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BOLETIM MENSAL DA AUTORIDADE NACIONAL DE PROTECÇÃO CIVIL / Nº26 / MAIO 2010 / ISSN 1646–9542 NOTÍCIAS — PÁG.2/3 > Vasco Franco no 3.º aniversário da ANPC > Cerimónia SIRESP > Desenvolvimento do SIPE > Comissão Nacional aprova Planos de Emergência NOTÍCIAS DOS DISTRITOS —PÁG. 4 > CDOS Porto treina acidente aéreo > Castro Verde testa Plano de Emer- gência TEMA— PÁG. 5 > Desenvolvimentos recentes no siste- ma de vigilância sísmica nacional DESTAQUE — PÁGS. 6 /7 > Sismos INTERNACIONAL — PÁGS.8/9 > Missão da UE no Chile LEGISLAÇÃO — PÁG. 10 > Renovação da Comissão de Serviço por três anos do Presidente da ANP C QUEM É QUEM — PÁG.11 > Regimento de Sapadores Bombeiros de Lisboa AGENDA — PÁG.12 26 ÍNDICE Eyjafjallajokull, eyja jalla jokull… ou simplesmente vulcão A diversidade das dependências e a disponibilidade de alternativas são factores relevantes e que aos mais variados níveis não devem ser des- curados. Refiro-me à vida das pessoas, dos povos e das nações. Ficou provado uma vez mais, a 14 de Abril, com a entrada em acti- vidade do vulcão, no sul da Islândia. Provocou caos sem precedentes em diversos aeroportos europeus que estiveram encerrados vários dias, com perdas históricas, segundo dizem. Com excepção do espaço aéreo português, apenas parcialmente atingido na região dos Açores, a pluma vulcânica afectou praticamente toda a Europa. A Protecção Civil, ciente dos problemas que poderiam advir em Lisboa, Porto e Faro, em estreito contacto com a ANA e as Direcções daqueles aeroportos, iniciou a avaliação sistemática da situação no seu âmbito e a preparação dos planos de intervenção nos domínios do apoio médico-sanitário, alojamento/instalações temporárias, imple- mentação do fornecimento de alimentação de recurso, tendo a activa- ção daqueles sido concretizada no âmbito Municipal em Lisboa. A resposta coordenada e pronta do Sistema de Transportes sob a tutela do MOP TC permitiu, em articulação com países europeus, reforçar com solução adequada a componente ferro e rodoviária. Este facto confirma a nossa asserção inicial de opção por uma es- tratégia de desenvolvimento que inclua diversidade de dependências e a existência de alternativas facilmente mobilizáveis. Relevo aqui a prontidão com que todos os Agentes de Protecção Civil envolvidos responderam. Arnaldo Cruz ................................................................. EDITORIAL Distribuição gratuita Para receber o boletim PROCIV em formato digital inscreva-se em: Maio de 2010 www.prociv.pt ....................... ................................................................ .......................................

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B O L E T I M M E N S A L DA AU T O R I DA D E N AC I O N A L D E P R O T E CÇ ÃO C I V I L / N º 2 6 / M A I O 2 010 / I S S N 16 4 6 – 95 42

N O T Í C I A S — PÁG . 2 /3

> Vasco Franco no 3.º aniversário da ANP C> Cerimónia SIR E SP> Desenvolvimento do SIPE> Comissão Nacional aprova Planos de EmergênciaN O T Í C I A S D O S D I S T R I T O S — PÁG . 4 > CDOS Porto treina acidente aéreo

> Castro Verde testa Plano de Emer-gênciaT E M A — PÁG . 5

> Desenvolvimentos recentes no siste-ma de vigilância sísmica nacionalD E S TAQ U E — PÁG S . 6 /7

> Sismos I N T E R N AC I O N A L — PÁG S . 8/ 9

> Missão da UE no Chile

L E G I S L AÇ ÃO — PÁG . 10

> Renovação da Comissão de Serviço por três anos do Presidente da ANP CQ U E M É Q U E M — PÁG .11

> Regimento de Sapadores Bombeiros de LisboaAG E N DA — PÁG .12

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ÍND

ICE

Eyjafjallajokull, eyja jalla jokull… ou simplesmente vulcão

A diversidade das dependências e a disponibilidade de alternativas são factores relevantes e que aos mais variados níveis não devem ser des-curados. Refiro-me à vida das pessoas, dos povos e das nações.

Ficou provado uma vez mais, a 14 de Abril, com a entrada em acti-vidade do vulcão, no sul da Islândia. Provocou caos sem precedentes em diversos aeroportos europeus que estiveram encerrados vários dias, com perdas históricas, segundo dizem. Com excepção do espaço aéreo português, apenas parcialmente atingido na região dos Açores, a pluma vulcânica afectou praticamente toda a Europa.

A Protecção Civil, ciente dos problemas que poderiam advir em Lisboa, Porto e Faro, em estreito contacto com a ANA e as Direcções daqueles aeroportos, iniciou a avaliação sistemática da situação no seu âmbito e a preparação dos planos de intervenção nos domínios do apoio médico-sanitário, alojamento/instalações temporárias, imple-mentação do fornecimento de alimentação de recurso, tendo a activa-ção daqueles sido concretizada no âmbito Municipal em Lisboa.

A resposta coordenada e pronta do Sistema de Transportes sob a tutela do MOP TC permitiu, em articulação com países europeus, reforçar com solução adequada a componente ferro e rodoviária.

Este facto confirma a nossa asserção inicial de opção por uma es-tratégia de desenvolvimento que inclua diversidade de dependências e a existência de alternativas facilmente mobilizáveis.

Relevo aqui a prontidão com que todos os Agentes de Protecção Civil envolvidos responderam.

Arnaldo Cruz

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N O T Í C I A S

P. 2 . P R O C I V

Assinatura do Protocolo

com o I S T1.

1.

Número 26, Maio de 2010

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M A I assina protocolo no âmbito da Segurança Interna com o I S T e a A I P

O Ministério da Administração Interna (M A I) assinou no dia 7 de Abril um protocolo com o Instituto Superior Técnico (IST) e a Associação Industrial Portuguesa (A I P), para a cooperação no âmbito das tecnologias aplicadas à segurança interna.

No âmbito do protocolo de cooperação será criada uma comissão mista que terá como missão estabelecer mecanismos de cooperação para potenciar a investigação e o desenvolvimento de soluções inovadoras para responder às novas exigências e desafios da segurança, assim como o desenvolvimento de parcerias que estimulem o tecido empresarial e o sistema científico e tecnológico. O protocolo engloba várias áreas de cooperação, como a recepção e processamento de imagens captadas por satélite, robôs terrestres para busca e salvamento e reconhecimento de pessoas através de dados biométricos de segurança.

SE P C preside a Seminário sobre Planos Municipais de Segurança Rodoviária

O Secretário de Estado da Protecção Civil, Vasco Franco, presidiu no dia 7 de Abril, no Auditório da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto, ao seminário “Planos Municipais de Segurança Rodoviária”. O seminário, organizado pela Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (A NSR) e pelo Governo Civil do Porto, contou ainda com o apoio dos Governos Civis de Braga, Bragança, Viana do Castelo e Vila Real. Esta acção foi a primeira de um ciclo promovido pela A NSR, a que se seguirão mais quatro seminários, a realizar nos meses de Abril e Maio, através dos quais se pretende incentivar a elaboração de Planos Municipais, no âmbito da Estratégia Nacional de Segurança Rodoviária, como medida de combate à sinistralidade nas nossas estradas.

No decorrer da sua intervenção o Secretário de Estado da Protecção Civil recordou que, apesar da significativa redução de mortos nos últimos anos, a sinistralidade rodoviária ainda “é a maior emergência no país, não se podendo vencer este desafio nacional sem o empenhamento dos municípios”.

Desenvolvimento do SI PE

A A N PC está a desenvolver o SI PE – Sistema de Informação de Planeamento de Emergência, uma plataforma tecnológica que permitirá o acesso aos planos de emergência de protecção civil dos diversos níveis territoriais. O projecto, co-financiado por fundos comunitários no âmbito do Programa Operacional Valorização do Território, visa disponibilizar ao público as componentes não reservadas dos planos, enquanto que o acesso às componentes reservadas será feito pelos serviços, agentes e entidades interessados, mediante palavra-passe.

Depois de em Dezembro passado terem ficado concluídos os testes– –piloto à solução tecnológica, está actualmente em curso o desenvol-vimento e instalação dos perfis de acesso para os diversos utilizadores. Prevê-se que ainda este ano o SI PE seja disponibilizado em regime experimental no sítio da A N PC na internet.

Cerimónia de apresentação do SI R E SP

A rede SI R ESP está concluída e a cerimónia da sua apresentação decorreu no Centro de Congressos de Lisboa (antiga FIL) com a entrega simbólica de 18 mil terminais aos organismos do Ministério da Administração Interna e com a demonstração do funcionamento da rede SI R ESP, que já abrange todo o território continental e o arquipélago da Madeira, e dos respectivos terminais de comunicação.

Durante a cerimónia realizou-se uma demonstração desta rede, que abrange todo o território continental e o arquipélago da Madeira, e dos respectivos terminais de comunicação.

N O T Í C I A S

P R O C I V . P.3Número 26, Maio de 2010

Vasco Franco no 3.º aniversário da

ANPC

A A N PC completou 3 anos no passado dia 1 de Abril e para assinalar esse dia o Comandante Operacional Distrital de Leiria, José Manuel Moura, fez uma breve apresentação da situação vivida no Chile, após o sismo que abalou este país da América Latina.

Recorde-se que com a entrada em vigor da Lei nº 27/2006, de 3 de Julho, que aprovou a Lei de Bases de Protecção Civil, foi redefinido o sistema de protecção civil, assumindo a Autoridade Nacional de Protecção Civil (A N PC) um papel fundamental no âmbito do planeamento, coordenação e execução da política de protecção civil.

Foram assim conferidos à A N PC os instrumentos

2.

Presidente da A N P C

no discurso do 3.º

aniversário

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2.

jurídicos e orgânicos necessários a garantir a segurança das populações e a salvaguarda do património, com vista a prevenir a ocorrência de acidentes graves e catástrofes, assegurar a gestão dos sinistros e dos danos colaterais e apoiar a reposição das funções que reconduzam à normalidade nas áreas afectadas.

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Relatório de Segurança Interna apresentado

O Ministério da Administração Interna realizou nos dias 26 e 27 de Março as primeiras ‘Jornadas de Segurança’ que decorreram no Auditório 8 do Centro de Congressos de Lisboa. Durante estas jornadas foi apresentado o Relatório Anual de Segurança Interna relativo a 2009, o qual revela que a criminalidade participada registou um decréscimo de 1.2% em relação a 2008 (menos 4.979 crimes). Verifica-se também que a criminalidade violenta e grave diminuiu 0.6% em relação ao ano anterior (menos 154 crimes). Este tipo de criminalidade representa apenas 5.8% do total de crimes participados em 2009.

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3.º número dos “Cadernos Municipais” dedicado ao tema da Protecção Civil

Decorreu no dia 14 de Abril, no salão dos Bombeiros Voluntários Lisbonenses, a apresentação do 3.º número dos “Cadernos Municipais” da Fundação Res Pública, subordinado ao tema “Protecção Civil”. A sessão contou com a presença do Secretário de Estado da Protecção Civil, Vasco Franco.

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Ex–Governadora Civil da Guarda Condecorada

O Ministro da Administração Interna, Rui Pereira, condecorou Maria do Carmo Borges, anterior Governadora Civil do Distrito da Guarda, com a Medalha de Mérito de Protecção e Socorro. A Cerimónia teve lugar no dia 15 de Abril, no Salão Nobre do Ministério da Administração Interna, em Lisboa.

Enquanto Governadora Civil do distrito da Guarda, Maria do Carmo Pires Almeida Borges, revelou, no exercício de funções, elevadas qualidades de liderança, dedicação e proximidade em relação a populações e a agentes da protecção civil, na área da protecção e socorro, e desenvolveu uma actividade digna de relevo na direcção e coordenação de recursos e no diálogo com autarquias e instituições públicas e privadas, sempre com o intuito de garantir uma resposta eficaz no domínio da protecção civil, em especial no âmbito do combate a incêndios florestais - como é amplamente reconhecido. Assim, foi concedida à Dra. Maria do Carmo Pires Almeida Borges a medalha de mérito de protecção e socorro, no grau ouro e distintivo laranja.

Comissão Nacional aprova Planos de Emergência

A Comissão Nacional de Protecção Civil aprovou, na sua última reunião, as revisões dos Planos Municipais de Emergência de Protecção Civil de Alandroal, Barrancos, Coimbra, Elvas, Odivelas, Seixal e Santo Tirso. Estes documentos destinam-se a fazer face à generalidade dos acidentes graves ou catástrofes que possam ocorrer na área dos respectivos municípios, tipificando as normas, missões e procedimentos a accionar aquando da ocorrência de operações de protecção civil.

Actualmente, todos os municípios de Portugal Continental dispõem de planos gerais de emergência de primeira geração, os quais se encontram a ser actualizados pelas respectivas autarquias ao abrigo dos critérios e normas técnicas definidas legalmente em 2008. Com esta aprovação, passam a ser 9 os municípios de Portugal Continental detentores de planos de segunda geração, abrangendo cerca de 6% da população e 3% da superfície do território continental.

N O T Í C I A S

P. 4 . P R O C I VNúmero 26, Maio de 2010

2.

Exercício “Águia–10”1.

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Livex – EC I F 20102.

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E C I F 2010

À imagem dos anos anteriores, o CDOS de Aveiro realizou no dia 17 de Abril um LI V E X – ECIF 2010, envolvendo todos os Corpos de Bombeiros do Distrito de Aveiro e agentes de protecção civil pertencentes ao DECIF. Este exercício teve como cenário um incêndio florestal de grandes dimensões na zona da Mata Nacional das Dunas de Vagos, concelho de Vagos e decorreu entre as 08h30 e as 13h00.

O LI V E X foi observado por peritos franceses do Serviço de Incêndio e de Socorro da Gironde (SDIS 33 de Gironde, França) e contou com o apoio do Governador Civil de Aveiro, da Federação dos Bombeiros do Distrito de Aveiro e da Câmara Municipal de Vagos.

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Castro Verde testa Plano de Emergência

Castro Verde exercitou o seu Plano Municipal de Emergência designado “ESISCA ST RO/2010” e que integrou todos os Agentes de Protecção Civil.

O cenário do simulacro foi a ocorrência de um sismo de magnitude 6,5 na escala de Richter na zona de Castro Verde, considerando-se a proximidade desta localidade à falha de Messejana.

Foram exercitadas as capaci-dades da estrutura operacional ao nível Municipal / Distrital e dos Agentes de Protecção Civil e entidades que integram o SIOPS, nomeadamente Corpos de Bombeiros, GN R, Forças Armadas, SM PC, I N E M, Estradas de Portugal, Estradas da Planície e escolas do concelho de Castro Verde.

C D OS Porto treina acidente aéreo

No dia 13 de Março decorreu, na periferia do Aeroporto Francisco Sá Carneiro, um exercício distrital organizado pelo CDOS Porto. Este exercício, “Águia 10”, visou testar a resposta do distrito face a um acidente com ocorrências distintas e simultâneas, pelo que além de um acidente aéreo fizeram parte do simulacro um incêndio florestal, um urbano e um industrial, bem como um acidente rodoviário com vítimas e um acidente com matérias perigosas.

Estiveram envolvidos no simulacro todos os Corpos de Bombeiros do Distrito (47), GN R, C V P, I N E M, I NM L, SM PC Vila do Conde, A NA, Exército, Lactogal, Metro do Porto, Hospitais de S.João, Santo António, Santos Silva, Pedro Hispano, Braga e Prelada e a Junta de Freguesia de Modivas. Intervieram 369 operacionais dos vários agentes de Protecção Civil com 115 veículos. Para desempenhar o papel de ‘vítimas’ estiveram no local 150 figurantes, ex–escuteiros da Fraternidade Nuno Álvares.

1.

T E M A

P R O C I V . P.5Número 26, Maio de 2010

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Durantes os últimos 4 anos assistiu-se a um desenvolvimento significativo no sistema de vigilância sísmica nacional. Este desenvolvimento resultou da implementação de um projecto de modernização da rede sísmica (MODSI NAC), o qual contou com financiamentos da Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT) e do Instituto de Meteorologia (I M) e ainda colaboração da Galp Energia. Este projecto visou resolver alguns constrangimentos da rede sísmica, tais como sensibilidade limitada a uma banda de frequências muito estreita, baixa dinâmica de registo e inexistência de registos digitais em tempo real, com a introdução de vários melhoramentos nas estações sísmicas remotas e com a adopção de tecnologias com suporte para transmissão e processamento em tempo real.

Estes melhoramentos possibilitaram a aquisição de dados de grande qualidade em estações de elevada sensibilidade, equipadas não só com sensores de velocidade de banda larga mas também com acelerómetros (para registo de movimentos fortes), a transmissão de dados digitais com maior qualidade, a monitorização em tempo real nos Centros Operacionais do I M (Continente e Açores), a automatização na detecção de sinais sísmicos, localização de eventos e avaliação da magnitude, o desenvolvimento de um sistema de aviso rápido para as autoridades de Protecção Civil, e ainda o desenvolvimento de produtos de qualidade acrescentada, nomeadamente os shakemaps (estimativas de distribuição da intensidade sísmica com base em registos instrumentais).

A rede sísmica passou a contar com 21 novas estações de banda larga e registo acelerométrico, distribuídas pelo Continente (15), Madeira (2) e Açores (4). Os dados são maioritariamente transmitidos por satélite (VSAT) e também por Internet. A rede sísmica dos Açores, em particular, vai contar ainda com mais 3 estações de características semelhantes, a instalar durante o presente ano de 2010. Em paralelo foram introduzidos diversos melhoramentos nas antigas estações sísmicas de curto período, essencialmente ao nível das comunicações e do sistema de gestão de dados, tendo sido possível integrá-las na mesma plataforma de processamento. No total o I M opera cerca de 53 estações, sendo 24 de banda larga e 29 de curto período.

Desenvolvimentos recentes no sistema de vigilância sísmica nacional

Sismograma1.

1.

Um dos produtos mais importantes para os serviços de protecção civil é a notificação rápida em caso de sismo relevante. Em cerca de 3 minutos (Continente) passou a ser possível localizar sismos regionais e avaliar a respectiva magnitude, com validação por um operacional de sismologia (em serviço 24h/7d), sendo esta informação utilizada para automaticamente estimar o impacto, em termos de intensidade sísmica teórica, nas populações mais próximas. Em caso de o sismo ser considerado como potencialmente sentido (intensidade teórica >=II) é imediatamente emitido um aviso para a Protecção Civil, através de vários meios, tais como SMS, E–mail e fax, sendo mais tarde actualizado se a situação o justificar. Um outro produto particularmente importante é o shakemap, que consiste num conjunto de mapas com estimativas de distribuição da intensidade sísmica e de outros parâmetros, tais como valores de pico de aceleração e velocidade obtidos com base em registos instrumentais, e com os quais é possível avaliar rapidamente a distribuição dos efeitos dos sismos.

Fernando Carrilho, Instituto de Meteorologia

D E S T A Q U E

Número 26, Maio de 2010

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Sismos e vulcões

1.

Os sismos acontecem porque habitamos um planeta cuja superfície terrestre não é imóvel, como se supunha no passado.

A camada superficial da Terra é constituída por “fragmentos” sólidos, chamados “placas tectónicas”. Estas, flutuando sobre o manto, de características líquidas, movem-se como unidades distintas, deslizando, afastando-se ou chocando umas contra as outras.

Quando os níveis de tensão produzidos por estes movimentos ultrapassam o limite elástico dos materiais que as constituem deformam-nos.

Esta deformação pode ocorrer de um modo dúctil (dobramento), ou por ruptura, após ter sido ultrapassado o valor crítico de acumulação de energia e vencido o atrito. Neste caso, grandes quantidades de energia acumulada durante longos períodos é libertada repentina e bruscamente sob a forma de calor e de ondas elásticas, isto é, produz-se um sismo.

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Dobramento da crosta

terrestre (Alpes)1.

Parte desta energia propaga-se sob a forma de ondas.

Os sismos correspondem, pois, às vibrações das rochas e solos resultantes da passagem das ondas sísmicas. Estas vibrações junto à superfície topográfica podem causar danos nas estruturas produzidas pelo Homem.

Para além do efeito directo da passagem das ondas, podem ocorrer outros fenómenos associados, capazes de produzir estragos significativos, nomeadamente ruptura superficial, cedência de solos, escorregamento de terrenos ou tsunami.

Estas ondas, produzidas numa ruptura, são classificadas de acordo com as suas velocidades de propagação e o tipo de vibração que produzem, assim:

As ondas P (Primárias), do tipo compressivo, são as mais rápidas, podendo propagar-se tanto em meios sólidos como líquidos. A velocidade de propagação em granitos, por exemplo, é de cerca de 5,5 k m/s. Em meios líquidos, é incomparavelmente menor. Por exemplo, na água, é de apenas cerca de 1,5 k m/s.

Nestes últimos tempos muito se tem escrito e ouvido sobre sismos. Por que é que eles acontecem? Como é que se desencadeiam? Por que é que acontecem mais nuns locais que noutros? Como é que se mede a sua perigosidade? Finalmente… podem prever-se ou não?. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

O movimento de vibração das ondas S (Secun-dárias) dá-se perpendicularmente à direcção de propagação, pelo que são chamadas ondas de corte. A passagem da onda obriga a que os planos verticais se movam “para cima e para baixo”.Est Estas só se propagam em meios sólidos. A sua velocidade é menor do que a das ondas P. Nos granitos, por exemplo, é de cerca de 3 k m/s.

A razão entre a velocidade das ondas P e S é constante; os sismógrafos (pelo menos 3), registam o tempo de chegada de cada uma delas; podemos calcular a distância a que o sismo ocorreu.

D E S T A Q U E

Distr ibuição dos

epicentros dos sismos

no limite das frontei-

ras de placas/zonas

vulcânicas

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2.

P R O C I V . P.7Número 26, Maio de 2010

2 .

Existem ainda outros tipos de ondas superficiais, as ondas R (de Rayleigh) e as ondas L (de Love), que se distinguem entre si pelo tipo de movimento que produzem, deslocam-se a menor velocidade do que as P e as S, e têm um potencial mais destrutivo.

O movimento das partículas de uma onda de Rayleigh pode ser visualizado como uma combinação de vibrações do tipo P e S.

O movimento das partículas, nas ondas L (de Love), processa-se apenas no plano horizontal.

Ao propagar-se em diferentes tipos de rochas e atravessando zonas de descontinuidade estrutural, estas ondas são, muitas vezes, sujeitas a fenómenos de reflexão e de refracção, o que pode conduzir, em locais específicos, à sua amplificação ou redução.

A movimentação das partículas induzida simultaneamente por diferentes tipos de ondas pode ser extremamente complexa provocando grandes destruições.

No planeta, os sismos não apresentam uma distribuição aleatória. As suas localizações assinalam as fronteiras das placas, particularmente nas zonas de subducção.

O movimento destas placas pode ser: • Por deslizamento (direito ou esquerdo) uma

em relação à outra; • Por afastamento; • Por subducção, quando duas placas colidem

mergulhando uma sob a outra ou simplesmente formando montanhas.

As situações mais complexas estão relacionadas com os limites em que três ou mais placas se encontram, ocorrendo então uma mistura dos três tipos de movimentos.

Os limites de subducção são também zonas onde ocorrem vulcões associados ou não a sismicidade.

Designações comummente utilizadas pela comunicação social, muitas vezes afastadas dos reais conceitos científicos, escalas de medições, vulnerabilidades, previsibilidade de ocorrência, vulcões, etc., serão temas abordados futuramente no PROCI V.

I N T E R N A C I O N A L

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1.

Destruição provocada

pelo sismo (Concepción)1. 2.

4.

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Missão da UE no Chile

No passado dia 27 de Fevereiro de 2010, pelas 06:34:17 U TC (03:34:17, hora local no Chile), ocorreu um sismo de magnitude 8,8 (Escala de Richter), com epicentro no Oceano Pacífico, a poucos quilómetros da costa do Chile, 325 k m a Sudoeste de Santiago e a 60 k m a norte de Concepción. Afectou principalmente as regiões de Maule e de Bio Bio.

No dia 1 de Março de 2010, a Presidente do Chile, Michele Bachelet, formaliza um pedido de ajuda internacional orientado para áreas nas quais o país não estava em condições de dar uma resposta pronta e eficaz, designadamente hospitais de campanha com capacidades de cirurgia, pontes mecânicas, sistemas de purificação de água, unidades de auto-diálise, abrigos temporários, equipas de busca e salvamento, entre outros.

Na sequência daquele pedido, a Unidade de Protecção Civil da U E, com base num Relatório de Situação (SIT R EP) do Gabinete das Nações Unidas para a Coordenação dos Assuntos Humanitários (U N– –OCH A), e após consulta com a Presidência do Conselho da União Europeia, activa o Mecanismo Comunitário de Protecção Civil (M IC) e decide enviar uma equipa de Missão de Avaliação e Coordenação (EAV).

Esta EAC, denominada foi «EUCP Alfa Team» foi constituída por cinco peritos (um destes, português) e uma oficial de ligação do M IC (portuguesa).

Antes da partida para o Chile, a equipa de peritos reuniu-se em Bruxelas a fim de realizar um Briefing de preparação da missão. Nesse briefing, foram clarificados os principais objectivos atribuídos à missão:

• Facilitar a coordenação da assistência recebida dos Estados Membros;

• Apoiar as autoridades chilenas na avaliação da situação;

• Fornecer recomendações para a U E, sobre as necessidades e tipo de assistência necessária a serem dadas pelos Estados Membros;

• Estabelecer contactos e cooperar com as autoridades nacionais e os outros players no local, especialmente as Nações Unidas;

• Preparar a chegada da EUCP Bravo Team: peritos em engenharia de estruturas / engenharia civil;

• Informação permanente para o M IC. A equipa aterrou em Santiago do Chile às 9h38 do

dia 5 de Março de 2010, tendo de imediato realizado

2.

Destruição provocada

pelo tsunami (Dichato)3.

3.

Testemunho: Comandante José Manuel Moura

Edifício destruído pelo

sismo (Concepción)4.

I N T E R N A C I O N A L

P R O C I V . P.9Número 26, Maio de 2010

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Edifício colapsado em

Concepción5.

briefings com as autoridades locais, com a delegação Europeia que entretanto tinha criado uma célula de crise, e com as embaixadas de alguns Estados Membros da U E .

A situação inicial verificada no terreno revestia- -se de alguma complexidade, sobretudo devido à grande dispersão dos danos provocados pelo sismo. Recordemos que, a seguir ao sismo, ocorreu um tsunami responsável por cerca de 80% do total das vítimas mortais registadas.

Ainda nessa madrugada, ficou decidido que o perito português e o perito austríaco iriam participar, integrados em grupos compostos por elementos de distintas organizações, entre as quais a ON U, na avaliação das zonas mais afectadas. O perito português deslocou-se para o norte de Concepción, tendo por missão proceder a uma avaliação da cidade e das localidades mais próximas (Dichato, Lirquel, Tome, Penco, Talcahuano, Santa Clara). Nestes locais foram estabelecidos contactos com as autoridades locais, militares, saúde, educação e da resposta à emergência, para além da avaliação técnica já referida.

Em Dichato e em Talcahuno, a destruição foi quase total, fundamentalmente provocado pelo tsunami, que destruiu não só áreas residenciais mas também zonas comerciais, financeiras e portuárias.

Genericamente, as necessidades mais sentidas nesta região prenderam-se com o colapso das redes de telecomunicações, de abastecimento água, de electricidade e das vias de comunicação.

A partir das 21h00 de 8 de Março, os peritos português e austríaco juntam-se à restante equipa da UE no acampamento base montado em Penco, a 20 km a norte de Concepción. Nesta fase, o trabalho essencial foi o de coordenação das equipas e da ajuda internacional, especialmente europeia, que entretanto começavam a chegar de França, Suécia, Eslováquia, Bulgária, Áustria, Espanha e Alemanha.

Destruição provocada

pelo tsunami (Talca-

huano)8. 9.

Ponte Santiago – Con-

cepción6.

5.

8. 9.

Testemunho: Comandante José Manuel Moura

6.

7.

Equipa «EUC P – Alfa

Team»7.

Duas ideais chaves, em sentidos diferentes, podem ser retidas a partir desta experiência: por um lado, a impressionante capacidade destruidora de um tsunami; por outro, a notável resistência do edificado, que sugere um rigoroso cumprimento da construção anti–sísmica no Chile.

No que à A N PC diz respeito, julga-se que a participação em missões desta natureza se traduz numa significativa mais-valia, na medida em que reconhece ao País – e à instituição – o facto de possuir técnicos bem preparados.

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L E G I S L A Ç Ã O

Legislação

Glossário

www

Publicações

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P.1 0 . P R O C I VNúmero 26, Maio de 2010

F OGO CON T ROL ADOFerramenta de gestão de espaços florestais que consiste no uso do fogo sob condições, normas

Autor id ade Nacion a l de P rotecção Civ i l . Ca d e r n o Téc ni co#1 2 – Ma nu a l d e P ro cedim e ntos para a Rea li z a çã o d e Vi s to r i a s d e Seg ura n ça co nt ra In cê n di o e m Edif í c i osO Manual de Procedimentos para a Realização de Vistorias de Segurança contra Incêndios em Edifícios é um documento que pretende auxiliar no planeamento, preparação e realização de vistorias das condições de segurança contra incêndio em edifícios e recintos (SCIE), interessando aos técnicos que realizam vistorias e aos agentes que intervêm nos processos de projecto, instalação e manutenção dos edifícios ou recintos e dos sistemas e equipamentos de SCIE .

Portal Bombeiros do Alentejo — http://www.bombeirosalentejo.com/O Portal Bombeiros do Alentejo é um projecto que pretende dar a conhecer ao mundo o trabalho dos soldados da paz dos distritos de Beja, Évora, Portalegre e Setúbal, que está já disponível desde o dia 1 de Abril. Foi criado ainda com o intuito de mostrar novidades, informações, serviços e actividades realizadas pelos mesmos. Através deste Portal é possível conhecer notícias relacionadas com os bombeiros, bem como conselhos úteis para fazer face a diversos riscos.

Ciência Hoje: Jornal da Ciência, Tecnologia e Empreendedorismo — http://www.cienciahoje.ptNa página inicial do site deste jornal é possível aceder às notícias mais recentes sobre descobertas científicas e outras revelações importantes no campo da ciência. A Ciência Viva TV tem também uma ligação nesta página e é ainda possível ter acesso a uma agenda de temas científicos, actualizada até ao final do corrente ano.

Consulta em: www.prociv.pt/Legislacao/Pages/LegislacaoEstruturante.aspx

Despacho n.º 6284/2010, de 9 de AbrilDelegação de competências no Comandante Operacional Nacional, Lic. Paulo Gil Martins.

e procedimentos conducentes à satisfação de objectivos específicos e quantificáveis e que é executada

sob a responsabilidade de técnico credenciado, segundo os termos da legislação vigente.

Listagem n.º 82/2010, de 19 de AbrilSubsídios atribuídos pela Autoridade Nacional de Protecção Civil.

Despacho (extracto) n.º 6764/2010, de 16 de AbrilRegulamento de Uso de Veículos (RU V) da Autoridade Nacional de Protecção Civil.

Despacho n.º 5504/2010, de 26 de MarçoRenovação da comissão de serviço por três anos do Major–General Arnaldo José Ribeiro da Cruz como presidente da Autoridade Nacional de Protecção Civil.

Despacho n.º 4818/2010, de 18 de MarçoDesigna o director nacional de Recursos de Protecção Civil, Dr. José Paulo Gamito Carrilho, como substituto do presidente da Autoridade Nacional de Protecção Civil nas suas ausências e impedimentos.

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Q U E M É Q U E M

P R O C I V . P.11Número 26, Maio de 2010

O Regimento de Sapadores Bombeiros de Lisboa (RSB) é um serviço da Câmara Municipal de Lisboa responsável pela segurança de pessoas e bens na cidade, desenvolvendo a sua acção no socorro, prevenção e no apoio às acções de protecção civil.

No âmbito da intervenção em cenários de catástrofe, o Regimento integra na sua organização um conjunto de Equipas Especiais de Intervenção, com valências diferenciadas e formação especializada, nomeadamente o Destacamento de Intervenção em Catástrofes (em funcionamento desde 1999), que tem hoje por missão intervir em missões de catástrofe ou acidente grave e que, pela sua natureza ou especificidade, necessitem da presença de pessoal ou recursos do RSB, tendo como principal objectivo a busca e salvamento urbano.

O RSB dispõe, no quadro destas Equipas Especiais, de uma Unidade Cinotécnica de Resgate, criada no ano de 2000, e preparada também para intervir neste campo da busca e salvamento urbano, nomeadamente em termos de actuação em cenários de sismo e de outros eventos que resultem no colapso de edifícios e outro tipo de estruturas.

A formação nestas matérias é também preocupação do RSB que, através da sua Escola, tem vindo a ministrar formação em Busca e Resgate em Estruturas Colapsadas (BR EC). A importância de uma resposta rápida, coordenada, sustentada tecnicamente em termos de equipamentos, meios e formação, é fundamental no sucesso de uma intervenção no domínio da busca e salvamento urbano (cujas principais orientações constam de um documento produzido pelas Nações Unidas – orientações I NSA R AG). Como tal, tem sido prática o envolvimento do RSB em experiências internacionais, quer em cenários reais, quer em exercícios.

Neste contexto internacional, o RSB faz parte dos recursos nacionais, em termos de oferta (voluntária) na valência de Busca e Salvamento Urbano, e num contexto de intervenção externa, ao abrigo dos critérios definidos ao nível da Comissão Europeia e no quadro do Mecanismo Europeu de Protecção Civil, integrando o “Módulo Médio de Busca e Salvamento Urbano” (MUSA R). Este MUSA R tem como principal objectivo a localização e resgate de vítimas encontradas em escombros e a prestação de cuidados de saúde de forma a estabilizar a vítima até ao seu encaminhamento. Os seus elementos deverão ter a capacidade de operar durante 7 dias, sento auto-suficientes durante esse período, e ainda ter a facilidade de chegar ao cenário de crise em 32 horas.

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RSB – Busca e Salvamento Urbano

Edição e propriedade – Autoridade Nacional de Protecção Civil Director – Arnaldo Cruz Redacção e paginação – Núcleo de Sensibilização, Comunicação e Protocolo Fotos – A N PCDesign – Barbara Alves Impressão – Europress Tiragem – 2000 exemplares ISSN – 1646– 9542 Impresso em papel 100% reciclado R E NOVA PR I N T E .

Os artigos assinados traduzem a opinião dos seus autores. Os artigos publicados poderão ser transcritos com identificação da fonte.

Autoridade Nacional de Protecção Civil Pessoa Colectiva nº 600 082 490 Av. do Forte em Carnaxide / 2794–112 Carnaxide Telefone: 214 247 100 Fax: 214 247 180 [email protected] www.prociv.pt

A G E N D A

P.12 . P R O C I V

B O L E T I M M E N S A L D A A U T O R I D A D E N A C I O N A L D E P R O T E C Ç Ã O C I V I L

Número 26, Maio de 2010

25 – 28 MAIO

16.º CONGRESSO MUNDIAL

DA FEDERAÇÃO RODOVIÁRIA

INTERNACIONAL

O Congresso da IR F terá lugar em

Lisboa e reunirá os principais actores

internacionais do sector rodoviário.

Este Congresso tem como missão

constituir um verdadeiro “fórum” para

debates, discussões e apresentação

de propostas que contribuam para as

soluções a adoptar no futuro.

Para mais informações visite: www.

irf2010.com.

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8 – 9 MAIO

II JORNADAS TÉCNICAS DOS

BOMBEIROS VOLUNTÁRIOS

DE SINTRA

A Associação Humanitária dos

Bombeiros Voluntários de Sintra vai

organizar estas Jornadas Técnicas, no

Centro Cultural Olga Cadaval, em Sintra.

O tema destas Jornadas é a “Abordagem

à Vítima com Incapacidade”. O objectivo

das Jornadas é formar elementos

operacionais dos Corpos de Bombeiros,

bem como pessoas com intervenção

e interesse no tema que queiram

participar.

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8 MAIO

CERIMÓNIA DE APRESENTAÇÃO

NACIONAL DO DISPOSITIVO

ESPECIAL DE COMBATE A

INCÊNDIOS FLORESTAIS DE 2010

A apresentação do DECIF de 2010

decorrerá em Leiria, junto ao Estádio

Municipal, no próximo dia 8 de Maio,

pelas 15h30. A cerimónia contará com

a presença de S. Ex.ª O Ministro da

Administração Interna.

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5 – 7 MAIO

AVEIRO

III “CIDADANIA E SEGURANÇA”

A Câmara Municipal de Aveiro irá

realizar a III “Cidadania e Segurança”

no Parque de Exposições de Aveiro.

Tem como objectivo a promoção de

uma cidadania activa e participativa,

e dado o seu carácter pedagógico e

cultural, apesar de aberto ao público

em geral, será, no entanto, destinado

essencialmente, este ano, às crianças do

3.º ciclo do concelho de Aveiro.

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29 – 30 MAIO

CONCURSOS NACIONAIS DE

MANOBRAS PARA BOMBEIROS E

CADETES

Esta iniciativa, promovida pela Liga dos

Bombeiros Portugueses, irá decorrer

no Estádio Nacional 1.º de Maio,

em Lisboa. A edição deste ano dos

concursos nacionais de manobras para

bombeiros e cadetes está integrada nas

comemorações do Dia do Bombeiro

Português e Prémio Bombeiro de Mérito.

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9 MAIO

JORNADAS TÉCNICAS DOS

BOMBEIROS VOLUNTÁRIOS DE

CASTELO DE VIDE

A Associação Humanitária dos

Bombeiros Voluntários de Castelo de

Vide realizará estas Jornadas Técnicas

no Auditório Mouzinho da Silveira. O

tema das Jornadas é “Comportamentos

de Mudança”.

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