Enciclopédia IASD

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Enciclopédia ASD 1 ENCICLOPÉDIA ADVENTISTA DO SÉTIMO DIA A . . . . . . . . . . . . . 2 B . . . . . . . . . . . 116 C . . . . . . . . . . . 181 D . . . . . . . . . . . 334 E . . . . . . . . . . . 448 F . . . . . . . . . . . 548 G . . . . . . . . . . . 591 H . . . . . . . . . . . 612 I . . . . . . . . . . . 655 J . . . . . . . . . . . . 822 K . . . . . . . . . . 852 L . . . . . . . . . . . 869 M . . . . . . . . . . . 928 N . . . . . . . . . . 1072 O . . . . . . . . . . 1119 P . . . . . . . . . . 1139 Q . . . . . . . . . . 1211 R . . . . . . . . . . 1219 S . . . . . . . . . . . 1282 T . . . . . . . . . . 1434 U . . . . . . . . . . 1458 V . . . . . . . . . . 1468 W . . . . . . . . . 1517 Y . . . . . . . . . . 1585 Z . . . . . . . . . . 1587

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Enciclopedia da Igreja Adventista do Setimo Dia

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  • Enciclopdia ASD

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    ENCICLOPDIA ADVENTISTA DO STIMO DIA

    A . . . . . . . . . . . . . 2

    B . . . . . . . . . . . 116

    C . . . . . . . . . . . 181

    D . . . . . . . . . . . 334

    E . . . . . . . . . . . 448

    F . . . . . . . . . . . 548

    G . . . . . . . . . . . 591

    H . . . . . . . . . . . 612

    I . . . . . . . . . . . 655

    J . . . . . . . . . . . . 822

    K . . . . . . . . . . 852

    L . . . . . . . . . . . 869

    M . . . . . . . . . . . 928

    N . . . . . . . . . . 1072

    O . . . . . . . . . . 1119

    P . . . . . . . . . . 1139

    Q . . . . . . . . . . 1211

    R . . . . . . . . . . 1219

    S . . . . . . . . . . . 1282

    T . . . . . . . . . . 1434

    U . . . . . . . . . . 1458

    V . . . . . . . . . . 1468

    W . . . . . . . . . 1517

    Y . . . . . . . . . . 1585

    Z . . . . . . . . . . 1587

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    A

    ABOMINAO DA DESOLAO. Designao enigmtica

    encontrada em Mat. 24:15, emprestada de Daniel (11:31; 12:11), onde a

    frase correspondente aparece como abominao desoladora. Daniel predisse uma grande profanao do templo por um poder estrangeiro,

    em uma tentativa de substituir o verdadeiro sistema de culto por um

    falso. O gr. bdelugma tes eremoseos, abominao da desolao, em Mat. 24:15 idntico traduo da LXX, (MS, 88) do heb. shiqqs

    shmem em Dan. 12:11. Em Dan. 11:31 shiqqs meshmem traduzido

    como bdelugma ton eremoseon. (Compare bdelugma ton eremoseon,

    Abominaes assoladoras, em Daniel 9:27; e hamartia eremoseos, transgresso assoladora, no cap. 8:13, ambas as expresses, sem dvida, devem ser identificadas com bdelugma tes eremoseos, dos caps.

    11:31 e 12:11). O heb. shiqqs um termo comum no A.T. que designa

    uma deidade idoltrica (e.g., Deut. 29:17; II Reis 23:24; II Crn. 15:8; Ez. 37:23). Dizia-se que tais abominaes colocadas no templo aviltavam e poluam o recinto sagrado nos tempos do A.T. (Jer. 7:30;

    Ez. 5:11). O heb. shamem, a forma pela qual traduzida desolao, (mais literalmente, alguma coisa que torna desolado) significa devastao causada por um exrcito invasor (Jer. 12:11), uma cena que

    cria um senso de horror na pessoa que a observa (Jer. 18:16). O heb.

    pesha, transgresso, na expresso paralela transgresso assoladora, em Dan. 8:13 usado para atos de *Apostasia e rebelio contra *Deus

    (Veja Ams 2:4, 6; Miq. 1:5).

    Interpretao. Cerca de 100 a.C., o escritor de I Macabeus (Veja I

    Mac. 1:54, 59; cf. 6:7) identificou a abominao desoladora (bdelugma eremoseos) como um *Altar idoltrico erigido por Antoco

    Epifnio, sobre o altar de ofertas queimadas no templo de Jerusalm em

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    168 a.C.. Cerca de 70 a.C., Josefo aplicou igualmente a profecia de

    Daniel a um altar idoltrico, construdo sobre o altar de Deus (Josefo, Antigidades, X. 11.7 [Loeb, 272-276]; XII 5 [Loeb, 253]. Em

    Mat. 24:15 (cf. Luc. 21:20-22), Cristo aplicou-a aos romanos, que, 40

    anos mais tarde, em 70 A.D., invadiram Jerusalm e queimaram o

    templo, e no ano 130 A.D. ordenaram a construo de um templo a

    Jpiter Capitolino em seu lugar (Cambridge Ancient History, vol. XI, p.

    313). Comentaristas judeus da Idade Mdia, tais como Ibn Ezra, de

    modo semelhante, aplicaram-na obra dos romanos no primeiro sculo

    A.D. (L. E. Froom, Prophetic Faith of Our Fathers, vol. 2, pp. 210,

    213). Irineus, Orgenes e outros escritores cristos dos primeiros sculos

    aplicaram-na a um futuro *Anticristo (ibid., vol. 1, pp. 247, 320, 366),

    como fizeram escritores catlicos medievais posteriormente, tais como

    Villanova e Olivi (ibid., pp. 752-754, 773). Pseudo Joaquim aplicou-a

    aos Papas de seus dias (ibid., p. 728), Wyclif (ibid., vol. 2, p. 58), Huss

    (ibid., p.118), Lutero (ibid., pp. 272, 277, 280) e vrios comentaristas

    protestantes identificaram-na com o Papado ou com as prticas e

    doutrinas da igreja papal. *Guilherme Miller e provavelmente a maioria

    dos pregadores Mileritas fizeram o mesmo. A maioria dos comentaristas

    protestantes modernos aplicam a abominao desoladora ao culto idoltrico institudo por Antoco Epifnio, enquanto que os

    comentaristas fundamentalistas consideram Antoco Epifnio como um

    prottipo do homem do pecado que viria no futuro.

    Interpretao ASD. *Urias Smith, comentarista pioneiro ASD,

    aplicou a disseminao das abominaes de Dan. 9:27 aos eventos do ano 70 A.D., sob o domnio de Roma pag, e a abominao da desolao ao Papado. (RH, 28 de fevereiro, 1871) Especificamente identificando *O Contnuo (dirio) de Dan. 8:11; 11:31; 12:11 com o paganismo do Imprio Romano, e a abominao da desolao com o Papado, Smith aplicou a remoo do contnuo e a introduo da abominao desoladora em seu lugar ao estabelecimento da

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    supremacia papal sobre a dissoluo do Imprio Romano, um processo

    que ele considerou completo por volta de 538 A.D. e um estado de

    eventos contnuos por 1.260 anos at a priso do Papa Pio VI em 1798

    (com base em Dan. 7:25 e 12:7). Smith identificou a *Ponta Pequena de

    Daniel 8 com Roma em suas duas fases, pag e papal (Daniel and

    Revelation, 1882, ed., p. 202).

    Comentaristas ASD contemporneos semelhantemente identificam a

    abominao da desolao com os ensinamentos e prticas Papais no fundamentados nas Escrituras, tais como sacrifcio da missa, confisso,

    venerao da virgem Maria, celibato sacerdotal e estrutura hierrquica

    da igreja porm, enquanto alguns defendem a interpretao de Smith do contnuo, outros compreendem que o contnuo, substitudo por essas prticas extrabblicas, refere-se, na aplicao da profecia de Daniel

    na Era Crist, ao ministrio de Cristo como nosso grande Sumo

    Sacerdote no *Santurio Celestial. Eles igualam a ponta pequena ou um rei de feroz catadura (Dan. 8:9-14, 23), que estabeleceu a transgresso desoladora, e o rei do Norte dos caps. 11 e 12, que estabeleceu a abominao da desolao, com o *Homem do Pecado, mistrio da iniqidade ou o inquo de II Tess. 2:2-12; com o anticristo de I Joo 2:18; com a *Besta semelhante a um leopardo de Apoc. 13; com mistrio, *Babilnia, a grande, a me das meretrizes e das abominaes da terra de Apoc. 17. A abominao introduzida pelo poder apstata, que consiste em prticas e ensinos no-bblicos,

    causadora de sua queda (literalmente, apostasia) da verdade revelada nas Escrituras (II Tess. 2:3, 9-12), de suas blasfmias (Apoc. 13:1, 5, 6); e do vinho de Babilnia (Apoc. 17:2). Na tradio histrica protestante, os ASD consideram que a Igreja de Roma e seus

    ensinos no fundamentados na *Bblia so o cumprimento histrico

    dessas profecias.

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    ACADEMIA ADVENTISTA DE ARTE (ACARTE). Localiza-se

    na Estrada de Itapecerica, 22901, Km 23, So Paulo, SP, junto ao

    *Instituto Adventista de Ensino (IAE/SP).

    Segundo as instrues bblicas dadas s escolas dos profetas, o IAE

    inclui, desde a sua fundao a msica em seu currculo. O Prof. Paulo

    Hennig, primeiro docente da instituio, alm de dar aulas de canto,

    formou um coral de 20 componentes. Havia ento, na escola, apenas 3

    harmnios.

    Em 1918, a Prof. Margarida Steen veio reforar o departamento, e

    trouxe o primeiro piano ao campus, sendo a primeira professora do

    instrumento.

    Em 1919, a aluna *Isolina Avelino (Waldvogel) escreveu a letra para

    o primeiro hino da escola Minha Escola com a msica do hino de uma escola americana. O objetivo principal do ensino de msica era

    ensinar os hinos para serem cantados com capricho e exatido,

    auxiliando o trabalho de evangelismo.

    Em 1923, a famlia Steen retornou aos Estados Unidos e a direo do

    departamento de Msica, bem como as aulas de piano ficaram sob a

    responsabilidade da Sra. Arabela Moors. Em 1933, o Prof. Flvio

    Monteiro introduziu o ensino do violino e, neste mesmo ano, organizou-

    se o primeiro conjunto de cordas.

    Em 1939, com vinda do Prof. Walter Wheeler, o departamento teve

    novo impulso para o progresso. Com a msica do Colgio Adventista de

    Illinois e letra da Prof. Ruth Oberg Guimares, foi institudo o hino

    oficial do colgio Meu IAE mais tarde revisado pela Prof. Ruth e pelo Prof. Siegfried J. Schwantes. Em 1945, comearam a surgir os

    quartetos masculinos e conjuntos femininos. O primeiro quarteto do IAE

    foi chamado Quarteto Harmonia, formado por Rubens Dias, Cludio Belz, Jos A. Torres e Rodolfo Gorski. Em 1948, o Prof. Wheeler

    retornou sua ptria deixando com o departamento de msica farto

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    repertrio do coral e um hinrio com msicas especiais Coros Celestes.

    At o ano de 1953, ainda no havia um lugar fixo para o

    departamento de msica. Os alunos estudavam na capela, no refeitrio

    ou em casa de professores que possuam piano. Ao vagar uma

    residncia, resolveram instalar o departamento de msica ali. Em 1956,

    com a doao da famlia Schwantes, o departamento passou a ter sede

    prpria. A inaugurao do prdio, que passou a ser o Conservatrio

    Musical Adventista, CMA, deu-se em 3 de abril de 1956, s 13:15h.

    Neste ano o CMA j contava 126 alunos.

    Em 1963, o CMA adquiriu um rgo eletrnico, um passo bastante

    significativo. A cerimnia de inaugurao contou com a presena do

    grande maestro e organista ngelo Camim que em 1973 comemorou o

    10o aniversrio do conservatrio com um magnfico recital oferecido ao

    pblico Iaense.

    Em 1967, o CMA foi agraciado com a doao de instrumentos de

    iniciao musical Carl Orff e, posteriormente com os tmpanos doados pela Repblica Federal Alem recebendo no ato da entrega a honrosa visita do cnsul que recebeu a gratido da escola, ouvindo, em

    alemo, o hino de sua ptria.

    O ano de 1966 foi um marco histrico para o CMA pois os cursos de

    msica foram oficializados. Em 1968, formou-se a primeira turma de

    msicos: Ana Maria F. Santos Nascimento (piano), Dilza Ferraz A.

    Garcia e Eunice M. Garcia (canto). Em 1973, formou-se a orquestra

    chamada Pedaggica, formada quase exclusivamente de flautas doces

    sob regncia do Prof. Grson Gorski Damaceno.

    Em 1980, o CMA passou a se chamar Academia Adventista de Arte

    (ACARTE). Atualmente a ACARTE oferece cursos de piano, violino,

    viola, violoncelo, clarineta, trompa, trombone, trompete, sax, flauta,

    marimba, percusso e musicalizao infantil. H tambm corais para as

    diversas faixas etrias: Pequenos Cantores da Colina para alunos de 1

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    a 4 srie do 1o Grau, Coral Juvenil para os alunos de 5 a 8 srie do

    1o Grau; Coral Jovem para alunos do 2o Grau e *Coral Carlos

    Gomes para alunos das faculdades, alm da orquestra e da banda que sempre abrilhantaram as programaes cvicas, sociais e, principalmente

    as religiosas.

    O Colgio sempre teve departamento de Msica, mesmo sem ter um

    prdio exclusivo para isso.

    Paulo Hennig - Canto (1915-1920); Sra. Margarida M. Steen - rgo

    (1919-1927); Sra. Gladys Taylor - Piano (1919); Alma Meyer Bergold -

    Piano e rgo (1922-1931); Anna Mascarenhas - Piano (1924); Sra.

    Arabella Moor - Piano (1928-1934); Antonieta Grandmaison - Piano

    (1935); Theone Wheeler - Piano (1941); Maria de Falco de Brito (1942-

    1943); Werner Weber - Violino (1942-1944); Alice Schwantes (1944-

    1945); Walton Brown - Msica (1945); Nair Villela Lima - Piano (1946-

    1947); Charles Pierce - Piano e Canto (1952-1955).

    Diretores: Dean Friedrich (1956-1957); *Walter Nelson (1958);

    Flvio Arajo Garcia (1959-1974); Trcio Simon (1975-1976); Williams

    Costa Jnior (1977-1978); Orly Ferreira Pinto (1979-1983); Renato

    Gross (1984); Jaime Daniel (1985- ).

    ADECEANO, O. Peridico trimestral. rgo Oficial da *Associao

    dos Diplomados pelo Colgio Adventista Brasileiro (ADCA), com sede

    no *Colgio Adventista Brasileiro (CAB), atual *Instituto Adventista de

    Ensino (IAE/SP), em So Paulo, SP.

    Jornal-revista impresso, com um nmero varivel de pginas,

    construda por editorial, artigos do redator, crnicas, reportagens, notas

    sociais, notcias sobre adeceanos, relatrios da entidades, etc.

    Seus colaboradores so os adeceanos, membros associados do ADCA.

    Foi criado em 1950 e alguns dos seus redatores foram: Miguel J.

    Malty (1950-1951); *Guilherme Frederico Denz (1952- ); Josino

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    Campos (1957- ); Jos Nunes Siqueira (1959- ); Gideon de Oliveira

    (1960- ).

    Veja Associao dos Diplomados pelo Colgio Adventista

    Brasileiro (A.D.C.A.).

    ADMINISTRAO DA IGREJA. Veja Igreja Local.

    ADOO. [gr. huitheosia, adoo, adoo como filhos, colocao como filho.] Termo usado no N.T. para descrever o processo pelo qual o crentes em Cristo entra na condio de filhos do

    Pai (Rom. 8:15, 23; Gl. 4:5; Ef. 1:5). A figura foi certamente extrada

    da lei romana, de acordo com a qual um filho adotivo participava dos

    plenos privilgios gozados por um filho legtimo. O termo enfatiza o

    desejo de Deus de estender Seu terno amor sobre Seus filhos. Em Rom.

    9:4, o chamado especial de Deus nao judaica como Seu

    representante e filhos pela f chamada adoo. Em Rom. 8:23, a palavra descreve a redeno de nosso corpo do pecado, dor e morte no *Segundo Advento de Cristo. Embora a palavra no se encontre no A.T.,

    a prtica da adoo era conhecida. Por exemplo, Moiss foi adotado pela

    filha de Fara (x. 2:8-10) e Ester por Mardoqueu (Est. 2:7).

    ADORNOS. Veja Vesturio.

    ADULTRIO. As palavras hebraica e grega assim traduzidas

    descrevem especificamente o intercurso sexual de uma pessoa casada

    com algum que no um cnjuge legal. Sob a lei levtica, tal ato era

    punido pela morte (Lev. 20:10). Porm, o stimo mandamento (x.

    20:14) parece abranger a impureza sexual de qualquer espcie, seja por

    ato seja por palavra. Acrscimos tradicionais ao mandamento

    obscureceram a idia de pureza moral imaculada e criam brechas para

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    padres de conduta insinceros e culposos, mas em Seu sermo da

    montanha Jesus esclareceu a inteno do mandamento (Mat. 5:27, 28,

    32).

    O termo adultrio freqentemente usado de modo figurado. Embora a fidelidade conjugal simbolize lealdade incondicional ao

    Criador, o adultrio o smbolo da transgresso humana do concerto

    com Deus, mediante idolatria ou outras formas de apostasia (Jer. 3:8, 9;

    Eze. 23:37; Os. 2:2; Mat. 12:39; Apoc. 2:22).

    ADVENTISTA. (a) Original e corretamente, um membro do

    *Movimento Adventista (ou *Milerita) ou de qualquer das cinco

    corporaes da Igreja Adventista que dele se originaram; (b) na

    linguagem dos Adventistas do Stimo Dia (ASD), um termo abreviado

    para *Adventista do Stimo Dia; (c) em alguns dicionrios, qualquer crente no Adventismo, que eles definem vagamente como a doutrina da proximidade do *Segundo Advento e fim do mundo ou dos sculos.

    Os termos Adventista e Adventismo foram criados pelos Mileritas (Veja

    Movimento Milerita). Por conseguinte, esses termos so mais

    corretamente empregados na estrutura da escatologia Milerita, que inclui

    no apenas o ensinamento do prximo Advento pessoal de Cristo, mas

    tambm um corpo distintivo de doutrinas com os eventos ligados a ela.

    Compreendido deste modo, o Adventismo era e distinto e no deve ser

    confundido com outras concepes sobre o Segundo Advento.

    Definido no sentido impreciso da crena na proximidade do Segundo

    Advento o Adventismo no se originou nos Estados Unidos da Amrica nem com o Movimento Milerita. Nos primrdios do sculo

    dezenove, nas ilhas e no continente britnico, houve grande

    reavivamento e interesse no breve retorno de Cristo em contraste com o

    ensino ento dominante de que Cristo viria apenas aps um futuro

    *Milnio. Os Mileritas, na Amrica, eram parte distintiva do

    *Despertamento do Advento geral e consideravam a todos os que

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    defendiam a proximidade do Advento como irmos, apesar das

    diferenas em outras reas da doutrina. (Veja Pr-milenismo). Mais

    tarde, quando representantes do grupo de adventistas guardadores do

    *Sbado, na Amrica, foram para o exterior, primeiro Europa,

    encontraram outros esperando pelo Segundo Advento. Em muitas

    lnguas, a expresso Adventista passou a ser usada por aqueles que no conhecem a origem da palavra, significando especificamente a

    igreja que ensina tanto a observncia do sbado do stimo dia como a

    preparao para o advento do Senhor, a saber, a Igreja Adventista do

    Stimo Dia.

    ADVENTISTA DO STIMO DIA. Nome descritivo adotado como

    nome denominacional em 1860 por uma ramificao dos Adventistas

    os que especificamente, guardam o *Sbado. (Veja Igreja Adventista

    do Stimo Dia, Organizao e Desenvolvimento da, para saber das

    circunstncias da adoo). As pessoas que primeiramente receberam o

    nome em 1860 foram j os Adventistas, no somente no amplo sentido

    da crena na proximidade da vinda de Cristo pois muitos, nos idos de 1840 em todas as partes do mundo, criam nisto mas tambm no sentido restrito de ter-se desenvolvido do *Movimento Milerita, que se

    tinha autodenominado *Adventista. Adotando o nome de Adventistas

    Guardadores do Sbado, distinguiam-se de outros dissidentes do

    Movimento Milerita.

    Deste modo, a explicao popular de que o nome era reservado a

    algum que cr no *Segundo Advento e observa o stimo dia

    superficial demais. Primeiro, h no-adventistas que observam o stimo

    dia os Batistas do Stimo Dia. Segundo, o termo Adventista no inclui todos os que crem no Segundo Advento (por exemplo, o Credo

    dos Apstolos professa crena no Segundo Advento) assim como o

    termo Presbiteriano no designa s os que so dirigidos por presbteros

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    ou o termo Batista aqueles que limitam o *Batismo imerso dos

    crentes (que seriam ambos aplicados aos ASD).

    O ttulo todo Adventista do Stimo Dia (ou o equivalente em vrias lnguas) o nome oficial de uma denominao Crist com um corpo

    especfico de doutrinas, das quais sbado e o Segundo Advento so

    parte. No aplica aos que (mais em pequenos grupos) guardam o stimo

    dia e defendem a proximidade do Advento mas que diferem em outras

    doutrinas, e por isso no so parte da denominao. Por outro lado, no

    negado aos que tenham a mesma f mas que estejam separados por

    circunstncias de uma ligao organizacional com o corpo dos ASD.

    ADVENTISTA DO STIMO DIA, IGREJA. Corporao crist

    conservadora, mundial em extenso, evanglica em doutrina, no

    professando nenhum credo alm da *Bblia. Caracterizada por forte

    nfase no *Segundo Advento, que ela cr estar prximo e observa o

    *Sbado bblico, o stimo dia da semana. Esses dois pontos distintivos

    so incorporados com o nome *Adventista do Stimo Dia. A Igreja

    administrada por uma organizao democrtica, desde Igreja local (Veja

    Igreja Local), Associaes (Veja Associao Local) e Unies (Veja

    Igreja Adventista do Stimo Dia, Organizao e Desenvolvimento

    da) at a *Associao Geral da IASD (AG), com suas 13 Divises (Veja

    Divises) em vrias partes do mundo.

    O total de membros em todo o mundo (7.498.653 em 1992)

    distribudo aproximadamente como se segue: um quarto na Amrica

    Latina; um quinto na frica; um quinto na Amrica do Norte; um

    dcimo na Europa; um vinte avos na Austrlia.

    Doutrinas e Padres. A IASD rejeitou firmemente adotar um credo

    ou confisso, preferindo basear todas as suas crenas na Bblia. Porm,

    vrias declaraes de crenas gerais tm sido publicadas. (Veja

    Declaraes Doutrinrias da IASD; e tambm os nomes das

    doutrinas). Ser *Membro da Igreja, por voto da *Congregao local,

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    envolve *Converso e *Batismo por imerso, seguindo a instruo e

    aceitao das doutrinas da Igreja e padres de comportamento, inclusive

    total abstinncia de bebidas alcolicas e fumo.

    A mensagem ASD distintiva pode ser resumida como o Evangelho eterno a mensagem crist bsica de *Salvao mediante a f em Cristo no conjunto das *Trs Mensagens Anglicas de Apoc. 14:6-12 o chamado para adorar o Criador, pois chegada a hora do seu *Juzo e para tomar uma posio para *Deus na crise. Essa mensagem resumida na frase, os mandamentos de Deus e a f em Jesus (v. 12).

    Veja Igreja Remanescente.

    Poltica e Organizao. A administrao da Igreja local

    parcialmente de modelo Presbiteriano, embora os ministros no sejam

    escolhidos pela *Congregao, mas sejam escolhidos pelas Associaes

    (ou misses, ou sees), compostas de vrias igrejas. As atividades

    departamentais so supervisionadas por representantes da Associaes.

    Vrias Associaes formam Unies, e essas constituem a Associao

    Geral da IASD, a corporao administrativa mundial. O Comit

    Executivo da Associao Geral funciona no somente mediante divises

    administrativas geogrficas mas tambm atravs de departamentos de

    orientao, comits e comisses. Veja Constituio da Associao

    Geral.

    A organizao da Igreja representa sua composio internacional. O

    Comit Executivo da AG inclui membros de todas as divises (exceto a

    da China que interrompida pelas condies mundiais e

    completamente autnoma do restante da Igreja). Cada Diviso tem seu

    presidente (que tambm vice-presidente da AG), seus oficiais e seu

    comit executivo e representantes que pertencem ao Comit Executivo

    da AG, servindo como uma espcie como um subcomit que opera em

    sua prpria seo do globo. A IASD opera em 204 pases e ilhas,

    empregando 687 lnguas.

  • Enciclopdia ASD

    13

    Estatsticas. As estatsticas para 1992 so: igrejas: 36.032; membros:

    7.498.653; colgios e universidades: 1.018; instituies de sade: 461;

    fbricas de alimento: 33; ministros ordenados: 11.915; obreiros ativos:

    128.725; professores: 15.576 (total).

    Histria. Precursores. Os ASD so, em termos de doutrina, herdeiros

    do *Movimento Adventista ou *Milerita dos anos de 1840; mas so

    herdeiros tambm de um despertamento geral anterior, em muitos pases,

    de interesse no *Segundo Advento, do qual o movimento Milerita era

    uma parte (Veja Pr-milenismo).

    Desenvolvimento da Denominao. O nome da denominao e a

    organizao bsica foram adotados entre 1860 e 1863. Porm o grupo

    que chegou ento ao ponto da organizao, tinha por alguns anos desde 1844 formado um corpo bem definido de indivduos, grupos e igrejas locais, que estavam desenvolvendo e ensinando doutrinas que os

    distinguiam claramente dos outros.

    Por volta de 1850, a fuso dos grupos dispersos de Adventistas

    guardadores do sbado na Nova Inglaterra e Nova Iorque foi assegurado

    por uma srie de Associaes (Veja Congressos Sabticos) sob a

    liderana do casal *Tiago e *Ellen G. White e de *Jos Bates. Durante o

    perodo de 1848 at 1850, as diferenas foram resolvidas e o esboo

    principal das doutrinas em comum foi estabelecido. Assim formou-se o

    ncleo da IASD, anos antes de existir o nome da organizao.

    Em 1848, Tiago White, incentivado por sua esposa, comeou a

    publicar o Present Truth, em Middletown, Connecticut; no ano seguinte,

    a Advent Review (Revista Adventista), em Auburn, Nova Iorque, e mais tarde em 1850 a *Review and Herald, em Paris, Maine mais tarde em Rochester, Nova Iorque, onde estabeleceu-se uma pequena

    casa publicadora. A Review and Herald tornou-se o rgo oficial da

    denominao. Em tudo isso, os conselhos de Ellen G. White deram

  • Enciclopdia ASD

    14

    inspirao e Tiago White, a liderana, a maioria dos sermes, as

    publicaes e a promoo.

    A publicadora, operada primeiramente em Rochester, Nova Iorque,

    foi mudada para Battle Creek, Michigan, em 1855. Battle Creek logo se

    tornou a sede da denominao.

    Durante a dcada de 1850, a elaborao das doutrinas se desenvolveu,

    em sua maior parte por artigos que tratavam de vrios assuntos bblicos,

    freqentemente citados como respostas a opositores. *John N. Andrews,

    um jovem em seus vinte anos com tendncia ao intelectualismo,

    escreveu inmeros artigos sobre o *Sbado, o *Santurio, as Bestas de

    Apoc. 13 (Veja Marca da Besta), e outros assuntos profticos. Seus

    artigos, bem formulados e bem escritos, formaram a base para folhetos

    posteriores e livros sobre esses assuntos. *Urias Smith, mais tarde

    conhecido por seus estudos em Daniel e Apocalipse, comeou a escrever

    sobre as profecias.

    Em uma reunio geral em Battle Creek em 1860, adotou-se o nome

    denominacional e foi formado um comit para incorporar a publicadora.

    A publicadora ASD tornou-se uma corporao em 1861. Em 1861, as

    igrejas tambm de Michigan foram organizadas em uma associao (no sentido Metodista da palavra); mais tarde, outras associaes foram

    formadas. Em 1863, realizou-se uma *Conferncia Geral e estruturou-se

    uma constituio. Veja Igreja Adventista do Stimo Dia, Organizao

    e Desenvolvimento da, sees I e II.

    Numerosas instituies foram estabelecidas na sede de Battle Creek

    em 1866, o Instituto Ocidental de Reforma de Sade, que em 1877 tornou-se o Sanatrio Cirrgico e mais tarde o Sanatrio de Battle

    Creek; em 1874, o Colgio de Battle Creek; e em 1895, o Colgio

    Mdico-Missionrio Americano.

    Em 1868, os evangelistas foram para o Oeste e iniciaram uma obra

    prspera na Costa do Pacfico. Na Nova Inglaterra, o evangelismo leigo

    foi promovido atravs de sociedades missionrias e de folhetos, iniciado

  • Enciclopdia ASD

    15

    no fim da dcada de 1860 e organizado em uma base denominacional

    em 1874. Publicaes em diferentes lnguas eram impressas para o uso

    entre os estrangeiros nos Estados Unidos e a influncia desse

    evangelismo espalhou-se (Veja Publicaes, Obra de). No fim da

    dcada de 1860, os ensinos Adventistas foram levados para a Europa

    (Itlia e Sua) por um missionrio no enviado pela denominao (Veja

    Czechowski, Michael Belina), e grupos dos que aceitavam as doutrinas

    foram formados sem contato com o grupo original.

    Em 1874, a AG enviou John Nevins Andrews para a Europa. Esse foi

    o incio de uma expanso mundial. Ao os ASD entrarem em outras

    terras, eles encontraram pessoas que j esperavam o retorno de Cristo, e

    alguns que observavam o sbado, que se uniram ao movimento Alemanha, Rssia, Argentina, Brasil e em outras partes.

    No fim da dcada de 1870, foi iniciada a venda da literatura ASD de

    casa-em-casa, que levou as publicaes ASD ao pblico em geral. Essa

    inovao foi to bem sucedida que se tornou um dos mtodos padro de

    evangelismo (Veja Colportor; King, George Albert).

    Na dcada de 1880, havia ASD espalhados das Ilhas Britnicas at a

    Rssia e da Escandinvia at a Itlia, sendo a Itlia o centro. Havia at

    mesmo um pequeno nmero na Turquia. Do lado oposto do mundo,

    Austrlia e Nova Zelndia foram alcanadas, tambm a ilha de Pitcairn

    no mdio Pacfico. Sentiu-se um incio na frica do Sul.

    Nos anos oitentas (1880), o evangelismo alcanou a Amrica Central

    (Honduras) e partes da Amrica do Sul (Guiana Inglesa). Na dcada dos

    noventas, o navio missionrio, Pitcairn iniciou contatos com vrias Ilhas

    do Pacfico e alcanou-se a ndia e o Japo. Embora um missionrio de

    sustento prprio tenha trabalhado em Hong Kong, a China no foi

    alcanada at a virada do sculo.

    No anos iniciais do sculo vinte, a igreja estava em todo o mundo e

    tambm voltou suas atenes para a administrao a fim de facilitar a

    obra nas reas onde ela j tinha se estabelecido. As Associaes Locais

  • Enciclopdia ASD

    16

    foram unidas em uma rea mais ampla, as Unies (Veja Igreja

    Adventista do Stimo Dia, Organizao e Desenvolvimento da)

    durante o perodo de 1894 a 1901; em 1913, as Divises (Veja Diviso)

    foram formadas em uma base continental.

    Em 1901, o planejamento e controle sobre as vrias fases da obra da

    Igreja tornaram-se mais centralizadas com a formao dos

    departamentos da Associao Geral no lugar de vrias organizaes

    independentes e um Comit Executivo melhor representado assumiu a

    funo de liderana. Em 1903, a sede foi mudada para Washington, D.C.

    Em anos posteriores, como todas as partes do globo estavam

    determinadas s vrias Divises, novos territrios foram alcanados e

    tornaram-se bases para maiores expanses ao se desenvolver a liderana

    indgena. A Igreja se tornou verdadeiramente mundial em expanso,

    embora sempre desafiada por regies posteriormente alcanadas. Seu

    crescimento mostrado em uma tabela anterior de estatsticas histricas.

    ADVENTISTA, REVISTA. Veja Revista Adventista.

    ADVENTISTAS DAVIDIANOS E MOVIMENTO VARA DO

    PASTOR. Um ramo fundado por Victor T. Houteff, membro de uma

    Igreja ASD de Los Angeles, Califrnia, em 1929, popularmente

    chamada de Vara do Pastor, segundo o ttulo de sua primeira publicao. Sua organizao tomou o nome de Adventista do Stimo Dia Davidianos em 1942. Houteff, que se considerava divinamente inspirado e mensageiro de Deus, estabeleceu o assunto primrio de seus

    ensinos em sua primeira publicao como segue:

    Esta publicao contm apenas um nico assunto com uma

    lio dupla; isto , os *Cento e Quarenta e Quatro Mil (Apoc.

    7:4-9; 14:1) e um chamado para reforma (A Vara do Pastor, 1

    ed. 1930, vol. 1, p. 11).

  • Enciclopdia ASD

    17

    Em maio de 1935, Houteff e 11 seguidores (inclusive crianas),

    migraram para Waco, Texas, e estabeleceram uma colnia em uma

    fazenda prxima a que se referiam como Centro do Monte Carmelo. Este

    centro deveria ser um quartel temporrio para a reunio dos 144.000 selados, preparatrio para sua transferncia para a Palestina como o reino restabelecido de Davi sob um regime teocrtico, para dirigir o

    trabalho final do Evangelho sobre a terra antes do *Segundo Advento de

    Cristo.

    Antes de sua morte em 5 de fevereiro de 1955, Houteff apontou sua

    esposa para que dirigisse seu rebanho at que o Senhor escolhesse outro

    profeta para que tomasse a responsabilidade. O Tribune-Herald de 27 de

    fevereiro de 1955, noticiou, pouco depois da morte de Houteff, que, por

    vezes, havia 125 pessoas vivendo no Monte Carmelo, incluindo crianas

    e alguns invlidos no lar de repouso.

    Imediatamente aps a morte de Houteff, a Vara do Pastor comeou a

    se esfacelar em pequenos grupos. O principal, sob a liderana de

    Houteff, anunciou ao pblico, atravs da imprensa, que o perodo

    proftico de 1.260 dias preditos em Apoc. 11 terminariam no dia 22 de

    abril de 1959; e que, naquela data, *Deus interviria de uma maneira

    notvel na Palestina para expulsar judeus e rabes para o

    estabelecimento do reino Davidiano naquele pas. Respondendo a um

    chamado oficial para se reunirem em Waco nos dias 16-22 de abril de

    1959, em prontido para se mudarem para a Palestina to logo a

    Providncia indicasse, muitas centenas de pessoas se reuniram no

    Centro do Monte Carmelo para esperar o cumprimento da predio.

    Quando a data passou normalmente, a maioria das pessoas desapontadas, confusas, e embaraadas espalharam-se vagarosamente de Waco para recomear vida nova em outro lugar, medida do

    possvel. Alguns retornaram Igreja ASD, alguns perderam totalmente a

    f na *Bblia e voltaram para o mundo, alguns se uniram a grupos

    pequenos, tais como o Ramo (que realmente enviou alguns

  • Enciclopdia ASD

    18

    colonizadores para Israel em uma misso que terminou em fracasso).

    Alguns ficaram com os lderes de Waco para enfrentarem o futuro.

    A Sra. Houteff e seus lderes associados publicamente reconheceram,

    em uma edio de 12 de dezembro de 1961 e 16 de janeiro de 1962, que

    o grupo da Vara do Pastor e seus ensinos particulares no eram sadios.

    Finalmente, em 11 de maro de 1962, eles renunciaram, declararam a

    Associao Davidiana dissolvida, fecharam seu Centro do Monte

    Carmelo, e colocaram a propriedade venda. Uns poucos dissidentes da

    Vara do Pastor, opostos entre si, ainda lutam para sobreviver.

    Tragdia em Waco. O maior grupo do Ramo dos Davidianos se

    encontrava no Rancho Apocalipse no Monte Carmelo pertencente

    seita, em Waco, Texas, EUA. Era liderado por David Koresh (Vernon

    Howell), 33 anos. Ele cresceu na IASD, demonstrando-se muito

    inteligente nas coisas da Igreja. Seus problemas comearam quando ele

    comeou a ir para a escola, abandonando-a alguns anos depois. Apenas

    estudava a Bblia e tocava violo.

    Aos 18 anos, usando cabelos compridos e roupas muito informais,

    comeou a freqentar novamente a Igreja em Chandler, Texas. Mudou-

    se algum tempo para Waco e uniu-se ao Ramo Davidiano. Quando

    chegou, a seita era liderada por Lois Roden, uma senhora impopular

    entre os seguidores por afirmar que o Esprito Santo do sexo feminino.

    Seu filho, George Roden aspirava liderana do grupo, mas era tambm

    impopular. Howell logo conseguiu a simpatia do grupo por seu carisma

    e conhecimento da Bblia. Em breve a liderana dos Davidianos foi

    posta em suas mos. Isso se deu devido s novas pretensas revelaes de Howell: ele era o stimo anjo do Apocalipse destinado por Deus a

    trazer o fim do mundo. O fim do mundo viria quando Israel comeasse a

    converter os judeus. A converso causaria uma excitao mundial

    culminando com a invaso da Terra Santa pelas foras armadas dos

    EUA, ocorrendo o *Armagedom. Ento Howell seria transformado em

  • Enciclopdia ASD

    19

    um anjo guerreiro que limparia a terra, preparando-a para a Nova

    Jerusalm.

    Ele realmente foi para Israel em 1980. Mas, como seus planos

    falharam, ele ps em ao o Plano B: em 1990, mudou seu nome para

    David Koresh. Koresh a forma hebraica de Ciro, o rei babilnico que

    libertou Israel. Abandonando a teoria do Apocalipse em Israel, comeou

    a predizer que o fim seria no Texas. Os fiis esperariam no Monte

    Camelo at o momento em que o exrcito americano traria o fim do

    mundo. Koresh levava o estigma de imoralidade sexual, mantendo

    relaes sexuais com adolescentes, rebelio contra o governo e uso de

    bebidas durante os cultos. As condies higinicas tambm eram das

    piores. Foi nesse ambiente que ocorreu o fim da seita.

    O Armagedom teve incio em 28 de fevereiro de 1993, quando agentes do Departamentos de lcool, Tabaco e Armas dos EUA, foram

    informados de que os davidianos estocavam armas e munies. Alm

    disso, Koresh foi acusado tambm de poligamia com as esposas e filhas

    dos fiis, ingesto de cerveja durante os cultos e abuso sexual de

    crianas. Nesse dia, tentaram prender Koresh, porm, sem sucesso.

    Havia no local 120 homens, mulheres e crianas. O cerco se alongou por

    51 dias de negociaes com Koresh e Steve Schneider com o FBI, e os

    fiis falavam em suicdio coletivo.

    Na madrugada de 19 de abril de 1993, o FBI invadiu o rancho dos

    Davidianos. Porm, ao meio dia do dia 20 de abril, comeou um incndio

    que carbonizou 86 fiis, entre eles crianas e o lder, David Koresh. Apenas

    9 sobreviveram ao incndio. No se sabe se foi Koresh e seus seguidores

    que atearam fogo no rancho, ou se lanternas derrubadas pelo FBI

    provocaram o incndio, como afirmaram os sobreviventes. O movimento

    ainda sobrevive em aproximadamente 10 grupos de 40 membros cada. Eles

    esperam alcanar o nmero 144.000 para irem a Jerusalm, e expulsarem

    os judeus e rabes para se estabelecerem definitivamente ali.

  • Enciclopdia ASD

    20

    ADVENTO. Veja Segundo Advento.

    ADVOGADO. [gr. parakletos, pessoa chamada para estar ao lado de

    algum a fim de dar assistncia ou conselho, ajudador, intercessor, conselheiro.] Termo que aparece uma vez na Bblia, usada para Cristo em Seu ministrio em favor de pecadores arrependidos (I Joo 2:1).

    Parakletos em suas outras ocorrncias no N.T. (Joo 14:16, 26; 15:26;

    16:7) refere-se ao *Esprito Santo e traduzido como Consolador (ARA). Designao do Esprito Santo como outro Consolador em Joo 14:16 infere que Cristo tinha estado a servir Seus discpulos na

    mesma funo a de um Consolador. difcil achar uma s palavra portuguesa que substitua perfeitamente os vrios usos sugeridos por

    parakletos. Em I Joo 2:1, as funes de intercessor, mediador, ajudador, estavam provavelmente na mente do autor.

    AGNCIA ADVENTISTA DE ASSISTNCIA E

    DESENVOLVIMENTO (ADRA) (Adventist Development Relief

    Agency). Envolve filantropia e projetos de desenvolvimento.

    Organizada com o objetivo de prestar ajuda com roupas, alimentos,

    medicamentos, abrigos e outros socorros s vtimas das grandes

    catstrofes, como: terremotos, furaces, enchentes, guerras, secas, fome,

    etc., em qualquer parte do mundo.

    Conta com a participao de empresas, banqueiros e industriais, cujo

    objetivo dar apoio e suporte s instituies adventistas regionais.

    Ralph S. Watts Jr. o lder mundial do Departamento de Assistncia

    Social Adventista (ADRA) da *Associao Geral da IASD, nos EUA.

    Na *Diviso Sul-Americana da IASD (DSA) dirigida pelo Pr. Haroldo

    Morn. (1994).

    Uma atividade indita da ADRA com recursos alimentcios da Europa

    na DSA, foi a realizada no municpio de Cod, no Estado do Maranho,

    que uma regio de mais altos ndices de populao em pobreza

  • Enciclopdia ASD

    21

    absoluta. Distante 300 Km. da capital, Cod alvo do projeto da

    Comunidade Econmica Europia que, atravs da ADRA, levou

    esperana a 50 mil pessoas.

    A ADRA da Alemanha a mantenedora e responsvel pelo projeto, e

    esta designou como diretor do mesmo, o Sr. Paulo Seidl e o Pr. Joo

    Cludio do Nascimento como diretor executivo.

    Foi organizada a distribuio de todos os alimentos. Tambm foi

    oferecido um treinamento que lhes permita alternativa de trabalho.

    Seu incio efetivo no Brasil foi em 1931, com o lanamento da lancha

    assistencial Luzeiro I, com o Pr. *Leo Blair Halliwell e sua esposa

    *Jessie Halliwell, nas guas dos Rio Amazonas. A partir da vrias

    pessoas tem recebido atendimento mdico e alimentar em todo o pas.

    Depois de 1960 o comandante da Luzeiro do Sul, realizou uma

    exposio de uma pintura da lancha Baa de Paranagu, em Curitiba, PR.

    Em 1966, foi repetida a exposio com a lancha com fatos e fotos da

    obra assistencial, a fim de levantar donativos para este trabalho. Neste

    mesmo ano a *Obra Filantrpica e de Assistncia Social Adventista

    (OFASA) teve uma sede em Belo Horizonte, MG, onde foi instalada

    tambm uma clnica mdica chamada Luminar.

    Em 1967, a *Unio Norte-Brasileira da IASD recebeu a doao de

    uma avio anfbio para as atividades assistenciais realizada pelas

    lanchas. O hidroavio foi batizado com o nome de Leo Halliwell. Muitos

    outros centros assistenciais foram inaugurados, os quais organizavam

    cursos de alfabetizao de adultos, formao profissional, arte culinria,

    corte e costura, pintura em tecido e bordados artsticos, socorristas

    voluntrios e outros. A Assistncia Social Adventista (ASA)

    administrou os ambulatrios circulantes na transamaznica em convnio

    com o Funrural.

    Em 1973, a *Misso Costa-Norte da IASD, vendeu o avio Leo

    Halliwell e comprou outros de mais capacidade. A ASA no Brasil, a

    OFASA nos pases latino-americanos de fala espanhola e o Seventh Day

  • Enciclopdia ASD

    22

    Adventist World Service (SAWS), nos EUA - Servio Social Adventista

    Mundial. (At 1972 recebia o nome de Seventh-day Adventist Welfare

    Service - Servio Beneficente Adventista do 7o Dia), todos tem o mesmo

    propsito: prestar auxlio onde houver necessidade.

    Em 1977, foi um ano de preparao. Estocaram roupas e

    medicamentos. Pela primeira vez as trs Unies Brasileiras participaram

    em convnio com o SAWS e em colaborao com a Superintendncia

    Nacional de Abastecimento APD e Diaconia. A *Unio Sul-Brasileira

    da IASD foi a primeira a possuir o seu Centro Assistencial prprio.

    No dia 23 de junho de 1981 a IASD comemorou o cinqentenrio do

    lanamento da lancha assistencial Luzeiro I, em 1931. Foi feito um

    carimbo comemorativo do jubileu da ASA no Brasil, solicitado

    Empresa Brasileira de Correios e Telgrafos.

    Em 1983, a Associao Geral organizou um novo departamento de

    Assistncia Social, que passou a englobar o SAWS e o Setor de Projetos

    Especiais: a ADRA, patrocinando assim o servio social adventista em

    todo mundo.

    Com a ajuda de doadores norte-americanos, a ADRA construiu 26

    igrejas em 1993 na regio amaznica. So estruturas simples, sem

    sofisticao, desenhadas para conter entre 200 a 300 pessoas cada uma.

    Nos dias 25 a 27 de agosto de 1994, foi realizado o I Encontro de

    Lderes da ADRA da *Associao Paulista Central da IASD sob

    coordenao do Pr. Daniel Pereira dos Santos, lder do setor. Ali

    partilharam idias, experincias do trabalho e receberam instrues

    quanto dinmica das atividades.

    AGREMIAO DOS OBREIROS ADVENTISTAS DE

    HORTOLNDIA (AJAH). A sede da sociedade localiza-se Rua

    Schiaveto, 310, nas proximidades do *Instituto Adventista So Paulo

    (IASP). uma Associao formada por obreiros jubilados adventistas

    residentes em Hortolndia, SP.

  • Enciclopdia ASD

    23

    O objetivo da AJAH desenvolver um melhor relacionamento entre

    os membros mediante a promoo de atividades religiosas, sociais,

    fsicas, bem como imaginar meios que lhes possibilitem bem-estar e

    condies mais favorveis.

    Atualmente, a AJAH, tem sua sede prpria em terreno da Obra ASD,

    doado gentilmente pela Prefeitura de Sumar, SP.

    As instalaes da sede compreendem dois pavilhes de 7,5 metros de

    largura por 26 metros de comprimento, cada um. Segundo Moiss Nigri,

    essa a primeira agremiao de obreiros jubilados que possui sede

    prpria no mundo adventista. O pavilho principal tem um salo de 7 x

    18 metros, para reunies regulares, mensais, a cada segundo sbado do

    ms, quando h um perodo de oraes, palestras de mdicos que do

    orientaes quanto medicina preventiva, alimentao, exerccios

    fsicos adequados para a terceira idade. Anexas, h ainda uma cozinha

    equipada com geladeira, fogo, etc. e ainda uma sala para secretaria e

    tesouraria. O outro pavilho destina-se exclusivamente ao exerccio

    fsico dos idosos. Ali joga-se tambm malha e bocha. A agremiao

    promove tambm almoos de confraternizao, excurses a instituies

    adventistas, parques, zoolgicos e guas termais. Realiza-se programas

    juntos s igrejas, aos sbados, desde a *Escola Sabatina at o Programa

    JA relatando experincias de como *Deus tem operado maravilhosamente atravs dos anos.

    notrio que os jubilados que aprenderam a divina arte de

    envelhecer, ou seja, viver vida longa, feliz e com sade, participando dos programas espirituais, sociais e recreativos, so os que seguem uma

    vida ativa junto s igrejas onde atuam, no confiando apenas na

    experincia do passado.

    Os associados da AJAH seguem a filosofia contida em um dos

    pensamentos do *Esprito de Profecia que diz:

  • Enciclopdia ASD

    24

    No vos jacteis pelo que fizestes no passado, mas mostrai o de que sois capazes agora. ... Mantende jovem vosso corao e esprito,

    mediante exerccio contnuo. (IIME, p. 222.)

    Em meados de 1979, j havia em Hortolndia cerca de 30 obreiros

    adventistas jubilados. Surgiu a idia de fundar-se uma associao dos

    obreiros aposentados que residiam naquela regio. A primeira reunio

    foi convocada para a efetivao do plano, no livro da secretaria da

    entidade:

    Aos 4 dia do ms de agosto de 1979, s 20 horas, sob a presidncia do Pr. Oscar Luiz dos Reis, indicado pela

    Assemblia, teve lugar na residncia do Pr. *Paulo Marquardt,

    uma reunio das pessoas interessadas na criao de uma

    entidade que congregasse obreiros jubilados da *Igreja

    Adventista do 7o Dia, nesta regio de Hortolndia.

    Decidida a criao da referida entidade, ficou definido que a

    associao teria o nome de Associao dos Jubilados Adventistas de

    Hortolndia AJAH, passando em 1985 para Agremiao dos Obreiros Jubilados Adventistas.

    Uma vez definido o nome, passou-se aprovao dos regulamentos

    que deveriam reger a entidade. O regulamento interno, foi aprovado por

    unanimidade e, em seguida, a assemblia procedeu a votao da

    diretoria para o ano de 1979 o primeiro ano da sociedade. Foram indicados os seguintes nomes: Presidente: Oscar L. dos Reis; Vice-

    Presidente: Carlos Trezza; Vice-Presidente: Sesstris C. Souza; Diretor

    Financeiro: Willy Baranski; Vice-Diretor Financeiro: Paulo Marquardt;

    Diretor Capelo: Honrio Perdomo; Diretor Promocional: Lapim Nunes;

    Secretria: Lcia Trezza; Vice Secretria: Zuleica Queiroz.

  • Enciclopdia ASD

    25

    ALBUQUERQUE, JOO (1921-1978). Impressor da *Casa

    Publicadora Brasileira (CPB). Nasceu no dia 04 de setembro de 1921,

    em Bebedouro, SP. Em maio de 1943, casou-se com Ester Apolinrio de

    Albuquerque, cerimnia realizada pelo Pr. *Luiz Waldvogel. Dessa

    unio nasceram 3 filhas: Evani, Nanci e Dulci.

    Em 08 de dezembro de 1937, foi admitido na CPB onde trabalhou 41

    anos em vrios setores da editora, sendo considerado um dos

    impressores do mais alto nvel tcnico. Faleceu no dia 7 de novembro de

    1978, em So Paulo, aos 57 anos de idade.

    ALELUIA. [gr. alleluoia, transliterao do heb. halel-yah, louvai a Jah.] Uma interjeio piedosa que significando louvai a Jah ou louvai ao Senhor (Apoc. 19:1, 3, 4, 6). O termo uma transliterao de uma forma imperativa do heb. halal, louvar, qual acrescentada a forma heb. Yahweh, o nome pessoal de Deus. A frase hebraica encontra-

    se vrias vezes no A.T. hebraico, principalmente no hallel, isto , nos salmos de louvor, mas sempre traduzida como Louvai ao Senhor. Em muitos desses salmos, a exclamao aparece no incio e no fim (Sal.

    106; 113; 146-150), em outros apenas no incio (Sal. 111; 112), e em

    outros no final (Sal. 104; 105). Essas expresses de louvor em tais

    salmos podem ter servido para alguns propsitos litrgicos ou podem

    simplesmente ter sido usadas como expresses de profundo louvor e

    gratido a Deus. Sendo que a expresso tem uma referncia ao nome de

    Deus, seu uso comum ou irreverente seria proibido pelo terceiro

    mandamento.

    ALFA E O MEGA. [gr. A (alpha) e (omega), a primeira e a

    ltima letras do alfabeto grego.] Ttulo para Deus o Pai e para Cristo.

    Ocorre 4 vezes no livro de Apocalipse (1:8; 11; 21:6; 22:13) e na ARA

    apenas 3, omitindo a do verso 11 devido a fortes evidncias textuais.

    Como o prprio Joo a explica, a expresso significa o incio e o fim

  • Enciclopdia ASD

    26

    (1:8). Ela infere que Deus eterno Ele sempre foi, Ele sempre ser. Nos caps. 1:8 (cf. v. 4); 21:6 (cf. 20:11; 21:3, 5) o ttulo

    provavelmente descritivo de Deus o Pai, embora no captulo 22:13 (cf.

    v. 6) refira-se claramente a Cristo.

    ALIMENTOS. Veja Dieta; Sade, Princpios de.

    ALLEN, ALVIN NATHAN (1880-1945). *Pastor, Missionrio na

    Amrica Latina, professor e administrador. Nasceu em lar adventista e

    recebeu educao nos colgios de Battle Creek e Union em 1900 e 1901.

    Casou-se com Luella Emilu Goodrich em 1901. De seu casamento com

    Luella, nasceram: Winifred, casada com George Floodman; Ana,

    falecida em 1918; Ester, casada com Carlos Rentfro; Tadlock e Victor,

    falecido em 1915. Foram para Bay Islands e Honduras onde Luella e

    seus pais j atuavam como missionrios. Juntos colportaram, lecionaram

    e pregaram. Em Honduras, Allen fez um curso de Odontologia. Em

    1907, obteve uma licena e estudou no Washington Missionary College.

    Ali fez cursos rpidos de medicina. Em 1908, foi ordenado e enviado ao

    Peru como superintendente, mdico, missionrio e dentista. Sentiu o

    desejo de trabalhar entre os indgenas e seguiu para as regies inspitas

    do Peru, a fim de conhecer aquele povo to sacrificado que habitavam

    uma regio de 8.000 Km2. Havia corredores ngremes distantes, muitos

    quilmetros uns dos outros, e por entre as montanhas. Os antigos

    possuam objetos valiosos feitos de ouro e prata. Havia abundncia de

    minrios preciosos na regio o que despertou cobia nos espanhis que

    vieram explorar a terra e escravizar aquele povo que habitava as alturas

    da Cordilheira dos Andes. Organizou-se um trabalho educacional entre

    os ndios, com o total apoio de Manuel Camacho, seu chefe. O governo

    apreciou o trabalho realizado pela Obra Adventista, que apoiou o incio

    de uma escola em nvel superior, que mais tarde tornou-se a

    Universidade Unio Incaica.

  • Enciclopdia ASD

    27

    Entre os anos de 1914 e 1917, Allen dirigiu a Misso Cubana e depois

    foi presidente da Associao Carolina do Sul. Em 1917 assumiu a

    responsabilidade pelas relaes de servios de guerra, na Unio Sul

    (Estados Unidos) e pregou no Tennessee e Kentucky. Em 1920 foi para

    o Mxico, onde trabalhou entre os ndios de Techuantepec e entre os

    Sapotecos. Ao voltar aos Estados Unidos, organizou e dirigiu

    interinamente a Spanish-American Training School (Escola de

    Treinamento Hispano-Americana), escola de treinamento para falantes

    de lngua castelhana, em Phoenix, Arizona.

    Em 1926, veio para o Brasil e lecionou Bblia no *Colgio Adventista

    Brasileiro (CAB). Foi chamado para trabalhar entre os *ndios Carajs,

    Javas, Tapiraps, Xavantes, no Rio Araguaia, Ilha do Bananal e Rio

    Tapiraps.

    Em 1938, Allen adoeceu e retornou aos Estados Unidos. Continuou

    trabalhando e pregando na Flrida, Kentucky, Tennessee e Califrnia,

    at poucas semanas antes de sua morte.

    Faleceu em 1945 e foi sepultado em Redland, entre Los Angeles e

    So Francisco, no Estado da Califrnia, EUA.

    ALMA. Os termos gregos e hebraicos traduzidos como alma tm muitas variaes de significados. A primeira ocorrncia da palavra

    hebraica nephesh a de Gn. 2:7: E formou o Senhor *Deus ao homem do p da terra e lhe soprou nas narinas o flego de vida e o homem

    passou a ser alma vivente (nephesh). Alma a traduo mais comum do hebraico nephesh (de nephash, respirar) e do grego psyche. Sendo que o flego a mais notvel evidncia da vida, nephesh designa

    basicamente o homem como um ser vivente, uma pessoa. Neste sentido,

    o homem uma alma, por exemplo, em Nm. 19:18, onde o plural de

    nephesh traduzido como pessoas. Freqentemente nephesh significa vida (I Sam. 20:1; 22:23; I Reis

    3:11; etc.) assim traduzida na KJV 119 vezes. Geralmente nephesh

  • Enciclopdia ASD

    28

    usada no lugar de um pronome pessoal, significando eu, voc, ele, ela etc. (I Reis 20:32, mim; e em Jer. 17:21, vocs, etc.). Nephesh tambm aplicado a animais (Gn. 1:20, 21, 24, traduzido como

    criatura, etc.). No N.T., a palavra grega psyche, alma, tem um significado semelhante, embora freqentemente enfatize o consciente ou

    a personalidade.

    Nem nephesh nem psyche conotam uma entidade imaterial ou imortal

    ou parte de um homem capaz de conscincia independente de um corpo.

    Na morte, o homem pra de ser uma alma vivente. Seu esprito (Heb.

    rach) retorna a Deus que o deu (Ecl. 12:7; Veja Esprito). Neste mesmo dia perecem todos os seus desgnios (Sal. 146:4). A existncia consciente cessa na *Morte, pois os mortos no sabem coisa alguma (Ecl. 9:5).

    O conceito de uma alma imortal no momento da morte, como um

    esprito sensitivo e inteligente com existncia separada do *Corpo,

    entrou no pensamento judaico durante o perodo intertestamentrio

    atravs da influncia da filosofia grega. Durante os trs primeiros

    sculos depois de Cristo, telogos cristos adotaram a idia da mesma

    fonte, especialmente de Plato. De acordo com o historiador grego

    Herdoto, os gregos emprestaram este conceito dos egpcios (History of

    The Persian Wars, ii. 123). Esse conceito totalmente pago

    eventualmente substituiu o significado Bblico original de nephesh e

    psyche to completamente que impregnou estes termos com uma

    significao totalmente estranha quela estabelecida na *Bblia por seus

    escritores. Este conceito popular a base para vrias doutrinas no-

    bblicas, tais como a idia de que ao morrer o homem vai para o cu,

    purgatrio ou *Inferno e que os mpios devem ser enviados para um

    inferno de fogo. As Escrituras ensinam que Deus somente tem a imortalidade (I Tim. 6:16), que o homem pode obt-la somente em Cristo (Joo 3:16; II Tim. 1:10), que o homem pode receber o mrito

    deste dom quando aceita a Cristo (I Joo 5:10-12), e que a imortalidade

  • Enciclopdia ASD

    29

    ser concedida a todos os salvos simultaneamente na *Ressurreio e na

    *Segunda Vinda de Cristo (Rom. 2:7, 8; I Cor. 15:20-26, 51-54).

    Desde o incio, os ASD tm rejeitado o conceito pago da

    imortalidade natural da alma, juntamente com as doutrinas derivadas

    dele e baseadas nele. Veja Esprito; Imortalidade; Morte;

    Ressurreio; Vida Eterna.

    ALTAR. Veja Santa Ceia.

    ALTO CLAMOR. A proclamao da mensagem de Apoc. 18:1-4,

    representada como sendo proclamada pelo *Anjo que vinha do cu, que tinha grande autoridade, e com sua glria a terra se iluminou. A frase reflete a declarao de que este anjo exclamou com potente voz. A mensagem proclamada pelo anjo o chamado final de *Deus queles

    dentre Seu povo que ainda esto na *Babilnia para que saiam dela a

    fim de evitar serem participantes de seus pecados e de suas pragas. Essa

    mensagem evidentemente dada antes do fechamento da *Porta da

    Graa, tendo em vista que ainda haja bastante tempo e oportunidade

    para o povo achar salvao fugindo de Babilnia. tambm o apelo

    final do Cu para o homem, ltima mensagem relatada na *Bblia, pois

    precede imediatamente as cenas terrveis da retribuio divina que

    marcam a transio dos reinos deste mundo para o reino de *Jesus

    Cristo.

    Os ASD entendem que o anjo de Apoc. 18 une sua voz do terceiro

    anjo do captulo 14:9-11, em vista do fato de que a mensagem

    proclamada pelo ltimo, em seu contexto, tambm a ltima mensagem

    de Deus ao homem e precede imediatamente a vinda de Cristo e o

    julgamento final de Deus sobre a Terra. Este anjo, de igual modo, falava

    com uma potente voz. Conseqentemente, os ASD, s vezes, misturam as duas em uma s mensagem qual se referem como o alto clamor do terceiro anjo. O primeiro anjo de Apocalipse 14 anuncia a hora do

  • Enciclopdia ASD

    30

    julgamento divino; o segundo anjo, a queda espiritual de Babilnia. O

    terceiro anjo adverte contra o Evangelho forjado de Babilnia.

    A obra deste anjo vem, no tempo devido, unir-se ltima grande obra

    da mensagem do terceiro anjo, ao tomar esta o volume de um alto

    clamor. (PE, 277).

    Estes anncios (Apoc. 18:1-4), unindo-se com a terceira mensagem

    anglica (cap. 14:9-11), constituem uma advertncia final a ser dada aos

    habitantes da terra (GC, 610).

    uma mensagem do Cu pronunciando uma advertncia final contra

    a Cristandade corrupta e apostatada, e que vai com tanto poder que a

    terra toda se ilumina com a sua glria (*Tiago White, *Review and

    Herald, 15/01/1880). A terceira mensagem para amadurecer a colheita

    da terra (Tiago White, ibid., 11/06/1861).

    Quanto aplicao literal desta profecia simblica, *Urias Smith

    escreveu:

    O anjo no literal, e no devemos supor que devamos ouvir uma voz

    literal soando pela terra, advertindo e proclamando essa mensagem.

    simplesmente a verdade tomando seu rumo para todas as partes do

    mundo (ibid., 31 de janeiro de 1878).

    Este futuro desenvolvimento, *Ellen G. White descreveu em mais

    detalhes como segue:

    Servos de Deus, com o rosto iluminado e a resplandecer de santa

    consagrao, apressar-se-o de um lugar para outro para proclamar a

    mensagem do Cu. Por milhares de vozes em toda a extenso da terra,

    ser dada a advertncia. ... Assim os habitantes da terra sero levados

    decidir-se. (GC, 617).

  • Enciclopdia ASD

    31

    Os homens de todas as partes viro das igrejas apstatas que

    compem a Babilnia mstica e se uniro ao remanescente de Deus (PE,

    33). Todos os que no haviam ouvido e rejeitado as trs mensagens, obedeceram chamada e deixaram as igrejas cadas. (PE, 278).

    Sobre as crises nas quais o alto clamor culmina, a Sra. White escreveu

    posteriormente:

    Terrvel a crise para a qual caminha o mundo. Os poderes

    da Terra unindo-se para combater os mandamentos de Deus,

    decretaro que todos, os pequenos e os grandes, os ricos e os pobres, os livres e os servos (Apoc. 13:16), se conformem aos costumes da igreja, pela observncia do falso *Sbado.

    Todos os que se recusarem a conformar-se sero castigados

    pelas leis civis, e declarar-se- finalmente serem merecedores

    de *Morte. Por outro lado, a lei de Deus que ordena o dia de

    descanso do Criador, exige obedincia, e ameaa com ira

    divina todos os que transgridem os seu preceitos. Esclarecido

    o assunto, quem quer que pise a lei de Deus para obedecer a

    uma ordenana humana, recebe o sinal da *Besta; aceita o

    sinal de submisso ao poder a que prefere obedecer em vez de

    Deus (GC, 610).

    Compare Apoc. 13:13-17. Quando essa ltima trombeta do Evangelho soar escreveu M. E. Cornell, o tempo da graa acabar, e o eterno decreto sair (Apoc. 22:11, citado). O destino de todos ser ento

    irrevogavelmente fixado (RH, 10 de outubro1854). A porta da graa se fecha e as *Sete ltimas Pragas caem.

    Veja tambm Chuva Serdia; Trs Mensagens Anglicas.

    AMADON, MARTHA D. (BYINGTON) (1834-1937). A filha mais

    velha de *John Byington, a primeira professora de uma escola

    estabelecida em Bucks Bridge, Nova Iorque, com seu pai em 1853, que

  • Enciclopdia ASD

    32

    a primeira escola organizada para crianas ASD. Em 1860, ela se

    casou com George W. Amadon. Foi tambm a primeira diretora da

    Sociedade Beneficente Dorcas (Veja Dorcas, Sociedade Beneficente), e

    realizou muitas reunies em sua casa em Battle Creek, onde costurava

    roupas para os carentes.

    AMARAL, OSCAR FERRAZ DO (1908-1990). Ex-padre

    convertido ao Adventismo. Nasceu no dia 18 de abril de 1908 em

    Piracicaba, SP. Cursou Teologia no Seminrio do Ipiranga, SP.

    Posteriormente, seguiu para a Itlia onde estudou Filosofia. Retornando

    ao Brasil exerceu o sacerdcio catlico em diversas cidades paulistas.

    Em 1962 teve os primeiros contatos com a IASD, sendo batizado em

    31 de janeiro de 1965.

    Casou-se com Nadir Dentello no dia 26 de dezembro de 1965. Atuou

    como obreiro por cerca de 12 anos visitando igrejas e famlias atravs do

    Brasil. O Padre Oscar, como era conhecido, faleceu no dia 13 de

    setembro de 1990 aos 82 anos de idade, em So Paulo, SP.

    AMM. [heb. amen, certamente, sem dvida, verdadeiramente, de aman, ser fiel, ser firmemente estabelecido; gr. amen, transliterao do hebraico.] No A.T., amm aparece como um afirmao de assentimento de uma proclamao (como em Deut.

    27:15-26), e como uma resposta, talvez de uma congregao, aos salmos

    cantados no servio do Templo (Sal. 41:13). Em Is. 65:16, amen traduzido como verdade, literalmente, Deus do Amm, enfatizando a fidelidade e confiabilidade de Deus. No N.T., Amm comumente segue uma doxologia, ou atribuio de louvor a Deus, seja longo (como

    em I Tim. 1:17) seja curto (Rom. 11:36). tambm usado como a

    palavra final na maioria das epstolas (como em Judas 25), embora em

    alguns casos, a evidncia dos manuscritos seja divergente quanto a ter

    realmente ocorrido a palavra nos autgrafos originais (veja Fil. 4:23).

  • Enciclopdia ASD

    33

    Em alguns casos, o amen grego traduzido como verdadeiramente, em vez de ser transliterado. Esse o caso quando amen prefixa as

    afirmaes mais solenes da verdade por nosso Senhor, como em Mat.

    5:18. No *Evangelho de Joo (cap. 1:51) o termo duplicado, sem

    dvida, por motivos de nfase.

    AMIGOS. Veja Desbravadores, Clube de.

    AMILENISMO. Veja Pr-milenismo.

    AMOR. Muitos termos gregos e hebraicos so traduzidos como

    amor na Bblia, tendo vrias nuanas de significado. A palavra do A.T. geralmente traduzida como amor ahabah e o verbo amar ahad. Esses termos compreendem amor em sua esfera mais ampla, o amor de Deus para com o justo (Sal. 146:8), o amor do homem para com

    Deus (Deut. 11:1; Sal. 116:1) e pelas coisas de Deus (Sal. 119:97), o

    amor de um homem para com sua famlia e amigos (Gn. 22;1, 24:67;

    Lev. 19:18) ao amor ilegtimo nascido da paixo (II Sam. 13:1; I Reis

    11:1). O N.T. tem duas palavras para amor, agape, e seu respectivo

    verbo agapao, amar, e o verbo phileo, gostar, ter afeio, amar. O substantivo associado philia amizade, amor, no aparece no N.T.. Os gregos tm uma terceira palavra para amor: eros, amor, mais para a paixo sexual e est associada ao verbo erao, amar apaixonadamente, mas essas palavras no aparecem no N.T..

    Agape era antigamente um termo distintamente cristo, pois no se

    achou nenhum exemplo dele em fontes gregas seculares. Agora, porm,

    tm sido achados vrios exemplos inquestionveis de seu uso fora da

    literatura crist. Porm, a escassez de tais exemplos, e a freqncia de

    agape na literatura crist mostram que os cristos adotaram

    especialmente esse termo para descrever o conceito mais alto de amor

    revelado no evangelho. Deus agape (Rom. 5:8; Ef. 2:4; I Joo 3:1).

  • Enciclopdia ASD

    34

    Agape tambm descreve a relao entre Deus e Cristo (Joo 15:10;

    17:26). usado para o amor humano (Joo 3:35; Rom. 12:9) e citado

    como um fruto do Esprito, sendo o primeiro fruto mencionado (Gl.

    5:22). A definio clssica de agape encontra-se em I Cor. 13. Aps

    listar vrios dons especiais e consecues (cap. 12), o apstolo nota que

    o amor um caminho mais excelente (v. 31). Das qualidades inerentes da f, esperana e amor, ele lista o amor como a maior (cap. 13:13).

    Nessa e em vrias outras passagens, a ARA traduz agape como

    caridade.

    Phileo, amar, gostar, beijar, ocorre muito menos freqentemente do que agapao. O amor representado por phileo o

    amor por afeio ou sentimental, baseado mais em sentimentos e

    emoes do que o amor representado por agapao. Exemplos de tal uso

    so Mat. 6:5; 10:37; 23:6; Joo 11:3, 36. Esse amor nunca ordenado na

    Bblia, pois menos espontneo, como o amor do pai para com o filho

    e o amor de um filho para com seu pai (Mat. 10:37); mas o amor

    representado por agapao (Mat. 5:44; Ef. 5:25). Isso possvel porque

    agape um princpio, e pode ser descrito como amor respeitoso e

    estima, um amor que traz em cena os mais altos poderes da mente a

    inteligncia. a espcie de amor que o cristo deve ter para com seus

    inimigos (Mat. 5:44). Isto , ele deve tratar seus inimigos com o devido

    respeito, mas ele no ordenado a ter uma afeio emocional para com

    eles, tal como seria exigido se tratasse do amor phileo.

    ANTEMA. [gr. anathema, literalmente, algo colocado, algo estabelecido, algo separado, como algo devotado no templo, algo amaldioado. Na LXX, anathema comumente traduz o heb. cherem, (uma coisa) devotada, (uma coisa) amaldioada.] Termo usado na ARA de I Cor. 16:22 para pronunciar uma maldio sobre o que

    deliberadamente repele o amor de Cristo. Mais comumente, anathema

  • Enciclopdia ASD

    35

    traduzido como amaldioado (Rom. 9:3; I Cor. 12:3; Gl. 1:8). Essa tambm a traduo de anathema em I Cor. 16:22.

    ANCIO DA IGREJA. Oficial mais alto na *Igreja (Organizao

    Local), subordinado apenas ao *Pastor. Ele eleito pela Igreja por um

    ano, e pode ser reeleito. Aps sua eleio inicial, ele deve ser ordenado

    ao cargo por um ministro ordenado (Veja Ordenao). Ele no tem que

    ser reordenado ao aceitar o mesmo cargo em outra Igreja. Pode tambm

    trabalhar como *Dicono sem ordenao quele cargo.

    Na ausncia do Pastor, o *Ancio da Igreja responsvel pelos

    cultos, seja para program-los ou conduzi-los. Ele tambm conduz a

    *Santa Ceia. Enquanto o Pastor geralmente o presidente da Comisso

    da Igreja, o ancio local pode agir como secretrio se parecer

    aconselhvel (Veja *Manual da Igreja, pp. 68, 79, 99, 163).

    O trabalho de um ancio local est limitado Igreja que o elegeu. Por

    arranjo especial com o presidente da Associao, o ancio pode conduzir

    um servio de batismo quando um ministro ordenado no estiver

    disponvel. Ele no est autorizado a dirigir uma cerimnia de

    casamento (Veja Associao Local).

    o ancio da Igreja que promove todas a atividades da Igreja, e deve

    cooperar com a Associao, para garantir que todos os oficiais cumpram

    suas responsabilidades, e que os delegados sejam eleitos para as sesses

    da Associao. Ele mesmo no delegado ex officio nas sesses.

    As primeiras Igrejas Adventistas no elegiam delegados; o *Dicono

    parece ter sido o nico oficial da Igreja. Mas j em 1854, *Jos Bates em

    um artigo Ordem da Igreja falou das duas espcies de ancios da Igreja do *Novo Testamento: aqueles que dirigem e aqueles que pregam

    a Palavra (RH, 29 de agosto de 1854). No seguinte ano, J. B. Frisbie, um

    ministro pioneiro em Michigan, escreveu, em um artigo de duas partes

    sob o mesmo ttulo, de

  • Enciclopdia ASD

    36

    (1) ancios que tinham a superviso de todas as Igrejas os ancios viajantes e

    (2) os ancios locais que tinham o cuidado pastoral de uma Igreja.

    Estes, ele distinguiu dos diconos que deviam cuidar dos negcios

    temporais da Igreja (ibid., 9 de janeiro de 1855). Na edio de 23 de

    janeiro (p. 164), em resposta a uma questo de *John Byington se os

    ancios ou diconos deveriam ser apontados em cada Igreja, *Tiago

    White frisou que a ordem da igreja do *Novo Testamento deveria ser

    adotada e que em cada Igreja onde os nmeros, os talentos e graas de indivduos seriam suficientes, os oficiais da Igreja deveriam ser apontados. Artigos posteriores sobre a ordem da Igreja de Frisbie, apareceram em junho e julho de 1856. Na edio de 15 de outubro de

    1861 da *Review and Herald, uma abordagem sobre organizao da

    Igreja de *J. N. Loughborough, Moses Hull e M. E. Cornell aparece.

    Eles declaram na introduo:

    O assunto de organizao que foi referido a ns pela ltima

    *Conferncia Geral da IASD, com pedido de que tenhamos

    uma classe Bblica depois disso, e levemos at voc atravs da

    Review, j concordamos em considerar e investigar o assunto e

    submeter os seguintes pensamentos para sua considerao.

    Na referncia, a eleio e *Ordenao de ancies bem como de

    diconos nas Igrejas so claramente prescritas (ibid., pp. 156, 157).

    Uma srie de artigos em 1874 por G. I. Butler, intitulado Reflexes Sobre a Direo de Igreja, mais tarde definiu o ofcio do Ancio da Igreja. Enquanto o trabalho de ancio era reconhecido como o principal

    na igreja, seus poderes eram considerados meramente como conselheiro,

    sendo que o corpo da Igreja era a autoridade decisiva (Review and

    Herald, 18 de agosto de 1874). Porm, o trabalho de corrigir, admoestar, e supervisionar a Igreja pertencia a ele mais do que a

  • Enciclopdia ASD

    37

    qualquer outro (ibid., 8 de setembro de 1874), e o ministro e os membros

    deviam apoi-lo contra boatos e reclamaes negligentes (ibid., 15 de

    setembro de 1874).

    Em um artigo posterior de H. A. St. John, os deveres principais dos

    ancios da Igreja foram novamente delineados (ibid., 25 de novembro

    1875). Eles deveriam visitar os membros e buscar os transviados, batizar

    e conduzir as ordenaes na ausncia do evangelista, e marcar reunies

    de negcios antes da sesso da Associao, no final do ano, e em outras

    ocasies quando necessrio. Se a Igreja no tinha nenhum dicono, o

    ancio devia agir em seu lugar, auxiliar a *Escola Sabatina e assistir a

    todas as reunies possveis. Ele deveria manter os registros de seu

    trabalho e das reunies.

    Em 1885, o trabalho do ancio da Igreja estava definido como o

    atualmente. Por exemplo, no relatrio dos procedimentos da Associao

    Geral comeando em 18 de novembro de 1885, em Battle Creek

    (*Yearbook, Anurio ASD, 1886, p. 47), a regra foi estabelecida que se

    um ancio local fosse reeleito, ou se eleito, propriamente, como ancio

    de outra Igreja, no precisaria ser reordenado. Aparentemente, essa regra

    no foi imediatamente seguida universalmente, porque j em 1886 a

    seguinte questo e sua resposta apareceram na Review and Herald. Se um ancio local se muda para outra Igreja e h outro ancio escolhido,

    ele precisa ser reordenado? Sim; pensamos que ele deveria ser ordenado novamente, porque as ordenaes so locais (Review and Herald, 25/02/1896.)

    ANDREWS, JOHN NEVINS. (1829-1883). Primeiro missionrio

    ASD enviado Europa. Nasceu em Portland, Maine. Em 1856, casou-se

    com Angeline Stevens; seus filhos eram Charles (nascido em 1857),

    Mary (nascida em 1861) e dois que morreram na infncia. Poucos

    detalhes a respeito de sua infncia e juventude so conhecidos. Aos 13

    anos encontrou o Salvador. Apreciava muito mais estudo srio do

  • Enciclopdia ASD

    38

    que atividades fsicas. Em anos posteriores poderia ler a *Bblia em sete lnguas e afirmava possuir a habilidade de reproduzir o *Novo

    Testamento de memria. Aos 17 anos comeou a guardar o *Sbado.

    Comeou seu trabalho como ministro aos 21 anos, em 1850, e foi

    ordenado em 1853.

    Durante aqueles trs anos, liderou encontros envangelsticos em 20

    localidades diferentes no Maine, New Hampshire, Vermont, Nova York,

    Ohio, Michigan e Leste do Canad e publicou 35 artigos totalizando

    mais de 170.000 palavras. Como resultado desse intenso programa de

    escrever e ministrio pblico, em 5 anos encontrava-se quase totalmente

    prostrado; sua voz falhou e sua viso foi prejudicada. Para recobrar sua

    sade, dirigiu-se a Waukon, Iowa, em 1855 e trabalhou na fazenda de

    seus pais. Em 1859 retornou ao trabalho ministerial e dirigiu vrias

    conferncias pblicas durante muitos anos em Michigan, Massachusetts,

    Minnesota e Nova York.

    Em 1864, tornou-se membro do comit da Associao de Nova York

    e no ano seguinte, membro do Comit Executivo da *Associao Geral

    da IASD (AG). Em 1867, tornou-se o terceiro presidente da Associao

    Geral, posio que ocupou por dois anos. Foi editor da Review and

    Herald (maio/ 1869-maro/1870). Dia 15 de setembro, em companhia de

    seus filhos, Charles e Mary (sua esposa havia falecido em 18 de maro

    de 1871) tomou um navio de Boston para Liverpool, Inglaterra, em rota

    para a Sua. Seu primeiro trabalho na Sua foi visitar e organizar os

    conversos j existentes ali e fazer trabalho pessoal com interessados.

    Assim, escreveu folhetos e traou planos para a publicao de um

    impresso. Em abril de 1876, a Associao Geral votou a concesso de

    US$10.000,00 para uma Casa Publicadora (Veja Editoras ASD) na

    Europa. Em julho de 1876, foi impresso o primeiro nmero de Les

    Signes dos Temps (Sinais dos Tempos), uma publicao mensal

    abrangendo vrios assuntos tais como eventos mundiais, profecias,

    doutrinas bblicas, sade e *Temperana e contendo artigos de jornais e

  • Enciclopdia ASD

    39

    revistas americanos. A absoro do tempo na publicao desse

    peridico, levaram os lderes da Associao Geral a expressar apreenso

    no sentido em que Andrews, negligenciando o trabalho pessoal e

    ministrio pblico a que Andrews respondeu que nunca havia planejado

    trancar-se em um escritrio de publicaes e que, no futuro, planejaria

    um programa mais equilibrado, mas como ele era escritor de corao e

    sua sade no era muito promissora, estava fazendo o melhor sob as

    circunstncias vigentes. Nove anos depois, morreu na Basilia, aos 54

    anos de idade.

    Como telogo, Andrews deu contribuies significativas ao

    desenvolvimento de vrias doutrinas da denominao adventista do

    Stimo dia.

    ANEL. Veja Vesturio.

    ANIMAIS IMPUROS. Veja Dieta.

    ANJO. [heb. malak, mensageiro; gr. angelos, mensageiro.] Um ser sobrenatural, criado por *Deus, superior ao homem, que age como

    representante ou mensageiro de Deus. H passagens bblicas onde

    malak e angelos no se referem a seres sobrenaturais, mas a profetas e outros que cumprem a funo de mensageiro (II Sam. 3:14; Ez. 23:16; Ag. 1:13; Mat. 11:10; Luc. 7:24). H outras passagens onde os termos

    parecem aplicar-se ao prprio Cristo (x. 23:20; Mal. 3:1; Atos 7:35).

    As referncias especficas em qualquer caso devem ser encontradas

    atravs de um estudo do contexto.

    Talvez o texto mais definitivo a respeito dos anjos seja Heb. 1:14. Do

    ponto de vista humano, o ministrio dos anjos significativo. A

    eternidade revelar a amplitude das funes desses seres em relao ao

    Universo. O homem ser ento iguais aos anjos (Luc. 20:36; Mat. 22:30). A relao entre os anjos e os homens no plano da redeno

  • Enciclopdia ASD

    40

    indica a possibilidade de um nico relacionamento por toda a

    eternidade.

    ANJO DO SENHOR. Essa e outra expresso anjo de Deus so expresses comuns no A.T. como no N.T., descrevendo um ser

    sobrenatural enviado por Deus aos homens para aconselhar, advertir,

    confortar, dirigir e auxili-los. Os termos grego e hebraico traduzidos

    como anjo (malak e angelos) significam simplesmente mensageiro e so aplicados aos homens bem como aos anjos. Um anjo do Senhor um mensageiro do Senhor no somente no sentido de pertencer ao

    Senhor e ser fiel a Ele, mas mais particularmente no sentido de vir como

    um mensageiro enviado por Deus, com uma mensagem de Deus. Parece

    que Cristo s vezes referido como o anjo do Senhor (x. 3:2, 4; Zac. 3:1, 2; Gn. 32:24, 30; x. 23:20, 21; 32:34; 33:14; Jos. 5:13-15; I Cor.

    10:4).

    ANIQUILAO. Veja Inferno.

    ANNIEHS, ARNOLDO OSCAR (1915-1993). *Pastor, evangelista.

    Nasceu no dia 26 de fevereiro de 1915, em Curitiba, PR. Era filho de

    Martha Seeling e Alberto Anniehs. Casou-se com Sarah Maluf em 28 de

    dezembro de 1944. Da unio, nasceram dois filhos: Aroldo Valter

    Anniehs e Marisa Esther Anniehs Blahovich.

    Desde a infncia, auxiliou em campanhas evangelsticas distribuindo

    convites. Nos anos da juventude ajudava a montar tendas e dar estudos

    bblicos. Em 1928, concluiu os estudos elementares. Em 1932, terminou

    o curso complementar no *Colgio Adventista Brasileiro (CAB), SP.

    Formou-se em Teologia no ano de 1944. Foi ordenado ao ministrio em

    1955.

    Atuou como tesoureiro da *Unio Este-Brasileira da IASD, de 1938 a

    1940; *Colportor de 1941 a 1944; evangelista e professor na

  • Enciclopdia ASD

    41

    *Associao Paranaense da IASD, em 1945; professor e administrados

    no *Instituto Petropolitano Adventista de Ensino (IPAE), de 1946 a

    1961; Pastor e evangelista na *Associao Esprito-Santense da IASD,

    de 1951 a 1959 e evangelista na *Associao Paulista da IASD, de 1959

    a 1980.

    Durante a vida, participou de mais de 50 sries evangelsticas na

    Bahia, Rio de Janeiro, Esprito Santo, Paran e So Paulo. Seis meses

    antes de sua *Morte, participou com entusiasmo de uma srie de

    conferncias na cidade de Cosmpolis, SP. Viveu seus ltimos anos na

    cidade de Artur Nogueira, SP, onde sempre foi um forte apoio obra

    evangelstica e missionria. Faleceu em 22 de maro de 1993 e foi

    sepultado em Artur Nogueira.

    ANO SABTICO. Todo o stimo ano, durante o qual ordenava-se

    aos hebreus que deixassem a terra descansar (Lev. 25:1-7). Nem mesmo

    o que crescesse sozinho deveria ser colhido. Esse era um equivalente

    antigo da prtica moderna de rotao de culturas, a fim de evitar o

    esgotamento do solo. O stimo ano era tambm chamado de o ano do descanso (Deut. 31:10; 15:1-3), no qual as dvidas dos hebreus mais pobres eram apagadas. Embora a Bblia no mencione nenhuma real

    observncia de um ano sabtico especfico, os judeus evidentemente

    observavam o costume no tempo de Alexandre o Grande e de Jlio

    Csar, que isentavam-nos dos impostos nos anos sabticos (Jos. Ant. xi.

    8. 6; xiv. 10.6). Sete semanas de anos culminavam no Jubileu. Os anos sabticos evidentemente ocorriam de Tishri a Tishri, pois (1)

    eram anos agrcolas, e o ano agrcola se iniciava com a aragem no

    outono, aps a estao chuvosa iniciar; e (2) eles ocorriam em srie com

    os anos de jubileu, que comeavam no dia 10 de Tishri.

    O termo ano sabtico no ocorre na Bblia, mas a instituio referida em frases tais como o sbado da terra (Lev. 25:6) ento a terra guardar um sbado ao Senhor (v. 2).

  • Enciclopdia ASD

    42

    ANTICRISTO. Palavra que aparece somente em contextos cristos, e

    no N.T. somente em I Joo 2:18, 22; 4:3; II Joo 7; provavelmente

    criada pelo apstolo destas epstolas. Nessas passagens, o termo tem

    uma aplicao histrica a falsos mestres, especialmente Gnsticos (cf. I

    Joo 4:2, 3), nas igrejas da sia Menor na ltima parte do primeiro

    sculo, que parecem ter ensinado a doutrina Docetista de que Cristo era

    somente uma aparncia e no realmente humano. Porm, o tema de um

    anticristo muito mais amplo e o termo foi usado para se referir a

    poderes que se opem ao plano da salvao (cf. *Ellen G. White,

    SDABC). A figura do grande antagonista de *Deus aparece em outro

    lugar, por exemplo, em II Tess. 2:1-4 e nas profecias do Apocalipse.

    Repetidamente, Cristo retratado como vitorioso sobre este poder em

    Sua *Segunda Vinda (II Tess. 2:8; Apoc. 17:14; 19:19-20).

    O conceito de um antagonista, sobrenatural e primitivo de *Yahweh

    encontrado nas figuras do A.T. tais como o Leviat, Raabe e no drago

    de muitas cabeas (como em Is. 27:1). Este antagonista tanto primitivo

    quanto escatolgico, e simblico de Satans. Figuras semelhantes so

    apresentadas no apocalptico judaico; desta forma, nos manuscritos do

    Mar Morto, duas personalidades aparecem dirigidas contra Deus o Sacerdote do Mal e o Homem do Engano (antiga evidncia talvez em

    4QTest). Possivelmente essas sejam paralelas, negativamente, s duas

    figuras messinicas tambm encontradas naquela literatura, os messias

    de Aaro e Israel, e desta forma podem ter sido uma espcie de

    antimessias ou anticristo. Na histria crist, o epteto anticristo foi aplicado a uma variedade

    de personagens histricos e instituies como por exemplo, a Nero, a

    vrios Papas e imperadores, e s figuras vagas esperadas para se

    levantarem no Oriente. Freqentemente ele foi antecipado como um

    judeu da tribo de D. A identificao com o Papado remonta, a no

    mnimo, ao Arcebispo Eberhard II de Salzburgo (1200-1246), durante a

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    43

    controvrsia entre Frederico II e Gregrio IX. Um posio similar era

    popular entre os Franciscanos espirituais, influenciados pela

    interpretao proftica de Joaquim de Floris (que esperava que o

    Anticristo fosse uma Papa falso, hertico). John Wycliffe e John Huss

    adotaram essa interpretao, que aparece tambm entre os Valdenses.

    Com a Reforma, a idia de que o Papado era o Anticristo tornou-se um

    dogma Protestante. Lutero escreveu esse conceito nos Artigos de

    Schmalkald (1537), que permaneceu um artigo caracterstico da

    interpretao proftica do sculo dezesseis at o sculo dezenove.

    Os ASD tm, semelhantemente, aplicado o termo anticristo ao Papado (por exemplo, *John N. Andrews em *Signs of the Times, 13 de

    novembro de 1881). Chamam de *Espiritismo a manifestao do Anticristo (PP, 686). Eles consideram a Satans, o autor da rebelio no *Cu, como o anticristo por excelncia (9T, 229, 230), e identificam-no

    como o mistrio da iniqidade (TM, 365; cf. II Tess. 2:7), que afirmar ser Deus e enganar o homem com seus *Milagres (5T, 698;

    6T, 14, 8T, 27, 28; 9T, 16; TM, 62, 364, 365; GC, 624; SDABC 7:975).

    ANTIGO TESTAMENTO. Coleo de 39 escritos religiosos que

    constituem a primeira e mais longa das 2 divises gerais em que a Bblia

    crist est naturalmente dividida. O nome Testamento vem do Latim testamentum, e representa o gr. diatheke, que usado na Septuaginta

    (LXX) como uma verso para o heb. berith concerto, acordo. O A.T. era a Bblia dos hebreus e ainda a Bblia dos judeus atuais. O

    nmero de livros da Bblia hebraica, de acordo com o cmputo hebraico,

    porm, era 24, e o A.T. era dividido em 3 sees: a Lei (Trah, o nosso

    Pentateuco), os Profetas (Nebihm, Josu, Juzes, Samuel, Reis e os profetas incluindo Daniel), e os Escritos (Kethubm, o restante dos

    livros). A disposio dos livros em nossa Bblia uma adaptao da

    Vulgata Latina, que por sua vez estava baseada, pelo menos em parte, na

    Septuaginta (LXX). Em nossa Bblia Almeida Revista e Atualizada, os

  • Enciclopdia ASD

    44

    39 livros so classificados como histricos (17), poticos (5) e

    profticos (17).

    O perodo de produo desses livros abrange aproximadamente 1.000

    anos, e talvez 30 autores tenham sido envolvidos. Esses livros contm a

    narrativa dos atos de Deus na histria na redeno do homem. Eles

    cobrem o perodo da histria sagrada, desde a Criao at a restaurao

    dos judeus aps o cativeiro Babilnico. Eles no so um mero catlogo

    de eventos, mas uma interpretao desses eventos luz da revelao que

    Deus faz de Si mesmo humanidade.

    O A.T. era a Bblia de Jesus e de Seus apstolos, que se valeram dele

    para ensinar a religio crist (Joo 5:39, 45-47; Atos 9:22; 18:24, 25, 28;

    24:14; 26:22, 23; 28:23; etc.). Ele no foi suplantado pelo Novo. O N.T.

    somente o avano e o desdobramento do Antigo. O N.T. assume a

    teologia do Antigo, e declara serem esses escritos como de valor para os

    cristos (Rom. 15:4; II Tim. 3:16, 17; I Cor. 10:11; II Ped. 3:1, 2).

    O A.T. foi escrito em sua maior parte em hebraico. Duas sees de

    Esdras (Esd. 4:8 a 6:18 e cap. 7:12-26), uma parte substancial de Daniel

    (Dan. 2:4 a 7:28), e um nico verso de Jeremias (Jer. 10:11) foram

    escritos em aramaico, uma lngua semtica relacionada ao hebraico,

    assim como o espanhol e o italiano. O aramaico era uma lngua

    internacional amplamente usada no Oriente Prximo, do 6o ao 3

    o sculo

    a.C. Tornou-se, de fato, a lngua oficial do Imprio Persa, e era o meio

    das comunicaes governamentais, culturais e comerciais. Homens

    estudados tais como Esdras e Daniel eram versados em hebraico e em

    aramaico.

    A Bblia hebraica atual impressa nos caracteres quadrados

    desenvolvidos pelos Arameus. Aproximadamente todos os manuscritos

    hebraicos e fragmentos de manuscritos do A.T. existentes atualmente

    esto escritos nos caracteres quadrados. Isso inclui as antigas cpias de

    Isaas e outros manuscritos do A.T. entre os rolos do Mar Morto e o

    Papiro de Nash. Alguns desses so datados do 3o sculo a.C. Os bem-

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    45

    conhecidos papiros de Elefantina e outros documentos aramaicos do 5o

    sculo a.C. tambm esto escritos nesses caracteres quadrados. O que

    Jesus disse sobre a Lei (Mat. 5:18) pressupe um alfabeto no qual o Yod

    a menor letra, e isso verdadeiro somente em relao aos escritos

    Aramaicos com seus caracteres quadrados.

    Originalmente, os primeiros livros do A.T. parecem ter sido escritos

    no alfabeto da escrita Proto-Semtica (ou Sinatica), que tinha a forma

    semi-hieroglfica, consistindo em 27 letras. Inscries nessa escrita

    encontradas no Sinai e na Palestina datam do 12o e 19

    o sculos a.C.

    Livros do A.T. escritos durante o perodo dos reis hebreus devem ter

    sido escritos no alfabeto Fencio, ou hebraico pr-exlico, que

    conhecido por inscries do 10o e do 11

    o sculos a.C. Alguns dos

    monumentos que exibem essa escrita so os sarcfagos de Airo, em

    Byblos, c. 1.000 a.C., o calendrio de Gezer da Palestina, c. 950 a.C., a

    Pedra Moabita de Dibon (Mesha), c. 850 a.C., os stracos de Samaria,

    do palcio de Acabe, c. 775 a.C., a inscrio de Silo do tnel de

    Ezequias em Jerusalm, c. 700 a.C., e alguns manuscritos bblicos

    encontrados entre os rolos do Mar Morto, notavelmente contendo livros

    do Pentateuco. Os livros ps-exlicos do A.T. provavelmente foram

    escritos na escrita aramaica quadrada discutida no pargrafo anterior.

    O texto atual da Bblia hebraica conhecido como o texto

    Massortico, ou tradicional (do heb. Massorah, tradio). Esse texto foi padronizado e preservado por um grupo de eruditos textuais judeus,

    conhecidos como os Massoretas, cujo principal perodo de atividade se

    estendeu aproximadamente do 6o e 7

    o sculos A.D. at a primeira parte

    do 10o sculo A.D. Esses Massoretas projetaram um elaborado sistema

    de proteo e salvaguarda do texto, tais como contar os versos, as

    palavras e at as letras dos livros. Eruditos judeus tambm inventaram

    sistemas de sinais vogais (conhecidos como pontos) e acentos para

    indicar a vocalizao prpria de acordo com a pronncia tradicional.

    Conhecem-se no mnimo 3 mtodos de pontuao vogal: o sistema

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    Babilnico e o Palestino com seus sinais vogais supralineares e o

    Tiberiano escrito encima, dentro, mas na sua maioria embaixo das

    consoantes. Eventualmente, o sistema Tiberiano prevaleceu e usado

    nas Bblias hebraicas da atualidade.

    Aps o Exlio, o Pentateuco (Trah) foi dividido em sees para a

    leitura na sinagoga (cf. At. 13:15; 15:21). Dois arranjos foram feitos:

    (1) o sistema Palestino, de acordo com o qual o Tor foi dividido em

    152 sees semanais, chamad