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F U E N T E S U N E S C O N ° 8 7 / F E B R E R O 1 9 9 7

I D E A S Y O P I N I O N E S

2. . . . . .

¡ADELANTE!V. BhunjunSecretarioNUCAN (Red de Clubes UNESCO del Norte)Triolet (Mauricio)

Fuentes UNESCO re-fleja adecuadamente las actividades sobre elterreno de la UNESCO, dirigiéndose así es-pecialmente a uno de sus colaboradores pri-vilegiados: los clubes UNESCO. Les permitemantenerse informados sobre sus orientacio-nes, ayudándoles así a planificar su acción.¡Adelante!

INTERESANTEY TRISTEMokhtar Ben ChehamEstudianteMetlili (Argelia)

He leído con interéslos últimos números de su revista, especial-mente el tema central dedicado al profesora-do (nº 82), que es a la vez interesante y triste.Quiero agradecerles el excelente trabajo querealizan.

También me gustan sus editoriales, cuyoespíritu y contenido constituyen una serena yrara puesta de relieve de los problemas y te-mas de más actualidad.

I D E A S Y O P I N I O N E S

LOS MÁSVULNERABLESJacqueline CretiéAsociación "Dialogue et coopération"París

El nº 82 de Fuentes,sobre Profesores: aventuras y desventuras, meha interesado especialmente. Nuestra asocia-ción agrupa a docentes de todo el mundo, es-pecialmente a maestros de primaria de escue-las públicas. Periódicamente nos llegan noti-cias sobre los problemas a los que deben en-frentarse: sueldos cada vez más bajos, faltade consideración, escuelas mal equipadas, etc.

La corriente de privatización actual afec-ta a los más vulnerables: a los padres pobresque solamente pueden enviar a sus hijos a es-cuelas mal mantenidas y a las clases satura-das, como sucede sobre todo en India y enÁfrica.

UN HITONicolás Cosío SierraGrupo de estudios arabo-islámicosLa Habana (Cuba)

Gracias por su exce-lente editorial del nº 83, titulada La fuerza delos símbolos. Como usted bien dice, HaramEl Sharif es uno de los tres lugares sagradosdel islam. Jerusalén, como entidad que respe-ta el monoteísmo, ha aceptado los lugares sa-grados del islam, la valoración judía y el cris-tianismo.

Cuando otros organismos e institucionesinternacionales han obviado la profanaciónque el Estado de Israel ha realizado en el "tú-nel" arqueológico que conduce a una de laszonas más sensibles y místicas de Jerusalén,su editorial, queda como un digno hito histó-rico para la valoración de generaciones pos-teriores.

Fuentes UNESCO

está disponible en

Internet

en las rúbricas:

new o publicaciones

en nuestra dirección:

http://www.unesco.org

UNA VISIÓN"MODERNA"Olga DassiouArqueólogaTesalónica (Grecia)

Su revista ofrecesiempre una visión "moderna" de los temasque aborda. Me gusta muy especialmente sutema central, así como sus rúbricas "Planeta"y "Agenda".

BIENVENIDASJuan González DíazPresidenteCentro “Ramón Rubiera”Los Palos (Cuba)

Las noticias que con-tiene su revista son siempre bienvenidas en-tre los lectores asiduos al centro "Ramón Ru-biera" (Centro de Información, Documenta-ción e Investigación Literaria).

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F U E N T E S U N E S C O N ° 8 3 / O C T U B R E 1 9 9 6

P R I M E R P L A N O

3. . . . .

L a s m a n i f e s t a c i o n e s d e p r o t e s t a o c u r r i d a s e n l a R e p ú b l i c a d e

C o r e a d u r a n t e l a s ú l t i m a s s e m a n a s , o c u p a r o n l a p r i m e r a

p l a n a d e l a p r e n s a i n t e r n a c i o n a l . P o r s u m a g n i t u d , l ó g i c o ,

p e r o t a m b i é n p o r q u e n a d a p a r e c í a d e t e n e r e s t e p a í s e n s u

c a r r e r a h a c i a e l é x i t o .

D e s p u é s d e l a g u e r r a , C o r e a d e l S u r f i g u r a b a e n t r e l o s p a í s e s

m á s p o b r e s d e l m u n d o . M e d i o s i g l o m á s t a r d e , d e s p u é s d e

a l g u n o s a ñ o s e n l o s q u e e l c r e c i m i e n t o e c o n ó m i c o l l e g a r a a

r o z a r e l 1 0 % , e s t e p a í s e s u n o d e l o s c u a t r o " d r a g o n e s " d e

A s i a y f o r m a p a r t e d e l a n s i a d o c l u b d e l o s " p a í s e s

r e c i é n i n d u s t r i a l i z a d o s " , c u y a s g r a n d e s e m p r e s a s o f r e c e n

s a l a r i o s c o m p a r a b l e s a l o s d e l R e i n o U n i d o .

P o r e s o l a p r e n s a s e p r e g u n t a b a s i l a r i g i d e z d e l

m e r c a d o l a b o r a l n o s e r í a e l m a y o r o b s t á c u l o p a r a e l

r e t o r n o a u n c r e c i m i e n t o s o b r e s a l i e n t e . N o o b s t a n t e , p a s ó

p o r a l t o a m e n u d o u n a p r e g u n t a m á s i m p o r t a n t e , v á l i d a

t a m b i é n p a r a o t r o s p a í s e s : ¿ P o r q u é l o s e m p l e a d o s d e b e n

r e n u n c i a r a l a s v e n t a j a s s o c i a l e s a d q u i r i d a s m i e n t r a s l a

e c o n o m í a p r o d u c e c a d a v e z m á s ?

E l p r i n c i p a l a r g u m e n t o e s q u e l a g l o b a l i z a c i ó n , d e l a q u e

C o r e a s a c ó g r a n p r o v e c h o , s e v u e l c a h o y c o n t r a e l l a . M u y

c e r c a , e l m i s m o t r a b a j o p u e d e s e r e j e c u t a d o a u n p r e c i o

m u c h o m e n o r. S i e s t e a r g u m e n t o , u n i v e r s a l m e n t e p r e d i c a d o ,

e n p r i m e r l u g a r e n l o s p a í s e s d e s a r r o l l a d o s , e s j u s t o , s u s

c o n s e c u e n c i a s s e r á n d e v a s t a d o r a s . S i e m p r e , e n c u a l q u i e r

m o m e n t o y e n c u a l q u i e r l u g a r s e p o d r á e n c o n t r a r m a n o d e

o b r a m á s b a r a t a , y a q u e l a c o m b i n a c i ó n d e g l o b a l i z a c i ó n y

a d e l a n t o c i e n t í f i c o y t é c n i c o , g e n e r a , s e g ú n a l g u n o s , o

a c o m p a ñ a , s e g ú n o t r o s , e l a u m e n t o d e l a e x t r e m a p o b r e z a .

E s d e c i r, l a l e y i m p l a c a b l e d e l a c o m p e t e n c i a a e s c a l a

p l a n e t a r i a t i e n e s u l a d o b u e n o , p e r o t a m b i é n s u l a d o o s c u r o .

É s t a s e r í a e l p r i n c i p a l m o t o r d e l c r e c i m i e n t o , p e r o s i s e

c o n t i n ú a e j e r c i e n d o c o m o h a s t a h o y, t a r d e o t e m p r a n o

t e r m i n a r á a d a p t a n d o l a s c o n d i c i o n e s d e l o s a s a l a r i a d o s a l a s

q u e l o s m e n o s f a v o r e c i d o s e s t á n o b l i g a d o s a a c e p t a r.

S a b i e n d o q u e c o n e s t a l e y l o s p o b r e s s o n c a d a v e z m á s

p o b r e s . E x t r a ñ a , m u y e x t r a ñ a p a r a d o j a .

Páginas 6 a 16

PÁGINAS E IMÁGENES . . . . . . 4

HECHOS Y GESTOS . . . . . . . . . . 5

S U M A R I O

T E M A C E N T R A L

AGENDA . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24

Educación• ¿EN LA ESCUELAO FUERA? . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 18

Ciencia• AUTOCRÍTICA. . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20

Educación• HOMBRES EN PELIGRO . . . . . . . . . . 22

Cine• SE APAGAN LAS LUCES. . . . . . . . . . . 23

PLANETA:

Redacción y difusión: FUENTES UNESCO, 7 place deFontenoy, 75352 Paris 07 SP. Tel. (33-1) 45 68 16 73.Fax: (33-1) 45 68 56 54.Esta revista de carácter informativo no es undocumento oficial de la UNESCO.ISSN 1014 5494

EXTRAÑA PARADOJA

F U E N T E S U N E S C O

Todos los artículos pueden ser librementereproduc idos . La redacc ión agradeceráel envío de una copia del artículo elegido.Las fotograf ías s in e l s igno © estarána d i s po s i c i ón de t odo s l o s med i o s decomun i c a c i ón que l a s r equ i e r an .

René LEFORT

Portada: © SYGMA/Stéphane Compoint.

F U E N T E S U N E S C O N ° 8 7 / F E B R E R O 1 9 9 7

PATRIMONIO SUBMARINO

HERENCIA CON MARDE FONDO

El Wasa vuelve a puertodespués de 370 años.

La alfabetización del 17%de los adultos de América

Latina es urgente.

El patrimonio fílmico de Asiaen peligro de desaparición.

T E X T O S E I M Á G E N E S

F U E N T E S U N E S C O N ° 8 7 / F E B R E R O 1 9 9 7

4. . . . . .

OBRASREPRESENTATIVAS

SILVA-POESÍAS"La voz de José Asunción Silvase desprende con una pureza yuna dulzura ilimitadas, como unviolín endeble e hiriente o comoel canto del ruiseñor que sale dela oscura noche". "El amor de lainfancia y el amor de la muertese amaron en Silva, y quiénsabe si se dio la muerte porqueya no podía seguir siendo unniño en la vida". "Él fue el poetapor excelencia y el centro de lavida artística y mundana de lacapital de un país, entoncesdestrozado por las convulsionesde las guerras civiles, pero se lohicieron pagar hasta consangre". "Me encuentro frente a

una de las figuras más queridasy admiradas de la literatura enlengua española, y al mismotiempo frente a uno de los seresmás ignorados y vejados quehaya vivido en nuestro país".Un poeta "para mirar el alma",ya que "embriaga y despierta".Estos importantes testimonios dePablo Neruda, Miguel deUnamuno, Juan RamónJiménez, Gabriel GarcíaMárquez y Álvaro Mutis,acompañan esta ediciónbilingüe de las principalesobras -El libro de versos yGotas amargas- de JoséAsunción Silva, gran poetacolombiano cuyo centenario dela muerte se celebró el pasadoaño.

● Silva - Poésies. Traducidodel español por Jacques Gilardy Claire Pailler. ColecciónUNESCO de Obras Representa-tivas. Ediciones UNESCO,1996. Precio: 80 FF.

LIBROS

¿QUIÉN SOMOS?Es la gran pregunta de nuestrotiempo. Ya no se trata delinterrogante de los antiguosgriegos "¿qué es el ser?", sino,

como afirma el filósofo norte-americano Richard Rorty, "depreguntarse qué futuro debería-mos intentar construir".Somos lo que nos ha hecho unpasado, una historia distinta:somos de nuestra religión, denuestro país, de nuestra lengua,de nuestro sexo. Pero ¿forma-mos entonces comunidadesirremisiblemente separadas? ¿Esposible encontrar, más allá deesas diferencias, la ideauniversal del hombre? Lapregunta "¿Quién somos?" esun llamamiento a dar forma anuestra existencia común.Esta obra, en inglés y francés,presenta algunos "fragmentosescogidos" de los debates,intercambios -y controversias-provocados por los segundosEncuentros Filosóficos, quereunieron en la UNESCO, enmarzo de 1996, a filósofos,historiadores, sabios y artistas(véase también Fuentes, nº 79).

● Qui sommes nous? Textospresentados y editados porAyyam Sureau. DécouvertesGallimard/Éditions UNESCO,1996. Precio: 57 FF.

REVISTAS

EL CORREO DE LA UNESCOContrariamente a lo que secree, la radio, lejos de verse

capital de un vasto imperio y elcentro cultural del mundo delengua persa. Desde entoncesha experimentado un lento e

inevitable declive. A pesar dehaber sido numerosas vecesasediada, nunca ha sidosometida por mucho tiempo.La música de Hérat, muycercana a la música árabe-persa en la corte timúrida,adquirió una inspiración persa yposteriormente hindustaní acomienzos del siglo XX.Aires bailables, cantos en honordel Profeta, llamadas a laoración, cantos nupciales ycanciones de cuna soninterpretados principalmentecon el doutar de 14 cuerdas, ellaúd de mango largo y elarmonio.

● La musique traditionnelled’Hérat. Musiques et musiciensdu monde. UNESCO/AUVIDIS.Precio: 145 FF.

superada por la televisión, siguesiendo un medio de comunica-ción "con bazas incompara-bles". Para su número defebrero, titulado La radio, unmedio con porvenir, el Correoha buscado especialistas de lacomunicación, directores deprogramas, periodistas einvestigadores, para estableceralgunos "hitos cronológicos" deeste medio de comunicaciónnacido hace exactamente 100años. Las luchas de interesesque sigue provocando esteespacio de comunicación y suuso con fines propagandísticospor parte de los dirigentessoviéticos durante 70 años,evidencian que la radio es "unaarma temible". Pero también es"un instrumento de iniciativapopular", como demuestran lasradios comunitarias, quepermiten escuchar la voz de losolvidados por las nuevastecnologías de la información.Como expresa Hervé Bourges,presidente del Consejo Superiordel audiovisual (CSA) deFrancia "su vitalidad, en los

países desarrollados como enlos del Tercer Mundo, es unaprueba de que la radio, como lapalabra impresa, es un mediode comunicación incomparable,que otros pueden completar sinreemplazar jamás".

DISCOS

LA MÚSICA TRADICIONALDE HÉRATLa principal ciudad del oeste deAfganistán, Hérat, vivió su edaddorada en el siglo XV, bajo elreino de los timúridas. Era la

Las publicaciones de laUNESCO pueden adquirir-se en la librería y a travésde los agentes de venta deEdiciones UNESCO en lamayoría de los países. Loslibros y revistas se puedenconsultar en la bibliotecadepositaria de la UNESCOen cada Estado miembro.Informaciones y pedidosdirectos por correo, fax opor Internet: EdicionesUNESCO, 7 Place de Fon-tenoy, 75352, Paris O7 SP(France), tel.: (+33) 1)45654300; Fax (+33) 1)4568 5741, Internet:http:/w w w. u n e s c o . o r g / p u -blishing.

H E C H O S Y G E S T O S

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5. . . . .

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Navidad de 1971. El ciclónAlthea se acerca a Towns-

ville, en Australia. Kevin Macks,su mujer y sus tres hijos se refu-gian en el lugar más seguro de lacasa: la entrada. "Como todo elmundo, estábamos aterroriza-dos", cuenta este arquitecto. Peroa pesar de causar daños calcula-dos en 65 millones de dólares,Althea le permitió a Macks dis-tinguirse como "el único que noperdió ni un techo". Todos losedificios que él había diseñadoresistieron, algo de lo que no pue-de jactarse ningún otro profesio-nal de la construcción de los al-rededores.

Lo más importante es que elhuracán aportó una prueba de loque él decía hacía tiempo: "Cons-truir edificios que resistan los ci-clones y los vientos fuertes es re-lativamente fácil y sólo represen-ta un coste adicional del 6%".Macks se puso a organizar talle-res sobre "el número de clavosque colocar y dónde". Muy pron-to mostaron su interés expertoslocales e internacionales, que in-tentaban hacer frente a los pro-blemas que plantea el clima deesta región del mundo, que van

LOS TECHOS A TODA PRUEBADE KEVIN MACKS

de los ciclones de Sri Lanka has-ta las inundaciones de Bangla-desh o China.

Este asesor de la UNESCOdesde 1985 añadió a su lista deespecialidades los corrimientosde tierra, los seísmos e incluso losincendios forestales. Para com-partir sus conocimientos en ma-teria de disminución de catástro-fes, propone una formación, unasvaloraciones, un cálculo de la ve-locidad del viento, criterios y pla-nos de construcción. "Mi trabajoconsiste en traducir los códigossupercomplicados de los ingenie-ros a los artesanos locales. Cuan-do vamos a un país, abrimos losojos y asimilamos los métodos deconstrucción locales, en lugar deimponer copias de nuestros pla-nos".

En Bangladesh, Macks haencontrado a la vez su mayor de-safío y su mayor satisfacción.Hace más de 10 años que trabajacon la UNESCO y el Gobiernopara diseñar escuelas y otros edi-ficios públicos seguros. "Loscampesinos muy pobres viven encabañas de tierra con techos decaña, que se desintegran cuandohay inundaciones. De maneraque una escuela segura puedeservir de refugio para todo elpueblo". Las inundaciones de1970 provocaron alrededor de400.000 muertos. Pero en 1991esta cifra se redujo a la mitad, apesar de haberse duplicado lapoblación. "Es un mensaje de es-peranza, opina. Cuando otros di-cen ‘déjalo, no lo conseguire-mos’, yo digo: si Bangladesh, unode los países más pobres del mun-do, ha logrado avanzar tanto en20 años, ¿por qué no ustedes?”

Amy OTCHET

LA DEMOCRACIA SEGÚNJEAN-BERTRAND ARISTIDE

El PREMIO FÉLIX HOUPHOUËT-BOIGNY de fomento de la paz1996 ha sido concedido alpresidente de Guatemala,Álvaro Arzu, y al representantede la Unión RevolucionariaNacional, Rolando Moran.La elección, anunciada el 22 de

enero en la UNESCO por elpresidente del jurado, HenryKissinger, permitió rendirhomenaje al mismo tiempoa un presidente y a un jefeguerrillero "que, con el avalinternacional, han puesto fin asu guerra civil", al firmar un

acuerdo de paz el 29 dediciembre de 1996, tras 36años de un conflicto que hacausado más de 100.000muertes.Dotado con 800.000 FF, estepremio, que lleva el nombredel ex presidente de Côte

d'Ivoire, se otorga a "personas,instituciones u organizacionesque hayan contribuidode manera significativa alfomento, la búsqueda, lasalvaguarda o el mantenimientode la paz".

Ante sus partidarios, tan po-bres como sedientos de jus-

ticia, o ante un grupo de diplo-máticos distinguidos que asistena la entrega del Premio UNESCOde educación en los derechos hu-manos, del que él es ganador, elhaitiano Jean-Bertrand Aristidesabe conquistar a su auditorio.Con su voz deliberadamente bajaobliga a escucharle.

"En las puertas del tercermilenio, uno de los desafíos a losque nos enfrentamos consiste enrepartir entre todos el pan de laeducación", declaró el ex presi-dente de Haití el 8 de marzo, du-rante la ceremonia de entrega delpremio. "No podemos inclinarnospasivamente ante nuestro 85% depersonas analfabetas (haitianos),que afortunadamente no son es-túpidos. Tenemos que educar alos niños, hablarles de sus dere-chos... y también escuchar sus vo-ces".

El premio, dotado con 10.000dólares, permitirá que la Funda-ción Aristide para la Democraciaconstruya un nuevo edificio paraRadyo Timoun, una emisora di-rigida por y para los niños de lacalle y los jóvenes desfavoreci-dos.

Al mismo tiempo que iba des-granando las injusticias de unmundo "donde cerca de 600 mi-llones de personas sufren mal-nutrición crónica", donde "algu-nos países pobres dedican el do-ble de dinero al ejército que a lossectores de la educación y la sa-nidad juntos", donde los más ri-cos podrían obtener "dividendosde la paz" y del desarrollo, fasci-naba a su auditorio, que no obs-tante conoce esta letanía perfec-tamente; más por la fortaleza decarácter del presidente Aristide

que por su físico, más bien en-clenque.

Nacido en 1953 de una fami-lia pobre, debería haberse suma-do a la multitud de campesinoshaitianos iletrados. Sin embargo,después de su noviciado en la or-den de los salesianos, obtiene el

título de psicología y aprende cin-co lenguas extranjeras. Su inspi-ración no solamente la encuentraen las Escrituras, sino también enlos barrios de chabolas de uno delos países más pobres del mun-do. Esta mezcla explosiva le lle-va a una militancia apasionada yle vale el incendio de su iglesia ila separación de su orden. Perole conduce a la presidencia deHaití y posteriormente al exilio,antes de regresar a su país en1994.

Actualmente parece moverleotra fuerza: esa mayor madurezpolítica, que le hizo entrar nue-vamente en la historia en febrerode 1996, cuando por primera vezen Haití, un presidente elegidodemocráticamente daba el relevoa otro presidente elegido demo-cráticamente.

A. O.

A 4.000 METROS DE PROFUNDIDAD, UN TENTÁCULOTELEDIRIGIDO RECUPERA OBJETOS DEL TITANIC .EN EL ESTADO ACTUAL DE LA LEGISLACIÓN ÉSTOS

PERTENECEN A LA EMPRESA NORTEAMERICANA QUEORGANIZÓ LA OPERACIÓN

(Foto © RMS Titanic Inc.).

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7. . . . . .

HERENCIA CON MAR DE FONDO

En 1589, el Nuestra Señora Guía regre-saba a España con un cargamento de

oro embarcado en el puerto mexicano deVeracruz. Una flotilla de corsarios ingle-ses encabezada por el duque de Cumber-land hundió el galeón frente a Terceira, enel archipiélago portugués de las Azores.No fue ni el primero ni el último en cono-cer esa triste suerte", relata el periodistaJavier García en un reciente artículo pu-blicado por el periódico español El País.

Los archivos del Museo Nacional deArqueología de Lisboa mencionan 850buques hundidos en torno a las Azores des-de 1522. Al menos 90 de ellos eran galeo-nes españoles y 40, navíos portugueses.

Esos pecios forman "uno de los san-tuarios arqueológicos submarinos más ex-cepcionales del planeta", añade García.Los arqueólogos lo saben. Y también loscazadores de tesoros que, gracias a una tec-nología extraordinaria, pueden alcanzarprofundidades hasta hace poco prohibidas.

Al menos seis empresas internaciona-les de cazadores de tesoros establecieronuna sede en Portugal para explotar ese fa-buloso patrimonio, aprovechando una le-gislación de 1993 que, según el arqueólogoportugués Francisco Alves, les invita a ha-cerlo. La UNESCO se preocupó entonces

La tecnología moderna abre las puertas del mundo oculto del fondo del mar; éste alberga pedazosenteros de la historia de la humanidad en forma de puertos, ciudades, templos, estatuas o restosde barcos hundidos, víctimas de la furia de los elementos o de los cañones enemigos (ver másadelante). Pero esta tecnología que impresionó al público tras el descubrimiento del Titanic (p. 14),no se utiliza sólo para explorar esos vestigios, sino también para saquearlos. Los yacimientos sonexplotados por cazadores de tesoros, desde los submarinistas aficionados sin malas intenciones, hastagrandes empresas dirigidas por aventureros como Bob Marx (p.9). Aprovechando el vacío jurídico(pp. 10-11), ellos se abalanzan sobre los objetos de valor, con el riesgo de destruir los indiciosindispensables para que los arqueólogos puedan arrojar luz sobre la historia, que tanto puedeenseñarnos sobre nuestro pasado, como han demostrado las excavaciones del Mary Rose (pp. 12-13),del Wasa (p. 15) y del Faro de Alejandría (p. 16). Arqueólogos y juristas, así como numerosos Estadosmiembros, han solicitado a la UNESCO que contribuya a preparar una convención internacional paraproteger esos suntuosos tesoros submarinos.

por este hecho, mientras que los arqueó-logos se preparaban para la lucha. De talmodo que las leyes deben modificarse den-tro de poco, según Alves. Ninguna de esasempresas confesará actuar por afán de lu-cro. Así, por ejemplo, el "mejor conoci-miento de nuestro pasado, de las técnicasde construcción y de armamento de losbarcos, la comprensión de la evoluciónhistórica y cultural, la aportación de ob-jetos arqueológicos de máxima importan-cia a los museos nacionales y regionales",son los objetivos declarados de la empresaArquenauticas, dirigida por el viceal-mirante Isaias Gomes Teixeira. Claro estáque esas "exploraciones" tienen un precio.

LÓG ICA COMERC IAL"No se puede hacer arqueología practican-do la caza de tesoros, opina Paulo Montero,especialista en arqueología marina delMuseo Angra do Heroismo, de Terceira.Está movida por una lógica comercial: hayque trabajar de prisa para sacar el máxi-mo de objetos y venderlos. Un arqueólogopuede pasarse 10 años estudiando yexcavando un navío, conservando los ob-jetos y publicando sus conclusiones. Estetrabajo nos permite recoger una gran can-tidad de información y de conocimiento.

Con los cazadores de tesoros, todos estosdatos se pierden; no se archiva nada y losobjetos van a parar a colecciones priva-das. Es dramático, para la humanidad engeneral y para Portugal en particular.Donde no hay conocimiento, no hay me-moria".

Una situación parecida se da en Filipi-nas, otra escala de los españoles y eslabóncomercial importante con el sureste de Asiadesde hace más de un milenio. "No es po-sible ni siquiera contar los pecios sumer-gidos en las aguas territoriales filipinas,lamenta Wilfredo Ronquillo, responsablede arqueología del Museo Nacional deManila. El Museo ha establecido un siste-ma de autorización para proyectos deexcavaciones submarinas realizadas conorganizaciones o empresas interesadas: losobjetos únicos son para el Gobierno y elresto se reparte a partes iguales. Pero elcontrol es muy laxo. Algunos extranjerosllegan a contactar y a pagar a los pesca-dores. Les enseñan el tipo de cerámica an-tigua que quieren comprar. Así, muchospescadores buscan esos bienes culturalessumergidos y, al hacerlo, destruyen el ya-cimiento.”

Lo mismo sucede en el Caribe, otroterritorio predilecto de los cazadores de

PATRIMONIO SUBMARINO:

F U E N T E S U N E S C O N ° 8 7 / F E B R E R O 1 9 9 7

T E M A C E N T R A L

8. . . . . .¿ C Ó M O

I M P E D I R E LS A Q U E O D E

L O SC A Z A D O R E S D E

T E S O R O S ?( F o t o ©S y g m a ) .

tesoros, así como en los mares del suresteasiático, frente a Viet Nam, Malasia eIndonesia. En Turquía, un estudio asegu-raba ya en 1974 que todos los pecios de laépoca clásica de sus costas habían sidoexcavados.

La caza de tesoros es un negocio sus-tancioso, como demuestran las operacio-nes de las grandes salas de subasta inter-nacionales. Christie’s se ha convertido enla especialista mundial de lo que denomi-na "material conseguido legalmente o bajolicencia, procedente de pecios históricos".En 1986 obtuvo 16 millones de dólares porla venta de 3.786 lotes de porcelana chinay de lingotes de oro del "cargamento deNankin", rescatados del Gerdermalsen, unbarco de pabellón holandés hundido en1752 al sur del mar de China. En 1992, la

venta de porcelanas chinas conocidas comoel "cargamento Vung Tao", procedentes deun pecio situado frente a la costa meridio-nal de Viet Nam, le reportó casi 7,2 millo-nes de dólares.

Aunque cada vez más países tomanconciencia de que hay que actuar urgente-mente, los medios para frenar la obstina-ción de los cazadores de tesoros siguensiendo limitados y los problemas, comple-jos. Con el fin de hacerles frente y de in-cluir estas cuestiones en un marco jurídi-co, la UNESCO, la Sección de AsuntosJurídicos de la División de Océanos y deDerecho del Mar de la ONU y la Organi-zación Marítima Internacional, están tra-bajando en un convenio internacional parala protección del patrimonio culturalsubacuático. "Este ámbito no es nada nue-vo para la UNESCO, recuerda Lyndel

Prott, jefe de la Sección de Normas Inter-nacionales. A fines de los años cincuentaya definíamos orientaciones generalespara las excavaciones arqueológicas sub-marinas. Desde entonces, los avances dela tecnología y la expansión del subma-rinismo han incrementado notablementelas amenazas sobre los yacimientos sumer-gidos, hasta el punto de hacer necesariauna nueva reglamentación".

La Asociación de Derecho Internacio-nal (ILA) presentó un proyecto que podríaservir de base para un convenio. En él seestablece: "Se entiende por patrimonio cul-tural subacuático cualquier indicio subma-rino de existencia humana: yacimientos,estructuras, objetos y restos humanos, jun-to con su contexto arqueológico y natural,así como los restos de pecios, aviones y

otros aparatos y sus distintos componen-tes, su cargamento y demás contenidos,incluido su patrimonio arqueológico y na-tural".

No obstante, Graham Henderson, pre-sidente del Comité del Patrimonio Cultu-ral Subacuático del Consejo Internacionalde Monumentos y Sitios (ICOMOS) y di-rector del Museo Marítimo de AustraliaOccidental, señala que "esta definición sólose aplica al patrimonio perdido o abando-nado y sumergido desde hace al menos 100años. Corresponde a los Estados partesinstituir una legislación nacional que cu-bra los yacimientos sumergidos desde hacemenos tiempo. El Titanic, por ejemplo, sequedaría sin protección. Este proyectotampoco se aplica a los barcos de guerra,aviones militares, barcos de abastecimien-to ni demás buques o aviones poseídos o

explotados por un Estado, ni a sus conte-nidos". El Titanic también ilustra otro as-pecto del problema: cómo proteger los bar-cos hundidos en las aguas internacionales.Al quedar éstas fuera de la jurisdicción delos Estados, el proyecto propone tres solu-ciones: que los Estados controlen las acti-vidades de sus ciudadanos; que prohibanla entrada en sus puertos de barcos queefectúen excavaciones irregulares; o queprohiban la entrada en su territorio de ob-jetos extraídos por métodos irregulares.

En cuanto a las actividades que se pue-den realizar sobre un yacimiento, el ILAsugiere, como primera opción, que estepatrimonio se preserve in situ. Proponefacilitar el acceso al público y recurrir atécnicas no destructoras y a la extracciónde muestras que conserven la integridad delyacimiento. También insiste en que las in-vestigaciones se documenten correctamen-te.

¿PUR ISTAS?Los cazadores de tesoros responden queesta actitud "purista" sólo sirve a una mi-noría: cuando un barco está hundido, na-die se beneficia de la información que pue-de proporcionar ni de su contenido; y losarqueólogos, centros de investigación ygobiernos no pueden financiar las excava-ciones.

Sin embargo, el interés del público poresos descubrimientos permite augurar lasuperación de esos problemas. En Turquía,por ejemplo, las excavaciones submarinasrealizadas en Bodrum han triplicado lapoblación local y han convertido el lugaren uno de los centros turísticos más visita-dos del país. Otros ejemplos son el peciodel Wasa, que reporta a la economía sueca300 dólares por turista y día; el Museo Ma-rítimo de Australia, que recibe 250.000 vi-sitantes cada año; y el pecio del Mary Rose,que ya han visitado cuatro millones de per-sonas. En cambio, el rescate con fines co-merciales de las porcelanas del Gelder-malsen provocó la destrucción del barco ylos 16 millones de dólares de su venta sólobenefician a una empresa. Expuestos en unmuseo habrían podido aportarle a la po-blación local la misma cantidad cada añoy permitir que todos compartieran un te-soro del pasado.

Sue WILLIAMS

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Expoliador suntuoso", "crápula", "pira-ta", "estafador"; pero también "el ma-

yor explorador de nuestro tiempo", dota-do de una "formidable experiencia" y deun conocimiento "fabuloso" sobre el pe-ríodo colonial español. ¿Es Barbarroja?No, es Bob Marx, el cazador de tesoros máscompetente y próspero del mundo, cuyapésima reputación entre los arqueólogossubmarinos justifica, por sí sola, un con-venio para la protección del patrimoniocultural subacuático. A sus 60 años, se hapasado dos tercios de su vida rastreando elfondo de los océanos, en busca de losgaleones que surcaban el mar entre el An-tiguo y el Nuevo Mundo, y de los buquesmercantes europeos cargados de especiaso de porcelana procedentes de Asia.

"He descubierto más pecios y recupe-rado más tesoros que nadie", se enorgu-llece. Nadie lo niega. Este norteamericanoafirma que ha "echado un vistazo" a cercade 2.500 pecios de todo el mundo. Ha tra-bajado en 62 países, a menudo como ase-sor de gobiernos o de museos de la mari-na, y fue de los primeros que recurrió atécnicas avanzadas para detectar los pecios.Ha aprendido solo el español antiguo, conel objeto de estudiar los archivos de las ru-tas marítimas que seguía la flota española.En los años 60, el gobierno de Madrid lecondecoró por haber reconstruido la cara-bela Niña II de Cristóbal Colón y haber re-petido la travesía de 1492 hasta San Sal-vador.

UNA PAS IÓNAventurero nato, movido por una pasiónpor los naufragios y la historia naval, sucurrículum parece un guión de IndianaJones. Con una excepción: no incluye nin-gún título oficial de arqueología. Bob Marxconsidera que sólo es un detalle y que suamplia experiencia suple sobradamente lafalta de título: "Cuando empecé, la arqueo-logía submarina no existía. En seguidacomprendí que sólo podría satisfacer mipasión consiguiendo financiación. Los go-biernos y centros de investigación no laproprocionaban. Y trabajar en un peciocuesta entre 30.000 y 40.000 dólares dia-rios. De modo que hay que recurrir a inver-sores privados que quieran ganar dinero yrepartir el pastel".

Niega haberse quedado habitualmentecon una parte mayor de la que le corres-pondía. "Normalmente trabajo sobre labase del 75% para nosotros y el 25% parael Estado que controla las aguas afecta-das, que además se queda con todos losobjetos excepcionales". Sus métodos deexcavación y de recuperación le valen lacrítica regular de los arqueólogos. "Sinmotivos: hoy todo el mundo trabaja conellos. Nosotros no podemos prescindir deellos. Y la tecnología que utilizamos nospermite trabajar con una precisión hastaahora desconocida. Podemos hacer el re-gistro de un sitio en tres dimensiones, ano-tando la ubicación exacta de los objetos,aunque eso es mucho más difícil cuandolos restos están dispersos por varios kiló-metros, como suele suceder".

Asegura que está más motivado por lafiebre del descubrimiento y los conoci-mientos que así se acumulan, que por lospropios tesoros ("yo soy millonario, nonecesito dinero"), y que lucha por la pro-tección del patrimonio sumergido. Susmúltiples artículos abogan por la salvaguar-da de los yacimientos sumergidos, comoen el caso de la ciudad hundida de PortRoyal, en Jamaica (donde Bob dirigió lasexcavaciones por cuenta del gobierno). Aligual que el "abuelo" de la arqueologíasubmarina, George Bass, y que RobertBallard, el ingeniero que trabajó en elTitanic, pide que se revise la legislaciónnorteamericana sobre pecios, para prote-gerlos de los cazadores de tesoros: "El prin-cipio de que ‘quien lo encuentra se lo que-da’ nunca debería aplicarse a lo que yace

en el fondo del agua, pecios u objetos anti-guos. Esos descubrimientos pertenecen atoda la humanidad", declaraba en octubrede 1995 ante la subcomisión norteameri-cana de oceanografía, durante el estudio dela ley sobre pecios abandonados. Sus de-tractores sólo veían en eso una maniobrapara obtener el reconocimiento de la co-munidad de arqueólogos o para ganarse elfavor (y las autorizaciones) de los gobier-nos. Es conocido por actuar a su antojo,por su tenacidad, por su desprecio de la bu-rocracia y de lo que califica de "naciona-lismo", por su forma de utilizar a sus ami-gos bien situados (y de cambiar las leyes,como en las Azores).

Sin embargo no se equivoca al sugerirque los arqueólogos deberían trabajar másestrechamente con personas como él, que

tienen acceso a la tecnología y la financia-ción, así como con los submarinistas y lospescadores, que suelen sacar a flote obje-tos poco corrientes. "Si los arqueólogos lesexplicaran cómo recoger la informaciónque ellos desean, todo el mundo saldríaganando, como sucede con cierto éxito enInglaterra, en Francia, en los Países Ba-jos y en los países escandinavos".

Queda por saber en qué medida BobMarx estaría dispuesto a revisar sus méto-dos. Cuando le pidieron su impresión acer-ca de una convención que redujera sus ac-tividades, respondió con la mayor sinceri-dad del mundo: "¡Pero yo realizo un tra-bajo de arqueólogo! ¿En qué iba a moles-tarme?"

S.W.

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¿PIRATA O ARQUEÓLOGO?Bob Marx, explorador submarino insignia, surca los océanos desde hace cuarenta años para pescartesoros escondidos. Pero ¿beneficia eso a la arqueología?

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Hasta 1958, los Estados costeros ejer-cían su soberanía sobre sus aguas in-

teriores, hasta el límite del mar con la ma-rea baja y, además, sobre la franja adya-cente a las aguas territoriales, que abarca-ba (en la mayoría de casos) tres millasmarinas (algo más de 5 km). La única zonadonde los Estados podían ejercer asimis-mo su autoridad en distintos grados, era la

zona contigua, adyacente al mar territorial,de una anchura variable. Sin embargo, éstano se tenía en cuenta cuando se trataba depatrimonio cultural. En aquella época, laidea de hacer valer los derechos soberanossobre la plataforma continental, apenas ini-ciaba su camino y las aguas que había másallá del límite de las tres millas marinaspertenecían a alta mar. En virtud del prin-cipio general de libertad que reinaba, allíse podía llevar a cabo cualquier actividadno prohibida por disposiciones expresas delderecho internacional.

En esa misma época, para proteger elpatrimonio cultural submarino bastaba conque los Estados adoptaran una legislaciónnacional aplicable al límite de las tres mi-llas, ya que las técnicas disponibles no per-mitían buscar más allá. Pero la invenciónde la escafandra autónoma durante la Se-gunda Guerra Mundial y su uso creciente,provocaron un retraso -aún no superado-del derecho respecto de la técnica.

Con la utilización de este material deinmersión, de sonares, de aparatos teledi-rigidos, de cámaras de vídeo submarinas yde sumergibles tripulados, las amenazassobre el patrimonio submarino llegaron al

L e g i s l a c i ó n i n t e r n a c i o n a l

EL DERECHO ENTRE DOS AGUASActualmente, el derecho protege poco el patrimonio cultural sumergido. ¿Por qué? La respuestaarranca de la historia de la tecnología y del derecho marítimos.

resto del océano, incluidas las grandes pro-fundidades. Y allí yace una gran parte delpatrimonio cultural inexplorado. Por razo-nes químicas y biológicas, los pecios si-tuados en aguas profundas se han conser-vado excepcionalmente bien. Ello aumen-ta la urgencia de encontrar nuevos dispo-sitivos jurídicos que permitan explorarlosde manera responsable.

Desde los años 50, dos grandes confe-rencias han hecho avanzar el derecho delmar. La de Ginebra (1958) elaboró cuatroconvenios, pero ninguno menciona el pa-trimonio cultural submarino. Y la terceraConferencia de las Naciones Unidas sobreel derecho del mar (UNCLOS III) culmi-nó, en 1982, en el Convenio de las Nacio-nes Unidas sobre el derecho del mar. Desus 320 artículos, sólo dos están dedica-dos a ese patrimonio. El artículo 149 serefiere a "todos los objetos de carácter ar-queológico o histórico hallados en lazona", es decir en el fondo del océano queva más allá del límite exterior de la plata-forma continental, zona donde el conve-nio establece un régimen de explotaciónmineral gestionado por una autoridad in-ternacional. Este artículo parte de la buenaintención de que los objetos hallados enesa zona sean "conservados o cedidos, eninterés de toda la humanidad, teniendo encuenta especialmente los derechos priori-tarios del Estado o del país de origen, delEstado de origen cultural o del Estado deorigen histórico o arqueológico". Mientrasque, en uno de los primeros proyectos, esteartículo otorgaba una función reguladora

a la autoridad internacional, ésta no es men-cionada en la versión final, que no señalacómo deben conservarse o cederse esosobjetos, en interés de toda la humanidad.

La otra disposición se encuentra en elartículo 303. Éste enuncia el principio se-gún el cual los Estados deben proteger losobjetos de carácter arqueológico o históri-co descubiertos en el mar y colaborar coneste fin. Y recurre a una compleja ficciónjurídica para que el Estado costero puedasancionar a los cazadores de tesoros quese lleven objetos de la zona contigua, lacual puede extenderse hasta 24 millas ma-rinas de la costa.

RESTR ICC IÓN INACEPTABLEPor desgracia, añade que estas disposicio-nes no atentan ni contra el derecho de re-cuperar pecios ni contra otras normas delderecho marítimo: una restricción inacep-table para los enemigos de los cazadoresde tesoros, que opinan que el derecho re-lativo a la recuperación de pecios (admi-tiendo una recompensa para quien salvebienes de los peligros del mar) no deberíaaplicarse al patrimonio cultural. Pero comotambién se estipula que este derecho nopuede oponerse a otros acuerdos interna-cionales, queda abierta la puerta a la nego-ciación de un instrumento jurídico suple-mentario.

Sería equivocado creer que, a parte deesos artículos marco del convenio, no hayotros textos que afecten al patrimonio cul-tural submarino. Numerosos Estados tie-nen una legislación que protege los pecioshistóricos y otros vestigios que se hallenen sus aguas territoriales. Algunos inclusohan decidido regular las excavaciones sub-marinas en la plataforma continental, en lazona económica exclusiva y en la zonacontigua. Pero esa legislación carece deuniformidad y no existe un consenso so-bre los principios que la animan.

Es evidente la necesidad urgente decolmar esos vacíos, teniendo en cuenta lasamenazas surgidas del avance de la tecno-logía.

Edward BROWNDirector del Centro de Derecho y Política

del Mar (Reino Unido)

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Nadie cuestiona que los Estados ejer-zan su soberanía sobre los pecios y

yacimientos descubiertos en sus aguas te-rritoriales. Algunos van más lejos y seadueñan del control de pecios situados enzonas como la plataforma continental. Peroesto no significa que puedan reivindicar supropiedad. Mientras no afecte al Estado,el propietario de un pecio puede prohibircualquier trabajo o reivindicar la propie-dad de los objetos descubiertos. Pero¿quién es el propietario? ¿Qué sucede conlos pecios situados en aguas internaciona-les?

El Central America se hundió en 1857a 160 millas marinas de las costas de Ca-rolina del Sur, con un cargamento de oroque valía un millón de dólares. Está enca-llado a unos 2.400 metros de profundidad.En 1988 fue localizado por el Colómbus-América Discovery Group, que extrajo mu-chos objetos y metales preciosos. Al pedira los tribunales norteamericanos que le re-conocieran como propietario del oro, elgrupo chocó con la oposición de 31 com-pañías de seguros británicas y norteameri-canas, que habían indemnizado a los pro-pietarios cuando ocurrió la catástrofe. Eltribunal confirmó su posición a pesar de laescasez de documentos aportados, ya quela mayor parte habían desaparecido.

¿ S A LVA D O R O P R O P I E TA R I O ?Pero las compañías de seguros ¿habían ono abandonado sus bienes? El tribunal nor-teamericano sostuvo que no, consideran-do que el abandono sólo puede probarsecon una declaración expresa del propieta-rio. Colombus-América salvó los bienes,por lo que el tribunal consideró que debíarecibir el 92,7% del producto de la ventadel oro asegurado y quedarse con el restode oro y con los objetos. Pero algunos loven de otra manera: puesto que las compa-ñías de seguros no habían hecho nada paralocalizar el oro en 100 años, el abandonoqueda establecido, aun cuando en aquellaépoca no existiera una técnica capaz de lle-gar al pecio. En el caso del Lusitania, untribunal británico consideró que su conte-nido había sido abandonado, tras transcu-rrir 67 años sin intentar localizarlo.

España nunca ha hecho valer su títulode propiedad sobre los pecios de su flota

D e r e c h o d e p r o p i e d a d

UN PASTEL DIFÍCIL DE REPARTIR¿A quién pertenecen los tesoros escondidos en los pecios que se hundieron hace varias décadaso siglos, sobre todo en las aguas internacionales? Este es un verdadero quebradero de cabeza.

de galeones del Caribe, ni sobre la Arma-da de 1588. Pero los Países Bajos reivin-dican, por derecho de sucesión, todos lospecios que pertenecieron a la VereenigdeOostindische Compagnie (VOC, Compa-ñía de las Indias Orientales). Ello provocóun debate en Noruega, a comienzos de losaños setenta, tras el descubrimiento de pie-zas de oro y plata del Akerendam, que sehabía hundido frente a la isla de Runde en1725. El Gobierno neerlandés reivindicóla propiedad del pecio y obtuvo el 10% delas piezas.

El mismo problema surgió cuando sedescubrieron los restos de barcos de lacompañía, frente a Australia Occidental. ElGobierno australiano consideró que más de300 años sin intentar encontrar esos bar-cos, equivalían a un abandono. Los PaísesBajos tenían otra opinión. El problema que-dó resuelto en 1972 con un acuerdo entreAustralia y los Países Bajos referente a lospecios neerlandeses antiguos. En él se es-tipula que los Países Bajos "transfieren aAustralia todos sus derechos, títulos e in-tereses relativos a los pecios de la VOCencallados en o frente a las costas del Es-tado de Australia Occidental, y a cualquierobjeto relacionado con ellos".

Cuanto más nos remontamos en eltiempo, menos se plantean esas cuestiones.¡Es poco probable que venga un propieta-rio de una galera fenicia! Pero pueden sur-gir otros problemas, especialmente si elpecio se halla fuera de las aguas territoria-les o de cualquier otra zona cuya sobera-nía reivindique un Estado (por ejemplo,Irlanda y Australia con respecto a su plata-forma continental).

Y ¿qué sucede si dos grupos de busca-dores dicen haber descubierto el mismoyacimiento y desean trabajar en él de for-ma separada? Ambos pueden solicitar a untribunal que le declare propietario de cual-quier objeto que se extraiga del yacimien-to. Así, un tribunal de Virginia concedió lacondición de salvadora y propietaria delTitanic a la empresa norteamericana RMSTitanic y le otorgó los derechos exclusivossobre los objetos que sacara del pecio, aun-que éste se encuentre a cientos de millasdel territorio americano. A pesar de tal de-cisión, tendría problemas para impedir quealguien no relacionado con Estados Uni-dos fuera a ese lugar.

¿ M I L I TA R O C I V I L ?Por otra parte, muchos Estados reivindi-can la inmunidad soberana de sus barcosde guerra, aviones militares y objetos rela-cionados con ellos. Esto significa que hayque pedir la autorización del país cuya ban-dera ondea en el barco, antes de empren-der cualquier actividad, aunque se halle enaguas de otro Estado. Preguntas: ¿hasta quéperíodo del pasado se aplica esta obliga-ción? o ¿qué es exactamente un barco deguerra? Hasta 1856, los navíos corsarios -oficialmente autorizados a apoderarse delos barcos enemigos y de su cargamento-solían suplir a las fuerzas navales conven-cionales. ¿Qué sucedería con una reivindi-cación de inmunidad soberana para estetipo de navíos?

Ante todas estas incertidumbres, es di-fícil prever cómo puede explotarse unpecio, preservándo los datos arqueológicosy los objetos sin valor comercial que con-tiene. Es otro quebradero de cabeza paralos redactores de un futuro convenio inter-nacional.

Patrick O’KEEFEAsesor de gestión y derecho del patrimonio

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EL RESCATE DEL MARY ROSELa excavación y recuperación del Mary Rose, un navío de guerra de los Tudor (siglo XVI),es un trabajo de arqueología submarina ejemplar. También muestra que las tareas como esta

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El Mary Rose fue construido entre 1509 y 1511 para servir en la marina deEnrique VIII, hasta que se hundió frente a las costas de Inglaterra en 1545. Losfranceses aseguran que uno de sus cañones lo envió al fondo, pero más bienparece que simplemente iba sobrecargado o que fue víctima de una falsamaniobra.

Tras el fracaso de los primeros intentos de rescate, el pecio cayó en el olvido.Fue redescubierto en 1971 y progresivamente se fueron descubriendo y estu-diando los contornos de su casco. Siete años más tarde, apareció una grieta enla proa, que permitió a los arqueólogos echar un vistazo al interior. Por suerte,una gran parte de los efectos personales de la tripulación se habían conservado,así como las provisiones del barco. El casco se consideró recuperable, creándoseen enero de 1979 el Mary Rose Trust, con el objetivo "de encontrar, registrar,excavar, sacar a flote, llevar a tierra, preservar, estudiar y exponer parasiempre en Portsmouth el Mary Rose".

"Aunque el objetivo era sacar a flote el casco en la medida de lo posible, explica Christopher Dobbs, de la Fundación Mary Rose, ladecisión de seguir adelante no se tomó hasta enero de 1982, cuando se disponía de toda la información necesaria". La embarcaciónfue sacada a flote el 11 de octubre de 1982. Cerca de 60 millones de telespectadores del mundo entero presenciaron la operación graciasa la primera transmisión en directo desde el fondo del mar. El rescate duró ocho horas, para evitar el efecto de aspiración. Cuando elpecio había sido arrancado suavemente del fango, una enorme grúa flotante lo desplazó para depositarlo en una "cuna" especial. Elconjunto, que pesaba 580 toneladas, fue trasladado a la orilla. El agua del interior del casco fue bombeada para reducir la carga.

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son a largo plazo. El interés que ha despertado en el público ha permitido financiarla sin recurrira los fondos públicos.

Un miembro del equipo encargado de laconservación inspecciona la popa del barco,que se encuentra en un refugio especial-mente construido al efecto, cerca del lugardonde fue construido originalmente.

Durante 12 años después de ser sacadoa flote, el Mary Rose se roció todos los díascon agua dulce, colocándose en pie sucasco y sus puentes. En 1994 empezó laconservación activa, empleando cera solu-ble en agua -el polietileno glicol- que, alcabo de 10 años, sustituirá el agua contenidaen la madera y revestirá el casco. El peciose secará entonces lentamente, para suprimircualquier residuo de moho.

El edificio donde se guarda el MaryRose alberga, entre otros, unas galerías deexposición equipadas con aire acondicio-nado y pantallas de protección contra losconservantes químicos.

Se han recogido más de 19.000 objetos, ensu mayoría banales. Pero el pecio haaportado mucho más: ha enriquecido engran medida nuestro conocimiento de laarquitectura y de la construcción naval entiempos de los Tudor, y de la vida de latripulación. Y no ha terminado de revelarnossus secretos.

Este destacable pecio también ha afi-nado la habilidad de los arqueólogos sub-marinos. Quinientos buceadores aficiona-dos, coordinados por un pequeño equipo dearqueólogos profesionales, efectuaron28.000 inmersiones para excavar el barcoentre 1979 y 1982. Su trabajo ha demostradoque es igual de posible excavar y estudiaryacimientos submarinos que yacimientosterrestres.

En 1982, el proyecto del Mary Rosehabía costado ya 2,8 millones de dólares,financiados por patrocinadores privados,fondos recaudados por el Mary Rose Truste ingresos turísticos. Más de 4,25 millonesde personas lo han visitado.

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Una confianza excesiva en la tecnolo-gía le mató. Considerado insumer-

gible, el Titanic se hundió tras chocar conun iceberg durante su viaje inaugural, en1912, provocando la muerte de cerca de1.500 personas. Pero la tecnología contem-poránea también hace milagros: los restosdel Titanic emergieron en 1985.

Aquel año, en colaboración con elIFREMER (Instituto Francés de Investiga-ción para la Explotación del Mar), un gru-po de especialistas estadounidenses dirigi-do por Robert D. Ballard, oceanógrafo yex oficial de la marina, consiguió localizarlos restos a 500 km de Terranova (Canadá)y casi 4.000 metros de profundidad, gra-cias a un robot de cuatro metros llamadoArgo. Con sus cámaras de vídeo y a travésde cables de fibra óptica, el robot pudotransmitir imágenes de la nave sumergida,cuya proa yacía a 800 metros de la popa.

Tras este éxito, Ballard volvió al lugaren 1986 equipado con Alvin, un submari-no de bolsillo de la marina norteamerica-na, capaz de llevar a tres personas hastauna profundidad de 4.000 metros. Estabadiseñado para localizar restos de aviones einstalar micrófonos a grandes profundida-des y él lo utilizó como submarino de re-conocimiento en miniatura, desde el cualse dirigía un robot de un metro llamadoJason Junior, que había construido para lamarina norteamericana. Este tipo de arte-factos teledirigidos desde la superficie odesde un submarino, ha revolucionado lastécnicas de exploración de las grandes pro-fundidades. Gracias a las cámaras de vídeo

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¡BIENVENIDO A "TITANIC LAND"!En la historia de la marina, ningún nombre evoca mejor las promesas y las trampas del progresotécnico como el Titanic. Con todo su séquito de dinero.

y de fotografía y a los potentes focos de surobot, Ballard logró mostrar por primeravez imágenes del paquebote hundido. Elojo de la cámara circulaba por dentro y fue-ra del barco, desplazándose entre los mi-les de objetos dispersos en torno a los res-tos: trozos de carbón, porcelana, botellasde vino, zapatos. Aparentemente no que-daba ningún resto humano.

Al principio, Ballard propuso que serecuperaran y restauraran los objetos, paraque sirvieran como memorial de los nau-fragados. Más tarde renunció, después deque los herederos y las asociaciones afec-tadas de todo el mundo se quejaran de vio-lación de sepultura. Sin embargo, el equi-po francés regresó al lugar en 1987, aso-ciado al hombre de negocios neoyorquinoGeorge Tulloch, que había fundado la em-presa RMS Titanic Inc. En virtud del dere-cho internacional (que da prioridad a quien

halla un objeto, en detrimento de quien loha perdido), este equipo obtuvo así el de-recho de rescate de los restos, siendo elprimero en recuperar algunos objetos gra-cias al submarino francés Nautile. ElNautile, dotado de brazos articulados ca-paces de desplazar masas de más de 100kilos, pudo sacar a la superficie 4.000 ob-jetos, a menudo fijándolos a flotadores lle-nos de gasóleo o de una espuma especial,más ligera que el agua pero incompresiblea grandes profundidades.

Tras comprometerse a no tocar el cuer-po del barco y a no comercializar los obje-tos recuperados, RMS Titanic Inc. restau-ró y expuso muchos de ellos en Europa,

antes de su presentación en Norteaméricael próximo abril. "De todos modos, si sehubieran quedado allí, señala el historia-dor del Titanic Charles A. Hass, habríanacabado desapareciendo. Y ya que los po-deres públicos no dan ni un centavo parala arqueología submarina, hay que buscarotras fuentes de financiación". Porque latecnología es muy cara. RMS Titanic Inc.,que ha invertido 20 millones de dólares enla operación, no descuida nada pararentabilizarla. Dado que el Titanic se llevóconsigo 12.000 botellas de cerveza Bass,esta empresa ha pagado 250.000 dólarespara que los ganadores de las loterías queorganiza puedan seguir algunas expedicio-nes. El cine de las grandes profundidadestambién puede aportar fondos: la cadenade televisión por cable Discovery Channelaceptó pagar tres millones de dólares paradifundir imágenes del Titanic.

PER IPEC IASPero el punto culminante de la operaciónse alcanzó el 31 de agosto de 1996. Esedía, RMS Titanic Inc. empezó a subir, ata-do a cuatro flotadores, un fragmento delcasco de casi ocho por siete metros, quepesaba cerca de 14 toneladas y tenía cua-tro ojos de buey intactos. La idea era izar-lo a bordo de un barco con destino a Nue-va York, para culminar simbólicamente lafunesta travesía emprendida 85 años antesen Southampton (Inglaterra). Le seguíandos cruceros, cuyos pasajeros habían pa-gado 6.000 dólares para asistir al aconte-cimiento. Pero la mar se agitó y el Titanicse hundió de nuevo.

Gracias a un emisor de señales acústi-cas con batería para dos años, "el equipode salvamento no se da por vencido", afir-ma Philip S. Pennellatore, portavoz deRMS Titanic.

De modo que habrá nuevas peripecias.Gracias a los submarinos, a los robots y alos sonares, la exploración de las grandesprofundidades ya no tiene nada que envi-diar a la del espacio. Una pregunta sigueabierta: ¿quién utilizará esos instrumentosy quién se aprovechará de los descubri-mientos que ellos permiten?

William J. BROADCorresponsal del New York Times

T E M A C E N T R A L

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Otros buzos desmontaron mástiles, vergasy aparejos. Atando esos cables a unos pon-tones sumergidos que se fueron vaciandode agua, levantaron el Wasa, que por finsalió del fondo del mar en 1961, bajo elojo de las cámaras de televisión y los aplau-sos de historiadores y arqueólogos. Era elpecio más antiguo del mundo que volvía ala superficie, batiendo en 130 años al céle-bre Victory de Lord Nelson.

Sin embargo, la dificultad no estabaúnicamente en sacar a flote el barco, sinoen conservarlo. Sometiendo la nave al cho-rro constante de extintores, los expertos in-ventaron el "método del glicol": se impreg-na con este producto la madera de roble,para impedir que se agriete al secarse.

"El Wasa ha proporcionado una grancantidad de datos inéditos sobre la cons-trucción naval de esa época", opina KlasHelmersson, director interino del Museo.Aunque una carta dirigida al rey GustavoAdolfo II describe el naufragio, éste seguíasiendo un enigma. Según una teoría muyantigua, los 64 cañones del Wasa no ha-bían sido estibados y provocaron el nau-fragio al rodar sobre el puente. Pero ahorasabemos que el peso de las piedras quelastraban la quilla era insuficiente paraestabilizar el barco.

"Sobre todo, añade Helmersson, pode-mos explorar esa época con precisión". ElWasa abre una ventana al pasado, ilustran-do la vida de a bordo en el siglo XVII. Losarqueólogos registraron hasta el último rin-cón de la nave, que contenía 500 escultu-ras y objetos cotidianos: relojes, juegos, te-nedores, zapatos, una biblia, herramientas

15. . . . . .

La joya de la armada sueca, el Wasa, sehizo a la mar el 10 de agosto de 1628

para darle una lección al enemigo polaco.La multitud se agolpaba en los muelles yestallaban los vivas. Pero al cabo de pocosminutos de haber soltado amarras para ha-cer su primer viaje, la nave de guerra sehundió con bienes y personas. Fue uno delos fracasos más estrepitosos de la historiaescandinava.

Tres siglos más tarde, el Wasa vuelve afascinar a las muchedumbres, ahora comoatracción turística. Desencallado y restau-rado gracias a las maravillas tecnológicas,es la pieza central del único museo suecocapaz de autofinanciarse. Con 750.000 vi-sitantes al año, el Museo Wasa de Estocol-mo recaudó casi cinco millones de dólaresen 1996.

Las investigaciones para localizar elWasa se iniciaron inmediatamente despuésdel naufragio, pero nadie se preocupó se-riamente de ponerlo a flote hasta 1956,cuando un ingeniero sueco, Anders Fran-zén, utilizó un "detector de madera" fabri-cado por él para ubicar el barco. Él estabaconvencido de su buen estado de conser-vación, ya que el agua salobre y helada te-nía que haberlo protegido de los ataquesde las tarazas (unos moluscos que excavangalerías en la madera sumergida). Lossubmarinistas confirmaron sus prediccio-nes y el gobierno, con el apoyo de la in-dustria privada, inició los preparativos parasacarlo a flote. Los buzos necesitaron tresaños para hacer pasar unos cables de aceropor unos túneles excavados a chorro bajoel vientre del navío de 1.400 toneladas.

LA GLORIA TARDÍA DE UN NAUFRAGIOO como transformar un triste episodio de la historia sueca -el naufragio de una suntuoso navíode guerra durante su botadura- en un éxito turístico y cultural.

de carpintero y las más antiguas pipas dearcilla suecas. También descubrieron el es-queleto de 25 de los 50 hombres y mujeresque se hundieron con el barco, entre losque estaba el de un marinero con una bol-sa de cuero en la cintura.

Hasta 1990, el Museo Wasa ocupabaun edificio roído por la herrumbre, a cau-sa del 98% de humedad necesario para laconservación del barco. Hoy, un edificiomejor adaptado, con salas de proyección yordenadores, alberga el Wasa. Allí puedeobservarse una reconstrucción de loscompar-timentos del comandante y lascureñas de los cañones. "Los suecos em-piezan a interesarse por ese período deprofundos cambios sociales, afirma KlasHelmersson. Bajo Gustavo Adolfo II, Sue-cia se convirtió en una gran potencia eu-ropea".

NAV ÍO V IRTUALAdemás del navío, los cientos de objetosexpuestos bastan para desatar la imagina-ción de los jóvenes. No sólo exploran eluniverso cotidiano de los marinos, sino quepueden reconstruir el barco y corregir susdefectos sobre el ordenador. En la pantallaconstruyen sus propios barcos y estable-cen sus dimensiones, su potencia de fue-go, su número de mástiles y lastre, obser-vando así que si el Wasa, con sus 69 m delongitud y 51,5 m de altura, hubiera teni-do sólo 0,4 m más de anchura que los 11,3m, el accidente seguro que no se hubieraproducido. Porque la altura de los másti-les, el peso de los cañones y la insuficien-cia del lastre se combinaron para conde-narlo.

La gloria tardía del Wasa abre nuevosinterrogantes y nuevas esperanzas paraotros rescates en el archipiélago sueco delBáltico. Los historiadores conocen la exis-tencia de 12 naves de guerra de los siglosXVI y XVII, de las que seis están todavíapor localizar. Entre las aguas salobres y he-ladas que los protegen de las tarazas y lasleyes suecas que les dan el rango de anti-güedades nacionales propiedad del Esta-do, las perspecivas para descubrir y explo-tar otros tesoros históricos resultan prome-tedoras.

Petter KARLSSON,Estocolmo

E N 1 9 6 1 , E LW A S A V U E LV E

A F L O T E ,C A S I I N TA C T O

( F o t o ©M u s e o W a s a ,

E s t o c o l m o ) .

D e s e n c a l l a d u r a

F U E N T E S U N E S C O N ° 8 7 / F E B R E R O 1 9 9 7

T E M A C E N T R A L

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L A SE X C A V A C I O N E SH A NP E R M I T I D O L ARECONSTRUCC IÓNV I R T U A L D E LF A R O( F o t o ©G e d e o n / E nM a c h i n e /S y g m a ) .

Las cercanías de la isla de Faros, frentea Alejandría, están pobladas de extra-

ñas criaturas. A siete metros de profundi-dad se encuentran esfinges, mujeres y hom-bres de dimensiones imponentes, perdidosen un campo de ruinas.

Los arqueólogos submarinos están en-cantados, pues creen haber encontrado losrestos de la séptima maravilla del mundo:el Faro de Alejandría. Los aficionados alsubmarinismo pronto podrán compartir suentusiasmo, si llega a buen puerto el pro-yecto de transformar ese formidable yaci-miento en un parque arqueológico subma-rino. Éste será el tema de un taller que re-unirá a arqueólogos, especialistas del me-dio ambiente marino y responsables enAlejandría, del 7 al 11 de abril, a iniciativade la universidad de esta ciudad, de laUNESCO y del Consejo Superior de Anti-güedades (CSA) egipcio. Esta fórmula,impulsada por Hassan el Banna, de la Fa-cultad de Ciencias, y Selim Morcos, ase-sor de la UNESCO, garantizaría la conser-vación de los vestigios allí donde la histo-ria los ha dejado.

T E R R E M O T O SLa historia del Faro empieza en el siglo IIIa. de J.C., cuando Tolomeo II lo mandóconstruir siguiendo una idea de su padre.El Faro tenía 100 m de altura en un patiocolumnado. Se asentaba sobre un pisooctogonal situado encima de una base cua-drada, y sostenía un nivel cilíndrico conuna linterna en su cima, coronada por unaestatua de Poseidón. Pero entre los siglosIV y XIV d. de J.C., una serie de terremo-tos acabó con él. Cuando el viajero árabeIbn Battuta lo visitó en 1349, lo encontró"en tal estado de ruina que era imposiblepenetrar en él". Al cabo de más de un si-glo, el sultán mameluco Ashraf Qaitbaymandó construir un fuerte en ese sitio.

¿Qué fue del faro? Algunas partes fue-ron recuperadas e incorporadas al fuerte,mucho más pequeño. Pero hasta hace poconadie se preocupó mucho del cuerpo deledificio ni de las estatuas, que reposabanen el fondo del mar. Aunque las autorida-des conocían el sitio, hubo que esperar has-ta comienzos de los años sesenta para queun submarinista alejandrino solicitara a lamarina que recuperara una estatua colosal

E x c a v a c i o n e s

La séptima maravilla del mundo -el Faro de Alejandría- resurge. Los turistas aficionadosal submarinismo pronto podrían acudir a Egipto para descubrirlo.

NUEVA LUZ SOBRE FAROS

que representaba a una reina tolemaica conrasgos de Isis. A petición de las autorida-des, el submarinista británico Honor Frostllevó a cabo, en 1968, un estudio prelimi-nar patrocinado por la UNESCO. Pero elyacimiento volvió a caer en el olvido porfalta de arqueólogos especializados y por-que se convirtió en zona militar.

No volvió a asomar hasta comienzosde los noventa. Mientras rodaba unas se-cuencias submarinas, la directora Asmaael Bakri observó un dique de hormigón quese estaba construyendo sobre unos restos,con el fin de proteger el fuerte Qaitbay. La

campaña de prensa posterior llevó al CSAa suspender las obras, permitiendo que unamisión realizara excavaciones de salva-mento. Éstas se iniciaron en 1994 bajo ladirección de Jean-Yves Empereur, jefe delCentro de Estudios Alejandrinos (CEA), ycubren una zona de cerca de 2,25 ha alnoreste del fuerte. Se han inventariado, lim-piado, fotografiado y ubicado en un planomás de 2.000 piezas. Los fondos provie-nen del Instituto Francés de ArqueologíaOriental (IFAO) y de patrocinadores fran-ceses privados.

La profusión y el amontonamiento deobjetos de épocas distintas -faraónica,tolemaica y romana- han complicado latarea de los arqueólogos. Pero el análisisinformatizado de los mapas del sitio y elexamen de cada bloque han permitido dis-tinguir dos tipos de elementos. SegúnEmpereur y Jean-Pierre Corteggiani, unegiptólogo del IFAO, la presencia de es-finges y de inscripciones jeroglíficas se

explica por la costumbre tolemaica dereutilizar los vestigios faraónicos. Algunosde ellos, mezclados con elementos hele-nísticos y romanos, fueron lanzados al mara fines de la época romana y en tiempos delos mamelucos, para proteger el puerto deAlejandría.

El otro tipo está formado por bloquesmucho más pesados, de 50 a 70 toneladas.Su tamaño indica un monumento enormey algunos están rotos en dos o tres peda-zos, lo que muestra que cayeron de lo alto.Empereur y sus colaboradores se mantie-nen en sus trece: se trata de restos del Faro

de Alejandría. Se han recuperado, restau-rado y expuesto en el anfiteatro de Kom elDikka, en Alejandría, unas treinta piezas.

Estas excavaciones no sólo podrían te-ner importantes efectos turísticos, sino quehan abierto nuevas perspectivas para losarqueólogos egipcios. El CSA ha creado,hace dos meses, un departamento de ar-queología submarina. No obstante, lacontinuación de la campaña está en sus-penso. Mientras que los arqueólogos quie-ren que se desmantele el dique de hormi-gón destinado a proteger el fuerte, espe-cialmente para extraer los elementos delFaro bloqueados por el mismo, el serviciode antigüedades ha pedido que se dejen desubir restos, tras haber sido acusado deprivilegiar un yacimiento preislámico endetrimento del fuerte mameluco. Ojalá lareunión de abril permita calmar la tempes-tad que se avecina.

Sophie BOUKHARIy Hala HALIM, Alejandría

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clásicos de la literatura latinoamericana.

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Ediciones UNESCO/Asociación Archivos.

P L A N E T A

To d o s l o s a r t í c u l o s p u e d e n s e rl i b r e m e n t e r e p r o d u c i d o s .

F U E N T E S U N E S C O

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la duración de la escolarización, no dis-minuye la exigencia de ofrecer una forma-ción suplementaria o complementaria amillones de jóvenes y adultos cuya foma-ción, aunque mejor que la de sus padres,sigue siendo inadecuada frente a las nue-vas exigencias del mercado de trabajo yde la sociedad, reconoció Paulo Renato deSouza, ministro brasileño de educación.

"Un c an t o a l a v i da y a l m i smo t i empo e lc an t o de l a mue r t e r e c o rdado po r l a s 48fo t o s d e l a s v í c t ima s , r eun i da s g r a c i a s at r e s me se s de bú squeda po r l a s f a ve l a sde Sao Pau l o " , exp l i c a A l ex Pe i r ano

Cha con , a r t í f i c e d e un c a l enda r i o pa ra1997 r ea l i z ado po r l a ed i t o r i a l b r a s i l e ñaG rá f i c o s Bu r t i . S e l e c c i onado s en t r e má sde 2 .000 ob ra s p r o c eden t e s d e 70 e s c ue -l a s y c en t r o s d e 15 e s t ado s b r a s i l e ño s ,l o s d i bu j o s que l o f o rman s e exponen ,c on o t r o s 150 , en l a UNESCO , de l 21 deene ro a l 13 de f eb r e ro . Van a compañado sde f o t og ra f í a s d e n i ño s a s e s i nado s en l o sdo s ú l t imo s año s . L o s b ene f i c i o s d e s uven t a s e de s t i na rán a l p r og rama de l aUNESCO pa ra l a edu ca c i ón de l o s n i ño sb ra s i l e ño s de sampa rado s .

El pasado junio se celebró en laUNESCO el simposio internacional"DE LAS INSEGURIDADES PARCIALES ALA SEGURIDAD GLOBAL". Su objetivoera iniciar un diálogo con "losinstitutos de defensa y los centros deestudios estratégicos de distintospaíses y, a través de ellos, con lasfuerzas armadas, con la convicción deque deben desempeñar un papel esen-cial en la construcción de una culturade la paz". Las actas de esa conferen-cia, que reunió a cerca de 200participantes, acaban de publicarse.

☛ S e r v i c i o d e l a D o c u m e n t a c i ó n ,O f i c i n a d e I n f o r m a c i ó n a l P ú b l i c o

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E L C A L E N D A R I O P R E S E N TA D O A L A M A D R E D EU N O D E L O S N I Ñ O S A S E S I N A D O S ( I Z Q U I E R D A ) )( F o t o © C a m é r a 1 / S a m u e l I a v e l b e r g ) .

L A E D U C A C I Ó N D E A D U LT O S , " U N AO B L I G A C I Ó N S O C I A L " ( F o t o U N E S C O /

M i n i s t e r i o d e E d u c a c i ó n d e C o l o m b i a ) .

A las puertas del siglo XXI, un 17% de losadultos lationamericanos son anafabetos,según estadísticas prudentes. Sólo en Bra-sil son más de 25 millones. Su situación seha agravado desde que la inserción en elmundo laboral y en la vida de su comuni-dad requiere una gran capacidad para ad-quirir, actualizar y aplicar unos conocimien-tos que van más allá del control rudimenta-rio de la escritura y del cálculo.

La conferencia regional preparatoria(Brasilia, 22-24 de enero) de la quinta con-ferencia internacional sobre la educación deadultos (Hamburgo, julio de 1997) ha esta-do inmersa en un clima de polémica. Paramuchos especialistas presentes en la capi-tal brasileña, los resultados conseguidos sonmuy modestos, incluso en cuanto se refierea las iniciativas dirigidas a los jóvenes yadultos fuera de la enseñanza formal. Paralos más críticos, esta modestia se debe a las"concepciones neoliberales que se han apo-derado del continente".

P O L A R I Z A C I Ó NLos representantes oficiales se esforzaronpor evitar un debate ideológico, pero admi-tieron que los esfuerzos chocan con laineficacia de los métodos de enseñanza ycon dificultades de todo tipo. Incluso reco-nocieron que, a veces, la educación de losciudadanos que han superado la edad deescolarización, no es una prioridad de losgobiernos, que se concentran en la enseñan-za básica y formal.

La polarización de los debates fue evi-dente desde la sesión inaugural, con las in-tervenciones del mexicano Carlos Núñez,presidente del Consejo de Educación deAdultos de América Latina, y de las autori-dades del país anfitrión. El primero atribu-yó a la aplicación de concepciones neoli-berales las carencias de la educación deadultos y la disminución de varios indica-dores sociales de la región. Al concentrarlos esfuerzos en la educación formal de losniños en edad escolar y al dejar de lado alos adultos y a los demás jóvenes, se llega,según Núñez, "a la constitución de un ejér-cito de personas que nunca conseguiránocupar un puesto de trabajo en una econo-mía globalizada".

"La mejora general de los indicadoreseducativos en lo que se refiere al acceso y

¿EN LA ESCUELA O FUERA?¿Bastará una escuela mejor para poner fin al analfabetismoy a la inadaptación a los nuevos empleos en Latinoamérica?

E d u c a c i ó n

Nuestra posición, síntesis de las polí-ticas de gran parte de los gobiernos deAmérica Latina, consiste en reafirmar queel principal objetivo de la política educa-tiva es ofrecer una formación adecuada, ala edad deseada, en la enseñanza básica,para poner fin a las repeticiones y a losabandonos, y aumentar así la proporciónde alumnos que la terminan. Esta actitudeliminará en gran medida la necesidad deeducación de los jóvenes y de los adultos,dejando aparte la formación continua".

Para Jorge Werthein, representante dela UNESCO en Brasil, "la educación deadultos, en América Latina y especialmen-te en Brasil, va íntimamente ligada a laextrema pobreza y a la exclusión social deamplios sectores de la población. Se tratade una obligación social con aquéllos quenunca han accedido al sistema educativoo cuya escolarización ha sido muy escasa.La educación de adultos adquiere así uncarácter eminentemente transitorio".

F U E N T E S U N E S C O N ° 8 7 / F E B R E R O 1 9 9 7

P L A N E T A

Han t r an s cu r r i do 1 .700 año s de sde l af unda c i ón de S P L I T ( C r oa c i a ) c on e lpa l a c i o d e l empe rado r r omanoD i o c l e c i ano . Pa ra c onmemora r e s ean i v e r s a r i o , d e l 6 a l 16 de ene ro s ep r e s en t ó en l a UNESCO una expo s i c i ón

donde s e mo s t r a r on p i e za s a r queo l óg i c a so r i g i na l e s , ob j e t o s c o t i d i ano s an t i guo s ,t r a j e s na c i ona l e s , a s í c omo cuad ro s ye s cu l t u r a s c on t empo ráneo s , t e s t imon i o sde l a r i queza de l pa t r imon i o c u l t u r a l eh i s t ó r i c o de e s t a c i udad i n s c r i t a , d e sde1979 , en l a L i s t a d e l Pa t r imon i oMund i a l .

Alrededor de cincuenta científicos derenombre, expertos en salud pública,ingenieros y especialistas representan-tes de organizaciones internacionales,participaron en la octava sesión delComité Científico y Técnico de laDécada Internacional de la PREVEN-CIÓN DE CATÁSTROFES NATURALES(1990-1999), celebrada en laUNESCO del 20 al 24 de enero. Sehizo hincapié en la responsabilidadde la educación para hacer surgir una"cultura de prevención» y permitir elpaso «de una respuesta pos-catástrofea una prevención pre-catástrofe",como señaló el director general.

19. . . . .

Secundado por los representantes devarios países, Werthein defendió, pues, unamodernización creativa de las institucio-nes públicas, no gubernamentales y priva-das, así como una mayor articulación en-tre ellas, para cubrir el déficit educativo,especialmente de los jóvenes y de los adul-tos. Citó al director general, Federico Ma-yor: "La UNESCO trabaja para los máspobres, los más expuestos a la exclusión,los más desfavorecidos en términos de ac-ceso al saber, los más vulnerables". Y con-cluyó que la conferencia demostraría queeste compromiso no era únicamente el dela Organización.

Para la viceministra de educación deCosta Rica, María Eugenia Peniagua, elenfoque dado a la educación de los jóve-nes y adultos debe cambiar. "Cada paísposee su propio ritmo y por consiguientedebe hallar su propio camino", señaló. Cri-ticó también la actitud de las ONG que,en su opinión, deben "dejar de ver estacuestión como algo que afecta únicamen-te a los 'pobres y marginados'".

A C T I T U D C R Í T I C AComo era de prever, las ONG presentesen Brasilia adoptaron una actitud crítica.Opinaron que los jóvenes y los adultosnecesitan y tienen derecho a programaseducativos específicos, por muy difícilesque sean su planificación y su aplicación.Afirmaron que, a causa de factores estruc-turales que caracterizan a las sociedadeslatinoamericanas y que no pueden cam-biarse a corto plazo, incluso los sistemaseducativos más eficientes serán incapacesde impedir la aparición de nuevos batallo-nes de jóvenes y de adultos marcados concarencias educativas.

Según sus análisis, las políticas oficia-les son incapaces de responder correcta-mente a dos aspectos distintos de este pro-blema: las distorsiones que actualmenteimpiden todavía que sectores enteros dela población entren en la modernidad, ylas transformaciones vinculadas a esaposmodernidad, que amenazan con provo-car excluidos sociales de un tipo nuevo, aimagen de lo que está sucediendo en lospaíses desarrollados. Es necesario educara ciudadanos que no consiguen un empleoporque son analfabetos o están pocoescolarizados, así como formar a los tra-bajadores que están amenazados por eldesempleo porque el sistema productivo

les exige otros conocimientos o aptitudes.En ninguno de los dos casos la educaciónformal responde correctamente a esas ne-cesidades.

A pesar de sus divergencias, los parti-cipantes lograron emitir un documento fi-nal consensuado. Así, al mismo tiempo quereafirma la responsabilidad ineludible delEstado para garantizar el acceso de todos auna educación básica de calidad, el textoapoya la necesidad de "crear mecanismosinstitucionales que permitan una articula-ción entre los distintos agentes e instancias"que participan en el proceso educativo, in-cluidas las ONG.

P R O C E S O P E R M A N E N T EAdemás de hacer un llamamiento a la inte-gración de la educación de los jóvenes y delos adultos en un proceso permanente einstitucionalizado, el documento propugnael aprovechamiento del saber práctico acu-mulado por los educadores populares, la ex-tensión de este tipo de educación, la instau-ración de cursos flexibles, diversificados yparticipativos, la utilización de los mediosde comunicación y la creación de progra-mas destinados en particular a la formaciónde educadores de jóvenes y de adultos.

La conferencia decidió también quehabía que asegurar una financiación ade-cuada de la educación de adultos, proceden-te de distintas fuentes y según criterios deigualdad y de discriminación positiva de losgrupos sociales desfavorecidos. Tambiénhace un llamamiento a revisar el conceptode alfabetización y a garantizar el derechoa la educación de las jóvenes y de las muje-res, sobre todo de aquéllas que han tenidouna maternidad precoz. La cuestión de losgéneros masculino y femenino fue objetode una recomendación referente, en concre-to, a la eliminación del sexismo de los con-tenidos pedagógicos, para garantizar laigualdad de oportunidades de formación yde capacidades profesionales.

En opinión de los participantes, las con-ferencias regionales y de Hamburgo mar-carán la educación de los jóvenes y de losadultos del mundo entero. Por ello propu-sieron la creación de observatorios de con-trol de la ciudadanía, de alcance regional,para supervisar la aplicación de las deci-siones adoptadas en esas conferencias.

Carlos MÜLLER,Brasilia

M A R K O M A R V L I C ( 1 4 5 0 - 1 5 2 4 ) , PA D R E D E L AL I T E R AT U R A C R O A TA ( F o t o U N E S C O / M . C l a u d e ) .

E d u c a c i ó n

P L A N E T A

To d o s l o s a r t í c u l o s p u e d e n s e rl i b r e m e n t e r e p r o d u c i d o s .

F U E N T E S U N E S C O

F U E N T E S U N E S C O N ° 8 7 / F E B R E R O 1 9 9 7

"La religión siempre ofrece respuestas,cosa que no hace la ciencia, insinuabaPeter Bridgewater, director general de laAgencia Australiana para la Conservaciónde la Naturaleza. A lo largo de los añoshemos dado respuestas de las que habría-mos tenido que dudar... Hemos hecho de-masiadas promesas a nuestros amos polí-ticos".

20. . . . . .

" T E N I E N D O E N C U E N T A M IR E S P O N S A B I L I D A D P A R A C O N L A S O C I E D A D ,

M E P R E G U N T O S I N O D E B E R Í A P A R A R M EA Q U Í " ( © S i d n e y H a r r i s ) .

"Si alguna vez ha habido un siglo de la cien-cia, es éste", declaraba el físico indio Mam-billikalathil Menon en la sesión inauguraldel Consejo Consultivo Científico Interna-cional de la UNESCO, compuesto por 56científicos eminentes, entre los que hay sietepremios Nobel. Los días 20 y 21 de enero,el Consejo reflexionó sobre los posibles te-mas y objetivos de una conferencia cientí-fica mundial prevista por la UNESCO para1998 o 1999.

Un coro de elogios ha celebrado loséxitos de la ciencia, desde los primeros pa-sos sobre la Luna hasta el mapa del genomahumano. Pero todo el mundo dejó de con-gratularse cuando los participantes se refi-rieron a la otra cara de los progresos quehan sacudido nuestro siglo. "A los ojos delpúblico, nosotros somos responsables deHiroshima, de Nagasaki y de la invencióndel napalm, reconoció Ernesto Carafoli,presidente de la Organización Internacio-nal de Investigación sobre la Célula. Vamosa crear genéticamente nuevos Hitler. Tene-mos que convencer a la gente de que nosomos tan diabólicos".

R E C O RTA RCada cual tenía su historia sobre la malafama de la ciencia. Nadie respeta ya a loscientíficos ni a sus trabajos. En parte debi-do a las deformaciones sensacionalistas delos medios de comunicación, que así les dana los políticos motivos para recortar los pre-supuestos. Entonces los investigadores tie-nen que renunciar a su curiosidad intelec-tual, en beneficio de intereses comercialesy en detrimento de los intereses a largo pla-zo de la humanidad. La "crisis" ha llegadohasta el sistema escolar que, desde la es-cuela primaria hasta la universidad, ha sidoincapaz de ofrecer una enseñanza científi-ca de la calidad necesaria para atraer -porno hablar de formar- a los magos de maña-na. Ya es hora de que la ciencia se renueve yuna conferencia mundial debe ayudarla.

¿Pero estamos seguros? "¿Por qué te-nemos que defender la ciencia?, se pregun-taba Khotso Mokhele, director de la Fun-dación Surafricana para el Desarrollo de laInvestigación. ¿Por qué la religión ha lo-grado imponerse mientras que a la cienciale ha costado tanto? ¿Dónde nos hemosequivocado los científicos?"

C i e n c i a

AUTOCRÍTICALos científicos deben salir de su torre de marfil si quieren ganarseel aprecio del público y que los responsables les escuchen.

Bande ra s p i n t ada s de 3 m de a l t u r a ,c a r t e l e s , f o t og ra f í a s a c ompañada s depoemas : en t o t a l 250 c r ea c i one s s eexpu s i e r on en l a UNESCO de l 6 a l 16 deene ro , ba j o e l l ema "POR UNA CULTU -R A D E PA Z " .

L A S B A N D E R A S D E L A B A Z O N D E A N E N L AU N E S C O ( F o t o U N E S C O / M i c h e l C l a u d e ) .

E s t a man i f e s t a c i ón mu l t i d i s c i p l i n a r i aque r í a demos t r a r e l c omprom i s o dea r t i s t a s d e una ve i n t ena de pa í s e s af avo r de l a paz , c on mo t i v o de lc i n cuen t ena r i o de l a f unda c i ón de l a sNa c i one s Un i da s y de l o s bomba rdeo s deH i r o sh ima y Naga sak i .

El Repertorio de la red internacionalde información sobre ENSEÑANZA DELAS CIENCIAS Y DE LA TECNOLOGÍA(INISTE), que acaba de publicar laUNESCO, en inglés y francés,proporciona datos sobre las 260organizaciones nacionales, regionalese internacionales que participan enesa red y que trabajan activamente enla mejora de este tipo de enseñanzaen los niveles de primaria y secunda-ria. En él figuran sus ámbitos deactividad, sus responsables, suspublicaciones, sus lenguas de trabajo,a qué grupos van destinados, etc.

☛ División de la Renovación de los

Programas y Estructuras de la Educación

Pero "no existe ni un lugar donde sepuedan debatir esas dudas y ambigüeda-des", recordó el italiano Paolo Fasella, es-pecialista en medicina experimental y bio-química, que citó el reciente escándalo delas vacas locas en Europa: los responsa-bles han autorizado el consumo de carnesospechosa en lugar de prohibirlo, basán-dose en informes científicos poco conclu-yentes. Para él se trata de un ejemplo clá-sico de "crisis seria": "La opinión públicay los Estados no entienden bien los límitesde la ciencia. Y al mismo tiempo, los go-biernos toman decisiones por razones po-líticas y les gustaría atribuirlas a la cien-cia porque esto tranquiliza a la gente".

"Comunicar hechos científicos a lospolíticos es especialmente difícil en unmomento en el que los políticos se pasantoda su carrera planificando estrategiaselectorales, explicó el asesor e ingenierobritánico Martin Lees. Sencillamente nosaben gestionar el riesgo".

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P L A N E T A

A pe sa r d e que Á f r i c a puedevanag l o r i a r s e de s e r l a " c una de l ahuman i dad " y l a t i e r r a donde s ede sa r r o l l a r on l a t é c n i c a s má s an t i gua s ,a c t ua lmen t e va a r emo l que de l o s d emáscon t i n en t e s en ma t e r i a d e C I ENC IA YTECNOLOG ÍA . Ba j o e l t í t u l o Ve r s uneédu ca t i on s c i en t i f i que e t t e c hno l og i quepou r t ou s en A f r i que , l a O f i c i na Reg i ona lde l a UNESCO de Daka r ha pub l i c ado unaob ra que ma r ca l o s ob j e t i v o s d e e s t aen señanza y p r opone e s t r a t eg i a s pa ra s uap l i c a c i ón , c on e l f i n d e que Á f r i c a y

t odo s s u s m i embro s " s e equ i pen c on l o sc ono c im i en t o s bá s i c o s ne c e sa r i o s pa racomprende r, exp l o r a r y exp l o t a r c ons en sa t e z s u en t o rno f í s i c o y s u s r e cu r-s o s " .

¿Qué lugar ocupa la ENSEÑANZATÉCNICA Y PROFESIONAL en África,dentro del sistema educativo? ¿Cuál essu relación con el mundo laboral? Uninforme recientemente publicado, eninglés y francés, basado en estudiosde casos realizados en 12 países,intenta responder a esas preguntas ypone de relieve "una graninadecuación entre la mano de obraformada y disponible, y las ofertas deempleo del mundo laboral".

☛ O f i c i n a R e g i o n a l d e l a U N E S C OB . P. 3 3 1 1 , D a k a r ( S e n e g a l )

21. . . . .

C i e n c i a

Para demostrarlo, Fasella se remontó a1983, cuando Luc Montagnier solicitó elapoyo de responsables europeos para suproyecto de investigación sobre el sida. Ne-cesitó tres años para lograr convencerles."Tenemos que persuadir a los gobiernosde que es más caro no hacer investiga-ción".

También en eso la ciencia está en des-ventaja respecto a la religión, ya que ésta"no acude a los fondos públicos", señalóWadi Haddad, del Banco Mundial. Loscientíficos tanto de los países ricos comopobres, denunciaron la creciente reticen-cia de los gobiernos a financiar la investi-gación, dejándole a la industria no sola-mente el cometido de pagar la factura, sinotambién de encargar los resultados que seesperan.

No hay que olvidar, recordó MartinLees, que "los gobiernos recortan por to-das partes: enseñanza, sanidad y tantosotros sectores, ciencia incluida. En lugarde pedir más dinero, tenemos que cambiarnuestra manera de ver. Como sucedió conel medio ambiente, hay que pasar de la fi-nanciación pública a un sistema de incen-tivos fiscales".

A N T E O J E R A SMokhele comparte esa opinión. "No mepuedo pasar el tiempo diciéndole a mi go-bierno ‘deme más dinero para algo que meparece importante’. Tenemos que cues-tionarnos", defendió, refiriéndose a las lu-chas internas ("la física y la química si-guen discutiendo sobre la cuestión de sa-ber qué forma la esencia de la vida") y alas dificultades para comunicar con "el ex-terior". "El movimiento obrero, por ejem-plo, está en contra de la ciencia porqueésta elimina puestos de trabajo, añadió.Evidentemente la cosa no es tan simplecomo parece. Pero la ciencia organizada¿ha intentado integrarlo en el debate so-bre las ciencias del futuro? La cienciaconstituye una experiencia plenamentegratificante, pero creo que nos poneanteojeras".

"Si admitimos que las cosas no van tanmal como tendemos a insinuar, ya tenemosuna parte de la respuesta a la pregunta‘¿dónde nos hemos equivocado?’, opinóel físico norteamericano Donald Langen-berg, rector de la Universidad de Maryland.Todos los sondeos realizados en EstadosUnidos muestran que los científicos y la

ciencia gozan de un gran prestigio. Actual-mente, algunos están visiblemente hartosde nuestros lloriqueos. Durante la guerrafría, pudimos justificar fácilmente que laciencia era necesaria para defender nues-tro modo de vida contra ‘ellos’. Y ‘ellos’hacían lo mismo". Evidentemente esto yano sucede. "Pero los científicos insisten:‘si pudiéramos llevar a los políticos a nues-tros laboratorios y mostrarles lo mejor quehacemos’. Más tendría que interesarnos loque el público y los políticos nos puedenenseñar".

Por eso, según él, "una conferenciacientífica mundial no debe ser una reuniónúnicamente de científicos". Políticos, in-dustriales, medios de comunicación y ONGtambién deben estar convenientemente re-presentados.

I R R E A L I S TADe lo contrario, replica Martin Lees, seríairrealista, "como en Alicia en el país de lasmaravillas, ya que ellos tienen el dinero yel poder". Porque, aunque las cosas no va-yan tan mal en un país como Estados Uni-dos, añadió, todavía quedan problemas porresolver, como el de las patentes sobre losgenes. Pero lo más importante es que "laciencia todavía no existe para miles demillones de personas. Parece que sólo seinvierten 60 millones de dólares en la in-vestigación sobre la malaria. Esto es muyinsuficiente comparado con el número depersonas afectadas. El 80% de la investi-gación y desarrollo se realiza en los paí-ses industrializados y los resultados rara-mente llegan a los países en desarrollo. Si-multáneamente, la batalla que estamosperdiendo contra los microbios nos ponea todos en peligro, como se ha visto con elvirus Ebola... Debemos tender la mano alos responsables. De lo contrario, esa con-ferencia sería un gran éxito en el sentidoen que se alcanzaría un consenso interno,pero una tragedia en términos de acciónconcreta".

"En todas partes, a la gente le interesael medio ambiente, las migraciones urba-nas, todas las cuestiones que se refieren ala familia, añadió. Y se dicen: ‘nada nosfunciona”. A lo mejor es necesario que no-sotros, los científicos, nos impliquemosmás en este debate para contribuir a re-solver esos problemas".

A. O.

P L A N E T A

To d o s l o s a r t í c u l o s p u e d e n s e rl i b r e m e n t e r e p r o d u c i d o s .

F U E N T E S U N E S C O

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22. . . . . .

(Dibujo Christophe Champin)

Mientras que en los demás sitios las orga-nizaciones como la UNESCO se debatenpor aumentar el acceso de las chicas y delas mujeres a la educación, en el Caribe elque va rezagado es el sexo masculino.

El catedrático de universidad jamaicanoErrol Miller, asesor de la UNESCO, desta-ca en su libro "Hombres en peligro" que elCaribe es una de las pocas regiones delmundo donde hay más hombres que muje-res analfabetos. En Jamaica, por ejemplo,el 30,8% de los hombres son analfabetos,frente al 18,8% de las mujeres. El índice deescolarización es prácticamente igual paraambos sexos en preescolar y en la escuelaprimaria. Pero en los últimos cursos de laescuela primaria las niñas pasan a la cabe-za, porque los abandonos y las repeticionesson más elevados entre los niños. En lasescuelas de enseñanza secundaria de tipoclásico, con un programa más académico,hay el triple de niñas que de niños. La mis-ma proporción se da en la enseñanza supe-rior: el 63% de los estudiantes matricula-dos en la "University of the West Indies" enel año universitario 1993-1994 eran muje-res.

U N A B I S M O S O R P R E N D E N T EEn cuanto a los resultados, las niñas obtie-nen mejores notas que los niños en los exá-menes de fin de estudios primarios y secun-darios. En los primeros años universitarios,ambos sexos obtienen resultados compara-bles. En cambio, después aparece un abis-mo sorprendente: el 82% de los licenciadosen estudios artísticos y generales, el 60%de los licenciados en derecho y el 53% delos diplomados de medicina son mujeres.Las caribeñas están pues sustituyendo pocoa poco a los hombres en la gestión y en lospuestos intermedios, aunque ellos siguenmonopolizando los empleos mejor remune-rados.

¿Cómo se explica este desfase? Fuerade la escuela, los niños son más libres y lasniñas, mucho más vigiladas, se quedan encasa para cuidar de sus hermanos y herma-nas menores y ayudar en casa. Por otra par-te, las escuelas no ofrecen a los niños mo-delos masculinos positivos: cerca del 90%de los profesores son mujeres; en segundociclo, ellas representan el 75% del profeso-rado.

E d u c a c i ó n

"HOMBRES EN PELIGRO"El Caribe es una de las pocas regiones donde las chicas estudianmás tiempo que los chicos.

El principal peligro de esta situaciónes que la marginación de los hombres delCaribe les conduce al aislamiento y la ex-clusión. Después, las frustraciones les lle-van a muchos a la droga, la violencia conlas mujeres, el bandolerismo y la crimina-lidad. Errol Miller señala no obstante queel Caribe no tiene la exclusividad de estefenómeno. Asegura que actualmente exis-te una tendencia similar en Estados Uni-dos y en los países de la antigua UniónSoviética. Según él se trata incluso de sig-nos que anuncian cambios del mismo tipoen el resto del mundo.

Pue s t o que " e l agua y l a t i e r r a no si n v i t an a uno s s ueño s que de r i van ha c i al a c r ea c i ón " , e l C en t r o UNESCO de Troye s( F r an c i a ) o r gan i za un c on cu r s o i n t e r na -c i ona l d e a r t e s p l á s t i c a s s ob r e e l t ema" T I ERRA Y AGUA" . E s t á ab i e r t o ha s t ae l 15 de ma r zo a l o s j ó vene s de 3 a 25año s , r epa r t i d o s po r edade s . S e a c ep t ant oda s l a s f o rmas de c r ea c i ón ( d i bu j o ,e s c u l t u r a , c o l l a ge , f o t og ra f í a , e t c . ) yt odo s l o s s opo r t e s ( pape l , made ra , t i e r r a ,po l i e s t i r eno , e t c . ) .

☛ C e n t r o p a r a l a U N E S C O L o u i s F r a n ç o i sH ô t e l d u P e t i t L o u v r eB . P. 2 7 9 , F - 1 0 0 0 8

¿Qué es la red del sistema de ESCUE-LAS ASOCIADAS? ¿Cuáles son susobjetivos? ¿Cómo funciona? ¿Cómo sepuede formar parte de ella? ¿Cuálesson sus grandes proyectos? Unmanual en inglés y francés, tituladoMots clés pour participer au systèmedes écoles associées de l’UNESCOresponde a todas estas preguntas

información precisa, ejemplos ysugerencias prácticas. Abierto y noexhaustivo, permite que todos -alumnos, profesores, directores deescuelas y padres- aporten másmaterial y formen su propio dossier.

☛ S e c c i ó n d e l a E d u c a c i ó n H u m a n i s t a ,C u l t u r a l e I n t e r n a c i o n a l

Jamaica, por su parte, ha tomado me-didas para garantizar la igualdad entre lossexos a todos los niveles de la sociedad. Elrector de la "University of the West Indies"ha lanzado un programa titulado "Padres ycompañía", destinado a que los padres pres-ten mayor atención a sus responsabilida-des dentro de la familia, en la medida enque su actitud influye necesariamente so-bre la educación de sus hijos. La UNESCOpretende actuar sobre la base. Un proyectopiloto de educación y de formación de co-nocimientos, lanzado en 1991 en el pueblode Blackstonedge, en Jamaica, tuvo un im-pacto considerable sobre los jóvenes de esalocalidad.

Pero queda mucho por hacer, comoemprender sin demora estudios profundosy ofrecer a los padres y al profesorado unaformación especial sobre el modo de edu-car dentro de un espíritu libre de todo este-reotipo sexista. ■

F U E N T E S U N E S C O N ° 8 7 / F E B R E R O 1 9 9 7

P L A N E T A

23. . . . . .

FUENTES UNESCO es una revista mensual pu-blicada por la Organización de las Naciones Unidaspara la Educación, la Ciencia y la Cultura (tel: 33 145681673; fax: 33 1 45685654). Las edicionesen inglés y francés se realizan enteramente en lasede; las ediciones en español y catalán, con el Cen-tro UNESCO de Cataluña, Mallorca 285, 08037 Bar-celona, España; la edición en chino, con la AgenciaXINHUA, 57 Xuanwumen Xidajie, Beijing, China;la edición en portugués, con la Comisión Nacionalpara la UNESCO, Avenida Infante Santo nº 42, 5º,1300 Lisboa, Portugal.Responsable de la publicación: R. Lefort. Re-dactores: S. Williams, S. Boukhari, A. Otchet. Se-cretaria de redacción: C. Mouillère. Versión enespañol: L. Sampedro (París), E. Kouamou (Bar-celona). Compaginación: G. Traiano. F. Ryan. Se-cretaría y difusión: D. Maarek.Fotograbado e impresión en los talleres de laUNESCO. Distribución a través de los servicios es-pecializados de la UNESCO.

El padre del cine de Sri Lanka está de luto.Lester James Peries, que en 1955 fue elprimer cineasta de su país que rodó unapelícula sobre su tierra natal y en su len-gua, ha perdido sus siete documentales ycinco de sus 20 largometrajes. "Hay queresignarse, si no te vuelves loco, afirma.Uno cree que trabaja sobre un soporte du-radero y después se da cuenta de que es

tan perecedero como la verdura. Para con-servar películas no basta con guardarlasen locales climatizados; se necesitan dis-positivos que controlen la humedad y es-pecialistas que verifiquen periódicamentelas bobinas. Es un arte".

A pesar de una ya larga historia cine-matográfica, Asia empezó a crear archivosrelativamente tarde. Según un estudio re-ciente encargado por la UNESCO, la ma-yor parte de su patrimonio cinematográfi-co -en especial, de antes de 1960- se haperdido. Sobre todo los documentales, perolos largometrajes también están en peligro.En Indonesia, por ejemplo, sólo hay co-pias archivadas de 36 de las 371 películasproducidas en los años cincuenta; en In-dia, de 23 de las 1.080 películas realizadasen los años veinte y de 260 de los 1.929títulos de los años cuarenta.

El principal responsable es el clima hú-medo, que acelera la descomposición, prin-cipalmente de las películas antiguas en so-porte de nitrato. La solución de copiarlassobre películas de acetato es sólo un par-che. La tecnología digital ofrece una solu-ción más duradera, pero hoy está fuera dealcance. Ésta es la triste afirmación de 60archivistas de la región reunidos en Beijin

C i n e

SE APAGAN LAS LUCESEl patrimonio fílmico de Asia, mal archivado y almacenado,está desapareciendo.

(China) el pasado octubre, a iniciativa dela UNESCO. También concluyeron que,con los medios informáticos más perfec-cionados, sólo es posible restaurar lo quese tiene. Ahora bien, muchas películas y do-cumentales realizados en esos países estánen manos de distribuidoras privadas. En Ja-pón, por ejemplo, Hisashi Okajima, delCentro Cinematográfico Nacional, opina

que los archivos oficiales poseen menos del10% de los largometrajes. "En Sri Lankaes un verdadero desastre, añade Peries. Yohe perdido un clásico del cine infantil por-que mi distribuidora se olvidó los negati-vos cuando se mudó. Muchos productoresestán paranoicos: ‘¿por qué les interesantanto mis películas a los archivistas? Essospechoso, es mejor que me los quede’.Pero por otra parte, los realizadores sonignorantes, empezando por mi mujer Sumi-tra (también cineasta) y por mí mismo. Ha-bíamos acondicionado una habitaciónclimatizada para guardar nuestras pelícu-las en cajas metálicas. Las termitas se lascomieron". Desde 1957, Peries reivindicaque se cree un servicio nacional de archi-vos cinematográficos. Sus esfuerzos empie-zan a dar frutos: la primera ministra,Kumaratunga, viuda de una estrella local,se ha comprometido a hacerlo.

Entretanto, la UNESCO le ha ofrecidoa Peries 15.000 dólares para copiar tres desus películas. "Es un comienzo. Cuando unohace una película, espera al menos poderlaenseñar a la siguiente generación, y se dacuenta de que su esperanza de vida no lle-ga a una década".

Amy OTCHET

E l p r oye c t o NAZARET 2000 h ar e c i b i do e l apoyo de l a UNESCO . L aayuda de l a O rgan i za c i ón , anun c i ada e l20 de ene ro du ran t e una v i s i t a d e la l c a l d e de l a c i udad de l a Anun c i a c i ón ,s e de s t i na rá a l a r ehab i l i t a c i ón de lpa t r imon i o c u l t u r a l y a r queo l óg i c o de l ac i udad , a s í c omo a l a c r ea c i ón de unmuseo . E s t e p r oye c t o - c omo Be l én 2000(ve r Fuen t e s , n º 86 ) - s e i n s c r i b e en e lma r co de l o s p r epa ra t i v o s d e l ac e l eb ra c i ón de l Año 2000 .

Francia es el primer país del norte dela Unión Europea que se convierte enEstado parte del convenio destinado aluchar contra el TRÁFICO ILÍCITO DEBIENES CULTURALES. Esta ratificación,que se produjo el 7 de enero,"confirma el compromiso de losprofesionales franceses, como losconservadores de museos, los policíasy los funcionarios, con los que laUNESCO ha establecido una coope-ración ejemplar para poner fin altráfico ilícito", declaró el directorgeneral con ese motivo.Francia es el 86º Estado que ratificala "Convención de 1970 sobre lasmedidas que deben tomarse paraprohibir e impedir la importación, laexportación y la transferencia de pro-piedad ilícitas de bienes culturales".

E S C E N A D E" T E S O R O "

( 1 9 7 0 ) , D EL E S T E R J A M E S

P E R I E S ( F o t oTo d o s l o sd e r e c h o s

r e s e r v a d o s ) .

"Sociedades en transición, un desafío para los medios de comunicación " será el tema de la 17a sesión del

Consejo Intergubernamental para el DESARROLLO DE LA COMUNICACIÓN que se

realizará en la Sede del 17 al 21 de marzo. Bajo el título "Lugares de poder, objetos de veneración" se

presentará una exposición en la Sede sobre el arte de los INUIT DEL CANADÁ. El día Internacional

para la ELIMINACIÓN DE LA DISCRIMINACIÓN RACIAL será celebrado el 21

de marzo por el conjunto de las Naciones Unidas. Altos responsables, expertos y representantes de

organizaciones gubernamentales y no gubernamentales participarán en Marrakech (Marruecos), del 20 al 25

de marzo, en la Foro Mundial sobre el Agua con motivo del DÍA MUNDIAL DEL AGUA. Los

debates tratarán sobre los métodos de gestión de este precioso recurso frente a los desafíos del siglo XXI.

La revisión de la Convención de la Haya ( 1954) sobre la protección de los BIENES CULTURALES

EN CASO DE CONFLICTO ARMADO será el tema de una reunión de expertos

gubernamentales en la Sede, del 24 al 27 de marzo. Un grupo de expertos internacionales se reunirá en la

Sede, del 26 al 28 de marzo para sentar las bases conceptuales y filosóficas de un informe sobre la "ÉTICA

UNIVERSAL " que será publicado en 1998. Para preparar la Conferencia Mundial sobre la

ENSEÑANZA SUPERIOR, prevista en la Sede en octubre de 1998, se llevará a cabo una reunión

regional en Dakar (Senegal) del 1o al 4 de abril. En la misma fecha se llevará a cabo, en la sede, un

coloquio internacional sobre la DROGA EN ÁFRICA SUBSAHARIANA. Unos 150

sociólogos, médicos y politólogos examinarán los problemas que plantean la producción, el consumo y el

tráfico. Una conferencia internacional sobre LA ENSEÑANZA TÉCNICA Y EL

DESARROLLO NACIONAL se realizará en Abu Dhabi (Emiratos Árabes Unidos) del 6 al 8 de

abril.

¿Qué hay que hacer para que los NIÑOS DE LA CALLE encuentren la vía del aprendizaje? El

PRÓXIMO TEMA CENTRAL presentará una serie de experiencias realizadas con estos niños

y adolescentes, pero también con sus familias, educadores e interlocutores necesarios, los policías.

○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○○ ○A G E N D A○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

U N E S C OFUENTES