LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL

De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustia, de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mos dos maus, o homem chega a desanimar da virtude, a rir-se da honra, a ter vergonha de ser honesto. (Rui Barbosa)LEI DE RESPONSABILIDADE FISCALLEI COMPLEMENTAR N 101, DE4 DEMAIO DE 2000.FUNDAMENTO: CRFB/88 em seu Art. 163 , que estabelece: Lei complementar dispor sobre:I - finanas pblicas; Estabelece normas de finanas pblicas voltadas para a responsabilidade na gesto fiscal e d outras providncias.Qurum para Aprovao de: Lei Complementar e Lei OrdinriaLei Ordinria = Maioria Simples

Lei Complementar = Maioria Absoluta(* CRFB/88, Art. 69. As leis complementares sero aprovadas por maioria absoluta.)

- Maioria Simples = 50% + 1 dos presentes.- Maioria Absoluta = 50% + 1 dos membros do grupo.Responsabilidade (na Gesto) Fiscal 1oA responsabilidade na gesto fiscal pressupe a ao planejada e transparente, em que se previnem riscos e corrigem desvios capazes de afetar o equilbrio das contas pblicas, mediante o cumprimento de metas de resultados entre receitas e despesas e a obedincia a limites e condies no que tange a renncia de receita, gerao de despesas com pessoal, da seguridade social e outras, dvidas consolidada e mobiliria, operaes de crdito, inclusive por antecipao de receita, concesso de garantia e inscrio em Restos a Pagar. (LRF Art.1)Antes da edio da LeiA Cmara Municipal de Jaboato dos Guararapes, na regio metropolitana do Recife j foi modelo nacional de desmando, desvio de dinheiro e inchao da mquina pblica. Tinha, at pouco mais de um ano, cerca de 1,2 mil funcionrios grande parte contratada sem concurso, que nunca apareceu no trabalho. Nos anos de 1989 e 1990, somente a presidncia da Casa chegou a dispor de 179 cargos comissionados.* Obs.: sofreu interveno estatal (1999-2000)Fonte: Jornal da Tarde (17-03-2002)Aps a Edio da LeiO Tribunal de Constas do Estado (TCE) reprovou as contas de 394 prefeituras paulistas por violao Lei de Responsabilidade Fiscal, no perodo entre janeiro e dezembro de 2002. Um total de 141 municpios recebeu parecer desfavorvel dos conselheiros das duas cmaras do TCE por emisso de restos a pagar realizao de despesas sem suficincia de caixa no exerccio em que a dvida foi assumida. Cinco prefeituras excederam gastos com pessoal, estourando o percentual legal (60% da receita corrente lquida). Cinco apresentaram dficit oramentrio. Outras 122 no cumpriram a aplicao mnima no ensino, correspondente a 25% da receita de impostos.Fonte: Jornal O Estado de So Paulo (10-1-2003)

Banco Mundial reprova hospitais brasileiros por ineficincia e m gesto

Especialistas do Banco Mundial (Bird) reprovaram os hospitais brasileiros pblicos e particulares. Segundo o relatrio "Desempenho Hospitalar Brasileiro", lanado dia 12/06, em So Paulo, a rede de hospitais do pas ineficiente, gasta mal os recursos, encarecendo os custos hospitalares. Eles defendem que o modelo sofra profundas reformas."Est claro que, para o SUS (Sistema nico de Sade) cumprir o seu papel constitucional, ele precisa de mais dinheiro. Todos os recursos adicionais so bem-vindos, mas no adianta apenas ter recursos a mais. preciso alocar melhor. Gastar bem o dinheiro. preciso haver uma interveno para melhora de qualidade",...Dos 7.426 hospitais brasileiros, apenas 56 tm selo de qualidade. Desses, 43 esto no Sudeste, oito no Sul, dois no Centro-Oeste e trs no Nordeste. Na regio Norte, no h um nico hospital com certificao de qualidade.- Os hospitais so muito caros e ineficientes. um problema sistmico, no unicamente um problema do SUS. A maioria dos hospitais ineficiente em escala e produtividade. Poderia fazer muito mais com os recursos de que dispe. Os modelos organizativos ou de governana, seja pblico ou privado, que tm mais autonomia, com responsabilizao dos gestores, so superiores em termos de desempenho do que os demais.

Fonte: http://www.cqh.org.br/?q=banco-mundial-reprova-hospitais-brasileiros-por-inefici%C3%AAncia-e-m%C3%A1-gest%C3%A3oPrincpios Constitucionais da Administrao Pblica (CRFB/88)Art. 37. A administrao pblica direta e indireta de qualquer dos Poderes da Unio, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municpios obedecer aos princpios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficincia e, tambm, ao seguinte:(Redao dada pela Emenda Constitucional n 19, de 1998) Instrumentos de Transparncia

Art. 48.So instrumentos de transparncia da gesto fiscal, aos quais ser dada ampla divulgao, inclusive em meios eletrnicos de acesso pblico: os planos, oramentos e leis de diretrizes oramentrias; as prestaes de contas e o respectivo parecer prvio; o Relatrio Resumido da Execuo Oramentria e o Relatrio de Gesto Fiscal; e as verses simplificadas desses documentos.

I incentivo participao popular e realizao de audincias pblicas, durante os processos de elaborao e discusso dos planos, lei de diretrizes oramentrias e oramentos;(Includo pela Lei Complementar n 131, de 2009).Limites com Despesa de Pessoal (Art.19)UNIOESTADOSMUNICIPIOSPoder Executivo40,90%Poder Executivo49%Poder Executivo54%Poder Judicirio6%Poder Judicirio6%Poder Legislativo (incluindo TCM)6%Poder Legislativo (incluindo TCU)2,50%Poder Legislativo(incluindo TCE)3%Ministrio Pblico0,60%Ministrio Pblico2%TOTAL50,00%TOTAL60%TOTAL60%Prefeitura de Piracicaba/SP (Antes da LRF)199920002001LIMITES DE GASTOS COM PESSOAL - 60% DA RCL (LRF ART.19,III)R$ 93.797.948,32R$ 105.063.532,12R$ 123.647.796,70GASTOS COM PESSOAL NO PERODOR$ 67.578.977,12R$ 70.587.181,13R$ 82.720.379,90PERCENTUAIS GASTOS COM PESSOAL43%40%40%Prefeitura de Piracicaba/SP (Depois da LRF)200220032004LIMITES DE GASTOS COM PESSOAL - 60% DA RCL (LRF ART.19,III)R$ 136.506.424,46R$ 146.700.360,65R$ 289.357.437,87GASTOS COM PESSOAL NO PERODOR$ 94.825.222,91R$ 102.649.142,79R$ 121.426.348,58PERCENTUAIS GASTOS COM PESSOAL42%42%42%Limite Prudencial Art. 22, Pargrafo nico - atingiu 95% / L.P.Art. 59, 1, II - ultrapassar 90% - avisoVedaes:Criar carreira, aumentar de remunerao, provimento de cargo pblico, hora extra etc...Da Fiscalizao e Controle:

Art. 59.O Poder Legislativo, diretamente ou com o auxlio dos Tribunais de Contas, e o sistema de controle interno de cada Poder e do Ministrio Pblico, fiscalizaro o cumprimento das normas desta Lei Complementar, com nfase no que se refere a: 1oOs Tribunais de Contas alertaro os Poderes ou rgos referidos no art. 20 quando constatarem:- 90% do Limite da despesa com pessoal;- Indcios de irregularidade oramentria etc...ALGUMAS PENALIDADES (359-A a 359-H)Assumir obrigaes nos oito ltimos meses do mandato sem cobertura de caixa.art.42 da LRF359 - CRecluso:1 a 4 anosOrdenar despesa no autorizada por leiarts. 15 a 17 da LRF359 - DRecluso:01 a 04 anosAumentar despesa com pessoal nos ltimos 180 dias do mandatoart. 21, pargrafo nico, da LRF359 - GRecluso:01 a 04 anosTipificaes Introduzidas pela Lei de Crimes Fiscais(Art. 5 da Lei 10.028/00 ) I n f r a o Ref. na LRF Deixar de enviar ou de divulgar o relatrio de gesto fiscal, nos prazos e condies estabelecidos em leiArts. 54 e 55Apresentar LDO sem o Anexo de Metas FiscaisArt. 4, 1No limitar a expedio de empenhos e a movimentao financeira, nos casos estabelecidos em leiArt.9Deixar de adotar medidas para se reduzir a despesa com pessoal que superou os limites mximosArts. 23 e 70continuaoInfrao Sano/Penalidade Deixar de apresentar e publicar o Relatrio de Gesto Fiscal, no prazo e com o detalhamento previsto na lei (LRF, artigos 54 e 55; Lei n 10.028/2000, art. 5, inciso I).Multa de 30% dos vencimentos anuais (Lei n 10.028/2000, art. 5, inciso I e 1).Proibio de receber transferncias voluntrias e contratar operaes de crdito, exceto as destinadas ao refinanciamento do principal atualizado da dvida mobiliria (LRF, art. 51, 2).Ultrapassar o limite de Despesa Total com Pessoal em cada perodo de apurao (LRF, art 19 e 20).Cassao do mandato (Decreto-Lei n 201, art. 4, inciso VII).Expedir ato que provoque aumento da Despesa com Pessoal nos cento e oitenta dias anteriores ao final do mandato do titular do respectivo Poder ou rgo (LRF, art. 21).Nulidade do ato (LRF, art. 21, nico);Recluso de um a quatro anos (Lei n 10.028/2000, art. 2)continuaoDeixar de adotar as medidas previstas na LRF, quando a Despesa Total com Pessoal do respectivo Poder ou rgo exceder a 95% do limite (LRF, art. 22).Recluso de um a quatro anos (Lei n 10.028/2000, art. 2).Proibies previstas em lei (LRF, art. 22, nico).No cumprir limite de Despesa Total com Pessoal em at dois anos, caso o Poder ou rgo tenha estado acima desse limite em 1999 (LRF, art. 70).Proibio de receber transferncias voluntrias, contratar operaes de crdito e de obter garantias (LRF, art. 23, 3). Cassao do mandato (Decreto-Lei n 201, art. 4, inciso VII).STJ recebe denncia contra Roriz por descumprir Lei de Responsabilidade Fiscal

Braslia, 6/6/2003 (Agncia Brasil - ABr) - Ser reautuado como ao penal o inqurito contra o governador Joaquim Roriz, do Distrito Federal em trmite na Corte Especial do Superior Tribunal de Justia (STJ). O Ministrio Pblico Federal ofereceu denncia contra o governador por descumprimento Lei de Responsabilidade Fiscal, porque no inqurito que investigava as condies das contas pblicas do governo do DF quanto aos gastos em sade foi verificado um decrscimo sensvel e injustificado na qualidade da prestao dos servios nessa rea, fato questionado pelo Tribunal de Contas do DF.Fonte: http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2003-06-06/stj-recebe-denuncia-contra-roriz-por-descumprir-lei-de-responsabilidade-fiscalSANTA LUZIA: Descumprimento da Lei de Responsabilidade Fiscal motiva aes contra prefeito

Em razo de no ter disponibilizado cpias da prestao de contas do exerccio de 2010 Cmara de Vereadores do municpio de Santa Luzia, o Ministrio Pblico do Maranho interps, em 22 de junho, duas Aes Civis Pblicas contra o prefeito de Santa Luzia, Mrcio Leandro Antezana Rodrigues. As manifestaes foram propostas pelo promotor de Justia Joaquim Ribeiro de Souza Junior.

Numa ao, o MPMA pede que as contas sejam entregues Camara Municipal para o conhecimento da populao. A outra visa combater o ato de improbidade administrativa cometido pelo gestor.(Art.49)Fonte: http://www.mp.ma.gov.br/index.php/lista-de-noticias-gerais/3148-noticia-santa-luzia--descumprimento-da-lei-de-responsabilidade-fiscal-motiva-ares-contra-prefeitoTCE multa Severino Cavalcanti (PP) pela terceira vezEx-presidente da Cmara descumpriu LRF na prefeitura de Joo Alfredo

O ex-presidente da Cmara dos Deputados, Severino Cavalcanti (PP), 83 anos, foi multado, pela terceira vez, pelo TCE-PE (Tribunal de Contas do Estado de Pernambuco), por descumprimento da Lei de Responsabilidade Fiscal quando prefeito de sua cidade natal, Joo Alfredo, no agreste, no perodo 2009-2012.A Primeira Cmara do TCE julgou irregular a gesto fiscal da prefeitura relativa ao 2 quadrimestre de 2012 e o relator do processo, conselheiro Valdecir Pascoal, aplicou uma multa de R$ 16.800, o correspondente a 30% dos vencimentos recebidos pelo gestor no perodo de aferio (quadrimestral).Durante toda a sua gesto, o ex-prefeito nunca cumpriu a LRF, que limita os gastos com pessoal a 54% da receita. No perodo eleitoral de 2010, este porcentual alcanou 78,64%. A prefeitura teve suas contas bloqueadas duas vezes, no ano passado, pela Justia.Fonte: http://noticias.r7.com/brasil/tce-multa-severino-cavalcanti-pp-pela-terceira-vez-22042013

Ex-prefeito multado pelo TCE em R$ 1,7 mil por descumprir transio

O ex-prefeito de Baro de Melgao Marcelo Ribeiro Alves (PSD), marido da ex-deputada estadual Chica Nunes, foi multado em R$ 1,7 mil, equivalentes a 33 UPF, pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE), por no enviar documentos ao controle externo e descumprir regras de transio governamental. O processo foi julgado ontem (13) e relatado pelo conselheiro Valter Albano.Fonte: http://www.rdnews.com.br/blog/print/tce-multa-ex-prefeito-em-r-1-7-mil-por-descumprir-transicaoTCE-PB imputa dbito de mais de R$ 139 mil a ex-prefeito de Serra Branca

O Tribunal de Contas do Estado da Paraba desaprovou, nesta quarta-feira (26), as contas do exerccio financeiro de 2010 da Prefeitura Municipal de Serra Branca. Entre as irregularidades apontadas pelo TCE-PB est o descumprimento das disposies da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). Tambm foram detectadas aberturas de crditos extraordinrios com incorrees, divergncia na informao da receita e em valores de convnios federais firmados em 2010.Ex-prefeito Hlio condenado a ressarcir cofres - (12 X sal.), fora do cenrio poltico at 2021.

Na sentena, Hlio tambm est proibido de firmar contrato com o poder pblico ou receber benefcios ou incentivos fiscais. Na ao, o Ministrio Pblico (MP) atribui ao ex-prefeito a m gesto do Oramento, com violao da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).Com a folha de pagamento da Prefeitura, a apurao demonstrou gastos acima do limite legal, da ordem de 54,7%, o que representou diferena de R$ 8,8 milhes. A LRF impe que o limite de gastos seja de 54%.Fonte: http://correio.rac.com.br/_conteudo/2013/07/capa/campinas_e_rmc/77499-ex-prefeito-helio-e-condenado-a-ressarcir-cofres.htmlQuem pode denunciar?Art. 73-A.Qualquer cidado, partido poltico, associao ou sindicato parte legtima para denunciar ao respectivo Tribunal de Contas e ao rgo competente do Ministrio Pblico o descumprimento das prescries estabelecidas nesta Lei Complementar.(Includo pela Lei Complementar n 131, de 2009).