Cultura Popular, Erudita, Intersecoesw

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CULTURA ERUDITA, CULTURA POPULAR, INTERSEES (Canclini) -Canclini fala sobre cultura popular de uma perspectiva COMUNICACIONAL, e afirma que preciso reconhecer a autonomia da cultura popular (conceito indutivista) e as formas de resistir e ressignificar-se em meio ao conflito entre tradio e modernidade.- Os movimentos populares tambm esto interessados em modernizar-se e os setores hegemnicos em manter o tradicional como referente histrico e recurso simblico. Ambos se vinculam mediante um jogo de usos do outro nas duas direes.- Monumentos, escolas e museus que antes constituam um cenrio legitimador do culto tradicional, hoje convivem com uma crescente oferta simblica heterognea decorrente da comunicao e expresso visual dos centros urbanos.- No movimento da cidade, os interesses mercantis cruzam-se com os histricos, estticos e comunicacionais.- TODAS AS ARTES SE DESENVOLVEM EM RELAO COM OUTRAS ARTES.- as mdias utilizam as tradies como referncia para reforar o contato simultaneo entre emissores e receptores. no lhes importa a melhoria histrica, mas a participao.A promessa de felicidade da indstria cultural, diz Jos Jorge de Carvalho, ajuda as pessoas a se livrar do peso e da responsabilidade da memria.- Canclini fala da influncia dos meios de comunicao sobre o imaginrio urbano, atuando na reproduo de um senso comum, onde as transformaes acabam sendo absorvidas pela normalidae, e tudo o que rompe a ordem urbana reconstitudo pelas snteses miditicas.. Mas deixa claro que a to referida ao transformadora das indstrias culturais deve ser repensada tendo em vista os estudos que apontam que a imprensa, o rdio, a televiso contribuem para reproduzir, mais do que para alterar, a ordem social. (ou seja, demod falar no tal poder manipulador da mdia sem levar em conta que opera normalmente na reproduo do senso comum, das narrativas que se pede, reproduzir a normalidade).Os cidados so os clientes que validam aquela realidade- No tumulto heterogneo e disperso de signos de identificao e referncia, os meios no propem tanto uma nova ordem, mas sim oferecem um espetculo reconfortante. Mais do que estabelecer novos lugares de pertencimento e de identificao de razes, o importante para as mdias oferecer certa intensidade de experincias. Em vez de oferecer informaes que orientem o indivduo na CRESCENTE COMPLEXIDADE DE INTERAES E CONFLITOS URBANOS.--------------------------------------CANCLINI ARTIGO- Os campos culturais esto cada vez mais submetidos lgica do mercado. Por exemplo as editoras compradas por grupos econmicos.- Essa nova relao dos campos culturais tambm ocorre devido convergncia digital. Leitores de hoje- Os conceitos de Bourdieu de campos culturais - onde cada campo tinha seu prprio sistema de relaes definidos pelos agentes especficos como museus, espectadores, etc - so cada vez menos aplicveis uma vez que perdem autonomia e submetem-se lgica do mercado. Falar de campos artsticos ou culturais importante talvez para analisar a poca de XVIII a XX quando foram criadas universidades modernas, museus e galerias onde as obras de arte e as investigaes cientficas cada vez mais se valorizam sem as coeres do poder poltico ou religioso antes da modernidade. Quando os artistas deixam de competir pela aprovao teolgica ou cumplicidade dos cortesos, procurando a legitimidade cultural.A consagrao das obras agora depende de agentes especficos - museus, espectadores, editoras e leitores.A independncia conquistada pelas artes e pela literatura justifica a autonomia metodolgica de seu estudo. - Campos culturais = instncias especficas de seleo e consagrao- O fim das Vanguardas. Na dcada de 70 e 90 o pensamento ps-moderno abandonou a esttica da ruptura e props reavaliar diversas tradies, fomentando a citao e a pardia do passado mais do que a inveno de formas inteiramente inditas.- A autonomia criativa dos artistas tambm foi reduzida pelas exigncias expansionistas dos mercados artsticos.- As polticas privadas e pblicas, reconfiguradas sob critrios empresariais, preferiram, em vez de uma originalidade que aspire criar seus receptores, a capacidade de retorno dos investimentos feitos em exposies e espetculos. Poucos artistas conseguem interessar um patrocinador sem oferecer-lhe impacto na mdia e benefcios materiais ou simblicos.- Entretanto a criatividade volta a ser valorizada no design grfico e industrial, na publicidade, na televiso, na moda, espetculos multimdia. Preocupam-se em combinar textos, imagens e sons de uma maneira que ningum pensou antes.- Mesmo sentado, o corpo atravessa fronteiras.- As marcas perseguem a incessante visibilidade do nome mais do que fazer com que entendamos a utilidade ou o valor do produto.- O lugar do museu em meio cultura globalizada e ao ambiente descentralizado da internet vem sendo reconfigurado. Nos Emirados rabes renomados arquitetos so convidados a construir grandes museus e centros artsticos visando grandiloquncia arquitetnica em um local que concentra 10% da produo mundial de petrleo. So os museus-espetculo.Existem iniciativas de pedagogia museogrfica de aplicao das novas tecnologias nas maneiras de vivenciar a experincia de transitar no museu, tornando-a mais interativas com aplicativos para celular com explicaes sobre as obras.tambm existe a multiplicao dos museus-para-atrair-turistas levando a cidade a ser representada como museu. arruma-se os museus e museifica-se edifcios pretendendo destacar a imagem singular de cada cidade, terminando por produzir imagens parecidas.- os jovens utilizam, combinados entre si, recursos formais e informais, legais ou no legais, para concretizar seu desejo de conectar-se, informar-se e at mesmo divertir-se.-------------------------------------CULTURAS HBRIDAS- No cenrio das culturas urbanas, das mudanas desencadeadas pelas migraes, dos processos simblicos de jovens dissidentes (contracultura), das massas de desempregados e subempregados que compem os mercados informais - onde desmoronam os pares de oposies convencionais (subalterno / hegemnico, tradicional / moderno) para falar do popular. As novas formas de organizao da cultura e de hibridao das tradies de classes, etnias, naes requerem outros instrumentos conceituais. Como analisar as manifestaes que no cabem no culto ou no popular, que brotam de seus cruzamentos ou em suas margens?