Boletim Missiológico Veredas #1

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  • 8/19/2019 Boletim Missiológico Veredas #1

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    O Boletm Missioló-

    gico Veredas é uma

    publicação de cará-

    ter evangélico não

    denominacional,

    que tem por objevo comparlhar

    conhecimentos, fomentar o debate

    e promover a reexão missiológica

    entre cristãos brasileiros e de de-

    mais países lusófonos. Mesmo cien-

    tes da humildade desta publicação,

    almejamos com a presente iniciava

    ajudar a suprir a incompreensível e

    também injuscável carência de

    publicações periódicas que tenham

    por foco especíco a Missiologia emnossas leiras protestantes. 

    Sendo assim, efevamos aqui um

    clipping de argos, resenhas, mono-

    graas, entrevistas e nocias de in-

    teresse para a igreja protestante e o

    seu esforço de reexão & ação mis-

    sionárias. 

    Editor: Sammis Reachers 

    Blog Veredas Missionárias 

    www.veredasmissionarias.blogspot.com.br 

    As opiniões dos argos não refe-

    tem necessariamente a opinião do

    editor. 

    Você pode ser um colaborador des-

    te bolem, enviando seu texto, no-

    cia ou outro material para: 

    [email protected] 

    SUMÁRIO ENTREVISTA 

    Jairo de Oliveira ......................................... 02 

    O PERFIL DO MISSIONÁRIO EM UM MUNDOTURBULENTO 

    Dr. Jonatán Lewis ....................................... 05 

    HUMOR & REFLEXÃO 

    Nate Owens ............................................... 11 

    CHINA E BRASIL, BEM ALÉM DOS BRICS 

    Wellington Barbosa ................................... 12 

    DOIS SEGREDOS DA CONTEXTUALIZAÇÃO(FILIPENSES 2:1-18)

    Barbara Helena Burns ............................... 14 

    LIVROS EM LANÇAMENTO ......................... 16 

    EVENTOS ................................................... 18 

    MAPA/GRÁFICO: Cores da Cultura ............ 19 

    CITAÇÕES ................................................... 20 

    Número 01 

    Março 2016 

    > > > > 

    http://veredasmissionarias.blogspot.com.br/http://veredasmissionarias.blogspot.com.br/http://veredasmissionarias.blogspot.com.br/

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     Jairo de Oliveira  é membro da 2a  Igreja Batista da Taquara (Rio de Janeiro –  RJ), pastor da Convenção Batista Brasileira (CBB) e missionário da Missão para o Interiorda África (MIAF). Como embaixador do evangelho e discípulo de Cristo, há mais de 10anos tem desenvolvido o seu ministério no continente africano, onde serve com a sua família entre povos refugiados sudaneses. 

    Como foi sua formação teológica/missionária, e como se deu seu direcionamento para o campo africano? 

     

    A minha formaçao teologica/missionaria tem se dado ao longo da minha caminhadamissionaria, numa tentativa de conciliar teoria e pratica. Tenho me esforçado paracontinuamente me qualiicar para a obra missionaria a im de servir adequadamenteao Senhor e aos africanos. Comecei na obra missionaria transcultural aos 17 anos,quando fui enviado por minha igreja local para a A frica do Sul, ha exatos 20 anos. Na-queles dias, o país vivia o pos-apartheid, tendo Nelson Mandela como seu presidente.Desembarquei na A frica do Sul com a missao de servir como missionario entre refu-

    giados da guerra civil angolana. Apos cumprir o período de 2 anos e meio na A fricado Sul, retornei ao Brasil e dei continuidade ao meu preparo missionario. Cursei teo-logia no Instituto Bíblico Peniel da Missao Novas Tribos do Brasil e estudei missiolo-gia e linguística na Associaçao Linguística e Missionaria em Brasília. Na volta ao cam-po iz um treinamento missiologico pratico (Training in Ministry Outreach  - TIMO) e,no momento, estou me preparando para iniciar um mestrado em Islamismo na Co-lumbia International University na Carolina do Sul. 

    Você é autor de sete obras sobre a obra missionária (caro leitor, conheça mais

     sobre os livros AQUI  ) , além de um livro de poemas e é um dos comentaristas daBíblia Missionária de Estudo publicada pela Sociedade Bíblica do Brasil. Qual é seu processo de escrita? Prefere seguir os caprichos da inspiração ou há um tem- po metódico dedicado à pesquisa/redação?

    http://jairodeoliveira.com.br/http://jairodeoliveira.com.br/http://jairodeoliveira.com.br/

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    O trabalho missionario que desenvolvo no campo e extremamente inspirativo. Todosos dias, na relaçao com o meu contexto de trabalho, tenho motivos de sobra para es-crever. Contudo, nao e a inspiraçao que encontro no campo que me faz escrever, masa disciplina. Alem de produzir minhas obras literarias, tambem atuo como tradutorde literatura missionaria. Uma vez que a demanda no campo e grande, se eu nao tiveruma disciplina de escrita diaria, ica difícil produzir algo. O meu processo de escritasegue a ilosoia do “devagar e sempre”. Pois, se deixasse para escrever somentequando tivesse um bom tempo disponível, todos os projetos literarios que ja realizeiestariam engavetados. 

    Há algum novo projeto de livro missiológico em andamento?  

    Acabei de escrever um livro sobre o assunto do pecado. O título provisorio e “Pecado,o que voce tem a ver com isso?” e a obra conta com o prefacio do Rev. Hernandes Di-as Lopes. Na area missiolo gica, tenho tres projetos em andamento. O que espero aca-bar primeiro e um livro sobre o Islamismo. Este e um assunto crucial em nossos dias,principalmente para aqueles que estao envolvidos com a obra missionaria. Com estaobra, quero muito ajudar a capacitar a Igreja brasileira para ter uma compreensaoadequada dos muçulmanos e de como alcança -los com o evangelho. 

    Tendo servido durante muitos anos num país majoritariamente muçulmano nonorte da África, e atualmente servindo no Quênia, como você tem percebido o fe-nômeno da Primavera Árabe? Em que sentidos ela pode ter sido benéica ou pre- judicial ao avanço do Evangelho nos países africanos atingidos pela Primavera?  

    A Primavera A rabe se manifestou majoritariamente no norte da A frica e encheu omundo de esperança. Muçulmanos e nao muçulmanos passaram a acreditar no imdos regimes ditatoriais presentes nos países arabes e no consequente estabeleci-mento de sistemas de governos mais democraticos. Contudo, o movimento nao pro-duziu os resultados que se esperava e frustrou muita gente. A Tunísia foi de longe aexperiencia mais bem-sucedida. La houve um movimento de reconhecimento das mi-norias e as igrejas nacionais passaram a desfrutar de mais liberdade religiosa. Contu-do, em países como a Líbia a situaçao dos cristaos piorou. Ate hoje o país e conduzi-do por um governo transitorio que convive com a ameaça diaria do Estado Islamico ede outros grupos terroristas que exercem controle sobre partes do país. Um aspectobem negativo, presente em alguns países que experimentaram a Primavera A rabe, ea queda de algumas ditaduras e o levante de outras, como aconteceu no Egito que foigovernado pela Irmandade Muçulmana apos a queda do entao presidente Hosni Mu-barak. Em termos de liberdade, pouca coisa mudou no país. Precisamos continuarorando pelo avanço do evangelho nesses países. 

    Qual é a realidade religiosa do Quênia? Quais os maiores desaios da evangeliza-ção do território e das etnias quenianas?  

    O Quenia e um país localizado na lesta da A frica, com 49% da sua populaçao evange-lica, mas que abriga muitos desaios relacionados a segurança, a pobreza e a corrup-çao. Apesar da forte presença evangelica, o Quenia abriga 31 povos nao alcançados

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    com o evangelho.Um desaio que precisa ser superado pela Igreja queniana e a falta de visao missiona -ria, principalmente porque ela tem dentro das suas fronteiras a forte presença de re-fugiados muçulmanos originarios de países fechados da regiao. Voce encontra aquidesde somalianos de Mogadíscio a sudaneses de Darfur.O país e tambem uma porta de acesso aos países e povos nao alcançados da regiaoconhecida como Chifre da A frica, uma das menos evangelizadas do continente. 

    E o Estado Islâmico dentro da conjuntura do norte africano? É perceptível a pe-netração de tal organização na África?  

    O Estado Islamico tem se iniltrado na regiao, divulgado a sua ideologia radical e re-crutado novos militantes. Contudo, como consequencia de suas açoes barbaras, elesestao desencorajando muitos muçulmanos a permanecerem no Islamismo. Em paí-ses como o Sudao, por exemplo, as pessoas assistem diariamente na televisao asmonstruosidades praticadas em nome de Ala. Em funçao do conhecimento da línguaarabe, o povo tem plena compreensao da ideologia apresentada e dos versos corani-cos utilizados. Muitos muçulmanos no norte da A frica estao se perguntando se o EIrepresenta a verdadeira face do Isla e como consequencia estao se tornando ateus ouabraçando a fe crista . 

    Como você avalia a presença missionária brasileira no continente africano atu-almente, em termos de pontos positivos e negativos?

    O Brasil se identiica muito com a A frica. A presença brasileira aqui e grande, sobre-

    tudo nos países de língua portuguesa. Os brasileiros, em geral, tem facilidades de seajustar ao contexto africano, de desenvolver bons relacionamentos e de realizar umbom trabalho missionario. Ha muitos exemplos de trabalhos extraordinarios realiza-dos por brasileiros aqui no continente. Verdadeiros herois da fe que impactaram eimpactam a vida de milhares de pessoas. O aspecto negativo tem sido em termos deatitudes paternalistas, desrespeitosas ou arrogantes. Por causa do mau exemplo dealguns, ha lugares em que os brasileiros estao deixando de ser bem-vindos. Ha varioscasos assim acontecendo em Moçambique, por exemplo. 

    Como a igreja no Brasil tem se comportado neste momento de crise econômica?  

    A crise inanceira tem representado uma enorme diiculdade tanto para o missiona-rio no campo, por causa da desvalorizaçao do real, como para as igrejas no Brasil, emfunçao do aumento da inlaçao. As igrejas que tem visao missionaria continuam sen-do ieis no sustento dos seus missionarios, mas enfrentam limitaçoes para amplia-rem suas parcerias de sustento e para enviarem novos obreiros para o campo. Bomseria que neste momento de crise inanceira, parcerias fossem irmadas. Imagine seas igrejas que nao participam da obra missionaria auxiliarem o trabalho daquelas

    que ja investem? Minha oraçao tem sido para que, apesar da crise inanceira, o serviço sacriicial doscrentes brasileiros nao se esvazie de entusiasmo a im de que o Cordeiro, Jesus, con-tinue sendo gloriicado entre as naçoes.

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    O perfil do missionário em um mundo turbulento 

    Dr. Jonatán Lewis 

    Vivemos nos melhores e nos piores tempos. Os avanços tecnologicos permitem a al-

    guns viver vidas mais longas, mais produtivas, e com maior conforto que nossos ante-passados. Porem, com todos os avanços tecnologicos, uma grande parte dos seis bi-lhoes de habitantes deste mundo tem uma pessima qualidade de vida, alguns ao pon-to de uma desumanizaçao inacreditavel. Os problemas sociais sao enormes e endemi-cos: a AIDS, a duvida, o desmatamento, a contaminaçao ambiental, os refugiados, aguerras, o genocídio, a ameaça das armas biologicas e nucelares, o terrorismo etc. Osecularismo, impulsionado pelos avanços cientíicos e a corrente do modernismo, naooferece soluçoes. Como força missionaria, a estes desaios agregamos enormes cor-rentes sociais, tais como o fundamentalismo religioso e sua hegemonia política em

    muitos países, que entorpecem nosso trabalho. Como realizaremos missoes frente aesses tremendos desaios? Pode sobreviver o trabalho missionario? E se ha de sobre-viver, como se esboçara o missionario, sua missao, e o sistema que lhe envia e apoianestes dias tao turbulentos? 

    Uma perspectiva escatológica 

    Em Mateus 24, frente a pergunta: Quando vira o im? O Senhor Jesus descreve ummundo muito similar ao nosso. Porem apesar dos problemas descritos, no versículo

    14 assevera que “Sera pregado este evangelho do reino em todo o mundo, em teste-munho a todas as naçoes; e entao vira o im.” Se entendemos missoes como a gamaampla de tudo o que Deus faz para cumprir com a pregaçao do evangelho a todas as“naçoes”, entao nao resta duvida de que Seu plano de “missoes” vai continuar ate oim. Mas com esta declaraçao, tambem esclarecemos que “missoes” pode realizar-sepor qualquer meio que Deus queira utilizar. A meta da missao nao muda, mas sim su-as formas e normas. Se a historia se repete, Deus seguira utilizando meios voluntarios e “involuntarios”para cumprir a sua meta. Ele utiliza a adversidade e os problemas como

    “oportunidades” para estender seu Reino. Em nosso mundo, a perseguiçao a crentes ea dispersao que e a sua consequencia, segue sendo uma via missionaria importantecomo ja tem sido na histo ria das missoes (Ato 8.1). Nao so se estao mobilizando missionarios como refugiados, porem Deus esta moven-do grandes populaçoes de nao-alcançados como imigrantes aos países povoados decristaos com o propo sito, segundo Atos 17.26,27, de que eles encontrem a Ele. Nao ha duvida que ha muita missao transcultural a realizar-se entre esses imigrantespor parte da igreja, sem necessidade de enviar missionarios a grandes distancias.Deus elegeu utilizar a seu povo como agente principal para a evangelizaçao mundial e

    realizara este trabalho de uma forma ou de outra (Gen 12.3; Ex 19.5,6). 

    Porem o outro lado do quadro e que Deus tem comissionado a seu povo com a tarefada evangelizaçao mundial, e cremos que lhe da muito prazer e honra quando seu po-vo se organiza voluntariamente para realizar este trabalho. Dou graças a Deus que vi-

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    vemos um dia em que as missoes tem chegado a ser uma preocupaçao da igreja emtodo o mundo. A visao de um movimento missionario “de todas as naçoes a todas asnaçoes” tem impulsionado o ensinamento e a mobilizaçao missionaria a um nível glo-bal. Neste sentido, cremos que vivemos em um momento muito especial no plano deDeus, um momento quando quase todas as congregaçoes e quase todos os crentesverdadeiros no mundo estao sendo conscientizados de sua responsabilidade de par-ticipar com protagonismo na tarefa global. Este momento historico tambem reune condiçoes que nos permitem asseverar que aGrande Comissao se pode cumprir em nossa geraçao. Forças tecnologicas nos permi-tem uma agilidade tremenda no envio e nas comunicaçoes com os missionarios eseus projetos, e a possibilidade de cobrir massivamente o globo terrestre com a Men-sagem. Mas mesmo com essas ferramentas o trabalho nao e facil. Os missionarios esuas organizaçoes estao sendo afetados por grandes forças sociais, economicas e es-pirituais que representam desaios e oportunidades nesta feroz guerra espiritual. 

     As forças da Globalização Tecnológica 

    Quase trinta anos atras, um futurista popularizou o conceito de “aldeia global”. A rea-lidade e que vivemos em um mundo pequeno. Pela inluencia das comunicaçoes ins-tantaneas, nos inteiramos do que se passa com todos os “vizinhos”. Dentro de poucashoras, vemos transmitidas por satelites imagens de qualquer acontecimento catas-troico acontecido no mundo, das consequencias do terrorismo, de guerras, de secas,terremotos, e com todo o horror do momento. Hoje podemos receber canais de tele-visao de todo o mundo em nossos lares. Por meio da internet, temos acesso a notíciasde quase qualquer país e cidade. Pelo mesmo meio, podemos pesquisar qualquer te-

    ma que nos possa interessar. O telefone celular abre as possibilidades de comunicar-mo-nos com quem quisermos em todo o globo terrestre. E ja entramos na era em queos telefones vem armados com sistemas de vídeo para vermos a pessoa com quemestamos nos comunicando.A tecnologia sem duvida tem mudado o peril do missionario. A habilidade no uso dainternet e indispensavel. E como parte de seu equipamento vai o computador quepermite acesso ao correio eletronico e leva em si quase todos os outros elementosque tem chegado a ser quase indispensaveis para a obra. O correio eletronico permi-te comunicaçoes quase instantaneas com sua igreja local, sua família e seus amigos

    de uma maneira eiciente e economica. Hoje e possível conversar com um amigo emoutro continente sem custo, utilizando o computador. A facilidade e efetividade des-tes meios de comunicaçao aumentarao durante os proximos anos e serao cada vezmais acessíveis a todos os cidadaos de nosso planeta.O transporte e outro meio que tem diminuído nosso planeta. Hoje, se pode viajar dequalquer país do mundo e estar em qualquer outro país dentro de 24 horas. Aindaque as passagens aereas pareçam caras, em comparaçao com o que historicamentecustou viajar, sao realmente baratas. Quando William Carey navegou da Inglaterra atea India em 1790, a passagem para ele e sua equipe custou o equivalente a 50 anos de

    um salario mínimo. Hoje, a mesma viajem (dessa vez por via aerea) custa uma fraçaode um salario mensal (em termos de países desenvolvidos). Vivemos numa epoca emque todo mundo viaja ao redor do mundo e a possibilidade de mover uma família deum lugar a outro e relativamente facil e economica.

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    As missoes tambem estao sentindo o efeito da descentralizaçao de controle. Novasagencias nos países historicos de envio que tem seguido essas inovaçoes, tem cresci-do e prosperado. Lançam equipes ao campo e permitem que estas tomem as decisoesque afetam sua obra. Agencias que nao puderam adaptar-se e seguem o padrao hie-rarquico com tomada de decisoes centralizadas, tem diminuído em membresia e emmuitos casos, se tem visto forçados a abandonar sua autonomia e fundir-se com ou-tras agencias para sobreviver.Os efeitos da globalizaçao reforçam o modelo descentralizado em que ate mesmo asigrejas locais podem enviar missionarios sem depender de agencias. Com a possibili-dade de comunicaçao, transporte facil e barato, o envio direto do missionario e seusustento, muitas igrejas tem preferido nao utilizar as agencias que historicamente re-alizaram essas funçoes, entre outras.A descentralizaçao de agencias, com equipes que funcionam com certa autonomia nocampo, e talvez o bem mais valioso desta tendencia estrutural. Isso permite lexibili-dade e a agilidade necessaria na tomada de decisoes que requerem a situaçao localem um mundo em mudança. Mas e importante destacar que essas equipes necessi-tam de supervisao, apoio e cuidado por pessoas experimentadas nas exigencias e de-saios da obra missionaria na regiao onde servem. Ainda que as funçoes das agenciasmissionarias tenham mudado em razao dos avanços tecnologicos, nao se dispensousua necessidade. Igrejas que enviam missionarios sem contar com esse apoio, namaioria dos casos, perdem tempo e recursos. Historicamente, o ‘micromanejo’ daobra no campo pela igreja local com frequencia leva a ineicacia e fracasso.

     A Força das Alianças Internacionais 

    A globalizaçao tambem tem afetado as empresas. A cada dia se escutam notícias degrandes empresas internacionais que historicamente foram competidoras, agoraunindo esforços e formando sociedades para trabalhar em conjunto. Volkswagen eFord produzem um automovel em conjunto, linhas aereas se unem as suas ex-competidoras para formar uma aliança estrategica que pode captar uma maior pro-porçao do mercado global.As Missoes tambem estao formando alianças estrategicas localizadas em grupos cul-turais ou geogra icos. Dezenas de alianças tem surgido entre grupos cristaos com ori-gens muito variadas. Foram apagadas muitas das barreiras denominacionais e nao e

    muito estranho ver uma equipe missionaria que contem batistas, pentecostais e pres-biterianos trabalhando em conjunto. Nesta mesma equipe pode haver mexicanos, ili-pinos e canadenses. Frente a esta realidade, o missionario eicaz cultivara uma atitu-de ampla em relaçao a seus companheiros de batalha.O missionario que trabalha nesse ambiente tem que ser lexível e tratar de entendere apreciar as diferentes perspectivas doutrinarias e culturais. Isso requer humildadee habilidade de ver a meta de almas achegadas ao Senhor por meio do testemunho etrabalho da equipe. O egoísmo e a ambiçao pessoal, nao funcionam nesse mundo decolaboradores.

     A Força do Pluralismo e o Fanatismo Religioso 

    Nem todo mundo esta de acordo que Cristo e o Senhor. Os seguidores de outros pro-

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    fetas e mestres sao numerosos. Dos seis bilhoes de habitantes na Terra, somente umterço se identiica como cristao. No Ocidente, o pluralismo religioso “respeita” o di-reito de cada um de crer em qualquer deus e religiao. A relatividade diz que “se e ver-dade para voce, e sua verdade”. “Porem sua verdade nao e necessariamente minhaverdade, senao aquilo que eu interpreto como verdade.” Qualquer proclamaçao deCristo como unico Senhor pode ser repudiada e ainda condenada como intolerante.Mais de um julgamento foi realizado com base em alegaçoes de "angustia emocional"provocada pela pregaçao da condenaçao do pecador, frente a um Deus justo. O fato deque o pregador tambem revela a salvaçao oferecida em Cristo nao e suiciente parajustiicar os evangelistas que sao acusados de usar “pressao psicologica” para ganharpartidarios.Do mesmo modo, os missionarios em países onde dominam as grandes religioes co-mo o Isla, o Budismo e Hinduísmo, estao sendo atacados por uma nova onda de fun-damentalismo. Paralelamente, a “retribalizaçao” do mundo e um fato que tem tidosuas piores expressoes nos terríveis massacres em nossa historia recente. A brutalcarniicina em Ruanda e os conlitos belicos dos países balticos sao exemplos de umacorrente global que cada vez mais quer manifestar sua pro pria identidade racial, reli-giosa e cultural. E esses estao dispostos a matança e ao genocídio para obte-lo.Neste ambiente, o pregador de uma religiao estrangeira nao e bem-vindo. As igrejascristas minoritarias nesses países se veem sob perseguiçao aguda e os missionariostem sido expulsos e expostos ao martírio. O missionario tem que enfrentar essas rea-lidades com a sabedoria da serpente e a inocencia da pomba. 

    O Peril Missionário com as Duas Mãos 

    As forças sociais de oposiçao nao podem ser enfrentadas com conceitos tradicionaisdo missionario do seculo XX. Os países onde vivem as grandes maiorias de inalcança-dos nao permitem a entrada de missionarios tradicionais. Frente a essa realidade, setem revitalizado o conceito do missionario bi-ocupacional, o missionario que vai aoutro país com a Palavra em uma mao e sua ferramenta de serviço na outra. Lamen-tavelmente, a abordagem a esta questao tem sido em grande parte pragmatica sobrecomo resolver o problema para entrar e viver no país. Essa orientaçao se tem com-provado deiciente em suas consideraçoes eticas e teologicas. O fracasso desta abor-dagem nos chama a uma profunda relexao sobre a cosmovisao “crista” popular, que

    propaga a falsa dicotomia entre o “sagrado” e o “secular”. A posiçao bíblica e que tudoo que fazemos e “sagrado” se o consagramos a Deus. Todos estamos chamados a rea-lizar nossa vocaçao por meio de todas as nossas ocupaçoes e nao apesar delas(1Co10.31). Para isso, a igreja necessita mover-se para eliminar de uma vez a distin-çao entre ministros laicos e proissionais, completando o que a “Reforma Protestantedo Seculo XVI” começou, com seu ensino sobre o sacerdocio santo de cada crente(1Pe 2.8). So assim se lançara a tremenda força missionaria latente da igreja.Tomado pelo aspecto pratico, o sistema bi-ocupacional para o envio e sustento domissionario e talvez o que mais potencial oferece aos movimentos missionarios dos

    países de menores recursos. A maioria dos grupos nao alcançados se encontra nospaíses mais pobres do mundo. Com uma larga historia de fracassos no apoio econo-mico direto aos governos destes países, os países desenvolvidos se tem voltado parao uso de organizaçoes nao governamentais (Ongs) e Fundaçoes na canalizaçao de

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    utilizara este sofrimento para Sua gloria (Ap 6.9-11). Na oposiçao e no martírio, amissiologia e as bases teologicas em que se baseia renovarao seu compromisso com oCristo do Novo Testamento e o compromisso que isso demanda. So assim se conse-guira “fazer discípulos de todas as naçoes”. E frente a um inimigo desesperado, au-mentara a quantidade e a qualidade de guerra espiritual para libertar as almas.Que o movimento missionario seguira em frente, nao ha duvida. Deus e o que se en-carrega de ver que Sua palavra se cumpra. E foi Ele que nos assegurou que “Sera pre-gado este evangelho do reino em todo o mundo, em testemunho a todas as naçoes; eentao vira o im”. Que o povo de Deus seja iel a seu chamado e desenvolva seu com-promisso voluntariamente com todas as vantagens tecnologicas que temos hoje, mastambem com o sacrifício e o compromisso que demanda evangelizar nosso mundoturbulento.A Ele seja a glo ria, a honra e o domínio para sempre. 

    * * * Dr. Jonathan Lewis nasceu em 1949, ilho de pais missionários em Buenos Aires, Argen-tina. Durante sua carreira proissional viveu e trabalhou em Honduras, Peru, México e Argen-tina. Jonathan está casado com Dawn por quase 35 anos e tem quatro ilhos: Natanael, Hea-ther, Josías e Anneliese.

     

    Traduzido por Sammis Reachers a partir de original em espanhol publicado pela COMIBAM  (Cooperación Misionera Iberoamericana).

     

    Disponível em: http://www.comibam.org/wp-content/uploads/2016/02/el_peril_del_misionero.pdf  

    à 

    Nate Owens 

    www.thecreavender.com/nateowens 

    Traduzido a parr de 

    www.chrisanchallenge.org 

    http://www.comibam.org/es/http://www.comibam.org/es/http://www.comibam.org/wp-content/uploads/2016/02/el_perfil_del_misionero.pdfhttp://www.comibam.org/wp-content/uploads/2016/02/el_perfil_del_misionero.pdfhttp://www.comibam.org/wp-content/uploads/2016/02/el_perfil_del_misionero.pdfhttp://www.comibam.org/wp-content/uploads/2016/02/el_perfil_del_misionero.pdfhttp://www.comibam.org/wp-content/uploads/2016/02/el_perfil_del_misionero.pdfhttp://thecreativefinder.com/nateowenshttp://thecreativefinder.com/nateowenshttp://thecreativefinder.com/nateowenshttp://christianchallenge.org/http://christianchallenge.org/http://christianchallenge.org/http://thecreativefinder.com/nateowenshttp://thecreativefinder.com/nateowenshttp://www.comibam.org/wp-content/uploads/2016/02/el_perfil_del_misionero.pdfhttp://www.comibam.org/wp-content/uploads/2016/02/el_perfil_del_misionero.pdfhttp://www.comibam.org/es/

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    “O impacto da igreja chinesa para o cenário missionário global”  

    Por Wellington Barbosa

    http://www.martureo.com.br/ Brasil e China são parte de um bloco econômico que agora está enfrentando algu-mas crises, os BRICS. Temos muitas similaridades e diferenças. Nesse artigo que-ro pensar como podemos aprender sobre a China, seu movimento econômico emissionário e tentar avaliar como podemos mudar nossos paradigmas.

    De 28 de setembro a 1 de outubro de 2015 aconteceu em Hong Kong a primeiraConferência Mission China 2030, que reuniu 900 líderes chineses continentais pa-

    ra pensarem e agirem sobre a missão. É impossível pensar sobre China, semolhar o passado. Mais impossível ainda, no entanto, é olhar para o futuro missio-nário global sem a presença do grande dragão vermelho.

    Em 1949, os missionários estrangeiros foram expulsos da China sob a tutela dogoverno comunista. A igreja foi perseguida, muitos líderes foram presos, tortura-dos e alguns migraram para países livres, onde pudessem exercer sua fé. A igrejana China nas décadas seguintes tornou-se uma igreja rural, com líderes leigos eperseguida. O ocidente orou, mobilizou e enviou centenas, possivelmente, até

    milhares de missionários. Estima-se que desde o pioneiro Robert Morrison até oinício deste século a China tenha recebido aproximadamente 20.000 missionáriostransculturais.

    A igreja chinesa também tem passado por um ajuste expressivo nas duas últimasdécadas, deixando cada vez mais de ser rural, liderada por idosos leigos e tor-nando-se urbana, com características marcantes apesar das dicotomias apresenta-das em seu próprio contexto tais como: ruralidade e urbanização, falta de treina-

    mento apropriado para as igrejas rurais onde há muitas seitas, uma geração delíderes jovens totalmente diferente de seus predecessores e cada vez menos per-seguição por parte do governo. Fatores como estes nos fazem perceber que aigreja na China pode estar despontando para ser uma das maiores potências mis-sionárias da história.

    Em 2013, um grupo de líderes chineses que não puderam participar do III Con-gresso do Movimento Lausanne na Cidade do Cabo, África do Sul, reuniram-seem Seul, na Coréia do Sul, e chegaram a conclusão de que a China está em dívida

    com o movimento missionário global pelo fato de já terem recebido 20.000 missi-onários. Assim, seu desejo é de que até 2030 possam enviar 20.000 chineses paraos povos não-alcançados. Iniciativas heróicas como o “De Volta para Jerusa-lém” (Back To Jerusalem – BTJ) têm sido avaliadas pelos seus erros e acertos e a

    CHINA E BRASIL, BEM ALÉM DOS BRICS

    http://www.martureo.com.br/http://www.martureo.com.br/http://www.martureo.com.br/

  • 8/19/2019 Boletim Missiológico Veredas #1

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    igreja chinesa começa a entender a necessidade de treinamento missionário apropriado e de um melhor cuidado missionário. No encontro ocorrido em setembrode 2015, dos 900 presentes, 200 dedicaram suas vidas para irem como as primí-cias destes que a igreja na China enviará.Qual lição a igreja brasileira pode tirar com a igreja chinesa? Seu DNA, sua perse-verança e sua adaptação aos novos tempos e desafios nos fazem perceber que

    precisamos aprender com os nossos irmãos do outro lado do mundo. Apesar de-les abertamente quererem absorver de nós brasileiros o modelo missionário quetemos, e pedirem ajuda para os treinarmos, precisamos ainda avaliar e rever nos-sas próprias políticas missionárias.

    Os chineses, ávidos empreendedores e disciplinados para os estudos, consegui-ram mudar a órbita de seu futuro. Ezra Jin, um cristão de meia idade, pastoreiauma das igrejas mais vibrantes da capital chinesa, Pequim, e diz que a única ins-tância capaz de confrontar o comunismo na China é a igreja. “Dentro de 30 anos

    é inevitável que o governo abra sua política acerca do cristianismo na China”acredita.

    A igreja chinesa, assim como no mundo de negócios chinês, entendeu que a reno-vação na liderança seria a razão de sua sobrevivência nesse novo milênio. O per-fil da liderança econômica assim como a eclesiástica na China são de jovens commenos de 40 anos de idade. As igrejas que antes eram domésticas, seguem cres-cendo em centros urbanos, entre imigrantes. Seus líderes já não são os antigos se-nhores carismáticos, mas jovens graduados no exterior, ou nas melhores escolasda China, homens de negócio, líderes na educação e instâncias da sociedade. Éfato que a igreja na China cresce, mesmo em meio a sofrimento. Ainda há muitosdesafios internos, mas eles têm conseguido entender seu papel global.

    Logo, deixo algumas considerações para pensarmos:

    – Por quê não vemos no Brasil, jovens líderes de expressão nacional abaixo dos40 anos de idade?

    – Por que a liderança evangélica brasileira não consegue investir nos jovens?

    – Por que o movimento missionário brasileiro ainda é em sua maioria lideradopor homens e mulheres que não passam o bastão?

    – E por que, com uma igreja tão grande, enviamos tão pouco aos campos missio-nários?Daquele encontro, 200 se comprometeram a irem aos campos. Quando pensamos

    em nossa igreja brasileira, temos muito mais a aprender do que a ensinar.Que aprendamos com nossos irmãos e irmãs chineses.

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     Wellington Barbosa – brasileiro, serviu por 5 anos na Ásia, bacharel em teologia,

    pós-graduado em Antropologia Cultural e Estudos da Missão e Mestrado em Ge-

    renciamento e Marketing pela UKSW, Indonésia. É consultor de novas frentes

    missiológicas na Missão Kairós.

    Notas 

    De acordo com o Seoul Commitment (compromisso de Seul), publicado pelo encontro

    da ACLF, que aconteceu na Coreia do Sul, em 2013.

     JIN, Daniel. Mission China Today Magazine,, Páginas 34-36, Junho 2013 3. Conforme re-

    lato do Dr. Jeferson Chagas, representante brasileiro e um dos palestrantes no Mis-

    sion China 2030.

     JIN, Ezra. A Landmark Encounter the significante of the aclf for the church in China .Disponível em https://www.lausanne.org/content/lga/2013-11/a-landmark-

    encounter-the-significance-of-the-aclf-for-the-church-in-china. Acesso em

    25/11/2015

    LAUSANNE MOVEMENT, Inaugural Mission China 2030 Conference. Disponível

    em:https://www.lausanne.org/news-releases/inaugural-mission-china-2030-

    conference. Acesso em 25/11/2015

     __________________________________________________________________________

    DOIS SEGREDOS DA CONTEXTUALIZAÇÃO (FILIPENSES 2:1-18)

    Por Barbara Helen Burns

    http://preparomissionario.com.br/ 

    Paulo escreve para a igreja de Filipos com o forte desejo de ver os mem-

    bros vivendo como fiéis testemunhas do Senhor Jesus Cristo. Os crentes deviamser “luzeiros”, vivendo de forma “irrepreensível”, “sincera” e “inculpável”, nomeio de uma “geração pervertida e corrupta” (v. 15). Com esta descrição pesada,o contexto da igreja é condenado como proibido para ela. Não há nenhum elogioou instrução de identificação com o mundo que a cerca. A igreja tem que ser dife-rente, um contraste marcante contra a opressão, a sensualidade, as brigas, a escu-ridão espiritual, o egoísmo e a destruição que marcava o cotidiano da cidade.Contextualização para os crentes em Filipos era viver Cristo de forma evidente eagradável, como luzes na escuridão.

    Essencial para ser luz são o amor e a unidade. Em vez de egoísmo, deviamse preocupar com e servir ao outro. Deviam ter compaixão, afetos e misericór-dias, tendo o mesmo sentimento, o mesmo amor e a mesma alma (vss 1-4). É ex-

    https://www.lausanne.org/content/lga/2013-11/a-landmark-encounter-the-significance-of-the-aclf-for-the-church-in-chinahttps://www.lausanne.org/content/lga/2013-11/a-landmark-encounter-the-significance-of-the-aclf-for-the-church-in-chinahttps://www.lausanne.org/content/lga/2013-11/a-landmark-encounter-the-significance-of-the-aclf-for-the-church-in-chinahttps://www.lausanne.org/news-releases/inaugural-mission-china-2030-conferencehttps://www.lausanne.org/news-releases/inaugural-mission-china-2030-conferencehttps://www.lausanne.org/news-releases/inaugural-mission-china-2030-conferencehttp://preparomissionario.com.br/http://preparomissionario.com.br/http://preparomissionario.com.br/https://www.lausanne.org/news-releases/inaugural-mission-china-2030-conferencehttps://www.lausanne.org/news-releases/inaugural-mission-china-2030-conferencehttps://www.lausanne.org/content/lga/2013-11/a-landmark-encounter-the-significance-of-the-aclf-for-the-church-in-chinahttps://www.lausanne.org/content/lga/2013-11/a-landmark-encounter-the-significance-of-the-aclf-for-the-church-in-china

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    cluído a “luta pelo poder”, a necessidade de receber reconhecimento, os ciúmes ea exclusão. A igreja tinha que ser diferente do seu contexto, visívelmente superi-or, refletindo a glória de Deus como se fosse estrela refletindo a luz do sol. Paratanto há dois segredos: HUMILDADE e a PALAVRA DA VIDA.

     Jesus é o primeiro exemplo de humildade e da importância da Palavra.No sentido de humildade, Jesus abriu mão de todos os Seus direitos. Sendo Deus,

    se tornou homem e, em obediência ao Pai, se submeteu à morte da cruz, a maisdegradante e penosa morte possível. A identificação era profunda, no sentidode compartilhar a vida cotidiana, da comunicação eficaz e do sacrifício em favordos outros. Jesus é servo do Pai e servo dos homens e mulheres que Ele veio sal-var.

     Jesus também é exemplo da importância da Palavra da Vida. Constantemente Elea ensinava e, no final, exortava Seus discípulos a levar pessoas até aos confinsda terra a guardar com fidelidade a tudo que Ele dizia (Mt 28:18-20). Paulo usa

     Jesus como exemplo a ser seguido (Fp 2:5) e ele próprio exibe estes mesmos doissegredos, no fato que ele implora para eles a serem fiéis a Palavra (v. 16) que eletinha ensinado, e a ele mesmo não importa ser oferecido como libação (v. 17) emfavor deles, atitude de extrema humildade.

    Sem humildade e sem a Palavra a igreja não consegue ser fiel, nem luz.A contextualização da igreja se torna uma coisa insípida, sem limites e sem crité-rios. O contexto sufoca a luz, a igreja imita o mundo e os crentes se tornam iguaisas pessoas ao seu redor.

    Na igreja de Filipos tinha grande possibilidade disso acontecer, devido a força dacultura romana pagã e a grande diversidade de pessoas dentro dela, como a mu-lher rica, carcereiro, jovem que tinha sido endemoninhada, escravos, servos e fi-lhos (Atos 16:11-40), que poderia a ter fraturado e lhe tirado a luz. No entanto,com humildade e com a Palavra, ela enfrentou os desafios do seu mundo em sub-missão a Deus e a Sua vontade.

    Nós também devemos ser diferentes e mostrar Deus através das nossas vidas

    e através da vida da comunidade cristã. Contextualização cristã é isso –  levara mensagem relevante da Palavra de Deus ao mundo que sem ela perece. Emamor e espírito de servo, é importar com o outro dentro da igreja e com o outroque ainda não conhece a verdade da Palavra.

    Bárbara Helen Burns

    A norte-americana Bárbara é radicada no Brasil há mais de 40 anos, servindo nas áreas de desperta-mento, preparo e envio de missionários transculturais. Tem mestrado em missões do Denver Seminaryem Colorado, EUA, e doutorado em missões do Trinity Evangelical Divinity School em Chicago. Bar-

    bara tem participado da Comissão de Missões da Aliança Evangélica Mundial, ajudado na produçãode livros, escrito vários artigos e capítulos de livros, e ajudado no planejamento de congressos missio-nários, como COMIBAM, os Congressos Brasileiros de Missões e o 1º Congresso Nordestino de Mis-sões em Caruaru, 2002. Ela foi fundadora (1984) e depois Secretária Executiva da APMB (Associação deProfessores de Missões no Brasil) entre 1992 e 1999, quando saiu de São Paulo).

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    História da Missão - A História do movimento missionário

    cristão . Bertil Ekström (Segunda edição revista e ampliada.

    Editora Descoberta, 2015, 138 págs.). O estudo da História de

    Missões é uma interessante aventura que nos leva a descobrir atrajetória missionária e a expansão da igreja cristã desde os seus

    primórdios até os nossos dias. Entre muitos heróis da Fé, alguns

    se destacaram e se tornaram conhecidos para a posteridade. Ou-

    tros tantos viveram e lutaram no anonimato, dando contribuição

    de igual importância. Acima de tudo, no entanto, a história recor-

    da a obra divina. Muitos semearam e muitos regaram, mas quem

    garantiu o crescimento foi o próprio mandatário da obra missio-

    nária, Deus (1 Co 3.6).

    O objetivo principal deste livro é de servir de orientação no estudo da história das mis-sões. Agora em sua segunda edição, ampliada e revista, o livro serve de guia para um

    estudo mais panorâmico ou mais profundo dos avanços do Cristianismo.

    Evangelização - Série 9 Marcas. J. Mack Stiles (Editora Vida

    Nova, 2015, 144 págs.). Passam-se alguns anos e as igrejas conti-

    nuam se lançando à mais recente moda evangelística. Os líderes

    administram o novo programa, e os membros põem a mão na

    massa. Mas imagine uma igreja em que a evangelização simples-mente faça parte da cultura da igreja. Os líderes estão sempre

    compartilhando a fé e o fazem abertamente. Os membros os se-

    guem, incentivando uns aos outros a tornar a evangelização uma

    forma da vida.

    Esse é o conceito de evangelização apresentado neste livro peque-

    no, mas impactante. A questão aqui não é oferecer programas. An-

    tes, ele apenas deseja propor à sua igreja uma nova maneira de viver e compartilhar o

    evangelho.

    Fé, Visão e Destino Profético - O caminho do missionário. José

    Satírio dos Santos (Editora Cpad, 2015, 128 págs.). O Livro Fé,

    Visão e Destino Profético, do pastor e missionário José Satírio dos

    Santos (por anos atuante na Colômbia), fala sobre o caminho do

    missionário, abordando de acordo com a Bíblia as orientações do

    Senhor passadas a nós. José Satírio, através do livro "Fé, Visão e

    Destino Profético", quer ajudar você a trilhar o caminho pensado

    por Deus. Se você deseja enriquecer sua visão, caminhando pela féna direção certa, este livro com certeza falará com você.

    Livros em lançamento

  • 8/19/2019 Boletim Missiológico Veredas #1

    17/20 17 

    Movimentos de Plantação de Igrejas - Como Deus está re- 

    dimindo um mundo perdido . David Garrison (Editora Espe-

    rança, 2015, 362 págs.). Na última década, literalmente mi-

    lhões de novos convertidos entraram no Reino de Cristo atra-vés dos Movimentos de Plantação de Igrejas. Este livro tem co-

    mo objetivo ajudá-lo a entender esses movimentos. Nestas pá-

    ginas você poderá ver não apenas o que Deus está fazendo,

    mas também como ele está fazendo.

    Neste livro você descobrirá:

    - Como 4.000 igrejas foram plantadas no norte da Índia em

    apenas dez anos;

    - Como 150.000 ciganos na Europa ocidental abraçaram a fé em Jesus Cristo;- Como 160.000 chineses foram batizados em apenas um ano;

    - Como 150.000 muçulmanos deixaram Maomé por Jesus;

    - Como 15.000 novas igrejas foram plantadas em apenas um ano;

    - Como a explosão do cristianismo do primeiro século renasceu no século 21;

    - Como você pode se juntar a Deus e trazer um Movimento de Plantação de Igreja para

    sua comunidade.

    Sal & Luz - Compreendendo, vivendo e proclamando a mis- 

    são . Ronaldo Lidório (Editora Betânia, 2015, 221 págs.). “O que

    deve mover a igreja a viver e proclamar o evangelho de Cristo não

    são as estatísticas mundiais, a paixão pelos perdidos

    ou testemunhos missionários, mas sim uma profunda compreen-

    são e compromisso com a vontade de Deus. É de Deus, em mis-

    são, que convoca a sua igreja para viver e anunciar a sua verdade

    em todo o tempo e todo o lugar. Somente em Deus somos conven-cidos a andar fora do caminho natural do nosso coração corrom-

    pido. somente em Deus somos desafiados a pensar no evangelho

    para o mundo e não apenas em nossos interesses pessoais. So-

    mente em Deus somos levados a perder em lugar de ganhar, sair

    quando é mais fácil permanecer, enviar mesmos os que nos fazem falta, investir e não

    simplesmente acumular, servir ao Cordeiro e não ao mundo. A Palavra é clara: o sal

    sem sabor é imprestável e a luz escondida é inútil. Dependemos de Deus para viver

    Cristo e servir a Cristo - sermos verdadeiramente sal e luz." (Ronaldo Lidório)

    O Senhor Jesus nos chama a sermos seus discípulos vivendo a cada dia a verdade doEvangelho. A mensagem deste livro irá despertar sua identidade e propósito em Cris-

    to. Dará amplo ensino bíblico para conhecermos mais a Deus, a missão de Deus e o

    nosso chamado - salgar a terra e iluminar o mundo.

    Livros em lançamento

  • 8/19/2019 Boletim Missiológico Veredas #1

    18/20 18 

    Curso: Olhando Para O Mundo Através das Lentes Do Islã - DE 25 A 29 DE

    ABRIL DE 2016 - História, desenvolvimento e assuntos contemporâneos relaciona-

    dos à religião que mais cresce no mundo.

    Realização: Seminário Teológico Servo de Cristo (www.servodecristo.org.br ) e Centrode Reflexão Missiológica Martureo (www.martureo.com.br ). Local: São Paulo — SP.

    Para maiores informações, acesse: http://www.martureo.com.br/cursos/ 

    Congresso JUVEP 2016 - O Congresso Juvep 2016, O Triunfo da Mensagem da

    Cruz , acontecerá no Espaço Gospel, em João Pessoa, de 23 a 26 de março com o te-

    ma Jesus: Supremo, Central, Único . O evento contará com a presença especial de Ajith

    Fernado, THM, DD, que virá direto de Sri Lanka na Ásia. Ele é o Diretor Internacional

    de Ensino da Mocidade para Cristo. Autor de quinze livros publicados em vinte lín-guas. Ele foi um dos principais preletores do último Congresso Lausanne na África do

    Sul, é conhecido por muitos como o “John Stott” asiático. Os demais preletores

    são Aurivan Marinho (Recife, PE), Ronaldo Lidório (Manaus, AM)e Russell Shedd (São

    Paulo, SP). Sem dúvida, será um momento de edificação e encorajamento para a

    evangelização e para missões.

    Para maiores informações, acesse: http://juvep.com.br/congressojuvep/ 

    Vocare Brasil 2016 — 

     Mobilizando e conectando adolescentes e jovens cristãos

    na missão de Deus . O evento acontecerá em Maringá (PR), no período de 21 a 24 de

    Abril. Vocare é um movimento, sob a liderança da AMTB (Associação de Missões

     Transculturais Brasileiras), que reúne organizações, agências missionárias e ministé-

    rios que levam a sério a juventude e também a experiência espiritual do chamado de

    Deus que afeta a vida toda em todas as dimensões.

    Para maiores informações, acesse: http://vocare.org.br/site/ 

    Todos os Povos Te Louvem - Nos dias 27, 28 e 29 de maio acontecerá, em João Pes-

    soa  –  PB, o Todos os Povos Te Louvem! A iniciativa do grupo Povos e Línguas reúne

    músicos, missionários, pastores, líderes e vocacionados com o objetivo de promover

    uma perspectiva integrada do envio missionário.

    Para maiores informações, acesse: http://www.povoselinguas.com.br/arquivo-

    eventos/todos-os-povos-te-louvem-joao-pessoa/ 

    IV Congresso Ibero-Americano Missionário - O congresso é uma iniciativa da Comi-bam, a se realizar nas datas 22 a 25 de agosto de 2017 no Centro de Convenções

    Agora, em Bogotá, Colômbia.

    Para maiores informações, acesse: http://goo.gl/myc1wH 

    http://www.martureo.com.br/cursos/http://www.martureo.com.br/cursos/http://juvep.com.br/congressojuvep/http://juvep.com.br/congressojuvep/http://vocare.org.br/site/http://vocare.org.br/site/http://www.povoselinguas.com.br/arquivo-eventos/todos-os-povos-te-louvem-joao-pessoa/http://www.povoselinguas.com.br/arquivo-eventos/todos-os-povos-te-louvem-joao-pessoa/http://www.povoselinguas.com.br/arquivo-eventos/todos-os-povos-te-louvem-joao-pessoa/http://goo.gl/myc1wHhttp://goo.gl/myc1wHhttp://goo.gl/myc1wHhttp://www.povoselinguas.com.br/arquivo-eventos/todos-os-povos-te-louvem-joao-pessoa/http://www.povoselinguas.com.br/arquivo-eventos/todos-os-povos-te-louvem-joao-pessoa/http://vocare.org.br/site/http://juvep.com.br/congressojuvep/http://www.martureo.com.br/cursos/

  • 8/19/2019 Boletim Missiológico Veredas #1

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    hp://www.bit.ly/honorshame  

    http://www.bit.ly/honorshamehttp://www.bit.ly/honorshamehttp://www.bit.ly/honorshame

  • 8/19/2019 Boletim Missiológico Veredas #1

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    ~ “Fica  evidente que espiritualidade emissão não podem existir desconecta-das. Por demasiadas vezes, a espiritua-lidade tem sido caracterizada comoprática isolada, introspectiva e con-templativa que negligencia  a dimen-são missionária desenvolvida através

    do engajamento no testemunho. Is-so seria mera religiosidade, não espiri-tualidade.” Marcelo Dias

    "O zelo missionário não cresce por forçade crenças intelectuais nem de argumentosteológicos, mas por amor." - Roland Allen  

    A comunidade missionária é composta de pesso-

    as guiadas pelo Espírito e cheias do Espírito que

     juntas reorientaram radicalmente suas vidas para

    a missão de fazer discípulos de um determinado

    povo e lugar onde há uma lacuna do Evangelho 

    (um lugar sem testemunho evangélico consisten-

    te)." Jeff Vanderstelt 

    "Nenhum  lugar está fechado

    para a oração de interces-são. Nenhum continente, ne-nhum país, nenhuma organiza-ção, nenhuma cidade, nenhumescritório." Richard Halverson 

    A missão é a fé em movimento. 

    Osmar Ludovico  

    A pior derrota para um comissionado não édeixar de obter êxito na missão. Não é o co-meter erros, causar embaraço ou escândalo.A pior derrota é perder o senso de missão. Amorte do senso é a morte do sentido; aotombar o sentido, morre também a ação,que murcha e se debate por perder o Norte.Conserve como um tesouro frágil a noção dequem você é, a serviço de quem e para oquê está aqui. A cada manhã salve o sensoque você ganhou ao ser salvo. Alimente-odurante o dia; zele por seu sono nas noites,que serão muitas.

    Sammis Reachers

    “Deus tem urgência,

    mas não tem pressa,ele não age de qual-

    quer maneira.” Antonia Leonora van der

    Meer

     Algumas oportunidades são únicas, portanto devemos aproveitá-las. A maiordelas é que passamos somente uma vez aqui por esta terra. A outra é que esta

     geração somente tem o privilégio de alcançar esta geração. A última é que pode-mos terminar a tarefa da evangelização mundial em nossa geração. 

    Para reflexão: "Já ancorado na Antártida, ouvi ruídos que pareciam de fritura.Pensei: será que até aqui existem chineses fritando pastéis? Eram cristais de águadoce congelada que faziam aquele som quando entravam em contato com a águasalgada. O efeito visual era belíssimo. Pensei em fotografar, mas falei para mimmesmo: - Calma, você terá muito tempo para isso...  Nos 367 dias que se segui-ram, o fenômeno não se repetiu.   Algumas oportunidades são únicas...." (AlmirKlink).