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N° 175 S. Paulo, 20 de Fevereiro de 1915 ANNO iV

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ECOS PO CARNAVAL

A VerVe popular

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O PIRRALHO

A FEL DADSociedade Mutua de Pecúlios por NASCIMENTOS. CASAMENTOS^MORTALIDADE

Approvada e autorizada a funccionar em toda a Repubíica pelos decretos Ns. 10.470 e 10..06

^ECULI^S_PAGOSJV^• ^^I^T^^^^ *>—de mi'nas séries de casamento

Quem se inscrever nas séries de nascimento, até o fim do -rente -no, será chamado ,0

««« depois da Morfefe e receberá de «ma 4 «. o pecúlio que lhe coube,

<? nascimento pode dar-se em qualquer tempo.

I « cmo q£tha terá a seu credito a importância deTodo o sócio que propuzer outro para a sua .s,ne te a seu

«no» contribuições Depois de completas as séries, por cada oito chamadas raias,

oCens^ aTcSibuii dos mutualistas para as du« chamadas nnmediatas.

Sede Social: RUA S. BENTO N. 47 (sol) ¦ Caixa Postal, D ¦ Telephone, 2588

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Das marcas mais conhecidasSão estas que causam fé:As mais fortes, mais queridas,São marcas Renault e £erliei

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S. Paulo, 20 de Fevereiro de 1915•v,V

Numero 175

Caixa do Correio, 1026

Semanário lllwtmdode Importância

evidente

RedaoçêLORUA 15 DE NOVEMBRO, 50-B

CINZASJá não ha mais Pierrots, nem Co-

lombinas pelas ruas...Cessaram os sons estridentes de

cometas rachadas, os empurrões eatropelos e as mulatas já não dizemmais aquelle marcado mé atirou bis-naga nos oio.. .

Veem-se nas ruas phisionomias pi-sadas que bocejam, braços que seespreguiçam e olhos languidamentesaudosos das orgias carnevalescas.

Nem um eco ficou do trombetearde festas, nem mais um resto do per-fume tão inutilmente espalhado.

Pedaços de serpentinas enrolam-setristemente nos fios telephonicos evarredores afobados reúnem montõesde confettis e estilhaços de lança-perfumes.

E' o dia do tédio e da resaca.As moças não saem á rua, porque

t em medo de mostrar os carões chu-pados e as olheiras fundas...

Os moços chies que foram ao corsoe aos bailes e gastaram mais do quepodiam, param ás portas dos cafés ebrasseries.

Nem um nickel siquer para umcafezinho e como o calor é grandeidealizam o sonho grandioso de tomarum refresco.

Torpor, cansaço e falta de dinhei-ro...

São as cinzas dos sonhos e praze-res, os restos do Carnaval.

E' o dia do tédio e da resaca e ily a même quelques uns qui dégueulent...

XJ

COISAS DA RUA

O carnaval, a época da grande sin-ceridacle porque todos se mascaram,passou e com eUe, a quadra rubra daloucura.

Se eu fosse como muita gente, umfetichista de Momo e do Evohé, escre-veria loucura com letra maiúscula.

Não o faço. Amo o carnaval, comofactor de nivelamento social.

O cheiro embriaga dor cio ether, per-dido pelos espaços, confettis, serpentesde papel cruzando-se pelos ares, vozesdisfarçadas de mascaras, berrantesroupas e adornadas carruagens, tudoisso que mais é sinão, um passo amais para a loucura, um passo a me-noá na perfeição do senso commum!...

O carnaval, disse-me um espirituosode talento é um meeting collosal, próigualdade absoluta.

Um fio tão tênue de serpentina éás vezes um fio telephonico que esta-belece longa palestra entre duas ai-mas, transmittindo de uma para outra,fluidos apaixonados...

Uma mãozinha feminina que se er-gue para apanhar no ar a serpentinaque volteia, é uma mãozinha que pe-de ou corresponde a uma gentileza,gentileza que é muitas vezes, cente-lha que ateia em corações incêndiode grandes paixões...

E, tudo brinca, 0 preconceito esbra-veja, grita, quasi agonisa sob as ro-das dos autos, mas tudo passa can-tando, tudo passa sorrindo, sem pre-conceitos brincando, amores rompidosresuscitando, novos amores appare-cendo, relações novas e muito dese-jadas se fazendo. E, tudo passa...

Afora esse lado agradável do car-naval, traz-me elle a alegria de ver,

á noite, a rua literalmente cheia, dis-putada ardentemente por milhares depessoas, como formosa mulher amadade todos.

E a rua, sempre tão bôa, enche-secom o gargalhar da populaça, enche-se com a correria, com os gritos es-tridentes, com os desvarios e com aloucura, e.... tudo brinca e tudopassa....

Fetichista da cidade que sou, enche-me o peito grande contentamento porver nesses três dias de loucura, co-bertas de todas as glorias, cheias detodas as homenagens, as ruas da Urbs,grossas veias por onde corre nessesdias, o sangue maluco de um desvai-ramento.

E na madrugada de quarta-feira,um esbatido vulto de «pierrot» perdi-do, cuja rápida visão nos assalta, éum chamado ao cumprimento do nossodever esquecido, nos dias de renunciada seriedade e da compostura.

E assim se explica a presença nostemplos, na missa de quarta-feira, demuita gente que no corso se entregaraás orgias e que vae receber cinzas,com arrependimento no peito, ouvindoo terrível «memento, homo, quia pulvises, et in pulverem reverteris... Eo carnaval passa e a orgia e a lou-cura, e de novo vive e reina sobera-namente no mundo o terrível e pavo-roso preconceito social... E, assim,tudo passa...

Marcus Priscus

A nossa etiquete

No próximo numero continuaremosa publicar as respostas á nossa en-quête sobre Fradique Mendes.

ANDAR

T.

^ PR AT. <^

*2/N o d.e C RD.

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FAKIR DO EOYPTO

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A pelle cor de lodo, o olhar brilhando em aço,

num hectico marasmo aos poucos se esvahindo,

scisma um fakir do Egypto, aos fogos do mormaço,

sob um cactus gigante e um verde tamarindo.

Longe, branqueja o Cairo. A tarde vae cahindo

sobre os zimborios nus, num tepido cansaço;

o sol, vermelho e morno, esgueira-se embutindo

hieroglyphos de luz no mármore do espaço.

E o deserto se extende immenso e solitário.

Na fimbria do horizonte aos poucos apparece

a corcova dorsal d'um lerdo dromedário...

Fitando além da terra, o velho marabú,

immovel, taciturno, extatico, parece

um idolo de bronze encarquilhado e nú!

G. de Andrade e Almeida

=**=

¦.¦ ——*•* n*ij«t ¦ tu !¦

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O PIRRALHO

Ecos do CarnavalPhrases colhidas pelo Pirralho de

diversos mascaras nos três dias docarnaval:

No Apollo:O general Silva Pessoa, que estava

assentado numa mesa, ouvio de ummascara o seguinte:

— O' general, não tens remorso dapancadaria que mandaste dar nos sol-dados da força publica quando com-mandavas aquella milícia? Deixastede ser fâmulo do Dudú? Dizem queé do teu próprio punho a entrevistaque concedeste aqui, á Tribuna.

*

0 poeta Amadeu Amaral ouviu oseguinte e embatucou:

— Então Amadeu, quando sae oseu livro de contos? Aquelle contoAlma simples é explendido. A sua co-sinheira ainda joga no bicho ?

*

Conhecida e distincta M.lle que cha-maremos X... ouvio de um terriveldominó amarello, no corso da Avenida,o seguinte:

— X... como vae ? Não se repeti-ram mais em sua casa aquellas sce-nas de ciúme do maridinho ? Mal sabevocê que el]e tem uma garçonière empitoresco arrabalde e lá dá recepçõesa pequenas e amigos onde se entregamá grossa pândega... Procure no bolsodelle, que você hoje encontrará láuma cartinha amorosa.. .

M.lle Lisette, nome que damos adistinctissima M.lle da nossa alta,ouvio na Rotisserie o seguinte:

— Não namore mais o S... porqueelle é noivo. Sabe o que elle faz comas suas cartas? Para divertir-se, vivelendo-as a Deus e todo mundo...

*

O Morse, nosso distinctissimo collegado Gommercio ouvio isto:

— Onde é que você ia aquella ma-drugada, tão ligeiro e olhando tantopara traz, ali perto do Municipal.

Aquella carteira que o Padua Salle3lhe deu é muito bonita!

** *

0 dr. Mello Nogueira, ouvio isto:— Então não te lembras mais do

cabaret d'Infeis de Paris? E aquellarifa que fizeste lá... E aquella mu-lher trágica que fez o official suici-dar-se hein ?,..

*

O dr. Pedro Rodrigues de Almeidaouvio isto:

— Pedrinho, não vaes mais paraParis ? Gostei muito da tua respostaá enquête sobre Fradique que o Pir-ralho publicou. Lembras-te daquellacarta ameaçadora que recebeste da-quelle Othelo Cavalheiro ?...

*

Marcus Priscus, cà de casa, embá-tuccu com o seguinte, ouvido de umapierrette:

Largue de historias amorosascom a P. Q. Nina.

Aquillo no fim vira tragédia. Ellaestá querendo plantar verde e colhermaduro. Não confies em mulher. Pai-xões boas são as nascidas a bordo doAraguaya, por occasião de algumapartida para Europa. Essas é que sãoboas .. . Duram pouco.

*

M.lle que chamaremos de Tetéinha,ouvio o seguinte, de um terrivel do-mino, no corso, numa hora de paradade um carro/em frento ao seu:

Então, porque não redige maiso Enjoado ? Era muito espirituoso oseu jornalzinho ... Que lingua feri-na,,,

*

Jacintho Góes, ouvio o seguinte:Ella anda doida por você. Você

não passa mais por lá ? Aquelle bi-lhete que você deixou em baixo dotijolo, ella não recebeu. O mulequi-nho pegou...

*

0 dr. Guilherme de Andrade e Al-meida, fino poeta, embatucou com ummascara que lhe disse:

Então não tens saudade de Apia-hy ?... Aquella moça de Mogy-mirimque num baile usou sapato sem meiasó para dansar o tango comtigo, está

intisicando por tua causa. Não é semrazão que, és poeta, maganão!...

** *

M.lle X... quasi teve um desmaioouvindo isto:

— O' Dolly, como vae?*

M.lle X.. . indignou-se com o mas-cara que lhe disse: ã

— Então, já se esqueceu daquellacarta amorosa que encontrou no lindoautomóvel do seu marido?

Julinho Mesquita, embatucou comisto:

— Então, já te esqueceste daquellascena lá do hotel em Genebra? Nãotens saudade? (Nesse momento, Ju-linho tapou com as mãos a bocca domascara e pediu, pelo amor de Deus,silencio.

*

O Deputado Cezar Vergueiro ouvioesta revelação sensasional:

Ahi, seu maganão. Não tem saúda-des dos passeios nocturnos pelo Bota-fogo? Assim é que você é celibata-no ?...

Alma das Ruas

"Pirralho" Carteiro^

Mr. Z. B. D. U. :Ohl porque tentoubrincar com ella?

Não o fizesse.Por isso, aperte-se.

No fim dará certo. Ássuas ordens.

M.me Colombina :Seria assim mesmo.Mas, sempre o mas...não foi como Mme.queria, não é? E' sem-pre assim. Um dia éda caça outro dia é docaçador.

Obrigados por tudo e, ao seu dispor.M."e Bébé: Pôde ser. E' aquillo mesmo.

Não era elle. Gratos.M.He Sebastiana: Desculpe-me tratal-a

por esso nome. Sei que Mlle. não gosta,mas faço isso para ninguém saber quem óMlle. Parabéns pelo seu anniversario occor-rido no dia lá. Mil venturas.

151 '

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.>-,-Cri:v"-...í'.r '

O PIRRALHO

Mr. Le Docteur Zezé: (Batataes) Não

veio passar o carnaval aqui, porque? Sau-dadès ao .Tòao _>omingues. Suas priminhasdivertiram-se muito.

M.He Briglda: Estamos muito zangadoscomsigo. Isso não impede que lhe façamosmuitos votos de felicidades.

M.He (iaby: Coitadinha! Tive muita penade ti... No próximo anno te divertirásmuito, não é? Adeus.

M.He ibica: Porque mudou da janellada Kua Frei Caneca para a da Bua AntônioCarlos, quando passamos? O Mr. não esta-

va . . . E' só..

M.»e Cecy: Continua e continuará su-mida ?

M."e Ninon: Também?

M."e Dolly: O Carnaval não te deixoutempo para escrever ao menos uma linha?...

Está bem.

Myriam: A sua atitude, por mais que euinquira aos Céos e a Tudo, não se justificapor coisa nenhuma.

Mande ao menos uma phrase de horrorou de ventura. E' só.

AZAMBTJJA... Administrador

Temos os nossos palpites ... E, comocostumamos fazer desta secção éco donosso modo de veras coisas, auxiliado

pelas insinuações disfarçadas de ami-

gos graduados de ambas as facções

políticas, do Paiz, podemos afnrmar

que as coisas vão ficar muito pretas.No fim vencerá o poder, que na

celebre phrase, sempre é o poder.

Comtudo, manhoso como é o infamecaudilho é possível que, machiavelli-camente adhira, intitulando-se vence-dor, cantando de cliantecler no fimda encrenca.

Esperemos e, vamos ver se a Pa t ri a

quer viver ou se pretende morrer, nas

garras do scelerado Machadâo.' D.

m_\ mml^a] mww^fw

AS CARTAS D'ABAX'0 0 PIQUES

|4ota Politica_oo-

V

Conseguirá o caudilho Machado fazercom gente do seu partido o terço da

Câmara?Essa ó a pergunta que vive nos

lábios de todos os que se interessam

pela vida boa da nação, malgré osruidosos ecos de um carnaval comcrise financeira.

E é talvez, justamente por ser épocade carnaval e por termos entrado em

plena quaresma, que a gente se pre-occupa com essas coisas esperandoanciosamente por ver, quem ficará comcara de quarta feira de cinza por oc-casião do reconhecimento de poderes:se o snr. Wenceslau se o snr. Pinheiro.

Porá os seus festões carnavalescosno sumptuoso edifício do Monrõe, aantiga colligação?

Será leader da maioria o snr. An-tonio Carlos, ou voltará o snr. Jango te

problematicamente eleito, a comman-ar as hostes perreceistas ?

Ista settimanafui di rixaca.

Ris a ca ó un

gustinh'» di gabodi guarclaxuvachi a genti fica

pò'elli na boccadisposa di unapurçó di dies difesta,

Pur istü amu-

tivo, cioé, pur causa dista risaca, io

fique con una brutta pigricia di scri-

vê ista lettera,, i intó arisorví di atra-

duzi p'ru portoghese a celebra fábula«O Gorvo i o Raposo» du La Fon-

tana, un dus migliore poete intalianoda tualidade. Ecco:

O GORVO I O RAPOSO

Fábula di La FontanaTraãuçô futuriste

di Juó Bananére.

Mestre Corvo n'un gaglio sintadinho,

Tenia nu b:cco un furmagio;

Mestre Raposo s:ntino u xiriuho,

Aparlô n'istu linguagio:

Eh! dottore Gorvo, bondí!

Como stá o signore, stá bosigno?

Como o signore é bunitigno!

Porca miséria! como o signore êjolí. (1)

Aparlano a virdade pura!O'.xirosa. griatura!!

Si o vostro lnguagioÉ uguali co vostro prümag o,

Guro por San BimtlittoChi in tutto ista distrittoNon tê otro passari.L,noChi segia maise bunitigno.

gorvo fico to inxadoCon istas adulaçó,Chi até paric:a o EodorfíbNu tempio da intervençó.

jí'rà amustrá o linguagio,Abri os brutto bico,I dixô gaí o furmagioChi o Raposo 'ogo pgô.

I dissi:Sô Gorvo, o signore é un goió di molla,

Chi até aparece o Gartolla!Ma aprenda bê ista liçó

I non credite maise in dulaçó;

I assi d:zénp pigô o bondi i fui simbora

Cumeno o furmagio do Gorvo ga:póra.

Gorvo danado da vida,

ind gnimado co logro,Pigô o bondi da VenidaI fui simbóra p'ra gasa do sogro.

morale:

É migliore un passarigno na mó,

chi duos passarigno avuáno.

Notas - (1) Palavria franceze che significa zimpattico.

Juó Bananére.

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O PIRRALHOjx*

J%

"PIRRALHO" SOCIALPassou a

quadra daLoucura.

E com ei-Ia se foramtodas as ale-grias e to-dos os pra-zeres accu-m u ] a d o s,porque ei-les se ex-

gottaram nesses três dias emque o Diabo saliiu á rua. OCarnaval passou. Não podemosdizer que foi bom, nem que foimáu. Muita gente Louve que sedivertiu a valer. E outros Lou-ve que nem si quer saLiram decasa, o Carnaval sendo paraestes como dias eommnns. E

quanta gente que se mostroualegre nesses dias, não fez maisque afogar as maguas do cora-ção num ambiente saturado dealegria ?

Quanta gente que riu e «cujaventura única consistiu em pa-recer aos outros venturosa» ? E'assim a vida.

Antes apparentar 'alegria, edisfarçar a magua, do que virpara a rua com cara triste eum folião qualquer zombar des-sa tristeza com uma gargalLadade palLaço. Passou o Carnaval.

Agora, aguardemos o outro,¦com mais esperança.

Os bailes do Internacional,<lo Cercle e Circolo Italiano

estiveram animadíssimos, bemcomo os do Apollo, Casino An-tartica e Municipal.

À nota cbic, como sempreacontece, deu a o Internacional.

As matinées infantis foram bemconcorridas, e durante as noitesdo triduo reuniram-se nos sa-lões do Club as meninas maiscLics de S. Paulo.

M.LLE TETRAZZINI NOBRE

O corso, com quanto se no-tasse pouca animação no domin-go, esteve deslumbrante terça-feira.

Vimos bellissimos carros, or-namentados com fino gosto ocaprichosa esthetica. Entre ellessobresaliiram os seguintes: ocaminbão dos famílias DuarteAzevedo, dr. João Monteiro, dr.Aureliano Amaral e Christinoda Fonseca, de bellissima con-cepção: era uma vivenda japo-neza, dentro da qual sorriamgraciosas geishas com os seusleimonos' branco-amarellos.

Bem ornamentado também ocaminhão da família MendesGonçalves. Kepresentava umaárea de low-tennis, e todos esta-vam pbantasiados a caracter.Alem desses Lavia outros carrosde effeito, como aquelle querepresentava uma cesta aberta,o carro da Cruz VermelLa e oda família dr. Carlos CoelLo eGilberto de Andrade.

Emíim o corso constituiu ociou do Carnaval que passou.

JL. JL

O Brasil Cinema tirou umafita dos festejos carnavalescosdeste anno. Esse fdm, que ébem nitido e que muito recom-menda a empreza, é tambémmuito interessante. Hoje deveser levado no Brasil, que ficaá Kua Barão de Itapetininga.Vêm-se bons aspectos do corso,

LANTERNA MÁGICA-o»-

Visões e recoedações — Lourdes

O trem corre desassombradamente pela beirada finíssima da Cate

d'Azur.Vem-se da Itália de povo turbulento. Passou-se Ventimiglia e a

fronteira fortificada, passou-se Monte-Carlo e o faustoso principadosobre o mar, passou-se Nice, Cannes, n'uma fartura de azul, e a ttrde

apenas ousa dourar a fimbria da inarinLa.

Vem agora Toulon e, na distancia, do porto militar, veem-se mons-

tros pretos boiando, á espera da guerra.

Emtanto, escurece e penetra-se na gare rumorosa e immensa de

Marseille já com luzes.Depois, Cette, e a noite lenta no trem, entre gente que vae para

a Hespanha. •

Pela madrugada, a indecisa Toulouse desenha-se na neblina.

. ** *

AmanLeceu. A principio nada de mais n'aquellas terras de pro-vincia que o comboio atravessa. Entre os que fizeram conLecimentona longa jornada, a conversa trava-se incerta, mas pouco a pouto,Lourdes ainda longiqua, fixa as attenções. Contam-se milagres, ro*

marias, curas.E o trem» pára e pre,segue, tomando um e outro peregrino.

Lourdes aproxima-se. E a paysagem transforma-se.

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m*ío—=

O PIREALHO&m&

Viu

e dos bailes do Internacional. Os leitores e

as leitoras'que não deixem, pois, de ir ao

Brasil Cinema..ate. àfc. ^ic

Mlle. fez bem de ir ao corso num travesti

de Diabo. Que diabinho gentil. Tentou

muita gente boa ...

2ÍC &. &-

Mlle., a graciosa endiab;áda da rua Jesui-

no Paschoa', não contava com a nossa pre-sença naqueile baile, nem poude tampouco

disfarçar a surpresa. Ora, não se apoquente

por mel1.Nós ja a Conhecíamos bastante,

que policia capaz a desta casa ?

Custou, mas descolmmos. •

zic ^ic &¦

No Club Internacianal. Segunda-feira á

noite. No ambiente ha um perfume exquisito,

inixto de lilás Mane, accacia, mllet e rose

thè. A orchestra executa uma valsa languida

de Strauss.Ella, a um canto do salão, conversa ani-

madamente com mr., um elegante rapaz.

A' primeira pergunta de mr., mlle. respon-

de, como todas às moças quando se lhes faz

essa interrogação:! — Ora, nunca pensei nisso. Sou muito

creança ainda, e depo s não tenho vocação

para o matrimônio .. .

Os nossos instantâneos

Então mlle. acha que o mat.imonio

depende também de vocação? Mas isso é

simplesmente origin ai ?Pode ser original; mas o facto é que

até hoje não senti pa pitar o coração por

quem quer que seja. Creio o mesmo inac-

cessivel ás investidas que lhe fazem. Já

está acostumado a isso; e então, não lia pa-lavras pronunciadas com a melhor dicção,

não ha timbre de voz anexado, não ha sup-

plicas, não ha lagrimas, nem rogos qne o

possam commover.Pode ser original, mas é assim. Não ^en*io

geito de amar, e lamento profundamente a

sorte de quem de mim se apaixona...— O'! mas a senhora não é, absolutamente,

sincera. A senhora não pode, nem deve pen-sar assim. A senhora é sorriso, a senhora e

graça, é belleza, é encanto, seducção...

Que direito tem de fazer a infelicidadedos outros? E' necessário, pois, que a;>arte

essas idéas do seu espirito, e que viva mais

pelos sentimentos do que pelas idéas. Não

acredito que o seu coração até hoje não ti-

vesse palpitado. Náo creio, porque ninguém

pode crer no que é, claramente, inverosimil.

Toda a mulher amou, ama e amará — é um

axioma, e não admitte, pois refutação.. .

Faço excepção á regra geral. A excep-

ção confirma a regra, não é verdade?

A senhora diz o que não sente, e o

que sente não diz. A senhora é a mais or-

gulhosa das mulheres ...Orgulho! Mas de .que? Soubella? Mas

a belleza passa ... Sou intelligente ? Mas a

intelligencia pere e como as flores... Sou

rica? Mas a riqueza se extingue como tudo

neste mundo ... Só Deus é eterno, e a morte

é a realidade única da vida.

Quanto paradoxo! A senhora parece que"só lê Max Nordau. E a leitura de Nordau

faz até com que a senhora esqueça os seus

conhecimentos de chimica, e com elles o

grande Lavoisier, e com elles a lei: «Nada

se perde, nada se crêa na natureza > ... A

senhora não é sincera, e alem de insincera,

é má, é perversa, é malvada .. .

-Malvada, eu? O sr. é aggressivo. Quemal lhe fiz? Eu sou a creatura mais com-

Cs nossos instantâneos

placente que existe. Não me faça injustiças

dessa ordem .. .Perversa, sim, porque não quer lêr nos

meus olhos o grande amor que lhe devoto.

Má porque não quer comprehender a mais

pura das paixões. Malvada porque deixa

abandonado, na sinistra rua da amargura,

quem teve a desgraça de apaixonar-se um dia

pela sua figura ideal de mulher... .* • •

Então é verdade que gosta de mim?

Ama-me sinceramente ?Amo-a, sim. Adoro-a como a uma santa,

e enloqiieço de dor se me despreza...

_ Não o desprezo, não. Foi uma expe-

riencia. . . Eu também o amo, quero-lhemuito bem.

Vamos dansar? Já reparam na nossa con-

versa .. .

- .

De vulgar que era, toma altitudes, e logo tem mimos de arranjo,

surpresas de quadros.E mais se caminha e mais o ambiente suggestiona e preoecupa.

Ora são grotas que se embuscam entre folhagem fina, ora estra-

das que sobem para acabar de brusco, ora pedaços de mysteno na

matta. E de pasmo em pasmo, se vê desenrolar todo um cosnu.ra-

ma tocado de phantastico e ideal.O céo, ao meio dia, é azulissimo. E, sob elle, correm, se desen-

volvem em um encadeamento singular, as maravilhas de uma natu-

reza que não é d'esta terra. Porque é o scenario das appançoes,

é o lugar que a Virgem escolheu para falar á pastor nha.

E desafia a mais dura descrença a alma religiosa que se evola

de tal bastidor de milagre!

Lourdes é no alto escarpado. Ha tramways, hotéis e grande com-

mércio de medalhas, eirios, escapularios.

No centro, ergue-se a suave capella.

Tudo nella annuncia o moderno culto da Virgem purissima. Não

tem a grandeza da eathedral de Florença que dá a impressão d um

fund. de cisterna, nem a immensa nave de São Pedro onde^ se dl-

visam nos altares miniaturas de missas, nem a magnificência das

egrejas do Medioevo, feitas para populações inteiras.

Náo. Como o mundo se retrahiu da Egreja, a Virgem inaugurou

o seu dominio salvador numa pequena capella branca e rendilhada.

íi

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O PIRRALHO»>*

Vamos. Olhe, não faça mais experien-cias commigo, sim?

Porque?-• Porque outros é que gosam o resultado

delia-.Sabem as minhas leitoras, que concluo

deste dialogo?Unicamente isto: que o flirt dos inglezes

e o folâtrer dos francezes é hoje um sportentre nós, uma agradabilissima causerie a

-que chamamos mais propriamente passa-izmpo. Quanta gente não passou o tempo nosbailes do Internacional?!

ál£. JilC àlC

M.lle continua a ser o enigma de sempre.Amará sinceramente alguém? Si ama, por-que não soube corresponder com a mesmafidelidade de quem tanto a queria?

Porque consente naquella sombra esguiaque sempre a acompanha ? Porque não com-prehende, neste pseudo desprendimento deMr., o grande amor que lhe devota? Made-moiselle sabe a causa do retrahimento deMr. Pergunte á sombra esguia que ella lheresponderá, porque Mr. já lhe confessou.Procure essa causa naquillo que tem cjuasia mesma côr do vestido com que M.lle foiao baile de segunda-fei: a, e que, si trazmuitas vezes a felicidade, noutras tambémtraz a desgraça. As flores também são assim:«umas enfeitam a vida, outras enfeitam amorte|?.

Para a sombra esguia pode ser que aquülotraga a felicidade; mas para Mr. ó des-ventura...

&. j&l iic.

Passou quinta-feira ultima mais um ani-versario do drs Adolpho Normanha, distin-«to official d^gabinete do dr Secretario daFazenda.

Ao intelligente moço enviamos sincerosemboras e um aftectuoso abraço.

iate. ^jc ^Ic

De M.lle Tetrazzini Nobre, essa encanta-dora creaturinha tão prendada, ó o retrato<rue hoje publicamos.

Avaliem os leitores pela graça do seu sor-riso, os encantos do seu coração.

Eüy Blas

0 CORSO

0 corso esteve alegre, vistoso, festi-vo.

Toda S. Paulo fina deu-se rendez-vous na Avenida durante as três tardesde Carnaval.

E viram-se desfilar em ricas carrua-gens, em autos chies, em carroçõesornamentados, famílias, grupos parti-culares — todo um cordão multicolorde foliões desassombrados.

Foi sem duvida, esta a parte prin-cipal do nossa festa cie Momo, poisque, no centro da cidade, o deus doreco-reco fez as expansões popularesquasi que se resumirem ao empurra-empurra, das noites de prestito.

Em automóveis.O ex.mo presidente do Estado, Con-

selheiro Rodrigues Alves qüe depoisde tomar parte no Corso descançouno palacete do dr. Cardoso de Almeida.

^, ti-s—TTM-a-T—I——"——^————^^— —-^—

-•»,% t- ¦ ¦;¦ ^ssss^l

Emtanto de prestito, apenas meia-dúzia de carros simples com gente de-senxabida, tora os desgarrados docorso.Em meio da chuva, de confetti, entre-laçados pelos fios trêmulos das ser-pentinas, vimos na Avenida:

Num carroção donde brotava umninho verde de cigarras vivas e can-tantes, (íelasio Pimenta, o nosso sim-pathico collega da Cigarra.

Edú Chaves e irmãos. M.mes SarahPinto Conceição e Candinha Prates.Familia Albuquerque Lins. M.lles Ro-drigues Alves e dr. Oscar RodriguesAlves. Familia Estevam de Almeida.Familia dr. Theodoro de Carvalho.Mr. e M.me Cláudio de Souza. Fami-lia Stapler. M.r e M.me JunqueiraNetto. Familias João Dente e Covel-Io. Conde de Prates. Dr. Gabriel Ri-beiro dos Santos e familia, FamiliaQueiroz Lacerda. Affonso Arinos e Se-nhora. M.lle Freitas Valle. Dr. JoãoPires Germano. Dr. Cyro Freitas Vai-le. Familia Washington Luiz. Dr. Al-varo de Queiroz. Familia Júlio Pres-tes, M.lles Mesquita, Julinho cie Mes-quita, Chiquinho de Mesquita. M.llesMarina Sabino e Isabelinha Godoy.Dr. Eloy Chaves e Senhora! Dr." ArtinoArantes e Senhora. Familia César Ver-gueiro. Familia Sampaio Vidal. M.llesRuth, Mindoca, Tanga e Bebe Bour-roul. Familia Tito Pacheco. FamiliaMathias Valladão. Mr. Guilherme Ru-bião. M.lle Célia Cardoso. Dr. Henri.

D'entorno, muito grande o jardim, onde corre perennemente a

fonte maravilhosa.*

* *

Ao ar livre, na área fechada por grades, das banheiras milagro

sas, doentes amarellos, macilentos, acabados, mas.aras de dôr in-|

tensa, esperam nas cadeiras de rodas. Ha paralyticos, loucos, ago-

nisantes, perto de parentes afflictos. E, no centro, um grande padre |

francez, obstinado e ardente, dirige as preces que a multidão ajoe- '

lhada acompanha.Os lábios dos doentes movem-se ás vezes, recitam também. E

•empurradas, entram e sahem dos compartimentos as cadeiras de

rodas que a Virgem consola.

Em São Paulo, fez-se este mez uma piedosa commemoraçáo das

apparivões de Lourdes. Armou-se a gruta no scenario tropical de

palmei as cVum jardim brazileiro. E a pompa dos pre'ados ajoe-

lhouse deante da imagem da Virgem, na missa solenne.

Por tletraz, o céo azulissimo era o mesmo dos Pyrineus. E, na

emoção d'entorno, sentia-se correr suavemente a invisivel fonte de

graças e consolação que Lourdes symbolisa.

Oswalp de Andrade-

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O PIKRALHO

que Bayma.lFamilia Magalhães Castro.Oofredo Silva Telles e senhora, Fami-lia Alonso de Barros. M me Amélia Bar-cellos. Mr. e M.me Fábio Prado. M.mePinotti Gambá e filhos. Família Car-doso de Almeida, Família Nobre. M.lleCélia Homnam. Família Castilho deAndrade. M.lles Patureau de Oliveira.M.lles Primitivo Sette. Dr. Alfredo Pu-

jol e M.lle Òdilia Pujol. Família Gon-

zaga de Azevedo. .M.me Cecília Meirel-les. F".mUia Mello Nogueira; F.milia Mel-chert da Fonseca. Dr. José Carlos'deMacedo Soares e senhora. M.mes Sam-

paio Doria e Alipio Borba. Família,Lacerda Franco. M.mes Estella e E-

glantiiia Penteado. M.me HerminiaPrado Pacheco Chaves. M.lles SylviaValladão e Tilinha Nogueira, PauloProcopio de' Carvalho. Armando Pe-derneiras. :Cõmm.dor Leòncio Gurgel.Dr. Horacio Sabino e Senhora, Dr.

O CORSO NA AVENIDA

MÜftlk *¦* 'v."/i '";¦' -í':' K^H^T "* ' V-.' m% * ¦* * ^^r^^^^m^ ^^9 '"¦ÜoSfcií''"':''' ¦ ~-/íJ?í» ]tiBB^^ "'^PK""' -"i 31 W JM*- .1 Ült.^fe

O AUTOMÓVEL DA CONDESSA PENTEADO

Mucio Costa e família. Olavito e Al-fredo Egydio Aranha. Dr. RaphaelArchanjo Gurgel e Senhora. FamíliaViliares, Dr. Paulo Moraes Barros,Dr. Alcântara Machado, Dr. SampaioVianna, Joaquim Morse, Baroneza deArary, Pereira Lima, Pepino Mata-razzo, J. Castiglione, Mario Guastini,01. Diederichsen, Nestor Pestana, Dr.Padua Salte», Dr. Gabriel Rezende,

Dr. Luiz Piza, Moacyr Piza, Dr. Luiz-Piza Sobrinho, Dr. OHverio Pilar, Dr.Assumpção, Dr. Carlos Coelho, Dr. Au-reliano Amaral, Drs. Fernando, Austine Ibrahim Nobre, Dr. Arnaldo Porchat,e outros elementos chies da nossa elite.

Representaram o Pirralho no corso,Oswaldo de Andrade, Synesio Rocha,Pedro Rodrigues de Almeida, (iuilher-me de Andrade e Almeida e IgnacioFerreira,

Dentre as phantasias de destaquenotamos as do carro da família Júliode Mesquita, em que se viam vestidasa 1830 M.lles Sarah, Judith, Lia e Do-nana Mesquita, Marina Sabino e Isa-belinha Godoy, bem como as de M.lleSylvia Valladão e Célia Cardoso.

Diversas residências chies da Ave-nida illuminaram os jardins. Notamospelo bello arranjo as casas Crespi,Cardoso de Almeida, Viliares e Pi-notti Gambá.

CINZAS

WWS?

Eu sempre tive um ódio furitmudoDisso que vós cliamaes o Carnaval.Esse tumulto atroz que invade o mundo

M três dias de franca saturnal,

Meu coração tortura e fere fundo

E aos meus nervos exhaustos causa mal.

E quando acaba esse festim immundo

E entra tudo na calma habitual,

Saio á rua e p'ra mal dos meus peccados,Cantando, alegremente, embriagados,

Vejo uns pierrots e dominós ranzinzas...

E apavoro-me ao vel-os inda infrenes,

Pois pôde o Carnaval ser como a Phoenix,

Capaz de resurjir das próprias cinzas...

Jacintho Góes.

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__________ ~~~ ——— ... —JJiià—-~~ *

ESpil"—^ ° PIRRALHO ~~ cSa

O CORSO NA AVENIPA

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í 9

Diversos aspectos apanhados pelo "O Pirralho". Veem.se nesta pagina, além deoutros, os automóveis do dr. Washington Luia, do C.el Luiz Gonzaga de Azevedo,dn familia Amaral e do sr. Cláudio Monteiro Soares,

:(!' .

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O PIRRALHO

m

>

1

S

PrlILOSPtiANPOy^=ZZ

Pernas cruzadas, preguiçosamente,Saboreando um havana.. . de tostão,Recostado á cadeira, eis-me indolonte,Como si fora o mais feliz sultão.

Do. meu charuto voluptuosamente,Vejo do fumo a doce ondulação,Leve, subtil, fugindo velozmente,Como a imagem fiel de uma. illus.ào...

Sim! que o prazer é passageira essência,

E' uni canto ideal, mas que jamais escuto

Do meu viver na in termina in clemência!...

E eu, que possuo um coração de luto,

Reconheço que os gozos da existência

São como o fumo azul do meu charuto.

Rion

^mrm

(<

fcíSLIlíSfe

i

Õ pirralho" no f(io

Palcos & Fitas

São JoséA companhia que

trabalha neste thea-tro vae fazendo pa-ra viver. E nestaépoca de crise já ébastante, apesar dospesares.

Podia, portanto, \jser peor...

Ca sinoOs bailes carnavalescos estiveram

animadíssimos neste music-hall.Dansou-se p'ra burro, cantou-se, em-

fim foi um successo que encheu asmedidas de todos quantos lá estiveram.

Brasil CinemaVae indo de vento em popa este

magnífico cinema.A sala de espera e o salão de ex-

hibições vivem disputando a primazia.Por emquanto parece que a primeiratem alcançado maior numero de votos,entretanto, isso não quer dizer que osalão de exhibições esteja sem adhe-soes. Tem-nas e muitas.

luis0 sympathico cinema da rua Quinze

continua a ser ponto predilecto demuita gente boa.

As fitas exhibidas na semana findaagradaram sobremaneira e não era

para menos, pois a Companhia Cine-matographica em matéria de fitas écotuba mesmo.

Ors.

Antônio Define

Reapparecerá no próximo sab- Rau! Corrêa da sjjdq

bado com todas as suas magni-

ficas secções.

Chronicas, sueltos, piadas, col~

laboração literária etc, etc.

e —

Dolor Brito írancoADVOGADOS

k 15 de Novembro, 50-B - (Sala 7]ATTENDEM DAS 12 ÍS15

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O PIRRALHO c

Por causa do CorsoTragédia em um acto cômico

-»«-

PERSONAGENSARMANDOLTJISA .ELVIRAZEZINHOALFREDO

o paea mãea filhao filhoo noivo

SCENA IArmando, Luisa, Elvira e Zczinho

ARMANDO

O ceu já e.stá ficando carregadoE isso me deixa triste, acabiunhado.

LUISA

Ora essa, porque ? Não ha razão.A chuva não estraga o corso, não.

ELVIRA

Estou de pleno accordo com a senhora.

ARMANDO

Mas olhem um pouqu:nho lá p'ra fora.Que ceu escuro e como sopra o vento.E' verdade o que digo, eu não invento,Vae desabar um forte furacão.

ZEZINHO

Eu acho que o papá não tem razão.Está bem claro o ceu e até bonito.

ARMANDO

Cale a bocca você, seu pequenito.

LUISA

Doixo o outro falar, não seja mau.

armando (d parte)Eh! ehl 'stou vendo que isto acaba em pau.

ELVIRA

Papae eu vou vestir a phantasia.

ARMANDO

Ora, filha, deixemos de arrelia.Sinão fico zangado e adeus passeio.

ELVIRA

Mas, papae, si não formos fica feioO Alfredo está avisado.

ARMANDO

Não faz mal.

LUISA

S m senhor, que bonito carnaval.

ELVIRA

Pelo amor do bom Deus eu peço, eu íogo,O Alfredo está avisado e chega logo.

ARMANDOMas que pavor, que tenebroso medo,Por ventura não é seu noivo, o Alfredo.

ELVIRA

Pois é por isso mesmo que eu não quero..'Chi I papae fico doida, desespero.

LUISA

Logo que chegue o automóvel saioNão temo chuva, nem trovão, nem raio.

ARMANDO

Si o automóvel vier, minha querida...Irei com vocês todos á Avenida.

LUISA

Si vier ? Esta é boa, pois entãoVocê não alugou um auto, não.

armando (atrapalhado)A'ugue:, mas, mas... sim eu aluguei.. .

LUISA

Ah 1 santo Deus, já comprehendi, já sei...

armando (cynico)Você foi sempre muito in tel li gente.

luisa (indignada)E você um tratante, infelizmente ...

ARMANDO

Eu, tratante, porque ?

LUISA

Cara de gato!

ARMANDO

Não me xingue que eu faço espalhafato.

luisa (ameaçadora)Você é um semvergonha, um descaradoCaradura, tratante, deslavado.

armando (covarde)Isso agora é demais, não admittoPorque eu não commetti nenhum delicto,Foi apenas um mero esquecimento.Deixei lá no escriptorio o meu dinheiro.

LUISA

Pois sim lá no escriptorio do bicheiro.

zezinho (espantado)Então papae também joga no bicho?

ARMANDO

Eu quizera jogar vocês no lixo,Desaforados, sem educação.

luisa (admirada)Inda fica zangado, o maganão.

elvira (olhando para a janella)Meu Deus, santa Maria o Alfredo vemVindo.

ARMANDO

Vá para o inferno elle tambcm.

SCENA IIElvira, Alfredo e Zezinho.

ALFREDO

Que é isso, Elvira, inda não está vestida?

ELVIRA (nervosa)Alfredo, hoje não vamos á Avenida,Mamão está nervosa, está doente,E papae anda muito impertinente.

ALFREDOMas isto, francamente, é uma massada.

ELVIRADe facto estou também encommodada.

ALFREDOOnde está Dona Luisa, quero vel-a,Qnero falar-lhe para convencei-a.

ELVIRANão vale a pena Alfredo, ella não sae.

ZEZINHODepois daqueüa briga com papae.

ALFREDOMas houve briga, então; diga-me Elvira.

ELVIRA (pressurosa)Não houve nada, Alfredo, isso é mentiraDo Zezinho.

ZEZINHOMentira não senhora,

Você até chorou. . . desminta agora.

ELVIRA (nervosa)Esse Zezinho é muito mentiroso.

ALFREDOMas afinal, Elvra, e;tou curioso.

ZEZINHOVou contar o que eu vi e o que se deu.

ELVIRA (indignada)Contar o que, se nada aconteceu?

ALFREDOHouve de certo alguma cousa, Elvira.

ELVIRA (chorando)Já disse que não houve, isso é mentira.

ZEZINHOEntão não é verdade que o papaeJogou no bicho um dinheirão?

ELVIRA (desmaiando)Ai! Ai!

Alfredo grita, pede soecorro; ha correriana casa: lá lora os autos fonfoneam e caheo panno.

Pau (Tjfigua

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O Pirralho tem um excelíetjte programma de reformas para o amjo

de 1915. L .^Conservatjdo o seu caracter de revista leve, literária e humorística,

iniciará, no emtanto, secções de interesse variado, procurando extender o

seu publico aos que se preoccupam com as questões vifaes do estado e

do paiz — lavoura, commercio, industria, etc.

promoverá novas etiquetes, visto o grande successo da iniciada en-

tre intellectuaes e mundanos da nossa cidade sobre a personalidade de

fradique Jtíendes e a questão da vida superior.

desenvolverá a secção "pirralho Social"; augmentará a reportagem

photograpqica; publicará collaborações inéditas dos nossos melhores Ão-

mens de letras; entrevistará, sobre variado assumpto, as figuras do dia.

AssignaLtuLi-a annual 15$000

Redacção: Rua 15 de Novembro, 50-B