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    DINMICA DA GUA NO SOLO

    1. Infiltrao1.1. Conceitos

    A infiltrao da gua no solo um processo importante dafase terrestre do ciclo hidrolgico, uma vez que determina

    quanto de gua da chuva penetra no solo e quanto escoasuperficialmente.

    As atividades de uso da terra exercem significativainfluncia sobre a infiltrao, e o homem pode, assim,

    modificar a capacidade de infiltrao dos solos atravs domanejo.A meta maior de um programa de manejo integrado demicrobacias hidrogrficas deve ser a manuteno dascondies timas da infiltrao.

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    O processo de infiltrao define a entrada de gua nosolo. J o movimento da gua dentro do perfil

    comumente referido como percolao. A infiltrao ,desta forma, um processo de superfcie, ao passo que apercolao um processo interno.

    Os dois processos, todavia, esto intimamente ligados, jque a infiltrao no pode continuar se no houverpercolao da gua dentro do solo.

    O conceito de infiltrao no ciclo hidrolgico foi

    introduzido por HORTON (1933). Este autor definiu"capacidade de infiltrao" (fc) como sendo a taxamxima com que um dado solo, em determinadascondies, pode absorver gua.

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    Quando a intensidade da chuva for inferior ao valor de fc,ento a infiltrao ocorre a uma taxa menor, referida como

    "taxa real de infiltrao", ou simplesmente infiltrao (f).Estas relaes so ilustradas na Figura

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    Segundo este conceito Hortoniano, toda vez que aintensidade da chuva for maior que a capacidade deinfiltrao (fc), ocorre escoamento superficial. Por outro

    lado, quando a intensidade da chuva for menor que ovalor de fc, toda a gua se infiltra (f) e no ocorreescoamento superficial.

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    De maneira geral, a partir de condies de solo seco, ainfiltrao apresenta uma taxa inicial alta, a qual diminui

    gradativamente durante uma chuva prolongada, at queatinge um valor constante (fc), de acordo com a seguinteequao (HORTON, 1940):

    f = fc + (fo - fc).e-kt

    onde:f= taxa real de infiltraofc= capacidade final de infiltraofo= capacidade inicial de infiltraoe= base do logartmo naturalk= constante para cada solot= tempo desde o inicio da chuva

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    De acordo com MUSGRAVE & HOLTAN (1964), a

    infiltrao da gua no solo pode ser considerada comosendo a seqncia das trs seguintes fases:

    - a entrada de gua pela superfcie;- a transmisso da gua atravs do perfil do solo;-a depleo da capacidade de armazenamento daagua do solo.

    Portanto, estes trs fenmenos governam a infiltrao.

    Alm deles, a infiltrao tambm influenciada pelascaractersticas do solo, assim como pela prpria gua(temperatura, viscosidade, turbidez, etc.).

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    A penetrao da gua atravs da superfcie pode serprejudicada pelo entupimento dos poros causado pelo

    deslocamento e rearranjamento das partculas finas(compactao da superfcie).

    Desta forma, embora um solo possa apresentarexcelentes condies internas de transmisso e dearmazenamento de gua, as condies da superfciepodem reduzir a taxa de infiltrao.

    A cobertura vegetal um dos importantes fatores que

    podem influir sobre esta condio superficial do solo. Apresena da vegetao e da camada de material orgnico(serrapilheira, "litter") fornece proteo contra o impactodas gotas da chuva, reduzindo a compactao e a

    desagregao.

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    Em condies de campo, normalmente podem ocorrermodificaes no tamanho dos poros, assim como nadistribuio dos mesmos. O pisoteamento e o trfegoexcessivo podem, por um lado, compactar os horizontessuperficiais.

    Por outro lado, a arao pode, pelo menos por um perodode tempo, conduzir melhoria da porosidade. A presenada vegetao particularmente importante na manuteno

    das condies de porosidade do solo, quer pelodesenvolvimento das razes, quer pela matria orgnicaadicionada.

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    Em resumo, as caractersticas de infiltrao inerentesao solo, so governadas pelo tipo de solo, sua textura e

    estrutura, a quantidade e o tipo de argila que estecontm, a espessura e a profundidade de suascamadas mais permeveis e o uso a que foi submetidono passado. De acordo com as diferenas encontradas

    no que diz respeito infiltrao, os solos podem serclassificados em quatro grupos principais

    "A" - SOLOS COM ALTA CAPACIDADE DEINFILTRAO (ou baixo potencial de runoff)

    "B" - SOLOS COM CAPACIDADE DE INFILTRAOMODERADA

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    "C" - SOLOS COM BAIXA CAPACIDADE DEINFILTRAO

    "D" - SOLOS COM CAPACIDADE DE INFILTRAOMUITO BAIXA

    Classes de capacidade de infiltrao (fc) dos grupamentos hidrolgicos dossolos (ENGLAND, 1970).

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    Influncias da floresta

    Sob condies de cobertura de floresta natural noexplorada, a taxa de infiltrao normalmente mantida

    em seu mximo. De fato, nestas condies raramenteocorre a formao de escoamento superficial, a noser em locais afetados pelas atividades relacionadascom a explorao da floresta (PIERCE, 1967).

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    Infiltrao mdia em parcelas contendo diferentescondies de piso florestal (AREND, 1942).

    A compactao do solo reduz sua porosidade total,sendo que esta reduo afeta principalmente aporosidade no-capilar. A compactao do solo umadas razes pelas quais reas cultivadas apresentammenor infiltrao do que reas adjacentes florestadas.

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    As atividades silviculturais relacionadas com o preparo dosolo, o corte e a retirada da madeira constituem as causas

    principais de alterao da infiltrao. A preocupao demanuteno de condies timas de infiltrao duranteestas atividades deve estar centrada na manuteno daintegridade do piso florestal.

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    Mtodos de Medio da gua do Solo

    1. Contedo Gravimtrico de gua (U%)

    Na determinao da umidade do solo, o mtodo

    gravimtrico considerado o mtodo padro. Aps acoleta de uma amostra de solo no campo, esta deveser acondicionada hermeticamente para evitarevaporao. No laboratrio determina-se o peso mido

    da amostra (mu), colocando-a em seguida para secarna estufa, aps o que determina-se o peso seco (ms).

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    O contedo de gua, finalmente, calculado pelaequao (10), onde:

    ma = mu - ms.

    REYNOLDS (1970) apresenta uma anlise detalhadadesta metodologia gravimtrica de determinao do

    contedo de umidade do solo. De acordo com GRAY etal. (1973), as vantagens e desvantagens do mtodogravimtrico so as seguintes;

    Vantagens:

    - equipamento necessrio simples, barato e facilmenteencontrado;- mtodo preciso;- mtodo se aplica em todo o limite de variao do

    contedo de umidade no solo.

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    Desvantagens:

    - o mtodo no pode ser desenvolvido "in situ" e, destaforma, provoca-se alteraes na rea de coleta dasamostras;- mtodo lento e cansativo;- o resultado obtido em termos de umidade com base empeso seco da amostra (U%).

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    2. Infiltrao

    A infiltrao a entrada da gua no solo. Pode sermedida a partir de observaes simultneas da chuva edo escoamento superficial. Aps o incio da chuva e

    antes que possa haver formao de escoamentosuperficial, certa quantidade de gua fica normalmentepresa em trs compartimentos da superfcie: vegetao(interceptao), a prpria superfcie do solo (retenosuperficial) e nas pequenas depresses da superfcie doterreno (acumulao nas depresses).

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    2.1. Infiltrmetro

    Consiste de um anel metlico de cerca de 30 cm de

    dimetro e 60 cm de altura. Para a medio o anel introduzido no solo deixando-se cerca de 10 cm acima dasuperfcie, e a gua adicionada no anel at a umaaltura de mais ou menos 5 cm, onde deve haver um

    dispositivo de marcao do nvel de referncia.

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    A gua do anel , ento, mantida neste nvel dereferncia pela adio, a intervalos regulares, devolumes conhecidos de gua. A taxa de infiltrao ento calculada pela relao entre os volumes de gua

    adicionados e os intervalos de tempo gastos para a suapenetrao no solo.

    A medio demora cerca de 2 a 3 horas, at que seja

    obtida uma taxa constante de infiltrao (fc).

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    A medio da infiltrao atravs de infiltrmetros problemtica. A prpria introduo do anel no solo podecausar perturbaes na estrutura do solo. Um outroaspecto que a gua despejada dentro do anel, o que

    totalmente diferente das condies naturais dainfiltrao, quando a gua da chuva chega superfcie dosolo na forma de gotas. O infiltrmetro, assim, no simulaeste efeito do impacto das gotas da chuva sobre ainfiltrao.

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    Simulador de Chuva

    Com o uso do simulador de chuva, as duas primeirasdesvantagens do infiltrmetro so, em parte, contornadas.Trata-se de um dispositivo capaz de simular uma chuva dedeterminada intensidade sobre uma parcela delimitada deterreno, de onde o escoamento superficial produzidopela chuva artificial coletado e medido.

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    Infiltrao em Bacias Hidrogrficas

    Alm das acumulaes superficiais j referidas, uma

    bacia hidrogrfica apresenta outro "reservatrio" dearmazenamento representado pelos canais(acumulao nos canais), o qual tende a aumentar coma rea da bacia hidrogrfica.

    ndice de Infiltrao

    Quando se dispe do registro da chuva e doescoamento superficial, a diferena entre a massa dechuva e a massa do escoamento superficial pode serdefinida em termos do chamado "ndice ()"O ndice () representa a intensidade de chuva acimada qual o volume do escoamento superficial se iguala

    ao volume da chuva.

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    Potencial Matricial da gua do Solo

    O potencial matricial pode ser medido pelo tensimetro,

    o qual consiste de uma cpsula porosa posicionada auma dada profundidade no perfil do solo e ligada a ummanmetro.

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    A cpsula porosa e o tubo so enchidos com gua.Dependendo das condies de umidade do solo, haverformao de um gradiente de tenso entre a cpsula e o

    solo. No equilbrio o manmetro mede a tenso da guano solo (h).A tenso de equilbrio, dada pela leitura do manmetro(h) subtraindo-se o valor correspondente coluna de guado conjunto, ou seja:

    m = -[13,6h - (h + hm + z)] ou: m = -12,6h + hm + z

    onde:m = potencial matricial em cm de coluna de guah = leitura do manmetrohm = altura do manmetro em relao superfciez = profundidade da cpsula porosa

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    ANLISE FSICA DA BACIA HIDROGRFICA

    CARACTERIZAO FSICA DE BACIAS HIDROGRFICAS

    Uma bacia hidrogrfica compreende toda a rea de captaonatural da gua da chuva que proporciona escoamentosuperficial para o canal principal e seus tributrios. O limitesuperior de uma bacia hidrogrfica o divisor de guas

    (divisor topogrfico), e a delimitao inferior a sada dabacia (confluncia, exutrio).

    O comportamento hidrolgico de uma bacia hidrogrfica funo de suas caractersticas morfolgicas, ou seja, rea,forma, topografia, geologia, solo, cobertura vegetal etc.. A fimde entender as inter-relaes existentes entre esses fatoresde forma e os processos hidrolgicos de uma baciahidrogrfica, torna-se necessrio expressar as caractersticas

    da bacia em termos quantitativos.

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    De acordo com o escoamento global, as bacias dedrenagem podem ser classificadas em(CHRISTOFOLETTI, 1974):

    a) exorreicas: quando o escoamento da gua se faz demodo contnuo at o mar, isto , quando as baciasdesguam diretamente no mar;

    b) endorreicas: quando as drenagens so internas e nopossuem escoamento at o mar, desembocando emlagos, ou dissipando-se nas areias do deserto, ouperdendo-se nas depresses crsicas;

    c) arreicas: quando no h qualquer estruturao embacias, como nas reas desrticas;

    d) criptorreicas: quando as bacias so subterrneas,

    como nas reas crsicas.

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    Da mesma forma como as bacias, tambm os cursosdgua podem, individualmente, ser objeto declassificao. De acordo com o perodo de tempo

    durante o qual o fluxo ocorre, distinguem-se osseguintes tipos de rios:

    a) perenes: h fluxo o ano todo, ou pelo menos em

    90% do ano, em canal bem definido;

    b) intermitentes: de modo geral, s h fluxo durante aestao chuvosa (50% do perodo ou menos);

    c) efmero: s h fluxo durante chuvas ou perodoschuvosos; os canais no so bem definidos.

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    Dentro da bacia, a forma da rede de drenagem tambmapresenta variaes. Em geral, predomina na natureza aforma dendrtica, a qual deriva da interao clima-geologiaem regies de litologia homognea. Num certo sentido,considerando-se a fase terrestre do ciclo da gua, pode-se

    dizer que a gua procura evadir-se da terra para o mar.Assim fazendo, torna-se organizada em sistemas dedrenagem, os quais refletem principalmente a estruturageolgica local.

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    Esta classificao, baseada mais em critriosgeomtricos do que genticos, engloba os seguintestipos:a) dendrtica: lembra a configurao de uma rvore. tpica de regies onde predomina rocha de resistnciauniforme;b) trelia: composta por rios principais conseqentes

    correndo paralelamente, recebendo afluentessubseqentes que fluem em direo transversal aosprimeiros. O controle estrutural muito acentuado,devido desigual resistncia das rochas. A extenso e a

    profundidade dos leitos sero maiores sobre rochasmenos resistentes, dando formao a vales ladeados porparedes de rochas mais resistentes. Este tipo encontrado em regies de rochas sedimentaresestratificadas, assim como em reas de glaciao;

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    c) retangular: variao do padro trelia, caracterizadopelo aspecto ortogonal devido s bruscas alteraes

    retangulares nos cursos fluviais. Deve-se ocorrncia defalhas e de juntas na estrutura rochosa;d) paralela: tambm chamada "cauda equina", ocorre emregies de vertentes com acentuada declividade, ou onde

    existam controles estruturais que favorecam a formaode correntes fluviais paralelas;e) radial: pode desenvolver-se sobre vrios tipos eestruturas rochosas, como por exemplo, em reasvulcnicas e dmicas;

    f) anelar: tpica de reas dmicas; a drenagem acomoda-se aos afloramentos das rochasmenos resistentes.

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    Padres de drenagem(CRISTOFOLETTI, 1974)

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    PARMETROS FSICOS DE BACIAS HIDROGRFICAS

    Para entender o funcionamento de uma bacia, torna-senecessrio expressar quantitativamente as manifestaesde forma (a rea da bacia, sua forma geomtrica, etc.), deprocessos (escoamento superficial, deflvio, etc.) e suas

    inter-relaes. Vrios parmetros fsicos foramdesenvolvidos, alguns deles aplicveis bacia como umtodo, enquanto que outros relativos a apenas algumascaractersticas do sistema. O importante reconhecer

    que nenhum desses parmetros deve ser entendido comocapaz de simplificar a complexa dinmica da baciahidrogrfica, a qual inclusive tem magnitude temporal.

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    Estes parmetros e suas inter-relaes podem serclassificados em:

    a) parmetros fsicos: rea, fator de forma, compacidade,altitute mdia, declividade mdia, densidade de drenagem,nmero de canais, direo e comprimento do escoamentosuperficial, comprimento da bacia, hipsometria (relaorea-altitude), comprimento dos canais, padro dedrenagem, orientao, rugosidade dos canais, dimenso eforma dos vales, ndice de circularidade, etc.;

    b) parmetros geolgicos: tipos de rochas, tipos de solos,

    tipos de sedimentos fluviais,etc.;

    c) parmetros de vegetao: tipos de cobertura vegetal,espcies, densidade, ndice de rea foliar, biomassa, etc.;

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    d) inter-relaes: Lei do Nmero de Canais (razo de bifurcao),Lei do Comprimento dos Canais (relao entre comprimentomdio dos canais e ordem), Lei das reas

    (relao entre rea e ordem), etc..

    rea

    ANDERSON (1957) denominou a rea como a "varivel do

    diabo", porque a maioria das caractersticas da bacia est, dealguma forma, correlacionada com sua rea.. A rea deve serdefinida em relao a um dado ponto ao longo do canal, ou prpria sada ou confluncia da bacia. A rea total inclui todos ospontos situados a altitudes superiores da sada da bacia edentro do divisor topogrfico que separa duas bacias adjacentes.A determinao da rea deve ser feita com muito rigor, a partir defotografias areas, mapas topogrficos, ou levantamento decampo, e se possvel com auxlio de computadores.

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    Uma regio em que a chuva ocorrida em qualquerponto drena para a mesma seo transversal do curso-dgua.

    rea de captao natural das precipitaes, que fazconvergir os escoamentos para um nico ponto desada: o exutrio.

    Para definir uma bacia: Curso dgua

    Seo transversal de referncia (exutrio) Informaes de topografia.

    Bacia Hidrogrfica

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    Diferenciar reas que contribuem para um ponto

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    Identificar para onde escoa a gua sobre o relevousando como base as curvas de nvel.

    Definio de Bacia Hidrogrfica

    A gua escoa na direo da

    maior declividade.

    Assim, as linhas de

    escoamento so ortogonais

    s curvas de nvel.

    adaptado do original de Francisco Olivera, Ph.D., P.E.

    Texas A&M UniversityDepartment of Civil Engineering

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    250 300 350 400

    50

    100

    150

    200

    250

    250 300 350 400

    50

    100

    150

    200

    250

    Identificao do

    Divisor de guas

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    Divisor no corta drenagemexceto no exutrio.

    Divisor passa pela regio maiselevada da bacia, mas no

    necessariamente pelos pontosmais altos.

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    Exemplo delimitao de bacia:

    Caractersticas fsicas da bacia

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    A bacia do rio dos Sinos uma sub-bacia da bacia dorio Guaba. A bacia do rio Paranhanha uma sub-bacia

    da bacia do rio dos Sinos.

    Bacias hidrogrficas so compostas por sub-baciashidrogrficas. Cada sub-bacia uma bacia hidrogrficaque pode ser subdividida em sub-bacias, etc.

    Bacia Hidrogrfica

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    Sub - bacia

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    divisor superficial x divisor subterrneoDivisor:

    Caractersticas da Bacia Hidrogrfica: rea de drenagem Comprimento Declividade Curva hipsomtrica Forma Cobertura vegetal e uso do solo

    Bacia Hidrogrfica

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    Caractersticas fsicas da bacia

    O principal interesse em estudar a bacia hidrogrfica de que suascaractersticas constituem um sistema natural de transformao de

    chuva em vazo.

    ENTRADA(chuva)

    SISTEMA(bacia)

    SADA(vazo na foz)

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    Algumas convenes importantes em hidrologia:

    Caractersticas fsicas da bacia

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    Caracterstica mais importante da bacia

    Reflete o volume total de gua que pode ser

    gerado potencialmente na bacia Bacia impermevel e chuva constante:

    Q = P . A

    Se A = 60 km2 (60 milhes de m2) e P = 10 mm/hora (2,7 . 10-6 m/s)

    Q = 166 m3/s

    rea da Bacia Hidrogrfica

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    Uma vez definidos os contornos (divisor), a rea pode sercalculada por uma integral numrica (SIG) ou por mtodosmanuais (planmetro, contagem, pesagem).

    rea da Bacia Hidrogrfica

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    Caractersticas fsicas da bacia

    Bacias com mesma rea podem responder de maneiras distintas

    Bacia Local rea(km2)

    Qmax(m3/s)

    Qmax(ls/km2)

    Rio Souris Minot, ND 26.600 340 12,8

    Rio Deschutes Moody, OR 27.185 1.235 46,8

    Rio Gila Coolige Dam, AR 33.370 3.680 110,8

    Rio Cumberland Carthage, Tenn 27.700 5.270 190,9

    Rio Susquehanna Wilkes-Barre, Pa 25.785 6.570 225,6

    Rio Potomac Point of Rocks, Md 24.980 13.595 545,2

    Rio Little Cameron, Texas 18.200 18.320 1009,2

    Como isso possvel?

    http://www.iph.ufrgs.br/
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    Comprimento da bacia

    Comprimento do rio

    principal

    Comprimento da Bacia Hidrogrfica

    Os comprimentos da bacia e dorio principal so importantes paraa estimativa do tempo que agua leva para percorrer a bacia.

    IPH 01027Bacia

    Hidrogrfica

    http://galileu.iph.ufrgs.br/collischonn/index.htmlhttp://galileu.iph.ufrgs.br/collischonn/index.htmlhttp://galileu.iph.ufrgs.br/collischonn/index.htmlhttp://www.iph.ufrgs.br/http://www.ufrgs.br/http://galileu.iph.ufrgs.br/collischonn/index.html
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    Medio do comprimento de um rio

    CAD

    SIG Sistema de Informao Geogrfica

    Curvmetro

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    Declividade da Bacia Hidrogrfica

    Tem relao com a velocidade com a qual ocorre oescoamento.

    Diferena de altitude entre o incio e o fim dadrenagem dividida pelo comprimento da drenagem.

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    Ponto mais alto:300 m

    Ponto mais baixo:20 m

    Comprimento drenagem = 7 kmDeclividade = 0,04 m/m ou 40 m por km

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    Perfil tpico:

    alto mdio baixo

    Distncia ao longo do rio principal

    Altitudedoleito

    Valores tpicos:Baixa declividade: alguns cm por kmAlta declividade: alguns m por km

    Perfil Longitudinal

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    Tempo de viagem = 2 minutos Tempo de viagem = 15 minutos

    Tempo de escoamento

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    Tempo necessrio para que a gua precipitada no pontomais distante da bacia escoe at o ponto de controle,exutrio ou local de medio.

    Relao com:

    Comprimento da bacia (rea da bacia)

    Forma da bacia

    Declividade da bacia Alteraes antrpicas

    Vazo (para simplificar no seconsidera)

    Tempo de concentrao

  • 7/31/2019 Dinamica agua

    61/162

    Frmulas empricas para tempo de concentrao

    tc = tempo de concentrao em minutosL = comprimento do talvegue (km)h = diferena de altitude ao longo do talvegue (m)

    Kirpich385,0

    3

    h

    L57tc

    Tempo de concentrao

  • 7/31/2019 Dinamica agua

    62/162

    Tempo de concentrao

    Estimativa do tempo de concentrao para bacias maiores; Equao de Watt e Chow, publicada em 1985 (Dingman, 2002)

    onde tc o tempo de concentrao em minutos; L ocomprimento do curso dgua principal em Km; e S a declividade

    do rio curso dgua principal (adimensional). Esta equao foi desenvolvida com base em dados de bacias de

    at 5840 Km2.

    79,0

    5,068,7

    S

    L

    tc

  • 7/31/2019 Dinamica agua

    63/162

    Efeito do tempo de concentrao

    Mesma rea, tempo de concentrao

    diferente

    Q

    P

    tempo

    bacia com alto tempo de concentraobacia com baixo tempo de concentrao

  • 7/31/2019 Dinamica agua

    64/162

    Forma da bacia hidrogrfica

    Avaliao qualitativa

    Avaliao quantitativa

    ndice de compacidade ndice de conformao ou fator de forma

  • 7/31/2019 Dinamica agua

    65/162

    So Francisco

    Outras:Tiet;Paranapanema;Tocantins.

    Exemplos: Alongadas

    l l

  • 7/31/2019 Dinamica agua

    66/162

    Taquari Antas - RS

    Rio Itaja - SC

    Exemplos: Circular

  • 7/31/2019 Dinamica agua

    67/162

    Efeito da forma da bacia

    Mesma rea, forma diferente

    Q

    P

    tempo

    bacia alongadabacia circular

    ndice de conformao

  • 7/31/2019 Dinamica agua

    68/162

    I alto: cheias mais rpidas

    I baixo: cheias mais lentas

    2LAI

    L

    ndice de conformaoou fator de forma:

  • 7/31/2019 Dinamica agua

    69/162

  • 7/31/2019 Dinamica agua

    70/162

    Ordem do curso dgua principal

    Horton props, eStrahler modificou um

    critrio para

    hierarquizar cursos

    dgua.

    Passou a ser conhecido

    como ordem do curso

    dgua

  • 7/31/2019 Dinamica agua

    71/162

    Ordem de Strahler

    Um curso dgua a partir da nascente de

    ordem 1

    Quando dois cursos de ordem 1 se encontram

    formam um curso de ordem 2

    Quando dois cursos de ordem 2 se encontram

    formam um curso de ordem 3

    e assim por diante

  • 7/31/2019 Dinamica agua

    72/162

    Ordem de Strahler

    1

    11

    1

    1

    11

    1

    2

    1

    11

    1

    1

    1

    2

    2

    2

    2

    2

    2

    2

    22

    22

    3

    3

    3

    3

    3

    3

    1

    11

    1

  • 7/31/2019 Dinamica agua

    73/162

    Maior profundidade de razes = gua consumida pela

    evapotranspirao pode ser retirada de maioresprofundidades do solo.

    Florestas: maior interceptao; maior profundidadede razes.

    Maior interceptao = escoamento demora mais aocorrer.

    Cobertura Vegetal

  • 7/31/2019 Dinamica agua

    74/162

    Substituio de florestas porlavoura/pastagens

    Urbanizao: telhados, ruas, passeios,

    estacionamentos e at ptios de casas Modificao dos caminhos da gua

    Aumento da velocidade do escoamento (leito

    natural rugoso x leito artificial com revestimentoliso)

    Encurtamento das distncias at a rede dedrenagem (exemplo: telhado com calha)

    Uso do solo

  • 7/31/2019 Dinamica agua

    75/162

    Agricultura = compactao do solo Reduo da quantidade de matria orgnica no

    solo Porosidade diminui

    Capacidade de infiltrao diminui

    Razes mais superficiais: Consumo de gua dasplantas diminui

    Uso do solo

  • 7/31/2019 Dinamica agua

    76/162

    Uso do solo e vegetao

    Solo n Solo vegetado

    d l

  • 7/31/2019 Dinamica agua

    77/162

    Solos arenosos = menos escoamento superficial

    Solos argilosos = mais escoamento superficial

    Solos rasos = mais escoamento superficial

    Solos profundos = menos escoamento superficial

    Tipos de solos

    Caractersticas fsicas da bacia

  • 7/31/2019 Dinamica agua

    78/162

    Caractersticas fsicas da bacia

    Tipo de solo:

    Rochoso

    Solo residual (maduro)

    G l i

  • 7/31/2019 Dinamica agua

    79/162

    Rochas do sub-solo afetam o comportamento da baciahidrogrfica.

    Rochas porosas tem a propriedade de armazenar grandes

    quantidades de gua (rochas sedimentares arenito).

    Rochas magmticas tem pouca porosidade e armazenampouca gua, exceto quando so muito fraturadas.

    Bacias com depsitos calcreos tem grandes cavidades nosub-solo onde a gua armazenada.

    Geologia

    P d B i

  • 7/31/2019 Dinamica agua

    80/162

    Vertentes:

    Rede de drenagem:

    Escoamento superficial difuso

    No h canais definidos

    Escoamento sub-superficial e subterrneo

    Escoamento superficial Canais bem definidos

    Partes da Bacia

    R d d D

  • 7/31/2019 Dinamica agua

    81/162

    Densidade da Rede de Drenagem:

    Forma da Rede de Drenagem:

    Controlada pela Geologia e pelo Clima

    Controlada pela Geologia

    Rede de Drenagem

  • 7/31/2019 Dinamica agua

    82/162

    Densidade de Drenagem

    HORTON (1932) definiu densidade de drenagem como sendo a razo

    entre ocomprimento total dos canais e a rea da bacia hidrogrfica. um ndice importante, pois reflete a influncia da geologia, topografia,do solo e da vegetao da bacia hidrogrfica, e est relacionado com otempo gasto para a sada do escoamento superficial da bacia. dado

    por:

    DD = densidade de drenagem (km/km)L = comprimento total de todos os canais (km)

    A = rea da bacia hidrogrfica (km)

  • 7/31/2019 Dinamica agua

    83/162

    O ECOSSISTEMA BACIA HIDROGRFICA

    A bacia hidrogrfica pode ser considerada como umbom exemplo de um sistema geomorfolgico: o

    geossistema.

    Define-se sistema como um conjunto de elementos,seus atributos, e as relaes entre si. De acordo

    com o critrio funcional, os sistemas podem serclassificados em sistemas fechados e sistemasabertos.

  • 7/31/2019 Dinamica agua

    84/162

    A bacia hidrogrfica, como sistema aberto, pode destaforma ser descrita em termos de variveisinterdependentes, as quais oscilam ao longo de umpadro, ou de uma mdia. Como tal, ela se encontra,mesmo quando no perturbada, em contnua flutuao,num estado de equilbrio transacional ou dinmico. Ouseja, a adio de energia, e a perda de energia oprprio sistema, encontram-se sempre em delicadobalano.

  • 7/31/2019 Dinamica agua

    85/162

    O manejo ecossistmico da bacia hidrogrfica, destaforma, deve levar em conta este estado transacionale esta contnua interdependncia entre todos os

    fatores da bacia, a fim de que os impactos (reaes)decorrentes das atividades antrpicas sejam sempreminimizados.

  • 7/31/2019 Dinamica agua

    86/162

    GERAO DE VAZO EM MICROBACIASFLORESTAIS

    1. INTRODUO

    Milmetros de altura de gua (mm): ganho ou perda degua de uma bacia, ou de uma rea qualquer, expresso

    em termos de altura uniformemente distribuda sobre area. Unidade j familiar no caso da medio da chuva. uma unidade linear. S pode ser transformada em volumequando a rea for especificada, de acordo com a seguinte

    relao fundamental:

    1 mm = 1 litro/m

  • 7/31/2019 Dinamica agua

    87/162

    Descarga ou vazo: o deflvio na unidade de tempo.

    Unidade: m/s, litros/segundo.

    - descarga diria: mdia das descargas ocorridas duranteo dia;

    - descarga mdia anual: mdia aritmtica das descargasocorridas em cada dia do ano;- descarga unitria, vazo unitria, escoamento unitrio: o quociente descarga/rea da bacia hidrogrfica em km.Modo de expressar vazes de sorte que elas possam ser

    comparadas, pois independem da rea da baciacontribuinte.

  • 7/31/2019 Dinamica agua

    88/162

    Cota (nvel): altura da lmina dgua referida a umplano pr-estabelecido.

    Curva-chave, curva de descarga: relao entre cota

    e descarga.

    Estao fluviomtrica: instalao onde se mede osvrios parmetros de um curso dgua (cota,descarga , velocidade, etc.).

  • 7/31/2019 Dinamica agua

    89/162

    2. CONCEITUAO

    A expresso "produo de gua" ou rendimento hdricorefere-se descarga total da bacia durante umdeterminado perodo. Em termos da equaosimplificada do balano hdrico de uma bacia,representa, portanto, a frao da precipitao que no perdida por evapotranspirao. Ou seja:

    Q = P - ET

    A vazo reflete a integrao de todos os fatores hidrolgicos

  • 7/31/2019 Dinamica agua

    90/162

    A vazo reflete a integrao de todos os fatores hidrolgicosem uma bacia hidrogrfica, incluindo caractersticastopogrficas, clima, solo, geologia e uso do solo.

    Uma representao esquemtica deste conceito dinmicoda gerao de vazo em uma microbacia pode ser vista naFigura a seguir:

  • 7/31/2019 Dinamica agua

    91/162

  • 7/31/2019 Dinamica agua

    92/162

    Os componentes da vazo incluem os seguintesprocessos hidrolgicos:

    a) Precipitao nos canais (Pc): constitui aprimeira frao da chuva a deixar a bacia,

    compreendendo as gotas que caem diretamente nasuperfcie lquida dos cursos dgua.Proporcionalmente, trata-se de um componente quecontribui muito pouco para a descarga da microbacia,

    pois a proporo de rea lquida em relao superfcie total da bacia pequena.

    b) E t S fi i l (R ) tit i f d

  • 7/31/2019 Dinamica agua

    93/162

    b) Escoamento Superficial (Rs): constitui a frao dachuva que no se infiltra no solo, escoandolaminarmente pelas pores mais impermeveis doterreno at o canal mais prximo.

    c) Escoamento Sub-superficial (Rss): tambmchamado interfluxo, constitui a frao da chuva que,

    aps infiltrao no solo, escoa lateralmente atravs doshorizontes

    O escoamento direto (Qd) de uma chuva, portanto, formado normalmente por:

    Qd = Pc + Rs + Rss

  • 7/31/2019 Dinamica agua

    94/162

    d) Escoamento base (Qb): constitui o escoamento dazona de saturao (gua subterrnea). Aps umachuva, e depois que todo o escoamento direto j tenhadeixado a bacia, o escoamento base o nicocomponente do deflvio.

    Em geral o fluxo base proveniente do aqufero, masem microbacias de regies montanhosas o Qb pode ser

    originado do movimento lento da zona de aerao, isto, pela movimentao da gua do solo.

  • 7/31/2019 Dinamica agua

    95/162

    Distribuio percentual aproximada dos processos do balano hdrico etempo de residncia dos componentes da vazo em microbacias revestidascom cobertura florestal natural em condies de clima temperado

    (HEWLETT, 1982).

  • 7/31/2019 Dinamica agua

    96/162

    FATORES QUE AFETAM A VAZO

    A vazo de uma bacia hidrogrfica, conforme jesclarecido, pode ser considerado como o produtoresidual do ciclo hidrolgico, o qual influenciado portrs grandes grupos de fatores: clima, fisiografia e usodo solo.

    Clima: os fatores climticos so importantes nadeterminao do deflvio pois influenciam tanto a

    precipitao quanto a evapotranspirao (Q = P - ET).

    Fisiografia: as caractersticas fsicas da bacia

  • 7/31/2019 Dinamica agua

    97/162

    Fisiografia: as caractersticas fsicas da baciahidrogrfica influenciam a formao da vazo de vriasmaneiras.

    A declividade, por exemplo, influencia os processos deinfiltrao, escoamento superficial, fluxo de gua no soloetc.

    A altitude, por sua vez, outra caracterstica importante aconsiderar. Em geral, em maiores altitudes a precipitaomdia anual maior, assim como so menores atemperatura e a evapotranspirao.

    Outras caractersticas fisiogrficas incluem: rea, forma,orientao, densidade de drenagem, geologia, solos ecaractersticas geomtricas da bacia hidrogrfica.

    Uso do solo: a cobertura vegetal, pela sua influnciab hid l i t i i t t

  • 7/31/2019 Dinamica agua

    98/162

    sobre processos hidrolgicos tais como interceptao,transpirao, infiltrao, percolao etc., constitui-se num dosfatores mais importantes que afetam a produo de gua emmicrobacias.

    Outro fator de uso do solo diz respeito, por exemplo, ao graude urbanizao da bacia, o qual resulta, em geral, em

    aumento da impermeabilizao da superfcie, aumentando oescoamento superficial, o pico de cheia, a sedimentao doscursos dgua, a poluio da gua etc.

    Estes trs grupos de fatores, em conjunto, operam no sentido

    de fazer com que o comportamento hidrolgico de baciaspequenas (microbacias) seja diferente do de bacias maiores,conforme j discutido.

    Medio de Vazao

  • 7/31/2019 Dinamica agua

    99/162

    Medio Volumtrica

    Conceito de que vazo = V/ t

    Marca-se o tempo para preencher um volume

    conhecido

    Aplicvel para pequenas vazes

    Aplicvel onde a gua pode ser recolhida

    Medio de Vazao

    Medindo o escoamento

  • 7/31/2019 Dinamica agua

    100/162

    Vazo = velocidade x rea

    Medindo o escoamento

    Perfis de velocidade em rios

  • 7/31/2019 Dinamica agua

    101/162

    Perfis de velocidade em rios

    Perfis de velocidade de escoamento

    Medio de Vazo - Expedita

  • 7/31/2019 Dinamica agua

    102/162

    Utilizando um flutuador:

    Escolher um trecho retilneo do rio que tenha seo constante;

    Marcar uma distncia de no mnimo 10m;

    Medir a rea da seo do rio;

    Lanar o flutuador e contar o tempo para percorrer a distncia demarcada.

    Calcular a vazo com a frmula.

    Medio de Velocidade da gua - Molinete

  • 7/31/2019 Dinamica agua

    103/162

    Caractersticas:

    Velocidade pontual Calibrao para obter relao: (n de revolues/min) e (velocidade m/s)

    Pode ser utilizado abordo de barcos ou de telefricos sobre a seo do rio

    A velocidade conhecida contando o numero de revolues realizadas em um intervalo de

    tempo (> 30s em geral)

    Canal de Velocidade - IPHUFRS

    Medio de Vazo - Molinete

  • 7/31/2019 Dinamica agua

    104/162

    hi hi+1

    b

    A parcial = b (hi+hi+1)/2

    A total = A parciais

    Clculo da rea da seo:

    Clculo da velocidade mdia de cada vertical:

    Em cada vertical medida uma ou mais velocidades em profundidades diferentes e se calcula

    a velocidade mdia de cada vertical (Vi).

    Assim obtm-se a velocidade mdia para cada Ai

    A vazo ser o somatrio das Vi multiplicadas pelas Ai

    Molinete

  • 7/31/2019 Dinamica agua

    105/162

    Molinete

    Molinetes

  • 7/31/2019 Dinamica agua

    106/162

    o e es

    Molinetes

  • 7/31/2019 Dinamica agua

    107/162

    Medio com Molinete

  • 7/31/2019 Dinamica agua

    108/162

    Medio Vau- Para pequenas profundidades ( ~ 1.20 m)

    - Para pequenas vazes- molinete preso uma haste

    Medio com Molinete

    M li t

  • 7/31/2019 Dinamica agua

    109/162

    Molinete preso haste

    ( medio a vau)

    Molinete preso haste(medio a vau)

  • 7/31/2019 Dinamica agua

    110/162

    (medio a vau)

    Pequenos rios

  • 7/31/2019 Dinamica agua

    111/162

    Vazo x velocidade

    q

    Pequenos rios

  • 7/31/2019 Dinamica agua

    112/162

    Vazo x velocidade

    Pequenos rios

    Rios maiores

  • 7/31/2019 Dinamica agua

    113/162

    Medio embarcadaMedio a partir de cabosMedio a partir de pontes

    Medindo o escoamento

  • 7/31/2019 Dinamica agua

    114/162

    Medindo velocidade

  • 7/31/2019 Dinamica agua

    115/162

    Medio com Molinete

  • 7/31/2019 Dinamica agua

    116/162

    Medio sobre Pontes

    - Problemas da influncias da estrutura- Localizao da ponte em boa seo para medio

    Medio com Molinete

    Medio com Molinetesobre Ponte

  • 7/31/2019 Dinamica agua

    117/162

    sobre Ponte

    Medio com Molinete

  • 7/31/2019 Dinamica agua

    118/162

    Medio com Barco Fixo

    a mais freqente

    Barco fixado a um cabo de ao

    Cabo preso nas margens

    Posies das verticais medidas no cabo

    Medio a vau (a) e sobreBarco Fixo (b) e (c)

  • 7/31/2019 Dinamica agua

    119/162

    Barco Fixo (b) e (c)

    Guincho e Molinetes

  • 7/31/2019 Dinamica agua

    120/162

    Medindo o escoamento- A curva chave -

  • 7/31/2019 Dinamica agua

    121/162

    Vazo x nvel da gua

    A curva chave

    A curva-chave

  • 7/31/2019 Dinamica agua

    122/162

    A curva chave

    Medindo o escoamento

  • 7/31/2019 Dinamica agua

    123/162

    Muitas medies de vazo

    Medindo o escoamento

  • 7/31/2019 Dinamica agua

    124/162

    A curva chave

    Medindo o escoamento

  • 7/31/2019 Dinamica agua

    125/162

    Observao contnua

    Duas vezes por dia (7:00 e 17:00horas) verifica o nvel na rgua.

    No escritrio converte em vazousando a curva chave.

    Lance de rguas noRio Inhandava

  • 7/31/2019 Dinamica agua

    126/162

    Rio Inhandava

    Posto 74320000- Rio Sargento -

  • 7/31/2019 Dinamica agua

    127/162

    Rio Sargento

    Posto Porto Sucuri- Rio Paraguai -

  • 7/31/2019 Dinamica agua

    128/162

    g

    Posto Porto da Manga- Rio Paraguai -

  • 7/31/2019 Dinamica agua

    129/162

    g

    Posto Fluviomtrico

  • 7/31/2019 Dinamica agua

    130/162

    Escalas Limnimtricas

  • 7/31/2019 Dinamica agua

    131/162

    Posto Fluviogrfico

  • 7/31/2019 Dinamica agua

    132/162

    Limngrafosde Bia

  • 7/31/2019 Dinamica agua

    133/162

    de Bia

    Limngrafos

  • 7/31/2019 Dinamica agua

    134/162

    de Bia

    Limngrafos

  • 7/31/2019 Dinamica agua

    135/162

    de Bia

    Limngrafo

  • 7/31/2019 Dinamica agua

    136/162

    com

    TubuloInstaladona Margem

    do CursoDgua

    Limngrafo

  • 7/31/2019 Dinamica agua

    137/162

    com

    TubuloInstaladono Curso

    Dgua

    Limngrafo

  • 7/31/2019 Dinamica agua

    138/162

    com

    TubuloInstaladono Curso

    Dgua

    Limngrafo com registroem papel

  • 7/31/2019 Dinamica agua

    139/162

    Limngrafos com Data Logger

  • 7/31/2019 Dinamica agua

    140/162

    Posto de Medio de Vazo

  • 7/31/2019 Dinamica agua

    141/162

    Requisitos para uma Boa Seo Lugar de fcil acesso

    Forma regular da seo Trecho retilneo

    Margem e leito no erodveis

    Velocidade entre 0.2 e 2 m/s Controle por regime uniforme ou crtico

    Curva-Chave

  • 7/31/2019 Dinamica agua

    142/162

    Relao biunvoca entre vazo e nvel

    dgua requer:

    Regime permanente e uniforme

    ou

    Regime Crtico

    Seo Transversal

  • 7/31/2019 Dinamica agua

    143/162

    Seo Transversal

  • 7/31/2019 Dinamica agua

    144/162

    Seo Transversal

  • 7/31/2019 Dinamica agua

    145/162

    rea molhada

    Seo Transversal

  • 7/31/2019 Dinamica agua

    146/162

    Permetro molhado

    Seo Transversal

  • 7/31/2019 Dinamica agua

    147/162

    Raio Hidrulico = rea/Permetro

    Calhas e Vertedores

  • 7/31/2019 Dinamica agua

    148/162

  • 7/31/2019 Dinamica agua

    149/162

  • 7/31/2019 Dinamica agua

    150/162

    Um vertedor triangular de soleira delgada com ngulo de 90, por exemplo,tem uma relao entre cota e vazo dada por:

    Q = 1,42 h2,5onde Q a vazo em m3.s-1 e h a carga hidrulica emmetros sobre o vertedor que a distncia do vrtice ao nvel da gua

  • 7/31/2019 Dinamica agua

    151/162

    Calha Parshall x Vertedores

  • 7/31/2019 Dinamica agua

    152/162

    Calha Parshall mais cara e complexa, mas

    permite medir uma ampla faixa de vazes.

    Vertedores criam obstculos ao fluxo de

    sedimentos, peixes, etc

    Calha Parshall

  • 7/31/2019 Dinamica agua

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    W (largura da garganta)Pol. 1" 2" 3" 6" 9" 12" 18"

    Vazo Mxima m/h 20,41 51,00 193,68 397,44 907,30 1.641,24 2.507,76

    Vazo Mxima. l/s 5,67 14,17 53,80 110,40 252,02 455,90 696,6

    Vazo Mnima m/h 0,40 1,00 2,88 5,04 9,00 11,16 15,12

    Vazo Mnima l/s 0,11 0,28 0,80 1,40 2,55 3,10 4,2

    vendidas comercialmente: tabela de tamanhos

    Medio de Vazo Calhas e Vertedores

    Vazo funo da lmina de gua.

  • 7/31/2019 Dinamica agua

    154/162

    g

    Medindo o escoamento- A curva chave -

  • 7/31/2019 Dinamica agua

    155/162

    Quantas verticais?Quantos pontos de medio por vertical?

  • 7/31/2019 Dinamica agua

    156/162

    Perfil de velocidade

  • 7/31/2019 Dinamica agua

    157/162

    P

    2 - medindo a 20 % da profundidade total (0,2 x P)

    Perfil de velocidade

  • 7/31/2019 Dinamica agua

    158/162

    P

    3 - medindo a 40 % da profundidade total (0,4 x P)

    Perfil de velocidade

  • 7/31/2019 Dinamica agua

    159/162

    P

    4 - medindo a 60 % da profundidade total (0,6 x P)

  • 7/31/2019 Dinamica agua

    160/162

    Perfil de velocidade

  • 7/31/2019 Dinamica agua

    161/162

    mdia

    Usar apenas 1 ponto pode significar superestimativa ouSubestimativa.

    Quantos Pontos por Vertical?

  • 7/31/2019 Dinamica agua

    162/162

    Mtodo detalhado Muitos pontos em cada vertical

    Mtodo simplificado

    Apenas dois pontos em cada vertical