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INSTITUTO SUPERIOR POLITÉCNICO DE VISEU ESCOLA SUPERIOR DE TECNOLOGIA DE VISEU ACESSO AO ENSINO SUPERIOR PARA MAIORES DE 23 ANOS PROVA MODELO HISTÓRIA DA CULTURA E DAS ARTES Procure responder com clareza e organizar o seu raciocínio de forma objetiva. A duração da prova é de 60 minutos (15 minutos de tolerância). Bom trabalho! 1. Tendo em conta o texto A e a figura 1, refira quatro dos aspetos da romanização dos povos da Península Ibérica. TEXTO A É só com Augusto, em 19 a.C., que se elimina o último foco de resistência e que a Hispânia se pode considerar província pacata. Se é certo que, a partir dessa altura, o processo de roma- nização se pode desenvolver com maior rapidez e intensidade, ao longo de todo o período im- perial e até ao fim do domínio efectivo de Roma, também é verdade que ele se pode considerar iniciado muito tempo antes, praticamente desde o momento em que os primeiros exércitos desembarcam em Ampúrias (218 a.C.), e que, a par com as lutas de pacificação e conquis- ta, Roma ou foi impondo a sua “maneira” às populações indígenas ou estas foram levadas à aceitação de estruturas, formas de vida e organização, processos técnicos, realizações artísticas, etc., que reconheceram como superiores. […] Dotados de grande sentido prático e de extraordinário poder de realização, os Romanos levaram a cabo, ao longo de oito séculos, uma obra que marcou profundamente, e para sempre, a Península. («Romanização», in Joel Serrão (dir.), Dicionário de História de Portugal, Porto, Livraria Figueirinhas, 1990) Figura 1 – Termas ou balnea, vista geral, século I d.C..

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INSTITUTO SUPERIOR POLITÉCNICO DE VISEUESCOLA SUPERIOR DE TECNOLOGIA DE VISEU

ACESSO AO ENSINO SUPERIOR PARA MAIORES DE 23 ANOS

PROVA MODELO

HISTÓRIA DA CULTURA E DAS ARTES

Procure responder com clareza e organizar o seu raciocínio de forma objetiva. A duração da prova é de 60 minutos (15 minutos de tolerância). Bom trabalho!

1. Tendo em conta o texto A e a figura 1, refira quatro dos aspetos da romanização dos povos da Península Ibérica.

TEXTO A

É só com Augusto, em 19 a.C., que se elimina o último foco de resistência e que a Hispânia sepode considerar província pacata. Se é certo que, a partir dessa altura, o processo de roma-nização se pode desenvolver com maior rapidez e intensidade, ao longo de todo o período im-perial e até ao fim do domínio efectivo de Roma, também é verdade que ele se pode considerar iniciado muito tempo antes, praticamente desde o momento em que os primeiros exércitos desembarcam em Ampúrias (218 a.C.), e que, a par com as lutas de pacificação e conquis-ta, Roma ou foi impondo a sua “maneira” às populações indígenas ou estas foram levadas à aceitação de estruturas, formas de vida e organização, processos técnicos, realizações artísticas, etc., que reconheceram como superiores. […] Dotados de grande sentido prático e de extraordinário poder de realização, os Romanos levaram a cabo, ao longo de oito séculos, uma obra que marcou profundamente, e para sempre, a Península. («Romanização», in Joel Serrão (dir.), Dicionário de História de Portugal, Porto, Livraria Figueirinhas, 1990)

Figura 1 – Termas ou balnea, vista geral, século I d.C..

2. A figura 2 representa uma planta típica de uma catedral românica de peregrinação. Refira quatro características deste tipo de edifício.

3. Observe a figura 3 e leia o texto B.

Figura 2 – Reconstituição da planta original da Catedral de Santiago de Compostela, 1075-1188.

Figura 3 - Caravaggio, A morte da Virgem, 1601-1605/06.

TEXTO B

O Renascimento era equilíbrio, medida, sobriedade, racionalismo, lógica. O Barroco foi mo-vimento, ânsia de novidade, amor pelo infinito e pelo não finito, pelos contrastes e pela au-daciosa mistura de todas as artes. Foi dramático, exuberante, teatral, tanto quanto a época anterior fora serena e comedida. [...] O Renascimento virava-se para a razão: queria, acima de tudo, convencer. O Barroco, pelo contrário, apelava para o instinto, para os sentidos, para a fantasia: isto é, tendia para o fascínio. Não foi por acaso que nasceu como instrumento da Igreja Católica, que naquela época se empenhava em recuperar os hereges, ou, pelo menos, em consolidar a fé dos crentes, impressionando-os com a sua própria majestade.(Flávio Conti, Como Reconhecer a Arte Barroca, Lisboa, Edições 70, 2005)

3.1. Caracterize a pintura de Caravaggio, abordando, pela ordem que entender, três aspetos de cada um dos tópicos seguintes:

- relação entre o contexto religioso da Contra-Reforma e a produção artística;- inovação técnica e formal na pintura de Caravaggio.