a e x i g e n c i a c o n c i e r t a f o r m a l i t e r a r i a d ee x p o s i c i ó n , p a r a n o c a e r e n l a p e d a n te r í a q u e h i z o f a m o s o sa los esco lás t i cos duran te la Edad Media y a los d ia léc t i cos

de la escue la hege l iana en e l s ig lo XIX, bas tan te ce rcanaa la supers t i c ión formalis ta , que c ree en la v i r tud marav i l l o s a d e c i e r t a m a n e r a e x t r ín s e c a y m e c á n i c a d e e x p o s i c i ó nf i lo s ó f i c a . T e n e m o s q u e e n te n d e r e s t a e x i g e n c i a d e m o d osustanc ia l y no acc iden ta l , r espe tando su espír i tu y pres c i n d i e n d o d e s u l e t r a , m o v i é n d o n o s e n l a e x p o s i c i ó n d e l p r o p i o p e n s a m i e n to d e l a l i b e r t a d , s e g ú n lo s t i e m p o s , l o s lu g a r e s y l a s p e r s o n a s . D e m o d o q u e y o m i s m o , e n e s t a sr á p i d a s c o n f e r e n c i a s q u e q u i e r e n d a r c o m o u n a o r i e n ta c i ó nen la fo rma de tra ta r los problemas de a r te , me guardarém u y b i e n —c o m o y a h e h e c h o — d e r e f e r i r l a h i s to r i a d e lp e n s a m i e n to e s tét i c o o d e e x p o n e r d i a lé c t i c a m e n te — c o m oh e e x p u e s to t a m b i é n e n o t r o l a d o — to d o e l p r o c e s o d e l i b e r a c i ó n d e l a s c o n c e p c i o n e s e r r ó n e a s d e l a r t e , d e s d e l a s

más pobres has ta las más r i cas , a r ro jando , además, no le josde mí, s ino de mis lec tores , una par te de l baga je , que yav o lv e r á n a r e c u p e r a r c u a n d o , c o n o c e d o r e s d e l a v i s i ó n d e lp a i sa j e e x a m i n a d o a v i s t a d e pá ja r o , se d e t e r m i n e n a r e a l izar c ie r tas excurs iones par t i cu la res en es ta o en la o traz o n a o a r e c o r r e r lo to d o , d e u n a v e z , d e c a b o a r a b o .

S i n e m b a r g o , v o lv i e n d o a l a p r e g u n ta q u e h a d a d o o c a s i ó n a e s t e p r ó lo g o i n d i s p e n s a b le —i n d i s p e n s a b le p a r a h u i rd e to d a a p a r i e n c i a d e p r e t e n c i o s i d a d y d e i n u t i l i d a d e n m id i s c u r s o —, v o lv i e n d o a l a p r e g u n ta ¿ q u é e s e l a r t e ? , d i r é ,desde luego , de l modo más senc i l lo , que e l a r te es v is ióno i n tu i c i ó n . E l a r t i s t a p r o d u c e u n a i m a g e n o f a n ta s m a , y;._ que gusta de l a r te d i r ige la v is ta a l s i t io que e l a r t i s tale ha seña lado con los dedos y ve por la mir i l la que és te

l e h a a b i e r to , y r e p r o d u c e l a i m a g e n d e n t r o d e s í m i s m o .

BREVIARIO BE ESTÉTICA 17

Intuición, visión, contemplación, imaginación, fantasía, figuración, representación, s o n p a la b r a s s i n ó n i m a s c u a n d o d i s c u r r i m o s e n d e r r e d o r d e l a r t e y q u e e l e v a n n u e s t r a m e n tea l m i s m o c o n c e p to o a l a m i s m a e s f e r a d e c o n c e p to s , i n d i c i o d e l c o n s e n s o u n i v e r s a l .

P e r o e s t a r e s p u e s ta m ía d e q u e e l a r t e e s i n tu i c i ó n a d q u i e r e i n m e d i a t a m e n te u n a s i g n i f i c a c i ó n p a r t i c u la r a c u e n t a d e to d o lo q u e i m p l íc i t a m e n te n i e g a y d e lo q u e d i s t i n g u e e l a r t e . ¿ Q u é n e g a c i o n e s s e c o m p r e n d e n e n l a r e s p u e s t a ? I n d i c a r é l a s p r i n c i p a le s , o a l m e n o s l a s q u e s o n m á si m p o r ta n te s p a r a n o s o t r o s , e n n u e s t r o m o m e n to a c tu a l d ecultura .

L a r e s p u e s ta n i e g a , a n te to d o , q u e e l a r t e s e a u n f e n ó m e n o f í s i c o : p o r e j e m p lo , c i e r to s y d e t e r m i n a d o s c o lo r e sy r e l a c i o n e s d e c o lo r e s , c i e r t a s y d e t e r m i n a d a s f o r m a s d ec u e r p o , c i e r to s y d e t e r m i n a d o s s o n i d o s y r e l a c i o n e s d e s o n i d o s , c i e r to s fe n ó m e n o s d e c a lo r y d e e l e c t r i c i d a d : l o q u el l a m a r n o s , e n u n a p a la b r a , f e n ó m e n o f í s i c o . E n e l p e n s a m i e n to h u m a n o y a s e h a c a íd o e n e l e r r o r d e c o n f u n d i re l a r te con e l f enómeno f ís ico , y como los n iños que tocanla p o m p a d e j a b ó n y q u e q u i e r e n to c a r e l a r c o i r i s , e lespír i tu humano , admirando las cosas be l las , t r a ta de buscar las ra íces de l a r te en la na tura leza ex te rna , y se da a

pensar , o c ree deber pensar , por qué c ie r tos co lores sonbe llos y o tros feos , por qué son be l las c ie r tas formas de lc u e r p o y o t r a s f e a s . D e p r o p ó s i to , y m e tó d i c a m e n te , e s t at e n ta t i v a s e h a h e c h o v a r i a s v e c e s e n l a h i s to r i a d e l p e n s a m i e n t o ; r e c o r d e m o s l o s cánones que los a r t i s tas y teór icosg r i e g o s y d e l R e n a c i m i e n to f o r m a r o n p a r a d e t e r m i n a r l abe lleza de los cuerpos , las especulac iones sobre las re lac io nes geométr icas y numér icas de te rminables en las f igurasy en los son idos , s in o lv idarnos de las inves t igac iones delo s e s té t i c o s d e l s i g lo X I X —p o r e j e m p lo , d e F e c h n e r —, yde las comunicaciones que en los Congresos de f i losof ía ,d e p s i c o lo g ía y d e c i e n c i a s n a tu r a l e s d e n u e s t r o s d í a s r p r e sen tan los imper i tos acerca de las re lac iones de los fenó menos f ís icos con e l a r te . S i se nos pregunta la razón porl a q u e e l a r t e n o p u e d e s e r u n f e n ó m e n o f í s i c o , r e s p o n -

N ÚJU . 41.— 2



18 BENEDETTO CROCE

deremos en primer lugar que los hechos físico, ' no tienenrealidad, y que el arte, al cual tantas personas consagranpor entero su vida y que a todos l lena de una alegría divina,es sumamente real . De modo que el ar te no puede serun fenómeno físico, porque todo fenómeno físico es irreal.Respuesta que, desde luego, nos traslada al mundo de laparadoja, porque nada se le antoja al hombre del vulgomás sólido y seguro que el mundo físico. Pero a nosotrosno nos es posible, asentada esta verdad, abstenernos de la

razón buena o sustituirla con otra menos buena, solamenteporque la pr imera t iene semblante de mentira. Por lo demás,y para borrar la extrañeza y la aspereza de aquella verdad,para reconciliarnos y familiarizarnos con ella, consideremosque la demostración de la irrealidad del mundo físico nosolamente se ha hecho de modo irrebatible y ha sido admitida por todos los filósofos que no sean crasos materialistasy.se revuelvan en las estridentes contradicciones del materialismo, sino que ha sido abrazada por los mismos físicos,en los esbozos de filosofía que mezclan con su ciencia, cuando conciben los fenómenos físicos como productos de principios que escapan a la experiencia, remontándose a los átomos y al éter , y como manifestación de un Incognoscible:la misma Materia de los materialistas es, sin ir más lejos,

un principio sobrematerial. Y así los fenómenos físicos sedesenvuelven por su lógica interna y por el asenso común,no ya como una real idad, sino como la construcción denuestro intelecto en relación con los fines de la ciencia.En consecuencia, la pregunta de si el ar te es un fenómenofísico asume racionalmente la significación de si el arte esconstruible físicamente. Lo que es ciertamente posible, y locomprobamos experimentalmente, siempre que, prescindiendo del sentido de una poesía y renunciando de antemanoal deleite que nos proporciona, nos pongamos a modo deejemplo, a contar las palabras que componen la poesía, ya dividirlas en números y en letras, o siempre que, olvidándonos del efecto estético de una estatua, nos pongamosa medirla o a pesarla. Cosa muy útil ésta para los embala

dores de estatuas, como muy útil la otra para los tipógrafos


que han de componer páginas de poesía, pero inútil completamente para el contemplador y el estudioso del arte, alos que no es lícito distraerse de su misión propia. Ni si quiera el arte es un fenómeno físico en este segundo significado, ya que cuando nos proponemos penetrar su naturaleza y el modo de obrar de ella de nada nos vale construirla físicamente.

Otra negación va implícita en la def inición del ar te comointuición, porque si el arte es intuición y la intuición valetanto como teoría en el sentido or iginar io de contemplación, el arte no puede ser un acto utilitario. Y si el actoutilitario trata siempre de producir un placer y de alejarun dolor, el arte, considerado en su naturaleza propia, notiene nada que ver con la ut il idad, o con el placer y con eldolor, como tales. Se concederá, en efecto, sin demasiadaresistencia, que un placer como placer, que un placer cualquiera, no es por sí mismo artístico. No es artístico elplacer de beber un vaso de agua, que nos calma la sed;de un paseo en pleno campo, que tonif ica nuestros miembrosy que hace circular más ligeramente la sangre en nuestroorganismo; de conseguir un puesto deseado, que sirve para

dar asiento económico a nuestra vida práctica, etcétera, etc.Hasta en las relaciones entre nosotros y las obras de arte,salta a los ojos la diferencia entre el placer y el arte, porquela figura representada puede ser muy querida para nosotrosy despertar los más deleitosos recuerdos a nuestro espíritu, siendo el cuadro horrible y, por el contrario, el cuadropuede ser bello y la figura que representa odiosa paranuestro corazón. O el mismo cuadro que representamosbello puede despertar nuestra rabia y nuestra envidia, porque es obra de un enemigo o de un adversar io nuestro, alcual producirá ventajas de toda clase, dándole mayor prestigio. Nuestros intereses prácticos, con los dolores y placerescorrelativos, se mezclan y se confunden algunas veces connuestro interés artístico, hasta lo perturban, pero no se

confunden con él. A lo más, para sostener con mayor valí-



20 BENEDETTO CROCE

dez la afirmación de que el arte es lo agradable, llegaremosa afirmar que el arte no es lo agradable en general, sinouna forma particular de lo agradable. Pero esta restricción,en lugar de ser una defensa, es un verdadero abandono dela tesis, porque si el arte es una forma particular de lo agradable, su carácter definitivo lo determina, no lo agradableen general, sino lo que distingue lo agradable, en general,de las otras especies de lo agradable, y a ese elemento distint ivo—más que a lo agradable o a lo dist int ivo de lo agra

dable— hay que sujetar la inv estigación . La d octrina quedef ine el ar te como lo agradable, t iene una denominaciónespecial—Estética hedonista—y largas y complicadas vicisitudes en la historia de las doctrinas estéticas; se manifiesta en el mundo grecorromano, asoma la cabeza en el siglo xvni, torna a f lorecer en la segunda mitad del XIX yrevive aún con gran predicamento, gozando la fama especial y siendo más bien acogida entre los pr incipiantes deestética, que se dejan convencer por la consideración deque el arte suscita placer. La vida de esta doctrina consisteen proponer alternat ivamente una u otra clase de placeres,o varias clases de placeres a la vez, el placer de los sentidos superiores, el placer del juego, la conciencia de la propia fuerza, el erotismo, etc., o en añadir elementos dis

tintos a lo agradable, por ejemplo, lo útil cuando se entiende como algo distinto de lo agradable, la satisfacciónde las necesidades cognoscitivas, morales, etc. Teoría queha progresado bastante por el hecho de su movilidad precisamente, y porque ha dejado introducir elementos extrañosen su regazo, elementos que ha habido que admitir porla necesidad de casar esta doctrina con la realidad del arte,teniendo que llegar a disolverse como teoría hedonista, promoviendo inconscientemente una nueva doctr ina, o haciéndonos advertir, al menos, la necesidad de ella. Como todoerror , t iene su lado de verdad —ya hemos visto que el de ladoctrina física consiste en la posibilidad de la construcciónfísica del arte, igual a la de otro fenómeno físico cualquiera— la doctr ina hedon íst ica expresa la verdad cuando pone

de relieve el acompañamiento hedonístico o placentero, que

BREVIARIO VE ESTÉTICA 21

es común a la actividad estética y a cualquiera otra especiede actividad espiritual, y que no se niega precisamente porque neguemos del todo la identificación del arte como loagradable, y porque distingamos el arte . de lo agradable,def iniéndole como intuición.

Otra negación que hacemos al definir el arte como intuición es que el arte sea un hecho moral o, lo que es lomismo, aquella forma de acto práctico que, acercándose necesariamente a lo agradable, al placer y al dolor, no es in

mediatamente util i tar io y hedonista y se mueve en una esfera espiritual superior. Y en verdad, el arte, como ya seobservó desde la más remota antigüedad, no nace por obrade la voluntad; la buena voluntad que caracteriza al hombrehonrado nada t iene que ver con el ar t ista. Y como no nacepor obra de voluntad, se substrae también a toda reflexiónmoral, no porque el artista disfrute de un privilegio deexención, sino porque no hay modo de aplicarle esa reflexión moral. Una imagen artística podrá ser un acto moral-mente laudable o censurable; pero la imagen artística,como tal imagen, no es ni laudable ni censurable moral-mente. No existe Código penal que pueda condenar a pr isión o a muerte ninguna imagen, ni hay juicio moral , dadopor persona razonable, que pueda girar en torno a ella;juzgar inmoral a la Francesca del Dante o moral a la Cor-del ia de Shakespeare—que t ienen una mera f inal idad ar tística y que son como notas musicales del alma del Danteo de Shakespeare—vale tanto como reputar moral un cuadr o ' o inmoral un triángulo. La teoría moralista del arteestá representada en la historia de las doctrinas estéticas yno ha muerto aún en nuestros días, aunque esté muy desacreditada en la opinión común; desacreditada no sólo porsu demérito intrínseco, sino por el demérito moral de algunas tendencias contemporáneas que tratan de convert ir enpasable, con la ayuda del fastidio psicológico, la hostilidadque debe hacerse a esa tendencia—y que hacemos aquí—por razones lógicas. Derivación de la doctrina moralista es

el fin que quiere imponerse al arte de enderezarse al bien,



22 BENEDETTO CROCE

de inspirar el aborrecimiento del mal, de corregir y de mejorar las costumbres y la pretensión de los artistas de contribuir, por su parte, a la educación de la plebe, a la vigo-rización del espíritu nacional y belicoso de un pueblo, a ladifusión de los ideales de vida modesta y laboriosa, y asísucesivamente. El arte no puede hacerlo todo, como no puede hacerlo tampoco la geometría, sin que a pesar de suimportancia pierda nada de su respetabil idad, como tampocotiene por qué perderla el arte. Los mismos estéticos moralistas se daban cuenta de la impotencia del arte como elemento moralizador, y por eso transigían con él de la mejorgana del mundo, permitiéndole placeres que no fueranmorales, con tal que no fueran abiertamente deshonestos,recomendándoles que utilizasen con buenos fines el dominio que el arte con su fuerza hedonística ejercía sobre elespíritu y que endulzasen las pildoras, poniendo buena dosis de azúcar en los bordes del vaso que contenía la amargamedicina, y que hiciese de ramera si no sabía jugar conlas naturales y viejas caricias, al servicio de la Santa Iglesia y de la moral. Otras veces se valían de esta teoría comode un instrumento divertido, no sólo porque la virtud y laciencia son cosas ásperas por sí mismas, sino porque elarte puede limar las asperezas, haciendo amena y atrayentela entrada en el palacio de la c iencia, conduciendo a loshombres a través de ella, como si fuera el jardín de Armida,dulce y voluptuosamente, sin que los hombres se den cuenta del alto placer que se procuran y de la crisis de renovación que a sí mismos se preparan. Al hablar ahora nosotrosde esta teoría no podemos menos de sonreímos, pero nodebemos olvidar que fue cosa muy seria, que correspondió a un serio esfuerzo para penetrar en la naturaleza delarte y elevar su concepto, y que tuvo creyentes que se llamaron Dante, Tasso, Alfieri, Manzoni y Mazzini, para limitarme solamente a la literatura italiana. La doctrina moralista del arte fue, es y será perpetuamente benéfica por susmismas contradicciones, y fue y será un esfuerzo, desgraciadopor lo demás, para distinguir el arte de lo mero agradable,con el cual se confunde, designándole un puesto más digno.


Y tiene su lado verdadero esta teoría, porque si el arteno está del lado de allá de la moral, tampoco está del ladode acá, pero a su imperio está sometido siempre el artistaen cuanto hombre que Como tal hombre no puede substraerse a estos deberes, y el arte mismo—que no es ni seránunca la moral— debe considerarse como una misión y ejercitarse como un sacerdocio.

Todavía—y ésta es la última y tal vez la más importante de las negaciones generales que me conviene recordarde propó sito— al definir el arte como intuición se niegaque tenga carácter de conocimiento conceptual. El conocimiento conceptual, en su forma pura, que es la filosófica,es siempre realista, porque trata de establecer la realidadcontra la irrealidad o de rebajar la irrealidad, incluyéndola en la real idad como momento subordinado a la real idadmisma. Pero intuición quiere decir precisamente indist inción de real idad e irreal idad, la imagen en su valorde mera imagen, la pura ideal idad de la imagen. Al contraponer el conocimiento intuitivo y sensible al conceptualo inteligible, la estética a la ética, se trata de reivindicarla autonomía de esta forma de conocimiento, más sencillay elemental, que ha sido comparada al sueño, al sueño y noal sonido, de la vida teórica, respecto de la cual la filosofíaha sido comparada a la vigilia. El que ante una obra dearte pregunta si lo que el artista ha expresado es metafísica e históricamente verdadero y falso, formula una pregunta sin contenido y cae en un error análogo al del quequiere traducir, ante el tribunal de la moral, las áreas imágenes de la fantasía. Sin contenido, decimos, porque la distinción de lo verdadero y de lo falso implica siempre unaafirmación de realidad o, lo que es igual, un juicio, perono puede recaer sobre la presentación de una imagen osobre un mero sujeto, que no sea sujeto de juicio, careciendo de carácter y de predicado. Y no cabe decir que laindividualidad de la imagen subsiste sin una referencia alo universal, del que aquella imagen es como individuación,porque aquí no negamos que lo universal, como el espíritude Dios, esté por todas partes y anime a todas las cosas;



24 BENEDETTO CROCE

l o q u e n e g a m o s e s q u e l a i n tu i c i ó n , c o m o t a l i n tu i c i ó n , l ou n i v e r s a l , e s té ló g i c a m e n te e x p l í c i to y p e n s a d o . Y e s v a n ota m b i é n a c u d i r a l p r i n c i p i o d e l a u n i d a d d e l e s p í r i tu , q u e n ose d isue lve , s ino que se re fuerza con la d is t inc ión ne tae n t r e p e n s a m i e n to y f a n ta s í a , p o r q u e ú n i c a m e n te d e l ad i s t i n c i ó n b r o ta l a o p o s i c i ó n y d e l a o p o s i c i ó n l a u n i d a dc o n c r e t a .

L a i d e a l i d a d —c o m o s e h a d a d o e n l l a m a r e s t e c a r á c te rq u e d i s t i n g u e l a i n tu i c i ó n d e l c o n c e p to , e l a r t e d e l a f i l o sof ía y de la h is tor ia , la a f i rmac ión de lo un iversa l de lap e r c e p c i ó n y n a r r a c i ó n d e l s u c e s o — e s l a v i r tu d ín t i m a d e la r t e . E l a r t e s e d i s i p a y m u e r e c u a n d o d e l a i d e a l i d a d s eextraen la re f lex ión y e l ju ic io . Muere e l a r te en e l a r t i s ta ,q u e d e t a l s e t r u e c a e n c r í t i c o d e s í m i s m o , y m u e r e t a m b i é n e n e l q u e m i r a o e s c u c h a , p o r q u e d e a r r o b a d o c o n t e m p la d o r d e l a r t e s e t r a n s f o r m a e n o b s e r v a d o r p e n e t r a n ted e l a v i d a .

P e r o e l d i s t i n g u i r e l a r t e d e l a f i l o s o f í a —e n te n d i e n d oé s ta e n s u a m p l i tu d , q u e c o m p r e n d e to d o p e n s a m i e n to d elo r e a l—, t r a e c o n s i g o o t r a s d i s t i n c i o n e s ; p o r e j e m p lo , l ad e a r t e y m i to . P o r q u e e l m i to , p a r a q u i e n c r e e e n é l , s ep r e s e n ta c o m o r e v e la c i ó n o c o n o c i m i e n to d e l a r e a l i d a dc o n t r a lo i r r e a l , a l e j a n d o d e s í t o d a s u e r t e d e c r e e n c i a s c o m o

i lusor ias y fa lsas . E l mi to puede conver t i r se en a r te so la m e n te p a r a e l q u e n o c r e e e n é l , p a r a e l q u e s e v a l e d e l am i to lo g ía c o m o d e u n a m e tá f o r a , d e l m u n d o a u s te r o d e lo sd i o s e s c o m o d e u n m u n d o b e l lo y d e D i o s c o m o d e u n ai m a g e n d e lo s u b l i m e . C o n s i d e r a d o , p u e s , e n l a g e n u i n area l idad , en e l esp ír i tu de l c reyen te y no de l incrédulo , e lmi to es re l ig ión y no s imple fan tasma, y la re l ig ión es f i lo sof ía , f i losof ía en e laborac ión , f i losof ía más o menos per fec ta , pero f i losof ía , de l mismo modo que la f i losof ía esr e l i g i ó n m á s o m e n o s p u r i f i c a d a y e l a b o r a d a , e n c o n t i n u op r o c e s o d e e l a b o r a c i ó n y p u r i f i c a c i ó n , p e r o r e l i g i ó n o p e n s a m i e n to d e lo A b s o lu to y d e lo E te r n o . E l a r t e , p a r a s e rm i to y r e l i g i ó n , l e f a l t a p r e c i s a m e n te e l p e n s a m i e n to y l af e q u e d e l p e n s a m i e n to b r o ta . E l a r t i s t a n o c r e e n i d e j a

d e c r e e r e n s u i m a g e n ; l a p r o d u c e s e n c i l l a m e n te . P o r d i s -


t i n t a s r a z o n e s , e l c o n c e p to d e l a r t e c o m o i n tu i c i ó n e x c lu y eta m b i é n l a c o n c e p c i ó n d e l a r t e c o m o p r o d u c c i ó n d e c l a ses, de t ipos , de espec ies y de géneros y también exc lu y e l a c o n c e p c i ó n d e l a r t e — c o m o h u b o d e d e c i r u n g r a nm a te m á t i c o y f il ó s o f o — c o m o e j e r c i c io d e a r i tm é t i c a i n consc ien te , o lo que es igua l , d i s t ingue e l a r te de las c ien c ias pos i t ivas y matemáticas , porque en és tas se da la fo r m a c o n c e p tu a l , a u n q u e p r i v a d a d e l c a r á c te r r e a l i s t a , c o m om e r a r e p r e s e n ta c i ó n g e n e r a l o m e r a a b s t r a c c i ó n . L o q u eocurre es que ta les idea l idades , que las c ienc ias na tura les ym a te m á t i c a s p a r e c e n a s u m i r f r e n te a l m u n d o d e l a f i l o s o f ía , de la re l ig ión y de la h is tor ia , y que parecen acercar lasa l a r te , por lo cua l de tan buena gana los c ien t íf i cos y losm a te m á t i c o s s e u f a n a n e n n u e s t r o s d í a s d e s e r c r e a d o r e sd e m u n d o s y d e f i c c i o n e s , h a s ta e l p u n to d e a d o p ta r e l v o cabular io de las imágenes y f igurac iones de los poe tas , y lol o g r a n r e n u n c i a n d o a l p e n s a m i e n t o c o n c r e t o , m e d i a n t e u n ag e n e r a l i z a c i ó n o u n a a b s t r a c c i ó n , q u e s o n a r b i t r i o s , d e c i s iones vo l i t ivas , ac tos prácticos, y como tales actos p r á c t i cos , extraños a l mundo de l a r te y adversar ios de él . Por esoo c u r r e q u e e l a r t e p r u e b a b a s ta n te m á s r e p u g n a n c i a p o rlas a r tes pos i t ivas y matemáticas que por la f i losof ía , lar e l i g i ó n y l a h i s to r i a , p o r q u e é s t a s s e l e p r e s e n ta n c o m oc o n c i u d a d a n a s e n e l m i s m o m u n d o d e l a t e o r í a y d e l p e n s a m i e n to , e n t a n to q u e a q u é l l a s l e o f e n d e n c o n s u r u d e z ah a b i tu a l e n a c h a q u e s d e c o n te m p la c i ó n . P o e s ía y c l a s i f i c a c i ó n o , p e o r to d a v ía , p o e s ía y m a te m á t i c a s p a r e c e n c o s a sta n p o c o d e a c u e r d o c o m o e l f u e g o y e l a g u a : e l espíritu•matemático y e l espíritu científico s o n lo s e n e m i g o s d e c la r a d o s d e l espíritu poético; l o s t i e m p o s e n q u e p r e d o m i n a n l a s c i e n c i a s n a tu r a l e s y m a te m á t i c a s , p o r e j e m p lo , e n e li n t e l e c tu a l í si m o s i glo x v m s o n , p o r c o n t r a s t e , l o s m á s f e c u n d o s p a r a l a p o e s ía .

E s ta r e i v i n d i c a c i ó n d e l c a r á c te r a ló g i c o d e l a r t e e s , c o m oy a h e d i c h o , l a m á s d i f í c i l e i m p o r ta n te d e l a s p o lé m i c a sinc lu idas en la fo rma de l a r te - in tu ic ión , ya que las teor íasque tra tan de explica r e l a r te como f i losof ía , como re l i

g i ó n , c o m o h i s to r i a , c o m o c i e n c i a y , e n g r a d o m e n o r , c o m o



26 BENEDETTO CROCE

c i e n c i a m a te m á t i c a , o c u p a n , e n e f e c to , l a m a y o r p a r t e e nla h i s to r i a d e l a c i e n c i a e s té t i c a y s e a d o r n a n c o n lo s n o m bres de los f i lósofos más gloriosos. En la f i losofía del si g lo XVII I tenemos e jemplos de iden t i f i cac ión y de confu s i ó n d e l a r t e co a la re l ig ión y la f i losof ía que nos sumin is t r a n S c h e l l i n g y H e g e l ; T a i n e c o n f u n d e e l a r t e c o n l a sc ienc ias na tura les ; los ver is tas f ranceses lo bara jan con lao b s e r v a c i ó n h i s tó r i c a y d o c u m e n ta d a ; e l f o r m a l i s m o d e lo sh e r b a r t i a n o s c o n f u n d e e l a r t e c o n l a s m a te m á t i c a s . P e r o

ser ía inú t i l buscar en todos es tos au tores , o en o tros quepudiéramos recordar , e jemplos puros de ta les e r rores . E le r r o r n u n c a e s puro; s i lo fuera , se r ía verdad . Y por esola s d o c t r i n a s , q u e p a r a m a y o r b r e v e d a d l l a m a r é conceptualistas d e l a r t e , c o n t i e n e n d e n t r o d e s í e l e m e n to s d i s o lv e n tes , tan más numerosos y e f icaces cuan to más enérg ico e rae l espír i tu de l f i lósofo que los produc ía . En nad ie fueronmás numerosos y e f icaces que en Sche ll ing y en Hegel ,p o r q u e tu v i e r o n t a n v i v a c o n c i e n c i a d e l a p r o d u c c i ó n a r t í s t i c a , q u e h u b i e r o n d e s u g e r i r co n sus observac iones ene l desar ro l lo par t i cu la r de cada caso una teor ía opuesta ala que formularon en sus s i s temas respec t ivos . Por lo de m á s , las nuevas teor ías conceptua l i s tas no só lo son supe r i o r e s a l a s q u e h e m o s e x a m i n a d o a n te r i o r m e n te , e n q u er e c o n o c e n e l c a r á c te r t e ó r i c o d e l a r t e , s i n o e n q u e p r e s t a ns u h o m e n a je a l a v e r d a d e r a t e o r í a , g r a c i a s a l a e x i g e n c i aq u e c o n t i e n e n d e u n a d e t e r m i n a c i ó n d e r e l a c i o n e s — q u e ,s i so n d e d i s t i n c i ó n , s o n t a m b i é n d e r e a l i d a d — e n t r e l afan tas ía y la lóg ica , en tre e l a r te y e l pensamien to .

Y a p u e d e v e r s e c ó m o e n l a s e n c i l l í s i m a f ó r m u la d e q u e" e l a r t e e s l a i n tu i c i ó n " — q u e t r a d u c i d a a o t r o s a f o r is m o ss i n ó n i m o s , p o r e j e m p lo , " e l a r t e e s o b r a d e f a n ta s í a " , s eo y e e n b o c a d e to d o s lo s q u e d i s c u r r e n d i a r i a m e n te s o b r ea r t e , y s e e n c u e n t r a n c o n m á s v i e jo s v o c a b lo s , imitación,ficción, fábula, e n t a n to s l i b r o s a n t i g u o s —, d i c h a a h o r a e ne l c u e r p o d e u n d i s c u r s o f i l o s ó f i c o , s e l l e n a d e u n c o n te n i d o

h i s tó r i c o , c r í t i c o y p o lé m i c o , d e c u y a r i q u e z a p o d e m o s d a r


a lgunas seña les . N o no s marav i l le que la conquis ta f i losóf icad e e s t a f ó r m u la n o s h a y a c o s ta d o u n a s u m a g r a n d e d e f a t igas , p o r q u e e s t a c o n q u i s t a e q u i v a le a p o n e r e l p i e e n u n aco l ina que d isf ru tamos sobre e l campo de ba ta l la . Por esot i e n e m á s v a lo r este hallazgo que s i lo h u b i é s e m o s lo g r a d op a s e a n d o a g r a d a b le m e n te e n u n a t a r d e d e p a z. N o e s e ls e n c i l lo p u n to d e r e p o s o d e u n p a s e o , s i n o e l e f e c to ye l s ímbolo de la v ic tor ia de un e jérc i to . E l h is tor iador de laEstét ica s igue las e tapas de l labor ioso avance—y éste eso t r o d e lo s h e c h i z o s d e l p e n s a m i e n to —, d u r a n te e l c u a l , e lvencedor , en lugar de perder fuerzas por los go lpes quee l adversar io le in f l ige , conquis ta nuevos br íos con ta lesgolpes , l legando a l punto susp i rado a fuerza de rechazara l e n e m i g o , q u e v a e n s u c o m p a ñ ía . Y o n o p u e d o r e c o r d a ra q u í s i n o d e p a s a d a l a i m p o r ta n c i a q u e t i e n e e l c a r á c te ra r i s to tél i co de la mimesis , que bro tó en con trapos ic ión a lac o n d e n a p la tó n i c a d e l a p o e s ía , y e l i n t e n to d e d i s t i n c i ó nque e l mismo f i lósofo h izo de la poesía y de la h is tor ia ,c o n c e p to n o b a s ta n te m e n te d e s a r r o l l a d o y t a l v e z n o d e lto d o m a d u r o e n s u m e n te , y p o r e s o a p e n a s m e d i o e n te n d i d o d u r a n te m u c h o t i e m p o , y q u e h a b ía d e s e r , d e s p u é sd e m u c h o s s i g lo s , d u r a n te lo s t i e m p o s m o d e r n o s , e l p u n tod e p a r t i d a d e l p e n s a m i e n to e s té t i c o . D e p a s a d a r e c o r d a r éta m b i é n l a c o n c i e n c i a m á s c l a r a d e l a s e p a r a c i ó n e n t r e ló g ica y fan tas ía , en tre ju ic io y gusto , en tre in te lec to y gen io ,que se v iene a f inando a t ravés de l s ig lo xv iu , y la fo rmas o le m n e q u e to m ó e l c o n t r a s t e d e p o e s ía y m e ta f í s i c a e nla Ciencia nueva, d e V i c o . R e c o r d a r é t a m b i é n l a c o n s t r u c c ión esco lás t i ca de una Ao.uheúca, d is t in ta de la lóg ica ,c o m o gnoseologia inferior y scientia cognition is sensitivae,p o r o b r a y g r a c i a d e B a u m g a r te n q u e , p o r lo d e m á s , p e r m a n e c i ó e n c a s t i l l a d o e n l a c o n c e p c i ó n c o n c e p tu a l i s t a d e la r t e , y no rea l izó con su obra e l propós i to que había for m a d o , y l a c r í t i c a d e K a n t c o n t r a B a u m g a r te n y to d o s lo sle ibn izianos y wolf f ianos , que puso en c la ro cómo la in tu i c i ó n e s l a i n tu i c i ó n , n o " e l c o n c e p to c o n f u s o " , y e l R o m a n t i c i smo, que con su c r í t i ca a r t ís t i ca y con sus h is tor ias ,mejor ta l vez que con sus s i s temas, desar ro l ló la nueva



28 BENEDETTO CROCE

i dea de l a r t e anunc i ada por V ico , y , en f i n , en I t a l i a , l ac r í t i ca i naugurada por F ranc i s co D e Sanc t i s , que h iz o pre v a l e c e r e l a r t e c o m o p u r a f o r m a — e m p l e a n d o e l v o c a b u l a r i o que é l us aba— cont ra e l u t i l i t a r i s mo, e l mora l i s mo y e lconcept i s mo, es t o es , como pura i n t u i c ión .

Pero al pie de la. verdad, "a guisa de surtidor"— comod i c e e l t e r c e t o d e l P a d r e D a n t e — n a c e l a d u d a , q u e e s l o

q u e r e c h a z a l a i n t e l i g e n c i a d e l h o m b r e , " d e c o l i n a e n c o l i n a " . . . L a d o c t r i n a d e l a r t e c o m o i n t u i c i ó n , c o m o f o r m a ,c o m o f a n t a s í a , d a l u g a r a u n p r o b l e m a u l t e r i o r — n o d i g oú l t i m o — q u e n o e s d e c o n t r a p o s i c i ó n y d e d i s t i n c i ó n c o nrespecto a la f ís ica , e l hedonismo, la lógica y la é t ica , s inoq u e n a c e e n e l c a m p o m i s m o d e l a s i m á g e n e s . Y p o n i e n d oen duda l a s uf i c i enc i a de l a imagen para de f in i r e l c a rá c t e rd e l a r t e , e n r e a l i d a d g i r a m o s e n t o r n o a l m o d o d e d i s t i n g u i r l a i m a g e n p u r a d e l a e s p u r i a , v i n i e n d o a e n r i q u e c e r ,de es t a manera , e l concept o de l a imagen y de l a r t e . ¿ Q uép a p e l — s e p r e g u n t a — p u e d e d e s e m p e ñ a r e n e l e s p í r i t u d e lh o m b r e u n m u n d o d e m e r a s i m á g e n e s , s i n v a l o r f i l o s ó f i c o ,h i s t ó r i co , r e l ig ios o y c i en t í f i co y has t a s in va l o r mora l yhedon i s t a? ¿ Q ué cos a hay má s vana que s oñar en l a v ida

con l os o j os ab i e r t os , cuando en l a v ida s e r equ ie re no s o l ament e o j os ab i e r t os , s i no ment e ab i e r t a y es p í r i t u pers p i caz ? ¡Las imá genes puras ! E l hecho de nut r i r s impl ement e e l e s p í r i t u c o n p u r a s i m á g e n e s t i e n e u n a d e n o m i n a c i ó np o c o h o n o r í f ic a : se l la m a jantosear, y l leva t ras de s í , comos ecue l a i nev i t ab l e , e l ep í t e t o de ocioso, cos a bas t an t e i n -conc l uyen t e e i ns í p ida , por l o demá s . Pe ro ¿ s e rá t odo es t oe l a r t e? Es c i e r t o que a l gunas veces nos de l e i t a l a l ec t urad e u n a n o v e l a d e a v e n t u r a s , d o n d e u n a s i m á g e n e s s e s u c e d e n a o t r a s d e l m o d o m á s v a r i o y p e r e g r i n o , m a s n o s d e l e i t a e n m o m e n t o s d e h a s t í o , c u a n d o n o s v e m o s o b l i g a d o sa matar el tiempo. H a b l a n d o c o n t o d a c o n c i e n c i a , e s t o n oes e l a r t e . Se t r a t a en t a l es cas os de un pas a t i empo y de un

j uego , pe ro s i e l a r t e fues e j uego y pas a t i empo cae r í a en l osampl ios braz os , s i empre d i s pues t os a r ecoger l e , de l a s doc -

BBEVIABIO DE ESTÉTICA 29

t r i nas hedon i s t as . Y una neces idad u t i l i t a r i a y hedon i s t a e sl a que nos mueve a a f l o j a r , de cuando en cuando , e l a r code l a i n t e l igenc i a y e l a r co de l a vo l un t ad , hac i endo qued e s f i l e n l a s i m á g e n e s p o r n u e s t r a m e m o r i a y c o m b i n á n d o l a s b i z a r r a m e n t e c o n l a i m a g i n a c i ó n , e n u n a e s p e c i e d es e m i v i g i l i a , d e l a q u e n o s d e s a m o d o r r a m o s a p e n a s h e m o sr e p o s a d o u n p o c o , y n o s d e s p e r t a m o s p r e c i s a m e n t e p a r aace rca rnos a l a obra de a r t e , que no s e produce por e l que

des var í a . D e modo que e l a r t e , o no es i n t u i c ión pura , y l a sex igenc i as expres adas por l a s doc t r inas que hemos r e fu t ados on f a l s as , r az ón por l a cua l aparece l l ena de dudas l a mis ma re fu t ac ión , o l a i n t u i c ión no puede cons i s t i r en un f enó m e n o s i m p l e d e i m a g i n a c i ó n .

Para hace r má s es t r echo o má s d i f í c i l e l p robl ema e l imi na remos de é l l a pa r t e má s s enc i l l a de l a r es pues t a , y queno he quer ido o l v ida r porque es muy enredos a y confus ag e n e r a l m e n t e . E n v e r d a d , l a i n t u i c i ó n e s p r o d u c c i ó n d e u n ai m a g e n , n o d e u n a m a s i j o i n c o h e r e n t e d e i m á g e n e s q u e s eo b t i e n e r e m o z a n d o i m á g e n e s a n t i g u a s , d e j a n d o q u e s e s u c e d a n u n a s a o t r a s a r b i t r a r i a m e n t e , c o m b i n á n d o l a s u n a s c o no t ras , en un j uego de n iños . Pa ra expres a r es t a d i s t i nc iónen t re l a i n t u i c ión y e l a r t e de f an t as ea r , l a v i e j a Poé t i ca

a p r o v e c h a b a , s o b r e t o d o , e l c o n c e p t o d e u n i d a d , a d v i r t i e n do que t odo t r aba j o a r t í s t i co habí a de s e r simplex et unum,o a p r o v e c h a n d o t a m b i é n e l c o n c e p t o a f í n d e l a u n i d a d e nl a va r i edad , e s t o es , que l as múl t ip l es imá genes habí an der e d u c i r s e a u n c e n t r o c o m ú n y f u n d i r s e e n u n a i m a g e ncompl e t a . La es t é t i ca de l s ig l o X IX der ivó hac i a l a mis maf i n a l i d a d l a d i s t i n c i ó n e n t r e f a n t a s í a — e q u i v a l e n t e a l a f a c u l t a d a r t í s t i c a p e c u l i a r — e i m a g i n a c i ó n — e q u i v a l e n t e auna f acul t ad ex t raa r t í s t i ca— . M ez c l a r imá genes , ba ra j a r l as ,r e t oca r l as y f r agment a r l as s upone prev i ament e en e l e s p í r i t u l a producc ión y l a pos es ión de l as imá genes s ingul a res. Si l a f an t as í a es produc t ora , l a imaginac ión es pa ras i t a r i a , a p t a p a r a c o m b i n a c i o n e s e x t r í n s e c a s , n o p a r a e n g e n

d r a r e l o r g a n i s m o y l a v i d a . E l p r o b l e m a m á s p r o f u n d o q u epa l p i t a ba j o l a fó rmul a un t an t o s uper f i c i a l con que l o hepres en t ado an t es es e l de de t e rminar l a func ión que cor res -



30 BENEDETTO CROCE

p o n d e a l a i m a g e n p u ra e n l a v i d a d e l e s p í r i t u , o l o q u e e si g u a l , c ó m o n a c e l a p u r a i m a g e n . T o d a o b r a d e a r t e g e n i a ls u s c i t a u n a l a rg a s e r i e d e i m i t a d o re s q u e g e n e ra l m e n t e r e p i t e n , r e c o r t a n , c o m b i n a n y e x a g e r a n m e c á n i c a m e n t e a q u e l l a o b ra d e a r t e y t o m a n e l p a r t i d o d e l a i m a g i n a c i ó n a ll a d o o e n c o n t r a d e l a f a n t a s í a . P e ro ¿ c u á l e s l a j u s t i f i c a c i ó n y c u á l e s l a g é n e s i s d e l a o b ra g e n i a l q u e s e c o n d e n al u e g o — ¡ s i g n o d e g l o r i a ! — a t a n t o e s tr a g o ? P a r a a c la r a r e s t e p u n t o c o n v e n i e n t e m e n t e h a y q u e p r o f u n d i z a r e n e l

c a rá c t e r d e l a f a n t a s í a y d e l a p u ra i n t u i c i ó n .E l m o d o m e j o r d e p ro fu n d i z a r e s r e c o rd a r y c r i t i c a r l a st e o r ía s — c u r á n d o s e m u c h o d e n o c a e r e n e l re a l i sm o n i e le l c o n c e p t i s m o — q u e h a n t r a t a d o d e d i f e re n c i a r l a i n t u i c i ó n a r t í s t i c a d e l a m e ra i m a g i n a c i ó n i n c o h e re n t e , e s t a b l e c i e n d o e n q u é c o n s i s t e e l p r i n c i p i o d e l a u n i d a d y j u s t i f i c a n d o e l c a rá c t e r p ro d u c t o r d e l a f a n t a s í a . S e h a d i c h oq u e l a i m a g e n a r t í s t i c a e s t a l c u a n d o u n e l o s e n s i b l e a l oi n t e l i g i b l e y r e p re s e n t a u n a i d e a . P e ro inteligible o idean o p u e d e s ig n i f i c a r o t r a c o s a — n i o t r a c o sa re p re s e n t a r t a m p o c o e n t r e l o s s o s t e n e d o re s d e e st a te o r í a — q u e c o n c e p t o ,y c o n c e p t o c o n c re t o o i d e a , p ro p i o d e l a a l t a e s p e c u l a c i ó nf i l o s ó f i c a y d i s t i n t o d e l c o n c e p t o a b s t r a c t o o d e l r e p re s e n t a t i v o d e l a s c i e n c i a s . P e ro e n t o d o c a s o , e l c o n c e p t o o l a

i d e a u n e s i e m p re l o i n t e l i g i b l e a l o s e n s i b l e , y n o s o l a m e n t e e n e l a r t e , p o r q u e e l n u e v o c o n c e p t o d e l c o n c e p t o , i n a u g u r a d o p o r K a n t , e i n m a n e n t e , p o r d e c i r l o a s í , e n t o d o e lp e n s a m i e n t o m o d e r n o , s a l v a e l d e s g a r r a m i e n t o d e l m u n d os e n s i b l e y d e l m u n d o i n t e l i g i b l e , c o n c i b i e n d o e l c o n c e p t oc o m o j u i c i o , e l j u i c i o c o m o s í n t e s i s a priori y la s íntes i sa priori c o m o v e rb o q u e s e h a c e c a rn e , c o m o h i s t o r i a . A s íes que la def in i c ión del ar te t ras lada la fantas ía a la lógicay el ar te a la f i losofía y se nos aparece c lara y ef i caz , frentea l a c o n c e p c i ó n a b s t r a c t a d e l a c i e n c i a , s i n e n t r a r e n e l p ro b l e m a d e l a r t e — la crítica del juicio— esté t i co y teológicod e K a n t , q u e t u v o p re c i s a m e n t e l a m i s i ó n h i s t ó r i c a d e c o r r e g i r l o q u e a ú n q u e d a b a d e a b s t r a c t o e n l a crítica de larazón pura. E n s a m b l a r u n e l e m e n t o s e n s i b l e e n e l c o n c e p

to , fu e ra d e l q u e y a c o n t i e n e e n s í c o m o c o n c e p t o c o n c re t o ,


d e j a n d o a u n l a d o l a s p a l a b ra s e n q u e s e e x p re s a , s e r í a c o s as u p e r f l u a . P e rs i s t i e n d o e n e s t a i n d a g a c i ó n , s e s a l e , s í , d e l ac o n c e p c i ó n d e l a r t e c o m o f i l o s o f í a y c o m o h i s t o r i a , p e ro e sp a ra e n t r a r e n l a c o n c e p c i ó n d e l a r t e c o m o a l e g o r í a . L a se n o rm e s d i f i c u l t a d e s d e l a a l e g o r í a s o n b i e n c o n o c i d a s , p o r q u e t o d o s h a n a d v e r t i d o e l c a rá c t e r f r í o y a n t i a r t í s t i c o d ee l l a . L a a l e g o r í a e s l a u n i ó n i n t r í n s e c a , e l a c o p l a m i e n t o c o n v e n c i o n a l y a rb i t r a r i o d e d o s h e c h o s e s p i r i t u a l e s , d e u nc o n c e p t o o p e n s a m i e n t o y d e u n a i m a g e n , h a c i e n d o d e s u e r

t e q u e l a i m a g e n h a d e r e p r e s e n t a r a q u e l c o n c e p t o . Y n os o l a m e n t e , y e n v i r t u d d e l a a l e g o r í a , n o n o s e x p l i c a m o se l c a rá c t e r u n i t a r i o d e l a i m a g e n a r t í s t i c a , s i n o q u e s e e s t a b l e c e e n s e g u i d a y d e p r o p ó s i t o u n a d u a l i d a d , p o r q u e e na q u e l a c o p l a m i e n t o a l q u e h e m o s h e c h o r e fe re n c i a s e e s t a b l e c e u n a d u a l i d a d , y a q u e e l p e n s a m i e n t o s i g u e s i e n d op e n s a m i e n t o y l a i m a g e n i m a g e n , s in r e l a c i ó n a l g u n a e n t r e s í . Y e s t o d e t a l m o d o , q u e a l c o n t e m p l a r l a i m a g e no l v i d a m o s , s i n d a ñ o p a ra e l l a , s i n o v e n t a j o s a m e n t e , e l c o n c e p t o , y a l p e n s a r e n e l c o n c e p t o d i s i p a m o s t a m b i é n , d i c h o s a m e n t e , l a i m a g e n s u p e r f l u a y f a s t i d i o s a . L a a l e g o r í a e n c o n t r ó g r a n a c e p t a c i ó n e n l a E d a d M e d i a , e n a q u e l l am e s c o l a n z a d e g e r m a n i s m o y d e r o m a n i s m o , d e b a r b a r i e yd e c u l t u ra , d e f a n t a s í a g a l l a rd a y d e a g u d a r e f l e x i ó n , p e ro

fu e e l p e r j u i c i o t e ó r i c o y n o l a r e a l i d a d e fe c t i v a d e l m i s m oa r t e m e d i o e v a l , q u e c u a n d o e ra a r t e r e c h a z a b a d e s u s e n oy d i s o l v í a e n s í t o d o a l e g o r i s m o . E s t a n e c e s i d a d d e r e s o l u c i ó n d e l d u a l i s m o a l e g ó r i c o n o s l l e v a , e n e fe c t o , a a f i n a r l at e o r í a d e l a i n t u i c i ó n c o m o a l e g o r í a d e l a i d e a , d e l at e o r í a d e l a i n t u i c i ó n c o m o s í m b o l o , p o r q u e e n e l s í m b o l ol a i d e a n o v i v e p o r s í s o l a , p e n s a b l e s e p a ra d a m e n t e d e l ar e p re s e n t a c i ó n s i m b ó l i c a , n i é s t a v i v e t a m p o c o p o r s í m i s m a , r e p re s e n t a b l e d e m o d o v i v o s i n l a i d e a s i m b o l i z a d a . L ai d e a s e d i s u e l v e c o m p l e t a m e n t e e n l a r e p r e s e n t a c i ó n , c o m od e c í a e l e s t é t i c o V i s c h e r , a l q u e c o r re s p o n d e , p o r l o d e m á s ,l a p a t e r n i d a d d e u n p a r a n g ó n t a n p r o s a i c o e n m a t e r i a t a np o é t i c a y t a n m e t a f í s i c a c o m o e l d e u n t e r ró n d e a z ú c a rd i s u e l t o e n u n v a s o d e a g u a , q u e p e rm a n e c e y r e a c c i o n a



32 BENEDETTO CROCE

e n c a d a m o lé c u la d e a g u a , p e r o q u e n o v u e lv e a p r e s e n ta rse an te nuestros o jos como ta l te r rón de azúcar . Lo queocurre es que la idea que ha desaparec ido , la idea que seh a h e c h o r e p r e s e n ta c i ó n , l a i d e a q u e n o p u e d e y a a p r e h e n d e r s e c o m o t a l i d e a —s a lv o q u e q u e r a m o s e x t r a e r l e c o m oe l a z ú c a r d e l a g u a a z u c a r a d a —n o e s y a i d e a , s i n o S o la m e n te e l s i g n o d e l p r i n c i p i o d e u n i d a d d e l a i m a g e n a r t í s t i ca . C la ro es tá que a r te es s ímbolo , que todo e l a r te ess ím b o lo y q u e e s tá h e n c h i d o d e s i g n i f i c a c i ó n . P e r o ¿ d e q u é

símbolo se tra ta? ¿Qué es lo que s ign i f ica? La in tu ic ións i e s v e r d a d e r a m e n te a r t í s t i c a e s v e r d a d e r a m e n te i n tu i c i ó n ,y n o u n c a ó t i c o a m a s i jo d e i m á g e n e s , s ó lo c u a n d o t i e n e u np r i n c i p i o v i t a l q u e l e a n i m a , i d e n t i f i c á n d o s e c o n e l l a . P e r o¿cuál es es te pr inc ip io?

L a r e s p u e s ta a t a l i n t e r r o g a c i ó n s e p u e d e d e c i r q u e v i e n ed e s d e f u e r a , c o m o r e s u l t a d o d e l m a y o r c o n t r a s t e d e t e n d e n c i a s q u e s e h a y a d a d o j a m á s e n e l c a m p o d e l a r t e —yq u e n o a p a r e c e s o la m e n te e n l a é p o c a q u e to m ó n o m b r e d ee s e c o n t r a s t e p o r q u e p r e d o m i n ó e n e l l a ; a lu d o a l a o p o s i c i ó n e n t r e R o m a n t i c i s m o y C la s i c i s m o —- . D e f i n i e n d o e ng e n e r a l , c o m o a q u í c o n v i e n e d e f i n i r , y d e j a n d o a u n l a d ola s d e t e r m i n a c i o n e s a c c i d e n ta l e s y d e p o c a m o n ta , e l R o

m a n t i c i s m o e x i g e a l a r t e , s o b r e to d o , l a e f u s i ó n e s p o n tá n e ay v io len ta de los a fec tos , de los amores , od ios , angust ias ,júb i los , desesperanzas y e levac iones , y se con ten ta con lam e jo r b u e n a v o lu n ta d y s e c o m p la c e e n i m á g e n e s v a p o r o sas e inde te rminadas , en es t i los ro tos y f ragmentar ios , envagas sugest iones , en f rases aprox imadas , en esbozos to r c idos y turb ios . E l C las ic ismo, por e l con tra r io , gusta de lán imo apagado , de l d ibujo comple to , de las f iguras esra d iadas en su carác te r y prec isas en sus con tornos , de la pon d e r a c i ó n , d e l e q u i l i b r i o , d e l a c l a r i d a d , t e n d i e n d o r e s u e l t a m e n te a l a r e p r e s e n ta c i ó n c o m o e l R o m a n t i c i s m o t i e n d e a ls e n t i m i e n to . C o lo c a d o s e n u n o o e n o t r o p u n to d e v i s t a ,e n c o n t r a m o s m u l t i tu d d e r a z o n e s p a r a d e f e n d e r lo y p a r acombati r e l punto de v is ta con tra r io . Y as í d icen los ro

m á n t i c o s : ¿ D e q u é n o s v a le u n a r te r i c o d e i m á g e n e s


l impias , s i no nos habla a l corazón? O s i habla a l corazón ,¿ q u é n o s i m p o r ta q u e n o v a y a a c o m p a ñ a d o d e n í t i d a s i m á g e n e s ? Y e x c la m a n lo s c lá s i c o s : ¿ A q u é c o n d u c e l a e x p lo s ión de los sen t imien tos , s i e l esp ír i tu no reposa sobre unabe lla imagen? S i la imagen es be l la , s i nuestro espír i tuqueda sa t i s fecho , ¿qué impor ta la ausenc ia de esas conmoc i o n e s q u e c u a lq u i e r a p u e d e p r o c u r a r s e f u e r a d e lo s d o m i n i o s d e l a r t e , y q u e l a v i d a n o s r e g a la c o n m a y o r a b u n d a n c i a d e lo q u e n o s o t r o s m i s m o s d e s e á r a m o s ? P e r o c u a n d o

comienza a probarse e l vac ío de la es tér i l de fensa de cua l qu ie ra de los dos puntos de v is ta es cuando e levamos lav i s t a d e s d e l a s o b r a s c o m u n e s d e a r t e —p a r to d e l a s e s c u e las román ticas y c lás icas— a las obras l lenas d e pa s ión of r íamente decorosas , a las obras no de los d isc ípulos , s inode los maestros , no de los adocenados , s ino de los ins ignes ,y v e m o s f r a n c a m e n te q u e d e s a p a r e c e to d o c o n t r a s t e y q u en o h a y m o d o d e d e f e n d e r u n o u o t r o p u n to d e v i s t a , p o r que los grandes a r t i s tas , las grandes obras o los grandesf r a g m e n to s d e e l l a s n o p u e d e n l l a m a r s e n i r o m á n t i c a s n ic lás icas , n i pas iona les n i r epresen ta t ivas , porque son a lavez represen ta t ivas , pas iona les , c lás icas y románticas . Uns e n t i m i e n to p r o f u n d o s e c o n v i e r t e a e s c a p e e n u n a p r e s e n tac ión su t i l ís ima. Así , por e jemplo , las obras de l a r te gr ie go y las de l a r te y la poesía i ta l i anos . La trascendenc iam e d i o e v a l t o m a c a r n e e n e l b r o n c e d e l t e r c e to d a n te s c o ;la melanco lía y la suave fan tas ía en la t ransparenc ia de lossone to s y de las canc iones de l Pe tra rc a ; la sab ia exper ien c ia de la v ida y la a tenc ión hac ia los recuerdos pasados , enla l i m p i a o c t a v a d e A n o s to , y e l h e r o í s m o y e l p e n s a m i e n to de la muer te , en los per fec tos endecas í labos sue ltos deFoseó lo , y la in f in i ta van idad de l todo , en los sobr ios y aus t e r o s c a n to s d e S a n t i a g o L e o p a r d i . H a s ta ( d i c h o s e a e n t r eparén tes is y s in án imo de comparar lo con los e jemplos a r r i ba seña lados) los re f inamien tos vo luptuosos y la sensua l i d a d a n i m a l d e l m o d e r n o d e c a d e n t i s m o i n t e r n a c i o n a l i s t a t i e nen su mejor expres ión en la prosa y en e l verso de un

i t a l i a n o , G a b r i e l D ' A n n u n z i o . E r a n to d a s e s t a s a lm a s p r o -



34 BENEDETTO CROCE

f u n d a m e n te a p a s i o n a d a s —to d a s , h a s ta e l se r e n o L u d o v i c oA r i o s to , t a n a m o r o s o , t a n t i e r n o , q u e c o n t a n ta f r e c u e n c i aocultaba sus emoc iones con la sonr isa—y sus obras de a r teson la f lo r e te rna que asomó sobre sus pas iones .

Estas exper ienc ias y es tos ju ic ios c r í t i cos pueden comp e n d i a r s e té c n i c a m e n te e n l a f ó r m u la d e q u e lo q u e d ac o h e r e n c i a y u n i d a d a l a i n tu i c i ó n e s e l s e n t i m i e n to . L a

i n tu i c i ó n e s v e r d a d e r a m e n te t a l p o r q u e r e p r e s e n ta u n s e n t i m i e n to , p u d i e n d o s u r g i r é s t e a l l a d o o s o b r e l a i n tu i c i ó n .Xo es la idea , s ino e l sen t imien to , lo que pres ta a l a r te laaérea l igereza de l s ímbolo . E l a r te es una asp i rac ión ence r rada en e l ce rco de la represen tac ión , y en e l a r te la asp i r a c i ó n v i v e s ó lo p o r l a r e p r e s e n ta c i ó n , y l a r e p r e s e n ta c i ó nv i v e ú n i c a m e n te p o r l a a s p i r a c i ó n . É p i c a y l í r i c a , o d r a m ay l ír i ca , son d iv is iones esco lás t i cas de lo ind iv is ib le . E l a r tees s iempre l ír i ca , o s i se qu ie re , ép ica y d ramática de l sen t i m i e n to . L o q u e a d m i r a m o s e n l a s g e n u i n a s o b r a s d e a r t ees la per fec ta forma fan tás t i ca que asume un es tado esp i r i tu a l , a l o q u e l l a m a m o s v i d a , u n i d a d , l o g r o , p l e n i tu d d ela obra de a r te . Lo que nos d isgusta , en las fa lsas e imper fec tas obras de a r te , es e l con tras te que no ha l legado a

un i f ica rse de uno o de var ios es tados de án imo, su es tra t i f i cac ión , su mezcolanza o su proced imien to traba joso , quer e c i b e u n a u n i d a d a p a r e n te d e l a r b i t r i o d e l a u to r , q u e s es i rve para ta l f in de un esquema, de una idea abstrac ta o deuna explos ión ex traar t ís t i ca de a fec tos . La se r ie de imágen e s , q u e u n a a u n a s e n o s a n to ja n r i c a s d e e v i d e n c i a , n o sde jan luego des i lus ionados y rece losos , porque no las vemose n g e n d r a d a s p o r u n m o v i m i e n to a n ím i c o , s i n o p o r l a manch a —c o m o d i c e n lo s p i n to r e s — d e u n m o t i v o , y se s uc e d e n y s e a t r e p e l l a n s i n l a ju s t a e n to n a c i ó n , s i n e l a c e n to q u ebro ta de l espír i tu . ¿Qué es la f igura de un cuadro separadad e l f o n d o d e e s t e c u a d r o y l l e v a d a a l d e o t r o c u a d r o d i s t i n to ? ¿ Q u é e s e l p e r s o n a je d e u n d r a m a o d e u n a n o v e lafuera de su re lac ión con los demás persona jes y con la

a c c i ó n g e n e r a l? ¿ Q u é v a lo r t i e n e e s t a a c c i ó n g e n e r a l s i n o


es una acc ión de l espír i tu de l au tor? Ins truc t ivas son , aes te propós i to , las d isputas seculares en to rno a la un idadd r a m á t i c a q u e d e s d e l a s d e t e r m i n a c i o n e s i n t r ín s e c a s d e lt i e m p o y d e l lu g a r s e r e l a c i o n a lu e g o c o n l a u n i d a d d eacción, y c o n l a u n i d a d d e interés más ta rde , para d iso lver se la un idad de l in te rés en e l in te rés de l espír i tu de l au tor ,e n e l i d e a l q u e lo a n i m a . I n s t r u c t i v o s s o n , c o m o h e m o sv i s t o , los resultados c r í t i cos de la gran po lémica en tre c lás icos y románticos , donde se tra ta de negar e l a r te , que

c o n e l s e n t i m i e n to a b s t r a c to , c o n l a v i o l e n c i a p r á c t i c a d e ls e n t i m i e n to , c o n e l s e n t i m i e n to q u e n o s e h a h e c h o c o n t e m p la c i ó n , t r a t a d e c o n m o v e r e l á n i m o e i lu s i o n a r l e s o b r ela d e f i c i e n c i a d e l a i m a g e n , d e l m i s m o m o d o q u e e l a r t e ,que con la c la r idad superf ic ia l , con e l d ibujo fa lsamentecorrec to , con la pa labra fa lsamente prec isa , t r a ta de i lus io nar con la ausenc ia de razón es tét i ca que jus t i f ique sus f igur a s s o b r e l a d e f i c i e n c i a d e l s e n t i m i e n to i n s p i r a d o r . U n acélebre sen tenc ia , deb ida a un c r í t i co inglés , y que ha pa sado hogaño a los formulis tas de los per iód icos , anunc ia" q u e to d a s l a s a r t e s s o n d e l a m i s m a c o n d i c i ó n q u e l a m ú s ica" . Se podr ía dec i r lo mismo, con mayor exac t i tud , a f i r mando que todas las a r tes son música , s i es que qu ie rehacerse resa l ta r la génes is sen t imenta l de las imágenes a r

t ís t i cas , exc luyendo de su zona las constru idas mecán ica m e n te y l a s p a s a d a s e n l a r e a l i d a d . O t r a n o m e n o s c é le b r esen tenc ia , deb ida a un semif i lósofo su izo , y a la que hato c a d o l a m a la o b u e n a f o r tu n a d e v u lg a r i z a r s e , d e s c u b r eq u e " to d o p a i s a j e e s u n e s t a d o d e l a lm a " , c o s a i n d u d a b le ,no porque e l pa isa je sea pa isa je , s ino porque e l pa isa jees a r te .

La in tu ic ión a r t ís t i ca es , pues , s i empre in tu ic ión l ír i ca ,p a la b r a e s t a ú l t i m a q u e n o e s tá c o m o a d je t i v o n i d e t e r m i n a n te d e l a i n tu i c i ó n , s i n o c o m o s i n ó n i m o , c o m o o t r o d elo s m u c h o s s i n ó n i m o s q u e p u e d e n a ñ a d i r s e a l o s q u e s e h ar e c o r d a d o y q u e d e s i g n a n to d o s e l lo s l a i n tu i c i ó n . Y s i a l g u n a v e z c o m o s i n ó n i m o a s u m e l a f o r m a g r a m a t i c a l d e l



36BENEDETTO CROCE

adjetivo, la asume para hacer entender la diferencia queexiste entre la intuición-imagen, o sea entre el nexo deimágenes, y porque lo que se llama imágenes es siemprenexo de imágenes, no existiendo imágenes-átomos, como noexisten pensamientos-átomos, entre la intuición veraz queconstituye organismo, y que, como organismo, tiene suprincipio vital, que es el organismo mismo, y la falsa intuición, que es amasijo de imágenes, barajado por juego,por cálculo o por otro fin práctico, cuyo nexo, práctico también, se demuestra, considerado desde el aspecto estético,no ya orgánico, sino mecánico. Pero no siendo para estosfines afirmativos y polémicos, la palabra lírica sería redundante. Y el ar te queda perfectamente def inido cuando sedefine con toda sencillez como intuición.

L E C C I Ó N S E G U N D A

P R E J U I C I O S E N T O R N O A L A R T E

El proceso de distinción que he trazado sumariamenteentre el arte y todo lo que con el arte se confunde o sueleconfundirse, me obliga, indudablemente, a un no pequeñoesfuerzo mental; pero este esfuezo tiene, al fin, su premioen la libertad, que por su medio se conquista, en relacióncon las múltiples distinciones falaces que se topan en elcampo de la Estética. Las cuales, si bien se reducen alprimer golpe de vista por su misma facilidad y engañosaevidencia, impedirán de hecho toda intel igencia profundade lo que es verdaderamente el ar te. Y aunque no faltanlos que, sirviéndose de la facultad de repetir las distinciones tradicionales y vulgares, se resignan voluntariamente ano entender nada, a nosotros nos corresponde hoy, por elcontrario, desecharlas todas como obstáculo para el nuevotrabajo al que nos invita la nueva orientación teórica y gozar de la agilidad que nos produce el hecho de sentirnosenriquecidos interiormente. Porque la riqueza no se adquiere sólo con la posesión de muchos objetos, sino deshaciéndose de todos aquellos que son pasividades económicas.

Y comencemos con la más famosa de estas pasividadeseconómicas en el campo de la Estética, con la distinción decontenido y forma, que dio lugar, en el siglo XIX, a unacélebre división de escuelas, en la Estética del con tenido—Gehalttsaesthetik— y la Estética de la forma — Vormaes-thetik—. Los problema s de los que surgían estas escuelas

opuestas los formularemos en seguida. ¿Consiste el arte



38 BENEDETTO CBOCE

s o la m e n te e n e l c o n te n i d o , o s o la m e n te e n l a f o r m a , o e nla forma y en e l con ten ido a la vez? ¿Cuál es e l ca rác te rde l con ten ido y cuál e l de la fo rma es tét i ca? Y los unosr e s p o n d e n q u e e l a r t e e s tá to d o e n e l c o n te n i d o , d e t e r m i n a d o a l a s v e c e s c o m o lo q u e p la c e , o c o m o lo q u e e s m o ral , o c o m o lo q u e e l e v a a l h o m b r e a l c i e lo d e l a m e ta f ís ica o de la re l ig ión , o como lo que es rea lmente exac too , e n f i n , c o m o lo q u e e s n a tu r a l y f í s i c a m e n te b e l lo . Ylo s o t r o s a ñ a d e n q u e e l c o n te n i d o e s i n d i f e r e n te , q u e e su n a s i m p le a r m a d u r a o u n s e n c i l lo a n d a m i o d e q u e c u e l gan las be l las formas, y que e l las so lamente so lazan y de l e i t a n e l e s p í r i tu e s té t i c o : l a u n i d a d , l a a r m o n ía , l a s i m e t r í a , e t c . , y c a d a b a n d o s e p r o c u r a b a a d e p to s y d e v o to s ,p r o c u r a n d o c o lo c a r a s u v e r a e l e l e m e n t to q u e s e h a b íae x c lu i d o p r i m e r a m e n te d e l a n a tu r a l e z a d e l a r t e . L o s p a r t i d a r i o s d e l c o n te n i d o a d m i t í a n d e b u e n g r a d o q u e n o p e r ju d i c a b a a é s t e —e le m e n to c o n s t i tu t i v o d e lo b e l lo , s e g ú nla escue la— que se adorna se con forma s be l las , presen tán d o s e c o m o u n i d a d , s i m e t r í a y a r m o n ía . L o s f o r m a l i s t a s , asu vez, a f i rmaban que , s i no e l a r te , e l e fec to de l a r te c recec o n e l v a lo r d e l c o n te n i d o , p o r q u e s e t i e n e , e n e s t e c a s o ,no un va lor , s ino la suma de dos va lores . Estas doc tr inas ,q u e h a n a d q u i r i d o s u m a y o r c o r p u le n c i a e s c o lá s t i c a e n A le m a n i a , e n t r e lo s h e g e l i a n o s y lo s h e r b a t i a n o s , s e e n c u e n t r a n , a d e m á s , p o r to d a s p a r t e s e n l a h i s to r i a d e l a E s té t i c a , a n t i g u a , m e d i o e v a l , m o d e r n a y m o d e r n ís i m a y , l oq u e i m p o r ta m á s , e n l a o p i n i ó n c o m ú n , p o r q u e n a d a h a yta n c o m ú n c o m o o í r q u e u n d r a m a e s bello d e f o r m a p e r o

*>m-i\iTf\t~nAn A¿* mvjtovtiJri • n i " 5 n n í i n o p ^ í a P<Í n n h i K q i m a AP

concepto p e r o c o m p u e s t a e n versos feos; q u e u n p i n t o rs e r í a v e r d a d e r a m e n te i lu s t r e s i n o m a lg a s ta s e s u b r ío d ed i b u ja n te y d e c o lo r i s t a e n " a r g u m e n to s p e q u e ñ o s e i n d i g n o s " y s i e l i g i e s e , e n c a m b i o , o t r o s d e i m p o r ta n c i a h i s tó r ica , pa tr ió t i ca o soc io lóg ica . Puede dec i rse que e l gustosut i l y e l verdadero sen t ido c r í t i co de l a r te es tán obl iga d o s a d e f e n d e r s e c o n t i n u a m e n te d e ju i c i o s t a n e x t r a v i a d o s ,q u e n a c e n d e t a l e s d o c t r i n a s , q u e c o n v i e r t e n a l o s f i l ó s o

fos en vulgo , s in t iéndose , en cambio , e l vu lgo cas i f i lósofo ,


porque se ha l la de acuerdo con es tos f i lósofos -vulgo . E lo r i g e n d e t a l e s d o c t r i n a s n o e s p a r a n o s o t r o s u n s e c r e to ,p o r q u e e n l a b r e v e r e f e r e n c i a q u e h e m o s h e c h o n o s h e m o sd a d o c u e n ta d e q u e p r o c e d e n d e l t r o n c o d e l a s c o n c e p c i o nes hedon is tas , mora l i s tas , concept is tas o f ís icas de l a r te ,las cua les , no perc ib iendo lo que hace que és te sea ta l , sev e n lu e g o o b l i g a d a s a t o r n a r s e a a p o d e r a r d e é l , d e s p u é sd e d e já r s e l e e s c a p a r , a c e p tá n d o le b a jo f o r m a d e e l e m e n toa c c e s o r i o y a c c i d e n ta l . L o s t e o r i z a n te s d e l c o n te n i d o c o n

c i b i e r o n e l a r t e c o m o e l a b s t r a c to e l e m e n to f o r m a l , y lo sf o r m a l i s t a s c o m o e l e l e m e n to a b s t r a c to d e l c o n te n i d o . L oque a noso tros nos in te resa de ta les es tét i cas es prec isa m e n te e s t a d i a lé c t i c a , e n q u e lo s d e v o to s d e l c o n te n i d o s eh a c e n i n v o lu n ta r i a m e n te f o r m a l i s t a s , y lo s f o r m a l i s t a s d e v o to s d e l c o n te n i d o , p a s a n d o lo s u n o s a l p u e s to d e lo s o t r o s ,p e r o p a r a d e t e n e r s e c o n i n q u i e tu d y t r a s l a d a r s e lu e g o a lp u n to d e p a r t i d a . L a s " f o r m a s b e l l a s " d e lo s h e r b a r t i a n o sn o d i f i e r e n e n n a d a d e lo s " c o n te n i d o s b e l lo s " d e lo s h e g e l i a n o s , p o r q u e l a s u n a s y lo s o t r o s son nada. T o d a v í a n o sin te resa más observar los esfuerzos que han hecho unosy o tros para sa l i r de su cárce l , los go lpes que descargansobre sus muros y paredes y los huecos que a lgunos dees tos pensadores han logrado abr i r en e l los . Esfuerzos vac íos

y e s té r i l e s c o m o lo s d e lo s p a r t i d a r i o s d e l c o n te n i d o —v é a n se , p o r e j e m p lo , e n l a Philosophie des Schonen, d e H a r t -m a n n — q u e , h i l a n d o m a l l a a m a l l a , y c o m p o n i e n d o s u r e dd e " c o n te n i d o s b e l lo s " —b e l lo , s u b l i m e , c ó m i c o , t r á g i c o ,h u m o r ís t i c o , p a té t i c o , i d í l i c o , s e n t i m e n ta l , e t c .—, t r a t a n d eabrazar con e l la toda forma de rea l idad , h?sta la rea l idadq u e l l a m a n fea; y n o s e d a n c u e n ta d e q u e s u c o n te n i d oe s té t i c o , q u e s e h a c e c o i n c i d i r p o c o a p o c o c o n to d a l ar e a l i d a d , n o t i e n e n i n g ú n c a r á c te r q u e l e d i s t i n g a d e lo sd e m á s c o n t e n i d o s , n o h a b i e n d o n i n g ú n c o n t e n i d o f u e ra d el a r e a l i d a d . A s í e s q u e s u t e o r í a f u n d a m e n ta l q u e d a , d ee s a m a n e r a , f u n d a m e n ta lm e n te n e g a d a . T a u to lo g ía s c o m ola s d e lo s p a r t i d a r i o s d e l c o n te n i d o f o r m a l i s t a , q u e m a n t i e n e n e l c o n c e p to d e u n c o n te n i d o e s té t i c o y lo d e f i n í a n c o m o

" lo q u e i n t e r e s a a u n h o m b r e " , p o n i e n d o e l i n t e r é s c o m o



40 BENEDETTO CROCE

re la t ivo a l hombre en las d is t in tas s i tuac iones h is tór icas , olo q u e e s i g u a l , r e l a t i v o a l i n d i v i d u o , q u e e r a o t r o m o d od e n e g a r l a t e s i s f u n d a m e n ta l , p o r q u e e s tá m u y c l a r o q u ee l a r t i s ta no produc i r ía e l a r te s i no se in te resase por a lgoq u e e s e l d a to y e l p r o b le m a d e s u p r o d u c c i ó n , a lg o q u es e c o n v i e r t e e n a r t e p o r q u e e l a r t i s t a , q u e s e h a i n t e r e s a d oen e l lo , lo ha hecho ta l . Escapa tor ias de formalis tas que ,después de haber conf inado e l a r te en las abstrac tas formasb e l l a s , v a c í a s p o r s í d e to d o c o n te n i d o , q u e p o d ía n a ñ a

d i r s e a l o s c o n te n i d o s p o r o t r a a d h e s i ó n h a c i e n d o c o m o u n as u m a d e d o s v a lo r e s , i n t r o d u c ía n t ím i d a m e n te e n t r e l a sformas be l las la de " la a rmonía de la fo rma con e l con te n i d o " , o s e d e c la r a b a n m á s r e s u e l t a m e n te p a r t i d a r i o s d eu n a e s p e c i e d e e c l e c t i c i s m o q u e c o n s i d e r a b a e l a r t e c o m orelación d e l c o n te n i d o b e l lo c o n l a f o r m a b e l l a . A s í , c o ni n c o h e r e n c i a d i g n a d e e c lé c t i c o s , a t r i b u ía n a lo s té r m i n o sf u e r a d e r e l a c i ó n l a s c u a l i d a d e s q u e s o la m e n te e n l a r e l a c i ó n a s u m ía n .

L a v e r d a d e s p r e c i s a m e n te é s t a : q u e c o n te n i d o y f o r m ad e b e n d i s t i n g u i r s e p e r f e c t a m e n te e n e l a r t e , p e r o n o p u e d e n c a l i f i c a r s e s e p a r a d a m e n te c o m o a r t í s t i c o s , p r e c i s a m e n tepor se r a r t ís t i ca so lamente su re lac ión ; es dec i r , su un idad ,e n te n d i d a n o c o m o u n i d a d a b s t r a c t a y m u e r ta , s i n o c o m o

la concre ta y v iva de la s ín tes is "a pr io r i" .E l a r te es una verdadera s ín tes is es tét i ca a pr io r i , des e n t i m i e n to e i m a g e n e n l a i n tu i c i ó n , d e l a c u a l p u e d er e p e t i r s e q u e e l s e n t i m i e n to s i n l a i m a g e n e s c i e g o y q u ela imagen s in e l sen t imien to es tá vac ía . Fuera de la s ín tes is es tét i ca , sen t imien to e imagen no ex is ten para e l es p í r i tu a r t í s t i c o ; e x i s t i r á n c o n d i s t i n to s a t r i b u to s e n o t r o sc a m p o s d e l a E s té t i c a , s i e n d o e n to n c e s e l s e n t i m i e n to e lespír i tu prác t ico que ama y od ia , desea y repud ia , y lai m a g e n d e l i n a n i m a d o r e s i d u o d e l a r t e , l a h o ja s e c a d e lv i e n to d e l a i m a g i n a c i ó n y d e lo s c a p r i c h o s d e l ju e g o . P e r onada de es to reza con e l a r t i s ta y con e l f i lósofo de la Es tét i ca , porque e l a r te n i es e l vano fan tasear n i la pas ióntumultuosa , s ino la superac ión de es te ac to por o tro ac to o ,

s i os p lace más, la sust i tuc ión de es te tumulto con o tro tu -

BREV1ARIO BE ESTÉTICA 41

m u lto , c o n e l a n h e lo h a c i a l a f o r m a c i ó n y l a c o n te m p la c ión , con las angust ias y las a legr ías de la c reac ión a r t ís t i c a . E s i n d i f e r e n te , p o r lo t a n to , a c h a q u e d e m e r a o p o r tu n i d a d t e r m i n o ló g i c a , p r e s e n ta r e l a r t e c o m o c o n te n i d o oc o m o f o r m a , p o r q u e s e s o b r e e n t i e n d e s i e m p r e q u e e l c o n ten ido es tá formado y que la fo rma es tá l lena , que e l sen t i m i e n to e s s e n t i m i e n to f i g u r a d o y l a f i g u r a f i g u r a s e n t i d a .S o la m e n te p o r g a la n te r í a h a c i a a q u e l q u e h i z o v a le r m e jo r q u e lo s d e m á s e l c o n c e p to d e l a a u to n o m ía d e l a r t e yq u i s o a f i r m a r e s t a a u to n o m ía c o n l a p a la b r a f o r m a , o p o n i e n d o d e e s t e m o d o e l contenidismo abstrac to de los f i lo sofas tros y de los mora l i s tas a l abstrac to formulismo de losa c a d é m i c o s , p o r g a la n te r í a , r e p i to , a D e S a n c t i s, y t a m b i é np o r l a s i e m p r e u r g e n te p o lé m i c a c o n t r a e l i n t e n to d e a b sorber e l a r te en o tros modos de ac t iv idad esp i r i tua l , po drá l lamarse a la es tét i ca de la in tu ic ión "Estét ica de la fo r m a " . R e b a ta m o s d e p a s o l a o b je c i ó n q u e p u e d e n h a c e r n o s ,m á s b i e n c o n s o f i s m a d e a b o g a d o q u e c o n s u t i l e z a d eh o m b r e d e c i e n c i a , d e q u e t a m b i é n l a E s té t i c a i n tu i t i v a ,d e s i g n a n d o e l c o n te n i d o d e l a r t e c o m o s e n t i m i e n t to o e s t a d o d e l á n i m o , lo c o lo c a f u e r a d e l a i n tu i c i ó n , p a r e c i e n d or e c o n o c e r q u e u n c o n te n i d o q u e n o s e a s e n t i m i e n to o e s t a d o d e l á n i m o n o s e p r e s t a a l a e l a b o r a c i ó n a r t í s t i c a y n oe s c o n te n i d o e s té t i c o . E l s e n t i m i e n t to o e s t a d o d e l á n i m on o e s u n c o n te n i d o p a r t i c u la r , s i n o to d o e l u n i v e r s o m i r a d osub specie intuitionis. F u e r a d e é l , n i n g ú n o t r o c o n te n i d oes conceb ib le que no sea a la vez una forma, d is t in ta del a f o r m a i n tu i t i v a , n o lo s p e n s a m i e n to s q u e s o n to d o e lu n i v e r s o sub specie cogitationis, no las cosas físicas y losen tes matemáticos , que son todo , e l un iverso sub specieschematismi et abstractionis, n o l a s v o lu n ta d e s q u e s o nto d o e l u n i v e r s o sub specie volitionis.

O tr a d i s t i n c i ó n , n o m e n o s f a la z —a l a q u e s u e le n r e f e r i r se los vocablos contenido y forma— d e s ta c a l a i n tu i c i ó nde la expres ión , la imagen de la t raducc ión f ís ica de la

i m a g e n , p o n i e n d o a u n l a d o f a n ta s m a s d e s e n t i m i e n to s ,



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imágenes de hombres, de animales, de paisajes, de acciones,de aventuras, y de otro sonidos, tonos, líneas, colores. Aestas cosas se llama lo externo del arte y a las otras lointerno, a las unas arte propiamente dicho y a las otrastécnica. Distinguir lo interno de lo externo es cosa fácil,achaque de palabras, especialmente cuando no se sutilizanlo bastante las razones y los modos de la distinción, y cuando la distinción no se utiliza para prestarnos servicio alguno , hasta el punto de que, con no pensar en ella, puede

parecer indudable al pensamiento. Pero el problema esmuy dist into cuando, como en toda dist inción, pasamos aestablecer las relaciones y a unificar, porque entonces setropieza uno con obstáculos insuperables. Lo que ahora esdistinto, si no se distingue bien, no se puede un ificar. ¿D equé modo una cosa extraña, y extraña a lo interno, puedeconfundirse con él, expresarlo? ¿Cómo puede expresarseun sonido o un color, una imagen, sin color o sin sonido?¿Cómo puede expresar un cuerpo lo incorpóreo? ¿D equé modo pueden concurrir, en un solo acto, la espontaneidad de la fantasía y la reflexión, es decir, la acción técnica? Dist inta la intuición de la expresión, siendo la unade diferente naturaleza que la otra, no hay ingenio de términos medios que nos sirva para soldar la una con la otra.

Todos los procesos de asociación, de hábito, de mecanización, de olvido, de intensificación del instinto, que lospsicólogos han propuesto y desarrollado fatigosamente, dejan abierta la brecha al fin y al cabo; de un lado la expresión, de otro la imagen. Y parece que no queda mássalida que refugiarse en la hipótesis de un misterio que,según los gustos, ora poéticos, ora matemáticos, tomará laforma de un misterioso matrimonio o de un misteriosoparalelismo psicológico. Pero el primero es, a su vez, unparalelismo envuelto en la ficción, y el paralelismo un matrimonio celebrado en la lejanía de los siglos y en las tinieblas de lo incognoscible.

Antes de recurrir al misterio —refugio para el que siempre tenemos t iempos de acudir—hay que determinar si

los dos elementos son legítimamente distintos y si sub-


siste o si se concibe una intuición que no lleve aparejadala expresión. Puede darse que la cosa sea, en otro respecto,insubsistente o inconcebible, como un alma sin cuerpo, delo cual, a decir verdad, se ha hablado demasiado en lasfilosofías y en las religiones; pero el que se haya habladode ello no quiere decir que se haya experimentado y concebido. En real idad, no conocemos sino intuiciones expresadas. Un pensamiento no es un pensamientto sino cuandose formula en palabras; una fantasía musical es tal cuandose concreta en sonidos; una imaginación pictór ica lo escuando se plasma en el color. No decimos que las palabras se declamen necesariamente en alta voz o que lamúsica se oiga en tal instrumento o la pintura se fije enuna tabla. Lo que es eviden te es que cuando un pensamientoes verdaderamente pensamiento, cuando ha l legado a lamadurez de pensamiento, por todo nuestro o rganismo correnlas palabras solicitando los músculos de nuestra boca y resonando inter iormente en nuestros oídos. Cuando unamúsica es verdaderamente música, tiembla en la gargantay estremece los dedos que corren sobre teclados ideales.Cuando una imagen pictór ica es pictór icamente real , nossentimos impregnados de líneas que son colores, y es elcaso que aunque las materias colorantes no se hallen anuestra disposición, coloreamos espontáneamente los objetos que nos rodean por una especie de irradiación, comose cuenta de ciertos histéricos y de ciertos santos que, imaginativamente, se señalaban ciertos estigmas en las manosy en los pies. Antes de que se forme este estado de expresión en el espíritu, el pensamiento, la fantasía musical,la imagen pictórica no existían sin la expresión que inevitablemente las acompaña. Creer en la preexistencia es sentar plaza de personas simples, que ní* cabe simpleza comparable a la de dar fe a esos poetas, pintores o músicosimponentes, que t ienen siempre la cabeza l lena de creaciones poéticas, pictóricas o musicales, sin acertar a traducirlas en forma externa, porque se resienten de la expresión o porque la técnica no ha progresado suficientementepara prestarles medios logrados para su expresión. ¡Como



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si no las hubiera ofrecido, hace ya muchos siglos, a Homero,a Fidias o a A peles, y solamente fuera tacaña con los que llevan un ar te más grande en su vasto caletre! In genua creenciaque nace, a las veces, de una ilusión, por haber ideado yexpresado, en consecuencia, algunas imágenes singulares, quenos hacen creer, echando mal las cuentas con nosotros mismos, que poseemos ya todas las imágenes que deben entraren juego en una obra, sin que estemos en posesión del nexovital que deba unirlas, porque no se ha formado todavía,

dejando inexpresadas, por lo tanto, tales imágenes.El ar te, entendido como intuición, según el concepto quehe expuesto, habiendo negado frente a sí un mundo físicoque ha considerado como construcción abstracta de nuestrainteligencia, no sabe qué hacer del paralelismo entre lasustancia pensante y la sustancia misma. Y no puede promover matrimonios imposibles, porque su sustancia pensante, o lo que monta tanto, su acto intuitivo, es perfectoen sí, siendo el hecho mismo que la inteligencia construyeluego con más extensión. Cuando es inconcebible una imagen sin expresión, es más que concebible, mejor aún, lógicamente necesaria, una imagen que lleva la expresión consigo, porque es realmente imagen. Si quitamos a una poesía su métrica, su ritmo y sus palabras, no queda de todo

aquello el pensamiento poético, como opinan algunos; noqueda absolutamente nada. La poesía ha nacido como aquellas palabras, aquel ritmo y aquella métrica. La expresiónno puede ni siquiera compararse a la epidermis de un or ganismo, a no ser que se diga—cosa que tampoco es falsaen fisiología— que todo el organismo, en cada célula y encada célula de célula, es también epidérmico.

Pero no estar ía nunca de acuerdo con mis conviccionesmetodológicas ni con el propósito de hacer justicia a loserrores—y ya la he hecho a la dualidad de contenido yforma, mostrando la verdad a que tiende y que no aciertaa explicarse—, si no indicase, además, qué verdad yace en

el fondo de esta dist inción de lo indist inguible, de la in-


tuición en intuición y expresión. Fantasía y técnica se dist inguen razonablemente, pero no como elemento de ar te, yse ligan y confunden entre sí, no en el campo del arte, sinoen el más vasto del espíritu en su totalidad. Problemastécnicos —prácticos— a resolver, dificultades que vencer,se ofrecen verdaderamente al artista, si es que verdaderamente hay algo que no siendo físico, sino espiritual,como es toda cosa real, puede, con respecto a la intuición,llamarse metafísicamente físico. ¿ Y qué cosa es este algo?

El artista, que hemos dejado vibrando con imágenes expresadas que prorrumpen por los infinitos poros de todosu ser, es hombre completo y, por ende, hombre práctico,y como tal, se procura los medios de no desperdiciar elresultado de su labor espiritual y de hacer posible y hacedera, para sí y para los otros, la reproducción de sus imágenes. Por eso reacciona en actos prácticos que sirven parasu obra de reproducción. Estos actos prácticos van seguidos, como todo acto práctico, de conocimientos que se llaman técnicos por eso. Y como prácticos, se distinguen dela intuición, que es técnica, pareciendo externos a ésta, porlo que se llaman físicos. Advirtamos que toman con facilidad este nombre porque la inteligencia los fija y los abstrae. Por eso con la palabra y con la música llegamos a la

escritura y al fonógrafo, con la pintura a las telas, las tablas y los muros henchidos de color, con la escultura y laarquitectura a las piedras talladas, el hierro, el bronce ylos metales fundidos, moldeados y forjados de maneras distintas. Las dos formas de actividad son también completamente distintas, porque se puede ser, a la vez, gran artista y pésimo técnico, poeta que corrige mal las pruebasde imprenta de sus versos, arquitecto que se sirve de material mediocre y no se cuida de la estática para malditala cosa, pintor que emplea colores que se alteran con rapidez. Ejemplos de esta insuficiencia técnica abundan contanta frecuencia, que no nos creemos, por ser tan conocidos, en la necesidad de citarlos. Pero n o. se pued e sergran poeta y hacer maior versos, gran pintor y no saber

entonar los colores, gran arquitecto y no armonizar las lí-



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neas, gran compositor y no acordar los sonidos. De Rafaelse ha dicho que hubiera sido un gran pintor aunque nohubiera tenido manos; lo que no se ha dicho de él es quehubiera sido un gran pintor aunque le hubiera faltado elsentido del dibujo.

Y—notemos de pasada, porque he de condensar todolo que me sea posible— esta a parente transformación delas intuiciones en cosas físicas—análoga de hecho a latransformación aparente de las necesidades y del trabajo

económico en cosas y mercancías— explica cómo se ha llegado a hablar, no sólo de "cosas artísticas" y de "cosasbellas", sino de un "bello de naturaleza". Es evidente que,aparte de los instrumentos que se forjan para la reproducción de las imágenes, pueden encontrarse objetos ya existentes, producidos o no por el hombre, que sirven para talfunción, o que son más o menos aptos para fijar el recuerdo de nuestras intuiciones. Estas cosas toman el nombre de "bellezas naturales" y ejercitan su poder solamente cuando se las aprehende con el ánimo mismo conque sabe aprehenderlas el artista o los artistas que hansabido valorizarlas, estableciendo el "punto de vista" desdeel cual hay que contemplarlas, ligándolas, de esta suerte, auna intuición suya. Pero la adaptación, siempre imperfecta,

y la mutabilidad y caducidad de las "bellezas naturales"justifican el puesto inferior que se les asigna con relacióna las bellezas producidas por el arte. Dejemos a los neciosafirmar que un hermoso árbol, un bello río, una sublimemontaña, un bonito caballo o una estupenda figura humanason superiores al golpe de buril de Miguel Ángel o alverso del Dante; nosotros decimos, con mayor propiedad,que la Naturaleza es estúpida frente al arte, y que es mudasi el hombre no la hace hablar.

Otra tercera distinción, que también se industria paradistinguir lo indistinguible, se acoge al concepto de la expresión estética y la escinde en dos momentos, momenttode la expresión, estr ictamente considerada—propiedad—


y momento de la belleza de ía expresión—ornato—fundando en ellos la clasificación de dos órdenes de expresion e s : las expresiones desnudas y las adornadas. De tal doctrina podemos encontrar vestigios en todas las distintaszonas del ar te, y sobre todo en la que se denomina con unnombre célebre, Retórica, conociendo una historia larguísima desde los retóricos juegos hasta nuestros días, perdurando en las escuelas, en los tratados y hasta en las estéticas de pretensiones científicas, y en las ideas vulgares,

como es natural, aunque en la época nuestra haya perdidomucho de su vigor pr imit ivo. Hombres de alto entendimiento, por razones de inercia y de tradición, la han aceptado y dejado vivir secularmente, y los pocos que se hanrebelado contra ella no han cuidado de elevar a sistemasu protesta y de cortar radicalmente el error. El daño queha hecho la Retór ica con la idea del hablar adornado, comodiverso y más recomendable que el desnudo, no se ha encerrado sólo en el castillo de la Estética, sino que ha irrumpido en los campos de la crítica y hasta de la educación literar ia, porque tan incapaz como es de comprender la purabelleza, es tan apta, por lo demás, para enredarse en unaaparente justificación de la belleza artificiosa, recomendando que se escriba hinchada, melindrosa e impropia

mente. La participación que hace, y sobre la que se apoya, se contradice lógicamente, porque como es fácil de probar, destruye el concepto mismo que trata de dividir enmomentos y objetos, que trata de dividir en clases. Unaexpresión propia, si es propia, es también bella, porque labelleza no es otra cosa que la determinación de la imagen y, por ende, de la expresión. Si al llamarla desnuda sequiere advertir que falta en ella algo que debería estar,en este caso es impropia y deficiente, y no es todavía expresión. Por conversión, una expresión adornada, si es expresiva en todas sus partes, no puede llamarse adornada,sino desnuda como la otra y propia como la otra. S i contiene elementos inexpresivos, añadidos, extrínsecos, ya noes bella, sino fea, y no es, o no es todavía, expresión, por

que para serlo necesita purificarse de los elementos ex-



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trafios, como la otra debe enriquecerse con los elementosque le faltan.

La expresión y la belleza no son dos conceptos, sino unosolo, que pueden designarse con uno o con otro de losvocablos sinónimos; la fantasía artística es siempre corpórea, pero no obesa, ni sobrecargada, ni adornada. Bajoesta falsísima distinción palpitaba un problema, y de él lanecesidad de establecer una nueva dist inción ; el problema, como puede desprenderse de algún pasaje de Aristóte

les, de la psicología y de la gnoseología de los estoicos, ycomo se ve más claramente en las discusiones de los retóricos italianos del siglo XVII, se refería a las relacionesentre pensamiento y fantasía, filosofía y poesía, lógica yestética— dialéctica y retórica, como todavía se decía en- ,tonces mano abierta y mano cerrada —, refiriéndose la expresión desnuda al pensamiento y a la filosofía, y la expresión adornada a la fantasía y a la poesía. Pero no es menosverdad que este problema de la distinción entre las dos formas del espíritu teórico no podía resolverse en el campo decualquiera de ellas, de la intuición o de la expresión, dondeno encontraremos otra cosa que fantasía, poesía, estética. Laindebida introducción de la lógica proyectará solamente unasombra engañosa para hacer adormecer la inteligencia, apar

tándola de la vista del arte en su plenitud y pureza, sinprestarle la del elemento lógico y la del pensamiento.

Pero el daño más grave que la doctr ina retór ica de laexpresión adornada ha ocasionado a la sistematización teórica de las formas del espíritu humano conviene al uso dellenguaje, porque cuando se admiten expresiones desnudasy simplemente gramaticales y expresiones adornadas y retóricas, nos referimos lógicamente a las expresiones desnudas o gramaticales, y como consecuencia ulterior —no encontrando razones gramaticales, retóricas y estéticas que lojustifiquen— trasladánd ono s al campo de la lógica, asignándole el papel de una semiótica o de un ars significando.

En efecto, la concepción lógica del lenguaje se confunde


estrechamente y procede a la par de la doctr ina retór ica dela expresión; las dos nacieron juntas en la ant igüedad gr iega y las dos viven aún en nuestros tiempos entre adversidades. La rebelión contra el sentido lógico en la doctr inadel lenguaje ha sido tan rara y ha tenido tan poca fortunacomo la rebelión contra la retórica. Solamente durante elperíodo romántico, un siglo después de Vico, se ha formadoen algunos pensadores y en algunas escuelas selectas vivaconciencia de la naturaleza fantástica o metafísica, que es

peculiar en el lenguaje, y de que tiene una relación másestrecha con la poesía que con la lógica. Hasta en los mejores, en los que persistía una idea más o menos extraartísticadel arte, se advertía cierta repugnancia a identificar el artecon la poesía. Lo que a nosotros se nos antoja no solamenteineludible, sino grato, ya que hemos establecido el concepto del ar te como intuición y el de intuición como expresión, donde ya va envuelta implícitamente la idea de suidentidad en el lenguaje. Pero para esto es preciso que ellenguaje se conciba en toda su extensión, sin restringirlearbitrariamente al lenguaje llamado articulado y sin excluir arbitrariamente el tónico, el mímico, el gráfico, concibiéndole, repetimos, en toda su extensión, en su realidad,que es el acto mismo del hablar, sin falsificarle en las abs

tracciones de las gramáticas y de los vocabularios, y sinimaginar solamente que el hombre habla con la gramáticay con el vocabular io. El hombre habla a cada m omento como /el poeta, porque lo mismo que el poeta expresa sus impresiones y sentimientos en forma de conversación o familiar, que no se separa por ningún abismo de las formasprosistas, prosaico-poéticas, narrativas, épicas, dialogadas,dramáticas, líricas, cantadas, etc. Y si al hombre en general no le disgusta ser considerado como poeta, como siempre poeta, por la fuerza de su humanidad al poeta no debedisgustarle tampoco que se le confunda con la humanidadcomún, porque sólo esta confusión explica el poder que lapoesía, entendida en su sentido estricto y augusto, tiene entodos los espíritus humanos. Si la poesía fuese una len

gua aparte, una "lengua de los dioses", los hombres no laN Ú M . 4 1 . — 3



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entenderían. Si les eleva, no les eleva sobre sí mismos, sinodentro de sí mismos; la verdadera aristocracia y la verdadera democracia coinciden también en este caso. Coincidencia de arte y de lenguaje que implica, como es natural,coincidencia de Estética y de Filosofía del lenguaje, definible la una por la otra, idénticas, cosa que yo me aventuréa poner, hace algunos años, en el título de mi tratado sobreEstética, y que ha hecho el efecto que yo buscaba sobremuchos lingüistas y filósofos de arte de Italia y de fuera de

Italia, a juzgar por la copiosa literatura que se ha producido en derredor de mi t í tulo. Esta identidad benef iciar íaa los estudios sobre arte y sobre poesía, purificándolos delos residuos hedonistas, moralistas y conceptistas que senotan con tanta abundancia en la crítica literaria y artística.Mayor beneficio recaerá sobre los estudios lingüísticos, alos que urge desembarazar de los métodos fisiológicos, psicológicos y psicofisiológicos hoy tan de moda, y librarlosal mismo tiempo d e la teoría, que vuelve a aparec er; delorigen convencional del lenguaje, que suele llevar consigo,por reacción inevitable, la inevitable correlación de la teoría mística. No será ya necesario que, al menos en estelugar, construyamos absurdos paralelismos y promovamosmisteriosos matrimonios entre imagen y signo, porque no

concebimos el lenguaje como signo, sino como imagen quees signo de sí misma y que tiene color, sonido, canto. Loque significa la imagen es la obra espontánea de la fantasía, de modo que el signo que todo hombre conviene conotro hombre presupone la imagen y, por ende, el lenguaje.Cuando se insiste en explicar que hablamos gracias al concepto del signo, tenemos que recurrir finalmente a Dios,como sugeridor de los primeros signos, teniendo que echarnos de bruces en lo incognoscible para explicar el lenguaje

Cerraré la enumeración de los prejuicios sobre el artereseñando los de mayor uso, porque se mezclan en la vida

cotidiana de la crítica y de la historiografía artística; conel prejuicio, en primer lugar, de la posibilidad de distin-

BBEVIARIO DE ESTÉTICA 51

guir varias o muchas formas particulares de arte, determinada cada una en su concepto particular, en sus límites, yprovista de leyes propias. Esta errónea doctrina toma cuerpoen dos series sistemáticas, una de las cuales es conocida comoteoría de los géneros literarios o artísticos —lírico, drama,novela, poesía épica o novelesca, idilio, comedia, tragedia;pintura sagrada, civil, familiar, de naturaleza viva, de naturaleza muerta, de paisaje, de flores y frutos; esculturaheroica, funeraria, de costumbres; música de cámara, de

iglesia, de teatro; arquitectura civil, militar, eclesiástica,etcétera—, y la o tra, como teoría de las artes —poesía,pintura, escultura, música, arte del actor, arte de la jardinería, etc.—. A las veces, surge una de estas teorías comosubdivisión de la otra. Este prejuicio, que es de origenbien notor io, t iene sus pr imeros insignes monumentosen la cultura griega y perdura entre nosotros. Muchos estéticos componen hoy mismo tratados sobre la estética de lotrágico, o de lo cómico, o de la lírica, o del humorismo, yestéticas de la pintura, de la música, de la poesía —que reciben, en este caso, el viejo nombre de Poéticas—, y lo quees peor (porque tales estéticos son poco escuchados y escriben o para deleite solitario o para menesteres académicos), los críticos, al juzgar las obras de arte, no han perdido

del todo la manía de volver a los géneros y a las artes particulares en que, según ellos, se dividen las obras de arte.Y en lugar de poner en claro si una obra es bella o fea,continúan razonando sus impresiones y diciendo que observan o que violan las leyes del drama, o de la novela,o de la pintura, o del bajorrelieve. Tan divulgado está eluso de considerar las historias artísticas y literarias comohistorias de géneros, y de presentar a los artistas como cultivadores de éste o de aquél, y de fraccionar en tantas casillas como géneros la obra de un artista, como afirmar queéste tiene unidad de desarrollo o que adopta la forma lírica,novelesca o dramática. Así, Ludovico Ariosto, por ejemplo,figura unas veces entre los cultivadores de la poesía latinadel Renacimiento, otras entre los líricos que escriben la

lengua vulgar, otras entre los autores de las primeras sáti-



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ras i ta l i anas , o tras en tre los au tores de las pr imeras comed i a s y , f i n a lm e n te , e n t r e lo s p e r f e c c i o n a d o r e s d e lo s p o e m a scaba lle rescos , como s i poesía la t ina , poesía vulgar , sát i ra ,c o m e d i a y p o e m a n o f u e r a n s i e m p r e e l m i s m o A r i o s to ,poe ta en los d is t in tos in ten tos , fo rmas y lóg ica de su des e n v o lv i m i e n to e s p i r i tu a l .

N o es es to dec i r que la teo r ía de los género s y de lasa r t e s n o h a y a t e n i d o y n o t e n g a s u d i a lé c t i c a i n t e r n a , s uautocr í t i ca o su i ron ía , según la expres ión que mejor os

a c o m o d e . N a d i e i g n o r a q u e l a h i s to r i a l i t e r a r i a e s tá l l e n a d ecasos en los que e l a r t i s ta gen ia l o fende con su obra a ung é n e r o e s t a b le c i d o , s u s c i t a n d o l a r e p r o b a c i ó n d e lo s c r í t i cos . R e p r o b a c i ó n q u e n o lo g r a , p o r lo d e m á s , s o f o c a r l aa d m i r a c i ó n o l a p o p u la r i d a d q u e h a d e s p e r t a d o l a o b r a ,hasta que , a l f in , no pud iendo desca l i f i ca r a l au tor n i que r i e n d o t a m p o c o e s t a r a m a la s c o n lo s c r í t i c o s d e lo s g é n e ros , s e a c a b a g e n e r a l m e n t e c o n u n a c o m p o n e n d a , a m p l i a n d oe l g é n e r o e n c u e s t i ó n o h a c i e n d o b r o ta r ju n to a é l o t r o g é n e r o n u e v o a g u i s a d e h i jo b a s ta r d o . Y l a c o m p o n e n d a d u r ap o r i n e r c i a h a s ta q u e u n a n u e v a o b r a g e n i a l v i e n e a r o m p e r n u e v a m e n te l a s n o r m a s p r e e s ta b le c i d a s . L a i r o n ía d e l ad o c t r i n a e s t r i b a e n l a i m p o s i b i l i d a d e n q u e s e e n c u e n t r a nsus teór icos de l imi ta r lóg icamente los géneros y las a r tes .

T o d a s l a s d e f i n i c i o n e s q u e e l a b o r a n , c u a n d o s e e x a m i n a nde cerca , o se esfuman en la def in ic ión genera l de l a r te , ose reducen a la e levac ión a rb i tra r ia de s ingulares obras dea r t e a g é n e r o s y n o r m a s , q u e n o p u e d e n r e d u c i r s e a t é r m i n o s r i g u r o s o s d e ló g i c a . A q u é a b s u r d o s c o n d u c e e l e s f u e r z o d e d e t e r m i n a r r i g u r o s a m e n te lo q u e e s i n d e te r m i n a b le p o r l a c o n t r a d i c c i ó n d e s u n a tu r a l e z a , p u e d e v e r s een los gen ios , por e jemplo en Less ing , que l lega a l ex tra v a g a n te p e n s a m i e n to d e q u e l a p i n tu r a r e p r e s e n ta a l o scuerpos: ¡ los cuerpos , no las acc iones n i las a lmas, no laa c c i ó n n i e l a lm a d e l p i n to r !

Estos absurdos se adv ie r ten después en los problemas queló g i c a m e n te b r o ta n d e e s t a a u s e n c i a d e ló g i c a , a s i g n a n d o a

c a d a g é n e r o y a c a d a a r t e u n c a m p o d e t e r m i n a d o ; d e b a t i e n d o a c e r c a d e q u é a r t e o d e q u é g é n e r o e s s u p e r i o r a


o t r o —¿ s e r á l a p i n tu r a s u p e r i o r a l a e s c u l tu r a , e l d r a m a al a l í r i c a ? —; r e c o n o c i e n d o c o n a q u é l l a s d i v i s i o n e s l a f u e r z a d e c a d a a r t e ; d i s e r t a n d o a c e r c a d e s i c o n v i e n e r e u n i rl a s f u e r z a s d i s e m i n a d a s e n u n g é n e r o d e a r t e q u e d e r r o ta r áa lo s o t r o s c o m o d e r r o ta r á u n a c o a l i c i ó n d e e jé r c i to s a u ne jérc i to so lo . La obra , por e jemplo , que jun ta en su regazop o e s ía , m ú s i c a , a r t e e s c é n i c o , d e c o r a c i ó n , ¿ n o c o n te n d r á m á sfuerza es tét i ca que un s imple lied d e G o e th e o q u e u n d i b u jod e M i g u e l Á n g e l? C u e s t i o n e s , d i s t i n c i o n e s , d e f i n i c i o n e s y

gustos que t i ene que desdeñar e l sen t ido a r t ís t i co y poét ico ,q u e a m a c a d a o b r a e n s í p o r lo q u e e l l a e s , c o m o u n a c r i a tu r a v i v a , i n d i v i d u a l e i n c o m p a r a b le , y q u e s a b e q u e c a d aobra t i ene su ley ind iv idua l y su va lor p leno e insust i tu i b l e . D e e s t a l a y a h a n a c i d o l a d i s c o r d i a e n t r e e l ju i c i oaf i rmativo de los espír i tus a r t ís t i cos y e l nega t ivo de loscr í t i cos de o f ic io , y en tre e l a f i rmativo de és tos y los ne ga t ivos de aquéllos . Los c r í t i cos de o f ic io pasan a veces ,con buena razón , por pedan tes , y las a lmas a r t ís t i cas , a suv e z , s i e n ta n p la z a d e " p r o f e t a s d e s a r m a d o s " , d e g e n te s i n c a p a c e s d e r a z o n a r y d e d u c i r l a t e o r í a ju s ta i n m a n e n te e ns u s ju i c i o s y d e c o n t r a p o n e r l a a l a p e d a n te r í a d e i o s a d versar ios .

E s ta t e o r í a ju s ta e s p r e c i s a m e n te u n a s p e c to d e l a c o n c e p

c i ó n d e l a r t e c o m o i n tu i c i ó n o i n tu i c i ó n l í r i c a . C o m o c a d ao b r a d e a r t e e x p r e s a u n e s t a d o d e a lm a , y e l e s t a d o d ea lm a e s i n d i v i d u a l y s i e m p r e n u e v o ; l a i n tu i c i ó n s u p o n ei n tu i c i o n e s i n f i n i t a s q u e n o n o s e s p o s i b le e n c e r r a r e n u nc a s i l l e r o d e g é n e r o s , a m e n o s d e q u e e s té c o m p u e s to d e i n f i n i t a s c a s i l l a s d e i n tu i c i o n e s y n o d e g é n e r o s . C o m o , p o ro t r a p a r t e , l a i n d i v i d u a l i d a d d e l a i n tu i c i ó n s u p o n e l a i n d i v i d u a l i d a d d e l a e x p r e s i ó n , y u n a p i n tu r a e s t a n d i s t i n t ad e o t r a p i n tu r a c o m o d e l a p o e s ía ; c o m o l a p o e s ía y l ap i n tu r a n o v a le n p o r lo s s o n i d o s q u e e m i te n e n e l a i r e opor los co lores que se re f rac tan de la luz, s ino por lo ques a b e n d e c i r a l e s p í r i tu e n c u a n to s e a d e n t r a n e n é l , e s i n ú t i ld i r i g i r s e a l o s m e d i o s a b s t r a c to s d e l a e x p r e s i ó n p a r a c o n s tru i r o tra se r ie de géneros y de c lases . Véase lo in fundada

que es cua lquie r teor ía que se base en la d iv is ión de las



54 BEÍfEDETTO CROCE

artes. El género o la clase es, en este caso, uno solo: el artemismo o la intuición, cuyas singulares obras son infinitas,todas originales, todas ellas imposibles de traducir en otras—porque traducir, traducir con vena artística es crear unanueva obra de ar te—y todas rebeldes con relación a la inteligencia clasificadora.

Entre lo universal y lo particular no se interpone filosóf icamente ningún elemento intermedio, ninguna ser ie degénero o de especies, de generdia.

Ni el artista que produce el arte, ni el espectador que locontempla necesitan más que lo universal y lo individual,o mejor aún, lo universal individualizado, de la universalactividad artística que se ha contraído y concertado enteramente en la representación de un singular estado deánimo.

Aunque ni el puro artista, ni el puro crítico, ni el purofilósofo tropiecen con generdia, con géneros y ciases, éstasprestan su utilidad en otros respectos. En esta utilidad estr iba el lado verdadero, que no quiero dejar de mencionar ,de tan erróneas teorías. Conviene tejer esta red de generdia,no para la producción que es espontánea del arte, ni parael juicio que es filósofo, sino para recoger y circunscribirde algún modo, auxil iando la atención y la memoria, las

infinitas intuiciones singulares que sirven para enumerarparcialmente las innumerables obras de arte. Estas clases,como es natural , caminan de acuerdo, o con la imagen abstracta o con la expresión abstracta, y por eso son clases deestado de ánimo, géneros literarios o artísticos o clases demedios expresivos—artes—. No vale objetar aquí que losgéneros o artes son arbitrariamente distintos y que es arbitraria la misma dicotomía general, porque ya sabemosque el procedimiento es arbitrario, pero se convierte eninnocuo y útil por el hecho mismo de que no t iene pretensión alguna de pincipio filosófico y de criterio para eljuicio del arte. Estos géneros y clases facilitan el conocimiento y la educación ar tíst icos, dando al conocimientocomo un índice de las obras de arte más importantes y fa

cilitando a la educación una suma de las advertencias más


urgentes que sugiere la práctica del arte. Todo estriba enque no confundamos los índices con la realidad y los acaecimientos e imperativos hipotéticos con los imperativos categóricos, consecuencia a la que podemos ir con facilidad,pero a la que se puede y se debe resistir.

Los libros de instituciones literarias, de gramática, de retór ica—con la división en partes del discurso y con lasleyes morfológicas y sintácticas, de arte de la composiciónmusical, de métrica, de arte pictórico, etc.—son sencilla

mente índices y preceptivas; pero en segundo término, semanifiestan en ellos tendencias hacia expresiones particulares de arte; en ese caso deben considerarse como arte abstracto, arte en preparación—artes poéticos del Clasicismoy del Romanticismo, gramáticas puras y populares, etc.—y, en tercer lugar, se dan en ellos conatos e intentonas decomprensión filosófica de su argumento, tocados del errorque se ha criticado de la división de los géneros y de lasartes, error que, por sus contradicciones, abre el camino ala verdadera doctr ina de la individualidad del ar te.

Esta doctrina produce, a primera vista, una especie demareo. Las intuiciones individuales, originales (intraduci

bies, inclasificadas), parecen escapar al dominio del pensamiento, que no podría dominarlas más que seleccionándolasentre sí . Cosa que parece prohibida en esta doctr ina que,más que de liberal y de libertaria, peca de anarquista y deanarquizante.

Una pequeña poesía corre parejas estéticamente con unpoema; un minúsculo cuadro o un apunte, con un cuadrode altar o con un fresco; una carta puede ser una obra dearte, lo mismo que una novela; hasta una bella traducciónes tan or iginal como una obra or iginal . Proposiciones todaséstas irrecusables, porque están deducidas a punta de lógicade premisas inconcusas; proposiciones verdaderas y hastaparadójicas, paradojismo que las presta indudablementeun gran valor , porque las pone enfrente de la opinión co

rriente. Pero ¿no necesitarán tales proposiciones de algún



56 BENEDETTO CHOCE

c o m p le m e n to q u e l a s e x p l i q u e m e jo r ? D e b e e x i s t i r u n m o d od e o r d e n a r , s u b o r d i n a r , c o n e c ta r , e n t e n d e r y d o m i n a r l a sr e d e s d e l a s i n tu i c i o n e s , s i n o q u e r e m o s p e r d e r l a c a b e z ae n e s t e l a b e r i n to .

Y e x i s t e , e n e f e c to , p o r q u e a u n q u e s e n i e g u e to d o v a lo ra las c las i f i cac iones abstrac tas , no queremos negárse lo a lagenér ica y concre ta c las i f i cac ión , que no es ta l clasificación,y q u e s e l l a m a l a H i s to r i a . E n l a H i s to r i a c a d a o b r a d ea r t e o c u p a el p u e s to q u e le p e r t e n e c e , y n o o t r o : l a l i n d a

b a la d a d e G u i d o C a v a íc a n t i y e l s o n e to d e C e c e o A n g i o le r i ,q u e p a r e c e n e l s u s p i r o y l a r i s a d e u n i n s t a n te ; l a Com-media, d e l D a n te , q u e l l e v a e n s u s e n t r a ñ a s u n m i le n i o d e le s p í r i tu h u m a n o ; l a s Macharonee, d e M e r l i n C o c a i o , q u ee s c a p a n a l a E d a d M e d i a , q u e a g o n i z a ; l a e l e g a n te t r a d u c c i ó n d e l a Eneida, h e c h a p o r A n íb a l C a r o e n e l s i g lo x v i ;la su t i l prosa de Sarp i y la prosa jesuít i ca y f rondosa deD a n i e l B a r to l i . Y to d o e l lo , s i n q u e h a y a n e c e s i d a d d eju z g a r c o m o n o o r i g i n a l l o q u e e s o r i g i n a l , p o r q u e v i v e ;p e q u e ñ o l o q u e n o e s n i p e q u e ñ o n i g r a n d e , p o r q u e n ot i e n e m e d i d a s . E n to d o c a s o p o d r á l l a m a r s e , s i a s í l o p r e fer ís , p e q u e ñ o o g r a n d e , p e r o m e ta f í s i c a m e n te , c o n o b je tod e m a n i f e s t a r c i e r t a s a d m i r a c i o n e s y d e p o n e r e n c l a r oc i e r t a s r e l a c i o n e s d e i m p o r ta n c i a , q u e n o s e a n a r i tm é t i c a s

n i g e o m é t r i c a s . E n l a H i s to r i a , q u e s e v i e n e h a c i e n d o c a d av e z m á s r i c a y d e t e r m i n a d a , y n o e n l a s p i r á m i d e s d e c o n c e p to s e m p ír i c o s , q u e s o n t a n to m á s v a c ío s c u a n to m á s e l e vados y su t i les , se encuentra la t rabazón de todas las obrasd e a r t e y d e to d a s l a s i n tu i c i o n e s , p o r q u e e n l a H i s to r i aa p a r e c e n o r g á n i c a m e n te t r a b a d a s , c o m o e t a p a s s u c e s i v a s yn e c e s a r i a s d e l d e s e n v o lv i m i e n to d e l e s p í r i tu , n o ta s c a d a u n ad e l p o e m a e t e r n o , q u e a r m o n i z a d e n t r o d e s í t o d o s lo s p o e mas s ingulares .

L E C C I Ó N T E R C E R A

E L P U E S T O D E L A R T E E N E L E S P Í R I T U

Y E N LA S O C I E D A D H U M A N A

L a p o l é m i c a e n t o r n o a l a d e p e n d e n c i a o i n d e p e n d e n c i ad e l a r t e tu v o s u f u e r z a m a y o r e n e l p e r ío d o r o m á n t i c o ,c u a n d o a p a r e c i ó l a d i v i s a d e l " a r t e p o r e l a r t e " , y c o m oa p a r e n te a n t í t e s i s l a d e l " a r t e p o r l a v i d a " . D e s d e e n to n ces se ag i tó y a i reó esa po lémica más en tre l i te ra tos y a r t istas, para dec i r toda la verdad , que en tre f i lósofos . Enn u e s t r o s d í a s h a c o b r a d o n u e v o i n t e r é s e s a p o lé m i c a , t e m ap r e f e r i d o p a r a lo s p r i n c i p i a n te s q u e s e d i v i e r t e n y ju e g a nc o n é l e n s u s e j e r c i c i o s , s i r v i e n d o d e a r g u m e n to t a m b i é np a r a d i s e r t a c i o n e s ' a c a d é m i c a s . E n r e a l i d a d , a n te s d e l p e r ío d o r o m á n t i c o a d v e r t i m o s s u s v e s t i g i o s e n lo s d o c u m e n tos más an t iguos que re f lex ionan y d iscurren sobre e l a r te .

Los mismos f i lósofos de la Estét i ca , has ta cuando pareceq u e l a o lv i d a n —y c i e r t a m e n te l a d e s d e ñ a n e n a q u e l l a f o r m a v u lg a r — e s tá n p e n s a n d o c o n t i n u a m e n te e n e l te m a , yh a s ta p u e d e d e c i r s e q u e n o p i e n s a n e n o t r a c o s a . P o r q u etan to va le d ise r ta r sobre s i e l a r te es o no es , y s i es, quéc o s a e s , c o m o d i s c u r r i r a c e r c a d e s u i n d e p e n d e n c i a o d e s ud e p e n d e n c i a , d e s u a u t o n o m í a o d e s u h e t e r o n o m í a . U n a a c t i v i d a d c u y o p r i n c i p i o d e p e n d e d e l d e o t r a a c t i v i d a d e s ,s u b s ta n c i a lm e n te , e s t a o t r a a c t i v i d a d , a l c a n z a n d o , p o r s up a r t e , u n a e x i s t e n c i a s o la m e n te p u ta t i v a y c o n v e n c i o n a l . E la r te que depende de la mora l , de l p lacer o de la f i losof ía se ráf i losof ía , p lacer o mora l , pero no a r te . Y s i no se le juzgad e p e n d i e n te , h a b r á q u e i n v e s t i g a r e n q u é s e f u n d a s u i n d e p e n d e n c i a , d i s t i n g u i e n d o d e q u é m o d o e l a r t e s e d i s t i n

gue de la mora l , de l p lacer o de la f i losof ía , inves t igando



58 BENEDETTO CROCE

lo que es, o lo que es igual, si goza de verdadera autonomía. Puede suceder que por parte de aquellos mismos queafirman la naturaleza original del arte se diga luego queaun conservando éste su naturaleza, está supeditado a otrasformas de dignidad superior o, como se decía antaño, quesirve de criado a la ética, de ministro a la política y debrujo a la ciencia. Lo que prueba solamente que damoscon pensadores que t ienen la costumbre de contradecirse,dejando en desacuerdo sus pensamientos, con gente atrope

llada que no siente la exigencia de la prueba para sus afirmaciones. Por nuestra parte, procuraremos no caer en semejante atropellamiento. Y como ya hemos puesto en claroque el arte se distingue del llamado mundo físico como espiritualidad y de la actividad práctica moral y conceptualcomo intuición, no iremos más lejos por ahora, entendiendoque en esta primera demostración hemos demostrado, a lavez, independencia del ar te.

Otro problema está incluido en la polémica de la dependencia o independencia, sobre la que no he discurr ido hastaahora de propósito y que voy a examinar . La independencia es un concepto de relación, y bajo este aspecto, absolutamente independiente, no es más que lo Absoluto, la relación absoluta. Cada forma y concepto particular es inde

pendiente por un lado y dependiente por otro, o lo que esigual, dependiente e independiente a la vez. Si no fueseasí, el espíritu y la realidad en general, serían, o una seriede absolutos yuxtapuestos, o (lo que es lo mismo) una seriede nulidades yuxtapuestas. La independencia de una formasupone la materia sobre la que se ejercita, como hemos vistoen el desarrollo de la génesis del arte en cuanto formaciónintuit iva de una mater ia sentimental o pasional . En la independencia absoluta, faltándole toda materia y alimento,la misma forma vacua se reducir ía a la nada. Como la independencia reconocida impide que se pueda pensar unaactividad sometida al pr incipio de otra, la dependencia debeser de tal linaje que garantice la independencia. La cualno sería garantía ni aun en la hipótesis de que una act ivi

dad dependiese de otra con la misma dependencia que esta


otra de aquélla, como dos fuerzas que se contraponen, delas cuales una no puede vencer a la otra. Porque si no lavence viene el impedimento recíproco y la estática, y si lavence, la independencia pura y sencilla, que ya hemos excluido. De modo que considerando el tema en general , parece que no hay otro modo de pensar la dependencia o independencia a la vez de las var ias independencias espir i tuales más que concibiéndolas en la relación de condicióna condicionado, en que lo condicionado supera la condición

presuponiéndoles, convirtiéndose luego a su vez en condición, dando lugar a un nuevo condicionado, que envuelveuna serie de desarrollos. No podremos imputar otro defecto a esta serie si no que el primer condicionado de ellaes condición sin un precedente condicionado, y el últ i mo un condicionado que no se convierte a su vez en condición, con doble rotura de la ley misma del desarrollo.Pero este defecto puede subsanarse si del último se hacela condición del pr imero y del pr imero el condicionado delúltimo, haciendo que la serie se conciba en acción recíprocao, para decirlo mejor, abandonando toda fraseología naturalista, como círculo. Concepción que parece el único puntode salida para las dificultades en que se debaten otras concepciones de la vida espiritual, como la que hace consistir

en un conjunto de independientes e irrelat ivas facultadesdel alma o independientes e irrelat ivas ideas de 'valor , comola que subordina todas las varias facultades o ideas de valor a una sola y las resuelve en una idea que permaneceinmóvil o impotente y, f inalmente, como la que la concibecomo grados necesarios de un desenvolvimiento lineal queconduce desde una pr imera irracionalidad a otra últ ima, quequiere ser racionalísima, pero que es después suprarracionaly por ende irracional .

Pero no insistamos en este esquema, un poco abstracto,y consideremos cómo actúa en la vida del espíritu, comenzando por el espíritu estético. A cuyo fin, volvamos la mi

rada, una vez más, al artista, al hombre-artista, que se ha



60 BENEDETTO CROCE

s a lv a d o d e l p r o c e s o d e l i b e r a c i ó n d e l tu m u l to s e n t i m e n ta l ,y q u e lo h a o b je t i v a d o e n u n a i m a g e n l í r i c a , a d e la n tá n d o s een e l a r te . En es ta imagen encuentra su sa t i s facc ión , porquep o r e l l a h a t r a b a ja d o y s e h a m o v i d o . T o d o s c o n o c e n , e nmayor o menor esca la , la a legr ía de la expres ión per fec ta ,q u e c o lm a lo s p r o p i o s m o v i m i e n to s e s p i r i tu a le s , y l a a l e gr ía por los a jenos , qué son también nuestros , aunque losc o n te m p le m o s e n l a s o b r a s d e lo s d e m á s , q u e s o n , e n c i e r tom o d o , n u e s t r a s y q u e h a c e m o s t a m b i é n n u e s t r a s . P e r o ¿ e s

d e f i n i t i v a e s a s a ti s fa c c i ó n ? ¿ S o la m e n te s e h a b r á p r e o c u p a d oe l h o m b r e - a r t i s t a d e l a i m a g e n ? D e l a i m a g e n y d e o t r ac o s a a l a v e z ; d e l a i m a g e n e n c u a n to h o m b r e - a r t i s t a , yd e o t r a c o s a c o m o a r t i s t a - h o m b r e ; d e l a i m a g e n e n p r i m e rp la n o , p e r o c o m o e l p r i m e r p la n o s e r e l a c i o n a c o n e l s e g u n d o y c o n e l t e r c e r o , t a m b i é n d e lo s s e g u n d o s y d e lo st e r c e r o s s e p r e o c u p a , s i b i e n i n m e d i a t a m e n te d e a q u é l ym e d i a t a m e n te d e é s to s . P e r o a l c a n z a d o e l p r i m e r p la n o ,s u r g e i n m e d i a t a m e n te e l s e g u n d o , y e l i n t e r é s i n d i r e c to s et r u e c a e n d i r e c to , t r a y é n d o n o s u n a n u e v a e x i g e n c i a e i n i c i a n d o u n s e g u n d o p r o c e s o . N o q u e r e m o s d e c i r , a d v i é r t a s eb ien , que la po tenc ia in tu i t iva ceda e l lugar a o tra , a gu isad e p la c e r o d e s e r v i c i o , s i n o q u e l a m i s m a p o te n c i a i n tu i t iva , o mejor , e l esp ír i tu mismo, que parec ía se r an tes , y

e n c i e r to m o d o lo e r a , e n te r a m e n te i n tu i c i ó n , e n v u e lv e e n s íe l n u e v o p r o c e s o , q u e s u r g e d e l a s e n t r a ñ a s d e l p r i m e r o . E nn o s o t r o s n o s e d a " u n a lm a s o b r e o t r a " — m e v a ld r é u n av e z m á s d e p a la b r a s d e l D a n te —, s i n o e l a lm a ú n i c a , q u ea n te s s e r e c o g e c o m p le ta m e n te e n u n a s o la virtud, y q u e" a n i n g u n a p o te n c i a e n t i e n d e " , s a t i s f e c h a e n a q u e l l a s o lav i r tud , en la imagen a r t ís t i ca encuentra con aquélla , a l ladode su sa t i s facc ión , su insa t i s facc ión también . Su sa t i s facc ión ,p o r q u e l e d a to d o lo q u e p u e d e d a r l e y e s p e r a d e e l l a . S ui n s a t i s f a c c i ó n , p o r q u e h a b i é n d o lo o b te n i d o to d o , h a b i e n d osac iado su ú lt ima dulzura , "aquello que se p ide y se agra dece" , se ex ige la sa t i s facc ión de la pr imera neces idad , sur g ida por obra de la pr imera sa t i s facc ión , y que , s in la pr i m e r a , n o s e h a b ía d a d o . T o d o s c o n o c e m o s , p o r e x p e r i e n c i a

c o n s ta n te , l a n u e v a n e c e s i d a d q u e v i e n e d e t r á s d e l a f o r -


m a c i ó n d e l a s i m á g e n e s . H u g o F o s e ó lo t i e n e u n a i n t r i g ad e a m o r c o n l a c o n d e s a Á r e s e . N o i g n o r a lo q u e p u e d aser aque l amor , n i qu ién pueda se r aque lla mujer , como sedesprende de la lec tura de las ca r tas que la escr ib ió , y quep o d e m o s l e e r a t o d a s h o r a s . S i n e m b a r g o , e n lo s i n s t a n te se n q u e a m a H u g o F o s e ó lo , a q u e l l a m u je r e s s u U n i v e r s o ,y s ien te su poses ión como s i fuera la bea t i tud más exce lsa .E n e l e n tu s i a s m o d e l a a d m i r a c i ó n q u i s i e r a h a c e r i n m o r ta la la mor ta l c r i a tura , t r ansf igurando en d iv ina la f igurate r r e n a , d a n d o n u e v o i m p u ls o a s u s e n s u e ñ o s d e f e l i c i d a dy r e a l i z a n d o u n n u e v o p r o d i g i o e n a l a s d e l a m o r . ¿ Q u ém á s ? L a e l e v a h a s ta l a c e l e s t e m a n s i ó n , c o n v i r t i é n d o la e no b je to d e c u l to y d e p le g a r i a s :

E avrai , d ivina, i votifra gl'inni miei delle insubri nepoti!

S i n q u e p o r u n i n s t a n te e s t a m e ta m o r f o s i s d e l a m o r h u b ie ra de jado de soñarse y de can ta rse con la mayor se r ie dad ( los enamorados y hasta los señores f i lósofos , s i se hane n a m o r a d o a lg u n a v e z , p u e d e n a t e s t i g u a r q u e e s t a s b a g a -t a l s e to m a n p o r to d o lo a l to ) , l a o d a AW árnica risanata n ose hubiera formado en e l esp ír i tu de Foseó lo , y las imág e n e s c o n q u e n o s p r e s e n ta l a f a s c i n a c i ó n , r i c a d e p e l i g r o s ,d e s u a m i g a - d i o s a , n o s e h u b i e r a n p r e s e n ta d o a n te é l t a nv i v i d a s y e s p o n tá n e a s . P e r o ¿ qué es e l ímpetu esp i r i tua l ques e h a c o n v e r t i d o e n u n a m a g n í f i c a p r e s e n ta c i ó n l í r i c a ?R e a lm e n te , F o s e ó lo , s o ld a d o , p a t r i o t a , d o c to , a g i t a d o p o rtan tas turbac iones esp i r i tua les , ¿se agotaba con aque llae x a l t a c i ó n ? ¿ E s ta e x a l t a c i ó n o b r a b a t a n e n é r g i c a m e n te e né l q u e l e o b l i g a s e a l a a c c i ó n , d á n d o le o r i e n ta c i o n e s n u e v a spara su v ida prác t ica? Foseó lo , que en e l curso de sus amoresno había ca rec ido a lgunas veces de ráfagas de c la r iv idenc ia ,a n te s u p o e s ía , c a lm a d o e l tu m u l to d e s u c r e a c i ó n , t o r n a n d oe n s í y c o n q u i s t a n d o y a d q u i r i e n d o d e n u e v o l a v i s i ó nc la r a d e l a r e a l i d a d , s e p r e g u n ta y t r a t a d e c o m p r e n d e rr e a lm e n te : l o q u e d e s e a y lo q u e m e r e c e a q u e l l a m u je r .T a l v e z , d u r a n te l a f o r m a c i ó n d e l a i m a g e n s e h a b ía i n m i s -



62 SENEDETTO CROCE

cuido en él alguna partícula de escepticismo, y si nuestrooído no nos engaña del todo, advertiremos aquí y allá, enla oda, algún acento de elegante ironía hacia la mujer y delpoeta para consigo mismo, cosa que no se hubiera realizadoen un espíritu más ingenuo que el de Foseólo, habiendo nacido, por ende, una obra más ingenua que la suya. De modo que Foseólo, poeta que ha llegado a su logro total y, porende, ya no poeta hasta que vuelva a resurgir, siente ahorala necesidad de conocer su estado real, no forma ya la imagen porque la ha formado, no fantasea, sino que percibe ynarra. De aquella mujer, de la divina, él nos dirá despuésque tenía "un pedazo de cerebro en el puesto del corazón".La lírica imagen se cambiará para nosotros y para él en unfragmento de autobiografía o. en una percepción.

Con la percepción entramos en un nuevo y vastísimocampo espiritual. Verdaderamente no hay palabras suficientes para satirizar a aquellos pensadores que, ahora comoantes, confunden la imagen con la percepción, haciendo dela imagen una percepción—el ar te como copia, retrato oimitación de la naturaleza, historia del individuo y de lostiempos, etc.— y, lo que es peor, de la percepción una especie de imagen que se aprehende con los sentidos, etc. Pero

la percepción no es más ni menos que un juicio completo.Como juicio supone una imagen y la categoría y el sistemade categorías mentales que dominan la imagen—realidad,cualidad, etc.—. Y respecto a la imagen o síntesis a prioriestética del pensam iento y fantasía —in tuición— es unanueva síntesis, de representación y categoría, de sujeto ypredicado, la síntesis a priori lógica, de la cual convendríarepetir todo lo que se ha dicho de la otra. Ante todo, en ella,contenido y forma, representación y categoría, sujeto y predicado, no son dos elementos unidos por un tercero, porquela representación se da en ella como categoría y la categoríacomo representación en unidad inescindible. El sujeto essujeto solamente en el predicado, y el predicado es solamente predicado en el sujeto. Tampoco la percepción es un

acto lógico entre los demás actos lógicos, ni el más rudimentario e imperfecto de ellos. El que sepa arrancar todos los


tesoros que contiene no tiene necesidad de buscar fuera deella las restantes determinaciones de la lógica, porque de lapercepción germina—ella misma es una germinación sintét ica— la conciencia de lo realmente sucedido, que en susformas literarias eminentes toma el nombre de historia, y laconciencia de lo universal, que también en sus formas eminentes se llama sistema o filosofía. Y filosofía e historia, porel nexo sintét ico del juicio perceptivo donde nacen y en queviven, constituyen la unidad superior que han descubierto

los filósofos, identificando filosofía e historia. Los hombresde buen sentido también han dado con este desenvolvimiento , a su modo, advirtiendo que las ideas suspendidas en elaire son fantasmas y que lo verdadero y lo digno de serconocido son los hechos reales, los hechos que suceden. Lapercepción —la var iedad de las percepciones— puede explicar por qué el intelecto humano tiende a salir fuera deellas, creándose un mundo de tipos y de leyes, gobernadopor medidas y por relaciones matemáticas, es decir, por qué,además de la filosofía y de la historia, se forman las cienciasnaturales y las matemáticas.

No es mi misión dar aquí un esbozo de la Lógica, comohe dado, y estoy dando, un esbozo de la Estética. Por eso,dejando de determinar y desarrollar el cuadro de la Lógicay del conocimiento intelectivo, perceptivo e histórico, reanudaré el hilo del discurso, sin partir ahora del supuestoartístico e intuitivo, sino del lógico e histórico, que ha superado al intuit ivo, elaborando la imagen en percepción. ¿Encuentra el espíritu satisfacción en esta forma? Ciertamente;todos conocen las satisfacciones vivísimas del saber y de laciencia; todos saben la emoción que nos invade al descubrir el rostro de la verdad escondido en nuestras ilusiones,y aunque sea terrible este rostro, su descubrimiento va unido a una profunda voluptuosidad, que es la satisfacción porla posesión de la verdad. Pero esta satisfacción, ¿es, porventura, distinta de la precedente del arte, completa y acabada? Al lado de la satisfacción de conocer la realidad, ¿ no



64 BENEDETTO CROCE

brota también la insatisfacción? También es certísimo. Lainsatisfacción del haber conocido se manifiesta—como todos saben experimentalmente-*— por el cosquilleo de la acción. Está bien conocer la situación real de las cosas, perohay que conocerla para obrar; está bien conocer el mundo,pero hay que conocerlo para cambiarlo: tempus cognoscen-di, tempus destruendi, tempus renovandi. Ningún hombrese detiene en el conocimiento, ni siquiera los escépticos opesimistas que, por virtud de aquel conocimiento, tomanesta o la otra actitud, adoptan esta o la otra forma de vida.El f ijar los conocimientos adquiridos, el retener después dehaber entendido, y sin lo que " no se hace ciencia" —pararepetir las palabras del Dante—, la formación de tipos, leyes y cánones de medida, las ciencias naturales y matemáticas, a las cuales acabo de referirme, sobrepujan el acto de lateoría, procediendo el acto de la acción. No solamente cadauno sabe experimentalmente y puede siempre probarlo conel conocimiento de los hechos, que las cosas van de estamanera, sino que, si bien se piensa, se ve que no puedenmenos d e ir así. Hubo un tiempo —hoy mismo no pocosplatónicos, místicos y ascetas lo afirman— en que se creíaque conocer era elevar el alma a Dios, a la Idea, a un mundode ideas, a lo Absoluto, que se sobreponen al fenoménicomundo humano. Y es natural que cuando el alma, extrañadade sí misma por un fenómeno contra la naturaleza, alcanzaba a aquella esfera superior, tornaba ensimismada a laTierra, porque quería y podía vivir allí perpetuamente felize inactiva, ya que daba con un pensamiento que no era pensamiento y que topaba con una realidad que no era realidad.Pero cuando—con Vico , con Kant , con Hegel y con o trosheresiarcas— el conocimien to descendía sobre la T ierra, y noera concebido como copia más o menos pálida de una realidad inmóvil, sino como continua obra humana, que produce, no ideas abstractas, sino conceptos concretos, que sonsilogismos o juicios históricos, percepciones de lo real, lapráctica no es una cosa que represente degradación del conocimiento, una confusión del Cielo sobre la Tierra o delParaíso sobre el Infierno, ni algo que pueda resolverse o de


lo que podamos abstenernos, sino que se desprende de lamisma teoría, como exigencia de ella, correspondiendo cadapráctica a su teoría. Nuestro pensamiento es pensamientohistórico de un mundo histórico, proceso del desarrollo deun desarrollo, y apenas se ha pronunciado la cualidad deuna realidad cuando ya la cualidad no vale, porque ella misma ha producido una nueva realidad, a la que correspondeuna cualidad nueva. Una nueva realidad, que es vida económica y moral, y que cambia al hombre intelectual en elhombre práctico, en el político, en el santo, en el industr ialy en el héroe, y elabora la síntesis a priori práctica, dandoun lugar a un nuevo sentir , a un nuevo desear, en la cualno puede detenerse el espíritu, porque solicita, ante todo,como nueva materia, una nueva intuición, una nueva lír ica,un nuevo arte.

De este modo, el término extremo de la serie se suelda—como ya había anunc iado a l pr inc ip io—con e l términoprimero, y el círculo se cierra y el recorrido torna a comenzar; el reco rrido, que es un recurso d el curso ya hecho, dedonde procede el concepto de Vico, expresado con la palabra que él mismo hizo clásica de reflujo. El desarrollo quehe dibujado explica la independencia del arte y los motivospor los cuales parece dependiente a los que conciben lasdoctr inas erróneas—hedonistas, moralistas, conceptistas, et

cétera-— que he criticado más a trás; pero ad virtiendo al hacer la crítica de ellas que todas contenían su lado de verdad.Si se pregunta cuál es la actividad real entre las distintasactividades del espíritu o si son todas reales, hay que responder que ninguna es real, porque solamente es real laactividad de todas aquellas actividades que no reposa enninguna de ellas en particular. De las varias síntesis quehemos distinguido, solamente es real la síntesis de la síntesis,el Espíritu, que es el verdadero Absoluto, el actus purus.Pero por otro lado, y por la misma razón, todas son realesen la unidad del espíritu, en el eterno flujo y reflujo, que essu eterna constancia y realidad. Los que en el arte veían yven el concepto, la historia, las matemáticas, el tipo, la moral, el placer y todo lo demás, tienen razón, porque en el



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arte, gracias a la unidad del espíritu, se dan estas y las otrascosas. Como que este actuar de ellas, y la enérgica unilatera-lidad del arte como de otra forma particular, que tiende areducirlas a una sola, explica el pasaje de una forma a otra,el logro de una forma en otra y su desarrollo. Pero estosmismos pensadores se equivocan en virtud de la distinción,que es el momento inseparable de la unidad, por el modoen que vuelven a encontrarlas, todas a la par, abstracta yconfusamente. Porque concepto, tipo, número, medida, moralidad, utilidad, placer y dolor están en el arte, o como

antecedentes o como consiguientes, o para decirlo mejor,como antecedentes y como consiguientes. Por eso se dan ocomo supuestos previos—flojos y olvidados, para emplearuna expresión favorita de De Sanctis—o como presenti mientos. Sin estos supuestos previos, sin aquel presentimiento , el arte no sería arte, y no sería tampoco arte—y todaslas demás formas del espíritu se verían turbadas por él—si aquellas exigencias se quisieran imponer al arte como arte,que es y no puede ser otra cosa que mera intuición. El artista es siempre moralmente inculpable o filosóficamente incensurable, aunque su arte tenga como materia una moral o unafilosofía inferiores. Como artista, no obra ni razona, sino quepinta, canta, poetiza y, en suma, se expresa. Si adoptáramosotro criterio, tendríamos que condenar a la poesía homérica, como hacían los críticos italianos del siglo XVII o losfranceses del tiempo de Luis XIV, tapándonos las naricesante lo que ellos llamaban la policía, ante los héroes borra-chotes, habladores, violentos, crueles, mal educados. Podráhacerse la cri tica de la fi losofía que yace en el poema delDante; pero aquella crítica penetrará como por un agujeroen el subsuelo del arte dantesco, dejando libre el suelo, quees el arte. Podrá Nicolás Maquiavelo desarraigar el idealdantesco, recomendando como libertador no un papa o unemperador extraños, sino un tirano o un príncipe nacionales ; pero no habrá logrado desarraigar el lirismo dantescode aquella aspiración. Igualmente podremos recomendar queno se dejen ver o se dejen leer a los muchachos ciertos cuadros y ciertos libros, novelas y dramas; pero esa recomen-


dación y prohibición actuarán en la esfera práctica y recaerán, no sobre las obras de arte, aunque los libros y las telassirvan de instrumento a la reproducción del arte, y comotales obras prácticas tienen un precio en el mercado traducible en dinero o en especie, se prestan a ser cerradas en ungabinete, en un armario o en "la hoguera de las vanidades",a lo Savonarola. Confundir, por un ímpetu mal entendidode unidad, las distintas fases del desarrollo, y pretender quela moral domine el arte, en el acto en que, por el contrario,éste domina a aquélla, o que el arte domine a la ciencia, enel acto en que ésta domina o supera a aquél, o que ha sidoya dominada por la vida: he aquí lo que la bien entendidaunidad, que es a la vez rigurosa distinción, debe evitar eimpedir a todo trance.

Debe impedirlo y evitarlo a todo trance, porque la ordenada determinación de los varios estadios del círculo haceposible entender, no solamente la independencia y la dependencia de las distintas formas del espíritu, sino también laconservación ordenada de las unas en las otras. De los problemas que por esta parte se presentan me conviene mencionar uno, o volver sobre él, porque ya lo he mencionadoa título de referen cia: el de la relación entre fantasía y lógica, entre arte y ciencia. Este problema es sustancialmenteel mismo que aparece al tratar de fijar la distinción entre la

poesía y la prosa—distinción tan vieja que ya figura en laPoética de Aristóteles—. La distinción no estriba en el discurso suelto o ligado, pudiendo haber poesía en prosa —novelas, comedias—y prosa en métrica—poemas didascálicoso didácticos y filosóficos—. Daremos al f in, pues, con un cri terio más íntimo, que es el que ya se ha puesto en claro, dela distinción entre la imagen y la percepción, de la intuición y del juicio, siendo poesía la expresión de la imagen yprosa la expresión del juicio o del concepto.

Pero , en efecto, las dos expresiones, como expresiones,son de la misma naturaleza y tienen el mismo valor estético,porque si el poeta es el lírico de sus sentimientos, el prosista es también lírico de sus sentimientos, es decir, poeta, conlos sentimientos que le nacen de la investigación y en la



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i n v e s t i g a c i ó n d e l c o n c e p t o . N o h a y r a z ó n a l g u n a p a r a d a r e lnombr e de poet a a l ar t í f i ce de un sonet o y negár sel o a l osque han escr i t o l a Metafísica, la Summa theologica, la Ciencia nueva o la Fenom enología del espíritu, a l os que hannar r ado l as h is t or i as de l a guer r a del Pel oponeso , de l a pol í t i c a d e A u g u s t o o d e T i b e r i o o l a " h i s t o r i a u n i v e r s a l " , e ncuyas obr as hay t an t a pr es ión y tanta, fuerza l í r i ca y r epr e s e n t a t i v a c o m o e n c u a l q u i e r s o n e t o o p o e m a . T o d a s l a s d i s t i n c i o n e s q u e s e h a n i n t e n t a d o p a r a r e s e r v a r l a c u a l i d a d p o é t i ca a l poet a y negár sel a a l pr os is t a se par ecen a esas p iedr asq u e s e l l e v a n t r a b a j o s a m e n t e a l a c i m a d e l a a l t a m o n t a ñ apar a dej ar l as caer l uego sobr e e l va l l e . B ien se ve que hayu n a i n t e r f e r e n c i a , p e r o p a r a d e t e r m i n a r l a no es pr ec iso separ ar poes í a y pr osa a l modo de l a l óg ica nat ur al i s t a como dosc o n c e p t o s c o o r d i n a d o s y s i m p l e m e n t e c o n t r a p u e s t o s e n t r esí , s ino concebi r l os como desar r o l l o , como t r áns i t o de l a poes í a a l a pr osa . En es t e t r áns i t o , e l poet a , gr ac ias a l a un idaddel espí r i t u , no só l o pr esupone una mat er i a pas ional , s inoq u e h u r t a l a p a s i ó n e l e v á n d o l a a l a p e r s o n a l i d a d d e p o e t a— p a s i ó n p o r e l a r t e — d e l m i s m o m o d o q u e e l p e n s a d o r o e lpr os is t a no só l o bor r a su per sonal idad an t e l a pas ión por l ac ienc ia , s ino que se s i r ve y val e de l a f uer za in t u i t iva , del a que sur gen sus j u ic ios , expr esados con l a pas ión , que l esenvuel ve , r azón por l a cual apar ece en é l , además del ca

r áct er c i en t í f i co , e l car áct er ar t í s t i co . Podemos s iempr e cont empl ar es t e car áct er ar t í s t i co , suponiendo pr ec isament e e lcar áct er c i en t í f i co , des in t er esándonos de é l y de l a cr í t i ca del a c i enc ia , par a gozar l as f or mas es t é t i cas que és t a ha t omadoen é l . Lo que da l ugar a que l a c i enc ia per t enezca t ambién ,baj o d i s t in t os aspect os , a l a h is t or i a de l a c i enc ia y a l a del a l i t er a t ur a , y que ent r e l as d i s t in t as c l ases de poes í a quel os r e t ór i cos enumer an , s ea por l o menos capr ichoso r ecusar" l a poes í a en pr osa" , que es a l as veces poes í a mucho másl i m p i a q u e l a p r e s u n t u o s a p o e s í a d e l a p o e s í a . D e o t r o p r o b l ema del mismo géner o , a l cual ya me he r ef er ido , har éb i e n e n v o l v e r l o a t r a e r a q u í . H a b l o d e l p r o b l e m a d e l a r e l a c i ó n d e a r t e y m o r a l q u e h a s i d o n e g a d a c o m o i n m e d i a t aident i f i cac ión del uno con l a o t r a , pr obl ema que r es t abl ece-


r emos de nuevo, af i r mando que as í como el poet a sa l va , enl a l iber ac ión de o t r as pas iones , l a pas ión por e l ar t e , as ís a l v a t a m b i é n e n é s t a l a c o n c i e n c i a d e l d e b e r — d e b e r h a c i ae l a r t e — . T o d o p o e t a e s m o r a l , e n e l a c t o c r e a d o r , p o r q u er eal iza una f unción sagr ada .

E l or den y l a l óg ica de l as d i s t in t as f unciones del espí r i t u , hac iéndol as unas necesar ias con r e l ac ión a l as o t r as y ,por ende , t odas necesar ias , descubr e e l er r or de l as negac io

n e s q u e d e l a s u n a s s u e l e h a c e r s e e n n o m b r e d e l a s o t r a s ;e l e r r o r d e l f i l ó s o f o — P l a t ó n — y d e l m o r a l i s t a — P r o u d h o no S a v o n a r o l a — y d e l n a t u ra l i s ta y h o m b r e p r á c ti c o — h a yt a n t o s n o m b r e s q u e c i ta r q u e n o c i t o n i n g u n o — q u e r e c h a zan e l ar t e y l a poes í a y , par a l e l ament e , de l ar t i s t a que nadaquier e con l a cr í t i ca , con l a c i enc ia , con l a pr áct i ca y con l am o r a l , c o m o h i c i e r o n t r á g i c a m e n t e t a n t o s r o m á n t i c o s , yv u e l v e n a h a c e r c ó m i c a m e n t e t a n t o s decadentes e n n u e s t r o sd ías . Er r or es y l ocur as , sobr e l os que pasamos como sobr eascuas , f i e l es a nues t r o pr opós i t o de no dej ar a nad ie des c o n t e n t o , p o r q u e e s e v i d e n t e q u e c o n t i e n e n u n a s p e c t o p o s i t ivo a l l ado de su negación , como pr ot es t a cont r a c i er t os f a l sos concept os y c i er t as f a l sas mani f es t ac iones del ar t e , de l ac ienc ia , de l a pr áct i ca y de l a mor al . ( P l a t ón , por e j empl o ,c o n t r a l a i d e a d e l a p o e s í a c o m o sabiduría, S a v o n a r o l a c o n t r a l a poco aus t er a , f l o j a y b ien pr ont o deshecha c iv i l idad delR e n a c i m i e n t o , e t c . ) P e r o s e t r a t a d e l o c u r a s c o n s ó l o p e n s a rq u e , sin el ar te, no exist ir ía la f i losofía, porque careceríad e t o d o a q u e l l o q u e c o n d i c i o n a s u s p r o b l e m a s y s e l e q u i t ar í a e l a i r e r esp i r abl e s i qu is ier a mant ener sus t i endas f r en t e a l as del ar t e . La pr áct i ca , l a é t i ca , por su par t e , t ampocoe s p r á c t i c a , d e n o e s t a r h e n c h i d a d e a s p i r a c i o n e s o , c o m oahor a se d ice , de ideales, d e l " d e l e i t o s o i m a g i n a r " , q u e e sel ar t e en r esumen. Por conver s ión , e l ar t e s in mor al idad-—el ar t e que usur pa en t r e l os decadent es e l t í t u l o de "bel l e z a p u r a " , y a l a c u a l q u e m a n i n c i e n s o h o g a ñ o c o m o e n h o l o c a u s t o a u n í d o l o d i a b ó l i c o — p o r e f e c t o d e l a d e f i c i e n t e



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moralidad en la vida donde nace y que le circunda, se descompone como arte, convirtiéndose en capricho, lujuria ycharlatanería, haciendo del artista un lacayo de tales cosasy un esclavo de sus fútiles y personales intereses.

Contra la idea del círculo en general, que tan poderosamente sirve para poner en claro las relaciones de independencia del arte y de las otras formas espirituales, se ha formulado la objeción de que describe la obra del espíritu como un fatigoso y monótono hacer y deshacer, como un monótono dar vueltas sobre sí mismo, no vale la pena tomarsetrabajo alguno. Claro está que no hay metáfora alguna quedeje de prestarse a la burla y a la caricatura; pero estomismo obliga a volver seriamente sobre el pensamiento quese expresa en la metáfora. El pensamiento no es la estérilrepetición del flujo en el reflujo de las cosas, sino el continuo enriquecimiento del flujo en el refllujo y de los reflujosen los reflujos. El término último, que pasa al lugar del primero, no es el primero de antes, porque ya se presenta conmultiplicidad y precisión de conceptos, con una experienciade vida vivida y de obras contempladas que no tenía antesel primer término, sirviendo de materia para un arte másalto, más afinado, más complejo y más maduro. De modoque en lugar de un girar sobre sí mismo, siempre igual, laidea del círculo no es otra cosa que la verdadera idea filosófica del progreso, del acrecentamiento perpetuo de la realidad y del espíritu en sí mismo, donde nada se repite, salvola idea del acrecentamiento. No se dirá delante de un hombre que camina que caminando no se mueve, porque muevalas piernas siempre con el mismo ritmo.

Otra objeción, o más bien otra sombra de protesta, sedibuja alguna vez, bien que inconscientemente, contra lamisma id ea: la inquietud que se da en éstos o en los otros,el conato de romper y salvar el círculo que es ley de lavida y llegar a una región donde nos sea dable reposar detantas andanzas y correrías, y esperar sobre la orilla, cerca

BREVIARIO VE ESTÉTICA 71

del remolino que han formado las encrespadas olas. Pero yahe tenido ocasión de decir en qué consiste este descanso.Es una efectiva negación de la realidad, aunque parezcauna elevación y sublimación de ella. A este reposo se llegaciertamente, pero es la muerte; la muerte del individuo, node la realidad, que no muere y que se goza y no padece consu carrera. Otros hay que sueñan con una forma superiorespiritual en la que se resuelve el círculo, con una forma quedebe ser Pensamiento del Pensamiento, unidad de lo Teórico con lo Práctico, Amor, Dios o como quiera llamarse, sindarse cuenta de que este Pensamiento, esta unidad, esteAmor, este Dios existen ya en el círculo y por el círculo,y que duplican, inútilmente, una investigación ya realizada,o repiten lo que ya se ha encontrado, por medio de unametáfora, en el mito de otro mundo que contiene el mismodrama del único mundo.

Drama que hasta ahora he dibujado como es verdaderamente, ideal y extratemporal, valiéndome de las palabrasque sirven para señalar el orden lógico; ideal y extratemporal, porque no hay átomo ni individuo en el cual no sedebata por completo, del mismo modo que no hay partículadel Universo donde no sufra el espíritu de Dios. Pero los

momentos ideales, indivisibles en el drama ideal, puedenverse divididos en la realidad empírica, que es casi unsímbolo corpulento de la distinción ideal. No es que laidealidad y la verdadera realidad estén divid idas; es queaparecen empíricamente divididas a quienes las observantrazando tipos, porque no hay otro modo para observarlasque determinar en los tipos la individualidad de los fenómenos que atraen su atención, a menos de aumentar y de exagerar las distinciones ideales. Así que parece que procedende un modo distinto el artista, el f i lósofo, el historiador, elnaturalista, el matemático, el hombre de negocios y el hombre bueno, que son distintas las esferas de la cultura artística, filosófica, histórica, naturalista, matemática, económica y ética a pesar de la conexión que hay entre las respec-



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t ivas es f er as , y que has t a en l a v ida de l a Humanidad , enl os s ig l os y en l as épocas en que se d iv ide , en l as cual esuna u o t r a o a l gunas de sus f or mas ideal es es t án r epr esent a d a s , se dan épocas f an t ás t i cas , r e l ig iosas , especul a t ivas , na t ur a l i s t as , indus t r i a l es , de pas iones pol í t i cas , de en t us '^smomoral , de cul to del placer , etc. , y que son f lujos y ref lujosm á s o m e n o s n o r m a l e s y d e t e r m i n a d o s . P e r o d e l a u n i f o r m i dad de l os ind iv iduos , de l as c l ases y de l as épocas ext r ae e lh i s t o r i a d o r l a d i f e r e n c i a p e r p e t u a . Q u i e n t i e n e c o n c i e n c i a d ef i l ósof o se per cat a de l a un idad en l a d i f er enc ia , y e l f i l óso

f o -h is t or i ador ve en esa d i f er enc ia e l pr ogr eso ideal a l mis mo t i empo que e l pr ogr eso h is t ór i co .

P e r o h a b l e m o s t a m b i é n a h o r a n o s o t r o s p o r u n m o m e n t o de l os empí r icos , por que no hay duda de que e l empir i s mo es a l go , y pr egunt émonos en qué c l ase de t ipos se f or mul a nues t r a época y de qué c l ase de t ipos acaba de sa l i r ;pr egunt émonos , en una pal abr a , cuá l es e l car áct er domi n a n t e d e n u e s t r a é p o c a . A c u y a p r e g u n t a s e n o s r e s p o n d e r á ,a voz en gr i t o , y desde var ios sect or es a l a vez , que nues t r aépoca es , o ha s ido , na t ur al i s t a en l a cul t ur a e indus t r i a l enl a pr áct i ca , negándosel a , de paso , t oda gr andeza f i l osóf ica yt o d a g r a n d e z a a r t ís ti c a . P e r o c o m o — y y a t e n e m o s e l e m p i r i smo en pel igr o— nin gun a época pue de v iv i r s in f i losof íay s in ar t e , t ambién nues t r a época ha t en ido ar t e y f i l osof í a ,

e n e l g r a d o y d e l m o d o q u e p o d í a t e n e r l o s . Y su ñlosoíía ys u a r t e , l a p r i m e r a i n m e d i a t a m e n t e , e l s e g u n d o m e d i a t a m e n te , s e c o l o c a n a n t e e l p e n s a m i e n t o , c o m o d o c u m e n t o s q u ed e m u e s t r a n l o q u e v e r d a d e r a m e n t e h a s i d o n u e s t r a é p o c a ,en su compl ej idad e in t egr idad , in t er pr et ando l os cual esp o d e m o s p o n e r e n c l a r o e l p u n t o d e l q u e d e b e s u r g i r n u e s t r o deber .

E l ar t e cont empor áneo , s ensual , insac iabl e en e l r egodeode l os p l acer es , sur cado de t ur b ios conat os hac ia una ar i s t o c r a c i a m a l e n t e n d i d a , q u e a p u n t a c o m o i d e a l v o l u p t u o s o ,p r e p o t e n t e o c r u e l ; s u s p i r a n d o h a c i a u n m i s t i c i s m o q u e e st ambién egoí s t a y vol upt uoso; s in f e en D ios y s in f e en e lp e n s a m i e n t o ; i n c r é d u l o , p e s i m i s t a y m u y p o d e r o s o p a r ahacer nos caer en semej ant es es t ados de án imo; es t e ar t e ,


q u e l o s m o r a l i s t a s c o n d e n a n v e r d a d e r a m e n t e , c u a n d o s e e s t ud ia en sus r a í ces más pr of undas y en su génes is , so l i c i t a l aa c c i ó n , q u e n o s e a t r e v e a c o n d e n a r , r e p r i m i r o e n d e r e z a rel ar t e , s ino a d i r ig i r l a v ida más enér g icament e hac ia unamor al más sana y pr of unda, que será m a d r e d e u n a r t e misn o b l e d e c o n t e n i d o y d i r é q u e , a d e m á s , d e u n a m á s n o b l ef i l osof í a . Más nobl e que l a de nues t r a edad , incapaz de dar se cuent a , no só l o de l a r e l ig ión , de l a c i enc ia , de s í misma.s i n o d e l a r t e m i s m o , q u e s e h a t r o c a d o e n u n p r o f u n d o m i s t e r i o , o m á s b i e n e n t e m a d e h o r r e n d o s d e s p r o p ó s i t o s p a r a

uso de pos i t iv i s t as , neocr í t i cos , ps ico l ógicos y pr agmat is t as ,q u e h a s t a a h o r a h a n r e p r e s e n t a d o c a s i e x c l u s i v a m e n t e l af il os o fí a c o n t e m p o r á n e a y q u e h a n v u e l t o — p a r a r e a d q u i r i rnuev as f uer zas y ma dur a r pr obl em as nue vo s— a l as f or masmás inf ant i l es y gr oser as a l de t er minar l os concept os sobr eel ar t e .



L E C C I Ó N C U A R T A

L A C R Í T I C A Y L A H I S T O R I A D E L A R T E

La crítica literaria y artística se ha concebido frecuentemente como un pedagogo tirano y caprichoso, que da órdenes arbitrarias, impone prohibiciones, concede licencias yfavorece o perjudica a las obras, determinando la suerte deellas a la buena de Dios y a salga lo que saliere. Por eso losartistas o se someten a ella humildes y lisonjeros, aunqueaborreciéndola en su corazón, o bien, cuando no logran supropósito, o su orgullo les impide descender a tales oficiosde cortesanos, se revuelven contra ella, negándola utilidad,imprecando , blasfemando o co mparando —el recuerdo espersonal— al crítico con un asno que entra en el taller deun cacharrero y destroza con el quadrupedante ung ulae so-nitu los delicados productos del arte que se estaban secandoal sol (1). La culpa es, por esta vez, de los artistas que nosaben lo que es la crítica y que esperan favores que la críti

ca no puede conceder p temen daños que tampoco la críticapuede producirles. Así como ningún crítico puede convertiren artista a quien no lo es, ningún crítico puede tampoco,por imposibilidad metafísica, deshacer, derrotar ni atacarsuavemente al artista que lo es de todas veras. Estas cosasjamás han ocurrido en el curso de la Historia, ni han acaecido en nuestros días, y podemos asegurar tranquilamenteque tampoco sucederán en el futuro. Pero otras veces son losmismos críticos, o los seudocríticos, los que efectivamentetoman el aire de pedagogos, de oráculos, de guías del arte,

(1) Alude Croce a una polémica suya con Josué Carducci , en laque el glorioso poeta i taliano aplicó al autor de este Breviario ta ncariñosos apelativos.



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d e l e g i s l a d o r e s , d e v i d e n t e s o d e p r o f e t a s , o r d e n a n d o a l o sar t i s t as que hagan es t o o aquel l o , que señal en sus t emasdecl ar ando poé t i cas c i er t as mat er i as y o t r as no , que sem u e s t r e n d e s c o n t e n t o s d e l a r t e q u e s e p r o d u c e a h o r a , d e seando que se par ezca a l que se hací a en es t a o en l a o t r apasada edad , o que v is l umbr en e l que e l l os vat i c inan er i unpor ven i r l e j ano o pr óximo. Es t os cr í t i cos censur an a Tassop o r q u e n o e s A r i o s t o , a L e o p a r d i p o r q u e n o e s M e t a s t a s i o ,a M a n z o n i p o r q u e n o e s A l f i e r i y a D ' A n n u n z i o p o r q u e n oes B er chet o f ray Ja co pon e. Es t os cr ít i cos , en f in , t r azan l as i l uet a de l o que ha de ser e l gr an ar t i s t a f u t ur o , a t ibor r ándol a de é t i ca , de f i l osof í a , de h is t or i a , de l enguas , de mét r i c a , d e p r o c e d i m i e n t o s c o l o r i s t a s y a r q u i t e c t ó n i c o s , d e t o d ol o que, s egún e l par ecer de es t os cr í t i cos , neces i t a e l ar t i s t af ut ur o . Por es t a vez es c l ar o que l a cul pa r ad ica en l os cr í t i cos , y l os ar t i s t as hacen b ien t r a t ando a es t e f i er o an imal del a cr í t i ca como se t r a t a a l os an imal es , a l os que se pr ocur aa m a n s a r , c o n t e n t a r y d e s e n g a ñ a r c u a n d o n o s p r e s t a n u ns e r v i c i o y q u e l u e g o s e a b a n d o n a n y s e l l e v a n a l m a t a d e r od e s p u é s d e h a b e r n o s p r e s t a d o l a u t i l i d a d q u e n e c e s i t á b a m o sde e l l os . D igamos , s in embar go, en honor de l a cr í t i ca , quet a l es cr í t i cos capr ichosos no son pr ec isament e cr í t i cos , s inoar t i s t as , ar t i s t as f r acasados , que t i enden anhel osament e ac i e r t a f o r m a d e a r t e q u e n o h a n p o d i d o l o g r a r , b i e n p o r q u el a t e n d e n c i a f u e r a c o n t r a d i c t o r i a y v a c u a , b i e n p o r q u e l e sf a l t ar an ef ect ivas f uer zas par a l ogr ar l a . Es t os cr í t i cos capr i chosos , de t a l modo l l evan l a amar gur a del ideal no conseg u i d o d e n t r o d e l e s p í r i t u , q u e l a m e n t a n p o r t o d a s p a r t e ssu ausencia y r ec l aman su pr esenc ia t ambién en t odas par t es .O t r os son ar t i s t as que, l e j os de haber f r acasado , han l ogr adoc o m p l e t a m e n t e s u i d e a l , p e r o q u e , e m p u j a d o s p o r l a m i s m aener gí a de su per sonal idad , son incapaces de sa l i r de s ím i s m o s p a r a e n t e n d e r y c o m p r e n d e r f o r m a s d e a r t e d i s t in t as de l as per sonal es , encont r ándose d i spues t os a r echazar l a s v i o l e n t a m e n t e , y a y u d a n d o c o n s e m e j a n t e n e g a c i ó n e lodium figolinum, los celos del ar t is ta hacia el ar t is ta, laenv id ia , que es un def ect o , s in duda, per o un def ect o quehan manchado muchas veces a excel ent es ar t i s t as , y a l que


d e b e m o s t r a t a r c o n l a m i s m a i n d u l g e n c i a q u e t e n e m o s p a r al os def ect os de l as muj er es , t an d i f í c i l ment e separ abl es , comoya sabemos , de su amabi l idad . Los mismos ar t i s t as deb ier anr esponder despac i t o a es t os o t r os ar t i s t as cr í t i cos :

— C o n t i n u a d h a c i e n d o l o q u e t a n m a r a v i l l o s a m e n t e h a c é i sy d e j a d q u e n o s o t r o s h a g a m o s l o q u e p o d a m o s h a c e r .

Y a l os ar t i s t as f r acasados y a l os cr í t i cos impr ovisados :— N o p r e t e n d á i s q u e n o s o t r o s h a g a m o s lo q u e v o s o t r o s

n o h a b é i s s a b i d o h a c e r , y d e j a d n o s e n p a z c o n v u e s t r a o b r adel por ven i r , de l a cual n i vosot r os n i nosot r os sabemos una

p a l a b r a .E n l a p r á c t i c a c o r r i e n t e y m o l i e n t e n o s e r e s p o n d e d ees t e modo, por que j uega en e l l o l a pas ión , per o ésa es , s inembar go, l a r espues t a l óg ica , y con esa r espues t a l a cues t ióne s t a r í a l ó g i c a m e n t e t e r m i n a d a , a u n q u e p o d e m o s p r o f e t i z a rq u e l a z a m b r a n o t e r m i n a r á y q u e d u r a r á m i e n t r a s h a y a e nel mundo ar t i s t as , ar t i s t as in t o l er ant es y ar t i s t as f r acasados :s i e m p r e .

H a y o t r a c o n c e p c i ó n d e l a c r í t i c a q u e s e e x p r e s a , n o y ac o m o l a a n t e r i o r c o n e l p e d a g o g o y c o n e l t i r a n o , s i n o c o nel magis t r ado y con e l j uez . Es t a concepción a t r ibuye a l ac r í t i c a e l p a p e l , n o d e p r o m o v e r y g u i a r l a v i d a d e l a r t e— q u e s e g u í a y p r o m u e v e s o l a m e n t e p o r la H i s t o r i a , p o r

el movimient o compl ej o del espí r i t u en su f l u j o h is t ór i co—,s i n o s i m p l e m e n t e d e d i s c e r n i r , e n e l a r t e q u e y a s e h a p r o ducido , l o bel l o de l o f eo , consagr ar l o bel l o y r epr obar l ofeo , con l a so l emnidad de l as aus t er as y sesudas sent enc iasque son pecul iar es a l j uez y a l magis t r ado . Per o t emo queni aún con o t r a def in ic ión despoj emos a l a cr í t i ca de sut a c h a d e i n ú t i l , a u n q u e l a i n u t i l i d a d c a m b i e a h o r a d e m o t i v od e a r g um e n t a c i ó n . ,; N e c e s i t a m o s v e r d a d e r a m e n t e d e l a c r í t i c a p a r a d i s c e r n i r l o b e l l o d e l o f e o ? L a m i s m a p r o d u c c i ó nd e l a r t e s e r e d u c e , e n p u r i d a d , a e s t e d i s c e r n i m i e n t o , p o r q u eel ar t i s t a adquier e l a pur eza de expr es ión a l e l iminar l o f eoq u e t r a t a d e i n v a d i r l e ; l o f e o s o n s u s p a s i o n e s d e h o m b r eque l uchan cont r a su pur a pas ión ar t í s t i ca ; son sus debí -



78 BENEDETTO CROCE

l idades , sus pr ej u ic ios , sus comodidades , e l de j ar cor r er , e lh a c e r d e p r i s a , e l t e n e r d o s v e l a s e n c e n d i d a s , u n a p a r a e lar t e y o t r a par a e l espect ador , par a e l ed i t or o par a e l empr esar io , cosas t odas que impiden a l ar t i s t a l a ges t ac iónf i s io l óg ica , e l par t o nor mal de su imagen expr es ión . . . A lpoet a l e impiden , en ef ect o , e l ver so que suena y que cr ea ,a l p in t or e l d ibuj o segur o y e l co l or ar mónico , a l compos i t or l a mel odí a . C osas que, de l as que s i no nos def endemoscaut el osament e de su inf l u j o , dar án como r esul t ados ver sossonor os y vací os , incor r ecc iones , desent onos y d iscor danciasen l as obr as . E l ar t i s t a , en e l ac t o de pr oduci r , es j uez , yj u e z s e v e r í s i m o d e s í m i s m o , a l q u e n a d a s e l e e s c a p a — n is iquier a l o que se les escapa a l os de más— y los dem ás d is c i e r n e n , e n l a e s p o n t a n e i d a d d e l a c o n t e m p l a c i ó n i n m e d i a t a m e n t e y b e n i g n a m e n t e , d ó n d e e l a r t i s t a h a s i d o a r t i s t a yd ó n d e e l a rt i st a h a s id o u n h o m b r e , u n p o b r e h o m b r e ; e nqué f r agment os de obr as r e inan sober anos e l en t us iasmo l í r i co y l a f an t as í a cr eador a , y en qué o t r os se han ent ib iado l af ant as í a y e l en t us iasmo par a ceder e l s i t io a o t r as cosas , quepar ec en ar t e y que —c on s ider ad as baj o es t e aspect o de f i c c i ó n — s e l l a m a n feas. ¿ Par a qué s i r ve l a s ent enc ia de l ac r í t i c a c u a n d o h a s e n t e n c i a d o y a e l g u s t o o e l g e n i o ? G e n i oy g u s t o s o n p u e b l o , s o n l e g i ó n , s o n c o n s e n t i m i e n t o g e n e r a ly popul ar . Tan c ier t o es l o que dec imos , que l as sent enc ias

de l a cr í t i ca l l egan s i empr e has t a nosot r os con bas t ant e r e t ras o , c o n s a g r a n d o f o r m a s y a s o l e m n e m e n t e c o n s a g r a d a s p o rel apl auso un iver sal —no se conf unda e l ap l auso espont áneocon e l r umor y l a l i sonj a mundanos y l a cons t anc ia de l ag l o r i a c o n l a v o l u b i l i d a d d e l a f o r t u n a — o c o n d e n a n d o f e a l d a d e s y a c o n d e n a d a s , s o p o r t a d a s y o l v i d a d a s , o e l o g i a d a s a ú nsól o ver bal ment e , per o s in concienc ia de l o que se d ice ,por segui r una bander a o por a t r incher ar se en l a obs t ina c ión . La cr í t i ca , concebida como magis t r ado , mat a a l muer t oe i n f u n d e n u e v a v i d a a l v i v o q u e e s t á b i e n v i v o , i m a g i n a n do que su inf us ión es e l sopl o de D ios v iv i f i cant e , r ea l izan do una l abor inút i l , por que es inút i l r epet i r l a l abor que seh a h e c h o a n t e s m e j o r y m á s b e l l a m e n t e . D e c i d m e s i h a ns ido l os cr í t i cos o l a l eg ión de l ec t or es l os que han det er mi -


n a d o l a g r a n d e z a d e l D a n t e , d e S h a k e s p e a r e o d e M i g u e lÁngel . S i a esa f a l ange de l ec t or es , que han ac l amado ys i g u e n a c l a m a n d o a e s t o s g e n i o s , s e u n e n , c o m o e s n a t u r a l ,l os l i t er a t os y cr í t i cos de pr of es ión , su ac l amación no d i f i er e ,en es t e r espect o , de l a de l os demás , n i t ampoco de l a del os ch iqui l l os y de l a del puebl o , t odos igual ment e pr ont osa abr i r su cor azón en pr esenc ia de l a bel l eza , que habl a at o d o s , y que a l gunas veces no se a t r eve a habl ar par a des ar r ugar e l ceño adus t o de un cr í t i co - j uez .

S u r g e u n a t e r c e r a c o n c e p c i ó n d e l a c r í t i c a : l a c r í t i c a c o m oint er pr et ac ión o exéges is , que se hace l a pobr ec i t a an t e l ao b r a d e a r t e , l i m i t á n d o s e a l a h u m i l d e p r o f e s i ó n d e l q u equi t a e l pol vo a l as cosas , l as co l oca con buena l uz , cuent aa n é c d o t a s d e l t i e m p o e n q u e f u e p i n t a d o u n c u a d r o o d el as cosas que r epr esent a és t e y expl ica l as f or mas l ingüí s t i cas ,l as a l us iones h is t ór i cas y l os supues t os pr ev ios h is t ór i cos oi d e a l e s d e u n p o e m a . E ñ u n c a s o o e n o t r o , c u m p l i d a s u m i s i ó n , e s t a c r í t i c a d e j a q u e e l a r t e o b r e e s p o n t á n e a m e n t e e nel espí r i t u del que cont empl a o del que l ee , que j uzgar ácomo l e d iga su gus t o í n t imo que deba j uzgar . E l cr í t i co , enes t e caso , s e par ece a un cul t o cicerone o a u n p a c i e n t e yd iscr e t o maes t r o de escuel a . "La cr í t i ca es e l ar t e de enseñar

a le e r " , ha d i c h o p r e c i s a m e n t e u n c r í ti c o f a m o s o ; d e f i n ic i ó nq u e h a t e n i d o s u e c o . H o y n a d i e d i s c u t e l a u ti l i d a d d e l o sguí as de museos , de l as expos ic iones y de l os maes t r os del ec t ur a , y mucho menos de l os guí as y de l os maes t r os er u d i tos , que conocen t an t as cosas , ocul t as a l os o j os de l osm á s , y que t an t as l uces pueden suminis t r ar nos sobr e l asm i s m a s . N o s o l a m e n t e e l a r te m á s re m o t o p a r a n o s o t r o s n e ces i t a es t os auxi l ios , s ino t ambién e l ar t e de un pr óximo pas a d o , q u e s e l l a m a c o n t e m p o r á n e o , y q u e , a u n q u e o f r e z c amat er ias y f or mas que nos par ecen c l ar as , no son s i empr ec o m p l e t a m e n t e c l a r a s p a r a n o s o t r o s . M u c h a s v e c e s s e n e c e s i t a un es f uer zo cons ider abl e par a pr epar ar l a gent e a ques i e n t a l a b e l l e z a d e u n a p o e s í a o d e c u a l q u i e r a o b r a d e a r t e ,nac ida , como quien d ice , ayer . Pr e j u ic ios , hábi t os y o l v idos



80 BENEDETTO CROCE

f o r m a n u n a b a r r e r a i n f r a n q u e a b l e e n d e r r e d o r d e a q u e l l ao b r a , y n e c e s i t a m o s l a m a n o e x p e r t a d e l i n t é r p r e t e o d e lco men tad o r p ara t i r a r lo s ab a jo y d esh acern o s d e e l lo s . Lacr í t ica , co n es ta s ig n i f icac ió n es , c ie r t amen te , ú t i l í s ima , p e ron o sab emo s p o r q u é razó n h emo s d e l l amar la c r í t i ca , y a q u es e m e j a n t e f o r m a d e t r a b a j o t i e n e s u p r o p i o n o m b r e d e i n t e r p r e t a c i ó n , d e c o m e n t a r i o , d e e x é g e s i s . C o n v e n d r í a , p o r l omen o s , n o l l amar la c r í t i ca , p a ra ev i t a rn o s u n eq u ív o co fas t i d i o s o .

Eq u ív o co , p o rq u e l a c r í t i ca t ra t a d e se r , q u ie re se r y eso t r a c o s a : n o q u i e r e i n v a d i r e l a r t e , n i v o l v e r a d e s c u b r i rl a b e l l eza d e lo b e l lo y l a fea ld ad d e lo feo , n i h ace rse l ap eq u eñ a y l a in s ig n i f ican te f ren te a l a r t e , s in o h acerse g ran d e f r e n t e a l a r t e g r a n d e , s i e n d o , e n c i e r t o s e n t i d o , s u p e r i o ra l mismo a r t e (1 ) . Qu e es , p o r en d e , l a c r í t i ca l eg í t ima yv e r d a d e r a .

An te to d o es , a l a v ez , t r es co sas q u e y a h e t ra t ad o d ep o n er en c l a ro , t r es co sas q u e so n to d as e l l as co n d ic io n esn ecesa r ias su y as y s in l a s cu a les n o p o d r ía su rg ir l a c r í t i ca .S i n e l m o m e n t o d e l a r t e — y a r t e c o n t r a a r t e e s , e n c i e r t osen t id o , co mo se h a v is to , l a c r í t i ca q u e se l l amab a p ro d u c to ra , au x i l ia r d e l a p ro d u cc ió n y q u e rep r ime a lg u n as fo r

mas p ro d u c to ras c o n v e n ta jas d e o t ras—• fa l t a r ía a l a c r í t i cam a t e r i a s o b r e q u é e j e r c i t a r s e . S i n g u s t o — c r í t i c a j u z g a d o ra— fa l t a r ía a l c r í t i co l a ex p er ien c ia d e l a r t e , d e l a r t e q u ese h a ad en t rad o en su esp í r i tu , ex t ra íd a d e l n o a r t e y g o zad aco n t ra aq u él . Y fa l t a r í a , en f in , e s t a ex p er ien c ia s in l a ex égesis, s in q u e se q u i t en lo s o b stácu lo s d e l a fan tas ía rep ro d u c to ra , d an d o a l e sp í r i tu aq u e l lo s su p u esto s p rev io s d e co n o c i m i e n t o h i s t ó r i c o q u e n e c e s i t a y q u e s o n l a l e ñ a q u e s a b r áq u emar en e l fu eg o d e su fan tas ía .

Pero an tes d e seg u ir más ad e lan te se rá p rec iso reso lv e r

( 1) C ' e s t u n b e a u m o m e n t p o u r l e c r i t i q u e c o m m e p o u r le p o e t eq u e c e l u i o ü l ' u n e t l ' a u t r e p e u v e n t , c h a c u n d a n s u n j u s t e s e n s , s ' é c r i e ra v e c c e t a n c i e n : Je l'ai trouvé. « L e p o e t e t r o u v e l a r e g i ó n o ü s o n g é n i ep e u t v i v r e , s e d é p l o y e r d é s o r m a i s ; l e c r i t i q u e t r o u v e l ' i n s t i n c t e t l a lo id e c e g é n i e » (SAINTE-BEUVE : Portraits litteraires, 1-31).


u n a g r a v e d u d a q u e s e n o s h a p r e s e n t a d o y q u e s u e l e r e p e t i r se co n h ar ta f recu en c ia , a s í en l a l i t e ra tu ra f i lo só f ica co moen e l p en samien to co mú n , y q u e s i r esu l t ase ju s t i f icad a d ea l g ú n m o d o , c o m p r o m e t e r í a n o s o l a m e n t e l a p o s i b i l i d a d d ela c r í t i ca so b re l a cu a l v en imo s d iscu rr ien d o , s in o t amb iénd e l a m i s m a f a n t a s í a r e p r o d u c t o r a y d e l g u s t o . R e c o g e r ,c o m o h a c e l a e x é g e s i s , l o s e l e m e n t o s c o n c u r r e n t e s a f o r m a re l a r t e a j e n o — y n u e s t r a o b r a p a s a d a c u a n d o a p r e m i a m o sa l a m e m o r i a y c o n s u l t a m o s n u e s t r o s a p u n t e s p a r a r e c o r d a r

l o q u e é r a m o s e n e l m o m e n t o q u e l a p r o d u c í a m o s — , ¿ e sd e v e ras p o s ib le , a s í co mo tamb ién rep ro d u c ir en l a fan tas íal a o b ra d e a r t e co n su s face tas g en u in as? La reco lecc ió n d em a t e r i a l q u e n e c e s i t a m o s , ¿ p u e d e s e r c o m p l e t a ? P o r c o m p le ta q u e sea , ¿ l a fan tas ía q u ed ará su je ta p o r ese mate r ia le n s u l a b o r d e r e p r o d u c c i ó n ? ¿ N o o p e r a r á c o m o f a n t a s í an u e v a , i n t r o d u c i e n d o m a t e r i a l n u e v o ? ¿ N o s e v e r á o b l i g a d a a p r o d u c i r s e a s í p o r i m p o t e n c i a , r e p r o d u c i e n d o l o a j e n oy l o p a s a d o ? ¿ E s c o n c e b i b l e la r e p ro d u c c i ó n d e l o i n d i v i d u a l ,d e l individuum ineffahile, cu an d o to d a san a f i lo so f ía en señ aq u e só lo es rep ro d u c ib le lo u n iv e rsa l p a ra to d a l a e t e rn id ad ?E n c o n s e c u e n c i a , ¿ n o s e r á t a l v e z u n a m e r a i m p o s i b i l i d a dl a r e p r o d u c c i ó n d e l a s o b r a s d e a r t e a j e n a s o p e r t e n e c i e n t e sa l p asad o ? La rep ro d u cc ió n d e l a o b ra d e a r t e , q u e se su e lec o n s i d e r a r c o m o u n f e n ó m e n o p a c í f i c o e n l a c o n v e r s a c i ó n

co mú n , y q u e es e l su p u esto p rev io , t ác i to o ex p reso , d et o d a d i s p u t a s o b r e a r t e , ¿ n o s e r á , p o r v e n t u r a — c o m o s ed i j o d e l a h i s t o r i a e n g e n e r a l — u n a fable convenue?

V e r d a d e r a m e n t e , c o n j e t u r a n d o e n t o r n o a l p r o b l e m a u np o co d esd e fu era , p a rece d e to d o p u n to in v ero s ímil q u e l af i rme fe q u e se d a en to d o s ca rezca d e fu n d amen to , t an tomás s i se o b serv a q u e lo s mismo s q u e t eo r izan d o ab s t rac t a m e n t e n i e g a n l a p o s i b i l i d a d d e l a r e p r o d u c c i ó n , o c o m oel lo s d icen , lo ab so lu to d e l g u sto , so n lo s más t en aces man t en ien d o lo s ju ic io s p erso n a les so b re e l g u sto , y s ien ten b as t an te b ien l a d i fe ren c ia q u e v a d e a f i rmar q u e e l v in o meg u s t a o n o m e g u s t a , p o r q u e l e v a b i e n o m a l a m i o r g a n i s m of i lo só f ico o d e a f i rmar q u e u n p o ema es b e l lo y o t ro p o emafeo. E l s e g un d o o r d e n d e j u i c io s — c o m o K a n t p ro b ó e n u n

N Ú M . 41.—4



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a n á l i s i s c l á s i c o — l l e v a c o n s i g o l a i n c o e r c i b l e p r e t e n s i ó n ala va l idez un iversa l , y los án imos se apasionan , y en lost iempos cabal lerescos hasta había gentes que con la espadae n l a m a n o d e f e n d í a n l a b e l l e z a d e l a Jerusalén, s in que se p a m o s q u e n a d i e s e h a y a d e j a d o m a t a r p o r d e f e n d e r s i e lv ino es o no es agradable . N o va le obje tar que obras a r t í s t i c a m e n t e t o r p e s h a y a n g u s t a d o a m u c h o s , a a l g u n o s o , e nú l t i m a i n s t a n c i a , a s u p r o p i o a u t o r , p o r q u e n o s e d e m u e s t r ac o n e l lo q u e h a y a n g u s t a d o — n o p u d i e n d o n i n g u n a c o s a

nacer en e l espí r i tu s in un consent imiento de éste y s in unre la t ivo p lacer—, s ino que aquel p lacer es p lacer es té t ico yt i e n e c o m o f u n d a m e n t o u n j u i c i o d e g u s t o y d e b e l l e z a . S id e l a c o n s i d e r a c i ó n e x t r í n s e c a p a s a m o s a l a i n t r í n s e c a , c o n v i e n e r e p e t i r q u e l a o b j e c i ó n c o n t r a l a c o n c e b i b i l i d a d d e l areproducc ión esté t ica se funda , a su vez , en una rea l idadc o n c e b i d a c o m o a c o p l a m i e n t o d e á t o m o s o c o m o a b s t r a c t a m e n t e m o n í s t i c a , c o m p u e s t a d e p a r t í c u l a s q u e n o t i e n e nc o m u n i c a c i ó n e n t r e s í y q u e s o l a m e n t e e s t á n a r m o n i z a d a se x t e r n a m e n t e . P e r o l a r e a l i d a d n o e s e s o , p o r q u e l a r e a l i d a de s u n i d a d e s p i r i t u a l . E n l a u n i d a d e s p i r i t u a l n a d a s e p i e r d e .T o d o e s e n e l la e t e r n a p o s e si ó n . N o s ó lo l a r e p r o d u c c i ó n d e la r t e , s i n o e n g e n e r a l e l r e c u e r d o d e c u a l q u i e r f e n ó m e n o— q u e e s r e p ro d u c c i ó n d e i n t u i c i o n e s — s e r ía i n c o n c e b i b l e

s in la un idad de lo rea l , y s i César y Pompeyo no fuésemosnosotros mismos, es dec ir , aquel un iverso que se de terminóu n t i e m p o c o m o C é s a r y P o m p e y o y s e d e t e r m i n a a h o r ac o m o n o s o t r o s v i v i e n d o a q u é l l o s e n n o s o t r o s , n o p o d r í a m o st e n e r n i n g u n a i d e a d e C é s a r y d e P o m p e y o . Y c o m o l ai n d i v i d u a l i d a d e s i r r e p r o d u c t i b l e y r e p r o d u c t i b l e s ó l o l oun iversa l , será c ie r tamente una doc t r ina de la sana f i losof ía ,pero de la sana f i losof ía esco lást ica , que separaba lo un iver sa l de lo ind iv idual , que hac ía de éste e l acc iden te de aqué l— e l p o l v o q u e e l t i e m p o c o n v i e r t e e n l a n a d a — e i g n o r a b aq u e l o v e r d a d e r o u n i v e r s a l e s l o u n i v e r s a l i n d i v i d u a d o , q u el o s ó l o v e r d a d e r o u n i v e r s a l e s l o u n i v e r s a l i n d i v i d u a d o , q u el o s ó l o v e r d a d e r o effabile es lo l l amado ineffabile, l o c o n cre to y lo ind iv i dua l ; en f in , ¿qué imp orta que se ten gap r e s t o e l m a t e r i a l p a r a r e p r o d u c i r c o n p l e n a e x a c t i t u d t o d a s


l a s o b r a s d e a r t e o u n a o b r a d e a r t e d e t e r m i n a d a d e l p a s a d o ?L a r e p r o d u c c i ó n p l e n a d e l p a s a d o e s , c o m o t o d o t r a b a j ohumano, un idea l que ac túa en lo in f in i to y que , por lot a n t o , a c t ú a s i e m p r e e n e l m o d o q u e c o n s i e n t e l a c o n f o r m a c i ó n d e l a r e a l i d a d e n c a d a i n s t a n t e d e l t i e m p o . ¿ H a y e nu n a p o e s í a u n m a t i z c u y o a l c a n c e s e n o s e s c a p a ? N i n g u n opodrá af i rmar que aquel mat iz , de l cual t enemos una v is iónc r e p u s c u l a r q u e a h o r a n o n o s s a t i s f a c e , n o s e d e t e r m i n e m e j o r e n l o s u c e s i v o a f u e r z a d e i n d a g a c i o n e s y d e m e d i t a c i o

n e s q u e d e n l u g a r a c o n d i c i o n e s f a v o r a b l e s y a c o r r i e n t e smás aptas para expl icar lo .Por eso , as í como e l gusto está seguro de la l eg i t imidad

d e s u p o l é m i c a , d e i g u a l m o d o l a i n v e s t i g a c i ó n e i n t e r p r e t a c i o n e s h i s t ó r i c a s s o n i n f a t i g a b l e s r e s t a u r a n d o , p r o f u n d i z a n d o y e x t e n d i e n d o e l c o n o c i m i e n t o d e l o p r e t é r i t o , d e j a n d oque los escépt icos y re la t iv is tas de l gusto y de la h is tor ial a n c e n s u s g r i t o s d e s a f o r a d o s d e c u a n d o e n c u a n d o , y a q u en o i n d u c e n a n a d i e , c o m o s e h a v i s t o , a l a e f e c t i v a d e s e s p e r a c i ó n d e l n o j u z g a r .

C e r r a n d o a h o r a e l l a r g o , p e r o i n d i s p e n s a b l e p a r é n t e s i s yreanudando e l h i lo de l d iscurso , d i ré que ar te , exégesis h is

tór ica y cr í t ica , s i son an tecedentes de la c r í t ica , no son to dav ía* la c r ít ica! En efe c to : co n este t r ip le supuesto pre v ion o s e o b t i e n e m á s q u e l a r e p r o d u c c i ó n o g o c e d e l a i m a g e n e x p r e s i ó n , l o q u e n o s v u e l v e a c o l o c a r e n l a c o n d i c i ó nd e l a r t i s t a p r o d u c t o r , e n e l a c t o e n q u e p r o d u c í a s u i m a g e n .D e e s a c o n d i c i ó n n o s e s a l e , c o m o a l g u n o s a l a r d e a n , r e p r o d u c i e n d o c o n n u e v a s f o r m a s l a o b r a d e l p o e t a y d e l a r t i s t a ,d á n d o n o s u n e q u i v a l e n t e ; p o r e s o h a n d e f i n i d o a l c r í t i c oc o m o artifex additus artifici. P e r o a q u e l l a r e p r o d u c c i ó n c o no t r a s v e s t i d u r a s s e r á u n a t r a d u c c i ó n , u n a v a r i a c i ó n , o t r a o b r ad e a r t e i n s p i r a d a e n l a p r i m e r a , p o r q u e s i f u e s e l a m i s m as e r í a u n a r e p r o d u c c i ó n p u r a y s i m p l e , u n a r e p r o d u c c i ó nmater ia l con las mismas pa labras , con los mismos co lores ,c o n l o s m i s m o s s o n i d o s , c o m p l e t a m e n t e i n ú t i l . E l c r í t i c o n oes artifex additus artifici, s i n o philosophus additus artifici;



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su obra no se realiza hasta que no borra y sobrepasa la imagen, porque la crít ica pertenece al pensamiento, que hemosvisto que supera y que ilumina a la fantasía con una luznueva, percibiendo la intuición, rectificando la realidad ydist inguiendo, por ende, ésta de lo irreal . En esta percepción, en esta dist inción, que es siempre o crít ica del todo ojuicio del todo, la crít ica artíst ica nace con la pregunta de siel hecho que t iene delante como problema es intuición,es decir, real como tal , o si no lo es en la misma medidaporque es irreal; realidad o irrealidad que en arte se l laman belleza y fealdad; como en lógica, verdad y error;como en economía, util idad y daño, y como en ética, bieny mal. Así es que toda la crít ica de arte puede concentrarseen esta brevísima proposición, que basta para diferenciarsu obra de la de l arte y de la de l gusto —que , considerado sen sí , son lógicamen te m udos— y de la erudición exegéti-ca—que también es lógicamente muda, por carecer de síntesis lógica—. "Hay una obra de arte a" , con la correspondiente negat iva: "No hay una obra de ar te a" .

Parece una nonada, como también parecía una nonada ladefinición del arte como intuición, viéndose después que

encerraba tantas afirmaciones y tantas negaciones en suseno que, aun procediendo, como he procedido, analít icamente, no he podido ni podré dar sino algunas referenciasde ellas. Aquella proposición o juicio de la crít ica de arte"Hay la obra de arte a" supone, como todo juicio, un sujeto,la intuición de la obra de arte a, para obtener el cual tenemos que acoplar la labor de la exégesis y de la reproducciónartíst ica con el discernimiento conjunto del gusto, tarea queya hemos visto es ardua y complicada en extremo, y en cuyos hilos tantos se pierden por carencia de fantasía y porescasez y superficialidad de cultura. Y supone, además, comotodo juicio, un predicado, una categoría, en este caso lacategoría del arte, que debe ser concebida en el juicio, y quese convierte de esta laya en el concepto del arte. Tambiénhemos visto a cuántas complicaciones y dificultades da lu-

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gar el concepto del arte, y cómo es una posesión siempreprecaria e inestable, continuamente asediada y asaltada, quehay que defender a todas horas de las insidias y de losataques. La c rítica de arte se d esarrolla y crece, decae y vuelvea resurgir, con el desarrollo, la decadencia y el resurgimiento del arte. Todos pueden darse cuenta de lo que la crít icafue en la Edad Media-—donde cas i puede decirse que nofue—y de lo que ha llegado a ser en la primera mitad d elsiglo XIX con H erde r, Hegel y los románticos, y en Ital ia conDe Sanctis; y en un campo más restringido, de lo que fue

con De Sanctis y en lo que llegó a convertirse en el sucesivoperíodo naturalista, durante el cual el concepto de arte sellenó de t inieblas, confundiéndose con la física, con la fisiología y hasta con la patología. Si las discordias sobre losju icios dependen, en un cincuenta por c iento, de la pocaclaridad con que el art ista los formula, el otro cincuentapor ciento deriva de la escasa dist inción de sus ideas sobrearte. Y así ocurre que dos individuos, que sustancialmenteestán de acuerdo acerca del valor de una obra artíst ica, expresan con las mismas palabras juicios dist intos, elogiandoel uno lo que el otro censura, porque el uno y el otro serefieren a una dist inción del arte completamente dist inta.

En esta dependencia de la crít ica con respecto al concepto del arte hay que distinguir tantas formas de falsa críticacomo de falsa filosofía del arte. Para atenernos a las formascapitales sobre las que hemos discurrido, diremos que hayuna crít ica que, en lugar de caracterizar y reproducir elarte, le destroza y clasifica. Que hay otra, moralista, que considera las obras de arte como acciones y con relación a finesque el art ista se ha propuesto o se ha debido proponer. Quehay la crítica hedonista, para la que el arte es un medio queproduce la voluptuosidad y la diversión. Que hay la crít icaintelectualista, que mide los progresos artísticos a la parde los filósofos, cono ciendo la filosofía y no la pasión delun flojo filósofo, añadiendo que Tasso es más serio porqueDante, declarando que Arios to es un poeta débi l porque es



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f i l o s o f a m á s s e r i a m e n t e y q u e L e o p a r d i s e c o n t r a d i c e d e n t r od e s u p e s i m i s m o . H a y l a c r í t i c a q u e s e p a r a e l c o n t e n i d o d ela fo rma , y q u e su e le l l amarse p s ico ló g ica , p o rq u e en lu g ard e f i j a rse en l as o b ras d e a r t e , se cu id a d e l a p s ico lo g ía d elo s a r t i s t as co mo h o mb res . Hay o t ra c r í t i ca q u e sep ara l asfo rmas d e l co n ten id o , r ec reán d o se en l as fo rmas ab s t rac tasq u e , seg ú n lo s caso s y l as s imp at í as in d iv id u a les , l e r ecu er d a n l a A n t i g ü e d a d o l a E d a d M e d i a . H a y o t r a c r í t i c a q u ee n c u e n t r a b e l l e z a d o n d e t o p a c o n o r n a t o s r e t ó r i c o s . H a y , e nf in , l a c r í t i ca q u e , u n a v ez d e te rmin ad as l as l ey es d e lo s g é

n e ro s y d e l as a r t es , a co g e o rech aza l as o b ras d e a r t e , seg ú nq u e se ace rq u en o se sep aren d e lo s mo d e lo s q u e se fo r j a .N o h e e n u m e r a d o t o d a s l a s f o r m a s d e c r í t i c a , n i p e n s a b ah acer lo , n i ex p o n d ré l a c r í t i ca d e l a c r í t i ca , p a ra n o cae re n l a r e p e t i c i ó n d e l o q u e y a ' d i j e a l t r a t a r d e l a c r í t i c a yd e l a d ia léc t ica d e l a Es tét ica ; en l as re fe ren c ias q u e h eh e c h o s e h a b r á a d v e r t i d o q u e f o r z o s a m e n t e t e n í a q u e c o m e n z a r a r e p e t i r m e . M e j o r s e rí a c o m p e n d i a r — s i u n r á p i d oc o m p e n d i o n o o c u p a s e d e m a s i a d o e s p a c i o — l a hi s t o r i a d el a c r í t i c a , n o m b r a n d o h i s t ó r i c a m e n t e l a s p o s i c i o n e s i d e a l e sq u e h e señ a lad o ; mo st ra r có mo la c r í t i ca d e lo s mo d e lo sin f lu y ó , so b re to d o , en e l c las ic ismo i t a l ian o y f ran cés ; l aco n cep t is t a , en l a f i lo so f ía a l eman a d e l s ig lo XIX; l a mo ra l i s t a , en e l p e r ío d o d e l a Refo rma re l ig io sa y en e l r esu r g i m i e n t o n a c i o n a l i t a l i a n o ; l a p s i c o l ó g i c a , e n F r a n c i a , c o nS a i n t e B e u v e y t a n t o s o t r o s ; l a h e d o n i s t a , e n l o s j u i c i o s d el a g e n t e m u n d a n a , d e l o s c r í t i c o s d e s a l ó n y d e p e r i ó d i c o s ;l a d e l as c l as i f icac io n es , en l a en señ an za , d o n d e p arece q u ee l o f ic io d e l a c r í t i ca se d esemp eñ a y rea l iza co n c ien zu d a m e n t e , c u a n d o s e i n v e s t i g a e l l l a m a d o o r i g e n d e l o s m e t r o s ,d e l a técnica, d e lo s sujetos y d e io s géneros l i t e ra r io s y a r t í s t i c o s , e n u m e r á n d o l o s y r e p r e s e n t á n d o l o s c o n h a r t a p r o l i j i d a d .

L a s f o r m a s q u e h e d e s c r i t o s u m a r i a m e n t e s o n f o r m a s d ec r í t ica e r rad a , lo q u e p u ed e d ec i rse t amb ién d e o t ras fo r m a s q u e m a n t i e n e n e n h i e s t a s u b a n d e r a y q u e c o m b a t e nf ie ramen te en t re s í l l amán d o se , r esp ec t iv amen te , l a "c r í t icaes té t ica" y l a "c r í t ica h is tó r ica" , y q u e y o p id o p ermiso p ara


b au t iza r co mo se merecen d e c r í t i ca seu d o es tét ica o es t e t is t a ,o c r í t i ca seu d o h is tó r ica o h is to r ic is t a . Es tas d o s fo rmas , ap esa r d e l v io len to co n t ras te q u e o f recen en t re s í , t i en end e co mú n e l ab o rrec imien to co n t ra l a f i lo so f ía en g en era l yc o n t r a e l c o n c e p t o d e l a r t e e n p a r t i c u l a r , c o n t r a t o d a i n t e r v e n c i ó n d e l p e n s a m i e n t o e n l a c r í t i c a d e a r t e q u e , s e g ú n l o su n o s , co mp ete a lo s esp í r i tu s a r t í s t ico s y , seg ú n lo s o t ro s , alo s e ru d i to s . En o t ro s términ o s: lo s u n o s y lo s o t ro s reb a j a n l a c r í t i c a h u m i l l a n d o s u m i s i ó n , c o n f u n d i é n d o l a a q u é l l o sco n e l p u ro g u sto y co n e l g o ce d e l a r t e , y t ran sfo rmán d o la

é s t o s e n p u r a i n v e s t i g a c i ó n e x e g é t i c a y e n p r e p a r a c i ó n d emate r ia l es p a ra l a rep ro d u cc ió n fan tás t ica . Es d i f í c i l d ec i rq u é t ien e q u e h acer l a Es tét ica , q u e su p o n e a l a v ez p en sa m i e n t o y c o n c e p t o d e l a r t e , c o n e l p u r o g u s t o , d e s p r o v i s t o d eco n cep to , co mo es más d i f í c i l e s t ab lece r to d av ía l a re l ac ió nd e l a H i s t o r i a c o n l a d e s l i g a d a c o n d i c i ó n e n t o r n o a l a r t e ,q u e n o p u e d e p l a s m a r s e e n H i s t o r i a p o r q u e e s t á e x h a u s t ad e co n cep to a r t í s t ico e ig n o ra lo q u e e l a r t e e s , cu an d o l aH i s t o r i a e x i g e s i e m p r e q u e s e c o n o z c a a q u e l l o q u e s e n a r r a ;f i jémo n o s , p a ra sa l i r d e d u d as , en l a ex t rañ a fortuna c o n q u eh a n a n d a d o s i e m p r e e m p a r e j a d a s e s t a s d o s p a l a b r a s . P o r l od e m á s , n o n o s r e p o r t a r í a n m a l a l g u n o n i a q u e l l o s n o m b r e sn i su h o s t i l id ad a e j e rc i t a r l a c r í t i ca , y a q u e lo s fau to res d eu n a y d e o t r a o r i e n t a c i ó n s e m a n t i e n e n c o n f i n a d o s e n l a sf r o n t e r a s q u e e l l o s m i s m o s s e h a n m a r c a d o , g o z a n d o u n o slas o b ras d e a r t e y p rep aran d o lo s o t ro s lo s mate r ia l es p a rala ex ég es is , d e jan d o h acer l a c r í t i ca a l q u e q u ie ra h ace r l a , oh ab lan d o mal d e l a c r í t i ca s in a f ro n ta r p ro b lemas q u e l esp e r t e n e c e n . P e r o e n e s t a a c t i t u d d e a b s t e n c i ó n c o n v e n d r í aq u e lo s es te t izan tes d ie ran p az a l a b o ca , ex tas ián d o se en e la r t e y p a l a d e a n d o s i l e n c i o s a m e n t e s u s r e g o d e o s , y q u e t o d o s ,a l t ro p ezarse co n su s semejan tes , se en ten d iesen en t re s í ,c o m o s e d i c e q u e h a c e n l o s a n i m a l e s — ¿ q u i é n s a b e s i s e r áv e r d a d ? — . S i n c a m b i a r u n a s o l a p a l a b r a , c o n l a f a z e n v u e l t a en u n a so mb ra d e éx tas is , co n lo s b razo s a l a rg ad o s en u ng e s t o d e m a r a v i l l a y c o n l a s m a n o s j u n t a s e n a c c i ó n d e g r a c ias p o r e l p lace r p ro b ad o , d eb er ían d ec í rse lo to d o . Lo s h is -to r ic is t as , p o r su p ar te , p o d r ían h ab la r , s i e so l es ag rad ab a ;



BENEDETTO CROCE

h ab la r d e có d ices , d e co r recc io n es , d e fech as , d e c ró n icas , d et ó p i c o s a g r a n e l , d e a c a e c i m i e n t o s p o l í t i c o s , d e i n c i d e n t e sb io g ráf ico s , d e fu en tes d e l a o b ra , d e l en g u a , d e s in tax is d emétr ica , p e ro n o d e a r t e , a l cu a l s i rv en , p e ro d e lan te d e lcu a l n o p u ed en l ev an ta r lo s o jo s , co mo s imp les e ru d i to s q u eso n , co mo e l c r iad o n o se a t rev e a mira r ca ra a ca ra a l aseñ o ra , a l a cu a l p rep ara lo s v es t id o s y a r reg la l a co mid a :sic vos, non vobis. ¡Pe ro s í, s í ! ¡Vay a n u s ted e s a h ab la r ah o mb res , p o r ex t rav ag an tes q u e sean en su s id eas y p o rfan át ico s q u e sean en su s ex t rav ag an c ias , d e t a l es ab s ten

c io n es , sac ri f ic io s y h ero ísmo s! ¡Vay a n u s ted es p ar t icu la r men te a ro g ar a l q u e to d a su v id a t i en e t ra to s co n e l a r t eq u e n o h ab le n i ju zg u e n u n ca d e semejan te co sa , d e l a q u en o e n t i e n d e ! L o s m u d o s e s t e t i z a n t e s h a b l a n , j u z g a n y r a z o n an d e a r t e , y lo mismo h acen lo s h is to r ic is t as in co n c lu y en -tes . Co mo a l h ab la r ca recen d e l a g u ía , q u e t an to d e tes tan yab o rrecen , d e l a f i lo so f ía y d e l co n cep to d e l a r t e , cu an d o eso b v i o q u e n e c e s i t a n u n c o n c e p t o , s i s u b u e n s e n t i d o n o l e ssu g ie re a lg o ap ro v ech ab le s in q u e e l lo s se d en cu en ta d ee s a s u g e s t i ó n , a n d a n d e t u m b o e n t u m b o e n t r e t o d o s l o sm á s d e s v a r i a d o s p r e c o n c e p t o s m o r a l i s t a s , h e d o n i s t a s , i n t e -lectual istas, formalistas, retóricos, f isiológicos y académicosq u e h e r e c o r d a d o , e c h a n d o m a n o d e é s t o s o d e a q u é l l o s ,cu an d o n o lo s b ara jan , mezc lan y rev u e lv en to d o s a l a v ez .El esp ec tácu lo más cu r io so , s iemp re p rev is to p o r e l f i ló so fo ,es q u e , en su a fán d e l an zar d esp ro p ó s i to s so b re e l a r t e , l o ses te t ic is t as , l o s h is to r ic is t as , l o s i r reco n c i l iab les ad v ersa r io s ,p a r t i e n d o d e p u n t o s d e p a r t i d a d i s t i n t o s , s e l a s e n t i e n d e n a lf in a l t an b ien , q u e co n c lu y en d ic ien d o lo s mismo s d isp a r a t e s . N a d a m á s d i v e r t i d o q u e r e p a s a r l a s i d e a s m á s c o n o c i d as , in t e l ec tu a l is t as y mo ra l is t as , en l as p ág in as d e lo s emo c io n ad o s aman tes d e l a r t e , t an l l en o s d e emo c ió n , q u e l l eg ana o d ia r e l p en samien to , y l as d e l p o s i t iv ismo h is tó r ico , t anp o s i t i v o q u e t e m e c o m p r o m e t e r s u p o s i t i v i s m o , p r o c u r a n d o en ten d er e l o b je to d e su in v es t ig ac ió n q u e , p o r es ta v ez ,r e c i b e e l n o m b r e d e a r t e .


L a v e r d a d e r a c r í t i c a d e a r t e e s c i e r t a m e n t e c r í t i c a e s t é t ica , p e ro n o p o rq u e d esd eñ e l a f i lo so f ía , co mo la seu d o -es té t ica , s in o p o rq u e ac tú a co mo f i lo so f ía y co n cep c ió n d e la r t e . Y es c r í t i ca h is tó r ica t amb ién , n o p o rq u e se a t en g a alo ex t r ín seco d e l a r t e , co mo la seu d o h is tó r ica , s in o p o rq u ed esp u és d e v a le rse d e lo s d a to s h is tó r ico s p ara l a rep ro d u c c i ó n h i s t ó r i c a — l o q u e n o e s t o d a v í a h i s t o r i a — , e n c u a n t oo b t i e n e l a r e p r o d u c c i ó n f a n t á s t i c a h a c e h i s t o r i a , d e t e r m i n a n d o e l h ech o q u e h a rep ro d u c id o en su fan tas ía , c a rac te r i z a n d o e l h e c h o p o r e l c o n c e p t o y e s t a b l e c i e n d o c u á l h a s i d o

v e r d a d e r a m e n t e e l h e c h o q u e h a a c a e c i d o . A s í e s q u e l a sd o s t e n d e n c i a s q u e p a r e c e n p e l e a r s e e n l o s p l a n o s i n f e r i o r e sd e l a c r í t i c a c o i n c i d e n e n é s t a . T a n t o m o n t a d e c i r críticahistórica del arte c o m o crítica estética. L o m i s m o d a e m p l e a re s t a o a q u e l l a d e n o m i n a c i ó n , q u e p u e d e n u s a r s e p a r t i c u l a r m e n t e s ó l o p o r r a z o n e s d e o p o r t u n i d a d , c o m o c u a n d os e q u i e r e l l a m a r p a r t i c u l a r m e n t e l a a t e n c i ó n c o n l a p r i mera so b re l a n eces id ad d e l a in t e l ig en c ia d e l a r t e y se q u ie re a lu d i r co n l a seg u n d a a l a o b je t iv id ad h is tó r ica d e l ac o n s i d e r a c i ó n . Y a s í s e r e s u e l v e e l p r o b l e m a p l a n t e a d o p o ra lg u n o s meto d ó lo g o s , d e s i l a h is to r ia en t ra en l a c r í t i ca d ea r t e c o m o m e d i o o c o m o f i n , a p a r e c i e n d o a h o r a c l a r o q u el a h i s t o r i a q u e s e e m p l e a c o m o m e d i o , p r e c i s a m e n t e p o r q u ees med io n o es h is to r ia , s in o mate r ia l ex eg ét ico , y q u e l aq u e t ien e v a lo r izac ió n d e f in s í e s h is to r ia , p e ro s in en t ra re n l a c r í t i c a c o m o e l e m e n t o p a r t i c u l a r , s i n o c o m o e l e m e n t oc o n s t i t u y e n t e y c o m o t o d o . C o s a s a m b a s q u e e x p r e s a n l ap a l a b r a fin.

Si l a c r í t i ca d e a r t e e s c r í t i ca h is tó r ica , se s ig u e q u e l amis ió n d e d isce rn i r lo b e l lo y lo feo n o p o d rá res t r in g irsea l a s s i m p l e s a p r o b a c i ó n y c e n s u r a , c o m o e n l a c o n c i e n c i ai n m e d i a t a d e l a r t i s t a e n c u a n t o p r o d u c e o d e l h o m b r e d eg u s t o e n c u a n t o c o n t e m p l a , s i n o q u e d e b e e l e v a r s e y a m p l i a r s e a l o q u e s e l l a m a e x p l i c a c i ó n . Y c o m o e n e l m u n d od e l a H i s t o r i a , q u e e s e l m u n d o , n o e x i s t e n f e n ó m e n o s n e g a t i v o s n i p r i v a t i v o s , p o r q u e e l g u s t o c o n s i d e r a c o m o r e p u g -



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n an te y feo lo q u e n o es a r t í s t ico , n o se rá en l a co n s id e ra c i ó n h i s t ó r i c a r e p u g n a n t e n i f e o , p o r q u e e s t a c o n s i d e r a c i ó nh is tó r ica sab e q u e lo q u e n o es a r t í s t ico es o t ra co sa , t en ien d o s u p e r f e c t o d e r e c h o a l a e x i s t e n c i a p o r q u e e s v e r d a d e r oy h a ex is t id o . N o es a r tí s t ica l a v i r tu o sa y ca tó l ica a l eg o r íaq u e T o r c u a t o T a s s o c o m p u s o p a r a l a Jerusalén. N i s o n a r t ís t i c a s l a s d e c l a r a c i o n e s p a t r i o t e r a s d e N i c c o l i n i y d e G u e r r a z -zi , n i lo s co n cep t ismo s y su t i lezas q u e e l Pe t ra rca in t ro d u joen su s n o b les , a l ad as y melan có l icas r imas . Pe ro l a a l eg o r íad e T a s s o e s u n a d e l a s m a n i f e s t a c i o n e s d e l a o b r a d e l a

Co n t ra r re fo rma ca tó l ica en lo s p a íses l a t in o s ; l a s d ec lamac i o n e s d e N i c c o l i n i y d e G u e r r a z z i , i n t e n t o s v i o l e n t o s p a r aex c i t a r e l e sp í r i tu i t a l ian o co n t ra e l ex t ran je ro o e l cu ra olas ad h es io n es a l a mo d a d e aq u e l e s t ad o co lec t iv o d e reb e l ió n , y lo s co n cep t ismo s y su t i l ezas d e l Pe t ra rca , cu l to d ee l e g a n c i a t r a d i c i o n a l y t r o v a d o r e s c a , a v i v a d o y e n r i q u e c i d oen l a n u ev a c iv i l izac ió n i t a l ian a . So n , p u es , t r es h ech o s p rác t icos, d ig n o s d e resp e to y h en ch id o s d e g ran s ig n i f icac ió nh is tó r ica . Po d rá seg u irse h ab lan d o , p a ra h ace r más g ráf ica l aex p res ió n o p ara su je ta rse a l h ab la r co r r ien te , d e b e l lo yd e feo en e l camp o d e l a c r í t i ca h is tó r ica , s iemp re q u e sed i g a a l m i s m o t i e m p o , q u e s e s u g i e r a , q u e s e d e j e e n t e n d e ro , p o r lo men o s , q u e n o se ex c lu y a , e l co n ten id o p o s i t iv o ,n o só lo d e lo b e l lo , s in o t amb ién d e lo feo , q u e n o se p o d ráco n d en ar rad ica lmen te en su fea ld ad cu an d o se ju s t i f iq u ey e n t i e n d a p l e n a m e n t e , y a q u e e n t o n c e s s a l e c o n v i o l e n c i ad e l a e sfe ra p ecu l ia r d e l a r t e .

P o r e s t a r a z ó n , c u a n d o l a c r í t i c a d e a r t e e s v e r d a d e r a m e n t e es té t ica , o lo q u e es ig u a l , h is tó r ica , se amp l ía en su ac tu a c ió n a c r í t i ca d e l a v id a , n o p u d ien d o ju zg ar n i a s ig n ar sucarác te r a l a s o b ras d e a r t e , s in ju zg ar a l mismo t iemp o l aso b r a s d e l a v i d a t o d a , a s i g n a n d o a c a d a u n o s u p r o p i o c a r á c t e r . A s í h a n p r o c e d i d o l o s c r í t i c o s v e r d a d e r a m e n t e g r a n d es , y so b re to d o s De San c t is , q u e es t an p ro fu n d o c r í t icod e a r t e co mo d e f i lo so f ía , d e mo ra l y d e p o l í t ica en su Storiadella letteratura italiana y en sus Saggi critici; t a n p r o f u n d oen a r t e , p o rq u e es t an p ro fu n d o en l as d emás d isc ip l in as , ya l co n t ra r io . La fu erza d e su p u ra co n s id e rac ió n es té t ica d e l


a r t e es l a fu erza d e su p u ra co n s id e rac ió n mo ra l d e l a mo ra l ,d e su p u ra co n s id e rac ió n ló g ica d e l a f i lo so f ía , y as í su ces i v amen te . Po rq u e l as fo rmas d e l e sp í r i tu , d e l as q u e l a c r í t i c a s e v a l e c o m o d e c a t e g o r í a s d e j u i c i o , s o n i d e a l m e n t e d i s t i n g u i b l e s e n l a u n i d a d , p e r o n o s o n m a t e r i a l m e n t e s e p a r a b les en t re s í y d e l a u n id ad , s i n o se q u ie re v e r l as ex t in g u iry m o r i r i n m e d i a t a m e n t e . L a d i s t i n c i ó n m o r a l d e l a c r í t i c ad e a r t e y d e l as d emás c r í t icas s i rv e , p o r en d e , p a ra in d ica r ,s e n c i l l a m e n t e , q u e l a a t e n c i ó n d e l q u e h a b l a o d e l q u e e s c r i b e s e d i r i g e a u n o y n o a o t r o a s p e c t o d e l m i s m o c o n t e

n i d o , ú n i c o e i n d i v i s i b l e . E m p í r i c a e s i g u a l m e n t e l a d i s t i n c i ó nd e q u e m e h e s e r v i d o e n m i s p a l a b r a s , p a r a p r o c e d e r c o nc la r id ad d id ác t ica , en t re c r í t i ca e h is to r ia d e l a r t e , cu y a d is t i n c i ó n h a n a c i d o d e q u e e n e l e x a m e n d e l a r t e y d e l a l i t e r a t u r a c o n t e m p o r á n e o s p r e v a l e c e e l m a t i z j u z g a d o r y p o l e mis ta , co n e l cu a l se av ien e mejo r e l v o cab lo crítica, y en e ld e l a r t e y d e l a l i t e ra tu ra más an t ig u o s so b resa le p re fe ren t e m e n t e e l m a t i z n a r r a t i v o , c o n e l q u e c a s a m e j o r l a p a l a b ra historia, En e fec to , l a c r í t i ca v e rd ad era y co mp le ta es l an a r rac ió n h is tó r ica d e lo q u e h a su ced id o , y l a His to r ia e s l aú n ica y v e rd ad era c r í t i ca q u e p u ed e e j e rc i t a rse so b re lo sh e c h o s d e l a H u m a n i d a d , q u e n o p u e d e n s e r n o - h e c h o s , p o r q u e s e h a n r e a l i z a d o , y q u e s e d o m i n a n c o n e l e s p í r i t u d e s d e q u e s e l e s c o m p r e n d e . Y c o m o l a c r í t i c a d e a r t e n o s e

p u ed e h u r ta r n i sep ara r d e l as d emás c r í t icas , a s í t amp o cola h is to r ia d e l a r t e , p o r razo n es d e p re fe ren c ia l i t e ra r ia , p u e d e esc in d i rse d e l a h is to r ia co mp le ja d e l a c iv i l izac ió n h u man a , d en t ro d e l a cu a l s ig u e c ie r t amen te su p ro p ia l ey , q u e ese l a r t e , p e ro d e l a cu a l rec ib e e l mo v imien to h is tó r ico , q u ee s d e l e s p í r i t u t o d o y n u n c a d e u n a f o r m a d e l e s p í r i t u u n i d aa l a s d e m á s .



I N I C I A C I Ó N , P E R Í O D O S Y C A R Á C T E RD E L A H I S T O R I A D E L A E S T É T IC A

I

En otra ocasión, escribiendo algunos apuntes sobre historia de la Estética, recogí la opinión general de que es unaciencia moderna, nacida entre los siglos xvm y XIX y crecida profusamente en los dos últ imos siglos. Aunque hetornado varias veces a meditar en este tema, me he sentidol leno de dudas , y abandonándolo de cuando en cuando porotros quehaceres, he querido confirmarlo al fin. Y tratando de volver a confirmarlo en este momento, creo oportunoañadir algunas consideraciones que van a profundizar y determinar mi confirmación, haciéndola, por lo tanto, máspersuasiva.

Aunque en el largo período que va de la civil izacióngriega hasta el fin del Renacimiento ital iano faltase laciencia estética, eso no quiere decir que los hombres deentonces carecieran del concepto de la poesía y del arte engeneral. Esta suposición última sería absurda en su mismafórmula teórica, porque es absurdo que el pensamiento permanezca como inconsciente de sí mismo en cuaiquier momento de su historia y que tenga defectos en sus conceptosesenciales y contraste abiertamente con el hecho, porqueno es l ícito negar el concepto, mejor aún el alt ísimo concepto de la poesía y del arte que resplandecía en los juiciosde los griegos y de los romanos, no sólo de sus artistas,literatos y críticos, sino de sus círculos sociales y, comoacaeció en los t iempos fel ices de Atenas, del pueblo entero . Si no hubiera exist ido semejante concepto y no hubiera



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actuado en las gentes, ¿cómo hubieran podido formarse enla Antigüedad aquellas distinciones de lo bello y de lo feo,aquellas graduaciones y canciones de poetas, que han resistido, poco menos que intactas, a la prueba de los siglos?¿Cómo hubiera sido posible aquel razonar de sutiles entendedores que hoy admiramos en tantas obras y fragmentosde obras del pensamiento grecorromano, en las comediasde Aristófanes y en los diálogos platónicos, en los tratadospoéticos y retóricos de Aristóteles, de Cicerón y de Quin-tiliano, en el autor de De oratoribus y en el que investigósobre El estilo sublime? Por las mismas evidentes razonesde hecho, el concepto del arte no se puede trasladar a laedad del Renacimiento, en la cual—aparte de lo que lospoetas mismos, los pintores y los escultores discurrieronsutilmente sobre cuestiones de arte—hubo abundancia decríticos profesionales que supieron distinguir el oro y laplata en la literatura antigua y en la moderna, y que, paracitar un caso, advirtieron y afianzaron la belleza de la forma en Ariosto y la incipiente morbosidad de la de Tasso,como en otro respecto había hecho ya Aristófanes con lastragedias de Eurípides comparándolas con las de Esquilo.Por menos evidentes, pero no por menos verdaderos argumentos, debe reconocerse aquel concepto en los siglosllamados medioevales, que al producir como produjeronpoesía y arte, no pudieron menos de producirlos sin quejunto a ellos surgiere, como natural reflejo, un juicio de lapoesía y del arte. Y, en efecto, también la Edad Mediatuvo, como todos sabemos, sus escuelas, sus retóricos, susmecenazgos de artes y de letras y sus torneos poéticos,con sus respectivos jueces de campo.

Ni tampoco, en segundo lugar, al negar la Estética en elperíodo indicado, queremos decir que no se discutiese mucho entonces en torno a cosas de arte, porque a los griegosy a los romanos se debe la fundación de la ciencia práctica o empírica del arte en sus varias formas: la gramática,la retórica, la poética y las preceptivas atañederas a las artes plásticas, a la arquitectura y a la música. Tratados queno cayeron del todo en olvido durante la Edad Media, por-


que fueron aprovechados y estudiados en compendios, incluidos en las enciclopedias y ampliados en nuevos tratadoscon arreglo a las necesidades nuevas. Todos ellos resucitaron durante el Renacimiento, siendo comentados, fragmentados, ampliados y fundidos en flamantes obras, que abrazaron, con el arte y la literatura de la Antigüedad, los delas naciones nuevas. Desde los sofistas griegos a los humanistas italianos se realizó en este punto una ingente labor:una labor verdadera y propia, positiva, provechosa, fecunda, no un moverse en el vacío, ni una desviación, ni unaobra pedantesca, como pareció después y como parece hoymismo, a. consecuencia de la resonancia, que todavía vibraen el aire, de las violentas protestas y de la tumultuosa rebelión romántica. A pesar de lo cual, todos seguimos hablando de tragedia y de comedia, de épica y de lír ica, de poesíay de prosa. A pesar de lo cual todos seguimos recordandola distinción entre palabras propias y palabras metafóricasde sinécdoques, metonimias e hipérboles; todos olvidamosprescindir de las categorías gramaticales, nombre, adjetivo,verbo y adverbio, y todos, en fin, cuando llega el caso, discernimos sobre estilos arquitectónicos, de pintura figurada yde paisaje, de escultura de alto y de bajorrelieve, y todosforjamos nuevos conceptos empíricos, al mismo tenor, delos mismos modelos antiguos y respondiendo a las nuevascondiciones de cultura y a los hechos nuevos que nos incumbe dominar. Claro está que empleamos estos viejos yestos nuevos conceptos con bastante cautela, con observancia de sus límites y con conciencia de su fin, que es práctico y no crítico ni especulativo; de modo que tales conceptos son y no son los de los antiguos, o son los mismospero purificados de los prejuicios que les corroían y se mezclaban a ellos. Lo que comprueba precisamente que la obrarealizada por esta parte de los antiguos tuvo un carácter desólida adquisición, tan sólida que se puede rehacer, modif icar o entender mejor, pero de ningún modo deshacersede ella. Si por un instante revivimos el t iempo en que noexistían, o existían solamente de manera ruda y parcial, gramáticas, retóricas, poéticas y toda clase de preceptivas, y nos



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i m a g i n a m o s q u e t e n e m o s l i b e r t a d p a r a f o r m u l a r l a s o n o ,d á n d o n o s c u e n t a d e l o s e r r o r e s y. d e l o s i n c o n v e n i e n t e s c o nq u e h e m o s d e t r o p e z a r a b u e n s e g u r o , n o s p a r e c e i m p o s i b l e a d o p t a r e l c a m i n o d e d e j a r d e p o n e r m a n o s y c a b e z a e ne l e m p e ñ o . C o n e s t a h i p ó t e s i s d e c l a r a m o s s u n e c e s i d a d .C o m o s e t r a t a n a d a m á s y n a d a m e n o s q u e d e p r o v e e r a l a sn e c e s i d a d e s d e l a t é c n i c a y a l o s i n s t r u m e n t o s d e e d u c a c i ó nl i te ra r i a y a r t ís t i ca , l a cu a l h a s ido mu ch as veces neg adaen s u g ran imp ortanc i a y e f i cac i a y des p laz ada p or la vag ae x h o r t a c i ó n a l a espontaneidad y a la genialidad, s e i m p o n e

e l reconoc imien to de ta les med ios au x i l i a res y la má s s everas a n c i ó n p a r a c o n l o s i n d i v i d u o s y s o c i e d a d e s q u e h a n e s t a d op r ivados de e l los p orq u e mos trab an la f laq u ez a y f lo jedadde l q u e no t i ene d i s c ip l ina y de l q u e no s e s u je ta a normaa l g u n a . I n d u d a b l e m e n t e f u e r o n p e d a n t e s m u c h o s d e a q u e l l o s p r e c e p t i s t a s d e l a A n t i g ü e d a d y d e l R e n a c i m i e n t o , yp e d a n t e s c a s m u c h a s d e a q u e l l a s d o c t r i n a s q u e h a c e n d e m a s i a d o m e c á n i c o e l m e c a n i s m o ; p e r o s i n a f i r m a r q u e l o s p e d a n t e s s e e n c u e n t r a n p o r t o d a s p a r t e s y e n t o d o s l o s t i e m p os , h e m o s d e c o n v e n i r q u e l a p e d a n t e r í a d e a q u e l l o s a u t o res es tá a temp erada p or e l concep to de l a r te , t an a l to y tanv i v o e n a q u e l l o s t i e m p o s , y q u e e l m e c a n i s m o i n e v i t a b l e ein t r íns ec o a s u lab or es , p or d ec i r lo as í , u n m eca n i s mo f le x ib le , con re fe renc i as con t inu as a las cos as rea les y cont r a n s a c c i o n e s q u e p a r e c i e n d o c o n t r a d i c t o r i a s s o n , e n a q u e lr e s p e c t o , s a g a c e s a c o p l a m i e n t o s y a c o m o d a m i e n t o s . H o y m i s m o , to rn an do a lee r aq u el los l ib ros , vem os en e l los u nag u ía y u n f reno , u na medicina mentís con tra e l p e l ig ro ylas malas cos tu mb res de las ex ces ivas tendenc i as romá nt i cas ,d e l e i t á n d o n o s v o l v e r a e n t r a r e n l a c a s a s o l a r i e g a d e l o sv i e jos maes tros .

T a m p o c o p u e d e n e g a r s e , e n t e r c e r l u g a r , q u e , a p a r t e d e lconcep to g enera l d i fu s o q u e p erc ib imos en los ju i c ios , s ec a n e n a q u e l p e r í o d o v e s t i g i o s d e o t r o s p e n s a m i e n t o s m á sp u ramente f i los óf i cos . Recordemos , en t re los p r inc ip a les , l aindag ac ión p la tón i ca s ob re e l va lo r de la p oes ía , q u e con t e n í a e n s í l a e x i g e n c i a d e u n r a z o n a m i e n t o s o b r e e l e m p leo de la fan tas ía y s ob re s u re lac ión con e l conoc imien to

BREVIARIO DE ESTÉTICA QJ

l ó g i c o . R e c o r d e m o s l a c o n t r a p o s i c i ó n q u e e s t a b l e c e e l m i s m ofi lósofo de mitos y logos, de fá b u las y raz onamien tos , dei m á g e n e s y d e c o n c e p t o s , a s i g n a n d o l a p o e s í a , n o a l o s logos,s ino a los mitos. N o o l v i d e m o s l o s p e n s a m i e n t o s m á s p r o f u n d o s y m e j o r d e t e r m i n a d o s , d e A r i s t ó t e l e s , s o b r e l a p o e s ía , q u e d i f i e re de la His to r i a p orq u e s e res u e lve en lo u n i vers a l y en lo i dea l , s ob re la d ivers idad en t re la p oes ía ín t imay la s imp le fo rma mé tr i ca , s ob re e l p oder de ca ta rs i s de c i e r tas rep res en tac iones a r t ís t i cas , s ob re la co rre lac ión de d i a lé c t i ca y de re tó r i ca , s ob re las p rop os i c iones des p rov i s tas des ig n i f i cac ión lóg ica , p ero con s ig n i f i cac ión , s in emb arg o , yp e r t e n e c i e n t e s , p o r e n d e , a l a c o n s i d e r a c i ó n l ó g i c a . Y r e c o r d e m o s e l i n t e n t o d e P l o t i n o p a r a r e s o l v e r l o b e l l o d e l a scos as ex ternas en b e l lo i n te r io r y es p i r i tu a l , y re lac ionar e lconcep to de la b e l lez a con e l de l a r te . Y no o lv idemos lasteor ías tan d ivu lg adas s ob re la p oes ía , q u e t i ene como f ine l p l a c e r , o e n s e ñ a n z a a g r a d a b l e d e l a v e r d a d , o e x h o r t a c i ó na l e n t a d o r a h a c i a e l b i e n , p o r q u e n o e s t á n d e l t o d o d e s p r o v i s tas de l con ten ido f i los óf i co , y s on s u s cep t ib les de c i e r todes arro l lo c r í t i co , y a q u e la p r imera h ace va le r , a s u modo ,con tra e l ca rá c te r lóg ico y mora l , e l de l p lacer no lóg ico yno mora l de l a r te ; l a s eg u nda , e l ca rá c te r teó r i co con tra e lm e r o h e d o n i s m o , y l a t e r c e r a , c o n t r a l a a b s t r a c t a g e n e r a l i dad de las i deas , h ace va le r e l ca rá c te r concre to e i nd iv idu a lde las f ig u rac iones de l a r te , s emejan tes en es to a las ob rasde la Natu ra lez a . Has ta en t re los es co lá s t i cos s e adv i e r tena lg u nos a t i s b os o r ig ina les y p rofu ndos , como e l de la cog-nitio intuitiva y la species specialissima, d e D u n s E s c o t o . E ne l R e n a c i m i e n t o , e l c o n c e p t o d e l a v e r d a d p o é t i c a o d e l overosímil, como en tonces s e l lamab a , s e des arro l ló p res ta m e n t e e n p e n s a m i e n t o s a g u d o s s o b r e l o u n i v e r s a l i n m e d i a to , s ob re e l ju i c io i nmed ia to de la p oes ía , s ob re la b e l lez ac o m o e x p r e s i ó n , q u e f o r m u l a r o n F r a c a s t o r o , G i o r d a n o B r u n o , C amp a nel la y o t ros . Es l íc i to , p or e nd e —y de es ta l i c i t u d s e h a n a p r o v e c h a d o c o p i o s a m e n t e l o s c o m p i l a d o r e s d ed i s e r t a c i o n e s a c a d é m i c a s — , r e c o g e r e s t o s p e n s a m i e n t o s yob s ervac iones , d i s eminados aq u í y a l lá , y es cr ib i r en to rnoa la Estética de é s te o de l o t ro au to r , an t ig u a , med ioeva l o



98 BENEDETTO CROCE

d e l R e n a c i m i e n t o , o e n t o r n o a l a E s t é t i c a d e e s t a s é p o c a sd i s t i n tas .

P e r o h a c i e n d o e s t a s c o n c e s i o n e s c o n l a m a y o r a m p l i t u d ,p ara q u e no las o lv idemos y las teng amos en cu en ta , es ev i d e n t e q u e l a E s t é t i c a p r o p i a m e n t e d i c h a n o a p a r e c e e n e lp er íodo q u e va des de los g r i eg os h as ta e l s ig lo XVI I . P orq u eaq u el concep to de l a r te , cu y a e f i cac i a h emos des tacado , es tab a , como h emos d i ch o , u n ido a los ju i c ios y vag ab a p orafor i s mos y s en tenc i as , " s u e l to y no l ig ado" , s eg ú n la ex

p res ión de l S ócra tes p la tón i co , o lo q u e es ig u a l , no i n teg ra do s i s temá t i camente a los demá s concep tos f i los óf i cos . Lac i e n c i a e m p í r i c a d e l a r t e e r a e m p í r i c a p o r q u e n o p e n s a b av e r d a d e r a m e n t e e n e l a r t e , p a g a d a d e d i v i d i r l e e n p a r t e s yp ar t ícu las , de g enera l i z ar los cas os s ing u lares y de fu ndarp rece p tos s ob re e l los . Los re lá mp ag os d e f i los of ía de l a r te ode es té t i ca q u e s e v i s lu mb rab an aq u í y a l lá en t re los f i lós o fos, n o s ó l o n o e n c o n t r a b a n q u i e n l o s c o n t i n u a s e , s i n o q u es e ap ag ab an en s eg u ida , s in de ja r h u e l la en s u s p rop ios au to res. Y s i s e q u ie re ob je ta r q u e ta les p ens amien tos tu v i e ronc o n t i n u a d o r e s , a ñ a d i r e m o s q u e s í , p e r o m u c h o m á s t a r d e , yq u e , p or e jemp lo , la neg ac ión p la tón i ca de la p oes ía ap a r e c i ó c o n D e s c a r t e s y M a l e b r a n c h e , d a n d o l u g a r , p o r r e a c c ión , a la re iv ind i cac ión de la fan tas ía . Qu e e l es b oz o deP l o t i n o d e u n s i s t e m a d e l a b e l l e z a , c o m o i r r a d i a c i ó n i m

p erfec ta de la i dea en la Natu ra lez a y má s p erfec ta en lamente de l a r t i s ta , to rna , con nu eva r iq u ez a de mat i ces ym a d u r e z d e m é t o d o , c o n e l i d e a l i s m o p o s k a n t i a n o . Q u e l as u g es t ión de Ar i s tó te les s ob re las p rop os i c iones no lóg icasreap arece en la f i los of ía moderna s ob re e l l eng u aje . Qu ela cognitio confusa, de Du ns Es co to , ac tu ó en e l l e ib n iz i a -n i s m o p r o d u c i e n d o , a t r a v é s d e l a /Esthetica, d e B a u m g a r -t e n . Q u e e l h e d o n i s m o e s t é t i c o a n t i g u o s e r e a v i v ó e n l o ses té ti cos s ens u a li s tas de l s ig lo x v m , q u e tan ta i n f lu enc i ae je rc i e ron en la Crítica del juicio, e tc . P ero con es tas re fe renc i as , mejor q u e reb a t i r q u e la Es té t i ca p er tenece a lost i emp os modernos , lo q u e s e h ace es a f i rmar q u e los g é r menes s u e l tos de los t i emp os an t ig u os re toñ aron , y q u e enlos nu es t ros comenz ó a en tenders e e l va lo r de las s u g es t io -


nes de los p recu rs ores . Las s en tenc i as de Herá c l i to , e l os cu ro ,s e r e c o g i e r o n e n t o d a s u t o t a l i d a d d e n t r o d e l a l ó g i c a h e g e -l i ana ; p ero es ta ju s t i c i a , rend ida con tan to re t ras o , conf i r m a q u e l a v e r d a d e r a d i a l é c t i c a f u e e x t r a ñ a a l p e n s a m i e n t oa n t i g u o , a p e s a r d e ¡ o s p r e s e n t i m i e n t o s d e H e r á c l i t o .

La raz ón de q u e tan to la d i a lé c t i ca como la f i los of ía de la r t e y l a E s t é t i c a p e r m a n e c i e r a n d e s c o n o c i d a s d e s d e l a A n t i g ü e d a d h a s t a l o s a l b o r e s d e l a E d a d M o d e r n a e s t r i b a e n e lc a r á c t e r d e l p e n s a m i e n t o a n t i g u o n o m e n o s q u e e n e l m e

d i o e v a l y e n e l d e l R e n a c i m i e n t o , q u e o s c i l ó e n t r e l a n a t u ra lez a y lo s ob rena tu ra l , en t re es te mu ndo y e l o t ro , s in de t e n e r s e n u n c a v e r d a d e r a m e n t e e n e l c o n c e p t o d e l e s p í r i t u ,c r í t i ca y u n id ad d e aq u el las dos ab s tracc io nes ; as í , p u es ,p u do p rodu c i r u na f ís i ca y u na metaf ís i ca , u na c i enc i a de lana tu ra lez a y u na teo log ía , ah ora la u na , ah ora la o t ra , o b i entodas a la vez , p ero nu nca u na f i los of ía de l es p ír i tu . El es p í r i tu , en aq u el la concep c ión , s e ig u a lab a a la na tu ra lez a , ob je to en t re ob je tos y cos a en t re cos as , de modo q u e s i l a doc t r i na de la p oes ía y de l a r te s e ag o tab a en la física, o lo q u ees ig u a l , en las c las i f i cac iones na tu ra les de las g ramá t i cas ,p oé t i cas , re tó r i cas y p recep t ivas de toda lay a , la doc t r ina ló g i ca s e ag o tab a ig u a lmente en la c las i f i cac ión de las fo rmasex tr íns ecas o verb a les y la é t i ca en la c las i f i cac ión de lasv i r tu des y de los deb eres . Y as í q u edab a , fu era de es as y de

o tras d i s c ip l inas na tu ra les , u na on to log ía de p r inc ip ios t ras cenden ta les q u e ib a des de los mi tos de los f i s ió log os y des de los á tomos de los mater i a l i s tas a l D ios de los c r i s t i anos .Y a u n q u e e l c r i s t i a n i s m o h a b í a h e c h o b a s t a n t e m á s i n t e n s ala conc i enc i a de la es p i r i tu a l idad de lo rea l , t end ía , p or o t rap a r t e , e n l a t e o r í a d e l c o n o c i m i e n t o , a l a a p r e h e n s i ó n i n m e d i a ta de Dios y en la de la p rá c t i ca a la neg ac ión de la v idam u n d a n a . Y a n t e e s o , p o r p r o f u n d o s q u e fu e r a n y p r e ñ a d o sde cons ecu enc i as q u e es tu v ies en los concep tos g nos eó log osy é ti cos de s u s mís t i cos y as ce tas , es ta p rofu nd ida d es tab acon tra rres tada p or e l des in te ré s h ac i a las fo rmas de l es p ír i tuq u e s e r e l a c i o n a b a n m á s d i r e c t a m e n t e c o n e l m u n d o , l a s e n s ib i l i dad y las p as iones , t end i endo , en la es fe ra p rá c t i ca , a lateo r ía de la v ida p o l í t i ca y económica , y en la teo r ía p rec i -



10 0 BENEDETTO CROCE

s á mente h ac i a la teo r ía de l conoc imien to s ens ib le o es té t i co .E n l a p r i m e r a h u b o q u e e s p e r a r a l p e n s a m i e n t o d e M a -q u iave lo y , en la s eg u nda , a l de Vico . Y as í vemos cómo lac a r e n c i a d e l a E s t é t i c a e n e l p e r í o d o a n t e r i o r a l s i g l o x v nn o d e p e n d í a d e c o n t i n g e n c i a s y d e a c c i d e n t e s , s i n o q u e e r ap e r f e c t a m e n t e c o n c o r d e c o n e l p e n s a m i e n t o y c o n e l c a r á c te r de aq u el la é p oca .

Es ta coh erenc i a , t a l vez , p u ede ap arecer i ncoh erenc i a an tenu es tros o jos y en p res enc i a de concep tos má s nu evos y má samp l ios ; p ero como é s tos s on res p u es tas a p rob lemas q u ean tes no s e h ab ían p lan teado , es c la ro q u e la tach a de i n coh erenc i a s e r ía , en nu es t ro cas o , anacrón ica y an t ih i s tó r i ca .Hace fa l ta , en f i n , q u e cu ando s e a f i rme q u e du ran te e l p e ríodo sobre el cual discurrimos faltó - la Estética u otra clasec u a l q u i e r a d e p r o d u c c i ó n m e n t a l , n o d e m o s a l a p a l a b r acarenc i a e l s en t ido de u na p r ivac ión rea l y , p or ende , e l deu na ang u s t i a y de u na des g rac i a q u e no ex i s t ían . Los con cep tos " s u e l tos , no l ig ados " , no e lab orados n i doc t r ina l n is i s temá t i camente e ran , s in emb arg o , s u f i c i en tes p ara d i s cer n i r lo b e l lo de lo no b e l lo , l a p oes ía de la no p oes ía , e l b i end e l n o b i e n y l a v e r d a d d e l a n o v e r d a d . L a s m e n t e s d ea q u e l l o s h o m b r e s n a v e g a b a n e n m a y o r o m e n o r p l a c i d e zp or los mares de la verdad , mien tras las c i enc i as emp ír i cas ,p or s u p ar te , s i s temat iz ab an la s e r i e de ju i c ios , i ndu c ían ,ab s tra ían y servían de guía para e l ja i c io y para la acción.T o d o l o d e m á s e r a u n l í m i t e n o a d v e r t i d o — o s ó lo a d v e r t i d o d e p a s a d a y p o r q u e s í — c o m o t a l , u n " s u e ñ o d r a m á t i c o " q u e ap enas s e d i s t i ng u ía de o t ro s u eñ o cu a lq u iera , yq u e p or es o no dab a la ang u s t i a de l l ími te ob s tá cu lo , comonos la dar ía a nos o tros s i nos v ié ramos cons treñ idos a p en s a r h o y m e n o s d e l o q u e r e a l m e n t e p o d e m o s p e n s a r . E no tros té rminos , : e l e r ro r en q u e caer íamos cons iderandoc o m o d e f e c t o y c o m o e s t a d o d e d e s g r a c i a a q u e l l a c o n d i c i ó nm e n t a l s e r í a s e m e j a n t e d e l t o d o a l d e l q u e c o n s i d e r a s e c o m oinfe l i ces los t i emp os en q u e no ex i s t ían fe rrocarr i les n i na veg ac iones de vap or , cu ando los fe l i ces s omos nos o tros , enla imag inac ión , p orq u e acos tu mb rados a u s ar de ta les comod idades en la v ida p rá c t i ca , f i ng imos t ras ladarnos , a u n mu n-

BREVIARIO DE ESTÉTICA 10 1

do en q u e aq u el las comod idades no ex i s t ían , au nq u e s í l asneces idades corre la t i vas nac idas de aq u el los ade lan tos . Lle g ará u n t i emp o p ara e l cu a l la edad en q u e v iv imos , q u eh oy nos p arece tan lu minos a , es ta rá rep res en tada con s u sl í m i t e s , p o r q u e l a h a b r á s o b r e p u j a d o o t r a e d a d . L a r e a l i d a dde l p orven i r no es , s in emb arg o , la rea l i dad de l p res en te .Y s i n r e c u r r i r a l a i d e a d e o t r a e d a d d i s t a n t e d e l a a c t u a ls ig los y mi len ios , p odemos ver a cada i ns tan te en nos o trosm i s m o s , e n n u e s t r a c o t i d i a n a p r o g r e s i ó n m e n t a l , c ó m o o t r o sp ens amien tos má s amp l ios i nc lu y en y s ob rep as an los de la ñ o , d e l d í a o d e l m i s m o a n t e r i o r e s , y c ó m o e n c a d a m i n u to , d ía y añ o s omos más c o h e r e n t e s c o n n o s o t r o s m i s m o s yes tamos s a t i s fech os de aq u el la coh erenc i a y de aq u el la s a t i s facc ión q u e es tá y q u e no es tá en cada ac to de la v ida .



II

L a p r u e b a d e l a c o r r e s p o n d e n c i a e x a c t a e n t r e l a c a r e n c i ade u na Es té t i ca p rop iamente d i ch a y e l ca rá c te r de la f i lo s o f ía an t ig u a es e l s imu ltá neo nac imien to de la f i los of ía moderna y de la Es té t i ca . La i n i c i ac ión de é s ta p u ede s i tu ars e ,e n e f e c t o , c o m o y a i n d i q u é , e n t r e l o s s i g l o s x v n y x v í n ,c o i n c i d i e n d o c o n e l n a c i m i e n t o d e l subjetivismo m o d e r n o ,con la f i los of ía como c i enc i a de l es p ír i tu y con la concep c i ó n r e a l d e lo i n m a n e n t e — i n m a n e n t e c o n r e l a c i ó n a l e s pí r i t u , p o r q u e l a i n m a n e n c i a e n l a n a t u r a l e z a , e l l l a m a d o p a n te ís mo es , como la mis ma na tu ra lez a , o t ra fo rma de t ras c e n d e n c i a — . C o n r e l a c i ó n a l a é p o c a q u e s e i n i c i a , l a q u es e c i e r r a , y a l a q u e h e m o s a l u d i d o a n t e r i o r m e n t e , n o p e r tenece a la h i s to r i a de la Es té t i ca , s ino a la p reh i s to r i a , a los u mo, de la cu a l mu es tra aq u í y a l lá a lg u nos a t i s b os y v i s lu mb res . Y como la Es té t i ca y e l s u b je t iv i s mo moderno es

tá n tan es t rech amente u n idos , q u e s on , en rea l idad , la mis ma cos a , como s u b je t iv i s mo y f i los of ía de l es p ír i tu q u ierendec i r f i los of ía g enu ina y p u ra , f i los of ía verdadera y p rop ia ,con tra toda s u er te de f ís i cas , metaf ís i cas y teo log ías , no h e mos d :̂ s en t i r mie do a l s en ta r la con s ecu enc i a u l te r io r deq u e la f i los of ía es de los t i emp os modernos , y q u e lo q u eas í s e l lama, des de la Ant ig ü edad a l Renac imien to , es f i lo s o f ía en s u p ar te ep i s ód ica y s ecu ndar i a , p ero en la p r inc i p a l y f u n d a m e n t a l c o n t i n ú a s i e n d o m i t o l o g í a , r e l i g i ó n , m e ta f ís i ca , mis t i c i s mo o como q u eramos l lamarla . Dec imosq u e n o d e b e e s p a n t a r n o s s e m e j a n t e a f i r m a c i ó n , p o r q u e a h o ra , a p rop ós i to de la Es té t i ca , h emos dec la rado cu á n to imp o r t a n s e m e j a n t e s n e g a c i o n e s , e n c a m i n a d a s a c a l i f i c a r u n ao b r a y n o a c o n d e n a r l a , h a c i é n d o n o s , d e p a s o , l a c o n s i d e r a -

BEEVIARIO DE ESTÉTICA 10 3

c i ó n d e q u e a q u e l l a c o n s e c u e n c i a n o e s t a n p a r a d ó j i c a y t a nn u e v a c o m o p a r e c e e n e l m o m e n t o d e f o r m u l a r l a , y a q u e ,s i recordamos b i en , en los dos ú l t imos s ig los h a s ido v iv ís i m a l a c o n c i e n c i a — t a n v i v a c o m o l a q u e h u b o d e s p u és d e lt r i u n f o d e l c r i s ti a n i s m o — d e l a d v e n i m i e n t o d e a l g o ta n e x t rao rd in ar io q u e , an te e l lo , l as é p ocas an te r io res s e fu nd i r ían en u na s o la , de la cu a l s e r ía u na con trap os i c ión la es p e r a d a . L a d e l a é p o c a m o d e r n a p u e d e d e f i n i r s e c o m o l ad e l a R a z ó n q u e g u í a a l h o m b r e , c o m o l a d e l E s p í r i t u q u et i e n e c o n c i e n c i a d e s í m i s m o , c o m o l a d e l a L i b e r t a d d e s

a rro l lada , como la é p oca positiva, en f in , q u e h a s u ced idoa la teo lóg ica y a la metaf ís i ca .

Volv i endo a la Es té t i ca , e l p rob lema q u e ten ía q u e res o l v e r l a n u e v a c i e n c i a e r a — p a r a d a r u n a d e s i g n a c i ó n s u m a r i a y g ené r i ca d e é l— e l de la mis ión q u e la p oes ía , e l a r tey la fan tas ía e je rcen en la v ida de l es p ír i tu y , p or tan to , e ld e l a r e l a c i ó n d e l a f a n t a s í a c o n e l c o n o c i m i e n t o l ó g i c o ycon la v ida p rá c t i ca y mora l , q u e p lan teab a a la vez , y a lm i s m o t i e m p o , l a p r e g u n t a i n v e r s a s o b r e l a m i s i ó n d e l c o n o c i m i e n t o l ó g i c o y d e l a v i d a p r á c t i c a y m o r a l , e s d e c i r ,de l es p ír i tu , en la re lac ión y d i a lé c t i ca de todas s u s fo rmas ." H a c e r e l i n v e n t a r i o d e l e s p í r i t u h u m a n o " e r a l a d i v i s a d el a n u e v a e s p e c u l a c i ó n . E l p r o b l e m a d e l a E s t é t i c a f o r m a b ap a r t e d e d i c h o i n v e n t a r i o y e n t r a b a e n é l d e H e n o . E r a i m

p os ib le t ra ta r a fondo las cu a l idades de la p oes ía o de lac reac ión fan tá s t i ca s in t ra ta r tamb ié n a fondo todo e l es p ír i tu , e imp os ib le ig u a lmente ed i f i ca r u na f i los of ía de l es p í r i tu s in Es té t i ca , a cu y a neces idad n ing ú n f i lós ofo modernoh a s ab ido s u s traers e , y cu ando p arece q u e a lg u no s e des cu idab a , s i ex aminamos mejor s u ob ra , vemos o q u e reca íae n e l v i e j o d o g m a t i s m o o q u e t o c a b a e n e l m i s m o p r o b l e m a e s t é t i c o d e m o d o i n c o n s c i e n t e , i n d i r e c t o y n e g a t i v o .K a n t — y p u e d e b a s t a r n o s e s t e e j e m p l o s o l e m n e - — , q u e s eres i s t i ó má s q u e todos los p ens adores a h acer de la Es té t i cau n t ra tado f i los óf i co , s e v io a l f i n ob l ig ado , acab adas lasd o s Críticas—de la raz ón p u ra y de la raz ón p rá c t i ca —, aañ ad i r la te rcera c r í t i ca s ob re e l ju i c io es té t i co teo lóg ico ,a d v i r t i e n d o l a g r a v e l a g u n a , e l hiato q u e s e h u b i e r a d a d o ,



104 BENEDETTO CHOCE

en o t ro cas o , en s u inventario. D e n a d a v a l e n c o n t r a n u e s t r oa r g u m e n t o l o s p r o p ó s i t o s q u e a l g u n a s v e c e s s e o y e m a n i fes ta r a modernos au to res , de i ndag ar la Es té t i ca " fu era ei n d e p e n d i e n t e m e n r e d e l a f i l o s o f í a " , p o r q u e l o m i s m o s eoy e dec i r mi l veces con re lac ión a la lóg ica , q u er i endo de c i rs e s enc i l lamente " fu era de la f i los of ía on to lóg ica , t ras c e n d e n t a l y d o g m á t i c a " , d e l a m e t a f í s i c a , p o r q u e e s o s p r o p ós i tos s on fu ndamenta lmente lau dab les y s i rven de conf i r mac ión a nu es t ro ju i c io . El laz o de la Es té t i ca con toda lares tan te f i los of ía e s , en los p ens a dore s mod erno s , i n t r íns eco

y no ex tr íns eco , como era en los f i lós ofos de las edadesp r e c e d e n t e s , q u e s o l a m e n t e t r a t a b a n d e c o s a s d e a r t e c u a n do s u s s i s temas emp ír i cos tomab an la fo rma de enc i c lop ed i a s d e c o n o c i m i e n t o s o c o m o s e r i e s d e c o n o c i m i e n t o s y u x tap u es tos .

S i n e m b a r g o , p a r a e n t e n d e r y j u z g a r r e c t a m e n t e l a h i s to r i a de la Es té t i ca y , en g en era l , de la f i los of ía mo de rna ,no neces i tamos c reer q u e , con la i n i c i a t i va de l s u b je t iv i s momoderno , la v i e ja f i los of ía t ras cenden ta l y metaf ís i ca des a p a r e c i ó s i n m á s n i m á s , d e s v a n e c i é n d o s e l e n t a m e n t e y b o rrá ndos e de l todo en e l p orven i r . S i p ar t imos de es tas fa ls asp r e m i s a s , v i e n d o q u e e n t o d a s i s t e m a t i z a c i ó n m o d e r n a s eda la v i e ja f i los of ía con may or o menor amp l i tu d , q u edan do res idu os de metaf ís i ca y de lo t ras cendenre , h ay q u econc lu i r , en ú l t imo aná l i s i s , q u e vo lvemos a lo t ras cenden te

y a la metaf ís i ca , y q u e no h a camb iado nada de lo q u ec r e í a m o s q u e h a b í a c a m b i a d o s u s t a n c i a l m e n t e . P a r a a t e n e r nos a l cas o de la Es té t i ca , no conocemos es té t i co q u e en es teo en aq u el p u n to de s u s t ra tados ca l le s ob re i n te lec tu a l i s mo,s ob re mora l i s mo, s ob re s ens u a l i s mo, s ob re ab s tracc ión y , af in de cu en tas , s ob re na tu ra l i s mo y t ras cendenc i a . P ero s ind u d a l a s f o r m a s n e c e s a r i a s d e l e r r o r — y e l p e n s a m i e n t o m e -ta f ís i co o t ras cend en ta l es u no d e e l los — q u e la men te h u m a n a r e c o r r e e n l a i n v e s t i g a c i ó n s o n e t e r n a s y g i r a n p e r p e tu amente s ob re e l es p ír i tu ; p ero a l vo lver a g i ra r , au ni n d u c i é n d o n o s a l e r r o r , r e a l i z a n , e n c i e r t o m o d o , u n p r o g r e s o ev iden te . Y e l p rog res o g enera l , g rac i as a l cu a l la f i lo s o f í a m o d e r n a s e s e p a r a e n c i e r t o m o d o d e l a a n t i g u a , c o n -


t rap on ié ndos e como f i los of ía a metaf ís i ca , s u b je t iv i s mo ao b j e t i v i s m o e i n m a n e n c i a a t r a s c e n d e n c i a , c o n s i s t e e n l ao r i e n t a c i ó n g e n e r a l , e n e l m o v i m i e n t o d o m i n a n t e , e n l a e n t o n a c i ó n d e l a m o d e r n a f i l o s o f í a c o n r e l a c i ó n a l a a n t i g u a ,en la cu a l la metaf ís i ca e ra lo p r inc ip a l y e l p ens amien tocr í t i co lo ep i s ód ico , a l revé s de lo q u e ocu rre en la f i los of íam o d e r n a , d o n d e e l p e n s a m i e n t o c r í t i c o e s l o p r i n c i p a l y l ametaf ís i ca e l ep i s od io . As í Kan t , des p u é s de h ab er c r i t i cadoa s u s p redeces ores , es tab lec i endo q u e la b e l lez a nada t i eneq u e ver con e l concep to y q u e es des in te res ada , f i na l s in

rep res en tac ión de f i n , y fu en te de p lacer , p ero de p laceru n ivers a l , ca ía i nadver t i damente en e l i n te lec tu a l i s mo, def i n i e n d o l a o b r a d e a r t e c o m o l a r e p r e s e n t a c i ó n a d e c u a d a d eu n c o n c e p r o , e n l a t u a l e l g e n i o c o m b i n a b a i n t e l e c t o e i m a g i n a c i ó n y r e a d m i t í a h a s t a l a f i n a l id a d e x t e r n a e x p l i c a n d olo b e l lo como s ímb olo de la mora l idad . P ero es tas cos as noe m p a ñ a n l a v e r d a d n i l a f e c u n d i d a d d e l o s n u e v o s p r i n c i p i o s q u e e s t a b l e c i ó , n i h a c e n q u e q u e d e n c o m o n o r e s u e l t o slos p rob lemas q u e é l rea lmente res o lv ió . As í Heg el , des p u é s d e h a b e r a f i r m a d o e l c a r á c t e r i n t u i t i v o d e l a r e p r e s e n tac ión a r t ís t i ca , q u e es la i dea , au nq u e en fo rma s ens ib le ,reca ía en e l log ic i s mo a l i dear u na h i s to r i a d i a lé c t i ca de l a r tec o m o i d e a c o n s u s d o c t r i n a s d e t e r m i n a d a s . H e g e l , d e s p u é sde h ab er reconoc ido q u e lo b e l lo es de l es p ír i tu y no de lan a t u r a l e z a , c o n s t r u í a u n a d o c t r i n a d e l a b e l l e z a e n l a n a t u

ra lez a , dando nu evo imp u ls o a las i deas p la tón i cas , s in q u ep o r e s o d e j e d e s e r e n o r m e e l n ú m e r o d e p r o b l e m a s q u eé l h a p l a n t e a d o y r e s u e l t o a l a p e r f e c c i ó n y e v i d e n t e e l p r o g res o q u e log ró i n fu nd i r a toda la c i enc i a en g enera l . Lomis mo s u cede en o t ro as p ec to de s u f i los of ía , p orq u e n in g u n o i m a g i n a r á q u e h a n e g a d o l a f u e r z a d e l c r i t i c i s m o k a n t i a n o a l n o t a r l a d e b i l i d a d a q u e s e e n t r e g a s u a u t o r a d m i t i e n d o l a c o s a e n s í y r e s t a u r a n d o i m p l í c i t a m e n t e e l d o g m a t i s m o y l a t r a s c e n d e n c i a . D e l m i s m o m o d o q u e n a d i e n e g a rá la p rofu nda re fo rma h eg e l i ana de la lóg ica g rac i as a s ud i a l é c t i c a , a u n q u e H e g e l t r a s l a d e é s t a a u n c a m p o d o n d eno p u ede u t i l i z ar la , d i a lec t i ce concep tos emp ír i cos de la f í s i ca y de la z oo log ía , y de la p len i tu d de la f i los of ía concre ta




h a g a r e s u r g i r u n p e n s a m i e n t o a b s t r a c t o h a s t a l a s a c i e d a dy metaf ís i co en e l p eor s en t ido .

O t r a a d v e r t e n c i a n e c e s i t a m o s h a c e r , e n c a m i n a d a a l m i s mo f in de la rec ta i n te l ig enc i a de la h i s to r i a , no s ó lo de laEs té t i ca en g enera l , s i no de toda la f i los of ía moderna , adver t e n c i a q u e c o n s i s t e e n n o r e e m p l a z a r e l problema estéticocon lo q u e s e l lama problema único, y n o t o m a r a l p i e d el a l e t r a l a d e n o m i n a c i ó n a b r e v i a d a q u e d e s i g n a u n i n a g o t a b le o rden de p rob lemas d i fe ren tes y s i emp re nu evos . S i e lp r o b l e m a f u e r a v e r d a d e r a m e n t e ú n i c o , o c u r r i r í a q u e p o r

neces idad s e d i s o lver ía , en cu y o cas o la c i enc i a es té t i ca h a b r í a d e m o r i r , p o r q u e c o n s e g u í a p l e n a m e n t e s u s f i n e s , oq u e no p odr ía res o lvers e nu nca , lo q u e eq u iva ld r ía a es t i m a r q u e e l p r o b l e m a e s t a b a m a l p l a n t e a d o , t r o c á n d o s e e ne q u í v o c o , o q u e s e r e s o l v e r í a p a r c i a l m e n t e , p o r m e d i o d es u ces ivas ap rox imac iones , s in a lcanz ar nu nca la p len i tu dde la s o lu c ión , o s e vo lver ía a l cas o p receden te , p orq u e u nav e r d a d a m e d i a s n o e s n u n c a l a v e r d a d , y u n p r o b l e m a q u en o s e r e s u e l v e p l e n a m e n t e e s u n p r o b l e m a m a l p l a n t e a d o .P ero cu ando con es e nomb re co lec t ivo s e s u s t i tu y e la rea l i dad a q u e s e re f i e re y q u e cob i ja , s e ve q u e la Es té t i ca ytoda la f i los of ía s on y no s on la mis ma cos a , q u e s u s p ro b l e m a s s e r e s u e l v e n d e c u a n d o e n c u a n d o y q u e c a d a u n ode e l los , res u e l to , eng endra o t ros p or res o lver . Y ah orap odemos , a l ex aminar las doc t r inas p rop u es tas , o los p ro

b lemas p lan teados y res u e l tos p or u n p ens ador o p or va r i o s e n u n p e r í o d o d e t e r m i n a d o , d a r n o s c u e n t a d e l p r o g res o de la mente h u mana , q u e es e l e te rno te je r y des te je r de la verdad .

E l p r o b l e m a , p o r e j e m p l o , e n t o r n o a l c u a l , d e m o d o m á so menos cons c i en te , l ab oraron los re tó r i cos y los c r í t i cos ,p r inc ip a lmente i ta l i anos , de l s ig lo XVI I , s o l i c i tados p or lasp o lé micas y re f lex iones l i t e ra r i as de l s ig lo an te r io r , e ra e ld e e n c o n t r a r u n a f a c u l t a d e s p e c i a l p a r a l a p r o d u c c i ó n d e la r te , d ivers a de l s imp le i n te lec to y q u e fu es e p ecu l i a rmentei n v e n t o r a y c r e a d o r a d e l o b e l l o . Y s o b r e e l l a d i s c u r r i e r o n ,b a u t i z á n d o l a c o n e l n o m b r e d e ingenio, as emejá ndo la a laimaginación o fantasía, como u na facu l tad de ju z g ar e l


a r t e q u e n o f u e s e l a r a z ó n r a c i o c i n a n t e , y q u e l l a m a r o n e lju i c io o e l gusto, p o n i é n d o l o u n a s v e c e s a l a a l t u r a d e l s e n t i m i e n t o y o t r a s a l a d e l d i s c e r n i m i e n t o o i n t u i c i ó n de nosé qué. P ero a l mis mo t i emp o , Des car tes y s u s d i s c íp u losm á s c e r c a n o s , t r a t a n d o d e r e d u c i r e l c o n o c i m i e n t o h u m a n o a l a e v i d e n c i a m a t e m á t i c a , ig n o r a b a n o d e s e c h a b a n a b i e rtamente los modos de p ens ar q u e s e les an to jab an tu rb ios y ,p ara may or g lo r i a de la raison, concu lcab an la fan tas ía ys acr i f i cab an la p oes ía a la metaf ís i ca y a las matemá t i cas .T a m p o c o p u e d e d e c i r s e q u e D e s c a r t e s f u e s e r e t r ó g r a d o

res p ec to a aq u el los d i s cern idores de l i ng en io , de l g u s to , de ls e n t i m i e n t o y d e l no sé qué, n i q u e é s tos fu es en re t róg adosc o n r e l a c i ó n a D e s c a r t e s , p o r q u e l o s d o s p r o b l e m a s e r a nd i s t i n t o s y s e r v í a n d e i n t r o d u c c i ó n a d i s t i n t a s v e r d a d e s . L o sp r i m e r o s , e n e f e c t o , a n d a b a n b u s c a n d o a t i e n t a s e l p a p e lde l a r te y de la p oes ía en la v ida de l es p ír i tu , y e l s eg u ndofu ndab a , au nq u e en fo rma rac iona l i s ta , u na f i los of ía de la r te , q u e e ra neces ar i a p ara des p e ja r los p r imeros des cu b r i m i e n t o s d e l a s p r i m e r a s i n c e r t i d u m b r e s y t i t u b e o s . Y a s í ,b a jo e l i n f lu jo car tes i ano , s e comp u s ieron t ra tados q u et r a t a b a n d e r e d u c i r e l a r te a u n s o lo p r i n c i p i o — B a t t e u x —o de def in i r la b e l lez a en s u s var i as fo rmas y ó rdenes dem a n i f e s t a c i ó n — A n d r é s C r o u s a z — . D e l c a r t e s i a n i s m o p r o c e d e L e i b n i z , q u e j u n t a e n s u p e n s a m i e n t o — y t a l f u e , p o rs u p a r t e , e l n u e v o p r o b l e m a — l a s v e r d a d e s d e l o s r e

tó r i cos de l s ig lo XVI I y las de Des car tes dando , en la teo r ía de las cog n ic iones , u n lu g ar a los conoc imien tos con fu s os y c la ros q u e p receden a los d i s t i n tos y a la p oes ía q u ep rece de a la fi los of ía ; y s u s d i s c íp u los fo rma ron u n cu e rp ode ds c t r ina , u na c i enc i a es p ec i a l , l a scientia cognitionis sen-sitias, e l ars analogii rationis, la gnoseología inferior, q ueb a u t i z a r o n c o n e l n o m b r e d e /Esthetica. P r o b l e m a b i e n p l a n t e a d o y b i e n r e s u e l t o , a u n q u e l a d i f e r e n c i a m e r a m e n t e g r a d u a l o c u a n t i t a t i v a e n t r e c o g n i c i ó n i n t u i t i v a y c o g n i c i ó n i n te lec t iva no b as tas e a los q u e v in i e ron des p u é s y q u e , p arac o n t i n u a r d e s a r r o l l a n d o l a E s t é t i c a y a p e r g e ñ a d a e i n t r o du c i r en e l la la teo r ía de l g en io y de l g u s to , tu v i e ran q u ep r e g u n t a r s e s i v e r d a d e r a m e n t e l a c o g n i c i ó n i n t u i t i v a e r a la




s i m p l e c o g n i c i ó n i n t e l e c t i v a c o n f u s a c o n v i r t i e n d o , p o c o ap o c o , e s te c o n c e p t o c u a n t i t a t iv o y p s i c o l ó g ic o e n o t r o e s p e c u l a t i v o d e l a f a n t a s í a a u t ó n o m a . D e o t r a z o n a d i s t i n t ade e s tu d ios , "de los es tu d ios g ram at i ca les y d e la lóg ica fo r mal i s ta , s u rg ió a l mis mo t i emp o la c i enc i a de la g ramá t i cao gramática filosófica q u e , c o m o r a c i o n a l i z a c i ó n d e l p r o c e -d imien t to i r rac iona l o fan tá s t i co de l leng u aje y de las g ra má t i cas emp ír i cas q u e s e h ab ían es cr i to p ara f i nes d idá c t i c o s , p o d í a p a r e c e r n a d a m e n o s q u e l a f o r m a c i ó n d e u n e r r o rc o l o sa l , p e r o q u e e n a q u e l t i e m p o — q u e h a d e j a d o s u r c o —

de comp render e l l eng u aje en s u ley i n t r íns eca , c reó , enefec to , l a f i los of ía de l mis mo, q u e q u edó y s e des arro l ló ,d e s p o j á n d o s e l e n t a m e n t e d e l o s p r e j u i c i o s d e l a g r a m á t i c alóg ica . As í , en t re los mis mos e lab oradores de la g ramá t i cal ó g i c a n o t a r d ó e n p l a n t e a r s e l a c u e s t i ó n d e s i s e p o d í a ncons iderar las fo rmas imag ina t ivas , l as l lamadas metá foraso t r o p o s , c o m o o r n a t o s y a ñ a d i d u d a s d e l a f o r m a l ó g i c a p u r a ,d e s c u b r i é n d o s e q u e n o e r a n embellecimientos, s i n o " f o r m a se s p o n t á n e a s d e e x p r e s i ó n " ( D u M a r s a i s) . Y a u n q u e n o s ed e s c u b r i e s e e n g e n e r a l , n i e n t o n c e s n i m u c h o t i e m p o d e s p u é s , la es t rech a re lac ión , mejor aú n , la i den t idad q u e ex i s teen tre los p rob lemas de la nu eva f i los of ía de l leng u aje y losde la nu eva c i enc i a de l a r te o Es té t i ca , t a l re lac ión fu e , s inemb arg o , en t rev i s ta p or Vico , q u e s e p u s o a i nves t ig ar losor íg enes de las leng u as en los mis mos o r íg enes de la p oes ía .

P o d e m o s c o l o c a r a V i c o , c i e r t a m e n t e , a l a c a b e z a d e t o d o slos es té ti cos con temp o rá neo s s u y os , p or la g randez a de s u sdoc tr inas y p or s u s es b oz os an t i c ip ando la v i s ión de lo fu tu ro le jano , p ero s in o lv idar q u e es ta s u p er io r idad es , eno tro res p ec to , i nex ac ta , como s on inex ac tas todas las s u p e r i o r i d a d e s q u e e m p l e a m o s e m p í r i c a m e n t e y a g u i s a d e é n fas i s a lo la rg o de l d i s cu rs o . En e fec to , Vico , como cu a lq u iero t r o p e n s a d o r d i g n o d e s u n o m b r e , p r o f u n d i z ó e n v a r i o s , e nm u c h o s p r o b l e m a s , p e r o n o s e d i o c a t a d e o t r o s q u e , n a c i dos en s u é p oca , d i e ron lu g ar a toda s u er te de p o lé micas ,ocu p á ndos e , s ob re todo , de ap u n ta la r y de dar s o l idez a lao r ig ina l idad de la fan tas ía con tra las neg ac iones de los á r i d o s c a r t e s i a n o s y e n d e t e r m i n a r l a c o m o p r i m e r a f o r m a d e l


c o n o c i m i e n t o e n e l d e s a r r o l l o e t e r n o d e l e s p í r i t u , y a d e m á sen las fas es s oc io lóg icas y en la h i s to r i a rea l de las s oc i eda des h u manas . P ero la g ran cu es t ión y la cé leb re cu es t ión es té t i ca de l s ig lo XVI I I fu e la de la re la t i v idad de l g u s to , q u ei m p l i c a b a c i e r t a m e n t e — p o r q u e t o d a p r o p o s i c i ó n f i l o s ó f i c ai m p l i c a t o d a s l a s d e m á s — l a c u e s t i ó n d e l a n a t u r a l e z a d e la r t e , d e t e r m i n a n d o s i p e r t e n e c e a l o s p l a c e r e s p r á c t i c o s d e li n d i v i d u o o a l a s f o r m a s m e n t a l e s d e l a v e r d a d , p l a n t e á n dos e y res o lv ié ndos e en re lac ión con las du das q u e s u e lennacer an te la var i edad y e l con tras te de los ju i c ios s ob re la

b e l lez a y s ob re e l a r te . P rob lema q u e s e deb a t ió du ran tea q u e l l a é p o c a e n t o d a s u e x t e n s i ó n , c o m o s e a c r e d i t a c o nu na cop ios a l i t e ra tu ra , s in q u e fu era e l ú n i co , p orq u e tamb ié n s u rg ie ron o t ros dos : e l de l va lo r de las doc t r inas delos géneros literarios y el de las reglas e lab oradas en la é p ocai ta l i ana de l Renac imien to y des p u é s en la f rances a , y e l delo s límites o cará c te r de cada a r te . En e l p r imero de es tosp r o b l e m a s s e s o s t u v o e l p a r t i d o d e l a l i b e r t a d m á x i m a ,s i e n d o d e o í r l a m á s r e c i a p r o t e s t a c o n t r a e l p r e c o n c e p t ode los g é neros en b o ca de u n es cr i to r q u e es , p o r lo demá s ,u n r a c i o n a l i s t a b a s t a n t e p e d a n t e , G r a v i n a , p a r t i c u l a r i d a d q u eh acemos res a l ta r p ara rep e t i r , u na vez má s q u e p ara comp r e n d e r l a H i s t o r i a e s s i e m p r e c o n v e n i e n t e s e g u i r l o s p r o b l e m a s y l o s p e n s a m i e n t o s m o n o g r á f i c a m e n t e , c o m b a t i e n d ola tendenc i a ex ces iva a s imp l i f i ca r , a u n i f i ca r y a encon tra rl a c o h e r e n c i a d o n d e n o e x i s t e . E n r e l a c i ó n c o n e l s e g u n d op r o b l e m a , s e n o s o c u r r e d e c i r , c o m o y a h e m o s e s c r i t o a lt ra ta r de la gramática filosófica, q u e la doc t r ina q u e s u rg ióe n t o n c e s , f o r m u l a d a p o r L e s s i n g , d o n d e p a r a c a d a a r t e s ec e r c a b a u n c a m p o e s p e c ia l d e c o s a s y d e c o n c e p t o s — p a r ala p oes ía las acc iones , p ara la es cu l tu ra los cu erp os , e tc . —,rep res en tab a la s u ma de u n nu evo e rro r a los v i e jos y h as tau n r e t r o c e s o c o n r e l a c i ó n a l a g u d o a f o r i s m o a n t i g u o : ut pie-tura po'ésis. P ero en rea l idad , Les s ing , s in res o lver o res o l v i e n d o . ma l e l p r o b l e m a i n t r í n s i c a m e n t e a b s u r d o d e l a d e l imi tac ión de cada a r te , res o lv ía o t ro q u e tamb ié n s e h ab íap l a n t e a d o : d e m o s t r a ba q u e n i n g ú n a r t e — c o m o , en g e n e ra l , n i n g u n a o b r a s i n g u l a r d e a r t e — p u e d e t r a d u c i r se y




vol car se en o t r o y encont r ar en é l su equival ent e . D e es t al aya , Less ing se t r anspor t aba a l as más a l t as cumbr es de l ai n v e s t i g a c i ó n s o b r e l a u n i d a d y d i v e r s i d a d d e l a s r e p r e sent ac iones ar t í s t i cas , s in dec i r , que con l a r educción a l ex t r emo del concept o de l os l í mi t t s de l as ar t es se asomaba al a pos ic ión o so l uc ión opues t a , que ve en aquel l os l í mi t esuna r educción ar r ancada a l a f í s i ca y , por l o t an t o , a j enaal ar t e . D e l os es t ud ios en t or no a l as ar t es p l ás t i cas nac ióla Historia d e W i n c k e l m a n n , l i b r o q u e c r e ó , c o m o s u e l edec i r se , l a pr opia y ver d ad er a h is tor i a de l as ar t e s ; af i r mac i ó n é s t a q u e p a r e c e u n p o c o c o n t r a d i c t o r i a o , a l m e n o s , u np o c o r e s t r i c t i v a , p o r q u e W i n c k e l m a n n i n f o r m ó s u h i s t o r i aen un cr i t er io abs t r act o y an t ih is t ór i co , en l a Belleza ideal,s iendo , en es t e r espect o , inf er ior a Vico , par a e l que l a h is t o r i a d e l a p o e s í a v a r i a b a c o n l a v a r i a c i ó n d e l a s c o n d i c i o n e ssoc ia l es y de l as v ic i s i t udes é t i cas . También es ver dad , par aquien es t ud ie l a h is t or iogr af í a de l as ar t es p l ás t i cas , que sec o m p o n e o d e b i o g r a f í a s d e a r t i s t a s o d e r e c o l e c c i o n e s a n t i g u a s d e p e n s a m i e n t o s , q u e W i n c k e l m a n n i d e ó , e i n t e n t óuna h is t or i a in t er na de aquel l as ar t es , aunque en l a in t er io r idad misma de su h is t or i a r esal t ase una espec ie de ext er io r i d a d . E n e l t i e m p o d e W i n c k e l m a n n , y e n l a m i s m a t i e r r aa l e m a n a , H a m a n n y H e r d e r e n t ra b a n e s p o n t á n e a m e n t e e nl a senda ya r ecor r ida por e l f i l ósof o i t a l i ano , en t r ambos in

f er ior es a é l en ampl i t ud y pot enc ia especul a t ivas ; per o quen o p u e d e n c o n s i d e r a r s e t a m p o c o c o m o r e p e t i d o r e s d e V i c o ,por que l os pr obl emas que e l l os t r a t an , t an par ec idos a l osde és t e , ep isód icos y acc ident a l es , son nuevos y es t án nut r i d o s d e c o n c e p t o s y n a c e n d e s u p u e s t o s p r e v i o s d e c u l t u r aa l e m a n a , d i v e r s o s d e l o s p r e f e r e n t e m e n t e c l á s i c o s y h u m a n í s t i c o s d e V i c o . O t r o s t a m b i é n , r e f r e s c a n d o c o n e l m é t o d ops icol ógico a l gunas de l as d i s t inc iones de l os v ie j os r e t ó r i cos , t r a t a b a n d e a c l a r a r y d e d e f i n i r , e n r e l a c i ó n c o n l obel l o y con e l ar t e , l o subl ime, l o cómico y o t r as f or masdel sent imient o . K ant , en l as pos t r imer í as del s ig l o , es comou n p u n t o d e c o n v e r g e n c i a d e l p e n s a m i e n t o e s t é t i c o d e l s i g l o x v i l — q u e e n l a Crítica del juicio se ref leja con sus inv e s t i g a c i o n e s y p o l é m i c a s , c o n l a s v e r d a d e s a d q u i r i d a s y c o n


l a s d u d a s q u e l o t r a b a j a n — y e s u n p u n t o d e p a r t i d a d e lp e n s a m i e n t o q u e s o b r e p u j a , l o q u e e x p l i c a e l h e c h o d e q u el os h is t or i ador es de l a Es t é t i ca r econozcan a K ant , en es t ea s p e c t o , u n p u e s t o c e s á r e o y n a p o l e ó n i c o , c o m o e l h o m b r ee n q u i e n l u c h a n " d o s s i g l o s , e l u n o a r m a d o c o n t r a e l o t r o " ,e s p e r a n d o l a p a l a b r a c a p i t a l y d e f i n i t i v a . P o d e m o s d e j a rc o r r e r s u r e p r e s e n t a c i ó n s e m i s i m b ó l i c a , i n t e r p r e t á n d o l a d i s c r e t a m e n t e , p o r q u e K a n t v u e l v e a p l a n t e a r s e , c o n l a m a y o rin t ens idad , e l pr obl ema de l a r e l a t iv idad del gus t o , y l osr es t ant es de l a r egul ar idad e i r r egul ar idad del gen io , de l abel l eza pur a y de l a bel l eza mixt a , de l o subl ime, de l o có mico y de l os l í mi t es de l as ar t es . También es ver dad queK a n t n o a c i e r t a a d a r u n a c a r a c t e r í s t i c a d e m a s i a d o v i g o r o s a ,s i n o n e g a t i v a y g e n é r i c a , d e l d o m i n i o d e l a b e l l e z a , a n á l o g aa l a de l a l ey mor al que é l mismo puso en sa l vo de l os a t a ques de l a é t i ca mat er i a l i s t a y u t i l i t ar i a , y que en K ant ,an t ih is t ór i co y an t id ia l éct i co , no se r ef l e j a t ampoco e l pensamient o h is t ór i cod ia l éct i co , que ya se habí a in ic i ado , del a poes í a y del l enguaj e . Por o t r a par t e , no de K ant , s inod e H e r d e r , d e L e i b n i z , d e B a u m g a r t e n , e i d e a l m e n t e d e V i c o ,s e d e s p r e n d e l a e s t é t i c a p o s k a n t i a n a a l e m a n a , l a q u e v a d eSchi l l er y Hegel has t a l os menor es y epí gonos como Scho-p e n h a u e r , q u e t o d a v í a t i e n e p a r t i d a r i o s y d e v o t o s . E n c u y aes t é t i ca , por o t r a par t e , e l pr obl ema acer ca de l a mis ión delar t e en l a v ida del espí r i t u se un i f i ca con e l pr obl ema deló r g a n o m e n t a l , d o n d e s e a p r e h e n d e l o A b s o l u t o , p o r l o q u eel ar t e , or a se conf unde con l a f i l osof í a , or a vuel ve a seruna f or ma inf er ior de f i l osof í a , un pensamient o mi t o l óg ico ,or a se e l eva a una espec ie de h iper f i l osof í a . En es t a Es t é t i cal a un idad del ac t o ar t í s t i co , t ur bada por ese e l ement o ex t r año, s e esc inde en cont en ido y f or ma, y l a r e t ór i ca , l osgéner os l i t er ar ios , l as d iv i s iones de l as ar t es , l o bel l o de l anat ur al eza , l os sent imient os t odos es t é t i cos y t odos l os o t r osempir i smos se ext r aen y , l o que es peor , s e r ac ional izan ydeducen , a l modo de ver dades f i l osóf icas . Por l a misma r a zón , es t os es t é t i cos han per d ido de v i s t a , s in pr of undizar , l at r a b a z ó n d e l a p o e s í a c o n l a e x p r e s i ó n p u r a y c o n e l l e n guaj e concr et o , y l a f i l osof í a del l enguaj e t i r a por su l ado ,



11 2 BENEDETTO CROCL

in cap az d e t ra t a r , en su s d eb a tes so b re e l o r ig en d e l l en g u a jey so b re l a re l ac ió n d e l a p a lab ra co n l a ló g ica , lo s p ro b le mas mismo s d e l a Es tét ica . S in emb arg o , l a r iq u eza d e co l g a m i e n t o s y de observaciones en torno a las cosas d e la r t e — q u e aq u e l lo s fi ló so fo s rec o g ían , en g ran p ar te , d e l al i t e r a t u r a y d e l a c r í t i c a r o m á n t i c a c o n t e m p o r á n e a , y q u ep r o d u c í a n e n c a l i d a d d e c r í t i c o s r o m á n t i c o s — , s u p r o b l e m ap r i n c i p a l , m á s q u e d e E s t é t i c a , d e b í a c o n s i d e r a r s e c o m o d eló g ica d e l a f i lo so f ía . Se ad v er t í a su esfu erzo a l co n c i l ia re l n u e v o s u b j e t i v i s m o k a n t i a n o c o n l a t e o l o g í a y m e t a f í s i c av ie j as ; a s í e s q u e e l a r t e , co n su s p ro b lem as p ar t icu la res ,e n t r a b a e n s u s t r a t a d o s d e l m i s m o m o d o q u e l a g r a m á t t i c ay l a re tó r ica en l as en c ic lo p ed ias med iev a les y en lo s s is t e m a s e s c o l á s t i c o s , e x t r í n s e c a m e n t e c u a n d o n o s e a d h e r í a alo s p reco n cep to s y esq u emas s is t emát ico s . Y t amb ién , eno t ro resp ec to , e l p ro b lema q u e l es o cu p ab a señ a lab a u n p ro g reso en l a f i lo so f ía y en l a misma Estét ica , p o rq u e es to sf i ló so fo s , en ce r rad o s to d av ía en l a cu ev a meta f í s ica , t r a t ab and e e s c l a r e c e r u n e s p l r i t u a l i s m o a b s o l u t o , r o m p i e n d o a q u íy a l lá e l ce rco , so b re to d o a l t r a t a r d e reco n c i l ia rse , d ea c u e r d o c o n l a n u e v a é p o c a p o l í t i c a y m o r a l , c o n e l p e n samien to h is tó r ico , co n s id e ran d o e l a r t e , l a f i lo so f ía y l asd e m á s f o r m a s d e l a v i d a c o m o r e a l e s s o l a m e n t e e n l a H i s

t o r i a . U n p r o g r e s o i n d u d a b l e m e n t e m á s i n d i r e c t o t o d a v ía , p e ro n o p o r eso d esp rec iab le p ara l a Es tét ica , d eb e se ñ a la rse en e l p o s i t iv ismo y en e l p s ico lo g ismo , q u e su ce d i e r o n a l i d e a l i s m o m e t a f í s i c o , y q u e a p r i m e r a v i s t a p a r e c i e r o n s o f o c a r y a p a g a r t o d a i d e a d e a r t e , q u e n o p o d í ae n c o n t r a r s u p u e s t o , y n o l o e n c o n t r ó , e n e l n u e v o n a t u r a l i s m o y e n l a n u e v a t e o l o g í a m a t e r i a l i s t a . P e r o c o m o e ln u e v o n a t u r a l i s m o n o e r a e l a n t i g u o , y n a c í a c o m o o p o s i c i ó n a l i d e a l i s m o d e ú l t i m o c u ñ o , c o n t e n í a e n s u s e n t r a ñ a s u n a p o l é m i c a f r e c u e n t e m e n t e t o s c a , p e r o n o p o r e s oilegítima ni del todo ineficaz, contra los residuos metaíí-s ico s y t eo ló g ico s d e aq u e l id ea l ismo . Tra tan d o , p o r co n s i g u ien te , d e l imp ia r e l camp o d e t a l es res id u o s , l a s escu e lasn a tu ra l is t a y p s ico ló g ica , ab s ten ién d o se d e deducir l a Es té t ica , y reco men d an d o p ara és ta lo s méto d o s f is io ló g ico s y


f í s ico s , d ab a u n mal e j emp lo co n re l ac ió n a su s a f i rmac io n e s y u n e x c e l e n t e e j e m p l o c o n r e l a c i ó n a s u s n e g a c i o n e s .Fu era d e l as escu e las p ro p iamen te f i lo só f icas , p e ro n o s inh i n f l u e n c i a d e h f i lo so f ía id ea l is t a y ro mán t ica p r in c i p a l m e n t e , l a c r í ti c a l i t e r a r i a e h i s t ó r i c a — D e S a n c t i s e nI t a l i a , F l a u b e r t y B a u d e l a i r e e n F r a n c i a — , c o n t i n u a n d o s uo b r a , f o r m a b a u n a c o n c i e n c i a d e l a r t e q u e , s i m u l t á n e a m e n t ey p o r a n á l o g a s r a z o n e s , r e p u g n a b a a l h á b i t o d e a b s t r a c c i ó nd e lo s meta f í s ico s y a l a ep id e rmis g ro se ra d e lo s p o s i t i v is t as , y a f i rmab a y reb a t í a mu ch as v e rd ad es esen c ia l es so b re l a fo rma a r t í s t ica , su g er id as p o r e l e s tu d io d i rec to yp o r l a f a m i l i a r i d a d c o n e l a r t e , q u e p r e p a r a b a n y h a c í a nsen t i r l a n eces id ad d e in v es t ig ac io n es más amp l ias y d e s is t e m a s n u e v o s .

N ÜM . 41._5



I I I

Estos ráp idos apuntes son no ya un bosquejo de la h is

tor ia de la Esté t ica , s ino , como se ha d icho , una pequeñaejempl if icac ión para mostrar l a var iedad de problemas det a l h i s t o r i a y l a i m p o s i b i l i d a d d e e x p o n e r l a — a m e n o s q u es e q u i e r a a l t e r a r l a y e m p o b r e c e r l a — c o m o h i s t o r i a d e u np r o b l e m a único. A d v i é r t a s e , a d e m á s , q u e , c o m o s o n d i s t i n tos los problemas t ra tados por los invest igadores , t ambiénes d is t in ta l a misma narrac ión h is tór ica que , según e l in te rés menta l de l h is tor iador , abrazará uno o var ios o muchos o muchís imos problemas, pero nunca todos, y co lo c a n d o , e n p r i m e r l u g a r y e n p u e s t o d e h o n o r , o r a u n o , o r ao t r o p r o b l e m a o g r u p o d e p r o b l e m a s , p r e s e n t á n d o l o s , p o rr a z o n e s d e i n t e r é s d i d á c t i c o , c o m o f u n d a m e n t a l e s ( XOOQr¡nác), s in que pueda just i f icar nunca sus an tecedentes ab so lu tos (cpcJasv) . N o ev i ta remos c ier tamente , en la exposi

c ión h is tór ica , reagrupar los problemas af ines , p lan teandode este modo un mismo p r o b l e m a , c o m ú n a más pensadores— d e e s t e s i s t e m a d e a g r u p a c i o n e s n o s h e m o s v a l i d o n o s o t r o s e n n u e s t r o s a p u n t e s , p r e c i s a m e n t e p o r q u e s o n s u m a rios—-. P e r o n o c o n v i e n e p e r d e r n u n c a d e v i s t a e l h e c h od e q u e e l m i s m o p r o b l e m a t o m a su matiz, d e m o d o distinto, en cada pensador , y que esta metafór ica variedad dematices e s , e n e f e c t o , v a r i e d a d d e d e t e r m i n a c i o n e s e n e l p r o b l e m a y , p o r e n d e , v a r i e d a d d e p r o b l e m a s . T a m p o c o p o d r e mos ev i ta r , grac ias a l a consab ida var iedad y a l var iad ís imoc r u z a m i e n t o d e l o s p r o b l e m a s e n t o d o t i e m p o , e l h e c h o d erepar t i r en per íodos la h is tor ia que se está narrando , paraque en todo caso , no se p ierda la huel la de la noc ión deque los per íodos se aproximan en su cen t ro y en sus l í -

BREYIARIO DE ESTÉTICA 11 5

n e a s d i v i s o r i a s , d á n d o s e a s í g r u p o s d e p r o b l e m a s q u e s ei n i c i a n e n u n g r u p o y q u e p e r m a n e c e n l u e g o o l v i d a d o s ,h a s t a q u e r e c i b e n s u e m p u j e u n p e r í o d o o d o s p e r í o d o sdespués. E jemplo de e l lo lo t enemos en las referenc ias quen o s o t r o s m i s m o s h e m o s h e c h o a n t e r i o r m e n t e . V e n d r á l u e g ou n a p a r t i c i ó n d e l a h i s t t o r i a d e l a E s t é t i c a e n p e r í o d o s , om e j o r t o d a v í a , s e h a b l a r á , a g u i s a d e i n t r o d u c c i ó n , d e u n ap r e h i s t o r i a q u e c o m p r e n d e l o s d o s m i l y p i c o a ñ o s q u epreceden a la crít ica y a la filosofía del siglo XVII, y luego,

e n e l c u e r p o d e d o c t r i n a , d e u n a h i s t o r i a q u e e m p i e z a e n e ls ig lo xv i l para acabar en nuest ros d ías . Esta h is tor ia se sub-d i v i d e , p a r a m a y o r c l a r i d a d , e n c u a t r o p e r í o d o s . E l p r i m e r oe s e l d e l a E s t é t i c a p r e k a n t i a n a , c u a n d o e l t e m a p r i n c i p a le r a e l d e l a i n d a g a c i ó n d e u n a facultad esté t ica y de su puesto en t re l as o t ras facultades del espír i tu . E l segundo , e l del a E s t é t i c a k a n t i a n a y p o s k a n t i a n a h a s t a e l a g o t a m i e n t o d e lidea l ismo metaf ís ico , en e l cua l l as facul tades de l espír i tuse sust raen a l a abst racc ión y yuxtaposic ión y se en t iendencom o h i tor ia idea l de l es pí r i tu ; e l a r te ocupa su puesto ene s t a c a r r e r a i d e a l , s i e n d o t o d a v í a u n a e s p e c i e d e e p o p e y ar e l i g i o s a y c o n v i r t i é n d o s e e l m i s m o e n u n m i t o q u e n oa lcanza la p len i tud esté t ica . E l t e rcer per íodo es e l de l po s i t iv ismo y psico log ismo, que se ex t iende hasta e l f ina l de l

s ig lo x ix , y en e l que , por reacc ión cont ra l a metaf ís ica , sev u e l v e a l a c o n s i d e r a c i ó n n a t u r a l i s t a d e l a r t e , s i n o b t e n e r s ela t eor ía de éste , aunque se obt iene , en cambio , un sanoaborrec imiento a todo metaf is iquear en esté t ica . E l cuar top e r í o d o e s e l d e l a E s t é t i c a c o n t e m p o r á n e a , q u e s e c u n d a ,l impia de metaf ís ica y de posi t iv ismo, pero no de f i losof ía ,e l t ema de los problemas de l a r te en forma de f i losof ía de lespír i tu esté t ico . Cuyo ú l t imo per íodo , que a lgunos quierenconsiderar cerrado , es tá , según mi parecer , en sus a lbores .E n t o d o c a s o , c e r r a d o n o p u e d e e s t a r , p o r q u e s o l a m e n t e s ec i e r r a u n p e r í o d o c u a n d o s e h a f o r m a d o t a l c o n j u n t o d enuevos problemas y de nuevas so luc iones que hay que darp r i n c i p i o a o t r o . Y o n o a c i e r t o a v e r e l q u e d i c e n q u ea h o r a a l b o r e a p o r n i n g u n a p a r t e ; l o q u e v e o c l a r a m e n t ees que todavía cont inúa la lucha de la Esté t ica de la pura




intuición o intuición lírica, no sólo contra los preceptospsicológicos y naturalistas, ya casi enteramente desaparecidos, sino contra los más tenaces y duros que proceden de lametafísica, que ha educado e ineducado a la vez al espíri tu humano.

Sea lo que sea de tales cuestiones, el caso es que estoscuatro períodos son los mismos de la fi losofía moderna entodos y cada uno de sus aspectos particulares, con relación al primero y al tercero que hemos apuntado, y notanto con relación al segundo y al cuarto, porque pocos sehan dado cata de que lo que se v iene formando en losúltimos decenios, a través de múltiples y más o menos maduras, felices y lógicas tentativas, es precisamente la idea deuna nueva fi losofía, llamada, no sé por qué, neoidealismo,neokantismo, neofichtismo, neohegelismo, y que es, en realidad, a la vez, una filosofía antipositivista y antimetafísica,que yo he querido definir, en la forma que me es particularmente conocida, como "el momento metodológico de laHistoriografía" (1). Pero no puedo continuar con estas consideraciones porque exceden al propósito de este ensayo,donde sólo me importaba enunciar la coincidencia de laEstética con la filosofía y, consiguientemente, la coincidencia de la historia de la una con la historia de la otra. Coincidencia que, por lo demás, se admite de hecho por los

historiadores de la Estética, que indagan la eficacia de todala filosofía restante en los problemas de Estética, y por loshistoriadores de las demás zonas filosóficas, que estudianla influencia de la Estética en el desarrollo de la Lógica yde la Ética. Pero la acción recíproca, que reconocen y a quese contraen, no es más que una metáfora de la unidad de laEstética con la Filosofía. Sin metáfora hemos de decir quetodo problema lógico, ético o de otra cosa es, a la vez, problema estético, y a la inversa. Para ser completamente exactos no hemos debido emplear la locución a la inversa, porque en las primeras palabras hemos afirmado, a la vez, elanverso y el reverso.

( 1 ) V éas e e l cap í tu lo « Fi lo s o f í a y M eto d o lo g ía» , en m i Teoría e Sto-ria della Storiograjía ( 2 .* ed i c i ó n , B ar í , 1 9 2 0) .

E L C A R Á C T E R D E T O T A L I D A D D E L A E X P R E S I Ó NA R T Í S T I C A

Ya se ha advertido muchas veces que el arte, en su representación y en su forma meramente individual, abrazael todo y refleja el cosmos en su seno. A este criterio suelerecurrirse para discernir el arte profundo del arte superficial, el vigoroso del flojo, el perfecto del imperfecto envarios respectos. Pero en la vieja Estética se teorizaba bastante mal acerca de este carácter, porque se confundía elarte con la religión y con la fi losofía, creyendo que teníanun fin común, el conocimiento de la realidad última, haciael que actuaba en concurrencia con éstas, provisional y preparatoriamente con relación a ellas, que temían un gradosupremo y definitivo, o reservado para el arte ese grado definitivo y supremo.

Esta doctrina erraba doblemente, concibiendo el proceso

cognoscitivo simplemente, sin diferencias ni antítesis, trocándose, según los casos, en puramente intuitivo, en puramente lógico o en puramente místico, y concibiéndolo aguisa de descubrimiento de una verdad estética y, por ende,trascendente. Por este camino se reconocía a la representación artística el carácter cósmico y de totalidad, desconociendo el arte en lo que tiene de original y quitando fuerzagenéricamente a la producción espiri tual.

Para deshacer el segundo error y ponerse de acuerdo conel pensamiento moderno, que es en su íntimo e irresistibleimpulso pensamiento de la inmanencia y esplritualismo absoluto, se ha considerado el arte no como aprehensión de unconcepto inmóvil, sino como formación perpetua de unjuicio, de un concepto que sea juicio, lo que explica per-




fectamente su carácter de total idad, porque todo juicio esjuicio de lo universal. El arte, pues, no será representaciónsimple, sino representación de un juicio, que asigna su valory su puesto a todas las cosas, iluminándolas con la luz de louniversal. Pero esta teoría tropieza con una dificultad insuperable, que no podremos saltar a buen seguro: con ladificultad de que la representación juzgada no es arte, s inojuicio histórico, Historia. A no ser que se quiera seguirconsiderando la Historia, como en un t iempo se hacía ycomo varios hacen hoy, a guisa de mera y fea aserción decosas; y en este caso, el juicio o representación juzgadorase identifica con la Filosofía, con la llamada Filosofía de laHistoria, pero nunca con el ar te . En una palabra: en lateoría del arte como juicio se evita el vicio de la inmovil idad y de la trascendencia, pero no el del simplismo gno-seológico, que e n ella toma forma de un logicismo exclusivo,y que tal vez nos conduce a una nueva trascendencia más omenos larvada, pero que niega al arte lo que es peculiarde él.

El arte es intuición pura o expresión pura, pero no intuición intelectual a lo Schell ing, ni logicismo a lo Hegel,ni juicio como en la reflexión histórica, s ino intuición l impia de concepto y de juicio, la forma auroral de conocimiento, sin la cual no podemos comprender sus formas ul

teriores y complejas. Para que nos demos cuenta del carácter de total idad que hemos señalado en la expresión art íst ica, no es preciso que nos salgamos del principio deintuición pura, ni que introduzcamos en él correcciones olo que es peor, añadiduras eclécticas, bastándonos con que,sin salir de sus confines, observemos con el mayor rigorla riqueza de este principio, profundizando en él sin agotarel magno tesoro que encierra y que contiene.

De modo semejante, otra vez, contra los que afirmabanque el arte no es intuición, sino sentimiento, o no sólo intuición, sino sentimiento después, y reputaban fría la intuición pura, pudimos demostrar que ésta, precisamente porestar limpia de sugestiones intelectualistas y lógicas, estabatambién llena de pensamiento y de pasión, dando forma


intuit iva y expresiva a todo estado de ánimo, guardandotodo ca lor bajo aquella forma aparente. To da verdad eracreación de arte es intuición pura, a condición de ser puraintuición lírica. Y cuando hemos visto a teóricos recientesque, después de trabajosos rodeos y a campo traviesa, lleganen últ imo término a la conclusión de que el arte es intuición y además sentimiento, se nos antoja que no dicen nadade nuevo y que repiten lo que se ha dicho mil veces en losaforismos de los artistas y de los críticos, y que con aquel yde conjunción y con aquel además—que tanto aborrecíaHegel en filosofía—quedaban rezagados del lado de acáde la verdadera elaboración científica, s in que dentro delterreno de la Estética alcanzasen la razón de la unidad delprincipio explicativo, porque los dos caracteres así enunciados aparecen solamente como agregados el uno al otro,o a lo sumo soldados, de modo que lo que se necesita esencontrar a uno en el otro e identificarlos.

Por lo que se relaciona con el carácter universal y cósmico que justamente se reconoce a la expresión artíst ica—y ninguno dilucidó esta cuestión tan bien como Guillermo de Humboldt en su ensayo sobre Hermand and Doro thee (1)—, su demostración va implícita en el mismo principio, si lo examinamos con atención. Porque, ¿qué es unsentimiento o un estado de ánimo? ¿Es algo que pueda

destacarse de lo universal y desenvolverse por sí mismo?Por ventura la parte y el todo, el individuo y el cosmos,lo finito y lo infinito, t iene realidad el uno lejos del otro,el uno fuera del otro/ Hay que convenir forzosamente enque toda separación o todo aislamiento de los dos términosde la relación es una obra de abstracción, gracias a la cualexisten la individualidad abstracta, lo finito abstracto, aunidad abstracta y lo abstracto infinito. Pero la intuiciónpura o representación artíst ica rechaza la abstracción abiertamente, mejor dicho, no la rechaza, porque la ignora, porsu carácter cognoscit ivo ingenuo, que hemos llamado nor-

( 1 ) V é a n s e , s o b r e t o d o , l o s p a r á g r a f o s I V - X d e a q u e l e n s a y o , p á g in a s 129-140 d e l a e d i c ió n Gesamm. Schriffen, d e l a A c a d e m i a p r u s i a n a , v o l . I I .



12 0 BENEDETTO CHOCE

mal . En e l l a , l o s in g u la r p a lp i t a co n l a v id a d e l to d o y e lto d o es tá en l a v id a d e lo s in g u la r . Cad a p u ra rep resen ta c ió n a r t í s t ica es e l l a misma y e l u n iv e rso , e l u n iv e rso ena q u e l l a f o r m a i n d i v i d u a l e n l o u n i v e r s a l . E n t o d o a c e n t od e p o e ta , en to d a c r ia tu ra d e su fan tas ía , se d a to d o e l d es t in o h u man o , l a s i lu s io n es , lo s d o lo res , l a s a l eg r ías , l a s g ran d ezas y mise r ias h u man as , e l d rama p erp e tu o d e lo rea l , q u ed e v i e n e y c r e c e p e r p e t u a m e n t e s o b r e s í m i s m o , s u f r i e n d oy g o z a n d o .

P o r e s o e s i n t r í n s e c a m e n t e i n c o n c e b i b l e q u e e n l a r e p r e sen tac ió n a r t í s t ica p u ed a a f i rmarse n u n ca lo mero p ar t icu la r ,lo ab s t rac to in d iv id u a l , l o f in i to en su l imi tac ió n , y cu an d op arece q u e es to su ced e , y es to su ced e en c ie r to sen t id o a lg u n as v eces , l a r ep resen tac ió n o n o es a r t í s t ica o n o es tá lo g ra d a a r t í s t icamen te . En l as an s ias d e l t rán s i to d e l sen t imien toin med ia to a su med i t ac ió n y reso lu c ió n en e l a r t e , d e l e s t a d o p as io n a l a l e s t ad o co n temp la t iv o , d e l d esea r , an h e la r yq u ere r p rác t ico s a l co n o cer es té t ico , n o s co lo camo s, n o ene l t é r m i n o d e l p r o c e s o , s i n o e n e l p u n t o m e d i o , e n a q u e lp u n t o e n q u e n o s e d a l o n e g r o t o d a v í a y l o b l a n c o a p a r e c eb o r r o s o , y q u e n o p u e d e d e t e n e r s e e n t a l c o n t r a d i c c i ó n e s t é t ica , s in o p o r u n ac to d e a rb i t r io más o men o s co n sc ien tey d is t in to . Ar t is t as q u e se h an v a l id o d e l a r t e , n o só lo co moc o n t e m p l a c i ó n y s e r e n a m i e n t o d e s u s p a s i o n e s , s i n o c o m o

p a s i ó n m i s m a y c o m o d e s a h o g o d e e l l a , d e j a n p e n e t r a r , e nla rep resen tac ió n q u e e l ab o ran , lo s g r i to s y lo s l a t id o s d e sul i v i a n d a d , s a c u d i m i e n t o s y e x p l o s i o n e s d e á n i m o , d á n d o l ea l a r t e co n es ta co n tamin ac ió n asp ec to p ar t icu la r , f in i to yan g o sto . Cu y a p ar t icu la r id ad , f in i tu d y an g o stu ra n o so np r e d i c a d o s d e l s e n t i m i e n t o — i n d i v i d u a l y p a r t ic u l a r a l av e z , c o m o t o d a f o r m a y a c t o d e l o r e a l — n i d e l a i n t u i c i ó n•—in d iv id u a l y u n iv e rsa l a l a v ez—, s in o d e l sen t imien to q u en o e s s i m p l e m e n t e s e n t i m i e n t o y d e l a r e p r e s e n t a c i ó n q u en o e s p u r a i n t u i c i ó n t o d a v í a . D e a q u í l a o b s e r v a c i ó n h e c h av ar ias v eces d e q u e lo s a r t i s t as in fe r io res se mu est ran másd o c u m e n t a d o s r e s p e c t o a l a p r o p i a v i d a y a l a s o c i e d a d e nq u e v iv en q u e lo s a r t i s t as su p er io res , q u e se o lv id an d e sut i e m p o , d e l a s o c i e d a d y d e s í m i s m o s c o m o h o m b r e s p r á c -


t i co s . De aq u í l a e sp ec ie d e tu rb ac ió n q u e se ad v ie r t e enlas o b ras q u e t iemb lan d e p as ió n , p e ro q u e so n h ar to d e f i c ien tes en l a id ea l izac ió n p as io n a l , en l a fu erza d e l a fo rmain tu i t iv a , d o n d e rad ica e l ca rác te r p ecu l ia r d e l a r t e .

P o r e s t a r a z ó n , y a e n m i r e l a t i v a m e n t e j u v e n i l t r a t a d o d eEstética s e l e s a c o n s e j a b a q u e n o p r e s c i n d i e r a n d e l a e x p r e s ió n , cu y a t eo r í a d áb amo s, id en t i f icán d o la co n l a in tu ic ió n ,h a c i e n d o d e e l l a e l p r i n c i p i o d e l a r t e y d i v i d i é n d o l a e n e x p res ió n es té t ica y en ex p res ió n p rác t ica , q u e se l l ama ex p re s ió n , p e ro q u e n o es o t ra co sa q u e e l d esea r , t r amar , q u ere ry o b r a r m i s m o s , e n s u i n m e d i a t a c o n s i d e r a c i ó n , t r o c á n d o s een u n co n cep to d e l a ló g ica n a tu ra l is t a , o sea , en e l co mien z o d e u n d e t e r m i n a d o e s t a d o p s í q u i c o r e a l , c o m o , p o r e j e m p l o , en ' l a s in v e s t ig ac io n es d a rwin ian a s so b re la ex p res ió nd e l o s s e n t i m i e n t o s e n e l h o m b r e y e n l o s a n i m a l e s . L a d i fe ren c ia se i lu s t rab a co n e l e j emp lo d e q u e e l h o mb re q u ee s p r e s a d e l a i r a s e v a c o n s u m i e n d o a m e d i d a q u e s e d e j ad o min ar p o r e l l a , y q u e e l a r t i s t a se re t rae y l a d o min a y l av e n c e , c o l o c á n d o s e e n e l m a r c o d e o r o d e l a e x p r e s i ó n a r t í s t i ca . El imp u lso a r t í s t ico es t an p ro fu n d amen te d is t in to d e li m p u l s o p r á c t i c o q u e , c o m o t o d o s r e c o r d a r á n , e s t a d i f e r e n c i a h a s u g e r i d o l a e s c e n a h o r r e n d a d e u n a n o v e l a d e E d m u n d o d e G o n c o u r t , e n q u e u n a a c t r i z , j u n t o a l l e c h o d e m u e r t ed e l a m a n t e , s e v e o b l i g a d a p o r s u t e m p e r a m e n t o a r e p r o d u

c i r co n mímica a r t í s t ica lo s t razo s d e ag o n ía q u e ad v ie r t e ene l s e m b l a n t e d e l m o r i b u n d o .

Dar , p u es , a l co n ten id o sen t imen ta l l a fo rma a r t í s t ica esd ar l e e l ca rác te r d e to ta l id ad , e l mat iz có smico y , en es tecaso , to ta l id ad y fo rma a r t í s t ica n o so n más q u e u n a so laco sa . El r i tmo y e l met ro , lo s eco s , l a s r imas , l a s metáfo rasq u e sr . co n fu n d en co n l as co sas meta fo r izad as , lo s aco rd esd e co lo res y d e to n o s , l a s s imet r í as , l a s a rmo n ías , to d o s es to sp r o c e d i m i e n t o s q u e l o s r e t ó r i c o s h a n t e n i d o l a e q u i v o c a c i ó nd e e s t u d i a r d e m o d o a b s t r a c t o y d e c o n v e r t i r e n c o s a s e x t r í n secas , acc id en ta les y fa l sas , so n s in ó n imo s d e l a fo rma a r t í s t i c a q u e , i n d i v i d u a l i z a d a , a r m o n i z a l a i n d i v i d u a l i d a d c o n l au n iv e rsa l id ad q u e en e l mismo ac to se u n lv ersa l iza . Po r o t rap ar te , l a s t eo r í as q u e aso maro n en lo s a lb o res d e l a Es tét ica




m o d e r n a y f u e r o n p r e c o n i z a d a s e n l a A n t i g ü e d a d p o r l ao scu ra t eo r í a d e l a ca ta rs is , d e Ar is tó te l es , d esp o jan d o a l a r t ed e t o d o i n t e r é s — l a Interesselosigkeit, q u e d i j o K a n t — , d et o d o i n t e r é s p r á c t i c o , d e b e n i n t e r p r e t a r s e c o m o o t r a s t a n t a sd efen sas co n t ra l a t en d en c ia a in t ro d u c ir o a d e ja r p e rs is t i r e n e l a r t e e l s e n t i m i e n t o i n m e d i a t o , a l i m e n t o n o a b s o r b i d o p o r e l o r g a n i s m o y q u e s e t r u e c a e n v e n e n o , y n o c o m oaf i rmac ió n d e in d i fe ren c ia p o r e l co n ten id o d e l a r t e y red u c c ió n d e és te a u n ju eg o s imp le y f r iv o lo . Ta l a f i rmac ió nn o se d ab a en e l p en samien to d e Sch i l l e r , a l q u e se d eb ela in t e rv en c ió n p o co b en éf ica d e l a p a lab ra y d e l co n cep to d ejuego en l as d iscu s io n es es té t icas , y as í se en ten d ió en l a l l a m a d a ironía d e l a ex t rema escu e la ro mán t ica a l eman a , l ai ro n ía q u e Fed er ico Sch leg e l ce leb rab a co mo agilidad, L u d o -v i c o T i e c k c o m o f a c u l t a d d e l p o e t a " d e n o d a r s e c o m p l e t a m e n t e a l t e m a , r e s e r v á n d o s e u n p o c o " , y q u e t e r m i n ó e n u nar te d e b u fo n es , q u e so b rep u so co mo ú n ico id ea l l a b u r laa l v as to mu n d o d e l a r t e , f a rsa g ro tesca p ara l a q u e tu v ot a n t o s m i m o s y t e r n u r a s E n r i q u e H e i n e , a d o l e s c e n t e y q u emás t a rd e l a d esc r ib ía as í :

«Wahnsinn, der sig klug gebardet!Weisheit, welche, überschnappt!Sterbeseufzer, welche plozlichSich verwandeln in Gelachter...»

E s t a a f i r m a c i ó n n o s m o s t r a b a u n e j e m p l o i n s i g n e d e i n v a s i ó n d e l a i n d i v i d u a l i d a d p r á c t i c a d e l p o e t a e n l a p u r av is ió n d e l a r t e , co mo se v e , so b re to d o , en e l l l amad o artehumorístico q u e in d u jo a Heg e l a d iag n o st ica r l a d iso lu c ió ny a p r o f e t i z a r l a m u e r t e d e l a r t e d e l m u n d o m o d e r n o . S i s eq u is ie ra d emo st ra r mejo r , en su p ro p ia cu a l id ad , l a l ib e ra c ió n d e l a r t e co n re l ac ió n a l in t e rés p rác t ico , se p o d r ía d ec i rq u e n o se t ra t a en é l d e u n a su p res ió n d e t a l es in t e reses ,s in o d e h acer lo s v a le r to d o s a l a v ez en l a rep resen tac ió n ,p o r q u e d e e s t e m o d o s o l a m e n t e l a r e p r e s e n t a c i ó n i n d i v i d u a l ,s a l i e n d o d e l a p a r t i c u l a r i d a d y a d q u i r i e n d o e l v a l o r d e l a t o t a l i d a d , s e c o n v i e r t e e n c o n c r e t a m e n t e i n d i v i d u a l .

L o q u e a p a r e c e i n c o n c i l i a b l e c o n e l p r i n c i p i o d e l a i n t u i -


c ió n p u ra n o es l a u n iv e rsa l id ad , s in o e l v a lo r in t e l ec tu a l is t a yt r a s c e n d e n t e d a d o e n e l a r t e a l a u n i v e r s a l i d a d , e n l a f o r m ad e l a a l eg o r ía o d e l s ímb o lo , en l a semir re l ig io sa d e l a rev e l a c i ó n d e l D i o s r e c ó n d i t o y e n l a d e l j u i c i o q u e , d i s t i n g u i e n d o y u n i f i c a n d o s u j e t o y p r e d i c a d o , r o m p e e l e n c a n t o d e la r t e , su s t i tu y en d o e l r ea l ismo co n e l id ea l ismo y e l ju ic iop e r c e p t i v o o l a c o n s i d e r a c i ó n h i s t ó r i c a c o n s u s i n g e n u o s f a n t asmas . In co n c i l iab le , p o rq u e n o só lo es co n t ra r ia a l a ac tu a c ió n d e l a r t e , s in o p o r l a razó n d e q u e semejan te d esesp era d o e x p e d i e n t e t e ó r i c o e s s u p e r f l u o , e m p a c h a n d o , c o n u n p e s oin ú t i l , l a d o c t r in a d e l a in tu ic ió n p u ra , en l a q u e l a rep re s e n t a c i ó n a r t í s t i c a , c o m o s u p o n e p r e v i a m e n t e e l s e n t i m i e n to có smico , o f rece u n a u n iv e rsa l id ad in tu i t iv a , fo rmalmen t e d i s t i n t a d e l a u n i v e r s a l i d a d p e n s a d a e n a l g ú n m o d o yc o n s i d e r a d a c o m o c a t e g o r í a d e j u i c i o .

L o s q u e a c u d e n a s e m e j a n t e s e x p e d i e n t e s s e d e j a n l l e v a rd e e x i g e n c i a s m o r a l e s o m o r a l i s t a s , o r a c o n r a z ó n a n t e d e t e r m i n a d a s m a n i f e s t a c i o n e s d e u n a r t e f a l s o , o r a t e m e r o s o sa n t e o t r a s , q u e s o n m a n i f e s t a c i o n e s d e a r t e v e r d a d e r o , r e a l m e n t e i n g e n u a s e i n o c e n t e s . P o r e s o n o s p a r e c e o p o r t u n oa ñ a d i r a q u í q u e s ó l o c o n e l p r i n c i p i o d e l a p u r a i n t u i c i ó n ,l i m p i a d e t o d a t e n d e n c i a m o r a l , p u e d e n p r e s t a r s e , p o r u n ap ar te , v ál id as a rmas p ara l a p o lémica y , p o r o t ra , co lmarlo s mied o s in ju s t i f icad o s . So lamen te co n aq u e l p r in c ip io se

sep ara e fec t iv ame n te l a in mo ra l id ad ^ d e l a r t e , s in cae r en l ag a z m o ñ e r í a d e l m o r a l i s m o . P o r l o d e m á s , n o s e h a c e m á sq u e g l o s a r l a f a m o s a s e n t e n c i a d e 1 8 5 8 d e l T r i b u n a l d e P a r í s co n t ra e l au to r d e Madam e Bovary; "Attendu que lamission de la littérature doit étre d'orner et de recréer l'espriten élevant l'intélligence et en épurant les moeurs; attenduque pour accomplir le bien qu'elle est appelée a produire,ne doit pas seulement étre chaste et puré dans sa forme etdans son expréssion...", sen ten c ia q u e p o d ía se r f i rmad a p o ru n o d e lo s p erso n a jes d e l a misma n o v e la , p o r e l b o t ica r ios e ñ o r H o m a i s . H o m b r e s d e p o c a f e s o n l o s q u e e s t i m a nq u e l a mo ra l n eces i t a se r cu l t iv ad a a r t i f ic io samen te y man t en erse e rec ta en l a e sfe ra d e l as co sas mu n d an as y , co n e lmismo a r t i f ic io , in s in u ad a en e l a r t e . Po rq u e , s i l a fu erza




ét ica es e fec t iv amen te fu erza có smica y , r e in a d e l mu n d o ,q u e e s m u n d o d e l i b e r t a d , d o m i n a p o r v i r t u d p r o p i a , y e la r t e e s t a n t o m á s p e r f e c t o c u a n t o c o n m a y o r p u r e z a r e n a c ey e x p r e s a l a r e a l i d a d ; c u a n t o m á s p u r a m e n t e e s a r t e , m e j o ra r ran ca l a mo ra l d e l as co sas mismas . ¿ Q u é i m p o r t a q u e u nh o mb re se re fu g ie en e l a r t e p a ra a lo ja r en é l u n sen t i m i e n t o s u y o d e o d i o o d e e n v i d i a ? S i e s v e r d a d e r a m e n t e a r t i s t a , d e su misma rep resen tac ió n n ace rá e l amo r so b re e lo d io y se ju s t i f ica rá co n t ra su in ju s t ic ia . ¿Qu é imp o r ta q u eo t ro s co n v ie r t an l a p o es ía en có mp l ice d e su s p ro p ias l iv ian d ad es , s i en e l cu rso d e l t r ab a jo l a co n c ien c ia a r t í s t ica l e simp o n e u n if ica r l a d isp ers ió n in t e r io r , l imp ián d o les e l ch ar co d e l a lu ju r ia y o b l ig án d o les a p ro r ru mp ir en can to sin v o lu n ta r io s d e an g u st ia y d e t r i s t eza? Hab rá o t ro s q u e ,co n l a mira p u es ta en su s f in es p rác t ico s , acen tu arán u ni n c i d e n t e , m a t i z a r á n u n e p i s o d i o , p r o n u n c i a r á n c i e r t a s p a l ab ras ; p ero l a ló g ica d e su o b ra , l a co h eren c ia es té t ica , l e so b l i g a r á n a d e s a c e n t u a r a q u e l i n c i d e n t e , a n o m a t i z a r a q u e le p i s o d i o , a n o p r o n u n c i a r a q u e l l a s p a l a b r a s . L a c o n c i e n c i ae s t é t i c a n o t i e n e l a m i s i ó n d e p e d i r p r e s t a d o e l s e n t i m i e n t od e l p u d o r a l a c o n c i e n c i a m o r a l , p o r q u e l o t i e n e e n s í m i s ma , co mo p u d o r y cas t id ad es té t ico s , y sab e p er fec tamen tec u á n d o n o d e b e e m p l e a r o t r a s a r m a s q u e l a s d e l s i l e n c i o .Po r e l co n t ra r io , cu an d o u n a r t i s t a v io la es t e p u d o r , y se

a lza co n t ra l a co n c ien c ia es té t ica , y d e ja p en e t ra r en e l a r t elo q u e n o es tá ju s t i f icad o a r t í s t icamen te , au n q u e p ara ju s t i f ica rse acu d a a l a s más n o b les y d e l icad as in t en c io n es es ,a l a v ez , a r t í s t icamen te fa l so y mo ra lmen te cu lp ab le , p o rq u efa l t a a su d eb er d e a r t i s t a , q u e es su d eb er p ró x imo y u rg en te . La in t ro d u cc ió n d e lo o b scen o y d e lo sen su a l en e l a r t e ,a r g u m e n t o q u e t a n t o e s c a n d a l i z a a l a g e n t e t i m o r a t a , e s u n od e lo s caso s d e es ta in mo ra l id ad , y n o d ig o q u e sea s iemp ree l p e o r , p o r q u e a m í m e p a r e c e p e o r l a e s t ú p i d a e x h i b i c i ó nd e l a v i r tu d , q u e h ace es tú p id a a l a v i r tu d misma.

La ac t iv id ad es té t ica , en su asp ec to d e co n t ro l y d e f ren od e s í misma, su e le l l amarse g u sto . Sab id o es q u e e l g u sto enlo s v e rd ad ero s a r t i s t as y en lo s v e rd ad ero s ca tad o res d ea r t e , "se a f in a co n lo s añ o s" . En l a ed ad mo za p lace e l a r t e


a p a s i o n a d o , e x u b e r a n t e y c e n a g o s o , e n e l q u e a b u n d a n l a sex p res io n es in med ia tas y p rác t icas (amo ro sas , p a t r ió t icas , r e b e l d e s , h u m a n i t a r i a s ) ; p e r o p o c o a p o c o , s e n t i m o s l a n á u sea d e es to s sen t imien to s fác i l es , y n o s p lacen aq u e l l as o b rasd e a r t e , aq u e l lo s f rag men to s o p ág in as d e o b ras d e a r t e q u eh an a l can zad o l a p u reza d e l a fo rma , l a b e l l eza q u e n u n cacan sa y q u e n u n ca sac ia ; y e l a r t i s t a se h ace cad a v ez másd if í c i l y más d esco n ten to d e su l ab o r , y e l c r í t i co cad a v ezmás cau to en su s ju ic io s y más fe rv ien te y p ro fu n d o en su s

a d m i r a c i o n e s .Y y a q u e e s t a m o s h a b l a n d o d e e s t e t e m a , c o n t i n u a r é d i

c ien d o q u e l a f i lo so f ía d e l a r t e o Es tét ica , co mo to d a c ien c ia , n o v iv e fu era d e l t i emp o n i d e l as v ic is i tu d es h is tó r icas ,y p o r eso , seg ú n lo s t i emp o s , d esa r ro l l a e s t e o aq u e l o rd end e p ro b lemas re l a t iv o s a l o b je to q u e se p ro p o n e . Así , d u ran t e e l Ren ac imien to , en q u e l a p o es ía y e l a r t e en su s n u ev asv e s t i d u r a s r e a c c i o n a b a n c o n t r a l a t o s q u e d a d m e d i e v a l d e l p o p u lach o , l a d o c t r in a es té t ica h izo v a le r , so b re to d o , lo s p ro b lemas d e l a reg u la r id ad , d e l a s imet r í a , d e l d iseñ o , d e l l en g u a je , d e l e s t i lo , r eco n s t ru y en d o l a d isc ip l in a fo rmal so b ree l mo d e lo d e lo s an t ig u o s . Y cu an d o d esp u és d e t res s ig lo ses ta d isc ip l in a se t ro có en p ed an te r í a , y mo r t i f icó l a v i r tu dar t í s t ica d e l sen t imien to y d e l a fan tas ía , y to d a l a Eu ro p a

i n t e l e c t u a l i z a d a s e h i z o á r i d a p o é t i c a m e n t e , s o b r e v i n o c o m or e a c c i ó n e l R o m a n t i c i s m o , q u e i n t e n t ó u n r e t o r n o a l R e n a c i m i e n t o ; l a E s t é t i c a c o r r e s p o n d i e n t e s e a l i m e n t ó d e l o sp ro b lemas d e l a fan tas ía , d e l g u sto , d e l en tu s iasmo , ro mp ióco n lo s g én ero s y co n l as reg las y es tu d ió e l v a lo r d e l a in s p i r a c i ó n y d e l a e j e c u c i ó n e s p o n t á n e a s . P e r o a h o r a , d e s p u é sd e s i g l o y m e d i o d e R o m a n t i c i s m o , ¿ n o c o n v e n d r í a q u e l aEstét ica d iese may o r emp u je a l a d o c t r in a d e l ca rác te r có s m i c o o i n t e g r a l d e l a v e r d a d a r t í s t i c a , a l a d e p u r a c i ó n q u eés te ex ig e d e l as t en d en c ias p ar t icu la res y d e l as fo rmasi n m e d i a t a s d e l s e n t i m i e n t o y d e l a p a s i ó n ? V e m o s , e n e f e c to , q u e en Fran c ia y en o t ras p ar t es se s ig u e d iscu t ien d o l an e c e s i d a d d e u n " r e t o r n o a l o a n t i g u o " , a l o s p r e c e p t o s d eB o i l e a u y a l a l i t e r a t u r a d e l r e i n a d o d e L u i s el Grande, d is cu s ió n f r iv o la , p o rq u e n o es p o s ib le t a l r e to rn o , co mo n o




le fue posible al Renacimiento volver a la Antigüedad, nial Roman ticismo volver a la Edad Media. A ntój áseme, además, que estos predicadores del clasicismo están tentadospor la li teratura pasional mucho más que los adversariosque ellos combaten, que son frecuentemente almas sencillas y, como tales, fácilmente corregibles y transformables enartistas de tipo clásico. De modo que la exigencia, considerada en general, es legítima, porque responde a las actuales circunstancias históricas.

Según una observación que se ha hecho muchas veces,la li teratura moderna de los últimos cinco siglos tiene, en sufisonomía general, el aire de una gran confesión, siendo suobra capital, por tanto, las Confesiones del fi lósofo ginebri-n o . Este carácter de confesión acusa la abundancia en laliteratura de temas personales, particulares, prácticos, autobiográficos, de lo que he llamado antes desahogo, para distinguirlo de la expresión. Este carácter acusa también unadebilidad correlativa en la relación de la verdad integral yde flojedad o ausencia de lo que suele llamarse esti lo. También se ha disputado muchas veces acerca de las razones deque la mujer participe cada vez más en la li teratura. Y aunque un autor alemán de Poética, Borinski, sostenga que lasociedad moderna, atenta a las luchas diarias de los negocios y de la política, delega las funciones poéticas, como yalas delegaban las sociedades antiguas en los druidas y en lasprofetisas, yo creo que la razón fundamental de este hechodebe buscarse en el carácter de confesión que ha adoptadola li teratura moderna. Por eso se han abierto de par en parlas puertas a las mujeres, seres sumamente afectivos y prácticos que, como suelen leer los libros de poesía adivinandoentre líneas todo lo que casa con las propias y personalesventuras y desventuras sentimentales, se encuentran siempremuy a sus anchas cuando se les invita a volcar su alma, sinque se les dé una higa de la ausencia de estilo, por aquelloque ya se ha dicho tan sutilmente: "Le style ce n'est pasla femme". Las mujeres han tomado carta de naturaleza enla literatura contemporánea porque los hombres se han afeminado un poco estéticamente. Signo de feminidad es la


escasez de pudor que les permite sacar al aire libre sus propias miserias y ese frenesí de sinceridad que por ser frenesíno es sinceridad, sino ficción habilísima que procura adquirir la confianza con el cinismo, ofreciendo de ello un magnífico ejemplo el mismo Rousseau. Y así como los enfermos, los gravemente enfermos, usan de la mejor gana remedios que en lugar de aliviar agravan su dolencia, así durantetodo el siglo XIX, y también en nuestros días, se han hechomúltiples intentos para restaurar la forma y el estilo, laimpasibilidad, la dignidad, la serenidad del arte, la bellezapura. Estas cosas, buscadas por sí mismas, daban la medidade la deficiencia que se advertía y que se procuraba en vanosubsanar. Más viri l fue el segundo intento de sobrepujar elRomanticismo por el verismo y por el realismo, pidiendoauxilio a las ciencias naturales y a la disposición espiritualque éstas despiertan. Pero la exageración en el relieve dadoa lo particular y al conjunto de incidentes no se atenuó, sinoque floreció con aquellas escuelas, que eran románticas porsu derivación y por su carácter. De la misma exageración seresienten otras conocidas manifestaciones li terarias: desdela escritura artística, que en Francia formularon y representaron señaladamente los Goncourt, hasta los esfuerzos es-pasmódicos de nuestro Pascoli para dar realistamente las

impresiones inmediatas, y que hacen de él, en cierto sentido, el precursor del futurismo y de la música de los rumores.

La índole de la enfermedad de que adolece el gran cuerpode la li teratura moderna fue notada prontamente, no por críticos de segunda fila, sino por los más grandes y excelsosartistas de Europa. Casi con las mismas palabras, sin queninguna relación tuvieran entre sí, Goethe y Leopardi adivinaron y explicaron el contraste entre antiguos y modernos.Los primeros, decía el poeta alemán, "representaban laexistencia, y no sotros el efec to; ellos pinta ban lo terrible,nosotros pintamos terriblemente; ellos lo agradable, nosotros agradablemente...; de donde se deriva toda la exageración, todo el amaneramiento, toda la falsa gracia, todala timidez, porque cuando se trabaja el efecto, y sólo el efec-




to , n u n c a s e c r e e q u e s e l e h a c e s e n t i r b a s t a n t e " . L e o p a r d ia l ababa l a sencillez y la naturalidad de l os an t iguos , porc u y a s c u a l i d a d e s " n o a n d a b a n , c o m o l o s m o d e r n o s , d e t r á sd e l a s m i n u c i a s d e l a s c o s a s , d e m o s t r a n d o e v i d e n t e m e n t e e les t ud io del escr i t or que no habl a o descr ibe l a cosa como l an a t u r a l e z a n o s l a p r e s e n t a , s i n o u t i l i z a n d o , a n o t a n d o l a s c i r c u n s t a n c i a s , d e s m e n u z a n d o y a l a r g a n d o l a d e s c r i p c i ó n p a r abuscar e l ef ec t o , cosa que descubr e e l pr opós i t o , des t r uyel as nat ur al es desenvol t ur a y negl igencia , mani f i es t a e l ar t i

f i c i o y l a a f e c t a c i ó n e i n t r o d u c e e n l a p o e s í a l a n o v e d a dd e q u e s e h a b l e d e l p o e t a m á s q u e d e l a c o s a " . D e m o d oq u e l a " i m p r e s i ó n d e l a p o e s í a o d e l a r t e b e l l o " d e l o sa n t i g u o s " e r a i n f in i t a , y la d e l o s m o d e r n o s l i m i t a d a " . G o e t h es e v a n a g l o r i a b a d e h a b e r i n v e n t a d o u n a b u e n a p a l a b r a p a r az a h e r i r a l o s r o m á n t i c o s : l a poesía de lazareto, a l a cualo p o n í a l a poesía tirteica q u e n o s ó l o e s l a q u e c a n t a c a n c i o n e s d e g u e r r a , s i n o l a " q u e e n c i e n d e d e v a l o r a l h o m b r epar a sos t ener l as bat a l l as de l a v ida" . S i O sear Wil de pr ot es t ócont r a e l ad j e t ivo morboso apl icado a l sus t ant ivo arte, lac a l i d a d d e l p r o t e s t a n t e c o n v a l i d a l a o p o r t u n i d a d d e l a d j e t i v o .

E l carácter general d e u n a l i t e r a t u r a o d e u n a r t e n op u e d e l l e v a r s e d i r e c t a m e n t e , a l m e n o s c o m o j u i c i o , a l a s

obr as de poes í a pr oducidas por aquel ar t e o por aquel l a l i t e r a t u r a , y a q u e n o d e s i g n a n a d a p r o p i a m e n t e a r t í s t i c o op r o p i a m e n t e e s t é t i c o , s i n o u n a t e n d e n c i a p r á c t i c a q u e a c t ú ae n a q u e l l o q u e n o e s p r o p i a m e n t e a r t í s t i c o e n u n a l i t e r a t u ra : en su mat er ia y a l as veces en sus def ect os . Ser í a super -f l uo adver t i r que l os ar t i s t as de gen io , que l os poet as devena , que l as gr andes obr as y l as gr andes páginas , es dec i r ,t o d o l o q u e v e r d a d e r a m e n t e c u e n t a p a r a l a h i s t o r i a d e l ap o e s í a , n o s e s u j e t a n a l a e n f e r m e d a d n i a l a t e n d e n c i a g e n e r a l es . Los gr andes poet as y ar t i s t as conf l uyen en l a es f er al u m i n o s a d e c a d a p a í s y d e c a d a é p o c a , y s o n c i u d a d a n o s ys e s i e n t e n h e r m a n o s e n t r e s í , y a p e r t e n e z c a n a l s i g l o v i nant es de C r is t o , ya a l s ig l o xx después de C r is t o , ya v i s t anel peplo gr iego, el jubón f lorent ino, el just i l lo inglés o elb l anco l ino de l os or i en t a l es ; t odos son c l ás icos , en e l me-


j or sent ido de l a pal abr a , que es , a mi par ecer , l a f us iónde l o pr imi t ivo y de l o cul t o , de l a insp i r ac ión y de l a es c u e l a . T a m b i é n s e r í a e r r a d o c r e e r q u e l a d e t e r m i n a c i ó n d el a s c o r r i e n t e s d e l p e n s a m i e n t o , d e l s e n t i m i e n t o y d e l a c u l t u r a d e u n a é p o c a p e r j u d i c a a l e s t u d i o d e l a p o e s í a , p o r q u e ,en pr imer l ugar , hay que dar f or ma concr et a y ef i caz a l cr i t er io que separ a y d i s t anc ia a l os ver dader os ar t i s t as de l ossemiar t i s t as y de l os pr of es ional es y , en segundo, ayuda a lc o n o c i m i e n t o d e l o s g r a n d e s a r t i s t a s , d á n d o n o s c u e n t a d e

l as d i f i cul t ades que venc ier on y de l as v ic t or i as que l ogr a r o n s o b r e l a d u r a m a t e r i a t r a b a j a d a y q u e e l e v a r o n a c o n t e n id o de ar t e y , en f in—por que t amb ién l os gr and es ar t i st as t i enen su l ado f l aco—, nos ayuda a conocer sus def ect os .L a d e t e r m i n a c i ó n d e l a t e n d e n c i a d o m i n a n t e o c a r á c t e r g e ner a l s i r ve t ambién de av iso a l os ar t i s t as , pon iéndol os eng u a r d i a c o n t r a e l a d v e r s a r i o q u e e n c u e n t r a n e n l a s m i s m a sc o n d i c i o n e s e n q u e s e p r o p o n e n c r e a r , y c o n t r a e l q u e l ac r í t i c a n o p u e d e h a c e r l e s m á s q u e e s t a a d v e r t e n c i a g e n e r a l .P e r o p u e d e d e t e r m i n a r a s i m i s m o e s t a a d v e r t e n c i a q u e n opr es t en o í do a l as que ant es o después han descr i t o o des c r i b e n l a d i s p o s i c i ó n p s í q u i c a d e q u e v e n i m o s h a b l a n d o c o m o e x c l u s i v a d e u n p u e b l o o d e u n a r a z a y q u e h a p a s a d oa o t r o s p u e b l o s p o r c o n t a g i o e p i d é m i c o . P u e s s i e s v e r d a dque l a expr es ión inmedia t a , v io l ent a y t osca es l a más f r e c u e n t e e n t r e l o s p u e b l o s g e r m á n i c o s , q u e h a n t e n i d o m e n o sdispos ic ión par a e l r ef inamient o que o t r os puebl os , t a l ex p r e s i ó n e s , e n r e a l i d a d , u n a d i s p o s i c i ó n g e n é r i c a m e n t e h u m a n a , q u e a p a r e c e e n t o d o s l o s t i e m p o s y l u g a r e s . H i s t ó r i c a m e n t e , e s a e x p r e s i ó n , e n f o r m a i n t e n s a , o c o m o fenómenode masa, se mani f es t ó en t oda Eur opa, desde f ines del s i g l o X V I I I e n a d e l a n t e , p o r q u e r e s p o n d í a a l a s c o n d i c i o n e sf i l osóf icas , r e l ig iosas y mor al es cor r i en t es y comunes . Y comoy a h e m o s a d v e r t i d o q u e e s a t e n d e n c i a e s l i t e r a r i a s ó l o i n d i r e c t a m e n t e , p o r q u e d i r e c t a y p r i m i t i v a m e n t e e s d e o r i g e nfilosóf ico-rel igioso-moral , es ne cio t ratar de curarse de el lacon r ecet as de es t é t i cos f or mal i s t as , como s i dependiese dei g n o r a n c i a t é c n i c a o r e t ó r i c a . Y a h e m o s d i c h o c ó m o h a nf r acasado t odos l os in t en t os par a mej or ar l a y bor r ar l a . La




e n f e r m e d a d d e c l i n a r á y d e s a p a r e c e r á c u a n d o r e s u r j a u n anueva f e en e l a l ma eur opea que r ecoj a , a l f in , e l f r u t o det ant as angus t i as sos t en idas , de t an t as f a t igas e j er c i t adas , det a n t a s a n g r e d e r r a m a d a ; d e c l i n a r á y d e s a p a r e c e r á , c o m o h ad e c l i n a d o y v e n c i d o e n d e t e r m i n a d o s a r t i s t a s , a c o n s e c u e n cia del san o desa rrol lo de su ca rácter f i losóf ico-ét ico-rel igio-so , d e s u p e r s o n a l i d a d , f u n d a m e n t o d e l a r t e c o m o d e t o d o l od e m á s . Y s i n o d e c l i n a , a n t e s a u m e n t a y s e c o m p l i c a c o n

n u e v a s d o l e n c i a s d e u n p o r v e n i r p r ó x i m o , s e r á p o r q u e l as o c i e d a d h u m a n a , t a n t r a b a j a d a y t a n d o l i e n t e , n e c e s i t a t o d a v í a u n a p r u e b a m á s d u r a . C o n t o d o , l o s a r t i s t a s v e r d a d e r os a l canzar án s i empr e l a ver dad in t egr al y e l c l as ic i smo enl a f o r m a , c o m o d u r a n t e e l s i g l o x i x h a n s a b i d o l i b e r t a r s e d e lmor bo que l os c i r cundaban l os ar t i s t as que honr an a l a l i t e r a t u r a m o d e r n a : G o e t h e , F o s e ó lo , M a n z o n i , L e o p a r d i , T o l s -t o i , Maupassant , Ibsen , C ar ducci .

A P É N D I C E

i

I R O N Í A , S Á T I R A Y P O E S Í A

C u a n d o l a m e n t e s e h a h e c h o f a m i l i a r c o n e l c o n c e p t od e q u e e l a r t e e s f o r m a , o s e a c o n t e n i d o c o m o f o r m a e x p r e s iv a — c o n c e p t o q u e e n l o s ti e m p o s m o d e r n o s h a p a sa d o as a n g r e y f u e g o — , n o p o d e m o s r e f r e n a r c i e r t o s e n t i d o d em a r a v i l l a s i t o r n a m o s a p r e s e n c i a r l o s i n t e n t o s d e v i e j o scr í t i cos y es t é t i cos que se es f uer zan por d i s t ingui r en t r emat er ias ar t í s t i cas y mat er i as no ar t í s t i cas , en t r e sent imient o s d e o r d e n p o é t i c o y s e n t i m i e n t o s n o p o é t i c o s o n o p o e t i -zabl es . C on f r ecuencia , l o mismo que l os t r a t ad is t as del ar t ed r a m á t i c o , l l e g a n a a s e r t o s e x t r a v a g a n t e s ; p o r e j e m p l o , aaf i r mar que l os per sonaj es de t r aged ia deben ser s i empr e

m o n a r c a s , p r í n c i p e s , s e ñ o r e s o , c u a n d o m e n o s , a l t o s d i g n a t ar ios del Es t ado , y que l os r omanos y l os gr iegos er an poé t i cos , per o no l os v i s igodos o l os l ombar dos , l os bár bar os yl o s m o d e r n o s . D e s p u é s d e h a b e r n o s s o n r e í d o a n t e t a l e s e x t r a v a g a n c i a s y d e h a b e r r e c h a z a d o e l s u p u e s t o t e ó r i c o d e a q u e l l a s d i s t i n c i o n e s e n t r e s e n t i m i e n t o s y s e n t i m i e n t o s , t e n e m o sl a o b l i g a c i ó n d e c o m p r e n d e r — c o m o h a c e e l h is t o r ia d o r d el a poe s í a— qué ex igencia s ar t í s ti cas , h is t ór i ca men t e det e r m i n a d a s , a c t úa n e n e l fo n d o d e la s p r i m e r a s o — c o m o d e b ehacer e l f i l ósof o— qué ex igencias t écn icas se esconden enl as en t r añas de l as segundas .

D e t e n i é n d o n o s e n e s t a s ú l t i m a s , q u e s o n l a s q u e a h o r an o s i m p o r t a n , t e n e m o s q u e a ñ a d i r a e s t a s d i s t i n c i o n e s f a l a ces una ex igencia j us t a , un motivo de verdad: l a n e c e s i d a dde d iscer n i r l a poes í a pur a y e l ar t e pur o de l a poes í a y del




a r t e a p a r e n t e s y e x t r í n s e c o s , a d m i t i e n d o , m á s o m e n o s c l a ramente , q u e la fo rma ex p res iva es ah ora p u ra y l ib re , ys o lamente e l la mis ma, au nq u e nos s i rva p ara f i nes té cn i cos yp rá c t i cos .

E n o t r o s t é r m i n o s : l a i n v e s t i g a c i ó n d e l a d i s t i n c i ó n e n t r elas mater i as o p ar tes de la rea l idad q u e s on p oé t i cas y lasq u e n o l o s o n , a u n q u e s e f o r m u l e a b s u r d a m e n t e , e q u i v a l ea l a d i s t i n c i ó n l e g í t i m a , n o e n t r e m a t e r i a y m a t e r i a , s i n oen tre las fo rmas es p i r i tu a les ; y en es te cas o , en t re la ex p re

s i ó n q u e es s e n t i m i e n t o p u r o o i n t u i c i ó n p u r a — p o e s í a — , l ae x p r e s i ó n q u e e s s i gn o d e p e n s a m i e n t o • — p ro s a — y l a e x p r e s i ó n q u e e s i n s t r u m e n t o d e c o n m o c i ó n d e l o s a f e c t o s oa c c i ó n — o r a t o r i a — . D i s t i n c i ó n , p a r a e l q u e e s t u d i e e la r t e ( 1 ) , t a n f u n d a m e n t a l q u e , a u n q u e s ó l o d e p a s a d a , yp ocas veces de p rop ós i to , s e h ay a fo rmu lado y s i s temat iz adot e ó r i c a m e n t e s e e n c u e n t r a e n l o s j u i c i o s c o m u n e s c u a n d os e a f i rma q u e ta l comp os ic ión es e locu en te , p ero no p oé t i cay q u e o t ra es p ros a i ca o d idá c t i ca . Es tos modos de ju z g ars e e m p l e a n c o r r i e n t e m e n t e , n o s ó l o p a r a l a p o e s í a , s i n o p a r alas demá s a r tes , cu ando s e h ab la , p or e jemp lo , de p in tu rasv e r d a d e r a m e n t e p i c t ó r i c a s , p r o s a i c a s , n a r r a t i v a s , o r a t o r i a s ,ed i f i can tes , ex c i tan tes , o de es cu l tu ras y a rq u i tec tu ras p ros a i cas y p oé t i cas .

C o n v i e n e h a c e r c a d a v e z m á s c o n s c i e n t e , v i g o r o s o y m e t ó d i co e l emp leo de es ta def in i c ión , s in la cu a l (p ara a tenernosa l a c r í t i c a e h i s t o r i a d e l a p o e s í a y n o a m o n t o n a r e j e m p l o sd e d i s t i n t a s p r o c e d e n c i a s ) n o n o s e s p o s i b l e c o m p r e n d e r l ana tu ra lez a y la h i s to r i a de tan tas ob ras q u e s e l laman (ene l s e n t i d o g r i e g o , m e n á n d r e o , r o m a n o , i t a l i a n o d e l R e n a c imien to y f rancé s de l S ig lo de Oro) comedias, y d e t a n t a so tras q u e s e l laman nove las en e l s ig lo Xix (nove las p s i co lóg icas , s oc i a les , e tc . ) , q u e p er tenecen s u s tanc i a lmente a lah i s to r i a de la p ros a , de la re f lex ión y de l p ens amien to , y q u ec o m o t a le s se j uz g a n , a u n q u e i n v a d e n e l c a m p o d e l a r t e . N on o s e s d a d o t a m p o c o c o m p r e n d e r l a l l a m a d a lírica— po re jemp lo , la c lá s i ca l í r i ca f rances a— q u e no es l í r i ca , q u e es

( 1 ) V éas e m i s Conversazioni critiche, 1, 56-63.


má s b ien e l revers o de la l í r i ca , y q u e p er tenece a la h i s t o r i a d e l a e l o c u e n c i a , l u g a r d o n d e s o l a m e n t e p u e d e s e r e n t e n d i d a y e s t i m a d a e n s u c a r á c t e r p r o p i o y d e n t r o d e s u sl í m i t e s . P e r o c o n v e n d r í a , a m i p a r e c e r , p r o f u n d i z a r m e j o re l c a r á c t e r d e l a o r a t o r i a , q u e g e n e r a l m e n t e v a u n i d a a l ai m a g e n d e l s o l e m n e s a c u d i m i e n t o o e n c e n d i m i e n t o d e l á n i mo en ob ras de a l ta p o l í t i ca y mora l , p ero q u e es , en e fec to ,má s amp l i a de lo q u e acu s an es tas fo rmas ap arenc i a les yq u e s e e x t i e n d a n a t o d a s l a s c o m p o s i c i o n e s o m á s b i e n at o d a s l a s a c c i o n e s q u e d i s p o n e n a c i e r t o s e s t a d o s d e á n i m o ,

de a fecc ión y des afecc ión , de p arc i a l a fecc ión o de p arc i a ld e s a f e c c i ó n , d e a p r e c i o o d e d e s p r e c i o .

En e fec to , todos los q u e es tá n p rov i s tos de l s en t id j del a p o e s í a n o s e a t r e v e n a l l a m a r poesías a mu ch as ob ras q u es u e len cons eg u i r e l e fec to q u e ap e tecen , l lamá ndo las , encamb io , g rac ios as , l i ndas , ag u das , canc ionab les , i rón i cas , e tc .N o d e s e a r í a n s e g u r a m e n t e q u e d e j a r a n d e e x i s t i r ; l a s d e s ean , las b u s can , g oz an con s u t ra to y con s u fami l i a r idad ;p ero s i l as l lamas en p oes ía , s i l as oy es en l lamar as í , l es p are c e r í a q u e p r o f a n a b a n o q u e c o n s e n t í a n p r o f a n a r e s t e n o m b re , q u e s e res erva a a lg o má s ín t imo, má s au s te ro , má s s anoy m á s r e l i g i o s o . E l e n a m o r a d o n o t o l e r a q u e n a d i e s e b u r l ed e s u a m o r , y J a p o e s í a e s a m o r d e l a v i d a e n c o n t e m p l a c ión , amor a leg re y melancó l i co , s u b l ime y t r i s te , conf i adoy d e s e s p e r a d o , c o m o e s s i e m p r e e l a m o r . P e r o l o s d e m á safec tos q u e no s on de amor p or la v ida , s ino de ex c lu s ión ,r e d u c c i ó n o v a l o r a c i ó n d e u n a f o r m a c u a l q u i e r a d e v i d a c o nv e n t a j a d e o t r a , l l e v a n e n s í m i s m o s e l m a r c h a m o d e l o b r a rp r á c t i c o , d a n d o l u g a r a l a o r a t o r i a c o m p r e n d i é n d o l a e n e ls e n t i d o a m p l i o e n q u e a q u í l a h e m o s d e f i n i d o .

C o m o l a o r a t o r i a , c o m o t o d a o r a t o r i a , e s o s a f e c t o s s u p o n e n a l g o m á s q u e l a s i m p l e p o e s í a : s u p o n e n u n a c r í t i c a ou n a r e f l e x i ó n q u e s e c o n v i e r t e e n a c c i ó n s o b r e s í m i s m o s os o b r e l o s a f e c t o s d e l o s d e m á s . E l p o e t a , e n c u a n t o h o m b r e ,es verdad q u e re f lex iona , c r i t i ca , s a t i r i z a , s e b u rla , i ron iz a ,v e l a s u p e n s a r ; p e r o c o m o p o e t a s u p e r a e s t a s p o s t u r a s e s p i r i tu a les , fu nd ié ndo las con todas las demá s en la v i s ión to ta lde la rea l idad , q u e es s i emp re s er i a como ta l rea l i dad , q u e




n o p u e d e d e s v a l o r a r s e n i r i d i c u l i z a r s e , p o r q u e n o t i e n e f r e n t e a e l l a o t r a r e a l i d a d q u e p u e d a s u s t i t u i r l a y c o n t r a p o n e r s ea e l la . La p oes ía es omni la te ra l , p o l i fo rme, y la o ra to r i a ,u n i fo rme y u n i la te ra l . Raz ón p or la cu a l mu ch os es té t i cosd e l p e r í o d o r o m á n t i c o , q u e r i e n d o l l e v a r a l a p o e s í a l a s c o r r i en tes p es imis tas , en tonces b as tan te p oderos as , s in des t ru i rla p oe t i c idad de e l la , tu v i e ron q u e re fu g iars e en c i e r ta s u b l i m e ironía, o e n c i e r t o p r o f u n d o h u m o r i s m o , q u e e r a u n acos a no o ra to r i a , no ex c lu s iva , no u n i la te ra l , s i no r i s a y l lan toa la vez y , en res u men , v ida no p rá c t i ca , s ino p oé t i ca .

A l r e c o m e n d a r l a e l a b o r a c i ó n m e t ó d i c a y e l e m p l e o c r í t i co de es ta d i s t i nc ión fu ndamenta l , g rac i as a la q u e d i s cer n imos y d i s t i ng u imos , en t re las d ivers as ac t i tu des es p i r i tu a les , l a ac t i tu d p oé t i ca g enu ina , s e r ía s u p erf lu o adver t i rq u e d e b e m o s g u a r d a r n o s m u y m u c h o d e m a t e r i a l i z a r l a , c o m os e h a c í a e n a l g ú n t i e m p o , i d e n t i f i c á n d o l a c o n o t r a s d e d i s cu rs o r í tmico o de d i s cu rs o mé tr i co , de o rac ión s u e l ta yorac ión l ig ada , de metros y es t ro fas p ros a i cos y de metros yes t ro fas p oé t i cos , o con comed ia y t rag ed ia , s á t i ra y l í r i ca ,nove la y p oema, e tc . Lo q u e nos l levar ía a t ras ladar la d i s t i n c i ó n d e l o i n t e r n o a l o e x t e r n o , d e s a p a r e c i e n d o é s t e e ne l t é r m i n o c o n t r a r i o , a c u e n t a d e c o n f u n d i r l o p o é t i c o c o nlo imp oé t i co y a l revé s . Cu y a tendenc i a es má s b i en u nainc l inac ión a lo fá c i l , p orq u e las d i s t i nc iones l levadas ex ten s a m e n t e y d e e s t e m o d o m a n e j a d a s c u e s t a n p o c o t r a b a j o a lp e n s a m i e n t o , s i n r e q u e r i r e x c e s i v a c r í t i c a , s i n p o d e r e x i m i r s e n u n c a d e l a n e c e s i d a d d e p e n e t r a r e n l a i n d i v i d u a l i d a d d e la c t o , d o n d e s o l a m e n t e l e e s c o n c e d i d o s e p a r a r l a s d i v e r s a sac t i tu des es p i r i tu a les y la p oes ía de la no p oes ía . Ba jo lasv e s t i d u r a s d e l a p r o s a , d e l a c o m e d i a , d e l a n o v e l a p u e d el a t i r v e r d a d e r a y c o n m o v e d o r a l í r i c a ; b a j o l a s d e l v e r s o ,d e l a t r a g e d i a , d e l p o e m a , n a d a m á s q u e r e f l e x i ó n y q u eo r a t o r i a .

E n l o s t i e m p o s l l a m a d o s d e d e c a d e n c i a e s t é t i c a a b u n d a nlas fo rmas p ros a i cas y o ra to r i as tomada s p or p oé t i ca s ; f lo re -s i endo , h as ta en s u s má s var i ados mat i ces , l a b roma, la b iz a r r ía , l a b u r la , l a p arod ia y la ca r i ca tu ra , como a tes t ig u a e lsiglo X V I I I e n I t a l i a , t a n r i c o d e p o e m a s h e r o i c o - c ó m i c o s y


de p arod ias , de vers os y p ros as b u rles cos , y cu y a mis ma l í r i c a a m o r o s a s e c o n v i e r t e e n o b r a d e a r g u c i a , d e j u e g o yd e d i v e r s i ó n , p r e p a r a n d o l a A r c a d i a . Y e n e s t a ú l t i m a é p o c al i t e r a r i a , q u e n o t i e n e , d i g a m o s l a v e r d a d , f u e r t e s e n t i d op o é t i c o y f i n o g u s t o a r t í s t i c o , h a y u n a g t a n p r o d u c c i ó n d earte irónico, q u e t o m a a i r e s d e p r o f u n d i d a d , y q u e c u a n d ono s e de ja o rear p or es tas co rr i en tes p arece vacu a , conv i r t i é ndos e , a lo s u mo, en s imp le ju eg o , es fo rz ado y f r ío a lasv e c e s . D e m o d o q u e l a i n v e s t i g a c i ó n q u e s e r e c o m i e n d a ,a p a r t e d e s u v a l o r c r í t i c o u n i v e r s a l , t i e n e o t r o s i n c r ó n i c o y

a c t u a l . E n b u e n a p a r t e d e l a l i t e r a t u r a c o n t e m p o r á n e a , q u ec o n u n a n d a m i a j e d e s e n f r e n a d o y c a p r i c h o s o q ui e r e d a r n o sa e n t e n d e r q u e e s h i j a d e u n s e n t i m i e n t o i m p e t u o s o y q u ee s i n d o m a b l e a f u e r z a d e í m p e t u y d e o r i g i n a l i d a d , q u e l eo b l i g a a p r o r r u m p i r e n f o r m a s i n u s i t a d a s d e e x p r e s i ó n , seadv ie r te e l f r ío i rón i co y o ra to r io , l a t ro la y , s imu ltá neamente , l a m a l i c i a q u e , p e r c i b i e n d o o s o s p e c h a n d o q u e n o v a as er c re ída , lo toma todo a b u rla . Con es o es tan imp os ib leh a c e r p o e s í a c o m o h a c e r d u l c e s c o n s a l y p i m i e n t a .



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E N T O R N O A L A G R A D A C I Ó N D E L A S O B R A S

D E A R T E

La sol i c i t ud de mant ener en su t t ono l a idea de l a poes í ase t r aduce en e l deseo l egí t imo que debe buscar se en e lf o n d o d e l p r o b l e m a , a b s u r d o y c o n s t a n t e m e n t e r e n o v a d o , d euna gr adac ión a escal a de l as obr as de ar t e .

A b s u r d o , p o r q u e e s e v i d e n t e q u e d o s o b r a s d e a r t e o d epoes í a son dos mundos , compl et os en s í mismos , que nos u f r e n c o m p a r a c i ó n n i m e d i d a ; s o n d o s c a l i d a d e s q u e n op u e d e n r e d u c i r s e a c a n t i d a d e n n i n g ú n r e s p e c t o . P o d r á d e c i r s e q u e u n a o b r a e s p e q u e ñ a o g r a n d e a t e n d i e n d o a s u sseñal es fí si cas , a l espac io o a l t i em po —he cho espec ia l —que cada una de e l l as ocupe, y as í dec imos que un sonet oe s p e q u e ñ o c o n r e l a c i ó n a u n a t r a g e d i a , u n a m i n i a t u r a c o nr el ac ión a un f r esco , una ménsul a con r e l ac ión a una ig l es ia .P e r o e n e s t e c a s o a c t u a m o s a e x p e n s a s d e l a i m a g i n a c i ó n ode l a r e t en t iva sobr e l o ext er no y pr áct i co , sobr e l o no poé t i co . S e p o d r í a , e n o t r o s e n t i d o , h a b l a r d e o b r a s m e n o s c o m pl ej as y de obr as más compl ej as , s egún l os es t ados de des -a n o l l o e s p i r i t u a l d e l a H u m a n i d a d y d e l i n d i v i d u o ; p e r oen es t e caso se t r a t a de met áf or as cuant i t a t ivas par a des ig nar d i f er enc ias cual i t a t ivas y de ca l idades in t e l ec t ual es ymor al es , per o no ar t í s t i cas .

Has t a cuando se t i ene del ar t e un concept o f a l az y se l econf unde dent r o del s i s t ema y de l a c l as i f i cac ión de l asc ienc ias nat ur al es , como l e ocur r e a Ta ine , es impos ibl e gr a duar l as obr as de ar t e , por que es , en ef ect o , ar b i t r ar io ase ver ar que aquel l as obr as de ar t e que se r ef i er en a l genus


homo o a l genus vivens son superiores a las que se ref ierenal homo europosus, angélicas o gállicus. D ebe l eer se e l l ibr i -t o d e T a i n e De l'idéal dans l'art c u a n d o q u e r a m o s c o n o c e rd e c e r c a e s t e p u n t o d e v i s t a . N o a c e r t a m o s a c o m p r e n d e rpor qué e l genus t i ene más val or que l a species o la speaesq u e e l individuum omnim ode deterviinalum.

P o r o t r a p a r t e , l a g r a d a c i ó n , l a d e t e r m i n a c i ó n c u a n t i t a t i va , no l ogr a e l f in que se pr opone de d i s t ingui r l os val or esd e l a s o b r a s y d e c o n s t i t u i r ó r d e n e s d e d i g n i d a d , p o r q u e , a u ncon es t a suer t e de l óg ica , l a escal a numér ica per mi t e l a in

ser c ión , has t a l o inf in i t o , de f r acc iones , en t r e númer o y núm e r o e n t e r o ; d e m o d o q u e , d o n d e s e c r e e d i f e r e n c i a r , e s t a b l ec iendo l í neas d iv i sor ias , l o que se hace es poner un ind i -f e r e n c i a b l e c o n t i n u o .

A b a n d o n a n d o e l p r o b l e m a a b s u r d o y v o l v i e n d o a l m o t i vo l egí t imo, és t e queda sa t i s f echo cuando e l pr obl ema sef or mul a con una d is t inc ión en t r e l as obr as que se l l aman depoes í a , obr as de poes í a ver dader a y pr opia , y aquel l as o t r asque t i enen l as apar ienc ias y e l nombr e de t a l es , per o queno l o son .

¿Q ué son , en t onces? Son, an t e t odo , l as obr as que hemosr e c o n o c i d o i n t r í n s e c a m e n t e p r o s a i c a s o d i d á c t i c a s ; s o n l a so b r a s l l a m a d a s c o n m o v e d o r a s o e m o c i o n a n t e s , q u e s o n d e s ahogos y no expr es iones pur as ; son , en f in , l as obr as quel l a m a m o s d e i m i t a c i ó n , p o r q u e , e n l a p o e s í a c o m o e n l af i losofía, "cuando los reyes construyen, los arr ieros no estánociosos" ; y as í como t oda obr a c i en t í f i ca or ig inal va segui da de expos i t or es , d ivul gador es , compi l ador es y ec l éct i cos ,as í t oda ver dader a obr a poé t i ca va seguida de l i t er a t os ya r t í f i c e s q u e l a r e p i t e n , l a c o n t a m i n a n c o m b i n á n d o l a c o no tras , l a var í an super f i c i a l ment e y se dan e l a i r e de nuevospoet as , cuando son l os v ie j os , d i sminuidos , a l t er ados y nosust i tuidos. Estas obras, u otras semejantes a éstas, son lasque neces i t amos d is t ingui r de l as pr imer as , ca l i f i cándol asc o m o o b r a s d e s e g u n d o , d e t e r c e r o o d e c u a r t o o r d e n , j u z gándol as , a l as veces de in t er esant es , decor osas y b ien hech as , per o no de gen ia l es , n i de ideal es , n i de bel l as , n i deser enas , n i de v ivas , n i de o r ig inal es . N o se t r a t a de d i f e -




r e n c i a s c u a n t i t a t i v a s , s i n o c u a l i t a t i v a s ; n o s e t r a t a d e o b r a sp oé t i cas de s eg u nda es ca la , s i no de ob ras no p oé t i cas .

A t e n i é n d o n o s f u e r t e m e n t e a e s t e c r i t e r i o , s e a p a g a r á e s ed e s e o l e g í t i m o d e c l a r i d a d y d e d i s t i n c i ó n , q u e n o s e b o r r a ,s ino q u e s e des v ía en los i n ten tos de c las i f i cac ión cu an t i ta t i va de lo h e te rog é neo . Y ta l vez log remos ap lacar a l mis mot i e m p o o t r o s e n t i m i e n t o n o t a n l e g í t i m o , c o m o e s e l m i e d oa p e r d e r n o s e n l o i n n u m e r a b l e , m i e d o f a n t á s t i c o , c o m o t o d o slos miedos , y q u e carece en es te cas o de l fan tá s t i co ap oy od e q u e l a s o b r a s d e a r t e s e a n i n n u m e r a b l e s . L a h i s t o r i a

p r o d u c e d e t a r d e e n t a r d e , y c o n l a r g o s i n t e r v a l o s , o b r a s d ep o e s í a p u r a y o b r a s d e p e n s a m i e n t o p u r o . ; e l c o r o d e s a f o r a d o q u e l a s r o d e a e s t á c o m p u e s t o d e v o c e s d e o t r a n a t u ra lez a y de ecos má s o menos dé b i les y confu s os .

I I I

D I S C I P L I N A Y E S P O N T A N E I D A D

U n l a m e n t o q u e s e h a e x p r e s a d o m u c h a s v e c e s , y q u evu elve a es cu ch ars e con f recu enc i a , s e fu nda en e l con tras teen tre e l s en t ido ex q u is i to de la fo rma, p rop io de los es cr i t o r e s d e l a e d a d q u e s e c i e r r a e n I t a l i a c o n e l R e n a c i m i e n to y en F ranc i a con e l s ig lo de Lu is XI V, y e l g u s to , u n tan tog r o s e r o y e l e m e n t a l , d e l o s e s c r i t o r e s q u e p e r t e n e c e n a e d a des p os te r io res y q u e i n i c i an la l i t e ra tu ra d ivu lg adora , p o lé mica y s en t imenta l de l s ig lo XVI I I . Lamento s emejan te s erep i te ob s ervando la d i l ig enc i a y s o l i c i tu d con q u e s e t ra b a jab an los ob je tos p or los a r t í f i ces de o t ras edades y la p ocas u s tanc i a , d i s imu lada en t re e l o rop e l de las ap ar i enc i as , q u eh a y e n l a s p r o d u c c i o n e s d e l a i n d u s t r i a m o d e r n a .

R e c o r d a r é , p o r q u e e s l o p r i m e r o q u e m e v i e n e a l a m e m o r i a , l o q u e d i c e n S a i n t e B e u v e e n s u e n s a y o s o b r e L aB r u y é r e y T a i n e e n s u e n s a y o s o b r e R a c i n e . E s t e ú l t i m o ,a d v i r t i e n d o e l t r a b a j o e x q u i s i t o q u e p o n í a R a c i n e e n s up r o s a , e s c r i b e : " Nous autres, aujour-d'hui, barbares écri-vains de la décadence, no us avons peine a compren dre eesscrupules".

L a d i s t i n t a t e n d e n c i a , c o n t r a s t a d a c o n l a b u e n a m a n e r aa n t i g u a , e n lo q u e r e s p o n d e a v e r d a d h i s tó r i c a s e r e l a c i o n acon e l ca rá c te r y a es tu d iado ; en v i r tu d de l cu a l la l i t e ra tu r a m o d e r n a s e v a l e m á s d e l a efusión q u e de la expresión. E nla conmoción de l a fec to s e des l i z a a lg u na vez la p a lab ra ju s ta , l a p a lab ra ú n i ca , l a p a lab ra qui soit la bonne, c o m o p e d í ap r e c i s a m e n t e L a B r u y é r e ; p e r o l o f r e c u e n t e e s q u e , p a r a



14 0 BENEDETTO CHOCE

cons eg u i r mejor los f i nes de l desabogo, s e v a l g a d e s i n ó n i mos , de p a lab ras má s o menos imp rop ias , de g i ros , de f ras esh ech as y h as ta de la re tó r i ca má s t r i v i a l y manos eada .

P o r o t r a p a r t e , n o p o d e m o s o l v i d a r n o s d e l p e r i o d i s m o ,q u e es u na fo rma de o ra to r i a es cr i ta . A é l p arece re fe r i rs eS a i n t e B e u v e c u a n d o e s c r i b e : " Sous tant des formes gentil-les, semillantes ou solennelles, allez au fond: la nécessité derempiir des feuilles d'impresslons, de pousser a la colonneou au volume sans faire semblant, est la. II s'ensuh undéveloppem ent démesuré d u détail qu'on saisit, qu'on brode

qu'on am plifie et qu'on effile au passage, ne sachant sipateille occasion se retrouvera. Je ne saurais diré combien ilen resulte, a mon sens, jusqu'au sein d es plus gra nds talents,dans les plus beaux poémes, dans les plus belles pages enprose — o h ! beaucoup de savoir-faire, de facilité, de dextérité,de main-d' ceuvre savante, si l'on vent, víais aussi je ne saisquoi que le comm un des lecteurs ne distingue pas du reste,que l'homm e de goüt lui-méme peut laisser passer dans laquantité, s'il ne prende garde— le simulacre et le fauxsemblant du talent, ce qu'on appelle CHIQUÉ en peintureet qui est l'affavre d'une pouc e encoré h abile méme alors quel'sprit demeure absent".

C o n c e d i d o e s t o , h a y q u e e s t a r a t e n t o s a l p r e j u i c i o e s c o lá s t i co y a l a fo r i s mo q u e los an t ig u os def in ían laudatio tem-poris acti, n o o l v i d a n d o q u e l a l u c h a e n t r e l a p a l a b r a p r o p i ay l a i m p r o p i a , e n t r e l a p a s i ó n y l a p o n d e r a c i ó n , e n t r e l ad i f íc i l i nves t ig ac ión de la b e l lez a e te rna y la h u mana inc l i nac ión q u e nos l leva a lo fá c i l , a lo q u e s e cons ig u e p ron to ,en t re e l t rab a jo y la h o lg anz a , la tens ión y la d i s tens ión , esd e t o d o s l o s t i e m p o s , p o r q u e e s i n t r í n s e c a a l e s p í r i t u h u m a n o . P o r e s o s e h a n d a d o clásicos en los t i emp os má s d ivers osy p or es o en todos los c lá s i cos h ay a lg o no c lá s i co . P edroC o r n e i l l e p e d í a c l e m e n c i a e n u n a d e l a s e p í s t o l a s - d e d i c a t o r i as q u e f ig u ran a l f ren te de u na de s u s comed ias : "Nouspardonno ns beaucoups des choses aux anciens; nous admironsquelquefois dans leurs écrits ce que nous ne souffririons pasdans les nótres; nous faisons des mystéres de leurs imperfec-tions et couvrons leurs fautes du norn de licenses poétiques.


Le docte Scaliger a remarqué des taches dans tous les latins;et de moins sav ants que lui en remarquera ient, dans les grec-ques et dans Virgile mém e, a qu'il dresse des autels sur lemépris des autres. Je vous laisse. done a penser si notre pré-somption ne sérait pas ridicule, de prétendre qu'une exactecensure ne pút mord re sur nos ouvrages, puisque ceux de eesgrands génies de l'antiquité ne se peuvent pas soutenircontre un rigoureux examen ".

O t r o a s p e c t o s e d e r i v a d e l c o n t r a s t e q u e s e q u i e r e d e s

m e n u z a r e n d e m a s í a ; p o r e s o c i t a r é l a s o b s e r v a c i o n e s d eD e S a n c t i s s o b r e l a m a r m ó r e a p r o s a d e L e o p a r d i , q u e i l u s t r a n m a r a v i l l o s a m e n t e e l t e m a . " S e s i e n t e l o m u e r t o , a l g op a r a d o , q u i e t o , q u e n o s e a j u s t a a l a i m p a c i e n c i a d e n u e s t r oe s p í r i tu m o d e r n o , a l a v e l o c i d a d d e n u e s t r a a p r e h e n s i ó n .N u e s t r o s c l á s i c o s q u i e r e n d e m o s t r a r l o t o d o y d e s c r i b i r l o t o d o , d e d o n d e a r r a n c a l a n e c e s i d a d d e l p e r í o d o p a r a c i r c u n d a r u n a p r o p o s i c i ó n d e t o d a s s u s c i r c u n s t a n c i a s a c c e s o r i a s .L a e x p o s i c i ó n d e s m e n u z a d a e n g e n d r a l a i m p a c i e n c i a e n l o si n t e l e c t o s m o d e r n o s , h e c h o s a v e r c l a r o y pronto an te la s o laap ar i c ión de las cos as , en es tos t i emp os de l te lé g rafo y de lv a p o r , s o b r e t o d o . D e l m i s m o m o d o q u e l o s d i a l e c t o s s ecomen las s í lab as , y con e l ip s i s y té rminos t ru ncados y s ob re e n t e n d i d o s s e h a c e n m á s r á p i d o s y v i v o s q u e l a l e n g u a m a t e r n a , s e p r o c e d e h o y e n l a s l e n g u a s , b u s c a n d o r a p i d e z y

b r í o , l l e g a n d o e n s e g u i d a a l a c o n c l u s i ó n , c o m i é n d o s e l a sp r e m i s a s . E s u n p r o g r e s o e n e l p e n s a m i e n t o q u e r e q u i e r ee l m i s m o p r o g r e s o e n l a e x p r e s i ó n ; n o h a y p e o r c o s a q u eb u s car en la leng u a p roces os j f o r m a s a n t i g u o s , c o n s i d e r a d o s c o m o i n v i o l a b le s , p a r a e n c e r r a r , y e n c a r c e l a r e l p e n s a m i e n t o . H o y , g r a c i a s s o b r e t o d o a l a l i b e r t a d p o l í t i c a , n a c eu na p ros a má s s u e l ta , de má s e las t i c idad , conforme a losi n f i n i t o s p o r o s d e u n p e n s a m i e n t o m á s d e s a r r o l l a d o y c o ns u b a s e e n l o m á s v i v o d e l a l e n g u a q u e s e h a b l a . . . " .

L a v e r d a d e s q u e e l a r t e d e l a p r o s a , n a c i d o d e l a r t e d el a p o e s í a , h a d e j a d o p r o n t o a u n l a d o e l s e l l o d e s u d e s t i n o ;d e a q u í l a t e n d e n c i a a t r a t a r m á s p r o p i a m e n t e e l p u r o s e n t i m i e n t o , e n c u a n t o s e h a c e e x p r e s i ó n , y n o e l p e n s a m i e n t o ,q u e es c r í t i ca . As í los g randes p ens adores , c lá s i cos a s u modo ,




pocas veces han s ido inc l u idos en l os prosistas cl ásicos . N iK a n t , n i H e g e l e n A l e m a n i a , n i B r u n o y V i c o e n I t a l i a , n is i q u i e r a A r i s t ó t e l e s , n i t a m p o c o , e n c i e r t o s e n t i d o , D e s c a r tes , del cual l eemos en l as h is t or i as de l a l i t er a t ur a f r ancesa que su mér i t o como escr i t or "a peut-étre été surfait" p o r q u e "il a une phrase longue, enchevétrée ¿'incidentes et desubordo nnées, alourdie de relatifs et des conjonctions, quisent en jin le latin et le collége; il la manie avec insoucience;la laisse s'étaler sous les poids d e la pensée, sans coquetterie

inondaine et sans inquiétude artistique" ( L a n s o n ) . C e n s u r a sq u e t i e n e n s u p a r t e d e r a z ó n , p e r o q u e s o n c o n m á s f r e c u e n c i a i r r a c i o n a l e s e i n d i s c r e t a s , p o r q u e d e b e c o n s i d e r a r s e q u elos f i lósofos han de saber cómo se escr ibe de f i losofía, conq u é á n i m o , c o n q u é pathos, con qué acent os , e ins i s t enc ia , yr azonamient os , y suges t iones , s in que l es impor t e un b l edol a o p i n i ó n d e l o s h o m b r e s d e m u n d o , q u e n o v i v e n s u d r a m ament al . Los poet as , ar t i s t as y es t i l i s t as , cuando hacen pr osa ,c a e n c o n f a c i l i d a d e n m i n u c i a s , e n h a l a g o s , e n d a r d e m a s i a d o r e l i e v e y d e m a s i a d o c a l o r a l o s i n c i d e n t e s , c o m o d e c l a r óe l p e n s a d o r T o m m a s e o , q u e d e c l a r a b a s i n e u f e m i s m o s q u equer í a t r abaj ar l a pr osa como l a poes í a y t r abaj ar más sobr el a per i f er i a que sobr e e l cent r o . En c ier t o sent ido , l os t i emp o s m o d e r n o s h a n c r e a d o v e r d a d e r a m e n t e l a p r o s a , l a p r o s apr osa ica , y no l a pr osa poé t i ca o r e t ór i ca .

C o n es t o no se quier e af i r mar que, l a prosa — que t i en es i e m p r e u n s e c t o r p o é t i c o d e s e n t i m i e n t o y e x p r e s i ó n l í r i ca— no d eba obser va r e l r i t mo y t om ar e l ca l or o e l co l ord e l a v i d a y q u e n o l e c o n v e n g a l a d i s c i p l i n a , e l ars rethorica.el cursus, y l os f r enos y br idas que r equier e t oda obr a human a . E s t a e f e c t i v a c o n c i l i a c i ó n d e o p u e s t o s n o e s d e m a t e r i a n i obser vac ión h is t ór i cas , n i de d i s t inc ión t eór ica , s inoa c h a q u e d e i n g e n i o y d e g u s t o . "II y a dans l'art—decí a LaBr uyér e con pal abr as que me pl ace r epet i r aquí par a aca b a r — un point de perfection comme de. bonté ou de matu-rité dans la nature: celui qu i le sent et q ui l'aime, a le goutparfait; celui qui ne le sent pas, et qui aime en-deca ouau-dela, a le goút défectueux".



S E R I E V E R D E : E N S A Y O S Y F I L O S O F Í A

V O L U M E N S E N C I L L O

.V.V.V.V.VtVAV.V.%\• • • • • • • • • • • • • • • • • •

' • • • • • • • • • • • • • • • • •• • • • • • • • • • • • • • • •• • • • • • • • • • • • •• • • • • • • • • • • •• • • • • • • • • • • »

Benedetto Croce nació en Pescasseroli en 1866 ymurió en Ñapóles en 1952. Dedicó sus primerosaños al estudio de la literatura italiana y de la his-tria napolitana. Más adelante descubrió su verdade

ra vocación al adentrarse en el estudio de la filosofía, escribiendo ya en 1902 dos de sus obras capital e s : la Filosofía del espíritu y ia Estética. A éstassiguieron otras obras no menos importantes comola Lógica, la Filosofía de la práctica y Teoría de laHistoriografía. En 1903 fundó la revista La Críti-

c a , donde se revisó la historia y literatura de Italia.Intervino también en - política; fue dos veces minist r o , la última en 1944 en el «gobierno antifascistade liberación». Este B R E V I A R I O D E E STÉTICAe s , no obstante su dimensión, una de sus mejoresobras. Es considerada unánimemente como una

acertada iniciación a los estudios estéticos, asequible a toda clase de lectores.

COLECCIÓN AUSTRAL

ESPASA-CALPE

benedetto croce - breviario de estética (espasa-calpe s. a.-1985)

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