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XVIII SEMINARIO NACIONAL DE GRANDES BARRAGENS FOZ DO IGUAqU ABRIL/1989 CONCRETO ROLADO - ENSAIOS ESPECIAIS TEMA I Eng° Mario Raul Zanella (*) Eng° Jose Augusto Braga (*) Eng° Luiz Cesar Rosario (*) Eng° Adalberto G. Chenu Ayala (*) Eng° Francisco R. Andriolo (**) Eng2 Miguel Golik (***) (*) ITAIPU BINACIONAL (**) CONSULTOR (***) EMSA-HIDROELETRICA DE URUGUA-I 037

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XVIII SEMINARIO NACIONAL DE GRANDES BARRAGENS

FOZ DO IGUAqU

ABRIL/1989

CONCRETO ROLADO - ENSAIOS ESPECIAIS

TEMA I

Eng° Mario Raul Zanella (*)Eng° Jose Augusto Braga (*)Eng° Luiz Cesar Rosario (*)Eng° Adalberto G. Chenu Ayala (*)Eng° Francisco R. Andriolo (**)Eng2 Miguel Golik (***)

(*) ITAIPU BINACIONAL(**) CONSULTOR(***) EMSA-HIDROELETRICA DE URUGUA-I

037

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rZ

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I N D I C E

1 - APRESENTArAO

2 - APROVEITAMENTO HIDROELETRICO DE URUGUA-I

3 - MATERIAIS DISPONIVEIS

4 - ENSAIOS

4.1 - Massa Especifica

4.2 - Resistencia a Cornpressao Axial Simples

4.3 - Resistencia a Tracao

4.4 - Compre-zs,;.o Triaxial - Envolt6ria de Mohr e Ci.salhamen

to.

4.5 - Modulo de Deformacao e Coeficiente de Poisson

4.6 - Fluencia - Deformacao Lenta

4.6.1 - Valores medidos Comparativarr. ente com Valores

Obtidos com outro Sistema de Medicao

4.6.2 - Valor Obtido e o Conjunto de Valores de Fluen

cia de Demais Concretos

4.7 -

4.8 -

4.9 -

Deformagoes Aut6genas

Capacidade de Alongamento

Elevagao Adiabatica de Temperatura

-

4.10- Difusividade e Cor:dutividade Termica

4.11- Calor Especifico

4.12- Coefici-=nte Linear de Fxpansao Termica

4.13- Permeabilidade

COMENTARIOS

5.1 - Massa Especifica

5.2 - Propriedades Mecanicas

5.3 - Propriedades Elasticas

5.3.1 -- Modulo de Deformacao

5.3.2 - Fluencia

5.3.3 - Capacidade de Alongamento

5.4 - Propriedades Termicas

5.4.1 - Eleva,ao Adiabatica de Temperatura

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5.4.2 - Difusividade e Condutividade Termica

5.4.3 - Calor Especifico

5.4.4 - Coeficiente Linear de Expansao Termica

5.5 - Variacoes Autogenas

5.6 Permeabilidade

6 - REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

7 - RESUMO

040

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CONCRETO ROLADO - ENSAIOS ESPECIAIS

1 - APRESENTACAO

A utilizacao da tecnica do Concreto Rolado,

na decada de 80, mostrou uma evoluCao rapida e de forma s6lida.

Em Paises como Japao, Africa do Sul, Espa-

nha, Franga, Estados Unidos, Australia, entre outros, essa tec

nica vem sendo empregada amplamente, e de forma irreversivel.

Ha, entretanto, nos diversos setores tecni-

cos envolvidos alguns segmentos que apresentam duvidas, nem sem

pre fundamentadas, sobre propriedades e comportamento do "Con

creto Rolado".

Os responsaveis tecnicos pelo Aproveitamento

Hidroeletrico de Urugua-I, contando com a disponibilidade do La

boratorio de Concreto da Itaipu Binacional, elaboraram uma pro

gramacao conjunta de ensaios visando conhecer amplamente as pro

priedades do "Concreto Rolado".

Este trabalho, entao, apresenta um amplo an

junto de dados de ensaios, de laboratorio, executados sobre o

concreto rolado em use na Obra de Urugua-I.

Sao, aqui, considerados ensaios especiais

aqueles que se destinam a obter informacoes uteis ao projeto e

nao aqueles referentes ao controle de qualidade.

2 - APROVEITAMENTO HIDROELETRICO DE URUGUA-I

0 Aproveitamento Hidroeletrico de Urugua-I

se localiza no extremo norte da Provincia de Misiones - Argen-

tina, com as seguintes caracteristicas de interesse (1):

Bacia do Rio Urugua-I - 2.536 Km2

Curso do Rio Urugua-I - 246 Km

Vazao media anual - 53,6 m3/s

Area do lago - 9.000 ha

Volume do lago - 1.200 Hm3

041

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- Volume de concreto (convencional) 150.000 m3

BARRAGEM PRINCIPAL EM CONCRETO ROLADO COM:

- Comprimento da crista

- Altura maxima no leito do rio

- 700 m

76 m

- Volume de concreto rolado -590.000 m3

- Paramento montante - vertical

- Paramento jusante - lv: 0,8h

A central da usina tem as seguintes caracteristicas:

- Aducao por tunel de = 7, 0 m e 820 m de exten

cao

- Altura util

- Turbinas (Francis)

= 90 m

2 x 60 MW

0 aproveitamento situa-se em regiao de rocha

basaltica, com clima temperado moderadamente chuvoso (Koeppen),

com precipitacao anual de aproximadamente 1.800 mm, e temperatu

ra media anual de 20,5 2C (media no verso = 25°C, media no Inver

no = 16°C).

3 - MATERIAIS DISPONIVEIS

Os materi,ais disponiveis para a execucao da 0

bra sao (1):

* Agregado graudo - obtido pela britagem de ro

cha basaltica , sat densa (2,95 t/ m3), corn 0

max = 76 mm

* Agregado miudo - obtido pela composicao de a

reia natural (fina) do Rio Parana, e areia ar

tificial produzida pela britagem do basalto.

Ambos os agregados - graudo e miudos-sao utili

zados sem lavagem, com intuito de incorporar

"finos" a mistura

* Cimento - tipo II (ASTM),proveniente de Bar-

042

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quer - Loma Negra - Provincia de Buenos Ai

res,com as seguintes caracteristicas basi-

cas:

- Superflicie especifica(Blr.ine) -3.170 cm2 /g

Inicio de pega (Vicat) - 4h: 30 min

- Expansao em autoclave - 0,039 %

- Resistencias (cubos) 7 dias -270 Kgf/cm2

28 If -400 it

90 " -556 of

180 " -608 If

- Perda ao fogo - 1,60 %

- Residuo insoluvel - 0,69 %

- Equivalente alcalino - 0,42 %

- Oxido de magnesio (MgO) - 0,95 %

- Cal livre (CaO) - 0,05 %

- C3S - 43,85 %

- C2S - 33,52 %

- C3A

- C4 AF - 14 , 67 %

- Calor de hidratacao 7 dias - 64 Cal/g

28 dias - 77 of

Para a composicao dos agregados no concre

to rolado,as gamas granulometricas foram proporcionadas para a

tender uma curva do tipo P=3 d x 100% com:0 MX

0 = Dimensao do agregado

0 max = Tamanho maximo do agregado

P = Percentual passante (peso)

As extremidades da curva foram ajustadas pa

ra o teor de finos (menor que a malha n2 200 ) adequados a mis

tura.

A mistura die concreto rolado de use na Obra

em sua maioria , resumiu-se a:

- Cimento - 60 Kg/m3

- Agua - 100 "

- Areia natural - 204 It

043

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- Areia artificial - 1.043 Kg/m3

- Agregado graudo (1/4"-l 1/4") - 891 Kg /m3

- Agregado graudo (1 1/41--311) - 407 Kg/m3

4 - ENSAIOS

Os ensaios executados no Laboratorio de

Concreto da Itaipu Binacional, sobre o "Concreto Rolado" de Uru

gua-I, seguiram uma programacao estabelecida com intuito de ava

liar profundamente o material.

Os estudos tiveram inicio em junho/1986, de

senvolvendo- se ate o mes de outubro/1988. As misturas de concre

to rolado ensaiadas foram, fundamentalmente ,as com teores de 60

Kg/m3 e 90 Kg/ m3 de cimento.

4.1 - MASSA ESPECIFICA

A massa especifica foi determinada sobre

corpos de prova extraidos do aterro experimental n° 1,executado

em Urugua-I.Foram obtidos os valores mostrados na figura 1.

M A S S A E S P E C I F I C A

S E C A S A T U R A D A

MEDIA

(kq / m3 )NQ DE ENSAIOS MEDIA

( kq /m3 )

N9 DE ENSAIOS COEFICIENTE DE

VARIAcAO I%)

2463 5 2529 22 2,2%

Figura I - VALORES DE MASSA ESPECIFICA OBTIDA SOBRE TESTEMUNHOS DE CONCRETOROLADO - ATERRO EXPERIMENTAL N21 -URUGUA - I [ 2 ]

A titulo de comparacao,pode-se citar que

os concretos massa convencionais, com 0 max 76 mm, usados na 0

bra de Itaipu (agregado basaltico com = 2,95 t/m3, e areia

natural do Rio Parana) mostraram (3)

Massa especifica saturada

Concreto integral Concreto peneirado(.38mm)

N4 de ensaios Media CV (%) media CV %

Kg /m3 3Kg/m

156 2.605 2,1 2.448 2,3

044

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E, ainda, o concreto rolado aplicado em al

gumas regioes, na Obra de Itaipu, mostrou (4) uma massa especi

fica saturada de 2.625 Kg/m3.

Ha entao, uma satisfatoria semelhanca entre

os valores.

4.2 - RESISTENCIA A COMPRESSAO AXIAL SIMPLES

A apresentacao da resistencia a compressao

axial simples tem um valor apenas relativo, tendo em vista a de

pendencia do consumo de aglomerante.

Dessa forma, uma maneira mais abrangente da

apresentacao desses dados e atraves do rendimento 1111, que

conceituado como o quociente da resistencia pelo consumo de a-

glomerante.

Assim e que os valores obtidos nos ensaios

sao mostrados (3) na figura 2.

2,2N I)

E E2,0

O Or +^

1,8

O

z 1,8

O 1,4zw

It11

1,0

0,s

0,6 I

0,4

0,2

IDADE I ale.07 28 90 100

Fiqura 2 - VALORES DE RENDIMENTOS (RESIST I?NCIA/CONSUMO ) OBTIDOS NOS ENSAIOSSOBRE TESTEMUNHOS DE CONCRETO ROLADO DO ATERRO EXPERIMENTAL-- URUGUA - I [21 E OS OBTIDOS NO CONTROLE DE QUALIDADE (51

4.3 - RESISTENCIA A TRAqAO

A resistencia a tracao foi determinada pelo

11Metodo Brasileiro", atraves da ruptura por compressao diame-

tral.

045

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Da mesma forma que o citado para a resisten

cia a compressao axial, ha uma grande dependencia do consumo de

aglomerante.

Para uma avaliacao mais facil,a pratica e a

presentar os parametros relacionados com a resistencia a 'Icom-

pressao axial.

A figura 3 mostra, comparativamente, os va

lores obtidos para o "Concreto Rolado de Urugua-I" e o de ou-

tras obras, em "Concreto Rolado"

OBRA / ENTIDADE 5 10 15 20 ff /fc (%)25MIDDLE FORK

.......... ...................

CEDAR FALLS

GIBRALTAR

PAMO ^.̂..... .... ....LES OLIVETTES

SHIMAJIGAWA

MONKSVILLE

UPPER STILLWATER

WILLOW CREEK

ELK CREEK

URUGUA - I

ITAIPU

ESTUDO BUREC

Figura 3 - RELACAO PERCENTUAL ENTRE f t / f c ( TRAcAO /COMPRESSAO )

4.4 - COMPRESSAO TRIAXIAL - ENVOLTORIA DE MOHR E CISALHAMENTO.

Os ensaios de compressao triaxial tem o ob

jetivo de determinar a envoltoria de Mohr e, em decorrencia, a

coesao e o angulo de atrito interno.

0 procedimento desse ensaio - baseado nos

metodos CRD-C-93/70 e CRD-C-147/68, do Corps of Engineers, e

ASTM-D-2664 - consiste, basicamente, em submeter um corpo de

prova, revestido por uma membrana impermeavel e flexivel, a uma

pressao confinante, constante, e uma carga axial ate a ruptura,

como esquematiza a figura 4.

046

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(SPECIME

C .c :CP = CARGA AXIAL APLICADA ( kQf )

A = AREA DA SESAO TRANSVERSAL DO ESPECIME (cm2)

C'= P/A = TENSAO AXIAL APLICADA ( kQf/cm2)

C = PRESSAO CONFINANTE = MENOR TENSAO PRINCIPAL (kgf/em2)

t C = MAIOR TENSAO PRINCIPAL

Figure 4 - ESQUEMA DE CARREGAMENTO DE UM CORPO DE PROMO SUBMETIDO

AO ENSAIO DE COMPRESS40 TRIAXIAL.

Com as tensoes principais (6'1) de ruptura

para cada tensao confinante (013), determinou-se graficamente o

conjunto de circulos de Mohr, e posteriormente a envoltoria, ob

tendo- se a coesao (C) e o angulo de atrito interno (0) do con

creto, como mostra a figura 5.

1 15 = TENSAO DE CISALHAMENTO C = E - S . E (j 3

2•n•'

ENVOLTORIA DE MOHRtg S-1

la = 2 ^

26`1+613

2

C Gll=TENSAO NORMAL

40

n•F 2-( 1: Irj )2

n•E 13' - (E[3 )

-G = C+ 4*'- tg{

C COESAO

n = NUMERO DE ENSAIO

0 - ANGULO DE ATRrro P TERNO

Figure 5 - ENVOLTORIA DE MOHR E PARAwMETROS DE CISALHAMENTO

Os ensaios foram executados com corpos de

prova 0 15 x 30 cm, extraidos a partir de corpos de prova maio

res, de 0 25 x 50 cm, como evidenciado na figura 6.

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Figura 6.

Obtencgo de corpos de prova 0 15 x

30 cm a partir de testemunhos de 25 x

50 cm.

Os corpos de prova foram protegidos e imper

meabilizados com um revestimento,como mostram as figuras 7 e 8.

Figura 7.

Execucao do revestimento de

protecao.

048

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Figura 8.

Sequencia de corpos de

prova, evidenciando as e

tapas do revestimento.

*Esquerda - corpo de prova

sem revestimento com pla

cas de regularizagao.

*Centro esquerda - corpo

de prova revestido com 10

camadas de plastico (Vita

Film), no sentido topo/base

*Centro direita - corpo de

prova revestido com 10 ca

madas de Vita Film no sen

tido topo/base e 20 cama

das no sentido longitudi-

nal.

*Direita - corpo de prova

revestido com Vita Film e

completado o revestimento

externo.

Para a realizacao do ensaio de compressao

triaxial utilizou-se dos equipamentos mostrados nas figuras 9 e

10.

Figura 9.

Vista geral dos equipamentos usados

nos ensaios de compressao triaxial.

-Prensa MFL - 500 tf

-Camara triaxial

-Celula de carga.

049

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Figura 10.

Camara triaxial posicio-

nada na prensa (para carga

axial) sendo a carga confi

nante aplicada por bomba

manual. A celula de carga

entre o topo da camara e o

prato da prensa

ga axial.

mede a car

A camara triaxial utilizada e mostrada

quematicamente na figura 11.

CARGA

MANOMETRO

VALVULA P/SANGRAR

VALVULA DE,SEGURAN^A

17^1 77'1

K11 I FSPFr. IYF

SAIDA PARA MEDIDOR DE DEFORMAcAO

- CABEt A DO PISTAO

- PISTAO

ANEIS DE VEDAcAO

ENTRADA DE QLEQ

11

- AP010 ROTULAOO

MEMBRANA FLEXIVEL

ANEL OE VEDAcAO

VF DAcAC PAR,: 'IA Nb^

PL ACA DE BASE

FIXAcAO DA BASE

A

Figura 11 - ESQUEMA DA CAMARA USADA NO ENSAIO DE COMPRESSAO TRIAXIAL

0 conjunto de valores, obtidos nos ensaios,

mostrado na figura 12, resumindo-se na equacao do tipo

C + G-.tgO, sendo L= 24,6 Kgf/cm2 + (Y.tg 47255'3011

050

i

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TENSAO CARGA REAcAO DO TENSAO AXIAL I G") TENSAO PARAMETROS OBTIDOSAXIAL 2ESPECIME CONFINANTE PISTAO (AP) l kgf / em ) RrICPAL(P

COESAO ANGULO DEAPLICAQA ( P6`3(kgf/em2) (kgf ) kgf indiv . medio C .V. ,.GXkgtm (C) ATRITO(d)

995 29 . 937

4284

167 8

,154 8 8,4 158,8

996 25.341 141 8,

1018 8 26 .707598

147,7168 , 1 12,1 176,1 24 , 6 47°55'30'

1019 33 . 912 188,5

1041 12 35. 154 912 193 , 8199 , 8 3,0 211,8

1042 37.266 205,7

D4e12

Figuro 12 - ENVOLTORIA E DADOS DOS ENSAIOS

AGREGADO MIUDO 1051kg/m3

AGREGADO GRAUDO .. 1450 kg/m3

4.5 - MODULO DE DEFORMAGAO E COEFICIENTE DE POISSON.

0 valor dos ensaios de modulo de deformacao

do "Concreto Rolado" de Urugua-I sao mostrados na figura 13.

500000-1 E = l kgf/em2) CDB

4 0 A

CCONVENCIONAL R. C. C.

400 000

D A- RAIPUB - AiGUA VERMELHA

C-ILHA SOLTEIRA

I -MIDDLE FORK 7- URUGUA-1

2-PAMO 8-RWEDAT

3-UPPER STlLLW4rER9 - MOM(SVILLE

8 BD-TUCURUI 4-LOWER CREEK 10-WILLOW CREEK

J5-LES OLIVETTES II-ELK CREEK6-ITAIPU A

300 000

D

A

D^C B

+A

07 7

200000- .Y7 7

10

11100000

10I

Figura 13 - VALORES DE MODULO DE DEFORM9AO DE CONCRETOROLADO E MASSA CONVENCIONAL.

DADE (dice

90 100

0 coeficiente de Poisson do concreto

de Urugua-I, determinado em corpos de prova 0 15 x 30 cm,

sentou-se entre 0,12 e 0,28.

CIMENTO ........... ..... 6Okg/m

PM-60 AGUA ................. 69M0/m3(MISTURA EXPERIMENTAL)

rot ado

ap re

051

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A

4.6 - FLUENCIA - DEFORMACAO LENTA.

0 ensaio de fluencia a compressao consiste

basicamente na determinadao da deformagao decorrente de uma so

licitagao constante aplicada axialmente, durante um certo perio

do de tempo. A carga constante aplicada normalmente se situa ao

redor de 40% da resistencia do concreto a compressao axial sim

pies.

0 ensaio de fluencia aplicado sobre corpos

de prova de concreto convencional tem um procedimento padroniza

do e de amplo conhecimento. Nesse ensaio, as deformacoes ocorri

das no concreto convencional sao normalmente determinadas atra-

ves de medidores eletricos embutidos nos corpos de prova, molda

dos com essa finalidade.

Os corpos de prova de concreto rolado foram

obtidos a partir de testemunhos extraidos, nao sendo possivel

contar com extensometros eletricos embutidos. Restaram entao as

seguintes opgoes!

- Medidas obtidas por extensometros eletri-

cos (Wire Strain Gages) colados a superfi

cie dos corpos de prova, ou,

- Medidas obtidas com extens8metros mecani-

cos atraves de bases fixadas ao corpo de

prova.

Tendo em vista a longa duracao dos ensai-

os e a precaucao quanto a eventuais danos dos Wire Strain gages,

optou-se pela utilizacao de bases de extensometros mecanicos,

como mostram as figuras 14 e 15.

Os corpos de prova foram protegidos contra

a perda de umidade por uma membrana de borracha natural (ver fo

tos 14 e 15).

052

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Figura 14.

Leitura da deformacao, a

traves de alongamento Ma

rion, durante o ensaio de

fluencia.

Figura 15.

Leitura da deformacao, atraves de

alongametro tipo Tenso Tast, du-

rante o ensaio de variacao autoge

na.

Para os ensaios, utilizou-se o esquema mos

trado nas figuras 16 e 17, em um ambiente climatizado a tempe-

ratura de 23 t 22C.

053

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1 PERFIL DE REA(AO SUPERIOR 6 AJUSTADOR 11 MACACOS DE LONGO CURSO

2 PERFIL DE REAA,AO INFERIOR 7 ROTULAS 12 TIRANTES PARA CARGA

3J TIRANTES DE 01 I/Z°E L=1800Mm 8^ PEQAS PASSANTES PARA CABOS 13 DISTRIBUIDORES

14 PLACAS ( PESO MORTO)4O PORCAS PARA OS TIRANTES O9 PEQAS PARA CAPEAMENTO

OS LUVA COM ROSCA PARA AJUSTE 10 MACACOS DE PEQUENO CURSO

Fiqura 16 - ESOUEMA DO SISTEMA DE CARREGAMENTO DO ENSAIO DE FLUENCIA

Figura 17

Vista geral do ensaio

de fluencia, com cor

pos de prova de concre

to rolado de Urugua-T.

Os corpos de prova foram ensaiados a idade

de 90 dias. Tendo em vista o sistema de medic6es adotado e a e

xiguidade de valores de fluencia obtidos para concretos do tipo

rolado, teve-se o cuidado de analisar o conjunto de valores a

traves aesses doffs aspectos.

4.6.1 - VALORES MEDIDOS COMPARATIVAMENTE COM VALORES OBTIDOS

COM OUTRO SISTEMA DE MEDIcA0.

Os valores de deformacao especifica, obtidos

054

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no ensaio sao mostrados na figura 18, dando por regressao line

ar uma equaCao do tipo £ = 1/E + f (K) In (t + 1), com um coe

ficiente de correlacao r2 = 0,895

CIMENTO ................. 60 kg/m3

AGUA ................... B 5 kp/M3

AGREGADO MIUDO ... 1051 kg/M 3

z

cw

J

( MISTURA EXPERIMENTAL) AGREGADO GRAUDO 1450 kg/m3

IDADE DE INIC10 DE CARREGAMENTO : 90 DIAS

Figura 18 - EVOLU^AO DA DEFORMA^AO ESPECIFICA - CONCRETO ROLADO

E apresentada comparativamente na figura 19

um conjunto de valores de ensaio de fluencia de uma mistura de

concreto de 0 max = 76 mm, utilizada na Obra de Itaipu, com um

consumo de aglomerante de 145 Kg/m3 de cimento e 17 Kg/m3 de

cinza volante, cujas deformacoes foram medidas com extensome-

tro eletrico embutido (Tipo Carlson).

PM-60-&= 6 , 90+0,54Qn(t+1) r2= 0,895ti

MISTURA CONCRETO CONSUMO A / C AGREGAD0

PM - 6 0 ROLADO 60 1, 4 2 BASALTO

76-F-03 CONVEN -CIONAL 162 0, 63 BASALTO

76-F-03 -&=2,7027+0,2333 t(1+1) r2=0,980

IDADE DE INICIO DE CARREGAMENTO: 90 DIAS

t=IDADE (dio,)

knIt+1)

0 1 2 3 4 5 6

Figura 19 - COMPARAcAO DAS MEDIc6ES EFETUADAS , PARA DETERMINAPAO DAFLUENCIA EM CONCRETOS COM 0max 76 mm.

055

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A equacao obtida para a mistura de concre

to convencional (76-F-03) apresentou-se com o E = 2,70 + 0,23

In ( t + 1), com um coeficiente de correlacao r2 = 0,980.

Nota-se pelas informag6es da figura 19, e

pelos coeficientes de correlacao, uma maior dispersao Para as

medidas nos corpos de prova de concreto rolado, ate a idade de

aproximadamente 20 dias. Essa dispersao diminuiu , com o aumento

da idade, obtendo -se leituras mais consistentes.

4.6.2 - VALOR OBTIDO E 0 CONJUNTO DE VALORES DE FLUENCIA DE DE

MATS CONCRETOS.

A figura 20 mostra um conjunto de curvas de

parametros 1/E e f ( K), para concretos convencionais com varios

teores de aglomerante (de 107 Kg/m3 a 194 Kg/ m3), e de duas ou

tras referencias ( Upper Stillwater e Willow Creek) com concre-

to rolado.

4.7 - DEFORMAgOES AUTOGENAS

As variacoes de volume consideradas como au

togenas sao aquelas resultantes de hidratacao de elementos meno

res existentes no proprio cimento - basicamente o 6xido de mag

nesio (MgO) na forma de periclasio e a cal livre (C aO ).

Os ensaios pars verificacao das variacoes

aut6genas foram feitos com a tomada de medidas das variacoes de

comprimento de corpos de prova, protegidos como citado para. o

ensaio de fluencia , e mostrado na figura 15. Os corpos de prova

foram mantidosem sala climatizada e sem carga.

Os valores obtidos sao mostrados na figura

21, onde se observa uma pequena tendencia de retracao ( ao redor

de 10- 6%) no concreto rolado de Urugua-I. Isso decorre dos bai

xos teores de cal livre e magnesio , existentes no cimento usa

do, alem do baixo teor de cimento do concreto rolado ( 60 Kg/m3).

056

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TUCURUI (107) BRITAS DE ,,IETAGRALVAQUE

9

UPPER STILLWATER

\ \ URUGUA-I

(106/kp(km )1,0

0,9

0,8

0,

0,6

0,

Nk )

0,40

0,30

0,20

0,10 +-

WILLOW CREEK

UTAIPU ( 189) BRITAS DE BASALTO

ITAIPU ( 162) BRITAS DE BASALTO

LTRES IRMAOS ( 194)BRITAS DE BASALTO

UPP ( I11) CASCALHOS QUARTZITO

L ITAIPU (162) BRITAS DE BASALTOITAIPU ( 189) BRITAS DE BASALTO

I \ .

TUCURUI ( 107) BRITAS DE I IETAGRALVAQUE

UPPER STILLWATER

WILLOW CREEK

URUGUA-1

`UPP (111) CASCALHOS QUARTZITO

- TRES IRMAOS (194) BRITAS DE BASALTO

( ) CONSUMO DE AGIOMERANTE

MADE (t+1) (dins)10

Figura 20 - DADOS DE PARAMETROS DE FLUENCIA DE DIVERSOS CONCRETOS(CONVENCIONAIS E ROLADOS ) COM AGREGADOS DE 0mdx 76 mm.

057

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U

a

SW

MISTURA PM-60

(MISTURA EXPERIMENTAL)

CIMENTO. ..........60 kg/m3

AGUA .................... 8 5 kg/m3

AGREGADO MIUDO.. 1051 kg/m3

AGREGADO GRAUDO 1450 kp/m3

t= IDADE (dies)

Wa

in (tt1)

0 1 2 3 4 5 6

Figura 21 -DEFORMAcAO AUTOGENA DO CONCRETO ROLADO - URUGUA -I

4.8 - CAPACIDADE DE ALONGAMENTO.

A capacidade de alongamento do concreto e

conceituada como sendo a maxima deformaGao que o mesmo apresen

to antes de romper, quando submetido a um esforco de tracao a

plicado por incrementos de cargas crescentes ate a ruptura, a u

ma velocidade estabelecida.

A capacidade de deformapao do concreto con

vencional tem sido determinada (6) atraves de ensaios de tragao

por flexao de vigas. As deformacoes de tragao sao medidas por

extensometros eletricos embutidos e/ou por medidores eletricos

tipo "Wire Strain Gage" , colados a superficie de tracao.

Da mesma forma que o citado para os ensaios

de fluencia no Concreto Rolado, as dificuldades de embutir o me

didor de deformagao, no corpo de prova, reduz a opcao para a me

dicao atraves de extensometros eletricos de resistencia (Tipo

Wire Strain Gage).

A determinacao da capacidade de alongamento

do Concreto Rolado de Urugua-I foi feita sobre corpos de prova

extraidos do aterro experimental, de mistura com consumo de 60

Kg/m3 de cimento.

Os corpos de prova tinham a forma prisma

tica, com dimens6es 20x2Ox4O cm, e foram ensaiados a idade de

28 dias.

058

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Nos topos dos corpos de prova foram coladas

chapas metalicas para aplicacao do carregamento.

Figura 22.

Colagem de chapas meta

licas no topo do corpo

de prova.

Para determinagao das deformagoes de tracao

foram colados "Wire Strain Gages" em duas faces diametralmente

opostas, sendo que a leitura foi efetuada por uma ponte Peekel,

modelo B-105,com sensibilidade de 14 strain.

Figura 23.

Corpo de prova de Concreto Rolado

preparado para o ensaio de tragao,

Nota-se a protecao com um filme

plastico e o extensometro eletrico

colado.

059

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Figura 24.

Ponte de leitura Peekel, com sensibi

lidade de lµ strain, utilizada para

as leituras de deformacao.

Para a aplicacao do carregamento foi utili

zado o sistema mostrado na figura 25.

060

Figura 25.

Corpo de prova montado na estru

tura de reacao vendo-se, acima

(da estrutura), o macaco hidrau-

lico acionado por pulmao - bom

ba e manometros de precisao (a

esquerda). A direita.,o conjunto

de leituras de deformacao.

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Adotou-se velocidade de carregamento de

0,5 Kgf/ cm2/s (que e considerada rapida).

As curvas - tensao de tracaoxalongamento-ob

tidas nos ensaios,e vista na figura 26.

COIIPODE

TENSAO DETRAC^0

MOOULO OEELASTICIDADE

CAFACOAOE( 10S

DE ALONGAMENTOmm/mm)

PROVA/

( kgf ciu2) (kcf/cm2) TOTAL 'A95%RLIPTUlkA

01 4,90 211.000 36,0 34,2

02 4,80 220.000 28,0 26,6

03 6,10 210.000 37,0 35,2

DIA 5 ,30 214 .000 33,7 32,0

Vl^ 15,1 2,6 14,7 -

IDADE : 26 DIAS

CONSUMO DE AGLOMERANTE n 60k3

AQUA = 100 ka/w3

AGREGADO MIUDO = 1247 k6/rn3

AGREGADO GRAUDO =t268 kg/mS

Fiqura 26-CURVAS TENSAO DE TRAC,AO x ALONGAMENTO DOS CORPOS DE PRO\ DECONCRETO ROLADO - U R U G U A- I

Observa-se,pelo conjunto de curvas da figu

ra 26, uma satisfatoria reprodutibilidade dos valores.

Para efeito de comparacao.o valor medio ob

tido para a capacidade de alongamento (f_= 32 µ strain a 95 %

de tracao)e posicionado na figura 27 juntamente com valores de

capacidade de alongamento de concretos convencionais, com 0 max

76 mm, representativos de varias obras brasileiras.

4.9 - ELEVACAO ADIABATICA DE TEMPERATURA

0 ensaio de elevacao adiabatica de temperatu

ra permite determinar a evolucao de temperatura decorrente da

geragao de calor devido a hidratacao do cimento.

0 ensaio feito em um sistema adiabatico,

sem que ocorra, em termos praticos, troca de calor com o exteri

or.

Para tanto o corpo de prova moldado e coloca

do em calorimetro adiabatico,composto por duas camaras (externa

061

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r

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f 9

QNa

Na

Na

U)¢Q

Z O 0 O

41 m o0W

J 0 0 C 0

O O O O 0R M N 0

O O O O 0 0 O O O01 l9 i Yf in N

(D

E Q

o v O

aW

0W I-.

0 ZJ W

Q

w aO (^

0 W

cr

zU

u

O m0N

Eo E

10

0 2x

g

ON

0

00

FOr

I

OOIdVa OIVSN3WW/WW ' Ot-3 ) O.LN3Wv). 1J 39 3OVOIOVdV3

063

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3,7 x 2,9 x 2,95 m e interna - 1,7 x 1,7 x 1,9 m ) dentro de uma

sala climatizada. A camara interna e mantida a mesma temperatu-

ra (em evolugao) do corpo de prova.

A sequencia,desde a moldagem do Concreto

Rolado ate a exeloucao do engnio, e vista nas figuras 28 a 34.

Figura 28.

Compactacao de corpo de prova de Con

creto Rolado, no molde para ensaio

de elevacao adiabatica. Ve-se, no topo

do corpo de prova,o gabarito dos ter

mometros. Dimensao do corpo de prova

0 70 x 70.

Figura 29

Retirada do gabarito de ins

tala.cao dos termometros.

Figura 30.

Igamento do molde para colocacao no

isolamento do calorimetro.

064

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Figura 31

Isolamento completado

Figura 32

Instalacao dos termome

tros no corpo de pro

va.

Figura 33

Vista geral do calorime

tro adiabatico do Labo-

ratorio de Itaipu.

065

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Figura 34

Painel de controle e registro de

temperatura, notando-se:

-Caixa de varredura

-Multimetro digital para leitura

individual

-Registrador continuo

-Controlador de temperaturas

-Ponte de equilibrio diferencial.

Durante o ensaio, a temperatura da camara

interna eleva-se juntamente, por sistema de aquecimento, com a

temperatura do corpo de prova. 0 sensoramento a feito com sensi

bilidade de 0,01=C.

A temperatura da camara externa tambem evo

lui, mas a mantida ao redor de 22C a 42C abaixo da temperatura

instantaneamente observada no corpo de prova e na camara inter-

na. Isso tem a finalidade de absorver o calor gerado pelos moto

res e atritos de eixos, colocados externamente.

As leituras de temperatura foram feitas a

intervalos de 15 minutos ( nas 24 horas iniciais) e de 30 minu

tos no restante do ensaio.

As curvas obtidas sao mostradas na figura

35.

066

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I

it

10

3-

COYPOSICAO ENSAIO 0-40 0-0-0

A / C 1,42 0.94

CIMENTO ( t6 /my ) 60 90

A CU A (ts / n 3) is is► -104 (14/u3) 103 102

/ ► - 106 (tj /N3) Igo 116

P - 206 (ti/N3) 773 764

/ LEGENDA. P - 209 (t4 /m ) 624 $ 1 5ELEVACAO ADIASATICA P - 310 (t6 / In 3) 696 655ELEVACAO UNITARIA CALOR I6DRATACAO 7 DIAS 66 66

r

DO CRRNTO (c41/l) 26 DIAS 71 79

H

TEY ►EIATUUA INICIAL (^C) 19.26 20.55

-

- -- ELEVACAO

(•C) 14 GAS

7,6 10.61

1AOIASATICA 26 DI AS 7,67 10.110

-0,16

0,15

0,14

E,0,13 u

0,12

0,11'I-2

0,10

op9W

0,06'

0,0T

0,06

0.05

0 24 46 72 16 120 144 ,p 162 216 240 264 LM it Sri 360 364 406 432 456 460 504 526 552 576 600 6t4 645 672 1110561)

0 1 2 3 4 S 6 7 6 9 10 11 12 13 14 15 IS 17 II 19 20 21 22 23 24 25 26 27 26 ( DIAS )

IDAD E

Figvo 35-CURVAS DE ELEVACAO ADIAB/iTICA DE TEMPERATURA DE CONCRETOS ROLADOS

4.10 - DIFUSIVIDADE E CONDUTIVIDADE TERMICA

A difusividade termica e a relativa capa

cidade de um material em deixar trocar calor.

A condutividade termica e a propriedade que

mede a habilidade do material conduzir calor, sendo definida

como a razao de fluxo de calor para um gradiente de temperatura.

A condutividade foi obtida atraves da equacao K=h2 . X . C, sendo:

h2= Difusividade termica ( cm2/s)

0 = Peso especifico ( g/cm3)

C = Calor especifico (cal/g.2C)

A medida da difusividade termica do concreto

consiste basicamente em determinar a queda da temperatura de um

corpo de prova, em funcao do intervalo de tempo decorrido.

A difusividade representa a velocidade em que

ocorrem variacoes de temperatura no interior de uma massa. E,

portanto, um indice que mostra a maior ou menor facilidade com

que o material apresenta as variacoes de temperatura.

Os ensaios de difusividade foram efetuados so

067

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p►wMWFnHPP" 11

bre corpos de prova extraidos a partir dos especimes moldados

para o ensaio de elevaCao adiabatica (item 4'.9). As figuras de

36 a 39 mostram a sequencia desde a preparagao dos corpos de

prova ate o ensaio.

Figura 36

ExtraCao de corpos de prova para

ensaios de difusividade e calor es

pecifico, a partir do corpo de pro

va de concreto rolado moldado para

o ensaio de elevagao adiabatica.

Figura 37

Execucao de furo para permitir me

dir o diferencial de temperatura.

068

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Figura 38

Corpo de prova de concreto rolado,

(0 20x40 cm) com o tubo de cobre

no furo-central para receber o ter

mometro.

Figura 39

Corpo de prova ja preparado, com

o termometro. Ao fundo sao vis

tos as tanques (a direita) para

aquecimento ( tanque maior) e res

friamento (menor), utilizados

nos ensaios.

Para a leitura de temperatura utilizado

um multimetro digital com precisao de 0,1 %, acoplado a uma cai

xa seletora , que interconecta os termometros com sensores de

platina e sensibilidade de 0,01 2C . Os valores obtidos para as

duas misturas de concreto rolado sao mostrados na figura 40, on

de se incluem valores de condutividade e difusividade de concre

tos massa convencionais, utilizados na obra de Itaipu, a titulo de

069

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comparacao.

MISTURATIPO DE CONSUMO

CIMENTO AGREGADOCONDUTIVIDADE

TERMICADIFUSIVIDADE

TERMICACONCRETO ( kg/e,3) 10 ( eel/cm•a•°C CV(%) 103 (cwt / e) CV(%)

PM-60 ROLADO 60 BASALTO 4,76 - 7,69 9,3

PM-90 ROLADO 90 BASALTO 4,22 - 6,96 6,8

76-H-04 MASSA 140 BASALTO 4.41 1,2 7,13 1,A

76-F-03 MASSA 162 BASALTO 4,60 0,4 7,27 1,4

Figura 40 - VALORES DE CONDUTIVIDADE E DIFUSIVIDADE TERMICA DECONCRETOS ROLADO E CONVENCIONAL [ 2 e 10 ]

4.11 - CALOR ESPECIFICO

Calor especifico e a quantidade de calor ne

cessaria para elevar de um grau a temperatura da massa unitaria

do material.

A determinacao do calor especifico do con

creto e feita med-ndo-se a elevagao de temperatura de um corpo

de prova de massa conhecida, e termicamente isolado do ambien-

te,ao qual se fornece urea determinada quantidade de calor.

A preparacao do corpo de prova e vista nas

figuras 36 e 41.

Figura 41.

Coloca;ao de corpo de prova de con

creto rolado no calorimetro, com

auxilio de haste metalica propria.

Para o ensaio se utiliza do equipamento mos

trado na figura 42.

0 70

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Figura 42

Calorimetro e painel de controle e

medicao para ensaio de calor especi

fico. 0 equipamento possui:

-Relogios temporizadores

-Wattimetro

-Termometros

0 corpo de prova de concreto e introduzido

no calorimetro (ver figura 41), sendo que um aquecedor centrali

zado no furo do especime fornece calcr ac centro do corpo de

prova. 0 sistema e mantido em situacao homo,genea e uniforme. Me

de-se a temperatura, a energia fornecida e o tempo, obtendo-se

o calor especifico, para a massa conhecida.

Os valores obtidos para os concretos rolados

sao mostrados na figura 43, onde se observa, taT.bem, valores de

calor especifico de concretos massa convencionais de Itaipu, pa

ra efeitos comparativos.

MISTURATIPO DE CONSUMO

3

TIPO DE CALOR ESPECIFICO

CONCRETO ( k g /m ) AGREGADO 1 Cal /g°C ) C.V. (%)

PM-60 ROLADO 60 BASALTO 0,236 1,4

PM-90 ROLADO 90 BASALTO 0,233 1,6

76-N-04 MASSA 140 BASALTO 0,243 1,7

76-F-03 MASSA 162 BASALTO 0,252 2,0

Figura 43- VALORES DE CALOR ESPECIFICO DE CONCRETOS ROLADOE' CONVENCIONAL [ 2 e 10 1

4.12 - COEFICIENTE LINEAR DE EXPANSAO TERMICA

0 coeficiente linear de expansao termica

071

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definido como sendo a variacao de um comprimento unitario, cau

sada pela variacao unitaria de temperatura.

0 ensaio consiste em medir a variacao de

comprimento,sendo que o corpo de prova e posicionado, em ciclos

alternados ,' em ambientes de temperaturas distintas.

No caso , o Laborat6rio de Concreto da Itaipu

Binacional possui duas camaras especiais para esse ensaio, com

temperaturas de 42C ± 1QC e 289C f 1QC.

Os corpos de prova de concreto rolado foram

moldados nas dimens6es de 0 25x50 cm, com concreto integral

(sem penei ramento). Apes a moldagem foram cortados longitudinal

mente, para uniforrizar a superficie a receber a colagem dos ex

tensometros eletricos (Wire Strain Gages), como se ve na figura

44.

Figura 44.

Corpos de prova de concre

to rolado preparados

mica.

Para o ensaio foram utilizadas as duas ca

maras termicas (389C e 42C) e o instrumental visto na figura 45

Figura 45.

Instrumental usado nos en

saios:

-Caixa seletora ( esquerda)

-Indicador de deformagao

estatica para leituras

das deformagoes (direita)

-Ponte termometrica (abai

xo)para leitura das tem-

peraturas

072

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Os valores obtidos sao mostrados na figura

46, comparativamente, tambem, com valores de ensaios sobre con

cretos massa convencionais usados em Itaipu.

WICENTE UNEAII DET I PO D E C O N S U M O T I P O D E

MISTURACONCRETO (to/JR31 AGREGADO

EXPANSAO iRMICA

169 1 0 C)

OBSERVAyOES

PM-60 ROLADO 60 BASALTO 7,41CONCRETOSATORADO

PM-90 ROLADO 90 BASALTO 6,33 M

T6-D -04 MASSA 169 BASALTO 6,00 N

76-F-03 MASSA 162 BASALTO 7,71 N

Figura 46- VALORES DE COEFICIENTE DE EXPANSAO TERMICA LINEARDE CONCRETOS ROLADO E CONVENCIONAL [ 2 all]

4.13 - PERMEABILIDADE

A determinacao da permeabilidade consiste

em se avaliar a passagen de um fluxo de agua pelo material, com

dimensoes e ccnd:icoes conhecidas.

Pelo conceituado na lei de Darcy,determina-

se o coeficiente de permeabilidade K c do concreto, atraves de

K _ Q. 1,

c A.H

Sendo:

Kc= Coeficiente de permeabilidade do ccn

creto (cm/s)

Q= Vazao ( cm3 / s )

L= Comprimento do corpo de prova (cm)

H= Altura da coluna d'agua (cm)

A= Area da secao transversal do corpo de

prova (cm2 ) .

Os ensaios foram executados sobre corpos

de prova extraidos, com dimens6es 0 25x25 cm,preparados como e

videnc.iam as figuras 47 e 48.

073

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Figura 48.

Instalacao do corpo de

prova na campanula de en

saio.

Figura 47

Corpos de prova de 0 25 x

25 cm, de concreto rola-

do, preparados na superfi

cie lateral, com argamas-

sa epoxidica.

Para a execucao do ensaio a utilizado um e

quipamento proprio, mostrado na figura 49 eesquematizado na fi

gura 50.

074

Figura 49

Equipamento usado no en-

saio de permeabilidade.

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MANOMETROS CT REGULADOR DE PRESSAO

RESERVATORIO

I- PROTETOR

VIDRO GRADUADO

CAMPANULA PARAI CORPO DE PROVA

ESPECIMES 1500c. DE CONCRETO -

25 x 25 cm

REGISTROPURGADOR

REGISTRO

Figura 50- ESQUEMA DO SISTEMA PARA ENSAIO DE PERMEABILIDADE

Durante o ensaio a temperatura do ambiente

e mantida a 239C t 19C.

Os valores obtidos nos ensaios sao mostra-

dos na figura 51, em conjunto com outros valores de permeabili-

dade de concretos rolados e de concretos convencionais.

REGULADOR

DE PRESSAO

AR COMPRIMIDO

075

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5. COMENTARIOS

Esse trabalho tem o prop6sito de fornecer a

comunidade tecnica uma serie de informacoes sobre ensaios de

Concreto Rolado, de baixo consumo de cimento, destinado a Obra

de Urugua-I na Argentina.

F importante, entretanto, registrar alguns co

mentarios, como se seguem:

5.1 - MASSA ESPECIFICA

A massa especifica obtida ( b;2,5 t/m3)

nos ensaios do aterro experimental n° 1, difere-da observada du

rante a execucao da obra -2,64 t/m3), isto e devido ao fa

to de que o material empregado na execucao do referido aterro

foi extraido de uma pedreira comercial nas proximidades da Obra,

com um sistema de britagem totalmente diferente ao utilizado na

fase de execucao da obra, influindo negativamente na qualidade

dos agregados (forma e baixo percentual de fino passante na pe

neira 200). A central de concreto utilizada era para producao

de concreto convencional, a qual produziu elevada segregacao

do agregado graudo, e mais o equipamento de compactacao no res

pondia as especificayoes tecnicas. Todos esses fatores contribu

iram para obter um produto final de qualidade media em se com

parando com o produto final obtido durante a fase de execu;ao

da obra.

5.2 - PROPRIEDADES MECANICAS

As propriedades mecanicas-resistencia a com

pressao axial, compr•essao diametral, coesao e cisalhamento-mos

tram parametros de magnitude semelhante aqueles ja publicados,

para outras obras e estudos de concreto rolado.

5.3 - PROPRIEDADES ELASTICAS

5.3.1 - MODULO DE DEFORMACA0

077

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0 modulo de (elasticidade) deformacdo do

concreto rolado tem se apresentado pouco inferior ao dcS concre

tos convenciDnais.

5.3.2 - FLUNCIA

Como evidenciado nas figuras 19 e 20,o con

creto rolado apresenta parametros de fluencia (1/E e f(k))mais

elevados que os dos concretos convencionais. Isso se compreende

pelo baixo valor do modulo de deformacao e pelo baixo teor de

argamassa.

5.3.3 - CAPACIDADE DE ALONGAMENTO

A capacidade de alongamento sob carregamento

rapido para concreto rolado de baixo consumo mostrou valores

consistentes e similares aos dos concretos convencionais, Como

evidenciado na figura 27.

Tendo em vista os parametros de fluencia, os

dos ensaios rapidos, e considerando o exposto por Ho-.ighton, Carl

son a Polivka (7) (8) (9),e de se prever que a capacidade de a

longamento sob ensaio lento seja superior aos equivalentes (mes

mo consumo de aglomerante) de concreto massa convencionais.

Isso constitui reserva adicional quanto a

resistencia e absorcao das solicitacoes termicas.

5.4 - PROPRIEDADES TERMICAS

5.4.1 - ELEVAcAO ADIABATICA DE TEMPERATURA

Os valores de elevacao adiabatica de tempe

ratura estao coerentes com o consumo de aglomerante (e tipo) a

dotado.

Chama-se atengao pelo fato de que e impor

tante considerar, para concretos tipo massa , rolado ou conven-

tional, o binomio = propriedades mecanicas e elevacao adiabati

-ca = atingido por concretos de determinado consumo de aglomeran

078

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te,

5.4.2 - DIFUSIVIDADE E CONDUTIVIDADE TERMICA

A dispersao maior observada pelos conjuntos

de valores obtidos nos ensaios sobre concreto rolado, em compa-

ragao aquela observada Cara os concretos convencionais,deve ser

decorrente da maior permeabilidade encontrada para o concreto

rolado.

Os valores medios mostram semelhanca com a

queles de concretos convencionais.

5.4.3 - CALOR ESPECIFICO

Os valores observados,semelhantes ao dos

concretos convencionais,nao mostram pontos que facam jus a um

comentario suplementar.

5.4.4 - COEFICIENTE LINEAR DE EXPANSAO TERMICA

Notou-se semelhanca ente os valores obtidos

para o concreto rolado e para concretos convencionais confecci

onados com materiais de mesmas caracteristicas.

5.5 - VARIAcOES AUTOGENAS

As variagoes autogenas, de pequena monta,

sao decorrentes do emprego de cimento estavel, como se evidenci

ou nos Itens 3 e 4.7.

5.6 - PERMEABILIDADE

A permeabilidade do concreto rolado de bai

xo consumo e superior a dos concretos rolados de consumo mais

elevados, e aqueles dos concretos convencionais.

Deve ser salientado,entretanto, que o use

079

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de "finos" de po de ped ra, subproduto da britag em, empregado

no concreto rolado de Urugua-I, mostrou valores melhores (menor

coeficiente de permeabilidade) que os obtidos para concretos ro

lados de outras obras de consumos equivalentes.

080

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6. - REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

(1) - Golik Miguel A. - "Urugua-I em H.C.R. - Aplicacion de

una Tecnologia en Expansion"-

- Jornadas de Extension Universitaria - Cordoba - Argenti

na - setembro/1988.

(2) - RC-09/87 - "Estudos Especiais para Urugua-I"

Laboratorio de Concreto - Itaipu Binacional

(3) - RE-01/83 - VII° " Resumo do Controle Tecnologico do Ccr.

creto"- Laboratorio de Concreto - Itaipu Binacional.

(4) - Concreto Adensado com Rolo Vibratorio - Dados Sobre Uso

na Itaipu Binacional - com Aproximadamente 10 Anos de

Idade - XVIII Seminario Nacional de Grandes Barragens

(5) - Evaluaci6n de Densidades, Resistencias y Altura de Las

Capas - Presa de R.C.C - Urugua-I - Junho/88.

(6) - Andriolo F. R. - Scandiuzzi L. - "Concreto e seus Mate-

riais - Propriedades e Ensaios - Editora Pini.

(7) - Houghton, Donald L. - "Determining Tensile Strain Capa

city of Mass Concrete" - A.C.I - Journal - 75/58 De-

cember - 1976.

(8) - Houghton , Donald L. - Concrete Strain Capacity Tests:

Their Economic T-mplicatios " - Proceeding Engineering

Foundation - Research Conference on Economic Construc

tion of Concrete Dams - Asilomar Conference Grounss-

(9)

California - May/1974.

Carlson, Roy; Houghton, Donald; Polivka, Milos " Causes

081

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And Control of Cracking in Reinforced Mass Concrete"

ACI - Journal - July/1979.

(10) - RC-37/81 - "Estudo das Propriedades Termicas do Concre

to de Itaipu" - Laborat6rio de Concreto da Itaipu Bina-

cional.

(11) - RC-08/83 - "Determinacao do Coeficiente de Expansao Ter

mica - Concreto de Itaipu" - Laboratorio de Concreto da

Itaipu Binacional.

082

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RE SUMO

0 trabalho apresenta um conjunto de informa

toes de ensaios especiais executados sobre o Concreto Rolado da

Obra de Urugua-I (Argentina).

0 conjunto de Ensaios Especiais - Permeabi-

lidade, Elevacao Adiabatica, Fluencia, Capacidade de Alongamen-

to, entre outros-foi executado no Laboratorio de Concreto da

Itaipu Binacional em atendimento a Obra de Urugua-I.

Os dados assim obtidos , atraves de metodolo

gias de ensaios adequadas ao "Concreto Rolado" permitem um co

nhecimento mais amplo das propriedades desse material , bem como,

esperamos que seja um importante auxilio no desenvolvimento de

metodos de ensaio apropriados ao Concreto Rolado.

083

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