Ficção Científica

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10 Maiores escritores de Fico Cientfica de todos os tempos H. G. WellsIsaac AsimovArthur C. ClarkePhilip K. DickGeorge OrwellMichael CrichtonRichard MathesonPoul AndersonJernymo Monteiro:

Fico cientfica do BrasilOrigem: Wikipdia, a enciclopdia livre.Ir para: navegao, pesquisa A fico cientfica do Brasil um segmento literrio que nunca demonstrou a popularidade conquistada por outros segmentos, embora possua um pblico cativo e fiel de aficionados. Foi praticada por diversos autores influenciados por escritores internacionais do gnero, que tem grande popularidade nos Estados Unidos ou Europa. Por outro lado, alguns autores brasileiros consagrados se aventuraram em obras nicas que podem ser consideradas fico cientfica, como Machado de Assis no conto O Imortal.1ndice[esconder] 1 Histria 1.1 Origens 1.2 Gerao GRD (Primeira Onda) 1.3 Segunda Onda 1.4 Terceira Onda 1.5 Revistas 1.6 Televiso 1.7 WebSries 1.8 Filmes brasileiros e Outras Mdias 1.9 Filmes brasileiros de fico cientfica 1.10 Clube de Leitores de Fico Cientfica 2 Referncias 3 Ligaes externas Histria[editar | editar cdigo-fonte]Origens[editar | editar cdigo-fonte]Os primeiros textos do gnero no pas datam do sculo XIX, mas considera-se que o primeiro autor especializado foi Jernymo Monteiro2 , a partir do segundo quarto do sculo XX. Nos anos 30, Berilo Neves publicou trs livros de contos curtos de fico cientfica.3Muitos autores brasileiros clssicos assinaram eventualmente obras que podem ser classificadas como de fico cientfica ou algo prximo disso. Um exemplo Machado de Assis (1839-1908), cuja noveleta "O alienista" tem alguma coisa a ver com o gnero. Monteiro Lobato, falecido em 1948 (poca em que Jernymo Monteiro se firmava como especialista em FC), produziu todo um universo ficcional infanto-juvenil - o do Stio do Pica-pau Amarelo - ao qual no faltam elementos de FC, como sugerem mesmo alguns ttulos ("A chave do tamanho", "A reforma da natureza", "Viagem ao cu") mas que so basicamente fantasias. Entretanto ele produziu um romance adulto de FC pura, "O choque das raas" (ou "O Presidente Negro") que porm no goza de boa fama por seus aspectos racistas e machistas.1 . E outros autores da primeira metade do sculo XX tambm incursionaram no gnero, como Menotti del Picchia, rico Verssimo e Orgenes Lessa.Gerao GRD (Primeira Onda)[editar | editar cdigo-fonte]Um novo impulso fico cientfica escrita por brasileiros veio nos anos 60 e 70, com uma coleo de livros lanada pelo editor baiano Gumercindo Rocha Dorea ("GRD"), que passou a encomendar trabalhos dentro do gnero a autores j consagrados na literatura mainstream.Foi na chamada "Gerao GRD" - a partir do livro Eles herdaro a Terra, de Dinah Silveira de Queiroz -, que apresentou um comeo de organizao de autores brasileiros neste campo. A poca viu a publicao de obras de Fausto Cunha, Andr Carneiro, Guido Wilmar Sassi, Antonio Olinto, Zora Seljan, Clovis Garcia e vrios outros, alguns somente em contos isolados, sados em antologias.O principal nome revelado por GRD foi o escritor Andr Carneiro, considerado, ao lado de Braulio Tavares, um dos melhores prosadores na histria da fico cientfica brasileira. Nos anos 80, o jornalista Jorge Luiz Calife, depois de conquistar fama como um dos inspiradores do romance "2010", de Arthur C. Clarke, lanou uma trilogia prpria, "Padres de Contato".Entre 12 e 18 de Setembro de 1965 foi realizada a "1. Conveno Brasileira de Fico Cientfica", nesse evento foi lanado o primeiro fanzine brasileiro O Cobra(rgo Interno da 1. Conveno Brasileira de Fico Cientfica)1 .Segunda Onda[editar | editar cdigo-fonte] chamada de Segunda Onda a gerao de autores brasileiros de fico cientfica que sucede a Gerao GRD, mas que no so exatamente discpulos da mesma (tida como Primeira Onda). Articulada inicialmente em torno de diversos fanzines e posteriormente vista na edio brasileira da revista Isaac Asimov Magazine (publicada entre 1990 e 1993) e, depois, da editora Ano-Luz (1997-2004), alm de diversas outras iniciativas, mantm ocupados os editores de fanzines e o pequeno "fandom" literrio local.A produo brasileira de fico cientfica tambm j atraiu interesse acadmico, tendo gerado escritos do estudioso e autor brasileiro Roberto de Sousa Causo, de Ramiro Giroldo (da Universidade Federal do Mato Grosso do Sul], do historiador Francisco Alberto Skorupa, e do francs Eric Henriett, que aponta a produo brasileira no subgnero da Histria Alternativa como a mais original dessa vertente. Tambm foi alvo de estudos da brasilianista norte-americana M. Elizabeth Ginway, autora de Fico Cientfica Brasileira: Mitos Culturais e Nacionalidade no Pas do Futuro (2004).Entre os nomes mais atuantes na atual gerao encontram-se Octavio Arago (organizador e criador do Universo Intempol, iniciativa brasileira de gerar uma "franchising" multimidia, como as americanas "Jornada nas Estrelas" ou "Arquivo X"), Carlos Orsi, Fbio Fernandes, o premiado romancista e roteirista Max Mallmann e, talvez o mais bem-sucedido autor brasileiro dentro do gnero - com livros publicados no Brasil e Portugal - Gerson Lodi-Ribeiro.A prova que o gnero est vivo e atuante o surgimento de outros autores e projetos a partir da virada dos anos 1990.Terceira Onda[editar | editar cdigo-fonte]A Terceira Onda a atual gerao de escritores de fico cientfica brasileira. Assim como acontece com a segunda onda em relao a primeira, a terceira onda no propriamente discpula da segunda. a gerao onde os fanzines foram substitudos por blogs na Internet ou por revistas eletrnicas. So novos talentos literrios que vem se destacando, trazendo de volta o brilho da literatura fantstica no Brasil. Alguns poucos escritores da Segunda Onda se reinventaram, mantendo sintonia com os novatos da terceira, prosseguindo com seu ritmo de publicaes, onde destacam-se Octavio Arago, Gerson Lodi-Ribeiro e Fbio Fernandes (que publicou seu primeiro romance cyberpunk Os Dias da Peste em 2009).Alm de iniciativas de editoras como a Record e Novo Sculo, o selo Unicrnio Azul, da Editora Mercuryo, retornou s atividades em meados de outubro de 2006 com lanamentos de autores nacionais como Octavio Arago, com A Mo que Cria, e Gerson Lodi-Ribeiro, com o j clssico Outros Brasis. Ao mesmo tempo, a Novo Sculo reforava seu acervo de livros sobre vampiros e de Fantasia; a Devir publicava A Corrida do Rinoceronte, de Roberto de Sousa Causo, e a republicao de O Jogo do Exterminador e Orador dos Mortos, de Orson Scott Card; e a Aleph presenteava o mercado com uma belssima edio de O Homem do Castelo Alto, de Philip K. Dick. Esta configurao positiva passou a definir um novo momento promissor para a fico cientfica brasileira.Da Terceira Onda destacamos: Flvio Medeiros, que publicou o techno-thriller Quintessncia (2004) e do romance Casas de Vampiro (2010). John Dekowes, autor de "O planeta de Cristal" (1999), "O Juzo Final" (2003), S os Anjos Morrem Cedo (2004), "Contos do Navegador, vol 1" (2007) e"O Enigma da Serpente" (2011), Tibor Moricz, publicitrio de origem hngara, autor dos livros Sndrome de Crbero(2007) e Fome(2008). Clinton Davisson Fialho, jornalista e autor de Fafia: A Copa do Mundo de 2022 (1999) e Hegemonia - O Herdeiro de Basten (2007) Cristina Lasaitis com coletnea de contos Fbulas do Tempo e da Eternidade (2008). Richard Diegues, autor de CyberBrasiliana (2010). Hugo Vera, publicitrio e escritor, organizador da coletnea Space Opera - Odisseias Fantsticas Alm da Fronteira Final (2011) e do romance Revoluo em Vera Cruz (no prelo) Larissa Caruso, escritora, tambm organizadora da coletnea Space Opera - Odisseias Fantsticas Alm da Fronteira Final (2011) e autora do romance Nbula de um Buraco Negro (no prelo) Celso P. Santos, autor de As Flores Antrticas: Conspirao Lunar (2001) e Roleta Russa em Marte (2009). Gian Danton que junto com Jean Okada lanou a srie de tiras (HQ) no blog Exploradores do Desconhecido. Ricardo Guilherme com O Espao Inexplorado (2010) Goulart Gomes com Deixando de Existir (2009) Os editores Richard Diegues e Gianpaolo Celli lanam pela Tarja Editorial as coletneas Steampunk - Histrias de um Passado Extraordinrio, FC do B - Fico Cientfica Brasileira, Cyberpunk - Histrias de um Futuro Extraordinrio e a srie Paradigmas (volumes 1, 2, 3 e 4), revelando novos talentos literrios tais como Ludimila Hashimoto, Romeu Martins e Marcelo Jacinto Ribeiro.Os editor Erick Santos Cardoso lana pela Editora Draco as coletneas Imaginrios (volumes 1, 2 e 3), alm dos romances Guerra Justa de Carlos Orsi.Revistas[editar | editar cdigo-fonte]A revista mensal brasileira especializada em fico cientfica Sci-Fi News atua h mais de 10 anos no mercado nacional. Aborda filmes, seriados estrangeiros, assim como livros e acontecimentos no mercado nacional. Com uma coluna mensal sobre o mercado de literatura, e recorrente publicao de contos inditos do escritor Renato Azevedo, o veculo prope o ato da leitura a um pblico mais acostumado ao estmulo visual da TV e da Internet.A Sci-Fi News teve uma "filha", a Sci-Fi Contos com contos e noveletas inditos e inspirados por sries e universos conhecidos, porm a iniciativa foi cancelada em sua terceira edio. Revistas como Starlog, Quark e Cine Monstro surgiram ao longo dos ltimos anos, mas tambm deixaram de ser publicadas.Televiso[editar | editar cdigo-fonte]O romance ficcional no Brasil apareceu de forma mais visvel como elemento complementar em telenovelas (como O Clone, da autora Glria Perez, Kubanacan de Carlos Lombardi e Caminhos do Corao e Os Mutantes, da TV Record)WebSries[editar | editar cdigo-fonte]Em 2010 o conceito de Websrie, onde filmes curtos, dinmicos, no ritmo do usurio da Internet, so veiculados diretamente na Rede, sem o intermdio da mdia tradicional, fez surgir produes totalmente voltadas fico cientfica, tais como 2012 - Onda Zero, idealizada e dirigida por Flvio Langoni, e 3%, uma criao de Pedro Aguilera.Filmes brasileiros e Outras Mdias[editar | editar cdigo-fonte]Em 1995, o cineasta Allan Bispo, ento estreante na computao grfica, cria o primeiro filme de curta metragem brasileiro a usar composio de imagens reais com computao grfica e 100% finalizado em computador. Hollywood F/X, uma pardia aos filmes de efeitos hollywoodianos da poca. O filme teve grande repercusso no Anima Mundi edio de 1997 e 98 no Rio e em So Paulo.Com o surgimento em 2006 da mostra de cinema fantstico, e em 2009, do festival de cinema de terror de So Paulo, abriu-se espao para exibies de longas e curtas de fico cientfica, alm do Anima Mundi, em sua 18 edio. Estes festivais esto se atualizando, porm ainda falta um espao prprio para o gnero fico cientfica, mecanismos para fomento e divulgao das produes nacionais.O veterano Gerson Lodi-Ribeiro foi contratado pela Hoplon Infotainment para trabalhar no desenvolvimento do universo ficcional Taikodom, onde so ambientados o game online Taikodom e as obras literrias; e o curta-metragem Cus de Fuligem, produo de Marco Npoli, busca resgatar as influncias do cinema hollywoodiano para nossa realidade.Atuando em outras mdias, o autor paulistano Rynaldo Papoy, com sua experincia de ator, criou o primeiro podcast brasileiro de fico cientfica, que pode ser ouvido no endereo (ver links importantes).Filmes brasileiros de fico cientfica[editar | editar cdigo-fonte]Ver artigo principal: Lista de filmes brasileiros de fico cientficaClube de Leitores de Fico Cientfica[editar | editar cdigo-fonte]Divulgando o universo FC no Brasil, encontramos tambm o Clube de Leitores de Fico Cientfica, um dos mais longevos expoentes da comunidade independente de fs do gnero, com seus mais de 20 anos. Hoje, tendo a frente o presidente Clinton Davisson Fialho, o clube possui cerca de 500 membros registrados, publicando tambm o fanzine Somnium - que at seu centsimo exemplar foi publicado no formato impresso e hoje adquirido em formato virtual (PDF) - com trabalhos inditos de FC, Fantasia e Horror.Referncias1. Ir para: a b c , Roberto de Sousa Causo Editora UFMG, Fico cientfica, fantasia e horror no Brasil, 1875 a 1950, 2003. ISBN 8570413556, 9788570413550 2. Ir para cima Emlio Fraia. (mar. 2005) "". Revista Trip. Trip Editora e Propaganda SA. ISSN 1414-350X. 3. Ir para cima , Braulio Tavares, Romero Cavalcanti Casa da Palavra, Pginas de sombra: contos fantsticos brasileiros, 40, 2003. 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Um Pequeno Resgate da Histriada Fico Cientfica BrasileiraFoi com o paulista Jeronymo Monteiro (1908-1970) que a "fico cientfica brasileira" passou a existir como universo literrio parte da literatura, criando regras e mtodos prprios, alm de formar um pblico especfico. Em 1947, Monteiro publicou, "Trs Meses no Sculo 81" e, em 1948, "A Cidade Perdida". Antes disso, at o final da dcada de 30, no existia no Brasil um movimento literrio em prol da fico cientfica, envolvendo escritores e leitores. Antes havia surgido alguns textos casuais de autores da literatura, como: Gasto Cruls, Menotti del Picchia, rico Verssimo, Adazira Bittencourt e Monteiro Lobato. Mas ainda no havia uma tradio literria em fico cientfica. Eram apenas ambientados em universos remotos habitados por seres fantsticos alm, claro, de ambientes utpicos e de aventuras.Jeronymo Monteiro travava uma batalha em vrias frentes da literatura popular: seriados para rdios, novelas policiais e histrias infantis. Em 1964, fundou a "Sociedade Brasileira de Fico Cientfica" e nos ltimos anos de sua vida foi editor do "Magazine de Fico Cientfica" (edio brasileira da conceituada revista estadunidense "The Magazine of Fantasy and Science Fiction"). Seu primeiro sucesso foi "Aventura de Dick Peter", uma srie de livros baseados em um dos seus seriados de rdio, eram histrias sobre um detetive novaiorquino. A partir de 1947, Monteiro publicou uma srie de romances de FC, editou uma antologia: "O Conto Fantstico", Civilizao Brasileira, 1959 e manteve por muito tempo uma coluna crtica sobre Fico Cientfica no jornal "A Tribuna", de Santos (SP).Berlio Neves (1901-1974) tambm foi um dos percussores da Fico Cientfica na dcada de 30. Neves escreveu historietas futuristas de grande sucesso de pblico e crtica. Foram mais de quarenta contos. Seu primeiro livro foi "No pas das fadas" (1930). Seus contos foram reunidos em dois volumes: "A Costela de Ado"(1932) e "Sculo XXI"(1934).No incio da dcada de 60, houve um surto brasileiro de literatura de fico cientfica. Essa fase urea foi provocada pelo entusiasmo de um grupo de autores e editores que, como Jeronymo Monteiro, tinham conscincia de um grande mercado literrio de revistas baratas nos EUA (os "pulp magazines") e que, aos poucos, foram abrindo lugar para revistas mais sofisticadas.No Brasil, os editores Gumercindo Rocha Drea, na Editora GRD, e lvaro Malheiros, na Edart, lanaram trs antologias de Fico Cientfica que reuniram nomes consagrados da literatura nacional ao lado de novos autores. Um marco importante para a literatura de fico cientfica. Depois dessas antologias seguiram-se vrios romances e coletneas de contos. Podemos citar autores como: Andr Carneiro, Rubens Teixeira Scavone, Dinah Silveira de Queiroz, Nilson Martello, Levy Menezes, Guido Wilmar Sassi. Esses autores passaram a ser conhecidos como "gerao GRD" e demonstravam conscincia de pertencerem a um movimento de qualidade literria.Andr Carneiro foi o autor do primeiro livro de reflexo crtica sobre a fico cientfica: "Introduo ao Estudo da Science Fiction" (So Paulo, Imprensa Oficial do Estado, 1968, 142 p.). Carneiro escreveu um balano sobre o gnero, desde a sua origem at as obras dos autores dos anos 60. Abordando no s a literatura como o cinema. Mostrou tambm a importncia do mercado editorial das revistas estadunidenses.Carneiro no foi o primeiro a fazer ensaios e artigos crticos sobre a fico cientfica no Brasil. Fausto Cunha publicou na imprensa artigos e ensaios sobre a fico cientfica, que no foram reunidos em livros, englobando trs dcadas. Em "A Luta Literria" (Rio de Janeiro, Lidador, 1964, 212 p.), escreveu sobre Jorge Luis Borges, H.G. Wells, Karel Capek e H. P. Lovecraft.Jorge Luiz Calife surgiu com um dos primeiros trabalhos de "Fico Cientfica Hard", a trilogia "Padres de Contato". At ento, havia na literatura de fico cientfica uma mistura de elementos fantsticos. Calife trabalhou nos aspectos e encantamentos dos jarges cientficos, traduzindo-os para o gnero no cenrio brasileiro.Na dcada de 80, duas novidades agitaram a produo da Fico Cientfica brasileira; o aparecimento do "CLFC"' (Clube de Leitores de Fico Cientfica), fundado por Roberto Csar do Nascimento (R.C. Nascimento, 1985), em So Paulo, e de diversos grupos de fs, denominado "fandom", nos moldes estadunidenses e europeus. Esse movimento de fs foi o pilar para enraizar a presena do gnero em suas diversas manifestaes no cenrio brasileiro, editando revistas, livros e fanzines, alm de criarem prmios e concursos (Nova, Argos, entre outros).Com o surgimento da Revista Isaac Asimov Magazine, temos uma nova gerao contempornea, que entra pelos anos 90, chamada de "Gerao IAM". Podemos citar o escritor Brulio Tavares como um dos mais significativos desta gerao, apesar de ter comeado a escrever muito antes desta publicao.No final da dcada de 90 houve um movimento muito intenso em direo nova mdia que surgia: a Internet, ou mais precisamente, a parte grfica da rede chamada de "World Wide Web", fazendo surgir os chamados "webzines", como:"FC Brasil" em - "/www.elogica.com.br/users/carloss/","FC On Line" - "www.fconline.net/","Matrix" - "www.ficcao.matrix.com.br"/,"Frota On Line" - "www.geocities.com/SoHo/Cafe/6558/","Banana Atmica" - "www.geocities.com/Area51/Corridor/5694""Odissia" - "www.angelfire.com/sc/odisseia/"Muitos dos fanzines tradicionais e revistas migraram para a nova mdia, como exemplo o premiado "Magalom", mas que foram aos poucos desaparecendo e deixando de serem atualizados (o "Megalom" permaneceu apenas como "fanzine"). Como muitas inovaes nesse novo meio, no ultrapassaram o "boom" da Internet.J no incio do novo sculo, com o surgimento dos "blogs", os zines na Internet ganharam um novo impulso, mas a grande maioria apenas para abrigar obras de autores e poucos tentando abranger a Fico Cientfica no geral.As listas de discusses, os famosos "e-groups", tambm ganharam um impulso importante para reunirem leitores e autores, facilitando os encontros, e diminuindo as distncias geogrficas. As listas tornaram-se importantes canais de comunicao para os clubes e diversos projetos literrios, como:CLFC - http://br.groups.yahoo.com/group/lista-do-clfc/Esta uma lista patrocinada pelo Clube de Leitores de Ficao Cientifica. Aqui se discute a fico fantstica em geral.Oficina de Escritores - http://br.groups.yahoo.com/group/listaoficina/O objetivo desta lista aprimorar a habilidade de escrever contos de Fantasia, Fico Cientfica, Mistrio e Terror, atravs do intercmbio de contos e crticas.Slev - http://br.groups.yahoo.com/group/slev3/Mantido por Rogrio Amaral de Vasconcellos tem o objetivo de criarem a arte fantstica baseado no universo de Histrias Alternativas.Intempol - http://br.groups.yahoo.com/group/intempol2/Lista de fico cientfica baseada em viagens temporais.Simetria - http://groups.yahoo.com/group/Simetria/Lista mantida pela Associao Portuguesa de Fico Cientfica e Fantstico. Discute-se Fico Cientfica e Fantstico, alm de Projetos, Idias e atividades da SimetriaProjetos como Intempol (gerenciado por Octvio Arago) e Slev (gerenciado por Rogrio Amaral de Vasconcellos) traz uma nova luz Fico Cientfica Brasileira.A Intempol se iniciou com uma antologia editada pela "Ano Luz" em 2000 e cresceu gerindo HQs, RPGs e diversos outros contos sobre viagens temporais. No podemos negar a grande contribuio que o projeto trouxe a Fico Cientfica contempornea. "Uma patrulha do tempo com grandes doses do jeito brasileiro, caa os viajantes do tempo que tentam alterar a histria, mas nem sempre as coisas saem como planejado..."A Slev foi iniciada na Oficina de Escritores e depois tornou-se independente, criando um site e uma lista prpria para abrigar todo o projeto (www.slev.cbj.net). A Slev tambm geriu uma antologia, "Idade da Decadncia: Inferno em Khallah" pela "Editora Mitsukai" em 2001. Em sua verso 3 est trabalhando num projeto de "Histria Alternativa". A Slev funciona como um jogo de RPG Literrio, onde cada autor constri seus contos baseados em um universo j pr-determinado e seguem regras rgidas para a sua elaborao. Os contos so julgados pelos participantes e classificados. Ganha o autor que mais pontuar.Bibliografia consultada:CAUSO, Roberto de Sousa. Berlio Neves e a Mulher Obsoleta, in: Papra Uirand Especial 8, novembro e dezembro de 2002.MEDEIROS, Ruby Felisbino. ndice de contos de fico cientfica e fantstico. Porto Alegre, Laboratrio-Escola de Fico cientfica Robert A. Heinlein, 1999.NASCIMENTO, R. C. A coleo argonauta. So Paulo, Scortecci, 1985.SODR, Muniz. A fico do tempo. Petrpolis, Vozes, 1972.TAVARES, Braulio. Fantastic, fantasy and fiction literature catalog. Rio de Janeiro, Biblioteca Nacional, 1992.EL MOMENTO DEL PULP.LA RENOVACIN DE LA CIENCIA FICCIN BRASILEARoberto de Sousa Causo

La ciencia ficcin brasilea atraviesa un proceso de renovacin de autores en activo, temas, y acercamientos. El genero existe en el pas desde la segunda mitad del siglo XIX. Atraves los primeros aos veinte bajo la importante influencia del tipo de romance cientfico de H. G. Wells. No fue hasta los aos sesenta que apareci el primer movimiento editorial de importancia. Ha sido llamado la Primera Ola de la ciencia ficcin brasilea, y fue impulsado en ese momento por el editor Gumersindo Rocha Dorea y su compaa editorial Edies GRD (en Ro de Janeiro), con un esfuerzo secundario llevado a cabo en So Paulo por Edart. Dur desde 1960 a 1969. Los autores de la Primera Ola eran grandes admiradores de Ray Bradbury y tendan a escribir historias con un gran nfasis en una "prosa bonita". Los mejores fueron Andr Carneiro, Dinah Silveira de Queiroz, Fausto Cunha, y Rubens Teixeira Scavone. Sus principales temas fueron la guerra nuclear y las pesadillas apocalpticas, como era habitual en ala poca. El evento de cierre de la Primera Ola - que afront una dictadura militar durante su existencia- fue el simposium de ciencia ficcin de Ro en 1969, el primer encuentro internacional en la historia del gnero. All se estableci la tnica de lo que vendra despus: la abrumadora presencia de ciencia ficcin traducida del ingls. La segunda Ola de la ciencia ficcin brasilea comienza en 1982 con la edicin de fanzines y otras actividades del fandom. Los escritores de este periodo estn influidos por un mayor espectro de cf y fantasa, desde Lovecraft a Bradbury, de Stephen King a Arthur C. Clarke. Aparecen algunos escritores de gran madurez como Braulio Tavares, Gerson Lodi-Ribeiro, Ivanir Calado, Henrique Flory, Jorge Luiz Calife, dos escritores de cf hard, e Ivan Carlos Regina, que lanz en 1988su Movimiento Antropolgico (que "devorara" otras culturas para nutrir la cultura local), el primer movimiento conceptual en la ciencia ficcin local, deudor de alguna forma de las ideas tecnofbicas de la Nueva Ola britnico-estadounidense y mucho del Modernismo brasileo. Su objetivo era introducir ms Brasil en la ciencia ficcin brasilea, eliminando la influencia angloamericana, Doce aos despus algunos opinan que fue un xito, otros dicen que ha fracasado. La mayor parte de los autores de la segunda Ola ya han tenido su momento de xito, incluso aunque el mercado de ciencia ficcin y fantasa es casi inexistente, comparado con el que existe en Estados Unidos, Canad e Inglaterra. Sus carreras son breves, incluyendo normalmente cuatro o cinco libros y un puado de relatos. Como resultado, su influencia sobre los nuevos autores es muy tmida. Los debates conceptuales - como la "abrasileacion" del la cf o la "feminizacin" del gnero - alcanzan un punto muerto muy pronto. Las principales influencias se encuentran todava en autores muy conocidos como Asimov, Bradbury, Clarke, William Gibson - o por la cf audiovisual: series de TV, juegos de rol, pelculas o cmics. La publicacin de cf en Brasil es un negocio moribundo ms o menos desde 1995, cuando las ltimas colecciones profesionales de cf cerraron. Los nicos autores que aparecen por aqu son los de bestsellers como Michael Crichton, Stephen King, Dean R. Koontz, y J. K. Rawling, o autores premiados en el mainstream como Philip Pullman. Tambien se publica de vez en cuando novelizaciones de pelculas. En 1997 un grupo de aficionados y escritores se unieron para lanzar un proyecto en la publicacin de cf, Editora Ano-Luz. Su primera intencin era recuperar una edicin local de la Isaac Asimov Magazine (que dur de 1990 a '92), pero han terminado publicando tres antologas temticas, Outras Copas, Outros Mundos (ftbol), Phantastica Brasiliana (historia brasilea) e Intempol (viajes en el tiempo). Ano-Luz ha recibido recientemente el respaldo de Dorea, durante la ceremonia de los premios Argos en Octubre de 2000. Ahora mismo tienen el bastn de mando. Tambin hay aficionados involucrados con otras publicaciones, como Quark, una revista sobre el mundo audiovisual, que tambin publica relatos, la mayor parte de los autores que publican en las antologas Ani-Luz. Las antologas temticas ayudan a la ciencia ficcin local a desarrollarse dando un empujn a los subgneros y permitiendo a los autores continuar su carreras y debutar a los recin llegados. El problema con esta produccin es que la calidad literaria y la inventiva tiende a ser baja, en comparacin con la alcanzada por la Segunda Ola en otro momento. La mayora de los mejores autores de la Segunda Ola estn fuera de ellas y los debutantes nos esta lo suficientemente bien dirigidos editorialmente para alcanzar mejores logros. El estilo suena a literatura juvenil, los personajes no estn caracterizados, y las tramas poco desarrolladas. Estos nuevos autores reunidos alrededor de Ano-Luz estn tutelados por los mas experimentados de Lodi-Ribeiro: son Adriana Simon, Octvio Arago, Roberval Barcellos, y Carla C. Pereira, que esta atrayendo alguna atencin y alabanzas. Otros nombres tienden a ser ms autnomos e interesantes: Atade Tartari y Carlos Orsi Martinhosin, quizs los ms prometedores. Tartari posee habilidades narrativas muy slidas, mientras que Martinho ha interpretado de forma extensiva las races pulp del gnero. Los libros de Intempol componen el primer universo compartido de la cf brasilea, una especie de universo con una polica temporal desarrollado por el autor Octvio Arago y patrocinado por su pgina web. Las historias del libro estn firmadas por Lcio Manfredi, Jorge Nunes, Osmarco Vallado, Carlos Orsi Martinho, Gerson Lodi-Ribeiro, Paulo Elache, y Fbio Fernandes. La mayor parte son un conglomerado de cliches y homenajes desde el hard-boiled al pulp locevraftiano, sin la coplejidad o riqueza de otros universos compartidos como la serie de space opera alemana Perry Rhodan. Con todo y hablando en plata, todo este movimiento de edicin patrocinado por aficionados conduce a una era tarda de pulp brasileo, en el sentido de una intensa produccin de historias poco sofisticadas escritas como un entretenimiento ligero para lectores que comparten una subcultura comn. De alguna forma continan lo que la edicin de fanzines ha realizado desde 1982 , permitiendo a los nuevos escritores ejercitar sus habilidades, aunque sea en un entorno poco profesional y literario. No hay nada malo en esto, si puede hacer por la cf brasilea lo que e pulo ha hecho con la cf escrita en ingls, proporcionar una base de lectores que entienden el mismo lenguaje, construyendo una base de relatos suficientemente intensos y coloridos para quedar en la memoria, incluso cuando el gnero ha progresado bastante desde el primer lote de exploraciones ficticias de territorios inexplorados. Aunque pensamos que ya deberamos estar en el sofisticado reino de la ciencia ficcin del siglo XXI, debemos al menos alcanzar el reino del pulp de principios del siglo XX. Roberto de Sousa Causo escribe sobre ciencia ficcin brasilea para las revistas Locus (EEUU) y Livro Aberto (Brasil). Su primer libro fue la coleccin A Dana das Sombras (1999), seguido de la novela corta de cf Terra Verde (2000).