COMUNICAÇÃO TÉCNICA - IPT - Instituto de Pesquisas … · 2019. 7. 16. · com pH ajustado para...

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COMUNICAÇÃO TÉCNICA ______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Nº 176168 Monitoramento das estruturas de concreto: avaliação laboratorial em corpos de prova de concreto exposto à solução salina Adriana de Araujo Palestra apresentada no Workshop Tecnologias para Novos Projetos e Prolongamento da Vida útil de Armaduras de Concreto Armado, 2019, São Paulo, PETROBRÁS. A série “Comunicação Técnica” compreende trabalhos elaborados por técnicos do IPT, apresentados em eventos, publicados em revistas especializadas ou quando seu conteúdo apresentar relevância pública. ___________________________________________________________________________________________________ Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo S/A - IPT Av. Prof. Almeida Prado, 532 | Cidade Universitária ou Caixa Postal 0141 | CEP 01064-970 São Paulo | SP | Brasil | CEP 05508-901 Tel 11 3767 4374/4000 | Fax 11 3767-4099 www.ipt.br

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COMUNICAÇÃO TÉCNICA ______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

Nº 176168

Monitoramento das estruturas de concreto: avaliação laboratorial em corpos de prova de concreto exposto à solução salina Adriana de Araujo

Palestra apresentada no Workshop Tecnologias para Novos Projetos e Prolongamento da Vida útil de Armaduras de Concreto Armado, 2019, São Paulo, PETROBRÁS.

A série “Comunicação Técnica” compreende trabalhos elaborados por técnicos do IPT, apresentados em eventos, publicados em revistas especializadas ou quando seu conteúdo apresentar relevância pública. ___________________________________________________________________________________________________

Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo

S/A - IPT Av. Prof. Almeida Prado, 532 | Cidade Universitária ou

Caixa Postal 0141 | CEP 01064-970 São Paulo | SP | Brasil | CEP 05508-901

Tel 11 3767 4374/4000 | Fax 11 3767-4099

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MONITORAMENTO DAS ESTRUTURAS DE CONCRETO: AVALIAÇÃO LABORATORIAL EM CORPOS DE PROVA DE CONCRETO

EXPOSTO À SOLUÇÃO SALINA

Adriana de Araujo [email protected]

WORKSHOP Tecnologias para novos projetos e prolongamento da vida útil de

armaduras de concreto armado Laboratório de Corrosão e Proteção – LCP

Centro de Tecnologia em Metalurgia e Materiais 02.07.2019

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Conteúdo

• Introdução

• Metodologia: eletrodos de referência e sensores

• Resultados: eletrodos de referência e sensores

• Conclusão: eletrodos de referência e sensores

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Otimização e melhor planejamento de inspeção e de intervenções na estrutura e, ainda, redução dos seus custos (estimada entre 10 % e 40 %*); Avaliação de diferentes cenários, como: mudança do sistema de tratamento superficial, reparo localizado da estrutura, interrupção da proteção catódica etc. Rápida detecção da corrosão: quando somente 5 % da estrutura esta deteriorada, enquanto que, em procedimentos tradicionais essa porcentagem é em torno de 25 %. Maior conhecimento do comportamento de elementos de estrutura ao longo dos anos, com maior facilidade/validade da estimar a vida útil.

Possibilita um melhor conhecimento dos mecanismos de deterioração, podendo ser estimado o risco de corrosão das armaduras

MONITORAMENTO DAS ESTRUTURAS DE CONCRETO

*Bässler et al. (2003); Goltermann, Jensen e Andersen (2002)

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RISCO DE CORROSÃO NAS ESTRUTURAS DE CONCRETO

Resistência/resistividade elétrica (umidade)

Diminuição do pH (carbonatação)

RISCO DE CORROSÃO

Teor crítico de cloretos Corrente galvânica

Potencial de circuito aberto (PCA) e Taxa de corrosão

Avaliado por meio da verificação periódica do estado eletroquímico do aço-carbono que é dependente das características do concreto da região de seu embutimento. Essa avaliação pode ser feita com o uso

de eletrodos de referência e de sensores, ambos de permanente embutimento no concreto

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ELETRODOS DE REFERÊNCIA

Se destinam ao monitoramento do circuito aberto (EPCA) da armadura e monitoramento do potencial On e Off (sistema de proteção catódica)

Normalmente, o eletrodo de referência é posicionado na superfície do concreto previamente umedecido. No mercado internacional, está disponível eletrodos de permanente embutimento em concreto, sendo estes denominados de internos, enquanto os posicionados na superfície do concreto são denominados de externos

Eletrodo de referência: é um sistema eletroquímico em equilíbrio, de valor de potencial conhecido e estável ao longo do tempo. Há diferentes tipos de eletrodo de referência, citam-se o eletrodo de prata/cloreto de prata – Ag|AgCl|KCl 0,5 mol/L e o eletrodo manganês/óxido de manganês - MnO2|NaOH 0.5 mol/L que são usados embutidos no concreto e o eletrodo de cobre sulfato de cobre e de Ag/AgCl para posicionamento na superfície do concreto úmido;

Eletrodo de pseudoreferência: é um sistema eletroquímico que apresenta certa estabilidade, de valor de potencial que depende do meio. Barra de aço inoxidável ou de titânio revestido com platina ou revestido com mistura de óxidos metálicos (MMO) podem ser usados com pseudoreferência.

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SENSORES

Se destinam a aquisição de dados de barras de aço-carbono, constituintes do sensor, que ficam embutidas em diferentes

profundidades do concreto

A aquisição de dados pode ser feita manualmente ou por sistemas que permitem o armazenamento eletrônico de dados, podendo ser transmitidos remotamente; Os sensores têm denominação variável, sendo muitas vezes chamados de acordo com a sua geometria ou com o parâmetro a ser monitorado; A maioria dos sensores disponíveis no mercado internacional para avaliação do risco da corrosão em estruturas de concreto fundamenta-se no monitoramento da variação da corrente galvânica. Esses são denominados de sensores escadas ou de sensores galvânicos.

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As barras de aço-carbono (anodo), constituintes do sensor, ficam

embutidas em diferentes profundidades do concreto.

Avaliação do risco de corrosão e validação da estimativa de vida útil conforme ocorre a despassivação (gradativa) das barras do sensor!

CO2 Cl- O2

Superfície do concreto

Armadura

Anodo (barras de aço-carbono do sensor)

H2O

Catodo

SENSOR GALVÂNICO

Anodo

Aço-carbono

Catodo

Metal nobre

Eletrólito (concreto)

Fe

2e-

Fe2+

Amperímetro

OH+

H+

H20

O2

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Conteúdo

• Introdução;

• Metodologia: eletrodos de referência e sensores;

• Resultados: eletrodos de referência e sensores;

• Conclusão: eletrodos de referência e sensores;

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ELETRODOS DE REFERÊNCIA

Eletrodo de referência interno de dióxido de manganês (MnO2|NaOH 0.5 mol/L) - EM

Eletrodo de pseudoreferência interno de mistura de óxido metálicos (Ti/MMO) - EMMO

Eletrodo de referência interno de prata cloreto de prata (Ag|AgCl|KCl 0,5 mol/L) - EPCP

WE10 (SILVION): 10 mV vs ECS (20 C , solução NaCl 3 %) 250 mV vs EH (20 C , solução NaCl 3 %)

ERE20 (FORCE): +170 mV a +220 mV vs ECS (23 C, solução Ca(OH)2 sat.) +445 mV (+20 mV/-30 mV) vs EH (20 C, solução NaCl 3 %)

CEOCOR Commission 2, 2018

Eletrodo de referência externo de prata cloreto de prata (Ag|AgCl|KCl 3 mol/L) – EPCP3

BME-R12 (Digimed): -30 mV vs ECS +210 mV vs. EH

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SENSORES

Sensor de múltiplos eletrodos (CorroWatch Multisensor) – SE1 Corrente galvânica e potencial de corrosão

Sensor escada (Anode Ladder) – SE2 Corrente galvânica, potencial de corrosão e resistência elétrica entre barras adjacentes

Sensor de múltiplos eletrodos (CL Ladder Probe) – SE3

Potencial de corrosão, taxa de corrosão e resistência elétrica entre barras adjacentes

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Sensor de anéis expansivos (Expansion Ring Anode) – SE4

Sensor embutido no concreto por meio de furo na camada de cobrimento da armadura

Sensor de múltiplos anéis (Multiring electrode) – SE5

Resistência elétrica entre anéis adjacentes de aço inoxidável.

Corrente galvânica e potencial de corrosão

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Aferição com base no procedimento de ensaio do IPT-LCP (IPT3931, 2016) para conhecimento do seu potencial eletroquímico; Curvas de polarização potenciodinâmicas (ASTM G59, 2014) para verificação da estabilidade frente à circulação de uma corrente elétrica; Ensaios de imersão em soluções simuladas de água de poros do concreto:

AVALIAÇÕES -Eletrodos de referência internos

solução de Ca(OH)2, pH em torno de 12,5, simulando concreto íntegro. Na mesma solução, foram realizados períodos de desaeração e de aeração com uso de nitrogênio (N2) e ar sintético (O2), respectivamente para avaliar a estabilidade dos eletrodos perante variações na disponibilidade de oxigênio dissolvido no meio aquoso do concreto íntegro;

Nova solução de Ca(OH)2 com pH ajustado para 9,5 (adição de carbonato de sódio anidro (Na2CO3)). Isso foi feito para avaliar a estabilidade dos eletrodos internos perante o fenômeno de carbonatação do concreto, que reduz o pH da água de poro;

Nova solução de Ca(OH)2 com pH em torno de pH 12,5 com adição de NaCl 0,4 % e nova solução com 1 % de NaCl. Isso foi feito para avaliar a estabilidade dos eletrodos internos perante a contaminação do meio com íons cloreto.

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Ensaio em concreto: CP cilíndrico (Ø 9,5 cm x 15 cm) somente EMMO e CP forma de laje (avaliação também dos sensores):

3 CPs para avalição de sensores (CPA, CPB e CPC): o 700 mm x 900 m x 56 mm; o Fissura artificial de 0,3 mm de abertura e 10 mm de profundidade, em um único

sentido (10 cm de espaçamento) o Reservatório fixado sobre a laje para armazenamento das soluções (2 semanas de molhagem e 2 semanas de secagem):

⁻ Ca(OH)2, pH 12,5: Ciclo 1 ao 4 ⁻ NaCl 3 %: Ciclo 5 ao 21 para corrosão

Cimento CP III 40

RS (kg/m³)

Metacaulim (kg/m³)

Areia de Quartzo (kg/m³)

Areia

Artificial (kg/m³)

Brita 0 (kg/m³)

Brita 1 (kg/m³)

Água (L/m³)

Aditivo –

Super Glenium 35.000

(kg/m³)

469 41 377 251 304 708 211 2,345

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Corpos de prova sensores (ensaio em triplicata)

CPA

CPB CPC

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CPA – eletrodos de referência internos

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Conteúdo

• Introdução

• Metodologia: eletrodos de referência e sensores

• Resultados: eletrodos de referência e sensores

• Conclusão: eletrodos de referência e sensores

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Eletrodos EM EPCP EMMO

Dados 12

(CPA) 13

(CPA) 14

(CPA) 15

(CPA)

1

(CPA)

3

(CPA)

7

(CPA)

8

(CPA)

9

(CPB)

1

(CPA)

2

(CPA)

3

(CPA)

4

(CPA)

Valores individuais

416,6 424,0 425,7 428,9 253,2 258,9 259,5 253,4 255,4 294,6 290,5 307,5 332,1

417,6 428,2 427,0 430,6 253,9 259,6 259,9 255,2 257,5 296,0 290,7 310,3 333,2

417,3 425,2 426,6 429,9 253,7 259,4 259,6 254,2 255,5 295,3 290,5 309,9 332,2

Média individual

417,2 425,8 426,4 429,8 253,6 259,3 259,7 254,3 256,1 295,3 290,6 309,2 332,5

Média Geral

425 mV (215 mV vs. EPCP3 externo)

257 mV (47 mV vs. EPCP3 externo)

307 mV (97 mV vs. EPCP3 externo)

Desvio Padrão

5 3 17

Média de três leituras (em intervalos de 5 min), versus eletrodo de referência padrão de hidrogênio (EH), após 24 h de imersão dos eletrodos em solução específica: EM e EMMO solução saturada de Ca(OH)2 e EPCP, a solução de NaCl (0,5 mol/L). Temperatura em torno de 25 °C.

ELETRODOS DE REFERÊNCIA INTERNOS Aferição

EMMO: esperado para eletrodo de pseudoreferência! EM e EPCP: dentro da faixa aceitável!

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EM e EPCP apresentaram uma curva linear, esperada para eletrodo de referência verdadeiro!

EMMO apresentou uma curva com histerese, esperado para eletrodo de pseudoreferência!

EM EPCP EMMO

ELETRODOS DE REFERÊNCIA INTERNOS Polarização potenciodinâmicas cíclicas

Imposição de uma sobretensão baixa (± 20 mV em torno do PCA) após 24 h de imersão em solução saturada de Ca(OH)2. Iniciou-se com uma varredura catódica com inversão feita em -20 mV e, após cerca de um minuto do término da curva catódica, varredura anódica até +20 mV

Importância do uso de voltímetro com alta impedância que evita a passagem de corrente pelo eletrodo !

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ELETRODOS DE REFERÊNCIA INTERNOS Ensaio em solução Ca(OH)2 pH 12,5 (22 ⁰C a 25 ⁰C)

Solução saturada de Ca(OH)2, pH 12,5

EM 215 mV vs EPCP3 (aferição 215 mV) EPCP 28 mV vs EPCP3 (aferição 47 mV)

EMMO 97 mV vs. EPCP3 (aferição 97 mV)

Solução saturada de Ca(OH)2, pH 12,5 c/ variação da disponibilidade de oxigênio

EM 218 mV vs EPCP3 (aferição 215 mV) EPCP 10 mV vs EPCP3 (aferição 47 mV) EMMO 105 mV vs. EPCP3 (aferição 97 mV)

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ELETRODOS DE REFERÊNCIA INTERNOS Ensaio em solução Ca(OH)2 pH 9,5 (22 ⁰C a 25 ⁰C)

EPCP 61 mV vs EPCP3 (aferição 47 mV e pH 12,5 28 mV) Variação entre ensaios e entre unidades (desvio padrão significativo)

EM 345 mV vs EPCP3 (aferição e pH 12,5 = 215 mV) Maior variação entre soluções

EMMO 125 mV vs. EPCP3 (aferição e pH 12,5 = 97 mV ) Variação entre unidades, mas dentro da faixa de 50 mV (pseudoreferência)

Os resultados indicam que, na prática, a redução do pH do concreto pelo fenômeno de carbonatação pode alterar o valor dos eletrodos internos, , em relação ao aferido e em pH 12,5, especialmente do

EM!

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ELETRODOS DE REFERÊNCIA INTERNOS Ensaio em solução Ca(OH)2 pH 12,5 e cloreto (22 ⁰C a 25 ⁰C)

EM 233 mV vs EPCP3 (aferição e pH 12,5 = 215 mV)

EPCP 32 mV vs EPCP3 (aferição 47 mV e pH 12,5 28 mV)

EMMO 94 mV vs. EPCP3 (aferição e pH 12,5 = 97 mV )

EM 269 mV vs EPCP3(aferição e pH 12,5 = 215 mV) EPCP 47 mV vs EPCP3

EMMO 197 mV vs. EPCP3 (aferição e pH 12,5 = 97 mV )

Os resultados indicam que, na prática, a presença significativa de íons cloreto no concreto pode alterar o valor dos eletrodos internos, em relação ao aferido e em pH 12,5, bem como o aumento progressivo

destes íons! As alterações de valores foram maiores para EM e EMMO!

NaCl 0,4 % NaCl 1 %

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CP cilíndrico (Ø 9,5 cm x 15 cm) com a mesma composição dos CPs de sensores, exposto somente a solução Ca(OH)2. Embutimento: EMMO, fita de aço inoxidável (1,5 cm x 19 cm) e duas barras de aço-carbono (Ø 1 cm x 14 cm), sendo uma delas jateada e outra corroída, e tubo plástico (Ø 1,3 cm x 15 cm) com uma esponja interna em sua extremidade para permitir o uso de eletrodo externo EPCP3.

ELETRODOS DE REFERÊNCIA INTERNOS - EMMO Ensaio em corpo de prova cilíndrico

De modo geral, os valores obtidos com uso de EPCP3 e de EMMO no monitoramento do aço-carbono e inoxidável se mantiveram em uma

mesma faixa de variação ao longo do ensaio, indicando a adequação do

uso do EMMO!

Valor médio de 32 mV EMMO vs EPCP3

(desvio padrão 16 mV)

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ELETRODOS DE REFERÊNCIA INTERNOS Ensaio em corpo de prova sensor CPA

EPCP 6 mV vs EPCP3 (aferição 47 mV e pH 12,5 28 mV)

EM 231 mV vs EPCP3 (aferição e pH 12,5 = 215 mV)

EMMO 55 mV vs. EPCP3 (aferição e pH 12,5 = 97 mV ) Variação entre unidades, mas dentro da faixa de 50 mV (pseudoreferência)

Variação significativa de valores: concreto de cobrimento pouco

umedecido (queda ôhmica)!

588 dias

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RESULTADOS GERAIS - ELETRODOS DE REFERÊNCIA INTERNOS

SOLUÇÕES Os resultados indicam que o potencial dos três tipos de eletrodos interno depende das condições da água de poro! Apesar da variação dos valores

médios entre soluções, os eletrodos apresentaram comportamento indicativo de estabilização no meio, o que mostra a sua aplicabilidade no

monitoramento dos potenciais de armaduras. Isso deve ser feito em associado a aplicação de outras, como as que determinaram alterações no

concreto.

pH 12,5 pH 12,5 c/

restrição de O2

pH 9,5 pH 12,5

0,4 % NaCl

pH 12,5

1 % NaCl

CP

cilíndrico

CP sensor

(CPA)

Valor

médio215 218 345 233 269 - 231

Desvio

padrão6 6 7 17 6 - 5

Valor

médio28 10 61 32 47 - 6

Desvio

padrão6 7 20 17 14 - 9

Valor

médio97 105 125 94 197 32 55

Desvio

padrão19 16 13 17 14 16 14

Resultado em

concreto vs

EPCP3

EMMO

Eletrodo

interno

EM

EPCP

Resulatdo em soluções (Ca(OH)2)

vs EPCP3

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CONCLUSÃO - ELETRODOS DE REFERÊNCIA INTERNOS

CONCRETO

Os resultados indicam que o potencial dos três tipos de eletrodos interno é diferente em concreto em relação a ensaios em solução!

Como os eletrodos estudados são usados embutidos em concreto, os valores médios obtidos no CPA podem ser adotados como referência na avaliação

em concreto em estudos posteriores!

pH 12,5 pH 12,5 c/

restrição de O2

pH 9,5 pH 12,5

0,4 % NaCl

pH 12,5

1 % NaCl

CP

cilíndrico

CP sensor

(CPA)

Valor

médio215 218 345 233 269 - 231

Desvio

padrão6 6 7 17 6 - 5

Valor

médio28 10 61 32 47 - 6

Desvio

padrão6 7 20 17 14 - 9

Valor

médio97 105 125 94 197 32 55

Desvio

padrão19 16 13 17 14 16 14

Resultado em

concreto vs

EPCP3

EMMO

Eletrodo

interno

EM

EPCP

Resulatdo em soluções (Ca(OH)2)

vs EPCP3

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CONCLUSÃO – TABELA SUGERIDA DE VALORES

Padrão de

Hidrogênio - EH EPCP3 EPCP EM EMMO

Exte

rno

-

Solu

ção

de

afe

riçã

o Solução de cloreto

de sódio -NaCl, 3,0

mol/L

Solução saturada de

hidróxido de cálcio -

Ca(OH)2 sat.

Solução de hidróxido

de cálcio- Ca(OH)2, pH

12,5

Aferição LPC 0 210 257 (25 ºC) 425 (25 ºC) 307 (25 ºC)

Fabricante - - 250 (20 ºC) 445 (20 ºC) -

Concreto - - 216 441 265

< 10 %Mais positivo

que +118

Mais positivo que -

92

Mais positivo

que -98

Mais positivo

que -323

Mais positivo

que -147

IncertaEntre

+118 a -32

Entre

-92 a -242

Entre

-98 a -248

Entre

-323 a -473

Entre

-147 a -297

> 90 %Mais negativo

que -32

Mais negativo que

-242

Mais negativo

que -248

Mais negativo

que -473

Mais negativo

que -297

Eletrodo interno

Solução de hidróxido

de sódio - NaOH, 0,5

mol/L

Solução de cloreto

de potássio - KCl, 0,5

mol/L

Pro

bab

ilid

ade

de

corr

osã

o e

m

con

cret

o (

mV

)

A

STM

C87

6Eletrodo externo

Val

or

vs

EH (

mV

)

-

Ele

tró

lito

Inte

rno

-

Solu

ção

de

ativ

ação

Ácido clorídrico - HCl,

1,2 mol/L, pH 0

Solução de cloreto de

potássio - KCl, 3 mol/L

Variáveis

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Conteúdo

• Introdução

• Metodologia: eletrodos de referência e sensores

• Resultados: eletrodos de referência e sensores

• Conclusão: eletrodos de referência e sensores

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SENSORES CPA, CPB e CPC – SE1

A1 – CPB Ciclo 13: ≅ -110 mV, Estado incerto A1 – CPA Ciclo 14: ≅ -150 mV, Estado incerto A3 – CPA Ciclo 18: ≅ -200 mV, Estado incerto CPC: todos PCA elevado até Ciclo 21

A1 – CPB Ciclo 13: de 22 p/ 253 µA A1 – CPA Ciclo 14: de 8 p/ 188 µA A3 – CPA Ciclo 18: de 13 p/ 741 µA

Requer mais estudo. A faixa de valores de PCA foi muito elevada (mais positivo que 0 mV) o que não é usualmente verificada para o aço-carbono em concreto. O aumento significativo de corrente, indicando corrosão em curso, foi acompanhado de diminuição dos valores de PVC p/ em torno de -150 mV (estado incerto segundo critério ASTM C876).

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SENSORES CPA, CPB e CPC – SE2

A3 – CPA e CPC Ciclo 18: ≅ -420 mV, Estado ativo A4 – CPA Ciclo 18: ≅ -400 mV, Estado ativo

A1 – CPA Ciclo 12: de -83 p/ -188 µA A1 – CPB Ciclo 18: de -10 p/ -374 µA A2 – CPA Ciclo 13: de -100 p/ -400 µA A3 – CPA Ciclo 18: de -2 p/-181 µA A3 – CPC Ciclo 18: de -2 p/ -493 µA A4 – CPA Ciclo 18: de -25 p/ -446 µA

Requer mais estudo. A faixa de valores de PCA das barras mais externas indicaram estado ativo de corrosão, enquanto as correntes se mantiveram baixas (ate o Ciclo 12). Barras intermediárias, apresentaram queda de valor de PCA, indicando corrosão em curso, o que foi acompanhado de aumento significativo de corrente. Somente os valores de PCA foram dentro das faixas usualmente aplicadas na avalição das armaduras.

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SENSORES CPA e CPB – SE3 A1 – CPA Ciclo 8: ≅ -310 mV, Estado ativo A1 – CPB Ciclo 11: ≅ -180 mV, Estado incerto A2 – CPA Ciclo 11: ≅ -340 mV, Estado ativo A2 – CPB Ciclo 18: ≅ -310 mV, Estado ativo A3 – CPA Ciclo 11: ≅ -190 mV, Estado incerto A3 – CPB Ciclo 18: ≅ -280 mV, Estado ativo

A1 – CPA Ciclo 10: de 9 p/ 13 µa/ano/cm² A1 – CPB Ciclo 11: de 2 p/ 19 µa/ano/cm² A2 – CPA Ciclo 12: de 3 p/ 6 µa/ano/cm² A2 – CPB Ciclo 18: de 2 p/ 7 µa/ano/cm² A3 – CPA Ciclo 10: de 13 p/ 10 µa/ano/cm² A3 – CPA Ciclo 18: de 4 p/ 22 µa/ano/cm²

Considerado o mais adequado, por apresentar resultados dos dois parâmetros mais importantes no monitoramento das estruturas (PCA e taxa de corrosão). A queda de valores de PCA das barras foi acompanhada do aumento da taxa de corrosão. Os valores de ambos parâmetros foram dentro das faixas usualmente aplicadas na avalição das armaduras de aço-carbono.

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SENSORES CPA, CPB e CPC – SE5

CPA, CPB e CPC: Maior resistência elétrica do concreto do CPC. CPA e CPB: os valores obtidos entre os anéis indicaram uma mesma faixa de valores, indicando umidade e teor de Cl- similar! Os valores obtidos foram pouco significativos, indicando a manutenção da umidade do concreto ao longo do ensaio!

Ciclo 21

A7/8 A6/7 A4/5 A3/4 A5/6 A2/3 A1/2

CPA Ciclo 4

A7/8 A6/7 A4/5 A5/6 A3/4 A2/3 A1/2

CPC

A maioria dos valores obtidos indicou um perfil de penetração da água, sendo maior

a resistência elétrica quanto maior a profundidade de embutimento do anel!

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SE5 - Resistividade elétrica (Ω·cm)/CPA

A1/A2 2,7 A1/A2 2,7 A1/A2 3,4

A2/A3 2,9 A2/A3 2,9 A2/A3 4,1

A3/A4 3,2 A3/A4 2,9 A3/A4 4,5

A4/A5 3,3 A4/A5 2,7 A4/A5 4,5

A5/A6 3,3 A5/A6 2,5 A5/A6 4,2

A6/A7 3,7 A6/A7 2,7 A6/A7 4,6

A7/A8 3,9 A7/A8 2,9 A7/A8 4,8

Ciclo 4 (jan/2018) Ciclo 12 (ago/2018) Ciclo 21 (jun/2019)

Tendência dos valores de resistência elétrica serem maiores com o aumento da profundidade de embutimento dos anéis! Somente no ciclo 4, poucos

ciclos de exposição a solução, pode-se ver claramente um perfil de penetração da água!

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Conteúdo

• Introdução

• Metodologia: eletrodos de referência e sensores

• Resultados: eletrodos de referência e sensores

• Conclusão: eletrodos de referência e sensores

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Os ensaios em soluções e em concreto mostraram que os eletrodos de referência internos tendem a mudar de valor conforme o meio de exposição. Para ambiente marinho, o eletrodo de referência interno Ag|AgCl|KCl 0,5 mol/L (EPCP) é o mais adequado, pois apresentou uma menor faixa de variação de valores neste meio, além de sua solução interna conter íons cloreto. Recomenda-se que o uso desse eletrodo e, demais, seja feito em associado a outras técnicas de avaliação do concreto e do estado de corrosão das armaduras.

É importante continuar a avaliação dos sensores para melhor avaliar a associação dos parâmetros PCA e corrente galvânica e produtividade dos resultados nos três corpos de prova e, posteriormente, rompê-los para exame visual das barras de cada um dos sensores.

Pela avaliação atual, entre os sensores, o SE3 (Sensor de múltiplos eletrodos) é o mais adequado por fornecer os dois parâmetros mais importantes na avaliação do risco de corrosão (PCA e taxa de corrosão), sendo verificada correlação entre ambos.

É importante a realização de estudos nacionais de desenvolvimento de eletrodos de referência e de sensores de embutimento no concreto.

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Laboratório de Corrosão e Proteção Adriana de Araujo,

[email protected]