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FICHA TÉCNICA Título original: Economics 101 Autor: Alfred Mill Copyright © 2016 by F+W Media, Inc. Todos os direitos reservados Edição portuguesa publicada por acordo com Adams Media, uma empresa F+W Media, Inc., 57, Littlefield Street, Avon, MA 02322, USA Tradução © Brilho das Letras, Lisboa, 2017 Tradução: Catarina Gândara Revisão: Caligrama - Produção Editorial / Editorial Presença Imagens da capa: Shutterstock Capa: Catarina Sequeira Gaeiras/Editorial Presença Composição, impressão e acabamento: Multitipo — Artes Gráficas, Lda. Depósito legal nº 428 070/17 1ª edição, Lisboa, julho, 2017 Jacarandá é uma chancela da Brilho das Letras Reservados todos os direitos para a língua portuguesa (exceto Brasil) à Brilho das Letras Uma empresa Editorial Presença Estrada das Palmeiras, 59 Queluz de Baixo 2730-132 Barcarena [email protected] www.jacaranda.pt facebook.com/jacarandaeditora

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FICHA TÉCNICA

Título original: Economics 101Autor: Alfred MillCopyright © 2016 by F+W Media, Inc.Todos os direitos reservadosEdição portuguesa publicada por acordo com Adams Media, uma empresa F+W Media, Inc.,57, Littlefield Street, Avon, MA 02322, USATradução © Brilho das Letras, Lisboa, 2017Tradução: Catarina GândaraRevisão: Caligrama - Produção Editorial / Editorial PresençaImagens da capa: Shutterstock Capa: Catarina Sequeira Gaeiras/Editorial PresençaComposição, impressão e acabamento: Multitipo — Artes Gráficas, Lda.Depósito legal nº 428 070/171ª edição, Lisboa, julho, 2017

Jacarandá é uma chancela da Brilho das LetrasReservados todos os direitospara a língua portuguesa (exceto Brasil) àBrilho das LetrasUma empresa Editorial PresençaEstrada das Palmeiras, 59Queluz de Baixo2730-132 [email protected]/jacarandaeditora

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ÍndiceI n t ro d u ç ão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7

o Q u E É A EC o n o M I A? . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10

o S C o M P ro M I S S o S E o C u S to d E o P o r t u n I dA d E . . . . 15

o S u r G I M E n to d o C o M É rC I o L I V r E E A I M P o r t n C I A dA VA n tAG E M r E L At I VA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2 0

o C o M É r C I o I n t E r n AC I o n A L E B A r r E I r A S Ao C o M É rC I o . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2 6

EConoMI AS tr AdIC Ion A IS, EConoMI AS dE PL A nE A MEnto CEntr A L E EConoMI AS dE MErCAdo . . . . . . . . . . . . . . . 31

C A P I tA L I S M o V E r S u S S o C I A L I S M o . . . . . . . . . . . . . . . 3 6

A t ro C A d I r E tA E o d E S E n Vo LV I M E n to d o d I n H E I ro . . 41

A M o E dA F I d u C I Á r I A I n C o n V E r t Í V E L E X P Lo r A dA . . . . 4 6

o VA Lor tEMPor A L do d InHE Iro E dAS tA X AS dE Juro . . 50

A o r I G E M d o C o M É rC I o B A n C Á r I o . . . . . . . . . . . . . . . 5 4

A F o r M A C o M o o S B A n C o S C r I A M d I n H E I ro . . . . . . . . 57

o S B A n C o S C o M o S I S t E M A : A r EG u L Aç ão E A d E S r EG u L Aç ão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 61

A o F E r tA E A P ro C u r A : o S M E rC A d o S . . . . . . . . . . . . 6 6

A o F E r tA E A P ro C u r A : o C o M P o r tA M E n to d o C o n S u M I d o r . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 71

A oFEr tA E A ProC u r A : o n A SC IMEn to dE u M Pr Eç o . . . 76

A S VA r I A ç Õ E S n A o F E r tA E n A P ro C u r A . . . . . . . . . . . 8 0

C o n tA B I L I dA d E V E r S u S EC o n o M I A . . . . . . . . . . . . . . . 8 5

A F u n ç ão d E P ro d u ç ão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8 9

o C o n t ro Lo d o S C u S to S . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9 3

A C o n C o r r Ê n C I A P E r F E I tA A C u r to P r A Zo . . . . . . . . . 97

A C o n C o r r Ê n C I A P E r F E I tA A Lo n G o P r A Zo . . . . . . . 101

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o S o L I G o P Ó L I o S E o S M E rC A d o S I M P E r F E I tA M E n t E C o M P E t I t I Vo S . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10 5

A C o L u S ão E o S C A r t É I S . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10 8

A t Eo r I A d o S J o G o S . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 111

C o M P o r tA M E n to S d E F I X A ç ão d E P r Eç o S . . . . . . . . 114

M o n o P Ó L I o S : o B o M, o M A u E o V I L ão . . . . . . . . . . . 119

o G oV E r n o n o M E rC A d o EC o n Ó M I C o: o S P r Eç o S M Á X I M o S E o S P r Eç o S M Í n I M o S . . . . . . . . . . . . . . . 124

o G oV E r n o n o M E rC A d o EC o n Ó M I C o: o S I M P o S to S E o S S u B S Í d I o S . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 128

A S FA L H A S d o M E rC A d o . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13 3

o S M E rC A d o S F I n A n C E I ro S E A t Eo r I A d o S F u n d o S F I n A n C I ÁV E I S . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13 8

o M E rC A d o M o n E tÁ r I o . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 142

o M E rC A d o o B r I G AC I o n I S tA . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14 6

o M E rC A d o B o L S I S tA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 152

A S d I V I S A S E A S tA X A S d E C Â M B I o S . . . . . . . . . . . . . 157

A S E X P o r tAç Õ E S E A B A L A n ç A C o M E rC I A L . . . . . . . . 16 3

A S r E S E r VA S o F I C I A I S E A P o L Í t I C A C A M B I A L . . . . . . 167

o S E to r P r I VA d o E o S E to r P Ú B L I C o . . . . . . . . . . . . 170

o S E to r E X t E r n o . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 173

o SE tor F In A nCE Iro E oS MErC A doS F In A nCE IroS . . . 176

o P ro d u to I n t E r n o B r u to . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 179

o P I B : A d E S P E S A P r I VA dA E o I n V E S t I M E n to . . . . . . 18 3

o P I B : A d E S P E S A P Ú B L I C A E A S E X P o r tAç Õ E S . . . . . . 187

A S A B o r dAG E n S Ao P I B . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 191

A S VA r I Aç Õ E S r E A I S do P I B E o C I C Lo EC o n Ó M I C o . . 19 5

o Q u E o P I B n ão n o S d I Z . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19 9

A d E F I n I ç ão d o d E S E M P r EG o . . . . . . . . . . . . . . . . . 2 0 3

A C L A S S I F I C A ç ão d o d E S E M P r EG o . . . . . . . . . . . . . . 2 07

P o rQ u E É Q u E o d E S E M P r EG o É n o C I Vo . . . . . . . . . . 214

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A d E F I n I ç ão d E I n F L A ç ão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 218

o S t I P o S d E I n F L A ç ão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2 2 2

A I n F L A ç ão: V E n C E d o r E S E P E r d E d o r E S . . . . . . . . . 2 27

A d E S I n F L A ç ão E A d E F L A ç ão . . . . . . . . . . . . . . . . . 2 31

A P ro C u r A AG r EG A dA E A o F E r tA AG r EG A dA . . . . . . 2 3 5

o EQ u I L Í B r I o M AC ro EC o n Ó M I C o . . . . . . . . . . . . . . . 24 0

A PErSPEt IVA KE YnESIAnA E A PoL Ít ICA orçAMEntAL . . 244

o S I S t E M A d E r E S E r VA F E d E r A L . . . . . . . . . . . . . . . 25 0

A P o L Í t I C A M o n E tÁ r I A . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25 5

A EC o n o M I A d o L A d o dA o F E r tA . . . . . . . . . . . . . . . 2 61

o C r E S C I M E n to EC o n Ó M I C o . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2 6 6

A S C o n d I ç Õ E S PA r A o C r E S C I M E n to EC o n Ó M I C o . . . 270

CoMo A PoL Ít ICA EConÓMICA A FE tA o CrESC IMEnto . . 275

A G r A n d E d E P r E S S ão E n C o n t r A ‑ S E C o M A G r A n d E r EC E S S ão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 281

o C o L A P S o dA B A n C A d E I n V E S t I M E n to . . . . . . . . . . 287

A P o L Í t I C A o rç A M E n tA L d E B A I Xo d E F o G o . . . . . . . . 2 91

o A M B I E n t E E A EC o n o M I A . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2 9 6

Í n d I C E r E M I S S I Vo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3 0 2

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inTROdUÇÃO A IMPORTÂNCIA DE COM PREENDER A ECONOMIA

Tem noções preconcebidas sobre economia? Quer saber como funciona a economia, mas dá por si a cabecear de sono? Quer aprender mais, mas fica desanimado perante a lingua-gem seca e técnica e «toda aquela conversa sobre dinheiro»?

No livro Economics 101, vai perceber que a economia não tem de ser aborrecida. Na verdade, explorar este tema fá -lo -á ver o mundo de um modo que nunca antes teria tido em consideração. A economia permite -lhe estabelecer ligações entre coisas aparentemente díspares, como a taxa de desemprego e a tendência do seu querido pai para substituir a roupa interior. E irá perceber melhor o mundo. Quando as taxas de juro variarem, será capaz de prever as ramificações dessas variações. Uma discussão importante sobre ações, obrigações, fundos de investimento e obrigações garantidas deixará de lhe soar como um estranho dialeto numa língua desconhecida. Embora não se trate de um livro sobre finanças pessoais, os princípios da economia aqui descritos ajudá -lo -ão a manter em ordem a sua própria casa financeira.

Em economia, as expetativas transformam -se em reali-dade  e o dinheiro é apenas um conceito social. Isto não é aborrecido, é espantoso! Depois de ler Economics 101, passará a conhecer e a apreciar conceitos como a diminuição da utilidade marginal, o paradoxo da poupança e o novo preferido de toda a gente, a flexibilização quantitativa. Entender estes conceitos irá ajudá -lo a perceber melhor a economia que o

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rodeia e porque é que as pessoas se comportam como se com portam no que respeita a questões de dinheiro (pista: nem sempre se comportam racionalmente!). Pode até dar uso a essas informações ensi nando o seu patrão a contro lar os custos variáveis e a maximizar os lucros. As taxas de câm bio e os fluxos de poupanças passarão a ser uma brincadeira de crianças, o capital e o investimento assumirão um significado totalmente novo e, além disso, a criação de um índice de preços no consumidor (IPC) e a deflação do PIB  nominal tornar--se -ão conceitos banais para si. O seu primo poeta hippie, que vive numa caravana e toca guitarra, ficará encantando quando lhe explicar porque é que, tecnicamente, ele não está desempregado.

A economia não se prende apenas com a definição de termos abstratos, como alguns dos que referi acima. Na ver-dade, é um exercício filosófico! E, com isto, quero dizer que a economia tem impacto em todos os aspetos da sua vida e influencia tudo aquilo que faz. E falo mesmo de tudo! A eco-nomia ensina -nos que nada é gratuito. Há custos envolvidos em todas as escolhas, mesmo que a escolha em questão pareça não ter qualquer relação com assuntos monetários.

A economia não é uma coisa qualquer feita por grupos anó nimos algures muito longe do país onde vive. Todas as deci sões económicas são tomadas por pessoas. E as pessoas assumem os custos destas decisões. Sim, estou a referir -me a si. A economia é pessoal. Não são eles que fixam os preços. Somos nós que fixamos os preços.

Depois de ler este livro, vai ficar a saber porque é que o mundo funciona como funciona. Aqui, irá aprender coisas como, por exemplo:

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• porque é que pode ter demasiado de uma coisa boa (a utili-dade está a diminuir);

• porque é que o desemprego, quando designado por qual-quer outro termo, provavelmente não é desemprego;

• porque é que aquilo que é verdade a longo prazo pode não ser verdade a curto prazo;

• porque é que os responsáveis políticos que gerem as expe-tativas podem gerir a realidade;

• porque é que, se tiver de optar entre a inflação e a deflação, deve optar pela inflação;

• porque é que as pessoas têm melhor capacidade para gerir as suas finanças do que os governos.

Está pronto para começar a explorar o alucinante mundo da economia? Vamos lá!

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O QUe É A ecOnOMiA? Ret irar o caráter sombr io à «c iência sombr ia»

Abre a porta do seu frigorífico, olha para a comida que lá está dentro e exclama: «Não há nada para comer nesta casa.» Mais tarde, abre um roupeiro cheio de roupa e depois pensa: «Não tenho nada para vestir.» Está perante a escassez. Nunca tem aquilo de que precisa ou que quer em quantidade suficiente. A verdade é que tem muitas coisas para comer e muita roupa para vestir. Opta por igno-rar as opções com que acabou de se deparar mas sabe que, mais cedo ou mais tarde, acabará por ceder e irá comer a maçã que está ao lado das uvas mirradas na última prateleira do frigorífico e depois irá vestir a camisa e as calças que detesta. É uma criatura econó-mica. Perante a escassez, analisa as opções de que dispõe, avalia -as e depois escolhe.

O E S T U D O D A E S C A S S E Z

A economia é o estudo da forma como as pessoas, as insti tuições e a sociedade optam por lidar com a condição de escassez. É fas-cinante ver como as pessoas reagem à escassez. Algumas criam planos e sistemas complexos para garantir que todos obtêm a sua quota -parte justa de recursos escassos. Outras inventam coisas à medida que vão avançando. Toda a gente pratica a economia no dia a dia. Desde um único indivíduo até à maior sociedade do planeta, as pessoas estão constantemente envolvidas na luta pela sobrevi vência, em fazer o dinheiro chegar até ao fim do mês e, tendo em conta a relativa escassez que enfrentam, chegam mesmo a prosperar.

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A filha da filosofia A economia já existe há muito tempo, apesar de nem sempre ter sido conhe-

cida por este nome. Os filósofos estudaram a escassez e a escolha muito antes

de a disciplina ter recebido esta designação. O pai da economia moderna,

Adam Smith, era considerado um filósofo moral e não um economista.

As pessoas que estudam estas escolhas chamam -se economistas. O campo da economia é imenso porque as pessoas têm um imenso leque de escolhas. Alguns economistas estudam a tomada de deci-sões de indivíduos e de instituições; outros estudam a forma como as nações lidam com a escassez. Os economistas desenvolvem teorias para explicar o comportamento do que quer que seja que estejam a estudar. Algumas destas teorias são depois testadas face a dados do mundo real e, por vezes, essas teorias são postas em prática sem nunca sequer serem testadas. Os economistas trabalham para uni-versidades, instituições financeiras, grandes empresas e governos.

A M I C R O E C O N O M I A

O campo da microeconomia concentra a sua atenção na tomada de decisões dos indivíduos e das empresas. A microeconomia estuda sobretudo os mercados destinados a bens, serviços e recur-sos. Os mercados são essenciais para perceber a microeconomia. Sempre e onde quer que os compradores e os vendedores se juntem para trocar recursos, bens ou serviços, é criado um mercado e o comportamento destes mercados é de particular interesse para os economistas. Estão a funcionar de forma eficiente? Os participantes têm acesso a informações adequadas? Quem e quantos participam no mercado? De que forma é que as decisões tomadas num mercado têm impacto sobre as decisões tomadas noutro mercado relacionado com esse?

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A M A C R O E C O N O M I A

A macroeconomia é o estudo da forma como nações inteiras lidam com a escassez. Os macroeconomistas analisam os sistemas que as nações criam ou permitem que existam para a afetação de bens e serviços. As questões que colocam são variadas e de grande interesse, tanto para os indivíduos como para os responsáveis políticos:

• Como é que se mede a economia? • Porque é que o desemprego existe? • Como é que as variações na quantidade de dinheiro afetam toda

a economia? • Que impacto é que a despesa pública ou a política fiscal têm

sobre a economia? • Como é que se pode fazer crescer a economia?

A E S C A S S E Z

Se não existisse escassez, não haveria necessidade de estudar a economia. E, já que falamos nisso, se não existisse escassez não haveria necessidade de este livro existir. No entanto, não temos assim tanta sorte. A escassez é a condição universal que existe porque não há tempo, dinheiro ou coisas suficientes para satisfazer as necessidades ou desejos de toda a gente. As coisas que toda a gente quer são feitas de recursos. Num esforço para fazer com que a economia soe mais «económica», os recursos são chamados de fatores de produção. Os fatores de pro-dução incluem a terra, a mão de obra, o capital e o empreendedorismo.

Existe realmente escassez na América, uma terra de abundância? A escassez existe para toda a gente. Dos ricos aos pobres, todos enfrentam

este problema. É certo que a escassez na América é diferente da escassez

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na Somália. Na América, há uma abundância de alimentos e água potável,

mas na Somália ambos são escassos. A escassez não se deve apenas a

recursos limitados mas também a necessidades ilimitadas e isso é algo que

tanto a América como a Somália partilham.

• A terra é depositária de todos os recursos naturais e não apenas um pedaço aleatório de propriedade. As árvores, os depósitos minerais, os peixes no oceano, as águas subterrâneas e a simples e velha terra, tudo isto está incluído. A terra pode ser dividida em recursos naturais renováveis e não renováveis. Os recursos renováveis, como os pinheiros e as galinhas, são fáceis de repor. Os recursos não renováveis, como o petróleo e o bacalhau do Atlântico, são difíceis de repor. O pagamento da terra chama -se renda.

• A mão de obra refere -se às pessoas e às respetivas competências e aptidões. A mão de obra divide -se em não qualificada, qualifi-cada e profissional. A mão de obra não qualificada refere -se às pessoas que não têm formação formal e que recebem um salário para realizar tarefas repetitivas, como fazer hambúrgueres ou trabalhar numa linha de montagem. A mão de obra qualificada refere -se às pessoas que recebem um salário pelos conhecimentos que têm e por aquilo que sabem fazer. Os soldadores, os eletricistas, os canalizadores, os mecânicos e os carpinteiros são exemplos de trabalhadores qualificados. Os trabalhadores profissionais rece-bem um salário por aquilo que sabem. Os médicos, os advogados, os engenheiros, os cientistas e até os professores estão incluídos nesta categoria.

• Em economia, o capital não se refere ao dinheiro mas sim a todas as ferramentas, fábricas e equipamentos utilizados no processo de produção. O capital é o produto do investimento. Pare. Não acha que isto é confuso? Até agora, é provável que tenha vivido

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uma vida feliz a pensar que o capital era dinheiro e que investir é aquilo que faz no mercado bolsista. Bem, lamento. O capital é uma coisa física utilizada para fazer outras coisas e o investimento é o dinheiro que se gasta para comprar essas coisas. Para fazer capital, tem de ter capital. E, porque o capital é sempre comprado com dinheiro emprestado, incorre no pagamento de juros.

O dinheiro fala A afetaçãoOs economistas descrevem a dotação dos recursos certos às pessoas certas

como afetação. A eficiência da afetação ocorre quando o benefício marginal

é igual ao custo marginal. É quando esta condição ocorre que a sociedade

mais beneficia.

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