Influencia del elemento indígena en la cultura de los moros del reino de Granada

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4 INFLUENCIA DEL ELEMENTO INDÍGENA & 6 VEN LA CULTURA DE LOS MOHOS DEL EEINO G-ianada ESTUDIO DESTINADO AL Congreso Científico Internacional dé lps Católicos, CELEBRADO EN BRUSELAS EN SEPTIEMBRE DE 1894 P POR j^RANCISCO JIAYIER jSlMONET * ' TÁNGER IMPRENTA DE OCA MISIÓN CATÓLICA. 1895.

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4 INFLUENCIA DEL ELEMENTO INDÍGENA & 6

V E N L A CULTURA D E

LOS MOHOS DEL EEINO

G-ianada

E S T U D I O D E S T I N A D O

• A L

Congreso Científico Internacional dé lps Católicos, C E L E B R A D O E N B R U S E L A S

E N S E P T I E M B R E D E 1894

P POR

• j ^ R A N C I S C O J I A Y I E R j S l M O N E T

* ' TÁNGER I M P R E N T A D E OCA M I S I Ó N C A T Ó L I C A .

1895.

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I N F L U E N C I A D E L E L E M E N T O I N D Í G E N A

E N L A C U L T U R A D E

LOS MOROS DEL REINÓ DE

E S T U D I O D E S T I N A D O

AL

Congreso Científico Internacional de los Católicos, C E L E B R A D O EH B R U S E L A S

EN SEPTIEMBRE DE 189 i

POR

p . j^RANCISCO jÍAYIER jSlMONET

Y 3 £ ^ rOi rOi fV>i tOi , K^l tnj ^

¡? SEGUNDA EDICIÓN.

T Á N G E R

IMPRENTA DE LA MISIÓN CATÓLICA,

1895.

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I N F L U E N C I A D E L E L E M E N T O I N D Í G E N A

EN LA CULTURA DE

LOS MOROS DE GRANADA

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AMOSO en todo el mundo , ce l eb rado lar ­g a m e n t e por poe tas , viajeros é h is tor ia­dores , y enca rec ido p a r t i c u l a r m e n t e

por los encomias tas de l a p o n d e r a d a civi l ización á r a b e , es el reino N a z a r i t a de G r a n a d a . Mas , ¿quién creó sus marav i l l a s? ¿Quién espa rc ió t an tos esp lendores e n t r e la doble o s c u r i d a d d e los siglos medios y del m u n d o p a g a n o ? ¿ A quién se debe el mér i to de h a b e r cu l t ivado t a n supe r io rmen te es tas t i e r r a s , p o b l a n d o de a r -

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"boledas y verjeles, no so lamente las "bien r e ­g a d a s l l anu ra s , sino has t a los enr i scados cerros? ¿A. quién el honor de h a b e r e r ig i ­do tan no tab les obras de a r q u i t e c t u r a y h a b e r p roduc ido tan to cauda l de escr i tos l i t e rar ios y h a s t a científicos, como han l l egado á n u e s t r a noticia? ¿Por v e n t u r a á los Á r a b e s conquis ta­dores de n u e s t r a Pen ínsu la? ¿Por v e n t u r a á los Be rébe re s y Moros, que t an eficazmente ayu­da ron á los Á r a b e s en la conquis ta y se esta­blec ieron j u n t a m e n t e coa ellos en este t e r r i t o ­rio? ¿Por v e n t u r a al islamismo impor tado y profesado por unos y otros? ¿Por v e n t u r a qui­zás á la somet ida población h i spano- romana y v i s igoda , tan poco cons ide rada por cier tos his­to r i adores , y que , sin e m b a r g o , bajo la domi­nac ión s a r r a c é n i c a subsistió l a r g a m e n t e y con­servó la t rad ic ión l i t e r a r i a , científica y a r t í s ­t i ca de los per iodos anter iores?

P a r a con tes ta r sa t i s fac to r i amente á es tas cuest iones, conviene a d v e r t i r p r e v i a m e n t e que , en la e x a g e r a d a cu l tu ra de los Moros de G r a n a d a , no es oro cuanto re luce y a p a r e c e Í! p r i m e r a v is ta , sino en g r a n p a r t e , e n c a r e c i ­miento de poetas y novel is tas , así de los a r á b i ­gos, ciegos a d m i r a d o r e s y apas ionados de es ta especie de pa ra í so t e r r ena l , como de los espa-

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fióles y europeos, en tus iasmados con las bel le­zas n a t u r a l e s del pa ís y con la impor t anc i a de u n a conquis ta que vino á comple ta r la r e s t a u ­r ac ión de nues t r a pa t r i a , y, como v u l g a r m e n ­te se dice, á t e r m i n a r la epopeya nac iona l y c r i s t i ana de los'ocho siglos. D e s l ú m b r a n s e y en-g a ñ a n s e los que i m a g i n a n poderoso y flore­c iente un E s t a d o que nació pequeño y pobre , que disfrutó escasos d ías de paz y de for tuna , y que consumió la m a y o r p a r t e de su v ida en las t imosa decadenc i a y l a r g a agon ía .

Fác i lmen te se c o n p r e n d e r á que una socie­d a d como aquél la , fo rmada de elementos t a n diversos é incoheren tes , t an v ic iosamente cons­t i t u ida , tan mal g o b e r n a d a y somet ida á la ley b á r b a r a , despót ica y c o r r u p t o r a del Corán, no podía subsist i r l a r g a ni fe l izmente . Subsis­tió aquel re ino mien t r a s los su l tanes de Grana ­da cumpl ie ron l ea lmen te la sumisión y vasa ­llaje promet idos á los m o n a r c a s de Cast i l la , ó e n c o n t r a r o n suficiente apoyo en los Benime-r ines y otros pr ínc ipes af r icanos , e m p e ñ a d o s en sostener este b a l u a r t e del y a d e c a d e n t e is^ lamismo; floreció has t a c ier to pun to , s egún v e r e m o s después , m ien t r a s no se gas tó ni des­v i r t u ó la influencia s a l u d a b l e del e lemento in ­d í g e n a .

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Que el re ino de G r a n a d a se e n c o n t r a b a y a en la s e g u n d a m i t a d del siglo XIV, es decir , á los ciento y diez años de su fundación, en g r a ­ve decadenc ia , así mora l como m a t e r i a l , lo p r u e b a el tes t imonio i r r e c u s a b l e de su pr inc i ­pal h is tor iador I b n Alja thíb en c ie r tos pasajes de su curioso l ibro t i tu lado El justo peso de la experiencia, donde se cont ienen los elogios y los v i tuper ios de las d is t in tas ploblaciones de es te re ino . A cuyos preciosos pasajes s e rv i r á de opor tuno p reámbu lo la s iguiente a d v e r t e n ­cia del ins igne a r a b i s t a M. R e i n h a r t Dozy, que , al t r a t a r del mencionado l ibro , se expresa así : «En n i n g u n a o t ra p a r t e se e n c o n t r a r á u n a descr ipc ión t a n e x a c t a é imparc ia l de Anda lu ­cía en el siglo XIV, y p u e d e se rv i r p a r a d e ­sechar t a n t a r ep resen tac ión poét ica ó falsa (como hal lamos en otros descr ip tores) . H a y h a r ­t a s quejas sobre la r u d e z a de los h a b i t a n t e s de a l g u n a s poblac iones : muchas de las p e q u e ñ a s e r a n v e r d a d e r a s cuevas de b a n d i d o s . Aun en las c iudades g r a n d e s como Málaga y G r a n a d a p a r e c e que la l impieza de jaba mucho que de­sear .»

En efecto, por u n documento t a n luminoso se ve c l a r a m e n t e que la b a r b a r i e , la f e roc idad , la d iscordia civil y el bando le r i smo i m p e r a b a n

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en las poblaciones de menos impor tanc ia (1), y aún en a lgunas c i u d a d e s como Guad ix , Arch i -dona y Antequera-, que la be l la Loja e r a u n l abe r in to de calles angos t a s y suc ias ; que Al­mer í a h a b í a deca ído y a de aque l l a p rosper i ­d a d que la i ndus t r i a y el comercio le h a b í a n p roporc ionado en los siglos an t e r i o r e s ; y en «uan to á las dos cap i t a les m á s p r inc ipa les de «s te pa ís , como G r a n a d a y Má laga , sus g r a n ­dezas y g lor ias se h a l l a b a n mezc ladas con ha r ­tas mise r ias . Ai desc r ib i r I b n Alja thíb l a her­mosa y exce lsa metrópol i de este re ino , deplo­r a la oscur idad y desaseo de las cal les , el de­ter ioro de los edificios, y a en g r a n p a r t e ru i ­nosos, las ma las condiciones de las v iv iendas la escasez y penu r i a que sol ían sent i r sus ha­b i t an t e s con la t a sa de los comest ib les y lo g r avoso de los impues tos , la ava r i c i a de los r i ­cos, la i n t e r rupc ión de la i ndus t r i a y del tráfi­co en medio de las m a y o r e s neces idades , la poca a fab i l idad y co r t e s í a de los m o r a d o r e s p a r a con los vecinos y los fo ras te ros , el lujo •desenfrenado de las mujeres , el menosprec io •de los hombres r e spe t ab l e s , el ma le s t a r y an­g u s t i a que todos sen t ían all í , asi las pe r sonas pud ien tes como las menes te rosas , y por r e m a t e de todo, la cor ta durac ión de la v ida .

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Pues el es tado de Málaga no era menos de­p lo rab le . L a m e n t á b a s e I b n Alja thíb de que sus cal les e r an , por su e s t r e c h u r a y tor tuosi­dad , una selva i n t r i n c a d a ; de que en los e x t r e ­mos de la c iudad a b u n d a b a n los m u l a d a r e s ; de que el a r r a b a l de los leprosos e s t a b a m u y poblado, sin que el resto de los vecinos toma­se las deb idas precauc iones con t ra el contagio ; de que las a g u a s de pozos, que a b a s t e c í a n al vec indar io á fal ta de fuentes , se co r rompían fác i lmente pos fa l ta de l impieza: de que en el pueblo m a l a g u e ñ o a b u n d a b a n los bo r r achos y los pendenc ie ros con h a r t a molest ia de la gen­te pacífica, y de que a p r o v e c h a b a poco la ba­r a t u r a de los comest ibles por lo mucho que sus vendedo re s r o b a b a n en el peso. No tábase , en fin, según dicho au tor , u n a s e g u r a decadenc ia en lo tocan te á la c iencia y á la l i t e r a tu ra , me­nosprec iadas al pa r con sus cu l t ivadores por la m u c h e d u m b r e popu la r , en el lus t re y esp lendor de la a n t i g u a nobleza , oscurec ida ó e x t i n g u i d a con el t r a scurso del t iempo, y finalmente, en los edificios que empezaban á d e s a p a r e c e r al pa r con sus h a b i t a n t e s , v iéndose pá ramos y ru inas donde a y e r se a l l e g a b a n tesoros y pre­seas .

De la decadenc ia mora l de aquel es tado d a n

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fe asimismo las i n t r i ga s , escánda los y c r íme­nes de la cor te ; los continuos desórdenes y a t roc idades de m o n a r c a s y de subd i tos , las in­t e rminab les r e y e r t a s de los emires y m a g n a ­tes, las r epe t i da s insur recc iones , y en su ma , las incesantes d i scord ias civiles que fac i l i t a ron á los Reyes Católicos la conquis ta de aque l pa í s (2). «Desde el r e inado de Mohammad, I I I de es­te nombre , que empezó en 1417 ( según escr i ­b e un d i l igente a r a b i s t a de nues t ros días) , co­menzaron de nuevo las fa ta les disensiones que y a no hab ían de tener té rmino has ta la to ta l des t rucc ión del poder musl ímico en E s p a ñ a . De aquí en ade l an t e la his tor ia de G r a n a d a se r e d u c e a u n a ser ie no i n t e r r u m p i d a de mot ines , asesinatos , r ebe ld í a s , v e n g a n z a s pa rc i a l e s y rencores de par t idos , causas todas suficientes p a r a desconce r t a r , no ya un débi l y apocado re ino , sino aun el mas floreciente, poderoso y bien o rgan izado imperio» (3).

Pues ta l es la r e a l i d a d his tór ica del re ino fundado en G r a n a d a por los emires Naza r i s t a s , conviene p a r a de svanece r e r ro re s y p r eocupa ­ciones de a lgunos au tores modernos , inves t i ­g a r en los e lementos const i tu t ivos de aque l l a soc iedad las causas de los var ios y al p a r e c e r opuestos fenómenos que p re sen t a , cub r i endo

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con el m a n t o de una b r i l l an te c u l t u r a r a sgos i ndudab l e s de profunda corrupción y es tupen­da b a r b a r i e . Al e s tud ia r la historia de este r e i ­no d u r a n t e el dominio s a r r acén i co , ha l lamos en p r imer l u g a r á los Á r a b e s que , empeñados á todo t r a n c e en conservar la supe r io r idad que les cor respondía por el doble t í tulo de conquis tadores y de p r o p a g a d o r e s del is lamis­mo, l og ra ron después de g r a n d e s luchas con los demás par t idos y en t r e sus mismas r a z a s funda r en 1238 el p r inc ipado de los N a z a r i t a s , t a n ce lebrado en n u e s t r a h is tor ia .

E n r e a l i d a d , no fueron muchos los Á r a b e s es tablecidos en este suelo. Pocos de ellos de­b ieron ser los que T h á r i c b e n Z iyád puso de gua rn i c ión en G r a n a d a , con un n ú m e r o m u y super ior de Jud ío s , al t iempo de su p r i m e r a conquis ta ( 4 ) y los demás que acud ie ron á es­tas t i e r r a s , h a s t a su conpleta sumisión, bajo el v i r r e ina to de Aldalaz iz (5). Tampoco de­b ie ron ser m u y numerosa s , n i e x c e d e r de al­gunos mi l lares de personas las colonias de Á r a ­bes d a m a s c e n o s y r ibe reños del J o r d á n , que v in ie ron con el t íandil lo s ir iaco Belg , y que el v i r r e y Abu l j a t t há r es tableció en las provinc ias de E l v i r a (Granada ) , y E e y a (Málaga) , por los años de 744 ( 6 ) . Es c ier to qne según el men-

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cionado I b n Alja thíb (7), en su t iempo, ó sea á m i t a d del siglo XIV, h a b í a en la capi ta l de es­t e re ino Árabes de las kab i l a s más a n t i g u a s y pr inc ipa les de la Arab i a , que e n u m e r a proli­j a m e n t e (8); pero éstos, que deb ie ron veni r en la g r a n i nmig rac ión de musu lmanes de todo linaje y r a z a , ver i f icada en este t e r r i to r io á m i t a d del siglo X I I I , después de las memora ­bles reconquis tas de J a é n , Córdoba y Sevi l la , no deb ie ron a s c e n d e r á una g r a n m u c h e d u m ­b r e , á j u z g a r por un dato m u y impor t an t e que a l ega remos den t ro de poco, y por donde cons­t a que en t r e los h a b i t a n t e s de G r a n a d a á prin­cipios del siglo XIV, el e lemento a r á b i g o y afr icano e ra m u y escaso con respecto á la su­m a total de la población.

Pe ro los Á r a b e s , ( además de su corto n ú m e r o en este reino) no e r a n un pueblo civi l izador , n i l i t e ra to , n i a r t i s t a , an tes bien g r a n d e m e n t e re ­f rac ta r io á la v ida social , á las doc t r inas de b u e n gobierno y al cult ivo de las c iencias y a r t e s . Asi lo confiesan sus mismos au to res , es­pec i a lmen te uno de los más ins ignes , el céle­b r e I b n J a l d ó n de T ú n e z (9), a f i rmando que en t r e todos los pueblos del mundo , el á r a b e , por sus aficiones n ó m a d a s , es el más incapaz é inepto p a r a const i tuir un es tado y p a r a culti-

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v a r ciencias , l e t r a s y a r t e s . M. Re inha r t Dozy, con ser tan apas ionado de los á r a b e s reconoce (10 ) que ellos no l levan consigo g é r m e n e s de desa r ro l lo , ade lan to y progreso ; que con su pas ión por la independenc ia personal y su ca­renc ia absolu ta de sentido político, pa r ecen in­capaces de p lega r se a l a s leyes de la soc iedad, y que no por impulso propio, sino por su con­t ac to con los pueblos vencidos , l l egaron á cul­t iva r las c iencias y se c ivi l izaron en cuan to les e r a posible .

A t u e r z a de proli jas inves t igac iones , em­p r e n d i d a s con a r d o r y preocupac ión sobre los documentos his tóricos y l i terar ios escri tos en l engua a r á b i g a , la c r í t i ca m o d e r n a desapasio­n a d a reconoce por boca de católicos y de ra­cional is tas que la ciencia a ráb igo-mus l ímica , r ec ib ida de maes t ros cr is t ianos en el siglo I I de la h é g i r a , c a rece de o r ig ina l idad y c a r á c ­t e r propio. Asi lo p r u e b a con muchos da tos y a u t o r i d a d e s el cé lebre or ienta l i s ta Mr. Fé l ix jSTéve, honra de la un ive r s idad catól ica de Lo-va ina (11). El i lus t re ind ian is ta Mr. Carlos Lassen (12) no ve en el I s lam mas que u n pr in­cipio nega t ivo , y en Ja ciencia a ráb igo-musl í ­mica p rés tamos rec ib idos de los Gr iegos y de los Indios . Mr. Re inha r t Dozy, a d e m á s de afir-

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m a r que no h a y re l igión menos or ig ina l que el islamismo (13), confiesa que los Á r a b e s , dota­dos de escasa imaginación(14) , son el pueblo menos inventor del m u n d o ; que sus poetas ca­recen j u n t a m e n t e de invención y de ideal is­mo; que los cuadros fantást icos de las Mil y una noches son de o r igen pe r sa ó indio, y a ñ a d e : «F ina lmente , cuando los Á r a b e s , esta­blecidos en inmensas p rov inc ias conqu i s t adas con la p u n t a de la e spada , se han ocupado en asuntos científicos, han mos t rado la misma ausenc ia de potenc ia c r e a d o r a . H a n t r a d u c i d o y ano tado las ob ra s de los an t iguos ; han enr i ­quecido c ie r tas espec ia l idades con observacio­nes pac ien tes , e x a c t a s y minuciosas ; mas no han inven tado cosa a l g u n a , no se les debe n i n g u n a idea g r a n d e y fecunda.» (15).

Por efecto de estas condiciones y de su ave r ­sión á la v ida s eden ta r i a y social, los Á r a b e s fueron en los t iempos pasados , como lo son hoy, de los pueblos menos sabios y a r t i s t a s del m u n d o . Ineptos p a r a la filosofía, según confie­s a n sus mismos au tores (16), co r rompie ron y v ic iaron las doc t r inas a r i s to té l icas , (17), y ha­l lando cont rad icc ión en t re los estudios r ac io ­na les y las doc t r inas a l co rán icas , pe r s igu ie ron de m u e r t e , sobre todo en E s p a ñ a , á los filoso-

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fos y as t rónomos (18. E n cuan to á las be l las a r t e s , e x c e p t u a n d o la poesía, en que con m á s ó menos ingenio y gus to produjeron m u c h a s ob ras , de todas el las apenas cu l t iva ron sino la a r q u i t e c t u r a , por ser la m á s necesa r i a y m a t e , r i a l de todas (19). Pe ro la poesía a r á b i g a , asi la a n t i g u a como la m o d e r n a , a u n q u e copiosa en n ú m e r o de composiciones, no puede soste­ne r comparac ión con la g r i e g a y la l a t ina , pues según ha obse rvado M. Dozy, d icha poe­sía ca rece del género épico y aún del n a r r a t i ­vo: «Exc lus ivamente l í r ica y descr ip t iva , no h a exp re sado j a m á s o t r a cosa que el lado poé­t ico de la r e a l i dad , . . . L a asp i rac ión hac ia lo inñni to , hac ia lo idea l , les es desconocida , y lo que desde los t iempos más a p a r t a d o s h a me­rec ido su p re fe renc ia , es la p rop iedad y ele­g a n c i a de la expres ión, el lado técnico de la poesía .»

Pues en cuan to á la a r q u i t e c t u r a , debe te­n e r s e m u y en cuen ta que , á d i ferencia de los Griegos , de los Romanos , de los Hispano-Ro-manos y de otros pueblos, los Á r a b e s fueron m u y poco añcionados á edificar (20), y que la m a y o r p a r t e de las const rucciones que se lle­v a r o n á cabo bajo su dominación, asi en Es­p a ñ a , como en el Áfr ica y en el Or iente , fue-

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ron ob ra de artífices cr is t ianos é i n d í g e n a s , y a Mozárabes , y a Muladíes , y a cau t ivos (21). Doc­tos a rqueólogos y cr í t icos af i rman que en el o rden a rqu i tec tón ico , como en el científico y l i t e ra r io , los Á r a b e s no han c r e a d o ni i nven ta ­do cosa a lguna ; que cuando no fueron t r i b u t a ­rios de la a n t i g ü e d a d or ien ta l , se h ic ieron imi tadores del Occidente c r i s t iano (22), y , so­b r e todo, de la E s p a ñ a v is igoda (23). El y a ci­tado I b n J a l d ó n confiesa (24) que en a r q u i ­t e c t u r a los Árabes se mos t r a ron ha r to infer io­res a l a s naciones a n t i g u a s . Por ú l t imo, a j u i ­cio de au to res competen tes (25) del a r t e a r ­qui tec tónico , los Árabes no han cu l t ivado coa éxito sino la p a r t e deco ra t i va ú o r n a m e n t a l .

Colígese de todo esto la impotenc ia de los Árabes p a r a comunicar su c u l t u r a á los pueblos sometidos, y sobre todo á aquel los que los su­p e r a b a n i n c o m p a r a b l e m e n t e en l e t r a s , c ienc ias y a r t e s , como lo e r a n al t iempo de la conquis ta los h a b i t a n t e s de la Sir ia , del Eg ip to y de nues ­t r a E s p a ñ a (26). Además , segiín hemos n o t a d o en o t r a ocasión (27), cuando los Á r a b e s inva ­dieron nues t r a Pen ínsu la , año 92 de la h é g i r a , e r a n un pueblo n ó m a d a , g u e r r e r o y c i e r t amen­t e b á r b a r o , m u y d i s t an te a ú n de la c u l t u r a , que l l ega ron á conocer pos te r io rmente bajo la

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d inas t í a or ienta l de los Abbas i s t a s . M. Dozy c o r r o b o r a n u e s t r a opinión dic iendo (28) que cuando los Árabes e n t r a r o n en E s p a ñ a e r a n t odav í a los v e r d a d e r o s hijos del des ie r to , y sólo se o c u p a b a n en con t i nua r sobre las ori­l las del Tajo ó del G u a d i a n a , las luchas de t r i b u con t r a t r i b u y d e pueb lo c o n t r a pueb lo , q u e h a b í a n comenzado en Arab i a , • en Sir ia y en África. Po r lo t an to , no es lícito suponer que la r a z a á r a b e in t rodujese en nues t ro pa ís , t an civil izado entonces , n a d a i m p o r t a n t e en l e t r a s , a r t e s y c iencias , sino que , por el con­t r a r io , aqu í , y bajo el docto mag i s t e r io de los cr is t ianos ind ígenas (como les suced ía al mis­mo t iempo en las reg iones or ienta les) , fueron a p r e n d i e n d o los conocimientos compat ib les con sus ap t i tudes n a t u r a l e s y esp í r i tu nac iona l . H a r t o h ic ieron los Arabas con imponer su re ­l igión, su l e n g u a y por l a r g o t i empo su domi­nac ión á o t r a s m u c h a s r a z a s y nac iones ; pero no así su ciencia ni su civi l ización, por no te­ne r l a s propias ni ser aficionados á las a r t e s de la paz .

F i n a l m e n t e y c o n t r a y é n d o n o s a este re ino d e G r a n a d a , sabemos por la h is tor ia que los Á r a b e s que se es tab lec ie ron en este t e r r i to r io conse rva ron cons tan temen te su c a r á c t e r a l t ivo,

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fiero é i n g o b e r n a b l e , s iendo el azote de las de­más r a z a s . De ello que jábase a m a r g a m e n t e I b n Al ja thíb en sus ce l eb rados Elogios y vitupe­rios, d ic iendo que los n a t u r a l e s de A n d a r a x e r an Á r a b e s bedu inos , m u y á propósi to p a r a la g u e r r a y m a t a n z a de los enemigos , pero propensos á de smanes , y los i n e r t e s opresores de los débi les ; que los de P u r c h e n a conse rva ­b a n las aficiones y cos tumbres d e sus an tepa ­sados los Á r a b e s beduinos , s i endo , como ellos, m u y a r r o g a n t e s , m u y dados al r encor y á la enemis tad , á la v ida a l e g r e y d isolu ta , al vino y las b o r r a c h e r a s ; y que los de Guad ix , c u y a c iudad se l lamó t a m b i é n Medina Beni Sami, por h a b e r s e es tablec ido allí la t r i b u a r á b i g a de Beni Sami , e r a n orgul losos y p rovoca t ivos , met idos s iempre en r i ña s , d i scord ias y t r a s to r ­nos, prontos á d e s n u d a r los a l f anges , y m u y aficionados á toda v a n i d a d y locu ra . Ta l e s fueron los Á r a b e s domici l iados en es tas he rmo" sa s t i e r r a s , y ta les con t inúan siendo en las de sd i chadas reg iones donde a ú n i m p e r a n .

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I I

Pues si á los Á r a b e s no debe a t r i bu i r se en b u e n a c r í t i ca el g r a d o m a y o r ó menor de es­p lendor y cu l tu ra á que l legó el re ino de Gra ­n a d a , tampoco fuera r azonab le a t r ibu i r lo á otro pueblo musu lmán que a lcanzó m u c h a in? fluencia en los destinos de este país . Aludimos á los Bereberes y Moros de África que , como es sabido, acud ie ron en m a y o r n ú m e r o que los Árabes á la conquis ta de n u e s t r a pen ínsu la , y de los cuales g r a n d e s m u c h e d u m b r e s se es tab le ­cieron aqu í en d i ferentes épocas , al t iempo de la p r i m e r a invasión, bajo el gobierno del hag ib cordobés Almanzor (siglo X), y en las sucesi-. vas i r rupc iones de Almoráv ides y Almohades . P o r el h is tor iador g r a n a d i n o I b n Al ja th íb , sa­bemos que en la s egunda m i t a d del siglo X I V a b u n d a b a n en este te r r i tor io los n a t u r a l e s ú or iundos de las t r ibus be rbe r i s ca s de Achisíes , Gomeres , M a g r a w i t a s , T ichan íes , Zene tes y Benimer ines , p r e p o n d e d e r a n d o así en el pueblo como en el ejérci to. Grac ias á esas m u c h e d u m ­bres , los B e r e b e r e s l o g r a r o n d u r a n t e l a r g o t i empo sobreponerse á los Á r a b e s ; y desde l a

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c a í d a del califato cordobés á principios del siglo X I , has ta el a d v e n i m i e n t o de la d inas t ía N a z a r i t a en 1238, p r e d o m i n a r o n en es ta r e ­gión y en una" g r a n p a r t e de Anda luc í a . P e r o es tas gen te s , m u y semejantes á los Á r a b e s en sus aficiones y cos tumbres (29), y compi t iendo con ellos en fe roc idad y fana t i smo, e r a n aún más rudos y hostiles á la civil ización, y no im­po r t a ron á la a r á b i g o - a n d a l u z a n i n g ú n elemen­to nuevo, sino g é r m e n e s poderosos de a n a r q u í a y de b a r b a r i e (30). E n t r e los g r a n d e s e s t r agos causados por-su vanda l i smo, l a E s p a ñ a á r a b e lamentó la desolación de los magníficos y m a ­ravil losos a l cáza res á t a n t a costa e r ig idos en Córdoba bajo la d inas t ía U m e y a (31). En el año

• 1013 de nues t r a e ra , la r a z a b e r é b e r fundó en G r a n a d a el reino y d inas t í a de los Z i r i t a s , que subsist ió h á s t a e l . d e 1090. Debióles esta c i u d a d el r e c o b r a r la a n t i g u a cap i t a l idad de la p ro­vincia , que los Á r a b e s h a b í a n t r a s l a d a d o al v ico no lejano de Castel la ó Castil ia (32), y c i e r t a s mejoras ma te r i a l e s , como la fundac ión de a lgunos palacios , casas de r ec reo y fortale­zas al estilo a r á b i g o - a n d a l u z , que conse rva ron sin a l te rac ión ; m a s no les debió los beneficios de la paz y la p ro spe r idad . L a dominación do aquel los afr icanos fué h a r t o r e v u e l t a y ca lami-

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tosa para esta ciudad y reino, por el mal go­bierno de sus emires y por incesantes luchas con los principados vecinos de Córdoba, Sevi­lla, Málaga y Almería; pues cada uno de ellos aspiraba á engrandecerse á costa de sus con­finantes. El más famoso de aquellos sultanes fué Badis ben Habbús, titulado Almutdaffar ó el victorioso, el cual reinó desde 1037 á 1073,. y fué un monstruo de orgullo, de crueldad y de disolución. Pero si este sultán fué sangui­nario, no lo fueron menos sus vasallos de la propia raza, pues en 1066 asesinaron en Gra­nada cerca de cuatro mil Judíos, incluso el consejero real Josef ben Samuel benNagde la , . á quien no le valió la privanza que gozaba cer­ca del emir, siendo asesinado en el mismo al -cazar regio donde se había refugiado (33).

Ni fué más dichoso este reino de Granada bajo la dominación de otros Bereberes,, los Al­morávides, que en 1090 pusieron fin a la dinas­tía de los Zíritas. Estos bárbaros, aun más-rudos y feroces que los anteriores, como rec ien salidos del desierto, trataron á nuestra penín­sula como país conquistado, é incapaces d e unificar con un buen gobierno las diversas ra­zas que formaban la España muslímica, sola­mente pretendieron sojuzgarlas y dominarlas-

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con la fuerza. Durante el imperio a lmoravide , que subsistió hasta la segunda mitad del s ig lo XII, el pueblo andaluz, como escribe M. Dozy (34), tuvo un gobierno imbécil y corrompido, una soldadesca cobarde, indisciplinada y bru­tal y una policía deplorable; las ciudades se llenaron de ladrones y los campos de bandole­ros, se paralizaron el comercio y la industria, encarecieron y escasearon los v íveres , y se hi­cieron más frecuentes las incursiones de los cristianos fronterizos. En particular, padecie­ron mucho los cristianos Mozárabes por la in­tolerancia y el fanatismo de aquellos africanos que les derribaron sus iglesias (35) y, finalmen­te, apurando su paciencia, les obligaron á im­plorar el auxilio del rey don Alfonso el Bata­llador, que á sus ruegos llevó á cabo, en 1125, aquella memorable expedición en que consi­guió libertar á diez mil familias crist ianas, l levándolas consigo á sus estados de Aragón. Pero la dominación almoravide fué también in­tolerable y odiosa para los mismos musulma­nes andaluces que, hartos ya de tanto despotis­mo y desgobierno, solicitaron someterse bajo tributo al rey de Castilla (36). Ni lo h ic ieron mejor los Almohades, también Bereberes, q u e vinieron después, y que, no sin reñidas l u c h a s

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con los musu lmanes de las demás r a z a s , ocu­p a r o n por a.lgún t iempo una cons iderab le por­ción de Anda luc í a y este te r r i to r io .

Y no v a l d r á c i ta r , en d e s a g r a v i o de es tas gen t e s a f r icanas , los monumentos a r t í s t icos que bajo su dominación se e r ig ie ron de u n a y o t r a p a r t e del E s t r e c h o , y cuya no tab le seme­j a n z a ha inspi rado á no pocos escr i tores (37) la a b s u r d a idea de u n a eficaz y provechosa influencia m a u r i t a n a y b e r b e r i s c a en las a r t e s y en la cu l tu ra de la E s p a ñ a s a r r a c é n i c a , P o r q u e test imonios i r r ecusab les de esc r i to res a ráb igo-a f r icanos d e m u e s t r a n q u e l a s c iencias , las l e t r as y las a r tes , d e s a r r a i g a d a s del Áfr ica occ iden ta l por la invasión a r á b i g a y las incur­siones be rbe r i s ca s (38), no empezaron á rena­cer en aque l las regiones sino con mucha pos te ­r i o r i d a d a su Acrecimiento en la E s p a ñ a á r a ­b e , y cuando a r r i b a r o n á aque l las costas los Moros emig rados de nues t r a pen ínsu la en di­f e ren te s t iempos (39), y , sobre todo, después de reconquis tados por los cr is t ianos los t e r r i t o r i o s de Córdoba , Sevilla y .Va lenc ia . Y en cuan to á los monumentos a rqu i t ec tón icos cons t ru idos desde el siglo X I I en a d e l a n t e en Mar ruecos , F e z , T ú n e z , T r e m e c e n , R a b a t y o t ras cap i t a ­les de Be rbe r í a , los escr i tores a r á b i g o s afir

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m a n t e r m i n a n t e m e n t e que se h ic ieron á imi ta ­ción de. los anda luces ó españoles , y con mode­los y por artífices p roceden tes de E s p a ñ a (40). Pues si la a r q u i t e c t u r a y d e m á s a r t e s a r áb igo -españolas l l egaron á pene t r a r y p r e d o m i n a r en la Be rbe r í a d u r a n t e aquellos siglos, h a s t a el punto de que los mismos escr i tores a r á b i g o -or ienta les , s egún ha no tado u n cr í t ico de nues t ros dias (41), al mencionar a l g ú n palac io parec ido al de la A l h a m b r a y edificado en Áfr ica , d icen que es un a l cáza r por el estilo anda luz (42), ¿con c u a n t a más r a z ó n no su­pondremos con otro cr í t ico no menos compe­tente (43), que los monumentos a r áb igo -g ra ­nad inos n a d a deben á la influencia a f r i cana , y no deben l l amarse moriscos?

El descontento con t ra la dominac ión b e r b e ­r i sca con t r ibuyó eficazmente al es tab lec imiento del reino N a z a r i t a de G r a n a d a (en el año 1238 d e n u e s t r a e ra ) ; mas p a r a l levar lo á feliz tér­mino en medio de las t u r b u l e n c i a s de aquel la época, fué preciso que su fundador , Moham-m a d Alahmar , se sometiese á la p ro tecc ión del ¡rey de Casti l la, que lo e r a á la sazón San T e r n a n d o , reconociéndose como vasa l lo y feu­da ta r io suyo, ob l igándose á as is t i r le con t r ibu­tos y soldados , y a y u d á n d o l e á la e x p u g n a -

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cion de Sevil la . Así nació y pudo sostenerse-l a r g o t iempo este ponde rado re ino á r a b e de G r a n a d a , siendo desde su principio subdi to y t r i b u t a r i o de la gloriosa m o n a r q u í a cas t e l l ana y leonesa.

Como q u e d a dicho, los N a z a r i t a s , que rei­na ron en G r a n a d a h a s t a fines del siglo X V y comple ta r e s t a u r a c i ó n de la E s p a ñ a c r i s t i ana , fueron de es t i rpe á r a b e , y cons t ruye ron nota­bles monumentos a rqui tec tónicos ; pero su go­b ie rno no fué más a fo r tunado y pacífico que el de sus p redecesores , como con t r a r i ado cons­t a n t e m e n t e por las an t ipa t í a s y r iva l idades de las d iversas r a z a s , por las ambiciones de los je fes de los d i ferentes pa r t idos , por la insu­bord inac ión de las fuerzas mi l i t a res , en su m a y o r p a r t e b e r b e r i s c a s , y por el esp í r i tu de independenc ia , inex t ingu ib le en la g e n t e á r a ­be (44).

III

Mas si las bel lezas a r t í s t i cas y l i t e ra r i a s que-dieron esplendor al an t iguo re ino de G r a n a d a , no d e b e n a t r i bu i r s e ni al genio de los Á r a b e s ni al de los Be rebe re s y Moros af r icanos , t am­poco fuera r a z o n a b l e ad jud ica r l a s á la inf luen--cia c iv i l izadora del is lamismo que unos y otros-

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profesaban (45). Si, como afirma M. Do;iy, el genio poético de los Árabes desconoció la aspi­ración hacia lo infinito y lo ideal, para llenar este vacio y elevarse á mayor altura, les faltó la verdadera inspiración religiosa y un mode­lo tan poético, tan sublime y tan perfecto coma el de la Sagrada Escritura (46), que no pudie­ron compensar con el texto alcoránico, tan disparatado y falto de razón cuanto despro­visto de belleza estética (47).

No negaremos que entre las bellezas y deli­cias que atesoró la morisma de Granada, hay algo que especialmente se podría atribuir á la civilización muslímica, y que ciertamente na la envidiamos. Aludimos á la deleitosa multi­tud de palacios y sitios de recreación, que bajo la dinastía de Nazar hermoseaban este suelo, convirtiéndolo en una especie de paraíso terre­nal. Nosotros convenimos con el infatigable viajero Ibn Batutha, de Tánger (48), que ha­bía recorrido la mitad del orbe, desde las cos­tas del Atlántico hasta los extremos orientales de la India y de la China, en que los alrede­dores de Granada no tenían rival en el mundo; y con el célebre Pedro Mártir, de Angleria (49), cronista de los Reyes Católicos, que en­tró en esta ciudad á raíz de su reconquista, y

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que , ensa lzando sus bel lezas sobre las que na­tu ra l eza y a r t e han reunido en las pr inc ipa les c i u d a d e s de I ta l i a , e q u i p a r a su te r r i to r io á los mitológicos Campos El íseos. T a m b i é n conveni­mos de buen g r a d o con otro viajero i ta l iano, André s N a v a g e r o (50), que visitó á G r a n a d a t r e in t a y cua t ro años después de su reconquis­ta , en «que cuando esta t i e r r a e s t aba en poder de los Moros e r a mucho más hermosa que lo es en el dia». En efecto, bajo la dominac ión sa­r r a c é n i c a no e s t aban desnudas y y e r m a s como hoy las a l t u r a s que coronan y r o d e a n el mon­te de la A lhambra , sino pob ladas de verjeles y de a l cáza res , s u r c a d a s por acequias y r e . g a d a s por fuentes .

Las r i be ra s del D a r r o y los collados que lo a b r i g a n e r a n aún más amenos y frondosos que hoy , todos vest idos de ve rdo r por a m b a s már ­genes , poblados de cas i tas con sus correspon­dientes j a rd inc i tos y me t ida s de ta l modo en­t r e á rboles , que p a r e c í a n es t a r den t ro de uii bosque . Todo el contorno de G r a n a d a e s t aba cua jado de casas de r ec reo , fuentes y verje­les; todo cul t ivado y copiosamente r e g a d o , to­do vistoso y p lacen te ro á m a r a v i l l a (51). Claro es que esta lozanía y bel leza se deb ía , en g r a n p a r t e , á la n a t u r a l a m e n i d a d y fe r t i l idad de

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te r reno , t an anunciante en a g u a , y á su pinto­resca s i tuación, asi como t ambién á labores y procedimientos ag r í co las p r ac t i cados desde r e ­mota e d a d y con m u c h a a n t e r i o r i d a d á la in­vasión s a r r a c é n i c a (52) y conservados por la r aza ind ígena ; pero t amb ién en g r a n p a r t e se debe ad jud ica r al sensual ismo mahome tano . Es ta observac ión no escapó á Marineo Siculo (53), cuando l lamó á los maravi l losos a l c á z a r e s y sitios de r ec reac ión de los Moros g r a n a d i n o s luxurias y deleites de los reyes; ni al mismo N a v a g e r o , cuando escr ib ía : por lo cual de tantos restos de lugares de recreo se puede colegir que los reyes moros no omitían cosa alguna para el placer y la vida regocijada.

Es te sensual ismo, que i gua lmen te condena­mos en los Moros que en los ma te r i a l i s t a s mo­de rnos , no pudo menos de influir desventa jo­samen te en las a r t e s y l e t r a s de aquel re ino a ráb igo y musu lmán . E n vano u n escr i tor mo­derno , m u y en tend ido en m a t e r i a de a r t e , pe­ro apas ionado exces ivamen te del a r á b i g o (54), ha p re tend ido v ind icar lo de la fea nota de sen­sualismo con que lo t i ldan y r e b a j a n muchos cr í t icos modernos no menos competen tes . En­t r e otros, D. José J iménez S e r r a n o , en su Ma­nual del artista y del viajero en Granada

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•(55), con notable precisión se expresa así: «En arquitectura no carecieron los Árabes de ye­rros esenciales, pues crearon un género par< ticular á propósito para la voluptuosidad y los placeres, tan poco sólido como los goces mun­danos y tan seductor como ellos: espejo de su religión, de sus costumbres y de sus leyen­das.» Otro escritor, coetáneo nuestro y no me­nos entendido en bellas artes, el Sr. D. Pedro de Madrazo (56), considera los suntuosos al­cázares de Córdoba como representación ge-nuina de la magnificencia, del lujo y del sen­sualismo del califa Abderrahman III y del hagíb Almanzor, y añade muy á nuestro propósito lo siguiente: «Tanta prosperidad material, tanta grandeza, tanta ostenta­ción y lujo, tanta sabiduría en las ciencias y en las artes voluptuarias, ¿cómo pudieron de­saparecer tan pronto? ¡Ah! sí; desaparecieron porque no era duradera la base sobre que des­cansaba el portentoso simulacro de civiliza­ción que los califas habían dado al mundo.» Y en otro lugar (57): «Esta que l lamaremos poe­s ía de la ornamentación de los Árabes , e s se­mejante. . . á la de su literatura: nace de un voluptuoso refinamiento, más que de una ver» dadera elevación de ideas.

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A este g rose ro mate r ia l i smo incapaz de toda e levada inspi rac ión y vuelo subl ime, más que á condiciones de r a z a , como a lgunos suponen (58), se debe en nues t ro concepto la g r a n infe­r io r idad que p r e s e n t a n los monumentos a rqu i ­tectónicos más impor t an te s del a r t e a r á b i g o -muslímico en comparac ión con los del a r t a cr is t iano. El eminen te l i t e ra to D. J u a n Va le ra , que pagó no tab le t r ibu to á las aficiones a r á b i ­gas , t r a d u c i e n d o del a l emán al cas te l lano el in t e resan te l ibro del Sr . D. Adolfo F e d e r i c o de :Schack t i tu lado, Poesía y arte de los Árabes en España y Sicilia, d ice así (59): «Aunque yo me admiro de la A l h a m b r a y de la mezqui­ta de Córdoba , mi entus iasmo no r a y a m u y al to . No l amen to y deploro tan to como ot ros el que se h a y a l e v a t a n d o un templo c r i s t iano en el cen t ro de la soberb ia f áb r i ca de Abde-r r a h m a n . T o d a v í a me p a r e c e aquel templo c r i s t i ano más noble y hermoso que el a r á b i g o que lo c i r c u n d a , y los p r imores de la ce lebra ­da capi l la l l a m a d a v u l g a r m e n t e del Z a n c a r r ó n no l l egan , en mi sen t i r , a los p r imores de la s i l le r ía del coro ni á la g r a c i a y be l leza de uno de los pulpi tos (69),

Po r su p a r t e el Sr , de S c h a c k (61), a u n q u e ex t ran je ro y p r o t e s t a n t e , y g r a n d e a d m i r a d o r

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d e la c u l t u r a a r á b i g a , a d e m á s de af irmar q u e en la pr imorosa y f a n t á s t i c a exornac ión de l a a l jama cordobesa , quisieron nues t ros m u s u l m a - ' nes formar un t r a sun to de su mahomét ico E d é n , reconoce que aquel edificio, m u y lejos de com­pe t i r en perfección a r t í s t i ca con el P a r t e n ó n ó la c a t e d r a l de E s t r a s b u r g o , asi en su conjunto como en sus pormenores , m u e s t r a muchos de fectos y l leva el sello de un a r t e poco ade lan­t ado . «No se nota aqu í «añade» la a rmonía na­c ida del más alto sent imiento de la bel leza é i luminada por la divina s e r en idad del templo g r iego , que por todos lados manifiesta la per­fección en la a r q u i t e c t u r a , ni se a d v i e r t e tampoco la marav i l losa creación de la c a t e d r a l gó t ica , l e v a n t a d a sobre colosales p i lares de p i ed ra , la cua l a r r e b a t a la men te hac ia los -cielos con un r ap to poderoso; porque de todas sus pa r t e s t r a n s p i r a una v ida a r c a n a , y t odas concu r r en á fo rmar como un g r a n símbolo de la fe, propio y a d e c u a d o cen t ro de la p i edad y de las p rofundas medi tac iones , lleno de se­v e r a s imágenes de mármol y de flotantes figu­r a s luminosas en las v e n t a n a s , al t r a v é s de las cuales se di funde sobre los fieles que oran u n r e sp landor místico, a lgo como u n r a y o de la g lo r i a divina»

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Pero , ¿á qué a ™ o n t o s a % M ^ ^ , m m ¡ ,

punto en que b a s t a l a t ^ ^ ^ l í ^ r s é ^ f P M c í . cer e l sensual ismo en\l;.Q$,.jiionumentos de l a r t e musu lmán es negaf)qse:;l.ashi4.efwwílas c reen ­cias y el esp í r i tu de cada;-piicl3tle^f»o.í5f!l?eja.fi de., ord inar io e n sus. inamtfesíaeioijes l i t e r a r i a s y ar t í s t i cas , nc^-aaf ¡queírlAS-:-tlHr*»8íW formas del paganismo rev.ela» -tOu>f.tei«'.jaJi-tíguos monu-m ontos d e ."Asia--y • de • E g i pt o ? ? ele; Groe ia. >y vrd e Koma, y la^ííMéñte-;íeícris'l)ia¡ia^lie. (los ís tglos : i

medios oii 1 «• a lqu i l oc-tura.gótloa ú<ojival .-...Sif.en,;-, el islamismo-ifedo huele ' .'y apos t a á.'UManda«lj.o si los 'Críticos-'- convienen .-.generflmente- -.est-ftlj-sons'úalisñao'üitorario de los iÁrabes-yi im-ahaiae- , taños , : e d n más-"Tazón' debemos a t r ibui r -^s le¡ r c a r á c t e r •A;"s-u?f6rqui'fccc'tuTa-,-.í por. aervernljaluiérnte-.: e s t e ; á F t O ' q e í - q u o "másnseriaconioclaAá:!»! vidu-,--u s o s ! y afítíigáé's'' de los'-pu-eblos ppo-u- sariánjua?r? mcii to-viciosss y--disolutasidas 1 -ioostumllreg.-derr aqti,ell'ós-:'&,éfct"artos--<62)J Al cons in t i ó ^¡ tat i - ta^ costa y co:i fin; t a peofusióiv unos s u t ó a n O s ^ y . ; m a g n a t e s ^ - a ú " a a d o s v a l ^ T B g a l o - y a l - ; p l a c e r ; - , t inas 'ma ' íMóiíes • tm•"• ¡deliciosas;-'">¿qtté..-tpuede)< suponerse" qué p r e t e n d i e r o n ; sino rea l izar en. la t i e r r a ; ' p o r medio de p a l a c i o s - y - jardines , • la sensual be l l eza d e l ' p a r a í s o promet ido por .

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THahoma á su g r e y ? Por eso un insigne poeta ¡moderno (63) ha llamado á la Alhambra:

«Edén terreno Modelado en el Corán.»

;y á sus l indos aposentos : «Alcázares dorados ,

Mis ter iosamente a lzados Del p lace r p a r a mansión.»

N a d a más sensual y voluptuoso que la ima-:gen del p a r a í s o celest ial ofrecida por Mahoma á sus sec tar ios ; pa ra í so que , según el a b a d mo­z á r a b e E s p e r a i n d e o (64), no d e b í a l l amar se p a r a í s o sino l u p a n a r y l u g a r obscenísimo (65) y que, s egún César Can tú , pa r t i c i pa de lupa­n a r y de figón. Pues ta l imagen , q u e el funda­dor del is lamismo presen tó con proli ja insis­tenc ia (66) á la c a r n a l i d a d de sus compa t r io t a s , no pudo menos de r e p r o d u c i r s e en la v ida int i ­ma de los musu lmanes y , por cons iguiente , en su a r q u i t e c t u r a , en la t r a z a y o rna to de aquel los mágicos a l c á z a r e s y floridos j a r d i n e s , en que nues t ros musu lmanes a m o n t o n a b a n mu­j e r e s , j oyas , tesoros y del ic ias , i m a g i n a n d o , en con t ra de su misma fé, que el verjel del pa ra í so , según c a n t a b a uno de sus poe tas (67), no existe sino en la r eg ión del Andalus ó pe­n ínsu la e spaño la .

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IV

Oolígese de todo esto que h a y que b u s c a r fue ra de los Á r a b e s , de los B e r e b e r e s y de las doc t r inas a l co rán icas , tan opues tas á todo p ro ­greso r ac iona l y civi l ización v e r d a d e r a , la p a r t e más pr inc ipa l y noble del e sp lendor l i te­r a r i o y a r t í s t i co que hal lamos r e p r e s e n t a d o en ila historia y en los munumen tos a r á b i g o - g r a ­n a d i n o s . A diferencia de los afr icanos y or ien­ta les , los musu lmanes de nues t ro pa ís , s e g ú n obse rva un h is tor iador a r á b i g o (68), fue ron m u y dados á mejorar y embel lecer sus a r t e ­factos , perfeccionándolos con suma pro l i j idad y fa t iga ; por cons iguiente , fueron menos re ­f rac ta r ios al p rogreso y al ideal ismo que sus corre l ig ionar ios de o t ras reg iones . Mas, ¿dónde ha l la remos la r a z ó n de una d i fe renc ia t a n cons iderable? Es ta inves t igac ión nos se rá fácil , admi t i endo con el h i s tor iador tunecino I b n J a l d ó n (69), que la perfección y subs i s tenc ia que las a r t e s logra ron en var ios pun tos de la E s p a ñ a s a r r a c é n i c a , se debió á una t r ad i c ión conse rvada á t r avés de va r i a s d inas t ías desde la e d a d v is igót ica (70). Semejan te t radic ión, deb ie ron t r a s m i t i r l a ios i n d í g e n a s ; así los Mo-

. z á r a b e s , que conse rva ron su fé c r i s t i ana , y

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con ella los demás elementos de su civi l ización, como los Muladíes , ó sea los Españoles r ene ­gados , que al a r a b i z a r s e y h a c c r c e musu lma­nes , m a n t u v i e r o n do su a n t i g u a cu l tu ra his-p a n o - r o m a n a todo aquello que e ra compat ib le con el islamismo y aún no escasa p a r t e de su espí r i tu cr is t iano y nac iona l (71. En este pa ís , donde las c iencias y las l e t r a s h a b í a n floreci­do tan to d u r a n t e ' l a dominac ión r o m a n a y la v is igoda, debió acon tece r bajo el imperio a rá­bigo-musl ímico lo mismo que aftvraa el t a n t a s veces c i tado [bn J a l d ó n (72) con respec to á las regiones or ien ta les : que no fueron los Ara -bes , ded icados cou pred i lecc ión á las a r m a s y ca rgos polít icos, los que cu l t iva ren con t an to a r d o r la ciencia y la l i t e r a t u r a en el b r i l l an te per íodo de los Abbas i t a s , sino ios i nd ígcuas do los ter r i tor ios sometidos, es dec i r , los Mozára-bes y los Muladíes .

A u n q u e no poco m a l t r a t a d o s y pe r segu idos , los Mozárabes subs is t ie ron d u r a n t e cua t ro ­c ientos c incuen ta años en Anda luc í a , y p a r t i ­c u l a r m e n t e en este re ino de G r a n a d a , d o n d e ten ía g r a n d e a r r a i g o la fé ca tól ica (73), con­s e r v a n d o j u n t a m e n t e con su fé su prop ia cul tu­r a y espí r i tu nac iona l , ten iendo templos que. « r a n v e r d a d e r a s m a r a v i l l a s de a r t e (74), obis.-

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pos tan ins ignes como Eecemunclo de IHber r i y J u l i á n de Má laga , y según cuen ta u n au tor a r áb igo (75), jefes de su misma r aza y re l ig ión s o b r e m a n e r a en tend idos y háb i les , y p a r t i c u ­l a r m e n t e el úl t imo ape l l idado Ibn-Alcal lás , que fué m u y n o m b r a d o y gozó de g r a n d e conside­rac ión en t re los g o b e r n a d o r e s musu lmanes do l a p rov inc ia . Pero los Mozárabes , a p a r t a d o s de ios musl imes por el abismo de las d i s t in tas c reenc ias , no podían e jercer en ellos una in­fluencia t an ac t iva y eficaz cuan to e ra menes­ter p a r a co r reg i r la r u d e z a y modificar los gustos de A l á r a b e s y Berber i scos . Es t a in­fluencia la e jerc ieron más i nmed ia t a y podero­samen te los Muí adíes ó Españoles r e n e g a d o s , que al a b r a z a r la ley y la l e n g u a de Mahoma, ven ían á const i tu i r con sus sec ta r ios , a u n q u e no sin an t ipa t í a de r a z a s , un solo cuerpo de nación. Como cons ta por la his tor ia y lo afir­ma Mr. R e i n h a r t Dozy (76) á propósito de las d i scord ias civiles que d e s g a r r a r o n la E s p a ñ a s a r r a c é n i c a en la s e g u n d a mi t ad del siglo I X , los Muladíes cons t i tu ían la p a r t e más nume­rosa , más i l u s t r a d a é in te l igen te de la pob la ­ción, contaban en su seno mucha gente noble y acaudalada, y abrigando el sentimiento de su fuerza material y moral, en más de una

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ocasión se sub levaron v ic to r iosamente contra, las demas ías de los su l tanes , poniendo á p u n ­to de r u i n a la potente m o n a r q u í a co rdobesa . A u n q u e por d i ferentes motivos h a b í a n deser­t ado de la fó c r i s t i ana , muchos c o n s e r v a b a n de ella un piadoso r e c u e r d o ; y al verse u l t r a ­j ados por el orgul lo y egoísmo de los Á r a b e s y por el menosprecio de los musu lmanes v ie jos , se a f e r r a b a n más en las t rad ic iones de su r a z a y en el espí r i tu de su a n t i g u a nac iona l idad .

Los Muladíes l l ega ron á ser m u y numero ­sos en esta c iudad de G r a n a d a y su te r r i to r io , donde muchos Mozárabes se h a b í a n is lamizado, y a movidos por el a l ic ien te de va r i a s ventajas-que esto les p roporc ionaba , y a por el miedo de las persecuciones y por ex imirse de los pesa­dos t r ibutos que les imponía la codicia de sus dominadores . P r i n c i p a l m e n t e la poblac ión agr íco la , que aqu í a b u n d a b a mucho, m e r c e d á la f e r ac idad del suelo, ap rovechándose de las . f r anquezas y beneficios que la ley mahome ta ­n a concede á los i s lamizados , h a b í a l og rado por e s t e medio consegui r su l i b e r t a d y l i b r a r s e del odioso impues to de la cap i t ac ión . L a s con­vers iones al i s lamismo, y a n u m e r o s a s desde los r e inados de A b d e r r a h m a n I I y M o h a m m a d I de es te n o m b r e (77), se a u m e n t a r o n c o n s i d e -

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r a b l e m e n t e bajo las d inas t ías de los Almorávi ­des y Almohades , y p r inc ipa lmen te bajo la de estos úl t imos, que impusieron pena de des t i e r ro á cuantos cr is t ianos ó jud íos no a b r a z a s e n las c reencias musl ímicas . Y aunque después de r e ­conquis tadas por >S. F e r n a n d o las c iudades de J a é n , Córdoba y Sevilla, m u c h a gen te a r á b i g a y be rbe r i s ca vino á e s t ab lece r se en este pa i s , . todav ía á pr incipios del siglo XIV de nues t r a e ra , la población de la c iudad de G r a n a d a m o s t r a b a ev iden t emen te que se componía en su m a y o r pa r t e do Muí ad íes ó descend ien tes •de cr is t ianos . Así consta por un documento m u y i m p o r t a n t e a l egado por nues t ros h i s to r iadores Z u r i t a (78'; y Mar iana ¡'79¡, ó sea por la r e l a ­ción que los emba jadores del r ey D. J a i m e I I de Aragón hicieron al Sumo Pontífice Clemen­te V en el Concilio General de Viena (año 311), af i rmándole como cosa no tab le y c i e r t a que de doscientas mil personas que á la sazón m o r a ­ban en G r a n a d a , apenas se h a l l a b a n qu in ien­tas que fuesen Moros de n a t u r a l e z a , porque-, casi todos e r a n descendien tes de cris t ianos; , que h a b í a en ella c incuen ta mil r e n e g a d o s (80) y p a s a b a n d e t r e i n t a mil los que e s t a b a n c a u ­tivos en este re ino . Cuya cuen ta , a u n q u e al­g o e x a g e r a d a , s e . confirma por var ios docu-

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•iñéltfós'y' test imonios, en t r e ellos el del cele-torado-historiador g r a n a d i n o Ibn Al ja thíb (81), •él : eüal a s e g u r a que en su t iempo, es. deci r , en la s e g u n d a mi t ad del propio siglo, en t r e los l iabi tai l tes de G r a n a d a , al par con los de l ina­j e a r á b i g o y be rbe r i sco , hab ía muchos de ori­gen e x t r a n j e r o .

Por conducto de unos y de otros, Mozárabes y Muladíes , la E s p a ñ a s a r r a c é n i c a recibió do la v is igoda los c a r a c t e r e s especiales que dist in­g u e n su p o n d e r a d a civil ización y que la aven­ta jan sobre la d e s a r r o l l a d a por los musu lmanes en Áfr ica , y aiín en las reg iones or ien ta les . Así consta de muchos descubr imien tos y estu­dios rea l izados de pocos años á esta p a r t e , y que han venido a f o r t u n a d a m e n t e á de svanece r las preocupac iones y antojos de escr i tores an­te r iores , aficionados en demas ía á las cosas a r á b i g a s y mus l ímicas . Grac ias á ta les descu­br imien tos y estudios hace y a más de ve in te años que u u ins igne e rudi to español ( 8 2 ) pudo escr ib i r las s iguientes p a l a b r a s : «Si hubo , pues , como c reemos que hubo, a lgo de pecul ia r , de dis t into, de propio, en l a civil ización hispano-musl ímica , que vino á d i s t ingu i r l a de l a gene­r a l civil ización m a h o m e t a n a , nos p a r e c e que más b ien debe a t r ibu i r se a l influjo de los Es-

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paño les mismos que al de los rudos y a d v e n e ­dizos Be rebe re s : fué el estilo andaluz y no el estilo morisco.» Ya muchos anos an tes un l i te-r a lo y cr í t ico in fa t igab le (83), al e s tud ia r con a d m i r a b l e e rud ic ión y s a g a c i d a d el desenvol­vimiento do n u e s t r a l i t e r a t u r a d u r a n t e el la r ­go y calamitoso per íodo de la dominación sa­r r a c é n i c a , ganoso de v ind icar con t r a suposicio­nes e x t r a v a g a n t e s y a b s u r d a s el c a r á c t e r pro­pio y or ig ina l de n u e s t r a c iencia y a r t e , emi­nen t emen te nac ionales y catól icos, h a b í a esta­blecido só l idamente el hecho de que así los cr is t ianos l ibres del Norte como lo Mozárabes del Mediodía , no solamente h a b í a n r e c h a z a d o con igua l empeño la influencia a r á b i g a y mus­l ímica, sino que , a l t a m e n t e cul tos é i lus t rados , h a b í a n comunicado á sus n i d o s dominadores u n a g r a n p a r t e del s abe r l i t e ra r io , científico y ar t í s t ico a tesorado en nues t ro país bajo la mo­n a r q u í a v i s igoda .

A las muchas y razonab les p r u e b a s a d u c i d a s por t a n sabio cr í t ico hemos hal lado confirma­ción en test imonios de au to res a r áb igos y en impor t an te s documentos de la E s p a ñ a musl í ­mica y de la c r i s t i ana (84). Por ellos consta q u e los cristianos mozárabes, así en España como en el Oriente, siguieron cultivando, se-

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g ú n se lo pe rmi t í a su d e s d i c h a d a s i tuación, las l e t r a s , c iencias y a r t e s h e r e d a d a s de sus ma­yores ; y como (sin o lvidar su idioma p a t r i o , . que en E s p a ñ a era el lat in y en el Oriente e l : s i r iaco, g r i ego ó copto) cul t ivasen con aprove­chamiento la l e n g u a á r a b e h a b l a d a por sus dominadores , t radujeron á ella muchas obras clásicas, ó in ic iaron á los Árabes y Moros (re­f rac ta r ios al estudio de los idiomas ext ranje . -ros) en d iversas a r t e s , c iencias y conocimien­tos que has t a entonces h a b í a n ignorado . Gra­cias á vers iones a r á b i g a s hechas de!, l a t í n , y acaso t ambién del g r i ego , por los Mozárabes , los musu lmanes anda luces log ra ron conocer la famosa obra de a g r i c u l t u r a de nues t ro g a d i t a ­no Junio Modéra te Col ame la , las h is tor ias de Orosio, las doc t r inas méd icas de los au tores helénicos y a lgunos escri tos de Aris tóte les . Y por lo que toca espec ia lmente á este t e r r i to r io ' g r a n a d i n o , en la s e g u n d a m i t a d del siglo X, la silla episcopal de la an t igua I l iber r i fué ocu­p a d a pe r un as t rónomo y filosofo eminente pa­r a aquel t iempo, el • cé lebre R e c e m u n d o , á qu ien los Á r a b e s l l amaron R a b í ben Zaid (85). T a m b i é n sabemos por el mor isco granadino^ J u a n León , conocido por el a f r i cano (86),. que r e i n a n d o en e s t a cap i t a l el emir Al-

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manzor (87) se t radujo del la t ín al á r a b e un g r a n Tesoro da Agricultura, d ividido en t res pa r t e s y mane jado en su t iempo por los Moros de B e r b e r í a (88),

Ni deb ie ron influir monos nues t ros Mozára­bes en el desar ro l lo , p rogreso y perfecciona­miento de la p o n d e r a d a a r q u i t e c t u r a a r á b i g o -anda luza , porque ellos debieron ser, así se colige de muchos y r azonab les indicios , los que ins t ruyeron á nues t ros musu lmanes en los co­nocimientos a rqui tec tónicos que tan to h a b í a n florecido en nues t ro país d u r a n t e la domina­ción r o m a n a y la visigótica, p roduc iendo aque­llas marav i l l a s a r t í s t i cas que d e s l u m b r a r o n los ojos de los Sa r r acenos conquis tadores (89). Bas­te á nues t ro ac tua l propósito obse rva r , con el ce l eb rado Sr. Eíos (90), que la imitaoión his-pano- románica y la t ino-bizant ina se nota de un modo ev iden te en los p r imeros monumentos, de la a r q u i t e c t u r a a ráb igo -h i spana , er ig idos en nues t ro sent i r por artífices mozá rabes ó mu" lad íes ; y de aqu í el que Ambros io de Morales tuviese por r o m a n a s las ru inas de Medina Az» z a h a r á , famoso a l cáza r cons t ru ido por A b d e -

r r a h m a n I I I en el siglo X de n u e s t r a e r a . Des" pues de h a b e r causado con su c iega y feroz, b a r b a r i e enormes e s t r agos en las g r a n d i o s a s y

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suntuosas cons t rucciones que r e v e l a b a n , la m a ­j e s t a d y poder ele los Romanos y la fas tuos idad de los Visigodos, al fin so jusgada su imag ina ­ción por la bel leza de aque l las o b r a s , y aspi­r a n d o á semejante g r a n d e z a nac ional y políti­ca , los Árabes y Berebe res no d u d a r o n con­s e r v a r é imi ta r en provecho propio los trofeos de su g r a n d e v ic tor ia (91). «Los Á r a b e s (aña­de otro cr í t ico no menos competen te en la his­tor ia del a r te ) (92) no t ra jeron á nues t r a Espa­ñ a más ciencia a rqu i t ec tón ica que la que fue­ron recog iendo á re tazos en su ominosa con­quis ta . Pe ro al e n c o n t r a r s e aqu í con un a r t e hecho y g r a n a d o como el que h a b í a n produc i ­do los Visigodos, dóciles a lumnos del imperio de Oriente , a r t e no desemejan te del b izant ino en cnanto á las r e g l a s gene ra l e s de la cons­t rucc ión , ni tampoco en los pr inc ipales e lemen­tos de orna to , a m a l g a m a r o n fác i lmente con sus r ecue rdos de Asia y del Egip to la impre ­sión ac tua l de lo que ten ían á la vis ta . Es te p r o c e d e r de las t r i bus musu lmanas , que fun­d a r o n el cal i fato de Córdoba , es manif iesto. Sólo así se expl ica la d i ferente fisonomía que p r e s e n t a el a r t e á r a b e - c o r d o b é s y el a r t e á r a ­b e del Cairo, por ejemplo: sólo así puede moti­v a r s e el empleo exclusivo en t re nosotros d e s d e

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el siglo VII I al X, del a rco u l t r a - s emic i r cu l a r , v u l g a r m e n t e Mamado de h e r r a d u r a , que t an ca rac te r í s t i co es del a r t e visigodo (03) y del á r a b e español p r imar io ; m i e n t r a s esto a r c o , aún siendo quizás do or igen persa , es do uso casi excepc iona l en el Or i en t e ; y sólo así t am-bien el manten imien to del capi te l corintio ro-ra ano, cual lo usaron los visigodos cuando en Bizancio e s t aba poco menos que proscr i to (04)'.»

Pe ro estos Árabes y Berebe res , á quienes la i gno ranc i a ó la mal ic ia ha - supuesto iutroduc-. toros de la civil ización en nues t ro sucio, ta r ­da ron mucho tiempo cu vencer su r u d e z a y en salir del período de imitación ar t í s t ica . , ,Pues ; como escr ibo á este propósito otro cr í t ico no menos competen te en la m a t e r i a (95),. «necesa­rio es de scende r al final del siglo I X y á los co-, mionzos del X , .esto es, á doscientos anos des­pués ele la invas ión, p a r a encon t r a r las m a r a ­vil las de la a r q u i t e c t u r a cordobesa , que' h a b í a n l o g r a d o , s egún dicen, su m á x i m a "perfección en los a l cáza re s de Azzahrá : á los s ig la s ' s i -gu ien tes pe r t enecen los más nobles mónumen ' ' tos de este l inaje, lo que nos p r u e b a que fue­ron necesa r i a s a l gunas cen tu r i a s p a r a -que e l genio á r a b e , f ecundado por la sav ia de ot ros pueblos , y e n t r o ellos por el hispaixo.-cristiano, a l c a n z a r a n su completo florecimiento.y niadu-, rez.» ..... - .-

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V

A tan valiosas a u t o r i d a d a s debemos a ñ a d i r a l g u n o s da tos recogidos en n u e s t r a s l e c t u r a s é -investigaciones sobre la c u l t u r a a ráb igo-espa­ñola , y en pa r t i cu la r sobre la g r a n a d i n a , ob­

j e t o especial del p resen te es tudio . De la t r a d i ­ción a r t í s t i ca hispano-vis igoda y de su influen­

c i a en la g r a n a d i n a , dan í'é numerosos res tos .ar t ís t icos ha l lados á legua y med ia de esta -c iudad ce rca del pueblo de Ata r fe y conserva­d o s en el precioso Museo Arqueológico forma­ndo por la Comisión de Monumentos de esta /provincia; cuyos res tos , s egún obse rva un c r í ­t i c o m u y compe ten te (96), pe r t enecen a l per ío­do comprend ido en t r e los s iglos VII I y XI , y co r re sponden al est i lo románico y al l l amado la t ino-bizant ino , ha l lándose en t re ellos la no­t ab l e inscripción l a t ino-mozárabe de c ier to Ci­p r i a n o que mur ió en el año 1002 de la e r a cr is­t i ana (97). Del or igen hispano romano de esta c iudad dan ev iden te tes t imonio, al p a r con la his tor ia , monumentos y ves t ig ios que ni la do­minación s a r r a c é n i c a ni la acción d e s t r u c t o r a

..de los siglos han podido b o r r a r h a s t a a h o r a (98)< De or igen hispano-lat ino - son m u c h o s t é n n i ?

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mos de arquitectura y ornamentación que sue-man en los documentos arábigo-españoles, y lparticularmente en los granadinos.

Tal es el vocablo parthal ó partal S^ji c o ' irrupción indudable del castellano portal y bajo-latino pórtale y portállum, y que en el senti­do de pórtico se halla en nuestros' autores ará­bigos al tratar del famoso alcázar de Abde-rrahman III en Medina Azzahrá (siglo X) , del

•de Badis ben Habbus en Granada (siglo XI) , y del mismo palacio de la Alhambra, donde aún se conserva dicho nombre en un sitio l lamado el Partal (99). De origen vascongado ó ibérico es la voz calahorra ijQs (100) con que los es­critores arábigo-granadinos designan común, mente las fortalezas y torres, y especialmente las de la Alhambra. Do origen hispano-bizantino son, á nuestro entender, en el nonibre y en la realidad, los azulejos & mosaicos de piedras me­nudas y de piezas de barro cocidas y esmalta­das, que con tanta profusión y belleza adorna­ban los edificios arábigo-españoles, á diferencia de los orientales (101); pues aunque el vocablo azulejo no viene del adjetivo azul, como algu­nos han imaginado, sino del arábigo-hispano azzuláich ó aztMáich -Jvi! éste á su vez es co«

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r rupc ión del la t ino-greco asarotum ( 1 0 2 ) , ó más bien del bajo-lat ino asaroticus, apl icado por un cé lebre escr i tor f rancés del siglo V (103) á las p icdroc i tas de los mosaicos o azule­jos [asaroticus lapillus). I g u a l m e n t e son do p rocedenc ia h ispano- la i ina los s igu ien tes vo­cablos técnicos de a lbañ i l e r í a y c a r p i n t e r í a ' que se e n c u e n t r a n en au tores a r á b i g o - g r a n a d i ­nos y en el famoso Vocabulista arábigo en le­tra castellana, do F r a y P e d r o do Alcalá ''1505) quo, como es s a b i d o , contieno el lenguaje ha­b l ado por 103 Moros do ésto r e ino : barrina, cartabón, cobthál. cortal, cortina, fórnete, la-cliaira (104) lathon, latosa 6 Imxa, láxamete ,pac-cat, pal, párchele, pila, piicliún y xerralga, que cor responden á los caste l lanos barrena, cartabón codal, corral, cortina, hornaza, l u m b r e r a , latón losa, argamasa, pegar, palo, porche, pila, pisón y cerraja ó c e r r a d u r a (103).

A la influencia de la población i n d í g e n a de­bemos a t r i bu i r asimismo el uso m u y f r ecuen te en t r e los Mores y Españoles de a d o r n a r los edificios, á despecho de la conocida prohibic ión musl ímica (106), con escu l tu ras y r ep re sen ta ­ciones de seres an imados . De este uso , que empezó m u y t e m p r a n o y que se ex tend ió á m u c h a s c iudades de n u e s t r a pen ínsu la (107) y

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aún de Berbe r í a (108), q u e d a n muchos res tos y r ecue rdos históricos; y por lo que toca á G r a n a d a , creemos del caso menc ionar la es ta­t u a ecues t re del r e y Badis ben H a b b u s , que dio su nombre á la famosa Casa del Gallo (109); los re l ieves con escenas de caza , que a d o r n a n la pila que el sul tán Mohammad, I I I de es te n o m b r e , hizo l a b r a r p a r a la mezqu i t a m a y o r de la A l h a m b r a ; los dos leones marmóreos que hoy se conse rvan en el c a r m e n de A r r a t i a , l l amado v u l g a r m e n t e de la Mezquita , y , final­men te , los que dan su n o m b r e al c u a r t o y p a ­tio de los Leones , á no ser que estas informes figuras sean de o r igen a s i d o .

L a pers i s tenc ia é influencia, del e lemento in­d ígena en este reino de G r a n a d a se r e v e l a á c a d a paso en los monumentos his tór icos , filo­lógicos y geográficos que h a n l l egado has t a nos­otros. En cuanto á la geogra f ía , bás tenos co­p ia r las s iguientes p a l a b r a s de u n i lu s t r ado au to r de nues t ros d ías (110): «Sabemos per fec­t a m e n t e que en toda aquel la t i e r r a quedó u n g r a n migajón de poblac ión r o m a n a y gó t i ca que conservó t e n a z m e n t e sus leyes y su idio­ma , y con m a y o r r azón los nombres geográfi­cos (111) de r íos , montes c iudades y for ta le­zas.» En cuan to al l enguaje , de voces hispano-

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l a t i na s é ibér icas está henchido el y a c i tado Vocabulista [arábigo que á fines del siglo X V compuso f r ay P e d r o de Alca lá por m a n d a t o d e l p r imer Arzobispo de G r a n a d a , f r a y Her­n a n d o de T a l a v e r a , p a r a faci l i tar la conver­sión de los Moros de este re ino (112). Asimis­m o se ha l l an á c a d a paso en las e sc r i t u ra s a r á ­b i g a s y en otros documentos de este t e r r i t o r io ^relativos a l per íodo de la dominación s a r r a c é ­n i c a (113). Es curioso ve r como los vocablos •de ta l or igen a b u n d a n en los t é rminos de indu­m e n t a r i a , en los nombres de man ja re s , de

vutensilios y usos domést icos, en los de d iversas . a r tes y oficios, y en las obras de a g r i c u l t u r a , bo t án i ca y m a t e r i a méd ica esc r i t as por el T h i g n a r í ( l lamado así por ser n a t u r a l de

' T h i g n a r , c e r c a de G r a n a d a ) , de I b n Loyón, -de Almer ía , y de I b n A lba i t há r , de M á l a g a ,(114).

Los apell idos y apodos de o r igen español suenan con a lguna f recuencia en la h is tor ia ;política y l i t e r a r i a de los Moros de es te re ino . Bástenos c i t a r á los Beni C'horg ( J o r g e ) de El-b i r a , I b n Alpedex, I b n Exquilola, I b n Fur-cón, I b n Oatha, I b n Moxolyón, I b n Román Ibn Vivax, el Ohorroth, el Royo y el Thau-chol de G r a n a d a ; los I b n Lobo, I b n Loyón

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¿(León), I b n Xalvathór (Sa lvador) y el Racaníl • de Almer ía ; los I b n Bono, I b n Corral, I b n JDordux, el Cálapac, el Lobo, el Partal, y el Boyol de Má laga (115). A los cua les podemos a ñ a d i r el de Adefonso, n o m b r e de un conde vi­s igodo, p rogen i to r del famoso caudi l lo Ornar b e n Hafcón, que t an to se d is t inguió á fines del siglo I X y principios del X , l e v a n t a n d o u n a g r a n p a r t e de este reino y de o t ras c o m a r c a s a n d a l u z a s con t ra la m o n a r q u í a de Córdoba ,(116).

E n t r e los l i te ra tos y sabios de conocida r a z a i n u l l a d í que produjo este t e r r i to r io d u r a n t e la dominac ión s a r r a c é n i c a , m e r e c e n mención especia l los Beni Bono, de G r a n a d a y M á l a g a en cuyo n ú m e r o , s egún c reemos , debe con ta r ­se el ins igne botán ico m a l a g u e ñ o del siglo :XII I I b n Alba i thá r (117); el d i s t inguido g r a ­mát ico y r e tó r i co Abda l l ah ben Vivax (Vivas ó Vives), que fué uno de los maes t ros del f a . moso h i s to r i ador g r a n a d i n o Ibn Alja thíb (118); .Abú Otzmán I b n Loyón (León), de Almer ía , ins igne poe ta y n a t u r a l i s t a , q u e t a m b i é n dio

. lecciones á I b n Al ja th íb , y dejó escri to un no­t ab l e poema de a g r i c u l t u r a , que se conse rva manusc r i t o en t ro los códices a r áb igos de la b i ­b l io teca do esta Un ive r s idad (119); el distin-

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gu ido g r a m á t i c o Ibn Corral de Málaga , y el poe ta I b n Xalvathor (Sa lvador) , de Almer ía (12Q). Granad ino , y s egún otros , Zaragozano, , pe ro de r a z a española , á j u z g a r por su apell i­do, fué el eg reg io escr i tor de filosofía y músi­c a l l amado v u l g a r m e n t e Aven Pace (121), que mur ió en G r a n a d a el a ñ o 1135 de n u e s t r a e r a (122).

Ni se d iga que en t re los l i te ra tos y pe rsona­j e s de este te r r i tor io que a p a r e c e n en la histo­r ia , los nombres y apell idos españoles son b ien escasos en comparac ión con los a r áb igos ; p o r q u e , si b ien se cons idera el uso de estos n o m b r e s n a d a a r g u y e en favor de la r a za ó li­naje de los individuos que lo l levaron; pues los ha l lamos usados , no so lamente por los Mu­lad íes ó r e n e g a d o s , sino por los mismos Mozá­r a b e s . E n cuan to á los Mozárabes , y a hemos n o t a d o en o t r a ocasión (123) que usa ron con h a r t a f recuencia de nombres a r áb igos , a u n q u e no muslímicos, y sobre todo aquel los que , in­ves t idos de a lgún c a r g o ó d ign idad , neces i ta ­b a n t r a t a r con los Árabes y Moros, á qu ienes e r a n repuls ivos los n o m b r e s ex t ran je ros . Bas t e á nues t ro ac tua l propósi to c i t a r los ejemplos del obispo e l ibe r r i t ano R e c e m u n d o , que e n t r e los Árabes fué conocido con el n o m b r e d e

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Rábiben Zaid (124), y el de Ibn Alcallás, q u e as í se ape l l idaba el caudil lo ó jefe de los Mozárabes g r a n a d i n o s que á principios del si­glo XI I implora ron el auxil io del r e y de Ara ­gón D. Alfonso el Ba ta l l ador (125). E n c u a n t o á los Muladíes , estos n a t u r a l e s , s egún h a n o b s e r v a d o cr í t icos competen tes , á fin de h a c e r o lv idar su or igen español y cr i s t iano, q u e los exponía á los desdenes é insultos de los Ara-bes y musl imes rancios , solían tomar c a r t a de n a t u r a l e z a en las t r i bus á r a b e s ó b e r b e r i s c a s y fingir abolengos de este j aez , a u n q u e a lgunos de ellos, p a r a más desor ien ta r á los curiosos, se suponían or iundos de la r emo ta Pe r s i a (126).

A la r a z a i nd ígena per tenec ie ron muchos escr i to res y l i te ra tos ins ignes que en las bi­bl iotecas ó ca tá logos arábigo-hispanos cons tan como maulas ó c l ientes de los Á r a b e s , e n t r e ellos el famoso Abde lmél i c -ben-Hab íb , au to r del siglo IX , que nació en u n a a ldea c e r c a de G r a n a d a y se apell idó Assolamí, por ser li­be r to ó cl iente de la t r i b u a r á b i g a de Solaim. Es te Abdelmél ic , á semejanza de otro g r a n t a ­lento de la propia r a z a , el cé leb re Alí i b n H a z m de Córdoba (127), produjo con pasmoso ingenio y f ecund idad mu l t i t ud d e ob ra s en que a b a r c ó cas i todos los conocimientos huma-

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nos , d is t inguiéndose como poeta , g ramát ico , , re tór ico , jur isconsul to , t rad ic ion is ta , médico,, h is tor iador , au to r de a r t e mi l i ta r , y h a s t a de as t ronomía (ciencia a b o r r e c i d a , como y a s e dijo, por los musu lmanes ) , h a b i e n d o escr i to s o ­b r e es tas y o t ras c iencias h a s t a mil c incuen ta volúmenes y merec ido el t í tulo de Alim-ál-Andalus ó el sabio de E s p a ñ a (128). También ; sospechamos que per tenec ió á la misma r a z a i nd ígena el cé lebre I b n Thofai l de Guadix, . apel l idado Alcaisí , por ser n a t u r a l ó c l iente de la t r i bu de Cais (129), el cua l ejerció "en Gra­n a d a la profesión de médico , y mur ió en Ma­r ruecos , año 1185; y a u n q u e sobresal ió en muchos ramos del humano sabe r , pero princi­pa lmen te en la as t ronomía , las m a t e m á t i c a s y la filosofía, es dec i r , en las c ienc ias m á s abo­r r e c i d a s por los mahometanos (130).

Además de los Mozárabes y Muladíes , cons­t a que por otro conduc to el e lemento español ó i nd ígena influj^ó eficazmente en los usos y a r t e s de los Moros g r a n a d i n o s . Hab i endo nac i ­do este pequeño re ino bajo la pro tecc ión y a m p a r o de los m o n a r c a s de Cas t i l la y León, &. quienes su fundador M o h a m m a d A l a h m a r se sometió bajo feudo y t r i bu to (131), la m o n a r ­qu í a cas te l l ana influyó cons ide rab l emen te so-

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b r e esta especie de vasal los . A este propósito-leemos en la crónica de Ibn Saíd , escr i tor g r a n a d i n o del siglo X I I I (132) y coetáneo de dicho Alahmar , lo que s igue: «Y con h a r t a «frecuencia los su l tanes anda luces y sus mili-«cias se visten con el t ra je de los c r i s t ianos «vecinos, imitándolos en sus a r m a s , y en s u s «mantos de e sca r l a t a y de o t ras te las , é igua l -«mente en sus b a n d e r a s y en sus sillas de «montar , y en su modo de pe lear con escudos «y lanzones l a rgos p a r a he r i r de p u n t a ; y no. «conocen las mazas ni los a rcos de los Árabes,, «sino que usan los a rcos de los F r a n c o s , ya . «para los cercos de las p lazas , y a p a r a uso d e «la in fan te r ía al o r d e n a r los ejércitos en b a t a -«11a.» T a m b i é n sabemos que A lahmar adop tó , á imitación de la nobleza de Casti l la , u n e scu ­do de a r m a s a t r a v e s a d o por u n a b a n d a , en donde puso por divisa la p iadosa f rase : Wa la gálibUle Allah (solo Dios es vencedo r ) , cuyo escudo se conse rva aún en var ios monumentos de aquel m o n a r c a y de sus descendien tes (133)..

Admiróse el h i s tor iador af r icano Ibn J a l d ó n , cuando , v is i tando á G r a n a d a por los años de 1363, vio q u e b r a n t a d a s las p resc r ipc iones al­corán icas y musl ímicas con figuras y r e p r e s e n ­tac iones de seres a n i m a d o s , que halló en los.

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muros y techos de muchas casas p a r t i c u l a r e s , y acaso en los mismos a l cáza res ¡¡regios. Del efecto que le hic ieron aquel las imitaciones da c u e n t a en un pasaje de sus mencionados pro­legómenos, que dice así. «Un pueblo vecino de »otro que le supe ra cons ide rab lemen te , no «puede menos de copiar le y r e m e d a r l e en «g ran m a n e r a . Esto pasa hoy día en t re los «(Moros) Anda luces por sus re lac iones con los «Gallegos (los cr is t ianos de Casti l la y León) , «siendo de ver cuán to se les asemejan en los «trajes y a t av ío , usos y cos tumbres , l l egando «has ta el e x t r e m o de poner imágenes y simu-«lacros en las p a r e d e s de sus casas , en s u s e d i -«ñcios y aposentos . Quien obse rve esto con «ojo de sab idu r í a , no p o d r á menos de es t imar-«lo como indicios de e x t r a n j e r a supe r io r idad «y predominio . Pe ro el imperio p e r t e n e c e á «Dios» (134).

I g n o r a m o s si por v e n t u r a I b n J a l d ó n a lcan­zó á ve r las s ingu la res p in tu r a s con r e t r a t o s d e var ios su l t anes N a z a r i t a s y 'con escenas ha r to e x t r a ñ a s al gus to é ideas de los Arabos y musu lmanes que a d o r n a n las bóvedas de t res c a m a r i n e s en la Sala de Jus t i c i a de la Alham-b r a , c u y a s p i n t u r a s han l l amado poderosa­m e n t e la a tenc ión de var ios cr í t icos modernos .

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Pe ro sea lo que fuere de la época en que se hic ieron (135) y de los a r t i s t a s que las e jecuta­ron (136), estos monumentos pictóricos, colo­cados en uno de los sitios niás pr inc ipa les del a l cáza r reg io g r a n a d i d o , c o r r o b o r a n el juicio de aquel ins igne h is tor iador , y p r u e b a n á cuan alto punto l legó la influencia de la p r eponde ­r a n t e c u l t u r a cas te l lana sobre los Moros de es­te re ino (137).

F i n a l m e n t e sabemos que cr i s t ianos cau t ivos t r a b a j a r o n en los edificios y monumentos de la G r a n a d a á r a b e , como en los de R a b a t , Me-quinez y o t r a s c iudades de Áfr ica . O b r a de t a les caut ivos , que e r an m u y numerosos en es­t a c iudad y reino (138), fué la g r a n m u r a l l a conocida v u l g a r m e n t e por la cerca del Obispo D. Gonzalo, la cual se ex t i ende por las a l tu­r a s del Albaic ín desde la p u e r t a de F a j a l a u z a has t a la a n t i g u a T o r r e del Acei tuno, hoy San Miguel el Alto. Así consta por var ios l e t re ros en l e n g u a y e sc r i t u ra cas te l l anas , descub ie r tos hace pocos años y t r azados , s egún p a r e c e , r e inando el r e y de Castil la don Alfonso el X I (139). Por u n a poesía a r á b i g a , que se lee en los muros del pa t io de los A r r a y a n e s , sabemos que u n a p a r t e de la A l h a m b r a fué cons t ru ida por c r i s t ianos , cau t ivados en el cerco y t o m a

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d e Algeci ras por el su l tán g r a n a d i n o M o h a m -m a d V de este n o m b r e (que reinó desde 1338 á 1359). En c u y a poesía , s egún la vers ión de D. Emilio Lafuente y A l c á n t a r a (140) se lee lo que s igue :

«¡Cuantas veces te a c e r c a s t e por la m a ñ a n a á las c iudades de los infieles y por la t a r d e fuiste a r b i t r o de la v ida de sus hab i t an t e s !

«Les impusis te el yugo de los caut ivos y ama­necieron en tu p u e r t a cons t ruyendo tus alcá­zares como serv idores tuyos.»

E n conclusión, col ígese de los da tos y test i ­monios que hemos a l egado que , ni al e lemento a r á b i g o , ni al be rbe r i sco , n i al musl ímico , sino-ai i nd ígena y cr is t iano, se debe en su m a y o r p a r t e , el esplendor l i t e ra r io y ar t í s t ico que ad­miramos en el an t iguo re ino N a z a r i t a de Gra­n a d a , como en el cal ifato cordobés y como en las regiones l e v a n t i n a s de Si r ia , Caldea , Pe r -sia y Egip to bajo el califato or ienta l (141). Y por si acaso nues t r a s razones no p a r e c i e r e n b a s t a n t e fuer tes , ó i n sp i r adas ta l vez por el sent imiento pa t r io , conclui remos a p o y á n d o l a s en la a u t o r i d a d de un cr í t ico ex t ran je ro m u y competen te , el sabio y m o d e r n o doctor a l e m á n Guil lermo L u b k e , que en su y a ce l eb rado En~ sayo sobre la "historia del arte (142) se expre*-

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sa así : «Si el a r t e á r a b e se desar ro l ló en Es­p a ñ a con más perfección que en los otros pa í ­ses i s lamizados , se debe sin d u d a á las re ía» ciones ín t imas de moros y cr is t ianos , de las cuales éstos comunicaron á aquél los a lgo de lo noble , a m a b l e y caba l le resco que r e s p l a n d e c e en todos los r amos de sa civil ización, c i enc ia s , a r t e y poesía.»

G r a n a d a 28 de Marzo de 1894.

FRANCISCO JAVIER SIMONET.

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1TOTAS

(1) Como Almufiécar, Vélez-Málaga, Coma-r e s , C á r t a m a , Cantor ia , A n d a r a x , P u r c h e n a , F u e n g i r o l a y Zál ia .

(2) A este propósito deben consul tarse : Her­n a n d o de Baeza, en su c rón ica t i t u l ada Las co­sas que pasaron entre los Reyes de Granada desde el tiempo del Rey D. Juan de Castilla.» Segundo de este nombre, hasta que los Católicos Reyes ganaron el reino de Granada; D. F r a n ­cisco F e r n á n d e z y González, en su Estado so­cial y político de los Mudejares de Castilla, y D. Miguel Lafuen te y A lcán t a r a , en su Historia de Granada.

(3) Lafuen te A lcán t a r a , (D. Emilio) en sus Inscripciones árabes de Granada, p á g i n a s 42 y 43.

(4) Véase la c rónica á r a b e Ajbar Mach-

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múa, p á g i n a 25 la vers ión de D. Emilio L a -fuen t e y A l c á n t a r a , y A l m a c c a r í , I , 166 del texto a r á b i g o , edición de Le iden .

(5) Véase al Sr . S a a v e d r a en su Estudio sobre la invasión de los árabes en España, p á g s . 86 y 127.

(6) Véase á A l m a c c a r í , I I , 146 y 147, I b n Adzar i , I I , 33, é I b n Alja thíb en el prólogo de su Ihatha.

(7) En su menc ionado prólogo. (8) Cahthan íes , Codhai tas , F ih r í e s , Caisi-

t a s , Anzar íes , Y y y a d i t a s , Hodza i l i t a s , Gassa-n i t a s , Becr i t a s , Abs i tas , Chodzamitas y Salma-níes . T a m b i é n cons ta por cier tos n o m b r e s geo­gráf icos , menc ionados por el mismo au to r en su Historia de la dinastía nazarita, que al­g u n a s t r ibus ó familias de Á r a b e s Yemeni tas ó •del A r a b i a feliz, h ic ieron asiento en Alca lá la E e a l , Alhendin , Orce, Guad ix , Güéneja , F i -ñ a n a y Almer ía , y otros puntos de este re ino , a u n q u e se i g n o r a la época de su adven imien to .

(9) E n los prolegómenos de su Historia Universal, tomo I I , p ág ina s 365 y 366 de l a vers ión f rancesa .

(10) Histoire des musulmans d' Espagne, I , 14 y 15.

(11) E n su i n t e r e san t e opúsculo Saint Jean

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<de Damas et son influence en Orient sous le» jpremiers khalifes (Bruselas , 1861), c i t ando en .su apoyo á Lassen , Renán y otros .

(12) E n sus Antiquités indiennes, I I I (1158), •citadas por Mr. N é v e .

(13) E n su Essai sur l'-histoire de l'islamisme, •cap. 5.

(14) A nues t ro en t ende r lo que más escasea en los poe tas y l i te ra tos á r a b e s , no es imagi ­n a c i ó n , sino ju ic io , razón y buen cr i te r io , cua­l i dades que no suelen a n d a r h e r m a n a d a s , sino T e ñ i d a s con el exceso de la imag inac ión .

(15) Histoire des musulmans d' Espagne, I , 1215. L a s observac iones de Mr. Dozy, y pr in­c ipa lmen te la ú l t ima , son de m u c h a impor­t anc i a , pues d a n a l t r a s t e con la p r e t e n d i d a inf luencia l i t e r a r i a , científica y c iv i l izadora del pueb lo á r a b e .

(16) Po r ejemplo, Hach i Ja l i f a , en las i lus­t rac iones p re l imina re s á su Lexicón bibliogra-jyhicum Encyclopedicum, tomo I , p á g . 77.

(17) Véase sobre este pun to á Luis Vives en su o b r a De causis corruptarum artium, y en t re los modernos á Jo sé Pr i sco , César Can-tú , Amador de los Ríos, H u m b o l d t y otros mu­chos .

(18) Véanse las Analectas de A l m a c c a r í ,

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I, 136, I b n Adzar i , I I , 314 y s igu ien tes ; inon-sieur Dozy. Hist. des mus., I I I 176 y 177, e tc . , e t c .

(19) El Sr. D. J u a n Vale ra , en la a d v e r ­tenc ia p re l iminar á su t r aducc ión española de la obra t i t u l ada Poesía y arte de los árabes en España y Sicilia, por A. F . de Schack^ después de a d v e r t i r la fa l ta de o r ig ina l idad d e la c iencia y cu l tu ra a r á b i g a y aún de su mis­m a poesía , a ñ a d e : «En las a r t es tampoco tie­nen los Árabes n a d a propio, si se excep túa la a rqu i t ec tu r a .»

(20) Asi lo reconocen el h i s tor iador a r á b i ­go I b n J a l d ó n y el cé lebre a r a b i s t a M. Rein-h a r t Dozy en sus Becherches sur l'hist. et la litt. de Espagne pendant le moyen age, to­mo I , pág ina 335 de la 3 . a edición. En p r u e b a de esto mismo, puedo c i ta r el au to r izado pa­r ece r dé un moderno é i lus t rado viajero f ran­cés, el coronel J . S a n c e r y , que ha r eco r r i do g r a n p a r t e del Áfr ica y reconocido sus an t i ­guos monumentos de la época r o m a n a , el cua l en cier to estudio a c e r c a de los que conserva es ta c iudad , esc r ibe : »Les Á r a b e s n 'ont j a m á i s «construi t , n 'ont j a m á i s eu l ' idée de const rui ­r é quoique ce soít, a lors q u l l s n ' y e t a i en t «pas imper i eusemen t obl igés . L ' Á r a b e es tno» m a d e et g u e r r i e r , etc.»

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(21) E n t r e los muchos datos y tes t imonios que podr íamos aduc i r á este propósi to, m e r e c e especial mención lo que escr ibe el h i s to r i ador Annowai r í , c i tado por W e y e r s en su l ibro t i­tu l ado Specimen criticum exhibáis locos Ibn Khacanis de Ibn Zeiduno, p á g . 78, á s abe r , que A b d e r r a h m a n I I I , al a jus tar un t r a t a d o d e paz con los c r i s t ianos del Nor te , les exigió el envío de doce mil operar ios p a r a emplear los en la cons t rucc ión del famoso a l cáza r de Medi­n a Azzahrá . Según cálculo del Sr . W e y e r s , los doce mil operar ios que dicho califa pidió y re ­cibió de la E s p a ñ a c r i s t i ana , debieron ser los doce mil can te ros y lap idar ios que , s e g ú n los cronis tas cordobeses , y en t a n d a s de á mil c a d a u n a , t r aba j a ron en aquel la g r a n d e ob ra . Acaso se refiere á es te mismo suceso Ibn J a l d o n cuando en su Historia de los Umeyas de Córdoba refiere, que A b d e r r a m a n I I I pidió á un r e y de fe««*.que le enviase doce a lar i fes (*U¿e) ó a rqu i t ec tos . T a m b i é n con t r ibuye ron artífices cr is t ianos á l a edificación de los monumentos a r á b i g o - e g i p ­cios, como lo ha no tado su d i l igen te inves t iga ­dor Sir S tan ley L a ñ e Pool en su l ibro Theart of the Sarracins in Egypte, donde t iene b u e n cu idado de l l a m a r á aque l a r t e sarracénico y no arábigo.

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(22) M. Alfredo Maury y otros, c i tados por M. Fé l ix Néve .

(23) En p r u e b a de esto, bás tenos c i ta r dos a u t o r i d a d e s españolas t an competen tes como el Sr. Amador de los Ríos en su Discurso sobre el arte y estilo mudejar, p ág ina s 10 y 11, é His­toria critica de la literatura española, I I , 18, 38 y 39, y D. F ranc i sco Maria Tub ino en sus Estudios sobre el arte en España. — La arqui­tectura hispano visigoda y árabe-española (Se ­vi l la , 1886), pág inas 158-166, donde re fu ta «los «errores más crasos y los dis la tes más imper t i -«nentes» (son sus propias pa l ab ra s ) sus ten tados en elogio de los Á r a b e s por M. Lebon en su li­b r o t i tu lado La civilisatión des Árabes.

(24) En sus mencionados Prolegómenos, I I , 273 y 274.

(25) Como el Señor don P e d r o de Maclrazo, que en su Discurso de contestación al do don J u a n F a c u n d o Riaño (leídos an te la Real Aca­demia de Bellas Ar tes de San F e r n a n d o en. 1880), dice así : «El sent imiento de la be l la o rnamen tac ión es u n a de las pocas compensa­ciones que concedió la n a t u r a l e z a á una r a z a de a d m i r a b l e ap t i t ud p a r a la g u e r r a , y no me­nos d i spues ta á a d o r m e c e r s e en los b razos de l de le i te , to ta lmente desprov i s t a de ta lentos pa -

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r a l e v a n t a r s e á la esfera del p rogreso inte lec­tua l y moral» . El señor Schack , en su mencio­n a d a obra , tomo I I I , p ág ina s 13 y 14, recono­ce que los Árabes no pud ie ron compet i r en a r q u i t e c t u r a con los pueblos que haii c reado las más a l t a s formas de aquel a r t e , q u e d a n d o m u y por bajo, así de los au tores de los an t iguos t e a t r o s , templos, h ipódromos y t e rmas , como de los artífices que h ic ieron las c a t e d r a l e s gó­t i cas . «Los Árabes ( a ñ a d e ) han c reado obras de a r q u i t e c t u r a que , si b ien en el todo no con­t ienen un plan extenso y perfecto , e jercen un poderoso encanto por la g rac iosa maes t r í a , la armoniosa forma y la e x u b e r a n t e r iqueza de los detal les .» E l Sr . L u b k e , en su Ensayo sobre la historia del arte, t r a d u c i d o del a l emán al f rancés , por E . Ad. Kocl ler , tomo I , pág ina 312 de la edición de P a r í s , 1886, dice así : «Esta a r q u i t e c t u r a de h a d a s ( es dec i r , f a n t á s t i c a ) s abe d is imular , á fuerza de seducciones , que le fa l t an p rec i samen te los c a r a c t e r e s de u n a • a r q u i t e c t u r a , rev is t iendo más bien las formas de un encanto .» Y el i lus t rado viajero y a ci ta­do M. J . S a n c e r y , en u n curioso estudio sobre la ca t ed ra l -mezqu i t a m a y o r de Córdoba, des­pués de s eña l a r los defectos de la p a r t e a r á ­b i g a , d ice : «Esta no p u e d e ser obra de un a r -

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qui tec to ; como las m e n u d a s l abores de la A l -h a m b r a y del Alcázar , por g rac iosas que sean,, no son u n a a r q u i t e c t u r a . »

(26) Ace rca de la ineficacia de la c u l t u r a a r á b i g a y musl ímica p a r a infundir su esp í r i tu á la de otros pueblos , véase al Sr . Amador de los Ríos en su Hist. crit. de la lit. esp, tomo I I , capí tu lo 11.

(27) E n el es tudio p re l iminar de nues t ro Glosario de voces ibéricas y latinas usadas entre los Mozárabes, p ágs X L V I y s igs .

(28) En su menc ionada Hist. des mus. d'Es-pagne, I, 15.

(29) Así en sus v i r t udes como en sus v i ­cios, según los p in ta I b n J a l d ó n en su Histo­ria de los Beréberes, t . I . p á g . 199 de la ver­sión del Ba rón Mac Guckin de S lane .

(30) Véanse á este propósi to las a c e r t a d a s observac iones del Sr. Schack y de su t r a d u c t o r e l S r . Va le ra , en el t. I I I , p á g s . 84-86 de la me nc iona da o b r a . A nues t ro juic io , si el pr i ­mero se excede en a lgo, es en e logiar dema­siado el mér i to l i t e ra r io y ar t í s t ico de los Á r a ­bes ; mas en cuan to á los Moros y B e r e b e r e s , lo c reemos jus to cuando esc r ibe : « L o q u e se p r o ­duc ía en l i t e r a t u r a ó en a r t e , p roced ía de los Á r a b e s . J a m á s se dio a l g u n a ac t i v idad de es te

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géne ro que fuese propia y or ig ina l de los B e r e ­b e r e s , los cuales ten ían fama de b á r b a r o s ; y si los Moros han de ocupar un puesto en la his tor ia del a r t e , deben tomar sólo el de aso-ladores de Córdoba, y saqueadores y des t ruc ­tores do Az.iahrá. Las empresas a rqu i t ec tón i ­cas de a lgunos pr ínc ipes de dicha cas t a , son s iempre en el estilo y según el modelo de los edificios a ráb igos , y veros ími lmente l l evados á cabo t ambién por artífices á r a b e s . Con las in­vasiones y el dominio de los Almorávides , vino á E s p a ñ a un nuevo aluvión de gen te m a u r i t a ­na ; pero en el mencionado modo de ser a r t í s ­tico no hubo cambio a lguno . Los flamantes conquis tadores , por razón de su b a r b a r i e , no t ra je ron a r t e a lguna , y tuvieron que va l e r se , cuando quisieron edificar, de los an t iguos ha­b i t an t e s del país , los cua l e s pe rmanec i e ron n a t u r a l m e n t e fieles á sus pasados uses y p ro­cedimientos.» A f o r t u n a d a m e n t e , el Sr . V a l e r a (pág ina 87, nota , ) ha puesto las cosas más en su v e r d a d e r o punto , ad jud icando á los i nd íge ­nas m u c h a p a r t e de la g lor ia q u e ' S c h a c k a t r i ­b u y e á los Á r a b e s .

(31) Sobre estas des t rucc iones , véase al se­ñor Schack , I I I , 53, 67, 68 y los au tores a r á ­b i g o s c i tados por él.

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(32) Que por esta r azón recibió el n o m b r e d e Medina Elvira ó cap i ta l de la provinc ia de E l ibe r r i ó I l iber is . Véase á M. Dozy, en sus-Recherches, tomo [, p á g . 327 y s igu ien tes .

(33) Dozy, Hist. des mus. d'Espagne, t. IV, capí tulos 2, 3, 4 y 7.

(34) En su m e nc ionada Hist. des mus., VI , 26G. (35) E n t r e o t ras , u n a magníf ica s i tuada en

las a fueras de G r a n a d a , y en el sitio l l amado hoy El Triunfo, ce rca de la p u e r t a de E lv i r a . Véase la re lación del c ron is ta g r a n a d i n o I b n Azzairaf í , t r a d u c i d a por M. Dozy en sus men­c ionadas Recherches, I, 351 y 352.

(36) Véase á M. Dozy en su Hist. des mus.,. IV, 166-168.

(37) E n t r e ellos Luis del Mármol , en un pasaje de su Historia de la rebelión y castigo de los Moriscos, l ibro I , c ap . 8, donde dice : «que los Reyes de G r a n a d a s iempre fueron imi tando á los de P e z , y las (dos) c iudades en sitio, a i re , edificios y gob ie rno , y en todo lo d é m a s fueron m u y semejantes .» T a m b i é n nos­otros , al copiar dicho pasa j e en los apéndices de n u e s t r a Descripción del reino de Granada,. lo ce lebramos y emit imos i r re f lex ivamente la opinión que aho ra , mejor informados , no p o d e ­mos menos de comba t i r .

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(38) De esta desolación y ru ina que sumió en la b a r b a r i e la mayor p a r t e de aque l las r e ­giones, dan testimonio los mismos au tores a r á ­bigos .

(39) L a influencia española en África em­pezó á principios del siglo I X con la i nmig ra ­ción de los musu lmanes des t e r r ados de n u e s t r a penínsu la por Alhaeam I, en cas t igo de la me­m o r a b l e insur recc ión do los a r r a b a l e s mer id io­na les de Córdoba, con cuya ocasión, según el cronicón t i tu lado Alcartaz (al refer i r el r e ina ­do de Idr i s ) , ocho mil familias co rdobesas se es tab lec ie ron en Fez , cons t ruyendo muchos edificios, y d a n d o su n o m b r e á la idua ó r i b e ­r a de los Andaluces . Es de no ta r con M. Do-zy {Iíist. des mus., t, I I , capí tulo 3), que estos emig rados e r an cu g r a n p a r t e Mulladíes ó Es ­pañoles r e n e g a d o s . Aumentóse d icha influen­cia por las conquis tas y dominación que a l can ­zaron los califas cordobeses en el África occi­denta l bajo los re inados de A b d e r r a h m a n I I I , de Alhaeam I I , y de Hixém II . Muchas son las not ic ias que hal lamos en el susodicho Carthas en el Bayán Almogrib y en o t ras c r ó n i c a s a r á b i g a s a c e r c a de g r a n d e s edificaciones he­chas en aquel país an tes de los Almoráv ides por artífices españoles ; pero b a s t e á n u e s t r o

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proposi to n o t a r que el año SG5 Mohammacl ben H a m d o n Alandalus i (e3 deci r , el español) , edi-flcó la suntuosa a l jama del Cairo^van (en el África p rop ia ) ; que en 875 unos mar inos espa­ñoles fundaron el casti l lo de la c i u d a d de T e nez; que en 902, cierto Mohammad ben Abi Aun ben Abdus y otros anda luces funda ron la c iudad de Oran ( recons t ru ida muchos siglos después por los Moros expulsados de n u e s t r a pen ínsu la ) , y que en 925 Obaida l lah el Xi i ta empezó á edificar la c iudad de. Almesila, ba jo la d i rección de cier to Alí conocido por el hijo del Anda lus .

(40) Ates t í euan lo como cosa c ie r t a y noto­r i a los h is tor iadores a r áb igos I b n Gal ib , I b n Said y el Xocundi , c i tados por A lmacca r í , I I , 105, 106, 126, 144, é Ibn J a l d ó n en sus cele­b r a d o s Prolegómenos, I I , 23, 24, 362 y alibi de la vers ión menc ionada . Consta por estos au to res que los emigrados anda luces in t rodu­j e ron en Be rbe r í a ha s t a sus ins t rumentos mú­sicos, su e sc r i tu ra , su a g r i c u l t u r a y demás a r t e s y oficios, haciéndolos p reva l ece r , por su m a y o r gus to y perfección sobre los usados , ha s t a en tonces en aquel pa ís . Po r lo t an to fundados en t an val iosas a u t o r i d a d e s , los cr í t i ­cos modernos más competen tes , como los seño-

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res Schack y Valora (tomo I I I , capí tu lo 15 de su mencionada obra) , el Sr. D. J u a n F a c u n d o Kiaño (en la pág ina 13 de su Discurso de re­cepción en la Real Academia de Bellas Ar­tes de San Fernando, Madrid , 1880), y se-sefior D. F ranc i sco Tubino (páginas 1-15 y si­guientes de su menc ionada obra , ) se oponen á la p r e t e n d i d a influencia, que t an ta b o g a l legó á conseguir , de los Moros y Bereberes en la a r q u i t e c t u r a y a r t e de los Arabos españoles . F i n a l m e n t e , debemos no ta r con Ibn J a l d o n , que la cu l tu ra l i t e ra r i a in t roduc ida en el Áfr ica por los Moros anda luces fué de cor ta d u r a c i ó n , á causa de la a r r a i g a d a r u d e z a de aquel los h a b i t a n t e s .

(41) El Sr . Schack en el l u g a r c i tado . (42) A lmacca r í , I I , 814. (43) El Sr. Valora , ib . I I I , 8C, no ta . (44) Laf'ncnte A l c á n t a r a en la r e seña his­

tór ica que p r ecede á sus menc ionadas Inscrip­ciones, p á g . 49.

(45) Mucho se ha desa t inado en nues t ros días por p ren tend idos sabios y cr í t icos que , en odio á la civi l ización c r i s t i ana , han ensa lzado la mus l ímica , e spec ia lmente en lo re la t ivo á la E d a d Media y á la de seada r e g e n e r a c i ó n del Áf r i ca , c u y a a c t u a l b a r b e r i e es c a b a l m e n t e

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efecto de la dominac ión] musl ímica . P a r a desvanece r t an deplorab le preocupación bas t a ­r í a leer a lgunos escri tos de au tores modernos, , no solo católicos, sino aún rac ional i s tas , como Renán y Dozy; pero no podemos menos de reco­m e n d a r especia lmente la l e c t u r a del exce len te opúsculo publ icado por el sabio profesor de la Unive r s idad de Lieja, M. Godofredo K u r t h , con el t í tulo de La Croix et le croissant.

(46) A este propósito, no podemos menos de r e c o r d a r las s iguientes p a l a b r a s de nues t ro ins igne Donoso Cortés en su Discurso sobre la Biblia, que leyó al ser rec ibido en la Real Academia Española : «Hay un l ibro , á d o n d e han ido á b e b e r su d iv ina inspi rac ión todos-Ios g r a n d e s poetas de las regiones occ identa les del mundo , y en el cual han ap rend ido el se­cre to de l evan ta r los corazones y de a r r e b a t a r las a lmas con sob rehumana y mis ter iosa a r ­monía . Es te libro es la Biblia, el l ibro por ex­celencia», e t c .

(47) Según lo reconoce y afirma M. Dozy en su Essai sur l'his'orie de l'islamisme, p á g i n a s 117 y s iguientes de la versión f rancesa , L e y -den, 1879.

(48) Tomo IV, p á g 368, c i tado por S c h a c k , I I I , 139.

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(49) Citado por el mismo Sr. Schack , I I I , 139, 141.

(50) Copiado por el mismo S c h a c k I I I , 141 y 142, y más ex t ensamen te en los apéndices de-n u e s t r a Descripción del reino da Granada-

(51) Asi lo afirma N a v a g e r o y lo confi rman var ios pasajes de Luis del Mármol , que fuera prolijo copiar y que se ha l lan en su menciona­d a Historia, capí tulos V-XI.

(52) Es y a cosa p e r f e c t a m e n t e a v e r i g u a d a y reconocida por los misinos au tores a r áb igos que los Árabes y Moros no in t rodujeron en E s p a ñ a los procedimientos ag r í co la s , antes-bien los r ec ib i e ron y ap rend ie ron de los na tu ­ra les de nues t ro país . Véase A lmacca r í , I I , 1, y Dozy, Ilist. das mus., I I , 39.

(53) En su l ibro De las cosas memorables de España, f. 169 v. de la edición de Alcalá , 1539.

(54) El Sr. D. J u a n F a c u n d o Riaño en su Discurso de recepción en la Real Academia de Bellas Artes (1880), pág ina s 19 y 20- Y no va le a l e g a r con el Sr. R iaño las inscripciones-re l ig iosas que a b u n d a n en los monumentos a rá ­bigo-musl ímicos ; p o r q u e c a b a l m e n t e en la vo­lup tuosa re l ig ión m a h o m e t a n a todo r e s p i r a ma­ter ia l i smo y sensua l idad , empezando por el.

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tex to a lcorán ico de donde suelen tomarse di­chas inscr ipciones .

(55) Cap. XIV, pág . 38 de la edición de G r a n a d a , 1 8 4 6 .

(56) En su prólogo á nues t r a s leyendas his­tóricas árabes, Madr id , 1858.

(57) E n su contes tación al d iscurso de re­cepción del Sr. E iaño , p á g . 45.

(58; Como Schack , Tubino y otros. (59) E n la pág ina VII de su a d v e r t e n c i a

p re l imina r . (60) De la misma opinión es un docto cr í­

tico y viajero f rancés , el y a c i tado M. J . San-cery , en una i n t e r e s a n t e c a r t a escr i ta el año pasado desde Córdoba, donde después de ha­be r es tud iado aquel la mezc la de a l jama y ca­t e d r a l his tór ica y a r t í s t i c amen te , supone que el hábi l cons t ruc tor del templo cr i s t iano, Fe r ­n a n d o Ruíz , dejó en pie la mezqu i t a musu lma­n a por v a n i d a d de a r t i s ta , á-fin de que pudie ­r a compara r se su concepción g r a n d i o s a con el r id ícu lo plantío de columnas de su co lega a rá ­b igo , si es que A b d e r r a h m a n el G r a n d e (en cuyo r e inado se eng randec ió no t ab l emen te di­cha al jama) tuvo un a rqu i t ec to .

(62) Tomo I I I , p á g i n a s 23-34 de su mencio­n a d a obra .

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(62) No os posible leer sin sonrojo los cua­d ros y p in tu ras que los poetas y l i te ra tos a r á ­b igo-españoles ( como los af r icanos y or ienta­les), en una l engua l ibre y sensual como sus gus tos , hacen de los delei tes y pasa t iempos en que g a s t a b a n to rpemen te su vida y á que se e n t r e g a b a n en los suntuosos a l cáza res y flori­dos j a r d i n e s de Almer ía , Córdoba, G r a n a d a , Sevi l la , Toledo, Valencia , Murcia , Z a r a g o z a y d e m á s c iudades del Anda lus . Ace rca de este pun to , que hemos t r a t a d o someramen te en al­gunos escri tos , se ha l l a r án muchos deta l les en las conocidas Analectas de Almacca r í y en la menc ionada ob ra de Schack .

(63) Zorr i l la en su poema Granada. (64) Citado por San Eulogio de Córdoba en

el l ibro I de su Memoriale Sanctorum. (65) Hoc non erit paraclisus, sed lupanar et

locus obscenissimus. (66) En las su ras y a l eyas ó vers ículos si­

gu ien tes , I I , 23, I I I , 13, IV, 60, X , 9, X I I I , 22-34, X I X , 61-63, X X X V , 30, X X X V I , 54 57, X X X V I I , 39-47, X X X V I I I , 50-52, X X X I X , 21 , X L I I I , 70-73, X L V I I , 16 y 17, LV, 46-76, L V I , 14, 39, y L X X V I , 12-21.

(67) I b n J a f a c h a de Alc i ra en unos ve r sos cop iados por A l m a c c a r í , 1, 451, y t r a d u c i d o s

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•por los señores Schak y Va le ra , en su c i t ada obra , I, 181.

(68) I b n Gál ib , c i tado por A lmacca r í , I I , 104 y 105.

(69) En sus Prolegómenos, I I , 360 y 361. (70) Debió decir desde la e d a d r o m a n a . (71) Véase á M. Dozy, Ilist. des mus. I I I ,

350, donde con t rapone el esplr i tual ismo de los ingenios de r aza ind ígena al sensual ismo de los Árabes y musu lmanes de abolengo .

(72) Prolegómenos, I I I , 300, (73) Sobre este punto véase ¿i M. Dozy, Ilist.

-des mus. I I , 209. (74) T a l e ra en t re o t ras , una s i tuada en las

a fueras de esta c iudad , enfrente de la puer ­t a de E lv i ra , de la cual dicen los au tores a r á ­b igos (apud Dozy, Reclierches, I, 351 y 352) que e ra cé leb re é i ncomparab l e por la bel leza de su construcción y de su orna to y de fábr ica •muy sól ida. Es t a iglesia fué des t ru ida por el fana t i smo de los Almoráv ides en 23 de Mayo de 1099.

(75) El mismo c i tado en la nota an te r ior . (76) Hist. des musulmans d'Espagne, I I , 52,

53 y al ibi . (77) Dozy, I b . I I , 210, (78) Anales de Aragón, l ibro V., cap . 93.

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(79) En su Historia General de España l ibro X X V , capí tu lo 1G.

(80) Por este motivo un escri tor eclesiást i­co, el con t inuador de los Anales del C a r d e n a l Baronio , dice que G r a n a d a , bajo la dominación s a r r a c é n i c a , e r a una sent ina de após ta tas que hab ían r e n e g a d o de la fe c r i s t i ana .

(81) En su l ibro t i tu lado El esplendor de la luna llena acerca de la dinastía nazarita.

(82) El Sr. D. J u a n Valora , en su mencio­n a d a t r aducc ión , tomo I I I , pág . 82, nota .

(83) El Sr . D. José Amador do los Ríos en su Historia critica de la literatura española, tomo I I , cap . 11.

(84) De es ta m a t e r i a hemos t r a t a d o con al­g u n a extensión en el es tudio p re l iminar á nues­t ro Glosario de voces ibéricas y latinas usadas entre los Mozárabes, c ap . 2 . a

(85) Sabido es que muchos Mozárabes usa­ron de nombres a r áb igos , confundiendo así á los cr í t icos menos cautos .

(86) A c e r c a de este cé lebre au to r , nac ido en G r a n a d a hac ia los úl t imos t iempos de la dominación s a r r a c é n i c a , véase á Casiri , en su Biblioteca Arábiga Hispana Esctcrialensis, I , 172 y 173.

(87) P r o b a b l e m o n t e Zawi ben Zir i , t i tu lado

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Almanzor, fundador de la d inas t ía de los Ziri-t a s , que reinó desde 1013 á 1019 de n u e s t r a e ra .

(88 ) E x t a t et penes eos (los Moros de Afri-«ca) ingens q u o d d a m in t res d ivisum p a r t e s « volumen; Thesaurum Agriculturae vocan t . «Hic iis t empor ibus La t ino in eorum l i nguam «versus est cum Almanzor apud G r a n a t a s r e -«rum pot i re tu r .» J . León Africano De Africae descriptione, p a r t e I.

(89) Véase Almacca r í , I , 170, Ajbar Macli-múa, p á g . 16 del t ex to y 29 de la vers ión.

(90) E n su m e n c i o n a d a Historia crítica, to­mo I I , capí tu lo I, y p r inc ipa lmente pág inas 18 Y 38.

(91) Véase á este propósito al Sr . Ríos ib . I I , 18, no ta 150.

(92) E l Sr . D. P e d r o de Madrazo en su men­cionado Discurso de contestación al del Sr. Ria-fio, p á g i n a 43.

(93) Hál lase este a r co en v a r i a s iglesias de la e d a d vis igót ica , conse rvada has ta hoy en Casti l la la Vieja, Astur ias y Galicia, y en t ro el las la de San J u a n de Baños , diócesis de Pa -lencia , que se r e m o n t a al r e inado de Reces-v in to , año de 661.

(94) T a m b i é n h a y motivos p a r a suponer q u e los pr imores de la o rnamen tac ión arábigo-his*

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p a n a deben no poco á la imitación de los mo­numentos vis igodos, pues según obse rvan auto­res m u y en tendidos ( el Sr. Madrazo , en sus Estudios sobre las coronas de Guarrazar, y el Si ' . D. F ranc i sco Mar ía Tub ino , en sus Estu­dios sobre el arte en España, p ágs . 88 y s iguien­tes) , g r a c i a s ¿i la r iqueza , ostentación y fausto que d e s p l e g a b a n ¡os Visigodos en la v ida do­més t i ca y en la públ ica , el a r t e decora t ivo de aquel la época, r eve lado en las ya cé lebres co­r o n a s de G u a r r a z a r , vino á r e su l t a r t an or igi­na l en su fisonomía y ton rico en sus de ta l les que puede /considerarse como super ior al lujo­so ele Oriente en el modo de disponer los moti­vos sacados del re ino vege t a l .

(95) El Sr. Tub ino en sus ci tados Estudios. p á g s . 161.

(96) El r e p u t a d o pintor y d i l igente ant i ­cua r io D. Manuel Gómez Moreno, en su in te re ­san t e opiísculo t i tu lado Medina Elvira, Gra ­n a d a 1888.

(97) T a m b i é n merece consu l ta r se el con­c ienzudo opúsculo publ icado por el aven ta j ado joven D. Manuel Gómez Moreno y M a r t í n e z (hijo del c e l eb rado en la no ta an te r io r ) , con el t í tu lo de Monumentos romanos y visigóticos de Granada, 1889.

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(98) A este propósi to, nos p a r e c e opor tuno •citar el s iguiente f r a g m e n t o de un es tudio so-Tbre G r a n a d a , escr i to por el y a c e l e b r a d o Coro­nel S a n c e r y . Dice as í : «Iliberis-Granada es u n a c i u d a d r o m a n a , y en todo semejante á todas Jas c iudades de la costa de Áfr ica . El mismo rec in to de muros y de to r res ; la misma oppidum ó c iudade la , la casba (ó a l cazaba) de los Ára -~bes: las mismas obras s u b t e r r á n e a s p a r a defen­sa de los b a l u a r t e s ; la misma disposición pa ra su r t i r de a g u a s á la c iudade la y r e p a r t i r l a s á l as casas de la c iudad , las cuales son en un to­do semejantes á las de Pompeya , e t c . Los g u e ­r r e r o s del I s l am se es tab lec ie ron en es ta ciu-'dad sin des t ru i r l a , por la misma razón que no d e s t r u y e r o n á Ca r t ago , H a i d e r a , Tebessa , Cyr-sta (Constant ina) , Bug ía , Alger , e t c . , po rque el t r aba jo de des t rucc ión no es menos an t ipá t i ­co á los Á r a b e s que otro t r aba jo c u a l q u i e r a . As í , pues , se l imi taron á acomoda r esta c i u d a d .á sus propios usos, s egún lo m u e s t r a n las cons­t r u c c i o n e s accesor ias de la porción del r ec in to r o m a n o en que se as ien ta la A l h a m b r a , ador­n a n d o los edificios á la u sanza o r ien ta l .

(99) Véase nues t ro Glosario da voces ibéricas latinas a r t . partal.

(100) Hál lase es te vocab lo en las inscr ip-

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ciones del mismo alcázar con referencia á sus; torres. También se halla en el Vocabulista de-F r a y Pedro de Alcalá y en escrituras arábigos-granadinas con referencia á fortalezas de estcu territorio.

(101) Ibn Saíd, citado por Almaccarí , I, 124.. (102) Que Nebrija traduce por «pavimento-

ó suelo de azulejos», y Freund por suelo de­mosaico.

(103) San Sidonio Apolinar (carm XXIII, . v . 56). Sabido es que este autor, según recuer ­da el señor Tubino (pág 83,) al describir el lu­jo de las costumbres visigodas bajo el reinado' de Eurico, advirtió que imperaba en ellas la. e legancia gr iega .

(104) El vocablo lachaira corresponde por su forma al ga l lego luceira (c laraboya) y a l castellano lucero (postigo por donde entra la luz).

(105) Acerca de estos vocablos puede con­sultarse nuestro referido Glosario de voces ibé­ricas en los artículos correspondientes.

(106) Véase la sura V, aleya 92 del Corán, con la nota correspondiente de Kasimirski, y al Sr. Montaut (del Instituto Egipcio), en su disertación De la representatión des figure» animées che les musulmans. Según parece, Ma-

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homa sólo condenó las e s t a tuas á que p u d i e r a r e n d i r s e un culto idolá t r ico; pero la t r ad i c ión musl ímica ex tendió la prohibición á toda figu­r a r e p r e s e n t a t i v a de seres an imados . No obs­t a n t e , así en el Occidente como en Or iente , g r a c i a s s iempre á la influencia de los ind íge ­n a s , y sobre todo de los romanizados ó helcni-zados , d ichas represen tac iones se r ep i t i e ron con f recuencia en los monumentos ar t í s t icos y decora t ivos .

(107) Como consta de los da tos [y tes t imo­nios aduc idos por el Sr . de Schak en su men­c ionada ob ra , tomo I I I , pág ina s 78-81 de la ve r s ión del S r . Vale ra , y por el Sr . F e r n á n d e z G u e r r a (D. Aure l iano) en su Discurso de con­tes tación al de su he rmano D. Luis , p á g . 59 y 60. Consta por las crónicas á r a b e s que en el a l cáza r de Medina Azzahrá hubo v a r i a s y hermosas fi­g u r a s de seres humanos : ^jJsr^ '^T^0 J-̂ '1*-1» y en t re el las la i m a g e n de la favor i ta que A b d e r r r a h m a n I I I hizo esculpir sobre la puer­t a pr inc ipa l ; , >Ut 0 ' s y

(108) Con figuras de leones y aveci l las estu­vo a d o r n a d o el maravi l loso a l cáza r edificado en Bugia (Argel ia) por el sul tán Almanzor-ben-Annac i r , de la d inas t í a de los Beni H a m m a d , que murió en 1104 de n u e s t r a E r a , y ce l eb rado

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— S o ­por el poeta, siciliano I b n Haratl ís , copiado po r A lmocca r r í , I, 321 á 325.

(109) Llamóse así porque la figura e c u e s t r e , á causa de su imperfección, pa rec ió un ga l lo . ' (110) Nues t ro ins igne maes t ro el Sr . Es té -

banez Calderón, en su Epístola aljamiada. (111) Sobre este punto puede verse n u e s t r o

refer ido Glosario, p á g . CLXXII I del Es tudio p re l imina r , y en var ios a r t í cu los .

(112) Véase el estudio p re l iminar de nues­t ro re fe r ido Glosario, pág ina CLXVI y sigui­en te .

(113) Véase el mismo es tudio, p á g CLV1II. (114) Véase e l m i s m o estudio, p á g L X X X

y s igu ien tes . (115) Ace rca de la significación y equiva­

lencia de estos y otros apel l idos y apodos usa­dos por los Moros de nues t ro pa ís , véase nues ­t ro Glosario en los cor respondien tes a r t í cu los . Allí se v e r á que a lgunos de los apodos son m u y r id ícu los , como Chorroth (cerote) , Moxolyon (mosquito) y Calápac ( g a l á p a g o ) .

(11G) I b n Aárd i , I I , 108; Al ja tn íb , en su bio­g r a f í a del mismo personaje , y Dozy, Hist. de mus., I I , 190.

(117) ' A c e r c a de este pun to , véase nuestro-menc ionado Estudio preliminar, p á g . XCIV.

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(118) Celebrado por Ibn Aljathíb en su a u ­tobiografía.

(119) Acerca de este autor, véase nuestro citado Estudio, pág . CLIII.

(120) Celebrado por Ibn Aljathíb en su Iha-tha.

(121 Aunque en los textos arábigos se lee Ibn Sacha ó Ibn Bache, que también puede leerse Ibn Tache, e l apellido de que se trata es indu­dable corrupción del latino Pace, abl. de pax.

(122) Acerca de este autor, véase á Ibn A l ­jathíb , copiado por Casiri, Bibl. Ar. Hisp. Esc, II, 110 y las Analectas de Almaccarí, II, 1 2 5 r

130 y alibi. (123) En nuestro citado Estudio preliminar,.

págs . XVII, X V I I I , X X X I I I y X X X I V . (124) Véase á este propósito nuestro Santo­

ral Hispano-M ozár abe, escrito en 961, etc. , y el excelente artículo de M. Dozy titulado Die Cordovaner Arib ibn Sad der secretar und Eabi' ibn Zeid der Bischof, inserto en el Diario asiá­tico alemán, tomo X X . páginas 595 á 609.

(125) Véase á M. Dozy en sus mencionadas Recherches, I, 351.

(126) Como el célebre Ibn Hazm; véase á M.. Dozy Hist. de mus., III, 341 y 342.—«Probable-«mente (escribe á nuestro propósito el Sr. Va-

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«lera, III, 87 nota) todo el que se distinguía en «leiras, ó en armas ó de cualquier modo, pro-«curaba ocultar su origen renegado y mozára» «be, y se forjaba una genealogía , cuyo tronco «tenía sus raices en el Yemen, y tal v e z estaba «fundado por un compañero del Profeta.»

(127) Acerca de este gran ingenio véanse los documentos históricos aducidos por M. Dozy •en el tomo I del Cat. Cod. Ar. Bibl Lugd. Bat. y en su Hist de vius. III, página 341 y siguien­tes .

(128) Acerca de este autor véanse las bi­bliotecas de Ibn Alfaradhi, páginas 225-228 de la edición del Sr. Codera, y de Addhabbí, pá­g inas 324-326 de la misma edición, así como también las Analectas de Almaccarí, ed. de Leiden.

(129) Su origen caisita consta en Almaccarí, 1,399.

(130) Ibn Aljathíb, citado por Casiri, II 76; Almaccarí , II, 130.

(131) Con tal carácter de vasallo suscribe es te sultán en algunos dimoplas de los reyes de Castilla San Fernando y D. Alfonso el Sabio. Sirva de ejemplo una escritura de 1253, á cuyo p i e leemos: *Don Aboábdüle Abenyiazar, Rey de Granada, vasallo del Rey, la confirma D. Mano-

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m a t Abenraahomat Abonhut , Rey de Murc ia , vassa l lo del Roy, la conf. Don Abenmahfot , . R e y de Niebla , vassal lo del Rey, la conf.»

(132) Citado por Almaccar í , 1, 137. (133) T r a t a n d o do los Reyes N a z a r i t a s , r e ­

p re sen tados en las bóvedas de la Sala do J u s ­t icia de la A lhambra , el Sr . F e r n á n d e z Gue r r a , escr ibe : «Muest ran la b a n d a be rme ja en cam­po do oro, y b ien se sabe que ta les b lasones pe r t enecen al linaje y d inas t ía de A lahmar , que dio ve in t iún pr ínc ipes al solio de G r a n a d a » . Y los Sres . Olivcr y H u r t a d o , cu la p a r t e II , cap . VI I I de su e rud i t a obra t i t u l ada Granada y sus monumentos árabes (Málaga , 1875), al t r a t a r de los mismos r e t r a t o s , d icen así : «En ambos ex­t remos se ha l l an los escudos que hemos dicho ser propios de los Reyes A lhamare s , con fondo rojo y b a n d a de oro ; d i a g o n a l y d r a g o n a d a , sostenido c a d a cual por dos leones que aproxi ­m a n á este efecto sus cabezas» .

(134) El tex to de tan curioso pasaje se ha l la en la edición de M. de Q u a t r e m e r o , tomo X V I , p á g i n a 267, de la colección t i tu lada Notic.es et extraits des manuscrita de la Bibliothequé Im­pértale, etc., publiées par l'Instituí Imperial de Jaranee.'

(135) Según a lgunos cr í t icos, estas p i n t u r a s

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son del siglo XIV; más nues t ro i lu s t r ado cole­g a el Sr . D. Leopoldo Egu í l az , l a s r e d u c e á la p r i m e r a m i t a d del siglo XV.

(136) Según D. José J iménez S e r r a n o , en su ce l eb rado Manual, p ág ina s 98 y 99, los a r ­t i s tas fueron á r a b e s ; pero del d i l igente es tudio compara t ivo hecho por los Sres . Oliver, en los capí tulos 8 y 9 de la p a r t e I I de su menc ionada obra , se colige con ce r t eza que estas p i n t u r a s fueron hechas por a r t i s t a s i ta l ianos ó discípu­los de la misma escuela . De la misma opinión es el Señor L u b k e en su c e l e b r a d a obra .

(137) Ace rca de es tas famosas p i n t u r a s , vé ­anse los impor tan tes es tudios y descr ipc iones hechos por los Sres . D. Aure l iano F e r n á n d e z G u e r r a en su mencionado Discitrso de contesta­ción, pág inas 60 y 61; D. Rafael Cont re ras en su Ligero estudio sobre las pinturas de la Al­hambra, Madr id , 1875; D. José y D. Manuel Oli­ve r en su mencionado l ibro; D. Leopoldo E g u í ­laz en su Estudio sobre las pinturas de la Alhambra, 1881, y más ex t ensamen te por D. Rodr igo Amador de los Ríos en su e rud i to Dis­curso de recepción en la Real Academia de Be­llas Artes de San Fernando, Madr id , 1891.

(138) Ya hemos visto que á principios del si­glo XIV l l e g a b a n á t r e i n t a mil.

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(139) Ace rca de este descubr imien to v é a s e e l Boletín del centro artístico de Granada, n ú m , 6, a ñ o 1886,

(140) E n su menc ionada obra p á g . 35. (141) Ace rca de este hecho hemos aduc ido

m u c h a s y val iosas p r u e b a s en el c i tado es tudio p re l imina r de nues t ro Glosario de voces ibéricas y latinas usadas por los Mozárabes, p á g s . X I I I á XIV, pero b a s t e á nues t ro a c t u a l propósi to r e p e t i r las s iguientes p a l a b r a s del Sr . F e r n á n ­dez G u e r r a (D. Aurel iano) en su ce l eb rado Dis­curso de contestación, p á g . 58: «Es hoy cosa del todo a v e r i g u a d a y r e sue l t a no debe r se a t r i b u i r en m a n e r a a l g u n a á los Á r a b e s de Oriente la g r a n civil ización que allí hubo ; pues toda ente­r a pe r t enece á los an t iguos pueblos c r i s t ianos avasa l l ados y oprimidos por los sectar ios del •Corán en tan a l o n g a d a s reg iones» .

(142) Tomo IV, p á g i n a 306.

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