LA HUELGA TEXTIL DE 1906-1907 /> EN ATLIXCO

Leticia GAMBOA OJEDA Universidad Autónoma de Puebla

E L CONFLICTO TEXTIL DEL INVIERNO DE 1906 , que i n v o l u c r o a obreros y patrones de las f áb r i ca s algodoneras de Puebla , T l a x c a l a y O r i z a b a , a s í como de varias otras del val le de M é x i c o , Que re t a ro y Jal isco, no ha sido estudiado a ú n en t oda su a m p l i t u d . Si b i en es ve rdad que sobre la revuel ta o b r e r a de los pueblos o r i z a b e ñ o s de R i o Blanco , Nogales y Santa Rosa se han escrito m ú l t i p l e s ensayos —algunos de ellos notables po r su ca l i dad—, la h i s t o r i o g r a f í a de este con­flicto en sus d e m á s escenarios es m a r g i n a l en unos casos, y p r á c t i c a m e n t e nu la en otros.

E l rescate de la vasta d o c u m e n t a c i ó n m u n i c i p a l de A t l i x -co, lo efectuaron el A r c h i v o Genera l de la N a c i ó n y el G o ­b i e r n o del estado de Puebla , y el t rabajo de c a t a l o g a c i ó n del fondo hasta 1 9 1 0 , estuvo a cargo del C e n t r o de Invest igacio­nes H i s t ó r i c a s y Sociales de la U n i v e r s i d a d A u t ó n o m a de Pueb la ( U A P J . A m b a s inst i tuciones me p e r m i t i e r o n y fac i l i ­t a r o n la consul ta de los materiales relativos al desarrol lo de la hue lga en ese lugar , sobre los cuales se basan, fundamen­ta lmente , las siguientes lineas.

E L CENTRO TEXTIL DE ATLIXCO

E n el paso del siglo X I X al X X , el m u n i c i p i o de A t l i x c o , si­tuado al ponien te del estado de Puebla , se cons t i tuyo como

HMex, X L I : 1, 1991 135

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el u l t i m o de los cinco mas impor tantes centros text i leros de M é x i c o en esa é p o c a . 1 A sus dos pr imeras f ac to r í a s — L a C o n c e p c i ó n , fundada en la d é c a d a de 1840, y L a C a r o l i n a , abier ta hacia 1865— v i n i e r o n a sumarse, en u n lapso de apenas tres a ñ o s , otras cinco f áb r i ca s de la r a m a algodonera: E l L e ó n , E l C a r m e n y E l V o l c á n , cuyos trabajos se i n i c i a r o n casi s i m u l t á n e a m e n t e , en septiembre de 1899; San A g u s t í n , i n a u g u r a d a en 1900, y Metepec , que c o m e n z ó a func ionar en sept iembre de 1902. 2

C o n esta p lan ta t e x t i l , f o rmada por la gigante f á b r i c a M e ­tepec, comparab le con R i o Blanco y Santa Rosa de O r i z a b a , e in tegrada as imismo por las grandes fabricas de E l L e ó n y L a C o n c e p c i ó n , y las cuat ro restantes de medianas d i m e n ­siones, A t l i x c o se d i s t i n g u í a por su gran p r o d u c c i ó n de telas y el crecido n ú m e r o de sus operarios. E l cuadro 1 nos da u n a idea a p r o x i m a d a de la ac t iv idad t ex t i l de A t l i x c o en 1906, a ñ o que t e r m i n ó con u n a huelga. A u n q u e las cifras de las dos grandes f á b r i c a s de esta zona son bajas — t a l vez po r e r ro r o po rque realmente t raba jaran menos en ese a ñ o — • , c o m p a r a n d o los totales de ese cuadro con los montos estata­les que se regis t ran en las Estadísticas económicas del potfiriato (7 520 obreros textiles; 5 432 000 piezas producidas , tejidas o estampadas y 14 244 000 pesos de m e r c a n c í a s vend idas ) , 3

vemos que en A t l i x c o se concentraba el 43 % de los obreros textiles poblanos y se elaboraba el 43 % de la p r o d u c c i ó n es­ta ta l m e d i d a en piezas. Su va lo r representaba el 3 7 % del va­l o r de las ventas textiles del estado.

E n d i c i embre de 1906, al estallar la huelga, los obreros de A t l i x c o con taban con sus propios representantes y gestores. N o s u c e d í a lo m i s m o con los textileros de otros m u n i c i p i o s del estado, c o m o C h o l u l a , H u e j o t z i n g o y X e x m e l u c a n , cuya r e p r e s e n t a c i ó n se d e l e g ó en los l í d e r e s del segundo G r a n C i r c u l o de Obre ros L ib r e s ( G C O L ) , aunque és t e abarcaba

1 Los otros centros textileros m á s destacados eran Puebla, Orizaba, el Di s t r i t o Federal y Tlaxcala .

2 A M A , Es t ad í s t i ca s industriales del dis tr i to , 1903/61/1. '' Estadísticas económicas, 1960, pp. 108, 110 y 112 (cifras para 1906¬

1907).

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C u a d r o 1 INDUSTRIA TEXTIL DE ATLIXCO, 1 9 0 6

Producción

Fábricas Obreros Piezas Valor en pesos

Metepec 1 831 1 435 387 2 782 678 El L e ó n 377 204 892 688 799 E l Carmen 250 200 000 550 000 San Agus t ín 150 150 000 300 000 L a Carolina 280 150 000 300 000 El V o l c á n 200 140 000 420 000 L a Concepc ión 120 80 000 200 000 Totales 3 208 2 360 279 5 241 477

F U E N T E : A M A , Es tad ís t i cas industriales del dis tr i to , 1 9 0 7 / 1 0 4 / 1 .

solo a los trabajadores textiles del m u n i c i p i o de Puebla. Siendo los de A t l i x c o casi la m i t a d de los obreros textiles

de l estado, era na tu ra l , en p r i n c i p i o , que t u v i e r a n sus propios representantes en las negociaciones y en la c o n d u c c i ó n gene­r a l de la huelga . Pero esto t a m b i é n o b e d e c í a , como veremos en seguida, a cierta di ferencia en los antecedentes organiza­t ivos y de l iderazgo entre Puebla y A t l i x c o .

LAS ACCIONES OBRERAS DEL OTOÑO E INVIERNO DE 1906

D e l a m i s m a fo rma en que los texti leros de la c iudad de P u e b l a y los de A t l i x c o desplegaron dos acciones b á s i c a s que n o estaban destinadas a enfrentarse al gobierno sino a sus pa t rones , en demanda de algunas mejoras en sus condiciones de v i d a y de t rabajo.

Desde 1 9 0 5 , la difícil s i t u a c i ó n del obrero t ex t i l de la re­g i ó n de Puebla- T l a x c a í a h a b í a o r ig inado varios conflictos que el i 1 de oc tubre h i c i e ron que los empresarios n o m b r a r a n u n a c o m i s i ó n para indagar el malestar que el obrero revela c o n sus huelgas , e i nd i ca r los medios apropiados que re­m e d i e n estos m a l e s " . D e s p u é s de real izar sus averiguaciones, los comis ionados i n f o r m a r o n que los obreros deseaban tres

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cosas: la r e d u c c i ó n de las horas de t rabajo , el aumento de los salarios y el b u e n t ra to en la fabr ica . E n sus sugerencias l a c o m i s i ó n agrego los siguientes t é r m i n o s :

1— Fijar como día de trabajo de 6 a.m. a 8 p . m . , dando 45 minutos de descanso para el almuerzo y 45 para la comida.

2— Fijar como tipo de jo rna l , para cada centro industrial de Puebla, Atl ixco y Tlaxcala, los m á s altos salarios que hoy se pa­gan en cada uno de esos centros.

3— Prohibir que en las fábricas se maltrate a los obreros. 4

E n lo que respecta a la j o r n a d a l abora l , la s i t u a c i ó n en A t l i x c o no era t an ma la como en Puebla . M i e n t r a s a l lá d u ­r aba 13 horas efectivas diar ias , en la A n g e l ó p o l i s se p r o l o n ­gaba u n a hora m á s . I n c l u y e n d o los m i n u t o s de i n t e r r u p c i ó n pa ra t o m a r al imentos , en A t l i x c o la j o r n a d a total izaba 14 horas y en Puebla 15. Respecto a los salarios, s e g ú n los i n ­formes de los adminis t radores el p r o m e d i o d ia r io en A t l i x c o era en 1906 de $1 .10 , 5 s in considerar , claro esta, los des­cuentos por mul tas , piezas rotas y p r o d u c c i ó n defectuosa, n i las rebajas que de repente p o d í a n hacer los patrones por otros mo t ivos , como aquel la de la v í s p e r a de la huelga, sobre la cua l se adujo u n alza en el precio del a l g o d ó n .

C o n u n ingreso d i a r io de poco mas de u n peso como ter­m i n o med io , los obreros de A t l i x c o d i f í c i l m e n t e p o d í a n cu­b r i r todas sus necesidades. N o tenemos datos de precios en 1906 pero si conocemos los de m a y o de 1907, sobre once p roduc tos cotizados en A t l i x c o s e g ú n los precios, 6 por k i l o o p o r l i t r o , de la l ista de la pag ina siguiente.

Supon iendo famil ias obreras de tres m iembros , como era el t a m a ñ o med io de las de E l L e ó n , 7 puede estimarse u n c o n s u m o semanal a p r o x i m a d o por f a m i l i a de $3.04 en rela­c i ó n con la an te r io r lista de productos , consumo equivalente

1 PVÍVERO QJJIJANO, s.f., p. 1 2 7 , a p é n d i c e 1 : " I n f o r m e comis ión sobre malestar obre ro" .

J A M A , Estadís t icas industriales del distr i to, 1 9 0 6 / 1 3 5 / 2 5 1 9 0 7 / 1 6 4 / 1 . 6 A M A , Not ic ia de los valores comerciales, 1 9 0 6 / 1 9 1 / 5 . 1 E n 1 9 0 5 v iv ían en E l L e ó n 1 6 0 familias obreras con 5 5 6 miembros:

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Producto Pesos

Fri jol 0.09 Arroz 0.18 Papa 0.10 Carne de res 0.48 Har ina 0.19 Chiles secos 0.70 Café 0.50 Piloncillo 0.12 Leche 0.10 Aceite 0.45 J a b ó n 0.68

al 4 6 % del salario perc ib ido en 1907 y que era el m i s m o de 1906 ($6 .60 semanales en p r o m e d i o ) . 8 Cons ide rando que esta " c a n a s t a " no inc luye otros productos esenciales ( como ve rduras y hor ta l izas , tor t i l las y pan , c a r b ó n o l e ñ a ) , no puede asegurarse que todo el salario restante quedara para el pago de otras necesidades, como el a lqu i le r de la v iv i enda y el ves t ido. E n todo caso, las mismas l imi tac iones de este c á l c u l o hacen pensar que no menos de l a m i t a d del ingreso ob re ro en A t l i x c o se iba en el r u b r o de a l imentos . A u n q u e n o tenemos hasta ahora elementos que p e r m i t a n la compa­r a c i ó n con Puebla , n i con la s i t u a c i ó n en otras zonas fabriles cercanas, es posible que el caso de A t l i x c o sea i lus t ra t ivo de l a c o n d i c i ó n de v i d a de los d e m á s text i leros poblanos.

U n o b r e r o de A t l i x c o l l amado A n g e l P é r e z , t rabajador de L a C o n c e p c i ó n , d e s c r i b i ó sucintamente , en p lena huelga, la c o n d i c i ó n de su g remio . A la p r egun ta de u n repor tero sobre el m o t i v o del descontento r e s p o n d i ó con o t ra : " T r e c e horas d ianas de la m á s r u d a tarea, con r e t r i b u c i ó n m a l a y t ra to nada b e n é v o l o , ¿ q u i é n las sopor ta?" 9 D e a q u í que in ten -

en promedio 3.47 miembros por famil ia , cifra que redondeamos a 3. A M A , P a d r ó n vecinal de El L e ó n , 1905/109/2.

8 A M A , Es t ad í s t i ca s industriales del dis t r i to , 1907/164/1. 9 El Irnparcial (9 dic. 1906).

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tanclo a l iv i a r su s i t u a c i ó n , una parte de los obreros texti leros del val le se comprome t i e r a en dos tareas: organizarse pa ra luego lanzarse a la lucha .

POR UNA ORGANIZACIÓN AUTORIZADA

Los esfuerzos conducentes a la o r g a n i z a c i ó n del pro le ta r iado t ex t i l f ruc t i f i ca ron en Puebla y en A t l i x c o con diferencias de escasos meses. A mediados de 1906 se f o r m o en la capi ta l pob lana la G r a n L i g a N a c i o n a l O b r e r a "Es t eban A n t u ñ a -n o " , que s i n t o m á t i c a m e n t e l levaba el n o m b r e del empresa­rio p ionero de la i ndus t r i a t ex t i l mexicana y t ema como u n o de sus pr incipales directores a Pascual M e n d o z a , ex obrero t ex t i l que se vaha de la palabra hablada y escrita con g ran elocuencia y cuyo fervor ca tó l i co era del d o m i n i o p u b l i c o . 1 0

E n A t l i x c o no hubo , en cambio , el antecedente de u n a or­g a n i z a c i ó n n i de u n l í d e r s imi lar , aunque esto no significa que entre su p o b l a c i ó n obrera no hub ie ra s i m p a t í a s pa t rona­les y creencias religiosas, n i que no exis t ieran t a m b i é n i n ­fluencias p o l í t i c a s de o t ro signo. L a g ran c o n c e n t r a c i ó n de trabajadores en u n a reducida zona trajo consigo u n cosmo­po l i t i smo g e o g r á f i c o y u n abanico ideologico-pol i t ico casi comparables a los de O r i z a b a , el o t ro n ú c l e o t e x t i l parecido a A t l i x c o . E n t r e 1899 y 1909, una mues t ra de 626 obreros domic i l i ados en los c a s e r í o s fabriles de A t l i x c o revela que 9 de cada 10 eran inmigran tes , o r ig inar ios de 78 localidades de 12 estados de la R e p ú b l i c a , si b ien los provenientes del p r o p i o estado de Puebla eran 5 7 % , preferentemente de su c a p i t a l . " H a s t a cier to p u n t o , la va r iedad del o r igen geo­grá f i co i m p l i c a b a cu l t u r a , experiencias e ideas t a m b i é n diversas, y en consecuencia compor tamien tos y posiciones dis t in tos . Po r ello, la gama era ampl ia : desde el obrero apo­l í t ico hasta el m i l i t a n t e de t i empo comple to , i m b u i d o s de los p r inc ip io s de la iglesia c a t ó l i c a o qu iza t a m b i é n de la meto­dista e in f lu idos po r corrientes po l í t i c a s t an opuestas como el r e f o r m i s m o o el m a g o n i s m o .

1(1 El Amigo de la Verdad (10 y 19 dic. 1905); El Paladín (19 ago. 1906). 1 1 G A M B O A O J E D A , 1989, pp. 76-80.

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A pr inc ip ios de oc tubre de 1906 la L i g a "Es teban A n t u -ñ a n o " se t ransformo en el segundo G r a n C í r c u l o de O b r e ­ros L ib r e s , u n i é n d o s e a s í los trabajadores de Puebla a los de O r i z a b a , aunque sus organizaciones con t inuaron siendo i n ­dependientes . 1 2 E n j u l i o h a b í a desaparecido p r á c t i c a m e n t e el p r i m e r G C O L de R í o Blanco —apenas fundado en abril-—, t ras la r e p r e s i ó n gube rnamen ta l en cont ra de su d i rec t iva , secretamente v incu lada a la J u n t a Revo luc iona r i a del Pa r t i ­d o L i b e r a l M e x i c a n o en Saint L o u i s M i s s o u r i . Para el 12 de agosto, fecha en que se r e i n s t a l ó fo rmalmente en R í o Blanco el G C O L , su radical ismo i n i c i a l se h a b í a debi l i tado; del obje­t i v o b á s i c o de " o r g a n i z a r a todos los trabajadores del p a í s p a r a luchar con t ra el capi ta l i smo y la d ic tadura de Por f i r i o D í a z " , se h a b í a pasado a perseguir ú n i c a m e n t e " e l bienes­t a r del o b r e r o " , haciendo " e l mejor uso de las leyes que nos r i g e n " , s e g ú n lo e x p r e s ó su nuevo d i r igente J o s é Mora l e s . A s í , se preparaba el ter reno pa ra que el gobierno recibiera l a no t i c i a de este v i ra je y d ie ra su ven ia y apoyo a la o rgan i ­z a c i ó n . 1 3 E l r e fo rmismo y la s u b o r d i n a c i ó n no eran ajenos a l a l iga "Es teban A n t u ñ a n o " , Pascual M e n d o z a y J o s é M^orales c o n v i n i e r o n en vo lve r l a una. ̂ r a n sucursal del G r a n C í r c u l o de Obre ros L ib r e s cambiando su d e n o m i n a c i ó n . L a l í n e a moderada y cercana al gobierno t a m b i é n se a d o p t ó en A t l i x c o , pero a h í no se r e b a u t i z ó n i n g u n a o r g a n i z a c i ó n

A comienzos de oc tubre se f u n d a r o n en A t l i x c o dos sucur­sales del G C O L : la sexta, pa ra ag lu t ina r a los trabajadores de Metepec , y la octava pa ra los de E l L e ó n . C u a n d o sus d i ­r igentes c o m u n i c a r o n el hecho a Ignac io M a c h o r r o , el jefe p o l í t i c o del d i s t r i to , fueron m u y claros en su p o s i c i ó n respec­to al gobie rno :

[ . . . ] nos hemos constituido en Sociedad, cuyo fin y propós i to son la filantropia en la forma m á s humanitar ia , según los senti­mientos y posibilidades de todos los asociados.

A l poner en conocimiento de U d la existencia de esta Socie-

1 2 A N D E R S O N , 1976, pp . 107-108. 1 3 G A R C Í A D Í A Z , 1981, pp . 92-98; L I S T A R Z U B I D E , 1935, pp. 14-16; El

Paladín (26 3-go. 1906).

1 4 2 LETICIA GAMBOA OJEDA

dad, es de nuestro deber expresarlo, que no nos proponemos por ningún motivo tratar de asuntos políticos pública ni privadamente; no sólo la Sociedad cons ide r ándo l a colectivamente, sino respeto [sic] de cada socio en particular.

Hemos formado nuestros Estatutos teniendo en cuenta que para la marcha y éxi to de esta a g r u p a c i ó n , llevamos a la p rác t i ­ca el requisito de no inmiscuirnos en pol í t ica, y si coadyuvando en todo aquello que responda al buen orden y seguridad de nuestras instituciones, como p r e s t á n d o n o s para dar pruebas de adhes ión al orden polí t ico que actualmente nos rige.

Por tal motivo, creemos, que la Auto r idad al tomar conoci­miento de nuestra a g r u p a c i ó n nos cons ide ra r á asociados pacífica­mente [subrayado en el original] y que no le somos de ningún modo subversivos.14

M a s vehementes y rei terat ivos no p o d í a n ser. A p r o v e ­chando el ensayo de u n a p o l í t i c a l abora l recien adoptada p o r el gobierno de D í a z , reconociendo el derecho de los obreros para organizarse y a u n para hacer la hue lga , 1 ' los l í d e r e s de A t l i x c o no vac i l a ron en bajar la cabeza frente a l a au to r idad . Por lo p r o n t o se o l v i d a r o n de todas las a rb i ­t rar iedades cometidas antes po r M a c h o r r o contra los obre­ros, con ta l de que ahora au to r i za ra la existencia de su a g r u p a c i ó n . 1 6 Es ta q u e d ó r e c o n o c i d a i m p l í c i t a m e n t e , c u a n d o el jefe po l í t i co les e x p r e s ó que t e n d r í a n " las garan­t í a s que la ley les o t o r g a ' ' , y que not i f icaba el asunto al gobe rnado r M u c i o P. M a r t í n e z . E l cuadro 2 ind ica los car­gos de que constaban las mesas direct ivas y los nombres de sus ocupantes.

D i s t in tos t ipos de padrones nos p e r m i t e n decir algo sobre la i den t i dad de algunos de estos l í d e r e s : T e o d o r o Cristales era o r i g i n a r i o de Puebla y se d e s e m p e ñ a b a ya desde 1898 en L a C a r o l i n a y m á s tarde en E l L e ó n , como tejedor. T a m ­b i é n c o m o tejedores, O n o f r e A r m i j o y M i g u e l A r m e n t a ha-

1 4 A M A , Melesio Mendoza y otros al jefe pol í t ico, 4 de octubre de 1 9 0 6 , 1 9 0 6 / 1 3 7 / 3 (subrayados nuestros, salvo lo indicado).

A N D E R S O N , 1 9 7 0 , pp . 5 1 7 y 5 2 0 . 1 6 El Paladín ( 1 3 y 1 6 j u l . y 2 6 oct. 1 9 0 5 ) .

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C u a d r o 2 DIRIGENTES DEL GCOL EN A T L I X C O , 1906

Sexta sucursal Octava sucursal Metepec Cargos El León Cargos

Melesio Mendoza Presidente Antonio Espinosa Presidente Onofre Armijo Vicepresidente Merced Vázquez Vicepresidente José Prado Secretario Alfonso Reséndiz Secretario Miguel Armenia Vocal Teodoro Cristales Vocal Antonio Hernández Vocal Julián Lozada Vocal Atanasio Yáñez Vocal Manuel Palacios Vocal

FUENTE: A M A , 1 9 0 6 / 1 3 7 / 3 .

b i a n t rabajado en E l L e ó n en 190J y al a ñ o siguiente en M e ­tepec. A l fonso R e s é n d i z era, por su parte , n a t u r a l de Q u e r é -t a ro , h a l l á n d o s e en T l a l p a n hacia 1899 y en A t l i x c o hacia 1904, donde h a b í a ejercido, en E l L e ó n , p r i m e r o el oficio de te jedor y luego el de m e d i d o r . E n cambio , J u l i á n L o z a d a era u n obrero m u y recientemente contra tado en E l L e ó n , pues no hay rastro suyo antes de 1906. A l fundarse las sucursales todos t e n í a n entre 26 y 30 a ñ o s de edad y s a b í a n leer y escri­b i r , 1 7 c o m o dec la raron los d e m á s , cuyos nombres no hal la­mos en n i n g ú n p a d r ó n vec ina l , a pesar de que d i j e ron v i v i r en los c a s e r í o s , salvo los presidentes, que rad icaban , ambos, en la c iudad de A t l i x c o . T a l vez se t ra tara , en aquellos casos, de obreros m u y nuevos en sus comunidades y hasta es posi­ble que a ellas l legaran con el solo f i n de i m p u l s a r la funda­c i ó n de las sucursales.

I g n o r a m o s si en las otras fabricas se establecieron sucur­sales del G C O L . T o d o ind ica que esto no s u c e d i ó y que fue a t r a v é s de l a d i n á m i c a de la p rop i a lucha como el proleta­r i ado t ex t i l a thxquense se c o o r d i n ó , encabezado po r A n t o ­n i o Espinosa de E l L e ó n , en cuyo d o m i c i l i o de la calle de la P iedra rea l izaba sus j un t a s la d i rec t iva del G C O L .

1 ; A M A , Padrones vecinales, electorales y mil i tares , 1898/4-09/3; 1905/109/2; 1905/112/3; 1906/141/1.

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POR UNA HUELGA TOLERADA

C o n la t á c i t a anuencia gubernamenta l a los C i r c u i o s de Obre ros L ib r e s , el descontento de los texti leros c o m e n z ó a manifestarse con m á s frecuencia y agresividad. A h o r a ya no t e n í a n p o r q u é soportar los abusos patronales sin mos t ra r ab ier tamente su i n c o n f o r m i d a d , pues las cosas h a b í a n cam­b iado ; estaban organizados y c r e í a n contar , si no con el res­paldo del gob ie rno , al menos con su neu t r a l i dad . D e este m o d o , en el o t o ñ o de 1906 "cas i no pasaba u n a semana sin que h u b i e r a u n a huelga en los centros textiles de O r i z a b a o de P u e b l a " . 1 8

Los empresarios poblanos v i e r o n con a p r e h e n s i ó n la apa­r i c i ó n de los C í r c u l o s de Obreros L i b r e s . 1 9 Si el gobierno los to leraba ellos no estaban dispuestos a hacerlo, po rque eso m i n a b a su poder absoluto sobre los trabajadores. E n las fá­bricas, donde el G C O L p r e t e n d í a inmiscui rse , d e b í a r a t i f i ­carse el c a r á c t e r ind iscut ib le del poder de los empresarios, y a fin de recuperar lo en las vil las fabriles, donde el G C O L in f lu í a , h a b í a que erradicar a los l í d e r e s del m o v i m i e n t o . E l m e d i o pa ra l og ra r todo esto fue u n reglamento d iscu t ido el 20 de n o v i e m b r e po r los d u e ñ o s de las f á b r i c a s algodoneras de Puebla y Xlaxca l a , que eran casi los mismos en ambos es­tados. A u n q u e en este reglamento aflojaban las r iendas al r e t o m a r dos de las sugerencias de la c o m i s i ó n n o m b r a d a en 1905 (relat ivas al ho ra r i o y al ma l t r a to ) , las apre taban m á s al i n c o r p o r a r varias disposiciones, como descuentos salaria­les po r ro turas de canillas y lanzaderas cuando , a j u i c i o de la empresa, h a b í a n sido cometidas in tenc iona lmente por los obreros . O t r a s medidas eran la p r o h i b i c i ó n de i n t r o d u c i r pe­r i ó d i c o s , volantes y manuscr i tos a las f á b r i c a s , l a i nmed ia t a d e s o c u p a c i ó n de las v iv iendas de las c o m p a ñ í a s p o r parte del obre ro que fuese despedido, y la p r o h i b i c i ó n de rec ib i r h u é s ­pedes en dichas v iv iendas sin el consent imiento del a d m i ­n i s t r a d o r . 2 0

A N D E R S O N , 1970, p. 523.

A N D E R S O N , 1976, p. 138.

A G N , Gobernación, 817, Car te l del Reglamento In te rno .

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E l reg lamento p a r e c i ó a los obreros " t a n injusto como descabe l lado" , i n d i g n á n d o l e s sobre todo la u l t i m a de las disposiciones antes s e ñ a l a d a s . D e c í a n que si pagaban con p u n t u a l i d a d a los patrones el a lqu i le r impues to " p o r esas cloacas i n m u n d a s " , b i e n p o d í a n alojar en ellas " á qu ien les d é la g a n a " . 2 1 E n s ín t e s i s , como la i m p l a n t a c i ó n del regla­m e n t o " e q u i v a l í a a u n empeoramien to de las condiciones de t r a b a j o , a s í como a u n a l i m i t a c i ó n de la l ibe r t ad personal de los o b r e r o s " , 2 2 u n d í a d e s p u é s de aparecer pegado en las pue r t a s de las f á b r i c a s , es decir a p a r t i r del 4 de d ic iembre , l a hue lga es ta l ló en la m a y o r í a de las mismas . Para el d í a 5 u n d i a r i o i n f o r m a b a que en el estado de Puebla eran 20 las f á b r i c a s paralizadas po r l a huelga y 7 en el de T l a x c a l a . 2 3

A e x c e p c i ó n de Metepec , el reg lamento pa t rona l d e b í a re­g i r en las d e m á s f á b r i c a s de A t l i x c o . Los accionistas de la C o m p a ñ í a I n d u s t r i a l de A t l i x c o , S .A . , p rop ie ta r i a de esa g i ­gantesca f á b r i c a , t e n í a n otros intereses ajenos a la r e g i ó n Pueb la -T laxca l a . Se iden t i f icaban con los accionistas de o t ros ol igopol ios de la i n d u s t r i a t e x t i l , puesto que en algunos de ellos t a m b i é n pa r t i c ipaban . A l instalar en el estado de P u e b l a u n a f á b r i c a tan grande, con func ionamien to de en­c lave , h i c i e ron fuerte competencia a los empresarios de la r e g i ó n , afectando su e c o n o m í a y g a n á n d o s e su an imadver ­s i ó n . S ó l o cuando é s to s t u v i e r o n que enfrentar problemas considerados de ex t rema gravedad — c o m o el que imp l i caba l a hue lga—, dejaron de ver a a q u é l l o s como sus rivales e, i n ­cluso, e n t r a r o n en convenientes al ianzas. 2 4

L o s obreros de Metepec no secundaron entonces la huel ­ga , senci l lamente porque esta fabrica no estaba comprend i ­d a en el reglamento que l a d e s e n c a d e n ó . Por eso la represen­t a c i ó n de los huelguistas de A t l i x c o r e c a y ó pr inc ipa lmente en A n t o n i o Espinosa, el presidente de la sucursal de E l L e ó n .

L a huelga no fue declarada en A t l i x c o por el conjunto de

2 1 La Lucha Obrera ( 1 6 dic. 1 9 0 6 ) . 2 2 G A R C Í A D Í A Z , 1 9 8 1 , p. 1 2 7 . 2 3 El Imparcial ( 5 dic. 1 9 0 6 ) . 2 4 Las rivalidades entre C I A S A y los empresarios poblanos no des­

aparecieron hasta 1 9 2 6 , s egún documentos del Arch ivo del Centro Indus­t r i a l Mex icano .

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obreros de las seis fabricas incluidas en el reglamento , aun c u a n d o desde los p r imeros d í a s de d i c i embre todas ellas sus­p e n d i e r o n sus labores. L o que en algunas o c u r r i ó sin m a y o r d i l a c i ó n fue el paro pa t rona l , como u n recurso para que­b r a n t a r la huelga i m p i d i e n d o la so l idar idad e c o n ó m i c a entre los trabajadores. Esta med ida a fec tó t a m b i é n a las pocas fá­br icas algodoneras de Puebla y T l a x c a l a donde no es ta l ló la hue lga , salvo a Metepec . A h í es ta l ló la huelga pa t rona l el 24 de d i c i embre debido a u n acuerdo m á s a m p l i o de embest ida p a t r o n a l , concertado por u n a parte entre los empresarios de Pueb la y T laxca la agrupados en el f lamante C e n t r o Indus ­t r i a l M e x i c a n o , y po r la o t ra , entre los accionistas m á s p r o ­minen t e s de las grandes empresas texti leras del p a í s , acuer­do que no sólo p r o v o c ó el paro de Metepec sino t a m b i é n el de las f á b r i c a s de tales c o m p a ñ í a s , localizadas en (Drizaba, el val le de M é x i c o , Jalisco y O j u e r é t a r o . 2 5

T e n e m o s no t ic ia del paro pa t rona l en A t l i x c o gracias al escri to de A n t o n i o Espinosa al jefe p o l í t i c o , fechado el 5 de d i c i e m b r e , a f i rmando que de las fabricas inactivas "unas [lo estaban] por los obreros y otras por los d u e ñ o s de e l l a s " . 2 6

Es difíci l saber a ciencia cier ta en q u é f á b r i c a s es ta l ló la huel ­ga y en c u á l e s otras el pa ro . B a s á n d o n o s en fuentes hemero-g r á f i c a s podemos, no obstante, i n f e r i r que la huelga a fec tó p o r los menos a cuatro f á b r i c a s : E l L e ó n , E l V o l c á n , E l Car ­m e n y L a C o n c e p c i ó n . 2 7

Desde el i n i c io del m o v i m i e n t o , los obreros de A t l i x c o busca ron , como los de Puebla , si no la a p r o b a c i ó n al menos l a to le ranc ia del gobierno. E n el m i s m o escrito del 5 de d i ­c i e m b r e , Espinosa aseguraba al jefe M a c h o r r o que los obre­ros deseaban "estar en todo sujetos al respeto de nuestras A u t o r i d a d e s C o n s t i t u i d a s " . C o i n c i d i e n d o con los represen­tantes obreros de Puebla y T l a x c a l a , los l í d e r e s de A t l i x c o t e n í a n la c o n v i c c i ó n de que la hue lga só lo se r í a consentida

2 3 El Imparcial (6 dic. 1906); El País (24 dic. 1906); El Diario (25 dic. 1906).

2 6 A M A , An ton io Espinosa y J o s é Prado al jefe pol í t ico , 5 de diciem­bre de 1906, 1906/139/1.

2 7 Salvo ind icac ión contraria, el resto de este apartado se basa en los diar ios del mes de diciembre de 1906, citados en la nota 25.

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si se o torgaba u n peso decisivo al p u n t o de vis ta guberna­m e n t a l , pa ra lo cual era preciso ejercer u n a m p l i o c o n t r o l so­b r e la masa huelguis ta .

D e l peso que d i e r o n a las opiniones del gobierno fueron m u e s t r a sus cont inuos cuidados por consultar p r i m e r o al gobe rnador pob lano y d e s p u é s al p rop io presidente D í a z . T a m b i é n fue s i n t o m á t i c o que en la p r i m e r a asamblea cele­b r a d a el 7 de d i c i embre en el teatro Gue r r e ro de la A n g e l ó -p o l i s , se ha l l a ra en el escenario el jefe de la p o l i c í a M i g u e l C a b r e r a . E n esta asamblea, a d e m á s , s e g ú n el d i a r i o oficioso d e l r é g i m e n , cada orador " v i t o r e a b a " a P o r f i r i o D í a z , al gobe rnado r y al jefe p o l í t i c o de Puebla.

Respecto al con t ro l de la masa huelguis ta , u n a mues t ra d e l esfuerzo desplegado por los dir igentes para obtener lo p u d o verse en o t ra asamblea real izada el 15 de d i c i embre , e n la cual el representante po r T laxca la , Santiago C o r t é s , p i d i ó a los concurrentes seguir teniendo u n a " c o n d u c t a pa­c í f i c a " a fin de " p o d e r estrechar amigablemente l a m a n o de los capi ta l i s tas" . Y en efecto, la t ó n i c a imperan te entre los huelguis tas de Puebla , T l a x c a l a y A t l i x c o , fue la observan­c ia del " m á s r iguroso o rden y la c o r r e c c i ó n m á s c o m p l e t a " , reconoc ida p o r l a prensa nac iona l .

J u n t o a los dir igentes de Puebla y T laxca la , A n t o n i o Es­p i n o s a p a r t i c i p ó en la d i r e c c i ó n del m o v i m i e n t o huelguis ta , acud iendo a las j u n t a s de la d i r ec t iva y a las asambleas, sus­c r ib i endo el r eg lamento que la parte obrera opuso a los pa­t r ones , 2 8 e i n t e r v i n i e n d o en las mismas gestiones ante el presidente D í a z . Pero a d e m á s de Espinosa, en la coord ina­c i ó n del m o v i m i e n t o en A t l i x c o es tuvieron t a m b i é n otros lí­deres, como J o a q u í n C r u z , maestro de E l V o l c á n , Meles io M e n d o z a , presidente de la sucursal de Metepec , y M i g u e l R o l d á n , u n tejedor de la c i u d a d de M é x i c o que l l egó a t ra­ba ja r a E l L e ó n a fines de 1905 y que en la hue lga f u n g i ó . como " inspec to r delegado p o r A t l i x c o " .

L a presencia de Me les io M e n d o z a en el p r i m e r m i t i n ve­r i f i cado en l a c iudad de Puebla era signo de la so l idar idad

2 8 E l texto í n t e g r o del reglamento propuesto por los obreros a p a r e c i ó en El Diario (11 dic. 1906).

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que los trabajadores de Metepec t u v i e r o n desde el p r i n c i p i o con la lucha obrera y especialmente con la de sus c o m p a ñ e ­ros de A t l i x c o , a los que b r i n d a r o n su ayuda e c o n ó m i c a mien t r a s s iguieron t rabajando, s e g ú n se desprende de var ios hechos.

Si por u n lado consideramos que los obreros inact ivos de A t l i x c o d e m a n d a r o n " a los representantes de la Sucursal es­tablec ida en esta C i u d a d [que] sin p é r d i d a de t i e m p o se [les] i m p a r t i e r a n auxi l ios [ e c o n ó m i c o s ] " , 2 9 y por el o t ro tenemos en cuenta que los trabajadores de E l L e ó n h a b í a n estallado l a huelga , aquella sucursal de la que se hablaba en la frase an te r io r no p o d í a ser sino la de Metepec . Resul ta po r lo d e m á s s ignif icat ivo que jus tamente a p a r t i r del 24 de d i ­c i embre , cuando p a r ó d icha f á b r i c a , u n cont ingente de t ra ­bajadores emig ra ra de A t l i x c o , d ic iendo que se i ban po rque l a ayuda que se les daba h a b í a cesado.

C u a n t i f i c a n d o el alcance de la so l idar idad de los obreros de M^etepec con los d e m á s texti leros de A t l i x c o , p o d r í a m o s dec i r que su aux i l i o r e p r e s e n t a r í a ap rox imadamen te el 2 5 % de los salarios de estos ú l t i m o s . Si como a s e g u r ó El País, los obreros en act ivo es tuvieron cediendo u n d í a de su raya se­m a n a l para sostener a los huelguistas, en el caso de Metepec los salarios pagados po r entonces repor taban a d i a r io 2 314 pesos, poco m á s de l a cuar ta parte de los jornales semanales pagados en las restantes f á b r i c a s del lugar ($9 0 3 0 ) . 3 0

Fue a p a r t i r de la clausura de Metepec cuando el prole ta­r i a d o t ex t i l de A t l i x c o c o m e n z ó a movi l izarse para conseguir

'^fondos y o t ro g é n e r o de donat ivos de var iada procedencia. A s í , en los ú l t i m o s d í a s de d i c i embre , los obreros organiza­r o n diversos e s p e c t á c u l o s para recaudar d inero : u n a co r r ida de toros y varias funciones de p r e s t i d i g i t a c i ó n . R e c u r r i e r o n t a m b i é n al endeudamien to , log rando dist intos p r é s t a m o s que l l egaron a la r a q u í t i c a suma de 856 pesos. C o n s i g u i e r o n as imismo el o to rgamien to de cantidades menores, como los

2 9 A M A , A n t o n i o G o n z á l e z y otros al jefe pol í t ico, 6 de lebrero de 1907, 1907/160/5.

A M A , cá lcu lo basado en las es tadís t icas industriales del dis t r i to , 1906 /135 /2 .

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100 pesos que les diera u n a r ica hacendada de la r e g i ó n , la v i u d a de M a u r e r , o los 100 pesos que les regalara la Socie­d a d Independien te " B e n i t o J u á r e z " .

A d e m a s de la colecta de d ine ro , los obreros de A t l i x c o reci­b i e r o n los donat ivos en especie de dist intas personas, asi c o m o los servicios y medicamentos gratui tos de u n medico , y has ta los que les b r i n d a r o n varios peluqueros . H a c i a la N o ­chebuena se les obsequiaron seis reses, u n tercio de sal, tres canastas de pan , varios botes de leche y cuat ro cargas de m a í z . Pa ra el A ñ o N u e v o rec ib ie ron de varios hacendados o t ras cargas de granos: m a í z , f r i j o l , haba, garbanzo, arroz y a l v e r j ó n . Esta ayuda por parte de ciertos hacendados, comer­ciantes y profesionistas, sugiere que la lucha gozaba de apro­b a c i ó n entre las capas acomodadas de la r e g i ó n ; sin embar­g o , m á s adelante veremos que esto no puede afirmarse del t o d o . C o m o a p u n t ó El Diario, l a c o l a b o r a c i ó n de part iculares o b e d e c i ó b á s i c a m e n t e a u n a r a z ó n : a la " c o r r e c c i ó n " con q u e los obreros de A d i x c o se c o n d u c í a n en el confl icto.

A fines de d ic iembre , el m i s m o p e r i ó d i c o s e ñ a l a b a que e r a en A t l i x c o donde los huelguistas h a b í a n obtenido m á s a y u d a . N o obstante, la mise r ia que p a d e c í a n era m u y gran­de e, inc luso , se m a n t e n í a hasta muchos d í a s d e s p u é s de rea­nudadas las labores. E n febrero a ú n adeudaban los p r é s t a ­m o s conseguidos, y el ú l t i m o de los escritos enviados por entonces al jefe po l í t i co h a b í a sido presentado " s i n las bole­tas que acredi ten la solvencia de los que suscriben por C o n ­t r i b u c i ó n Pe r sona l " .

S i po r la hue lga y el paro general izado el h a m b r e obl igo a los obreros a pedi r prestado, fiado y regalado, t a m b i é n o r i l l ó a muchos de ellos a emig ra r . D e A t l i x c o p a r t i ó el 24 de d i c i e m b r e u n a caravana de 300 a 500 gentes, compuesta p o r hombres , mujeres y n i ñ o s , en busca de otras fuentes de subsistencia. E n su viaje a pie pasaron la N a v i d a d , l legando e l 28 en l a m a ñ a n a al pueblo de T i z a p á n . D i j e r o n que en su t r ayec to a lgunos hacendados y rancheros les d i e ron ayuda. I m p r o v i s a r o n sus campamentos en las c e r c a n í a s de la f áb r i ­ca L a H o r m i g a , con la i n t e n c i ó n de ped i r t rabajo en é s t a y en las f á b r i c a s p r ó x i m a s . Pero al d í a siguiente de su a r r ibo los d ispersaron los rurales, " e n p r e v e n c i ó n de cualquier i n -

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cidente que alterara el orden . U n o s se fueron entonces para Con t re ras y otros enf i laron r u m b o a la c iudad de M é x i c o . 3 1

P o r esos d í a s se i n i c i a r o n en d icha c i u d a d las audiencias solicitadas a d o n P o r f i r i o por los l í d e r e s obreros. U n a vez que D í a z aceptara a rb i t r a r el conf l ic to , l a idea de los repre­sentantes de Puebla, T l axca l a y A t l i x c o era presentarle las dos reglamentaciones contrar ias pa ra que d ie ra su o p i n i ó n y , s e g ú n El Imparcial, para que la de los obreros fuera acep­t ada "desde l u e g o " . Conf i ando en las palabras del presi­dente , qu i en en la p r i m e r a entrevista les d i jo que si b i e n los obreros no o b t e n d r í a n u n t r i u n f o comple to cuando menos sí v e r í a n satisfechas algunas de sus demandas , Pascual M e n ­doza se a p r e s u r ó a enfat izar la pos tura de la d i l igencia obre­ra , declarando que "es taban resueltos a seguir los consejos de l s e ñ o r Genera l D í a z , y a respetarlos, como si se tratase de u n fallo i nape lab le" . C o n estas palabras los huelguistas se co locaron la soga al cuello, creyendo ingenuamente que l a m a n o del presidente no la a p r e t a r í a .

C o m o se sabe, el resultado de las entrevistas entre D í a z y los representantes de obreros y patrones q u e d ó plasmado en u n laudo de fecha 4 de enero de 1907, ampl i amen te d i ­f u n d i d o en los p e r i ó d i c o s del siguiente d í a . E l documen to c o m p r e n d í a nueve a r t í c u l o s , en su m a y o r í a desventajosos p a r a los obreros. C u a t r o eran los m á s perjudiciales: u n o so­b re el derecho de los adminis t radores pa ra fiscalizar med ian ­te l ibre tas personales la " b u e n a conducta , l abor ios idad y ap t i tudes del o p e r a r i o " ; o t ro que e s t a b l e c í a la censura of i ­c i a l sobre los p e r i ó d i c o s obreros pa ra que no pub l i ca ran " d o c t r i n a s subvers ivas"; y dos complementa r ios , s e ñ a l a n d o el c o m p r o m i s o de los trabajadores " a no p r o m o v e r huelgas, y menos i n t e m p e s t i v a m e n t e " , ya que sus quejas d e b í a n pre­sentarlas po r escrito y aguardar ob l iga to r i amen te la respues­ta hasta po r 15 d í a s , " y si cuando é s t a se les d é a conocer n o quedaren satisfechos, p o d r á n separarse del t r a b a j o " . O t r o s a r t í c u l o s eran vagos o imprecisos y otros m á s , aunque h a c í a n de terminadas concesiones t a m b i é n las l i m i t a b a n . S ó l o el p u n t o 2 del a r t í c u l o segundo era abier tamente favo-

3 1 G O N Z Á L E Z N A V A R R O , 1957, p . 517.

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rab ie , pues a b o l í a los descuentos por "pago de m é d i c o " y de "fiestas religiosas o p ro fanas" , y e s t a b l e c í a la obl iga­c i ó n de cont ra tar los servicios de u n m é d i c o en cada f a c t o r í a . E l l audo guardaba empero absoluto silencio sobre las t i en ­das de raya , cuya d e s a p a r i c i ó n p e d í a n los huelguistas. T r a ­t ando , como dice R o d n e y A n d e r s o n , " d e aplacar a los t ra­bajadores sin m a y o r menoscabo para los indus t r i a l e s " , con este documen to Por f i r i o D í a z esperaba poner t é r m i n o al m á s grave confl ic to l abora l que en su d i la tado ejercicio del pode r se le h a b í a presentado.

E L TEMOR EN CONTRA DEL "MONSTRUO COLECTIVO"

Desde luego, no todos los huelguistas de Puebla y T l a x c a l a es tuv ie ron conformes con el l audo presidencial . C u a n d o Pascual M e n d o z a lo l e y ó el d o m i n g o 6 de enero en el teatro G u e r r e r o , la p r i m e r a r e a c c i ó n de la m u l t i t u d r e u n i d a fue de rechazo, d e s a t á n d o s e u n a acalorada d i s c u s i ó n y u n estrepi­toso desorden. M e n d o z a l o g r ó sin embargo hacerse escu­char , invocando el h o n o r c o m p r o m e t i d o y la fe religiosa del a u d i t o r i o . E n el in ic io de la huelga, con p r o p ó s i t o s t o d a v í a oscuros, el arzobispo de Puebla , doctor R a m ó n I b a r r a y G o n z á l e z , h a b í a t en ido cier ta i n t e r v e n c i ó n en el conf l ic to . M e n d o z a , ante la asamblea, a p e l ó a la promesa de acatar la r e s o l u c i ó n of ic ia l hecha al arzobispo y al p rop io presidente D í a z de la asamblea, y r e c u r r i ó por ú l t i m o al chantaje, ofre­c iendo su r enunc i a i r revocable como di rec tor del segundo G C O L , para pres ionar m á s t o d a v í a a la asamblea. E l l í d e r l o g r ó finalmente " t o c a r las fibras del sent imiento rel igioso y el fanat ismo de los trabajadores y po r ende se t r ans fo rma el c r i t e r io que p r e v a l e c í a , aceptando sin m á s d i s c u s i ó n el l audo p r e s i d e n c i a l " . 3 2

D e acuerdo con el re lato de P á n f i l o M é n d e z , u n tejedor que p a r t i c i p ó en la hue lga en A t l i x c o , 3 3 los obreros recibie­r o n el 5 de enero u n te legrama de sus dir igentes , donde se

3 2 A R A I Z A , 1 9 7 5 , I I , p . 1 1 1 . 3 3 S A L A Z A R , 1 9 7 2 , pp . 2 4 - 2 6 .

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d e c í a , como en los cables girados a los otros lugares, que D í a z h a b í a dado u n a s o l u c i ó n favorable a los trabajadores, quienes d e b í a n regresar a las f á b r i c a s el lunes 7. Pero en la noche l legaron a A t l i x c o los pr incipales diarios con el l audo inser to , que los huelguistas l eyeron con asombro, p r e g u n ­t á n d o s e q u i é n m e n t í a : los p e r i ó d i c o s o sus l í d e r e s . C u a n d o el d o m i n g o regresaran é s t o s , de inmed ia to convocaron a u n a asamblea que t u v o lugar en el teatro Laf ragua . A h í i n f o r m a ­r o n de sus gestiones, " q u e d a n d o comprobada la h o r r i b l e b u r l a que se h a b í a hecho al g r e m i o " . Ci temos el t e s t imonio de M é n d e z sobre la asamblea:

Todos los asistentes pa r ec í an petrificados al terminar el informe de la delegación; tan manifiesto era el desencanto de los huel­guistas. El delegado Espinoza, queriendo salir del mal paso [. . . ] dijo:

Y o quiero que digan si aceptan el reglamento o no, pues el señor Jefe Pol í t ico, que está presente, tiene instrucciones del se­ñ o r Presidente de la R e p ú b l i c a de informarle qu iénes son los que aceptan y q u i é n e s no.

A esta pregunta siguió el mismo silencio. Entonces un miembro de la Direct iva, pero que no per tenec ía a la delega­c ión , Onofre A r m i j o , visiblemente conmovido [• • •] exc l amó :

¡ C o m p a ñ e r o s ! : el fallo del señor presidente está m u y lejos de ser u n triunfo para nosotros; pero tengamos en cuenta nuestra falta de recursos para continuar la huelga; acep témos le , y que nos sirva de experiencia para asociarnos mejor en el porvenir.

E l delegado Espinosa aprovecha esta oportunidad y repite su pregunta; cuatro o cinco voces de inconscientes manifiestan es­tar de acuerdo con el laudo. Eso bas tó . Los delegados y las au­toridades se levantaron dando por terminado el acto.

Reconoc iendo verdades, el vicepresidente del G C O L de M c t e p c c . O n o f r e A r m i j o , t u v o u n a ac t i tud honesta en la asamblea. N o asi Espinosa, el m á x i m o d i r igente en aquel la c o y u n t u r a , qu i en , ev identemente c o m p r o m e t i d o con la po­s i c i ó n de levantar l a hue lga a como diera lugar , amenazo ve ladamente a los trabajadores con la denuncia de los re­nuentes , lo que p o d í a e n t r a ñ a r la c á r c e l , l a d e p o r t a c i ó n o el en ro l amien to forzoso en el ejerci to.

LA HUELGA TEXTIL DE 1906-1907 EN ATLIXCO 153

C o n todo , el descontento de muchos trabajadores b r o t ó e n l a tarde de ese m i s m o d o m i n g o , cuando u n grupo m a n i ­f e s t ó a sus dir igentes su rechazo al l audo y su d e t e r m i n a c i ó n de n o regresar al t rabajo. C o m o é s t o s no l og ra r an conven­cerlos, dec id ie ron i r todos a la casa del jefe M a c h o r r o para c o m u n i c a r l e la nueva r e s o l u c i ó n . A l escucharla, el cacique a m e n a z ó con "co lga r uno por u n o " al " g r u p o de escandalo­sos" , palabras que av iva ron la fu r ia de los trabajadores, i m ­p u l s á n d o l o s a lanzarse sobre el z a g u á n donde a q u é l estaba p a r a d o , unos desenvainando sus cuchil los y otros a p o d e r á n ­dose de las piedras de la calle. C o n el rostro l í v i d o , el jefe p o l í t i c o se r e t r a c t ó en el acto, j u r a n d o a los inconformes que el l audo no iba a fijarse en n i n g u n a f á b r i c a del d is t r i to a su m a n d o , p o r lo que todos p o d í a n en t rar " l i b r e m e n t e " a t ra­ba j a r al o t ro d í a . S in quitarles los cuchil los n i las piedras, M a c h o r r o d e s a r m ó comple tamente a los obreros. C o n su p r o m e s a y su g ran astucia e c h ó po r t i e r ra el a rgumen to que e s g r i m i e r o n para negarse a reanudar sus faenas.

Pese a que Ignac io M a c h o r r o — d i j o M é n d e z — c u m p l i ó su j u r a m e n t o " n o fijando el laudo p o r f i r i a n o en el in te r io r de n i n g u n a f á b r i c a de A t l i x c o " , las actividades no se n o r m a ­l i z a r o n sino hasta el transcurso de la tercera semana de ene­r o . E n ello i n f l u y ó la e m i g r a c i ó n , el descontento y , en a lgu­nos casos, el ocu l tamien to o la h u i d a de trabajadores. E l lunes 7 los obreros de E l C a r m e n se negaron de plano a en­t r a r a la f a c t o r í a y en E l V o l c á n no se p r e s e n t ó el 2 5 % de los operar ios . E n E l L e ó n las labores se r egu la r i za ron hasta l a s iguiente semana, cuando finalmente se comple ta ron los t rabajadores " d e v e l a d a " . 3 4

Para atraer a los trabajadores, en la f á b r i c a San A g u s t í n se c o m e n z a r o n a faci l i tar "vales para la t i enda y d inero en e f e c t i v o " a los operarios que lo p e d í a n ; pero po r i n d i c a c i ó n de M a c h o r r o desde el 8 de enero la m e d i d a se a m p l i ó y se m o d i f i c ó . L a a m p l i a c i ó n cons i s t i ó en dar d ia r i amente a los obreros de todas las f á b r i c a s 50 centavos, y la m o d i f i c a c i ó n

3 4 A M A , lista de operarios que trabajan en El V o l c á n , 7 de enero de 1907; M i g u e l Serrano al jefe pol í t ico, 8, 9, 11 y 14 de enero de 1907, 1907/158/4. El País (8 ene. 1907).

154 LETICIA GAMBOA OJEDA

en que dicha ayuda, a cuenta de los jorna les , se h a r í a in te­g ramen te en d i n e r o , 3 5 evidentemente pa ra no i r r i t a r m á s a los text i leros con los repudiados vales. D e esta manera , M a ­c h o r r o fue u n elemento clave en el re in ic io de los trabajos fabri les , que p r o p i c i ó tanto con su j u r a m e n t o como con el s e ñ u e l o de la ayuda e c o n ó m i c a . Sabiendo que la miser ia em­ba rgaba a los obreros, o r d e n ó t i r a r monedas como anzuelo pa ra que los peces sedientos regresaran a las peceras. E n de­fensa del i n t e r é s de los industriales y no po r benevolencia, c o n ambas medidas se c o n g r a c i ó m o m e n t á n e a m e n t e con la clase obrera athxquense.

A l l legar a A t l i x c o la no t ic ia de la revuel ta obrera en (Dri­zaba, la j e fa tu ra p o l í t i c a d i c tó las " ó r d e n e s conducentes pa ra p reven i r o castigar los de l i to s" que p u d i e r a n cometer los trabajadores. N i confortados n i satisfechos con esta dis­p o s i c i ó n , u n grupo de comerciantes y algunos patrones m o ­v i e r o n po r separado sus influencias, l og rando u n redobla­m i e n t o del con t ro l m i l i t a r de la zona.

E l 10 de enero, 25 comerciantes se d i r i g i e r o n al jefe po l í t i ­co pa ra pedir le que ante la " s i t u a c i ó n excepc iona l" recu­r r i e r a u rgentemente al gobierno del Estado, p i d i é n d o l e " las fuerzas que comprenda necesarias para que cobi jen bajo su a u t o r i d a d y respeto la v i d a e intereses de los ciudadanos de este D i s t r i t o " . 3 6 Pero enterados q u i z á de la o p i n i ó n de M a ­c h o r r o , en el sentido de que tales temores no t e n í a n " r a z ó n de ser" , en esa m i s m a fecha le env i a ron o t ro escrito, esta vez f i r m a d o po r 54 comerciantes, cuyo conten ido merece ser a m p l i a m e n t e t ranscr i to :

Convencidos estamos del tino y buen criterio con que ha venido afrontando U d . los peligros del movimiento huelguista. Satisfe­chos t a m b i é n del tacto político con que ha tocado U d . la frente del "monstruo colectivo" para contener su brutal empuje, el cual estuvo a punto de conmover en p róx imos pasados días , nuestros intereses morales y pecuniarios [. . . ] Aun no se ha conju-

3 3 A M A , J u l i o F e r n á n d e z al jefe pol í t ico , 8 de enero de 1907, 1907/158/4.

3 6 A M A , V i l l a Hermanos y otros al jefe po l í t i co , 10 de enero de 1907, 1907/158/4.

LA HUELGA TEXTIL DE 1906-1907 EN ATLIXCO 1 55

rado el peligro que nos asecha [ • • • ] El mal ejemplo es desastroso cuando se presenta en momentos propicios, y una atmósfera sa­turada de brutales pasiones y de rencores fermentados. El ejem­plo de Río Blanco, pudiera cundir entre las masas que nos rodean, y un "golpe de mano" sería inevitable, puesto que el pequeñís imo res­guardo de esta plaza sería insuficiente para rechazar un atenta­do contra el comercio y las familias. Hemos visto el valor civil y personal que U d . ha desplegado en las circunstancias a n ó m a ­las que se le han presentado, pero sería temeraria una lucha desi­gual. Nuestros propios [. . . ] elementos tampoco bas ta r ían para ayudarlo a U d . a la defensa de nuestros intereses sociales, por­que en dichos elementos no hallaría U d . disciplina ni táctica mil i tar . Estas consideraciones nos impelen a suplicarle a U d . que se digne ocurrir al Superior Gobierno del Estado, en de­manda de un auxilio que nos resguarde, sin que por esto deje­mos de contribuir con nuestro contingente. 3 7

Esta segunda carta del comerc io local revelaba m i e d o , desprecio, pr isa y planes violentos para contener al " m o n s ­t r u o c o l e c t i v o " . Para evi tar lo que es t imaban u n i n m i n e n t e a taque a sus personas e intereses, los comerciantes incluso of rec ie ron su p r o p i o " c o n t i n g e n t e " de improvisados defen­sores. U n a de las p r imeras f i rmas , en ambos escritos, era la de l e s p a ñ o l Secundino V i l l a , d u e ñ o de la t ienda de raya de E l L e ó n .

A u n q u e con menos a la rma y e x a g e r a c i ó n , los mismos planes se expresaban en o t ra carta , t a m b i é n del 10 de enero, q u e el f r a n c é s A d r i á n R e y n a u d — u n o de los representantes de los empresarios poblanos duran te el confl ic to, copropieta­r i o de la f á b r i c a E l L e ó n — e n v i ó a su colega Fé l ix M a r t m o , i m p o r t a n t e accionista de la C I A S A (Metepec ) , radicado en la c i u d a d de M é x i c o . C o n el antecedente del m o t í n en O r i z a b a y reconociendo que en Puebla h a b í a "bastante t ropa para sofocar cua lqu ie r de so rden" , solicitaba a D í a z gestionar el e n v í o de soldados a T i axca l a y A t l i x c o , pues los que a h í se t e n í a n no bastaban. Ca lcu laba que habiendo de 15 a 20 r u ­rales en Metepec y de 3 a 5 en las otras f á b r i c a s de A t l i x c o ,

3 7 A M A , Flaviano E s p a ñ a y otros al jefe pol í t ico, 10 de enero de 1907, 1907/158/4 (subrayados nuestros).

156 LETICIA GAMBOA OJEDA

el con jun to era insuficiente para enfrentar a mas de 3 000 operar ios . " C o n v i e n e pues —ped ia en concreto— que vea U d . a D o n L u i s Barroso y le supl ique hable con el S e ñ o r C o ­r r a l y obtenga e n v í o de tropas federales bastante numerosas p a r a sofocar cualquier m o v i m i e n t o " . 3 8

Fue a r a í z de estas presiones y no de signos graves de agi­t a c i ó n obrera que en A t l i x c o se e s t a b l e c i ó t a r d í a m e n t e u n a "especie de estado de s i t i o " , parecido al que desde el d í a de l a revuel ta e s p o n t á n e a se h a b í a establecido en O r i z a b a . A p a r t i r del 11 de enero se g i r a r o n u n a serie de disposiciones tendientes a ejercer una v ig i l anc ia y u n cont ro l estricto sobre el p ro le ta r iado at l ixquense. A l g u n a s de esas ó r d e n e s se d i r i ­g i e r o n al agente de seguridad p ú b l i c a , para que not i f icara a las p u l q u e r í a s de la c iudad , a los "vendajes o changar ros" y a las " fondas y figones" la o b l i g a c i ó n de observar ciertas medidas duran te los d í a s 12, 13 y 14. D e esta manera , " L a B u l l a " , " E l Es fue rzo" , " E l I m p e r i o del A m o r " , " E l D e l i t o de l A m o r " , " L a R e v o l u c i ó n " , " E l B r i n d i s " , " E l R e y que R a b i ó " y otras 26 p u l q u e r í a s de nombres menos ocurrentes, aca ta ron j u n t o con 75 expendios de l i co r y 15 fondas, la or­den de cerrar el s á b a d o a las 5 de la tarde y el d o m i n g o y lunes a las 12 del d í a ; de negar la venta de sus productos a t o d o " a l c o h o l i z a d o " , y de no consentir reuniones de m á s de tres i n d i v i d u o s . 3 9

O t r a m e d i d a fue la estrecha v ig i l anc ia en los c á s e n o s de las f á b r i c a s y en estas mismas . Los informes de M i g u e l Se­r r a n o , u n o de los jueces de paz de E l L e ó n , regularmente enviados al jefe po l í t i co du ran t e los p r imeros d í a s de labo­res, f o r m a r o n par te , po r e jemplo , de dichas medidas, v igen­tes hasta fines de enero. Francisco Bocardo , el o t ro juez de paz de E l L e ó n , e n v i ó a M a c h o r r o u n in fo rme fechado el 22 de enero donde le comun icaba :

[. . . ] el domingo 20 del presente andubo en esta el G. Alfonso Recendiz y andubo con varios obreros de esta si andubo tratan-

3 8 A G N , Gobernación, 817, A d r i á n Reynaud a Fél ix M a r t i n o , 10 de enero de 1907.

3 9 A M A , el jefe po l í t i co a C r i s t ó b a l Pul ido , circulares del 11 de enero de 1907, 1907/158/4.

LA HUELGA TEXTIL DE 1906-1907 EN ATLIXCO 157

do lo de la huelga no lo se, se lo comunico a U d por que como es uno de los que pertenecen a la mesa de obreros pueda ser que haya t r a ído algo. 4 0

Por supuesto, la m á s efectiva med ida fue la m o v i l i z a c i ó n de las fuerzas armadas. D e una o rden del 12 de enero se des­p r e n d e que en las c e r c a n í a s de cada f á b r i c a se apostaron nuevos grupos armados, pues tanto hombres como f á b r i c a s h a b í a n rec ib ido la orden de encabezar estos grupos , encar­gados de la defensa de los "intereses sociales". Las fuerzas locales se engrosaron, a d e m á s , con 42 hombres procedentes de l cercano m u n i c i p i o de A t z i t z i h u a c a n , quienes l l egaron los d í a s 12 y 13 para "pres ta r a u x i l i o " . A s i m i s m o , 25 ele­men tos del P r i m e r C u e r p o R u r a l de la F e d e r a c i ó n fueron estacionados desde el 16 de enero en Metepec , a l o j á n d o l o s el a d m i n i s t r a d o r de la f á b r i c a . 4 1 E n estas circunstancias, n i n g u n a chispa de r e b e l i ó n obrera p o d í a volverse l l amara­da ; a h í estaban los medios para apagarla d raconianamente , c o m o en O r i z a b a .

L A INVOLUCIÓN DE LA ORGANIZACIÓN OBRERA

E n el ú l t i m o p u n t o de su laudo Por f i r io D í a z se r e t r a c t ó de u n a parte de su reciente p o l í t i c a l abora l : l a del derecho de hue lga . L a o t r a parte, sobre la o r g a n i z a c i ó n de los trabaja­dores, se m a n t u v o en cuanto a f o r m a pero no en el conteni ­d o . L o s C í r c u l o s de Obreros L ibres se es fumaron por la re­p r e s i ó n que en dist intos grados se e j e r c ió con t ra sus bases y d i r igen tes .

D e l oficio de Francisco Bocardo a M a c h o r r o , ci tado an­tes, se inf iere que al menos hasta el 20 de enero Alfonso Re-s é n d i z , q u i e n fuera secretario del G C O L de E l L e ó n , h a b í a

4 0 A M A , Francisco Bocardo al jefe pol í t ico , 22 de enero de 1907, 1907/158/4.

4 1 A M A [ f i rma ilegible] a M . Solís , T . P é r e z , A . V i ñ a l e s , T . L ó p e z , F. S u á r e z , C . L e ó n y D . Flores, circulares del 12 de enero de 1907 [ f i rma i legible] al agente de seguridad p ú b l i c a en Metepec, 1907/158/4.

158 LETICIA GAMBOA OJEDA

permanec ido en la c landest in idad. A los dos d í a s , los n o m ­bre de A n t o n i o Espinosa, J o a q u í n C r u z y A . R o l d a n (por M i g u e l R o l d á n ) , se apun ta ron en u n a l ista negra de los "ca­becil las p r i nc ipa l e s " de la huelga, r e m i t i d a al m i n i s t r o de G o b e r n a c i ó n R a m ó n C o r r a l , por parte del p r o m i n e n t e em­presar io L u i s Barroso A r i a s , u n o de los fundadores de M^ete-pec. E n febrero, varios obreros de cuatro f á b r i c a s escribie­r o n al jefe po l í t i co para exponerle el asunto de la deuda c o n t r a í d a du ran te la huelga; pero ya no lo h i c i e ron a n o m ­bre del G C O L . E n t r e los 16 firmantes, sólo u n o — J u l i á n L o -zada— h a b í a sido de la d i rec t iva de E l L e ó n . F ina lmen te , consul tando los padrones disponibles de 1908 y 1909 (no los hay sobre 1907), el ú n i c o n o m b r e de a l g ú n d i r igen te que a h í aparece es el de Al fonso R e s é n d i z , q u i e n se m u d ó de E l L e ó n a M e t e p e c . 4 2

E n la c iudad de Puebla , el 12 de enero, el segundo G C O L fue de hecho l i q u i d a d o , al prosperar la i n i c i a t i v a de Pascual M e n d o z a para cambia r su n o m b r e al de G r a n Confedera­c i ó n N a c i o n a l de Obre ros "Es teban A n t u ñ a n o " ; pero sobre todo l i q u i d a d o po r el t e rminan te acuerdo de la mesa d i rec t i ­v a de esta a g r u p a c i ó n , respecto a la p r o h i b i c i ó n de las huel­gas. 4 3 A s í , la hga anter ior resucitaba bajo u n a denomina­c i ó n l i g e r a m e n t e d i s t i n t a , p r o m o v i d a p o r l í d e r e s a r repent idos o acobardados de su pasado m á s i nmed ia to .

U n a sociedad l l amada C i r c u l o Fra te rna l de Obreros ( C F O ) se f u n d ó en A t l i x c o en nov i embre de 1907 con el le­m a : " U n i ó n , Pa t r i a y Progreso ' . Sus pr incipales directores e ran L e a n d r o A g u i l a r , P á n f i l o M é n d e z , L u i s A g u i l a r y V i c ­t o r i a n o Sant iago, dos de los cuales v i v í a n en Metepec . E l C F O signif icaba u n paso a t r á s con respecto a los C í r c u l o s de O b r e r o s L i b r e s , ya que sus fines se l i m i t a b a n a "aux i l i a r se r e c í p r o c a m e n t e en las vicisi tudes de la v i d a y t rabajar para f o r m a r u n a caja de ahorros y con ella proteger al socio en los casos de necesidad y c o n f l i c t o " . Descansando " e n el mu-

4 2 A G N , Gobernación, 817, Luis Barroso Arias al M i n i s t r o de Gober­n a c i ó n , 24 de enero de 1907, anexo: " N o m b r e s de los cabecillas p r i n ­cipales" .

43 r . » r i . r i t A , 1Q01 1^4. C r A K C l A U 1 A Z , I j í S l , PP- 1 J J - 1 J T .

LA HUELGA TEXTIL DE 1906-1907 EN ATLIXCO

tuahsTno cooperativo y sobre todo en el ahorro ya sea i n d i v i d u a l o c o l e c t i v o " , los socios del C F O t e n í a n dos " g a r a n t í a s " p r i ­m o r d i a l e s : auxi l ios po r enfermedad ( m é d i c o , medicinas y a l imen tos ) e i n t e r m e d i a c i ó n ante la empresa y las au tor ida­des " p a r a tener p a c í f i c a m e n t e u n a r e p a r a c i ó n " en caso de r e c i b i r " m o l e s t i a s " en el t rabajo, ya fuese " a u m e n t á n d o l e s ho ra s r e b a j á n d o l e s j o r n a l o sea den ig rando su d i g n i d a d po r a l g ú n e m p l e a d o " . 4 4 A u n q u e R o d n e y A n d e r s o n s e ñ a l a que a p r i n c i p i o s de 1908 el l í d e r del C F O era Samuel R a m í r e z , u n m i l i t a n t e magonis ta que sin m a y o r é x i t o h a b í a d isputado a J o s é M o r a l e s el con t ro l del G C O L en O r i z a b a , no por ello c a m b i ó el c a r á c t e r de aquel la a g r u p a c i ó n ; en real idad, el q u e h a b í a cambiado desde la d i spu ta con M o r a l e s era R a m í ­r ez . Poco antes de la hue lga y en su presunta cal idad de nue­v o d i rec tor del G C O L R a m í r e z h a b í a comunicado a d o n P o r f i r i o su d i s p o s i c i ó n " a man tene r no sólo el o rden entre sus asociados, sino a proseguir con el m i s m o celo la a d h e s i ó n q u e h a b í a t en ido su antecesor pa ra con las au to r idades" . M^ás t o d a v í a , R a m í r e z l l egó a condenar la revuel ta de O r i ­zaba , g i r ando u n te legrama desde Puebla el 9 de enero al go­b e r n a d o r de V e r a c r u z , donde le d e c í a : " I n f o r m a d o dis tur­b ios R í o Blanco y dadas las s i m p a t í a s de obreros, v o y a c a l m a r los á n i m o s pues de seguir deshonran a la p a t r i a " . 4 5

E n los ú l t i m o s a ñ o s del p o r f i r i a t o , no todos los conflictos laborales en A t l i x c o s iguieron u n curso " p a c í f i c o " . E n oca­s i ó n de u n a p e t i c i ó n ignorada , los obreros de Metepec ape­d r e a r o n la f á b r i c a y en f o r m a igua lmente e s p o n t á n e a estalla­r o n d e s p u é s varias huelgas. Por su par te , algunos de los p r o m o t o r e s de las e f í m e r a s sucursales del G C O L en A t l i x c o v o l v i e r o n con el t i e m p o a las andadas o m á s p rop iamente c o n l a c a í d a del r é g i m e n p o r f i r i a n o ' en 1911 Alfonso R e s é n -d i z f u n g í a c o m o secretario de la Sociedad Coopera t iva de O b r e r o s L i b r e s fo rmada por texti leros de los estados de P u e b l a y T laxca l a ' en 1918 T e o d o r o Cristales era el secreta­r i o del i n t e r i o r de la F e d e r a c i ó n de Sindicatos Obreros de

4 4 A M A , volante del 1 9 de noviembre de 1 9 0 7 ; reglamento del Cen­t ro Fraternal de Obreros, s.f., 1 9 0 7 / 1 6 0 / 1 .

45 A N D E R S O N , 1 9 7 6 , pp . 2 0 0 - 2 0 1 ; G A R C Í A D Í A Z , 1 9 8 1 , pp. 1 2 4 y 1 5 2 .

LETICIA GAMBOA OJEDA

Puebla. ( F S O P ) , impu l so ra de la huelga general mas i m p o r ­

tan te en la h is tor ia del p ro le ta r iado t ex t i l poblano \ y en ese

m i s m o ano, cuando esta huelga l levaba dos meses, Onof re

A r m i j o viajo a Sal t i l lo , Goahu i l a , como delegado de la FSOP

al congreso const i tut ivo de la C o n f e d e r a c i ó n Regional Obre ­

ra Tvlexicana. 4 6 O t r a g ran bata l la , nuevas organizaciones y

l a presencia de l í d e r e s conocidos, e ran s eña l e s del a n i m o i n ­

quebran tab le de acjuellos texti leros Que once anos a t r á s ha­

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