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    Volume 06GEOGRAFIA

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    2 Coleo Estudo

    S

    umrio-G

    eogra

    fia

    Frente A

    21 3 Regionalismo brasileiro: Norte

    Autor: Eduardo Gonzaga

    22 19 Regionalismo brasileiro: Nordeste Autor: Eduardo Gonzaga

    23 35 Regionalismo brasileiro: Centro-Oeste Autor: Eduardo Gonzaga 24 47 Regionalismo brasileiro: Sudeste Autor: Eduardo Gonzaga

    Frente B 11 63 Revoluo Verde, transgnicos e agronegcio Autor: Eduardo Gonzaga

    12 75 Agricultura no Brasil: estrutura fundiriae reforma agrria Autor: Eduardo Gonzaga

    Frente C 11 89 Focos de tenso: Oriente Mdio I Autor: Eduardo Gonzaga 12 103 Focos de tenso: Oriente Mdio II Autor: Eduardo Gonzaga

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    FRENT

    3Editora Bernoulli

    MDULOGEOGRAFIA

    CARACTERIZAOA regio Norte apresenta o maior conjunto de terras

    de baixas altitudes do pas, a maior bacia hidrogrca domundo, a Bacia do Rio Amazonas, e a mais densa e extensarea orestal do globo, a Floresta Amaznica. O clima quentee mido e os rios extensos e caudalosos, drenando terras dealtitudes geralmente pouco elevadas, so aspectos naturaispresentes na regio.

    O relevo predominantemente formado por plancies edepresses. a regio do Brasil onde a paisagem naturalmais interfere na ocupao do espao. Est localizada naregio geoeconmica da Amaznia, entre o Macio dasGuianas (ao norte), o Planalto Central (ao sul), a Cordilheirados Andes (a oeste) e o Oceano Atlntico (a nordeste).

    Caractersticas geogrficas

    rea 3 869 637 km(IBGE)

    Populao (estimada) 15 865 678 hab. (IBGE / 2010)

    Densidade 3,77 hab./km(IBGE / 2010)

    PIB 5,2% do PIB nacional (IBGE / 2007)

    PIB per capita R$ 10 216 (IBGE / 2008)

    Expectativa de vida 71,92 anos (IBGE / 2008)

    Nessa regio, esto localizados os dois maiores estadosdo Brasil, respectivamente, o Amazonas e o Par, alm doAcre, do Amap, de Rondnia, de Roraima e do Tocantins. tambm nessa regio que se observa o maior municpiodo mundo em rea territorial, Altamira, no Par, com161 445,9 km, maior que os estados de Alagoas, Sergipe,Rio de Janeiro e Esprito Santo juntos.

    Mapa Poltico da regio Norte

    Belm

    Palmas

    Macap

    Manaus

    Boa Vista

    RioBranco

    PortoVelho

    -70 -60 -50

    -10

    0 Equador

    DFGO

    MT

    PARAMAZONAS

    RORAIMA AMAP

    MA

    TOCANTINS

    ACRE

    RONDNIA

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    GUIANA

    VENEZUELA

    COLMBIA

    PERU

    BOLVIA

    0 300 km

    OCEANOATLNTICO

    Capitais

    N

    Fonte: IBGE

    Amaznia LegalA Amaznia Legal consiste em uma rea que engloba

    vrios estados brasileiros e que corresponde rea deatuao da extinta Superintendncia para Desenvolvimentoda Amaznia (Sudam). Foi instituda com o intuito defacilitar a administrao e a aplicao de programassocioeconmicos, alm de planejar o desenvolvimentosocial e econmico da regio amaznica, tendo comobase anlises estruturais e conjunturais da regio,

    e reunindo reas com problemas econmicos, polticos esociais idnticos.

    Atualmente, a rea de abrangncia da Amaznia Legalcorresponde totalidade dos estados do Acre, Amap,Amazonas, Mato Grosso, Par, Rondnia, Roraima, Tocantinse o oeste do estado do Maranho (a oeste do meridianode 44 de longitude oeste). Apresenta uma superfciede aproximadamente 5 217 423 km, cerca de 61%do territrio brasileiro.

    Vale destacar que a regio apresenta diversasdenominaes, que so distintas. Portanto, os nomesAmaznia Internacional, Amaznia Legal e regio Norte noso sinnimos. Veja o mapa a seguir.

    Amaznia

    N

    0 600 km

    -70 -60 -50

    -10

    0 Equador

    O

    C

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    OCEA NO A

    TL

    NT

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    DF

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    BA

    PI

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    MT

    TO

    MT

    TO

    MT

    PAAM

    RR

    MA

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    RO

    AP

    PAAM

    RR

    MA

    TOAC

    RO

    C L MBIA

    AP

    Amaznia Legal

    Amaznia Internacional

    Fonte: IBGE

    Regionalismo brasileiro: Norte

    21 A

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    4 Coleo Estudo

    ASPECTOS HUMANOS EECONMICOS

    A regio Norte marcada por uma grande disparidadequanto concentrao populacional, como pode ser

    evidenciado na comparao entre o nmero de habitantesdo Par e o de Roraima, por exemplo. O Norte corresponde regio de menor densidade demogrca do pas, ou seja, um dos espaos menos povoados do Brasil.

    Possui o segundo menor grau de urbanizao do pas, 78%(IBGE / 2008), maior apenas do que a da regio Nordeste(72,4%), embora tenha sido uma das reas que mais seurbanizou nos ltimos anos. Atualmente, a populaonortista tem crescido mais que a mdia nacional e,na economia, tambm tem se constatado alguns avanos.De acordo com dados do IBGE, entre 2002 e 2007, o Norteobteve um crescimento de 33,4%. Grande parte dos estadosconstituintes da regio enfrentam problemas relativos falta

    ou inecincia das redes de esgoto e at de gua tratada,o que acaba resultando em uma situao de risco sadedas populaes.

    A economia regional tem crescido custa da constantedegradao ambiental, uma vez que os responsveis poresse avano tm sido a expanso da pecuria extensivae da agricultura em direo ao sul e ao leste da regio e,ainda, a intensicao das aes ilegais de madeireiros.Isso sem contar que a expanso econmica cria demandascada vez maiores pelo desenvolvimento de infraestruturas,o que acaba, muitas vezes, impactando o ambiente deforma negativa. At o fato de a produo de soja ter sidobem-sucedida na regio Centro-Oeste corrobora para a

    abertura da fronteira agrcola em direo regio Norte,o que intensica, cada vez mais, os desmatamentos e, porconseguinte, a degradao ambiental.

    Entre os estados da regio Norte, o Par o que possuia economia mais dinmica e diversicada, destacando-se acriao de gado bovino em So Flix do Xingu e a mineraoem Barcarena e Parauapebas, regio do Complexo de

    Carajs. O estado tambm conta com algumas indstriasalimentcias, txteis, madeireiras e metalrgicas.

    No estado do Amazonas, destaca-se a Zona Franca deManaus, que atraiu empresas pela iseno de impostosde importao de componentes para montagem de bensde consumo durveis, benefcio que deve durar at 2023.

    Alm disso, o estado conta com a explorao petrolfera emterra, no municpio de Coari, e com uma importante reserva

    de gs natural, em Urucu.

    Em Rondnia, o setor que mais se destaca o agropecurio.Nos demais estados Acre, Amap, Roraima e Tocantins ,predomina o setor tercirio.

    Para alguns pesquisadores, a regio Amaznica constituiuma riqueza que precisa ser preservada e que devepermanecer intacta; porm, o modelo capitalista no permiteque esse anseio seja realizado. Por esse motivo, um dosgrandes desaos da atualidade consiste justamente emconciliar povoamento, explorao econmica e conservaoambiental.

    Perl da regio Norte

    Participao dos estados no Produto Interno Brutoda regio Norte* (em %) 2007

    Par37,1 Amap

    4,5

    Tocantins8,3

    Rondnia11,2

    Acre4,3Amazonas

    31,5

    Roraima3,1

    * A regio Norte contribui com 5% do Produto Interno Bruto brasileiro.

    Fonte: IBGE

    Taxa de crescimento econmico dos estados(em %) 2007

    5,2Rondnia

    6,5Acre

    4,5Amazonas

    2,6Roraima

    2,3Par

    5,1Amap

    4,7Tocantins

    0 1 2 3 4 5 6 7 8

    Fonte: IBGE

    Taxa de mortalidade infantil a cada mil nascidosvivos (taxa/ano)

    45

    50

    40

    35

    30

    25

    37,940,9

    44,1

    35,032,3

    30,028,2

    26,6 25,8

    1991

    1993

    1995

    1997

    1999

    2001

    2003

    2005

    2007

    2008

    24,2

    20

    Fonte: IBGE

    Alfabetizao da populao residente acima de15 anos (em %) 2008

    No alfabetizados10,7

    Alfabetizados89,3

    Fonte: IBGE

    Frente A Mdulo 21

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    5Editora Bernoulli

    PovoamentoA Amaznia, durante muito tempo, cou conhecida pelas

    expedies que visavam a aprisionar ndios ou a buscar asdrogas do serto especiarias e plantas como castanha,

    cravo, canela, baunilha, madeiras aromticas, guaran,

    entre outras que eram vendidas Europa e rendiam algum

    dinheiro aos exploradores.

    A sua ocupao se deu de diversas maneiras ao longodo tempo. No sculo XVII, a instalao de uma forticaoportuguesa na foz do Rio Amazonas, o Forte Prespio, deuorigem cidade de Belm. No sculo XVIII, chegaram asmisses religiosas, que tinham o objetivo de catequizaros ndios, e vrias expedies militares, organizadas paradefender o territrio.

    A explorao da borracha comeou no m do sculo XIX.Esse produto passou a ser muito usado na Europa e nosEstados Unidos, o que levou a uma grande procura e suavalorizao no mercado mundial. Por isso, a extrao do ltexdas seringueiras nativas na regio amaznica se intensicou.J no incio do sculo XX, centenas de imigrantes japonesesinstalaram-se em ncleos coloniais, principalmente no Par,

    e introduziram a agricultura comercial da pimenta-do-reino.

    Integrao regional

    Economia rural

    reas ou reservas ocupadaspelos indgenas

    Extrao da borracha

    Predominncia de criaode gado

    Predominncia de lavoura

    -70 -60 -50

    -10

    0 Equador

    DF

    GO MG

    BAMT

    PAAM

    RR AP

    MA

    PI

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    OCEA NO A

    TL

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    BOLVIA

    OLMBIA

    VENEZUEL

    UIANA

    AP

    0 600 km

    N

    Fonte: IBGE

    Com a decadncia do ciclo da borracha, a populao daregio Norte praticamente se estabilizou. A partir de 1960,a integrao com o restante do pas comeou a se intensicarpor meio de medidas governamentais de carter econmicoe infraestrutural. Dentre elas, vale destacar:

    A criao de rgos como a Superintendnciado Desenvolvimento da Amaznia (Sudam) e aSuperintendncia da Zona Franca de Manaus (Suframa).

    O incentivo concretizao de projetos agropecurios,como forma de favorecer a expanso da fronteira dopas e, ainda, estimular a migrao para a regio.

    O investimento na construo de grandes rodovias,como a Transamaznica (BR230), a CuiabPorto Velho(BR364), a CuiabSantarm (BR163), a PortoVelhoManaus (BR319) e, ainda, a BelmBraslia(BR010).

    A instalao de projetos de explorao mineral, comoo Grande Carajs, iniciado na dcada de 1980.

    A colonizao empreendida por meio de numerososprojetos do Instituto Nacional de Colonizao eReforma Agrria (Incra) e de projetos privados,poltica que durou at ns da dcada de 1970.

    A criao e instalao de projetos militares, como oCalha Norte, que objetivavam controlar a fronteira

    norte do pas, identificar riquezas minerais e,tambm, favorecer a ocupao de uma regio queconstitui um grande vazio populacional.

    Contudo, o Estado, ao instituir essas medidas, no sepreocupou em atender aos interesses das comunidadeslocais, sobretudo das populaes indgenas, voltando-se,principalmente, ao atendimento dos interesses de expanso deatividades econmicas e de empresas oriundas do Centro-Sul.Surgiram na regio vrios conitos socioambientais, comoos que opem indgenas, fazendeiros, garimpeiros, grileirose posseiros, j que os objetivos e o modo de ocupaoterritorial variam conforme os diferentes interesses emquesto: desmatar ou no desmatar, represar ou no os rios,demarcar ou no demarcar as reservas indgenas.

    Como exemplo dessa situao, podem-se citar inmerastenses, como a ocorrida em maio de 2007. Aps terembloqueado a Transamaznica, como forma de protesto paraobter mais verbas do Governo Federal, os habitantes daterra indgena Tenharim do Marmelo, no sul do Amazonas,cobraram pedgios de motoristas que trafegavam peloquilmetro 145 da rodovia se este fosse pago, o trfegona estrada era liberado.

    AgriculturaNas ltimas dcadas, a atividade agropecuria tem

    crescido bastante na regio Norte, principalmente aagricultura comercial monocultora e a pecuria extensiva.

    Essas atividades, no entanto, ainda apresentam baixaprodutividade se comparada produo das regies maisdesenvolvidas do pas.

    O cultivo de produtos voltados para a alimentaoocorre principalmente em propriedades de pequenoporte, com mo de obra familiar e tcnicas agrcolasconsideradas rudimentares, fato responsvel por uma menorprodutividade.

    A pimenta-do-reino, por exemplo, cuja a produo estvoltada para os mercados nacional e internacional, umadas culturas nortistas mais tradicionais e foi introduzida naregio de Bragantina, entre Belm e Bragana (Par), nadcada de 1930, pelos imigrantes japoneses. A juta, plantadanas vrzeas dos rios, , assim como a pimenta-do-reino,

    Regionalismo brasileiro: Norte

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    7Editora Bernoulli

    Extrativismo mineral

    Recursos minerais

    0 300 km

    OCEANOATLNTICO

    N -70 -60 -50

    -10

    0Equador

    DF

    GO

    MT

    PARAMAZONAS

    RORAIMA

    AMAP

    MA

    TOCANTINS

    ACRE

    RONDNIA

    GUIANAFRANCESA

    SURINAMEGUIANA

    VENEZUELA

    COLMBIA

    PERU

    BOLVIA

    Ferro Mangans Alumnio (Bauxita)

    Ouro Estanho (Cassiterita)Diamante

    Nquel

    Cobre

    Fonte:IBGE.Atlas Nacional do Brasil, 2000 (Adaptao).

    A regio Norte rica em recursos minerais, sendo as duasprincipais reas produtoras a Serra dos Carajs onde a Valepossui os direitos de explorao e a Serra do Navio, noestado do Amap. A extrao mineral comeou a se destacarna regio Norte no m da dcada de 1950, intensicando-sea partir da dcada de 1970.

    A explorao do mangans teve incio em 1957, quandofoi instalada na Serra do Navio uma empresa mineradora

    multinacional e, com o objetivo de facilitar o transporte e aexportao do produto, foram construdos, perto de Macap,uma ferrovia e o porto de Santana. Quase todo o minrioproduzido no local exportado, principalmente, para aAmrica do Norte e para a Europa. Porm, na atualidade,suas reservas esto praticamente esgotadas.

    No fim da dcada de 1960, na Serra dos Carajs no sudeste do Par , foi descoberta uma importante

    jazida de ferro e, mais tarde, outras grandes reservas de cobre, mangans, bauxita, nquel, estanho e ouro foram identicadas nessa mesma regio. Para viabilizar aexplorao mineral na provncia mineralgica de Carajs,em 1979 foi lanado o Projeto Grande Carajs, que visavaao desenvolvimento de infraestruturas que facilitassem a

    explorao e a exportao dos minrios da regio.

    Esse projeto foi responsvel pela delimitao da reae pelo desenvolvimento de obras infraestruturais, incluindoa Usina Hidreltrica de Tucuru, a estrada de ferro Carajse o porto de Ponta da Madeira, localizado no porto doItaqui, na capital do estado do Maranho, So Lus.Alm dessas medidas, o Projeto Grande Carajs (PGC)buscou fomentar tambm o desenvolvimento de projetosagropecurios de extrao orestal, que visavam a promovero desenvolvimento da regio.

    A bauxita, ou minrio de alumnio, outro importanterecurso mineral encontrado na regio. A energia necessriapara beneficiar esse minrio, para que ele possa ser

    convertido em alumnio, oriunda da Usina Hidreltrica deTucuru. O municpio de Oriximin, no estado do Par, omaior produtor brasileiro de bauxita e conta com enormesreservas s margens do Rio Trombetas.

    O ouro e o diamante de diversas reas da Amazniaso explorados pelo garimpo. Essa atividade atrai muitos

    migrantes e costuma provocar grandes danos ao ambiente,como o desmatamento e a contaminao pela ao domercrio utilizado pelos garimpeiros para separar o ourodo cascalho retirado do fundo dos rios. Alm de contaminaros rios, essa atividade tambm prejudica a qualidade doar quando o amlgama (mistura do mercrio com o ouro) aquecido para separar os dois metais, o primeiro sublimae contamina a atmosfera , os mananciais, os peixes,os animais silvestres e, ainda, as comunidades locais quese alimentam desses animais. As pssimas condies detrabalho a que muitos garimpeiros so submetidos, somadas decincia de sistemas de sade locais, muitas vezesresultam em uma sobrevivncia precria das populaes.

    No final do ano de 2006, foi descoberta, no sul do

    Amazonas, uma grande reserva de ouro, o Garimpodo Juma, localizado s margens do rio de mesmo nome,que um dos auentes do Rio Madeira. De acordo comestudos realizados (2008) pelo Departamento Nacional deProduo Mineral (DNPM), esse garimpo contm a maiorreserva de ouro j identicada na Amaznia nos ltimos100 anos. Essa descoberta motivou migraes em direo rea e tem preocupado as autoridades das localidadesprximas, em funo do temor de surtos de malria e febreamarela (devido aos desmatamentos), bem como do aumentoda prostituio, do alcoolismo, entre outros.

    Extrativismo vegetalA extrao vegetal, alm de ser uma atividade antiga, foi,durante muitos anos, a principal atividade econmica da

    regio, empregando, ainda hoje, uma numerosa mo de obra.

    A atividade extrativista na regio Norte aparece nosregistros histricos desde o sculo XVIII, a partir da buscapelas chamadas drogas do serto, mas foi somente nasegunda metade do sculo XIX que se observou um maiordesenvolvimento, com o incio do ciclo da borracha. Ataproximadamente 1920, a demanda crescente pela borrachanos pases mais desenvolvidos exigia o aumento de suaextrao na Amaznia, o que se vericou novamente napoca da Segunda Guerra Mundial.

    Apesar de ainda ocorrer em diversas reas, principalmente

    nos estados do Amazonas, Acre e Rondnia, o extrativismoda borracha j no contribui para a economia regionalcomo no passado, visto que a expanso das atividadesagropecurias foi responsvel, ao longo de todo o sculo XX,pela reduo das reas de seringais e, consequentemente,da produo do ltex. Hoje, essa atividade se concentra emreservas extrativistas.

    Atualmente, a atividade madeireira se sobressai,isoladamente, na economia extrativa regional, fornecendocerca de 85% da madeira consumida no pas. Mesmo assim,ainda existe uma explorao de produtos orestais nomadeireiros de grande importncia para as populaes quehabitam os estados da regio Norte, destacando-se, almda borracha, a castanha e o palmito-aa.

    Regionalismo brasileiro: Norte

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    8 Coleo Estudo

    IndstriaA regio Norte corresponde poro menos industrializada

    do pas. At os anos 1960, essa regio estava atrelada aatividades que envolviam pouca tecnologia e, sobretudo,ligadas ao beneciamento dos produtos extrativos vegetais(borracha, castanha-do-par, madeira) e aos ramos

    tradicionais de bens de consumo (alimentos, bebidas,vesturio). A partir dessa dcada, a regio viveu umcrescimento marcante, quando o governo passou a estimulara instalao de indstrias maquiladoras na Zona Franca deManaus, oferecendo incentivos scais.

    De modo a integrar a Amaznia ao restante do territriobrasileiro, o Governo Federal adotou uma poltica queprevia a instalao de indstrias. Consequentemente,foram feitos grandes investimentos para que a indstriapudesse se desenvolver. Para isso se tornar possvel, foinecessrio o desenvolvimento de infraestruturas, ou seja, foipreciso melhorar o abastecimento de energia, o sistema detransportes e de comunicaes, os portos e os aeroportos, etc.

    Alm disso, como forma de atrair investimentos de outraspartes do pas sobretudo do Sudeste , o governo passoua fornecer uma srie de incentivos scais que se traduziramna iseno de impostos e na doao de terrenos para asindstrias nacionais que l desejassem se instalar.

    Dessa forma, ocorreu a primeira experincia deindustrializao da regio, por meio da criao da ZonaFranca de Manaus, a partir de 1967, que corresponde auma rea com iseno de impostos de importao paraos componentes dos produtos cuja montagem ocorra emManaus. Nessa rea, esto instaladas mais de quinhentasempresas, e trezentas so consideradas de grande porte. Emsua maioria, so indstrias maquiladoras, ou seja, aquelasque apenas montam produtos obtidos com tecnologia

    estrangeira, como televisores, telefones celulares, aparelhosde DVD, aparelhos de som, computadores, motocicletas eoutros similares.

    Desde a dcada de 1980, tem ocorrido uma diminuiogradativa dos incentivos scais que a Zona Franca possuano perodo de sua implementao, a qual se deve, entreoutros motivos, por contestaes de alguns estadosbrasileiros, como So Paulo, s vantagens scais oferecidasao Amazonas.

    Na poro oriental da regio Norte, o desenvolvimentoindustrial ocorreu devido prospeco mineral na Serrados Carajs e de Oriximin. A disponibilidade de energia,em razo da presena da Usina Hidreltrica de Tucuru,e a instalao do complexo metalrgico do alumnionas proximidades de Belm foram fatores que tambmcorroboraram para a mudana no panorama da regio.

    Desde a implementao do Complexo de Carajs,na dcada de 1980, todo o minrio extrado na regio eraexportado praticamente em estado bruto, o que no agregavavalor ao produto e tambm acabava no fomentando odesenvolvimento de outras atividades econmicas na regio.Ento, no nal dessa dcada, estimulou-se a transfernciade usinas de ferro-gusa do Sudeste, especialmente mineiras,para a rea em torno da estrada de ferro Carajs-Itaqui.

    Apesar disso, no ocorreu um desenvolvimento industrialsignicativo na regio de Carajs, o que levou o governo aincentivar tambm a instalao de indstrias de madeira.

    EnergiaA regio Norte foi responsvel, no ano de 2007, por cerca

    de 7% do consumo de energia eltrica de todo o pas,segundo dados do Operador Nacional do Sistema Eltrico.Essa baixa taxa de consumo reete, na verdade, algumascaractersticas do espao regional que, historicamente,

    limitaram a oferta de energia se comparada de outrasregies do pas , tais como a baixa densidade demogrcae a pequena gerao de renda, aliadas s caractersticasnaturais do espao geogrfico. Estas, por sinal,comprometeram a extenso das redes de transmisso ede distribuio de energia, mas transformaram o Nortena regio com maior potencial para aproveitamentoshidreltricos do pas. No entanto, apesar de essa regiopossuir a bacia hidrogrca detentora do maior potencial degerao de energia hidreltrica do pas (superior potncia

    j instalada no Brasil), o aproveitamento da regio ainda baixo, estando em operao atualmente apenas seisusinas hidreltricas: Balbina (AM), Samuel (RO), CoaracyNunes (AP), Curu-Una (PA), Tucuru (PA) a maior usinahidreltrica 100% nacional e Lajeado (TO).

    Destacam-se trs caractersticas geogrficas quecomprometem a ampliao da oferta de energia da regioNorte: topograa plana, baixa densidade demogrca eelevada taxa de populao rural. Formada principalmentepor rios de plancie, a opo pela construo de usinashidreltricas normalmente acarreta mais prejuzos quebenefcios. Como evidncia disso, tem-se o caso daUsina Hidreltrica de Balbina, que cou conhecida como

    a vergonha nacional. Localizada no Rio Uatum (AM),a usina entrou em operao parcial no ano de 1988 e athoje apontada como um erro histrico por cientistas egestores, devido baixa gerao de energia em relao rea alagada.

    No bastasse isso, o lago formado pela represa da usina responsvel pela liberao de gs metano em nveissuperiores aos de uma usina trmica de mesmo potencialenergtico, contribuindo, assim, para a emisso de gases deefeito estufa, causadores do aquecimento global.

    A baixa densidade demogrca, associada elevadataxa de populao rural, diculta a ampliao das linhas detransmisso de energia na regio, principalmente na rea daFloresta Amaznica. Isso colaborou para que a regio tivesse,em 2000, de acordo com o Censo, 503 319 domiclios ruraisno conectados rede de eletricao rural. O atendimento demanda dessas populaes normalmente feito por meiodo uso de geradores movidos a diesel (comprados pelosprprios moradores ou fornecidos pelo poder pblico).

    Outra fonte energtica importante que deve serconsiderada na regio a oriunda de usinas termeltricas.As usinas abastecidas por leo diesel tm por objetivoprincipal atender aos sistemas isolados que ainda no soconectados ao Sistema Interligado Nacional (SIN), redecomposta por linhas de transmisso e usinas que operamde forma integrada e que abrangem a maior parte doterritrio do pas. Os maiores sistemas isolados so os doAcre, Rondnia, Manaus e Macap.

    No Amazonas, tem-se investido na produo de gs naturalem Urucu, municpio situado na Bacia do Rio Solimes.Busca-se, com isso, substituir a mdio prazo o leo dieselutilizado nas termeltricas por gs natural.

    Frente A Mdulo 21

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    9Editora Bernoulli

    TransportesO transporte uvial constitui um dos principais meios

    de circulao de pessoas e de cargas na regio e possuigrande importncia para Manaus e para outras localidades,em funo do volume de produtos transportados por essescursos e pela pssima conservao das vias terrestres, como

    o caso da Rodovia ManausPorto Velho (BR-319). Assim, importante que os governos dos estados que fazem parteda regio Norte invistam na melhoria da infraestrutura deestradas responsveis pela conexo com outras cidades

    ou mesmo com pases vizinhos. As principais rodovias quecortam a regio so as de BelmBraslia e CuiabPortoVelhoRio Branco e, ainda, a que liga Manaus a Boa Vistae, a partir da, permite o acesso ao Caribe, passando pela

    Venezuela.

    Com previso de concluso para 2011, est sendoconstruda a Transocenica, que ser uma via de circulaode mercadorias e pessoas entre o Brasil e o Oceano Pacco.Com extenso de 2 600 km, liga a capital do Acre (Rio

    Branco) aos portos peruanos de Ilo, Matarani e San Juan deMarcona. A poro brasileira da rodovia, com uma extensode 344 km, foi terminada em 2002, porm falta concluiro trecho mais longo e difcil. Nesse sentido, as principaisdiculdades remetem aos obstculos presentes na regio dosAndes, tais como altitudes que ultrapassam os 4 000 metros,presena de pontes estreitas, que dicultam a chegadade materiais e maquinrio aos canteiros de obras,vulnerabilidade no perodo de chuvas (que ocorrem duranteoito meses na regio) e grande oscilao de temperaturadurante os meses de inverno.

    Rodovia Transocenica

    AM

    RR

    PA

    AC

    RO

    MT

    P E R U

    EQUADOR

    Trecho concludo da rodoviaTrecho em construo

    Portos

    R A S I L

    COLMBIA

    VENEZUELA

    O

    C

    E

    A

    N

    O

    P

    A

    C

    F

    IC

    O

    0 300 km

    N 70 60

    10

    0quador

    San Juande Marcona

    Matarani Ilo

    Azngaro

    Pte. Inambari

    Urcos

    Iapari

    Assis Brasil

    Rio Branco

    TERRA, Lygia. et al. Conexes: estudo de geografia geral e doBrasil. So Paulo: Moderna, 2008.

    H aeroportos nos municpios mais dinamizados da

    regio, e os voos internacionais so recebidos pelos

    aeroportos Val-de-Cans (Belm) e Eduardo Gomes (Manaus).Este ltimo, de acordo com dados da Empresa Brasileira deInfraestrutura Aeroporturia (Infraero), ocupa o terceirolugar em movimentao de cargas no Brasil.

    Em relao ao transporte uvial, os cursos de maiornavegao so os rios Amazonas e Madeira. A hidroviaconstruda neste ltimo teve como principal objetivo a

    reduo do custo do escoamento da soja produzida no nortedo Mato Grosso e no estado de Rondnia, o que tornou oproduto mais competitivo no mercado externo. Est aindaem fase de construo a hidrovia Tocantins-Araguaia, queconstituir um grande corredor de ligao entre as regiesbrasileiras.

    Assim como em outras regies do pas, h muitos portos

    na regio Norte que ainda so bastante decientes eminfraestrutura, alm de serem muito burocrticos, o quetorna o sistema logstico moroso e, por conseguinte, menos

    eciente e causador de prejuzos.

    O transporte de passageiros por via fluvial tambmenfrenta problemas em funo da pssima conservao dasembarcaes, da pouca scalizao por parte dos rgoscompetentes e, principalmente, da superlotao dos barcos.

    Quanto ao modal ferrovirio, as duas ferrovias maisimportantes situadas na regio Norte so as estradas de ferroCarajs e do Amap. A primeira comea em Marab (PA)e termina em So Lus (MA), cidade pertencente regioNordeste. Essa via responsvel pelo escoamento derecursos minerais extrados no complexo dos Carajs at oporto de Itaqui, no Maranho. J a segunda est situada no

    Amap e transporta mangans e nquel extrados na Serrado Navio at o porto de Santana, situado na capital Macap.

    TurismoA distncia da regio Norte em relao s outras regies

    brasileiras diculta, de certo modo, o desenvolvimentoda atividade turstica, j que, em algumas localidades,s possvel chegar por meio de barcos ou avies. Dessaforma, o custo dos pacotes tursticos ou mesmo de outrasmodalidades de viagens para o Norte se torna alto, com

    valores, muitas vezes, mais elevados que os de uma viagemao exterior.

    Porm, no h como ignorar o enorme potencial tursticoda regio. A Floresta Amaznica, os casarios erguidosdurante o auge do ciclo da borracha e o Festival Folclricode Parintins (AM) so apenas alguns dos muitos atrativos.

    O ecoturismo e o turismo de aventura so as modalidadesque atraem grande nmero de turistas para a regio.O Parque Nacional do Ja um bom exemplo devalorizao e cuidado com o ambiente, j que neleh um controle do nmero dirio de visitantes, com

    o intuito de respeitar e proteger o espao do Parque,o que representa uma importante ao no sentido decompreender a necessidade de se respeitar a capacidade

    que cada ambiente possui e, por conseguinte, proteg-lo.

    Regionalismo brasileiro: Norte

  • 5/21/2018 Geografia 6.pdf

    10/116

    10 Coleo Estudo

    As construes que remontam ao ciclo da borracha atraemturistas a Belm e a Manaus, e os resorts e hotis construdosna oresta comeam a ser edicados no somente no estadodo Amazonas, mas tambm no Acre e em Rondnia.

    Contudo, a pobreza de muitas reas constitui um

    estmulo explorao de jovens, que so oferecidos(as)

    aos turistas como um atrativo parte. De acordo compesquisas concludas em 2002 e realizadas pela OrganizaoInternacional do Trabalho (OIT) e pelo Ministrio da Justia,a regio Norte representa uma das principais rotas do

    turismo sexual e do trco de mulheres.

    PopulaoApesar de apresentar baixa densidade demogrfica,

    a regio Norte mostrou uma das maiores expanses

    populacionais do pas nas ltimas quatro dcadas, passandode aproximadamente 2,6 milhes de habitantes, na dcadade 1960, para os atuais 15,4 milhes de habitantes, segundoestimativa do IBGE (2009).

    A descoberta de minrios, a instalao de garimpos,a derrubada de grandes extenses da floresta para oestabelecimento de projetos agropecurios e para a

    construo de rodovias so os responsveis por esse quadro.Tambm foram importantes os projetos governamentais parao povoamento e para a colonizao.

    Observe no grco o crescimento populacional da regioNorte nas ltimas dcadas.

    Populao total*

    10 400

    11 400

    12 400

    13 400

    Milhesdehabitantes

    9 400

    8 400

    7 400

    6 400

    5 400

    4 400

    3 400

    2 400

    1 400

    1940 1950 1960 1970 1980 1991 2000

    *Em 1990, no houve recenseamantoFonte:IBGE. Censo Demogrfico, 2000.

    A extenso territorial da regio grande, e a densidadedemogrca a mais baixa do Brasil. Alm disso, pode-seobservar no mapa a seguir que a populao estdistribuda de forma muito irregular pelo espao regional.Ncleos populacionais concentram-se s margens dos rios,e muitas cidades e povoados mantm as caractersticasiniciais do processo de ocupao. Apesar de ser maispopulosa que a regio Centro-Oeste, a regio Nortepossui densidade demogrfica menor, com cerca de3,77 hab./km2(IBGE / 2010), fato atribudo sua grandeextenso territorial.

    Densidade demogrca

    0 300 km

    NOCEANO

    ATLNTICO

    GUIANAFRANCESA

    SURINAME

    GUIANA

    VENEZUELA

    COLMBIA

    PERU

    BOLVIA

    Habitantes por km2

    menos de 1 25 a 100

    1 a 10 mais de 100

    10 a 25 Capitais

    Palmas

    Macap

    Manaus

    Boa Vista

    Rio BrancoPorto Velho

    -70 -60 -50

    -10

    0 Equador

    DFGO

    MT

    PARAMAZONAS

    RORAIMA AMAP

    MA

    TOCANTINS

    ACRE

    RONDNIA

    Belm

    Fonte: IBGE. Contagem de Populao, 2000 (Adaptao).

    Somente duas cidades da regio Norte apresentampopulao superior a um milho de habitantes: Belm,uma das metrpoles regionais brasileiras, e Manaus, quedeve grande parte de seu recente crescimento demogrco Zona Franca l instalada.

    At os anos 1970, a maior parte da populao moravana zona rural. A partir de ento, a situao inverteu-se.No entanto, isso no acontece em todos os estados daregio. Em algumas reas, a maioria da populao vive nazona rural e, em outras, a populao vive em reas bastanteurbanizadas.

    REGIO NORTE: OUTROSPROJETOS

    Projeto Calha NortePor possuir uma extenso muito grande, a proteo das

    fronteiras do Brasil, na regio Amaznica, sempre foi umapreocupao do governo. O Projeto Calha Norte foi idealizadodurante o Governo Sarney e previa a ocupao militar deuma faixa do territrio nacional situado ao norte da calhado Rio Solimes e do Rio Amazonas.

    Fortalecer a presena nacional ao longo da fronteiraamaznica, tida como ponto vulnervel do territrio brasileiro,foi o argumento usado para a implementao desse projeto.Ao mesmo tempo que previa o aumento da presena doEstado na fronteira, o projeto apontava a necessidade dodesenvolvimento socioeconmico dessa rea, inclusive como estmulo migrao.

    Frente A Mdulo 21

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    11/116

    11Editora Bernoulli

    O Calha Norte foi implantado ao longo de 6,5 milquilmetros de fronteiras internacionais, em uma faixa de,aproximadamente, 160 quilmetros de largura ao longoda fronteira do Brasil com a Guiana Francesa, o Suriname,a Guiana, a Venezuela e a Colmbia. O projeto envolve194 municpios dos estados do Amazonas, Par, Amap,Roraima, Acre e Rondnia os dois ltimos passaram a

    integrar o projeto a partir de 2007. A regio habitada porquase 2 milhes de pessoas e ocupa 1,2 milho de km,o que corresponde a um quarto da Amaznia Legal e a quase15% da rea total do pas.

    Sistema de Vigilncia daAmaznia (Sivam)

    O Sivam uma rede de coleta e de processamentode informaes. Esse projeto comeou a ser implantadoem 1994 com o objetivo de monitorar uma rea de5,2 milhes de km2(cerca de 60% do territrio nacional),e foi inaugurado em 2002. um grande empreendimento,composto de satlites, radares, avies, estaes de recepode imagens e mais de 200 plataformas de coletas de dados,e que gera cerca de 2 000 empregos diretos.

    Esse sistema representou um investimento deUS$ 1,4 bilho e permite o controle do espao areoamaznico, possibilitando uma scalizao mais eciente deatividades predatrias (desmatamento, queimada e garimpo).Alm disso, monitora as fronteiras e o combate ao narcotrco.

    N

    Centros regionais de controle da informao

    Radares fixos

    0 600 km

    -70-60 -50

    -10

    0 Equador

    DF

    GO MG

    BAMT

    PI

    OCEA NO A

    TL

    NT

    IC

    O

    BOLVIA

    PERU

    COLMBIA VENEZUELA

    GUIANA

    SURINAMEGUIANA

    FRANCESA

    Belm

    Macap

    Manaus

    RioBranco

    PAAM

    RR

    TO

    AC

    RO

    So Lus

    MA

    Braslia

    Santarm

    Carajs

    Conceio doAraguaia

    AltaFloresta

    Vilhena

    Cruzeirodo Sul

    So Gabrielda Cachoeira

    Jacareacanga

    Tef

    CINDACTA I

    APBoa Vista

    PortoVelho

    Fonte:IBGE

    A polmica em torno da construo da Usina de Belo Monte na

    Bacia do Rio Xingu, em sua parte paraense, j dura mais de 20

    anos. Entre muitas idas e vindas, a Hidreltrica de Belo Monte,

    hoje considerada a maior obra do Programa de Acelerao do

    Crescimento (PAC), do Governo Federal, vem sendo alvo de

    intensos debates na regio, desde 2009, quando foi apresentado

    o novo Estudo de Impacto Ambiental (EIA), intensif icando-se a

    partir de fevereiro de 2010, quando o MMA concedeu a licena

    ambiental prvia para sua construo.Os movimentos sociais e as lideranas indgenas da regio

    so contrrios obra porque consideram que os impactos

    socioambientais no esto suficientemente dimensionados.

    Em outubro de 2009, por exemplo, um painel de especialistas

    debruou-se sobre o EIA e questionou os estudos e a viabilidade

    do empreendimento. Um ms antes, em setembro, diversas

    audincias pblicas haviam sido realizadas sob uma saraivada de

    crticas, especialmente do Ministrio Pblico Estadual, seguido

    pelos movimentos sociais, que apontavam problemas na forma

    de realizao do projeto.

    A construo das Usinas Hidreltricas de Tucuru (PA) e Balbina

    (AM), as ltimas construdas na Amaznia, nas dcadas de 1970

    e 1980, so exemplos que servem para ilustrar a preocupao

    dos grupos que se opem obra. Desalojaram comunidades,

    inundaram enormes extenses de terra e destruram a fauna e

    ora daquelas regies. Balbina, a 146 quilmetros de Manaus,

    signicou a inundao da reserva indgena Waimiri-Atroari, a

    mortandade de peixes, a escassez de alimentos e a fome para

    as populaes locais. A contrapartida, que era o abastecimento

    de energia eltrica da populao local, no foi cumprida.O desastre foi tal que, em 1989, o Instituto Nacional de Pesquisas da

    Amaznia (Inpa), depois de analisar a situao do Rio Uatum, onde

    a hidreltrica fora construda, concluiu a sua morte biolgica. Em

    Tucuru no foi muito diferente. Quase dez mil famlias caram sem

    suas terras, entre indgenas e ribeirinhos. Diante desse quadro, em

    relao a Belo Monte, preciso questionar a relao custo-benefcio

    da obra, o destino da energia a ser produzida e a inexistncia de uma

    poltica energtica para o pas que privilegie energias alternativas,

    alm de se promover uma discusso junto sociedade.

    Disponvel:.

    Acesso em: 30 abr. 2011.

    LEITURA COMPLEMENTAR

    Texto IA polmica da Usina de Belo Monte

    Abril 2010

    Regionalismo brasileiro: Norte

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    12/116

    12 Coleo Estudo

    Texto II

    Aqufero na Amaznia pode ser o maior do mundo, dizem gelogos

    Glauco Arajo

    Um grupo de pesquisadores da Universidade Federal do Par (UFPA) apresentou em maio de 2010 um estudo, que aponta o AquferoAlter do Cho como o de maior volume de gua potvel do mundo. A reserva subterrnea est localizada sob os estados do Amazonas,

    Par e Amap e tem volume de 86 mil km de gua doce. Um novo levantamento de campo deve ser feito na regio para avaliar a

    possibilidade de o aqufero ser ainda maior do que o calculado inicialmente pelos gelogos.

    Em termos comparativos, a reserva Alter do Cho tem quase o dobro do volume da gua potvel do Aqufero Guarani - com 45 mil

    km de volume -, at ento considerado o maior do pas e que passa tambm por Argentina, Paraguai e Uruguai. Os estudos que temos

    so preliminares, mas h indicativos sucientes para dizer que se trata do maior aqufero do mundo, j que est sob a maior bacia

    hidrogrca do mundo, que a do Amazonas / Solimes. O que nos resta agora convencer toda a cadeia cientca do que estamos

    falando, disse Milton Matta, gelogo da UFPA.

    O Aqufero Alter do Cho deve ter o nome mudado por ser homnimo de um dos principais pontos tursticos do Par, o que costuma

    provocar enganos sobre a localizao da reserva de gua. Estamos propondo que passe a se chamar Aqufero Grande Amaznia e assim

    teria uma visibilidade comercial mais interessante, ressalta Milton Matta.

    Disponvel em: . Acesso em: 12 mar. 2011.

    RR

    No caso do Aqufero Guarani, sua

    grande extenso superficial ultrapassa

    a fronteira brasileira, chegando aoutros pases. A gesto do Aqufero

    Alter do Cho ser facilitada porque

    exclusivamente nacional, pertencendo

    aos estados do Par, Amazonas e Amap.

    COLMBIA

    EQUADOR

    PERU

    CHILE

    BOLVIA

    ARGENTINA

    URUGUAI

    PARAGUAI

    VENEZUELA GUIANA

    SURINAME

    GUIANAFRANCESA

    AM

    PA

    MT

    RO

    AC

    MS

    GO

    TO

    DF

    BA

    PI

    CE RN

    AL

    PB

    SE

    ES

    MG

    SP RJ

    PE

    AP

    MA

    SC

    PR

    RS

    Aqufero Alter do ChoAqufero Alter do Cho

    Aqufero GuaraniAqufero Guarani

    Veja onde esto os aquferos Guarani e Alter do Cho

    Dados preliminares apontamque o Aqufero Alter do Cho

    possui um volume de guasuperior a 86 mil km3.

    A capacidade do Aqufero Guaranigira em torno de 45 mil km3.

    OCEANOPACFICO

    OCEANOATLNTICO

    Fonte:Faculdade de Geologia / Instituto de Geocincias da Universidade Federal do Par.

    Frente A Mdulo 21

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    13Editora Bernoulli

    EXERCCIOS DE FIXAO

    01. (USP2009) Leia com ateno:[] a Amaznia se destaca pela extraordinriacontinuidade de suas orestas, pela ordem de grandeza

    de sua principal rede hidrogrca e pelas sutis variaes

    de seus ecossistemas, em nvel regional e de altitude.Trata-se de um gigantesco domnio de terras baixasorestadas, disposto em anteatro []

    ABSBER, Aziz. Os Domnios de Natureza no Brasil, p. 65.

    Esse trecho se refere ao domnio morfoclimticoamaznico. Considerando a classificao dominante

    (e atual) do relevo brasileiro, CORRETOdizer que

    A) a Amaznia um imenso segmento territorial de

    plancies rebaixadas, produto de deposio desedimentos.

    B) embora apresente terras baixas, a Amaznia constituda de planaltos na sua maior extenso,

    e apenas alguns pontos so realmente plancies.

    C) h presena dominante de plancies, com pequenossegmentos de depresses nas margens dos

    maiores rios.

    D) planaltos, depresses e plancies, formaes deorigens diferentes, equivalem-se em extenso,

    e esto, mais ou menos, na mesma faixa de altitude.

    E) predominam as depresses, com a presena de

    plancies descontnuas no sul e ao longo da calha do

    Rio Amazonas, e uma formao planltica ao norte.

    02. (Unicamp-SP2009) As guras seguintes representamduas concepes geopolticas de ocupao da Amaznia

    brasileira no perodo militar. Responda s perguntas.

    1970Eixos de desenvolvimento

    Estradas planejadase / ou construdas

    reas onde terrasdevolutas seroincorporadas aoGoverno Federal

    1980

    Programa Carajs

    Programa Grande Carajs

    Programa Ferro Carajs

    BECKER, Bertha; EGLER, Cludio. Brasil:uma potnciaregional na economia-mundo. Rio de Janeiro:

    Bertrand Brasil, 1994. p. 152 (Adaptao).

    A) Quais as principais diferenas entre os eixos dedesenvolvimento de 1970 e o Projeto Calha Norte?

    B) Que razes explicariam o Programa Grande Carajs?

    Texto III

    Entenda tudo sobre a questo da Reserva

    Raposa Serra do Sol

    PA

    AM

    RR AP

    OCEANOATLNTICO

    Raposa Serra do Sol

    Boa Vista (Capital)

    1 000 km

    0 200 km

    0

    N

    H mais de 20 anos, a maioria dos ndios de Roraima luta

    pela homologao da Raposa Serra do Sol em rea contnua

    (1,67 milho de hectares), e no em ilhas, como querem os

    agricultores que invadiram as terras na dcada de 1990 e

    que atualmente contam com o apoio de uma parte dos povos

    indgenas que ali habitam. Acrescente a isso a existncia do

    municpio de Uiramut, criado em 1996, e cuja sede est na

    terra indgena, constituindo outro obstculo homologao

    Sua homologao em rea contnua, determinada pela

    Portaria 820, de 1998, seria o ltimo passo de um processode criao de reserva indgena, que comea com estudos de

    identicao e delimitao do territrio, seguido das etapas de

    declarao, demarcao, homologao e registro.

    A Reserva Raposa Serra do Sol, ltima grande terra indgena

    da Amaznia espera de reconhecimento, est preparada

    para homologao desde a edio da Portaria 820/98. Com a

    homologao, os invasores tm de ser retirados.

    Esses so interesses dos que desejam a homologao

    fracionada. Ou seja, que sejam excludas da terra indgena as

    reas produtivas, as estradas, as vilas, as sedes municipais e

    reas de expanso. Todo esse territrio, somado, representa

    uma extenso de 600 mil hectares.

    O exrcito ainda questiona reservas indgenas na fronteira

    do Brasil com outros pases, o que dicultaria sua vigilncia,

    facilitando inuncias estrangeiras e criando problemas de

    soberania nacional.

    No incio de maro, a ONU (Organizao das Naes Unidas)

    acusou o Brasil de ter ignorado nos ltimos 12 meses todos os

    pedidos de esclarecimento feitos pela entidade sobre direitos

    dos indgenas, em resposta ao pedido de ajuda enviado pelos

    indgenas da Raposa Serra do Sol.

    Disponvel em: .Acesso em: 30 abr. 2011.

    Regionalismo brasileiro: Norte

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    14 Coleo Estudo

    03. (UFRJ2008) Atualmente, 20% da rea da Amazniabrasileira esto ocialmente protegidos por unidades deconservao (parques nacionais, orestas nacionais, reservasbiolgicas, reservas extrativistas, etc.), o que corresponde acerca de um milho de km2. Mesmo com o monitoramentopor imagens de satlite da regio (Sivam), a proteo efetivadessas reas ainda enfrenta inmeros desaos.

    Amrica do Sul

    Unidade de ConservaoEstadual

    Unidade de ConservaoFederal

    0 110 220 330 440 550 k m

    Hidrografia principal

    Estados

    Bioma Amaznia

    Estados fora da Amaznia

    PERUBOLVIA

    COLMBIA GUIANA

    Pases de fronteira

    Oceanos

    SURINAME

    GUIANAFRANCESA

    VENEZUELA

    OCEANOATLNTICO

    AM

    ROMT

    TO

    PA

    RR AP

    AC

    AM

    ROMT

    TO

    PA

    RR AP

    AC

    MAMA

    A) INDIQUE dois elementos, associados ocupaoda Regio Amaznica, que ameaam as unidades deconservao.

    B) EXPLIQUEpor que a scalizao das unidades deconservao mais difcil na Amaznia do que emoutras regies do pas.

    04. (UNIFESP2009) A Amaznia brasileira possui atributosfsicos que a individualizam no territrio brasileiro e atornam atraente a investimentos externos.

    A) APONTEe DESCREVAas caractersticas fsicas quea tornam um importante reservatrio hdrico.

    B) APONTEe COMENTEdois usos da gua na Amazniacontempornea relacionados ao capital internacional.

    05. (UFC2009) A organizao do espao geogrfico daAmaznia no sculo XX reete uma histria de violncia,conitos e lutas. Sobre os processos que se desenvolveramnesse perodo na regio, CORRETOarmar que

    A) a participao de grupos transnacionais com pesquisas

    na Amaznia est relacionada ao processo deinternacionalizao da regio.

    B) o Banco da Amaznia e a Sudam impediram aAmaznia Legal de ser transformada em cenrio deinvestimentos com recursos privados.

    C) a distribuio de terras para trabalhadores ruraisna regio foi acompanhada da implantao deinfraestrutura de servios, como hospitais e escolas.

    D) os projetos econmicos implantados na regioasseguraram s populaes indgenas e ribeirinhasboas condies econmicas, sociais e polticas.

    E) as rodovias Belm-Braslia e Transamaznicareduziram as migraes e a especulao fundiria queantes retalharam a regio em imensos latifndios.

    EXERCCIOS PROPOSTOS

    01. (Mackenzie-SP2009) No mapa, a rea destacada se refere

    0 300 km

    VENEZUELA

    B R A S I L

    GUIANA

    AM

    RR

    PA

    Boa Vista

    Uiramut

    PacaraimaNormandia

    Uiramut

    PacaraimaNormandia

    N

    A) demarcao do Projeto Calha Norte, rea delitgio entre Brasil e Venezuela por essa regio, que

    defendem, respectivamente, as reservas indgenasdos ndios Pataxs e os madeireiros venezuelanos.

    B) demarcao do Projeto Jar, rea de disputa entrea reserva indgena dos Ianommis e as indstriasextrativas e mineradoras.

    C) demarcao da reserva indgena Raposa Serra doSol, regio de tenso entre populaes indgenas earrozeiros que ocupam a rea desde a dcada de 1970.

    D) criao da ltima fronteira agrcola da Amaznia,no extremo norte do pas, dentro da poltica de

    descentralizao econmica, estimulando a recenteimplantao da rizicultura.

    E) criao de uma regio para a efetivao deassentamentos rurais, com o objetivo de apaziguaras tenses entre posseiros e grileiros da regio.

    02. (UFMG) Analise estes mapas:

    Evoluo do antropismo naAmaznia Legal brasileira

    Rederodoviria

    Divisointerestadual

    Redehidrogrfica

    rea com forteatuao antrpica

    Boa Vista

    Manaus

    MacapBelm

    Palmas

    Cuiab

    PortoVelho

    RioBranco

    Boa Vista

    Manaus

    MacapBelm

    Palmas

    Cuiab

    PortoVelho

    RioBranco

    0

    70 46

    160 200 km

    1976

    N

    Frente A Mdulo 21

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    15Editora Bernoulli

    Rederodoviria

    Divisointerestadual

    Redehidrogrfica

    rea com forteatuao antrpica

    Boa Vista

    Manaus

    MacapBelm

    Palmas

    Cuiab

    PortoVelho

    RioBranco

    Boa Vista

    Manaus

    MacapBelm

    Palmas

    Cuiab

    PortoVelho

    RioBranco

    0

    70 46

    160 200 km

    2000

    N

    Fonte:IBGE.Atlas Geogrfico Escolar.

    Rio de Janeiro, 2002. p. 110-111 (Adaptao).

    A partir da anlise desses mapas e considerando-se

    outros conhecimentos sobre o assunto, INCORRETOarmar que

    A) a evoluo do antropismo, representada nos doismapas, parte da borda da floresta equatorial,cumprindo as recomendaes de desenvolvimentosustentvel e de explorao, como proposto naAgenda 21, da ONU.

    B) os eixos rodovirios com sentido longitudinal

    constituram importantes vias de integrao da regio poro Centro-Sul do Pas, mas deram incio aodesmatamento do espao em que se implantaram.

    C) a expanso das atividades humanas na poro orientaldo espao representado resulta, em grande parte,de interesses estrangeiros na explorao dasprovncias minerais da regio.

    D) o antropismo evoluiu rumo Amaznia Ocidentalpela concretizao das metas do Plano de IntegraoNacional PIN, que associava a integrao daregio com a redistribuio da populao do SertoNordestino.

    03. (UFAM2011) Considerando as redes de transportee os processos de produo do espao na Amaznia, CORRETOarmar que:

    A) dentre os rios navegveis, o Amazonas / Solimes e

    o Madeira, apresentam balizas e sinalizao que oscaracterizam como hidrovias.

    B) a malha area regional complementa a redehidroviria somente nas cidades localizadas na rea

    do Projeto Calha Norte.

    C) a rede rodoviria feita pelo Governo Federal se revelacada vez mais ecaz e substitui, progressivamente,o transporte hidrovirio.

    D) os espaos esto cada vez mais integrados devidos complexas redes de ferrovias construdas pelosprojetos de extrao mineral.

    E) o moderno sistema rodovirio vem integrando, comecincia, a regio ao restante do pas, alm depotencializar sua condio de celeiro agrcola nacional.

    04. (Unicamp-SP2009) Os mapas A e B representam parte doterritrio nacional, com delimitao de rea segundo doisimportantes elementos para estudo do espao brasileiro.

    Mapa B

    RRAP

    AM

    ROAC

    PA MA

    TO

    MT

    Mapa A

    RRAP

    AM

    ROAC

    PA MA

    TO

    MT

    1 000500 500250

    km

    Projeo Geogrfica

    N

    A) IDENTIFIQUEa que se referem, respectivamente,as reas representadas nos mapas A e B.

    B) Quais os principais problemas ambientais da atualidadevericados na regio? Que tecnologia geogrca vemsendo empregada para o monitoramento dessa

    regio?

    05. (UEM-PR2007) A adequao dos meios de transportedepende da infraestrutura de vias de circulao, do tempogasto e dos custos. Considerando os meios de transportehidrovirio e rodovirio, INDIQUEe JUSTIFIQUEqualo mais adequado regio Norte do pas, considerandoas caractersticas naturais e de infraestrutura da regio.

    06. (UFMG2006) Analise esta figura, em que estrepresentado um dos processos responsveis pelo

    desmatamento da Amaznia:

    Fonte:PERES, L.; COUTINHO, L. O paraso cercado e ameaado.Veja, 25 fev. 2004, p. 65 (Adaptao).

    Regionalismo brasileiro: Norte

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    16 Coleo Estudo

    08. (G12008) Sobre a regio Norte do Brasil, assinale aalternativa INCORRETA.

    A) Possui amplas reas de solo frtil, onde o

    desenvolvimento agrcola possvel e deve ser

    estimulado. Possui ainda uma moderna rede de

    rodovias que permitiriam o escoamento da produo.

    B) Regio de extremos contrastes, que acumula grandes

    riquezas naturais, mas a sociedade brasileira ainda

    no encontrou uma forma organizada e justa de

    explor-las de maneira ambientalmente responsvel.

    C) Seu ambiente fluvial muito utilizado para o

    transporte de cargas e pessoas, e ainda serve

    como importante fonte de recursos alimentares

    proporcionados pela pesca.

    D) Apesar de possuir um relevo, em geral, de pouca

    declividade, apresenta locais com altitudes mais

    elevadas, como o Planalto das Guianas, onde se

    encontra o ponto mais alto no Brasil, o Pico da Neblina.E) A populao de origem indgena constitui um

    importante perl no quadro demogrco da regio.

    09. (FGV2010)A polmica em torno da construo da Usinade Belo Monte, na Bacia do Rio Xingu, em sua parte

    paraense, j dura mais de 20 anos. Entre muitas idas e

    vindas, a Hidreltrica de Belo Monte, hoje considerada a

    maior obra do Programa de Acelerao do Crescimento

    (PAC) do Governo Federal, vem sendo alvo de intensos

    debates na regio, desde 2009, quando foi apresentado o

    novo Estudo de Impacto Ambiental (EIA), intensicando-se

    a partir de fevereiro de 2010, quando o MMA concedeu alicena ambiental prvia para sua construo.

    Fonte:Instituto Socioambiental, especial Belo Monte.Disponvel em:.

    Acesso em: 13 abr. 2010.

    Sobre essa polmica, assinale a alternativa CORRETA.

    A) A Usina de Belo Monte foi projetada para suprir a

    demanda energtica do Par, em expanso devido ao

    crescimento dos polos mineral, metalrgico e qumico

    do estado.

    B) A Usina de Belo Monte ser construda nas

    proximidades de Altamira (PA) e seu entorno foipreviamente desmatado, de forma a minimizar o

    impacto ambiental do empreendimento.

    C) A Usina de Belo Monte foi projetada para ser a terceira

    maior usina hidreltrica do mundo, com 11 mil MW

    de potncia instalada; porm a produo de energia

    dever sofrer grandes oscilaes, com picos no

    perodo das chuvas.

    D) As comunidades locais, principalmente agricultores

    ribeirinhos e povos indgenas, so majoritariamente

    favorveis usina, devido ao seu potencial de gerao

    de empregos e de crescimento econmico.

    Com base nas informaes dessa gura, INCORRETO

    armar que

    A) o desmatamento da Amaznia vem ocorrendo em

    bases racionais, o que implica o corte seletivo de

    espcies de maior valor econmico.

    B) a introduo do cultivo de gros constitui a etapa naldo processo de desmatamento na fronteira agrcola

    sul.

    C) a sucesso temporal e espacial das atividades

    econmicas integra essa regio ao mercado mundial.

    D) as atividades econmicas que avanam sobre a

    oresta acarretam prejuzo ao patrimnio natural,

    embora atendam aos interesses do agronegcio.

    07. (UERJ2009)

    Crescimento do agronegcio

    22,421,7

    14,6

    13,0

    8,8

    6,3

    10%

    Brasil

    A

    mazniaLegal

    N

    orte

    Centro-Oeste

    N

    ordeste

    Sudeste

    S

    ul

    FOLHA DE S. PAULO, 01 jun. 2008.

    PIB da Amazna Legal cresce mais que o do pas

    O agronegcio avana e apontado por ambientalistas

    como a principal causa da devastao na Amaznia.

    Setores do governo e representantes de produtores

    rurais descartam a hiptese de recuo no agronegcio na

    Amaznia Legal e armam que a tendncia ser aumentar

    a produo em reas de orestas j abertas.

    ZERO HORA, 16 jun. 2008 (Adaptao).

    Diferentes critrios e objetivos podem orientar a diviso

    do espao geogrco em regies. Na Amaznia, uma

    variedade de parmetros tem sido empregada para essa

    diviso, o que pode gerar dvidas quanto ao recorte

    territorial de suas regionalizaes.

    DIFERENCIE o recorte territorial da regio Norte do

    recorte da Amaznia Legal. Em seguida, APONTE os

    dois principais produtos do agronegcio cuja expanso da

    produo representa um srio risco para o desmatamento

    na Amaznia.

    Frente A Mdulo 21

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    17Editora Bernoulli

    10. (UEAM2011) Leia o texto.

    A Amaznia o ltimo reduto de 60% das tribos indgenas

    atualmente existentes no Brasil. Para o homem do campo,

    sem terra, ela representa tambm a ltima fronteira.

    O deslocamento das frentes de expanso sobre a

    Amaznia intensica-se a partir de 1965.RIBEIRO, Berta. O ndio na Histria do Brasil, 1997.

    De acordo com o texto, as frentes de expanso geraram

    transformaes espaciais na Amaznia, caracterizadas pelo

    A) aumento das atividades industriais, sobretudo da

    indstria automobilstica.

    B) contnuo xodo rural, em consequncia de sucessivos

    perodos de seca.

    C) aumento da emigrao, causada pela falta de emprego

    nas frentes de expanso.

    D) aumento da atividade turstica, devido s paisagenspitorescas e atrativas.

    E) surgimento do arco do desmatamento, com reas

    agrcolas ocupando terras antes cobertas por orestas

    e cerrados.

    11. (UEPB2009) As proposies a seguir retratam aspectosdas polticas territoriais da Amaznia. Analise-as

    e identique a resposta correta.

    I. No regime militar, nas condies de fronteira poltica,

    a Amaznia representava as bases para o exerccio

    do poder, como fronteira demogrfica para ser

    povoada pelo excedente populacional do Nordeste e

    Centro-Sul, e como fronteira do capital, para atrair

    investimentos agropecurios, minerais e industriais.

    II. Com a Sudam, as polticas territoriais da Amaznia

    norteavam-se pela meta geopoltica. O planejamento

    regional fundamentou-se num conceito distorcido

    de desenvolvimento que estimula a acumulao do

    capital e o uso predatrio dos recursos naturais,

    distorcendo tambm seu contedo social.

    III. A ocupao territorial contempornea da Amaznia

    no corrigiu a excluso social materializada nas

    periferias urbanas e os desastres sociais e ambientaisanteriores. O novo foco dever redenir o sentido de

    planejamento, priorizando o desenvolvimento social

    e a valorizao dos ecossistemas naturais.

    Est(o) CORRETA(S)

    A) apenas as proposies II e III.

    B) apenas as proposies I e II.

    C) apenas as proposies I e III.

    D) todas as proposies.

    E) apenas a proposio III.

    12. (PUC Minas2009) A figura ilustra um dos gravesproblemas na estrutura fundiria da Amaznia Brasileira,

    responsvel pela ocorrncia de inmeros conitos na

    regio, decorrente do processo de expropriao das

    populaes nativas de suas terras. Diante da gravidade

    da situao, o governo brasileiro, por meio do Incra,

    do Ministrio da Defesa e do Ministrio da Justia,

    pretende realizar um amplo cadastramento das

    propriedades rurais da regio.

    AMAZNIA 2025

    GET

    OUT!

    DANGERPRO

    PRIEDADE

    PARTICULAR

    PROIBIDAAENT

    RADA

    DEPESSOASE

    STRANHAS

    A questo abordada refere-se

    A) ocupao de terras por grandes empresas estatais

    como a Petrobras, em virtude da necessidade de

    explorao dos recursos naturais da rea.

    B) expanso dos garimpos ilegais, praticados por

    migrantes vindos das regies mais pobres do pas.

    C) desapropriao de terras para realizao de reforma

    agrria, assentando trabalhadores rurais vindos do

    Nordeste brasileiro.

    D) aquisio ilimitada de terras por estrangeiros, que pode

    levar a um arriscado processo de internacionalizao

    da Amaznia Brasileira.

    SEO ENEM

    01. (Enem2005) Observe as seguintes estratgias para aocupao da Amaznia brasileira.

    I. Desenvolvimento de infraestrutura do Projeto Calha

    Norte.

    II. Explorao mineral por meio do Projeto Ferro Carajs.

    III. Criao da Superintendncia para o Desenvolvimento

    da Amaznia.

    IV. Extrao do ltex durante o chamado Surto da

    Borracha.

    A ordenao desses elementos, desde o mais antigo ao

    mais recente, a seguinte:

    A) IV, III, II, I C) IV, II, I, III E) III, IV, I, II

    B) I, II, III, IV D) III, IV, II, I

    Regionalismo brasileiro: Norte

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    18 Coleo Estudo

    02. (Enem2009) Desde o incio da colonizao, a Amazniabrasileira tem sido alvo de ao sistemtica de extraode riquezas, que se congurou em diferentes modos

    de produo e de organizao social e poltica [...].Se a Amaznia dos rios foi o padro que marcou mais dequatro sculos de ocupao europeia, a coisa comea amudar de gura nas trs ltimas dcadas do sculo XX.

    SAYAGO, D.; TOURRAND, J. F.; BURSZTYN, M. (Org.).Amaznia: cenas e cenrios. Braslia: UnB, 2004.

    Entre as transformaes ocorridas na Amaznia brasileira,nas trs ltimas dcadas, destaca-se

    A) a estatizao das empresas privadas como garantiado monoplio da explorao dos recursos mineraispelo poder pblico.

    B) o interesse geopoltico de controle da fronteira,o que representou maior integrao da regio com orestante do pas, por meio da presena militar.

    C) a reorganizao do espao agrrio em minifndios,valorizando-se o desenvolvimento da agricultura

    familiar e o desenvolvimento das cidades.

    D) a modernizao tecnolgica do modo de produoagrcola para o aumento da produo da borracha eescoamento da produo pelas estradas.

    E) a implantao de zona franca nas fronteirasinternacionais, a exemplo da Guiana Francesa eVenezuela.

    04. A) A Amaznia brasileira caracteriza-se porconter um dos maiores reservatrios hdricos

    do mundo, no s em volume de gua como

    tambm em extenso. Tal quadro decorrebasicamente do clima, da vegetao e dorelevo local. O clima amaznico apresenta

    elevados ndices pluviomtricos ao longo detodo o ano, com pequenos perodos de seca.Parte dessa umidade tem origem no processo

    de evapotranspirao que ocorre na oresta.A associao entre os elevados ndicespluviomtricos da poro ocidental e a pequenadeclividade do relevo favorece uma distribuiomais extensiva da gua pelo territrio.

    B) A gua da Amaznia vem despertando ointeresse do capital internacional nas ltimas

    dcadas, em razo da demanda de outrossetores em que esse capital investe. Na reaenergtica, os investimentos ocorreram nagerao e transmisso, garantindo energiaeltrica para setores como o de produo

    de alumnio e minerao. J no setor detransporte hidrovirio, os investimentos

    centraram-se na infraestrutura para oescoamento de gros que se destinam aomercado internacional.

    05. A

    Propostos01. C 02. A 03. A

    04. A) O mapa (A) mostra a Regio Amaznicano Brasil, trata-se, portanto da rea de

    ocorrncia original da Floresta LatifoliadaEquatorial ou Mata Amaznica.

    O mapa (B) mostra a regio da Amaznia

    Legal, portanto a regio sobre a qual seaplica uma poltica de incentivos scais, como m de promover o seu desenvolvimentoeconmico.

    B) Os problemas ambientais da atualidade estorelacionados com o processo de desmatamento

    por meio da derrubada e queimada da mata.Entre as tecnologias geogrcas usadas parao monitoramento da regio, destaca-se a do

    sensoriamento remoto por meio de satlites eradares.

    05. Em funo da decincia das rodovias e da prpriadiculdade em constru-las, assim como a grandedisponibilidade hdrica, o meio mais adequadopara o transporte na regio o hidrovirio.

    06. A

    07. A regio Norte uma das cinco macrorregiesdo Brasil delimitadas pelo IBGE, que abrangeos estados do Acre, Amap, Amazonas, Par,

    Rondnia, Roraima e Tocantins. A Amaznia Legalabrange, alm da regio Norte, parte dos estadosdo Mato Grosso e do Maranho. Produtos: carnebovina e soja.

    08. A 09. C 10. E 11. D 12. D

    Seo Enem01. A 02. B

    GABARITO

    Fixao01. E

    02. A) Na dcada de 1970, o Estado passa a ter fortepresena na ocupao da regio Norte a partirdo Programa de Integrao Nacional (PIN) comprojetos econmicos e migraes dirigidas.O projeto Calha Norte, do Exrcito, implantadoa partir de 1985, visa a scalizao e integraoda fronteira norte-noroeste do Brasil, coibindocontrabando e garimpos clandestinos.

    B) O projeto Grande Carajs foi implantado paraviabilizar a explorao de uma das maioresjazidas minerais do mundo. Fazem parte doprojeto infraestrutura de transporte como aFerrovia Carajs, a construo da hidroeltricade Tucuru, e do Porto de Itaqui no Maranho,

    com grande participao do capital externo.03. A) Entre os elementos associados ocupao

    da regio amaznica que ameaam asunidades de conservao, temos: frentesmadeireiras, frentes de pecuria, frentesagrcolas, urbanizao e assentamentos(frentes de povoamento), estradas eatividades mineradoras.

    B) A scalizao das unidades de conservao mais difcil na Amaznia do que em outrasregies do pas em funo da extensoterritorial da regio e da diculdade decirculao de pessoas.

    Frente A Mdulo 21

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    FRENT

    19Editora Bernoulli

    MDULOGEOGRAFIA

    O Nordeste constitui a terceira maior regio do Brasil,abrangendo os estados do Maranho, Piau, Cear, Rio Grandedo Norte, Paraba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe e Bahia.

    Apresenta uma rea de 1 554 257 km2, o quecorresponde a 18,26% da rea total do pas. Sua populao mal distribuda e seu padro de vida inferior mdia nacional, constituindo-se em uma tradicional reade emigrao.

    a regio que apresenta a maior costa litornea do pas,com 3 338 km de praias. O estado com maior costa litornea a Bahia, com 932 km, e o com a menor o Piau, com 60 km.

    Diviso poltica

    Macei

    Recife

    Aracaju

    Teresina

    Braslia

    So Lus

    Salvador

    Fortaleza

    Joo Pessoa

    Natal

    -40 -30

    -10

    GO

    DF

    MG

    BAHIA

    ES

    PA

    MARANHO

    CEAR RIO GRANDEDO NORTE

    PARABA

    PERNAMBUCO

    ALAGOAS

    SERGIPE

    PIAU

    TO

    O C E A N O

    A T L N T I C O

    O C E A N OA T L N T I C O

    0 300 km

    N

    ArquiplagoFernando deNoronha

    Fonte:IBGE

    Caractersticas geogrcas

    rea (estimativa) 1 554 257,0 km2 (IBGE)

    Populao(estimativa) 53 078 137 habitantes (IBGE / 2010)

    Densidade 34,2 habitantes por km2(IBGE / 2010)

    PIB 13,1% do PIB nacional (IBGE / 2007)

    PIB per capita R$ 7 488 (IBGE / 2008)

    Expectativa de vida 70,4 anos (IBGE / 2009)

    Fonte:IBGE

    Zonas geogrficas Os quatro nordestes

    A regio Nordeste possui paisagens naturais muito

    diferentes, dando origem a reas com caractersticas

    econmicas e sociais diversicadas. Essa diversidade natural

    determinou, ento, um processo diferenciado de ocupao

    humana e de desenvolvimento econmico.

    Sub-regies e principais cidades

    N

    Zona da Mata (mido)

    Agreste (semimido)

    Principais cidades

    Serto (semirido) Meio-Norte mido

    Macei

    Recife

    Aracaju

    Teresina

    Imperatriz

    So Lus

    Salvador

    Fortaleza

    Joo Pessoa

    Natal

    BA

    MA

    CE

    RN

    PB

    PE

    ALSE

    PI

    O C E A N O

    Ilhus

    PortoSeguro

    Itabuna

    Crato

    Petrolina

    Juazeiro

    Caruaru

    CampinaGrande

    Feira deSantana

    Vitria daConquista

    Juazeirodo Norte

    Rio

    So

    Francis

    co ArapiracaMacei

    Recife

    Aracaju

    Teresina

    Imperatriz

    Braslia

    So Lus

    Salvador

    Fortaleza

    Joo Pessoa

    Natal

    -40 -30

    -10

    GO

    DF

    MG

    BA

    ES

    PA MA

    CE

    RN

    PB

    PE

    ALSE

    PI

    TO

    O C E A N O

    A T L N T I C O

    O C E A N O

    A T L N T I C O

    0 300 km

    Ilhus

    PortoSeguro

    Itabuna

    Crato

    Petrolina

    Juazeiro

    Caruaru

    CampinaGrande

    Feira deSantana

    Vitria daConquista

    Juazeirodo Norte

    Capitais

    Rio

    So

    Francis

    co

    semirido

    Arapiraca

    ANDRADE, Manoel Correia de.A terra e o homem no Nordeste, p. 21.

    Meio-Norte:compreende uma rea de transio queabrange o estado do Maranho e a poro oeste doestado do Piau. Como o prprio nome indica, umarea que possui muitas caractersticas da regio Norte,mas tambm do Serto semirido, caracterizando-se,por isso, como uma rea de transio. A Mata dos

    Cocais uma vegetao caracterstica da regio,

    Regionalismo brasileiro:Nordeste 22 A

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    20 Coleo Estudo

    em que se pode encontrar a palmeira-babau, da qual extrado o leo utilizado na fabricao de doces,cosmticos, margarinas, sabes e lubrificantes.Nessa rea, tambm pode ser encontrada a carnaba,da qual tudo se aproveita, denominada por essemotivo a rvore da providncia.

    A regio marcada pelas altas temperaturas mdias,que superam os 27 C. Essa faixa possui climaequatorial em sua poro oeste e semirido a leste,como demonstrado no mapa anterior. A regio cortada pelo Rio Parnaba, que possui 1 716 km deextenso e marca a divisa dos estados do Maranhoe do Piau.

    Serto: rea de domnio do clima semirido. Nosestados do Rio Grande do Norte e Cear, o Sertochega at o litoral. Mais ao sul, o serto alcana onorte de Minas Gerais, no Sudeste.

    caracterizado pela ocorrncia de chuvas irregularese escassas, sendo constantes os perodos de

    estiagem, o que prejudica, muitas vezes, a agriculturade subsistncia na regio.

    A vegetao tpica dessa sub-regio a caatinga.Os solos so rasos e pedregosos, e as atividadesagrcolas sofrem grande limitao. Nas partes maismidas, existem bosques de palmeiras.

    O Serto apresenta muitos rios temporrios, e o RioSo Francisco, que drena parte da regio, constituia nica fonte perene de gua para as populaesque habitam as suas margens. Nele, existem vriasrepresas e usinas hidreltricas, como a de Sobradinho,em Juazeiro, estado da Bahia, e a de Paulo Afonso,

    na divisa dos estados da Bahia e Pernambuco.A pecuria extensiva e o cultivo de algodo

    em grandes propriedades de terra com baixa

    produtividade so as bases da economia do Sertonordestino.

    Agreste:localizado no alto do Planalto da Borborema,constitui uma rea de transio entre a Zona daMata, regio mida e cheia de brejos, e o Sertosemirido. O planalto estende-se do sul da Bahiaat o Rio Grande do Norte e constitui um obstculonatural para a chegada das chuvas ao Serto.As terras mais midas (Zona da Mata) esto do ladoleste desse planalto, e as mais secas do lado oeste,

    ou seja, voltadas para o Serto. No Agreste,os terrenos mais frteis so ocupados por minifndios,onde predominam as culturas de subsistncia ea pecuria leiteira. O maior mercado consumidor doNordeste, a Zona da Mata, abastecida por produtosdesses minifundirios. No Agreste, localizam-secidades importantes como Caruaru e Campina Grande.

    Zona da Mata: a rea mais urbanizada e povoadae a que concentra o maior nmero de indstrias entreas sub-regies nordestinas. Localiza-se ao leste,entre o Planalto da Borborema e a costa litornea eestende-se do Rio Grande do Norte ao sul da Bahia,

    em uma faixa litornea de at 200 km de largura.

    Na Zona da Mata, as chuvas so abundantes. Possui

    clima tropical mido, com chuvas mais frequentes

    na poca do outono e do inverno, exceto no sul do

    estado da Bahia, onde se distribuem uniformemente

    por todo o ano. Devido s suas praias e ao seu clima

    quente, atrai muitos turistas de outras regies do

    Brasil e do exterior. O solo dessa rea frtil e avegetao natural a Mata Atlntica, que desde

    o incio da colonizao do pas est praticamente

    extinta e substituda por lavouras de cana-de-acar.

    O Polgono das SecasCriado em 1936 como rea prioritria de combate aos

    efeitos das secas no Nordeste, abrange praticamente todos

    os estados da regio, com exceo do Maranho e do litoral

    leste, chegando ao norte de Minas Gerais. Estima-se que

    1 510 municpios do Nordeste brasileiro foram atingidos

    pelas secas de 1979 a 1984 e de 1989 a 1990.

    Recentemente, no entanto, o Governo Federal comeou

    a implementar projetos que visam soluo denitiva do

    problema de convivncia do homem nordestino com a seca.

    O projeto ridos, nanciado pelo Banco Mundial, destaca-se

    entre os demais.

    A construo de audes e a distribuio de verbas aos

    prefeitos dos municpios atingidos fazem parte do combate

    tradicional s secas. Infelizmente, essas obras esto, muitas

    vezes, envolvidas em denncias de corrupo e desvio de

    dinheiro pblico.

    reas com dcit hdrico

    N

    Gravat

    Canhoba

    Tobias Barreto

    Feira de Santana

    Amargosa

    PoesVista Nova

    Rio Pardode Minas

    Salinas

    BocaivaPirapora

    Barra

    GilbusRio

    SoFranc

    isco

    Rio

    S

    oFran

    cisco

    Macei

    Recife

    Aracaju

    Teresina

    So Lus

    Salvador

    Fortaleza

    Joo Pessoa

    Natal

    BA

    MACE RN

    PB

    PE

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    PI

    Gravat

    CanhobaTobias Barreto

    Feira de Santana

    Amargosa

    PoesVista Nova

    Rio Pardode Minas

    Salinas

    BocaivaPirapora

    Barra

    GilbusRio

    SoFranc

    isco

    Rio

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    Polgono das Secas

    Macei

    Recife

    Aracaju

    Teresina

    Braslia

    So Lus

    Salvador

    Fortaleza

    Joo Pessoa

    Natal

    -40 -30

    -10

    GO

    DF

    MG

    BA

    ES

    PA

    MACE RN

    PB

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    TO

    O C E A N O

    A T L N T I C O

    O C E A N O

    A T L N T I C O

    0 300 km

    Outras cidadesCapitais

    rea com chuvas abaixo de 750 mm

    Fonte:IBGE

    Frente A Mdulo 22

  • 5/21/2018 Geografia 6.pdf

    21/116

    21Editora Bernoulli

    ASPECTOS HUMANOS EECONMICOS

    A economia nordestina, nos ltimos anos, vem se

    mostrando mais dinmica do que a mdia do pas.Isso ocorre, principalmente, devido ao impulso da indstria

    e do setor de servios e, ainda, concesso de benefcios

    scais pelos governos estaduais, com o objetivo de atrair

    investimentos para a regio.

    O Nordeste rico em recursos minerais, destacando-se

    o petrleo e o gs natural, produzidos na Bahia, em Sergipe

    e no Rio Grande do Norte. Essa regio a segunda maior

    produtora de petrleo do Brasil (atrs do Rio de Janeiro),

    e a maior no quesito extrao em terra, oriunda principalmente

    do Rio Grande do Norte. O gs natural tambm abundante

    no Nordeste e poder ser explorado por cerca de 120 anos.

    O leo negro explorado no litoral e na plataforma

    continental (as maiores bacias petrolferas esto situadas no

    mar) e processado na renaria Landulfo Alves, em Salvador,

    e no Polo Petroqumico de Camaari, ambos localizados

    no estado da Bahia. O Polo Petroqumico de Camaari

    iniciou suas operaes em 1978 e corresponde ao primeiro

    complexo petroqumico planejado do pas. Est localizado em

    um municpio de mesmo nome, a 35 quilmetros da capital

    do estado da Bahia, Salvador. Ele ocupa a posio de maior

    complexo industrial integrado do Hemisfrio Sul e conta com

    centenas de empresas qumicas, petroqumicas e de outros

    ramos de atividade, como indstrias automotiva, de celulose,de metalurgia de cobre, txtil, de bebidas e de servios.

    A instalao da Ford nessa regio consolidou a diversicao

    do complexo e assinalou sua perspectiva de integrao entre

    a indstria de bens de consumo e a indstria petrolfera.

    O Polo Petroqumico de Suape, erguido ao lado da Renaria

    Abreu e Lima no estado de Pernambuco, merece destaque

    tambm j que representa uma nova possibilidade de

    incentivo e fomento ao desenvolvimento regional.

    O turismo , sem dvida, uma das mais importantes

    atividades econmicas da regio, beneciado pela grande

    extenso de praias e pelas temperaturas elevadas o ano

    todo. O crescimento apresentado nos ltimos anos permite

    imaginar um futuro promissor para esse setor.

    A agricultura centraliza-se no cultivo de cana-de-acar,

    com Alagoas respondendo por mais da metade da produo

    do Nordeste. H alguns anos, teve incio o desenvolvimento

    de lavouras de fruticultura para exportao na rea do

    Vale do So Francisco onde h, inclusive, cultivo de uvas

    vinferas e no Vale do Au, a 200 km de Natal, no Rio

    Grande do Norte, estado que produz os melhores meles

    do pas.

    Perl da regio Nordeste

    Participao dos estados no Produto Interno Brutoda regio Nordeste* (em %) 2008

    Bahia30,6

    Maranho9,7 Piau

    4,2

    Cear15,1

    Rio Grandedo Norte

    6,4

    Paraba6,5

    Pernambuco17,7

    Alagoas4,9

    Sergipe4,9

    * A regio Nordeste contribui com 13,1% doProduto Interno Bruto brasileiro.

    * A regio Nordeste contribui com 13,1% do Produto Interno

    Bruto brasileiro.Fonte:IBGE

    Taxa de crescimento econmico dos estados(em %) 2008

    4,4Maranho

    8,8Piau

    8,5Cear

    4,5Rio Grande do Norte

    5,5Paraba

    5,3Pernambuco

    4,1Alagoas

    2,6Sergipe

    5,2Bahia

    0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

    Fonte:IBGE

    Taxa de mortalidade infantila cada mil nascidos vivos (taxa/ano)

    80

    75

    70

    65

    60

    55

    50

    45

    40

    35

    71,5

    65,3

    59,4

    53,6

    47,9

    43,840,9

    38,235,1

    1991

    1993

    1995

    1997

    1999

    2001

    2003

    2005

    2007

    30

    2009

    33,2

    Fonte:IBGE

    Regionalismo brasileiro: Nordeste

  • 5/21/2018 Geografia 6.pdf

    22/116

    22 Coleo Estudo

    Alfabetizao da populao residente acima de

    15 anos (em %) 2007

    No alfabetizados19,6

    Alfabetizados80,4

    Fonte:IBGE

    A criao e a atuao da Sudene

    A Superintendncia do Desenvolvimento do Nordeste(Sudene) foi criada durante o governo de Juscelino

    Kubitschek e idealizada pelo economista Celso Furtado.

    A Sudene uma entidade de fomento ao desenvolvimento

    econmico brasileiro, destinada a promover solues

    socioeconmicas para a regio Nordeste do Brasil,

    periodicamente afetada por estiagens e com populaes de

    baixo poder aquisitivo e baixa instruo.

    O principal objetivo do rgo era encontrar solues que

    permitissem a diminuio gradativa das desigualdades

    vericadas entre as regies geoeconmicas do Brasil. Para tal

    m, foram engendradas aes de grande impacto, tais comoa ocupao do Maranho, projetos de irrigao em reas

    afetadas por estiagens e o cultivo de plantas resistentes

    s secas.

    Durante a Ditadura Militar de 1964, a Sudene se distanciou

    de seus objetivos primordiais e passou a ser considerada uma

    entidade que, alm de no cumprir com suas obrigaes,

    era foco de corrupo. Por isso, aps uma sucesso de

    escndalos, a imprensa iniciou, em 1999, um debate sobre a

    continuidade do rgo. Dois anos depois, em 2001, Fernando

    Henrique Cardoso o extinguiu. Lula retomou as propostas

    de Juscelino e Furtado, e, nalmente, em 2007, o rgo foi

    recriado, com o nome de Agncia do Desenvolvimento do

    Nordeste (Adene).

    A Sudene atuou basicamente nos setores industrial,

    agropecurio e mineral, realizando obras e nanciando vrios

    projetos de desenvolvimento. Entretanto, o setor industrial

    foi o centro de atuao do rgo. Na poca, acreditava-se

    que a industrializao seria a base do desenvolvimento

    econmico de um pas ou de uma regio. Dessa forma,

    a reduo ou a iseno de impostos para as empresas

    que quisessem investir no Nordeste foi a frmula adotada

    pelo governo.

    Foram instaladas indstrias de diversos ramos, que

    atendiam aos mercados local, regional e nacional.

    As fbricas cuja produo se destinava ao prprio Nordeste

    eram basicamente produtoras de bens de consumo,

    como alimentos, calados e vesturio. As fbricas de

    bens intermedirios, que beneciavam matrias-primas

    como cloro, potssio e adubos para outras indstrias ou

    setores, atuavam nos mercados nacional e internacional.

    A grande caracterstica da industrializao do Nordeste,

    nesse momento, foi seu carter seletivo. Isso ocorreu de

    vrias formas:

    A regio produzia basicamente o que no era

    fabricado pelo Sudeste. Por isso, em vez de se voltar

    especicamente para o desenvolvimento econmico

    regional, a indstria foi o principal suporte da poltica

    de integrao nacional: tornar a economia nordestina

    complementar e, portanto, dependente do Centro-Sul

    do pas. A maior parte da produo da indstria

    incentivada destinava-se ao Sudeste, principalmente

    a So Paulo.

    J que Recife, Fortaleza e Salvador possuam

    melhor infraestrutura, como rede de transportes

    e fontes de energia, os investimentos ficaram

    concentrados nessas cidades. Foram desenvolvidos

    vrios projetos tambm no norte de Minas (regio

    de Montes Claros), em razo de sua maior

    proximidade com o eixo Rio-So Paulo. Paralelamente,

    os governos estaduais criaram distritos industriais,reas destinadas concentrao da atividade

    industrial, onde os impostos eram reduzidos ou

    eliminados. O Centro Industrial de Aratu foi criado

    na Bahia; em Pernambuco, os distritos industriais

    de Cabo, Jaboato e Paulista; na Paraba, o distrito

    de Gramame.

    AgriculturaA Superintendncia do Desenvolvimento do Nordeste

    (Sudene), paralelamente ao investimento em infraestrutura,

    ao incentivo industrial e criao de empregos, tambmteve por objetivo a implantao e a modernizao da

    agricultura regional.

    A poltica agrcola da Sudene fazia parte do grande projeto

    nacional de expandir os cultivos comerciais, de ampliar

    a produo e de destin-la principalmente ao mercado

    externo ou aos consumidores de maior poder aquisitivo da

    prpria regio e do Centro-Sul do pas. Por isso, no houve

    preocupao em ampliar as reas de cultivo de produtos

    alimentares para consumo da populao local, voltadas

    para a subsistncia.

    Frente A Mdulo 22

  • 5/21/2018 Geografia 6.pdf

    23/116

    23Editora Bernoulli

    Focos de modernizao criados pelos investimentos emirrigao em reas do Serto tm sido bastante valorizadosnos ltimos anos como soluo para muitos problemasnordestinos. Essas reas tm sido beneficiadas porinvestimentos tanto na modernizao direta da agriculturaquanto na rea de pesquisa de solos, adaptao de cultivos,

    uso de defensivos agrcolas, alm da irrigao.Devido modernizao, reas onde antes havia apenas

    caatinga e pobres lavouras de subsistncia esto atualmentecobertas por plantaes de frutas, como melo, melancia,laranja, manga e uva. O principal produto agrcola da regio a cana-de-acar, produzida ao longo de uma faixa comdezenas de quilmetros de largura, formando um verdadeiromar verde em Alagoas, em Pernambuco e na Paraba. importante tambm destacar, alm dos j mencionados,os plantios de algodo (Cear, Paraba e Rio Grande do

    Norte), tabaco (Bahia), caju (Paraba e Cear), uvas nas,manga, melo, acerola e outros frutos para consumo interno e

    para exportao. Tambm se destacam a produo de feijo,em Irec, e de soja, em Barreiras, Bahia.

    Nos anos 1970, o Complexo Agroindustrial de Petrolina eJuazeiro foi criado e, atualmente, estende-se por mais de50 mil hectares de terras semiridas. So cultivados produtosagrcolas (frutas e hortalias) de alto valor comercial, queatraram para a regio empresas nacionais e estrangeiras

    de diversos ramos, como o de processamento de alimentos,

    de bens de capital, de embalagens, de fertilizantes e raes,de equipamentos de irrigao, etc.

    A barragem de Sobradinho, localizada no Rio SoFrancisco, a principal fonte de captao de gua do polo.

    O Complexo de Petrolina e Juazeiro tem obtido expressivosresultados com a exportao especialmente de frutas, comomanga e uva, atravs da irrigao e da fertilizao dos solos.No Rio Grande do Norte, o polo de fruticultura do Vale do Aue de Mossor desenvolveu-se sob o comando de empresasque se especializaram na exportao.

    Vrios so os fatores que distinguem o tipo de produodos polos em relao quela obtida na maioria das reastradicionais de cultivo de cana-de-acar e de algodo e nasregies de pecuria:

    Grande investimento em pesquisa e em tecnologia.

    Relaes mais amplas com os mercados nacional einternacional.

    Utilizao de mo de obra pouco qualicada, masregularizada quanto legislao trabalhista.

    Apesar de se acreditar que a seca prejudicial,h empresrios e tcnicos envolvidos em projetosagroindustriais no semirido que veem a falta de chuva comoum elemento positivo para a modernizao da economianordestina. Isso acontece porque, sem a chuva, eles podemcontrolar as condies de umidade para obter os melhoresresultados. Graas irrigao, possvel fornecer guas plantas no momento certo e na quantidade adequada.

    No entanto, esses projetos esto restritos a grandes e

    mdios proprietrios de terra, que podem investir capitalnos cultivos de exportao. Alm disso, sua produo estvoltada para consumidores de alto poder aquisitivo e nopara a maioria da populao sertaneja. Apesar dessesaspectos, podem-se destacar alguns fatores positivos nessesempreendimentos:

    A criao de empregos;

    O estmulo ao desenvolvimento de pequenas e mdiasempresas, como as de embalagens;

    O cumprimento das leis trabalhistas; esse aspecto particularmente importante numa regio em queexistem milhes de trabalhadores sem registro em

    carteira prossional.

    PecuriaNo Nordeste, cria-se principalmente rebanho bovino para

    corte, ou seja, destinado ao aproveitamento da carne.O maior rebanho da regio est na Bahia, embora Pernambuco

    e Cear tambm se destaquem. O rebanho que mais se adaptaao clima do Serto o caprino, pois o mais resistente. Almdisso, este tem grande importncia regional, j que fornececouro, leite e carne. Nas localidades do Agreste, as feiras degado so comuns. Foram elas que deram origem a cidadescomo Campina Grande, Feira de Santana, etc.

    Uso da terra

    Braslia

    -40 -30

    -10

    GO

    DF

    MG

    BA

    ES

    PA

    MA

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    RN

    PB

    PE

    AL

    SE

    PI

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    O C E A N O

    A T L N T I C O

    O C E A N O

    A T L N T I C O

    0 300 km

    N

    RioS

    oFr

    ancisco

    rea de pequenas lavouras comerciais e de subsistncia

    rea agrria extrativa

    rea de lavouras comerciais

    rea de policultura e criao

    rea de pecuria extensiva

    Extrativismo vegetal

    CarnabaBabau

    RebanhoBovino

    Ovino

    Suno

    Caprino

    Lavoura

    Cana Mandioca

    SojaCacau

    Frutas

    Caju

    Sisal

    Milho

    Tabaco

    Algodo

    Arroz

    Feijo

    Agropecuria regional

    N

    Fonte:IBGE.Atlas Nacional do Brasil, 2007 (Adaptao).

    Regionalismo brasileiro: Nordeste

  • 5/21/2018 Geografia 6.pdf

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    24 Coleo Estudo

    Recursos minerais e energticosO Nordeste responsvel pela produo de cerca de 95% do

    sal marinho consumido no Brasil. Outro destaque a produo

    de gesso no estado de Pernambuco, que responde por 95%

    da produo total brasileira. A gipsita a matria-prima para

    a fabricao desse material, utilizado como revestimentoe isolante. Essa regio possui tambm jazidas de granito,

    de pedras preciosas e semipreciosas. Existem ainda reservas

    de magnesita, utilizada para fabricar tijolos refratrios;

    de sal-gema, do qu