S etiem bre , 1983

El B a r r i l e t eS A L I M O S A R E M O N T A R N O S 2

$ 10.-

Las Mentiras Periodísticas

U n a señ o rita m e h a escrito h o y u n a c a r ta iró ­n ic a en la q u e m e rem ite m i n o ta so b re "Por q u é no se v en d e el lib ro a rg e n tin o ”, y u n a se rie d e n o tas re c o rta d a s d e d iv erso s p erió d i­cos q u e se refieren a l éx ito d e la Exposición N acional d e l Libro.Yo no q u is ie ra decirle a e s ta señ o rita q u e p ien so m al d e las p o e tisa s y p e o r a ú n d e los poetisos. No q u is ie ra decírselo , p e ro com o esto se s a b e h a s ta en la p ro v in c ia d e C u n d in am ar- ca, q u e creo q u e d a p o r el E cu ad o r o a lg ú n p a ís ab o rig e n , m ás o m enos parec id o , se m e ocu rre q u e a l a m en c io n a d a señ o rita no le p a re c e rá m al q u e p ien se p es tes d e la s escri­b id o ra s d e versos.S u p o n g am o s q u e < m u ere u n p ílle te con m ucho d inero . Todos lo sab em o s. Todos hem os leído q u e fue u n b e rg an te , u n cínico q u e se ap o d e ró d e los b ien e s d e la s v iu d a s y d e los huérfanos, p e ro e n c u a n to el g ra n u ja q u e d ó frío, e l perio ­d is ta escribe:"H oy falleció el conocido ca b a lle ro XX.E l perio d is ta , m ien tras e sc rib e esa s p a la b ra s , le d ice a l com pañero :¿Te d a s c u e n ta cóm o h a y q u e m a c a n e a r p a ra g a n a rs e la s len te jas? Y el p ú b lico e s tan b ru to q u e se lo t ra g a todo. M aldito sea , ¿cuándo v e n d rá la revolución social?Y a con tinuac ión escribe:"Hizo g a la d e u n a p ro b id a d q u e se convirtió e n p ro v e rb ia l y d e u n " sa v o ir fa ire” q u e dele itó a tod o s los q u e tuv ieron la d ic h a d e ro d e a rle ”. E in m ed ia tam en te a g re g a , d irig ién d o se a l com ­p añero :—E stas b u rra d a s d e b ía n h a c é rse la s escrib ir a N. P ero el sec re ta rio m e tien e b ro n c a y m e e n c a ja to d as la s n ec ro ló g icas a mí. |M al ra y o lo p a r ta ! ¿C u án d o v e n d rá la re v o lu c ió n . . . ? ¿Se d a c u e n ta u sted , seño rita , cóm o se esc rib en

los p eriód icos en los cinco con tinen tes y los se is o c é an o s q u e co m ponen este p lan e ta?C on la crítica lite ra ria a c o n tece —d ije— lo m ism o y a ú n a lg o peor. No h a y crítica ni crí­ticos.S e o rg a n iz a un m atch d e boxeo , q u e todo e n ­ten d id o s a b e q u e es un futuro y perfecto tongo, y los d ia rio s le d a n co lu m n as y co lum nas a l a su n to , p o rq u e la s co u m n as so n av isos a u n ­q u e u s ted no lo s e p a S e p re p a ra u n a p e le a d e lu ch a d o re s q u e d e sd e E u ro p a v ienen s a ­b ien d o y a q u ién v a a g a n a r o perd er, y e s tán los d a rio s q u e le re v ie n tan los sesos a los v asco s y a los a le m a n es y a los rusos; v iene d e E u ro p a u n perfecto p a tá n , c u y a ú n ic a h a b i­l id a d e s d a r p a ta d a s a u n a pe lo ta , ¡y d é le a l b o m b o . . . ! S a le u n libro m alo, sa le un libro b u e n o y, fa ta lm ente, el m al su je to q u e h ac e críiica lite ra r ia en los p eriód icos d e e s ta c a ­ñ e r ía , escribe:"P rim orosam ente ed itad o p o r el señ o r M., a p a ­reció el libro d e F u lano d e Tal, q u e re v e la u n a em oción p ro fu n d a y un dom inio del léxico ca s ­te llan o poco com ún”.El artícu lo tiene s ie te o d o ce cen tím etros d e la rg o e n los p rinc ipa les d ia rio s d e e s ta cap ita l y la s frases del cronista , ¡que Dios confunda!, son siem p re la s m ism as.Lo q u e ocurre e s q u e los d irec to res d e d ia rio s son, en su m ayoría , u nos se re s q u e sólo en tien ­d e n d e p la ta . Luego v ien e n los secretarios, q u e son m al in tencionados y n eu ras tén ico s en su m ay o ría , y lu eg o v ienen los period istas.¡A quí C risto tirita!Los d irec to res no q u ie re n s a b e r n a d a d e b ru ­lotes. A b so lu tam en te n a d a . Todo tiene q u e e s ta r b ie n lub ricado , el estilo a l a v ase lin a y los co n cep to s b ie n ac e itad o s .¿Cóm o se v a a h a c e r crítica d e e s a m an e ra?

LAS MENTIRAS PERIODISTICAS

Todos los libros tien en q u e se r bu en o s, todos los a u to re s forzosam ente e s ta r insp irados; c a d a d estrip a te rro n e s se r u n gen io en em brión; y d ía tra s d ía , se m a n a tra s sem an a , los linotip istas s ien ten q u e se v an em bru tec iendo con escrib ir ta n ta g a n sa d a .El púb lico lee o no lee, p e ro si lee, ¿ a q u é d ia ­b lo lo “en g ru p e n '' los e n c a rg a d o s d e sección? U sted com pra un libro escrito b a jo la in sp ira ­c ión d e un articu lis ta , y d e p ronto se a g a r r a la ca b eza . E ntre au to r, crítico y editor, le h a n m etido u n a "m u ía" m ás g ra n d e q u e u n a ca sa . Y eso no u n a vez sino o tra y ciento.A hora b ien si e l a u to r d e un lib ro tonto se m a lic ia el b ru lo te, reco p ila recom endaciones. H a y a lg u n o s c u y a in d ig n id a d lle g a a lo su ­blim e. Y usted , en vez d e en co n tra rse u n a m a ­ñ a n a en el periód ico co n q u e a l su jeto le h a n o to rg ad o p a te n te d e bu rro , ¡asóm brese, señ o ­rita!, se lee u n articu lazo d e esos q u e le h a c e n c a e r d e esp a ld as , con citas, con exc lam aciones ad m ira tiv a s y to d a la d e sv e rg ü e n z a q u e el a u to r m ed iocre b e b e a cu b o s en el periód ico d o n d e v alió la reco m en d ac ió n d e u n acc io n is ta o d e u n am ig o d e l d irector.Al p úb lico a rg en tin o s e le d a d o s p ep in o s la lite ra tu ra . E stá h a rto d e id io teces. E stá h a r to d e

elog ios d e doce cen tím etros d e longitud. ¡E stá h a rto d e todo!M ientras e l perio d is ta , re n e g a n d o del oficio, tiene q u e escrib ir, tiene q u e escrib ir q u e las n ovelas d e H ugo W ast con su s p e rso n a jes d e " m ira d a fa ta l" son g en ia les , tiene q u e escrib ir q u e nu estro p úb lico se d esc rism a a n te la s lib re ­r ía s p a r a p o d e r lee r la a s t r a c a n a d a d e u n c a ­m ello, el period ista , ú n ic a v íctim a del p erió ­d ico q u e lo inu tiliza en cinco añ o s d e esc rib ir p a v a d a s , tiene q u e re d a c ta r u n suelto d iciendo q u e el p úb lico po rteñ o e s a fec to a la lite ra tu ra n ac io n a l, y q u e la E xposición N acional d e l Li­bro , con su s d iscu rse ad o re s e te rn o s y su s ed i­to res deshonestos, constituye un éxito del cu a l d e b e en o rg u llecerse el p a í s . . . C u an d o lo ún i­co q u e le in te re sa al p úb lico po rteño son los "bu rros", el "foo tball" y o tra s co sa s m ás en tre ­ten id as , p e ro q u e n a d a tienen q u e v er con la lite ra tu ra .

Roberto Arlt

A g u afu erte a p a re c id a con el título La lectora! q ue defiende el libro nacional

LLUVIA

C iudad . Es u n a lluv ia m a n s a y b rev e q u e h a d isuelto u n a ta rd e sin m añ a n a , u n a ca ric ia a n ó n im a y le jan a , u n a n u b e ten az q u e no se m ueve.

C erca , el v ia je inicial, la ru ta leve d e u n a g o ta m in ú scu la q u e g an a , to d a la lo n g itu d d e la v e n ta n a y a l fin se c a n s a y se d e tien e . Llueve.

Un tem blor d e p a lo m as se estrem ece en refugio seguro . Y anochece .S iento g a n a s d e e rra r , d e v e r los charcos,

la luz q u e b ra d a , e l río en m ovim iento; d e d esp e d ir la so m b ra d e los b a rco s y en u n a esq u in a , d e sp e rta r a l viento.

Rafael Alberto V ásquez

POEMA SIMPLEMENTE

. . . ojos en forma de promesas y tú que duermes que duermes.

H enri Pastóureau

C onste lac ión d e au tom óvilesd e llam as a n te n a sd e troncos-espec tácu loTodo ello y P as tó u rea uq u e a rq u e o lo g a la N ochey l a n o ch e e s u n a ac triz d e rep artoe n l a co m e d ia d e los d ía sY h a y u n a F e d e aso m b rod e válido-inválidod e q u e a c a s o la tris tezano s e a sinou n a constelación d e inv iernos m al d ia g ra m a d a .

Jorge Eduardo Fuentes

EL cmco CON PUÑOS a Janita EN LAS CALLES HA LLEGADO LA HORA

a H oracio A rm ani

H em os lleg ad o a l circo.

H em os rehech o el rostro.

Nosotros, los q u e hem os p e rd id o el asom bro .

D esde este m om ento, señores,

d e ja m o s d e se r ca d áv eres .

D esde este m om ento, señores,

e s tá p roh ib ido h a b la r d e revoluciones

y del sol y la ro sa y la s m ujeres.

A qu í e s tá el p ay aso .

La a n tig u a e d a d d e la risa.

A nte tu cuerpo a n te m i hijo a n te la p o es ía clam om e obsesiono h a g o el ridículo h a g o lo posib le

¿an te q u ién m ás?

a n te tu cuerpo -h ijo -poesía q u ie ro e s ta r d e p ie com o u n ac to d e co nc iencia q u e m e h ac e d o b la r la s rodillas.

A ún v o lv e rán los d ía s fríos a e s te invierno, e l cielo d e agosto , por en c im a d e todo , tan

[tranqu iloa ú n s a b r á del v ien to frío e n la m añ a n a : el p rim er ch a p arró n , en re a lid ad , re fre sca rá

[to d a la ca lley la ca lle a ú n lle n a rá d e d e sp e d id a s el invierno. Este cie lo d e a g o s to tan tranqu ilo , en rea lid ad ,

[es siem p re el mismo: casi a últim o m om ento repen tinos ch a p a rro n es

[a la rg a n el invierno,v u e lv en a llen a r d e ho jas e l suelo , la s ta rd es

[de recuerdos,y su s ojos, com o el cielo d e ag o sto , p o r encim a

[de todo, ta n tranquilos.

S aliéronse los hom bres tra g á n d o se la s calles.

C orrían p o r su s c a ra s h o rm ig u ea n te s sudores.

A b raza ro n el a ire a ltiso n an tes gritos.

R um oreáronse b a ta lla s rom piéronse m ordazas.

T o d o s . . . e ra n u n a línea.

Sólo el horizonte la s co r ta b a .

D aniel Barros Alberto Szpunberg M iguel A ngel Rozzisi

El p a y a so no es un hom bre.

El p a y a so es la farsa.

La tierra, a n c h a y do lida,

e s m i patria .

M irad el juego .

¿Q uién a tre v e a o rd e n a r su cese?

¿Q uién a tre v e a ro m per la m u eca , el gesto y

[la v e rg ü en za?

C onv en g am o s q u e hem os ven ido a re c o b ra r la

[infancia.

C onv en g am o s q u e hem os venido a d isfru tar el

[fracaso.

Este es el circo,

e s ta n o s ta lg ia q u e asfixia,

e s ta risa q u e no corta.

EL TURNO DEL SILENCIO DESDE LOS TECHOS

S iento q u e no d eb e m o s h ab la rloEs v erd ad ,vivir re su lta duro .D igam os: no elegim os; p o r a h o ra e s c o sa d e a n d a r , d e no b a ja rse los huesos.

A veces, en m uchos a veces,tu s ojos a ú n no cu lp ab le sm e in te rro g an los id iom as del temor.

Desde los techos fríos

o pob lados t .

q u é el v e ra n o a r ra s tra b a ,

b u s c a b a com o el cu e rp o d e un p á ja ro

el co m bado p a isa je

y sen tía el crecim iento del árbo l,

el tem or en el fondo d e la ca lle

com o un río lejano .

No ten g o n a d a q u e decir.

S iento q u e no d eb e m o s h ab la rlo m ás. Si se sa b ea c a d a p a rtir u n a lac ra , a c a d a m a rc h a r u n llanto, a c a d a d ec ir u n ca s tig o d e silencios.

Dicen:a l reg reso d e nu estro dolor se rá n la s uvas.

M uchos p e le a n y son la a leg ría .

S iento q u e no d eb e m o s h ab la rlo m ás. D igam os, no elegim os;D igam os, e s duro; p o r a h o ra e s c o sa d e a n d a r, d e no b a ja rse los huesos.

D esde los techos,

secre tas v iv ien d as d e lo inútil,

q u e u n a d ia r ia m a re a

su b ía con la v id a d e la infancia,

a r ro ja b a p a la b ra s a la s p ied ras,

d e sc u b ría

m is a u d a c e s im ág en es

y d e sp u é s p re g u n ta b a por q u é se d e s tru ía

la so led ad , el tiem po, e l barrilete*

Alberto Luis Ponzo

H a lleg ad o la h o ra d e q u e el sup rem o elector g o b ie rn e el m undo.H a lleg ad o la h o ra d e q u e g o b ie rn e el poeta . No e s p reciso q u e m e v is ta d e gestos, q u e tom e ro p a je d e m i esp ec ie o p a la b ra d e encan tam ien to .P uedo g o b e rn a r con mi esen c ia , con m i razó n d e tiem po.Es el in s tan te d e la com unión, e l en cu en tro a n h e la d o del h o m b re con el

[hom bre.El m om ento en q u e c a d a cu a l e s ig u a l a mí y a m i vez soy todos.S é q u e m e e s p e ra b a nlos cam p o s áridos,la s c iu d a d e s h o rren d asla s a lm a s v a s ta s d e sv a s ta d a s p o r el no sey to d a la d eso rien tac ión d e la fru ta p erd id a .

En el tiem po d e la m uerte y d e la destrucción v en g o a re sc a ta r la s can c io n es y a n id o la

[esperanza.Soy l a ce rteza , el poder, no conozco la d u d a . Mi m an o esc rib e frases h a tiem po m o d u lad as. S oy co n secu en c ia del p a s a d o y el hito q u e

[señ a lala p u e r ta del futuro.No m e p re c e d e rum or d e fa ld a s n eg ras , g u a rd ia n e s d e co raza q u e sa c u d e n l a tie rra ni b a rb u d o s q u e g ritan ¡El M esías! |E1 M esías! No soy m ás q u e el p o e ta y sa lg o a los cam inosa a n u n c ia r el re in a d o del m ás an tig u o am or. M uestro la paz. El sau ce .El vuelo m ad re d e la go londrina .Las u rn a s ro ta s por e l tiem po y las p irám id es

[g a s ta d as .Mi m en sa je e s este: n a d a e s vano.C a d a voz e s p re c io sa a l un iverso , c a d a v id a es p rec io sa , c a d a gesto .No h a b ré is d e m orir n unca : el am o r e s eterno.

H a lleg ad o la h o ra d e q u e el su p rem o elector g o b ie rn e el m undo.D esde h o y c a m b ia la tierra.

Natalio Kisnerman Silber C astelar, 1963 Héctor Yánover.

El Borrilete de Buenos Aires

42 VERSOS A LA FACULTAD DE DERECHO COMO NOS DIVERTIMOS

La Facultad de Derecho es una casa vieja.La trajeron —pretendo— de Lovaina o de Lieja en una tarde fría y otoñal, y en la ciudad ruidosa fue un asombro ojival.En su torre, doliente como un sueño inconcluso, dialogaron sus noches porteñas y los vientos con silbidos de jarcias y con lamentos de gatos lunáticos y confusos.Una luna porteña, que remontó en la esquina, barrilete nocturno de arrabal, caloteó dos palomas en Puente Alsina y las tiró por su ventanal.Palomas proletarias hicieron nido con sus ladrillos igual que en los tejados de las aldeas, igual que en la techumbre del conventillo.Y la extranjera consistorialensayó un paso en la cuerda floja de la emocióncuando la plateada gayeta marineracon corazón de panles tiró las monedas de su amor,y en la resurrección sensiblera le brotó un corazónque en sístoles de huelgasy en diástoles de gritasefectúa la cardíaca revolución.Corazón que practicala leyenda hipocrática de dormir a la izquierda, hecho con las estrías de cien muchachos locos que sueñan con la paz y que hacen la simbiosis —pam peanam ente rara— de Irigoyen y Marx,

Pero está cerca el día de los tejados muertos el día de la buena ración, cuando se vuelen las palomas y se detenga el corazón.Entonces esa luna de arrabal se quedará en el cielo del almacén, y la extranjera consistorial volverá a ser un asombro municipal que así no sea

Amén.

HOMERO MANZI (1928)

Atención, recopiladores; este poema es casi inédito y ya forma parte de un ensayo (en prensa) sobre "Homero Manzi, poeta de Buenos Aires", que realizó Horacio Salas.

I Parte

Hay que reír y bailar que es un dolor el vivir. ..Bebamos, pues, hoy en los ojos de toda mujer la locura, m añana serán los despojos que duermen en la sepultura. ..Y sólo una vez, compañeros, la Barra jovial y florida entona, a l pasar por la vida este canto de la juventud:

EstribilloMuchachos, vengan, vean cómo nos divertimos. .. (Hurra)Y los contentos gozan, mientras los tristes dicen:Muchachos, vengan, vean cómo nos divertimos. .. (Ufa)Y en tanto el corazóntras la careta llora de emoción.

I Parte

(bis)

Hay que reír y bailar, si una vez hay que m orir...Cantemos, pues, hoy la demencia de un sueño de amor y alegría, m añana tal vez la existencia nos muestre su faz más som bría. ..Y el justo Arlequín de lo Eterno, lo mismo al tristón am argado que al riente y feliz potentado en sus tumbas hará descansar.

DANTE A. LINYERA

Dante A. Linyera (Francisco Bautista Rímoli) nació en 1903. Publicó 'Sernos hermanos" (1928) y en revistas como "El alma que canta". Compuso letras para tangos y hasta le puso música al tango "Ave Negra" de O. Cruz Montenegro.Murió en la pobreza en julio de 1938.“Cómo nos divertimos", gran tango milonga, que en­contramos en una librería de viejo, lleva música de Julio de Caro y según reza la partitura fue el más grandioso éxito del carnaval de 1930.Quizás no sea esto lo más representativo de Dante A. Linyera, pero en tanto los señores que acaparan datos y nada muestran, de puro egoístas, se darán cuenta de una vez que es necesario hacer conocer quiénes nos precedieron.

Dos Cuentos de Enrique Wernicke

UNA DE DOS

— U n a d e d o s —le d ijo el p a tró n — , o u s ted m odifica to ta lm en te su co n d u c ta , o m e v e ré o b lig ad o a desped irlo . ¿C om prende?— Sí, s e ñ o r . . . p e ro . . .— P erdónem e. C reo h a b e r sido claro. D éjem e tra b a ja r , p o r favor.S alió del d esp ach o del g e ren te com pletam ente ab o m b a d o . Poco d e sp u é s d escend ió a la ca lle y a g u a rd ó u n colectivo. C u an d o llegó el v e ­hículo, a tib o rra d o d e p a sa je ro s com o siem pre, tra tó in fruc tuosam en te d e subir. Puso un pie, tuvo q u e re tirarlo , in ten tó ponerlo nu ev am en te . El chofer le p eg ó u n grito:— ¡O iga! ¡Usted! ¿S u b e o b a ja ? U n a d e d o s . . . P erd ió el vehículo , a g u a rd ó u n a h o ra y tom ó u n o m á s vacío.L legó a su c a sa . Su m u jer lo a g u a r d a b a en la p u erta .

— jY a sé todo! —le e sp e tó sin sa lu d arlo — . Me llam ó Nelly, q u e estuvo escu ch an d o . ¡Te e c h a n . . . !— ¿Te p a rece ? Tal vez . . .— ¡M irá che! A cla rem os. . . O a g u a n ta s e n ese em pleo y tra é s tod o s los m eses l a com ida a e s ta c a sa , o . . . y a lo s a b é s ¡m e m an d o m udar! G iró so b re los ta lo n es y vo lv iendo la c a b e z a p o r so b re el hom bro ag reg ó :— P ss. . . ¡U na d e dos!El hom bre, confund ido , no en tró en l a c a sa . Se q u e d ó inm óvil, " s in tien d o " q u e a lg o ra ro le su ced ía . H a b ía u n a co in c id en c ia ex trañ a .Echó a cam inar, len tam en te .— O esto se a r re g la o m e tiro a l río —s e ib a d iciendo. "Esto" e r a u n a a n g u s tia in soportab le , u n sen tir q u e todo se le ib a d e la s m anos, todo. — Sí —se rep itió— . El r ío . . . U n a d e d o s . . . U n a d e dos.C am inó o tra s c u a n ta s c u a d ra s y d e p ron to ex ­c lam ó resuelto:— ¡Dos!S alió en los d iarios. El tre n lo p artió en dos.

EL ESCRITOR CELEBRE

C u an d o g a n ó el p rim er prem io, no le dio im portancia . C u an d o g a n ó el seg u n d o , no se en vaneció . C u an d o g a n ó el G ra n P rem io d e H onor, cam b ió d e sastre .D espués, fue el destino . P u d o m ás q u e él. C am inó l a ca lle F lo rida, d e l b razo d e su últim o cap richo . Se d io el lujo d e se r u n tan to m aricón . M anoseó a los p o e ta s q u e se in ic iab an e n la s a r te s y h ab ló e n todos los círcu los d o n d e los q u e ib a n e ra n pocos p e ro v a lía n por mil.Y lleg aro n los c in c u en ta añ o s, ta n sucios, ta n jed ien to s y a r ru g a d o s , ta n tristes, en v erd ad .

L a c e le b rid a d tiro n e a b a com o u n a h e rn ia . La o b ra no se v en d ía . El p a ís p a d e c ía u n viento q u e b a r r ía la s m em orias. Y los a ñ o s —c a d a a ñ o nuevo— re su lta b a n enem igos q u e v es tían o tras m odas, o tra s voces y o tra s an g u stia s . ¿Q ué h acer?L a g ra n p re g u n ta in g en u a , in m acu lad a : ¿Q ué h acer?D ecidió m orir com o m o rían su s co legas, todos los h o m b res cé leb res. D ecidió m orirse d e u n a m uerte p ro p ia uno a u n o el pan to p o n .Y se tra g ó la s p íld o ra s com o si fu e ra u n rosario .Y reventó .Estuvo en l a m o rg u e —d e p a so — . Yo lo vi. C lasifiqué su s calzoncillos, lo s b o to n es d e l c h a ­leco. Le h ice l a a u to p s ia a l funyi y los zapatos. El c a d á v e r e r a gris, com o son todos.M e d io lástim a.

La Cola del Barrilete

Aflójale que Colea

D e Ju a n de M a ire n a D e La P ró x im a (1 9 3 0 )

H u id d e e s c e n a rio s , p ú lp ito s , p la ta fo r m a s y p e d e s ta le s .

N u n c a p e rd á is c o n ta c to c o n e l s u e lo ; p o rq u e só lo así

te n d ré is u n a id e a a p ro x im a d a d e v u e s tra e s ta tu ra .

Se m ie n te m á s q u e se e n g a ñ a ; y se g a s ta m á s s a liv a

d e la n e c e s a r ia . . .

M u c h a s veces h e p e n s a d o q u e n o s o tro s n o som os s in o

m ic ro b io s e n las ve n a s d e u n g ig a n te . La T ie r ra se ría

a lg o as í c o m o u n a g o ta d e s a n g re o u n a p a r t íc u la q u e se

m u e v e a d e n tro d e esas v e n a s .

Ser o n o se r. N o se r, n o s e r; h e a h í e l p ro b le m a .

Si n u e s tro s p o lí t ic o s c o m p re n d ie ra n b ie n la in te n c ió n de

e s ta s e n te n c ia d e m i m a e s tro , a h o r ra r ía n las dos te rc e ­

ra s p a r te s , p o r lo m e n o s , d e su lla m a d a a c t iv id a d p o ­

lí t ic a .

Y esos e s q u e le to s c o n la m a n o e n la v is e ra , e n la a c t i tu d

m á s m a rc ia l , c o n e l p e c h o lle n o d e h e ro ic o s m e d a lla s .

Esos in fe lic e s , esos d e m e n te s q u e c re ía n q u e e l p a tr io t is m o c o n s is te e n o d ia r la p a t r ia d e los de m á s .

A n to n io M a c h a d o

D e " E l P rin e ip ito ''

El p r in e ip i to G íra v e s ó e l d e s ie r to y n o e n c o n tró m á s q u e

u n a f lo r . U n a f lo r d e tre s p é ta lo s , u n a f lo r d e n a d a . . .

— B u e n o s d ía s — d i jo e l p r in e ip ito .

— B u e n o s d ía s — d i jo la f lo r .— ¿ D ó n d e e s tá n los h o m b re s ? — p re g u n tó c o r té s m e n te e l

p r in e ip ito .U n d ía la f lo r h a b ía v is to p a s a r u n a c a ra v a n a .

— ¿Los h o m b re s ? C re o q u e e x is te n se is o s ie te . Los h e

v is to h a c e a ñ os . P e ro n o se sabe n u n c a d ó n d e e n c o n tra r ­los. El v ie n to los l le v a . N o t ie n e n ra íces . Les m o le s ta

m u c h o n o te n e r la s .— A d ió s — d i jo e l p r in e ip ito .

— A d ió s — d i jo la f lo r .

A n to in e d e S a in í-E x u p é ry

yicemte Huidobro f L V E N D E D O R DE M E T A F O R A S

H u b o u n a v e z u n h o m b re d e c u y o ta le n to c o m e rc ia l se

h a c ía n le n g u a s o tro s h o m b re s . Este h o m b re a g u d o , o b l i ­g a d o a g a n a rs e e l s u s te n to , c a re c ie n d o d e to d a c la s e d e

re cu rso s , a b r ió en la c iu d a d u n a t ie n d a d e m e tá fo ra s . V e n d ía m e tá fo ra s a l p o r m a y o r y a l p e r m e n o r : v e n d ía

m e tá fo ra s n u e v a s y m e tá fo ra s u s a d a s ; v e n d ía m e tá fo ra s

v is u a le s , o l fa t iv a s , a u d it iv a s , tá c t i le s , g u s ta t iv a s , m e tá ­

fo ra s d e to d a s c la se s y e s tilo s , e n p ie z a s , e n ro llo s , o l peso , p o r m e tro s , e n te ra s y fra c c io n a d a s .

V e n d ió m e tá fo ra s d u ra n te la rg o s a ñ o s , y g ra n je ó fa m o

y p e c u n ia . U n d ía , c u a n d o y a e ra r ic o y c é le b re , a q u e l h o m b re se v o lv ió lo c o , y c e r ró su t ie n d a , y s a lió p o r las

c a lle s d e la c iu d a d g r it a n d o c o n v o z la s t im e ra y g e m e ­

b u n d a : " ¡ T o d a s m is m e tá fo ra s p o r u n a so la id e a ! "

EL BARRILETE

Responsable: R oberto J. San to ro

Secretaria: E m ilia D. d e San to ro

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A dressez-nous vos pub lica tions

Dirección: F ra g a 568 - 2° "F

Buenos A ires, C ap ita l (27)

REPUBLICA ARGENTINA

E n riq u e M é n d e z C a lz a d a " E l to n e l d e D ió g e n e s "

B u e n o s A ire s 1 9 2 9

DE PROXIMA APARICION:

“Libro de la s fogatas" d e R am ón P laza A usp ic iado p o r el F ondo N acional d e la s A rtes

Ilustraciones d e O sc a r C aste lo

Editorial Cuadernos del Alfarero