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    MATERIAL DIDÁTICO

    CURRÍCULO E PROGRAMAS

    U N I V E R S I D A D E

    CANDIDO MENDES

     CREDENCIADA JUNTO AO MEC PELAPORTARIA Nº 1.282 DO DIA 26/10/2010

    Impressão

    e

    Editoração

    0800 283 8380

    www.ucamprominas.com.br

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    SUMÁRIO

    INTRODUÇÃO ............................................................................................................ 3 

    UNIDADE 1 - OS FUNDAMENTOS DO CURRÍCULO ............................................... 5 

    UNIDADE 2  – CURRÍCULO, HISTÓRICO E A ABORDAGEM SOCIAL ................. 12 

    UNIDADE 3 - AS PERSPECTIVAS E ELABORAÇÃO DO PROCESSO

    CURRICULAR PAUTADO NOS PROGRAMAS EDUCACIONAIS .......................... 31 

    3.1 O processo de construção do currículo ............................................................... 33 3.2 Objetivos e propósitos para o currículo: uma discussão necessária ................. 44 

    REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 48 

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    INTRODUÇÃO

    Inicialmente, é importante destacar que este material tem como objetivo

    discutir assuntos relativos ao processo de formação que envolve a qualificação e

    transformação do seu olhar para preceitos que envolvem a formação educacional e,

    nesse sentido, gostaríamos de lhe parabenizar por ter feito a opção pela Educação

    como um ideal de vida.

    Ora, reconhecer a educação como ideal de vida, pode ser uma expressão

    forte, mas é nesse aspecto que acreditamos e esperamos que você possa se

    engajar, pois devemos acreditar que o ser educador não é uma profissão como as

    outras. Ser educador é poder transformar potencialidades em oportunidades

    concretas de vida. É, acima de tudo, ensinar e aprender a sonhar, a ter um grande

    ideal para conquistar. É nesse espírito de envolvimento e de luta pela educação que

    este material reflexivo se apoia.

    Assim, os parabéns também são dados, por ter escolhido esta belíssima

    profissão! Pelo curso que você está inserido(a) e, fundamentalmente, pelo

    comprometimento com a futura formação de cidadãos, e que a sua mediação de

    saberes possa ser consciente e responsável. E, por fim, saudações, por acreditarque é pela “educação” que poderemos, em conjunto com outros educadores, com

    uma corrente do bem, revolucionar as mentes e os corações em busca de um País

    mais fraterno e humano! É essa a objetividade e compromisso da Educação: a

    possibilidade de humanização dos seres humanos.

    Com o intuito de oferecer, a você, o suporte reflexivo necessário para a

    continuidade nos seus estudos, e compreender como que processa os fundamentos

    curriculares, apoiando-o(a) no exercício da sua profissão, com as devidascompreensões sobre os conteúdos que serão desenvolvidos, é importante que leia

    atentamente, reflita e compreenda os objetivos desta disciplina, que são:

     identificar diferentes concepções de currículo, estabelecendo relações com

    o contexto sócio-histórico;

     construir um conceito crítico para o termo Currículo, a partir do estudo e da

    análise de diferentes concepções;

      identificar a evolução histórica do significado de Currículo;

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      explicitar diferentes perspectivas de Currículo, identificando as relações

    existentes entre a escola e o sistema capitalista;

      identificar conflitos, lutas de interesses e relações de poder presentes na

    definição e na implementação do currículo nas escolas;

      analisar a relação currículo e sociedade como uma relação contraditória.

    Faz-se necessário, avisá-lo(a) que as discussões aqui travadas serão

    significativas para sua trajetória pelos caminhos da prática educativa, pois propõe a

    reflexão da organização curricular da escola, tendo por base concepções teóricas

    bem fundamentadas, bem como as diretrizes e os parâmetros legais do sistema

    educacional brasileiro. Fica, portanto, o convite para que possa embarcar nessa

    viagem do conhecimento, que não será só de prazer, uma vez que exigirá esforçodo pensar, do pesquisar para articular ideias, sair do lugar-comum e

    construir/desconstruir concepções e saberes. Espera-se que a proposta de trabalho,

    aqui desenvolvida, possa transformar nossas potencialidades em práticas

    pedagógicas significativas e realizadoras de sonhos! Bom trabalho para nós!

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    UNIDADE 1 - OS FUNDAMENTOS DO CURRÍCULO

    Os objetivos específicos desta unidade são:

      identificar os processos que sustentam o currículo como fundamentodas bases formativas;

      identificar os princípios e critérios que direcionam a seleção e a

    organização dos conteúdos curriculares das unidades de ensino.

    Na sua trajetória interativa, seja na vida pessoal, profissional ou mesmo

    escolar, você deve ter se deparado com diferentes opiniões, seja de familiares, pais,

    professores, técnicos educacionais, alunos, entre outros, sobre a estruturaçãoadministrativa e pedagógica, relacionadas com as condutas pedagógicas, as normas

    de condução dos processos escolares, e, principalmente, sobre a estrutura

    curricular.

    O que mais tem gerado discussões nos meios educacionais é a fragilidade

    dos processos escolares e a incapacidade, relacionado às questões metodológicas

    e aos princípios formativos, de dar continuidade ao seu trabalho e contribuir de

    forma significativa para a melhoria dos aspectos educacionais da população, comoum todo.

    O segmento educacional está estagnado, mesmo com tanta tecnologia sendo

    desenvolvida, a frações de segundos, a escola, aparentemente, permanece a

    mesma. Assim, o nosso objetivo é despertar em você uma reflexão para a

    necessidade de luta, pois o currículo e os programas difundidos pelos sistemas de

    ensino, sempre foi considerado, por diversos pensadores da área, como um campo

    de lutas e uma arena de conflitos. Existe, no meio educacional uma constante luta.

    Assim,

    Mas, é bom

    que paremos

    um pouco

    ara uma

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    VOCÊ SABE QUAL É A FUNÇÃO PRIMORDIAL DA EDUCAÇÃO?

    Não existe uma complexidade para responder a essa questão, isso é se

    pensarmos o processo teórico, mas na prática, esse conceito demanda uma atenção

    considerável, pois, teoricamente, dizemos que:

    Ora, você deve estar se perguntando: promover crescimento dos seres

    humanos? Essa ação não é natural?

    Bom, vamos ponderar:

    Ao se estabelecer as relações humanas, a vida em sociedade, o que surge é

    a necessidade de relacionamento entre os sujeitos, assim, com certeza, os conflitos,

    os embates de personalidade, modo de ser, de viver, de conceber os critérios demundo, se diverge, dando lugar para o surgimento de outras necessidades,

    principalmente:

    Esse crescimento educativo, percebemos que são verbos de ações que nos

    remete a mobilizações, sobretudo, de decidir as ações pedagógicas mais adequadas

    para promover o aspecto educativo.

    Sua finalidade primordial é

    promover o crescimento dos seres

    humanos. 

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    Enfim, o que estamos querendo enfatizar é que essa complexidade se dá

    efetivamente quando estabelecemos as práticas educativas para estabelecer as

    condutas dessa formação, e que essa prática se estabelece em um campo

    envolvendo variados fatores, dentre eles, o estabelecimento de procedimentos,normas, estruturas, organizações, tanto de espaço como de tempo, dentre outros

    fatores, que ao se juntar, formarão o que chamamos de currículo.

    Assim, faz-se necessário comentar que basicamente o que ocorre é uma

     junção de fatores que levará a prática que fundamentará como resultado, um

    processo de desenvolvimento, em grande parte interno à pessoa, e os que o

    concebem mais como o resultado de um processo de aprendizagem, em grande

    parte externo à pessoa.Mas,  a tudo isso que comentamos até agora, terá aspectos positivos se

    transformados em atividades educativas, e que essas sejam escolares, e que

    possam corresponder à ideia de que existem certos aspectos do crescimento

    pessoal, considerados importantes no âmbito da cultura do grupo, que não poderão

    ser realizados satisfatoriamente ou que não ocorrerão de forma alguma, a menos

    que seja fornecida uma ajuda específica. Bom, mas é de suma importância que você

    compreenda e veja que essa ajuda será expressa e exercida, por meio de atividadesde ensino, especialmente pensadas para esse fim. São atividades que

    correspondem a uma finalidade e são executadas de acordo com um plano de ação

    determinado e estão a serviço de um projeto educacional.

    Mas, enfim...

    Viu como écomplexo, na

    prática?

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    Mas, ponderando sobre o que está registrada na imagem acima, podemos

    complementar considerando que:

    Devemos reconhecer que toda essa discussão, ou seja, obter um ideal de

    formação educacional, essa é a nossa intenção, direcionar o seu olhar para as

    questões que envolvem a formação ideal de uma determinada sociedade. Portanto,

    o currículo é considerado um campo de luta, como já abordamos acima, e é nessa

    arena de conflitos, que as lutas se apresentam como uma constância, que pode

    estar ocorrendo no interior tanto dos debates acadêmicos como de órgãos oficiais

    responsáveis pelas definições relativas aos currículos para a rede de ensino público,

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    ou mesmo no interior da escola. Em todos esses níveis existem concepções e

    posições diferentes sobre esses assuntos, cujos defensores lutam para que sejam

    aceitas e legitimadas. Em consequência, os defensores das várias correntes estão

    sempre buscando mecanismos e estratégias para que suas ideias prevaleçam.

    Mas, em suma, é importante que você identifique que a nossa intenção é

    fazer com que você compreenda que o currículo é um campo de contestação, e o

    fato de haver muitas divergências, nos leva a opções e construções de conduções

    educacionais das mais diversas, pois os vários autores escolares pensam o

    caminhar do currículo dentro das suas teorias e concepções, assim podemos

    destacar que existem:

      aqueles que são atraídos pelas novas ideias que circulam nesse campo, e,por isso, defendem maneiras de organização do currículo que rompem

    com as tradições;

      outros resistem às mudanças propostas, argumentando que as inovações

    no campo do currículo têm contribuído para a queda da qualidade do

    ensino;

      outros, ainda, defendem posições intermediárias, baseados na ideia de

    que os currículos escolares devem ser renovados, introduzindo novaspropostas para as questões que apresentam dificuldades pedagógicas

    Essas visões diferenciadas sobre o

    currículo se sustentam em

    concepções também distintas sobre a

    educação e sobre o papel da escola, o

    que está diretamente relacionado com

    posições sobre os rumos do

    desenvolvimento social, econômico e

    político do País.

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    combinadas com práticas consideradas mais tradicionais, mas vistas como

    bem sucedidas.

    Dentre esses três tipos de concepções, o grupo que defende a mescla, ou

    seja, a junção de novas práticas como as que historicamente deram certo, fazem

    uma crítica às formas pelas quais as políticas públicas voltadas para a orientação

    das concepções educacionais vêm sendo propostas e encaminhadas na educação,

    atualmente.

    Assim, conhecer e saber opinar sobre as estruturas curriculares, suas

    concepções e conduções educacionais, faz toda uma diferença no modo de conduzir

    os aspectos que envolvem a formação das novas gerações, bem como de seostentar defesas e ideias sobre os modos de estruturas curriculares.

    Outro fator importante no que se refere à estrutura curricular ganha força

    quando a grande comunidade acadêmica para e reflete sobre:

    Para responder a essa questão, podemos recorrer à Kliebard (1992), que

    sustenta que isso se dá a determinados fatos sociais ou eventos políticos que

    tornam plausíveis, ou não, certas propostas colocadas em confronto. Podemos

    interpretar essa explicação, compreendendo que uma grande parcela do que se

    compreende, hoje, por currículo vem sendo construída há muito tempo, e que a cada

    momento histórico uma determinada concepção de currículo ganha força, motivada

    por diversos fatores sociais. Podemos exemplificar com as seguintes práticas:

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    Então, é bom que você reflita sobre essa possibilidade, pois a vitória de uma

    determinada concepção de uma das classes sociais tem como resultado a derrota

    de outras, e sabemos que sempre o vencido em uma determinada disputa de ideias,

    quase sempre, se posiciona criticamente ao vencido. Isso pode ser uma das

     justificativas de determinadas propostas curriculares terem vidas curtas, uma vez

    que terminam por serem constantemente “bombardeadas”  pelas críticas dos

    opositores, aqueles que foram vencidos pelos seus ideais, e não somente pelas

    concepções que defendem.

    No entanto, nessas situações, uma proposta que vence conseguirá perpetuar

    as suas concepções, até o momento que o grupo, que a defende, for organizado ao

    ponto de terem capacidade de dialogar democraticamente, e que forem abertos a

    criticas e novas ideias. Se tais posturas não forem mantidas, a tendência é perder a

    liderança dos ideais e fracassar.Enfim, vamos ampliar nossas discussões, e na próxima unidade, veremos

    alguns pontos relativos às concepções construídas ao longo do tempo sobre as

    estruturas históricas do currículo. O convite se faz no sentido de chamá-lo(a) a entrar

    em um debate ampliado do que já estávamos comentando nesta unidade, e irmos

    em direção a um debate abordando a relação curricular na sociedade como uma

    relação contraditória, construída ao longo dos tempos e com estruturas históricas.

    Vamos em frente? Vamos ampliar nossas reflexões sobre o assunto?

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    UNIDADE 2  – CURRÍCULO, HISTÓRICO E A ABORDAGEMSOCIAL

    Os objetivos específicos desta unidade são: identificar diferentes concepções de currículo, estabelecendo

    relações com o contexto sócio-histórico;

      construir um conceito crítico para o termo Currículo, a partir do

    estudo e da análise de diferentes concepções;

     identificar a evolução histórica do significado de Currículo.

     explicitar diferentes perspectivas de Currículo, identificando as

    relações existentes entre a escola e o sistema capitalista; analisar a relação currículo e sociedade como uma relação

    contraditória.

    Afinal, o que significa esse termo e que importância ele possui em meu

    trabalho como profissional da educação? Ou mesmo, como professor(a) dos anos

    iniciais do Ensino Fundamental? Ou, ainda, como gestor de escola?

    Bom, essas perguntas você irá responder ao longo da nossa trajetória

    reflexiva, acredito que com o que já apresentamos como discussão, você tenha

    compreendido, alguns pontos, ou mesmo, tenha entendido o processo como um

    todo, pois não é difícil compreender o sentido geral sobre o conceitos que envolve o

    currículo.

    Mas, é bom que possa se perguntar sobre outras questões que envolvem a

    dinâmica do currículo, esperamos que outras perguntas surjam para

    compreendermos melhor o Currículo Escolar, que está envolto em uma

    Vamosiniciarfalando

    de“currículo”.Mas,aessa

    alturadasnossas

    discussões,vocêjádeve

    estarperguntando:Porque

    estudarcurrículo?

     

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    complexidade de elementos e fatores que ultrapassam o domínio técnico-

    pedagógico, caracterizando-o como um espaço conflitante e contraditório,

    influenciado e regido pelas relações capitalistas.

    O currículo escolar, entendido como a totalidade das experiências curriculares

    dentro das escolas, entendidos como a totalidade das experiências a que as

    crianças e os jovens são submetidos nas escolas, está no centro da experiência

    educacional. É a sessão ampla de todas as experiências, e não apenas a relação de

    temas a serem tratados.

    Compreenda, portanto que o currículo dentro de uma escola não é uma pedra

    inerte. As estruturas de um currículo se deve àquilo que se faz com o conteúdo,

    aquilo que se faz com as experiências escolares que estão ligadas ao contextosocial. É uma coisa de vida – produzida.

    Ora, as suas estruturas se fundamentam por meio das experiências

    escolares, que possuem como foco as relações estabelecidas dentro da escola,

    permeado, é claro, pelas políticas públicas, que gestam os processos educacionais,

    atuais, mas o currículo e suas dinâmicas, é o foco central para formar a criança e o

     jovem de uma determinada maneira, em aspectos gerais, relacionados com a

    possibilidade de progressão nos estudos, e ao mesmo tempo em que possibilita aformação particular dos alunos.

    Mas, é bom destacar, nesse contesto de discussão que em tempos atuais não

    é só o currículo que forma personalidades, mas sim, todo um conjunto de

    experiências sociais amplas, do qual o currículo escolar é uma parte. Talvez existam

    outras experiências mais importantes, perante as quais, o currículo escolar, inclusive

    fica alheio.

    Nesse contexto, faz-se necessário destacar que muitos problemas em relaçãoao currículo são decorrentes desse divórcio que existe entre as experiências

    proporcionadas pela escola e as experiências adquiridas fora da escola.

    Pois bem, o que estamos enfatizando é que o processo de modificação,

    elaboração ou implementação de currículo é sempre complexo e incessante, ou

    seja, é impossível elaborar uma proposta curricular definitiva. Ao iniciar-se o

    processo de implementação de uma proposta, já se faz necessário começar um

    processo de revisão do trabalho, procurando corrigir percursos e modificar aqueles

    aspectos que não estão funcionando bem.

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    Para avançarmos, é bom comentarmos que você precisa compreender com

    mais propriedade a dinâmica do currículo. Para tanto, algumas condições sãonecessárias e preponderantes de serem percebidas, principalmente as que se

    referem à existência de significados para a formação das novas gerações, mas

    acreditamos que isso tenha ficado claro para você. Assim, reconhecidamente,

    sabemos que os órgãos públicos quando elaboram novas propostas curriculares,

    utilizam-se das mais diversas estratégias para garantir a sua difusão e

    implementação, não perdendo de vista o que já foi comentado na unidade, anterior,

    sobre a defesa das concepções, daqueles que estão no poder.Nesse sentido, é importante comentar que quando uma escola elabora o seu

    currículo, procura-se garantir e criar mecanismos que possam fazer com que a

    realização do processo seja dinamizada, mas, é importante destacar também que

    qualquer proposta a ser implementada, apresenta problemas, inadequações,

    necessidade de adaptação diante dos imprevistos ou de fatores que não foram

    adequadamente considerados. Refletindo sobre essas considerações, é de suma

    importância que saibamos que toda e qualquer proposta precisa ser reajustada oureformulada durante sua implementação. Sendo comuns as resistências, como bem

    colocado acima.

    Portanto, compreenda que o currículo escolar é tratado, atualmente, como

    uma complexidade que se refere a todo o funcionamento da escola e como uma

    questão a ser discutida e pesquisada. Nesse sentido, se repensamos e

    reformulamos o currículo, simplesmente podemos mudar a escola. Portanto, é

    importante:

    Mas,vamosavançarumpoucomaisnasnossas

    reflexõessobreotema? 

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    São ações necessárias à formação do(a) professor(a), uma vez que o

    currículo não apenas socializa os educandos nos conhecimentos das diversas

    disciplinas, mas, sobretudo, que toda essa estrutura, traz em seu bojo os aspectos

    que levaram a formação das personalidades e subjetividades ao criar

    predisposições, sensibilidades e formas de raciocínio.

    Assim, você como profissional da educação, deverá, sem sombra de dúvida,

    estar atento a esses fatos aqui descrito. É preciso saber:

    São fatores que nesse contínuo de ações e reflexões, estruturaram por

    determinados caminhos, privilegiando certos tipos de conhecimentos e formas de

    ensinar, a reprodução das estruturas da vida social, na maioria das vezes injustas e

    marginalizadoras.

    O que se percebe na prática é que a forma como o(a) professor(a) encaminha

    o processo ensino-aprendizagem, suas opções acerca do conteúdo, do tempo, do

    espaço, dos materiais didáticos e as relações que estabelece com seus alunos estão

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    impregnados de concepções filosóficas, epistemológicas e psicopedagógicas,

    assumidas ou não, explícitas ou implícitas.

    Assim, a didática deixa de ser meramente um conjunto de metodologias e

    técnicas de ensino isoladas, para se constituir numa visão dialética que garanta ao

    educador e a educadora uma formação mais humana, na qual reconheça sua

    autonomia na busca de melhores caminhos para a construção de uma prática cada

    vez mais consciente e transformadora, fazendo da escola um espaço mais dinâmico

    onde as pessoas se vejam realmente incluídas e cresçam como seres humanos.

    Cabe à Didática, o estudo das relações entre o ensino e a aprendizagem e, ao

    estudá-las, não se pode isolar os fins pedagógicos dos fins sociais, lembrando-se de

    que um dos principais objetivos da Didática é problematizar, analisar, discutir ecriticar o seu próprio objeto do conhecimento, o processo de ensino, para possibilitar

    os avanços na aprendizagem. De todos os estudos indispensáveis à formação

    teórica e prática dos professores, esse currículo, em conjunto com os processos

    didáticos, metodológicos ocupa um lugar especial.

    Ora, você não poderá perder de vista que a formação escolar, ou melhor, a

    objetividade essencial da educação, consiste em dirigir, organizar, orientar eestimular a aprendizagem dos alunos. Todos os saberes pedagógicos gerais se

    mobilizam em função das ações educativas na escola, onde, de fato, as ideias se

    materializam e transformam indivíduos em seres humanizados.

    Nesse sentido, esse estudo tem um papel fundamental na formação do(a)

    professor(a), porque trata de questões de estruturação curricular nas escolas, não

    só com relação ao domínio técnico (como fazer), mas principalmente no que diz

    respeito às intrincadas relações, explícitas ou não, que acontecem no interior do

    processo pedagógico e que formam determinadas identidades de homem e de

    mundo.

    E,essaespecialidadeda

    educaçãosesustentanaideia

    dequeapráticaeducacional

    temcomoaatividadeessencial

    oprocessodeensino-

    aprendizagem.

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    Por fim...

      Que tipo de homem se deseja formar?

      Quais conhecimentos, experiências são importantes para viver nesta

    sociedade que aí está?

      Quais saberes os educandos trazem em suas experiências de vida?

      Que habilidades e competências a escola deve desenvolver nos

    educandos, considerando as peculiaridades deste novo tempo?

      Que conhecimentos são realmente necessários para provocar as

    transformações nas relações de domínio e submissão na sociedade?

    Pois bem, O currículo reflete a concepção de homem e de sociedade que sequer formar, o que definirá, entre outras, uma forma de organização do trabalho na

    escola, as posturas dos educadores, a seleção e a organização dos conteúdos, a

    metodologia de trabalho e o sistema de avaliação. O currículo é um importante

    elemento constitutivo da organização escolar. Implica a interação entre sujeitos que

    têm um mesmo objetivo e a opção por um referencial teórico que o sustente. É uma

    construção social do conhecimento, pressupondo a sistematização dos meios para

    que esta construção se efetive. O conhecimento escolar é dinâmico, portanto, naorganização curricular, é preciso considerar alguns pontos básicos:

      o currículo não é um instrumento neutro, mas ideológico;

      o currículo deve reduzir o isolamento entre as diferentes disciplinas, numa

    visão global;

      o currículo não pode ser separado do contexto social, uma vez que ele é

    historicamente situado e culturalmente determinado.

    Saibaqueocurrículodeve

    responderàsseguintes

    questões: 

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    Os atuais currículos escolares não refletem a constituição da sociedade que

    gira em torno das identidades mais diversas em termos de gênero, raça e cultura.

    Muitos interesses são excluídos do currículo ou estão distorcidos e representados a

    partir de uma única perspectiva. A saber:

    Essa estrutura política e econômica, a política neoliberal, que sustenta as

    estruturas educacionais, se estabelece em função da eficiência, da produtividade e

    do lucro. Então, existe todo um campo de luta em torno dos sistemas de ensino. Na

    verdade, uma batalha a ser empreendida em prol da constituição de um currículo

    que atenda à proposta de educação para a transformação e para a libertação de

    toda e qualquer condição de opressão.Mas, para que possamos compreender de forma geral, em que se pautam as

    relações entre a estruturação curricular, a formatação dos processos Neoliberais e a

    condução educacional, é importante conhecer as seguintes características:

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    Podemos ponderar, portanto, que diversos problemas em relação ao currículo

    são decorrentes desse divórcio que existe entre as experiências proporcionadas

    pela escola e as experiências adquiridas fora da escola. Assim, é necessário que

    você compreenda com muita propriedade os significados do currículo escolar, bem

    como seus dilemas e controvérsias, situando-o como um campo de lutas políticas,

    conhecendo os aspectos históricos que o constituíram e as teorias desenvolvidas

    para estudá-lo.

    Observem, então, alguns dos conceitos fundamentais sobre o processo

    curricular:

    Dessa forma, quando falamos em currículo escolar podemos nos referir à

    trajetória de formação dos alunos.

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    Podemos considerar, ainda que o currículo é:

    Todas essas considerações se inserem dentro das propostas de um currículo

    escolar e que devem se relacionar com os aspectos que envolvem os problemas da

    vida cotidiana, buscando formas de trabalho em sala de aula que permitam ao aluno

    construir o conhecimento, bem como diferentes habilidades intelectuais, atitudes,

    formas de conduta e valores. Nesse sentido, o foco central do trabalho docente

    estará votado para a construção do conhecimento pelo aluno.

    Para corroborar com as ideias, até então apresentadas, Sacristán (2000)

    sugere que todo educador, profissional da educação, pense o currículo escolar como

    sendo necessário e levante questões que se possam responder às seguintes

    indagações:

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    Tais questões têm como objetividade a realização de certo resgate histórico

    do currículo e pode-se constatar que essas questões foram respondidas de formas

    muito diferentes, dependendo dos dilemas sociais da época, vejamos:

    Na visão desses autores, o currículo era compreendido como estruturado por

    experiências vivenciadas pelos estudantes sob a coordenação da escola. Assim,

    cada época trouxe uma determinada interpretação, dessa forma nos anos:

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    Já nos anos:

    Por assim dizer, podemos considerar, partindo das ideias defendidas, acima,

    que a visão tradicional é caracterizada por ser neutra e desinteressada,

    fundamentada na objetividade da ciência cartesiana. Está relacionada às

    concepções de um currículo isolado no ambiente escolar, sem preocupações sociais

    e voltado para aspectos como ensino, aprendizagem, avaliação, metodologia,

    didática, organização, planejamento.

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    Por fim, ao conceituar o que foi a concepção de currículo nos anos 70,

    podemos considerar, sinteticamente, que o currículo foi compreendido como sendo:

    Evoluindo o processo de compreensão sobre o currículo, chega-se aos anos

    80, e, considera-se que de lá para cá mantivemos, sobre maneira, os aspectos

    organizativos do currículo sem muitas alterações, assim nos anos 80, especialmente

    na segunda metade da década, há uma renovação na produção sobre currículo noBrasil, com a tradução de livros de autores estrangeiros que utilizavam outras

    abordagens teóricas para o tratamento das questões curriculares e com a

    publicação de livros e artigos de autores nacionais a partir de uma perspectiva

    crítica. No final da década de 80 e início do século XXI, o currículo passa:

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    Portanto, o currículo, como bem já mencionado, não é um elemento inocente

    e neutro de transmissão desinteressada do conhecimento social, mas sim, está

    implicado de relações de poder, o currículo transmite visões sociais particulares e

    interessadas, o currículo produz identidades individuais e sociais particulares. O

    currículo não é um elemento transcendente e atemporal  –  ele tem uma história,

    vinculada às formas especificas e contingentes de organização da sociedade e da

    educação (MOREIRA & SILVA, 1994, p. 7- 8). Essa visão de currículo confirma que

    ele deixou de ser apenas uma área meramente técnica, voltada para questões

    relativas a procedimentos, técnicas, métodos e avaliação para incluir questões

    sociais e culturais.

    Entretanto, temos ao longo do histórico de fundamentação do currículo osproblemas inerentes, como já bem mencionados, aqui nessas discussões. E, o que

    evidenciamos são problemas de todas as ordens, principalmente em relação aos

    aspectos do planejamento que não podem ser cumpridos, seja por falta de recursos,

    seja por problemas que envolvem os recursos humanos da escola, devido a

    resistências manifestadas pelas direções das escolas, pelos professores, pelos

    alunos e pelas suas famílias. Em meio a tantos problemas, podemos destacar

    aqueles problemas que, ainda, não surgiram e serão evidenciados quando oprocesso de mudança, inerente a toda demanda de encaminhamento das escolas,

    começarem a acontecer ao longo do período letivo.

    Por tudo isso, é importante destacar que desde o princípio, uma proposta

    curricular bem formulada, mesmo que considere aspectos como a cultura da escola,

    suas rotinas, a qualificação do corpo docente, a infraestrutura da escola, seus

    recursos, entre outros, enfrentará situações que não foram previstas, além, é claro,

    de resistências. Diante disso, cabe aos envolvidos no projeto promover debates,deixando que os problemas e as resistências sobre as propostas sejam explicitadas.

    Nesse momento, é necessária a revisão dos trabalhos, dando evidência para a

    correção do percurso e modificação daqueles aspectos que não estão funcionando

    bem.

    Nesse contexto, atente-se para o fato de que a perspectiva crítica foi

    impulsionada pela Sociologia do Currículo voltada para o exame das relações entre

    currículo e estrutura social:

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    A preocupação maior, nessa visão, é entender a favor de quem o currículo

    trabalha e como fazê-lo trabalhar a favor dos grupos e classes oprimidos, buscando-se formas de desenvolver seu potencial libertador (MOREIRA & SILVA, 1994).

    Não é mais possível alegar qualquer inocência a respeito do papel constitutivo

    do conhecimento organizado em forma curricular e transmitido nas instituições

    educacionais, pois o mesmo passa a ser visto não apenas como implicado na

    produção de relações assimétricas de poder no interior da escola e da sociedade. O

    currículo é uma área contestada, é uma arena política (MOREIRA & SILVA, 1994, p.

    20-21).O currículo, em seu conteúdo e nas formas pelas quais nos apresenta e se

    apresenta aos professores e aos alunos, é uma opção historicamente configurada,

    que se sedimentou dentro de determinada trama cultural, política, social e escolar;

    está carregado, portanto, de valores e pressupostos que é preciso decifrar, o que

    pode ser feito tanto a partir de um nível de análise político-social quanto a partir do

    ponto de vista de sua instrumentalização ‘mais técnica’, descobrindo os mecanismos

    que operam em seu desenvolvimento dentro dos campos escolares. (SACRISTÁN,2000, p. 17).

    A leitura crítica do currículo e a institucionalização de um processo

    democrático no campo das decisões ainda não é uma realidade vivenciada no

    cotidiano das escolas, uma vez que o currículo é uma realidade gestionada e

    decidida a partir da burocracia que governa os sistemas educativos, em esquemas

    de racionalização definidos de acordo com as visões e intenções do gestor

    (SACRISTÁN, 2000).

    Dessa forma, tem-se que o currículo oficial é planejado oficialmente para ser

    trabalhado nas diferentes disciplinas e séries de um curso. É o que consta na

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    Segundo Giusta (2001, p. 15):

    Em todas as sociedades, especialmente naquelas em que as desigualdades

    são muito acentuadas, a distribuição do poder e os mecanismos de controlesocial estão refletidos no currículo por meio da elaboração, seleção,distribuição, transmissão e avaliação do que é considerado saber escolarlegítimo. A depender da origem social dos destinatários, das modalidadesde educação oferecidas e dos fins que se tem em vista, o currículo cumpre,de forma diferenciada, sua função nessa distribuição de poder. Assim, háuma íntima ligação entre o currículo e o projeto de socialização a serrealizado, o que transparece em seus conteúdos, no formato e nas práticasque são criadas e recriadas indefinidamente.

    Você pode perceber que todos os autores citados deixam claro que o

    currículo não é algo abstrato, neutro, mas que projeta os valores, interesses e

    compromissos da sociedade, nem sempre de maneira explícita. Isso significa que a

    relação currículo e sociedade é disfarçada, o que dificulta a tomada de consciência

    de suas reais vinculações. Para Giusta (2001), o currículo pode, até certo ponto,

    explicitar-se, tornar públicos seus fins sociais e culturais, seus conteúdos de

    diferentes matizes e suas ações para o alcance das finalidades que a sociedade

    espera que a escolarização cumpra, mas tem sempre uma face oculta, que nos

    ludibria e nos submete a armadilhas, pelo próprio trabalho de interpretação dessas

    finalidades, pelo que realçamos e apagamos nesses conteúdos, pelos rituais,

    preconceitos, exigências e mitos que utilizamos.

    Visto dessa forma, o currículo é uma peça fundamental na democratização

    das oportunidades sociais mediadas pela escola, especialmente no que se refere ao

    trabalho com as classes populares na esfera pública. Quando perguntamos a quem

    esse currículo se destina, o que pretende, para quê e por quê já estamos marcando

    seu papel político. Por isso, torna-se imperiosa a permanente vigilância e análise

    crítica, no sentido do desvelamento dos seus interesses, bem como o engajamento

    de todos os educadores na construção do projeto político-pedagógico da escola,

    ocupando os espaços de autonomia que lhe são garantidos pela própria legislação

    vigente (LDB n. 9394/96). E, em se tratando de currículo escolar, temos mesmo uma

    grande margem de autonomia para incluir saberes e práticas mais convenientes aos

    projetos que consideramos importantes para a nossa realidade. Mas, isso é assunto

    de nossa próxima unidade.

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    Por fim, compreenda que o currículo e os programas educacionais são as

    peças fundamentais na democratização das oportunidades sociais mediadas pela

    escola.

    Se você quiser saber mais sobre os aspectos conceituais e históricos do

    currículo pode acessar:

    http://www.uepg.br/propesp/publicatio/hum/2003/06.pdf

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    UNIDADE 3 - AS PERSPECTIVAS E ELABORAÇÃO DOPROCESSO CURRICULAR PAUTADO NOS PROGRAMAS

    EDUCACIONAIS

    Os objetivos específicos desta unidade são:

      identificar conflitos, lutas de interesse e relações de poder presentes na

    definição e na implementação do currículo na escola;

      identificar critérios e princípios que norteiam a seleção e a organização

    dos conteúdos curriculares na escola;

      estabelecer relações entre os Parâmetros Curriculares Nacionais (MEC) e

    as diretrizes curriculares para a Educação Básica.

    Para iniciar essa unidade, importa-nos refletir sobre o que foi discutido, na

    unidade anterior, assim, é importante chamar a sua atenção para a importância do

    currículo na democratização da sociedade. Discutimos de forma ampla e foi objetivo,

    da unidade anterior, também a demonstração dos processos curriculares, ligados

    aos programas diversos, na perspectiva das políticas públicas, abordando o seu

    papel político é explicitado na definição de questões como:

    Você deve perceber a nossainsistência nesse ponto! Mas, é

    importante demarcar essaconsideração...

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    Temas, estes que mexem com as nossas estruturas sociais, e que ao

    mesmo tempo, nos faz refletir, sobre as conduções curriculares e como vem

    sendo construído historicamente, de acordo com diferentes interesses, por essa

    defesa, afirmamos que o currículo e os programas educacionais, não são e não

    devem, mesmo serem neutros. São, em verdade, dinâmicos e podem ser

    modificados pelos sujeitos que estão diretamente envolvidos na situação de

    ensinar e de aprender. É importante ficar claro que, para ser modificado e

    atender às necessidades de democratização da sociedade, o currículo precisa

    ser compreendido e interpretado pelos educadores no sentido de desvelar seus

    reais interesses.

    Faz-se necessário compreender que o currículo é um campo de lutas, dedisputas e escolhas, assim tomará consciência e terá condição de poder, assumir

    seu papel político como educador e educadora. Esse papel político exige de você

    a tarefa de participar ativamente no processo de escolhas que sua escola fará no

    currículo, usufruindo a autonomia que lhe é concedida pela própria legislação do

    sistema educacional.

    Agora, para fazer escolhas, você precisará responder as perguntas:

    Uma vez que os conteúdos, a metodologia, os recursos didáticos, a avaliação

    são estruturados no currículo. Ou seja, você terá que compreender a organização

    curricular de sua escola, como também o seu próprio trabalho docente para depois

    poder intervir nela. Porém, é importante esclarecer que, mesmo aqueles educadores

    que não têm muito claro esse papel ativo no currículo, estão ajudando a reproduzir

    posturas e atitudes que formam personalidades e subjetividades. Essas atitudes

    adotadas pelos educadores na condução do currículo acabam, na maioria das

    vezes, reproduzindo as estruturas injustas e desiguais da vida social. Nas páginas

    anteriores deste guia de estudo, fizemos uma breve incursão pelas ideias do campo

    do currículo, seus aspectos teóricos e as reflexões suscitadas pelas diferentes

    abordagens. Nesta unidade, vamos ampliar nosso estudo, focalizando os principais

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    problemas relacionados ao processo de construção do currículo, destacando a

    seleção e organização dos conteúdos, os parâmetros e as diretrizes curriculares

    para a Educação Básica.

    3.1 O processo de construção do currículo

    Os vários significados atribuídos ao currículo, de acordo com diferentes

    concepções sobre o papel da educação escolar na sociedade, geram divergências

    na elaboração e implementação do currículo nas escolas. Os defensores das várias

    correntes estão sempre buscando mecanismos e estratégias para que suas ideias

    prevaleçam. Para alguns,

    a ênfase deve ser em ‘o que aprender’, no conteúdo a ser trabalhado naescola. Para outros, é mais importante a forma como o currículo deve serorganizado, dando ênfase à definição das experiências mais significativas aserem desenvolvidas pela escola (SANTOS, 2001, p. 30).

    A autora está mostrando que existe uma luta em relação à definição dos

    currículos para a rede pública de ensino. Por isso é que se diz que o currículo é uma

    arena política, um campo de contestações.

    Vocêjáobservouqueem

    todaescolahásempre

    doisgruposbemdefinidosdeeducadores?

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    Pois bem, pode-se afirmar que a estrutura do currículo de uma determinada

    escola é o que é porque um grupo assim o fez. Aquele que foi vitorioso. Não é obra

    do acaso!

    E a resposta é: a própria opção em aceitar o que está definido pelo sistema já

    é uma escolha. O sistema educacional (representado pelos órgãos públicos nas

    esferas municipal, estadual ou federal) quando elabora suas propostas curriculares,

    usa as mais diferentes estratégias para garantir sua difusão e implementação (é o

    caso dos PCN que veremos mais adiante).

    Santos (2002, p. 156-157) discute alguns pontos que têm sido recorrentes nomomento de elaboração curricular:

    Ah,masvocêvaime

    contestarafirmandoque

    foiosistemaeducacional

    quedeterminouassim!!!

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    (...) é importante lembrar que os currículos denominados tradicionais sãoorganizados por disciplinas, com ênfase, sobretudo, na área cognitiva.Nesse tipo de currículo, os conteúdos abstratos têm maior prestígio que ossaberes práticos, não havendo grande preocupação em estabelecer relaçãoentre o que o é ensinado na escola e os problemas da vida cotidiana. Esse

    tipo de currículo volta-se para a definição de formas mais adequadas detransmissão de conhecimentos, em vez de voltar-se para a compreensãodos processos de aprendizagem. As novas propostas de currículo,chamadas de inovadoras, alternativas ou críticas, enfatizam a necessidadede se incluírem no currículo outros conhecimentos, além dos tradicionaisconteúdos acadêmicos: as artes, a cultura corporal, as novas áreas deconhecimento e de saberes práticos. Além disso, enfatizam a necessidadede as propostas curriculares buscarem a integração dos conteúdos dediferentes campos, rompendo com a organização disciplinar do currículo.Defendem também a ideia de que o currículo escolar deve estar centradoem problemas da vida cotidiana, buscando formas de trabalho em sala deaula que permitam ao aluno construir o conhecimento, bem como diferenteshabilidades intelectuais, atitudes, formas de conduta e valores. Nesse

    sentido, o foco central do trabalho estará voltado para construção doconhecimento pelo aluno. As novas propostas curriculares, sejam elaschamadas de inovadoras, renovadoras, alternativas ou criticas, baseiam suacrítica à organização disciplinar do currículo nos seguintes argumentos: - Oscurrículos disciplinares são elaborados com base na seleção de umconjunto de conteúdos, organizados de forma justaposta, favorecendo afragmentação dos saberes escolares. - Nesse tipo de currículo, há poucoespaço para o desenvolvimento, nos estudantes, do gosto pela pesquisaautônoma, da criatividade, do espírito critico. - Geralmente, esse tipo decurrículo tem dado grande importância ao conhecimento científico eacadêmico, abrindo, pouco espaço para outros tipos de saberes e depráticas sociais.

    Nesse tipo de currículo há pouco espaço para:

    Ao mesmo tempo, os currículos integrados, que não estabelecem uma

    fronteira nítida entre as disciplinas, ou seja, aqueles que buscam trabalhar de forma

    interdisciplinar são estimulados e defendidos porque:

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    Podemos perceber que a construção de uma proposta curricular que garanta

    a democratização da escola encontra muitos entraves, devido à divergência de

    concepções e disputa de interesses. Não é, portanto, uma questão meramente

    instrumental. Exige um processo constante de negociações e revisões.

    Santos (2001) sintetiza essas divergências em torno da elaboração do

    currículo nos seguintes dilemas:

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    Essas ideias apresentadas por Santos (2001) resumem as discussões

    recorrentes nos ambientes escolares sobre o processo de construção do currículo.

    Você já deve ter ouvido muitas vezes discussões entre educadores que defendem

    propostas diferenciadas de currículo e talvez não tenha compreendido bem o que

    eles queriam dizer. Depois dessas informações, certamente você terá mais

    condições de fazer escolhas conscientes e adequadas ao projeto de democratização

    da escola pública. Assim, é importante destacar que podemos dizer que há

    atualmente duas tendências que estão influenciando as mudanças curriculares:

    Santos (2001) enfatiza que tanto a primeira quanto a segunda tendência

    “defendem a ideia de que o currículo escolar deve voltar -se para a formação do

    aluno com habilidades e atitudes como autonomia, criatividade, capacidade de se

    posicionar e de expressar seu pensamento” (SANTOS, 2002, p. 163).

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    Devemos reconhecer que a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional

    (Lei Federal nº 9.394/96), no seu art. 22, afirma que a Educação Básica deve

    assegurar a todos “a formação comum indispensável para o exercício da cidadania e

    fornecer-lhes meios para progredir no trabalho e em estudos posteriores”. Para dar

    conta desse amplo objetivo, a LDB consolida a organização curricular de modo a

    conferir uma maior flexibilidade no trato dos componentes curriculares e propiciar a

    todos a formação básica para a cidadania, a partir da criação na escola de

    condições de aprendizagem para:

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    Pelo que nos parece, a LDB aponta para uma formação mais ampla que

    desenvolva também habilidades necessárias ao trabalho.

    Podemos argumentar que todos os condicionantes já discutidos por aqui,

    como também as diretrizes legais propostas pelas políticas públicas, fazem coro na

    ideia de que o currículo escolar deve sempre levar em conta as necessidades de

    aprendizagem dos sujeitos que estão diretamente envolvidos no processo educativo,

    tendo em vista a transformação de suas condições de vida.

    Para concluir, vamos refletir alguns pontos que são essenciais em um

    processo de seleção e organização do currículo:

    Dessaforma,voltamosaonosso

    questionamentoinicial:quetipos

    deconhecimentos,habilidades,

    atitudesevaloresdevemestar

    presentesnocurrículodeuma

    escola? 

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    A Constituição Federal de 1988, no artigo 210, do capítulo III, consolida a

    ideia de traçar diretrizes para a educação nacional afirmando: “serão fixados

    conteúdos mínimos para o ensino fundamental, de maneira a assegurar formação

    básica comum e respeito aos valores culturais e artísticos, nacionais e regionais”.

    Para você compreender melhor o que significa a palavra “DIRETRIZES”

    considere que: a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (9.394/96)

    mantém esse princípio no inciso IV, do artigo 9º, que determina à União a

    incumbência de:

    estabelecer, em colaboração com os Estados, o Distrito Federal e osMunicípios, competências e diretrizes para a educação infantil, o ensinofundamental e o ensino médio, que nortearão os currículos e seusconteúdos mínimos, de modo a assegurar formação básica comum.

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    É o conjunto de definições doutrinárias sobre princípios, fundamentos e

    procedimentos na Educação Básica, expressas pela Câmara de Educação Básica

    do Conselho Nacional de Educação, que orientarão as escolas brasileiras dos

    sistemas de ensino, na organização, na articulação, no desenvolvimento e na

    avaliação de suas propostas pedagógicas (PARECER CEB 04/98).

    A Educação Básica é constituída pela Educação Infantil, Ensino Fundamental

    (9 anos) e Ensino Médio. Para favorecer o cumprimento das determinações da LDB,

    bem como organizar o processo de gestão nas escolas, as autoridades

    responsáveis nas esferas federal e estadual estabeleceram as diretrizes para a

    Educação Básica nos seus diversos setores. Não é objetivo deste módulo, fazer o

    estudo de cada uma dessas diretrizes. O que nos propomos aqui é fornecer-lhe asindicações para pesquisas, de modo que você possa conhecer a legislação que

    orienta a organização curricular de sua escola.

    Você pode encontrar material sobre legislação educacional nos sites  do MEC

    e da SEE/MG:

    http://portal.mec.gov.br/sesu/arquivos/pdf/lei9394.pdf

    http://portal.mec.gov.br/cne/index.php?option=content&task=section&id=6&Ite

    mid=227http://www.educacao.mg.gov.br/sistema/inicial.html

    3.2 Objetivos e propósitos para o currículo: uma discussãonecessária

    Ao estabelecer vínculos com o processo formativo, o que mais se faz como

    ação são as estruturações dos trabalhos e planejamentos para os mesmos, assim

    você, na sua prática diária, já deve ter percebido que não há nada mais importante,para qualquer sujeito, do que estabelecer, experimentar, ou mesmo avaliar objetivos,

    planos e/ou propósitos.

    Um autor que esta ligado a essas ideias é Perrenoud (2000), pois ele indica

    que, todo planejamento necessita de um propósito, vejamos que na vida cotidiana

    de todo ser humano, essas ações são comuns, pois existe essa atividade

    intencional é o que separa a espécie humana das outras em grau, se não em

    espécie  –  e é essa atividade que permite à nossa espécie a escolha de criar oudestruir intencionalmente. Ora! Somos dotados do livre arbítrio, o que nos permite

    realizar escolhas.

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    Mas, ao se usar essas ideias dentro da escola, deve-se sempre refletir que:

    Pois, bem dentro das unidades escolares, essa responsabilidade deve ser

    potencializada, afinal de contas estamos falando de formação de pessoas. Mas,

    para corroborar com essas ideias, é bom que se sustente o norte das discussões em

    um autor que já discutia sobre esse assunto, quando da proposição da escola Nova,

    que é John Dewey(1980) que dizia:

    Portanto, a ação concreta de planejar tem relação com esse currículo, que se

    baseie em uma pedagogia e epistemologia interativas, contrariando a ideia de umser que é apenas espectador. Mas, o que se vivencia contemporaneamente, e

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    mesmo nos processos escolares da época de Dewey(1980), é e foi uma

    compreensão errônea do que vem a ser estabelecimento de objetivos educacionais

    para uma criação do significado e o planejamento intencional.

    Assim, dois entendimentos errôneos destacam-se como cruciais:

    Observe que a complexidade é a natureza da Natureza, e somente nas

    últimas décadas é que começamos a estudar seriamente a complexidade, ou seja, o

    homem contemporâneo se apresenta dentro de uma complexidade, e a isso deve-se

    atentar, pois qualquer pessoa que a tenha estudado percebe que ela supõe

    conceitos não reconhecidos pelo modernismo: a auto-organização e a

    transformação são dois desses conceitos. Em uma estrutura que reconhece a auto-

    organização e a transformação, os objetivos, planos e propósitos não surgem

    apenas antes, mas também a partir da ação.

    Assim, deve-se reconhecer que esse procedimento se faz essencial, de

    acordo com Dewey(1980):

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    Reconhecendo que esse dois campos são interativos, cada um levando ao

    outro e dependendo do outro. Assim, curricularmente dizendo, essa ação tem

    significado transposto em prática de planos tanto de curso como de aula, que se

    possam ser escritos, de maneira geral, livres, um com uma certa indeterminação. Ou

    seja, o que se pretende dizer com essa “certa indeterminação” que a medida que o

    curso ou a aula progride, a especificidade torna-se mais apropriada e é trabalhada

    conjuntamente  –  entre professor, alunos, texto, contexto e demais elementos que

    constituem esse processo de conhecimento.

    No entanto, esse planejamento deve ser estabelecido em conjunto, e que

    essa união de esforços possam permitir a flexibilidade – a utilização do inesperado – 

    como também permite que os planejadores se compreendam e compreendam seuassunto com um grau de profundidade de outra forma não obtido.

    Mas, é bom lembrar que existem padrões no nosso planejamento, como

    Piaget, Vygotsky e Bruner nos ajudaram a perceber, já há tempos. Portanto, tanto o

    material do assunto (o texto) que usamos no nosso planejamento tem a sua própria

    estrutura, o processo histórico vivenciado e os parâmetros atuais possuem também

    a sua parcela de contribuição. Por isso, faz-se necessário, investigar a estrutura e a

    história de um assunto, pois essas ações nos fornecem insights , e esses vão além,muito além, mesmo dos que se encontram registrados nos livros didáticos.

    Por fim, o que se pretendeu defender aqui foi que o planejamento conjunto,

    aquele que se desenvolve, aproveitando o inesperado, pois este pode levar a um

    conhecimento fundamentado e, por consequência, apoio ao aluno na aquisição de:

    Pois, reconhecidamente, sabemos que todos esses elementos são

    importantes atributos nas nossas tentativas de desenvolver a competência no

    manejo do mundo em que vivemos. Assim, um currículo rico e bem planejamento

    com propósitos coerentes e significativos, pode, de certa maneira, nortear um

    trabalho mais responsável e sustentável dentro das unidades escolares.

    Um repertório crescente de descrições alternativas.

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