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1 Contabilidade Pública

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Contabilidade Pública

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Funções Básicas do EstadoFunções Básicas do Estado

Função NormativaFunção NormativaPoder LegislativoPoder Legislativo

Função JurisdicionalFunção JurisdicionalPoder JudiciárioPoder Judiciário

Função ExecutivaFunção ExecutivaPoder ExecutivoPoder Executivo

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Funções Principais e AcessóriasFunções Principais e Acessórias

Função Legislativa

Função Principal: Normativa

Funções Acessórias: AdministrativaJudicativaControle Interno

Função Executiva

Função Principal: Administrativa

Funções Acessórias: NormativaJudicativaControle Interno

Função Judiciária

Função Principal: Judicativa

Funções Acessórias: AdministrativaNormativaControle Interno

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Meios de Manutenção do EstadoMeios de Manutenção do Estado

• Necessidade de obter meios indispensáveis para manter sua existência e cumprir suas múltiplas atividades, política, administrativa, econômica e financeira.

• Atividade financeira é responsável em obter, gerir e aplicar os recursos necessários para fazer funcionar as instituições.

• Antes do Estado Moderno eram consideradas um mal necessário (O Estado devia se limitar ao estritamente necessário: defesa, justiça, diplomacia e obras públicas).

• No estado Moderno as finanças públicas são, além de meio de assegurar a cobertura das despesas do governo, um meio de intervir na economia, de exercer pressão sobre a estrutura produtiva e de modificar as regras da distribuição de renda.

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Meios de Manutenção do EstadoMeios de Manutenção do Estado

• De simples provedora de recursos, as finanças públicas passaram a confundir-se com a nova finalidade do Estado: estabelecer um equilíbrio geral das estruturas institucionais (jurídica, política, moral e religiosa), ultrapassando o conceito clássico e restrito do equilíbrio orçamentário.

• As finanças públicas podem ser classificadas em:

• Finanças positivas: referem-se ao estudo que trata as finanças públicas dentro da teoria da realidade, observando e explicando as uniformidades do comportamento do Estado.

• Finanças normativas: dizem respeito ao estudo das regras e normas a que o estado deve subordinar-se para melhor atingir seus fins.

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Meios de Manutenção do EstadoMeios de Manutenção do Estado

• Para atingir a plena satisfação das necessidades da população, a administração pública é dividida, segundo as atividades que exerce em:

• Atividades-meio: envolvem o próprio papel do Estado e sua estrutura para atender às necessidades da população;

• Atividades-fim: estão voltadas para o efetivo atendimento das demandas da população.

• Tanto as atividades-meio quanto as atividades-fim podem ser divididas de

acordo com a área de atuação em:

• Atividades estratégicas e políticas;

• Atividades administrativas e de apoio.

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Distribuição das atividades do Estado ModernoDistribuição das atividades do Estado Moderno

- Justiça- Segurança Nacional- Defesa Nacional

- Planejamento- Orçamento- Recursos Humanos- Controle Interno Integrado

- Educação- Saúde – Saneamento- Transporte- Urbanismo- Agricultura- Gestão Ambiental, etc.

- Material e Patrimônio- Documentação- Serviços Gerais- Controle Interno de cada Poder

Atividades Políticas e

Estratégicas

Atividades Administrativas

e de apoio

AtividadesMeio

AtividadesFim

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Administração Direta, Indireta e AuxiliarAdministração Direta, Indireta e Auxiliar

Administração Direta

Compreende a organização administrativa do Estado como pessoa administrativa. É na administração direta que encontramos o denominado núcleo central constituído dos órgãos máximos dos três poderes e seus órgãos subordinados.

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Núcleo Central da Administração DiretaNúcleo Central da Administração Direta

Poder Legislativo

FederalSenado FederalCâmara dos DeputadosTribunal de Contas da União

EstadualAssembléia LegislativaTribunal de Contas do EstadoConselho de Contas dos Municípios

Municipal Câmara dos VereadoresTribunal de Contas

Poder Executivo

Federal Presidência da RepúblicaMinistérios

Estadual Governadoria do EstadoSecretarias de Estados

Municipal PrefeitoSecretarias Municipais e Deptos Aux.

Poder JudiciárioFederal

Supremo Tribunal FederalSupremo Tribunal de JustiçaTribunais Regionais FederaisTribunal Superior do TrabalhoTribunal Superior EleitoralSuperior Tribunal Militar

Estadual Tribunal de Justiça

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Administração Direta, Indireta e AuxiliarAdministração Direta, Indireta e AuxiliarAdministração Indireta

Há, entretanto, outros serviços que devem ser executados pelo Estado, mas que, devido ao nível de especialização, à necessidade de uma atenção especial e imediata em tais funções, que exigem instalações, equipamentos, pessoal e direção especializados, não podem subordinar-se às normas gerais da administração direta.

Em tais casos faz-se necessária a descentralização desses serviços, desmembrando-os da administração direta, pela constituição de entidades especializadas, dotadas de certa autonomia.

Estes órgãos constituem o que se denomina administração indiretaadministração indireta. Estas entidades são dotadas de personalidade jurídica própria e se dividem em:

• Autarquias;• Empresas Públicas;• Sociedades de Economia Mista;• Fundações.

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Administração Direta, Indireta e AuxiliarAdministração Direta, Indireta e AuxiliarAutarquia: Serviço Autônomo, criado por Lei, com personalidade jurídica de direito público. Possuem patrimônio e receita própria para exercer atividades típicas de administração pública que requeiram para seu melhor funcionamento gestão administrativa financeira descentralizada. As autarquias podem ser classificadas em duas categorias:

• Autarquias institucionais – que prestam serviços autônomos personalizados. Ex: SAMAE.• Autarquias corporativas – representadas por órgãos fiscalizadores de profissões (CRC e CREA)

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Administração Direta, Indireta e AuxiliarAdministração Direta, Indireta e AuxiliarEmpresa Pública: É uma entidade dotada de personalidade jurídica de direito privado, com patrimônio próprio e capital exclusivo da União (Governo), ou de suas entidades das administrações indiretas, criadas por Lei para desempenhar atividades de natureza empresarial que o governo seja levado a exercer, por motivos de conveniência ou contingências administrativas. Podendo tal entidade revestir-se de qualquer das formas admitidas em Lei. Ex: Correios – Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos, CEF – Caixa Econômica Federal.

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Administração Direta, Indireta e AuxiliarAdministração Direta, Indireta e AuxiliarSociedade de Economia mista: Entidade dotada de personalidade jurídica de direito privado, criada por Lei, para exercício de atividade de natureza mercantil, sob forma de S.A., cujas ações com direito a voto, pertencem à maioria ao governo ou entidade administrativa indireta. Ex: Petrobrás S.A., Banco do Brasil S.A.

Fundação: Entidade dotada de personalidade jurídica, criada por Lei e sem fins lucrativos. Ex: Fundação Municipal de Esportes, de Cultura.

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Administração Direta, Indireta e AuxiliarAdministração Direta, Indireta e AuxiliarAdministração auxiliar

A administração auxiliar complementa a ação do estado e pode ser dividida em:• Descentralização por cooperação ou institucional é uma forma que faz surgir pessoas jurídicas próximas à administração pública, embora, posicionadas fora dela. São organizações para-administrativas de direito privado, criadas pelo Estado isoladamente ou em conjugação com particulares. Ex.: SESI, SENAI, SENAC e SESC. • Descentralização por colaboração é a que descentraliza a atividade administrativa do Estado para a órbita privada. Esta descentralização consiste na delegação do exercício de encargos públicos a terceiros. Ex.: Concessionários e Organizações Sociais

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Administração Direta, Indireta e AuxiliarAdministração Direta, Indireta e Auxiliar

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Fazenda PúblicaFazenda Pública

A Fazenda Pública é o instituto econômico através do qual a entidade pública procura obter meios indispensáveis à realização dos meios que persegue, isto é, o atendimento das múltiplas necessidades gerais, mediante a prestação de serviços públicos.

É o conjunto de órgãos que formam o organismo econômico financeiro do Estado.

Divide-se em três esferas:

• Federal - pelo ministério da fazenda

• Estadual - pela secretaria da fazenda

• Municipal - pela secretaria ou diretoria da fazenda

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O papel Contabilidade na Administração PúblicaO papel Contabilidade na Administração Pública

• A Contabilidade Pública estuda a atividade financeira do Estado que compreende o estudo da receita, da despesa, do orçamento, do crédito público bem como dos reflexos decorrentes da ação dos administradores que tenham impacto sobre o patrimônio público.

• A Contabilidade pública também estuda e analisa os diversos aspectos que consolidam formas de atuação do Ente público na prestação de serviços indispensáveis à satisfação das necessidades do cidadão.

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Conceitos

A Contabilidade é a ciência que estuda e pratica as funções e controle relativo aos atos e fatos administrativos, e a Contabilidade GovernamentalContabilidade Governamental é a especialização voltada para o estudo e a análise dos fatos administrativos que ocorrem da administração pública (Silva, 2003, p. 220).

A contabilidade Pública é um dos ramos mais complexos da ciência contábil e tem por objetivo captar, registrar, acumular, resumir e interpretar os fenômenos que afetam as situações orçamentárias, financeiras e patrimoniais das entidades de direito público internos (Kohama, 1996, p. 50).

Contabilidade PúblicaContabilidade Pública

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Campo de Atuação

A Contabilidade Pública é aquela aplicada às entidades cujo objeto é a produção de bem estar social a uma coletividade. (Slomski, 2003).

Contabilidade PúblicaContabilidade Pública

Entidades Públicas Entidades Públicas Governamentais Governamentais

Entidades Públicas não Entidades Públicas não Governamentais (3º Setor)Governamentais (3º Setor)

- União- Estados- Distrito Federal- Municípios- Seus fundos- Suas autarquias- Suas fundações

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Do mesmo modo que ocorre com os demais setores da administração pública, a contabilidade pública busca seu espaço de modo a demonstrar sua real importância, através dos resultados verificados pelos registros dos fatos administrativos e em estrita estrita observância aos princípios fundamentais observância aos princípios fundamentais tanto do ponto de vista da ética profissionalética profissional, quanto da obediência aos princípios constitucionaisprincípios constitucionais.

Contabilidade Pública – Princípios FundamentaisContabilidade Pública – Princípios Fundamentais

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A Constituição Federal de 1988, em seu art. 37 (alterado pela Emenda Constitucional 19 de 04 de julho de 1998), versa sobre os princípios fundamentais aplicáveis às administrações públicas.

Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade,legalidade, impessoalidadeimpessoalidade, moralidademoralidade, publicidadepublicidade e eficiênciaeficiência, [...].

Contabilidade Pública – Princípios ConstitucionaisContabilidade Pública – Princípios Constitucionais

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Todo o ato administrativo deve ser antecedido de lei que o fundamente.

Princípios Constitucionais - LegalidadePrincípios Constitucionais - Legalidade

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É vedado: tratamento discriminatório, baseado em preferências pessoais, propaganda de si mesmo

O administrador não pode praticar o ato visando beneficiar ou a prejudicar alguém.

Princípios Constitucionais - ImpessoalidadePrincípios Constitucionais - Impessoalidade

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Impõe comportamentos éticos e morais, baseados nos bons costumes, na justiça e na eqüidade.

A moralidade constitui pressuposto de validade do ato praticado por qualquer administrador público.

Princípios Constitucionais - MoralidadePrincípios Constitucionais - Moralidade

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Impõe a divulgação dos atos praticados pela administração pública.

Princípios Constitucionais - PublicidadePrincípios Constitucionais - Publicidade

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Impõe atuação idônea, econômica e satisfatória, na realização das finalidades públicas.

Princípios Constitucionais - EficiênciaPrincípios Constitucionais - Eficiência

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Chama-se exercício financeiro o período de tempo em que é executado o orçamento e são realizadas as operações de ordem financeira.

O exercício financeiro, pela legislação atual coincide com o ano civil tendo seu início em 01 de janeiro e encerramento no dia 31 de dezembro. (Lei 4320/64 art. 34 em conformidade da CF Art. 165 § 9, I).

De acordo dom o Artigo 35 da Lei 4.320/64, pertencem ao exercício financeiro: as receitas nele arrecadadas bem como as despesas legalmente empenhadas.

Exercício FinanceiroExercício Financeiro

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Regime de Caixa

Neste regime toda receita arrecadada e toda despesa paga durante o prazo da vigência do orçamento pertence ao exercício em vigor, embora se receba e se pague despesa pertencente a exercícios passados. As rendas lançadas e as despesas empenhadas ainda não pagas passam para o orçamento do ano financeiro seguinte, fazendo parte integrante dele.

Regimes ContábeisRegimes Contábeis