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ÍNDICE Página -Nome popular: Apaiari, Oscar 07 Nome científico: Astronotus ocellatus -Nome popular: Bagre africano 08 Nome científico: Clarias gariepinus -Nome popular: Bagre-do-canal, Catfish 10 Nome científico: Ictalurus punctatus -Nome popular: Black-Bass 11 Nome científico: Micropterus salmoides -Nome popular: Carpa cabeça grande 13 Nome científico: Aristichthys nobilis -Nome popular: Carpa capim 13 Nome científico: Ctenopharyngodon idella -Nome popular: Carpa comum 15 Nome científico: Cyprinus carpio -Nome popular: Carpa prateada 17 Nome científico: Hypophthalmichthys molitrix -Nome popular: Curimatã, Curimbatá, Papa-terra 18 Nome científico: Phochilodus argenteus -Nome popular: Dourado 19 Nome científico: Salminus maxillosus -Nome popular: Lambari, Piaba 20 Nome científico: Astyanax sp. -Nome popular: Matrinchã, Piraputanga 21 Nome científico: Brycon sp -Nome popular: Pacu 22 Nome científico: Piaractus mesopotamicus -Nome popular: Piau, Piauçu, Piapara 23 Nome científico: Leporinus sp -Nome popular: Pintado, Surubim 24 Nome científico: Pseudoplatystoma sp
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-Nome popular: Piranha 25 Nome científico:Serrasalmus sp, Pygocentrus sp -Nome popular: Pirarucu 26 Nome científico: Arapaima gigas -Nome popular: Tambaqui, Tambacu 27 Nome científico: Colossoma macropomum -Nome popular: Tilápia-do-nilo 28 Nome científico: Oreochromis niloticus -Nome popular: Traíra, Trairão 31 Nome científico: Hoplias sp -Nome popular: Truta arco-íris 32 Nome científico: Oncorhynchus mykiss Nome popular: Tucunaré 33 Nome científico: Cichla sp -Nome popular: Tuvira 35 Nome científico: Gymnotus carapo -Encarte – figuras ilustrativas 36
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PEIXES DE IMPORTÂNCIA PARA A
PISCICULTURA BRASILEIRA
Eduardo Lopes Beerli1 Priscila Vieira Rosa Logato2
I - INTRODUÇÃO A piscicultura brasileira vem crescendo rapidamente, cerca
de 30% ao ano, principalmente por ser fonte de proteína de alta
qualidade e por apresentar boa lucratividade. Devido a este
crescimento, aliado ao fato de que novas espécies exóticas estão
proibidas de serem introduzidas no país e em vista da vasta
diversidade ictiológica nacional, várias espécies nativas estão
sendo estudadas quanto à sua importância e adequação ao
cultivo.
A piscicultura caracteriza-se por apresentar espécies
variadas que melhor se adaptam a determinadas regiões e onde,
encontram melhor aceitação no mercado. Os peixes carnívoros,
por exemplos, estão sendo pesquisados e sua criação já se
tornou rentável. Com essa diversificação, muitas espécies
importantes precisam ser melhor conhecidas pelos profissionais
da área. 1 Estudante de Zootecnia – UFLA
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2 Professora do Departamento de Zootecnia - UFLA Além disso, o número de “pesque-pagues” e a busca por
peixes esportivos vêm aumentando rapidamente, sendo
importante enfatizar que estas atividades estão dando impulso à
piscicultura.
Um dos problemas dos piscicultores que produzem peixes
para a comercialização e dos proprietários rurais que possuem
tanques ou açudes em seus sítios e fazendas e que pretendem
aproveitar essas águas para produzir peixes é justamente a
escolha da espécie mais adequada para a criação.
Como o sucesso da piscicultura está associado a uma
escolha adequada da espécie de peixe a ser explorada, o
produtor deverá estar atento para uma série de requisitos
indispensáveis à seleção da melhor espécie, pois está no fim do
cultivo o produto final de comercialização. A decisão técnica
inadequada quanto a escolha da espécie a ser criada pode
representar o fracasso nesta atividade.
A adaptação ao clima local é uma condição essencial que
limita a escolha de espécies de águas quentes ou frias. O exame
cuidadoso das características de cada uma delas pode conduzir à
escolha dos peixes mais adequados, nacionais ou exóticos,
adaptadas às condições da propriedade.
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Pode-se considerar que qualquer peixe pode ser criado em
qualquer lugar, mas os custos para criá-lo fora das condições
adequadas para sua sobrevivência e desenvolvimento serão
elevados, inviabilizando o cultivo comercial.
Apesar do potencial comprovado para o cultivo de algumas
espécies nativas, os conhecimentos referentes à sua biologia e
às técnicas apropriadas de cultivo ainda necessitam ser
aprimorados. Para que uma espécie seja cultivada com sucesso
em cativeiro, são necessários conhecimentos básicos sobre
hábitos alimentares, potencial de crescimento, reprodução em
cativeiro, comportamento em confinamento, bem como aspectos
econômicos do seu cultivo e sua aceitação pelo mercado
consumidor.
Outro aspecto de importância é o nível de manejo a ser
utilizado, do mais simples, sem mesmo adubação ou adição de
rações, ao mais tecnificado, com altas densidades de
povoamento. Esta decisão deve ser tomada antes de se iniciar a
atividade, pois representa a quantidade de capital a ser investido
e quanto peixe será produzido.
A seguir serão mostrados alguns critérios para a escolha
da espécie ou espécies ) a serem cultivadas:
• existência de mercado para a espécie a ser produzida;
• preço final do produto;
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• custos de construção ou adequação dos viveiros para a
espécie;
• estimativa do custo de produção;
• tempo previsto para o retorno do capital investido;
• rápido crescimento;
• exigências nutricionais da espécie;
• clima adequado;
• solo adequado;
• água de qualidade e em quantidade suficiente;
• facilidade para compra de insumos, como rações, alevinos,
etc.
Visando contribuir para o conhecimento dos principais
aspectos técnicos e biológicos do cultivo das espécies de maior
importância, este manual poderá ser utilizado por estudantes,
técnicos, especialistas em extensão, professores, produtores e
outros profissionais envolvidos com a piscicultura. Aqui estão
citados os principais peixes de importância para a piscicultura
brasileira e também alguns que ocorrem com freqüência nos
viveiros em algumas regiões, como as piranhas.
Para utilizar este manual, deve-se primeiramente recorrer
ao índice, no qual as espécies estão relacionadas em ordem
alfabética de acordo com o seu nome popular mais usado.
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Procura-se a espécie de interesse e a página em que se encontra
a sua descrição. No final do manual, estão as fotos dos peixes
com seus nomes indicados na parte inferior de cada foto.
II - ESPÉCIES 2.1- Nome popular: Apaiari, Oscar
• Nome científico: Astronotus ocellatus.
• Origem: Brasil, Bacia do Amazonas.
• Utilização: fornecimento de carne e ornamental.
• Água: são resistentes a grandes variações de pH, desde que
não sejam bruscas.
• Temperatura: ideal de 22 a 27oC.
• Alimentação: onívora, tendendo a carnívora; consomem
pequenos peixes, larvas, crustáceos e insetos. As larvas
alimentam-se de plâncton, pequenos crustáceos e insetos; em
cativeiro aceitam ração.
• Iscas: naturais - pequenos peixes (lambari), insetos, pitu e
minhoca; artificiais: jigs, spinners, plugs de superfície e meia
água.
• Maturidade sexual: por volta de 1 ano.
• Reprodução: lênticos (reproduzem naturalmente nos viveiros);
a fêmea deposita os ovos aderentes numa superfície plana
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previamente limpa e o macho os fertiliza. A 25oC os ovos
eclodem em 36 horas. É aconselhável separar os pais dos
filhotes, para evitar o canibalismo.
• Sexagem: para peixes da mesma idade e tamanho, os machos
são mais coloridos que as fêmeas, mais agressivos e têm
nadadeiras maiores. Além disso, a ponta da nadadeira dorsal é
mais arredondada nas fêmeas e mais pontuda nos machos.
• Vantagens: indicado para pesque-pague, pois brigam
arduamente quando fisgados; carne de boa qualidade.
• Deficiências: predador de outros peixes e pratica canibalismo.
• Observações: pode ser criado com peixes forrageiros; não
sendo recomendado para cultivos intensivos. Podem chegar a
medir 30cm e atingir 1,5kg. Atinge 250 a 300g em um ano.
2.2- Nome popular: Bagre africano
• Nome científico: Clarias gariepinus.
• Origem: África.
• Utilização: fornecimento de carne.
• Água: bem adubada para os alevinos com até 15cm
aproximadamente; suportam águas com baixos teores de
oxigênio dissolvido.
• Temperatura: ideal de 27oC.
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• Alimentação: carnívora e zooplanctônica; aceita ração
peletizada.
• Iscas: massas feitas à base de ração de peixe, miúdos de
frango (coração, fígado, intestino), camarão descascado,
insetos vivos, filés de peixe e pequenos peixes vivos ou
mortos.
• Reprodução: lóticos (ou reofílicos, não se reproduzem
naturalmente em viveiros).
• Vantagens: pode ser cultivado em altas densidades; bastante
rústico.
• Deficiências: predador de outros peixes e pratica canibalismo;
é um peixe que apresenta limitações, pois devido ao fato de
serem extremamente rústicos e terem a capacidade de sair
fora d’água e “caminhar” de um viveiro para o outro podem
fugir para a natureza e causar grandes estragos nas
populações de peixes nativos, pois são muito vorazes.
Atualmente é proibido o seu cultivo em alguns estados do
território nacional.
• Observações: podem permanecer longos períodos fora da
água, com a pele hidratada e também em viveiros com baixo
teor de oxigênio, pois apresentam respiração facultativa,
através de órgãos arborescentes. Pode chegar a 1kg em 10
meses e pode ser criado com peixes forrageiros, como a
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tilápia, para diminuir o canibalismo. Densidade para engorda
de 5 peixes/m2.
2.3- Nome popular: Bagre-do-canal, Catfish, Bagre
Americano • Nome científico: Ictalurus punctatus.
• Origem: América do Norte.
• Utilização: fornecimento de carne.
• Água: pH de 6,0 a 7,0; oxigênio dissolvido de 4,0 a 5,0 mg/l.
• Temperatura: de 18 a 28 oC; não se alimentam abaixo de
18oC.
• Alimentação: carnívoras e aceitam ração.
• Reprodução: lênticos (reproduzem naturalmente nos viveiros),
dentro de caixas ou latas de 18 a 20 litros de volume e com
buracos. Essas caixas devem ser colocadas próximas à
margem do viveiro de reprodução em locais rasos, com 40 a
50cm de profundidade. O macho protege as desovas que são
retiradas e incubadas em bandejas de tela. A incubação
demora de 7 a 8 dias. Densidade de reprodutores de 1kg/5m2
de viveiro, na proporção de 2 machos para cada 3 fêmeas.
• Sexagem: os machos são de maior porte, com a cabeça mais
larga e o poro urogenital de menor tamanho e um pouco mais
distante do ânus.
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• Deficiências: predador de outros peixes; prática canibalismo.
2.4- Nome popular: Black-Bass
• Nome científico: Micropterus salmoides.
• Origem: América do Norte.
• Utilização: fornecimento de carne.
• Água: preferem águas limpas e ricas em oxigênio dissolvido.
• Temperatura: ideal de 18 a 26oC, suportando até 32oC, que
pode ser garantido com áreas sombreadas e viveiros fundos
(de 2 a 3m). Abaixo de 10oC deixam de se alimentar e param
de crescer. Ideal para incubação em torno de 20oC; abaixo de
16oC a perda da desova é total.
• Alimentação: carnívora e pratica muito o canibalismo; aceitam
ração com alto teor protéico, predominantemente de origem
animal. Alimentação consiste de pequenos peixes, rãs, larvas
e insetos.
• Iscas: naturais minhoca e pequenos peixes (lambaris, tilápias,
acarás); artificiais - colheres, spinners, jigs e plugs de
superfície, meia-água ou profundidade (Rapala Original,
Husky, Jointed, Fat Rap, Shad Rap e Rattl’n Rap, tamanhos 5,
7, 9, 11 e 13); em especial, minhoca artificial para pesca em
grandes profundidades.
• Maturidade sexual: com cerca de 1 ano.
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• Reprodução: lênticos (reproduzem naturalmente nos viveiros);
o macho constrói um ninho no fundo do viveiro com seixos
rolados, em locais geralmente rasos ( 0,5m ). Ao terminar a
construção, o macho sai à procura de uma fêmea que se
encontre apta para a reprodução e a conduz ao ninho, onde
ocorre a desova e a fecundação. Após a fecundação, o macho
expulsa a fêmea e fica protegendo os ovos e os filhotes até
completarem 1 mês de vida. A eclosão ocorre de 4 a 6 dias
após a fecundação. Densidade de reprodutores de 10m2/casal,
na proporção de 1 macho para cada fêmea. Os viveiros de
reprodutores devem ser rasos (de 60 a 80cm) para facilitar a
retirada das desovas ou filhotes.
• Vantagens: carne de excelente sabor; indicado para pesque-
pague, pois são extremamente esportivos. Tolera variações
bruscas de temperatura.
• Deficiências: predador de outros peixes e pratica canibalismo.
• Observações: atinge o peso de abate (500g) em torno de 1
ano. Não é recomendado para cultivos intensivos. Pode ser
criado com peixes forrageiros, como o lambari ou tilápia. As
larvas são zooplanctônicas, necessitando de farta produção de
zooplâncton em tanques separados.
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2.5- Nome popular: Carpa cabeça grande • Nome científico: Aristichthys nobilis.
• Origem: China.
• Utilização: fornecimento de carne.
• Água: pH de 6,0 a 7,0; oxigênio dissolvido de 4,0 a 5,0 mg/l.
• Temperatura: de 16 a 30 oC.
• Alimentação: Zooplanctófaga é capaz de consumir grãos,
pelets e pasta.
• Iscas: massas.
• Maturidade sexual: machos aos 2 anos e fêmeas aos 3 anos.
• Reprodução: lóticas (ou reofílicas, não se reproduzem
naturalmente em viveiros).
• Vantagens: carne magra, crescimento rápido, rústica e
bastante prolífica.
• Deficiências: aceitação limitada no mercado devido ao sabor
pouco atrativo da carne.
• Observações: pode chegar a 2kg em 1 ano; recomendada
como espécie secundária no policultivo.
• 2.6- Nome popular: Carpa capim
• Nome científico: Ctenopharyngodon idella.
• Origem: Sudeste da Ásia, China.
• Utilização: fornecimento de carne.
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• Água: pH de 6,0 a 7,0; oxigênio dissolvido de 4,0 a 5,0 mg/l.
• Temperatura: de 16 a 30 oC.
• Alimentação: herbívora; os alimentos devem ser frescos e se
possível, triturados ou picados. Consome capins e outras
gramíneas, folhagens de leguminosas, certas plantas
aquáticas, frutos, algumas raízes e tubérculos. Ingere 40 a
60% de seu peso vivo em alimentos por dia.
• Maturidade sexual: por volta dos 2 anos de idade.
• Reprodução: lóticas (ou reofílicas, não se reproduzem
naturalmente em viveiros).
• Vantagens: crescimento rápido, rústica e bastante prolífica;
fertiliza o viveiro.
• Deficiências: aceitação limitada no mercado devido ao sabor
pouco atrativo da carne, considerada um peixe que transmite
parasitas a outros peixes e carne de baixo valor de mercado.
• Observações: devido à grande quantidade de alimentos que
ingere, produz muitas fezes, fertilizando os viveiros. A
conversão alimentar desta espécie chega a 30:1. Pode chegar
a 1,8kg em 1 ano. Recomendada como espécie secundária no
policultivo.
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2.7- Nome popular: Carpa comum
• Nome científico: Cyprinus carpio.
• Origem: Ásia.
• Utilização: fornecimento de carne e ornamental.
• Água: pH de 6,0 a 7,0; oxigênio dissolvido de 4,0 a 5,0mg/l.
• Temperatura: suportam de 5 a 35oC. Param de crescer com
temperaturas abaixo de 13oC e param de se alimentar com
temperaturas abaixo de 5oC. Ideal de 20 a 30oC.
• Alimentação: onívora, embora prefira pequenos organismos
animais, geralmente bentônicos; os primeiros alimentos das
larvas são rotíferos e cladóceros. Se alimentam de
fitoplâncton, pequenos organismos do zooplâncton; aceitam
vários tipos de alimentos; consomem muito bem rações
fareladas, frutas e legumes maduros e esterco fresco de aves
e suínos.
• Iscas: massas, minhocas, ração em pelets.
• Maturidade sexual: por volta de 1 ano, desde que alcancem
800g.
• Reprodução: lênticas (reproduzem naturalmente nos viveiros).
Proporção de 2 a 3 machos por fêmea e densidade de 1
reprodutor para cada 3 a 5m2 de viveiro. Para ocorrer a desova
natural, a água deve estar com 20 a 30oC. Desovam em
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aguapés e cordas de nylon desfiadas, colocadas no lado onde
o viveiro é abastecido e, no mesmo dia, a desova deve ser
transferida para um tanque fertilizado evitando que os ovos
sejam comidos. A incubação dos ovos demora de 60 a 80
horas, dependendo da temperatura da água. A reprodução
induzida também é utilizada.
• Sexagem: muito simples e rápida; comprimir a barriga do peixe
em direção ao orifício urogenital. Se sair um líquido
esbranquiçado é o sêmen do macho, se nada sair é fêmea.
• Vantagens: crescimento rápido, resistência, rusticidade,
facilidade de manejo, reproduzem naturalmente nos viveiros,
são prolíficas, aceitam vários tipos de alimentos.
• Deficiências: aceitação limitada no mercado devido ao sabor
pouco atrativo da carne, grande quantidade de espinhas,
natureza muito friável da carne quando cozida.
• Observações: existem várias linhagens e dentro delas podem-
se observar diversas variedades, tais como: escama, espelho,
linha e couro. Tanto a carpa linha como a carpa couro podem
gerar descendentes com problemas genéticos: mortalidade
total nas fases embrionárias e larvais e grande número de
indivíduos com deformações. Com 1 ano podem pesar de
800g a 1kg. Recomendada para policultivo, como espécie
secundária.
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2.8- Nome popular: Carpa prateada
• Nome científico: Hypophthalmichthys molitrix.
• Origem: China.
• Utilização: fornecimento de carne.
• Água: deve ser mantida bem adubada; pH de 6,0 a 7,0;
oxigênio dissolvido de 4,0 a 5,0mg/l.
• Temperatura: de 16 a 30oC.
• Alimentação: fitoplanctófaga; não ingere pelets, grãos ou
massas, mas pode ingerir alimento finamente triturado.
• Maturidade sexual: por volta dos 2 anos de idade.
• Reprodução: lóticas (ou reofílicas, não se reproduzem
naturalmente em viveiros).
• Vantagens: crescimento rápido; o consumo de fitoplâncton
evita as concentrações excessivas de algas nos viveiros e
melhora a qualidade da água para outras espécies,
acarretando uma produção total maior das outras espécies.
• Deficiências: aceitação limitada no mercado devido ao sabor
pouco atrativo da carne; sensível ao manejo, especialmente
quando a temperatura estiver baixa.
• Observações: podem chegar a 1,5kg em 1 ano; recomendada
como espécie secundária no policultivo.
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2.9- Nome popular: Curimatã, Curimbatá, Papa-terra
• Nome científico: Phochilodus argenteus e outros.
• Origem: Brasil.
• Utilização: fornecimento de carne.
• Água: pH de 6,0 a 7,0; oxigênio dissolvido de 4,0 a 5,0mg/l.
• Alimentação: Iliófaga (consumidores de resíduos orgânicos e
fezes de outros animais); consomem também fauna bentônica
e aceitam ração.
• Iscas: minhocas, larvas e massas.
• Maturidade sexual: por volta dos 2 anos de idade.
• Reprodução: lóticos (ou reofílicos; não se reproduzem
naturalmente em viveiros), mas respondem facilmente à
desova induzida.
• Vantagens: rústico; movimenta o fundo dos viveiros liberando
gases tóxicos e colocando a matéria orgânica em suspensão,
auxiliando na fertilização.
• Deficiências: sua carne não apresenta sabor dos melhores.
• Observações: bons para policultivo, por serem iliófagos.
Atingem cerca de 0,8kg em 1 ano e até 2kg em 2 anos, em
baixas densidades.
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2.10 - Nome popular: Dourado
• Nome científico: Salminus maxillosus.
• Origem: Brasil.
• Utilização: fornecimento de carne.
• Água: pH de 6,0 a 7,0; oxigênio dissolvido de 4,0 a 5,0mg/l.
• Alimentação: carnívoras.
• Iscas: naturais - pequenos peixes (cascudo, lambari, piau,
piava, curimbatá, tuvira), pequenas rãs e coração de boi;
artificiais - colheres, jigs, spinners e plugs de superfície ou
meia-água (Rapala Magnum Floating, Countdown e Original,
tamanhos 9, 11, 13, 14).
• Reprodução: lóticos (ou reofílicos, não se reproduzem
naturalmente em viveiros).
• Vantagens: uma das espécies de mais esportividade e carne
de excelente sabor.
• Deficiências: predador de outros peixes e pratica canibalismo.
• Observações: pode ser criado com peixes forrageiros; não é
recomendado para cultivos intensivos; indicado para pesque-
pague, pois brigam arduamente quando fisgados.
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2.11- Nome popular: Lambari, Piaba
• Nome científico: Astyanax sp.
• Origem: Brasil.
• Utilização: fornecimento de carne e isca.
• Água: não são muito resistentes a baixos teores de oxigênio
na água; pH de 6,0 a 7,0; oxigênio dissolvido de 4,0 a 5,0mg/l.
• Temperatura: ideal acima de 17oC.
• Alimentação: onívora; consomem plâncton, ração, larvas de
insetos, bentos, ovos e larvas de pequenos insetos e moluscos
aquáticos.
• Iscas: naturais - massas, minhocas e larvas; artificiais -
pequenos plugs, flies e spinners.
• Reprodução: lênticas (reproduzem naturalmente nos viveiros).
• Sexagem: ao corrermos os 2 dedos indicador e polegar pela
nadadeira peitoral traseira observamos uma lixa que arranha e
sensibiliza ligeiramente a ponta dos dedos. Nas fêmeas não se
sente nenhuma lixa ou ranhura, ocorrendo somente nos
machos.
• Vantagens: prolíficos e rústicos.
• Observações: indicado como peixe forrageiro; podem ser
criados na densidade de 200 peixes/m2.
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2.12- Nome popular: Matrinchã, Piraputanga
• Nome científico: Brycon sp.
• Origem: Brasil, Bacia Amazônica, São Francisco e Parnaiba.
• Utilização: fornecimento de carne.
• Água: exigente quanto ao teor de oxigênio.
• Alimentação: onívora; frutos e sementes; aceitam bem rações
peletizadas.
• Iscas – naturais - pequenos peixes, queijo, frutas, coração de
boi e até certos tipos de flores, além de minhocas, insetos,
caranguejo e pitu; artificiais - colheres, jigs e principalmente
spinners de um único anzol, além de plugs de meia-água
(Rapala Husky, Original, Fat Rap, Shad Rap, Countdown,
Rattl’n Rap e Magnum Floating, tamanhos 5, 7, 9, 11).
• Maturidade sexual: com cerca de 3 anos de idade.
• Reprodução: lóticos (ou reofílicos, não se reproduzem
naturalmente em viveiros).
• Vantagens: são peixes extremamente esportivos, rústicos e de
crescimento rápido.
• Observações: indicado para policultivos; alcançam de 700g a
1kg em 1 ano e 1,3 a 1,6kg no segundo ano.
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2.13- Nome popular: Pacu
• Nome científico: Piaractus mesopotamicus.
• Origem: Brasil, Bacia do Paraná.
• Utilização: fornecimento de carne.
• Água: pH de 6,0 a 7,0; oxigênio dissolvido de 4,0 a 5,0 mg/l.
• Temperatura: suporta melhor o frio do que o tambaqui.
• Alimentação: onívora; baseia-se em frutas, sementes, grãos,
pequenos moluscos, crustáceos e insetos, consomem
legumes, tubérculos e aceitam bem a ração. Os alevinos
alimentam-se principalmente de zooplâncton.
• Iscas: coco, coquinhos, mandioca, genipapo, pedaços de
peixe, coração de boi, escargot, minhoca, ração em pelets,
pequenos caranguejos, pitu e massas.
• Maturidade sexual: entre 3 e 4 anos de idade.
• Reprodução: lóticos (ou reofílicos, não se reproduzem
naturalmente em viveiros).
• Vantagens: mais resistentes ao frio que o tambaqui; rústico e
prolífico.
• Deficiências: carne com certo acúmulo de gordura.
• Observações: requerem de 30 a 35% de proteína bruta em
cultivos intensivos; normalmente não ultrapassam 1kg em 1
ano.
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2.14- Nome popular: Piau, Piauçú, Piapara
• Nome científico: Leporinus sp.
• Origem: Brasil.
• Utilização: fornecimento de carne.
• Água: pH de 6,0 a 7,0; oxigênio dissolvido de 4,0 a 5,0 mg/l.
• Alimentação: onívora, com predominância para herbívoro.
Consome algas filamentosas, raízes, folhas e frutos de
macrófitas aquáticas, frutos de plantas ribeirinhas, insetos,
crustáceos e larvas aquáticas; aceitam ração.
• Iscas: milho verde, minhocas, coração de boi ou frango,
salsicha, larvas, insetos, pitu, queijo, pedaços de salsicha e
massas.
• Reprodução: lênticos (reproduzem naturalmente nos viveiros)
• Sexagem: macho mais comprido e esguio; fêmea mais
arredondada e mais pesada.
• Vantagens: são peixes muito esportivos e com carne de
excelente qualidade.
• Observações: indicados para policultivo e pesque-pague, pois
brigam arduamente quando fisgados. A piapara e o piauçu
assemelham-se muito ao piau.
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2.15- Nome popular: Pintado, Surubim, Cachara
• Nome científico: Pseudoplatystoma sp.
• Origem: Brasil.
• Utilização: fornecimento de carne.
• Água: pH de 6,0 a 7,0. Oxigênio dissolvido de 4,0 a 5,0 mg/l.
• Temperatura: deve ser superior a 22oC.
• Alimentação: carnívoras; alimentam-se de pequenos peixes,
crustáceos, vermes, etc.
• Iscas naturais - pequenos peixes (lambari, tuvira, cascudo,
muçum, jejú, etc) inteiros ou em pedaços, pequenas rãs,
minhocuçu, caranguejo; artificiais - colheres e plugs de meia-
água (Rapala Original e Magnum Floating, tamanhos 9, 11, 13,
14).
• Reprodução: lóticos (ou reofílicos, não se reproduzem
naturalmente em viveiros)
• Vantagens: carne com excelente sabor, sendo muito
apreciados na culinária brasileira.
• Observações: O pintado e a cachara são espécies diferentes
de peixes, mas são praticamente idênticos quanto às suas
características. Podem ser criados com peixes forrageiros.
Não são recomendados para cultivos intensivos.
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2.16- Nome popular: Piranha
• Nome científico: Serrasalmus sp, Pygocentrus sp, Pigopristis
sp.
• Origem: Brasil.
• Utilização: fornecimento de carne e ornamental.
• Água: são resistentes quanto a qualidade da água.
• Temperatura: ideal de 24 a 28oC.
• Alimentação: carnívoras e pratica muito o canibalismo.
• Iscas: pequenos peixes vivos, coração de boi, minhoca, iscas
artificiais, etc. Os exemplares grandes conseguem partir uma
isca artificial ao meio.
• Reprodução: lênticas (reproduzem naturalmente nos viveiros).
• Vantagens: brigam bastante quando fisgadas, sendo uma
alternativa interessante e divertida para uma boa pescaria.
Apresentam carne de bom sabor.
• Observações: atacam violentamente suas presas com seus
dentes afiadíssimos. Podem ser criadas com peixes
forrageiros, embora sejam consideradas pragas de viveiros e
que sejam peixes que estragam a pescaria. Não é
recomendado para cultivos intensivos.
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2.17- Nome popular: Pirarucu
• Nome científico: Arapaima gigas.
• Origem: Brasil, Bacia Amazônica.
• Utilização: fornecimento de carne.
• Água: suporta baixos teores de oxigênio dissolvido e adapta-se
a todos os tipos de água.
• Temperatura: ideal de 23 a 27oC.
• Alimentação: carnívoras, alimentam-se exclusivamente de
peixes; aceitam peixes mortos; larvas alimentam-se de
organismos bentônicos e, com o crescimento, alimentam-se de
pequenos peixes.
• Iscas: peixes.
• Maturidade sexual: por volta dos 40kg, com cerca de 4 anos.
• Reprodução: lênticos (reproduzem naturalmente nos viveiros).
A fêmea deposita os ovos num ninho escavado num local no
fundo do tanque. O pai protege os filhotes.
• Sexagem: macho apresenta coloração vermelha mais intensa
e mais escura na parte superior da cabeça e na região dorsal,
durante a época da reprodução.
• Vantagens: carne de ótimo sabor, rápido crescimento. Se
alimenta pouco quando adulto. Não praticam o canibalismo,
mesmo entre os filhotes; rústico.
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• Deficiências: não suporta locais com grandes variações de
temperatura durante o ano.
• Observações: pode ser criado com peixes forrageiros; pode
chegar a 6kg em 1 ano, consorciado com tilápias. Respiração
branquial e aérea obrigatória, tolerando baixos teores de
oxigênio. Densidade de engorda até 15 peixes/100m2. Não é
recomendado para cultivos intensivos. Na natureza atinge o
porte máximo de 3m e 200kg.
2.18- Nome popular: Tambaqui, Tambacu
• Nome científico: Colossoma macropomum.
• Origem: Brasil, Bacia Amazônica.
• Utilização: fornecimento de carne.
• Água: tolera baixos teores de oxigênio dissolvido.
• Temperatura: cresce muito lentamente abaixo de 22oC e pode
morrer abaixo de 16oC, ideal de 25 a 30oC.
• Alimentação: onívora, baseia-se em frutas, sementes, partes
de macrófitas aquáticas, organismos zooplanctônicos grandes,
moluscos, crustáceos e larvas de insetos; aceita bem ração
peletizada.
• Iscas: caranguejo, pitu e filés de peixes, como curimbatá e
piau, minhocas, frutas (jenipapo, melancia-do-pacu,
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laranjinha). No sistema de batida, usa-se muito o tucum e as
bolotas de massa.
• Maturidade sexual: por volta do quarto ano de idade, com
cerca de 55cm de comprimento.
• Reprodução: lóticos (ou reofílicos, não se reproduzem
naturalmente em viveiros).
• Vantagens: boa adaptação ao cativeiro, rusticidade, grande
habilidade de ganho de peso, alta prolificidade e bom sabor e
consistência de sua carne.
• Deficiências: baixa resistência ao frio e a mudança brusca de
temperaturas.
• Observações: pode chegar a 2 kg em 1 ano, embora o comum
seja pouco mais de 1kg. Requer 35% de proteína bruta em
cultivos intensivos. O tambacu é um híbribo, obtido à partir do
cruzamento do Tambaqui com o Pacu. Espécie recomendada
para policultivos.
2.19- Nome popular: Tilápia-do-nilo
• Nome científico: Oreochromis niloticus.
• Origem: África, Bacia do Nilo.
• Utilização: fornecimento de carne.
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• Água: toleram baixos teores de OD ( até 0,25 mg/l ); devem
ser bem adubadas (transparência < 30 cm); não se alimentam
abaixo de 16-17oC.
• Temperatura: ideal entre 26 e 28oC; inferior a 15oC, pouco se
alimenta e não se reproduz.
• Alimentação: planctófaga e detritívora; consome algas
grandes, zooplâncton e certas plantas aquáticas. Aceitam bem
as rações.
• Iscas: capim, minhoca, massas, milho.
• Maturidade sexual: por volta do sexto mês, mas pode ser mais
precoce.
• Reprodução: lênticas (reproduzem naturalmente nos viveiros).
Os machos constróem um ninho no fundo dos viveiros e nele a
fêmea coloca seus óvulos, que são fecundados logo em
seguida pelo macho. Após a fecundação, a fêmea recolhe os
ovos e os incuba na boca, liberando as larvas quando elas
estão com 7 a 8 dias de idade, continuando a proteção até o
fim do primeiro mês. Densidade de reprodutores de 1/m2 de
viveiro, na proporção de 1 macho para cada 2 a 3 fêmeas.
• Sexagem: pode ser feita com peixes jovens observando-se o
poro genital, mas necessita de alguma prática.
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• Vantagens: elevada prolificidade, carne saborosa e com
poucas espinhas, extremamente resistentes às condições
adversas do meio e às enfermidades. Resistem muito bem à
superpopulação ou superfertilização da água. Indicada para
criações intensivas ou como peixe forrageiro.
• Deficiências: a reprodução se inicia com indivíduos muito
pequenos, dificultando a obtenção de peixes de tamanhos
uniformes e acima do mínimo exigido para o mercado. Se
estiverem reproduzindo nos viveiros, acarretarão limitações de
alimento e oxigênio, gerando indivíduos pequenos.
• Observações: acima de 20oC pode desovar a cada 50 ou 60
dias, gerando de 100 a 500 alevinos, dependendo do tamanho
da fêmea. A reprodução é inibida abaixo de 20oC. O manejo
abaixo de 17oC causa elevada mortalidade. Existem algumas
técnicas para evitar a superpopulação: cultivo unicamente de
machos obtidos por sexagem, cultivo consorciado com
predadores, cultivos de machos obtidos por hibridação, cultivo
de machos obtidos por inversão sexual e cultivo de machos
obtidos pelo cruzamento de fêmeas normais com os
“supermachos”. Atinge o peso comercial (400 a 500g) entre 6 a
8 meses.
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2.20- Nome popular: Traíra, Trairão
• Nome científico: Hoplias sp.
• Origem: Brasil.
• Utilização: fornecimento de carne.
• Água: suporta águas com baixo teores de oxigênio dissolvido.
• Temperatura: deve ser mais elevada para facilitar a
reprodução do Trairão.
• Alimentação: carnívoras; alimentam-se de peixes menores;
podem comer miúdos de animais e barrigadas.
• Iscas naturais - pequenos peixes, de preferência vivos, rãs e
minhocas; artificiais - plugs de superfície e meia água,
spinnerbaits e colheres.
• Maturidade sexual: por volta do segundo ano de vida.
• Reprodução: lênticas (reproduzem naturalmente nos viveiros).
A fêmea deposita os ovos em tocas escavadas nas laterais
dos viveiros e protege os filhotes. A incubação é de 4 dias e a
desova de julho a março.
• Sexagem: não apresentam dimorfismo sexual aparente.
• Vantagens: carne de ótima qualidade, rápido ganho de peso,
indicado para pesque-pague devido a sua valentia, muito
rústico.
• Deficiências: predador de outros peixes e pratica canibalismo.
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• Observações: é um dos peixes mais encontrados pelo território
nacional; é voraz, completamente territorial e muito esportivo.
Pode ser criado com peixes forrageiros, não sendo
recomendado para cultivos intensivos. O trairão pode chegar a
1kg em 1 ano.
2.21- Nome popular: Truta arco-íris
• Nome científico: Oncorhynchus mykiss.
• Origem: Estados Unidos, Europa e Japão.
• Utilização: fornecimento de carne.
• Água: deve ter baixa turbidez e alto fluxo, pois deve ter teor de
oxigênio acima de 6mg/l, sendo 5mg/l o limite crítico. Esta
água é conseguida geralmente em locais com mais de 1200m
de altitude. Deve ter variação de pH entre 6,5 e 8,0 com
média entre 7,0 e 7,5.
• Temperatura: de 8 a 20oC, nunca ultrapassando os 26oC;
quase não se alimenta abaixo de 10oC.
• Alimentação: carnívora; aceitam rações granuladas ou
extrusadas.
• Iscas naturais - pequenos peixes e insetos; artificiais - plugs
de superfície e meia água, spinner, spinnerbait e jigs.
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• Maturidade sexual: machos entre 400 e 500g e fêmeas acima
de 600g; por volta dos dois anos de vida.
• Reprodução: lóticas (ou reofílicas; não se reproduzem
naturalmente em viveiros). A eclosão ocorre quando os ovos
forem expostos a 300 graus/dia, que corresponde a cerca de
22 a 25 dias.
• Sexagem: no período de reprodução, os machos adquirem
coloração mais escura que o normal, principalmente na parte
dorsal e a extremidade anterior do maxilar inferior fica bem
desenvolvida. As fêmeas ficam com o ventre avolumado.
• Vantagens: carne de excelente sabor.
• Deficiências: só pode ser cultivada em regiões frias.
• Observações: só se consegue altas produtividades em
sistemas de manejo intensivo, ou seja, com altas densidades
de estocagem, pois são de clima frio. Atinge o peso de abate
(200 a 250g) em 1 ano de engorda. Reprodutores devem ser
separados por sexo, pois os machos são agressivos.
2.22- Nome popular: Tucunaré
• Nome científico: Cichla sp.
• Origem: Brasil, Bacia do Amazonas.
• Utilização: fornecimento de carne.
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• Água: são bastante resistentes; preferem águas rasas e limpas
para se reproduzirem.
• Temperatura: ideal por volta dos 30oC.
• Alimentação: carnívoras; pode aceitar ração na fase de
alevinagem, desde que sejam condicionados a ela; quando
adulto é extritamente ictiófago.
• Iscas naturais - iscas vivas (pequenos peixes, camarões, etc),
minhocas e insetos; artificiais - plugs de superfícies e meia
água, spinnerbaits, jigs, spinners e colheres. A pesca de
corrico também é utilizada.
• Maturidade sexual: por volta de 1 ano.
• Reprodução: lênticas (reproduzem naturalmente nos viveiros).
Constróem ninhos em superfícies duras, cuidam da prole, e os
defendem abrigando-os na boca. É aconselhável separar os
filhotes para que não sejam devorados por outros peixes.
• Sexagem: na época da reprodução, forma-se uma
protuberância na cabeça do macho.
• Vantagens: são um dos peixes mais esportivos do Brasil;
carne de excelente qualidade.
• Deficiências: predador de outros peixes e pratica canibalismo.
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• Observações: pode ser criado com peixes forrageiros. Não é
recomendado para cultivos intensivos. Alcança 300 a 400g em
um ano.
2.23- Nome popular: Tuvira
• Nome científico: Gymnotus carapo.
• Origem: Brasil.
• Utilização: isca e ornamental.
• Água: resistentes quanto a qualidade da água.
• Alimentação: carnívora
• Iscas: minhoca.
• Observações: é uma isca muito utilizada, mas tem a des
• vantagem de ser apreciada pelas piranhas.
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PEIXES DE IMPORTÂNCIA A PISCICULTURA BRASILEIRA