Fundamentos de Contabilidade e Contabilidade Básica - UNISA

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    Fundamentos de

    Contabilidade eContabilidade Bsica

    Osvaldo da Silva

    Adaptada por Osvaldo da Silva / Revisada por Luis Janurio (setembro/2012)

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    APRESENTAO

    com satisfao que a Unisa Digital oferece a voc, aluno(a), esta apostila de Fundamentos de Con-

    tabilidade e Contabilidade Bsica, parte integrante de um conjunto de materiais de pesquisa voltado ao

    aprendizado dinmico e autnomo que a educao a distncia exige. O principal objetivo desta apostila

    propiciar aos(s) alunos(as) uma apresentao do contedo bsico da disciplina.

    A Unisa Digital oferece outras formas de solidificar seu aprendizado, por meio de recursos multidis-

    ciplinares, como chats, fruns, aulas web, material de apoio e e-mail.

    Para enriquecer o seu aprendizado, voc ainda pode contar com a Biblioteca Virtual: www.unisa.br,

    a Biblioteca Central da Unisa, juntamente s bibliotecas setoriais, que fornecem acervo digital e impresso,bem como acesso a redes de informao e documentao.

    Nesse contexto, os recursos disponveis e necessrios para apoi-lo(a) no seu estudo so o suple-

    mento que a Unisa Digital oferece, tornando seu aprendizado eficiente e prazeroso, concorrendo para

    uma formao completa, na qual o contedo aprendido influencia sua vida profissional e pessoal.

    A Unisa Digital assim para voc: Universidade a qualquer hora e em qualquer lugar!

    Unisa Digital

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    SUMRIO

    INTRODUO ............................................................................................................................................... 7

    FUNDAMENTOS DE CONTABILIDADE

    1 ORIGEM, EVOLUO E DEFINIO DA CONTABILIDADE........................................ 91.1 Origem e Evoluo da Contabilidade ......................................................................................................................91.2 Definio de Contabilidade ......................................................................................................................................101.3 Resumo do Captulo ....................................................................................................................................................10

    1.4 Atividades Propostas ...................................................................................................................................................10

    2 OBJETIVOS E USURIOS DA CONTABILIDADE .............................................................. 112.1 Objetivos ..........................................................................................................................................................................112.2 Usurios da Contabilidade ........................................................................................................................................112.3 Resumo do Captulo ....................................................................................................................................................122.4 Atividade Proposta.......................................................................................................................................................12

    3 PRINCPIOS FUNDAMENTAIS DA CONTABILIDADE................................................... 133.1 Princpio da Entidade ..................................................................................................................................................133.2 Princpio da Continuidade ........................................................................................................................................143.3 Princpio da Oportunidade .......................................................................................................................................143.4 Princpio do Registro pelo Valor Original.............................................................................................................143.5 Princpio da Prudncia ................................................................................................................................................153.6 Princpio da Competncia .........................................................................................................................................153.7 Princpio da Atualizao Monetria .......................................................................................................................163.8 Resumo do Captulo ....................................................................................................................................................163.9 Atividades Propostas ...................................................................................................................................................16

    4 NOES BSICAS ............................................................................................................................... 174.1 Patrimnio .......................................................................................................................................................................17

    4.2 Bens....................................................................................................................................................................................174.3 Direitos..............................................................................................................................................................................174.4 Obrigaes ......................................................................................................................................................................184.5 Resumo do Captulo ....................................................................................................................................................194.6 Atividades Propostas ...................................................................................................................................................19

    5 ESTTICA PATRIMONIAL ................................................................................................................ 215.1 Ativo ...................................................................................................................................................................................215.2 Passivo ..............................................................................................................................................................................215.3 Patrimnio Lquido (PL) ............................................................................................................................................21

    5.4 Representao Grfica do Patrimnio ..................................................................................................................225.5 Situao Lquida do Patrimnio..............................................................................................................................235.6 Origens e Aplicaes de Recursos..........................................................................................................................245.7 Formao e Variaes do Patrimnio ...................................................................................................................24

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    5.8 Resumo do Captulo ....................................................................................................................................................275.9 Atividades Propostas ...................................................................................................................................................28

    6 MTODO DAS PARTIDAS DOBRADAS .................................................................................. 296.1 Contas ...............................................................................................................................................................................306.2 Livro-Razo .....................................................................................................................................................................306.3 Lanamentos a Dbito e a Crdito das Contas .................................................................................................31

    6.4 Contas do Ativo => Lado Esquerdo do Balano ...............................................................................................326.5 Contas de Passivo e de Pl => Lado Direito do Balano ..................................................................................326.6 Dirio .................................................................................................................................................................................356.7 Balancete de Verificao ............................................................................................................................................366.8 Resumo do Captulo ....................................................................................................................................................376.9 Atividade Proposta.......................................................................................................................................................37

    7 PLANOS DE CONTAS .........................................................................................................................397.1 Conceito ...........................................................................................................................................................................397.2 Importncia ....................................................................................................................................................................397.3 Modelo de Plano de Contas .....................................................................................................................................397.4 Resumo do Captulo ....................................................................................................................................................427.5 Atividades Propostas ...................................................................................................................................................43

    8 BALANO PATRIMONIAL ............................................................................................................... 458.1 Conceito ...........................................................................................................................................................................458.2 Contedo do Balano .................................................................................................................................................458.3 Classificao do Ativo .................................................................................................................................................468.4 Classificao do Passivo .............................................................................................................................................478.5 Patrimnio Lquido ......................................................................................................................................................488.6 Resumo do Captulo ....................................................................................................................................................49

    8.7 Atividades Propostas ...................................................................................................................................................49

    CONTABILIDADE BSICA

    9AS VARIAES DO PATRIMNIO LQUIDO ....................................................................... 519.1 Receita ..............................................................................................................................................................................519.2 Despesa ...........................................................................................................................................................................519.3 Resultado .........................................................................................................................................................................529.4 Perodo Contbil ...........................................................................................................................................................529.5 Encerramento de Contas de Receita e Despesa ...............................................................................................52

    9.6 Destinao do Resultado do Exerccio .................................................................................................................539.7 Demonstrao de Resultado do Exerccio (DRE) ..............................................................................................549.8 Regime de Competncia ...........................................................................................................................................559.9 Regime de Caixa ............................................................................................................................................................569.10 Despesas a Pagar e Receitas a Receber .............................................................................................................569.11 Gastos que Beneficiam mais de um Exerccio .................................................................................................589.12 Obrigaes que se Transformam em Receita ..................................................................................................599.13 Resumo do Captulo .................................................................................................................................................609.14 Atividades Propostas ................................................................................................................................................61

    10OPERAES COM MERCADORIAS.......................................................................................6310.1 Atribuio de Preos aos Inventrios .................................................................................................................6310.2 Custo das Mercadorias Vendidas (CMV)............................................................................................................6810.3 Contabilizaes que Alteram os Valores das Compras e Vendas .............................................................73

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    10.4 Resultado com Mercadorias (RCM) .....................................................................................................................7710.5 Resumo do Captulo .................................................................................................................................................7810.6 Atividades Propostas ................................................................................................................................................78

    11CONSIDERAES FINAIS ............................................................................................................79

    RESPOSTAS COMENTADAS DAS ATIVIDADES PROPOSTAS..................................... 81

    REFERNCIAS .............................................................................................................................................85

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    INTRODUO

    Caro(a) aluno(a),

    Este material busca apresentar a voc, aluno(a) do curso de Administrao da Unisa, na modalidade

    a distncia, o contedo das disciplinas Fundamentos da Contabilidadee Contabilidade Bsica, como parte

    fundamental para o perfeito entendimento da Contabilidade.

    Essas disciplinas abordam contedos necessrios formao do administrador.

    A primeira parte desta apostila, Fundamentos da Contabilidade, fornecer os conceitos necessrios

    para as tomadas de decises dos administradores.

    Nesta disciplina, veremos os contedos referentes aos estudos da origem e evoluo, definies,objetivos, usurios e princpios da Contabilidade. Trabalharemos com as noes bsicas, destacando a

    formao patrimonial das empresas, ou seja, os bens, os direitos e as obrigaes.

    Complementaremos o estudo desta disciplina apresentando a formao e as variaes do patrim-

    nio de uma entidade, sendo apresentados vrios exemplos.

    Apresentaremos, ainda, o famoso mtodo das partidas dobradas, que ser amplamente explicado

    e objeto de inmeros exerccios de fixao, pois se trata de parte fundamental para o entendimento da

    disciplina. Finalizando o contedo, abordaremos plano de contas e balano patrimonial.

    J na segunda parte, Contabilidade Bsica, abordaremos as variaes do patrimnio lquido e ope-

    raes com mercadorias, nas quais estudaremos a efetiva apurao do resultado do exerccio e os mto-

    dos de controle de estoques e suas contabilizaes.

    Esta apostila tem como objetivo possibilitar que voc identifique, aplique e avalie as tcnicas con-

    tbeis, para atingir as finalidades de organizar, gerenciar e auxiliar no processo decisrio, atravs de in-

    formaes e relatrio do sistema contbil. Tambm fornecer informaes bsicas necessrias para res-

    ponder com segurana a questes relacionadas a como assegurar o controle do Patrimnio da Entidade

    e sobre a composio e variaes patrimoniais.

    Espera-se que, com ao trmino destes mdulos, voc tenha atingido os objetivos propostos para

    estas disciplinas e que elas contribuam de forma significativa com a sua formao profissional, possibili-tando que voc possa utilizar das ferramentas contbeis para as tomadas de decises.

    Osvaldo da Silva

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    FUNDAMENTOS DE CONTABILIDADE

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    ORIGEM, EVOLUO E DEFINIO DACONTABILIDADE1

    Ol, tudo bem? Veremos, agora, a origem e

    a evoluo dessa ferramenta to importante para

    o administrador.

    difcil saber quando surgiu a Contabilida-

    de. Estudos sobre as civilizaes antigas mostram

    que a Contabilidade to antiga quanto o ho-

    mem e que os primeiros sinais de sua existnciadatam de, aproximadamente, 4.000 anos a.C.

    As necessidades de cada perodo histrico

    fizeram com que a Contabilidade fosse se aprimo-

    rando.

    AtenoAteno

    O desenvolvimento da Cincia Contbil foi signi-

    ficativamente influenciado por fatos importan-tes, como o surgimento da escrita, da moeda,da prensa, o desenvolvimento da Amrica, a in-veno da mquina a vapor, o desenvolvimentoeconmico e as transformaes sociopolticas esocioculturais de cada poca.

    1.1 Origem e Evoluo da Contabilidade

    Caro(a) aluno(a), esta parte da apostila ser

    estudada na disciplina Fundamentos da Contabi-

    lidade, do curso de Administrao.

    Com o passar do tempo, as atividades econ-micas foram tornando-se mais complexas, fazendocom que o homem sentisse a necessidade do aper-

    feioamento do seu instrumento de avaliao dasituao patrimonial.

    Desde Luca Pacioli (considerado o pai daContabilidade) at os nossos dias, foram inmerasas obras escritas sobre a rea contbil, que contri-buram para a evoluo do pensamento contbil.

    No Brasil, a formao de profissionais narea contbil iniciou-se por volta de 1754, ainda

    como colnia de Portugal, com a autorizao ecriao do curso Aula de Comrcio (aula tem osignificado de faculdade), cuja superviso esta-va sob responsabilidade da Junta de Comrciode Lisboa. Os formandos recebiam o nome dequarda-livros, denominao dada na poca paraos contadores.

    Aps o Brasil Colnia, vrias escolas comcursos na rea contbil foram criadas, das quaisapenas a Escola do Comrcio lvares Penteado

    e a Faculdade de Economia e Administrao daUniversidade de So Paulo destacaram-se, pelarelevante contribuio que deram para a evolu-o da profisso contbil em nosso pas.

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    1.2 Definio de Contabilidade

    Oi, voc sabe qual a definio de Contabili-dade? Vamos ver!

    Segundo Ribeiro (2011, p. 33), Contabili-dade uma cincia que permite, atravs de suastcnicas, manter um controle permanente do Pa-trimnio da empresa.

    AtenoAteno

    Para Marion (2009), a Contabilidade uma ferra-menta que tem como objetivo fornecer o mximode informaes teis para a tomada de decises

    dentro e fora da empresa.

    Contabilidade a cincia que estuda a pr-

    tica as funes de orientao, de controle e de

    registro relativas administrao econmica. (ICongresso Brasileiro de Contabilidade RJ -1914).

    Saiba maisSaiba mais

    O objeto da contabilidade o patrimnio da empresa.

    Neste captulo, estudamos a origem, evoluo e definio de contabilidade.

    Vimos que a contabilidade to antiga quanto o homem e que seu desenvolvimento foi influencia-

    do por fatos importantes e que a complexidade das atividades econmicas fez com que o homem tivessea necessidade do aperfeioamento desse instrumento de avaliao da situao patrimonial.

    Vimos tambm que tal instrumento tem como objetivo fornecer o mximo de informaes teis

    para a tomada de deciso de seus usurios.

    1.3 Resumo do Captulo

    1.4 Atividades Propostas

    Vamos, agora, avaliar sua aprendizagem!

    1. Como sabemos, a Contabilidade uma ferramenta que gera informaes para a tomada de

    decises com base no passado. Sabendo disso, qual seria a periodicidade (trimestral, mensal,

    anual) mais indicada para analisarmos os dados fornecidos por esta ferramenta? Explique.

    2. Podemos afirmar que o objeto da contabilidade o Balano Patrimonial? Explique.

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    Agora que voc j sabe a definio, qual seria

    o objetivo da Contabilidade? Vamos l!

    2.1 Objetivos

    2.2 Usurios da Contabilidade

    OBJETIVOS E USURIOS DACONTABILIDADE2

    AtenoAteno

    O objetivo principal da Contabilidade gerarinformaes necessrias para a tomada de de-

    cises pelos usurios internos e/ou externos dasinformaes contbeis.

    So vrios os usurios das informaes con-

    tbeis, tendo cada um sua necessidade especfica.

    Podemos destacar os seguintes:

    Quadro 1 Usurios da Contabilidade.Internos Necessidades

    ProprietriosObter informaes sobre: os resultados globais da empresa (lucro ou prejuzo), o re-torno do capital investido e a eficincia da empresa na utilizao dos seus recursos, aeficcia dos gestores, o grau de endividamento, entre outros.

    Administradores, gerentesou diretores

    Obter informaes para avaliar o desempenho dos seus subordinados e acompanhar aevoluo da empresa frente aos objetivos traados no planejamento global e tomadadeciso.

    Externos Necessidades

    InvestidoresSaber sobre o retorno de seus investimentos na empresa e, principalmente, sobre adistribuio de dividendos. Tambm a utilizam para projetar os resultados futuros da

    empresa.Fornecedores Verificar o grau de endividamento da empresa e qual o seu volume de vendas.

    ClientesSaber se a situao econmica e financeira da empresa equilibrada, de forma quepermita a continuidade de suas operaes, podendo continuar fornecendo seus pro-dutos ou servios; e conhecer a capacidade de estocagem e fornecimento da empresa.

    Instituies financeirasConhecer a capacidade financeira e a posio de endividamento de qualquer empresaque deseje ser tomadora de emprstimos ou financiamentos.

    Sindicatos de empregadosVerificar a situao financeira da empresa antes de reunir-se com seus dirigentes paranegociar melhorias salariais para seus colaboradores.

    Entidades governamentaisFisco: verificar se a empresa est cumprindo os seus compromissos fiscais.Governo: pode existir o interesse em mensurar a necessidade de apoio governamental

    para setores estratgicos para o pas.Organizaes no governa-mentais

    Obteno de informaes sobre investimentos na proteo do meio ambiente ou aju-da populao menos favorecida.

    Fonte:Nagatsuda e Teles (2002).

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    Saiba maisSaiba mais

    A tributao do Imposto de Renda efetuada combase nas informaes geradas pela contabilidade.

    DicionrioDicionrio

    Fisco: Conjunto de rgos pblicos responsvel peladeterminao e arrecadao de impostos, taxas etc.

    (HOUAISS; VILLAR, 2001, p. 1349)

    Essas necessidades demonstram a impor-

    tncia da Contabilidade no contexto empresarial

    contemporneo.

    Neste captulo estudamos qual o objetivo da Contabilidade e seus respectivos usurios.

    Vimos que cada usurio utiliza as informaes contbeis de formas diferentes. No entanto, todos

    esto sempre preocupados com a situao financeira da organizao.

    Podemos concluir que as informaes contbeis devem ser confiveis, pois caso contrrio poder

    prejudicar as tomadas de decises de seus usurios.

    2.4 Atividade Proposta

    2.3 Resumo do Captulo

    Vamos avaliar sua aprendizagem.

    1. Complete a frase: O objetivo da contabilidade ______________:

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    Caro(a) aluno(a), tudo bem? Neste captulo,

    vamos conhecer os princpios da Contabilidade.

    A exemplo do que ocorre com as demais

    atividades, a Contabilidade tambm possui prin-

    cpios que fundamentam a execuo dos traba-

    lhos contbeis e que devem ser utilizados pelos

    contadores, de forma a garantir que a escritura-o e as demonstraes contbeis, de qualquer

    tipo de empresa, reflitam de maneira adequada

    a sua situao patrimonial, financeira e econmi-

    ca em determinado momento, possibilitando aos

    vrios usurios a tomada de decises com segu-

    rana. Caso o contador no obedea tais princ-

    pios, este estar sujeito desde uma advertncia

    at a suspenso do exerccio profissional.

    Franco (1998, p. 13) afirma que

    a finalidade prtica da fixao dos cha-mados princpios contbeis a de servirde guia ou parmetro para o registro defatos e a elaborao de demonstraesdentro de regras uniformes que facilitema funo informativa da contabilidade.

    A profisso contbil deve observar os prin-cpios explicados a seguir, conforme determina a

    Resoluo n 750, de 29 de dezembro de 1993, do

    Conselho Federal de Contabilidade (NAGATSUDA;

    TELES, 2002).

    PRINCPIOS FUNDAMENTAIS DACONTABILIDADE3

    AtenoAteno

    A fixao dos princpios serve como guia ou pa-

    rmetro para o registro de fatos e a elaborao dedemonstraes dentro de regras uniformes quefacilitem a funo informativa da Contabilidade.

    Necessidade de diferenciar o patrimnio da

    empresa do patrimnio dos seus scios acionis-

    tas ou proprietrios (FERRARI, 2010).

    Exemplo: O Senhor Patinhas, scio da em-

    presa Xiririka Comrcio de Alimentos, reside no

    mesmo prdio em que est locada a sede da em-

    presa. A empresa utiliza o andar trreo para as

    suas atividades e o scio, o andar superior como

    residncia. Existe apenas um contrato de locao

    do imvel e o valor do aluguel de $ 2.000,00

    (dois mil).

    De acordo com o princpio da entidade,

    no podemos considerar o total do aluguel

    ($ 2.000,00) como despesa da empresa, mas atri-

    3.1 Princpio da Entidade

    buir parte para a empresa e parte para o proprie-

    trio. A determinao da parcela que cabe s par-

    tes dever ser feita pelo contador, com base na

    rea utilizada pela empresa e pelo proprietrio,

    como veremos a seguir.

    Sabendo-se que a rea do imvel de 230

    m2e que somente 70% so utilizados pela empre-

    sa para execuo de suas atividades, podemos

    dizer que a empresa deve assumir, como despe-

    sa, apenas $ 1.400,00, conforme demonstrado a

    seguir.

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    70% => para a empresa $1.400,00

    30% => para o proprietrio $ 600,00

    100% $2.000,00

    O registro do contrato social da empresa na

    Junta Comercial e rgos pblicos caracteriza o

    seu nascimento, que no tem data definida para

    o encerramento de suas atividades. A partir deste

    registro, todas as suas operaes (compra de mer-

    cadorias, vendas, contratao de financiamentos,realizao de investimentos) daro sustentao

    continuidade da empresa.

    Exemplo: A empresa Xiririka necessita con-

    trair um emprstimo bancrio para aquisio de

    um veculo, que ser utilizado para entrega de

    mercadorias aos seus clientes. Considerando a

    continuidade da empresa, o banco concede o

    emprstimo, pois existe a expectativa de geraode resultados futuros, que sero capazes de hon-

    rar as parcelas.

    Saiba maisSaiba mais

    No podemos misturar o patrimnio da empresacom o patrimnio dos scios ou proprietrios.

    3.2 Princpio da Continuidade

    3.3 Princpio da Oportunidade

    3.4 Princpio do Registro pelo Valor Original

    Tem como preocupao bsica o reconheci-

    mento, nos registros contbeis, de todas as varia-es patrimoniais ocorridas na empresa, de forma

    que as informaes contbeis representem fiel-

    mente a situao do patrimnio em determina-

    do perodo, utilizando para este fim, sempre que

    possvel, a documentao hbil e comprobatria

    de todas as transaes.

    Exemplo: Ao registrar todas as operaes

    ocorridas no ms de junho na empresa Xiririka,

    o contador percebe a falta do recebimento do

    comprovante referente ao consumo de gua. Noentanto, sabe-se que a despesa ocorreu, no ten-

    do apenas o documento no momento; portanto,

    com base neste princpio, o contador registra essa

    despesa pelo valor do perodo anterior (maio).

    Nesse caso, estamos considerando, em junho, a

    mutao do patrimnio da empresa por um valor

    aproximado, mas no deixaremos de registrar o

    fato. Aps a localizao do documento (conta de

    gua), faremos o ajuste do valor.

    Todos os elementos patrimoniais devem ser

    registrados pela contabilidade, por seus valores

    originais (valor de aquisio), expressos em moe-

    da corrente no pas, incluindo-se, ainda, todos osgastos necessrios para colocar o bem em condi-

    es de gerar benefcios para a empresa, os quais

    podem ser presentes ou futuros. No caso de tran-

    saes em moeda estrangeira, estas devem ser

    transformadas em moeda nacional no momento

    do seu registro contbil.

    Exemplo: A empresa Xiririka adquiriu umterreno no valor de $ 70.000,00 (setenta mil), onde

    deseja construir um novo prdio com o objeti-

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    vo de expandir suas operaes. Passado algum

    tempo, a empresa recebe a informao de que,

    nas proximidades do terreno, ser construdo um

    centro empresarial, o que valorizou o imvel em

    $ 30.000,00 (trinta mil).

    Embora o valor de mercado do terreno seja

    de $ 100.000,00 (cem mil), a contabilidade mante-r seu valor em $ 70.000,00 (setenta mil), pois, de

    acordo com este princpio, no podemos alterar o

    valor desse bem que faz parte do patrimnio da

    empresa. Apesar de esta ser a regra, existem duas

    excees no caso brasileiro, a saber:

    quando o valor de mercado do bem

    menor que o custo histrico: o valor

    pode ser ajustado para o valor de mer-cado, desde que se tenha certeza que

    no conseguir reverter essa perda de

    valor no futuro;

    quando o valor de mercado do bem

    maior que o custo histrico: a princpio,

    no se pode antecipar lucros futuros,

    porm existe um instrumento, chama-

    do tecnicamente de reavaliao, utiliza-do somente para bens tangveis opera-

    cionais. Nesse caso, a empresa contrata

    trs peritos ou empresa especializada,

    com o objetivo da emisso de um lau-

    do de avaliao, que atestar o valor do

    bem e a sua vida til (tempo de dura-

    o) remanescente, possibilitando a al-

    terao do valor do bem pela empresa

    contratante.

    3.5 Princpio da Prudncia

    3.6 Princpio da Competncia

    Diante de duas alternativas, igualmente v-

    lidas, para a quantificao da variao patrimo-

    nial, devemos adotar o menor valor para os bens

    ou direitos e o maior valor para as obrigaes.

    Exemplo: Um colaborador da empresa Xiriri-

    ka entra na justia trabalhista pedindo $ 40.000,00

    de indenizao. O contador da empresa procura

    um advogado e solicita sua opinio sobre o pro-

    cesso. O advogado informa que existe a possibi-

    lidade de 50% de o colaborador ganhar a causa e

    de 50% de no receber nada. Seguindo o princ-pio da prudncia, o contador resolve provisionar

    o valor de $ 40.000,00 como uma contingncia

    trabalhista (exigibilidade).

    Todas as receitas e despesas devem ser re-

    gistradas de acordo com o fato gerador no pero-

    do de competncia, independentemente de te-

    rem sido recebidas (receitas) ou pagas (despesas).

    Como podemos verificar, este princpio no est

    relacionado aos recebimentos ou pagamentos,

    mas ao reconhecimento das receitas geradas e

    das despesas incorridas (ocorridas) em determi-

    nado perodo.

    Exemplo: A empresa Xiririka emitiu uma

    nota fiscal de venda e entregou a mercadoria no

    dia 15 de janeiro de 20XX, porm essa venda foi

    realizada a prazo, ou seja, o seu vencimento ocor-

    rer somente em 15 de fevereiro de 20XX. Nesse

    caso, devemos registrar essa venda no ms da ge-

    rao de receita (janeiro), independentemente de

    o recebimento ser em outro perodo (fevereiro).

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    Osvaldo da Silva

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    No caso de um ambiente inflacionrio, re-

    fere-se ao ajuste dos valores dos componentes

    patrimoniais, devido perda do poder aquisitivo,mediante aplicao de indicadores oficiais que

    reflitam a variao do poder aquisitivo da moeda.

    A aplicao deste princpio ficou prejudica-

    da desde a publicao da Lei n 9.249/95.

    3.7 Princpio da Atualizao Monetria

    3.8 Resumo do Captulo

    3.9 Atividades Propostas

    Neste captulo, estudamos os princpios da Contabilidade que fundamentam a execuo dos tra-

    balhos contbeis e que devem ser utilizados pelos contadores, de forma a garantir que a escriturao dasdemonstraes contbeis reflita de maneira adequada a situao patrimonial, financeira e econmica da

    empresa.

    Vamos, agora, avaliar sua aprendizagem.

    1. Sabendo-se que a empresa XYZ utiliza somente 35% de uma rea de 100 m2para a execuo

    de suas atividades e que o restante utilizado pelos scios, qual seria o valor do aluguel que

    caberia para a empresa? Valor total do aluguel $ 2.000,00.

    2. Ao registrar todas as operaes do ms realizadas pela empresa, voc identifica a falta da conta

    de luz do ms de fevereiro. Diante deste fato, qual deve ser a sua providncia para a contabili-

    zao do valor?

  • 8/13/2019 Fundamentos de Contabilidade e Contabilidade Bsica - UNISA

    16/80Unisa | Educao a Distncia | www.unisa.br 17

    Agora, vamos conhecer o patrimnio de

    uma empresa. Voc sabe dizer qual o seu

    patrimnio? Vamos l!

    Percebeu que o patrimnio no apenas os

    bens que possumos. Vamos continuar!

    NOES BSICAS4

    4.1 Patrimnio

    4.2 Bens

    4.3 Direitos

    AtenoAteno

    Sob o ponto de vista contbil, patrimnio oconjunto de bens, direitos e obrigaes.

    So as coisas que satisfazem s necessida-

    des do homem e so capazes de avaliao econ-

    mica. Podem ser:

    materiais: so os objetos que a empresa

    tem para uso (computadores, autom-

    veis, mesas, cadeiras), troca (mercadorias

    e dinheiro) ou consumo (material de lim-

    peza, material de escritrio);

    imateriais: so determinados gastos

    que, por sua natureza e por determi-

    nao da legislao, so parte do pa-

    trimnio, como benfeitorias feitas pela

    empresa em bens de terceiros (reforma

    de imveis alugados), direito de uso de

    marcas etc.

    So todos os valores que a empresa tem

    para receber de terceiros, provenientes de tran-

    saes de crdito, como, por exemplo, vendas a

    prazo: duplicatas a receber, ttulos a receber, alu-

    guis a receber etc.

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    Exemplos:

    Duplicatas a receber => Venda de um automvel a prazo;

    Ttulos a receber => Venda de um terreno a prazo.

    Observe que as contas que representam osdireitos esto sempre acompanhadas da expres-

    so a receber. importante salientar que a conta

    Duplicatas a receber tambm pode ser denomi-nada Clientes.

    So todos os valores que a empresa tem de

    pagar a terceiros, tais como: duplicatas a pagar,

    salrios a pagar, impostos a pagar, aluguis a pa-

    gar, ttulos a pagar, contas a pagar etc.

    4.4 Obrigaes

    Exemplos:

    Duplicatas a pagar => Compra de mercadorias a prazo;

    Ttulos a pagar => Compra de terrenos a prazo;

    Salrios a pagar => Salrio dos colaboradores a ser pago no ms seguinte.

    Observe que as contas que representam

    as obrigaes esto sempre acompanhadas da

    expresso a pagar. importante salientar que a

    conta Duplicatas a pagar tambm pode ser de-

    nominada Fornecedores.

    Podemos constatar que determinada obri-

    gao num patrimnio corresponde a um direito

    igual em outro patrimnio e vice-versa.

    Exemplo:

    Venda de um automvel a prazo:

    No patrimnio do comprador => Duplicatas a pagar ou Fornecedores => Crdito;

    No patrimnio do vendedor => Duplicatas a receber ou Clientes => Dbito.

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    Quadro 2 Patrimnio.

    BENS DIREITOS OBRIGAES

    Caixa (dinheiro)Bancos: conta movimentoVeculosMercadoriasEquipamentos

    JoiasObra de arteVesturioMaquinariaImveis

    Duplicatas a receber (clientes)Aluguis a receberDividendos a receber13 Salrio a receberTtulos a receber

    Salrios a receber

    Duplicatas a pagar (fornecedor)Aluguis a pagarDividendos a pagar13 Salrio a pagarTtulos a pagar

    Salrios a pagarImpostos a pagarContribuies a recolherDividendos a pagar

    4.5 Resumo do Captulo

    4.6 Atividades Propostas

    Saiba maisSaiba mais

    Usamos duplicatas a pagar ou a receber quando realizamos operaes que sero pagas ou recebidas no futuro, atravs

    da emisso de nota fiscal. Exemplos: compra ou venda de mercadorias, mveis e utenslios etc.J ttulos a pagar ou a receber devem ser utilizados nas transaes que no envolvam emisso de nota fiscal, ou seja, terrenos,imveis etc.

    Neste captulo, estudamos a definio de patrimnio, bens, direitos e obrigao, quebrando o pa-radigma de que o patrimnio composto de apenas bens.

    Ainda foi possvel aprender que as contas de direitos e obrigaes, normalmente, so identificadas

    pela expresso a receber ou a pagar respectivamente.

    Podemos ver tambm que uma determinada obrigao em um patrimnio representa um direito

    igual em outro patrimnio e vice-versa.

    Agora que finalizamos este captulo, vamos verificar se voc fixou o contedo, assim, responda s

    questes a seguir.

    1. No plano de contas da Cia. Tico e Teco, constavam as contas a seguir relacionadas. Classifique-as

    em contas de: ativo, passivo e patrimnio lquido.

    Terrenos - Mercadorias - Materiais de escritrio - Capital - Contas a receber - Contas a pagar

    -Aluguis a pagar - Fornecedores - Duplicatas a pagar - Veculos - Ttulos a receber - Divi-

    dendos a pagar - Instalaes - Equipamentos - Clientes - Caixa - Almoxarifado de materiais

    Mquinas - Emprstimos bancrios - Mveis e utenslios - Salrios a pagar - Bancos: Conta

    movimento - Capital a integralizar.

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    2. Descubra a(s) irregularidade(s) do Balano Patrimonial abaixo e elabore-o corretamente.

    ATIVO PASSIVO

    Bens Obrigaes

    Caixa 34.000,00 Contas a Pagar 20.000,00

    Estoque de Mercadorias 32.000,00 Promissrias a Pagar 100.000,00

    Duplicatas a Receber 6.000,00

    Mveis e Utenslios 3.000,00

    Veculos 25.000,00

    Direitos Patrimnio Lquido

    Imveis 100.000,00 Capital 80.000,00

    Clientes 22.000,00 Fornecedores 22.000,00

    Total 222.000,00 Total 222.000,00

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    Bom, agora vamos ver quais so as contas

    correspondentes aos bens, direitos e obrigaes

    que devem ser distribudas entre o ativo e o pas-

    sivo da entidade.

    ESTTICA PATRIMONIAL5

    Corresponde aos bens e direitos que a em-

    presa possui:

    bens: caixa (valor que est no caixa da em-presa), bancos: conta movimento (valorque est depositado nas conta-correntesda empresa em bancos), mercadorias,imveis, veculos, equipamentos etc.;

    5.1 Ativo

    5.2 Passivo

    5.3 Patrimnio Lquido (PL)

    Corresponde s obrigaes que a empresa

    tem que pagar a terceiros:

    obrigaes: duplicatas a pagar/fornece-

    dores, contas a pagar, salrios a pagar,

    impostos a pagar etc.

    As contas do passivodevem ser discrimina-das no lado direito do balano patrimonial.

    a diferena entre os valores do ativo e do

    passivo de uma empresa, em determinado mo-

    mento.

    direitos: ttulos a receber, duplicatas a

    receber/clientes, aluguis a receber etc.

    As contas do ativodevem ser discriminadasno lado esquerdo do balano patrimonial.

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    Exemplo:

    Ativoda empresa => $ 15.000,00

    Passivoda empresa => $ 3.000,00

    Patrimnio lquido => $ 12.000,00

    As fontes do PL podem ser provenientes de:

    investimentos efetuados pelos proprie-

    trios em troca de aes, quotas ou ou-

    tras participaes;

    lucros acumulados da empresa.

    Tabela 1 Exemplo de balano patrimonial.

    Xiririka da Serra S/ABalano Patrimonial de 31/10/20XX

    ATIVOComponentes positivos

    BensCaixa 1.500,00Bancos 800,00

    Equipamentos2.700,00Mquinas500,00Mercadorias2.500,00

    DireitosDuplicatas a receber2.000,00

    TOTAL 10.000,00

    PASSIVOComponentes negativos

    ObrigaesFornecedores2.500,00

    Ttulos a pagar2.800,00

    PLCapital4.000,00Lucros700,00

    TOTAL10.000,00

    DicionrioDicionrio

    Ativo: bens e direitos que a empresa possui.Passivo: obrigaes que a empresa tem que pagara terceiros.PL: diferena entre os valores do ativo e do passivode uma empresa.

    Saiba maisSaiba mais

    A soma do ativo (bens e direitos) sempre ser igual soma do passivo (obrigaes) e do patrimnio lquido.

    5.4 Representao Grfica do Patrimnio

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    Fundamentos de Contabilidade

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    O PL consiste na diferena entre o Ativo (A)

    e o Passivo (P).

    No podemos imaginar que uma empresa

    apresente o seu ativo ou passivo negativos. As-

    sim, os elementos patrimoniais podero assumir

    somente os seguintes valores:

    A > ou = 0 P > ou = 0 PL > ou < 0

    Com base na equao do balano (A P =

    PL), podemos afirmar que, em dado momento, o

    patrimnio da empresa poder assumir uma das

    seguintes situaes:

    1. Quando A > P, teremos PL > 0:

    Revela existncia da riqueza prpria.

    Ativo Passivo

    Bens 30 Obrigaes 30

    Direitos 20 Situao lquida 20

    TOTAL 50 TOTAL 50

    2. Quando A > P e P = 0, teremos PL > 0:

    Revela inexistncia de dvidas (passivo).

    Ativo Passivo

    Bens 30 Obrigaes 0

    Direitos 20 Situao lquida 50

    TOTAL 50 TOTAL 50

    3. Quando A = P, teremos PL = 0:

    Revela inexistncia de riqueza prpria. Po-

    demos citar o exemplo de uma empresa que pos-

    sui bens sua disposio que ainda no foram

    pagos.

    Ativo Passivo

    Bens 50 Obrigaes 50Situao lquida 0

    TOTAL 50 TOTAL 50

    4. Quando P > A, teremos PL < 0:

    Revela m situao, ou seja, a existncia de

    passivo a descoberto (PL negativo).

    Ativo Passivo

    Bens 15 Obrigaes 50

    Direitos 5 Situao lquida (30)

    TOTAL 20 TOTAL 20

    5. Quando P > A e A = 0, teremos PL < 0:

    Revela a existncia apenas de dvidas (obri-

    gaes) e a inexistncia de ativo (bens e direitos).

    Ativo Passivo

    Bens 0 Obrigaes 50

    Direitos 0 Situao lquida (50)

    TOTAL 0 TOTAL 0

    Devemos observar que as situaes 4 e 5

    apresentam uma situao lquida negativa, de-

    monstrando, principalmente na ltima, que a em-

    presa praticamente no tem condies de subsis-

    tncia.

    5.5 Situao Lquida do Patrimnio

    DicionrioDicionrio

    Passivo a descoberto: quando o total doativo (bens e direitos) menor que o totaldo passivo (obrigaes)

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    Ao observarmos o balano patrimonial, po-

    demos visualizar o total de recursos que a empre-

    sa obteve e que esto sua disposio. O passivomostra onde a empresa obteve esses recursos e o

    ativo, onde esses recursos foram aplicados.

    Passivo Origem dos Recursos

    Segundo Ribeiro (2010, p. 20-21),

    os recursos totais que esto disposioda empresa podem originar-se de duasfontes:

    a) Recursos de terceiros correspon-dem s obrigaes, isto , so recursosde terceiros que a empresa utiliza no seugiro normal. Esses recursos, por sua vez,provm de duas fontes:

    Dbitos de funcionamento (dbito nosentido de dvida) obrigaes que sur-gem em decorrncia da gesto normal

    da empresa, como as obrigaes a for-necedores, obrigaes fiscais, obrigaestrabalhistas e outras;

    Dbitos de financiamento recursosobtidos pela empresa junto a terceiros

    em forma de emprstimos.b) Recursos prprios tambm podemprovir de suas fontes:

    Proprietrios ou scios parcela do ca-pital que foi investida na empresa pelotitular ou pelos scios;

    Giro normal acrscimos ocorridos noPatrimnio Lquido em decorrncia dagesto normal da empresa. Esses acrs-cimos so obtidos pelos lucros, que po-dero estar representados em contas de

    reservas.

    Ativo Aplicao de Recursos

    O ativo mostra onde os recursos, cujas ori-

    gens esto demonstradas no lado do passivo, fo-

    ram aplicados, podendo a empresa aplicar seus

    recursos em bens e direitos.

    5.6 Origens e Aplicaes de Recursos

    5.7 Formao e Variaes do Patrimnio

    Veremos, a seguir, exemplos de formao e

    variaes que podem ocorrer no patrimnio de

    uma empresa.

    A demonstrao grfica do patrimnio da

    Xiririka da Serra, no momento da sua criao, re-

    cebendo o valor correspondente integralizaode seu capital, :

    Balano Patrimonial de Xiririka da Serra S/A em 30/11/20XX

    Ativo Passivo

    BensCaixa 50.000,00

    Obrigaes

    PLCapital 50.000,00

    Total 50.000,00 Total 50.000,00

    Ativo Caixa => dinheiro que est entrando na empresa;

    Passivo / PL Capital => obrigao da empresa para com seus acionistas.

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    A partir de sua criao, a empresa realiza as

    seguintes operaes:

    Compra de terrenos, vista, no valor de

    $ 5.000,00;

    Compra de equipamentos, vista, no

    valor de $ 1.000,00;

    Aquisio de um caminho, vista, no

    valor de $ 1.500,00:

    Ativo Passivo

    Bens

    Caixa 42.500,00

    Terrenos 5.000,00

    Equipamentos 1.000,00

    Veculos 1.500,00

    Obrigaes

    PL

    Capital 50.000,00

    Total 50.000,00 Total 50.000,00

    Ativo => sofreu as seguintes alteraes:Caixa => diminui o ativo com a sada de $ 7.500,00;Terreno => aumenta o ativo pela entrada do bem Terreno;Equipamentos => aumenta o ativo pela entrada do bem Equipamento;Veculos => aumenta o ativo pela entrada do bem Veculo.

    Passivo => no sofreu alteraes

    Adquire mercadorias, a prazo, no valorde $ 500,00:

    Ativo Passivo

    Bens

    Caixa 42.500,00

    Terrenos 5.000,00

    Equipamentos 1.000,00

    Veculos 1.500,00

    Mercadorias 500,00

    Obrigaes

    Fornecedores 500,00

    PL

    Capital 50.000,00

    Total 50.500,00 Total 50.500,00

    Ativo => sofreu a seguinte alterao:

    Mercadoria => aumenta o ativo pela entrada do bem Mercadoria.

    Passivo => sofreu a seguinte alterao:

    Fornecedores => aumenta o passivo com a dvida com Fornecedores.

    Poderia ser utilizada a conta: Duplicatas a pagar.

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    Recebe de seus clientes, em cheque, o

    valor de $ 150,00:

    Ativo Passivo

    Bens

    Caixa 42.400,00

    Terrenos 5.000,00

    Equipamentos 1.000,00

    Veculos 1.500,00

    Mercadorias 200,00

    Bancos 150,00

    Direitos

    Clientes 150,00

    Obrigaes

    Fornecedores 400,00

    PL

    Capital 50.000,00

    Total 50.400,00 Total 50.400,00

    Ativo => sofreu a seguinte alterao:

    Clientes => diminui um direito da empresa;

    Bancos => entra, na empresa, o bem Bancos: Conta movimento.

    Saiba maisSaiba mais

    A conta capital a integralizar ou capital a realizar so contas redutoras no patrimnio Lquido. Assim, deve aparecer no

    Balano Patrimonial de forma negativa.

    Neste captulo, estudamos as contas que devem figurar no ativo, passivo e patrimnio lquido, a

    representao grfica do patrimnio, a situao lquida do patrimnio, origens e aplicaes de recursose exemplos de formao e variaes do patrimnio.

    Na representao grfica foi possvel ver como as contas de bens, direitos e obrigaes so classifi-

    cadas no balano patrimonial. J a situao lquida do patrimnio demonstrou as possveis situaes que

    o patrimnio de uma empresa pode assumir.

    Ainda foi possvel demonstrar as origens e aplicaes de recursos, bem como exemplificar as for-

    mao e variaes que podem ocorrer em um patrimnio.

    5.8 Resumo do Captulo

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    Agora que finalizamos o captulo, responda s questes abaixo.

    1. Qual das alteraes a seguir determinada pela compra de um veculo a prazo, na soma do

    balano patrimonial?

    a) Aumento do ativo e diminuio do passivo.

    b) Aumento do passivo e diminuio do ativo.

    c) Aumento do ativo e aumento do passivo.

    d) Diminuio do ativo e diminuio do passivo.

    e) No altera a soma do ativo nem a do passivo.

    2. A liquidao de uma dvida uma operao que:

    a) Diminui o passivo e o patrimnio lquido e aumenta o ativo.

    b) Diminui o passivo e o ativo.

    c) Aumenta o ativo e diminui o passivo.

    d) Diminui o ativo e o passivo e aumenta o patrimnio lquido.

    e) Diminui e aumenta o patrimnio lquido.

    5.9 Atividades Propostas

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    Caro(a) aluno(a), voc j ouviu falar em m-

    todo das partidas dobradas? No? Ento vamos

    estudar este ponto, que crucial para o entendi-

    mento da Contabilidade.

    Mtodo universalmente aceito, criado por

    Luca Pacioli, no sculo XV, e que consiste no fato

    de que um dbito efetuado em uma ou mais con-

    tas deve corresponder a um crdito equivalente

    em uma ou mais contas, de maneira que a soma

    dos valores dos dbitos seja igual soma dos va-

    lores dos crditos, conforme exemplos a seguir:

    $ 20,00

    $ 30,00

    $ 30,00

    $ 20,00

    MTODO DAS PARTIDAS DOBRADAS6

    a)

    Dbitona conta Caixa $ 50,00

    Crditona conta Capital $ 50,00

    b)

    Dbitona conta Mercadorias $ 10,00

    Dbitona conta Equipamentos $ 10,00

    Crditona conta Caixa $ 20,00c)

    Dbitona conta Equipamentos $ 20,00

    Crdito na conta Caixa $ 10,00

    Crditona conta Fornecedores $ 10,00

    d)

    Dbitona conta Mercadorias $ 10,00

    Dbitona conta Equipamentos $ 10,00

    Dbito na conta Mercadorias $ 10,00Crditona conta Caixa $ 20,00

    Crditona conta Fornecedores $ 10,00

    AtenoAteno

    Mtodo das partidas dobradas: um dbito efe-tuado em uma ou mais contas deve correspondera um crdito equivalente em uma ou mais contas,

    de maneira que a soma dos valores dos dbitosseja igual soma dos valores dos crditos.

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    Unisa | Educao a Distncia | www.unisa.br30

    a nomenclatura que identifica um compo-

    nente patrimonial (bens, direitos, obrigaes ou

    patrimnio lquido) ou de resultado (despesa ou

    receita), representando, graficamente, os dbitos

    e crditos relativos a fatos administrativos de uma

    empresa.

    6.1 Contas

    6.2 Livro-Razo

    Modelo de conta

    (Ttulo da conta) Cd. ...

    Data Operaes Dbito Crdito D/C Saldo

    Exemplos:

    CAIXAData Operaes Dbito Crdito D/C Saldo

    20-07-94 a Capital 17.000 D 17.000

    CAPITAL

    Data Operaes Dbito Crdito D/C Saldo20-07-94 a Caixa 17.000 C 17.000

    Ferrari (2010, p. 154) define o razonete como

    a representao grfica de uma conta, com utili-

    zao em T, onde do lado esquerdo lado dos

    dbitos e o lado direito o lado dos crditos.

    um livro obrigatrio, no qual devemos agrupar os

    valores em contas de mesma natureza e de forma

    racional.

    Devemos efetuar o registro, no livro-razo,

    em contas individualizadas, para termos controle

    por conta. Seguindo esse critrio, devemos regis-

    trar na conta Caixa todos os valores correspon-

    dentes s operaes que a afetam, debitando-se

    ou creditando-se nesta conta, podendo a qual-

    quer momento apurar o seu saldo.

    O saldo de conta a diferena entre o totaldos seus dbitos e o total dos seus crditos, po-

    dendo este ser devedor ou credor, dependendo

    da sua natureza.

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    Caixa

    Dbito Crdito

    50,000,00 10.000,00

    30.000,00 20.000,00

    40.000,00 10.000,00

    Total 120.000,00 Total 40.000,00Saldo 80.000,00

    Duplicatas a pagar

    Dbito Crdito

    5,000,00 10.000,00

    3.000,00 20.000,00

    4.000,00 10.000,00

    Total 12.000,00 Total 40.000,00

    Saldo 28.000,00

    O saldo da conta Caixa devedor, pois

    esta conta de natureza devedora.

    Observao: Todas as contas de na-

    tureza devedora tero saldo devedor

    (lado esquerdo).

    O saldo da conta Duplicatas a pagar

    credor, pois esta conta de natureza

    credora.

    Observao: Todas as contas de natu-

    reza credora tero saldo credor (ladodireito).

    6.3 Lanamentos a Dbito e a Crdito das Contas

    Independentemente da natureza da conta

    (devedora ou credora), os dbitos sero efetua-

    dos do lado esquerdo e os crditos, do lado direi-

    to, conforme exemplificao a seguir:

    Ttulo da conta

    Dbito Crdito

    esquerdo direito

    Saiba maisSaiba mais

    O razo livro que permite o controle do movimen-to de cada conta, separadamente. Para isso deve-seabrir um T para cada conta usada.

    Todas as operaes ocasionam aumentos ediminuies do ativo, do passivo e do patrimnio

    lquido.

    Como falamos anteriormente, as contas

    possuem dois lados (esquerdo e direito); os au-

    mentos devem ser registrados em um lado e as

    diminuies no outro, pois ser a natureza daconta (devedora ou credora) que ir determinar

    o lado a ser utilizado para os aumentos e as dimi-

    nuies, como veremos a seguir.

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    As contas que compem o ativo (bens e di-

    reitos) figuram do lado esquerdo do balano. Os

    aumentos e diminuies devem ser registradosda seguinte maneira:

    Qualquer conta do ativo

    D C

    Aumentos Diminuies

    ( + ) ( - )

    6.4 Contas do Ativo => Lado Esquerdo do Balano

    6.5 Contas de Passivo e de Pl => Lado Direito do Balano

    As contas que compem o passivo e o PL

    figuram do lado direito do balano. Os aumentose diminuies devem ser registrados da seguinte

    maneira:

    Qualquer conta do passivo ou do PL

    D C

    Diminuies Aumentos

    ( - ) ( + )

    Quando a conta do PL for negativa, esta

    estar no lado direito do balano (passivo), deforma redutora (subtraindo). Exemplos: prejuzoacumulado, capital a integralizar etc.

    AtenoAteno

    Perceba que as contas do passivo ou patrimnio l-quido funcionam exatamente iguais nossa conta--corrente no banco, ou seja, quando debitamos o sal-do diminui e quando creditamos o saldo aumenta.

    Exemplo:

    1. Integralizao de capital no valor de $ 50.000:

    aumento do ativo Caixa => debita-se Caixa;

    aumento do PL => credita-se Capital.

    Caixa

    D C

    (1) 50.000,00

    Capital

    D C

    50.000,00 (1)

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    Se essas operaes tivessem sido represen-

    tadas em contas reais e no nos razonetes simpli-

    ficados, teramos o seguinte:

    Caixa

    Data Operaes Dbito Crdito D/C Saldo

    20-07-94 a Capital 50.000 D 50.000

    Capital

    Data Operaes Dbito Crdito D/C Saldo

    20-07-94 a Caixa 50.000 C 50.000

    2. Compra de terrenos no valor de $ 2.200,00 ( vista):

    aumento do ativo Terrenos => debita-se Terrenos;

    diminuio do ativo Caixa => credita-se Caixa.

    Terrenos

    D C

    (2) 2.200,00

    Caixa

    D C

    (1) 50.000,00 2 200,00 (2)

    3. Venda de terrenosno valor de $ 1.100 (a prazo):

    diminuio do ativo Terrenos => credita-se Terrenos;

    aumento do ativo Ttulos a receber => debita-se Ttulos a receber.

    Terrenos

    D C

    (2) 2.200,00 1.100,00 (3)

    Ttulos a receber

    D C

    (3) 1.100,00

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    4. Compra de materiais no valor de $ 8.800 (a prazo):

    aumento do ativo Materiais => debita-se Materiais;

    aumento do passivo Duplicatas a pagar => credita-se Duplicatas a pagar.

    MateriaisD C

    (4) 8.800,00

    Duplicatas a pagarD C

    8.800,00 (4)

    5. Compra de mveis e utenslios (duas mesas, quatro cadeiras, uma mquina de escrever euma de calcular) no valor de $ 5.000 (a prazo):

    aumento do ativo Mveis e utenslios => debita-se Mveis e utenslios;

    aumento do passivo Duplicatas a pagar => credita-se Duplicatas a pagar.

    Mveis e utenslios

    D C

    (5) 5.000,00

    Duplicatas a pagar

    D C

    8.800,00

    5.000,00 (5)

    6. Recebimento de dvidano valor de $ 1.000:

    aumento do ativo Caixa => debita-se Caixa;

    diminuio do ativo Ttulos a receber => credita-se Ttulos a receber.

    Caixa

    D C

    50.000,002.200,00

    (6) 1.000,00

    Ttulos a receber

    D C

    1.100,001.000,00 (6)

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    7. Pagamento de dvidano valor de $ 7.000:

    diminuio do passivo Duplicatas a pagar => debita-se Duplicatas a pagar;

    diminuio do ativo Caixa => credita-se Caixa.

    CaixaD C

    50.000,00

    2.200,00

    1.000,00

    7.000,00 (7)

    Duplicatas a pagarD C

    8.800,00

    5.000,00

    (7) 7.000,00

    Devemos registrar, neste livro, as opera-

    es contabilizveis de uma empresa, em ordem

    cronolgica e de acordo com algumas regras.

    Os requisitos necessrios de uma partida de

    dirio so os seguintes:

    a) data da operao;

    b) conta a ser debitada;

    c) conta a ser creditada;

    d) histrico da operao, no qual devemos

    mencionar as principais caractersticas

    dos seus documentos comprobatrios;e) valor da operao.

    6.6 Dirio

    Exemplo de dirio simplificado:

    Integralizao de capital no valor de $ 50.000:

    Caixa a Capital

    Valor correspondente integralizao de capital 50.000,00

    Compra de terrenos no valor de $ 2.200,00 (vista):

    Terrenos a Caixa

    Valor correspondente compra de um terreno 2.200,00

    Venda de terrenos no valor de $ 1.100 (a prazo):

    Ttulos a receber a Terrenos 1.100,00

    Compra de materiais no valor de $ 8.800 (a prazo):Materiais a Duplicatas a pagar 8.800,00

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    Compra de mveis e utenslios (duas mesas, quatro cadeiras, uma

    mquina de escrever e uma de calcular) no valor de $ 5.000 (a prazo):

    Mveis e utenslios a Duplicatas a pagar 5.000,00

    Recebimento de dvida no valor de $ 1.000:

    Caixa a Ttulos a receber 1.000,00

    Pagamento de dvida no valor de $ 7.000:

    Duplicatas a pagar a Caixa 7.000,00

    6.7 Balancete de Verificao

    Na Contabilidade, a escriturao de cada

    operao efetuada sempre atravs de um d-

    bito e um crdito de igual valor. Assim, podemos

    dizer que o valor total dos saldos devedores deve

    ser igual ao valor dos saldos credores, cuja igual-

    dade devemos verificar periodicamente. Para efe-

    tuarmos tal verificao, devemos relacionar todas

    as contas, com saldo, em demonstrativo chama-

    do balancete de verificao.

    Xiririka da Serra S/A

    Balancete de Verificao de 31/07/19XX

    Saldos

    Contas Devedores Credores

    Caixa 41.800,00

    Ttulos a receber 100,00

    Materiais 8.800,00

    Terrenos 1.100,00

    Mveis e utenslios 5.000,00

    Duplicatas a pagar 6.800,00Capital 50.000,00

    Total

    Os totais dos saldos devedores e credores devero ser sempre iguais.

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    Este captulo apresentou o conceito mais importante para o entendimento da Contabilidade, ou

    seja, o mtodo das partidas dobradas, onde explicamos que para cada dbito deve haver um crdito

    correspondente.

    Tambm foi possvel estudarmos a utilizao das contas, do livro-razo, como efetuar os lanamen-

    tos a dbito e a crdito das contas e a elaborao do Balancete de Verificao.

    Podemos verificar ainda que a sistemtica de dbito e crdito utilizada na contabilidade das em-

    presas difere um pouco daquela que praticamos em nossa conta bancria. No entanto, foi possvel ver

    que a sistemtica utilizada em nossa conta bancria a mesma utilizada para as contas do passivo e

    patrimnio lquido, o que facilita o entendimento.

    6.8 Resumo do Captulo

    6.9 Atividade Proposta

    Agora, vamos avaliar sua aprendizagem.

    1. Com base no mtodo das partidas dobradas, faa os lanamentos de forma simplificada no dirio.

    a) Compra de veculos vista, no valor de $ 1.000,00.

    b) Compra de equipamentos no valor de $ 500,00, pagando 50% vista.

    c) Integralizao de capital no valor de $ 20.000,00 em dinheiro.

    d) Pagamento de duplicatas no valor de $ 600,00.

    e) Venda de veculos a prazo, no valor de $ 500,00.

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    Corresponde a uma relao ordenada de

    todas as contas utilizadas pela empresa, tendo

    como objetivo orientar o registro das operaes

    da empresa.

    PLANOS DE CONTAS7

    7.1 Conceito

    7.2 Importncia

    7.3 Modelo de Plano de Contas

    Para que a contabilidade atinja seu objetivo,

    necessrio que as demonstraes contbeis se-

    jam bem elaboradas.

    AtenoAteno

    Por outro lado, podemos afirmar que a base paraa elaborao das demonstraes contbeis (ba-lano patrimonial e demonstrao do resultado

    do exerccio) a existncia de um plano de con-tas contbil que supra as necessidades especfi-cas de uma determinada empresa.

    importante realar que cada empresa tem

    as suas necessidades particulares para a coleta de

    informaes para a elaborao de seus relatriosdescritivos; assim, apresentaremos um modelo

    de plano de contas didtico, adaptado s parti-cularidades e necessidades de uma empresa cujo

    ramo de atividade poderia ser industrial, comer-cial ou prestao de serviosou, ainda, ativida-de mista.

    As contas esto elencadas no plano confor-

    me a estrutura do balano patrimonial, seguida

    pelas contas de resultado, ou seja, ativo (ativo cir-culante e ativo no circulante), passivo (passivo

    circulante e passivo no circulante), patrimnio

    lquido, contas de receita e contas de despesa.

    Cabe lembrar que as contas de resultado

    (receitas e despesas) esto estruturadas numa or-

    dem bem prxima Demonstrao do Resultado

    do Exerccio (DRE), para facilitar o entendimento.

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    1 Ativo

    1.1 ATIVO CIRCULANTE

    1.1.1 Disponibilidades

    1.1.1.1 Caixa

    1.1.1.2 Bancos com movimento

    1.1.1.3 Aplicaes financeiras de liquidez imediata

    1.1.2 Clientes

    1.1.2.1 Duplicatas a receber

    1.1.2.2 Duplicatas descontadas (conta credora)

    1.1.2.3 Proviso para dividendos duvidosos (contacredora)

    1.1.3 Outros crditos

    1.1.3.1 Promissrias a receber

    1.1.3.2 Emprstimos a receber

    1.1.3.3 Dividendos a receber

    1.1.3.4 Adiantamento de salrios

    1.1.4 Tributos a recuperar (ou a compensar)1.1.4.1 ICMS a recuperar

    1.1.4.2 IRRF a recuperar

    1.1.5 Investimentos temporrios de curto prazo

    1.1.5.1 Aplicaes financeiras com rendimentos ps--fixados

    1.1.5.2 Aplicaes financeiras com rendimentos pre-fixados

    1.1.5.3 Aes de outras empresas

    1.1.5.4 Outros ttulos e valores mobilirios

    1.1.6 Estoques1.1.6.1 Estoques de mercadorias, produtos e insumos

    1.1.6.2 Estoques de materiais de consumo

    1.1.6.3 (-) Proviso para reduo ao valor de mercado

    1.1.6.4 (-) Proviso para perdas em estoques

    1.1.5 Despesas do exerccio seguinte

    1.1.5.1 Prmios de seguros a apropriar

    1.1.5.2 Encargos financeiros a apropriar

    1.1.5.3 Assinaturas e anuidades a apropriar

    1.1.5.4 Outras despesas pagas antecipadamente1.2 ATIVO NO CIRCULANTE

    1.2.1 Ativo realizvel de longo prazo

    1.2.1.10 Clientes

    1.2.1.11 Duplicatas a receber

    1.2.1.20 Outros crditos

    1.2.1.21 Arrendamentos ativos a receber

    1.2.1.22 Bancos: conta vinculada

    1.2.1.23 Ttulos a receber

    1.2.1.30 Tributos a recuperar

    1.2.1.40 Investimentos temporrios de longo prazo

    1.2.1.50 Estoques

    1.2.1.60 Despesas de exerccios futuros

    1.2.2 Investimentos

    1.2.2.10 Avaliados pelo mtodo de equivalncia pa-trimonial

    1.2.2.11 Participao na controlada A

    1.2.2.20 Avaliados pelo mtodo do custo de aquisi-o

    1.2.2.21 Participaes no capital de outras socieda-

    des1.2.2.22 Participaes em fundos de investimentoincentivados (Finor, Finam)

    1.2.2.23 Outros investimentos (obras de arte, antigui-dades, imveis para renda)

    1.2.3 Imobilizado

    1.2.3.1 Operacional corpreo (tangvel) (bibliotecas,imveis, mveis e utenslios, computadores e perif-ricos)

    1.2.3.2 Operacional recursos naturais

    1.2.3.3 Imobilizado objeto de arrendamento mercan-til (veculo)

    1.2.3.4 Imobilizado em andamento

    1.2.3.5 (-) Depreciaes acumuladas

    1.2.3.6 (-) Exaustes acumuladas

    1.2.4 Intangvel

    1.2.4.1 Operacional incorpreo (imaterial) (direitosautorais, marcas e patentes, direitos de uso de mar-cas e patentes, fundo de comrcio)

    1.2.4.2 (-) Amortizaes acumuladas

    2 Passivo2.1 Passivo circulante

    2.1.1 Obrigaes a fornecedores

    2.1.1.2 Duplicatas a pagar

    2.1.2 Emprstimos e financiamentos

    2.1.2.1 Promissrias a pagar

    2.1.2.2 Emprstimos e financiamentos bancrios

    2.1.3 Obrigaes tributrias

    2.1.3.1 PIS a recolher

    2.1.3.2 COFINS a recolher2.1.3.3 IRRF a recolher

    2.1.3.4 Proviso para imposto de renda

    2.1.3.5 Proviso para contribuio social

    2.1.3.6 ICMS a recolher

    2.1.3.7 ISS a recolher

    2.1.4 Obrigaes trabalhistas e previdencirias

    2.1.4.1 Salrios a pagar

    2.1.4.2 Previdncia social a recolher

    2.1.4.3 FGTS a recolher

    2.1.4.4 Contribuio sindical a recolher

    2.1.5 Outras obrigaes

    2.1.5.1 Aluguis a pagar

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    2.1.5.2 Contas a pagar

    2.1.5.3 Seguros a pagar

    2.1.5.4 Dividendos a pagar

    2.1.5.5 Juros sobre o capital prprio a pagar

    2.1.5.6 Adiantamentos de clientes

    Provises diversas

    2.1.5.7 Provises de frias

    2.1.5.8 Provises de previdncia social Frias

    2.1.5.9 Provises de FGTS Frias

    2.1.5.10 Provises de 13 salrio

    2.1.5.11 Provises de previdncia social 13 salrio

    2.1.5.12 Provises de FGTS 13 salrio

    2.1.5.13 Provises para contingncias

    2.1.6 Participaes e destinaes do lucro lquido

    2.1.6.1 Dividendos a pagar

    2.1.6.2 Dividendos propostos a pagar

    2.1.6.3 Juros sobre o capital prprio a pagar2.1.6.4 Participaes

    2.2 Passivo no circulante

    2.2.1 Passivo exigvel de longo prazo

    2.2.1.10 Obrigaes a fornecedores

    2.2.1.11 Duplicatas a pagar a terceiros

    2.2.1.20 Emprstimos e financiamentos

    2.2.1.30 Obrigaes tributrias

    2.2.1.40 Outras obrigaes

    2.2.1.50 Dbitos com pessoas ligadas2.2.2 Receitas diferidas

    2.2.2.1 Receitas recebidas antecipadamente

    2.2.2.2 Despesas correspondentes s receitas (contadevedora)

    2.3 Patrimnio lquido

    2.3.1 Capital social

    2.3.1.1 Capital subscrito

    2.3.1.2 Capital a integralizar (conta devedora)

    2.3.2 Reservas

    2.3.2.1 Reservas de capital2.3.2.1.1 gio na emisso de aes

    2.3.2.1.2 Alienao de partes beneficirias

    2.3.2.1.3 Alienao de bnus de subscrio

    2.3.2.1.4 (-) Aes em tesouraria

    2.3.2.2 Reservas de lucros

    2.3.2.2.1 Reserva legal

    2.3.2.2.2 Reservas estatutrias

    2.3.2.2.3 Reservas para contingncias

    2.3.2.2.4 Reserva de lucros para expanso2.3.2.2.5 Reserva especial para dividendo obrigatriono distribudo

    2.3.2.2.6 (-) Aes em tesouraria

    2.3.2.2.7 (+ou-) Ajustes de avaliao patrimonial

    2.3.2.2.8 (-) Prejuzos acumulados

    3 Resultado

    3.1 Receita bruta das vendas e servios

    3.1.1 Venda de mercadorias

    3.1.2 Prestao de servios

    3.2 Dedues das vendas

    3.2.1 Devolues sobre vendas

    3.2.2 Abatimentos sobre vendas

    3.2.3 ICMS sobre vendas

    3.2.4 ISS sobre vendas

    3.2.5 PIS sobre vendas

    3.2.6 COFINS sobre vendas

    3.3 Custo das vendas e servios

    3.3.1 Custo das Mercadorias Vendidas (CMV)

    3.3.2 Custo dos Servios Prestados (CSP)

    3.4 Despesas operacionais3.4.1 Despesas administrativas

    3.4.1.1 Salrios

    3.4.1.2 Viagens e estadias

    3.4.1.3 Programa de alimentao do trabalhador

    3.4.1.4 Vale-transporte

    3.4.1.5 Frias

    3.4.1.6 13 salrio

    3.4.1.7 FGTS

    3.4.1.8 Previdncia social3.4.1.9 Assistncia mdica

    3.4.1.10 Aluguel

    3.4.1.11 Energia eltrica

    3.4.1.12 Telefone

    3.4.1.13 gua e esgoto

    3.4.1.14 Consumo de material de escritrio

    3.4.1.15 Correio

    3.4.1.16 Depreciao

    3.4.1.17 Amortizao

    3.4.1.18 Seguros

    3.4.1.19 Impostos e taxas federais

    3.4.1.20 Impostos e taxas estaduais

    3.4.1.21 Impostos e taxas municipais

    3.4.1.22 Despesas com contingncias

    3.4.1.23 Jornais e peridicos

    3.4.2 Despesas de vendas

    3.4.2.1 Salrios

    3.4.2.2 Comisses

    3.4.2.3 Viagens e estadas3.4.2.4 Programa de alimentao do trabalhador

    3.4.2.5 Vale-transporte

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    40/80

    Osvaldo da Silva

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    3.4.2.6 Frias

    3.4.2.7 13 salrio

    3.4.2.8 FGTS

    3.4.2.9 Previdncia social

    3.4.2.10 Assistncia mdica

    3.4.2.11 Aluguel

    3.4.2.12 Energia eltrica

    3.4.2.13 Telefone

    3.4.2.14 gua e esgoto

    3.4.2.15 Consumo de material de escritrio

    3.4.2.16 Correio

    3.4.2.17 Depreciao

    3.4.2.18 Amortizao

    3.4.2.19 Seguros

    3.4.2.20 Propaganda e marketing

    3.4.2.21 Proviso para devedores duvidosos

    3.4.2.22 Impostos e taxas federais3.4.2.23 Impostos e taxas estaduais

    3.4.2.24 Impostos e taxas municipais

    3.4.2.25 Despesas com contingncias

    3.4.2.26 Jornais e peridicos

    3.4.3 Resultado financeiro lquido

    3.4.3.1 Despesas financeiras

    3.4.3.1.1 Despesas bancrias

    3.4.3.1.2 Descontos concedidos

    3.4.3.1.3 CPMF3.4.3.1.4 Juros passivos

    3.4.3.1.5 Perda com variao cambial

    3.4.3.1.6 Juros sobre o capital prprio

    3.4.3.2 Receitas financeiras

    3.4.3.2.1 Descontos obtidos

    3.4.3.2.2 Juros ativos

    3.4.3.2.3 Variaes monetrias ativas

    3.4.3.2.4 Ganho com variao cambial

    3.4.4 Outras receitas e despesas operacionais

    3.4.4.1 Ganhos/perdas em investimentos avaliadospor equivalncia patrimonial

    3.4.4.2 Receita de dividendos

    3.4.4.3 Venda de sucatas

    3.5 Resultados nooperacionais

    3.5.1 Receitas nooperacionais

    3.5.1.1 Venda de ativo permanente

    3.5.1.2 Doaes recebidas

    3.5.1.3 Recebimento de indenizaes

    3.5.1.4 Receita de aluguis

    3.5.2 Despesas nooperacionais

    3.5.2.1 Custo da venda de ativo permanente3.5.2.2 Perdas provveis na realizao de investimen-tos

    3.6 Proviso para imposto de renda e contribui-o social

    3.6.1 Proviso para o imposto de renda

    3.6.2 Proviso para a contribuio social

    3.7 Participaes

    3.7.1 Debntures

    3.7.2 Empregados

    3.7.3 Administradores

    3.7.4 Partes beneficirias

    3.7.5 Outras participaes

    3.8 Lucro (ou prejuzo) lquido do exerccio

    Neste captulo, estudamos o conceito de Planos de Contas, sua importncia e apresentamos um

    modelo para utilizao, explicando que a base para a elaborao das demonstraes contbeis a exis-

    tncia de um plano de contas que supra as necessidades especficas das empresas.

    7.4 Resumo do Captulo

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    7.5 Atividades Propostas

    Vamos avaliar sua aprendizagem.

    1. Qual o objetivo de se elaborar o plano de contas?

    2. Complete a frase: Todas as contas utilizadas pela contabilidade podem ser classificadas em

    ________________ e de _____________.Caro(a) aluno(a), agora vamos conhecer o balano pa-

    trimonial.

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    42/80Unisa | Educao a Distncia | www.unisa.br 45

    Ferrari (2010, p. 462) define balano patri-

    monial como a demonstrao contbil que tempor objetivo evidenciar o patrimnio de uma en-

    tidade em dado momento (normalmente, em 31

    de dezembro de cada ano).

    8.1 Conceito

    8.2 Contedo do Balano

    BALANO PATRIMONIAL8

    AtenoAteno a demonstrao que tem como objetivo apre-sentar a situao patrimonial da empresa emdado momento, encerrando a sequncia dosprocedimentos contbeis e apresentando oscomponentes do patrimnio: ativo, passivo e pa-trimnio lquido.

    Ativo => Bens e direitos (lado esquerdo do balano);Passivo => Obrigaes (lado direito do balano);

    Patrimnio lquido => Diferena entre o ativo e passivo (lado direito do balano).

    As contas patrimoniais classificam-se emdois grandes grupos e vrios subgrupos, como

    segue (RIBEIRO, 2010):

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    Quadro 3 Grupos das contas patrimoniais.

    Contedo do Balano

    ATIVO PASSIVO

    Ativo circulanteDisponibilidadesClientes

    Outros crditosTributos a recuperarInvest. temporrios de curto prazoEstoquesDespesas do exerccio seguinteTotal do ativo circulante

    Ativo no circulanteAtivo realizvel de longo prazoInvestimentosImobilizadoIntangvel

    Total do ativo no circulanteTotal do ativo

    Passivo circulanteObrigaes a fornecedoresEmprstimos e financiamentos

    Obrigaes tributriasObrigaes trabalhistas e previdenciriasOutras obrigaesAdiantamentos recebidos de clientesParticipaes e destinaes do lucro lquidoTotal do passivo circulante

    Passivo no circulanteObrigaes a fornecedoresObrigaes a pessoas ligadasEmprstimos e financiamentosReceitas diferidas

    Total do passivo no circulantePatrimnio lquido

    Capital socialReservas

    - de capital- de lucros

    Total do patrimnio lquidoTotal do passivo

    As contas do ativo devem ser dispostas em

    ordem decrescente do grau de liquidez.

    Segundo Ribeiro (2010), o ativo deve ser

    classificado como segue:

    a) Ativo circulante

    Para Ribeiro (2010, p. 393), o ativo circulante composto pelos bens e direitos que esto em

    frequente circulao no Patrimnio. o capital de

    giro da empresa. Exemplos: caixa, bancos com

    movimento etc.

    Crditos com clientes: correspondemaos direitos a receber de terceiros, de-

    correntes de venda de mercadorias ouprestao de servios realizados a pra-zo. Exemplos: duplicatas a receber, ttu-los a receber etc.;

    Outros crditos:crditos que a empre-sa tem para receber de terceiros queno correspondem a direitos prove-nientes de vendas a prazo de mercado-rias ou servios;

    Tributos a recuperar: direitos que aempresa tem com os governos muni-cipal, estadual e federal. Esses direitosso provenientes de impostos, taxas oucontribuies recolhidas antecipada-

    8.3 Classificao do Ativo

    DicionrioDicionrio

    Liquidez: capacidade de pagamento de dvidas

    e obrigaes, necessitando de bens numerriospara fazer frente a esses compromissos. Um bemou dinheiro, quanto mais prximo estiver de setransformar em dinheiro, maior liquidez possuir.

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    mente ou indevidamente ou que, porfora de lei, gerem direitos de compen-sao em at 12 meses;

    Investimentos temporrios de curtoprazo: referem-se s aplicaes de di-nheiro em ttulos e valores mobilirios;investimentos com carter especulati-vo e que sero convertidos em dinheiromediante venda ou resgate, em at 12meses;

    Estoques: bens destinados produo(matria-prima, materiais secundriosetc.), prestao de servios (materiaisdiversos), venda (mercadorias ou pro-dutos) ou consumo (materiais de limpe-za, embalagem etc.);

    Despesas pagas antecipadamente:correspondem s despesas do exerccioseguinte, pagas no exerccio atual.

    b) Ativo no circulante

    Ativo realizvel de longo prazo: con-tas de bens e direitos realizveis aps otrmino do exerccio seguinte (superiora 12 meses);

    Investimentos: aplicaes que nadatm a ver com a atividade da empresa.Exemplos: compra de aes de outrasempresas, obra de arte, terrenos parafutura expanso, prdio para renda(aluguel);

    Imobilizado: bens corpreos destina-dos manuteno da atividade princi-

    pal da empresa ou exercidos com essa

    finalidade;

    8.4 Classificao do Passivo

    No passivo, as contas sero dispostas em or-

    dem decrescente do grau de exigibilidade.DicionrioDicionrio

    Exigibilidade: grupo de contas que representamdvidas ou obrigaes. Quanto menor for o prazo

    para pagamento, maior exigibilidade possuir a d-vida ou obrigao.

    Operacional corpreo (tangvel):composto pelas contas representati-

    vas dos recursos aplicados nos bens de

    uso da empresa (mveis e utenslios,

    computadores, veculos etc.);

    Operacional recursos naturais: con-

    tas que representam os capitais aplica-dos em recursos naturais (minerais ou

    florestais) de explorao da empresa;

    Objeto de arrendamento mercantil:

    contas que representam os bens que

    esto sendo utilizados pela empresa,

    mas no so de sua propriedade. So

    bens arrendados de terceiros, que po-

    dero ser adquiridos pela empresa no

    final do prazo de arrendamento;

    Imobilizado em andamento (benspara futuras operaes): contas querepresentam recursos aplicados em

    construes ou aquisies em anda-

    mento. Representam bens que, quando

    estiverem concludos ou em condies

    de operar, sero utilizados pela empre-

    sa no desenvolvimento de suas ativida-

    des operacionais normais;

    Intangvel: corresponde aos recursosaplicados em bens imateriais. So di-

    reitos que tenham por objeto bens in-

    corpreos destinados manuteno

    das atividades da empresa ou exercidos

    com essa finalidade, inclusive aqueles

    representativos de fundo de comrcio

    adquirido a ttulo oneroso.

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    Unisa | Educao a Distncia | www.unisa.br48

    Segundo Ribeiro (2010), o passivo deve ser

    classificado como segue:

    a) Passivo circulanteDemonstra as dvidas com terceiros que se-

    ro pagas em curto prazo: dvidas com fornece-

    dores de mercadorias, salrios a pagar, impostos apagar, emprstimos bancrios a pagar, encargos

    a pagar etc.

    Obrigaes a fornecedores: obrigaes

    decorrentes da aquisio de mercado-

    rias ou utilizao de servios a prazo;

    Emprstimos e financiamentos: obriga-

    es assumidas pela empresa na cap-

    tao de recursos financeiros, visando,

    normalmente, a financiar o seu capital

    de giro;

    Obrigaes trabalhistas: obrigaes

    assumidas pela empresa com os gover-

    nos federal, municipal ou estadual. So

    tributos (impostos, taxas ou contribui-

    es) que a empresa deve recolher aos

    cofres pblicos;

    Obrigaes trabalhistas e previdenci-

    rias: encargos que a empresa deve pa-gar aos seus colaboradores ou recolher

    aos cofres pblicos;

    Outras obrigaes: demais obrigaes

    de curto prazo assumidas pela empre-

    sa e que no se enquadram nos outros

    subgrupos do passivo circulante;

    Participaes e destinao do lucro l-

    quido: compromisso da empresa em

    funo dos lucros por ela apurados. Soobrigaes que devem ser pagas a pes-

    soas que tenham direito participao

    nos lucros (debenturistas, empregados

    etc.), bem como obrigaes devidas aos

    proprietrios em forma de juros e divi-

    dendos.

    b) Passivo no circulante

    Nesse grupo, podem figurar as mesmas

    contas de obrigaes classificadas no passivo cir-

    culante, com seus respectivos subgrupos, desde

    que seus vencimentos sejam aps o trmino do

    exerccio social seguinte.

    Tambm devemos incluir um subgrupo

    prprio para as receitas diferidas, no qual figu-

    raro as contas representativas das despesas ou

    custos correspondentes s respectivas receitas

    recebidas antecipadamente.

    Demonstra o total de recursos aplicados

    pelos proprietrios na empresa. Essas aplicaes,normalmente, so compostas de capital e lucros

    retidos, ou seja, a parte do lucro no distribuda

    aos donos, mas reinvestida na empresa.

    Segundo Ribeiro (2010, p. 398), as contas

    representativas dos capitais prprios so classifi-

    cadas da seguinte maneira:

    a) Capital Social: conta que representa os va-

    lores investidos na empresa pelos titularese pela conta Capital a Realizar (ou Titularconta Capital a Realizar; Quotistas contaCapital a Realizar; Acionistas conta Capital

    a Realizar etc.), que representa a parcela

    do capital j subscrita pelos scios, pormainda no realizada. Podero figurar, ain-da nesse subgrupo, as contas que repre-sentam o montante do capital autorizado,bem como da parcela desse capital aindano subscrito;

    b) Reservas de Capital: contas representativasde algumas receitas que, por fora do par-grafo 1. do artigo 182 da Lei 6.404/1976,no devem transitar pelo resultado doexerccio, como o caso das receitas de-

    correntes de gio na emisso de aes ena alienao de partes beneficirias ou debnus de subscrio;

    8.5 Patrimnio Lquido

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    Fundamentos de Contabilidade

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    c) Ajustes de Avaliao Patrimonial: seroclassificadas como ajustes de avaliao pa-trimonial, enquanto no computadas noresultado do exerccio em obedincia aoregime de competncia, as contrapartidasde aumentos ou diminuies de valor atri-budas a elementos do Ativo e do Passivo,em decorrncia da sua avaliao a valor

    justo, nos caos previstos nesta Lei ou emnormas expedidas pela Comisso de Valo-res Mobilirios, com base na competnciapelo pargrafo 3. do art. 177. (pargrafo 3.do art. 182 Lei 6.404/1976).

    d) Reservas de Lucros: contas representativasdas Reservas constitudas com parte doslucros apurados pela empresa em decor-

    8.6 Resumo do Captulo

    8.7 Atividades Propostas

    Saiba maisSaiba mais

    Parte do lucro apurado pela em