Código de Ética Do Servidor Público Federal (Comentado)

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  • 8/18/2019 Código de Ética Do Servidor Público Federal (Comentado)

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    Darlan Silva Ferreira

    Edição 2013

    Blog do Professor Darlan

    www.darlanferreira.com.br

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    www.twitter.com/blogprofdarlan

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    DARLAN SILVA FERREIRA

    Coordenador do Programa de Educação Previdenciária, Professor de Direito Administrativo,Constitucional e Previdenciário no Promove Concursos e Circuito Pré-Vestibular e Concursos.

    Código de Ética do ServidorPúblico Federal Comentado

    Edição 2013

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    SUMÁRIO ..................................................................................................................................... 1

    ORGANIZAÇÃO DO E-BOOK ...................................................................................................... 2INTRODUÇÃO .............................................................................................................................. 2ÉTICA E A MORAL ....................................................................................................................... 2ÉTICA, PRINCÍPIOS E VALORES. ............................................................................................... 3ÉTICA E DEMOCRACIA ............................................................................................................... 4HISTÓRICO DO CÓDIGO DE ÉTICA PROFISSIONAL DO SERVIDOR PÚBLICO CIVIL DOPODER EXECUTIVO FEDERAL. ................................................................................................. 4DECRETO Nº 1.171, DE 22 DE JUNHO DE 1994. ....................................................................... 5CÓDIGO DE ÉTICA PROFISSIONAL DO SERVIDOR PÚBLICO CIVIL DO PODER EXECUTIVOFEDERAL ..................................................................................................................................... 6COMENTÁRIOS ........................................................................................................................... 7

    COMENTÁRIOS ......................................................................................................................... 12COMENTÁRIOS ......................................................................................................................... 13DECRETO Nº 6.029, DE 1º DE FEVEREIRO DE 2007............................................................... 16COMENTÁRIOS ......................................................................................................................... 21PROCESSO NA COMISSÃO DE ÉTICA ........................................................................... 23APLICAÇÃO PRÁTICA DO CÓDIGO DE ÉTICA ........................................................................ 25PERGUNTAS E RESPOSTAS ELABORADAS PELA COMISSÃO DE ÉTICA ........................... 27EXERCÍCIOS .............................................................................................................................. 28

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    O Código de Ética e seus anexos foram divididos em capítulos que introduzem o textodo Decreto ou do anexo, seguido dos comentários. Ao final teremos o estudo de umcaso concreto e exercícios.

    O Código de Ética Profissional do Servidor Público Federal, Decreto nº 1.171/94, ébasicamente um guia de conduta profissional, ao contrário que muitos pensam, também

    pessoais, a que os servidores públicos estão submetidos. Ele prescreve a preservaçãodos mais nobres princípios éticos e morais, esperáveis no comportamento daqueles quetêm, como profissão, o exercício de função pública.

    Ele tem inspiração no artigo 37 “caput” da Constituição Federal de 1988. Além dainspiração constitucional, há também a legal, contida nas Leis 8112/90 (Regime Jurídicodos Servidores Públicos) e 8429/92 (Improbidade Administrativa).

    É importante salientar que o Decreto nº 1.171/94 é voltado aos servidores públicosfederais, aos quais conceitua-se, em sentido amplo, como as pessoas físicas queprestam serviço ao Estado e às entidades da Administração Indireta, com vínculo

    empregatício e mediante remuneração paga pelos cofres públicos.Por fim, destaca-se que o servidor público não poderá jamais desprezar o elemento éticode sua conduta. Ele deve orientar seu comportamento pelos preceitos regrados noCódigo, que lhe deve servir como a um estímulo. No entanto há uma divisão das esferasPenal, Administrativa e Ética, portanto o descumprimento das regras deste código nãoacarreta nenhuma responsabilidade administrativa do agente público.

    A expressão “ética” vem do grego éthos, que significa hábito, enquanto “moral” vem dolatim mos, cujo significado é hábito. Portanto o ponto de vista da origem da palavra, usar“ética” ou “moral”, dá na mesma, é apenas uma questão de dar preferência a umaexpressão de origem grega ou latina.

    Mas você deve estar se perguntando neste momento, e daí? Para entendermos o que éum código de ética, qual a sua necessidade e como funciona temos que entender estesconceitos.

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    Se a moral é naturalmente um hábito, mas estes surgem a partir de outras fontes, quaissejam, valores e normas. Ao estabelecer um valor, naturalmente estaremos fixando umanorma para alcançá-lo. Por exemplo, quando um pai valoriza a honestidade dirá ao filho:seja honesto! Tal frase é uma norma, ou seja, é uma regra de comportamento que tempor objetivo a realização de um valor. Assim a moral se relaciona com o universo dos

    valores e normas. Estas normas podem variar de acordo com uma determinada épocaou povo. Estas regras são veiculadas por diversos meios: família, escola, instituiçõesreligiosas, onde as ações dos indivíduos e dos grupos devem conformar-se àquelescódigos, sob pena de punição.

    A forma de punição será um marco que dividirá dois planos de regras e normas: dosCódigos Tradicionais de Conduta e do Direito. Pois, via de regra os códigos tradicionaisde conduta não comportam como punição a coerção, exceto quando ao juiz como formade integração das normas no ordenamento jurídico brasileiro é permitido pelo Lei deIntrodução ao Direito Brasileiro – LINDB, utilizar como fundamento da sua decisão os

    usos e costumes do código tradicionalmente vigente na sua sociedade..E a ética? Esta tenta abranger, um ou mais sistemas de valores e normas de condutaque sejam racional ou possível de ser defensável através de argumentos. Portanto aÉtica é um conjunto de valores morais e princípios que norteiam a conduta humana nasociedade. Ela serve para que haja um equilíbrio e bom funcionamento social,possibilitando que ninguém saia prejudicado. Neste sentido, a ética, assim como as leis,embora não possam ser confundidas estão relacionadas com o sentimento de justiçasocial. 

    Sendo a ética um conjunto de valores morais e princípios que norteiam a condutahumana na sociedade. Faz-se necessário entendermos o que seriam princípios evalores.

    Uma vez que cada pessoa constrói um conjunto de valores diferentes, certamenteocorrerão os conflitos nos relacionamentos. Para evitar tais conflitos utilizamos a ética

    como filtro social somente permitindo valores racionais e defensáveis. Portanto osvalores éticos são um conjunto de normas que materializam um ideal de perfeiçãobuscado pelos seres humanos.

    Os princípios, por sua vez, são requisitos de aprimoramento, que deverão seralcançados da melhor forma possível e possuem uma ideia de gradação. Assim osprincípios são normas que exigem que algo seja realizado em seu maior nível possível.

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    A ética, tem papel fundamental em toda democracia, regulamentando e exigindo dosgovernantes e agentes públicos, o comportamento adequado à função e conferindo aopovo as noções e os valores necessários para o exercício de seus deveres e cobrançados seus direitos.

    O próprio Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder ExecutivoFederal, surgiu após o impeachment do presidente Fernando Collor de Mello, em 1992,devido aos anseios da população por uma gestão pública mais proba.

    A criação de um código de ética atendeu às necessidades observadas durante ogoverno Itamar Franco. Devido a um movimento que havia conduzido ao impeachmentdo presidente Fernando Collor de Mello, em 1992, atendendo a um anseio da opiniãopública que cobrava por mecanismos eficientes de combate à corrupção. No senáriointernacional, na década de 1990 foi marcada por crises institucionais, com mudanças

    no papel e na estrutura dos Estados-nações e, em consequência, uma demanda pornormas que orientassem a conduta dos agentes do Estado.

    A reunião, realizada no dia 4 de março de 1994, designou para sua coordenação oprofessor Modesto Carvalhosa, membro da Comissão Especial e presidente do Tribunalda Ordem dos Advogados do Brasil. Seguiu-se, então, a elaboração do Código de Ética,aprovado no dia 6 de abril de 1994, em sessão plenária.

    O referido código está dividido em duas partes: a primeira contempla os princípios quedeverão ser observados pelo servidor, a segunda fornece os dispositivos para a criaçãoe o funcionamento de comissões de ética a serem instaladas em todos os órgãos do

    Poder Executivo Federal.O Código ainda foi complementado por iniciativas como a criação de uma Comissão deÉtica Pública (1999) e o Código de Conduta da Alta Administração (2000).

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    Aprova o Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal.

    0 PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso das atribuições que lhe confere o art. 84, incisosIV e VI, e ainda tendo em vista o disposto no art. 37 da Constituição, bem como nos arts. 116 e117 da Lei n°8.112, de 11 de dezembro de 1990, e n os arts. 10, 11 e 12 da Lei n°8.429, de 2 de junho de 1992,

    DECRETA:

    Art. 1°Fica aprovado o Código de Ética Pro fissional do Servidor Público Civil do PoderExecutivo Federal, que com este baixa.

    Art. 2° Os órgãos e entidades da Administra ção Pública Federal direta e indiretaimplementarão, em sessenta dias, as providências necessárias à plena vigência do Código deÉtica, inclusive mediante a Constituição da respectiva Comissão de Ética, integrada por trêsservidores ou empregados titulares de cargo efetivo ou emprego permanente.

    Parágrafo único. A constituição da Comissão de Ética será comunicada à Secretaria daAdministração Federal da Presidência da República, com a indicação dos respectivos membrostitulares e suplentes.

    Art. 3°Este decreto entra em vigor na data de sua publicação.

    Brasília, 22 de junho de 1994, 173°da Inde pendência e 106°da República.

    ITAMAR FRANCO

    Romildo Canhim

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    I - A dignidade, o decoro, o zelo, a eficácia e a consciência dos princípios morais sãoprimados maiores que devem nortear o servidor público, seja no exercício do cargo ou função,ou fora dele, já que refletirá o exercício da vocação do próprio poder estatal. Seus atos,comportamentos e atitudes serão direcionados para a preservação da honra e da tradição dosserviços públicos.

    II - O servidor público não poderá jamais desprezar o elemento ético de sua conduta.Assim, não terá que decidir somente entre o legal e o ilegal, o justo e o injusto, o conveniente e oinconveniente, o oportuno e o inoportuno, mas principalmente entre o honesto e o desonesto,consoante as regras contidas no art. 37, caput, e § 4°, da Constituição Federal.

    III - A moralidade da Administração Pública não se limita à distinção entre o bem e o mal,devendo ser acrescida da idéia de que o fim é sempre o bem comum. O equilíbrio entre alegalidade e a finalidade, na conduta do servidor público, é que poderá consolidar a moralidadedo ato administrativo.

    IV- A remuneração do servidor público é custeada pelos tributos pagos direta ouindiretamente por todos, até por ele próprio, e por isso se exige, como contrapartida, que amoralidade administrativa se integre no Direito, como elemento indissociável de sua aplicação ede sua finalidade, erigindo-se, como consequência, em fator de legalidade.

    V - O trabalho desenvolvido pelo servidor público perante a comunidade deve ser entendidocomo acréscimo ao seu próprio bem-estar, já que, como cidadão, integrante da sociedade, o

    êxito desse trabalho pode ser considerado como seu maior patrimônio.

    VI - A função pública deve ser tida como exercício profissional e, portanto, se integra navida particular de cada servidor público. Assim, os fatos e atos verificados na conduta do dia-a- dia em sua vida privada poderão acrescer ou diminuir o seu bom conceito na vida funcional.

    VII - Salvo os casos de segurança nacional, investigações policiais ou interesse superior doEstado e da Administração Pública, a serem preservados em processo previamente declaradosigiloso, nos termos da lei, a publicidade de qualquer ato administrativo constitui requisito deeficácia e moralidade, ensejando sua omissão comprometimento ético contra o bem comum,imputável a quem a negar.

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    VIII - Toda pessoa tem direito à verdade. O servidor não pode omiti-la ou falseá-la, aindaque contrária aos interesses da própria pessoa interessada ou da Administração Pública.Nenhum Estado pode crescer ou estabilizar-se sobre o poder corruptivo do hábito do erro, daopressão ou da mentira, que sempre aniquilam até mesmo a dignidade humana quanto mais ade uma Nação.

    IX - A cortesia, a boa vontade, o cuidado e o tempo dedicados ao serviço públicocaracterizam o esforço pela disciplina. Tratar mal uma pessoa que paga seus tributos direta ouindiretamente significa causar-lhe dano moral. Da mesma forma, causar dano a qualquer bempertencente ao patrimônio público, deteriorando-o, por descuido ou má vontade, não constituiapenas uma ofensa ao equipamento e às instalações ou ao Estado, mas a todos os homens deboa vontade que dedicaram sua inteligência, seu tempo, suas esperanças e seus esforços paraconstruí-los.

    X - Deixar o servidor público qualquer pessoa à espera de solução que compete ao setorem que exerça suas funções, permitindo a formação de longas filas, ou qualquer outra espéciede atraso na prestação do serviço, não caracteriza apenas atitude contra a ética ou ato de

    desumanidade, mas principalmente grave dano moral aos usuários dos serviços públicos.XI - 0 servidor deve prestar toda a sua atenção às ordens legais de seus superiores,

    velando atentamente por seu cumprimento, e, assim, evitando a conduta negligente. Osrepetidos erros, o descaso e o acúmulo de desvios tornam-se, às vezes, difíceis de corrigir ecaracterizam até mesmo imprudência no desempenho da função pública.

    XII - Toda ausência injustificada do servidor de seu local de trabalho é fator dedesmoralização do serviço público, o que quase sempre conduz à desordem nas relaçõeshumanas.

    XIII - 0 servidor que trabalha em harmonia com a estrutura organizacional, respeitando seus

    colegas e cada concidadão, colabora e de todos pode receber colaboração, pois sua atividadepública é a grande oportunidade para o crescimento e o engrandecimento da Nação.

    Deontologia consiste no conjunto de regras e princípios que regem a conduta de umprofissional, uma ciência que estuda os deveres de uma determinada profissão. Asregras deontológicas do Código de Ética Profissional são um conjunto de princípios quedeverão reger a conduta dos servidores públicos federais tanto na seara pessoal comona profissional. Portanto por mais estranho que seja ao leitor, não se pode dissociareticamente a função pública da vida pessoal, o servidor tem que observar os preceitoséticos em tempo integral.

    Como já dissemos os princípios relacionados neste Código de Ética, especificamente noinciso II, tem fundamento em normas importantes do nosso ordenamento como o art. 37,“caput”.

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    A administração pública direta e indireta de qualquer dosPoderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dosMunicípios obedecerá aos princípios de legalidade,impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência   e,também, ao seguinte:

    Tratam-se dos princípios explícitos da administração pública, que são importantes paratodo agente público e principalmente aos servidores. Veremos que várias regrasdeontológicas foram claramente inspiradas nos princípios constitucionais citados, comopor exemplo:

    VII - Salvo os casos de segurança nacional, investigações policiais ouinteresse superior do Estado e da Administração Pública, a serempreservados em processo previamente declarado sigiloso, nos termos da

    lei, a publicidade de qualquer ato administrativo constitui requisitode eficácia e moralidade , ensejando sua omissão comprometimentoético contra o bem comum, imputável a quem a negar. 

    Há também as regras dos incisos IX a XII, inspiradas nos arts. 116 e 117 da Lei 8112/90:

    Art. 116. São deveres do servidor:

    I - exercer com zelo e dedicação as atribuições do cargo;

    II - ser leal às instituições a que servir;

    III - observar as normas legais e regulamentares;

    IV - cumprir as ordens superiores, exceto quando manifestamenteilegais;

    V - atender com presteza:

    a) ao público em geral, prestando as informações requeridas,ressalvadas as protegidas por sigilo;

    b) à expedição de certidões requeridas para defesa de direito ouesclarecimento de situações de interesse pessoal;

    c) às requisições para a defesa da Fazenda Pública.

    VI - levar ao conhecimento da autoridade superior as irregularidadesde que tiver ciência em razão do cargo; (Vide Lei nº 12.527, de 2011)

    VII - zelar pela economia do material e a conservação do patrimôniopúblico;

    VIII - guardar sigilo sobre assunto da repartição;

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    IX - manter conduta compatível com a moralidade administrativa;

    X - ser assíduo e pontual ao serviço;

    XI - tratar com urbanidade as pessoas;

    XII - representar contra ilegalidade, omissão ou abuso de poder.Parágrafo único. A representação de que trata o inciso XII será

    encaminhada pela via hierárquica e apreciada pela autoridade superioràquela contra a qual é formulada, assegurando-se ao representandoampla defesa.

    Ainda na 8112/90 temos o capitulo II, chamado “Das Proibições” com importantesproibições de conduta.

    Capítulo II  

    Das Proibições

    Art. 117. Ao servidor é proibido:

    I - ausentar-se do serviço durante o expediente, sem préviaautorização do chefe imediato;

    II - retirar, sem prévia anuência da autoridade competente, qualquerdocumento ou objeto da repartição;

    III - recusar fé a documentos públicos;

    IV - opor resistência injustificada ao andamento de documento eprocesso ou execução de serviço;

    V - promover manifestação de apreço ou desapreço no recinto darepartição;

    VI - cometer a pessoa estranha à repartição, fora dos casosprevistos em lei, o desempenho de atribuição que seja de suaresponsabilidade ou de seu subordinado;

    VII - coagir ou aliciar subordinados no sentido de filiarem-se aassociação profissional ou sindical, ou a partido político;

    VIII - manter sob sua chefia imediata, em cargo ou função deconfiança, cônjuge, companheiro ou parente até o segundo grau civil;

    IX - valer-se do cargo para lograr proveito pessoal ou de outrem, emdetrimento da dignidade da função pública;

    X - participar de gerência ou administração de sociedade privada,personificada ou não personificada, exercer o comércio, exceto naqualidade de acionista, cotista ou comanditário; (Redação dada pela Leinº 11.784, de 2008)

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    XI - atuar, como procurador ou intermediário, junto a repartiçõespúblicas, salvo quando se tratar de benefícios previdenciários ouassistenciais de parentes até o segundo grau, e de cônjuge oucompanheiro;

    XII - receber propina, comissão, presente ou vantagem de qualquerespécie, em razão de suas atribuições;

    XIII - aceitar comissão, emprego ou pensão de estado estrangeiro;

    XIV - praticar usura sob qualquer de suas formas;

    XV - proceder de forma desidiosa;

    XVI - utilizar pessoal ou recursos materiais da repartição emserviços ou atividades particulares;

    XVII - cometer a outro servidor atribuições estranhas ao cargo que

    ocupa, exceto em situações de emergência e transitórias;

    XVIII - exercer quaisquer atividades que sejam incompatíveis com oexercício do cargo ou função e com o horário de trabalho;

    XIX - recusar-se a atualizar seus dados cadastrais quandosolicitado. (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

    SEÇÃO II

    DOS PRINCIPAIS DEVERES DO SERVIDOR PÚBLICO

    XIV - São deveres fundamentais do servidor público:

    a) desempenhar, a tempo, as atribuições do cargo, função ou emprego público de que seja

    titular;b) exercer suas atribuições com rapidez, perfeição e rendimento, pondo fim ou procurando

    prioritariamente resolver situações procrastinatórias, principalmente diante de filas ou dequalquer outra espécie de atraso na prestação dos serviços pelo setor em que exerça suasatribuições, com o fim de evitar dano moral ao usuário;

    Obs.: Procrastinar significa adiar, protelar; demorar. 

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    c) ser probo, reto, leal e justo, demonstrando toda a integridade do seu caráter, escolhendosempre, quando estiver diante de duas opções, a melhor e a mais vantajosa para o bem comum;

    d) jamais retardar qualquer prestação de contas, condição essencial da gestão dos bens,direitos e serviços da coletividade a seu cargo;

    e) tratar cuidadosamente os usuários dos serviços aperfeiçoando o processo decomunicação e contato com o público;

    f) ter consciência de que seu trabalho é regido por princípios éticos que se materializam naadequada prestação dos serviços públicos;

    g) ser cortês, ter urbanidade, disponibilidade e atenção, respeitando a capacidade e aslimitações individuais de todos os usuários do serviço público, sem qualquer espécie depreconceito ou distinção de raça, sexo, nacionalidade, cor, idade, religião, cunho político eposição social, abstendo-se, dessa forma, de causar-lhes dano moral;

    h) ter respeito à hierarquia, porém sem nenhum temor de representar contra qualquer

    comprometimento indevido da estrutura em que se funda o Poder Estatal;

    i) resistir a todas as pressões de superiores hierárquicos, de contratantes, interessados eoutros que visem obter quaisquer favores, benesses ou vantagens indevidas em decorrência deações imorais, ilegais ou aéticas e denunciá-las;

     j) zelar, no exercício do direito de greve, pelas exigências específicas da defesa da vida eda segurança coletiva;

    l) ser assíduo e frequente ao serviço, na certeza de que sua ausência provoca danos aotrabalho ordenado, refletindo negativamente em todo o sistema;

    m) comunicar imediatamente a seus superiores todo e qualquer ato ou fato contrário aointeresse público, exigindo as providências cabíveis;

    n) manter limpo e em perfeita ordem o local de trabalho, seguindo os métodos maisadequados à sua organização e distribuição;

    o) participar dos movimentos e estudos que se relacionem com a melhoria do exercício desuas funções, tendo por escopo a realização do bem comum;

    p) apresentar-se ao trabalho com vestimentas adequadas ao exercício da função;

    q) manter-se atualizado com as instruções, as normas de serviço e a legislação pertinentes

    ao órgão onde exerce suas funções;r) cumprir, de acordo com as normas do serviço e as instruções superiores, as tarefas de

    seu cargo ou função, tanto quanto possível, com critério, segurança e rapidez, mantendo tudosempre em boa ordem.

    s) facilitar a fiscalização de todos atos ou serviços por quem de direito;

    t) exercer com estrita moderação as prerrogativas funcionais que lhe sejam atribuídas,abstendo-se de fazê-lo contrariamente aos legítimos interesses dos usuários do serviço públicoe dos jurisdicionados administrativos;

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    u) abster-se, de forma absoluta, de exercer sua função, poder ou autoridade com finalidadeestranha ao interesse público, mesmo que observando as formalidades legais e não cometendoqualquer violação expressa à lei;

    v) divulgar e informar a todos os integrantes da sua classe sobre a existência deste Códigode Ética, estimulando o seu integral cumprimento.

    Vemos que os deveres prescritos pelo Decreto 1171, mais uma vez reforçam asdeterminações legais dos artigos 116 e 117 da Lei 8112, como por exemplo, nas alíneasB, D e H. As orientações éticas normatizadas pelo este Decreto invocam dignidade,

    decoro, zelo, eficácia, preservação da honra, legalidade, justiça, honestidade,conveniência, dentre outros princípios, a serem sempre aplicados na busca do grandeobjetivo da Administração Pública: o bem comum.

    O servidor deve exercer sua função com cortesia, boa vontade, dedicação, prontidão ecuidado em relação ao serviço prestado aos superiores e, especialmente, aos usuáriosdo serviço público são os desdobramentos dos princípios morais na conduta cotidianado servidor. O objetivo é fazer predominar a harmonia e o respeito no ambiente detrabalho. O código estabelece, também, algumas condutas proibidas, como o uso docargo para favorecimento pessoal ou se envolver em empreendimentos de cunhoduvidoso.

    SEÇÃO III

    DAS VEDAÇÕES AO SERVIDOR PÚBLICO

    XV - E vedado ao servidor público;

    a) o uso do cargo ou função, facilidades, amizades, tempo, posição e influências, para obterqualquer favorecimento, para si ou para outrem;

    b) prejudicar deliberadamente a reputação de outros servidores ou de cidadãos que delesdependam;

    c) ser, em função de seu espírito de solidariedade, conivente com erro ou infração a esteCódigo de Ética ou ao Código de Ética de sua profissão;

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    d) usar de artifícios para procrastinar ou dificultar o exercício regular de direito por qualquerpessoa, causando-lhe dano moral ou material;

    e) deixar de utilizar os avanços técnicos e científicos ao seu alcance ou do seuconhecimento para atendimento do seu mister;

    f) permitir que perseguições, simpatias, antipatias, caprichos, paixões ou interesses deordem pessoal interfiram no trato com o público, com os jurisdicionados administrativos ou comcolegas hierarquicamente superiores ou inferiores;

    g) pleitear, solicitar, provocar, sugerir ou receber qualquer tipo de ajuda financeira,gratificação, prêmio, comissão, doação ou vantagem de qualquer espécie, para si, familiares ouqualquer pessoa, para o cumprimento da sua missão ou para influenciar outro servidor para omesmo fim;

    h) alterar ou deturpar o teor de documentos que deva encaminhar para providências;

    i) iludir ou tentar iludir qualquer pessoa que necessite do atendimento em serviços públicos;

     j) desviar servidor público para atendimento a interesse particular;

    l) retirar da repartição pública, sem estar legalmente autorizado, qualquer documento, livroou bem pertencente ao patrimônio público;

    m) fazer uso de informações privilegiadas obtidas no âmbito interno de seu serviço, embenefício próprio, de parentes, de amigos ou de terceiros;

    n) apresentar-se embriagado no serviço ou fora dele habitualmente;

    o) dar o seu concurso a qualquer instituição que atente contra a moral, a honestidade ou a

    dignidade da pessoa humana;p) exercer atividade profissional aética ou ligar o seu nome a empreendimentos de cunho

    duvidoso.

    Vedar, quer dizer proibir e este inciso XV trás proibições éticas ao servidor, que por suavez também comete crimes. Na alínea A, que proíbe o uso do cargo ou função para

    obter favorecimento constitui o crime de Corrupção Passiva, prescrito pelo artigo 317, doCódigo Penal:

    Art. 317 - Solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta ouindiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas emrazão dela, vantagem indevida, ou aceitar promessa de tal vantagem:

    Pena - reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e multa.

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    A alínea H também trata de um crime, pois alterar ou deturpar (modificar, alterar,adulterar) dados de documentos pode configurar o crime previsto no artigo 313-A, doCódigo Penal, qual seja, “Inserção de dados falsos em sistema de informações”:

    Art. 313-A. Inserir ou facilitar, o funcionário autorizado, a inserção dedados falsos, alterar ou excluir indevidamente dados corretos nossistemas informatizados ou bancos de dados da Administração Públicacom o fim de obter vantagem indevida para si ou para outrem ou paracausar dano:

    Pena - reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e multa.

    Na alínea L “Retirar, sem prévia autorização, qualquer documento ou objeto da

    repartição pública, pertencente ao patrimônio público ou particular ” configura crime dePeculato, previsto no artigo 312, do Código Penal:

    Art. 312 - Apropriar-se o funcionário público de dinheiro, valor ou qualqueroutro bem móvel, público ou particular, de que tem a posse em razão docargo, ou desviá-lo, em proveito próprio ou alheio:

    Pena - reclusão, de dois a doze anos, e multa.

    § 1º - Aplica-se a mesma pena, se o funcionário público, embora não

    tendo a posse do dinheiro, valor ou bem, o subtrai, ou concorre para queseja subtraído, em proveito próprio ou alheio, valendo-se de facilidadeque lhe proporciona a qualidade de funcionário.

    Peculato basicamente é um furto qualificado, no entanto, somente pode ser aplicadoao funcionário público ou a ele equiparado, numa circunstância de o abuso deconfiança e com uma diferença fundamental em relação à vítima que é o Estado, dáa gravidade do delito.

    Por fim o crime de “violação de sigilo funcional” tratado na alínea M deste Decretoesta previsto no artigo 325, do Código Penal:

    Art. 325 - Revelar fato de que tem ciência em razão do cargo e que devapermanecer em segredo, ou facilitar-lhe a revelação:

    Pena - detenção, de seis meses a dois anos, ou multa, se o fato nãoconstitui crime mais grave.

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    Apesar de podermos observar em outros pontos a inspiração na Lei 8429/92 como aalínea a, g e j deste artigo em relação ao art. 9 da referida lei:

    Art. 9° Constitui ato de improbidade administrativa importandoenriquecimento ilícito auferir qualquer tipo de vantagem patrimonial

    indevida em razão do exercício de cargo, mandato, função, emprego ouatividade nas entidades mencionadas no art. 1°dest a lei, e notadamente:

    E as alíneas d e e, em relação ao artigo 10 da Lei 8429/92:

    Art. 10. Constitui ato de improbidade administrativa que causa lesão aoerário qualquer ação ou omissão, dolosa ou culposa, que enseje perdapatrimonial, desvio, apropriação, malbaratamento ou dilapidação dosbens ou haveres das entidades referidas no art. 1º desta lei, enotadamente:

    É claro que, assim como as transgressões disciplinares serão apuradas, por uma

    comissão disciplinar, julgadas e aplicadas a penas pelo chefe do órgão ao qual oservidor pertença. Os crimes serão apurados pela polícia judiciária e pelo Ministériopúblico sendo julgados pelo poder judiciário. Mas e as infrações éticas? Para elas foiinstituída pelo decreto 6029 de 2007, que veremos a seguir.

    XVI - Em todos os órgãos e entidades da Administração Pública Federal direta, indiretaautárquica e fundacional, ou em qualquer órgão ou entidade que exerça atribuições delegadaspelo poder público, deverá ser criada uma Comissão de Ética, encarregada de orientar eaconselhar sobre a ética profissional do servidor, no tratamento com as pessoas e com opatrimônio público, competindo-lhe conhecer concretamente de imputação ou de procedimentosusceptível de censura.

    XVIII - À Comissão de Ética incumbe fornecer, aos organismos encarregados da execução doquadro de carreira dos servidores, os registros sobre sua conduta ética, para o efeito de instruire fundamentar promoções e para todos os demais procedimentos próprios da carreira doservidor público.

    XXII - A pena aplicável ao servidor público pela Comissão de Ética é a de censura e suafundamentação constará do respectivo parecer, assinado por todos os seus integrantes, comciência do faltoso.

    XXIV - Para fins de apuração do comprometimento ético, entende-se por servidor público todoaquele que, por força de lei, contrato ou de qualquer ato jurídico, preste serviços de naturezapermanente, temporária ou excepcional, ainda que sem retribuição financeira, desde que ligado

    direta ou indiretamente a qualquer órgão do poder estatal, como as autarquias, as fundações

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    públicas, as entidades paraestatais, as empresas públicas e as sociedades de economia mista,ou em qualquer setor onde prevaleça o interesse do Estado.

    Vide Resolução nº 10, de 29 de setembro de 2008·.

    Institui Sistema de Gestão da Ética do Poder Executivo Federal, e dá outras providências.

    O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que lhe confere o art. 84, inciso VI,alínea “a”, da Constituição,

    DECRETA:

    Art. 1o Fica instituído o Sistema de Gestão da Ética do Poder Executivo Federal com afinalidade de promover atividades que dispõem sobre a conduta ética no âmbito do ExecutivoFederal, competindo-lhe:

    I - integrar os órgãos, programas e ações relacionadas com a ética pública;

    II - contribuir para a implementação de políticas públicas tendo a transparência e o acesso àinformação como instrumentos fundamentais para o exercício de gestão da ética pública;

    III - promover, com apoio dos segmentos pertinentes, a compatibilização e interação de normas,procedimentos técnicos e de gestão relativos à ética pública;

    IV - articular ações com vistas a estabelecer e efetivar procedimentos de incentivo e incrementoao desempenho institucional na gestão da ética pública do Estado brasileiro.

    Art. 2o Integram o Sistema de Gestão da Ética do Poder Executivo Federal:

    I - a Comissão de Ética Pública - CEP, instituída pelo Decreto de 26 de maio de 1999;

    II - as Comissões de Ética de que trata o Decreto no 1.171, de 22 de junho de 1994; e

    III - as demais Comissões de Ética e equivalentes nas entidades e órgãos do Poder Executivo

    Federal.

    Art. 3o A CEP será integrada por sete brasileiros que preencham os requisitos de idoneidademoral, reputação ilibada e notória experiência em administração pública, designados peloPresidente da República, para mandatos de três anos, não coincidentes, permitida uma únicarecondução.

    § 1o A atuação no âmbito da CEP não enseja qualquer remuneração para seus membros e ostrabalhos nela desenvolvidos são considerados prestação de relevante serviço público.

    § 2o O Presidente terá o voto de qualidade nas deliberações da Comissão.

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    § 3o Os mandatos dos primeiros membros serão de um, dois e três anos, estabelecidos nodecreto de designação.

    Art. 4o À CEP compete:

    I - atuar como instância consultiva do Presidente da República e Ministros de Estado em matéria

    de ética pública;

    II - administrar a aplicação do Código de Conduta da Alta Administração Federal, devendo:

    a) submeter ao Presidente da República medidas para seu aprimoramento;

    b) dirimir dúvidas a respeito de interpretação de suas normas, deliberando sobre casos omissos;

    c) apurar, mediante denúncia, ou de ofício, condutas em desacordo com as normas neleprevistas, quando praticadas pelas autoridades a ele submetidas;

    III - dirimir dúvidas de interpretação sobre as normas do Código de Ética Profissional do Servidor

    Público Civil do Poder Executivo Federal de que trata o Decreto no 1.171, de 1994;IV - coordenar, avaliar e supervisionar o Sistema de Gestão da Ética Pública do Poder ExecutivoFederal;

    V - aprovar o seu regimento interno; e

    VI - escolher o seu Presidente.

    Parágrafo único. A CEP contará com uma Secretaria-Executiva, vinculada à Casa Civil daPresidência da República, à qual competirá prestar o apoio técnico e administrativo aostrabalhos da Comissão.

    Art. 5o Cada Comissão de Ética de que trata o Decreto no 1171, de 1994, será integrada portrês membros titulares e três suplentes, escolhidos entre servidores e empregados do seuquadro permanente, e designados pelo dirigente máximo da respectiva entidade ou órgão, paramandatos não coincidentes de três anos.

    Art. 6o É dever do titular de entidade ou órgão da Administração Pública Federal, direta eindireta:

    I - assegurar as condições de trabalho para que as Comissões de Ética cumpram suas funções,inclusive para que do exercício das atribuições de seus integrantes não lhes resulte qualquerprejuízo ou dano;

    II - conduzir em seu âmbito a avaliação da gestão da ética conforme processo coordenado pelaComissão de Ética Pública.

    Art. 7o Compete às Comissões de Ética de que tratam os incisos II e III do art. 2o:

    I - atuar como instância consultiva de dirigentes e servidores no âmbito de seu respectivo órgãoou entidade;

    II - aplicar o Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal,aprovado pelo Decreto 1.171, de 1994, devendo:

    a) submeter à Comissão de Ética Pública propostas para seu aperfeiçoamento;

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    b) dirimir dúvidas a respeito da interpretação de suas normas e deliberar sobre casos omissos;

    c) apurar, mediante denúncia ou de ofício, conduta em desacordo com as normas éticaspertinentes; e

    d) recomendar, acompanhar e avaliar, no âmbito do órgão ou entidade a que estiver vinculada, o

    desenvolvimento de ações objetivando a disseminação, capacitação e treinamento sobre asnormas de ética e disciplina;

    III - representar a respectiva entidade ou órgão na Rede de Ética do Poder Executivo Federal aque se refere o art. 9o; e

    IV - supervisionar a observância do Código de Conduta da Alta Administração Federal ecomunicar à CEP situações que possam configurar descumprimento de suas normas.

    § 1o Cada Comissão de Ética contará com uma Secretaria-Executiva, vinculadaadministrativamente à instância máxima da entidade ou órgão, para cumprir plano de trabalhopor ela aprovado e prover o apoio técnico e material necessário ao cumprimento das suas

    atribuições.

    § 2o As Secretarias-Executivas das Comissões de Ética serão chefiadas por servidor ouempregado do quadro permanente da entidade ou órgão, ocupante de cargo de direçãocompatível com sua estrutura, alocado sem aumento de despesas.

    Art. 8o Compete às instâncias superiores dos órgãos e entidades do Poder Executivo Federal,abrangendo a administração direta e indireta:

    I - observar e fazer observar as normas de ética e disciplina;

    II - constituir Comissão de Ética;

    III - garantir os recursos humanos, materiais e financeiros para que a Comissão cumpra comsuas atribuições; e

    IV - atender com prioridade às solicitações da CEP.

    Art. 9o Fica constituída a Rede de Ética do Poder Executivo Federal, integrada pelosrepresentantes das Comissões de Ética de que tratam os incisos I, II e III do art. 2o, com oobjetivo de promover a cooperação técnica e a avaliação em gestão da ética.Parágrafo único. Os integrantes da Rede de Ética se reunirão sob a coordenação da Comissãode Ética Pública, pelo menos uma vez por ano, em fórum específico, para avaliar o programa eas ações para a promoção da ética na administração pública.

    Art. 10. Os trabalhos da CEP e das demais Comissões de Ética devem ser desenvolvidos comceleridade e observância dos seguintes princípios:

    I - proteção à honra e à imagem da pessoa investigada;

    II - proteção à identidade do denunciante, que deverá ser mantida sob reserva, se este assim odesejar; e

    III - independência e imparcialidade dos seus membros na apuração dos fatos, com as garantiasasseguradas neste Decreto.

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    Art. 11. Qualquer cidadão, agente público, pessoa jurídica de direito privado, associação ouentidade de classe poderá provocar a atuação da CEP ou de Comissão de Ética, visando àapuração de infração ética imputada a agente público, órgão ou setor específico de ente estatal.

    Parágrafo único. Entende-se por agente público, para os fins deste Decreto, todo aquele que,por força de lei, contrato ou qualquer ato jurídico, preste serviços de natureza permanente,temporária, excepcional ou eventual, ainda que sem retribuição financeira, a órgão ou entidadeda administração pública federal, direta e indireta.

    Art. 12. O processo de apuração de prática de ato em desrespeito ao preceituado no Código deConduta da Alta Administração Federal e no Código de Ética Profissional do Servidor PúblicoCivil do Poder Executivo Federal será instaurado, de ofício ou em razão de denúnciafundamentada, respeitando-se, sempre, as garantias do contraditório e da ampla defesa, pelaComissão de Ética Pública ou Comissões de Ética de que tratam o incisos II e III do art. 2º,conforme o caso, que notificará o investigado para manifestar-se, por escrito, no prazo de dezdias.

    § 1o O investigado poderá produzir prova documental necessária à sua defesa.§ 2o As Comissões de Ética poderão requisitar os documentos que entenderem necessários àinstrução probatória e, também, promover diligências e solicitar parecer de especialista.

    § 3o Na hipótese de serem juntados aos autos da investigação, após a manifestação referida nocaput deste artigo, novos elementos de prova, o investigado será notificado para novamanifestação, no prazo de dez dias.

    § 4o Concluída a instrução processual, as Comissões de Ética proferirão decisão conclusiva efundamentada.

    § 5o Se a conclusão for pela existência de falta ética, além das providências previstas noCódigo de Conduta da Alta Administração Federal e no Código de Ética Profissional do ServidorPúblico Civil do Poder Executivo Federal, as Comissões de Ética tomarão as seguintesprovidências, no que couber:

    I - encaminhamento de sugestão de exoneração de cargo ou função de confiança à autoridadehierarquicamente superior ou devolução ao órgão de origem, conforme o caso;

    II -- encaminhamento, conforme o caso, para a Controladoria-Geral da União ou unidadeespecífica do Sistema de Correição do Poder Executivo Federal de que trata o Decreto n o5.480, de 30 de junho de 2005, para exame de eventuais transgressões disciplinares; e

    III - recomendação de abertura de procedimento administrativo, se a gravidade da conduta assimo exigir.

    Art. 13. Será mantido com a chancela de “reservado”, até que esteja concluído, qualquerprocedimento instaurado para apuração de prática em desrespeito às normas éticas.

    § 1o Concluída a investigação e após a deliberação da CEP ou da Comissão de Ética do órgãoou entidade, os autos do procedimento deixarão de ser reservados.

    § 2o Na hipótese de os autos estarem instruídos com documento acobertado por sigilo legal, oacesso a esse tipo de documento somente será permitido a quem detiver igual direito perante oórgão ou entidade originariamente encarregado da sua guarda.

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    § 3o Para resguardar o sigilo de documentos que assim devam ser mantidos, as Comissões deÉtica, depois de concluído o processo de investigação, providenciarão para que tais documentossejam desentranhados dos autos, lacrados e acautelados.

    Art. 14. A qualquer pessoa que esteja sendo investigada é assegurado o direito de saber o quelhe está sendo imputado, de conhecer o teor da acusação e de ter vista dos autos, no recintodas Comissões de Ética, mesmo que ainda não tenha sido notificada da existência doprocedimento investigatório.

    Parágrafo único. O direito assegurado neste artigo inclui o de obter cópia dos autos e decertidão do seu teor.

    Art. 15. Todo ato de posse, investidura em função pública ou celebração de contrato detrabalho, dos agentes públicos referidos no parágrafo único do art. 11, deverá ser acompanhadoda prestação de compromisso solene de acatamento e observância das regras estabelecidaspelo Código de Conduta da Alta Administração Federal, pelo Código de Ética Profissional doServidor Público Civil do Poder Executivo Federal e pelo Código de Ética do órgão ou entidade,

    conforme o caso.Parágrafo único . A posse em cargo ou função pública que submeta a autoridade às normas doCódigo de Conduta da Alta Administração Federal deve ser precedida de consulta da autoridadeà Comissão de Ética Pública, acerca de situação que possa suscitar conflito de interesses.

    Art. 16. As Comissões de Ética não poderão escusar-se de proferir decisão sobre matéria desua competência alegando omissão do Código de Conduta da Alta Administração Federal, doCódigo de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal ou do Códigode Ética do órgão ou entidade, que, se existente, será suprida pela analogia e invocação aosprincípios da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência.

    § 1o Havendo dúvida quanto à legalidade, a Comissão de Ética competente deverá ouvirpreviamente a área jurídica do órgão ou entidade.

    § 2o Cumpre à CEP responder a consultas sobre aspectos éticos que lhe forem dirigidas pelasdemais Comissões de Ética e pelos órgãos e entidades que integram o Executivo Federal, bemcomo pelos cidadãos e servidores que venham a ser indicados para ocupar cargo ou funçãoabrangida pelo Código de Conduta da Alta Administração Federal.

    Art. 17. As Comissões de Ética, sempre que constatarem a possível ocorrência de ilícitospenais, civis, de improbidade administrativa ou de infração disciplinar, encaminharão cópia dosautos às autoridades competentes para apuração de tais fatos, sem prejuízo das medidas desua competência.

    Art. 18. As decisões das Comissões de Ética, na análise de qualquer fato ou ato submetido àsua apreciação ou por ela levantado, serão resumidas em ementa e, com a omissão dos nomesdos investigados, divulgadas no sítio do próprio órgão, bem como remetidas à Comissão deÉtica Pública.

    Art. 19. Os trabalhos nas Comissões de Ética de que tratam os incisos II e III do art. 2o sãoconsiderados relevantes e têm prioridade sobre as atribuições próprias dos cargos dos seusmembros, quando estes não atuarem com exclusividade na Comissão.

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    Art. 20. Os órgãos e entidades da Administração Pública Federal darão tratamento prioritário àssolicitações de documentos necessários à instrução dos procedimentos de investigaçãoinstaurados pelas Comissões de Ética .

    § 1o Na hipótese de haver inobservância do dever funcional previsto no caput, a Comissão deÉtica adotará as providências previstas no inciso III do § 5o do art. 12.

    § 2o As autoridades competentes não poderão alegar sigilo para deixar de prestar informaçãosolicitada pelas Comissões de Ética.

    Art. 21. A infração de natureza ética cometida por membro de Comissão de Ética de que tratamos incisos II e III do art. 2o será apurada pela Comissão de Ética Pública.

    Art. 22. A Comissão de Ética Pública manterá banco de dados de sanções aplicadas pelasComissões de Ética de que tratam os incisos II e III do art. 2o e de suas próprias sanções, parafins de consulta pelos órgãos ou entidades da administração pública federal, em casos denomeação para cargo em comissão ou de alta relevância pública.

    Parágrafo único. O banco de dados referido neste artigo engloba as sanções aplicadas aqualquer dos agentes públicos mencionados no parágrafo único do art. 11 deste Decreto.

    Art. 23. Os representantes das Comissões de Ética de que tratam os incisos II e III do art. 2oatuarão como elementos de ligação com a CEP, que disporá em Resolução própria sobre asatividades que deverão desenvolver para o cumprimento desse mister.

    Art. 24. As normas do Código de Conduta da Alta Administração Federal, do Código de ÉticaProfissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal e do Código de Ética do órgãoou entidade aplicam-se, no que couber, às autoridades e agentes públicos neles referidos,mesmo quando em gozo de licença.

    Art. 25. Ficam revogados os incisos XVII, XIX, XX, XXI, XXIII e XXV do Código de ÉticaProfissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal, aprovado pelo Decreto no1.171, de 22 de junho de 1994, os arts. 2o e 3o do Decreto de 26 de maio de 1999, que cria aComissão de Ética Pública, e os Decretos de 30 de agosto de 2000 e de 18 de maio de 2001,que dispõem sobre a Comissão de Ética Pública.

    Art. 26. Este Decreto entra em vigor na data da sua publicação.

    Brasília, 1º de fevereiro de 2007; 186o da Independência e 119o da República.

    LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA

    Dilma Rousseff

    Este texto não substitui o publicado no DOU de 2.2.2007

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    O Sistema de Gestão da Ética do Poder Executivo Federal, foi dividido em estamentosda seguinte forma:

    A Comissão de Ética Pública - CEP é órgão de cúpula e será composta conforme oDecreto 6.029/07 em seu art. 3º"... por sete brasileiros que preencham os requisitos deidoneidade moral, reputação ilibada e notória experiência em administração pública,

    designados pelo Presidente da República, para mandatos de três anos, nãocoincidentes, permitida uma única recondução."

    Em mandatos serão de 03 anos (há uma exceção no prazo dos mandatos dos primeirosmembros conforme art.3, §3 do Decreto 6029/07, não coincidentes permitida uma únicarecondução, essa última dinâmica permite uma coerência maior na composição dacomissão, pois nem todos os membros serão trocados de uma só vez.

    Os membros não serão remunerados e os trabalhos nela desenvolvidos sãoconsiderados prestação de relevante serviço público.

    Nas decisões da CEP, seu Presidente terá o voto de qualidade nas deliberações daComissão, ou seja, em caso de empate, seu voto poderá desempatar e prevalecer paradecisão.

    Competência da CEP esta prevista no art. 4º do Decreto 6.029/07:

    I - atuar como instância consultiva do Presidente da República e Ministrosde Estado em matéria de ética pública;

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    II - administrar a aplicação do Código de Conduta da Alta AdministraçãoFederal, devendo:

    a) submeter ao Presidente da República medidas para seuaprimoramento;

    b) dirimir dúvidas a respeito de interpretação de suas normas,deliberando sobre casos omissos;

    c) apurar, mediante denúncia, ou de ofício, condutas em desacordo comas normas nele previstas, quando praticadas pelas autoridades a elesubmetidas;

    III - dirimir dúvidas de interpretação sobre as normas do Código de ÉticaProfissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal de quetrata o Decreto no 1.171, de 1994;

    IV - coordenar, avaliar e supervisionar o Sistema de Gestão da Ética

    Pública do Poder Executivo Federal;

    V - aprovar o seu regimento interno; e

    VI - escolher o seu Presidente.

    Podemos depreender que, como órgão de cúpula, a CEP tem jurisdição sobre a AltaAdministração Pública Federal. Outras funções relevantes são as e supervisão, onde elacoordena as demais comissões e assessoramento onde dirimi duvidas e trata de casosomissos no código de ética.

    Assim podemos concluir que função primordial da comissão de ética é de cuidar paraque seja cumprido o código de ética e também de agir como órgão consultivo, auxiliandoos gestores nas duvidas relacionadas a este conjunto normativo e também fornecendo atais órgãos registros acerca da conduta ética dos servidores para fins de promoções edemais procedimentos próprios da carreira.

    O início do processo pode se dar de ofício ou em razão de denúncia fundamentada. Deofício, pela própria Comissão ou por qualquer pessoa nos termos do art. 11 do Decreto6029/07:

    Art. 11. Qualquer cidadão, agente público, pessoa jurídica de direitoprivado, associação ou entidade de classe poderá provocar a atuação daCEP ou de Comissão de Ética, visando à apuração de infração éticaimputada a agente público, órgão ou setor específico de ente estatal. 

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    Portanto desde que a denuncia seja fundamentada, ou seja, possua provascontundentes dos fatos ocorridos deverá ser apurada pela comissão.

    Como todo processo administrativo ou judicial, o devido processo legal, prevalece comodireito fundamental, devido a garantia exarada no seu Artigo 5º, inciso LIV e LV:

    LIV – ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devidoprocesso legal.

    LV – aos litigantes em processo judicial e administrativo, e aos acusadosem geral, serão assegurados o contraditório e a ampla defesa, com osmeios de recurso a ela inerentes.

    O processo administrativo no ambito da Comissão de Ética não seria diferente. Tambémtem quer ser respeitados preceitos, que permitem ao individuo o contraditório e a ampladefesa, conforme prescre o art. 12 do Decreto 6029/07:

    Art. 12. O processo de apuração de prática de ato em desrespeito aopreceituado no Código de Conduta da Alta Administração Federal e noCódigo de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder ExecutivoFederal será instaurado, de ofício ou em razão de denúncia

    fundamentada, respeitando-se, sempre, as garantias do contraditório e daampla defesa, pela Comissão de Ética Pública ou Comissões de Ética deque tratam o incisos II e III do art. 2º, conforme o caso, que notificará oinvestigado para manifestar-se, por escrito, no prazo de dez dias.

    § 1o O investigado poderá produzir prova documental necessária à suadefesa.

    Assim caso surjam novas provas, deverá ser dado ao investigado a oportunidade de sedefender, notificando-o para nova manifestação, no prazo de dez dias.

    A comissão que possui poder investigatório e pode requisitar os documentos queentenderem necessários à instrução probatória e, também, promover diligências esolicitar parecer de especialista em busca da verdade real. Esta investigação deverá sersigilosa para preservar o investigado

    Ao final do processo além da decisão, a Comissão poderá tomar uma das seguintesdecisões:

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    A advertência da comissão foi dada com base em reportagens publicadaspela imprensa, incluindo as supostas cobranças de propina feitas porassessores de Lupi a ONGs que mantinham convênios com a pasta euma viagem que ele fez na aeronave de um empresário durante aseleições de 2010 (leia mais abaixo).

    Outra informação importante é que a censura foi aplicada com base em infrações aoCódigo de Ética da Alta Administração Público Federal voltado aos gestores públicos.Seguimos com outro trecho da mesma reportagem, intitulado “Histórico” e que traça osúltimos acontecimentos e a atuação da CEP em cada caso. Há ainda a possibilidade desugestão da exoneração de ocupante de cargos comissionados prevista no inciso I do§5 do art. 12 do Decreto 6029/09, como ocorreu no caso de Lupi.

    A Comissão de Ética Pública, vinculada ao Presidente da República, foicriada em 1999 e tem como missão “zelar pelo cumprimento do Código

    de Conduta da Alta Administração Federal, orientar as autoridades paraque se conduzam de acordo com suas normas e inspirar assim o respeitono serviço público”, de acordo com informações do site oficial.

    A comissão é integrada por sete brasileiros que “preencham os requisitosde idoneidade moral, reputação ilibada e notória experiência emadministração pública, designados pelo Presidente da República” (vejaquem são os integrantes).

    O órgão ganhou destaque em maio de 2011, quando seu presidente, oex-ministro do Supremo Tribunal Federal Sepúlveda Pertence, disse que

    não investigaria a multiplicação do patrimônio do então ministro-chefe daCasa Civil Antônio Palocci. O petista acabou deixando o cargo mesmoassim.

    O primeiro ministro de Dilma a passar pelo escrutínio da comissão nesteano foi Edison Lobão (Minas e Energia), em fevereiro. Depois de umareportagem da revista “Veja” indicando que o ex-ministro Silas Rondeau,aliado de Lobão, teria conflito de interesses por ser membro dosconselhos da Petrobras e da BR Distribuidora, a comissão recomendouque Rondeau deixasse de ser indicado como representante da União nasentidades estatais ligadas à pasta.

    Em março, a comissão se pronunciou sobre a ex-ministra-chefe da CasaCivil Erenice Guerra, sucessora de Dilma no cargo durante a gestão deLuiz Inácio Lula da Silva. Afastada do cargo após acusações de tráfico deinfluência, a conclusão do órgão do Palácio do Planalto foi de que “ainvestigada incorreu em desvio ético”, motivo pelo qual foi aplicada a elauma censura ética, que tem mais efeitos morais do que práticos.

    Na mesma reunião em que Erenice recebeu a censura ética, um dospivôs de crises ministeriais do governo Dilma apareceu pela primeira vez.Luiz Antonio Pagot, ex-diretor do Dnit (Departamento Nacional deInfraestrutura de Transportes), foi acusado de “não divulgar sua agendade trabalho e os eventos dos quais participa, nem as condições logísticas

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    e financeiras de sua participação”. A comissão, dessa vez, não aplicounenhuma sanção ao homem acusado pela revista "Veja" de serarticulador de um suposto caixa dois eleitoral do PR.

    Nesta segunda parte a descrição da comissão de ética está perfeita, como já havíamosvisto anteriormente, desta ver o autor se referia corretamente a sanção recebida pela ex-ministra Erenice Guerra como censura ética, também foram mencionadas várias vezesas investigações realizadas do art. 12 do Decreto 6029/09.

    A comissão de ética do vinculada à Casa Civil da Presidência da República elaborou umconjunto de perguntas e respostas, acerca de várias situações do cotidiano da administraçãopública, disponível na integra em http://etica.planalto.gov.br/perguntas_freq:

    Em que casos a Comissão de Ética deve atuar?

    Constitui infração ao Código de Conduta quando a autoridade se manifestar publicamente: •

    sobre matéria que não seja de sua competência; • sobre a honorabilidade e o desempenhofuncional de outra autoridade federal; • de forma antecipada, sobre o mérito de questão que lheserá submetida para decisão, de forma individual ou coletiva.

    Em que consiste a Declaração Confidencial de Informações - DCI?

    A Declaração Confidencial de Informações é o instrumento pelo qual as autoridades revelam assituações que efetiva ou potencialmente podem suscitar conflitos de interesses, e também aforma como pretendem evitá-los. (Resolução CEP nº 9)

    Manter participação em empresa, sociedade civil ou negócio configura conflito com oexercício da função pública?

    Não. Contudo tais participações devem ser informadas à Comissão de Ética Pública por meio daDeclaração Confidencial de Informações (art. 4º do Código de Conduta e Resolução CEP Nº 5).Além do mais, deve a autoridade observar o seguinte: a) não participar da gestão da empresa,sociedade ou negócio, formal ou informalmente. b) vedação para que: i) a empresa, sociedade

    ou negócio de que participe a autoridade transacione com a entidade pública onde a autoridade

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    exerça cargo de direção de qualquer natureza, inclusive função de conselheiro de administraçãoou fiscal; ii) represente interesses suscetíveis de serem afetados pela entidade pública ondeexerce cargo de direção; iii) desempenhe atividade que suscite conflito de interesses com afunção pública.

    No relacionamento com outros órgãos e funcionários da Administração Pública, comodeve proceder à autoridade para prevenir-se de situação que suscite conflito deinteresses?

    No relacionamento com outros órgãos e funcionários da Administração Pública a autoridadedeve esclarecer, perante o próprio órgão, a existência de todo e qualquer interesse privado oucircunstância que suscite conflito de interesses, seja aparente, potencial ou efetivo. Nessescasos, deve a autoridade declarar-se impedida para participar do processo decisório. Éimportante notar que além de interesses patrimoniais ou financeiros, também podem suscitarconflitos as ligações de amizade, parentesco ou profissionais.

    O que caracteriza um brinde cuja aceitação é permitida?

    Brinde é a lembrança distribuída a título de cortesia, propaganda, divulgação habitual ou porocasião de eventos ou datas comemorativas de caráter histórico ou cultural. O brinde não podeter valor superior a R$ 100,00. Além disso, sua distribuição deve ser generalizada, ou seja, nãose destinar exclusivamente a uma determinada autoridade. Finalmente, não pode ser aceito

    brinde distribuído por uma mesma pessoa, empresa ou entidade a intervalos menores do quedoze meses.

    1 . (Anatel, Cespe - Técnico em Regulação - 2006) Com relação ao Código de

    Ética Profissional do Servidor Público, julgue os itens que se seguem em (C)CERTO ou (E) ERRADO.

    I. As decisões da comissão de ética, após análise de qualquer fato ou ato submetido àsua apreciação ou por ela levantado, devem ser resumidas no Relatório deDesconformidade e, com a menção explícita dos nomes dos interessados, divulgadas nopróprio órgão, bem como remetidas às demais comissões de ética, criadas com o fito deformação da consciência ética na prestação de serviços públicos.

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    II. A comissão de ética não pode se eximir de fundamentar o julgamento da falta de éticado servidor público concursado, mas, não tendo como fazê-lo no caso do prestador deserviços contratado, cabe a ela, em tais circunstâncias, alegar a inexistência de previsãodessa situação no código.

    A) C - CB) C - EC) E - CD) E - EE) N.R.A.

    2 . (CGU, Esaf - Analista de Finanças e Controle - 2006) O Código de ÉticaProfissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal, aprovado peloDecreto nº 1.171, de 22.6.1994, exalta alguns valores que devem ser observados noexercício da função pública, a saber:

    I. verdade, como um direito do cidadão, ainda que contrária aos seus interesses ou daAdministração.

    II. dignidade, que deve estar refletida em comportamentos e atitudes direcionados àpreservação da honra e da tradição dos serviços públicos.

    III. moralidade, representada pelo equilíbrio entre a legalidade e a finalidade do ato.

    IV. decoro, que deve ser mantido pelo servidor não apenas no local de trabalho, mas,também, fora dele.

    V. cortesia, boa vontade e respeito pelo cidadão que paga os seus tributos.

    Estão corretas:

    A) apenas as afirmativas II, III, IV e V.

    B) as afirmativas I, II, III, IV e V.C) apenas as afirmativas I, II, III e V.D) apenas as afirmativas I, III, IV e V.E) apenas as afirmativas III, IV e V.

    3 . (CGU, Esaf - Analista de Finanças e Controle - 2004) Não têm a obrigação deconstituir as comissões de ética previstas no Decreto nº 1.171/1994 (Código deConduta do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal):

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    A) as autarquias federais.B) as empresas públicas federais..C) as sociedades de economia mista.

    D) os órgãos do Poder Judiciário.E) os órgãos e entidades que exerçam atribuições delegadas pelo poderpúblico.

    4 . (CGU, Esaf - Analista de Finanças e Controle - 2006) De acordo com oCódigo de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal,aprovado pelo Decreto nº 1.171, de 22.6.1994, é vedado ao servidor público:

    I. receber gratificação financeira para o cumprimento de sua missão.

    II. ser sócio de empresa que explore jogos de azar não-autorizados.III. informar, a um seu amigo de muitos anos, do conhecimento que teve, em razão dasfunções, de uma minuta de medida provisória que, quando publicada, afetarásubstancialmente as aplicações financeiras desse amigo.

    IV. permitir que simpatias ou antipatias interfiram no trato com o público.

    V. ser, em função do seu espírito de solidariedade, conivente com seu colega detrabalho que cometeu infração de natureza ética.

    Estão corretas:

    A) apenas as afirmativas I, II, IV e V.B) as afirmativas I, II, III, IV e V.C) apenas as afirmativas I, II, III, e V.D) apenas as afirmativas I, II e V.E) apenas as afirmativas I e II.

    5 . (MTE, Esaf - Auditor Fiscal do Trabalho - 2006) De acordo com o Decreto nº

    1.171/1994 (Código de Conduta do Servidor Público Civil do Poder ExecutivoFederal), é vedado ao servidor público:

    I. determinar a um servidor que lhe é subordinado que vá ao banco pagar suas contaspessoais (contas do mandante).

    II. informar a um amigo sobre ato de caráter geral que está para ser publicado, cujo teoro beneficia (o amigo), mas que ainda é considerado assunto reservado no âmbito daAdministração Pública.

    III. exercer atividade no setor privado.

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    IV. ser membro de organização que defende a utilização de crianças como mão-de-obrabarata. V. representar contra seus superiores hierárquicos.

    Estão corretas:

    A) apenas as afirmativas I, II e IV.B) as afirmativas I, II, III, IV e V.C) apenas as afirmativas I e IV.D) apenas as afirmativas I, II, IV e V.E) apenas as afirmativas II e IV.

    6 . (CGU, Esaf - Analista de Finanças e Controle - 2004) O sócio majoritário deum grande jornal de circulação nacional foi nomeado para o cargo de Secretário

    de Comunicação Social do governo federal. Nessa hipótese, ele:I. terá que se afastar da direção da empresa jornalística.

    II. não poderá ter participação nos lucros da empresa.

    III. terá que informar à Comissão de Ética Pública a sua participação no capital social daempresa e indicar o modo pelo qual pretende evitar eventual conflito de interesse.

    IV. deverá abster-se de participar de decisão, ainda que coletiva, que afete interesse dareferida empresa.

    Estão corretos os itens:

    A) I, II e IIIB) II, III e IVC) I, III e IVD) I, II e IVE) I, II, III e IV

    7 . (CGU, Esaf - Analista de Finanças e Controle - 2004) As decisões dascomissões de ética previstas no Código de Conduta do Servidor Público Civil doPoder Executivo Federal

    I. devem ter ampla divulgação, inclusive com o nome do servidor infrator, para quesirvam de exemplo e medida educativa.

    II. devem ser resumidas em ementas, omitindo-se os nomes dos interessados.

    III. devem ser encaminhadas, se for o caso, à entidade fiscalizadora do exercícioprofissional na qual o servidor público infrator estiver inscrito.

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    IV. quando resumidas em ementas, devem ser encaminhadas às demais comissões deética.

    Estão corretos os itens:

    A) I, II e IIIB) II, III e IVC) I, III e IVD) I, II e IVE) I, II, III e IV

    8 . (CGU, Esaf - Analista de Finanças e Controle - 2004) São regras de condutaque devem ser observadas pelas autoridades submetidas ao Código de Conduta

    da Alta Administração Federal:I. comunicar à Comissão de Ética Pública os atos de gestão de bens cujo valor possaser substancialmente afetado por decisão ou política governamental da qual tenhaprévio conhecimento em razão do cargo ou função.

    II. não participar de seminário ou congresso com despesas custeadas pelo promotor doevento, mesmo que este não tenha interesse em decisãoa ser tomada pela autoridade.

    III. tornar pública sua participação em empresa que negocie com o Poder Público,quando essa participação for superior a cinco por cento do capital da empresa.

    IV. não receber favores de particulares, de forma a permitir situação que possa gerardúvida sobre a sua probidade ou honorabilidade.

    Estão corretos os itens:

    A) I, III e IVB) II, III e IVC) I, II e IIID) I, II e IV

    E) I, II, III e IV

    9 . (RECEITA FEDERAL, Esaf - Técnico Administrativo - 2009) Conformedisciplinado pelo Decreto n. 1.171, de 22 de junho de 1994, são deveresfundamentais do servidor público federal, exceto:

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    A) utilizar-se, a todo tempo, das prerrogativas funcionais que lhe sejamatribuídas.

    B) zelar, no exercício do direito de greve, pelas exigências específicas dadefesa da vida e da segurança coletiva.

    C) exercer suas atribuições com rapidez, perfeição e rendimento.

    D) participar dos movimentos e estudos que se relacionem com a melhoria doexercício de suas funções.

    E) facilitar a fiscalização de todos atos ou serviços por quem de direito.

    10 . (ANP, Cesgranrio - Técnico Administrativo - 2008) Qual das afirmações aseguir está em DESACORDO, com o Código de Ética, Decreto no 1.171, de 22 dejunho de 1994, incluídas suas alterações posteriores, e com a Constituição Federalde 1988?

    A) O trabalho de uma comissão de ética pública deve ser pautado pelosprincípios constitucionais da administração pública, pelos princípios legais atinentes aosprocessos administrativos e pelos princípios específicos de sua norma regulamentarconstituitiva, dentre outros.

    B) O Código de Ética dispõe que deve haver tratamento cortês e com boavontade aos administrados.

    C) O Código de Ética é aplicável não somente aos servidores públicos, mastambém àqueles que sejam, de alguma forma, ligados ao órgão federal, mesmo queexcepcionalmente.

    D) Uma comissão de ética pública, após a devida instrução preliminar, podedecidir pela pena de suspensão de um servidor, por falta de urbanidade.E) Um cidadão pode dirigir uma petição, com reclamação sobre falta de

    urbanidade no tratamento recebido em órgão federal.

    11. (FCC – Departamento Nacional de Obras Contra as Secas - DNOCS, 2010) Noque concerne às Regras Deontológicas estabelecidas no Código de ÉticaProfissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal, é corretoafirmar que:

    (A) o trabalho desenvolvido pelo servidor público perante a comunidade deve serentendido como obrigação, independentemente do seu próprio bem estar, já que, comofuncionário público, integrante do Poder Executivo, o êxito desse trabalho é requisitoessencial à manutenção de seu cargo, não dizendo respeito ao seu patrimônio e a suavida particular.(B) a remuneração do servidor público é custeada pelos tributos pagos direta ouindiretamente por todos, até por ele próprio, e por isso se exige, como contrapartida, quea moralidade administrativa se integre no Direito, sendo dissociável de sua aplicação ede sua finalidade.

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    (C) a moralidade da Administração Pública não se limita à distinção entre o bem e o mal,devendo ser acrescida da idéia de que o fim é sempre o bem comum. O equilíbrio entrea legalidade e a finalidade, na conduta do servidor público, é que poderá consolidar amoralidade do ato administrativo.(D) toda pessoa tem direito à verdade, sendo que o servidor poderá omiti-la, caso seja

    contrária aos interesses da própria pessoa interessada ou da Administração Pública.Nenhum Estado pode crescer ou estabilizar-se sobre o poder corruptivo da opressão,que sempre aniquilam até mesmo a dignidade humana quanto mais a de uma Nação.(E) deixar o servidor público qualquer pessoa à espera de solução que compete ao setorem que exerça suas funções, permitindo a formação de longas filas, ou qualquer outraespécie de atraso na prestação do serviço, é comum e normal e, portanto, não causadano moral aos usuários dos serviços públicos e nem mesmo configura atitude contra aética ou ato de desumanidade.

    12. (FCC – Departamento Nacional de Obras Contra as Secas - DNOCS, 2010) Comrelação às Comissões de Ética dispostas no Código de Ética Profissional doServidor Público Civil do Poder Executivo Federal, considere:

    I. Em todos os órgãos e entidades da Administração Pública Federal direta, indiretaautárquica e fundacional, ou em qualquer órgão ou entidade que exerça atribuiçõesdelegadas pelo poder público, deverá ser criada uma Comissão de Ética.

    II. Incumbe ao servidor fornecer seu registro da sua conduta ética para a Comissão deÉtica, encarregada da execução do quadro de carreira dos servidores, para o efeito deinstruir e fundamentar promoções e para todos os demais procedimentos próprios dacarreira do servidor público.

    III. A pena aplicável ao servidor público pela Comissão de Ética é a de censura e suafundamentação constará do respectivo parecer, assinado por todos os seus integrantes,com ciência do faltoso.

    IV. Para fins de apuração do comprometimento ético, entende-se por servidor público,exclusivamente, a pessoa que, por força de lei, preste serviços de natureza permanentecondicionada ao recebimento de salário e esteja ligado direta ou indiretamente aqualquer órgão do poder estatal, como as autarquias e as fundações públicas.

    Está correto o que consta APENAS em

    (A) I e III.(B) I e II.(C) II e III.(D) II e IV.(E) III e IV.

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    13) (FCC - 2011 - INFRAERO - Analista de Sistemas - Desenvolvimento eManutenção) João, servidor público civil do Poder Executivo Federal, retirou darepartição pública, sem estar legalmente autorizado, documento pertencente aopatrimônio público. Já Maria, também servidora pública civil do Poder ExecutivoFederal, deixou de utilizar avanços técnicos e científicos do seu conhecimento

    para atendimento do seu mister.

    Sobre os fatos narrados, é correto afirmar que:

    a) nenhuma das condutas narradas constitui vedação prevista no Código de ÉticaProfissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal.b) apenas João cometeu conduta vedada pelo Código de Ética Profissional do ServidorPúblico Civil do Poder Executivo Federal.c) apenas Maria cometeu conduta vedada pelo Código de Ética Profissional do Servidor

    Público Civil do Poder Executivo Federal.d) ambos praticaram condutas vedadas pelo Código de Ética Profissional do ServidorPúblico Civil do Poder Executivo Federal.e) João e Maria não estão sujeitos a Código de Ética; portanto, suas condutas, aindaque eventualmente irregulares, deverão ser apreciadas na seara própria.

    14) (FCC - 2011 - INFRAERO - Analista de Sistemas - Desenvolvimento eManutenção) NÃO é considerada regra deontológica, dentre outras, destinada aoservidor público civil do Poder Executivo federal:

    a) A publicidade de todo e qualquer ato administrativo constitui requisito de eficácia emoralidade, ensejando sua omissão comprometimento ético contra o bem comum,imputável a quem a negar.b) O servidor deve prestar toda a atenção às ordens legais de seus superiores, velandopor seu cumprimento e evitando conduta negligente, sendo que o descaso e o acúmulode desvios revelam imprudência no desempenho funcional.c) Toda ausência injustificada do servidor de seu local de trabalho é fator dedesmoralização do serviço público, o que quase sempre conduz à desordem nasrelações humanas.d) Toda pessoa tem direito à verdade, motivo pelo qual o servidor não pode omiti-la oufalseá-la, ainda que contrária aos interesses da própria pessoa interessada ou daAdministração Pública.e) A cortesia, a boa vontade, o cuidado e o tempo dedicados ao serviço públicocaracterizam o esforço pela disciplina, sendo que tratar mal uma pessoa que paga seustributos é causa de dano moral.

    15) (Agente de Defensoria - DPE-SP - FCC 2010) O servidor público quando instadopela legislação a atuar de forma ética, não tem que decidir somente entre o que é

    legal e ilegal, mas, acima de tudo entre o que é

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    a) oportuno e inoportuno.b) conveniente e inconveniente.c) honesto e desonesto.

    d) público e privado.e) bom e ruim.

    Gabarito:

    1- D (Art. 18 do Decreto 6029/07 e Inciso XXIV do Cap. II do Decreto 1171/94)

    2- B ( I = VIII, II = I, III = III, IV = I, V = IX, todos do Decreto 1171/94)

    3- D ( Trata-se de Decreto do chefe do Poder Executivo, portanto só vincula o mesmo)

    4- B (I = g, II = p, III = M, IV = c, do inciso XV da Seção III do Decreto 1171/94)

    5- A (I = j, II = m, IV = p, do inciso XV da Seção III do Decreto 1171/94)

    6- C (Fundamento no Código de Ética da Alta Administração Pública, não previsto no editalINSS 2011, o Decreto 1171 não veda a participação, mas proíbe nas alíneas a, j, p doinciso XV da Seção III indiretamente tal conduta.

    7- B Artigo 18 Decreto 1171/94

    8- A Artigo 7 do código de conduta da alta Adm.

    9- A XVI, Cap.II Decreto 1171/94

    10- D Cap.II,XII, Decreto 1171/94

    11- C Seção I,III,Decreto 1171/94

    12- A I=Cap.II,XVI, II=Cap.II,XVIII, III=Cap.II,XXII, IV=Cap.II,XXIV do Decreto 1171/94

    13- D Seção III,XV,L e Seção III,XV,e,Decreto 1171/94

    14- A Seção I,VII, Decreto 1171/94

    15- C Seção I, II, Decreto 1171/94