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LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL LRF

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LEI DE

RESPONSABILIDADE FISCAL

LRF

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A Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) estabelece normas de finanças públicas voltadas para a responsabilidade na gestão fiscal, com amparo no Capítulo II, do Título VI, da Constituição Federal (Art. 1º da LRF).

Responsabilidade na gestão fiscal pode ser traduzida como atuação responsável na arrecadação das receitas e realização das despesas públicas. Percebe-se que quer-se impor novo padrão de conduta fiscal dos gestores, tendo como pressupostos:

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1. Ação Planejada e transparenteDe forma a PREVENIR RISCOS e CORRIGIR

DESVIOS que possam afetar o equilíbrio entre receitas e despesas.

Para que se atinja tal objetivo, a LRF estabelece regras a serem observadas quanto a:

Cumprimento de metas de resultados entre receitas e despesas;

Obediência a limites e condições, nos casos de:Renúncia de receitas; geração de despesas

(incluindo pessoal, seguridade e outras); despesas com dívidas consolidada e mobiliária; realização de operações de crédito, inclusive por antecipação de receita; concessão de garantia e inscrição em Restos a Pagar.

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“A LRF aplica-se a todos os entes da Federação (União, Estados , Municípios e Distrito Federal) e, no âmbito de cada um deles, suas regras devem ser observadas por todos os Poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário) e órgãos constitucionais (Ministério Público e Tribunal de Contas, exceto as chamadas empresas estatais não-dependentes,”

IMPORTANTE: Empresa controlada: Sociedade cuja maioria do

capital social com direito a voto pertença, direta ou indiretamente , a ente da Federação.

Empresa estatal dependente: Empresa controlada que receba do ente controlador recursos financeiros para pagamento de despesas com pessoal, de custeio em geral ou de capital, excluídos, último caso, aqueles provenientes de aumentos de participação acionária.

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RECEITA CORRENTE LÍQUIDAA LRF estabelece diversos limites. TODOS têm

como parâmetro a chamada Receita Corrente Líquida (RCL).

Portanto, é fundamental identificarmos o seu conceito, a fim de que possamos calculá-los corretamente.

A RCL será composta dos seguintes itens de receitas:

Tributárias; de Contribuições; Patrimoniais; Industriais; Agropecuárias; Serviços; Transferências Correntes; outras Receitas Correntes.

Ver deduções: Art. 2º , IV, a, b, c.

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No âmbito da União:1. Valores transferidos aos Estados e Municípios

por determinação constitucional ou legal;2. Contribuições do empregador e do trabalhador e

demais segurados para a seguridade social (art. 195, inciso I , alíena a e inciso II da CF);

3. Contribuições para o Programa de Integração Social – PIS e para o Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público – PASEP (art. 239 da CF);

4. Contribuição dos servidores para o custeio do seu sistema de previdência e assistência social;

5. Receitas provenientes da compensação financeira entre os diversos regimes de previdência social (art. 201, § 9º da CF).

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No âmbito dos Estados:1. Parcelas entregues aos Municípios por

determinação constitucional;2. Contribuição dos servidores para o custeio do

seu sistema de previdência e assistência social;3. Receitas provenientes da compensação

financeira entre os diversos regimes de previdência social (art. 201, §9º da CF).

No âmbito dos Municípios:1. Contribuição dos servidores para o custeio do

seu sistema de previdência e assistência social;2. Receitas provenientes da compensação

financeira entre os diversos regimes de previdência social (art. 201, § 9º da CF).

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No âmbito do Distrito Federal e dos Estados do Amapá e Roraima:

1. Recursos transferidos pela União na forma dos incisos XIII e XIV, do art. 21, da Constituição Federal e do art. 31 da Emenda Constitucional nº 19, para custear despesas com pessoal.

IMPORTANTE PARA PROVA: Note-se que na União são deduzidos os valores

transferidos por determinação “constitucional” ou “legal”; enquanto que nos Estados são deduzidos apenas as parcelas entregues aos Municípios por determinação “constitucional”.

A RCL dever ser apurada, sempre, considerando-se o período de doze meses, ou seja, o mês em referência e os onze anteriores.

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IMPORTANTE: As duplicidades devem ser excluídas da RCL da União, Estados, Municípios e Distrito Federal (art. 2º, 3º, LRF)

 Embora não conste expressamente da LRF, outra

dedução deve ser realizada na RCL: o cancelamento de Restos a Pagar. Desde que o ente adote o mecanismo previsto na Lei 4.320/64, essa operação tem como contrapartida receita orçamentária, e serve apenas para compatibilizar, contabilmente, os sistemas orçamentário e financeiro.

RECEITA: A LRF estabelece como requisito essencial, para responsabilidade na gestão fiscal, que o ente institua, preveja e arrecade, efetivamente, todos os tributos de sua competência. Trata-se de medida que busca incrementar as receitas próprias, como forma de reduzir a grande dependência, sobretudo dos Municípios, das transferências fiscais.

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IMPORTANTE: Caso o ente da Federação não cumpra essa regra, no que se refere aos impostos, ficará proibido de receber transferências voluntárias.

As previsões de receita, segundo a LRF, deverão observar o seguinte: VER ART. 12

IMPORTANTE: A reestimativa de receita, por parte do Poder Legislativo, só será admitida se comprovados erro ou omissão de ordem técnica ou legal (art. 12, §1° da LRF)

O Poder Executivo deverá, no mínimo trinta dias antes do prazo final para encaminhamento de suas propostas orçamentárias, disponibilizar para os Poderes Legislativo (incluindo os Tribunais de Contas), Judiciário e o Ministério Público, os estudos e as estimativas das receitas para o exercício Subsequente, inclusive da RCL, acompanhados das respectivas memórias de cálculo.

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A LRF trata a renúncia de receitas como se fosse uma despesa. É o que chamamos de gasto tributário.

Para efeitos da lei, consideram-se renúncia de receitas:

anistia;Remissão;Subsídio;Crédito presumido;Concessão de isenção em caráter não geral;Alteração de alíquota ou modificação de base de

cálculo que implique redução discriminada de tributos ou contribuições;

Outros benefícios que correspondam a tratamento diferenciado.

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1. Anistia:Constitui-se em uma das cláusulas excludentes do

crédito tributário, que abrange as infrações cometidas antes da vigência da lei que a concede.

Pode ser concedida em caráter geral ou limitado, sendo o primeiro caso concedido por lei que alcança tributos e penalidades, dirigidos a contribuintes em situação idêntica, sem quaisquer exigências, de modo absoluto e indistintamente, uma vez que encontra amparo no princípio da legalidade. Já a anistia em caráter limitado pode se concedida em cada caso, submetido ao exame da autoridade fiscal competente.

Cabe ressaltar que os atos criminosos, contravencionais ou os praticados com dolo, fraude ou simulação, bem como as infrações resultante de concluio, não podem ser contemplados ou beneficiados com o instituto da anistia.

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2. RemissãoConfigura-se em perdão da dívida, desonerando o

devedor e seus co-responsáveis da obrigação de pagamento. O ato de remissão deve ser gratuito e obriga o credor a abster-se de usar o direito de ação para o cumprimento, ou seja, a ação de remitir ou perdoar a dívida consiste na renúncia do credor do direito de recebê-la ou de usar da ação para exigi-la.

3. SubsídioConsiste em incentivo, reforço ou auxílio e revela todas

as ações que visam a socorrer determinadas situações em que o Estado entenda imprescindível ao cumprimento de suas obrigações constitucionais, qual seja, a satisfação das necessidades públicas.

No campo administrativo, o subsídio consiste na subvenção de recursos que o Estado concede a outro por meio de acordo ou convenções, arbitrando ou subscrevendo tais recursos com o fim de realização de obra de interesse público.

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4. Crédito PresumidoDecorre da conversão de incentivo, consistindo em

uma forma indireta de exoneração fiscal, por meio da qual a legislação concede, por exemplo, ao contribuinte do IPI um crédito fictício (presumido), visando a ressarcir o ônus do imposto sobre determinada operação, como os incentivos atribuídos a programas realizados nas áreas de atuação da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste – SUDENE e Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia – Sudam, no caso do trabalhador com relação ao IPI. Neste caso, atua o crédito como incentivo fiscal ao desenvolvimento das regiões influenciadas por aqueles organismos regionais.

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5. Concessão de isenção em caráter não-geralConsiste em causa excludente do crédito tributário que

dispensa o sujeito passivo do pagamento do tributo devido. Efetuada por expressa disposição legal nos termos do Código Tributário Nacional, a isenção impede que o lançamento seja materializado, pois a atividade vinculada ao lançamento é obstada legalmente, não se concretizando.

A Constituição Federal trata dessa matéria no campo do interesse social ou econômico, definindo que “qualquer redução ou isenção, redução da base de cálculo, concessão de crédito presumido, anistia ou remissão, relativos a impostos, taxas ou contribuições, só poderá ser concedido mediante lei específica federal, estadual ou municipal, que regule exclusivamente as matérias acima enumeradas ou o correspondente tributo ou contribuição, cabendo à lei complementar regular a forma como, mediante deliberação do Estados e do Distrito Federal, isenções, incentivos e benefícios fiscais serão concedidos e revogados” (art. 155, §2º, XII, da CF/88).

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A concessão de isenção em caráter não-geral obriga à autoridade administrativa competente efetivá-la mediante despacho, uma vez preenchidos os requisitos legais (art. 178 do CTN).

6. Alteração de alíquota ou base de cálculo: redução de tributo ou contribuição

A alíquota consiste num percentual que, aplicado à base de cálculo, dá surgimento ao montante devido pelo contribuinte, corroborando, portanto, em elemento de quantificação e gradação do dever tributário, proporcional à capacidade contributiva do sujeito passivo.

Dessa forma, na dimensão econômica decorrente de uma variável quantitativa expressa na lei, configura-se como base de cálculo a expressão de grandeza material ou monetária na qual incidirá a hipótese apontada pela lei dentre aquelas inerentes ao fato gerador, a aplicação da alíquota.

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As reduções do quantum relativo a tributo ou contribuições , portanto, serão decorrentes das reduções da base de cálculo e de alíquotas decorrentes do modo de calcular o conteúdo pecuniário do dever tributário, determinando uma forma redutora parcial e libertatória do dever de pagamento à generalidade dos contribuintes, como incentivo à atividade produtiva.

7. Outros benefícios que correspondam a tratamento diferenciado.

Art. 146,III, c, da CF/88; Art. 14 da LRF.

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A renúncia de receitas, através da concessão ou ampliação de incentivo ou benefício de natureza tributária, só poderá concretizar-se, caso venha acompanhada da estimativa do impacto orçamentário-financeiro, no exercício que deva entrar em vigor e nos dois seguintes; atender ao disposto na LDO e, ainda, preencher um dos seguintes requisitos (art. 14 da LRF): [...].

IMPORTANTE: A LRF considera aumento de receita, apenas aquela proveniente de: elevação de alíquota; ampliação de base de cálculo; majoração ou criação de tributo ou contribuição.

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As regras de compensação para renúncia de receitas não se aplicam aos seguintes casos:

Alteração das alíquotas dos impostos incidentes sobre: importação de produtos estrangeiros; exportação, para o exterior, de produtos nacionais ou nacionalizados; produtos industrializados; operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativas a títulos ou valores mobiliários (art. 153, I,II, IV e V da CF); cancelamento de débito, cujo montante seja inferior aos custos de cobrança.

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Anexo de Metas Fiscais (AMF)O AMF demonstrará como será a condição da

política fiscal para os próximos exercícios e avaliará o desempenho fiscal dos exercícios anteriores. Desta forma, o AMF fixará as metas de Receita, Despesa, Resultado Primário e Nominal e montante da dívida pública a ser observado no exercício financeiro a que se refere, além de sinalizar com metas fiscais para os dois exercícios seguintes.

Ver também o art. 4º da LRF. É primordial, para a elaboração do AMF, o domínio

dos conceitos de resultado primário e nominal, renúncia de receita e margem de expansão.

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Anexo de Metas Fiscais deve conter:1. Metas anuais, em valores correntes e

constantes, relativas a receitas, despesas, resultados nominal e primário e montante da dívida pública, para o exercício a que se referirem e para os dois seguintes (art. 4º, § 1º).

2. Avaliação do cumprimento das metas relativas ao ano anterior (art. 4º, § 2º, inciso I).

3. Demonstrativo das metas anuais, instruído com memória e metodologia de cálculo que justifiquem os resultados pretendidos, comparando-as com as fixadas nos três exercícios anteriores, e evidenciando a consistência delas com as premissas e os objetivos da política econômica nacional (art. 4º, § 2º, inciso II);

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4. Evolução do patrimônio líquido, também nos últimos três exercícios, destacando a origem e a aplicação dos recursos obtidos com a alienação de ativos (art. 4º, § 2º, inciso III);

5. Avaliação da situação financeira e atuarial dos regimes de previdência social geral e próprio dos servidores públicos e do Fundo de Amparo ao Trabalhador, assim como dos demais fundos públicos e programas estatais de natureza atuarial (art. 4º, § 2º, inciso IV, alíneas a e b);

6. Demonstrativo da estimativa e compensação da renúncia de receitas e da margem de expansão das despesas obrigatórias de caráter continuado (art. 4º, § 2º, inciso V).

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Resultado Primário:RP indicará se os níveis de gastos orçamentários dos entes federativos

são compatíveis com sujas arrecadações, ou seja, se as receitas não-financeiras são capazes de suportar as despesas não-financeiras.

a) Receitas não-financeiras – RNF: corresponde ao total da receita orçamentária deduzidas as operações de crédito, as provenientes de rendimentos de aplicações financeiras e retorno de operações de crédito (juros e amortizações), recebimento de recursos oriundos de empréstimos concedidos, as receitas de privatização e aquelas relativas a superávits financeiros.

Para evitar dupla contagem, não devem ser consideradas como receitas não –financeiras as provenientes de transferências entre as entidades que compõem o Ente federativo.

b) Despesas não- financeira – DNF: corresponde ao total da despesa orçamentária deduzidas as despesas com juros e amortização da dívida interna e externa, com aquisição de títulos de capital integralizado e as despesas com concessão de empréstimos com retorno garantido.

RNF MAIOR DNF = Superávit primárioRNF MENOR DNF = Déficit PrimárioRNF = DNF = Resultado Nulo.

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CONCEITOS DA LRF: RESULTADOS PRIMÁRIO E NOMINALReceitas Primárias (I) – Correspondem ao total das receitas orçamentárias

deduzidas as operações de crédito, as provenientes de rendimentos de aplicações financeiras e retorno de operações de crédito (juros e amortizações), o recebimento de recursos oriundos de empréstimos concedidos e as receitas de privatizações. O resultado dessa operação será utilizado para o cálculo do resultado primário.

Despesas Primárias (II) – Correspondem ao total das despesas orçamentárias deduzidas as despesas com juros e amortização da dívida interna e externa, com a aquisição de títulos de capital integralizado e as despesas com concessão de empréstimos com retorno garantido. O resultado dessa operação será utilizado para o cálculo do resultado primário.

Resultado Primário (III) = (I – II) – Indica se os níveis de gastos orçamentários dos entes federativos são compatíveis com a sua arrecadação, ou seja, se as Receitas Primárias são capazes de suportar as Despesas Primárias. A finalidade do conceito de Resultado Primário é indicar se os níveis de gastos orçamentários dos entes federativos são compatíveis com sua arrecadação, ou seja, se as Receitas Primárias são capazes de suportar as Despesas Primárias.

Resultado Nominal – Representa a diferença entre o saldo da dívida fiscal líquida em 31 de dezembro de determinado ano em relação ao apurado em 31 de dezembro do ano anterior.

 

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Exemplo de Resultado primário: é a diferença entre receitas e despesas primárias, delas excluídos os juros, receitas financeiras (aplicações), receita de privatizações, encargos e o principal da dívida pública (pagos e recebidos) etc.

Exemplo:Receitas primáriasTotal das receitas correntes R$(-) Aplicações financeiras(+) Total das receitas de capital(-) Operações de crédito(-) Amortização de empréstimos(-) Alienação de bens= Total das receitas primárias(-) Despesas primáriasTotal das despesas correntes(-) Juros e encargos da dívidaTotal das despesas de capital(-) Concessão de empréstimos(-) Aquisição de títulos de capital já integralizado(-) Amortização da dívida(+) Reserva de contingência(+) Reserva do RPPS= Total das despesas primáriasApuração do resultado primário:Total das receitas primárias(-) Total das despesas primáriasResultado primário

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Observações:1. As receitas primárias correspondem ao total das receitas orçamentárias

deduzidas as operações de crédito, as provenientes de rendimentos de aplicações financeiras e retorno de operações de crédito (juros e amortizações), o recebimento de recursos oriundos de empréstimos concedidos e as receitas de privatizações.

2. As despesas primárias correspondem ao total das despesas orçamentárias deduzidas as despesas com juros e amortização da dívida interna e externa, com a aquisição de títulos de capital integralizado e as despesas com concessão de empréstimos com retorno garantido.

Resultado nominal: é a diferença entre todas as receitas arrecadadas e todas as despesas empenhadas, incluindo os juros e o principal da dívida e ainda acrescentando as receitas financeiras.

 Receitas financeiras são aquelas provenientes de aplicações financeiras

realizadas pelos governos. O Demonstrativo do Resultado Nominal apresenta a apuração do resultado nominal. Esse demonstrativo integra o Relatório Resumido da Execução Orçamentária e deverá ser publicado até trinta dias após o encerramento de cada bimestre. O objetivo da apuração do Resultado Nominal é medir a evolução da Dívida Fiscal Líquida.

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O resultado nominal pode ser apurado da seguinte forma:Total da dívida consolidada R$Deduções:Ativo disponívelHaveres financeiros(-) Restos a pagar processados= Total da dívida consolidada líquida(+) Receita de privatizações(-) Passivos reconhecidos= Dívida fiscal líquidaObservações:1. O saldo da dívida fiscal líquida corresponde ao saldo da dívida consolidada líquida somado

às receitas de privatização, deduzidos os passivos reconhecidos, decorrentes de déficits ocorridos em exercícios anteriores.

2. A dívida consolidada líquida corresponde ao saldo da dívida consolidada, deduzida do ativo disponível e dos haveres financeiros, líquidos dos restos a pagar processados. Os títulos de emissão do Banco Central do Brasil compõem a dívida consolidada da União.

3. A dívida pública consolidada corresponde ao montante total apurado:Das obrigações financeiras do ente da Federação, inclusive as decorrentes de emissão de

títulos, assumidas em virtude de leis, contratos, convênios ou tratados; Das obrigações financeiras do ente da Federação, assumidas em virtude da realização de operações de crédito para amortização em prazo superior a doze meses, ou que, embora de prazo inferior a doze meses, tenham constado como receitas no orçamento;

 

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(ESAF - Analista Contábil-Financeiro - SEFAZ - CE – 2006) O demonstrativo da execução orçamentária do Setor Público, em um determinado exercício, apresentou o seguinte resultado em unidades monetárias:

ReceitaReceita Tributária-$ 3.000.000Receita de Aplicações Financeiras-$ 600.000Receita de Operações de Crédito-$ 500.000DespesaDespesas Correntes-$ 2.000.000Despesa de Juros da Dívida Pública-$ 350.000Despesa de Capital-$ 500.000Despesa de Amortização da Dívida Pública-$ 700.000Identifique, nas opções abaixo, o montante que corresponda ao

resultado primário desse exercício.a) $ 1.050.000b) $ 550.000c) $ 700.000d) $ 500.000e) $ 200.000

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Resolução:Receitas primáriasReceitas correntes (tributária + aplicações financeiras) $ 3.600.000(-) Receita aplicações financeiras $ 600.000(+) Total das receitas de capital $ 500.000(-) Receita de operações de crédito $ (500.000)= Total das receitas primárias $ 3.000.00(-) Despesas primáriasTotal das despesas correntes $ 2.350.000(-) Despesa de juros da dívida $ (350.000)(+) Total das despesas de capital $ 1.200.000(-) Despesa de amortização da dívida $ (700.000)= Total das despesas primárias $ 2.500.000Total das receitas primárias $ 3.000.000(-) Total das despesas primárias $ (2.500.000)= Resultado primário $ 500.000 Cálculo direto:Receitas primáriasReceitas correntes $ 3.000.000(-) Despesas primáriasDespesas correntes $ (2.000.000)Despesas de capital (1.200.000 – 700.000) $ (500.000)= Resultado primário $ 500.000

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Comentários:1º. É importante conhecer e entender quais as receitas e

despesas que não serão incluídas no cálculo do resultado primário.

2º. A apuração completa do resultado primário serviu apenas para demonstrar a memória de cálculo.

 Cálculo do resultado nominal: o resultado nominal é a

diferença entre todas as receitas arrecadadas e todas as despesas empenhadas, incluindo os juros e o principal da dívida e ainda acrescentando as receitas financeiras.

Supondo-se que todas as despesas em questão foram empenhadas e liquidadas, o resultado nominal seria:

Total das receitas arrecadadas $ 4.100.000(-) Total das despesas empenhadas $ (3.550.000)= Resultado nominal $ 550.000Opção “D”.

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ANEXO DE RISCOS FISCAIS (ARF)Avaliação dos passivos contingentes e outros riscos

capazes de afetar as contas públicas, informando as providências a serem tomadas, caso se concretizem.

IMPORTANTE: Passivos contingentes são obrigações incertas, porque dependem de condição futura.

Além desses dois anexos, a mensagem que encaminhar o projeto de LDO da União deverá conter Anexo específico que apresente:

Objetivos das políticas monetária, creditícia e cambial, acompanhados dos parâmetros e projeções para os seus principais agregados e variáveis;

Metas de inflação para o exercício subseqüente. No caso de Municípios com menos de 50.000 habitantes,

a elaboração do Anexo de Metas fiscais e do Anexo de Riscos Fiscais só é obrigatória a partir 2005 (art. 63, III da LRF).

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LEI ORÇAMENTÁRIA ANUAL (LOA)A lei orçamentária anual deverá vir acompanhada de: 1. Demonstrativos da compatibilidade da programação

dos orçamentos, com os objetivos e metas constantes do Anexo de Metas Fiscais (art.5º , I da LRF);

2. Demonstrativo regionalizado do efeito, sobre as receitas e despesas, decorrente de isenções, anistias, remissões, subsídios e benefícios de natureza financeira, tributária e creditícia (art. 165, § 6º da CF);

3. Medidas de compensação à renúncias de receitas e ao aumento de despesas obrigatórias de caráter continuado (art. 5º, II da LRF).

A LOA deverá conter reserva de contingência. A lei de Diretrizes Orçamentárias estabelecerá sua forma de utilização, assim como seu montante, que será definido com base na Receita Corrente Líquida.

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ATENÇÃO: A reserva de contingência será destinada, apenas, ao atendimento de passivos contingentes e outros riscos e eventos fiscais imprevistos.

A LOA deverá evidenciar, separadamente, o refinanciamento da dívida pública. A atualização monetária do principal da dívida mobiliária refinanciada não poderá superar a variação do índice de preços previstos na LDO, ou em legislação específica (art. 5º. §§ 2º e 3º da LRF).

A LRF reforça a exigência do art. 167 da Constituição Federal, quanto à necessidade de previsão no Plano Plurianual ou em lei que autorize a inclusão de qualquer investimento, com duração superior a um exercício financeiro contemplado na Lei Orçamentária Anual.

As despesas do Banco Central do Brasil, relativas a pessoal e encargos sociais, custeio administrativo, inclusive os destinados a benefícios e assistência a servidores, bem como a investimentos, deverão integrar a lei orçamentária da União (art. 5º, § 6º da LRF).

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DESPESADespesas decorrentes da criação, expansão ou

aperfeiçoamento da ação governamental:Essas despesas só poderão ser aumentadas, caso

atendam-se aos seguintes requisitos:Estimativa do impacto orçamentário-financeiro, no

exercício em que deva entrar em vigor e nos dois subseqüentes;

Declaração do ordenador da despesa de que o aumento tem adequação orçamentária e financeira com LOA e compatibilidade com o PPA e com a LDO

Importante: as despesas consideradas irrelevantes, nos termos da LDO, não se submetem a essas regras.

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Despesa obrigatória de caráter continuadoO que é?Despesa corrente derivada de lei, medida provisória

ou ato normativo que fixe para o ente a obrigação legal de sua execução, por um período superior a dois exercícios (art. 17 da LRF).

ATENÇÃO: a LRF considera aumento de despesa a prorrogação daquela criada por prazo determinado.

A LRF determina que a despesa obrigatória de caráter continuado não será executada antes da implementação das medidas acima, que deverão integrar o instrumento que a criar ou aumentar.

Muito Importante: as despesas destinadas ao serviço da dívida e ao reajustamento de pessoal de que trata o art. 37, X da CF estão excluídas das regras para despesas obrigatórias de caráter continuado.

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Quais as regras para criação ou aumento da despesa obrigatória de caráter continuado?

1.Os atos que as criarem ou as aumentarem deverão ser instruídos com a estimativa do impacto orçamentário-financeiro, no exercício em que deva entrar em vigor e nos dois subseqüentes;

2.Demonstrar a origem dos recursos para seu custeio;

3.Comprovação de que a criação ou aumento da despesa não afetará as metas de resultados fiscais previstas no Anexo de Metas Fiscais da LDO;

4.Compensar seus efeitos financeiros, nos períodos seguintes, pelo aumento permanente de receita ou pela redução permanente de despesa.

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IMPORTANTE: Para a apuração da despesa total com pessoal, deve-se adotar o regime de competência e considerar os valores do mês em referência adicionados aos dos onze imediatamente anteriores.

A LRF estabelece os seguintes limites, em função da RCL, a serem obedecidos por cada ente da Federação: União 50%; Estados 60%; Municípios 60%.

Para efeito de verificação do cumprimento desses limites, não deverão ser considerados na despesa total com pessoal as seguintes:

1.Indenização por demissão de servidores e empregados;2.Relativas a incentivos a demissão voluntária;3.Decorrentes da convocação extraordinária do Congresso

Nacional, quando feita pelo Presidente da República, pelos Presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, ou a requerimento da maioria dos membros de ambas as Casas, em caso de urgência ou interesse público relevante;

4.Decorrentes de decisão judicial e da competência de um período anterior ao da apuração da despesa total com pessoal (mês em referência e os onze imediatamente anteriores);

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5. Com pessoal, do Distrito Federal e dos Estados do Amapá e Roraima, custeadas com recursos transferidos pela União, na forma dos incisos XIII e XIV, do art. 21, da Constituição Federal e do art. 31 da Emenda Constitucional nº 19;

6. Com inativos, quando custeados com recursos provenientes da arrecadação de contribuições dos segurados, da compensação financeira de que trata o §9º, do art. 201 da CF e das demais receitas, diretamente arrecadadas por fundo vinculado a tal finalidade, inclusive o produto da alienação de bens, direitos e ativos, bem como seu superávit financeiro.

Muito importante: No caso brasileiro, o controle externo, no âmbito dos Estados e Municípios , é exercido, regra geral, com o auxílio dos Tribunais de Contas dos Estados, a quem compete a fiscalização, tanto de Municípios quanto do Estado. Entretanto, há casos em que existe, também, o Tribunal de Contas do Município, a exemplo de São Paulo e Rio de Janeiro. Há outros casos em que encontramos, além do Tribunal de Contas do Estado, o Tribunal de Contas dos Municípios, a exemplo do Tribunal de Contas dos Municípios de Goiás. Este, exerce a fiscalização de todos os municípios daquele ente da federação; aquele, trata da fiscalização no âmbito estadual.

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Para memorizar: Temos os seguintes Tribunais de Contas: Tribunal de Contas da União; Tribunal de Contas do Estado; Tribunal de Contas do Município; Tribunal de Contas dos Municípios.

A LRF estabelece o que deve ser entendido como órgão, conforme esquema abaixo:

I – Ministério Público.II – No Poder Legislativo: Federal (Câmara dos Deputados,

Senado Federal, Tribunal de Contas da União); Estadual (Assembléia Legislativa, Tribunal de Contas do Estado, Tribunal de Contas dos Municípios, quando houver); Distrito Federal (Câmara Legislativa, Tribunal de Contas do Distrito Federal); Municipal (Câmara dos Vereadores, Tribunal de Contas dos Municípios, se houver).

III – No poder Judiciário e Tribunais Militares: Federal (Supremo Tribunal Federal, Superior Tribunal de Justiça, Tribunais Regionais Federais, Tribunais do Trabalho, Tribunais Eleitorais); Estadual (Tribunal de Justiça e outros, quando houver).

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IMPORTANTE: No caso dos Poderes Legislativo (incluídos os Tribunais de Contas) e Judiciário, de todas as esferas de governo, os limites serão repartidos entre seus órgãos, de forma proporcional à média das despesas com pessoal, em percentual da RCL, verificadas nos três exercícios financeiros, imediatamente anteriores ao da publicação desta Lei.

MUITO IMPORTANTE: A verificação do cumprimento dos limites estabelecidos para despesa total com pessoal será realizada ao final de cada quadrimestre, exceto para os Municípios com população inferior a 50.000 habitantes, que podem optar por fazê-lo ao final de cada semestre.

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Será considerado nulo de pleno direito o ato que provoque aumento da despesa com pessoal, sem atender aos seguintes requisitos:

1.Estimativa do impacto orçamentário financeiro, no exercício em que deva entrar em vigor e nos dois subseqüentes;

2.Declaração do ordenador de despesas de que o aumento tem adequação orçamentária e financeira com a LOA e compatibilidade com o PPA e com a LDO;

3.Demonstração da origem dos recursos para o seu custeio;4.Comprovação de que a despesa aumentada não afetará as metas

de resultados fiscais previstas no Anexo de Metas Fiscais, devendo seus efeitos financeiros, nos períodos seguintes, ser compensados pelo aumento permanente de receita ou pela redução permanente de despesa;

5.Observância da vedação à vinculação ou equiparação de quaisquer espécies remuneratórias, para efeito de remuneração de pessoal do serviço público;

6.Atendimento ao limite legal de comprometimento aplicado às despesas com pessoal inativo;

7.Não ser expedido nos 180 dias anteriores ao final do mandato do titular do respectivo Poder ou órgão.

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São, também, vedados para aquele Poder ou órgão cuja despesa total com pessoal exceder 95% do limite:

1.Concessão de vantagem, aumento, reajustes ou adequação de remuneração a qualquer título, salvo os derivados de sentença judicial ou de determinação legal ou contratual, ressalvada a revisão geral anual da remuneração dos servidores públicos e do subsídio, de que art. 37, inciso X da CF;

2.Criação de cargo, emprego ou função;3.Alteração de estrutura de carreira que implique aumento de

despesa; 4.Provimento de cargo público, admissão ou contratação de pessoal

a qualquer título, ressalvada a reposição decorrente de aposentadoria ou falecimento de servidores das áreas de educação, saúde e segurança;

5.Contratação de hora extra, exceto a convocação extraordinária do Congresso Nacional, nos termos do art. 57, §6º, inciso II da CF e as situações previstas na LDO.