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Ana Júlia de Vasconcelos Carepa

Governadora

Odair Santos Corrêa

Vice Governador

André Luís Assunção de Farias

Secretário de Estado de Integração Regional

Nilton César Almeida Queiroz

Secretário Adjunto de Estado de Integração Regional

Denivaldo Dias Pinheiro

Diretor de Integração Territorial

Adriana de Fátima Coelho de Sales

Diretora de Descentralização Administrativa

Raimunda Nonata Pontes de Barros

Diretora de Administração e Finanças

Humberto Rocha Cunha

Diretor de Logística para Integração

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Ficha Técnica

Consultores Externos

Ana Laura Sena – Consultora Dimensão Econômica

Betina Ferraz – Consultora Dimensão Institucional

Valcir Bispo – Consultor Dimensão Social

Julio dos Santos Patrício – Consultor Dimensão Infraestrutura

João Augusto Barradas – Consultor Dimensão Ambiental

Harley Oliveira de Abreu – Técnico em Banco de Dados

Heron Davi dos Santos Martins – Técnico em Geoprocessamento

Roberta Gadelha de Sousa – Auxiliar Administrativo

Equipe Técnica de Revisão

Denivaldo Dias Pinheiro

Liane do Socorro Bastos Brito

Guilhermina Maria Vieira Cayres Nunes

Isa Costa Alencar

Jocileide do Socorro Veloso Bezerra

José Rogério Ferreira Silvestre

Nelsivaldo de Jesus Bargas

Neydson Maccarty da Silva

Rejane Pinheiro da Costa

Luiz Paulo Mendes

Colaboradores Especiais

Eduardo José Monteiro da Costa

Luis de Jesus Pacheco de Almeida

Rodolfo Gadelha de Sousa

Williams B. Cordovil - Projeto Gráfico, capa e diagramação

Pará, Secretaria de Estado de Integração Regional. Diretoria de

Integração Territorial.

Atlas de Integração Regional do Estado do Pará. Belém, PA :

SEIR, 2010.

347 p. il.: 22 x 31 cm.

1. Atlas de Integração Regional. I. Titulo

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Equipe da Secretaria de Estado de Integração Regional

Gabinete

André Luís Assunção de Farias

Secretário de Estado

Nilton César Almeida Queiroz

Secretário Adjunto

Marluce Silva Maués

Chefe de Gabinete

Núcleo de Planejamento

Guilhermina Maria Vieira Cayres Nunes

Coordenadora

Núcleo de Comunicação

Paulo Jordão Mendes Rodrigues

Coordenador

Núcleo Jurídico

Carmen Maria Assunção Leite

Coordenadora

Núcleo de Controle Interno

Kátia Manuella de Araújo Rocha

Coordenadora

Coordenadorias

Cláudia de Moraes Rêgo Hesketh

Coordenadora de Planejamento e Finanças

Rosely Oliveira Neves

Coordenadora de Administração e Serviços

Nelson Jorge Leite

Coordenador de Informação e Monitoramento de Políticas Públicas

Liane do Socorro Bastos Brito

Coordenadora de Políticas e Planejamento Territorial

Cláudio Dusik

Coordenador de Projetos Regionais

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Gerson Medeiros da Silva

Coordenador de Descentralização Regional

Valciney Ferreira Gomes

Coordenador da Sala das Prefeituras

Agentes de Integração Regional

Danni Roberto Santos de Souza

Antônio Leite da Silva

Agentes de Integração da Região Metropolitana

Francisco Ezivandro Araújo Santos

Agente de Integração da Região Guamá

Ronaldo Miranda Campelo

Agente de Integração da Região Caeté

Hugo Nazareno Carvalho da Silva

Agente de Integração da Região Capim

Jaílton Vasconcelos Manito

Agente de Integração da Região Lago de Tucuruí

Francisco Carvalho Feitosa

Agente de Integração da Região Xingu

José Pereira de Almeida

Agente de Integração da Região Carajás

Joaquim Daniel Alves Barbosa

Agente de Integração da Região Araguaia

Maria Odete Simões da Costa

Agente de Integração da Região Baixo Amazonas

Sideilton Maxwell Oliveira de Almeida

Agente de Integração da Região Tapajós

Raimundo Dionísio Pinto Brito

Agente de Integração da Região Tocantins

Reginaldo do Socorro da Silva Lourenço

Márcio Mamede Barros Rodrigues

Agentes de Integração da Região Marajó

Centros de Integração Regional

CIR Santarém

Maria Odete Simões da Costa

Coordenadora

CIR Marabá

Sebastião Ferreira Neto

Coordenador

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Mensagem do Secretário

APolítica de Integração Regional do Estado do Pará está construída sobre o pressuposto de que

integração regional é sinônimo de desenvolvimento envolvendo os seus múltiplos aspectos:

econômicos, sociais, culturais, ambientais, infraestruturais e institucionais. Este processo

necessita ser pensado de forma sistêmica, pactuada, regionalizada e territorializada.

Não se trata de uma política de uma única secretaria ou órgão de governo, fundamenta-se na integração

entre as diferentes instâncias do poder público e destes com os diferentes segmentos representativos da

sociedade. Entretanto, para isto é necessário formar multiplicadores regionais capazes de impulsionar

o desenvolvimento do Estado.

Nesse processo de retomada efetiva da prioridade à chamada questão regional na agenda de governo,

destacam-se a difusão e divulgação do tema do desenvolvimento regional no âmbito da sociedade

brasileira, tanto nas organizações públicas quanto nas estruturas privadas.

No trabalho do Atlas de Integração Regional abordamos um conjunto de informações que

estão relacionadas a estrutura sistêmica da organização e da condução da micro-política local

e, consequentemente, dos arranjos que sustentam internamente a Federação. O objeto espacial

e territorial de investigação é Estado do Pará, suas 12 Regiões de Integração e seus Municípios.

Em um Estado com dimensões continentais como o Pará, com suas 12 RI e seus 143 municípios

marcadamente heterogêneos, as disparidades não se restringem ao tamanho dos municípios,

ao desafio da sustentabilidade ambiental, ou a realidade socioeconômica dos territórios, os

desafios encontram-se também na estruturação da gestão administrativa, na capacidade do

planejamento local, na efetivação dos instrumentos da democracia participativa, entre outros.

Neste Atlas, esperamos que o conhecimento e a partilha de informações sirvam como

um chamado para o despertar de uma nova consciência e, soe como um alarme para a

necessidade de se melhorar antigos padrões de crescimento e fazer a transição para uma

nova era do desenvolvimento, fortalecendo um novo modelo de desenvolvimento,

demonstrando que é possível construir um novo Pará de todos e de todas.

ANDRÉ LUÍS ASSUNÇÃO DE FARIAS

Secretário de Estado de Integração Regional

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Sumário

INTRODUÇÃO, 13

PARTE 1 – O PARÁ E SUAS 12 REGIÕES DE INTEGRAÇÃO, 15

CAPITULO 1 - DIMENSÃO INSTITUCIONAL, 17

CAPITULO 2 - DIMENSÃO SOCIAL, 33

CAPITULO 3 - DIMENSÃO ECONÔMICA, 63

CAPITULO 4 - DIMENSÃO INFRAESTRUTURAL, 79

CAPITULO 5 - DIMENSÃO AMBIENTAL, 97

PARTE 2 - AS 12 REGIÕES DE INTEGRAÇÃO POR DIMENSÃO DO DESENVOLVIMENTO, 131

REGIÃO ARAGUAIA, 133

REGIÃO BAIXO AMAZONAS, 151

REGIÃO CARAJÁS, 169

REGIÃO GUAMÁ, 187

REGIÃO LAGO DE TUCURUÍ, 207

REGIÃO MARAJÓ, 221

REGIÃO METROPOLITANA, 239

REGIÃO RIO CAETÉ, 251

REGIÃO RIO CAPIM, 269

REGIÃO TAPAJÓS, 287

REGIÃO TOCANTINS, 301

REGIÃO XINGU, 319

PARTE 3 – A POLÍTICA DE INTEGRAÇÃO REGIONAL E SEUS INSTRUMENTOS, 335

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1Parte

O PARÁ E SUAS 12 REGIÕES DE INTEGRAÇÃO

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1Parte

INTRODUÇÃO

OAtlas de Integração Regional é um trabalho da

Secretaria de Integração Regional do Governo

do Estado do Pará cuja fi nalidade é divulgar

informações gerais sobre o estado e suas regiões, que

deverão servir de apoio para operacionalização de

políticas e ações voltadas ao desenvolvimento do Estado.

Este trabalho é fruto de uma parceria entre

Eletrobrás Eletronorte e Governo do Estado, através

da Secretaria de Estado de Integração Regional.

Neste documento foram elegíveis e trabalhadas cinco

dimensões temáticas: social, econômica, infraestrutural,

ambiental e institucional.

O desafio lançado e apresentado no Atlas de

Integração Regional não se restringe a captar as

assimetrias que incidem sobre as 12 Regiões de

Integração do Estado do Pará, mas, sobretudo entender

e mapear os múltiplos fatores que atingem e perpetuam

as desigualdades dos indivíduos, dos grupos sociais e das

regiões. O conhecimento desses múltiplos fatores elenca

um conjunto de informações, permitindo a utilização

do Atlas de Integração Regional como ferramenta de

integração e planejamento.

Observa-se que a reflexão e o mapeamento das

assimetrias, exposta no presente documento, não

só contempla as recomendações tradicionais, aqui

apresentadas pelas dimensões social, econômica e

infraestrutura. O trabalho avança ao incluir duas

novas dimensões ao quadro de análise: a dimensão

ambiental e a dimensão institucional. Com isso amplia,

agrupa e combina fatores e situações de adversidades –

resultando num esforço de entender as múltiplas escalas

do problema e das ações necessárias.

Seria um erro deixar de observar que este

documento deve ser apreendido como um esforço

inicial, sem que se esqueça que a matriz das assimetrias

regionais está sujeita à plasticidade temporal da

dinâmica social e política de qualquer Estado, exigindo

uma constante observação da realidade. Sendo com

imensa satisfação e na certeza de construir mais um

passo para o processo de desenvolvimento do Estado

do Pará, apresenta-se o Atlas de Integração Regional

na esperança de que este instrumento possa contribuir

para guiar, como um termômetro, o rumo das políticas

públicas e os desafios que envolvem o desenvolvimento.

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1Parte

O PARÁ E SUAS 12 REGIÕES DE INTEGRAÇÃO

OEstado do Pará é o segundo maior Estado

federativo do Brasil. Engloba uma grande

região geográfi ca heterogênea de 1.247.689,515

km2, situada inteiramente na Amazônia e equivalente a

14,66% do território nacional.

Esta vastidão territorial, ao mesmo tempo em que

lhe confere uma riqueza natural ímpar, oferece, por outro

lado, algumas peculiaridades e entraves ao seu processo

de planejamento do desenvolvimento.

Em se tratando de um Estado maior que inúmeros

países e que possui alguns municípios maiores que

diversos Estados federativos do Brasil1, essa grande

extensão territorial dificulta a articulação e a integração

econômica entre suas regiões.

Em termos demográficos, o Estado, com uma

população estimada pelo IBGE, em 2008, de 7.431.020

habitantes, em decorrência de sua vastidão territorial

possui uma baixa densidade demográfica, sendo que a

maior parte de sua população reside em áreas citadinas.

No entanto, comparando com os dados de outros

estados brasileiros, verifica-se que o Pará ainda possui

uma significativa parte da sua população residindo em

áreas rurais.

O Estado do Pará, em termos de sua conformação

sócio-econômica, caracteriza-se como uma região

periférica ativa de um país em desenvolvimento,

possuidora de sérios entraves estruturais, mas também

detentora de imensos potenciais. Sua base econômica

sempre esteve ligada às atividades extrativas e primárias

de baixa agregação de valor e poucos efeitos no restante

da economia, estruturando-se como enclaves. Tornou-

se, portanto, um espaço reflexo de interesses exógenos

à região. Abriga uma das maiores jazidas minerais do

planeta, além de uma enorme fronteira agropecuária

em expansão e uma vasta biota oriunda da Floresta

Amazônica. Entretanto, esse potencial tem tido dificuldade

em se efetivar numa economia verticalizada, em fluxos

mais densos entre agentes locais e assim conferir maior

agregação de valor aos produtos regionais, empregos mais

qualificados e diversificação da pauta de exportação.

Nos últimos anos o estado tem apresentado sinais de

mudança, seja com a implantação de infraestrutura (Pólo

industrial) e logística (Eclusas, hidrovias e rodovias), seja

pela verticalização da produção mineral (ALPA – Aços

Laminados do Pará) e regulação do setor florestal (ZEE

- Zoneamento Ecológico-Econômico) que nos levam a

perceber um novo modelo de desenvolvimento.

1 Alguns municípios apresentam extensão territorial maiores que estados da federação como o Rio de Janeiro, Espírito Santo, Alagoas, Sergipe ou até maiores que alguns países europeus. Os cinco maiores municípios em extensão geográfica são: Altamira (159.695,938 Km2), Oriximiná (107.602,992 Km2), São Félix do Xingu (84.212,426 Km2), Almeirim (72.960,274 Km2) e Itaituba (62.040,947 Km2).

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1Capítulo

DIMENSÃO INSTITUCIONAL

Após a Constituição de 1988, observam-se,

sobretudo pressões de caráter municipalista –

com os municípios assumindo paulatinamente

novos encargos. Essas mudanças vêm exigindo

não apenas contrapartidas fi nanceiras frente aos

novos encargos – processo que se denomina de

descentralização fi scal, mas o fortalecimento de

instituições locais que se inserem no âmbito da

economia política da descentralização.

Há apenas uma década, indicadores sobre a

moldura institucional dos municípios vêm sendo

disponibilizados pelo Perfil dos Municípios Brasileiros -

Pesquisa de Informações Básicas Municipais (MUNIC),

realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e

Estatística - IBGE. Anualmente o perfil institucional dos

governos locais brasileiros pode ser analisado.

Nesta cesta de informação encontram-se

indicadores sobre a estrutura administrativa dos

municípios – com a evolução dos principais componentes

e instrumentos a disposição da gestão municipal e

urbana, e indicadores dos mecanismos de participação

democrática. Não obstante, o acompanhamento dos

perfis municipais tem uma apreciação deficitária,

revelando-se objeto de interesse pontual pela maioria

dos institutos de análise de pesquisas. Isso se deve

principalmente à inovação temática da pesquisa,

resultante de um novo marco do cenário federativo

nacional. A apreensão da moldura institucional dos

municípios brasileiros só passou a ser pesquisada 10

anos após a entrada em vigor da Constituição de 1988

(marco fundamental do processo de redemocratização

e descentralização).

A ampliação da importância desta dimensão para

o estudo do desenvolvimento recebeu uma colaboração

fundamental com a aprovação de duas leis federais: a Lei

de Responsabilidade Fiscal (LC n°101) – promulgada

em 2000; e o Estatuto das Cidades (Lei n°10.257) -

promulgada em 2001.

O conjunto de indicadores analisados na

Dimensão Institucional do Atlas de Integração Regional

tem como foco de análise as transformações ocorridas

nos governos locais a partir da Constituição de 1988.

Observa-se que parte dos problemas das assimetrias da

estrutura institucional da Federação brasileira se insere

em um marco temporal anterior as reformas conduzidas

pela nova Carta Constitucional. A inovação no uso e

tratamento de informações que espelham a dimensão

institucional nos governos locais também é recente.

Nesta dimensão foram investigados os seguintes

blocos temáticos da dimensão institucional:

a) Perfil da rede municipal;

b) Estrutura administrativa;

c) Legislação municipal;

d) Instrumentos de planejamento municipal;

e) Recursos para gestão;

f ) Conselhos municipais;

g) Cooperação intergovernamental.

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ráParte 1

Perfil da Rede Municipal

Para fins de planejamento estadual, o governo do

Pará organizou o território paraense em 12 regiões de

Integração: Araguaia; Baixo Amazonas; Carajás; Guamá;

Lago de Tucuruí; Marajó; Metropolitana; Rio Caeté;

Rio Capim; Tapajós; Tocantins; e Xingu. Na Contagem

Populacional de 2007, o Estado apresentou uma

população de 7.065.573 habitantes.

Mapa 01: Regiões de Integração do Estado do Pará

Elaboração: SEIR/GEOPARÁ 2008

Tabela 1: População nas 12 Regiões de Integração em 2008 – valor absoluto e percentualRegião de Integração População total % da população a RI no total do Estado

Araguaia 436.117 5,87Baixo Amazonas 659.321 8,87Carajás 531.431 7,15Guamá 589.415 7,93Lago de Tucuruí 345.674 4,65Marajó 467.822 6,3Região Metropolitana 2.105.621 28,34Rio Caeté 453.826 6,11Rio Capim 566.297 7,62Tapajós 264.307 3,56Tocantins 701.066 9,43Xingu 310.123 4,17TOTAL 7.431.020 100

Fonte: IBGE, a população total é estimativa 2008.

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19

Cap

ítulo

1 -

Dim

ensã

o In

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al

Parte 1A RI Metropolitana concentra o maior contingente

populacional, 28,34% da população de todo Estado. As

demais RI em importância populacional são: Tocantins,

com 9,43%; e Baixo Amazonas, com 8,87%, da população

respectivamente. Este perfil concentrador populacional

na RI Metropolitana segue a tendência nacional de

concentração de população nas faixas litorâneas e

metropolitanas. Estas são as áreas mais populosas não

apenas no Estado do Pará, mas nas demais capitais

e regiões metropolitanas do país. Observa-se que as

outras RI apresentam grande disparidade populacional

comparada à RI Metropolitana. Já o tamanho

populacional das demais sugere que os governos nessas

RI articulam políticas locais para escalas populacionais

próximas. Contudo as assimetrias físicas entre as RI não

permitem concluir que as soluções para a gestão pública

possam ser amplamente compartilhadas.

Um dos importantes aspectos de transformação

a ser observado na configuração do pacto federativo

brasileiro, pós Constituição de 1988, foi a fragmentação

territorial. No período que se seguiu a promulgação

da Carta Magna, foram criados mais de 1500 novos

municípios no Brasil. No Estado do Pará foram criadas

56 novas unidades territoriais municipais, alterando

consequentemente a divisão interna das RI (IBGE,

Contagem Populacional 2007).

Gráfico 1: Percentual de municípios criados na Região de Integração pós 1988.

Fonte: IBGE, 2007

A criação de novos espaços territoriais no Estado,

apesar de representar um peso relativamente pequeno

no cenário nacional, representou uma taxa interna

de crescimento de 64%. Isso significa dizer que a

fragmentação das unidades territoriais elevou o número

de municípios de 87 para 143. Internamente às RI a

mudança foi significativamente assimétrica. Algumas

RI ganharam mais que o dobro das unidades territoriais

antes existentes; entre os casos mais expressivos se

destacam as RI Carajás, Xingu, Tapajós e Araguaia. No

caso da RI Carajás, o dado é muito significativo, pois

esta região, antes de 1988, era constituída de 02 unidades

territoriais municipais, passando para 12 em 2007.

Com o intuito de entender as significativas

diferenças entre os municípios, num país de dimensões

continentais e larga população como o Brasil, o IBGE

classifica as diferentes escalas em sete classes de tamanho

de municípios - CTM:

• CTM1 - municípios de população até 5.000 hab.;

• CTM2 - municípios de população entre 5.001 e

10.000 hab.;

• CTM3 - municípios de população entre 10.001 e

20.000 hab.;

• CTM4 - municípios de população entre 20.001 e

50.000 hab.;

• CTM5 - municípios de população entre 50.001 e

100.000hab.

• CTM6 - municípios de população entre 100.001 e

500.000 hab.

• CTM7 - municípios de população com mais de

50.0000 hab.

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ráParte 1

Segundo esta classificação para o Estado do Pará

apenas as RI Guamá e Araguaia tem circunscrito a

sua dimensão territorial micro-municípios, ou seja,

municípios cuja população é menor que 5.000 habitantes.

Todas as demais RI, com exceção da RI Metropolitana,

apresentam em sua estrutura predominantemente

composições de municípios do tipo CTM3 e CTM4. Isto

revela que a estrutura das RI no Estado no Pará é formada

por uma rede de unidades territoriais firmadas em torno

de unidades administrativas locais sem alta dispersão

populacional, salvaguarda a RI Metropolitana2.

A principal e importante característica é a

homogeneidade da estrutura regional – aqui a análise

se refere estritamente à composição populacional

das unidades administrativas. Como esperado, a RI

Metropolitana neste quesito é bastante heterogênea,

sugerindo que sua rede de territórios é uma zona de

transição - que guarda características que à aproximam

das demais RI, ao mesmo tempo que sofre uma grande

influência da cidade de Belém.

Tabela 2: Municípios por classe de tamanho

Classe de tamanho da população (CTM) no Estado do Pará

Nº de municípios por CTM % de municípios por CTM

CTM1 2 1,40CTM2 10 6,99CTM3 37 25,87CTM4 62 43,36CTM5 22 15,38CTM6 9 6,29CTM7 1 0,7Pará 143 100

Fonte: IBGE, Contagem Populacional 2007

2 Diferentemente de outros Estados da Federação cuja presença de micro municípios é acentuadamente forte como no caso do Estado do Rio Grande do Sul 46% dos municípios são do tipo CTM1. No Estado do Pará a escala territorial CTM1 representa pouco mais que 1,3% (IBGE, Contagem 2007).

Estrutura Administrativa nas Regiões de Integração

administração direta. Estes somam 213.126 mil servidores,

em contra partida a 2.967 da administração indireta.

No que se refere à administração direta, o número

de servidores também é marcadamente maior na RI

Metropolitana, seguida pelas RI Baixo Amazonas,

Tocantins e Carajás. Outra comparação importante

consiste em calcular o número de servidores em relação

ao total da população. A média nacional está em 2,5

servidores por 100 habitantes. No Estado do Pará esta

média é um pouco melhor: são 3,02 servidores para

cada 100 habitantes.

Já que o peso dos servidores da administração

direta no Estado da Pará é majoritário, outra forma

interessante de olhar para este dado consiste em

relacionar o número de funcionários da administração

direta com a população das RI. Nem todas as RI mantém

correlação habitante por funcionário próxima a média

para o Estado do Pará.

Desde a Constituição Federal de 1988, que

reorganizou o pacto federativo, os governos têm

competência para organizar e manter serviços de

interesse local, como é o caso dos transportes coletivos,

educação fundamental, atendimento pelo SUS, proteção

do patrimônio histórico cultural e controle do uso e

parcelamento do solo.

Os serviços públicos mantidos pelas prefeituras

são operados por entidades da administração direta

e indireta. As primeiras compreendem os órgãos da

estrutura administrativa da prefeitura, enquanto os

órgãos da administração indireta são entidades dotadas

de personalidade jurídica própria, tais como: autarquias,

fundações públicas, sociedades de economia mista,

empresas públicas vinculadas ao órgão em cuja área de

competência se enquadra sua principal atividade.

A estrutura administrativa do Estado do Pará

é majoritariamente composta por funcionários da

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Parte 1

Legislação Municipal

A legislação tem um papel fundamental no

desenvolvimento dos territórios. A partir da Constituição

Federal de 1988, quando se concedeu a Estados e

municípios uma maior autonomia governamental,

novos encargos exigiram responsabilidades legais

adicionais. Este aumento da responsabilidade se deu,

principalmente, nas áreas da política pública.

Para entender de que maneira os governos

municipais nas RI vêm se organizando e de que maneira

estão preparados institucionalmente para desempenhar

estas novas funções é necessário analisar a frequência

e a abrangência, dos principais instrumentos legais da

administração pública.

A regulamentação da política urbana na

Constituição de 1988 ocorreu mediante a Lei nº 10.257,

de 2001 - Estatuto das Cidades. Nele, foram especificados

instrumentos que os governos locais poderiam utilizar

com o objetivo de garantir a função social da cidade e da

propriedade urbana, estabelecendo normas de ordem

pública e interesse social.

No Estado do Pará é crescente o aperfeiçoamento

do aparato legislativo. Até o ano de 2005 todos os

municípios que compõem as regiões de integração

completaram a obrigação constitucional de ter

aprovada a Lei Orgânica Municipal. A Lei Orgânica do

Município contempla um conjunto de leis básicas que

define a estrutura e a organização municipal para o fiel

desempenho de suas funções, trata das competências, da

organização, da administração, entre outras disposições.

Ela funciona como uma constituição municipal e é uma

obrigação definida na Constituição de 1988. A elaboração

da Lei Orgânica municipal não pode ferir a Constituição

Federal nem a Constituição Estadual.

O Orçamento Público compreende a elaboração e

execução de três leis – o Plano Plurianual (PPA), a Lei de

Diretrizes Orçamentárias (LDO) e a lei do Orçamento Anual

(LOA) – que, em conjunto, materializam o planejamento e a

execução das políticas públicas. A LDO é o instrumento

legal que estabelece as linhas gerais a serem observadas

na administração dos recursos disponíveis no orçamento

municipal. A Lei de Diretrizes Orçamentárias trata

das questões orçamentárias mais gerais, enquanto as

questões mais específicas são tratadas pela LOA.

Outro aspecto importante do pilar legislativo é

a Lei do Perímetro Urbano, que estabelece a fronteira

entre a zona urbana e a rural dos municípios. É através

dela que se definem as áreas de cobrança do Imposto

Predial e Territorial Urbano - IPTU.

Pela Tabela 4, notam-se as RI, segundo a existência

da lei do perímetro urbano, é de forma irregular. A RI

Tapajós atende 100% o requisito de existência da lei,

seguida pelas RI Lago de Tucuruí, Xingu e Araguaia.

Observa-se que a média para o Estado do Pará é baixa

– sendo que apenas 39,13 % dos governos locais do

Estado têm fronteiras entre as zonas rurais e urbanas

estabelecidas. Por outro lado, 60,84 % dos governos

locais em 2004 não tinham ainda definido as zonas

rurais e urbanas dos seus territórios. Neste aspecto a

RI Guamá, seguida por Carajás, Rio Caeté e Tocantins

apresentam as piores performances.

Tabela 3: Funcionários da Administração direta por Região de IntegraçãoRegião de Integração Total de funcionários da administração direta População da RI Média de fucionário por habitante

Araguaia 12.771 406.000 3,15Baixo Amazonas 24.173 638.582 3,79

Carajás 21.305 497.937 4,28

Guamá 18.713 558.162 3,35

Lago de Tucuruí 13.720 322.743 4,25Marajó 18.718 438.694 4,27

Metropolitana 31.411 2.043.537 1,54Rio Caeté 13.634 431.418 3,16

Rio Capim 18.422 534.715 3,45Tapajós 6.290 244.742 2,57

Tocantins 23.781 655.955 3,63

Xingu 10.188 293.088 3,48

Total Estado 213.126 7.065.573 3,02

Fonte: IBGE, MUNIC, 2007.

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ráParte 1

Instrumentos de planejamento municipal

Como instrumento básico de política urbana

dos governos locais, o Plano Diretor, instituído pela

Constituição de 1988 e reafirmado pelo Estatuto da

Cidade, estabelece as estratégias e objetivos a serem

alcançados, dentro de um período específico, visando

garantir o cumprimento da função social da cidade e da

propriedade urbana.

O Plano Diretor passou a ser definido pelo Estatuto

das Cidades como um conjunto de princípios e regras

orientadoras da ação dos agentes que constroem e que

utilizam o espaço urbano, tornando-se, deste modo, um

meio de debate dos cidadãos na definição de opções de

Tabela 4: Lei de Perímetro Urbano por RI

Região de IntegraçãoLei do Perímetro Urbano (existência por município)

Municípios que não possuem Municípios que possuem

Araguaia 46,67 53,33

Baixo Amazonas 58,33 41,67

Carajás 75,00 25,00

Guamá 83,33 16,67

Lago de Tucuruí 28,57 71,43

Marajó 68,75 31,25

Metropolitana 60,00 40,00

Rio Caeté 73,33 26,67

Rio Capim 62,50 37,50

Tapajós 0,00 100,00

Tocantins 72,73 27,27

Xingu 40,00 60,00

Pará 60,84 39,16Fonte: IBGE, MUNIC 2004.

intervenção no território. Funciona como instrumento

básico que organiza e articula os demais instrumentos

da política urbana discriminados no Estatuto da Cidade.

Este instrumento é obrigatório para cidades: a) com mais

de 20.000 hab.; integrantes de Regiões Metropolitanas e

aglomerações urbanas; b) onde o governo local aplique

legislação que introduza a função de extrafiscalidade

do IPTU; c) integrantes de áreas de especial interesse

turístico; d) e/ou, inseridas em áreas de influência de

empreendimentos ou atividades com significativo

impacto ambiental de âmbito regional ou nacional.

Tabela 5: Existência de Plano Diretor – Percentual de municípios cobertos por RI

Região de Integração Plano diretor % de cobertura na RI % de municípios por RI com mais de 20.000 hab.Araguaia 73% 53%Baixo Amazonas 83% 67%Carajás 83% 50%Guamá 67% 61%Lago de Tucuruí 100% 86%Marajó 88% 63%Metropolitana 100% 80%Rio Caeté 47% 40%Rio Capim 81% 88%Tapajós 100% 67%Tocantins 91% 100%Xingu 70% 50%Pará 78% 65%

Fonte: IBGE, MUNIC 2008.

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Parte 1Os dados da Tabela mostram que as RI

Metropolitana e Lago Tucuruí têm cobertura de 100%

com relação à existência do Plano Diretor. Neste mesmo

contexto, as RI mais fragilizadas quanto à existência

desse instrumento são: Rio Caeté, Guamá, e Xingu.

Analisando apenas o critério da obrigatoriedade da

existência de Plano Diretor em cidades com população

maior que 20.000 habitantes, o quadro das RI do Estado

do Pará espelha a situação da Tabela 5, que aponta o

percentual de municípios por RI que possuem mais de

20.000 habitantes.

Tabela 6: Percentual de municípios com mais de 20.000 habitantes por RI.

Região de Integração % de municipios por RI com mais de 20.000 hab.Araguaia 53%Baixo Amazonas 67%Carajás 50%Guamá 61%Lago de Tucuruí 86%Marajó 63%Metropolitana 80%Rio Caeté 40%Rio Capim 88%Tapajós 67%Tocantins 100%Xingu 50%Pará 65%Fonte: IBGE, 2007.

Mapa 02: Existência de Plano Diretor por Região de Integração.

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Recursos para Gestão

A Constituição de 1988 representou o

restabelecimento das bases do pacto federativo. As

esferas subnacionais de governo passaram a contar

com maior autonomia política, além de assumirem

um maior número de funções administrativas. O

aumento das atribuições vem forçando os entes

federados subnacionais a programarem uma série

de processos de modernização e racionalização de

suas máquinas administrativas. O objetivo é garantir

o efetivo cumprimento do aumento dos encargos e

obtenção de maior autonomia financeira por parte dos

governos locais, mesmo que estes continuem a depender

fortemente das transferências governamentais verticais.

Para tanto, a implantação e informatização de

cadastros, cobranças de taxas, e a adoção de mecanismos

de incentivo à implantação de empreendimentos são

peças fundamentais, dada a importância do IPTU e do

ISS como Fonte de receitas dos governos. Notadamente,

no Estado do Pará e nas suas RI, a cobrança se generaliza

à medida em que aumenta o tamanho da população

dos mesmos. Nesse sentido, e seguindo uma tendência

Mapa 03: Existência de Cadastro informatizado do ISS

nacional, o percentual de governos que cobram IPTU e

ISS é superior ao percentual de municípios que possuem

cadastros de IPTU e ISS informatizados.

Ao analisar o desempenho desses dois instrumentos,

entende-se que há disparidades nas performances das

RI. No que tange a existência de cadastro do ISS, os

melhores desempenhos ficam com as RI Araguaia, Lago

de Tucuruí, Rio Capim e Metropolitana.

Contudo, nas RI onde é afirmativa a existência de

cadastro do ISS, a informatização deste instrumento foi

executada plenamente na RI Metropolitana, seguida

pelas RI Lago de Tucuruí e Rio Capim. Observa-se que

apesar da RI Araguaia atender plenamente ao quesito

existência de cadastro do ISS, a informatização deste

instrumento nos governos locais que compõem a região

é baixa. Em relação ao instrumento de cobrança de IPTU,

apenas as regiões Metropolitana e Lago de Tucuruí

executam plenamente o instrumento de cobrança, as

RI Tapajós, Xingu e Rio Capim, possuem desempenhos

fracos quando comparadas as demais.

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Parte 1

Gráfico 3 - % de cobrança da taxa de iluminação pública

Fonte: IBGE. 2006.

Gráfico 2 – Cobrança de IPTU

Fonte: Munic, 2006.

Em relação ao instrumento de cobranças de taxas,

de acordo com o Art. 77 do Código Tributário Nacional,

este pode ser cobrado tanto por municípios, quanto por

Estados e União. A diferença entre imposto e taxa no

entanto, é que a taxa caracteriza-se como instrumento

tributário aplicável à modernização da administração

dos governos locais, à medida que atende a demandas

específicas por parte das Prefeituras. A característica

básica da taxa de prestação de serviços públicos

é sua divisibilidade, ou seja, podem ser utilizadas,

separadamente, pelos seus usuários.

No que diz respeito ao instrumento cobrança de

taxa de iluminação pública verifica-se que em todas as RI

a cobrança é praticada. Apenas nas RI Araguaia e Carajás

o índice fica a baixo de 100%. No caso da RI Araguaia o

índice chega a 93% e no caso de Carajás a 91%.

Já o desempenho da taxa de coleta de lixo nas RI,

comparado a taxa de iluminação pública é fraco. As piores

performances ficam por conta da RI Carajás, Rio Capim

e Lago de Tucuruí; cujas coberturas são respectivamente

de 8%, 12% e 14%. Já as RI que se destacam na cobrança

da taxa de coleta de lixo são Tapajós, Metropolitana e Rio

Caeté com índices de 66%, 60% e 53% respectivamente.

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ráParte 1

Gráfico 4 – Cobrança da Taxa de coleta de lixo

Mapa 4 – Cobrança da taxa de coleta de lixo

Comparativamente, o dado para Brasil mostra que

a taxa que obteve o maior crescimento foi a de iluminação

pública, que, em 2006, passou a ser cobrada em quase

70% dos municípios, enquanto em 2002 era cobrada em

apenas 49%. A razão para o significativo crescimento

da cobrança desta taxa encontra-se no fato de ela ter

sido transformada em Norma da Constituição Federal

através da Emenda Constitucional nº39, em 2002 (Art.

149-A). Desta forma o desempenho deste instrumento,

quando comparado ao desempenho das demais taxas,

teve um crescimento superior devido a regulamentação

institucional do mecanismo de cobrança.

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Parte 1Instrumentos de Participação

Seguindo a tendência nacional, no Estado do

Pará os órgãos colegiados que marcam a participação

na gestão de políticas públicas têm conhecido uma

expansão desde a década de 1990. O quadro atual

de órgãos colegiados instituídos nos governos locais

responde, apenas em parte, a uma série de dispositivos

legais. O arcabouço legal, a própria democratização

do País, aliados a idéia de mobilização da sociedade

civil organizada, criou condições para a constituição

das instâncias de participação. Apesar deste ambiente

crescente de instalação de instâncias participativas

no território, é importante lembrar que no recorte

regional Brasil, a macrorregião Norte apresenta

números abaixo da média nacional. Os instrumentos

de participação auferidos neste trabalho foram

limitados pela disponibilidade de dados mais recentes,

já que os dados oficiais do IBGE são para os anos de

2005 e 2006. Duas foram as áreas investigadas neste

documento: Educação e Habitação.

Para estes dois temas, foram feitas quatro

perguntas, com o objetivo de verificar: a existência dos

conselhos; o caráter consultivo, deliberativo, normativo,

e/ou fiscalizador dos mesmos; o caráter paritário do

instrumento colegiado; e, por fim, a frequência das

reuniões dessas instâncias nos últimos 12 meses. Com

referência à frequência das reuniões, foram consideradas

as respostas do questionário IBGE: quinzenal ou menor;

mensal; bimestral ou trimestral; semestral ou anual;

irregular; e não realizou reunião. A importância dos

quesitos relativos à existência e à frequência das reuniões

dos conselhos deve-se à possibilidade de se distinguir

os conselhos que estão em plena atividade daqueles

constituídos apenas formalmente.

Uma observação geral sobre os dados da

distribuição dos Conselhos Municipais no Estado,

demonstra que a instituição destes órgãos colegiados é

mais difundida em municípios mais populosos e menos

difundida entre municípios com baixa densidade

populacional. Desta forma, os dados indicam uma maior

dificuldade de implantação da gestão participativa em

municípios de baixa densidade populacional.

Conselhos de Educação

Em média, os Conselhos de Educação no Estado

do Pará estão em 28% do território das RI. Em algumas

RI esta representação territorial encontra-se bem acima

da média do Estado; como no caso das RI Carajás,

Tocantins, Araguaia, Metropolitana - com 50%, 45%,

40% e 40% respectivamente.

Segundo dados de 2006 do IBGE, na área de

Educação, um percentual relativamente baixo de

municípios haviam institucionalizado Conselhos

Municipais em relação ao que era esperado em vista do

caráter universalista deste tipo de política. Na Região

Norte, 187 municípios institucionalizaram o Conselho

de Educação, frente a um universo de 449 municípios,

ou seja, 41% do universo. No Estado do Pará este

número é de 41 municípios, frente a um universo de

143 municípios. O que indica que 28% dos municípios

institucionalizaram esta instância de participação.

Isso, provavelmente, se deve tanto ao fato do

sistema de ensino em muitos municípios possivelmente

estar integrado ao sistema estadual, como ao fato de que,

em grande parte dos municípios, estarem sendo criados

Conselhos para programas específicos voltados para

o setor de ensino; como o do Fundo de Manutenção e

Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização

dos Profissionais da Educação – FUNDEB e o programa

de Merenda/Alimentação Escolar que exigem a

formação de Conselhos Municipais para o repasse de

recursos. Pode-se supor que, para não haver superposição

de poderes e competências ou uma multiplicidade de

Conselhos na mesma área, muitos municípios deixam

então de ter um Conselho na área de educação voltado

para a execução de políticas de âmbito mais geral.

Contudo, a atualidade que o tema da educação

assume nos debates sobre o desenvolvimento sustentável

e na definição de diferentes políticas públicas torna os

Conselhos Municipais de Educação instrumentos únicos.

Essa instância colegiada permanente é um dos principais

mecanismos institucionais de democratização da gestão

municipal da educação, viabilizando a oportunidade

de incorporação de grupos sociais envolvidos direta ou

indiretamente no processo educativo.

A participação da sociedade civil na elaboração,

na gestão e no controle das políticas públicas

educacionais, fundamentada no princípio da gestão

democrática estabelecido na Constituição (Art. 206,

VI) tem nos Conselhos Municipais de Educação um

instrumento privilegiado.

Para apreender o caráter dos Conselhos

de Educação constituídos, quatro tipologias de

caracterização foram investigadas: conselho consultivo

– aquele em que seus integrantes têm o papel apenas

de estudar e indicar ações ou políticas sobre sua área de

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atuação; conselho deliberativo - aquele que efetivamente

tem poder de decidir sobre a implantação de políticas

e/ou administração de recursos relativos à sua área de

atuação; conselho fiscalizador - aquele que fiscaliza a

implementação e funcionamento de políticas e/ou a

administração de recursos relativos à sua área de atuação;

e por fim, conselho normativo – que estabelece normas

e diretrizes para as políticas e/ou a administração de

recursos relativos à sua área de atuação.

Ao observar o caráter das formas de participação

dos Conselhos de Educação nas RI do Pará, entende-

se que este apresenta um comportamento dispare.

Como exemplo desta tendência heterogênea, a análise

das RI Araguaia e Metropolitana desenha a seguinte

moldura: em ambas RI a existência dos Conselhos de

Educação está presente em 40% do seu território; na

RI Metropolitana 100% dos Conselhos são consultivos,

deliberativos e normativos, e 50% desses conselhos são

fiscalizadores; já na RI Araguaia 50% são consultivos,

66% deliberativos, e 83% normativos e fiscalizadores.

Tabela 7: Conselhos de Educação

Região de IntegraçãoExistência (%) Consultivo (%) Deliberativo (%) Normativo (%) Fiscalizador (%)

Não Sim Não Sim Não Sim Não Sim Não SimAraguaia 60,00 40,00 50,00 50,00 33,33 66,67 16,67 83,33 16,67 83,33Baixo Amazonas 75,00 25,00 0,00 100,00 66,67 33,33 66,67 33,33 66,67 33,33Carajás 50,00 50,00 33,33 66,67 0,00 100,00 50,00 50,00 33,33 66,67Guamá 61,11 38,89 14,29 85,71 28,57 71,43 42,86 57,14 0,00 100,00Lago de Tucuruí 71,43 28,57 50,00 50,00 100,00 0,00 0,00 100,00 0,00 100,00Marajó 81,25 18,75 66,67 33,33 0,00 100,00 66,67 33,33 33,33 66,67Metropolitana 60,00 40,00 0,00 100,00 0,00 100,00 0,00 100,00 50,00 50,00Rio Caeté 93,33 6,67 100,00 0,00 0,00 100,00 0,00 100,00 0,00 100,00Rio Capim 75,00 25,00 0,00 100,00 0,00 100,00 0,00 100,00 0,00 100,00Tapajós 100,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00Tocantins 54,55 45,45 80,00 20,00 40,00 60,00 60,00 40,00 0,00 100,00Xingu 80,00 20,00 50,00 50,00 0,00 100,00 50,00 50,00 50,00 50,00Pará 71,33 28,67 36,59 63,41 24,39 75,61 36,59 63,41 19,51 80,49

Fonte: IBGE. MUNIC 2006.

Na Tabela 8 observa-se o equilíbrio formal entre

a representação civil e governamental dos Conselhos

de Educação nas 12 RI do Estado do Pará. Os dados

do IBGE 2006 registram um equilíbrio nulo na RI

Rio Caeté. Em posição oposta, a RI Carajás alcançou

formalmente a ponderação perfeita entre a representação

governamental e da sociedade civil – sendo o critério

de paridade observado em todos os municípios que

compõem a RI.

Tabela 8: Representatividade dos Conselhos

Região de IntegraçãoConselho de Educação

maior representação governamental

maior representação da sociedade civil

Paritário

Araguaia 0,00 16,67 83,33Baixo Amazonas 0,00 33,33 66,67Carajás 0,00 0,00 100,00Guamá 14,29 14,29 71,43Lago de Tucuruí 0,00 50,00 50,00Marajó 66,67 0,00 33,33Metropolitana 0,00 50,00 50,00Rio Caeté 100,00 0,00 0,00Rio Capim 0,00 25,00 75,00Tapajós 0,00 0,00 0,00Tocantins 20,00 0,00 80,00Xingu 50,00 0,00 50,00Pará 14,63 14,63 70,73Fonte: IBGE, MUNIC 2006.

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Parte 1Conselhos de Habitação

Havia Conselhos na área de habitação em apenas

3 municípios do Estado do Pará, em 2005. Dentre as 12

RI onde se investigou havia Conselhos de Habitação

apenas três RI institucionalizaram este instrumento

quais sejam: Metropolitana, Araguaia e Rio Caeté. Os

dados também apontam para existência de paridade

entre representação governamental e da sociedade civil

em duas das três RI (são elas a Metropolitana e Caeté),

onde se verifica existência do Conselho de Habitação.

Já o resultado da frequência das reuniões nas RI

Metropolitana, Araguaia e Rio Caeté informa uma certa

regularidade em suas reuniões.

Mapa 5 – Existência Conselho Municipal de Habitação

Cooperação Intergovernamental

O desafio de encontrar novas soluções para a

administração local levou os gestores a formarem

alianças com os demais entes da federação ou com o setor

privado para viabilizar projetos. Estes projetos por serem

de maior porte ou abrangência, exigiam necessariamente

articulações em diferentes escalas e soluções em parceria.

Estas articulações são denominadas de articulações

interinstitucionais. Os arranjos interinstitucionais,

espelham ações pactuadas entre os entes federativos, ou

seja, entre a União, o Estado e os Municípios e também

entre estes e a iniciativa privada. Dentre as formas de

associação existentes, ganham destaque os consórcios

públicos. Este instrumento apesar de ser largamente

utilizado antes de 2005 necessitava de base legal, só

conquistada em 2005 através da Lei nº 11.107. Esta

norma estabeleceu a estrutura legal para a efetivação de

consórcios públicos e convênios.

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ráParte 1

Tabela 9: Atuação dos Consórcios em Municípios até 5.000 mil habitantes.

Região de Integração

Educação (%)

Consórcio Intermunicipal Consórcio Público Estado Consórcio Público União

Não Sim Não Sim Não Sim

Araguaia 86,67 13,33 60,00 40,00 60,00 40,00

Baixo Amazonas 100,00 0,00 91,67 8,33 91,67 8,33

Carajás 100,00 0,00 83,33 16,67 83,33 16,67

Guamá 88,89 11,11 77,78 22,22 83,33 16,67

Lago de Tucuruí 28,57 71,43 71,43 28,57 85,71 14,29

Marajó 100,00 0,00 25,00 75,00 43,75 56,25

Metropolitana 100,00 0,00 20,00 80,00 40,00 60,00

Rio Caeté 93,33 6,67 100,00 0,00 100,00 0,00

Rio Capim 100,00 0,00 81,25 18,75 81,25 18,75

Tapajós 83,33 16,67 100,00 0,00 100,00 0,00

Tocantins 72,73 27,27 72,73 27,27 72,73 27,27

Xingu 80,00 20,00 50,00 50,00 50,00 50,00

Pará 88,81 11,19 70,63 29,37 74,83 25,17

Fonte: IBGE, MUNIC 2005

O Consórcio Público intermunicipal é um

instrumento amplamente utilizado em algumas das

políticas públicas locais, como por exemplo, na área da

Saúde e Educação. Esta tendência nacional também é

seguida pelo Estado do Pará, onde aproximadamente

16% dos municípios participam deste tipo de

associação intermunicipal nas áreas da Saúde e 11% na

área da Educação.

Mas diferente da tendência nacional, os consórcios

municipais no Estado do Pará, e em suas RI, não

acontecem em municípios até 5.000 mil hab – CTM1

ou entre 5.001 e 10.000 mil hab., como evidencia a

tendência nacional. Isto porque, como já mencionado

anteriormente, o Estado do Pará tem apenas 1,3% dos

seus municípios nesta classe de tamanho.

Mas, é interessante constar que quanto menor

o município, mais estímulo as administrações locais

encontram na institucionalização deste instrumento. No

Estado do Pará a classificação indicativa dos municípios

sugere que a concentração deste instrumento se estende,

sobretudo nos municípios que possuem população

entre 10 mil a 50 mil habitantes.

Os dados do IBGE mostram que os consórcios

públicos do Estado com os municípios representam

29% na Educação e 34% na Saúde. Já os consórcios dos

municípios entre a União, tanto na Educação como

na Saúde espelham os seguintes índices – 25% e 30%

respectivamente.

Na área de Educação, os consórcios intermunicipais

se destacam nas RI Lago de Tucuruí (71%), Tocantins

(27%) e Xingu (20%). Já os consórcios com o Estado e

a União são mais frequentes, em ambos os casos, nas RI

Metropolitana (80% e 60%), Marajó (75% e 56%) e Xingu

(50% e 50%).

Na área da Saúde a presença do instrumento

consórcio intermunicipal é presente na RI Lago de

Tucuruí, seguida pelas RI Carajás e Metropolitana, com

índices de 71%, 58% e 40%. Os consorciamentos com

o Estado e a União se destacam nos municípios das RI

Marajó, Metropolitana, Xingu e Araguaia.

Os convênios de parceria são acordos firmados

entre a prefeitura e o setor privado, em que as partes

assumem e dividem responsabilidades de projetos e/

ou serviços. Geralmente envolve divisão de trabalho e

contrapartida financeira, não se incluindo, neste caso, as

contratações de serviços terceirizados.

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Parte 1Tabela 10: Consórcios de Saúde

Região de Integração

Saúde (%)Consórcio Intermunicipal Consórcio Público Estado Consórcio Público União

Não Sim Não Sim Não Sim

Araguaia 86,67 13,33 53,33 46,67 53,33 46,67

Baixo Amazonas 100,00 0,00 75,00 25,00 75,00 25,00

Carajás 41,67 58,33 75,00 25,00 75,00 25,00

Guamá 77,78 22,22 77,78 22,22 83,33 16,67

Lago de Tucuruí 28,57 71,43 57,14 42,86 71,43 28,57

Marajó 100,00 0,00 18,75 81,25 31,25 68,75

Metropolitana 60,00 40,00 20,00 80,00 40,00 60,00

Rio Caeté 100,00 0,00 100,00 0,00 100,00 0,00

Rio Capim 100,00 0,00 81,25 18,75 81,25 18,75

Tapajós 100,00 0,00 66,67 33,33 66,67 33,33

Tocantins 81,82 18,18 81,82 18,18 81,82 18,18

Xingu 90,00 10,00 50,00 50,00 50,00 50,00

Pará 83,92 16,08 65,73 34,27 69,23 30,77

Fonte: IBGE, MUNIC 2005.

O quadro do Estado revela que 13% dos

municípios exploram este instrumento na área de

Educação. As RI que figuram acima da média do

Estado são: Carajás; Rio Capim; Tapajós e Tocantins

com índices de 25%, 31%, 33% e 27% respectivamente.

As RI Metropolitana, Guamá e Rio Caeté não exploram

este instrumento. Já os convênios com o setor privado

na área da Saúde são explorados em 9% dos municípios

do Estado. Figuram acima da média do Estado as RI

Lago de Tucuruí, Rio Capim e Tapajós. As RI Guamá,

Metropolitana e Rio Caeté se destacam mais uma vez

por não explorarem este instrumento de parceria entre

o setor público e privado.

Tabela 11: Educação e Saúde no Setor Privado

Região de Integração

Educação (%) Saúde (%)

Convênio Setor Privado Convênio Setor Privado

Não Sim Não Sim

Araguaia 86,67 13,33 93,33 6,67

Baixo Amazonas 91,67 8,33 91,67 8,33

Carajás 75,00 25,00 91,67 8,33

Guamá 100,00 0,00 100,00 0,00

Lago de Tucuruí 85,71 14,29 85,71 14,29

Marajó 93,75 6,25 93,75 6,25

Metropolitana 100,00 0,00 100,00 0,00

Rio Caeté 100,00 0,00 100,00 0,00

Rio Capim 68,75 31,25 62,50 37,50

Tapajós 66,67 33,33 83,33 16,67

Tocantins 72,73 27,27 90,91 9,09

Xingu 90,00 10,00 100,00 0,00

Pará 86,71 13,29 90,91 9,09

Fonte: IBGE, MUNIC 2005.

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Adimensão social do Atlas de Integração

Regional do Estado do Pará, se constitui de

duas partes: na primeira parte, realiza-se um

diagnóstico geral dos aspectos sociais relativos ao

Estado do Pará e às suas doze (12) regiões de integração.

Assim, nesta primeira parte, a unidade de análise no

sentido territorial (ou escalar) é a Região de Integração

e, no sentido agregado, o Estado do Pará. Na segunda

parte, o objetivo é apresentar um diagnóstico sintético

dos aspectos sociais pertinentes a cada uma das doze

regiões de integração e dos respectivos municípios que a

constituem. A unidade de análise territorial da segunda

parte, nesse sentido, são os 143 municípios paraenses e,

em um sentido mais agregado, a Região de Integração

pertinente a esses municípios.

Os aspectos sociais que compõem este diagnóstico

se classificam em seis (6): 1. População ou aspectos

demográficos; 2. Indicadores de Desenvolvimento

Humano (IDH) e de Desigualdade; 3. Saúde; 4. Educação;

5. Segurança Pública; e 6. Cultura.

No que se refere à População, utilizam-se 4

indicadores: 1) população total do estado do Pará e

participação relativa e absoluta; (2) taxa de crescimento

populacional no período 1991-2008; (3) distribuição

por gênero da população total; (4) distribuição por

situação de domicílio urbano ou rural.

Para avaliar o Desenvolvimento Humano (IDH)

e de Desigualdade, utiliza-se os seguintes indicadores:

2Capítulo

DIMENSÃO SOCIAL

(1) Índice de Desenvolvimento Humano Municipal; (2)

IDHM decomposto em três dimensões: IDHM-Renda,

IDHM-Longevidade e IDHM-Educação; (3) Coeficiente

ou Índice de Gini, para medir a concentração de renda.

No campo da Saúde, utilizaram-se os seguintes

indicadores: (1) taxa ou coeficiente de mortalidade

infantil; (2) taxa ou razão de mortalidade materna; (3)

taxa de Longevidade ou de Esperança ou Expectativa

de Vida; (4) níveis de cobertura do Programa Saúde da

Família (PSF); (5) Número de leitos por mil habitantes.

Na área da Educação, utilizaram-se os seguintes

indicadores: (1) percentual de crianças de 7 a 14 anos

com acesso ao ensino fundamental; (2) percentual de

adolescentes de 15 a 17 anos que estão freqüentando

o ensino médio; (3) percentual de crianças de 7 a 14

anos que são analfabetas; (4) Taxa de Analfabetismo

de Adultos, ou de pessoas acima de 15 anos que são

analfabetas; (5) “Anos de Escolaridade”, ou média de

anos de estudo para população acima de 15 anos; (6)

Taxas de Reprovação e Abandono nos níveis de ensino

fundamental e médio; (7) Índice de Desenvolvimento da

Educação Básica (IDEB) para Anos Iniciais (aplicados a

crianças que estão na quarta série), e para Anos Finais

(aplicados a crianças que estão na oitava série).

Na área da Segurança Pública, utilizaram-se

indicadores de violência expressos pelas seguintes taxas:

(1) taxa de homicídios em relação à população total; (2)

taxa de homicídios em relação à população jovem.

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34 Parte 1A

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graç

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egio

nal d

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tad

o d

o Pa

ráNa área da Cultura, optou-se por utilizar indicadores

sobre Equipamentos Culturais existentes em municípios

do estado do Pará, classificados em cinco tipos: (1)

bibliotecas, (2) museus, (3) teatros ou salas de espetáculos,

(4) estádios ou ginásios poliesportivos e (5) cinemas.

População

A população total do Estado do Pará em 2008

se situou na faixa de 7.431.020 habitantes (IBGE),

observando-se um incremento de 45,80% em relação

a 1991. Em termos de concentração populacional, a

Região de Integração (RI) Metropolitana se destaca

como a mais populosa, concentrando 28,34% da

população paraense em 2008. A seguir, enquanto regiões

mais populosas, destacam-se a RI Tocantins, com 9,43%

do total, e a RI Baixo Amazonas, com 8,87%, embora,

ao longo do tempo, perceba-se um certo declínio em

termos de participação relativa dessas duas Regiões de

Integração em relação à população total do Pará.

Tabela 12: População por Região de Integração e respectiva participação percentual em relação à população total do Pará em

1991, 2000 e 2008.

Região de Integração1991 2000 2008

Total % Total % Total %Araguaia 293.563 5,76 337.975 5,46 436.117 5,87Baixo Amazonas 545.390 10,70 601.381 9,71 659.321 8,87Carajás 301.930 5,92 400.287 6,46 531.431 7,15Guamá 437.178 8,58 506.346 8,18 589.415 7,93Lago de Tucuruí 161.646 3,17 272.813 4,41 345.674 4,65Marajó 317.022 6,22 379.203 6,12 467.822 6,3Metropolitana 1.401.305 27,49 1.795.536 29,00 2.105.621 28,34Rio Caeté 326.283 6,40 398.549 6,44 453.826 6,11Rio Capim 360.213 7,07 478.336 7,72 566.297 7,62Tapajós 146.746 2,88 197.942 3,20 264.307 3,56Tocantins 592.861 11,63 560.630 9,05 701.066 9,43Xingu 212.669 4,17 263.309 4,25 310.123 4,17Pará 5.096.806 100,00 6.192.307 100,00 7.431.020 100,00Fonte: IBGE, Censos Demográficos de 1991 e 2000, e Estimativa de 2008

A Região de Integração que apresentou a maior taxa

de crescimento populacional no período 1991/2008, no

entanto, foi a RI Lago de Tucuruí, com crescimento de

113,85%, vindo a seguir a RI Tapajós, com crescimento

populacional de 80,11% no mesmo período. Deve-

se notar que a dinâmica demográfica dessas Regiões

de Integração em específico se notabilizou por um

forte movimento migratório oriundo, sobretudo, de

outros estados brasileiros, atraídos pela dinâmica

econômica dessas regiões (grandes projetos energéticos

e mineradores, agropecuária diversificada composta

por fazendas, latifúndios e agricultura familiar, entre

outros). Por outro lado, há Regiões de Integração que

tiveram um crescimento populacional bem abaixo da

média do Estado do Pará (que foi de 45% no período

1991-2008), como é o caso das RI Tocantins (18,25%),

Baixo Amazonas (20,89%) e Guamá (34,92%), não

obstante tais regiões ainda concentrarem contingentes

populacionais significativos.

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Tabela 13: Taxa de Crescimento Populacional por Região de Integração e da

População Total do Estado do Pará no período 1991-2008Região de Integração 1991-2008

Araguaia 48,56%

Baixo Amazonas 20,89%

Carajás 76,01%

Guamá 34,82%

Lago de Tucuruí 113,85%

Marajó 47,57%

Metropolitana 50,26%

Rio Caeté 39,09%

Rio Capim 57,21%

Tapajós 80,11%

Tocantins 18,25%Xingu 45,82%

Pará 45,80%Fonte: IBGE, Censo Demográfico 1991 e Estimativa 2008.

A tabela 14 apresenta a distribuição da população

do Estado do Pará por gênero, segundo as Regiões de

Integração. Em 2007, percebe-se um leve predomínio

da população masculina (50,79%) em relação à feminina

(49,21%). Sob este aspecto, verifica-se que somente na

RI Metropolitana a maioria da população é feminina.

Mas, mesmo neste caso, nota-se uma leve tendência de

diminuição na participação feminina nesta RI (menos

0,25% de 2000 em relação à 1991, e menos 0,08% de 2007

em relação à 2000). Nas demais Regiões de Integração,

contudo, a predominância é da população masculina.

Tabela 14: Participação relativa da população por gênero nas Regiões de Integração em 1991, 2000 e 2007

Região de Integração 1991 2000 2007

Masculino Feminino Masculino Feminino Masculino Feminino Araguaia 53,21% 46,79% 52,57% 47,43% 52,76% 47,24%

Baixo Amazonas 50,97% 49,03% 51,07% 48,93% 51,12% 48,88%Carajás 51,75% 48,25% 51,34% 48,66% 51,32% 48,68%

Guamá 50,97% 49,03% 50,95% 49,05% 50,92% 49,08%Lago de Tucuruí 51,21% 48,79% 52,03% 47,97% 52,08% 47,92%

Marajó 51,73% 48,27% 52,05% 47,95% 52,01% 47,99%

Metropolitana 47,71% 52,29% 47,84% 52,16% 47,88% 52,12%

Rio Caeté 51,19% 48,81% 51,64% 48,36% 51,66% 48,34%

Rio Capim 51,81% 48,19% 51,72% 48,28% 51,78% 48,22%

Tapajós 52,97% 47,03% 53,54% 46,46% 54,10% 45,90%

Tocantins 51,40% 48,60% 51,50% 48,50% 51,52% 48,48%

Xingu 53,19% 46,81% 52,51% 47,49% 52,53% 47,47%

PARÁ 50,55% 49,45% 50,59% 49,41% 50,79% 49,21%

Fonte: IBGE, Censo Demográficos 1991 e 2000, e Estimativa 2007

A forma de ocupação e distribuição da população

no território paraense sofreu modificações importantes

nas últimas décadas, refletindo, sobretudo, o intenso

processo de urbanização que ocorre na Amazônia.

Analisando a distribuição da população do Pará segundo

condição urbana e rural por Regiões de Integração,

percebe-se que em 2007 mais de dois terços da população

paraense (mais precisamente, 70,05%) morava em áreas

urbanas, enquanto em 1991, tal percentual se situava

em apenas 52,29%. A face mais visível do processo de

urbanização se dá por meio de um paulatino processo de

“metropolização”, dado que em 1991 a RI Metropolitana

já concentrava 27,49% da população total do Pará.

A RI Metropolitana é, de longe, a mais “urbana” das

Regiões de Integração, com 97,54% da sua população

vivendo no meio urbano em 2007. Cabe destacar, neste

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rácaso, o intenso processo de urbanização que sofre a

própria RI Metropolitana, tendo em vista que em 1991

apenas 66,48% da sua população morava em áreas

urbanas. Mas onde o processo de urbanização provoca

maiores transformações sociais e demográficas é em

determinadas Regiões de Integração cujas populações,

em sua maior parte, viviam no meio rural em 1991,

como é o caso das RI Lago de Tucuruí, Rio Caeté e Rio

Capim. Em 2007, as populações destas RI já passam a

ser predominantemente urbanas, com a alteração mais

significativa ocorrendo na RI Lago de Tucuruí, onde a

população urbana passou a ser de 58,39%.

Tabela 15: População em termos percentuais segundo condição urbana e rural por Região de Integração em 1991,

2000 e 2007

Região de Integração1991 2000 2007

Urbana Rural Urbana Rural Urbana Rural

Araguaia 53,66 46,34 59,69 40,31 57,12 42,88

Baixo Amazonas 54,58 45,42 57,42 42,58 56,86 43,14

Carajás 54,02 45,98 66,75 33,25 66,87 33,13

Guamá 54,61 45,39 61,39 38,61 61,83 38,17

Lago de Tucuruí 47,34 52,66 59,29 40,71 58,39 41,61

Marajó 31,86 68,14 38,84 61,16 39,22 60,78

Metropolitana 66,48 33,52 97,73 2,27 97,54 2,46

Rio Caeté 48,13 51,87 53,23 46,77 53,26 46,74

Rio Capim 42,70 57,30 51,94 48,06 51,35 48,65

Tapajós 46,74 53,26 47,59 52,41 44,74 55,26

Tocantins 40,42 59,58 45,79 54,21 45,94 54,06

Xingu 33,12 66,88 45,69 54,31 44,10 55,90

PARÁ 52,29 47,71 66,55 33,45 70,05 29,95

Fonte: IBGE, Censo Demográfico, 1991 e 2000 e Estimativa, 2007

Parte significativa da população do Pará, no

entanto, continua vivendo no meio rural. Este é o caso,

sobretudo, da maior parte das populações residentes

nas RI Marajó, Tapajós, Tocantins e Xingu. Todavia,

percebe-se uma tendência de avanço da participação

da população urbana nestas regiões, com exceção da

RI Tapajós, que apresentou um inédito decréscimo de

participação da população urbana, caindo de 46,74%

em 1991, para 44,74% em 2007. A RI Marajó é a que

apresenta a maior participação relativa da população

rural, concentrando 60,78% da população no campo.

Indicadores de Desenvolvimento Humano e Desigualdade

O resultado do IDH varia entre 0 (zero) e 1 (um).

Um IDH compreendido entre 0 a 0,5 indica baixo

desenvolvimento humano; caso se situe na faixa de 0,5

a 0,8, considera-se que há um desenvolvimento humano

médio; caso se encontre entre 0,8 a 1, verifica-se alto

desenvolvimento humano.

Para poder apresentar um quadro do

Desenvolvimento Humano nas Regiões de Integração

do estado do Pará, partiu-se de dados do Índice de

Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) dos

anos de 1991 e 2000, com as taxas de variação destes

anos, além de dados da decomposição do IDHM de

2000 em IDHM-Renda, IDHM-Longevidade e IDHM-

Educação, contidos no Atlas de Desenvolvimento

Humano no Brasil que apresenta o cálculo do IDHM

para os municípios brasileiros, tendo como base os

Segundo o Programa das Nações Unidas para o

Desenvolvimento (PNUD), o Índice de Desenvolvimento

Humano (IDH) é um indicador sintético que busca

captar e sintetizar as diversas e complexas dimensões

do processo de desenvolvimento humano. Em sua

metodologia, reconhecem três dimensões essenciais

presentes em todos os níveis de desenvolvimento:

(1) desfrutar uma vida longa e saudável; (2) adquirir

conhecimento e (3) ter acesso aos recursos necessários

para um padrão de vida decente. Para indicador de

longevidade, utiliza-se a esperança de vida ao nascer;

como indicador de nível educacional, toma-se a taxa

de alfabetização dos adultos e a taxa combinada de

matrícula nos ensinos fundamental, médio e superior;

e como indicador de acesso a recursos, computa-se a

renda per capita.

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censos de 1991 e 2000 (IBGE). E de forma complementar

à análise do desenvolvimento humano, apresenta-se

dados sobre a concentração de renda no estado do

Pará e nas Regiões de Integração a partir de cálculo do

Índice ou Coeficiente de Gini dos anos de 2005 e 2004,

processado pela SEPOF/Governo do Estado do Pará.

Desde que o PNUD iniciou em 1990 a publicação

anual do “Relatório sobre o desenvolvimento humano”, o

IDH passou a ser utilizado como o principal indicador de

mensuração do desenvolvimento. O IDH foi idealizado

como um indicador sintético de desenvolvimento que

buscasse captar as diversas dimensões que compõem o

processo de desenvolvimento e que fosse uma alternativa

à renda per capita, que até então era utilizado como

principal indicador para calcular o desenvolvimento.

Mas a utilização da renda per capita como indicador

de desenvolvimento era muito criticada, pois se

argumentava que funcionava melhor como indicador de

crescimento econômico, pois, além de se limitar a uma

visão economicista do desenvolvimento, mesmo sob tal

prisma reducionista se mostrava incapaz, por exemplo,

de demonstrar como se distribuí a renda (ou a riqueza)

entre os habitantes, que é um elemento fundamental

para se verificar se há, de fato, desenvolvimento, ainda

que de um ponto de vista meramente econômico.

DESENVOLVIMENTO E CRESCIMENTO ECONÔMICO: semelhanças e diferenças

O conceito de crescimento econômico encontra-se associado a aspectos quantitativos, pois busca

mensurar o nível de atividades econômicas em um determinado período, calculado por meio da variação

do Produto Interno Bruto (PIB). A noção de desenvolvimento, por sua vez, associa aspectos tanto

quantitativos quanto qualitativos de mudanças na qualidade e condições de vida da maioria da população,

podendo captar aspectos diversos (econômicos, sociais, culturais, políticos, institucionais, ambientais,

de moradia, entre outros). Em suma, pode-se dizer que o crescimento econômico é uma condição

necessária para haver desenvolvimento, no entanto, não é uma condição suficiente. Faz-se imprescindível

complementar com uma série de políticas sociais (inclusive de distribuição de renda) e infra-estruturais,

além de práticas de governança (articulação entre sociedade civil e governo) e maior participação social

na gestão, planejamento e controle das atividades públicas, por meio de intensa participação política e

cívica da população.

Apesar do IDH também possuir várias limitações

(inclusive o de não mostrar também, por si só, como

se distribui a renda), ele é mais completo que a renda

per capita, além de estimular que os seus usuários

consultem o amplo sortimento de tabelas estatísticas

e análises críticas detalhadas fornecidas anualmente

pelos relatórios de desenvolvimento humano, inclusive

aqueles produzidos especificamente para analisar a

realidade brasileira, como os produzidos pelo IPEA

juntamente com o PNUD.

A tabela 16 apresenta dados do Índice de

Desenvolvimento Humano (IDH) em 1991 e 2000

das Regiões de Integração, do Pará e do Brasil. Estes

dados foram coletados no Atlas de Desenvolvimento

Humano no Brasil, a partir de dados dos censos de 1991

e 2000, disponibilizado no portal do PNUD/Brasil,

que apresenta cálculos do Índice de Desenvolvimento

Humano Municipal (IDHM).

Tabela 16: Índice de Desenvolvimento Humano Municipal por Regiões de Integração em 1991 e 2000Região de Integração IDHM, 1991 IDHM, 2000 Taxa de Variação do IDH

Brasil 0,696 0,766 10,06%Pará 0,65 0,723 11,23%Araguaia 0,61 0,70 15,55%Baixo Amazonas 0,60 0,68 12,59%Carajás 0,56 0,67 20,13%Guamá 0,62 0,69 11,51%Lago de Tucuruí 0,56 0,67 18,82%Marajó 0,55 0,63 14,33%Metropolitana 0,68 0,74 9,18%Rio Caeté 0,55 0,64 15,63%Rio Capim 0,56 0,66 16,67%Tapajós 0,59 0,68 15,40%Tocantins 0,60 0,68 12,17%Xingu 0,57 0,68 19,80%

Fonte: Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil, 2003

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ráPercebe-se que o IDH do Estado do Pará é um

pouco inferior ao IDH do Brasil e se situa como um

IDH médio. A Região de Integração com maior IDH

é a RI Metropolitana, com 0,74, e que, junto com a RI

Araguaia, com 0,70, pode ser situada na faixa de “IDH

médio alto” (de 0,70 a 0,79). Todas as demais Regiões

de Integração se situam como “IDH médio baixo” (de

0,50 a 0,69), sendo que a RI com menor IDH é o Marajó,

com 0,63. Percebe-se que houve uma razoável evolução

do IDH no ano de 2000 em relação ao ano de 1991.

Essa evolução é patente especialmente nas Regiões

de Integração Carajás, Lago de Tucuruí e Xingu, que

apresentaram variação em torno de 20%.

Mapa 6: Índice de Desenvolvimento Humano Municipal por Região de Integração em 2000

Uma análise mais apurada, porém, pode ser

feita a partir da decomposição do IDH em suas três

(3) dimensões: IDH-Renda, IDH-Longevidade e

IDH-Educação. Isso porque tal exame pode revelar,

por exemplo, um possível descompasso entre o nível

de renda obtido (IDHM-Renda) e o padrão social

obtido, revelado (ainda que parcialmente) pelos níveis

de escolaridade (IDHM-Educação) e longevidade

(IDHM-Longevidade). Tal exame pode ajudar a

desfazer o mito de que regiões com renda elevada

tendem a ter níveis de desenvolvimento semelhantes.

Um exame mais apurado da composição do IDH pode

revelar justamente o contrário.

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Tabela 17: Índice de Desenvolvimento Humano Municipal decomposto em índices de Renda, Longevidade e Educação por

Região de Integração em 2000.

Região de Integração IDHM, 2000 IDHM-Renda, 2000 IDHM-Longevidade, 2000 IDHM-Educação, 2000

Brasil 0,766 0,723 0,727 0,849

Pará 0,723 0,629 0,725 0,815

Araguaia 0,70 0,62 0,73 0,75

Baixo Amazonas 0,68 0,52 0,71 0,80

Carajás 0,67 0,58 0,70 0,74

Guamá 0,69 0,54 0,72 0,81

Lago de Tucuruí 0,67 0,58 0,70 0,72

Marajó 0,63 0,50 0,70 0,68

Metropolitana 0,74 0,62 0,71 0,89

Rio Caeté 0,64 0,51 0,69 0,72

Rio Capim 0,66 0,56 0,70 0,71

Tapajós 0,68 0,58 0,72 0,73

Tocantins 0,68 0,53 0,74 0,77

Xingu 0,68 0,60 0,72 0,71

Fonte: Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil, 2003

Desta forma, percebe-se que, apesar da RI Baixo

Amazonas ter uma renda per capita (medido pelo

IDHM-Renda) menor do que de outras regiões(como

Carajás e Lago de Tucuruí, por exemplo), apresenta um

IDHM maior do que as RI citadas, basicamente porque

possui melhores indicadores sociais (maiores IDHM-

Longevidade e, sobretudo, IDHM-Escolaridade). Assim,

demonstra-se que nem sempre a RI com maior renda

é, necessariamente, a mais desenvolvida. A RI Araguaia

possui, por exemplo, o mesmo valor de IDHM-Renda

(ou nível de renda) que a RI Metropolitana, mas detém

um IDH menor, principalmente por ter um nível de

educação (ou IDHM-Educação) bem inferior ao da RI

Metropolitana, que possui o maior IDHM-Educação

(0,89) entre as RI. Mas isso não quer dizer que o nível

de renda não seja fundamental, pois um nível de renda

baixo pode representar maiores dificuldades de acesso

a serviços ou necessidades básicas. Isso explica, por

exemplo, porque a RI Marajó possui o menor IDHM

dentre as Regiões de Integração, pois possui o menor

IDHM-Renda (apenas 0,50) entre as Regiões de

Integração, além de também possuir o menor indicador

de educação (IDHM-Educação de apenas 0,68). Dessa

forma, o exame detalhado da composição do IDH em suas

3 dimensões básicas, além da consulta às informações

que acompanham os Relatórios de Desenvolvimento

Humano, pode demonstrar os diferentes níveis de

acesso e de oportunidade às condições que promovem

o desenvolvimento humano e social.

Para finalizar este item, apresentam-se dados sobre

concentração de renda nas Regiões de Integração, a

partir de cálculos do Coeficiente de Gini, elaborado

pela Secretaria de Estado de Planejamento, Orçamento

e Finanças (SEPOF) e incluídos no Mapa da Exclusão

Social do Pará para o ano de 2007. O Coeficiente

ou Índice de Gini é utilizado para medir o grau de

desigualdade existente na distribuição de renda de

um local ou de indivíduos, mas pode ser usado para

qualquer distribuição. Seu valor varia de 0 (zero),

quando não há desigualdade, ou seja, a renda de todos

os locais/indivíduos tem o mesmo valor, até 1 (um),

quando a desigualdade é máxima, ou seja, apenas um

local/indivíduo detém toda a renda da sociedade e a

renda de todos os outros indivíduos é nula (cf. Programa

das Nações Unidas para o Desenvolvimento - PNUD -

http://www.pnud.org.br). Esse indicador foi calculado a

partir dos dados do PIB Municipal, divulgado pelo IBGE/

SEPOF, sendo calculado para a mesma periodicidade da

variável utilizada no seu cálculo.

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ráTabela 18: Coeficiente de Gini para o Estado do Pará e Região de Integração – 2004/2005

Região de Integração 2004 2005Araguaia 0,40 0,40Baixo Amazonas 0,63 0,63Carajás 0,73 0,74Guamá 0,56 0,57Lago de Tucuruí 0,61 0,61Marajó 0,36 0,34Metropolitana 0,64 0,70Rio Caeté 0,50 0,50Rio Capim 0,44 0,43Tapajós 0,51 0,49Tocantins 0,70 0,68Xingu 0,42 0,42Pará 0,76 0,76

Fonte: SEPOF/DIEPI/GEDE

Comparada ao Brasil, que firmou 0,86 do coeficiente

em 2005, o Pará mostra uma menor desigualdade em

relação à distribuição de renda, com índice de 0,76.

Ao verificar o Coeficiente de Gini por Regiões de

Integração, percebe-se que as regiões do Marajó, Tapajós

e Tocantins reduziram suas desigualdades de renda em

0,02 pontos percentuais, registrando, em 2005, valores

de 0,34 (Marajó), 0,49 (Tapajós) e 0,68 (Tocantins).

Proporcionalmente, a região do Marajó obteve queda de

5,0%, a maior registrada dentre as regiões de integração.

A região do Rio Capim diminuiu a concentração de

renda de 0,44 para 0,43, menos 0,01 pontos. A Região

do Marajó também se destaca com o menor coeficiente,

ou seja, com o maior nível de igualdade de distribuição

de renda. Cabe lembrar que a RI Marajó é a que detém

menor renda per capita.

Depois do Marajó, as Regiões de Integração com

menores concentrações de renda são Araguaia (0,40) e

Xingu (0,42). A RI com maior concentração de renda é

a de Carajás, com índice de 0,74, inclusive registrando

aumento na concentração de renda em 0,01 ponto

em 2005 em relação a 2004. Esta alta concentração de

renda pode estar relacionada à presença de grandes

empresas do ramo da indústria extrativa mineral,

voltada à exportação de produtos semi-elaborados,

com baixo valor agregado e pouca articulação com a

economia local (os chamados “enclaves de exportação”),

além da presença de grandes empresas agropecuárias

nesta região. Depois de Carajás, a RI Metropolitana

se destaca também pela alta concentração de renda,

além de registrar a maior elevação do coeficiente de

Gini, com variação de 9,36%, passando de 0,64 para

0,70. Diferentemente da RI Carajás, a concentração de

renda da RI Metropolitana pode ser explicada menos

pela sua dinâmica econômica (com pouca capacidade

de sustentabilidade econômica, visto não concentrar

nenhuma atividade industrial importante) e mais pelo

inchaço populacional, provocado por significativas

ondas migratórias, ocorridas desde a década de 1970,

mas com maior ênfase nas décadas de 1980 e 1990.

Ocorre que a maior parte desta população parece ter

migrado mais por fatores de expulsão do que de atração,

pois em sua maior parte provém de áreas afetadas por

grandes projetos ou por conflitos agrários ou afetadas

por longos períodos de estagnação econômica. O perfil

dominante parece se constituir de pessoas ou famílias

de baixa renda, com baixo nível de instrução, em sua

maior parte oriundas de atividades agrícolas ou agro-

extrativistas, com pouca capacidade de empregabilidade

para atividades urbanas mais qualificadas, tendendo a

engrossar as atividades da chamada economia informal

ou de baixa qualificação, como as atividades domésticas

ou da construção civil (TRINDADE Jr., 1999).

Saúde

Na análise dos indicadores de Saúde, procurou-se

destacar aqueles indicadores que se notabilizam pelos

componentes sociais, políticos e éticos. É o caso, por

exemplo, dos chamados “Objetivos de Desenvolvimento

do Milênio” (ODM). Os Objetivos de Desenvolvimento

do Milênio são compromissos mundiais firmados por

191 Estados-membros da Organização das Nações

Unidas (ONU), em reunião realizada em setembro de

2000 em Nova York, em um evento conhecido como

“Cúpula do Milênio”, que teve, inclusive, a participação

de 147 chefes de Estado, além de representantes de

Governo de 191 países. Em um documento denominado

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“Declaração do Milênio das Nações Unidas”, foi definido

uma série de compromissos a serem seguidos pelos países

membros (inclusive o Brasil), que ficaram conhecidos

como “Objetivos de Desenvolvimento do Milênio”

(ODM), entre os quais constam 8 (oito) objetivos e uma

série de metas a serem alcançadas até o ano de 2015.

No que concerne à área de saúde, foram estipulados

três (3) objetivos:

• Redução da mortalidade infantil (objetivo 4);

• Melhorar a saúde materna (objetivo 5);

• Combater o HIV/AIDS, a malária e outras doenças

(objetivo 6).

Neste trabalho considerou-se como indicadores

que demonstrassem as condições de saúde da população

paraense basicamente 3 (três) tipos de indicadores:

(1) a taxa ou coeficiente de mortalidade infantil, (2) a

taxa ou razão de mortalidade materna, e (3) a taxa de

Longevidade ou de Esperança (ou Expectativa) de Vida

(que compõe o Índice de Desenvolvimento Humano -

IDH). Para análise dos níveis de cobertura dos programas

de saúde, optou-se pelos dados do Programa Saúde

da Família (PSF). E para análise da disponibilidade de

equipamentos de saúde, considerou-se como indicador

o número de leitos por mil habitantes.

A taxa ou coeficiente de mortalidade infantil

é um indicador de saúde que, além de informar a

respeito dos níveis de saúde de uma população, sintetiza

as condições de bem-estar social, político e ético de dada

conformação social. Isto porque indica a probabilidade

de sobrevivência no primeiro ano de vida e, por essa

razão, reflete não só as condições concretas de moradia,

salário etc., mas também - e, talvez, principalmente - o

compromisso de determinada sociedade com a sua

reprodução social, ou seja, em que medida a sociedade

protege a sua renovação geracional. De maneira geral, os

óbitos infantis podem ser classificados em dois grandes

grupos, de acordo com a idade da criança, que se reflete

em dois componentes da taxa de mortalidade infantil:

(1) o componente neonatal ou mortalidade neonatal,

quando a morte ocorre dentro das quatro primeiras

semanas de vida, que está associado principalmente

às causas perinatais e às anomalias congênitas; (2) e o

componente pós-neonatal ou tardio ou mortalidade

pós-neonatal ou infantil tardia, que relaciona-

se predominantemente às doenças infecciosas e à

desnutrição. A taxa de mortalidade infantil é definida

como a relação entre o número de óbitos de crianças

menores de 1 ano ocorrido em determinado período

para uma região e o número de nascidos vivos no

mesmo período e região. Ela permite estimar o risco de

morte dos nascidos vivos no primeiro ano de vida.

Nas últimas seis décadas, tem-se observado no

Brasil uma queda crescente da taxa de mortalidade

infantil, da ordem de 70%. A repercussão dessa tendência

é observada diretamente na elevação da expectativa

de vida da população brasileira. No período de 1940 a

2000, a esperança de vida ao nascer, para ambos os sexos,

aumentou em quase 24 anos, passando de 44,89 para

68,55 anos (ODM Saúde, 2004). Aliás, deve-se registrar

que a esperança de vida para as mulheres é superior a

dos homens, sendo 75,8 e 68,1, respectivamente, para o

ano de 2005, segundo o IBGE. Em face das profundas

desigualdades sociais existentes na sociedade brasileira,

esses resultados normalmente geram controvérsias,

porque representariam um indicador de melhoria

das condições de vida das famílias. Contudo, sabe-se

que a grande maioria da população brasileira ainda se

encontra à margem dos benefícios sociais. Pode-se atestar

isso ao constatar que, em 1999, as doenças diarréicas

contribuíram com 10,2% das causas de mortalidade

proporcional no Brasil, em crianças menores de 5

anos. O número de casos de diarréia em menores de 2

anos, registrados pelo DATASUS entre 1998 e 2003,

aumentou em 39%, sendo que as maiores ocorrências,

em 2003, concentram-se nas regiões Nordeste e Norte,

respectivamente, com 54% e 19% dos casos registrados.

Portanto, o ODM4 (ODM – objetivo 4) tem haver

com a Taxa ou Coeficiente de Mortalidade Infantil,

cujo objetivo é o de reduzir essa taxa em cerca de dois

terços entre 1990 e 2015. No caso do Brasil, a meta é

de que a taxa se reduza em 16,5/1.000 nascidos vivos

(16,5 mortes de crianças menores de cinco anos por mil

nascidos vivos) até 2015, sendo que no caso do Pará, a

meta é reduzir esta taxa em 16,03/1000 nascidos vivos

até 2015. Ou seja, trata-se uma substancial redução da

taxa de mortalidade infantil no caso do Estado do Pará,

tendo em vista que esta taxa se situou em 48,10/1000

em 1990, ou seja, cerca de 48,1 ocorrências de morte de

crianças menores de cinco anos por mil nascidos no ano

de 1990. Observa-se uma tendência de redução da taxa

de mortalidade infantil no estado do Pará, pois se no ano

de 1990 esta taxa situou-se em 48,10, no ano de 2000 a

taxa caiu para 28,10. A meta projetada para 2015 é que

a mortalidade infantil se reduza, no caso do estado do

Pará, para 16,03 por mil nascidos vivos. A tabela abaixo

mostra o comportamento da taxa de mortalidade

infantil por Regiões de Integração do estado do Pará

para o ano de 2005, assim como a taxa de mortalidade

infantil neonatal para o mesmo ano.

livro_atlas.indb 41li l i db 41 20/5/2010 22:34:3520/ /2010 22 34 3

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ráTabela 19: Taxa e Coeficiente de mortalidade infantil, 2005

Região de Integração Coeficiente de mortalidade infantil Taxa de mortalidade infantil neonatalAraguaia 21,69 1,03Baixo Amazonas 20,62 1,89Carajás 25,20 4,00Guamá 19,91 2,00Lago de Tucuruí 32,78 3,00Marajó 24,90 4,00Metropolitana 22,77 4,30Rio Caeté 19,45 2,91Rio Capim 17,78 1,90Tapajós 26,64 1,26Tocantins 19,91 1,96Xingu 26,12 5,42

Fonte: SIM/SINASC / 2005

A análise da tabela 19 demonstra que as regiões

rio Capim, rio Caeté, rio Guamá e Tocantins, são as

que tem menor coeficiente de mortalidade infantil

aproximando-se da meta estabelecida para 2015 pela

ODM, que é 16,03/1000 para o Estado do Pará. Do outro

lado, a RI Lago de Tucuruí é a que apresenta o maior

coeficiente de mortalidade infantil do estado, com 32,78,

seguida da RI Tapajós, com 26,64, e RI Xingu, com 26,12.

No que concerne à taxa de mortalidade infantil neonatal,

a RI Xingu possui a pior performance, com 5,42/1000

nascidos, seguida da RI Metropolitana, com 4,30/1000 e

da RI Marajó e Carajás, com 4/1000.

Mapa 7: Coeficiente de Mortalidade Infantil por Região de Integração do Estado do Pará em 2005

Assim como a taxa de mortalidade infantil, a

taxa de mortalidade materna também pode ser

considerada como um bom indicador para avaliar as

condições de saúde de uma população, tendo em vista

que, dependendo das condições em que morrem as

mulheres e como morrem, pode-se avaliar o grau de

desenvolvimento de uma determinada sociedade. Elas

podem indicar dificuldades de acesso a serviços de

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saúde de boa qualidade, além de precárias condições

sócio-econômicas, baixo grau de informação e violência

na família. Basta lembrar que em 2000, segundo a

UNICEF, as taxas de mortalidade materna em regiões

em desenvolvimento (440/100.000 nascidos vivos)

foram 20 vezes superiores que nas regiões desenvolvidas

(20/100.000 nascidos vivos) (ODM Saúde, 2004).

Sobre a definição de mortalidade materna, a 10ª

Revisão da Classificação Internacional de Doenças

(CID-10) define morte materna como a “morte de uma

mulher durante a gestação ou até 42 dias após o término

da gestação, independente da duração ou da localização

da gravidez, devida a qualquer causa relacionada com ou

agravada pela gravidez ou por medidas em relação a ela,

porém não devida a causas acidentais ou incidentais”3. A

CID-10 estabelece ainda os conceitos de: morte materna

tardia, decorrente de causa obstétrica, ocorrida após

42 dias e menos de um ano depois do parto (código

O96); e morte materna por seqüela de causa obstétrica

direta, ocorrida um ano ou mais após o parto (código

O97). Tais casos, contudo, não são incluídos para o

cálculo da Razão de Mortalidade Materna. É importante

destacar que quase todas as causas diretas são passíveis

de prevenção. Quanto às causas indiretas, é importante

observar que elas estão ligadas às mulheres já portadoras

de patologias, e que devem, portanto, ser consideradas,

de início, como gestantes de risco e acompanhadas com

mais cuidados.

A importância do indicador de mortalidade

materna é reconhecida internacionalmente e inserida

nos “Objetivos de Desenvolvimento do Milênio” (ODM),

como objetivo de número 5, que é o de “melhorar a

3 Organização Mundial de Saúde. Classificação Internacional de Doenças: décima revisão (CID-10). 4ª ed. v.2. São Paulo: Edusp, 1998. p. 143.

saúde materna”, sendo traduzida como meta 6, que é

o de reduzir em três quartos, entre 1990 e 2015, a taxa

de mortalidade materna. No caso do Brasil, a meta é a

redução dos níveis de mortalidade materna registrados

em 1990, que foi de 64,32/100.000 nascidos vivos. Em

outras palavras, no Brasil no ano de 1990, cerca de 64,32

mulheres (mães) morreram em decorrência do parto de

100.000 crianças. A meta compromissada no ODM é de

reduzir a mortalidade materna à taxa de 16,08/100.000

nascidos vivos até o ano de 2015.

No caso do estado do Pará, a taxa de mortalidade

materna foi de 59,64 em 1994, tando alcançado 57,78

em 2000. A avaliação é que o desempenho do Estado do

Pará ao longo do período 1994-2000 foi irregular, mas

desmonstrando avanço, sendo que a meta estimada para

o ano de 2015 é de baixar o indicador de morte martena

para 14,91.

A razão de mortalidade materna distribuída por

Regiões de Integração do Estado do Pará para o ano

de 2005 pode ser verificada por meio da tabela 20.

Percebe-se que todas as Regiões de Integração se situam

ainda bem acima da meta estipulada pelos Objetivos de

Desenvolvimento do Milênio, sendo que a região com

melhor performance é a RI Metropolitana, com 62,69,

seguida de perto pela RI Baixo Amazonas, com 70,41.

Percebe-se que estes índices estão, inclusive, acima do

índice do estado do Pará para o ano de 2000. A Região

de Integração com pior performance é a RI Marajó, com

285 ocorrências de morte em relação a 100.000 nascidos

vivos, seguida da RI Rio Caetés, com 276,96, da RI

Tapajós, com 214,00, da RI Xingu, com 196,94, e da RI

Araguaia, com 191,43.

Tabela 20: Razão de mortalidade materna por Regiões de Integração - 2005

Região de Integração Razão de mortalidade materna

Araguaia 191,43Baixo Amazonas 70,41Carajás 205Guamá 195Lago de Tucuruí 123Marajó 285Metropolitana 62,69Rio Caeté 276,96Rio Capim 160,75Tapajós 214,00Tocantins 125,50Xingu 196,94

Fonte: SIM/SINASC / 2005Nota: A razão de mortalidade materna corresponde ao número de óbitos maternos por 100.000 nascidos vivos no período de 2000-2005.

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ráMapa 8: Taxa de Mortalidade Materna por Região de Integração do Estado do Pará em 2005

Outro indicador de saúde muito importante,

utilizado, inclusive, na composição do Índice de

Desenvolvimento Humano (IDH) do Programa de

Desenvolvimento das Nações Unidas (PNUD), é a Taxa

de Longevidade ou Esperança de Vida ou Expectativa

de Vida. A Esperança ou Expectativa de Vida é definida

como o número médio de anos que um indivíduo pode

esperar viver se submetido, desde o nascimento, às

taxas de mortalidade observadas no momento (ano de

observação). É calculada considerando a população e os

obituários, além de refletir o nível e a qualidade ao acesso

à saúde, educação, cultura e lazer, bem como a violência,

criminalidade, poluição e situação econômica do lugar

em questão. Os cálculos foram feitos pela SEPOF a partir

dos dados de óbito e população desagregados por faixa-

etária, para os anos de 2004 e 2005, extraídos do Mapa de

Exclusão Social do Estado do Pará para o ano de 2007.

A tabela 21 mostra a expectativa de vida dos

menores de 1 ano, no País, no Estado do Pará e em suas

Regiões de Integração, para os anos de 2004 e 2005.

Tabela 21: Expectativa de vida - Brasil, Pará e Regiões de Integração - 2004/2005

Região de IntegraçãoExpectativa de vida (em anos)2004 2005

Araguaia 72,35 72,35Baixo Amazonas 75,70 75,71Carajás 67,81 68,70Guamá 77,44 75,51Lago de Tucuruí 68,04 67,56Marajó 80,43 80,44Metropolitana 70,15 70,50Rio Caeté 76,52 77,36Rio Capim 74,42 76,97Tapajós 70,30 73,18Tocantins 77,13 77,42Xingu 70,71 71,59Pará 71,11 71,39Brasil 71,74 72,05

Fonte: SEPOF/DIEPI/GEDE

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Observa-se que o paraense alcançou a expectativa

de chegar aos 71,39 anos no ano de 2005. Apesar de não

haver grande diferença, o incremento de 0,39% de 2005

em relação a de 2004 mostra que há uma tendência

de crescimento de vida do paraense. O aumento da

expectativa de vida do paraense acompanhou o resultado

para o Brasil, que passou de 71,74 anos em 2004 para

72,05 anos em 2005. O incremento da longevidade do

paraense se dá em parte à melhoria relativa ao acesso

da população a alguns serviços de infra-estrutura

de saneamento básico, uma redução na mortalidade

infantil, e outros fatores também determinantes para a

qualidade de vida, em nível nacional e regional. Quando

se observa a Expectativa de Vida em termos de Regiões

de Integração, se constata que a RI Marajó é a que possui

maior longevidade em 2005, com expectativa de vida

média de 80,44 anos, havendo, inclusive, leve incremento

de 0,01 em relação a 2004. Outra região que segue com

maior longevidade é a RI Tocantins, com índice de

77,42. Logo a seguir, vem a RI Rio Caeté, com 77,36. Por

outro lado, a RI com menor longevidade ou expectativa

de vida é a RI Lago de Tucuruí, com 67,56, sofrendo,

inclusive, redução na expectativa de vida de 0,48 anos

em relação a 2004. Depois de Tucuruí, a RI com menor

longevidade é a RI Carajás, com 68,70.

Para análise do nível de cobertura dos programas

de saúde, selecionou-se o Programa Saúde da Família

(PSF). A concepção deste programa é considerada

inovadora, pois se propõe a substituir o modelo

tradicional, pautado por práticas curativas e na

hospitalização, por outro modelo de caráter preventivo,

pautado por uma visão à saúde centrada na família

e na ação preventiva. Inicialmente, grande parte dos

municípios abrangidos pelo PSF possuíam população

abaixo de 100 mil habitantes, até porque tais municípios

possuem maiores carências em termos de equipamentos

de saúde. Mas, paulatinamente, a abrangência do PSF

também se estendeu a municípios de médio e grande

porte, especialmente as áreas periféricas dos grandes

aglomerados urbanos.

Analisando os dados de cobertura do PSF por

Região de Integração do Estado do Pará, verifica-se que

a maior proporção da população coberta localiza-se na

RI Guamá, com 53,50%, seguido da RI Metropolitana,

com 43,09%, da RI Araguaia, com 38,56% e da RI Rio

Capim, com 34,34% de cobertura. As RI com menor

proporção de cobertura do PSF são a RI Tapajós,

com 15,60%, seguido pela RI Baixo Amazonas, com

19,66%, e RI Marajó, com 20,37%. A maior deficiência

na cobertura destas regiões talvez esteja relacionada

especialmente à condição das populações ribeirinhas,

onde o acesso é mais difícil, necessitando-se de barcos

ou lanchas motorizadas e devidamente equipadas.

No período de 1995 - 2006 o PSF mobilizou 649

equipes em 119 municípios, cobrindo pouco mais de

21% da população. Em menos de três anos, o Governo

do Estado ampliou o número de agentes comunitários

de saúde, de 12 mil para 14.280, aumentando em mais

de 80% a cobertura populacional. O PSF tem hoje

838 equipes, atua em 137 municípios e garante uma

cobertura populacional de 38,48%. Comparado a 2006,

o aumento da cobertura é de mais de 90%.

A partir de março de 2010, todos os 143 municípios

passaram a contar com repasses regulares e sistemáticos

dos pagamentos das equipes de Saúde da Família. O

decreto nº 1577/09, de março do ano passado, instituiu

o Plano Estadual de Fortalecimento e Valorização

da Atenção Primária em Saúde do Estado do Pará,

definindo o repasse de incentivo financeiro para a

atenção básica de saúde. De janeiro a dezembro de 2009,

o Estado transferiu, fundo a fundo, R$ 20,1 milhões aos

143 municípios.

Tabela 22: Proporção da população coberta pelo Programa de Saúde da Família (PSF) por região de integração - 2006

Região de IntegraçãoProporção da população coberta pelo Programa de

Saúde da Família (PSF)

Média anual de consultas médicas por habitante nas

especialidades básicas

Média mensal de visitas domiciliares por família

Araguaia 38,56 1,57 1,07Baixo Amazonas 19,66 0,86 0,71Carajás 29,13 2,94 0,73Guamá 53,50 1,29 0,74Lago de Tucuruí 30,29 1,48 0,56Marajó 20,37 0,71 0,62Metropolitana 43,09 1,26 0,47Rio Caetés 34,51 1,28 0,78Rio Capim 34,34 1,18 1,05Tapajós 15,60 0,45 0,55Tocantins 25,49 1,50 1,02Xingu 20,97 1,55 1,17

Fonte: SIAB / 2006

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ráEm relação à média anual de consultas médicas

por habitante nas especialidades básicas, a RI Carajás

é a que apresenta a maior média, com 2,94, seguida

da RI Araguaia, com 1,57, e da RI Xingu, com 1,55,

enquanto que a RI Tapajós apresenta a menor média,

com 0,45 consultas.

No que se refere à média mensal de visitas

domiciliares por família, a RI Xingu apresenta a maior

média, com 1,17, sendo que a menor média de visitas

domiciliares encontra-se na RI Metropolitana, com 0,47

visitas por família.

No que se refere à análise da disponibilidade de

equipamentos de saúde, um indicador que se considera

como muito adequado para esse tipo de verificação,

além de relativamente atualizado (pois conta com dados

relativos ao ano de 2008), é a distribuição de leitos por

mil habitantes.

Na área de saúde, a diretriz do Governo do Estado

é fortalecer os equipamentos existentes, garantir seu

pleno funcionamento, dar prioridade às ações de

controle e prevenção, com investimentos na atenção

básica. Nesse sentido, já em 2007, o atual governo

concluiu, equipou e colocou para funcionar quatro

hospitais regionais e vai entregar funcionando em

2010, os hospitais de Breves e Tailândia.

Os dados de distribuição de leitos por mil

habitantes demonstram que a RI Metropolitana é a que

apresenta a maior média, com 3,09, seguida da RI Rio

Capim, com 2,65, da RI Araguaia, com 2,62, e da RI Rio

Caeté, com 2,28. Estas regiões apresentaram valores

superiores à média geral do Estado, que é de 2,22.

Por outro lado, as Regiões de Integração com

menores disponibilidades de leitos por mil habitantes

(mais carentes em equipamentos de saúde, de acordo

com este indicador, portanto) são a RI Marajó, com

média de 0,88, e a RI Tocantins, com 1,40, caracterizando

uma baixa capacidade instalada de equipamentos de

saúde nestas regiões.

Nos últimos três anos, houve aumento de 180%

na quantidade de Leitos Complementares do SUS

(UTI, UCI e isolamento). Em dezembro de 2006

eram 398 leitos, hoje são 1.116 leitos. Com relação aos

equipamentos de saúde disponíveis para o SUS, também

houve aumento de 60%, em dezembro 2006 eram 2.897e

em 2010 passaram para 4.632.

Da mesma forma houve aumento na quantidade

de estabelecimentos habilitados para procedimentos

de média e alta complexidade, que passaram de 258

em todo o Estado, para 405, com aumento de 64%,

destacando-se a implantação de cinco novos serviços

de hemodiálise, em Santarém, Redenção, Altamira,

Castanhal e Marituba. Antes havia apenas em Belém,

Ananindeua e Marabá.

Tabela 23: Leitos por mil habitantes das regiões de integração do Pará - 2008Região de Integração População estimada 2008* Leitos SUS Leitos não SUS Total Leitos Geral leitos/mil hab.

Araguaia 427.314 931 190 1.121 2,62

Baixo Amazonas 654.450 923 190 1.113 1,70

Carajás 519.627 724 219 943 1,81

Guamá 536.465 949 21 970 1,81

Lago de Tucuruí 339.157 447 173 620 1,83

Marajó 459.935 387 20 407 0,88

Metropolitana 2.078.405 3.868 2.562 6.430 3,09

Rio Capim 449.036 989 201 1.190 2,65

Rio Caeté 558.551 1.113 160 1.273 2,28

Tapajós 258.332 331 170 501 1,94

Tocantins 688.534 861 100 961 1,40

Xingu 306.007 604 46 650 2,12

TOTAL 7.275.813 12.127 4.052 16.179 2,22Fonte: CNES 2008/DATASUS *Estimativa DATASUS

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Educação

A educação básica para todos é um dos princípios

dos direitos humanos e se tornou uma questão estratégica

mundial na organização da Cúpula do Milênio, realizada

em setembro de 2000 em Nova York, com a participação

de 147 chefes de Estado e de representantes de Governo

de 191 países. Naquela oportunidade, foi aprovada a

“Declaração do Milênio das Nações Unidas”, definindo

os “Objetivos de Desenvolvimento do Milênio” (ODM)

que determinaram compromissos a serem seguidos

pelos países membros da Organização das Nações

Unidas (ONU).

Dessa forma, um dos objetivos que compõem

os ODM é o de atingir o ensino básico universal. Para

conseguir tal objetivo, foram propostas duas metas: (1)

garantir que, até 2015, todas as crianças, de ambos os

sexos, terminem um ciclo completo de ensino básico; (2)

garantir que, até 2015, as crianças de todas as regiões do

país, independentemente de raça/ cor e sexo, concluam

o ensino fundamental.

Para apresentar um perfil da Educação no Estado

do Pará e nas Regiões de Integração, utilizou-se três

indicadores: (1) percentual de crianças de 7 a 14 anos

com acesso ao ensino fundamental; (2) percentual de

adolescentes de 15 a 17 anos que estão freqüentando

o ensino médio; (3) percentual de crianças de 7 a 14

anos que são analfabetas. Além disso, com intuito de

analisar o perfil da população adulta e a sua limitação

– em alguns casos, até exclusão – de participação

na vida social, será utilizada para análise a Taxa de

Analfabetismo de Adultos, composta pelo percentual

de pessoas acima de 15 anos que são analfabetas, ou

seja, que não tiveram acesso ao sistema escolar. Como

indicador para determinar/qualificar o capital humano

das Regiões de Integração e dos municípios, utilizou-

se o indicador “Anos de Escolaridade”, composto pela

média de anos de estudo para população acima de 15

anos. Para mensurar a eficiência do sistema educacional,

utilizou-se as Taxas de Reprovação e Abandono nos

níveis de ensino fundamental e médio. Por fim, como

indicador para avaliar a qualidade do ensino ministrado,

utilizou-se o Índice de Desenvolvimento da Educação

Básica (IDEB), aplicados a crianças que estão na quarta

série (anos iniciais) e na oitava série (anos finais).

Para avaliar a efetividade da política educacional

no sentido de garantir condições para que as crianças

e jovens se mantenham nos bancos escolares nos

ensinos fundamental e médio, faz-se uso de indicadores

que apresentem a performance da Taxa Líquida de

Escolarização, que é composta por dois indicadores: (1)

o percentual de crianças entre 7 e 14 anos com acesso

ao ensino fundamental; (2) o percentual de adolescentes

entre 15 a 17 anos que freqüentam o ensino médio.

O indicador “Taxa líquida de escolarização no

ensino fundamental: percentual de crianças entre 7e

14 anos com acesso ao ensino fundamental” permite

verificar que o Estado do Pará apresentou uma melhora

de performance, dado que em 1991 apenas 70% das

crianças entre 7 a 14 anos freqüentavam o ensino

fundamental. Em 2000, esse índice avançou para 84,8%,

indicando um avanço de 21,2% no período 1991/2000

no percentual de crianças na idade escolar oficial que

estavam freqüentando o ensino fundamental.

Tabela 24: Taxa Líquida de Escolarização no Ensino Fundamental: percentual de crianças de

7 a 14 anos com acesso ao ensino fundamental por Região de Integração em 1991 e 2000Região de Integração 1991 2000

Araguaia 59,18% 80,28%Baixo Amazonas 69,38% 83,98%Carajás 57,92% 83,16%Guamá 77,25% 88,25%Marajó 48,03% 70,88%Metropolitana 83,60% 91,76%Rio Caeté 63,49% 82,44%Rio Capim 59,36% 80,02%Tapajós 52,08% 75,27%Tocantins 64,74% 83,10%Tucuruí 58,83% 81,12%Xingu 51,85% 76,43%PARÁ 70,00% 84,80%

Fonte: Censos 1991 e 2000 – IBGE/Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil, 2003

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o Pa

ráQuando se analisa os dados das Regiões de

Integração em relação ao percentual de crianças entre 7

a 14 anos com acesso ao ensino fundamental, percebe-se

que todas as regiões obtiveram avanços, acompanhando

a tendência do conjunto do Estado, conforme

demonstrado na tabela 24. No entanto, observa-se

muitos contrastes de performance entre as Regiões

de Integração. A Região de Integração Metropolitana

apresenta, de longe, a melhor performance, pois 91,76%

das crianças entre 7 a 14 anos frequentavam o ensino

fundamental no ano 2000. Depois, se destacam as RI

Guamá (88,25%), Baixo Amazonas (83,98%) e Carajás

(83,16%). Isto revela a necessidade de concentrar

maiores esforços na inserção de crianças nas escolas

nas demais Regiões de Integração para melhorar a

performance geral do estado. Isso é particularmente

importante nas Regiões de Integração que apresentaram

as piores performances, como é o caso da RI Marajó,

onde apenas 70,88% das crianças com idade oficial (7 a

14 anos) freqüentavam o ensino fundamental, além da

RI Tapajós (75,27%) e Xingu (76,43%).

Tabela 25: Taxa Líquida de Escolarização no Ensino Médio: percentual de adolescentes de 15

a 17 anos que estão frequentando o ensino médio por Região de Integração em 1991 e 2000 Região de Integração 1991 2000

Araguaia 1,88% 10,65%Baixo Amazonas 4,84% 13,66%Carajás 2,51% 10,13%Guamá 5,23% 12,40%Marajó 2,51% 6,30%Metropolitana 9,64% 20,43%Rio Caeté 3,96% 7,63%Rio Capim 2,84% 6,67%Tapajós 1,30% 8,39%Tocantins 4,18% 9,34%Tucuruí 2,79% 8,54%Xingu 1,83% 7,60%PARÁ 9,10% 17,30%Fonte: Censos 1991 e 2000 – IBGE/Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil, 2003

O padrão de comportamento do indicador “Taxa

líquida de escolarização no ensino médio: percentual

de adolescentes entre 15 a 17 anos que freqüentam o

ensino médio” revela as enormes dificuldades e desafios

no sentido de melhorar as condições de acesso de

jovens e adolescentes ao ensino médio. Apenas 17,3%

dos adolescentes entre 15 a 17 anos freqüentaram o

ensino médio no ano 2000 no estado do Pará. E isto

porque se observou um significativo avanço de 90,1%

em relação a 1991, já que apenas 9,1% dos adolescentes

freqüentaram o ensino médio naquele ano, conforme

tabela 25. Nesse sentido, houve um salto de qualidade

no ensino médio a partir de 2007, evidenciado pela

subida no Ranking de Redações do Exame Nacional de

Ensino Médio (Enem), no qual o Pará passou do 15º

lugar em 2006; para o 9º em 2007 e em 2008, para o 8º

lugar. Antes do Governo do Estado não havia Ensino

Médio nas aldeias e a população do campo não tinha

garantido o direito à educação.

O Ensino Médio Regular envolve 256 indígenas

matriculados em dez aldeias, atendendo as regiões

de Tucuruí, São Geraldo do Araguaia, Parauapebas,

Oriximiná, Santarém e Paragominas. Ao mesmo tempo,

o Governo do Estado garantiu Formação Continuada

para 560 professores da educação do campo. Em julho

de 2008, foram instalados 32 cursos profissionalizantes

em 14 escolas nos municípios de Itaituba, Monte Alegre,

Redenção, Tailândia, Paragominas, Cametá, Marituba,

Santa Izabel, Salvaterra, Abaetetuba e em quatro escolas

de Belém, atendendo 5.029 estudantes. Em 2010 está

prevista a construção de mais 11 escolas tecnológicas

em Novo Progresso, Altamira, Breves, Oriximiná,

Parauapebas, Vigia, Xinguara, Santarém, Tomé-Açu,

Tucuruí e Santana do Araguaia.

Um salto significativo em relação à situação

encontrada nas 12 escolas profissionalizantes do

Estado, gerenciadas por Organizações Sociais (OS)

e sem equipes técnicas especializadas. Em relação às

Regiões de Integração, observa-se que o contraste de

performance em termos de acesso ao ensino médio

é ainda mais acentuado do que aquele observado

em relação ao ensino fundamental. Apenas a RI

Metropolitana apresentou performance (com média de

20,43% de adolescentes freqüentando o ensino médio)

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superior à média do estado do Pará em 2000. Para ser

ter uma idéia, a RI que apresenta a segunda melhor

performance foi a RI Baixo Amazonas, onde apenas

13,66% dos adolescentes freqüentaram o ensino médio,

com performance bastante inferior, portanto, ao da RI

Metropolitana. Depois, segue a RI Guamá (12,40%) e

Carajás (10,13%).

A Região de Integração com pior performance foi,

mais uma vez, a RI Marajó, onde tão somente 6,30% dos

adolescentes freqüentaram o ensino médio em 2000.

Depois segue, em situação semelhante, Rio Capim,

com apenas 6,67%, e Rio Caeté, com 7,63%. A Taxa

de Analfabetismo de crianças de 7 a 14 anos revela o

percentual de crianças que, devido à não presença na

escola, tendem no futuro a ter escassas oportunidades de

participação na vida social. Observou-se uma redução

da taxa de analfabetismo de crianças para o estado do

Pará no período de 1991 a 2000 na faixa de 40,8%.

Desta forma, a taxa de analfabetismo de crianças

no Pará em 2000 foi de 24%. Mesmo com tal redução, a

performance do estado do Pará foi pior do que a média

obtida pelo conjunto da Região Norte, que foi de 21%. E

esta performance situou-se, por sua vez, bem abaixo da

média nacional, cuja taxa de analfabetismo de crianças

que foi de 12,3% em 2000.

Tabela 26: Taxa de Analfabetismo de crianças entre 7 a 14 anos em 1991 e 2000 Região de Integração Anos

1991 2000Araguaia 43,56 20,30Baixo Amazonas 43,08 25,54Carajás 55,40 26,30Guamá 40,09 24,73Tucuruí 52,30 27,99Marajó 59,12 41,79Metropolitana 26,85 13,69Rio Caeté 55,32 35,19Rio Capim 53,84 31,58Tapajós 49,79 27,31Tocantins 54,12 32,89Xingu 52,50 28,66PARÁ 40,6 24,0

Fonte: Censos 1991 e 2000 – IBGE/Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil, 2003

Analisando-se as Regiões de Integração, observa-

se que a região com menor taxa de analfabetismo

infantil foi a Metropolitana, com 13,69%. Depois, segue

a RI Araguaia, com 20,3%. A partir daí, observa-se

que as demais Regiões de Integração obtiveram taxas

superiores à média do estado, sendo que a Região de

Integração com pior performance foi, mais uma vez, a

RI Marajó, com a impressionante taxa de analfabetismo

infantil de 41,79%. Outras regiões com taxas muito

elevadas foram as RI Rio Caeté, com 35,19%, Tocantins,

com 32,89%, e Rio Capim, com 31,58%.

A Taxa de Analfabetismo de Adultos se refere

à faixa etária de pessoas com mais de 15 anos que são

analfabetas. No caso do estado do Pará, houve uma

redução da taxa de analfabetismo de adultos no período

de 1991 a 2000, sendo que neste último ano a taxa foi de

16,07%. Esta taxa se situou um pouco acima da média

nacional, que foi de 12,94% em 2000.

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ráTabela 27: Taxa de Analfabetismo de Adultos em 1991 e 2000

Região de Integração 1991 2000

Araguaia 34,65 22,06

Baixo Amazonas 25,03 17,34

Carajás 41,57 26,85

Guamá 25,83 18,00

Tucuruí 41,63 27,30

Marajó 40,60 30,11

Rio Caeté 38,18 27,93

Metropolitana 14,18 8,75

Rio Capim 41,99 28,99

Tapajós 38,52 24,57

Tocantins 31,76 21,94

Xingu 40,17 26,58

PARÁ 24,40 16,07

Fonte: Censos 1991 e 2000 – IBGE/Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil, 2003

Mapa 9: Percentual de pessoas analfabetas de 15 anos ou mais por Região de Integração do Estado do Pará em 2000

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A Região de Integração com menor taxa

de analfabetismo de adultos foi, novamente, a RI

Metropolitana com 8,75%. O peso populacional e a

performance da RI Metropolitana fez com que a taxa

do estado fosse mais baixa, pois as demais Regiões de

Integração ficaram com taxas acima da média estadual.

Para se ter uma idéia, a RI com melhor performance,

depois da Metropolitana, foi o Baixo Amazonas, com

17,34% (acima da média estadual, portanto), seguido

pelo Guamá, com 18,0%. E a Região de Integração com

pior performance foi, mais uma vez, o Marajó, com

30,11%, quase o dobro da média do estado. Outras

regiões com performances preocupantes foram o Rio

Capim, com 28,99%, Rio Caeté, com 27,93%, e Tucuruí,

com 27,30%.

Os indicadores sobre Taxa de Reprovação (ou

repetência) e Taxa de Abandono (ou evasão) do ensino

fundamental e do ensino médio indicam o rendimento

escolar e refletem o esforço da política educacional em

reduzir os índices de retenção / evasão ao longo das séries

escolares. Dessa forma, estes indicadores servem com

medida para avaliar a eficiência do sistema educacional,

já que a retenção de alunos implica custos adicionais,

tanto para os estudantes e suas famílias quanto para o

sistema educacional como um todo.

A tabela 28 apresenta os dados sobre o rendimento

escolar no estado do Pará no ano de 2004, mais

especificamente acerca das taxas de repetência e evasão

no ensino fundamental e ensino médio. Quando se

analisa a performance destes indicadores, chama atenção

o alto índice de abandono no ensino médio neste

período, que se refletia no baixo nível de escolaridade

da população, especialmente no meio rural. A taxa de

reprovação relativamente alta no ensino fundamental,

contribuía para a elevação da taxa de abandono.

Tabela 28: Rendimento escolar (reprovação e abandono) no ensino fundamental e médio por região de integração do estado

do Pará – 2004

Região de Integração Ensino Fundamental Ensino Médio

Taxa de Reprovação Taxa de Abandono Taxa de Reprovação Taxa de Abandono

Araguaia 14,79 22,11 4,15 30,50Baixo Amazonas 16,25 11,85 4,24 22,78Carajás 15,17 21,73 3,90 25,98Guamá 20,88 13,98 5,21 25,36Lago de Tucuruí 19,14 19,81 3,27 29,13Marajó 21,99 17,74 6,43 19,66Metropolitana 17,34 8,88 9,04 25,46Rio Caeté 20,69 11,49 8,07 22,63Rio Capim 20,85 18,16 6,05 24,61Tapajós 18,07 24,23 6,98 27,55Tocantins 22,52 13,92 4,94 19,95Xingu 17,93 19,30 3,53 24,69

Fonte: MEC/INEP, 2004.

Em relação às Regiões de Integração, as maiores

taxas de abandono se encontram na RI Araguaia,

especialmente no ensino médio, seguido pela RI

Tapajós. A região Metropolitana apresenta a menor taxa

de abandono no ensino fundamental, mas no caso do

ensino médio, a menor taxa de abandono se encontra

no Marajó, dado até surpreendente, visto tal região

deter alguns dos piores indicadores na área de educação.

Outro dado aparentemente surpreendente é o fato da RI

Metropolitana ter a maior taxa de reprovação no ensino

médio, com 9,04%. As taxas de reprovação no ensino

fundamental foram particularmente elevadas nas RI

Tocantins, Marajó, Guamá, Rio Capim e Rio Caeté, todas

com taxas acima de 20%.

Para determinar a qualificação ou característica do

capital humano de um determinado país ou região, utiliza-

se como indicador a média dos anos de escolaridade, que

é a média de anos de estudo para população acima de 15

anos de idade. Sabe-se que as economias e sociedades

consideradas mais desenvolvidas apresentam médias

de anos de escolaridade muito elevadas. Portanto, deve

ser objetivo da política educacional de países ou regiões

em desenvolvimento garantir que esse indicador seja

elevado, de modo a reduzir os desequilíbrios regionais e

territoriais existentes.

O conceito de capital humano tem sido muito

difundido nas últimas décadas, inicialmente a partir

de estudos que relacionavam o nível de instrução

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ráou de escolaridade com as teorias contemporâneas

de crescimento econômico e desenvolvimento,

particularmente com a teoria do crescimento endógeno.

Essa concepção foi particularmente difundida pelo

Tabela 29: Média de anos de estudo das pessoas de 25 anos ou mais de idade no estado do Pará e Regiões de Integração

em 1991 e 2000

Região de Integração 1991 2000 Evolução % 1991-2000

Araguaia 2,47 3,32 34,41

Baixo Amazonas 2,93 3,95 34,81

Carajás 2,23 3,35 50,22

Guamá 3,01 4,08 35,55

Lago de Tucuruí 2,14 3,25 51,87

Marajó 1,86 2,75 47,85

Metropolitana 4,81 6,08 26,40

Rio Caeté 2,37 3,32 40,08

Rio Capim 2,10 2,98 41,90

Tapajós 2,38 3,23 35,71

Tocantins 2,57 3,52 36,96

Xingu 2,08 2,99 43,75

PARÁ 4,0 5,0 24,90

Fonte: Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil, 2003

Para assegurar o direito à educação de qualidade às

populações do meio rural, este governo implementou a

política de educação no campo em todos os territórios

do Estado. O Programa Escola Ativa, desenvolvido

em parceria com o Governo Federal e a Universidade

Federal do Pará, atende escolas multisseriadas em

pequenas comunidades rurais. Envolve 133 municípios,

196 técnicos, 5.694 professores e 100 mil estudantes. O

Projovem Campo Saberes da Terra, em parceria com o

Ministério da Educação, prefeituras e o Instituto Federal

do Pará, oferece Educação de Jovens e Adultos integrada

à Educação Profissional para 2.010 jovens agricultores

em 37 municípios e formação continuada, em nível de

especialização, a 380 professores.

A Seduc também firmou 31 convênios com as Casas

Familiares Rurais para escolarização de 2.347 estudantes

em 20 municípios do Estado, com a participação de 173

educadores e 4.700 famílias.

Prêmio Nobel de Economia, Robert Lucas (1988), que

utiliza um conceito de capital ampliado pela inclusão

do fator trabalho, na suposição de que este pode ser

acumulado. (Barquero, 2001).

A Região de Integração que apresentou maior

evolução percentual no período foi a do Lago de Tucuruí,

que avançou 51,87%, seguida de perto pela região de

Carajás, com 50,22%. A região onde houve menos

evolução percentualmente foi a Metropolitana, com

acréscimo de 26,4%, mesmo assim, é a que detém a melhor

média, com 6,08 anos de estudos em 2000. Com exceção

da RI Metropolitana, todas as Regiões de Integração

ficaram abaixo da média brasileira em 2000, que foi de

5,87. A situação mais crítica é da RI Marajó, com média

de 2,75 anos de estudo. Isso quer dizer que o habitante

marajoara adulto não consegue sequer concluir a terceira

série do ensino fundamental, em média. Esta situação era

agravada pelo isolamento de várias áreas do arquipélago

marajoara devido a precariedade dos meios de transporte

da região e alagamento de outras em boa parte do ano.

Outras regiões que apresentaram situação semelhante à

RI Marajó, com médias abaixo de 3 anos de escolaridade,

foram a do Xingu (2,99) e Rio Capim (2,98).

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Mapa 10: Anos de estudos em média de pessoas de 25 anos ou mais por Região de Integração do Estado do Pará em 2000

Os dados referentes aos anos 2005 e 2007 para o

estado do Pará e Regiões de Integração apontam que

o Pará em 2005 apresentou a nota média de 2,8 para

os Anos Iniciais (referentes da 1ª a 4ª série do ensino

Fundamental) e 3,1 para os Anos Finais (refere-se da 5ª

a 8ª séries do ensino fundamental). Já em 2007, a média

dos Anos Iniciais permaneceu em 2,8, mas houve uma

queda na média dos Anos Finais, que passou a ser de 2,9.

Este desempenho é inferior à média brasileira, que foi de

4,2 para os anos iniciais, e 3,8 nos anos finais em 2007.

O Índice de Desenvolvimento da Educação Básica

(IDEB) foi criado em 2007 para medir a qualidade de

cada escola e de cada rede de ensino. O indicador é

calculado com base no desempenho do estudante em

avaliações do INEP (Instituto Nacional de Estudos e

Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira) e em taxas de

aprovação. Assim, para que o IDEB de uma escola ou

rede cresça, é preciso que o aluno aprenda, não repita o

ano e freqüente a sala de aula.

O índice é medido a cada dois anos e o objetivo

é que o país, a partir do alcance das metas municipais

e estaduais, tenha nota 6 em 2022 – correspondente

à qualidade do ensino em países desenvolvidos. Para

que pais e responsáveis acompanhem o desempenho

da escola de seus filhos, basta verificar o IDEB da

instituição, que é apresentado numa escala de zero a

dez. Da mesma forma, gestores acompanham o trabalho

das secretarias municipais e estaduais pela melhoria da

educação (MEC, portal). Desde a sua implantação, o

IDEB vem se consolidando como o principal indicador

da performance e da qualidade do ensino básico.

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ráTabela 30: Taxas IDEB dos anos iniciais por Região de Integração do Pará – 2005/2007.

Região de Integração IDEB ANOS INICIAIS IDEB ANOS INICIAIS

2005 2007 2005 2007Araguaia 2,69 3,05 2,92 3,04Baixo Amazonas 2,72 3,03 3,32 3,43Carajás 2,63 2,87 3,06 3,22Guamá 2,65 2,98 3,20 3,24Lago Tucuruí 2,54 2,90 2,74 2,99Marajó 2,27 2,43 3,03 3,17Rio caeté 2,65 2,78 3,16 3,18Metropolitana 3,18 3,20 3,33 3,47Rio Capim 2,53 2,93 2,89 3,17Tapajós 2,57 3,08 3,12 3,40Tocantins 2,49 2,83 3,04 3,18Xingu 2,46 3,02 3,08 3,39PARÁ 2,8 2,8 3,1 2,9Fonte: MEC, Prova Brasil e Censo escolar, SAEB

Mapa 11: IDEB - Média de avaliação nos Anos Iniciais por Região de Integração do Estado do Pará – 2005 e 2007

Percebe-se que houve uma melhoria geral de

desempenho no IDEB de todas as Regiões de Integração,

tanto em termos de anos iniciais, quanto dos anos finais,

quando se compara o ano de 2007 com o de 2005.

Registra-se uma melhoria de desempenho acentuado

no que se refere aos anos iniciais, especialmente das

RI Araguaia, Tapajós, Xingu e Baixo Amazonas, cujas

médias ultrapassaram a nota 3 em 2007, especialmente

tendo em vista que todas as regiões citadas tinham

média inferior a 3 em 2005. Em geral, a região com

melhor desempenho é a RI Metropolitana, com média

de 3,20 para os anos iniciais, e média de 3,47 para os

anos finais. No caso dos anos iniciais, as regiões com

piores desempenhos são Marajó (2,43), Tocantins (2,83)

e Carajás (2,87) para o ano de 2007. No caso dos anos

finais, o pior desempenho é do Lago de Tucuruí, única

região com nota média abaixo de 3 (2,99) em 2007.

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Mapa 12: IDEB - Média de avaliação nos Anos Finais por Região de Integração do Estado do Pará – 2005 e 2007

Segurança Pública

Para os fins deste diagnóstico, utilizou-se os

indicadores de violência que foram publicados em

2008 pelos Ministérios da Justiça e da Saúde , no estudo

do Mapa da Violência: a taxa de homicídios em

relação à população total e a taxa de homicídios

em relação à população jovem. A utilização de

mortes por violência como indicador geral de violência

na sociedade, segundo critérios utilizados pelo Mapa da

Violência, se justifica por dois argumentos. Primeiro,

porque a morte revela, per se, a violência levada a seu

grau extremo. Da mesma forma que a virulência de uma

epidemia é indicada, freqüentemente, pela quantidade

de mortes que ela originou, também a intensidade nos

diversos tipos de violência guarda uma estreita relação

com o número de mortes que origina. Segundo, porque

não existem muitas alternativas. O registro de queixas à

polícia sobre diversas formas de violência, como ficou

evidenciado em pesquisa realizada no Distrito Federal,

possui abrangência extremamente limitada. Nos casos de

violência física, só 6,4% dos jovens denunciaram à polícia;

nos casos de assalto/furto, só 4%; nos casos de violência

no trânsito, só 15%. Por outro lado, no caso de óbitos,

tem-se à disposição dados relativamente confiáveis

do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM),

da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da

Saúde, que centraliza informações das certidões de óbito

emitidas em todo o país.

No caso da formação das taxas sobre homicídios,

além de se utilizar dados com valores absolutos –

número de óbitos acontecidos em determinado ano

–, relativiza-se essas taxas anuais, com a finalidade de

comparar e relativizar o peso de municípios de portes

diferentes. Neste caso, utiliza-se taxas em 100.000

habitantes quando são referidas á população total, e

taxas para cada 100.000 jovens, quando referentes à

população jovem. Além disso, no caso dos municípios,

teve-se a preocupação de se precaver ante a possibilidade

da existência de grandes flutuações populacionais de

um ano para outro, principalmente quando se trata

de municípios de pequeno porte. Alguns poucos

homicídios, ou um acidente de trânsito com vítimas

fatais numa estrada, elevam acentuadamente as taxas

desse ano, voltando praticamente a zero no ano seguinte.

Por tal motivo, trabalhou-se com as taxas médias dos

últimos três anos disponíveis – 2004, 2005 e 2006 – para

os municípios com mais de 3.000 habitantes. Para os

municípios de menor porte, abaixo de 3.000 habitantes,

a média utilizada foi de 5 anos: 2002/2006.

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ráTabela 31: Número de homicídios população total segundo meio utilizado no Brasil

Meio Utilizado 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006Estrangulamento, sufocação 467 545 594 620 656 654 595Arma de fogo 31.515 33.373 34.124 36.081 34.187 33.419 33.284Fumaça, fogo, chamas 136 135 183 132 155 127 205Objeto cortante-penetrante 5.598 6.417 6.741 6.780 6.815 7.392 7.190Objeto contundente 2.037 1.810 1.722 1.867 2.025 2.208 2.291Força corporal 228 311 314 380 424 468 626Outros especificados 638 561 464 469 576 647 588Outros não especificados 5.463 4.747 5.498 4.651 3.536 2.663 1.881Total 46.082 47.899 49.640 50.980 48.374 47.578 46.660

Fonte: Mapa da Violência no Brasil, 2008.

No estudo do Mapa da Violência, identificou-se

que “na década 1996/2006, o número total de homicídios

registrados pelo SIM passou de 38.888 para 46.660,

o que representa um incremento de 20%, levemente

superior ao crescimento da população, que foi de 16,3%

nesse mesmo período” (Mapa da Violência, 2008). É

importante destacar que, de acordo com o Mapa da

Violência, verificou-se em 2004 – quando da campanha

do desarmamento – uma queda de 5,4% dos homicídios

por armas de fogo, como pode se observar na linha

sublinhada na tabela a seguir:

De maneira geral, pode-se observar uma contínua

diminuição da taxa de homicídios no Brasil no período

que abrange 2004 a 2006, com quedas anuais de 2,9%.

A relativa diminuição das situações de homicídio

pode estar relacionada a uma série de fatores, como

a campanha de desarmamento, uma maior rigidez

da legislação e a implementação de políticas públicas

preventivas, principalmente as direcionadas ao público

adolescente e jovem. Contudo, a pesquisa feita pelo

Mapa da Violência no Brasil demonstra que os índices

de violência ainda são altos, significando que o Estado,

enquanto ente revestido de poder e de responsabilidade

pelo desenvolvimento da sociedade, possui o desafio

de inovar, por meio de políticas de intervenção que

articulem prevenção, educação e repressão.

O estudo realizado em nível nacional e

materializado no Mapa da Violência coincide com o

estudo realizado pelo governo estadual sobre a violência

no Pará no mesmo período, ou seja, de 2002 a 2006.

Mapa 13: Taxa de homicídios segundo a População Total por Região de Integração do Estado do Pará em 2006

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No Pará, percebe-se que os municípios mais

envolvidos com a violência chegando a óbitos são os que

fazem parte das seguintes Regiões de Integração: a RI

Lago de Tucuruí, com 61,9 ocorrências de homicídios

em 100.000 habitantes, seguido pela RI Carajás, com

37,8 /100.000 habitantes, e pela RI Metropolitana, com

24,5/100.000 habitantes. Comparado com os dados

nacionais do Mapa da Violência, percebe-se que os

elevados índices de homicídios das duas primeiras

regiões podem estar relacionados a conflitos pela

posse da terra e questões agrárias, característicos dessas

regiões. Por outro lado, a RI menos violenta foi a RI Rio

Caeté, com apenas 1,6 homicídios para cada 100.000

habitantes, seguida pela RI Marajó, com 2,1 /100.000, e

Baixo Amazonas, com 3,5/100.000.

Tabela 32: Taxas de homicídios em relação às populações totais por Regiões de Integração

Região de Intregação Anos

2002 2003 2004 2005 2006 Média

Araguaia 24,0 26,8 34,5 30,4 24,8 28,1Baixo Amazonas 2,3 3,6 3,8 5,0 3,0 3,5Carajás 25,4 35,1 49,9 37,7 40,6 37,8Guamá 4,3 3,9 4,4 7,1 10,2 6,0Lago de Tucuruí 48,1 56,3 60,8 71,4 72,7 61,9Marajó 1,1 1,0 2,4 3,0 2,9 2,1Metropolitana 14,9 21,8 25,9 28,3 31,5 24,5Rio Caeté 1,5 0,3 2,3 1,0 2,7 1,6Rio Capim 11,4 13,1 15,2 15,0 20,5 15,1Tapajós 7,5 13,4 25,9 11,2 9,1 13,4Tocantins 13,7 13,0 15,4 16,0 20,1 15,6Xingu 16,2 16,5 17,3 17,4 15,8 16,6

Fonte: Microdados SIM/SVS/MS

Os dados de taxas de homicídios de jovens

relacionados a cada 100.000 jovens no período 2002

a 2006 praticamente revalidam os dados e a tendência

observados em relação à população total.

A Região de Integração com a maior média de

homicídios de jovens em relação a cada 100.000 jovens

foi o Lago de Tucuruí, com 78,3, seguido, mais uma

vez, por Carajás, com 56,3 , e pela RI Metropolitana,

com 42,4. A RI com menor taxa de violência entre os

jovens, foi a RI Caeté, com 1,9 mortes de jovens para

cada 100.000 jovens, seguida, mais uma vez, por Marajó,

4,4, e Baixo Amazonas, com 7,5.

Tabela 33: Taxas de homicídios em relação às populações jovens por Regiões de Integração,

Região de Intregação Anos

2002 2003 2004 2005 2006 Média

Araguaia 24,5 24,4 29,7 38,9 38,2 31,1Baixo Amazonas 3,7 9,0 6,6 11,1 7,2 7,5Carajás 30,9 50,8 74,0 55,2 70,6 56,3 Guamá 4,3 6,1 6,1 9,6 13,2 7,9Lago de Tucuruí 52,1 66,5 84,7 97,4 90,9 78,3Marajó 1,1 2,6 4,2 6,7 7,4 4,4Metropolitana 25,2 32,8 45,8 51,5 56,9 42,40Rio Caeté 1,7 0,6 3,6 0,6 3,2 1,9Rio Capim 16,7 16,3 17,5 29,9 21,8 20,4Tapajós 4,6 3,8 22,0 10,2 19,3 12,00Tocantins 16,8 24,0 22,5 16,6 30,7 22,1Xingu 21,7 16,2 20,2 18,9 24,1 20,2

Fonte: Microdados SIM/SVS/MS

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ráMapa 14: Taxa de homicídios segundo a População Jovem por Região de Integração do Estado do Pará em 2006

O atual governo integrou a política de Segurança

estadual (Segurança Cidadã) ao Programa Nacional de

Segurança com Cidadania (Pronasci) e já captou R$

112,97 milhões do Governo Federal.

De acordo com a Secretaria de Segurança Pública

nos anos de – 2007 e 2008 -, o Governo do Estado

investiu em segurança pública R$ 775 milhões ao ano.

Em 2009, o Governo investiu no setor R$ 1,1 bilhão, um

aumento de 29,03% em relação a 2007/2008.

Os investimentos em segurança aumentaram o

efetivo policial (Polícias Civil e Militar), o número de

equipamentos e viaturas, melhoraram a infraestrutura

de prédios, reaparelharam o Corpo de Bombeiros e

criaram serviços policiais especializados, como Ronda

Tática Metropolitana (Rotam), Ronda Tática com Apoio

de Motocicletas (Rocam), para atendimento à Região

Metropolitana, e a Ronda Tática Rodoviária (Rotar)

para o atendimento da malha viária estadual, além da

aquisição de embarcações para ação policial civil e

militar nos rios do Pará.

O Governo abriu concursos públicos com números

de vagas equivalentes a mais de 30% do total de policiais

militares ativos. Em 2007, o efetivo da PM era de 12.124

policiais, entre homens e mulheres. Foram abertas 1.700

vagas em 2007, das quais 1.424 foram preenchidas. Após

novo concurso, mais 2.200 vagas foram abertas. Até o

final de 2010, o efetivo chegará a mais de 15.000 policiais

militares, um aumento real de cerca de 25% do efetivo.

O efetivo da Polícia Civil também aumentou. Em

2007, eram 3.314 policiais civis. Imediatamente, foram

incorporados 188 novos oriundos do concurso de 2006.

Em 2009, foram abertas mais 350 vagas.O aumento do

efetivo da Polícia Civil foi de 10,7% em relação a janeiro

de 2007.

O programa “Segurança Cidadã”, foi considerado

um dos três melhores programas de segurança pública

preventiva do Brasil, durante as apresentações da 1ª

Conferência Nacional de Segurança Pública, em Brasília,

no mês de agosto de 2009. Todas essas medidas foram

tomadas para diminuir os indicadores de violência e de

mortalidade apontados no mapa da violência.

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Cultura

Em 2007 a Câmara Setorial de Políticas

Socioculturais da Secretaria Estadual de Governo

(SEGOV) do Governo do Estado do Pará desenvolveu

um estudo sobre os Equipamentos Culturais existentes

em municípios no estado, a partir de dados da

Pesquisa de Informações Básicas Municipais – Gestão

Publica, coletados pelo IBGE para o ano de 2005. Os

equipamentos culturais que constam de tal pesquisa

se referem a cinco (5) tipos: bibliotecas, museus,

teatros ou salas de espetáculos, estádios ou ginásios

poliesportivos e cinemas.

A) Bibliotecas

Segundo a Pesquisa de Informações Básicas

Municipais – Gestão Publica 2005, o Pará tem 123

municípios que dispõe de bibliotecas com livre acesso

ao público, sinalizando 20 municípios desprovidos deste

equipamento. Das 12 Regiões de Integração, apenas as

RI Lago de Tucuruí, Marajó, Metropolitana e Rio Capim

têm bibliotecas em todos os municípios. Do total de 159

bibliotecas no Estado do Pará distribuídas, observa-se

que 120 são mantidas pelo poder público municipal,

correspondendo a cerca de 75%.

O gráfico 5 mostra a contribuição de cada Região

de Integração no total deste equipamento no estado do

Pará. A RI Metropolitana detém a maior participação

com 21 bibliotecas, seguida do Guamá (19), Marajó e

Rio Capim (ambas com 17, cada).

Gráfico 5: Distribuição de Bibliotecas por Região de Integração

A média de bibliotecas nas regiões de integração

era de 1,11 bibliotecas por município, ou seja uma

biblioteca por município, sendo que a RI Metropolitana

registrou uma média de 4 bibliotecas por município na

qual despontam os municípios de Belém e Ananindeua

com 13 e 5 bibliotecas, respectivamente.

B) Museus

O Pará tem somente 12 municípios (8,39%) que

dispõe de museus, acusando um elevado déficit,

portanto, pois 131 municípios não dispõe de um museu

sequer. O gráfico 06 mostra que em quase todas as

regiões de integração existe tal equipamento, com

exceção das RI Rio Capim e Tapajós, sendo que a RI

Metropolitana prevalece como a grande concentradora

deste equipamento. A presença do poder público

municipal mantendo o equipamento ocorre em 9 (nove)

municípios, com exceção dos municípios de Cachoeira

do Arari, Bragança e Altamira.

Diferente da situação das bibliotecas, havia em

2007 uma grande desigualdade quanto a distribuição de

museus por Região de Integração.

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ráGráfico 06: Distribuição de Museus por Região de Integração

C) Teatros ou salas de espetáculos

O Pará tem 21 municípios que dispõem de teatros

ou salas de espetáculos, o que representa pouco mais de

14% do total dos municípios paraenses, prospectando

uma demanda reprimida por este equipamento em

123 municípios. Conforme o gráfico 7 observa-se

que inexiste tal equipamento nas RI Lago de Tucuruí

e Tapajós; a RI Metropolitana concentra mais de 40%

dos 34 equipamentos disponíveis no Estado. Análoga

a situação dos museus, há uma grande desigualdade

quanto a distribuição de teatros e salas de espetáculos

por região de integração.

Gráfico 07: Distribuição de Municípios e Teatros (ou Salas de Espetáculos) por Região de Integração

D) Estádios ou Ginásios Poliesportivos

Um total de 76 municípios (aproximadamente

53%) do Estado do Pará possuem estádios ou ginásios

poliesportivos. Eles estão presentes em todas as

Regiões de Integração, não registrando uma grande

distorção entre número de municípios que possuem

equipamento e o número de municípios da região

de integração, conforme gráfico 8. São 131 unidades

desses equipamentos, destacando-se as RI Tocantins

e Metropolitana como as que possuem maior

concentração.

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Gráfico 08: Distribuição de Estádios ou Ginásios Poliesportivos por Região de Integração

Cinemas

Há um déficit de cinema em 136 municípios,

sendo que as Regiões de Integração Guamá, Marajó, Rio

Caetés, Rio Capim, Tapajós e Tocantins são totalmente

desprovidos desse equipamento4. Dos 26 cinemas

existentes, cerca de 80%(21 unidades) encontram-se na

RI Metropolitana, e a maioria destes, na capital do estado,

Belém. Entre os equipamentos culturais pesquisados, as

salas de cinema são as que apresentam maior déficit no

estado do Pará. O quadro a seguir apresenta os 7 (sete)

municípios e respectivas Regiões de Integração que

dispõe deste equipamento em 2005, segundo o IBGE.

4 Nesta pesquisa, foram levantados somente os cinemas, não estão inclusos as salas de projeção.

Quadro 1 : Quantitativo de Cinemas nos Municípios por Região de IntegraçãoRI Município Qtde.

Araguaia Redenção 1

Baixo Amazonas Santarém 1

Carajás Parauapebas 1

Lago de Tucuruí Tucuruí 1

MetropolitanaBelém 19

Ananindeua 2

Xingu Altamira 1

Total 26

Os dados apontados pela pesquisa evidenciam o

quanto as atividades e equipamentos ligados a cultura

estavam centralizados na região metropolitana. O

Governo do Estado descentralizou as ações culturais,

antes limitadas à região metropolitana. Houve a criação

do Circuito Cultural Paraense, que contou com a

participação de 70 mil pessoas em Curuçá, envolvendo

outros 19 municípios da região. Em 2008, o circuito

contou com a participação de 46 municípios, reunindo

mais de 200 mil pessoas. A Conferência Estadual

de Cultura, com a participação de mais de sete mil

delegados de todas as regiões do Pará, definiu a política

do Governo do Estado para a Cultura. Cerca de 70%

do que foi definido na Conferência já foi atendido.

Os editais de cultura, outro ponto forte da política

cultural do Governo do Estado, têm sido distribuídos

equitativamente, de forma a beneficiar todas as 12

regiões de integração do Estado. Entre 2007 e 2008

foram lançados 26 editais e em 2009, 15 foram lançados

ou estão em andamento. A meta é chegar a 20 editais.

Outra prioridade do Governo do Estado é ampliar o

acesso à Formação em Arte-Ofício, promovendo o

aprimoramento do artista e realizando eventos culturais

em mais de 90 municípios paraenses. A Feira Pan-

Amazônica do Livro, um dos maiores eventos culturais

do Estado, também foi descentralizada e ampliada com

a realização dos Salões do Livro de Tucuruí e Santarém,

ambos em segunda edição. O Governo do Estado abriu

também muitos espaços de leitura e bibliotecas públicas

em vários municípios.

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3Capítulo

DIMENSÃO ECONÔMICA

Aeconomia do Estado do Pará esteve pautada

no extrativismo, tanto de base fl orestal (p.ex.

madeira) como de base mineral (com destaque

para as províncias minerais do sudeste do Estado).

Contudo, merece destaque os setores econômicos

como: pecuária, agricultura (tanto familiar como

empresarial); a indústria e os setores de comércio e

serviços. A promoção de uma maior integração das

cadeias produtivas do estado do Pará tende a ocorrer de

forma mais ampla, rápida e efi ciente dentro de uma nova

concepção de desenvolvimento.

Incentivar novas formas de produção em grande

escala em paralelo a ações que procurem utilizar, de

forma economicamente viável, os saberes e produtos

locais, os quais são produzidos em menor escala, com a

valorização dos pequenos produtores e empresários, é

uma das premissas do desenvolvimento pensado para o

estado do Pará.

É com esse novo pensamento que podemos superar

a difícil questão de agregação de valor aos produtos

paraenses, permitindo maior competitividade, geração

maior e melhor distribuição de renda, diminuição

das desigualdades intra e interregionais. É através de

benefícios estruturais e sociais que o Estado do Pará

vem promovendo a mudança da base econômica. Isto

é, através de maior integração inter e intrarregional da

pauta de produtos madeireiros, agrícolas, agropecuários,

etc. tendem a superação via arranjos institucionais,

econômicos e sociais para o maior benefício de todos.

A definição de políticas públicas que fomentem a

diminuição de gargalos e entraves ao desenvolvimento da

economia do estado do Pará está diretamente relacionada

com o conhecimento de informações sobre a estrutura

econômica paraense. Isso vai possibilitar uma discussão mais

rica entre Estado e sociedade civil para o encaminhamento

de ações para o estímulo de pontos fortes e oportunidades

e, também, ao mesmo tempo de diminuição dos pontos

fracos e ameaças à economia paraense.

Assim, pautada dentro de um modelo de

desenvolvimento que contemple a preservação

ambiental com a exploração racional dos recursos

naturais, bem como o direito à propriedade de

micros, pequenos, médios e grandes produtores rurais

incentivando a busca por mais recursos, permitindo

uma maior competitividade e inovação no campo.

Outro aspecto importante para a economia

do Estado, consequentemente, para as Regiões de

Integração, são as obras de infraestrutura, tais como a

construção de hidroelétricas, a eletrificação urbana e

rural a dotação de espaços para acesso a internet, para a

busca da informação e comunicação, são fundamentais

para o desenvolvimento local, pois atinge mercados que

antes estavam isolados.

Contudo, não apenas as questões ambientais e

de infraestrutura melhoram a economia local. Assim,

políticas de inclusão social, como o bolsa trabalho,

Projovem, dentre outras, fomentam e fortalecem não só

a parte econômica em si, mas institucionalmente uma

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rávez que tira da margem da sociedade, podendo o Estado

aplicar recursos em áreas mais complexas.

Com o objetivo de proporcionar uma

contextualização mais detalhada da economia nas escalas

estadual e regional, a análise da dimensão econômica foi

construída com base nos seguintes tópicos: Mercado de

Trabalho; Estrutura Produtiva; Exportação e Importação,

Finanças e Medidas de Riqueza.

As informações sobre o mercado de trabalho

procuram chamar a atenção para a importância de

sua estrutura à economia. Nesse sentido, a análise

do comportamento da População Economicamente

Ativa – P.E.A., a quantificação de pessoas empregadas

(comparação entre admitidos/demitidos) e do

número de empregos formais criados são indicadores

fundamentais para que se possam pensar políticas

públicas visando promover a geração de mais postos de

trabalho, sua melhora qualitativa e dentro da realidade

local/regional.

Com relação à estrutura produtiva analisou-se o

comportamento dos três grandes setores da economia:

primário, secundário e terciário. Para tanto, foram

selecionados os seguintes indicadores: a) Número de

Operações Contratadas – Crédito Agrícola e Crédito

Pecuário; b) Valor das Operações Contratadas –

Crédito Agrícola e Crédito Pecuário e; c), Número de

Estabelecimentos Produtivos por Setor de Atividade.

No que diz respeito à Exportação e Importação

cuja participação é expressiva na economia

paraense, especialmente no que tange a primeira. A

diferença entre a primeira e a segunda determina o

comportamento da Balança Comercial do Estado do

Pará e suas regiões de Integração.

Sobre as Finanças Estaduais/Regionais, ao

evidenciar o processo de aquisição, distribuição e de

utilização dos recursos financeiros por parte do poder

público, traz informações vitais para que se consiga um

melhor gerenciamento dos recursos e maior eficiência

de sua utilização nas políticas de integração regional do

Estado do Pará. Esse item está organizado da seguinte

maneira: Receitas Estaduais/Regionais, (englobando

as Orçamentárias, as Correntes e as Tributárias)

e Despesas Estaduais/Regionais (abrangendo as

Orçamentárias, com Pessoal e Encargos Sociais e

Despesas de Investimentos).

Por último o item denominado Medidas

de Riqueza que demonstra o comportamento do

crescimento do produto da economia paraense e a

distribuição da riqueza gerada. Esse item foi elaborado

como segue: Produto Interno Bruto Agropecuário;

Produto Interno Bruto Indústria; Produto Interno

Bruto Serviços e Renda Per Capita.

Mercado de trabalho

A existência de uma mão-de-obra qualificada

é essencial para que o Estado do Pará aumente a

produtividade e, conseqüentemente, a competitividade

de seus produtos, tanto no mercado regional/local,

brasileiro e no mercado internacional. Neste contexto,

são mostrados alguns indicadores, objetivando fornecer

um panorama do mercado de trabalho paraense de

acordo com suas Regiões de Integração.

Antes, contudo, é imperioso estabelecer um marco

na qualificação da mão-de-obra. Isto significa dizer que o

programa “Bolsa Trabalho” é uma política pública estadual

de inclusão social e de investimento em qualificação

social e profissional, que visa formação de capital humano

de forma a dar oportunidade de acesso ao mundo do

trabalho aos jovens paraenses de baixa renda. Antes de

sua implantação não havia política pública voltada para a

inserção do jovem no mercado de trabalho.

Hoje, o “Bolsa Trabalho” é o maior programa de

qualificação de jovens da América Latina. Até junho

deste ano, foram aplicados mais de R$ 49 milhões

no programa, que além de qualificar oferece ajuda

financeira mensal de R$ 70. O programa já beneficiou

50 mil jovens na faixa de 18 a 29 anos, sendo 63% do

sexo feminino. Entre eles, há 15 mil jovens contratados

com carteira assinada.

Em três anos o Governo do Pará aumentou a oferta

de vagas do Programa Nacional de Inclusão de Jovens

(Projovem), multiplicou o número de famílias atendidas

pelo Bolsa Trabalho e passou a ser atuante no processo de

intermediação de mão de obra, através da reestruturação

do Sistema Nacional de Emprego no Pará (Sine/PA). A

equação é simples: jovens bem educados e aptos para

o mercado de trabalho resultam na reestruturação

econômica do Estado e na expansão do mercado de

trabalho formal. Não foi à toa que, em relação a outubro

de 2008, a geração de postos de empregos formais, no

Pará, aumentou em 300%, em outubro de 2009, e os

setores que mais contribuíram para Jovens foram a

Construção civil, indústria e comércio.

A reorganização do Sine/PA possibilitou uma

atuação mais intensa na captação de vagas, através da

conquista de novas parcerias com entidades e empresas,

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65Parte 1

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maior qualidade no atendimento, melhor infraestrutura

dos postos, implantação de novos postos de atendimento

e unidades denominadas “Balcões de Emprego”.

Até 2006, a ação do Governo do Estado na

intermediação de mão-de-obra era muito tímida:

contava com 35 postos do Sine, localizados em 31

municípios do Pará. Hoje são 56 Agências de Trabalho,

Emprego e Renda da Secretaria de Estado de Trabalho,

Emprego e Renda (Seter), localizadas em 46 municípios.

Em todo o Pará, estão cadastrados 52.380 trabalhadores;

até julho deste ano; 11.228 já haviam sido colocados no

mercado de trabalho.

População Economicamente Ativa

Uma das características da Região Norte é ter a

sua População Economicamente Ativa – P.E.A. como a

menor do país, uma vez que sua população também é

a menor nacionalmente. Segundo dados da Secretaria

de Estado de Ciência e Tecnologia - SEDECT/PA, em

2008, a P.E.A. do Estado contava com aproximadamente

3.503.000 pessoas. Comparando a informação anterior

com as do IBGE de 2.000 (dados do último Censo

Demográfico disponível) percebe-se um incremento

de aproximadamente 45,23%. Contudo, para efeito de

entendimento considerará, apenas, os dados do Censo.

Assim, desagregando as informações do IBGE (2000)

percebemos que a P.E.A. paraense se concentrou,

sobretudo, nas Regiões Metropolitana (32,57%), Baixo

Amazonas (9,25%) e Tocantins (8,59%) (Gráfico 09). A

Região Metropolitana apresenta este destaque em razão

de englobar a Capital do Estado do Pará, que é um centro

urbano e de grande atração populacional. Os menores

extratos da P.E.A. foram encontrados na Região Tapajós

(3,23%), Xingu (4,11%) e Lago de Tucuruí (4,12%).

Gráfico 09: População Economicamente Ativa

Fonte: IBGE, Censo Demográfico (2000)

Pessoas Admitidas, Desligadas e Número de Empregos Formais

O número de pessoas admitidas no Estado do Pará,

no ano de 2008, foi maior na Região Metropolitana, onde

também se observou o maior número de desligamentos,

ambos com cerca de 40% do total no Estado, o que

equivale a 96,5 mil e 86,2 mil, respectivamente. Esta

região foi seguida, em admissões, pelas Regiões Carajás

(12%) e Rio Capim (10%), que também apresentaram

uma proporção semelhante de desligamentos (11 e 12%,

respectivamente). As regiões que menos admitiram

foram as do Marajó e do Rio Caeté, que não passaram de

1% cada. As Regiões Metropolitana e do Carajás ainda

tiveram os maiores saldos de admissão/desligamento

(10.355 e 5.220, respectivamente), mas a do Rio Capim

obteve um saldo negativo (-445), juntamente com a

Região do Tapajós (-37). As Regiões Metropolitana

(253.708) e do Carajás (53.964) apresentaram o maior

número de empregos formais em 2009.

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ráTabela 34: Dimensão Econômica - Mercado de Trabalho

Região de Intregação

Mercado de Trabalho

P.E.A.¹Empregos Formais²

Admitidos³ Desligados³Empregos Formais³

(Jan/2005) (Jan/2009)

Araguaia 130.789 12.869 22.847 18.857 30.921Baixo Amazonas 223.030 26.037 15.522 12.524 35.656Carajás 154.458 33.871 33.531 28.626 60.850Guamá 185.490 20.586 12.662 11.206 33.182Lago de Tucuruí 99.463 13.975 13.663 11.892 21.662Marajó 124.986 5.629 1.106 2.052 5.497Metropolitana 785.512 221.530 93.216 80.855 277.494Rio Caeté 145.069 5.916 2.218 1.826 9.154Rio Capim 179.022 24.089 18.438 19.530 30.657Tapajós 77.917 5.210 2.095 2.136 7.670Tocantins 207.112 22.177 16.609 19.944 29.246

Xingu 99.074 7.216 4.548 5.007 10.752

TOTAL 2.411.922 399.105 236.455 214.455 552.741

Fonte: 1 – População Economicamente Ativa – Censo IBGE: 2000;

2 – SEPOF/MTE/CAGED: 2005;

3 – MTE/CAGED: OUTUBRO/2008 E JANEIRO/2009.

Gráfico 10: Pessoas Admitidas e Desligadas (OUTUBRO/2008)

Fonte: Ministério do Trabalho e Emprego – TEM. Cadastro Geral de Empregos e Desempregados – Caged, 2005.

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Pessoas Empregadas

As informações disponibilizadas pela SEDECT, em

2009, o Setor Terciário (que abarca Serviços de Utilidade

Pública, Administração Pública, Comércio e Serviços)

representou 54,74% (139.580 mil) das admissões

registradas, seguido do Setor Secundário (Indústria de

Transformação e Construção Civil) com 32,82% (83.693

mil) vagas, por último, o Setor Primário (Extrativismo

Mineral e Agropecuário) com 12,43% (31.697). Para uma

análise mais detalhada, houve evolução das admissões

em todos os setores ativos da economia. Somente no

auge da crise (2009) os mesmos sofreram queda mais

acentuada no Setor Primário (-17,61%), seguido do

Secundário (-11,08%) e Terciário (-0,12%).

Regionalmente, em 2004 atividades de serviços

e comércio, por exigirem pouco capital para serem

realizadas terminam por concentrar uma grande parte da

população mais pobre e menos qualificada. Considerando

tais características a Região de Integração com maior

destaque é a Metropolitana (até por ser a região com maior

PEA – Belém é o município com maior emprego com 270

mil pessoas dos 310,3 mil da região). Na contramão do

setor estão as Regiões do Xingu (780 pessoas), Tapajós

(545) e Marajó (516); o Setor Primário o destaque fica

para as quatro regiões: Araguaia (07 mil pessoas), Rio

Capim (6,5 mil), Carajás (5,6 mil) e Baixo Amazonas (5,3

mil), representando mais 2/3 dos empregados do setor.

Para este Setor, a Região Metropolitana com o sexto lugar

(com apenas 8% ou 6,5 mil); para o Setor Secundário

volta novamente o predomínio de empregos na Região

Metropolitana (31%). Opostos as essas posições daquele

setor estão às Regiões do Rio Caeté (11 mil) Tapajós (09

mil) e Xingu (07 mil).

Tabela 35: Pessoas empregadas (2004)Região Primário Secundário Terciário Total

Araguaia 6.974 4.626 13.961 25.561

Baixo Amazonas 5.262 4.329 34.576 44.167

Carajás 5.643 5.583 35.158 46.384

Guamá 3.794 6.276 24.879 34.949

Lago Tucuruí 1.026 6.712 14.278 22.016

Marajó 516 4.415 8.214 13.145

Rio Caeté 798 718 11.014 12.530

Metropolitana 3.055 25.836 310.342 339.233

Rio Capim 6.531 13.980 18.494 39.005

Tapajós 545 1.989 8.965 11.499

Tocantins 1.018 7.407 27.991 36.416

Xingu 780 2.743 7.065 10.588

Total 35.942 84.614 514.937 635.493

Fonte: Relação Anual de Informações Sociais – Rais, Ministério do Trabalho e Emprego - MTE

Estrutura Produtiva

A questão da diversificação da produção amparada

com a preservação ambiental, contribuindo com

distribuição de renda, podem ser avaliadas através dos 280

convênios com prefeituras e organização de produtores

cujo repasse se deu na ordem de R$20 milhões para apoio

aos Arranjos Produtivos Locais – APL’s.

Desta feita, a execução dos projetos do programa

desenvolvimento rural sustentável apóia arranjos

produtivos de fruticultura, apicultura, pecuária leiteira,

móveis e artefatos de madeira, turismo, pesca, jóias e

gemas e malacocultura (presente em 05 municípios

paraenses e atendendo 92 famílias para a produção de

moluscos), permite maior geração de renda com melhor

qualidade de emprego, bem como de crédito qualificado.

A estrutura de produção como os fatores que

a compõem (trabalho, capital, tecnologia e recursos

naturais), no Estado do Pará, estão sendo utilizados

na elaboração de bens e serviços. Nesse item serão

destacadas informações pertinentes aos setores

primário, secundário e terciário.

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ráNúmero de Operações Contratadas: Crédito Agrícola e Crédito Pecuário

No que concerne ao número de operações

contratadas de crédito agrícola no Estado do Pará,

existe uma relação com os indicadores de área colhida

para lavoura temporária e permanente. Assim, houve

uma concentração expressiva desses financiamentos

na Região de Integração Tocantins, especialmente no

ano de 2004 (14.031); contudo, esses valores passam

a decrescer a partir do ano de 2005 (4.113), voltando

a aumentar em 2006 (6.426) e 2007 (6.851). As outras

regiões que apresentaram os números altos de operações

contratadas, no período estudado foram: Rio Caeté e Rio

Capim. A Região Metropolitana apresentou os menores

números de operações contratadas de crédito agrícola

(em 2001 se registrou apenas cinco operações, sendo

que em 2007, o saldo foi de 182 operações contratadas).

A parceria com o Governo Federal, o programa de

regularização fundiária denominado “Terra Legal”

permite que produtores rurais com até 15 módulos

fiscais possam solicitar crédito produtivo. Assim, até

agosto de 2009, foram feitas 1.717 cadastrados cuja meta

é a titulação de 89.785 posses em 85 municípios do Pará.

Com relação às operações contratadas de crédito

para a pecuária, no período de 2000 a 2007, estas

atividades apresentaram número elevado na Região de

Integração do Araguaia (2003 foram registrados 19.702

– Região de Integração com maior número de operações;

em 2007 esse número passou para 13.510 operações

contratadas de crédito para a pecuária); a Região de

Integração de Carajás aparece em segundo lugar, tendo,

no ano de 2006, registrado o maior número de operações

(11.339), terminando o ano de 2007 com 8.679 operações.

No outro extremo, a Região Metropolitana apresentou

os menores valores, com 10 operações em 2000 e 259 no

ano de 2007.

Tabela 36: Dimensão Econômica – Operações de Crédito

Região de Intregação

Nº de Operações Contratadas de Crédito

2006 2007 2008 2009

Agrícola Pecuária Agrícola Pecuária Agrícola Pecuária Agrícola Pecuária

Araguaia 1.878 12.819 1.091 13.510 747 14.534 715 6.180Baixo Amazonas 2.640 5.533 2.617 2.641 1.908 2.850 1.810 2.706Carajás 770 11.339 644 8.679 509 8.689 283 2.499Guamá 2.927 1.188 2.981 639 2.066 386 1.215 359Lago de Tucuruí 599 6.896 508 3.595 955 4.491 1.100 5.244Marajó 1.404 1.726 3.476 2.484 3.041 2.149 2.356 960Metropolitana 104 165 182 259 373 42 143 57Rio Caeté 3.404 2.059 2.728 1.307 1.777 1.719 1.650 1.333Rio Capim 3.222 2.345 3.080 1.979 3.051 3.115 2.095 2.895Tapajós 591 3.499 552 1.848 282 2.320 726 1.643Tocantins 6.426 1.318 6.851 1.371 4.536 1.377 2.790 1.340

Xingu 2.495 3.459 1.018 1.858 1.210 1.291 1.581 1.805

TOTAL 26.460 52.346 25.728 40.170 20.455 42.963 16.464 27.021

Fonte: Anuário Estatístico do Crédito Rural do Banco Central do Brasil: 2005; 2006; 2007; 2008 e; 2009

Número de Estabelecimentos Produtivos por Setor de Atividade

A inovação tecnológica é importante para o novo

modelo proposto pelo Governo do Estado, dentro

uma estratégia para induzir um novo modelo de

desenvolvimento, social e territorialmente enraizado

e portador de responsabilidade socioambiental.. Para

que isso seja possível, é através dos Parques de Ciência e

Tecnologia (PCT’s) integrantes do Sistema Paraense de

Inovação (SIPI).

No SIPI encontra-se associado, como instância

de mediação, a investimentos infraestruturais (nos

distritos industriais, por exemplo), instituições e

arranjos institucionais capazes de relacionar a produção

mundial de ciência e tecnologia (e sua possível

incorporação), em termos inovadores, nas dinâmicas

sociais e econômicas do Pará.

Concretamente, na Região de Integração do

Carajás, especificamente com a recuperação e ampliação

do Distrito Industrial de Marabá, integrado ao PCT do

criando vantagem locacional favorável para instalação

de novos empreendimentos na região, contribuindo

para ampliar a competitividade e a diversificação da

industrial estadual.

Na análise do número de estabelecimentos

produtivos, é importante relacionar os dados com o

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número de empregos formais por setor de atividades, para

se ter uma idéia mais abrangente do comportamento da

estrutura de produção de cada Região de Integração. No

que tange ao número de estabelecimentos produtivos no

setor primário, destaca-se, em primeiro lugar, a Região

de Integração do Araguaia (1.328 estabelecimentos),

seguida do Rio Capim, com 959 e Carajás, com 728;

para o setor secundário, a Região Metropolitana assume

a liderança com 2.931 estabelecimentos, seguida por Rio

Capim, com 819 e Baixo Amazonas, com 708 e; para o

Setor Terciário, o maior número de estabelecimentos

produtivos também se encontra na Região Metropolitana

(26.218), seguida por Baixo Amazonas e Araguaia.

Tabela 37: Número de Estabelecimentos Produtivos por Setor de Atividade Estado do Pará 2004Região Primário Secundário Terciário Total

Araguaia 1.328 549 5.198 7.075

Baixo Amazonas 282 708 6.645 7.635

Carajás 728 654 5.077 6.459

Guamá 660 487 4.238 5.385

Lago Tucuruí 294 559 2.223 3.076

Marajó 100 197 1.540 1.837

Metropolitana 126 168 2.365 2.659

Rio Caeté 510 2.931 26.218 29.659

Rio Capim 959 819 3.717 5.495

Tapajós 134 401 2.375 2.910

Tocantins 181 444 3.392 4.017

Xingu 272 457 2.676 3.405

Total 5.574 8.374 65.664 79.612

Fonte: Relação Anual de Informações Sociais – Rais, Ministério do Trabalho e Emprego – TEM

Exportação e Importação

O diferencial entre exportação e da importação

revela as relações do Estado do Pará e suas Regiões de

Integração com mercados nacional e internacional. O

melhor conhecimento dessas informações é de vital

importância para que novas oportunidades sejam

detectadas e, de acordo com as potencialidades de

cada Região de Integração, possa buscar formas mais

vantajosas de participação no comércio. Em geral,

o estudo sobre a relação exportação e importação

revela que o Estado do Pará apresenta uma situação

superavitária para todas as regiões de integração.

Apenas para informar, desde 2007 o saldo da

Balança Comercial paraense tem sido positivo, mesmo

em 2009 (ano da crise internacional) o diferencial foi

positivo (US$7,55 bilhões F.O.B.). Uma leitura que

pode ser feita desse número é que o Estado do Pará tem

ajudado o Brasil a controlar a moeda americana (Dólar),

evitando a especulação.

Exportação

A análise da pauta de exportação do Estado do Pará

- constituída principalmente pelos seguintes produtos:

minérios de ferro não aglomerados, alumina calcinada,

alumínio não ligado em forma bruta, ferro fundido

bruto não ligado e outros bovinos vivos, demonstra a

necessidade de verticalização da produção para que as

atividades produtivas possam gerar maior retorno para

o Estado, já que o predomínio de commodities não

permite tal internalização de riqueza.

A balança comercial mostra, em relação à

exportação, a Região de Integração Carajás, seguida

pela Região Tocantins, os maiores valores exportados

do Estado do Pará (predominando as atividades de

mineração nessas áreas). Em 2009, a Região de Integração

Carajás apresentou valores de US$ 4,7 bilhões, seguida

da Região de Integração Tocantins com US$ 2,2 bilhões

de saldo de exportação, referente praticamente a um

único município, Barcarena.

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Gráfico 12: Importação (US$ 1.000 FOB) Estado do Pará – Regiões de Integração

Fonte: MDIC/SECEX

Gráfico 11: Exportação (US$ 1.000 FOB) Regiões de Integração (2007 E 2008)

Fonte: MDIC/SECEX

Importação

Em relação às importações, estas aparecem com

registros de valores bem menores em comparação com as

exportações, o que tem, conseqüentemente, repercussões

sobre o superávit expressivo registrado na balança

comercial dessas regiões de integração. As Regiões que

apresentaram os maiores valores das importações, em

2009, foram Tocantins, Carajás e Metropolitana. As

regiões de Integração que apresentaram os menores

valores de importação, no mesmo ano, foram Guamá

(0,23% do total importado pelo Estado), Rio Caeté

(0,54%) e Tapajós (0,79%).

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A tabela 38 mostra que em todo o período os

saldos foram positivos para todas as regiões e que os

maiores saldos ocorreram em 2007 cujas Regiões com

os maiores saldos foram Carajás e Tocantins.

Tabela 38: Valores das Exportações e Importações (US$ FOB) Regiões de Integração

Região de

Intregação

Exportação e Importação (US$ FOB)

2006 2007 2008 2009

Exportação Importação Exportação Importação Exportação Importação Exportação Importação

Araguaia 26.228.155 640.907 32.822.191 6.161.707 47.359.746 145.236.664 86.178.201 25.689.079

Baixo Amazonas 322.411.560 18.569.694 551.454.250 37.844.781 627.460.199 44.686.937 317.739.098 35.669.380

Carajás 2.976.925.958 356.980.964 3.506.906.331 178.557.931 5.616.311.670 200.157.698 4.783.142.146 228.703.876

Guamá 63.470.542 1.335.509 80.457.769 2.413.601 90.100.171 11.072.756 67.813.690 1.802.695

Lago de Tucuruí 57.663.619 5.362.436 71.775.322 8.194.966 88.511.648 6.473.013 66.928.167 7.023.737

Marajó 72.628.667 276.902 88.744.419 350.100 67.190.485 289.007 23.755.015 -

Metropolitana 514.588.452 48.816.794 797.857.815 86.474.644 735.133.636 106.044.062 618.924.861 74.504.862

Rio Caeté 6.150.167 1.155.952 3.821.078 1.218.027 6.035.181 2.801.265 14.476.650 4.272.585

Rio Capim 53.563.193 31.507.783 58.374.173 21.231.390 50.341.333 57.385.131 26.005.994 24.623.857

Tapajós 47.515.139 1.257.007 71.728.261 3.069.465 45.477.732 5.950.189 14.469.929 6.246.310

Tocantins 2.356.089.483 178.373.359 2.545.962.814 292.275.219 2.938.562.480 432.171.756 2.284.009.333 386.062.355

Xingu 32.427.279 6.248 37.206.143 44.938 20.960.470 24.280 10.712.087 -

Total Regional 6.529.662.214 644.283.555 7.847.110.566 637.836.769 10.333.444.751 1.012.292.758 8.314.155.171 794.598.736

Fonte: MDIC/SECEX

Finanças Estaduais

As informações sobre as receitas e despesas, por

parte dos municípios que compõem as 12 Regiões de

Integração do Estado do Pará, é um importante indicador

para a análise dos setores que devem ser priorizados em

termos de investimentos governamentais. Buscando

incentivar as potencialidades de cada Região de

Integração e sanar problemas que dificultem uma

melhora de suas estruturas produtivas. Da mesma

forma, sinaliza quais atividades geram um quantitativo

maior de receitas para os municípios.

Receitas Estaduais

No Estado do Pará, observa-se que a Receita

Orçamentária, seguiu uma forte tendência de alta em

quase todas as Regiões no período de 2006 a 2008;

somados todos os municípios, ela alcançou R$ 5,5

bilhões, em 2008, o que corresponde a um aumento

de quase 13%, em comparação ao ano de 2007 (Tabela

39). As regiões com as maiores Receitas Orçamentárias,

em 2008, são a Região Metropolitana (R$ 1,6 bilhão ou

30,28%), mas que o dobro da segunda colocada que foi

Carajás (R$ 795,2 milhões ou 14,46%), em seguida Baixo

Amazonas (R$ 572,4 milhões – 10,41%). Neste mesmo

ano, os menores valores foram observados na Região

Marajó (3,48% ou R$191,6 milhões) e na Tapajós (3,16%

ou R$ 173,5 milhões).

As Receitas Correntes compreendem os seguintes

grupos: tributária, de contribuição, patrimonial,

agropecuária, industrial, de serviços, transferências

correntes e outras receitas correntes. No Estado do Pará,

este indicador está relacionado com o desenvolvimento

mais forte de atividades privadas. As Receitas Correntes

apresentaram moderada tendência de alta em quase

todas as Regiões no período de 2007 a 2008; assim,

somados todos os municípios, ela chegou a R$ 5,56

bilhões, quase 11% se comparado com o ano de 2007.

Atualmente, as regiões de maiores Receitas Correntes

são a Região Metropolitana (29,80%), com praticamente

o dobro da contribuição da segunda colocada a de

Carajás (13,89%), seguida do Baixo Amazonas (10,04%)

e da do Tocantins (9,25%). Os menores valores de

Receita Corrente, em 2008, foram observados na Região

do Lago de Tucuruí (2,04%) e na Região Tapajós (3,27%).

A Região Metropolitana destacou-se com os

maiores valores de arrecadação tributária do Estado

no período em estudo; no ano de 2009, esta Receita

Tributária alcançou o montante de R$ 287,6 milhões;

a Região do Carajás também apareceu em destaque

(em 2008 a Receita Tributária foi na ordem de R$115

Mil). Merecendo também destaque por seu expressivo

crescimento no período as Regiões do Tocantins e

Baixo Amazonas. Contrariamente, as menores Receitas

Tributárias em 2008 se encontraram nas Regiões do

Lago de Tucuruí (0,61%), Marajó (0,76%), Tapajós

(1,14%) e Rio Caeté (1,24%).

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ráTabela 39: Finanças Municipais - Receitas

Região de Intregação

Finanças Municipais – Receitas – R$ em Mil

Orçamentária Correntes Tributária

2006 2007 2008 2006 2007 2008 2006 2007 2008

Araguaia 289.392 285.989 406.540 283.579 296.765 419.595 15.772 26.954 52.272

Baixo Amazonas 386.763 467.788 572.477 389.402 472.605 558.863 25.416 41.235 75.824

Carajás 528.667 648.644 795.219 551.653 687.951 773.384 88.114 120.685 114.986

Guamá 314.615 272.848 361.042 329.262 290.750 387.216 9.745 9.004 12.173

Lago de Tucuruí 297.693 186.302 112.482 294.518 195.828 113.636 14.862 9.958 3.965

Marajó 234.528 263.691 191.627 246.118 276.873 203.393 6.296 6.803 4.952

Metropolitana 1.323.180 1.498.023 1.665.685 1.330.437 1.491.282 1.659.184 219.558 252.643 287.600

Rio Caeté 222.016 194.148 199.823 220.914 200.052 197.305 6.500 6.867 8.081

Rio Capim 350.665 377.659 318.272 366.375 401.777 338.243 24.710 24.373 22.721

Tapajós 125.410 115.952 173.546 131.600 123.303 181.903 6.302 6.909 7.461

Tocantins 352.794 378.052 494.098 366.620 400.753 514.930 34.979 42.722 50.533

Xingu 195.205 178.681 209.275 195.606 185.226 220.275 9.872 8.597 11.496

Total 4.620.929 4.867.777 5.500.088 4.706.084 5.023.165 5.567.929 462.126 556.750 652.062

Fonte: STN/FINBRA: 2006; 2007 e 2008.

Mapa 15: Finanças Municipais – Receitas Tributárias – Regiões de Integração

Fonte: STN/FINBRA: 2006; 2007 e 2008.

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73Parte 1

Cap

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3 -

Dim

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o Ec

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Despesas Estaduais

Em relação às Despesas Orçamentárias, verificou-

se a ocorrência de um significativo crescimento durante

o período. Nesse contexto, a Região de Integração

Metropolitana foi a que apresentou maior participação

no total do Estado com esta rubrica. No ano de 2008, as

Despesas Correntes dessa região atingiram o montante

de R$1.400.031 em Mil. No mesmo ano, em direção

contrária, a Região de Integração do Guamá registrou o

menor valor da rubrica com R$146.355 em Mil. Os dados

da Tabela 40 revelam um leve movimento ascendente nas

Despesas com Pessoal e Encargos Sociais, com destaque

para a Região de Integração Metropolitana que em 2008

registrou o montante de R$723.095 em Mil. Enquanto

a Região de Integração do Tapajós com R$55.247 em

Mil apresentou a menor participação com este tipo de

Despesa. Os investimentos realizados mostram que

houve uma substancial elevação em 2008. Percebe-se,

claramente, o retorno dos investimentos públicos a partir

de 2007, tanto é verdade que quase 36% foi investido a

mais em 2008. Ou seja, enquanto que em 2007 se investiu

algo próximo de R$582 milhões, em 2008 o Estado

Brasileiro investiu aproximadamente R$791 milhões.

Com um diferencial, em todas as Regiões de Integração,

não havendo concentração de recursos.

Verificou-se ainda a predominância das Regiões

de Integração de Carajás, com R$228 milhões, e

Metropolitana, com R$195 milhões, com os maiores

montantes em Despesas com Investimentos. Por fim, a

Região de Integração com o menor valor foi a Região

de Integração Lago de Tucuruí (R$7,5 Milhões). Esses

dados sinalizam a necessidade de se verificar a relação

entre investimento e dinamização da economia das

Regiões de Integração.

Mapa 16: Finanças Municipais – Despesas com Pessoal e Encargos Sociais – Regiões de Integração

Fonte: STN/FINBRA: 2006; 2007 e 2008.

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Medidas de Riqueza

A determinação do Produto Interno Bruto

(PIB) por setor de atividade (agropecuária, indústria e

serviço) permite obter informações sobre a produção

nas Regiões de Integração, possibilitando a análise de

quais atividades contribuem mais fortemente para o

crescimento do PIB em cada Região de Integração e para

a definição de medidas de política pública de incentivo

à produção.

Produto Interno Bruto Total

Na análise do PIB de um modo geral, sem

desagregação por setor (Tabela 41), apresenta a Região

Metropolitana na liderança (R$15,68 bilhões), seguida

da Região do Carajás (R$6,89 bilhões), do Tocantins

(R$5,06 bilhões) e do Baixo Amazonas (R$3,28 bilhões)

em 2006. Tal tendência de crescimento do PIB do Estado

do Pará foi confirmada em 2007 com uma variação real

de 6,09% em relação ao ano anterior, contribuindo com

1,86% no PIB Nacional. As regiões que apresentaram

os menores valores em 2006 foram: Região do Tapajós

(R$0,80 bilhões), Marajó (R$0,95 bilhões) e Xingu

(R$1,06 bilhões)

Produto Interno Bruto Agropecuário

Os dados mostram que o PIB gerado pelo setor

agropecuário, em 2007, (Tabela 41) apresentou maior

valor nas Regiões de Integração do Araguaia (R$

761,3 milhões), Rio Capim (R$ 470,5 milhões) e Baixo

Amazonas (R$441,0 milhões). Uma variação positiva

do PIB produzido pelas atividades agropecuárias é

observada entre os anos de 2005 a 2007.

Tabela 40: Finanças Municipais - Despesas

Região de

Intregação

Finanças Municipais – Despesas

Correntes Pessoal e Encargos Sociais Investimentos

2006 2007 2008 2006 2007 2008 2006 2007 2008

Araguaia 244.411 246.993 337.085 124.138 127.929 167.546 36.937 32.157 54.502

Baixo Amazonas 347.154 405.447 465.413 191.017 222.576 250.601 49.876 69.704 94.442

Carajás 423.787 531.222 548.113 209.415 266.720 297.983 93.712 148.242 228.997

Guamá 154.529 136.954 146.355 83.332 78.539 89.425 10.876 7.474 8.269

Lago de Tucuruí 266.459 188.632 99.711 142.414 95.610 55.247 36.151 13.484 7.530

Marajó 183.676 239.511 173.014 98.960 116.600 96.129 19.035 20.175 21.669

Metropolitana 1.130.751 1.285.034 1.400.031 592.073 661.272 723.095 121.556 155.184 195.992

Rio Caeté 197.904 167.704 141.910 107.098 89.903 79.677 21.646 20.581 43.240

Rio Capim 299.347 337.341 266.779 153.671 178.108 149.113 47.580 43.699 32.776

Tapajós 104.200 107.526 151.757 60.573 62.034 87.551 21.911 14.695 23.256

Tocantins 324.252 345.825 430.893 190.443 205.947 248.179 34.493 36.048 61.659

Xingu 171.594 160.505 185.695 83.738 80.183 97.045 25.763 21.449 19.543

Total 3.848.063,57 4.152.693,18 4.346.756,35 2.036.874,29 2.185.420,88 2.341.590,12 519.536,06 582.891,81 791.874,54

Fonte: STN/FINBRA: 2006; 2007 e 2008.

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75Parte 1

Cap

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Mapa 17: PIB Agropecuário – Regiões de Integração (2006)

Produto Interno Bruto Indústria

As Regiões de Integração do Araguaia e

Metropolitana foram, em 2007, as que apresentaram

os maiores valores do Estado, demonstrando

considerável peso na economia, com 26,00% e 20,33%,

respectivamente. Considerando o crescimento relativo

ao ano de 2006, verifica-se que a Região de Integração

do Tocantins apresentou crescimento de 30,97%.

É importante frisar que a Região de Integração

do Carajás vem sofrendo transformações na sua base

econômica, dentro da perspectiva de deixar a Região

de ser considerada apenas “província de exploração

mineral” para começar a operar na verticalização da

produção agregando mais valor ao produto.

Assim, espera-se que até 2013 a Região de

Integração do Carajás vai contar com 02 siderúrgicas:

Sinobrás e Aços Laminados do Pará - Alpa (a primeira já

opera desde 2008, a segunda entra em operação até 2013).

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76 Parte 1A

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tad

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ráMapa 18: PIB Indústria – Regiões de Integração (2006)

Produto Interno Bruto Serviços

O PIB gerado pelo setor de serviços (Tabela

41) apresentava um valor expressivamente maior na

Região Metropolitana em relação às demais Regiões de

Integração do Estado do Pará. Isso é explicado pelo fato

de ter sua economia baseada nas atividades terciárias,

registrando no ano de 2007 o montante de R$ 12

bilhões, com as Regiões Carajás (R$ 2,9 bilhões) e Baixo

Amazonas (R$2 bilhões) em segundo e terceiro lugares,

respectivamente. As Regiões de Integração do Tapajós

(R$ 571 milhões), Marajó (738 milhões) e Xingu (764

milhões) apresentam os menores valores de PIB ligado

ao setor serviços no último.

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Cap

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3 -

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Mapa 19: PIB Serviços – Regiões de Integração (2006)

Renda Per Capita

A renda perapita é um dos indicadores de

crescimento, mas precisa ser relativizada quando se

busca análises do desenvolvimento econômico, pois

não demonstra o grau de concentração da renda. Isto é,

somente através de um conhecimento mais profundo é

que se pode revelar a relação de apropriação, por parte

da sociedade, dos resultados financeiros das atividades

econômicas. Nem sempre uma alta renda per capita

significa que há uma melhor distribuição dessa renda.

Contudo, Regiões de Integração com baixa renda per

capita sinalizam problemas em suas economias.

Neste sentido, as Regiões de Integração que

apresentaram os maiores valores de renda per capita no

ano de 2007 foram Tocantins, o município de Barcarena

proporcionalmente apresentou uma Renda média

de R$ 43.249, e Carajás (no município de Canaã dos

Carajás com R$ 28.019). Por fim, em 2007, as Regiões

de Integração com os menores valores de renda Per

Capita foram registrados nas seguintes Regiões de

Integração: Tapajós (em Jacareacanga esse indicador era

de R$1.566), Marajó (Curralinho com R$1.734) e Baixo

Amazonas (no município de Faro o valor é foi R$1.828.

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78 Parte 1A

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1: In

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.439

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608.

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699.

976

Font

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DESP

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Oconjunto de indicadores analisados na

Dimensão Infraestrutural tem como foco

a existência de elementos que priorizem a

redução da pobreza e melhorem a condição de vida das

pessoas, através de variáveis como: educação, transporte,

4Capítulo

DIMENSÃO INFRAESTRUTURAL

comunicação, disponibilidade de iluminação elétrica, de

água de rede geral, de sanitário próprio, de acesso à rede

geral de esgoto ou via fossa asséptica, de coleta de lixo e

de habitação.

MALHA RODOVIÁRIA DOS MUNICÍPIOS PARAENSES POR REGIÃO DE INTEGRAÇÃO

O avanço do transporte rodoviário tem sido a marca

dos planos de governo, especificamente no período

de 1945 a 1980, quando no geral se desconsiderou a

opção de outras modalidades que predominaram na

matriz de transporte de países desenvolvidos. Fatores

determinantes como a particularidade da história do

Estado do Pará desde o período inicial de colonização

e sua condição geográfica não serviram de elementos

influentes na elaboração dos planos de políticas públicas

de transporte.

A infraestrutura rodoviária nacional teve um

grande crescimento nas últimas três décadas tanto em

extensão como em qualidade, especialmente nas regiões

sul e sudeste, o que gerou forte dependência do país

às importações de petróleo (BARAT, 2007). No Pará,

a totalização das rodovias federais e estaduais soma

11.749,40 km para atendimento de uma área superior a

1.200.000 Km² sendo que, 6.265,12 km dessas rodovias

são de revestimento primário, o que corresponde a 53,32

% do total. Esse percentual elevado implica em restrições

na qualidade de vida da população que depende dessas

rodovias, pois para uma região com alta incidência de

chuva, o revestimento primário representa dificuldades

de trafegabilidade.

De acordo com as terminologias rodoviárias

utilizadas pelo DNIT, rodovia pavimentada é a rodovia

que apresenta sua superfície com pavimento asfáltico, de

concreto cimento ou de alvenaria poliédrica; a rodovia

com revestimento primário é uma rodovia revestida

com material granular (saibros, cascalhos etc.), e por

último a rodovia classificada em leito natural é a rodovia

construída em primeira abertura, em terreno natural,

sem atendimento às normas, podendo eventualmente

receber revestimento primário. Nas rodovias que não

se enquadram em nenhuma das classes de rodovias

estabelecidas pelo DNIT, geralmente, não ocorre o

tráfego de veículos durante a época chuvosa.

Nesse cenário, a Região Baixo Amazonas se

destaca com 1.470,50 km de rodovias com revestimento

primário em contrapartida tem em seu território apenas

185 km de rodovia pavimentada, em segundo lugar

aparece a Região Tapajós com 1.161,45 km em rodovias

com revestimento primário e a menor quilometragem

de rodovia pavimentada do Estado com 30 km.

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ráAgrega-se a essas informações o fato de que dos doze

municípios que compõem a Região Baixo Amazonas

somente Belterra com 58,60 km e Santarém com 126,40

km apresentam rodovias na condição de pavimentadas,

enquanto na Região Tapajós somente o município de

Itaituba, dentre os seis que compõe essa região, possui

30 km de rodovia pavimentada.

Mapa 20:Malha Rodoviária no estado do Pará

Fonte: SETRAN/2008 Elaboração: Seir/GeoPará

Tabela 42: Malha Rodoviária por Região de IntegraçãoRegiões/Extensão Pavimentada Km Revestimento Primário Km Leito Natural Km Total

Araguaia 634,95 622,58 82,50 1.340,03

Baixo Amazonas 185,00 1.470,50 174,30 1.829,8

Carajás 766,50 201,61 0,00 968,11

Guamá 658,71 444,20 15,00 1.117,91

Lago de Tucuruí 279,93 296,85 0,00 576,78

Marajó 43,98 97,56 82,00 223,54

Metropolitana 137,33 0,00 0,00 137,33

Rio Caeté 513,55 400,05 66,00 979,6

Rio Capim 895,93 380,40 34,60 1.310,93

Tapajós 30,00 1.161,45 0,00 1.191,45

Tocantins 558,84 393,02 175,71 1.127,57

Xingu 85,95 796,90 63,50 946,35

Total do Estado 4.790,67 6.265,12 693,61 11.749,4

Fonte: SETRAN 2007

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Ressalta-se no mapa da Malha Rodoviária

a característica do espaço geográfico paraense

entrecortado por rios, caminhos naturais que deram

início a ocupação e ordenamento territorial a partir

das margens dos grandes rios observam-se também,

o direcionamento das rodovias que se deu segundo a

ordem dos planos de desenvolvimento a partir de 1964

pelos governos militares, que tinham como fundamento

básico a infra-estrutura de transporte rodoviário,

meio pelo qual se pretendeu encurtar a distância

com as demais regiões, com a finalidade de se obter

possíveis facilidades ao fluxo de recursos produtivos

e a redução do tempo de anexação da Amazônia a

estrutura produtiva nacional. De 2007 a 2010 foram

pavimentadas/restauradas 1.211 quilômetros rodovias,

implantadas 47 quilômetros rodovias, quase 20 mil

quilômetros de rodovias conservadas, construção de

3.793 metros e restauração de outros 3.845 metros de

pontes de madeira, construção de 2 mil metros ponte de

concreto, construção de dois aeródromos, reforma em

mais sete e elaboração de projetos executivos para 16

outros, construção de nove trapiches em concreto, dez

muros de arrimo e estação hidroviária em 20 municípios

e construção do Terminal Hidroviário de Belém.

Serviços de Transporte

Mesmo diante da predominância do modal

rodoviário na matriz de transporte nacional

influenciadora e determinante na demanda das políticas

de transporte para Amazônia, há um percentual

significativo de existência de serviços de transporte por

barco com média em torno de 55% em todo o estado.

O uso desse modal está fortemente concentrado nas

Regiões do Baixo Amazonas, Marajó, Tocantins e

Lago de Tucuruí. As zonas de integração construídas

por via de transporte fluvial, amarradas em redes

dendríticas, extrapolam, portanto apenas a condição

da formalidade do transporte fluvial, a pulverização de

embarcações informais revela uma demanda reprimida

que tem relação direta com as demandas sociais das

regiões no sentido de precisarem do transporte para

desenvolvimento de seus processos sócio-econômicos.

Por outro lado, ainda é baixa a cobertura de

serviços de transporte por avião, pois somente 36

municípios (25%) possuem este serviço no Estado do

Pará, o que influência negativamente no atendimento de

necessidades emergenciais aos lugares mais isolados do

território paraense.

Tabela 43: Existência Serviços de Transporte por município nas RI

Região Barco Avião Mototáxi Táxi Trem Van Ônibus exclusivamente

municipalÔnibus

intermunicipal Araguaia 5 5 15* 5 0 15* 10 14Baixo Amazonas 12* 7 10 10 0 2 5 10Carajás 5 1 11 10 1 12* 2 11Guamá 13 0 17 14 0 16 11 17Lago de Tucuruí 6 1 7* 7* 0 7* 4 6Marajó 16 7 7 5 0 4 4 2Metropolitana 1 1 5* 4 0 5* 5* 5*Rio Caeté 7 3 13 15* 0 5 10 15*Rio Capim 5 3 16* 15 0 15 12 15Tapajós 2 4 4 5 0 3 0 3Tocantins 10 3 10 10 0 6 10 11*Xingu 5 1 10* 9 0 8 1 8Total 75 36 125 109 1 98 74 116% 52 25 87 76 0,7 69 52 81

Fonte: IBGE/MUNIC – 2008 *Todos os municípios da região

Já em relação ao atendimento por ônibus

intermunicipal o Estado apresenta uma cobertura de 81%

o que confirma a intenção predominante das políticas

pelo modal rodoviário. Esse modo de transporte, para

estudiosos ambientalistas atuais, contribui de maneira

acelerada com o desrespeito as políticas de proteção da

natureza, mas serve, para outros, como vetor principal

de ampliação da fronteira do capital.

Em relação à existência de serviços de transporte,

constata-se que o serviço de mototáxi existe em 125

municípios. Essa alta disponibilidade de serviço de

transporte nos municípios requer uma observação

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ráespecial, pois pode sinalizar mudanças nas opções por

transporte no meio urbano, com exceção da região

Marajó, que dos 16 municípios, somente 7 contam com

este serviço.

De outra forma, as barreiras impostas pela

natureza, ao serviço de transporte na Amazônia, impõem

estratégias e ações que possibilitem a movimentação

de cargas e pessoas em todo o estado e assim permita

trafegabilidade nas diversas estradas entrecortadas pelos

rios. Por conseguinte, se utiliza de travessias, atividades

que conectam e permitem o transporte rodo-fluvial,

administradas pela Setran em parceria com prefeituras

e empresas privadas. Conforme informação da Setran

(2009), esse tipo de operação se dá nos seguintes locais:

Acará (Município Acará – Rio Acará), Alto Moju

(Município Tailândia – Rio Mojú), Araguaia (Município

São Geraldo do Araguaia – Rio Araguaia), Penha/

Colares (Municípios Colares/Vigia – Rio Guajará

Mirim), Curuá (Município Alenquer – Rio Curuá),

Igarapé Miri (Município Igarapé Miri – Rio Igarapé

Miri), Meruú (Município Igarapé Miri – Rio Meruú),

Rio Fresco (Município São Félix do Xingu – Rio Fresco),

Sta. Izabel (Município Brejo Grande – Rio Araguaia),

São Domingos do Capim (Município São Domingos do

Capim – Rio Guamá), São Félix do Xingu (Município São

Félix do Xingu – Rio Xingu), São Francisco (Município

Barcarena – Rio Mucuruçá)e São Raimundo (Município

São João do Araguaia – Rio Araguaia)

O sistema portuário do Estado do Pará como

complemento do transporte aquaviário brasileiro é

constituído por dez portos públicos, administrados

pela Companhia Docas do Pará – CDP, são estes os

Portos de: Óbidos, Itaituba, Santarém, Altamira, Marabá,

Vila do Conde e São Francisco em Barcarena, Porto de

Belém e os Terminais de Miramar e Sotave no distrito de

Outeiro. Assim, considerando-se a unitização da carga

o regime de operação de maior inovação tecnológica

e mais significante no transporte marítimo atual e

segundo informações da CDP (2008), a movimentação

total de contêineres em 2008 nos três principais portos

do estado foi à seguinte: em Belém 29.211 unidades,

Vila do Conde 15.557 unidades e em Santarém 3.264

unidades o que representa a condição de perenidade da

atividade portuária no Estado.

Unidades Consumidoras de Energia Elétrica

de distribuição da energia que comercializa e que é

produzida pela ELETRONORTE na Usina Hidrelétrica

- UHE Tucuruí. A empresa também gera um valor

relativo de energia distribuída, através de uma usina

hidrelétrica (30,3 MW - Mega Watt) com localização do

aproveitamento na Bacia e Sub-Bacia Hidrográfica do

Rio Curuá Una no Município de Santarém e quarenta

usinas dieselétricas (próprias e terceirizadas), com

capacidade instalada de mais ou menos 85 MW, nas

quais gera aproximadamente 8,3% do total requerido

pelo mercado.

A Região Metropolitana concentra o

maior número de consumidores residenciais de

energia elétrica do total do Estado, bem como os

consumidores na categoria industrial e de comércio e

serviço. Em relação às unidades consumidoras rurais

os maiores valores estão concentrados nas regiões

Guamá (13.593), Tocantins (12.581) e Rio Caeté

(12.109), em contra partida as regiões Tapajós (1.408)

e Marajó (1.077) apresentam os menores números de

unidades consumidoras.

A distribuição de energia elétrica no estado é

atendida pela CELPA - Centrais Elétricas do Pará S.A.

empresa criada em 1962, privatizada em julho de 1998.

Segundo Relatório Celpa 2009, a empresa fornece

energia para 143 municípios no Estado, servindo a

1.608.602 unidades consumidoras. A maior parte da

energia requerida para atendimento desse mercado

(95,3%) é comprada de um conjunto de Empresas

Geradoras do Sistema Interligado Nacional – SIN e

o restante (4,7%) é proveniente de Geração Própria e

Terceirizada. Em 2007, dos 143 municípios do Estado,

109 eram atendidos por meio do Sistema Interligado e 34

pelo Sistema Isolado. Da energia fornecida pela CELPA,

aproximadamente 41% é usada para consumidores

residenciais, 24% comerciais, 24% industriais, e 11% para

outros consumidores (governo, município, iluminação

pública). Para atender esses consumidores, a rede

existente abrange aproximadamente: (i) 1.129,9 km de

linhas de transmissão de 69 kV (Quilo Volt), 1.840, 2 km

de 138 kV, e 11,1 km de 230 kV, e (ii) 30.901 km de linhas

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Tabela 44: Número de Unidades Consumidoras (Ucs) por Região de Integração.

Regiões de Integração Residencial Industrial RuralComércio e

ServiçoTotal

Araguaia 66.215 303 7.167 7.427 81.112Baixo Amazonas 89.932 221 3.111 8.780 102.044

Carajás 99.553 463 8.729 8.463 117.208Guamá 109.081 311 13.593 9.940 132.925

Lago de Tucurui 54.742 475 5.576 4.843 65.636Marajó 39.451 37 1.077 4.073 44.638

Metropolitana 499.228 744 1.126 49.505 550.603Rio Caeté 76.072 222 12.109 6.326 94.729Rio Capim 87.061 516 10.814 8.891 107.282Tapajós 27.403 151 1.408 3.418 32.380

Tocantins 77.512 216 12.581 8.162 98.471Xingu 39.720 334 5.832 4.766 50.652

Média Estadual 105.498 333 6.927 10.383 123.141Total 1.265.970 3.993 83.123 124.594 1.477.680

Fonte: REDE CELPA, 2007

Mapa 21: Número de Unidades Consumidoras Residenciais

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ráDistribuição de Energia Elétrica

Em 2007 a classe residencial da Região

Metropolitana foi responsável por 46,03% do consumo

total, segundo a Rede Celpa o consumo de energia

elétrica apresentou uma evolução de 7,7% maior que

de 2006, influenciada principalmente pela elevação

da temperatura média e do crescimento vegetativo.

Na mesma região a classe de comércio e serviço, com a

segunda maior classe em representatividade na CELPA,

teve uma participação de 59,48% do consumo total da

classe e apresentou incremento de 7,9%, especialmente

decorrente da evolução do comércio varejista. Já a

classe industrial, a terceira mais representativa, com

participação de 21,1% nas vendas totais, registrou

um consumo de 1.082 GWh, devido à expansão

das atividades de extração/fabricação de produtos

minerais não metálicos e produtos alimentícios,

também apresenta maior valor de consumo na

Região Metropolitana seguido das regiões Araguaia e

Tocantins respectivamente.

Tabela 45: Distribuição de Energia Elétrica - Consumo KW/H por Região de Integração

Regiões de Integração Residencial Industrial Rural Poder Púb. Comércio e Serviço.

Araguaia 10.884.683 12.600.677 3.137.347 1.950.778 4.980.180

Baixo Amazonas 12.170.321 3.535.582 255.192 2.446.864 5.916.391

Carajás 13.666.022 20.572.744 1.188.001 2.350.683 6.944.665

Guamá 11.549.444 7.303.346 2.910.333 1.758.924 4.413.146

Lago de Tucurui 6.134.029 3.131.887 569.469 905.018 2.476.653

Marajó 4.494.288 239.904 52.474 773.012 1.180.247

Metropolitana 80.487.858 27.017.096 321.613 19.399.440 60.016.731

Rio Caeté 7.157.508 1.307.098 955.254 876.822 2.317.261

Rio Capim 9.953.066 8.314.285 1.633.128 1.313.506 3.732.454

Tapajós 3.264.519 6.743.345 147.599 577.050 1.523.496

Tocantins 8.793.520 8.853.825 947.203 1.330.488 4.719.284

Xingu 6.307.525 2.806.636 1.152.651 1.139.377 2.678.769

Total 174.862.783 102.426.425 13.270.264 34.821.962 100.899.277

Média Estadual 14.571.899 8.535.535 1.105.855 2.901.830 8.408.273

Fonte: REDE CELPA, 2007

A classe rural merece destaque dentre as demais

classes, pois foi a que apresentou segundo a Rede Celpa

a maior taxa de crescimento em 2006, 36,1%, agregando

41 mil novos consumidores, basicamente em decorrência

da continuação dos Programas de Universalização ao

Acesso e Uso da Energia Elétrica, Luz para Todos, Entorno

do Lago e do Programa de Investimentos Sociais (PIS).

Observa-se que os maiores consumos da classe rural

estão nas regiões Araguaia (3.137.347 KW/h) e Guamá

(2.910.333 KW/h), por outro lado, os menores consumos

são verificados na Região Tapajós (147.599 KW/h) e

Região do Marajó (52.474 KW/h). A tabela 46 mostra

o valor acumulado de número de ligações realizadas

pelo Programa Luz para Todos, e tal representação é o

somatório das ligações, onde percebemos dois momentos

distintos: no primeiro mandato do Governo Lula (2003

- 2006) quando o programa foi criado, foram realizadas

88.144 ligações, que correspondem a 37,16% das ligações

realizadas e atenderam a 440.720 pessoas de maneira

direta. No segundo mandato do Governo Lula (2007 -

2010) foram realizadas 143.074 novas ligações, o que

corresponde a 62,84% do total das ligações executadas

e que beneficiaram 715.370 pessoas. Vale destacar que

foram realizadas mais ligações (praticamente o dobro)

em locais com difícil acesso, necessitando uma maior

logística e tais impedimentos não impediram o Pará de

alcançar o 3º lugar, em número de ligações, no Brasil. No

Estado do Pará foram realizadas até Janeiro de 2010 um

total de 237.218 ligações, beneficiando 1.186.090 pessoas.

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Tabela 46: Evolução do Programa Luz Para Todos no Estado do Pará

LIGAÇÕES

ANO META ORIGINAL META AJUSTADA REALIZADA ACUMULADO

2004 6.000 5.922 5.922 5.922

2005 40.000 25.238 25.238 31.160

2006 60.000 56.984 56.984 88.144

2007 45.000 52.005 52.005 140.149

2008 85.050 75.000 68.895 209.044

2009 70.000 70.000 27.857 236.901

2010 (jan) 70.000 112.143 317 237.218

O Sistema Elétrico proposto para Região do

Marajó terá execução em duas etapas. Na primeira etapa,

cujo marco foi lançado em setembro de 2009, será feito a

adequação de duas Subestações existentes; instalação de

três novas Subestações de 138 kV; instalação de três novas

Subestações de 34,5 kV; 206 km de reconversão de Linha

de Transmissão em 69 kV para 138 kV; 260 km de Linha

de Transmissão em 138 kV e 235 km de Linha em 34,5

Kv, com um custo de R$184 milhões, onde a subestação

de Cametá vai atender Portel, Breves, Melgaço, Bagre e

Curralinho. Em prosseguimento, a proposta para a etapa

dois que custará R$ 288 milhões, abrangerá a adequação

de duas Subestações existentes; instalação de cinco

novas Subestações de 138 kV; instalação de cinco novas

Subestações de 34,5 kV; 642 km de Linha de Transmissão

em 138 kV e 235 km de Linha em 34,5 Kv e beneficiará

Anajás, Afuá, Chaves, Cachoeira do Arari, Santa Cruz do

Arari, Salvaterra, Soure, Muaná, Ponta de Pedras e São

Sebastião da Boa Vista.

Figura 1: Sistema Elétrico Proposto ao Marajó

Fonte: CELPA, 2008

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ráDessa forma, ocorrerá a tão esperada economia de

combustível, uma das grandes preocupações de gestão

na Amazônia especialmente, resultante da implantação

da Linha de Transmissão do Marajó, que na primeira

etapa prevê a desativação de 5 (cinco) usinas, que

proporcionará a redução do consumo de 238 Milhões de

litros de óleo diesel nos próximos 10 anos. Na segunda

etapa está programada a desativação de 10 usinas, que

proporcionará a redução do consumo de 243 Milhões

de litros de óleo diesel nos próximos 10 anos.

Com efeito, a partir da ampliação de oferta de

energia, proveniente do novo sistema, significativos

resultados práticos ocorrerão nas áreas da Saúde: nos

Postos de Saúde as vacinas podem ser mantidas em

refrigeradores; o fim do uso de querosene nos lampiões,

que pode ocasionar problemas de saúde ou se converter

em um risco de causar incêndios dentro das casas

conseqüentemente o fim de problemas respiratórios;

na Educação: crianças podem fazer lição de casa pela

noite, adultos podem estudar em classes noturnas e por

fim na Economia: com os vários casos de uso produtivo

da energia elétrica, bomba d’água elétrica para irrigação

e para poços, máquinas de fazer ração, ordenhadeira

elétrica, ativação de fábricas de farinha e de cooperativas

de costureiras, uso de resfriadores de leite; etc.

Finalmente complementando o estudo sobre

ampliação de oferta da variável energia elétrica, há mais

de trinta anos vem sendo estudada a possibilidade de

se construir uma usina hidrelétrica na bacia do rio

Xingu, localizada nos Estados do Pará e Mato Grosso.

Os Estudos de Viabilidade do AHE (Aproveitamento

Hidrelétrico) Belo Monte foram concluídos no ano

de 2002. De acordo com o Relatório de Impacto

Ambiental – RIMA, produzido pela ELETROBRAS,

em maio de 2009, o Congresso Nacional autorizou, em

2005, a Eletrobrás – Centrais Elétricas Brasileiras S/A a

completar e atualizar esses estudos.

Nesse sentido, para saber se o AHE Belo Monte

poderia ser construído foi preciso estudar o meio físico

(clima, qualidade da água, recursos minerais e geologia,

entre outros),o meio biótico (plantas e animais), o meio

socioeconômico (atividades econômicas, as condições

de vida, o patrimônio histórico e cultural, a saúde, a

educação e as comunidades indígenas. Inserido no Plano

de Aceleração do Crescimento (PAC) o AHE Belo Monte

terá a capacidade de gerar 11.233,1 MW de energia. Em

fevereiro de 2009 o IBAMA emitiu a Licença Previa (LP)

do empreendimento estando em fase de realização do

leilão para construção da usina. Vale ressaltar que aliado

ao empreendimento o Governo Federal em parceria com

o Governo do Estado vem realizando ações voltadas à

elaboração de um Plano de Desenvolvimento Regional

Sustentável para o Xingu com previsão de conclusão

para maio de 2010, desta feita, será o primeiro grande

empreendimento na Amazônia legal a ser antecedido de

um planejamento de ações coordenadas dos três níveis

de governo, com a participação da sociedade civil, na

promoção do desenvolvimento regional.

Instituições de Ensino Fundamental, Médio e Superior

A educação, com a Declaração Mundial de

Educação para Todos, a partir da década de 90 do

século passado, período influenciado pelo processo

de globalização e da internacionalização da economia,

passou a ter como meta a qualidade com produtividade

para preparar pessoas para enfrentar a competitividade

do mercado condição que passa a superar em

determinados momentos a missão maior da educação

como transformadora de cidadania e agente de resgate

da dívida social.

Nessa ordem de idéias, os municípios paraenses

com suas características diferenciadas em relação à:

extensão territorial; população, densidade demográfica

e localização geográfica, enfrentam problemas que

dificultam sobremaneira a implantação de Políticas

Públicas em Educação. Situações, tais como: intensos

fluxos migratórios, concentração da população no

entorno da capital e dos núcleos urbanos; falta de um

planejamento adequado para a rede escolar, o que

resulta em redução dos gastos públicos com educação

(LIMA, 2003).

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Tabela 47: Instituições de Ensino no Estado do Pará por Região de Integração

Regiões de Integração População 2007Escolas Ensino Fundamental

Escolas Ensino médio

Escolas Ensino Pré-escolar

Escolas Ensino Superior

Araguaia 406.000 539 32 162 1

Baixo Amazonas 638.582 1.524 53 928 3

Carajás 497.937 621 51 273 0

Guamá 558.162 1.034 62 626 0

Lago de Tucuruí 322.743 535 20 149 1

Marajó 438.694 1.501 27 468 0

Metropolitana 2.043.537 648 185 361 17

Rio Caeté 431.418 836 40 406 0

Rio Capim 534.715 1.168 38 603 0

Tapajós 244.742 453 18 221 0

Tocantins 655.955 1.497 44 1.148 0

Xingu 293.088 758 23 125 0

Total 7.065.573 11.114 593 5.470 22

Fonte: Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais - INEP - Censo Educacional 2007; Censo da Educação Superior 2005; Malha

municipal digital do Brasil: IBGE, 2007.

Nesse sentido, no Estado do Pará os municípios com

o perfil e características especiais como, por exemplo, os

que compõem as regiões de integração do Marajó, Tapajós

e Xingu, tendiam a apresentar problemas no atendimento

à demanda escolar, em função das longas distâncias

entre as escolas e a existência de pequenas comunidades

com número reduzido de crianças necessitando de

atendimento escolar (GEMAQUE, 2007).

Tabela 48: Percentual de Escolas Municipais e Privadas de Ensino Fundamental nas Regiões de Integração no Estado do Pará

Regiões de IntegraçãoTotal Escola Ensino

Fundamental Escola Municipal Escola Privada

Percentual Escola Municipal (%)

Percentual Escola Privada (%)

Araguaia 539 493 36 91 7

Baixo Amazonas 1.524 1.445 32 95 2

Carajás 621 559 48 90 8

Guamá 1.034 865 42 84 4

Lago de Tucuruí 535 496 18 93 3

Marajó 1.501 1.458 2 97 0

Metropolitana 648 190 129 29 20

Rio Caeté 836 700 11 84 1

Rio Capim 1.168 1.071 27 92 2

Tapajós 453 441 12 97 3

Tocantins 1.497 1.443 19 96 1

Xingu 758 735 13 97 2

Total 11.114 9.896 389 89 4

Fonte: Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais - INEP - Censo Educacional 2007; Censo da Educação Superior 2005; Malha

municipal digital do Brasil: situação em 2005 IBGE, 2007.

Dessa maneira, extrai-se das Tabelas 47 e 49,

segundo dados do Censo Educacional de 2007, que na

Região Metropolitana havia oferta de 648 Escolas de

Ensino Fundamental, diante da demanda populacional

de 3.154 pessoas por escola.

Entre 2007 e 2009 foram reformadas 658 escolas

e construídas 23. Junto com as obras de infraestrutura,

o Governo do Estado instituiu uma Política Estadual de

Educação em parceria com o Governo Federal, aderindo

ao compromisso “Todos Pela Educação em 2007” e

organizando duas conferências estaduais sobre o tema.

Também foi construído o Plano Estadual de Educação

Escolar Indígena do Pará, com a participação de 40

povos e firmado 31 convênios com as Casas Familiares

Rurais para escolarização em 20 municípios do Estado.

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ráTabela 49: População por Escola de Ensino Fundamental

Regiões de IntegraçãoNúmero de pessoas por Escola

de Ensino Fundamental

Araguaia 753Baixo Amazonas 419Carajás 802Guamá 540Lago de Tucuruí 603Marajó 292Metropolitana 3.154Rio Caeté 516Rio Capim 458Tapajós 540Tocantins 438Xingu 387

Fonte: IBGE, 2007

Em relação às Escolas de Ensino Médio conforme

os dados da tabela 50 há uma participação significativa

do Poder Estadual com 77% do total das escolas no

Estado e os demais 23% correspondem as Escolas

Privadas, esse comportamento ocorre em quase todas

as regiões, com exceção da Região Metropolitana em

que a rede privada atende com aproximadamente 38%

das Escolas, de outra forma, a Região do Marajó do total

de 27 escolas de ensino médio somente uma é privada,

indicativos que podem estar influenciados pelo poder

de renda das pessoas nas duas regiões em questão.

Mapa 22: Número de instituições de ensino médio

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Tabela 50: Escolas de Ensino Médio

Regiões de IntegraçãoTotal de Escolas do

Ensino médioNúmero de Escolas do Ensino

Médio Públicas EstaduaisNúmero de Escolas do Ensino

Médio PrivadasAraguaia 32 18 14Baixo Amazonas 53 45 8Carajás 51 39 12Guamá 62 51 9Lago de Tucuruí 20 15 5Marajó 27 26 1Metropolitana 185 134 51Rio Caeté 40 35 5Rio Capim 38 29 9Tapajós 18 12 6Tocantins 44 36 8Xingu 23 16 7Total 593 456 135Percentual 100% 77% 23%Fonte: IBGE, 2007

Acompanhando a tendência de municipalização

da Educação Básica no Estado do Pará, as Escolas de

Ensino Pré-Escolar são predominantemente de gestão

pública municipal que, de acordo com a Tabela é

responsável por 92% das escolas de ensino pré-escolar

e as instituições privadas ficam com 8% restante. Aqui,

novamente dá-se destaque aos dados apresentados pela

Região Metropolitana, em que o poder público, participa

com 57% e as organizações privadas respondem com

significativos 43% das escolas de ensino pré-escolar e a

Região do Marajó onde a totalidade das escolas dessa

categoria de ensino é municipal, reforçando o argumento

anteriormente colocado do interesse do privado nas

regiões de maior renda.

Tabela 51: Escolas de Ensino Pré-Escolar

Regiões de IntegraçãoEscolas Ensino

Pré-escolar

Escolas Públicas Municipal Pré-

Escolar

Escolas Privadas Pré-Escolar

Percentual Munic. % Percentual Privada %

Araguaia 162 131 31 81 19

Baixo Amazonas 928 889 39 96 4

Carajás 273 220 53 81 19

Guamá 626 576 50 92 8

Lago de Tucurui 149 133 16 89 11

Marajó 468 467 1 100 0

Metropolitana 361 206 155 57 43

Rio Caeté 406 392 14 97 3

Rio Capim 603 577 26 96 4

Tapajós 221 212 9 96 4

Tocantins 1.148 1.128 20 98 2

Xingu 125 110 15 88 12

Total 5.470 5.041 429 92 8Fonte: IBGE, 2007

No que concerne ao ensino superior, a Região

Metropolitana é a que concentra o maior número

de instituições, sendo uma universidade estadual,

três federais e treze particulares o que corresponde a

dezessete instituições das vinte e duas existentes no

Estado, um percentual de 77% das instituições de ensino

superior do Estado do Pará. Nos últimos cinco anos,

ressalta-se, a dinâmica acelerada de oferta de instituições

de ensino superior de caráter privado, especialmente nas

regiões de maior renda per capita. Outra observação a ser

feita que pode distorcer os números do ensino superior,

são os “Campus de Interior”, oferecidos pelas Instituições

públicas individualmente ou em parceria público-

privada, onde as matrículas são feitas nas regiões, mas

ligados a gestão na Região Metropolitana, não sendo,

portanto, contabilizadas como instituições implantadas

no município pelo IBGE.

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ráTabela 52: Escolas de Ensino Superior

Regiões de IntegraçãoEscolas Ensino

SuperiorEscola Superior

EstadualEscola Superior

FederalEscola Superior

Privada

Araguaia 1 0 0 1Baixo Amazonas 3 0 0 3Carajás 0 0 0 0Guamá 0 0 0 0Lago de Tucurui 1 0 0 1Marajó 0 0 0 0Metropolitana 17 1 3 13Rio Caeté 0 0 0 0Rio Capim 0 0 0 0Tapajós 0 0 0 0Tocantins 0 0 0 0Xingu 0 0 0 0Total 22 1 3 18Fonte: IBGE, 2007

No que se refere então a interiorização da

educação superior, uma das grandes conquistas de 2009

foi a sanção, da lei que criou a Universidade Federal do

Oeste do Pará (Ufopa), fundamental à interiorização

da produção de conhecimento e da formação técnica

adequada às vocações regionais.

Para mudar o quadro de investimentos escassos

que reduziam a oferta de cursos de graduação e pós-

graduação no interior do Estado, o Governo do Estado

investiu em infraestrutura para criação de novos cursos

da Universidade Estadual do Pará (Uepa) em Barcarena,

Cametá, Santarém e Salvaterra, criando 15 Cursos de

pós-graduação Stricto e Lato Sensu, além de recuperar

vários prédios.

Abastecimento de Água

Abastecimento de água de qualidade é condição

vital a todos os seres humanos, dessa forma, a

disponibilidade de água de rede geral experimentou um

grande aumento no meio urbano, na primeira metade

da década de 1980, principalmente nos domicílios com

renda domiciliar per capita mais baixa.

Para análise dessa variável, utilizou-se a definição

do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE,

que considera:

• Rede geral — domicílio é servido por água

proveniente de uma rede geral de distribuição, com

canalização interna ou, pelo menos, para o terreno

ou propriedade em que se situava;

• poço ou nascente —domicílio servido por

água, com canalização interna, proveniente de

poço ou nascente ou, sem canalização interna,

proveniente de poço ou nascente localizado no

terreno ou na propriedade em que se situava; ou

outra procedência — quando o domicílio fosse

servido por água proveniente de reservatório

abastecido por carro-pipa, coleta de chuva ou

outra procedência que não se enquadrasse nas

anteriormente descritas.

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Tabela 53 Domicílios abastecidos pela rede geral de abastecimento de água

Regiões de Integração Total Domicílios Rede geral Percentual % com Abastecimento

Araguaia 78.702 11.008 14%

Baixo Amazonas 117.976 62.219 53%

Carajás 89.640 31.457 35%

Guamá 108.343 51.132 47%

Lago de Tucurui 57.713 15.950 28%

Marajó 66.630 18.880 28%

Metropolitana 416.305 262.451 63%

Rio Caeté 80.687 26.252 33%

Rio Capim 98.602 46.814 47%

Tapajós 20.169 4.029 20%

Tocantins 101.706 29.498 29%

Xingu 54.650 9.333 17%

Total 1.291.123 569.023 44%

Fonte: IBGE/SIDRA, 2000

Gráfico 13: Domicílios abastecidos pela rede geral de abastecimento de água nas Regiões de

Integração no Estado do Pará.

Fonte: IBGE/SIDRA, Ano Referência 2000

SANEAMENTO

A variável de infra-estrutura representada pelo

sistema de saneamento pode ser definida segundo o

IBGE, como o escoadouro do banheiro ou sanitário

de uso dos moradores dos domicílios particulares

permanentes, em: rede coletora de esgoto ou pluvial

— quando a canalização das águas servidas e dos

dejetos estivesse ligada a um sistema de coleta que os

conduzisse para um desaguadouro geral da área, região

ou município, mesmo que o sistema não dispusesse de

estação de tratamento da matéria esgotada.

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ráTabela 54: Domicílios interligados à Rede geral de esgoto ou pluvial

Regiões de Integração Total de DomicíliosRede geral de esgoto

ou pluvialPercentual dos Domicílios

ligados a Rede GeralAraguaia 78.702 142 0%

Baixo Amazonas 117.976 1.408 1%

Carajás 89.640 3.512 4%

Guamá 108.253 1.238 1%

Lago de Tucurui 57.713 3.707 6%

Marajó 66.630 409 1%

Metropolitana 416.305 82.602 20%

Rio Caeté 80.687 178 0%

Rio Capim 98.602 465 0%

Tapajós 38.169 66 0%

Tocantins 101.706 2.777 3%

Xingu 54.650 386 1%

Total 1.309.033 96.890 7%Fonte: IBGE/SIDRA, Ano Referência 2000

Quando se analisa o percentual dos domicílios

ligados a rede geral de esgoto, verifica-se que no ano

de 2000, a Região Metropolitana era a única com 20%

dos domicílios ligados a rede geral de esgoto, pois as

demais regiões estavam abaixo de 10%, sendo que,

sete delas apresentavam valores entre 0 e 1 reflexo do

abandono dos anos em que o Estado viveu mergulhado.

Em menos de três anos, o Governo do Estado resgatou

a credibilidade do Estado e retomou obras que estavam

paralisadas no interior e na capital. São 61 obras e oito

projetos de água e esgoto, construção e ampliação de

12 Estações de Tratamento de Água, construção de 10

Estações de Tratamento de Esgoto e redes de esgoto,

implantação e ampliação de sistemas de abastecimento

de água e de esgotamento sanitário.

Em três anos foram realizados 39 empreendimentos

de saneamento em 33 municípios, graças ao Programa

de Aceleração do Crescimento – PAC, realizado em

conjunto com a Fundação Nacional de Saúde (PAC-

Funasa), e mais 41.850 ligações de água realizadas

pela Companhia de Saneamento do Pará (Cosanpa) e

secretarias de Desenvolvimento Urbano (Sedurb), de

Saúde (Sespa) e de Obras Públicas (Seop).

No período de 2003 a 2006, a Cosanpa recebeu R$

68 milhões em investimentos. Já no período de 2007 a

2009, o Governo do Estado já destinou R$ 522 milhões

à Cosanpa. Com esses recursos já foi possível fazer:

184.903 metros de rede de esgotamento sanitário; 87.408

metros de rede de drenagem; 889.963 metros quadrados

de pavimentação e obras viárias.

Tabela 55: Domicílios que não possuem banheiro nem sanitário

Regiões de Integração Total de DomicíliosNão tinham banheiro

nem sanitário% de domicílios sem banheiro e sanitário

Domicílios com lixo coletado

Araguaia 78.702 25.082 32% 31.557

Baixo Amazonas 117.976 7.011 6% 46.659

Carajás 89.640 18.840 21% 40.627

Guamá 108.253 8.130 8% 43.474

Lago de Tucuruí 57.713 14.487 25% 24.806

Marajó 66.630 9.882 15% 13.132

Metropolitana 416.305 21.474 5% 376.355

Rio Caeté 80.687 6.422 8% 19.501

Rio Capim 98.602 15.396 16% 36.112

Tapajós 38.169 5.070 13% 12.904

Tocantins 101.706 12.097 12% 35.479

Xingu 54.650 13.854 25% 18.960

Total 1.309.033 157.745 12% 699.566Fonte: IBGE/SIDRA, 2000

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A parceria do Governo do Estado com o Governo

Federal garantiu moradia e infraestrutura urbana para

49.502 famílias. De 2007 a 2010 já são 22.312 casas em

construção em todo o Estado. Só com as obras do PAC

estão em construção 7.245 unidades, com o Programa

Habitar Melhor, outras 5.975,e o Minha Casa, Minha

Vida, mais 4.347 moradias.

Somente através do Programa de Aceleração do

Crescimento (PAC) 17 projetos de habitação e serviços

urbanos vão beneficiar 20 mil famílias. O investimento é

de R$ 130 milhões.

Das quase 6 mil unidades em andamento pelo

Programa Habitar Melhor, 1.300 estão no interior. Os

investimentos são de R$ 5,6 milhões.

No que tange às obras do PAC, o número de

beneficiários é maior que o de moradias porque o

programa garante também serviços essenciais, como

sistema de abastecimento de água, rede de esgoto, rede

de drenagem, energia elétrica, iluminação pública e vias

pavimentadas para acesso a transportes.

Comunicação

Em 2001, através da Pesquisa de Informações

Básicas Municipais – MUNIC, do IBGE, as prefeituras

informaram sobre 17 tipos de equipamentos culturais

dentre os quais foram utilizadas informações sobre os

principais veículos de telecomunicação por município e

região de integração: estações de rádio AM, estações de

rádio FM, unidades de ensino superior, geradora de tv e

provedor de internet.

Tabela 56: Existência de Veículos de Telecomunicação por Região de Integração

Regiões de Integração Estação de Rádio AM Estação de Rádio FM Geradora de TV Provedora de Internet

Araguaia 20% 60% 47% 20%

Baixo Amazonas 25% 50% 33% 33%

Carajás 25% 33% 33% 17%

Guamá 22% 44% 17% 6%

Lago de Tucurui 14% 29% 57% 14%

Marajó 19% 44% 25% 6%

Metropolitana 20% 20% 20% 20%

Rio Caeté 7% 27% 7% 20%

Rio Capim 13% 69% 25% 31%

Tapajós 33% 33% 33% 33%

Tocantins 27% 45% 27% 27%

Xingu 10% 70% 20% 30%

Fonte: IBGE/MUNIC 2001

Observa-se em todas as regiões de integração do

estado a existência de veículos de telecomunicação.

No entanto, em várias regiões essa existência não

ultrapassa 50% dos municípios. Pelos dados de 2001

do IBGE, na Região do Marajó os municípios de

Anajás, Bagre, Chaves e Salvaterra, e na Região Rio

Caeté nos municípios de Augusto Correa, Bonito,

Cachoeira do Piriá, Santa Luzia do Pará, Santarém

Novo, São João de Pirabas e Tracuateua e Viseu não

possuíam nenhum tipo de veículo de telecomunicação.

Esses dados permitem analisar o rebatimento dessa

condição de vida da população, considerando,

especialmente, a articulação dessas sociedades com os

outros espaços sociais seja pela troca de informação,

seja pela articulação de ações no âmbito econômico,

social e cultural, seja ainda, pela precariedade para o

estabelecimento de projetos intermunicipais voltados

para a qualidade de vida da população.

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ráGráfico 14: Existência de Veículos de Telecomunicação por Região de Integração

Fonte: IBGE/MUNIC 2001

Por outro lado, para fazer frente a limitação de

comunicação o Ministério das Comunicações autorizou

a rádio comunitária que é um tipo especial de emissora de

rádio FM, de alcance limitado a, no máximo, 1 km a partir

de sua antena transmissora, criada para proporcionar

informação, cultura, entretenimento e lazer a pequenas

comunidades. Trata-se de uma pequena estação de

rádio, que procura dar condições à comunidade de ter

um canal de comunicação inteiramente dedicado a ela,

abrindo oportunidade para divulgação de suas idéias,

manifestações culturais, tradições e hábitos sociais. Deve

também divulgar o convívio social e eventos locais;

noticiar os acontecimentos comunitários e de utilidade

pública; promover atividades educacionais e outras

para a melhoria das condições de vida da população.

Entretanto a rádio comunitária não pode ter fins

lucrativos nem vínculos de qualquer tipo, tais como:

partidos políticos, instituições religiosas etc.

Para garantir a inclusão digital da população

paraense, em função do acesso extremamente limitado

de todas as regiões aos serviço de internet, o Governo

do Estado criou o NavegaPará, base de uma rede pública

de comunicação que está sendo elogiada em toda na

Amazônia. A primeira fase foi concluída no primeiro

semestre de 2009, beneficiando mais de dois milhões

de paraenses com acesso à internet de alta velocidade

e capacitação básica em informática. O NavegaPará

criou 16 Cidades Digitais: Abaetetuba, Barcarena,

Belém, Marituba, Marabá, Santarém, Santa Maria

do Pará, Tailândia, Tucuruí, Uruará, Pacajá, Jacundá,

Itaituba, Altamira, Rurópolis e Ananindeua. São mais

de mil pontos de acesso conectados, entre hospitais,

escolas, associações comunitárias, delegacias e órgãos

da administração estadual. Foram implantados 106

infocentros (espaços públicos de acesso à internet), além

de áreas de acesso livre (sem fio) em orlas e praças. Os

infocentros já capacitaram mais de 4,8 mil pessoas em

tecnologia da informação.

Rede Bancária - Número de agências e principais operações financeiras

A tabela 57 apresenta a distribuição da rede

bancária do Estado e as principais operações

financeiras, segundo as Regiões de Integração. Sob

este aspecto, verifica-se especialmente a concentração

de número de agências com 113 e um valor total de

R$ 3.711.780.598,09, em operações crédito em 2007,

somente na Região Metropolitana, esses indicativos

sinaliza a predominância dessa região o que reafirma

seu papel importante na economia, combinados ao

comércio e serviços.

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Tabela 57: Rede Bancária Número de Agências e Principais Operações Financeiras.

Regiões de Integração Núm. de Agên. Oper. de Créd. R$ Dep. à vista – gov. R$ Dep. à vista – priv. R$ Poupança R$Araguaia 23 419.850.365,72 15.117.843,15 174.605.569,80 77.444.300,49Baixo Amazonas 27 268.766.672,05 14.003.167,22 105.336.360,31 163.008.549,49Carajás 20 393.811.868,73 34.593.528,25 196.253.912,47 137.363.093,88Guamá 21 193.625.944,71 9.822.357,61 75.078.485,28 114.953.924,07Lago de Tucurui 12 138.629.239,20 4.171.738,77 81.703.177,66 65.902.590,08Marajó 7 41.204.722,27 4.364.554,51 12.009.217,47 15.381.586,42Metropolitana 113 3.711.780.598,09 363.261.019,75 1.200.972.601,49 1.524.248.893,63Rio Caeté 13 123.716.766,25 6.886.780,97 38.075.611,21 60.296.786,01Rio Capim 24 251.750.732,21 10.779.694,39 105.554.344,00 77.213.018,23Tapajós 8 65.045.868,66 2.536.830,56 33.109.453,58 42.036.061,99Tocantins 22 190.681.519,50 13.261.120,34 88.980.739,93 88.438.197,21Xingu 10 154.037.746,31 5.414.300,10 53.593.557,96 59.990.887,79Fonte: IBGE, 2008

Por outro lado, conforme pode ser observado

na tabela 57 a região do Marajó possui sete agências

equipando somente quatro dos dezesseis municípios

que a compõe (Afuá uma agencia, Breves três, Portel uma

e Soure duas), a RI Tapajós com oito agências em três

municípios dos seis existentes, sendo cinco agências em

Itaituba, duas em Novo Progresso e uma em Rurópolis,

retratam um cenário de possíveis dificuldades que

interferem nos ambientes social e econômico. No que

concerne ao valor total das operações Crédito por Região

de Integração no Estado do Pará o Gráfico apresenta a

concentração expressiva dessas operações na Região

de Integração Metropolitana. De outra forma, as outras

regiões apresentaram valores menores em especial às

regiões de Tapajós com R$ 65.045.868,66 e Marajó

com R$ 41.204.722,27. Essas informações sinalizam a

necessidade de maior desconcentração dessas operações

e uma provável distribuição de crédito bem mais justa.

Mapa 23: Espacialização da Rede Bancária

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ráGráfico 15: Rede Bancária total de Operações de Crédito por Região de Integração

Fonte: IBGE, 2008

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5Capítulo

DIMENSÃO AMBIENTAL

OAtlas de Integração Regional, em sua

Dimensão Ambiental propõe agregar dados

ambientais disponíveis em uma base de dados

convergente e única, em escalas temporais e espaciais

que caracterizam e tornam acessíveis as informações

ambientais referentes às realidade regional e estadual.

A Dimensão Ambiental objetivou de maneira

sintética integrar dados ambientais das mais diversas

Fontes para as 12 RI do Estado do Pará. Desta forma,

utilizando conjuntamente os levantamentos das demais

dimensões deste atlas, é possível aos gestores, instituições

e bem como a sociedade em geral, recuperar, manipular e

analisar tais informações, subsidiando a implementação

de políticas públicas de interesse comum, com vistas à

sustentabilidade econômica, social e ambiental.

Esta dimensão mobilizou um levantamento

bibliográfico, cartográfico, e de dados espaciais. Estes

dados consolidados em Sistemas de Informação

Geográfica foram utilizados na elaboração de informações

regionalizadas, na forma tabular, gráfica e cartográfica.

Os dados e informações ambientais contemplam

um conjunto amplo e diversificado de indicadores que

exemplificam áreas relativas ao meio físico e antrópico,

possibilitando uma caracterização descritiva dos recursos

naturais com suas implicações ecológicas no território

paraense. Realizou-se a prospecção de dados espaciais

relacionadas à dimensão ambiental definidos nos

seguintes temas: Recursos Florestais, Recursos Hídricos,

Recursos da Terra, Biodiversidade e Áreas Protegidas.

Como o novo modelo de desenvolvimento

implantado pelo Governo do Estado visa à preservação

ambiental com o uso racional dos recursos naturais,

foram tomadas medidas com o objetivo de impulsionar

o crescimento responsável.

Para garantir a sustentabilidade de flora e fauna, o

governo do Estado do Pará desenvolveu o Zoneamento

Ecológico Econômico – ZEE, instrumento que permite

ao Governo e a iniciativa privada o planejamento de

ações que incorporem mais valor a produção.

Com o objetivo de promover o desenvolvimento

rural e apoiar a população que vive do campo, o Governo

do Estado criou o programa Campo Cidadão.

Possibilitando atacar os dois grandes problemas

causados pelo desmatamento, tais como o uso intensivo

da agricultura e o corte descontrolado de madeira ilegal.

O Governo criou o Programa 1 Bilhão de Árvores,

com o objetivo de recompor as áreas degradadas. Com

isso o Governo disponibiliza linhas de crédito e recursos

financeiros, informação e tecnologia, infra-instrutura

e insumos, fiscalização, legislação, assistência técnica e

capacitação para o desenvolvimento ambiental.

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ráRECURSOS FLORESTAIS

Vegetação

A base temática de Vegetação existente para o

Estado do Pará é produto do projeto RADAMBRASIL

(1973-1987). A partir da interpretação de dados

radargramétricos, trabalho de campo e análises

laboratoriais, a metodologia do RADAMBRASIL

realizou o mapeamento sistemático em escala de

1:400.000 das formações vegetacionais para o estado,

posteriormente estes dados foram vetorizados e compõe

a base de dados geográficos do SIPAM/IBGE (2004)

prontamente disponíveis neste Atlas. O IBGE promoveu

atualizações nas bases de dados de uso e cobertura

vegetal utilizando imagens do sensor Landsat 5 TM.

As formações florestais são constituídas pelas

florestas ombrófilas (em que não falta umidade durante

o ano) e florestas estacionais (em que falta umidade

num período do ano) situadas principalmente na região

amazônica. Nesta região, predominam as florestas

ombrófilas densas e abertas, com árvores de médio e

grande porte, com ocorrência de cipós, bromélias e

orquídeas (IBGE, 2004).

Já as formações campestres são constituídas pelas

tipologias de vegetação abertas, mapeadas, dentre

outras, como: savana, correspondente ao Cerrado que

predomina no Brasil central, ocorrendo também em

pequenas áreas em outras regiões do país, inclusive

na Amazônia; e a campinarana, um tipo de vegetação

decorrente da falta de nutrientes minerais no solo e que

ocorre na Amazônia.

Em relação à vegetação é possível identificar

as formações remanescentes, que correspondem à

vegetação que permanece preservada ou pouco alterada,

e as áreas antropizadas, ou seja, as áreas afetadas pelas

atividades humanas que corresponde à vegetação

secundária e atividades agrárias.

Ainda segundo os dados do IBGE, 2004, o Pará

pode ser considerado como um estado de características

florestal, o que é confirmado quando observamos que o

tipo vegetacional predominante é a floresta ombrófila

que ocupa cerca de 70% (925.129,83 km²) do território

do estado. Esse tipo vegetacional pode ser dividido em

Floresta Ombrófila Densa e Floresta Ombrófila Aberta

que representam respectivos 48 % e 21 % aproximados

do território paraense.

Apesar da presente predominância florestal no

Estado do Pará, também é apresentada áreas com

formação campestre, destacando-se a Campinarana

e a Savana localizadas no norte e sul do Estado. Os

dados do IBGE também apontam que o Estado

apresenta cerca de 172.600 km² de seu território

classificado como Antropizado, ou seja, com algum

tipo de ocupação humana que modificou a cobertura

vegetal original. A RI Araguaia, ao sul do Estado, está

com maior índice de antropização, e é seguida da RI

Rio Capim, no nordeste paraense.

A região Baixo Amazonas apresenta

proporcionalmente a maior área de floresta, onde

apenas a classe Floresta Ombrófila Densa ocupa cerca

de 80% (254.128,71 km²) desta região. As regiões Xingu,

Baixo Amazonas e Tapajós, nesta ordem, apresentam

as maiores proporções de formação florestal (floresta

ombrófila densa, floresta ombrófila aberta e florestas

estacionais). Em contraposição, a RI Guamá apresenta a

menor proporção de área de Floresta Ombrófila Densa,

menos de 8% do seu território.

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Mapa 24: Vegetação no Estado do Pará

Tabela 58: Descrição das Classes de Vegetação no estado do Pará.

Descrição das Classes de Vegetação Mais Representativas do Estado do Pará

Floresta Ombrófila Densa

È uma região também conhecida como floresta pluvial tropical. Sua característica ecológica principal reside nos ambientes ombrófilos que marcam muito bem a região florística florestal amazônica, marcada por espécies vegetais de grande porte e pouco presença de cipós. As temperaturas médias são de 25º C e os altos índices de precipitação bem distribuídos ao longo do ano.

Floresta Ombrófila Aberta

Este tipo de vegetação é considerado como uma área de transição entre a floresta amazônica e as regiões extra-amazônicas. Nessas regiões, a densidade de indivíduos vegetais é bem menor em comparação com as floresta ombrófila densa, advindo daí seu nome. Ocorre em regiões com mais de 60 dias secos por ano e, sobretudo, em áreas de relevo acidentado. Freqüentemente caracterizam a transição entre o cerradão e a floresta ombrófila densa.

Floresta Estacional

O conceito ecológico deste tipo de vegetação está associado a dois tipos de sazonalidade climática: uma tropical com chuvas intensas, seguida de estiagem acentuada; e outra subtropical, sem período seco marcado, porém com seca fisiológica provocada e acentuada pelo frio relativamente intenso. É predominantemente constituída por fanerófitos com gemas foliares protegidas da seca por escamas, tendo folhas adultas esclerófilas ou membranáceas deciduais. Ocorre principalmente em áreas de altitude e/ou situadas no sul e sudeste do Estado.

CampinaranaTrata-se de uma região ecológica que ocorre nos solos das planícies aluviais. A predominância de sua composição florística é de ecótipos raquíticos amazônicos. Ocupa áreas tabulares arenosas, bastante lixiviadas pelas chuvas nos últimos 10.000 anos e com influencia de grandes rios que cortam a região.

Área de Tensão EcológicaOcorre entre duas ou mais regiões ecológicas ou vegetações, existem sempre, ou pelo menos na maioria das vezes, comunidades indiferenciadas onde as floras se interpenetram constituindo as transições florísticas ou contatos edáficos.

Refúgios Vegetacionais Toda e qualquer vegetação floristicamente diferente do contexto geral da flora dominante.

Savana

É uma região com predominância de vegetação xeromorfa aberta, dominada e marcada por um estrato herbáceo. Ela ocorre preferencialmente em clima estacional (mais ou menos 6 meses secos), sendo encontrada também em clima ombrófilo, quando obrigatoriamente reveste solos lixiviados e/ou aluminizados.

Fonte: IBGE (2001)

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ráTabela 59: Classe de Vegetação do Estado do Pará por Região de Integração (em km²).

Regiões deIntegração

FlorestaOmbrófila

Densa

FlorestaOmbrófila

Aberta

FlorestaEstacional

FormaçõesPioneiras

Savana CampinaranaÁrea de Tensão

Ecológica

RefúgioVegetacional

Antropismo

Araguaia 38.935,03 75.105,41 850,91 52,22 19.343,30 0,00 623,54 35,04 38.411,93

Baixo Amazonas 254.128,71 8.331,78 0,00 8.697,76 16.516,90 0,00 0,00 33,99 15.660,38

Carajás 18.492,46 6.027,29 0,00 0,00 331,33 0,00 0,00 126,80 19.565,67

Guamá 949,43 0,00 0,00 730,87 25,83 11,72 0,00 0,00 9.182,81

Lago de Tucuruí 24.026,73 13,38 0,00 0,00 0,00 32,01 0,00 0,00 13.530,72

Marajó 69.247,93 0,00 0,00 10.960,28 3.038,76 395,52 0,00 0,00 2.917,74

Metropolitana 530,70 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 646,31

Rio Caeté 2.012,80 0,00 0,00 1.777,48 0,00 0,00 0,00 0,00 12.446,26

Rio Capim 30.865,74 857,67 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 30.526,12

Tapajós 92.763,70 49.150,84 12.351,05 66,21 19.575,94 1.659,94 221,70 1.598,16 10.561,77

Tocantins 23.681,01 0,00 0,00 1,22 566,84 1.030,63 0,00 0,00 7.772,31

Xingu 100.217,43 129.791,79 1.220,90 3.371,29 178,15 1.504,28 0,00 416,73 11.451,38

Pará 655.851,68 269.278,15 14.422,87 25.657,32 59.577,04 4.634,10 845,24 2.210,73 172.673,40

Fonte: SIPAM-IBGE (2004)

Alcance Econômico da Atividade Madeireira

Os dados espaciais de Alcance Econômico da

Atividade Madeireira elaborados nos estudos do

Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia

(Imazon), utilizou-se da modelagem de custo de

superfície para estimar a acessibilidade econômica da

atividade madeireira. Deste modo, as áreas florestais do

Estado do Pará foram classificadas em quatro categorias:

Sem Madeira; Todas As Espécies; Alto Valor e Inacessível.

Este estudo do Imazon levou em consideração dados

referentes aos custos de transporte, preço de madeira em

tora, localização de rios navegáveis, estradas, vegetação

e localização dos pólos madeireiros (VERÍSSIMO et

al.,2000 apud BRASIL, 2000). Nesta análise não houve

a subtração das áreas especiais, enquadradas como as

unidades de conservação e terras indígenas.

Segundo esse estudo, o Pará apresenta cerca de

40% de sua área economicamente acessível à exploração

florestal que é o somatório das classes: Todas as Espécies

e de Alto Valor). Isso ocorre devido o estado apresentar

uma boa rede de estradas para a exploração florestal, o

relevo suavemente ondulado e uma boa navegabilidade

dos rios, tornando viável economicamente a exploração

florestal de todas as espécies comerciais em cerca de

14% do estado. Em 25% do estado as condições de

acessibilidade tornam viável a exploração apenas de

espécies de alto valor econômico.

Em cerca de 30% do estado a exploração florestal

é considerada inacessível economicamente e nos

30% restantes do território não existe madeira para

exploração florestal, seja por serem áreas já desmatadas

ou de formação campestre ou então por ser massa d’água.

A região de integração Marajó possui a maior área

com predominância de várias espécies com cerca de 55

mil km² (mais de 50% do seu território). Essa informação

indica a potencialidade que essa região possui para

exploração sustentável dos recursos florestais.

As regiões Baixo Amazonas e Tapajós apresentam

a maior área de espécies com alto valor para exploração

florestal.

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Tabela 60: Alcance Econômico da Atividade Madeireira por região de integração (em km²).Regiões de Integração Todas as Espécies Alto Valor Inacessível Sem Madeira Massa D’Água

Araguaia 9.613,49 36.309,68 50.251,70 74.726,22 2.363,97

Baixo Amazonas 23.146,74 86.172,67 155.059,89 40.413,95 11.977,53

Carajás 4.984,47 9.285,64 4.066,49 26.004,38 621,57

Guamá 240,94 0,00 0,00 8.901,26 1.011,54

Lago de Tucuruí 4.196,87 8.255,87 5.040,35 19.314,47 3.307,53

Marajó 55.287,96 12.225,13 0,00 20.208,70 16.693,72

Metropolitana 164,55 0,00 0,00 918,54 744,02

Rio Caeté 612,19 1.816,55 0,00 10.930,94 10,00

Rio Capim 9.696,31 13.323,78 0,00 38.665,72 659,26

Tapajós 12.872,02 82.259,18 56.278,13 34.659,18 4.247,50

Tocantins 11.934,01 2.794,61 0,00 17.132,91 4.137,91

Xingu 48.088,23 69.121,83 99.548,88 27.781,32 7.320,10

PARÁ 180.837,79 321.564,93 370.245,44 319.657,59 53.094,65

Fonte: IMAZON (2005)

Gráfico 16: Alcance econômico da atividade madeireira no Pará, por região de integração.

Fonte: IMAZON (2005)

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ráMapa 25: Alcance Econômico da Atividade Madeireira

RECURSOS HÍDRICOS

O Brasil seguiu a tendência mundial adotando a

bacia hidrográfica como unidade de planejamento e

implantação da Política Nacional de Recursos Hídricos

- PNRH. Segundo esta política, a gestão tem como

âmbito territorial a bacia hidrográfica e não as fronteiras

administrativas e políticas dos entes federados. Entende-

se por bacia hidrográfica “uma área com um único

vazadouro comum para o escoamento de suas águas”.

Desta forma, a maioria das políticas públicas ambientais

adota a bacia hidrográfica5 como unidade territorial de

planejamento e implantação.

A Lei 9.433/97 do MMA define a bacia hidrográfica

como unidade territorial para a implementação da

Política Nacional de Recursos Hídricos e atuação do

Sistema de Gerenciamento de Recursos Hídricos.

Segundo a resolução nº 32, de 15 de outubro de 2003 do

Conselho Nacional de Recursos Hidrográficos (CNRH),

o Brasil é dividido em 12 Regiões Hidrográficas. No

Pará, localizam-se três destas regiões hidrográficas:

• Região Hidrográfica Amazônica, a mais extensa

rede hidrográfica do globo terrestre, ocupa uma

área total de 7.008.370 km2, desde as nascentes nos

Andes Peruanos até sua foz no oceano Atlântico,

sendo 64,88% inserida no território brasileiro.

• Região Hidrográfica Tocantins-Araguaia,

constituída pela bacia hidrográfica do rio

Tocantins, onde está localizada a Hidrelétrica de

Tucuruí e cujos rios alimentam empreendimentos

importantes como a Alcoa e Albras.

• A Região Hidrográfica Atlântico Nordeste

Ocidental, que tem uma área de 254.100 km2,

sendo que 9% dessa área pertencem ao estado do

Pará e os 91% restantes ao estado do Maranhão.

As regiões de integração do Pará foram nominadas

levando-se em consideração as principais referências

naturais hidrográficas. No caso das bacias hidrográficas,

não existe uma denominação oficial, somente a delimitação

em vários níveis que vão de uma escala de detalhe que varia

do nível 1 ao nível 6, este último o mais detalhado.

5 Bacia Hidrográfica corresponde a área drenada por um rio principal, seus afluentes e subafluentes que formam uma rede hidrográfica.

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Tabela 61: Regiões Hidrográficas e principais rios no Estado do Pará.

Regiões Hidrográficas Principais Rios Área (km²) Área (%)

Costa Atlântica - Nordeste Guamá, Acará, Capim, Moju, Gurupi 120.640,33 9,71

Calha NorteNhamundá, Trombetas, Cuminapanema, Maecurú, Mapuera, Imabu, Parú e Jari

273.106,82 21,98

Baixo Amazonas Curuá-Uma, Guajará, 42.110,16 3,39

Tapajós Tapajós, Teles Pires, Jamanxim 209.964,67 16,89

Tocantins-Araguaia Tocantins, Araguaia, Itacaiúnas 129.724,65 10,44

Xingu Xingu, Iriri, Fresco 336.080,33 27,04

Portel - Marajó Caxuanã, Breves, Pará, Anapu, Pacajá 131.153,54 10,55

Total Pará 1.242.780,50 100,00

Fonte: SEMA ,2009.

Mapa 26: Regiões Hidrográficas por Região de Integração

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104 Parte 1A

tlas

de

Inte

graç

ão R

egio

nal d

o Es

tad

o d

o Pa

ráCLIMA

A classificação climática expressa as condições

média da atmosfera terrestre que, apesar de variações

diárias, mensais e sazonais, são representadas por faixas

climáticas que se mantém razoavelmente uniforme,

dentro de um padrão médio de oscilação. Utilizando a

classificação de “Köppen”, foram identificadas os três sub-

tipos climáticos para o Estado do Pará: “Af ”, “Am”, “Aw”.

Tais sub-tipos pertencentes ao clima tropical chuvoso,

caracterizando-se por apenas apresentar temperaturas

médias mensal sempre superior a 18º C e se diferenciam

pela quantidade de precipitação pluviométrica média

mensal e anual.

Sub-Tipo Climático – Af: Este sub-tipo não

apresenta estação seca e a precipitação do mês menos

chuvoso é igual ou superior a 60 mm. De acordo com

a variação da precipitação pluviométrica média anual

apresenta as seguintes divisão climáticas:

Af1 - Representa a faixa de maior precipitação

pluviométrica do Estado do Pará, com uma média anual

superior a 2500 mm. Ocorre em duas áreas, sendo uma à

Noroeste da RI Marajó e a outra na RI Guamá, as quais

abrangem aproximadamente 7.900 km2.

Af2 – Apresenta precipitação pluviométrica média

anual, variando entre 2.500mm e 3000mm. As áreas sob

a influência deste sub-tipo localizando-se, basicamente

na RI Baixo Amazonas e na RI Tocantins. Essas Áreas

totalizam 34.300 km2.

Af3 – Este sub-tipo apresenta precipitação

pluviométrica média anual, variando entre 2000 mm e

2600 mm. Está representado por três áreas, sendo uma

na RI Guamá, a outra na RI Marajó, e a última em forma

de arco localizada na RI Baixo Amazonas, no limite com

Estado do Amazonas.

Sub-Tipo Climático – Am: Apresenta

característica de clima de monção, com moderada

estação seca e ocorrência de precipitação média mensal

inferior a 60 mm. É considerado um clima intermediário

entre “Af ” e o “ Aw”. No Estado do Pará este sub-tipos

subdivide-se em:

Am1 – Este sub- tipo é caracterizado por

apresentar precipitação pluviométrica média anual

superior a 2700 mm. Ocorre em duas áreas; uma na

parte Norte, Nordeste da RI Marajó, outra na RI Guamá.

Essas áreas somam 16.000 km2.

Am2 – Representa condições climáticas, onde

a precipitação pluviométrica média anual variando

entre 2500 mm e 3000 mm. Ocorre basicamente, na

faixa litorânea Paraense (Ri Caeté, Guamá e Marajó),

com penetração para o continente. Também verifica-

se a ocorrência de uma pequena área, localizada nas

mediações da confluência dos rios Tapajós e Juruena (RI

Tapajós). Essas áreas correspondem a 73.700 km2.

Am3 – Este sub-tipo climático, acha-se

caracterizado por uma faixa, onde a precipitação

pluviométrica média anual varia de 2000 mm à 2500

mm. Está representado por duas áreas que totalizam

486.000 km2, sendo a maior área de abrangência no

Estado. Elas estão assim localizadas: uma na parte Sul do

Pará (RI Araguaia) que se prolonga por quase toda a área

limítrofe com os Estados do Amazonas e Roraima, além

das Guianas, enquanto que a outra encontra-se mais ou

menos na parte central do estado (RI Xingu e Marajó),

com ramificação mais pronunciada nas direções

Nordeste e Noroeste (RI Tocantins, Rio Capim, Rio

Caeté e Baixo Amazonas), onde chegam a fazer limites

com os Estados do Maranhão e Amapá, respectivamente.

Am4 – É o sub–tipo climático caracterizado por

apresentar total Pluviométrico, médio anual, variando

entre 1700 mm e 2200 mm. Está representado por

uma faixa irregular, que ocorre predominantemente

na direção Noroeste – Sudoeste do Estado (RI Baixo

Amazonas, Xingu e Araguaia predominantemente).

Em termos de extensão é a segundo maior área

correspondendo a 328.883 km2.

Sub-Tipo Climático – Aw: Caracteriza-se por

apresentar inverno seco bem definido e ocorrência de

precipitação média mensal inferior a 60 mm. Apresenta-

se no Estado em três divisões.

Aw3 – Este sub-tipo climático está condicionado a

valores de precipitação pluviométrica média anual, que

variam de 2000 mm a 2500 mm. Está representado por

uma única área que se acha localizada no extremo Sul

do Pará, limite com o Estado do Mato Grosso. Quando a

sua superfície, abrange 97.499 km2.

Aw4 – As condições climáticas deste sub-tipo,

estão regidas por totais pluviométrico média anual

, que vão de 1700 mm a 2100 mm. São encontradas

três áreas com essas características. Destas, duas são

de pequena extensão e se acham localizadas uma na

RI Baixo Amazonas e outra na parte central do Estado

– RI Xingu. A quantidade de área de maior extensão, é

representada por uma faixa que abrange a parte Leste,

Sudeste do Pará, fazendo limite com os Estados do

Maranhão e Tocantins – RI Araguaia, Carajás e Rio

Capim predominantemente. Elas somam 168.329 km2.

Aw5 – Neste sub-tipo climático, ocorrendo o

menor índice Pluviométrico médio anual do Estado,

compreendendo valores que estão entre 1700 mm a

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105Parte 1

Cap

ítulo

5 -

Dim

ensã

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2000 mm. Acha-se representado por duas pequenas

áreas, estando uma localizada na RI Baixo Amazonas,

enquanto que a outra se situa na fronteira do Pará com o

Estado do Tocantins, nas mediações do Bico do Papagaio

(Ri Carajás). Estas áreas totalizam 23.175 km2.

Mapa 27: Sub tipos climáticos no Estado do Pará

Tabela 62: Classificação Climática quantificada em área por Região de Integração.

Região deIntegração

Sub-Tipos Climáticos no Estado do Pará (km²)

Af1 Af2 Af3 Am1 Am2 Am3 Am4 Aw3 Aw4 Aw5

Araguaia 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 21.944,40 41.132,66 33.657,88 78.044,92 0,00

Baixo Amazonas 0,00 16.818,67 11.467,76 0,00 0,00 146.190,37 116.636,18 0,00 17.219,46 8.899,52

Carajás 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 8.823,24 10.978,10 0,00 12.019,58 13.145,14

Guamá 270,72 226,15 1.389,64 1.741,77 5.382,19 3.169,12 0,00 0,00 0,00 0,00

Lago de Tucuruí 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 17.145,78 16.728,98 0,00 6.242,78 0,00

Marajó 7.636,70 0,00 4.109,80 14.265,46 18.836,41 59.752,40 0,00 0,00 0,00 0,00

Metropolitana 0,00 749,34 0,00 0,00 919,31 158,51 0,00 0,00 0,00 0,00

Rio Caeté 0,00 0,00 0,00 0,00 9.328,73 7.180,17 102,66 0,00 0,00 0,00

Rio Capim 0,00 1.742,14 221,13 0,00 4.570,27 15.331,32 12.466,72 0,00 26.932,61 1.130,45

Tapajós 0,00 0,00 0,00 0,00 26.382,29 133.284,43 26.959,48 3.790,10 0,00 0,00

Tocantins 0,00 14.766,90 0,00 0,00 8.282,30 12.949,94 0,00 0,00 0,00 0,00

Xingu 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 60.076,83 103.878,73 60.051,84 27.870,38 0,00

PARÁ 7.907,41 34.303,21 17.188,33 16.007,23 73.701,50 486.006,49 328.883,52 97.499,83 168.329,73 23.175,10

Fonte: SEMA,2005.

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Font

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9.

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107Parte 1

Cap

ítulo

5 -

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ensã

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al

RECURSOS DA TERRA

Tipos de Solos

O solo é um corpo natural tridimensional,

altamente dinâmico e constituído por minerais e

matéria orgânica, que ocorre majoritariamente no

manto superior dos continentes e sofre ação direta

de processos biogeoquímicos resultando em adições,

perdas, translocações e transformações de energia e

matéria (EMBRAPA, 2006).

Os solos são produtos das transformações de

ordem física (desagregação) e química (decomposição)

das rochas contidas na crosta terrestre no momento

em que estas interagem com a atmosfera, hidrosfera e

biosfera. Este processo é conhecido como intemperismo

e seus produtos (solos e rocha alterada) estão sujeitos

a erosão, transporte e sedimentação, os quais levam a

denudação continental e conseqüente aplainamento dos

relevos (TEIXEIRA et al., 2003).

O processo denominado de pedogênese (formação

de solos) ocorre quando modificações causadas pelo

intemperismo nas rochas se tornam sobretudo químicas,

mineralógicas e estruturais, logo estes substratos têm

significativas reorganizações e transferências de minerais

principalmente argilominerais e oxi-hidróxidos de ferro

e alumínio. As tipologias pedológicas e a chuva resultam

em evidentes impactos na erosão hídrica (laminar ou

ravinamento), a qual esta está relacionada a capacidade

do solo resistir a erosão que é condicionado a composição

mineralógica, granulométrica, características físico-

químicas e manejo do solo (CREPANI et al. 2001).

As descrições características de cada tipo de solo

comentado nesse Atlas podem ser consultadas no livro

Sistema Brasileiro de Classificação de Solos de autoria

da EMBRAPA (2006). Este sistema é específico sobre

o conhecimento de solos do Brasil e é resultado de um

projeto nacional que envolveu a comunidade científica

que pesquisa solos.

O Estado do Pará, analisado de forma geral,

apresenta clima tropical úmido e densa cobertura vegetal,

fatores determinantes no processo de pedogênese,

logo estes solos são predominantemente maduros6,

lixiviados7 e bem desenvolvidos.

As maiores contribuições quantificadas no

território paraense, demonstram uma diversidade

de solos, ocorrendo solos mais desenvolvidos e

menos desenvolvidos do ponto de vista de processos

pedogenéticos. Segue a contabilização relativa para o

Estado do Pará: Areia Quartzoza (18%), Afloramentos

Rochosos (14%), Podzólico Vermelho (11%), Latossolo

Vermelho (9%) e Litólico (9%). As regiões de integração

tiveram suas tipologias de solos correspondentes às

diversidades de formas de relevo, embasamento rochoso,

microclima (temperaturas e indicies pluviométricos

locais) e entre outros elementos condicionantes dos

processos de formação de solos, logo a alta variabilidade

é bem definida somente a partir dos mapas e a análise

individual da região de interesse.

6 Solos Maduros ¹ - São solos bem estruturados, logo seus horizontes são bem definidos em A, B e C7 Lixiviação - Processo erosivo comum a regiões equatoriais consiste na varredura dos nutrientes minerais leves, pela enxurrada, diminuindo o poder de reestruturação do solo, favorecendo o empobrecimento do solo.

Tabela 64: Tipos de Solos com maior contribuição espacial em área

Regiões de Integração

AfloramentoRochoso

(km²)

AfloramentoRochoso

(%)

AreiaQuartzosa

(km²)

AreiaQuartzosa

(%)

LatossoloVermelho

(km²)

LatossoloVermelho

(%)

PodzólicoVermelho

(km²)

PodzólicoVermelho

(%)

SoloLitólico(km²)

SoloLitólico

(%)

Araguaia 30.222,29 2,42 23.282,83 1,87 14.671,46 1,18 29.450,17 2,36 9.670,44 0,78Baixo Amazonas 2.406,65 0,19 15.734,75 1,26 60.897,57 4,88 68.930,26 5,52 27.674,76 2,22Carajás 17.564,09 1,41 2.031,28 0,16 950,33 0,08 2.530,09 0,20 630,80 0,05Guamá 0,00 0,00 62,67 0,01 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00Lago de Tucuruí 24.654,37 1,98 1.237,24 0,10 480,35 0,04 1.106,91 0,09 687,42 0,06Marajó 1.065,41 0,09 40.314,62 3,23 350,02 0,03 1.996,59 0,16 0,00 0,00Metropolitana 0,00 0,00 56,25 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00Rio Caeté 1,47 0,00 7,65 0,00 0,00 0,00 3.451,87 0,28 91,24 0,01Rio Capim 0,01 0,00 3.404,48 0,27 35,65 0,00 3.245,22 0,26 260,39 0,02Tapajós 47.169,51 3,78 23.667,66 1,90 30.088,88 2,41 21.259,47 1,70 8.411,82 0,67Tocantins 21,19 0,00 9.782,04 0,78 1.362,21 0,11 0,00 0,00 0,00 0,00Xingu 59.248,86 4,75 104.995,96 8,42 5.438,37 0,44 7.825,83 0,63 9.010,16 0,72

Pará 182.353,87 14,62 224.577,44 18,00 114.274,84 9,16 139.796,40 11,20 56.437,01 4,52

Fonte: SIPAM/IBGE ,2004.

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108 Parte 1A

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ráDescrição das Tipologias de Solos Mais Representativas do Estado do Pará

Afloramento RochosoSubstrato rochoso exposto no terreno não classificado como solo, possuindo pouco material alterado em sem diferenciação pedológica, por vezes se apresentam como materiais detríticos grosseiros

Areia QuartzosaConstituídos por material mineral, ou material orgânico pouco espesso, não apresenta alterações intensas de processos pedogenéticos em função de uma maior resistência ao intemperismo (textura areia, essencialmente quartzosos)

Latossolo VermelhoProcesso de latolização (clima quente úmido e profundo), resultando em intemperismo intenso dos constituintes primários, concentra argilominerais, óxidos e hidróxidos de ferro e alumínio (matiz mais vermelho no horizonte B)

Podzólico VermelhoConstituídos por horizonte B espódico (podzol, pouco profundo e ácido) com textura franco arenosa e matizes vermelho-amarelado, são usualmente profundos e moderadamente drenados

Solo LitólicoSolos minerais pouco desenvolvidos (relevos inclinados e rasos), pouco espessos, assentem sobre rochas consolidadas, pouco ou nada inteperizadas. Possuem textura média a argilosa com horizonte B relativamente desenvolvido, porém pouco espesso (matizes brunadas).

Aptidão Agrícola das Terras

A classificação da aptidão agrícola das terras

indica o potencial de uso para uma determinada

área, contrapondo suas características e fatores

limitantes: deficiência de fertilidade, água ou oxigênio,

suscetibilidade á erosão e impedimentos á mecanização;

pode-se ainda se considerar características ligadas ao

tipo do solo/textura, profundidade, capacidade de troca

de cátions, saturação de base e salinidade; e fatores

relacionados ao meio ambiente como clima, topografia

e declividade (MZEE, 2005).

O nível de manejo incluindo suas tecnologia

e métodos aplicados determina as práticas agrícola

adequadas a uma área, permitindo a atividade agrícola

com rendimento em condições adversas de solos e

relevo. Para avaliações de aptidão diferencia-se em três

níveis: Tradicional (nível A), Pouco Desenvolvido (nível

B) e Desenvolvido (nível C). Atualmente observa-se

a baixíssima ocorrência dos níveis de manejo “A” ao

passo que cada vez mais existem avanços técnicos e

metodológicos capazes de tornar solos improdutíveis

em solos de alta performance.

Os dados de Potencial Agrícola do Brasil, publicados

pelo IBGE (2002), classificam o território nacional de

acordo com a potencialidade natural das tipologias de

solos, avaliando fatores de fertilidade, características

físicas e morfológicas, principais limitações e topografia.

Esta base de dados espaciais definiu 4 classes de

potenciais agrícolas possíveis como: Boa a Regular,

Regular, Restrito e Desaconselhável. Deste modo é

sugerido áreas mais necessitadas de investimentos e

aplicações tecnológicas em função de características

naturais do que certas áreas que já compatibilizam uma

vocação mais significante a atividade agrícola.

No Estado do Pará existe uma clara diversidade

de tipologias pedológicas, em função do meio físico

(embasamento geológico, cobertura vegetal e clima),

contudo a metodologia empregada pelo IBGE

simplificou a análise de potencial agrícola e se percebeu

uma convergência dos dados quantificados para o

território paraense, observando-se a seguinte distribuição

aproximada: 29% Boa a Regular, 28% Regular, 30%

Restrito e 10% Desaconselhável. Analisando a classe de

potencial agrícola a qual mais se obteve representação

territorial (Restrito, 30%), a RI Baixo Amazonas

apresentou maior concentração quando comparadas

as demais RI com cerca de 14% das terras. A RI Xingu

está secundariamente em destaque para a classe Boa

a Regular (29% do Estado do Pará), registrando-se

aproximados 11% de áreas com esta aptidão no território

regional da mesma. É significativa a participação do

Baixo Amazonas de mesma maneira na classe Regular

(28% no estado do Pará) com aproximadamente 9%

concentrados em sua área regional.

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Tabela 65: Aptidão Agrícola das Terras - Estado do Pará e Regiões de Integração

Regiões de IntegraçãoBoa a Regular

(km²)Boa a Regular

(%)Regular (km²)

Regular (%)

Restrito (km²)

Restrito (%)

Desaconselhável (km²)

Desaconselhável (%)

Araguaia 103.513,64 8,30 22.271,13 1,78 12.532,29 1,00 33.325,27 2.67

Baixo Amazonas 20.911,21 1,68 105.791,56 8,48 171.195,84 13,72 9.777,24 0.78

Carajás 22.525,60 1,81 6.053,38 0,49 15.720,96 1,26 38,13 0.00

Guamá 0,00 0,00 9.780,12 0,78 0,00 0,00 1.008,95 0.08

Lago de Tucuruí 6,06 0,00 14.070,90 1,13 23.420,43 1,88 0,00 0.00

Marajó 45.713,29 3,66 34.535,57 2,77 1.275,06 0,10 5.563,33 0.45

Metropolitana 0,00 0,00 788,27 0,06 0,00 0,00 166,33 0.01

Rio Caeté 0,00 0,00 8.925,55 0,72 0,00 0,00 6.897,02 0.55

Rio Capim 0,00 0,00 53.970,55 4,33 3.464,31 0,28 4.865,15 0.39

Tapajós 35.290,28 2,83 47.761,28 3,83 62.977,56 5,05 41.250,33 3.31

Tocantins 208,62 0,02 21.868,39 1,75 1.687,47 0,14 7.759,39 0.62

Xingu 125.075,96 10,02 25.119,30 2,01 76.676,20 6,15 19.672,61 1.58

Pará 353.244,66 28,32 350.936,00 28,13 368.950,12 29,58 130.323,75 10.45

Fonte: IBGE, 2002.

Mapa 28: Aptidão agrícola das Terras do Pará

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ráGeologia

Estudos geológicos permitem a investigação do

meio físico terrestre em sua estrutura interna e externa,

e relacionam os processos pretéritos (Arqueano, maiores

que 2.500 milhões de anos) e atuais (Quaternário, 1,8

milhões de anos ao recente) que atuaram na formação

dos ambientes. Estes eventos formadores da superfície

terrestre são produtos dinâmicos de atividades

tectônicas, estruturais, e morfoclimáticas (ação da água,

ventos, temperatura e biota).

O relevo atual, conjuntamente com suas tipologias

de rochas, respondem ao efeito de desintegração,

remoção e deposição causada pelo intemperismo

(função de agentes físicos, químicos e biológicos).

Portanto, o entendimento desses diferentes fenômenos

e seus respectivos tipos litológicos possibilita o

conhecimento necessário para o uso sustentável dos

recursos naturais (FLORENZANO, 2008).

Existe um grande esforço das instituições

governamentais como CPRM, DNPM, PETROBRAS,

UFPA e entre outras, para o mapeamento geológico

no Estado do Pará, entretanto a complexidade para

cartografar estes ambientes por suas características

intrínsecas como densa cobertura vegetal, intenso

intemperismo, poucos afloramentos rochosos e acessos

escassos, impossibilita um conhecimento significativo e

em escala adequada para diversas demandas técnicas e

científicas (BERBET,1989).

A elaboração do mapeamento geológico sistemático

da Amazônia Legal somente foi possível a partir do Projeto

RADAMBRASIL (1973-1987), este grande projeto

nacional consolidou levantamentos de campo e análises

laboratoriais para os dados de litologias, e agregado a

utilização de dados de radargramétricos possibilitou

um amplo rol de informações geométricas e texturais

para definir unidades de terreno homogêneas. Deste

mapeamento sistemático geológico foi construída a base

de dados cartográfica do Estado do Pará, representado

vetorialmente nos dados do SIPAM/IBGE (2004).

Foram constatadas na base temática do SIPAM/

IBGE (2004) 170 tipologias de rochas para o Estado do

Pará, de maneira qual a melhor forma de representar esta

diversidade de rochas foi por meio da espacialização dos

dados em ambiente SIG (arquivos tabulares, vetoriais

e matriciais) e visualização por mapas.Uma proposta

simplificada de representação dos dados temáticos de

geologia do SIPAM/IBGE (2004) aplicados neste Atlas

foi à reclassificação sintetizada em três grandes grupos

básicos de rochas: Ígneas, Metamórficas e Sedimentares.

O Estado do Pará é composto em seu embasamento

geológico8 por grande parte de rochas sedimentares.

Estes tipos litológicos estão contidos em grande parte na

Bacia Sedimentar Amazônica9 e correspondem a 42% do

território paraense. Isto é bem evidente pelas condições

intrínsecas da região amazônica (clima tropical úmido

e densa cobertura florestal) colaborando a processos

denudacionais (aplainamento). Por seguinte as litologias

mais evidentes são metamórficas e ígneas, com respectivos

19% e 35% do território, isto é pertinente devido à grande

extensão do estado inclusos no Cráton Amazônico

(Escudo do Brasil Central e Escudo das Guianas) o qual

estas rochas estão provavelmente relacionadas a antigos

cinturões orogênicos (MZEE, 2004).

Dentre as regiões de integração com maior

participação territorial de rochas sedimentares estão

Guamá, Marajó, Metropolitana, Rio Caeté, Rio Capim

e Tocantins totalizando aproximadamente igual ou

maiores que 85% em área de suas regiões. Para rochas

metamórficas e ígneas, as regiões com distribuições

espaciais mais significativas são as RI Araguaia, RI

Baixo Amazonas, RI Carajás, RI Lago de Tucuruí, RI

Tapajós e RI Xingu com representatividade territorial

aproximadamente abaixo de 60%.

Priorizando as análises de maior representatividade

do território paraense, foram contabilizadas 10 litologias

e suas respectivas ocorrências nas RI. Dentre as litologias

destaca-se a Formação Alter do Chão (9%), Cobertura

Detrítico-Laterítica Pleistocênica (7%), Grupo Iriri (6%),

Suíte Intrusiva Água Branca (5%) e Complexo Bacajá (5%).

8 Embasamento Geológico¹ é a caracterização da província geológica de uma determinada área, remetendo aspectos estruturais (movimentos crustais e tectônica), morfológico (formas de relevo), cronológicos (datação relativa ou absoluta), genéticos (processos ao longo do tempo geológico) e litológicos (conjunto de rochas, sequências estratigráficas e processos de litificação)

9 Bacia Sedimentar Amazônica² são áreas de depressões antigas, esta bacia intracratônica tem orientação segundo a direção ENE-SSW. Apresenta cerca de 200 km no sentido N-S em suas margens do rio Amazonas, a profundidade alcança 4 km em alguns trechos e uma superfície de 2 milhões de km2. As principais seqüências de rochas sedimentares são de origens fluvial, marinha (carbonáticas e fossilíferas) e continental, como arenitos, siltitos e folhelhos.

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Tabela 66: Agrupamento básico de rochas quantificado em área Estado e RI.

Regiões de IntegraçãoÍgneas Metamórfica Sedimentar

(km²) (%) (km²) (%) (km²) (%)

Araguaia 77.988,41 6,25 56.574,18 4,53 27.043,48 2,17

Baixo Amazonas 157.447,41 12,62 38.047,36 3,05 104.644,38 8,39

Carajás 2.214,61 0,18 20.546,46 1,65 10.202,39 0,82

Guamá 0,00 0,00 0,00 0,00 11.061,06 0,89

Lago de Tucuruí 222,13 0,02 23.671,87 1,90 12.863,33 1,03

Marajó 86,66 0,01 1.632,94 0,13 89.314,94 7,16

Metropolitana 0,00 0,00 0,00 0,00 1.277,15 0,10

Rio Caeté 802,04 0,06 2.687,46 0,22 12.197,66 0,98

Rio Capim 186,85 0,01 1.230,29 0,10 60.744,24 4,87

Tapajós 87.857,89 7,04 10.701,26 0,86 89.406,80 7,17

Tocantins 216,37 0,02 73,08 0,01 32.863,94 2,63

Xingu 105.218,21 8,43 80.109,40 6,42 62.682,68 5,02

PARÁ 432.240,58 34,64 235.274,30 18,87 514.302,05 41,23

Fonte: SIPAM/IBGE (2004)

Descrição das Litologias Mais Representativas do Estado do Pará

Aluviões HolocênicosDepósitos aluvionares caracterizados por sedimentos fluviolacustres inconsolidados (argilas, siltes, areias e cascalhos) pertencentes ao Neógeno/Holoceno

Cobertura Detrito-Laterítica PleistocênicaSão sedimentos de origem alúvio-coluviais com textura argilo-arenosa pertencentes ao Neógeno são característicos de áreas depressivas na Amazônia

Complexo BacajáComplexo de rochas metamórficas regionais de grau médio do Paleoproterozóico possui marcante foliação orientada NO-SE e ONO-ESE e desenvolvimento de gnaisses e milonitos

Formação Alter do ChãoSedimentos de influência fluviolacustre pertencentes entre o Cretáceo Superior e Paleoceno Inferior, caracterizado por bacia de ambiente diverente/intraplaca com arenitos intercalados e conglomerados

Grupo BeneficenteConjunto sedimentar e piroclástico de influência fluviomarinho pertencente ao Mesoproterozóico

Grupo IririRochas ígneas vulcânicas relacionadas à magmatismo intracontinental dentro do Paleoproterozóico são comuns riolitos, riodacitos, dacitos, andesitos, tufos e ignimbritos

Suite Intrusiva Água Branca

Rochas ígneas plutônicas relacionadas a arco magmático dentro do Paleoproterozóico Orosiriano são comuns granodioritos, monzogranitos, quartzos monzonitos, quartzos monzodioritos, quartzos dioritos, dioritos e tonalitos

Suite Intrusiva MaloquinhaRochas ígneas plutônicas relacionadas a magmatismo pós-colisional (batólito) pertencentes ao Paleoproterozóico Orosiriano são evidentes corpos graníticos subvulcânicos, circulares e tipicamente cratogênicos

Suite Intrusiva Mapuera

Rochas ígneas plutônicas relacionadas a granitóide tardi-a pós-orogênico dentro do Paleoproterozóico Orosiriano, constituído por conjuntos subvulcânicos e plutônicos, formados por granitos, granodioritos, adamelitos, monzonitos, dioritos e granófiros

Suite Intrusiva ParauariRochas ígneas plutônicas relacionadas a arco magmático (batólito) pertencentes ao Paleoproterozóico Orosiriano são formados por granodioritos, granitos, migmatitos e tonalitos

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ráTabela 67: Principais rochas quantificadas em área - Estado e Regiões de Integração (1/3).

Regiões de IntegraçãoAluviões

Holocênicos (km²)Aluviões

Holocênicos (%)

Cobertura Detrito-Laterítica

Pleistocênica (km²)

Cobertura Detrito-Laterítica Pleistocênica (%)

Complexo Bacajá (km²)

Complexo Bacajá (%)

Araguaia 3.955,89 0,32 4.500,86 0,36 2.454,23 0,20

Baixo Amazonas 9.794,55 0,79 2.720,72 0,22 0,00 0,00

Carajás 1.049,26 0,08 40,28 0,00 335,82 0,03

Guamá 447,55 0,04 3.911,54 0,31 0,00 0,00

Lago de Tucurui 579,31 0,05 3.384,59 0,27 9.027,89 0,72

Marajó 19.169,85 1,54 31.744,98 2,54 1.632,94 0,13

Metropolitana 135,59 0,01 686,19 0,05 0,00 0,00

Rio Caeté 385,95 0,03 1.099,94 0,09 0,00 0,00

Rio Capim 926,40 0,07 6.807,42 0,55 0,00 0,00

Tapajós 4.943,56 0,40 383,07 0,03 0,00 0,00

Tocantins 3.798,90 0,30 24.179,69 1,94 73,08 0,01

Xingu 6.172,71 0,49 2.986,03 0,24 44.432,17 3,56

PARÁ 51.359,52 4,12 82.445,31 6,61 57.956,13 4,65

Fonte: SIPAM/IBGE (2004)

Tabela 68: Principais rochas quantificadas em área – Estado e Regiões de Integração (2/3).

Regiões de IntegraçãoFormação Alter do

Chão (km²)Formação Alter do

Chão (%)Grupo Beneficente

(km²)Grupo

Beneficente (%)Grupo Iriri (km²) Grupo Iriri (%)

Araguaia 0,00 0,00 0,00 0,00 27.941,62 2,24

Baixo Amazonas 49.595,14 3,97 0,00 0,00 0,00 0,00

Carajás 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Guamá 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Lago de Tucurui 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Marajó 13.927,30 1,12 0,00 0,00 0,00 0,00

Metropolitana 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Rio Caeté 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Rio Capim 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Tapajós 19.634,76 1,57 47.170,29 3,78 5.480,01 0,44

Tocantins 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Xingu 27.298,97 2,19 4.814,31 0,39 40.216,31 3,22

PARÁ 110.456,17 8,85 51.984,6 4,17 73.637,94 5,90

Tabela 69: Principais rochas quantificadas em área – Estado e Regiões de Integração (3/3).

Regiões de IntegraçãoSuíte Intrusiva Água Branca

(km²)Suíte Intrusiva

Maloquinha(km²)Suíte Intrusiva Mapuera(km²)

Suite Intrusiva Parauari(km²)

Araguaia 0,00 54,13 0,00 5.007,95

Baixo Amazonas 58.139,65 0,00 48.999,08 0,00

Carajás 0,00 0,00 0,00 0,00

Guamá 0,00 0,00 0,00 0,00

Lago de Tucuruí 0,00 0,00 0,00 0,00

Marajó 0,00 0,00 0,00 0,00

Metropolitana 0,00 0,00 0,00 0,00

Rio Caeté 0,00 0,00 0,00 0,00

Rio Capim 0,00 0,00 0,00 0,00

Tapajós 0,00 24,228.71 0,00 22.295,52

Tocantins 0,00 0,00 0,00 0,00

Xingu 0,00 16.808,74 0,00 20.766,94

PARÁ 58.139,65 41.091,58 48.999,08 48.070,42

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Províncias e Ocorrências Minerais

A temática de recursos minerais avaliada sob suas

implicações e perspectivas aborda a natureza crustal

que condicionam e armazenam diferentes ocorrências,

depósitos e reservas de viabilidade econômica

(VENTURIERI, 2007).

Os recursos minerais do Estado do Pará

contemplam contextos geológicos, econômicos e sociais

destinados a extração de minérios, os quais se constituem

em importante capital natural e segmento econômico

do território paraense (VENTURIERI, 2007). O Estado

Paraense é geologicamente privilegiado, contendo em seu

território uma grande quantidade de áreas com potencial

mineral explorado e inexplorado (MZEE, 2004).

Definir áreas consistentes para atividade mineral

requer uma análise geoeconômica, selecionando

e contrapondo critérios da própria atividade,

produtividade, importância metalogenética10, fase

exploratória, acesso, logística e localização geográfica

(VENTURIERI, 2007). As províncias e ocorrências

minerais no Estado do Pará apresentam sua distribuição

espacial assentada sobre um trato crustal geológico

diversificado e influenciado por elementos litológicos,

estruturais, estratigráficos e geocronológicos.

A maior Província Mineral constatada é a Província

de Tapajós, com aproximados 9% de área no território

paraense apresentando quase toda sua totalidade na RI

Tapajós e uma pequena parte encontrando-se na RI Xingu.

As subseqüentes províncias mais significativas

do Estado do Pará são Trombetas (localizando-se

na RI Baixo Amazonas) e Carajás (localizando-se

nas RI Carajás e RI Araguaia e RI Lago de Tucuruí),

apresentando contribuição espacial respectiva de

aproximados 6% e 4%.

Analisando os dados de Ocorrências Minerais,

distribuídos pontualmente no Estado do Pará,

observa-se a maior quantidade de ocorrências para RI

Tapajós com aproximados 31% e para jazidas a maior

concentração está na RI Carajás com cerca de 35%.

10 Metalogenético relativo a estudos geológicos relacionados à origem e evolução de jazidas ou depósitos minerais, definindo modelos e princípios para prospecção dos mesmos.

Mapa 29: Províncias Minerais no Estado do Pará

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ráDescrição das Tipologias de Solos Mais Representativas do Estado do Pará

Província Mineral do TapajósCaracteriza-se por uma expressiva produção aurífera, dominantemente aluvionar Principais empreendimentos: Garimpagem por Associações e Cooperativas

Província Mineral de TrombetasCaracteriza-se pela exploração de bauxita metalúrgica e refratária Principais Empreendimentos Minerais: Mineração Rio do Norte e Mineração Santa Lucrécia

Província Mineral de CarajásCaracteriza-se por ser uma das maiores reservas mundiais de minério de ferro, além de conter manganês, níquel, alumínio e ouro. Principais empreendimentos: Companhia Vale do Rio Doce

Tabela 70: Províncias Minerais quantificadas em área - Estado do Pará e Regiões (1/2).

Regiões de IntegraçãoAripuanã /

Alta Floresta (km²)Aripuanã /

Alta Floresta (km²)Carajás (km²) Carajás (km²) Rio Maria (km²) Rio Maria (km²)

Araguaia 0,00 0,00 11.531,32 0,92 44.379,51 3,56

Baixo Amazonas 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Carajás 0,00 0,00 27.022,84 2,17 0,00 0,00

Guamá 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Lago de Tucuruí 0,00 0,00 9.421,45 0,76 0,00 0,00

Marajó 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Metropolitana 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Rio Caeté 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Rio Capim 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Tapajós 10.900,85 0,87 0,00 0,00 0,00 0,00

Tocantins 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Xingu 0,00 0,00 689,96 0,06 0,00 0,00

PARÁ 10.900,85 0,87 48.665,57 3,91 44.379,51 3,56

Fonte: SEMA

Tabela 71: Províncias Minerais quantificadas em área - Estado do Pará e Regiões (2/2).

Regiões de Integração Tapajós (km²)Tapajós (km²)

Trombetas (km²)

Trombetas (%)

Vila Nova (km²)

Vila Nova (km²)

Sem Província (km²)

Sem Província (%)

Araguaia 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 118.867,11 9,53

Baixo Amazonas 0,00 0,00 71.946,61 5,77 41.252,59 3,31 204.054,97 16,35

Carajás 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 17.982,45 1,44

Guamá 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 12.183,23 0,98

Lago de Tucuruí 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 30.690,65 2,46

Marajó 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 104.603,68 8,38

Metropolitana 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 1.828,46 0,15

Rio Caeté 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 16.650,15 1,33

Rio Capim 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 62.412,29 5,00

Tapajós 102.771,85 8,24 0,00 0,00 0,00 0,00 76.764,12 6,15

Tocantins 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 36.003,38 2,89

Xingu 531,11 0,04 0,00 0,00 0,00 0,00 250.657,43 20,09

PARÁ 103.302,96 8,28 71.946,61 5,77 41.252,59 3,31 932.697,93 74,75

Fonte: SEMA

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Tabela 72: Ocorrências Minerais quantificadas pontualmente para o Estado do Pará e suas respectivas Regiões de Integração.Regiões de Integração N° de Ocorrências N° de Ocorrências (%) N° de Jazidas N° de Jazidas (%)

Araguaia 68,00 21,59 10,00 28,57Baixo Amazonas 56,00 17,78 4,00 11,43Carajás 35,00 11,11 12,00 34,29Guamá 0,00 0,00 0,00 0,00Lago de Tucurui 6,00 1,90 0,00 0,00Marajó 2,00 0,63 0,00 0,00Metropolitana 0,00 0,00 0,00 0,00Rio Caeté 15,00 4,76 0,00 0,00Rio Capim 16,00 5,08 3,00 8,57Tapajós 96,00 30,48 5,00 14,29Tocantins 0,00 0,00 0,00 0,00Xingu 21,00 6,67 1,00 2,86Pará 315,00 100,00 35,00 100,00

Fonte: MMA

Geomorfologia

A ciência geomorfológica tem por foco a expressão

espacial do modelado topográfico, e este é configurado

por ações regulares e contínuas, logo o objeto são as

formas e processos que interagem para compor o

aspecto visual da paisagem atual (CRISTOFOLETTI,

1980). As formas de relevo recentes, compreendidas

em grande parte no Terciário Superior e Quaternário,

são resultantes da dinâmica das forças exógenas e

endógenas, que procuram estabilidade entre processos

e formas, estes variando em escala temporal e espacial

(GUERRA E CUNHA, 1994).

O levantamento sistemático de Geomorfologia

é produto do Projeto RADAMBRASIL (1973-1987),

utilizando como Fonte de dados imagens de radar

e levantamento de campo para delimitar unidades

geomorfológicas. As cartas geradas formam a base de

dados especial do SIPAM/IBGE (2004), o qual foi usado

nas análises espaciais deste Atlas.

Os dados geomorfológicos sistematizados para

o território paraense estimam feições de relevo com

características de Planalto e Serras em grande parte do

território, cerca de 80%, isto se aplica a áreas extensas

do extremo norte e extremo sul, caracterizadas por

formas mais elevadas, porém bastante atacada por

processos denudacionais (formas mais aplainadas).

Subseqüentemente, a segunda expressão geomorfológica

mais significativa são as Planícies as quais agregam áreas

fluviais e litorâneas com cerca de 8% do território estadual.

E, apresentando-se como feições eventuais ocorrem as

Chapadas, Colinas e Depressões, as quais juntas somam

aproximadamente 9% do território estadual.

Dentre as áreas de relevo mais acidentado no Estado

do Pará (Planaltos e Serras), as Regiões de Integração

que mais detém terrenos com estas formas são Araguaia,

Baixo Amazonas, Carajás, Lago de Tucuruí, Rio Capim,

Tapajós, Tocantins e Xingu, concentrando em suas áreas

regionais de 40% a 80% destas feições geomorfológicas.

Feições de Planícies são destacáveis as Regiões de

Integração do Guamá, Marajó, Metropolitana, Rio Caeté

e Tocantins concentrando em suas áreas regionais em

torno de 10% a 45% destas feições.

Para eventuais Colinas, Chapadas e Depressões,

estas são encontradas nas Regiões de Integração do

Araguaia, Carajás, Rio Caeté, Rio Capim e Tapajós,

com representatividade em torno de 6% a 20% de seus

territórios regionais.

Descrição das Tipologias de Solos Mais Representativas do Estado do Pará

Chapadas Grandes superfícies planas tipicamente de rochas sedimentares, possuem estrutura horizontal acima de 600 metros

ColinasElevações de terreno com topos arredondados aproximadamente planos com declividades baixas, amplitude altimétrica entre 20 a 60 metros

SerrasElevações de terreno mais significativas com topos mais angulares, possue declividades altas e amplitudes altimétricas acima de 200 metros

DepressõesTerrenos com altimetrias menores que o nível do mar (absolutas) ou de áreas adjacentes (relativas) ocorrendo de diferentes formas e processos

PlaníciesTerrenos baixos e planos resultantes do acúmulo/deposição de materiais aluviais/fluviais, lucustres, marinhos, eólicos e glaciais

PlanaltosTerrenos mais elevados com declividade plana a ondulada, ocorrem tipicamente em rochas sedimentares ou basálticas variando para superfícies aplainadas, soerguidas e pouco reentalhados

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ráTabela 73: Feições geomorfológicas quantificadas em área - Estado do Pará e regiões (1/2).

Regiões de Integração Chapadas (km²) Chapadas (%) Colinas (km²) Colinas (%) Serras (km²) Serras (%)

Araguaia 0,00 0,00 0,00 0,00 124.039,21 71,27Baixo Amazonas 0,00 0,00 17.312,36 5,48 114.697,11 36,31Carajás 0,00 0,00 0,00 0,00 28.081,68 62,66Guamá 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00Lago de Tucuruí 0,00 0,00 0,00 0,00 23.983,32 60,05Marajó 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00Metropolitana 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00Rio Caeté 0,00 0,00 4.079,17 24,60 0,00 0,00Rio Capim 5.322,31 8,57 1.138,53 1,83 4.688,01 7,54Tapajós 37.467,12 19,76 0,00 0,00 71.040,23 37,47Tocantins 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00Xingu 4.428,07 1,77 0,00 0,00 150.480,51 60,00Pará 47.217,50 30,10 22.530,06 31,91 517.010,07 335,30Fonte: SIPAM/IBGE (2004)

Tabela 74: Feições geomorfológicas quantificadas em área - Estado do Pará e regiões (2/2).

Regiões de Integração Depressões (km²) Depressões (%) Planícies (km²) Planícies (%) Planaltos (km²) Planaltos (%)

Araguaia 23.190,67 13,32 3.494,71 2,01 22.631,62 13,00

Baixo Amazonas 0,00 0,00 14.453,72 4,58 156.977,97 49,70

Carajás 7.583,57 16,92 761,17 1,70 8.122,97 18,13

Guamá 0,00 0,00 1.405,00 11,58 9.565,61 78,85

Lago de Tucuruí 0,00 0,00 700,41 1,75 12.914,20 32,34

Marajó 0,00 0,00 46.834,73 44,97 42.360,98 40,68

Metropolitana 0,00 0,00 408,16 22,43 802,37 44,10

Rio Caeté 0,00 0,00 2.206,51 13,31 10.004,96 60,34

Rio Capim 0,00 0,00 1.049,70 1,69 50.076,50 80,59

Tapajós 22,25 0,01 5.233,02 2,76 74.156,00 39,11

Tocantins 0,00 0,00 4.835,49 13,49 28.227,33 78,76

Xingu 2.135,86 0,85 8.747,34 3,49 82.361,97 32,84

Pará 32.932,35 31,10 90.129,97 123,76 498.202,46 568,44

Fonte: SIPAM/IBGE (2004)

Hipsometria

A elevação altimétrica do terreno representa

a amplitude vertical com referência ao sistema de

coordenadas, no qual a superfície de base está no nível

do mar. Suas principais aplicações estão relacionadas à

topografia, modelagem numérica de terreno, estudos

hidrológicos e gradientes térmicos (VALERIANO, 2008).

As classes altimétricas obtidas para o Estado

do Pará foram provenientes do modelo digital de

elevação gerados da missão Shuttle Radar Topographic

Mission – SRTM. Estes dados SRTM são resultado de

uma iniciativa de mapeamento topográfico mundial

da Agência Espacial Norte Americana (National

Aeronautics and Space Administration – NASA),

centro aeroespacial alemão (Deutsches Zentrum für

Luft- und Raumfahrt – DLR) e agência espacial italiana

(Agenzia Spaziale Italiana, ASI).

A partir da análise dos dados SRTM, o Estado do

Pará possui significativa amplitude altimétrica, variando

aproximadamente 1.000 metros. Entretanto, grande

parte do território se encontra com altitudes classificadas

como Muito Baixas, cerca de 28% (relevos entre 0 e 100

m) e Baixas, cerca de 26% (relevos entre 100 e 200 m). As

altimetrias mais fortes, classificadas como Alta e Muito

Alta, são encontradas em complexos rochosos peculiares

representados por poucas áreas, respectivos 14% e 4% .

Pertinentes as áreas de relevo Baixo e Muito Baixo,

apresentando altimetrias abaixo dos 200 metros, estão às

Regiões de Integração do Guamá, Marajó, Metropolitana,

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Rio Caeté e Tocantins as quais apresentam cerca de

100% de suas áreas inseridas nestas classes altimétricas.

Para altimetrias acima de 450 metros classificadas como

relevo Alto e Muito Alto, as Regiões de Integração mais

significativas foram Araguaia, Baixo Amazonas, Carajás,

Tapajós e Xingu, as quais apresentam cerca de 5% a 20% de

suas áreas regionais inseridas nestas tipologias de relevo.

Tabela 75: Classes hipsométricas quantificadas em área - Estado do Pará e RI (1/2).

Regiões de IntegraçãoMuito Baixo

0-100m (km²)Muito Baixo 0-100m (%)

Baixo 100-200m (km²)

Baixo 100-200m (%)

Médio 200-450m (km²)

Médio 200-450m (%)

Araguaia 0,00 0,00 35.292,86 2,83 89.558,93 7,18

Baixo Amazonas 82.907,02 6,64 74.161,77 5,94 65.757,46 5,27

Carajás 1.487,00 0,12 26.679,34 2,14 10.686,08 0,86

Guamá 12.176,58 0,98 0,00 0,00 0,00 0,00

Lago de Tucuruí 13.847,74 1,11 23.830,72 1,91 2.361,87 0,19

Marajó 104.201,47 8,35 382,88 0,03 0,00 0,00

Metropolitana 1.827,11 0,15 0,00 0,00 0,00 0,00

Rio Caeté 16.546,66 1,33 76,13 0,01 0,04 0,00

Rio Capim 32.152,82 2,58 24.102,15 1,93 5.385,84 0,43

Tapajós 28.952,47 2,32 65.367,81 5,24 64.098,72 5,14

Tocantins 35.899,54 2,88 98,83 0,01 1,08 0,00

Xingu 32.175,80 2,58 85.159,90 6,83 97.364,24 7,80

Pará 362.174,21 29,03 335.152,39 26,86 335.214,27 26,87

Fonte: NASA (2000)

Tabela 76: Classes hipsométricas quantificadas em área – Estado do Pará e RI(2/2).

Regiões de Integração Alto 450-600m (km²) Alto 450-600m (%)Muito Alto Acima de

600m (km²)Muito Alto Acima de

600m (%)

Araguaia 36.742,45 2,94 13.176,39 1,06

Baixo Amazonas 75.536,17 6,05 18.830,10 1,51

Carajás 3.243,60 0,26 2.900,14 0,23

Guamá 0,00 0,00 0,00 0,00

Lago de Tucuruí 73,26 0,01 1,87 0,00

Marajó 0,00 0,00 0,00 0,00

Metropolitana 0,00 0,00 0,00 0,00

Rio Caeté 0,00 0,00 0,00 0,00

Rio Capim 745,83 0,06 0,00 0,00

Tapajós 21.837,36 1,75 10.169,04 0,82

Tocantins 0,00 0,00 0,00 0,00

Xingu 32.590,32 2,61 4.588,91 0,37

Pará 170.768,99 13,68 49.666,45 3,99

Fonte: NASA (2000)

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ráMapa 30: Classes de Hipsometria no Estado do Pará

Declividade

A Declividade é uma derivada da altimetria,

segundo Valeriano (2008), definida pelo ângulo de

inclinação da superfície e o plano horizontal do terreno,

podendo ser expressa em graus (0º a 90º) ou em

porcentagem (0% a ∞).

A principal ação da declividade no terreno está no

equilíbrio entre os processos de escoamento superficial

e infiltração, refletindo nos transportes gravitacionais

por erosão e deslizamento (FLORENZANO, 2008).

A derivada declividade controla a intensidade dos

fluxos de matéria e insolação implicando na formação

paisagística deste ambientes, sob condições físicas e

biológicas diferenciadas ocorrem formações vegetais de

mesmo modo.

Em Sistemas de Informação Geográfica, a base

de cálculo de declividade são os Modelos Digitais de

Elevação, a partir da sua resolução vertical (Digital

Number) e resolução horizontal (tamanho do pixel).

Neste indicador, o dado de declividade foi elaborado

através dos dados do SRTM, distribuídos livremente

pela NASA (2002).

O Estado do Pará, de maneira geral, é

caracterizado por um arcabouço de rochas antigas e

bacias sedimentares, as quais já sofreram muito com

os processos de intemperismo e denudação, isto por

influência de condições climáticas tropicais úmidas.

Deste modo são bastante significativos para o Estado

do Pará os aproximados 81% de áreas inclusas nas

classes de Plano e Suave Ondulado. A declividade

Ondulado ocorre como a terceira classe mais expressiva

especialmente com cerca de 18%. E de maneira mais

singular apresentam-se as declividades Forte Ondulado

e Montanhoso, que somadas atingem apenas cerca de

2% de áreas do território paraense.

Nas áreas classificadas como terrenos Planos, a RI

do Baixo Amazonas e RI do Marajó acumulam cerca

de 8% de seus áreas com estes relevos. Para as áreas

classificadas como relevo Suave Ondulado, a RI Baixo

Amazonas se destaca com cerca de 11% e a RI Xingu

com cerca de 9%.

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Cap

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Tabela 77: Classes de declividade quantificadas em área - Estado do Pará e RI (1/2).

Regiões de Integração Plano (km²) Plano (%)Suave

Ondulado (km²)Suave

Ondulado (%)Ondulado

(km²)Ondulado

(%)

Araguaia 72.057,71 5,78 61.812,57 4,95 33.208,61 2,66

Baixo Amazonas 98.264,74 7,88 130.478,60 10,46 80.971,15 6,49

Carajás 14.892,72 1,19 20.373,29 1,63 7.439,21 0,60

Guamá 9.018,62 0,72 3.151,15 0,25 5,17 0,00

Lago de Tucuruí 12.195,25 0,98 20.886,04 1,67 6.947,62 0,56

Marajó 89.086,21 7,14 14.711,48 1,18 785,78 0,06

Metropolitana 1.584,26 0,13 243,64 0,02 0,57 0,00

Rio Caeté 11.603,86 0,93 4.877,91 0,39 131,59 0,01

Rio Capim 27.667,81 2,22 27.949,43 2,24 6.760,50 0,54

Tapajós 48.397,77 3,88 96.682,15 7,75 43.832,63 3,51

Tocantins 26.694,06 2,14 9.005,63 0,72 303,44 0,02

Xingu 95.718,30 7,67 110.541,56 8,86 43.266,25 3,47

Pará 507.181,31 40,66 500.713,45 40,12 223.652,52 17,92

Fonte: NASA (2002)

Tabela 78: Classes de declividade quantificadas em área- Estado do Pará e RI (2/2).

Regiões de Integração Forte Ondulado (km²) Forte Ondulado (%) Montanhoso (km²) Montanhoso (%)

Araguaia 7.649,81 0,61 30,75 0,00

Baixo Amazonas 7.430,50 0,60 26,56 0,00

Carajás 2.232,82 0,18 55,88 0,00

Guamá 0,00 0,00 0,00 0,00

Lago de Tucuruí 84,15 0,01 0,00 0,00

Marajó 0,00 0,00 0,00 0,00

Metropolitana 0,00 0,00 0,00 0,00

Rio Caeté 0,19 0,00 0,00 0,00

Rio Capim 15,64 0,00 0,00 0,00

Tapajós 1.478,29 0,12 3,45 0,00

Tocantins 0,57 0,00 0,00 0,00

Xingu 2.352,30 0,19 0,19 0,00

Pará 21.244,27 1,71 116,83 0,01

Fonte: NASA (2002)

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ráMapa 31: Classes de Declividade no Estado do Pará

BIODIVERSIDADE

Para tratar da biodiversidade, será considerado

para tanto, os resultados do seminário coordenado pelo

Ministério do Meio Ambiente (MMA) para a definição

de “áreas prioritárias para a conservação, uso sustentável

e repartição de benefícios da biodiversidade” em cada

um dos biomas do país. Tais áreas foram sistematizadas

num mapa, atualizadas em 2006 e reconhecidas pela

Portaria do MMA nº 9, de 23/01/2007, convertendo-se,

assim, em referência para a formulação e implementação

de políticas públicas destinadas à conservação e ao uso

sustentável da biodiversidade.

Um dos resultados gerados neste estudo, diz

respeito ao “Mapa de Importância para Conservação

da Biodiversidade”. Este mapa apresenta as áreas que, de

acordo com a metodologia utilizada, possuem algum

grau de importância para conservação da diversidade

biológica, a saber: alta, muito alta e extremamente alta;

além de áreas com importância para conservação, mas

ainda insuficientemente conhecidas.

No Pará, o total de áreas definidas com algum grau

de importância para conservação da biodiversidade

soma cerca de 1 milhão de km², o que representa

aproximadamente 81% do território paraense. Deste

total, 49% são definidas como “extremamente alta”

a importância para conservação da biodiversidade.

A região de integração que se destaca em termos

absolutos é a do Baixo Amazonas, com uma área de

cerca de 166 mil km² com importância “extremamente

alta” para conservação. E, a região do Xingu também

se destaca por apresentar em torno de 65% de sua área

total com um grau de importância “extremamente alta”

para conservação.

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Mapa 32: Áreas prioritárias para conservação da biodiversidade no Estado do Pará

Tabela 79: Áreas prioritárias para conservação da biodiversidade.

Regiões de Integração Alta Muito Alta Extremamente Alta Insuficientemente Conhecida

Araguaia 12,45 2,60 51,21 0,00

Baixo Amazonas 4,60 32,06 52,65 3,80

Carajás 9,86 28,38 23,80 0,00

Guamá 59,32 12,77 4,68 0,00

Lago de Tucuruí 27,31 8,37 17,55 0,00

Marajó 0,64 21,05 67,15 1,23

Metropolitana 21,30 48,27 44,74 0,00

Rio Caeté 20,17 41,16 15,60 0,00

Rio Capim 12,00 21,21 30,62 0,00

Tapajós 14,58 38,89 40,35 0,00

Tocantins 1,66 37,61 27,44 3,12

Xingu 4,47 10,51 65,50 0,00

PARÁ 8,82 22,42 49,42 1,15

Fonte: MMA, 2007.

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ráANTROPISMO

Desflorestamento

O termo desflorestamento (ou desmatamento)

consiste basicamente no processo que culmina com

o corte raso da floresta. É importante diferenciar dois

processos distintos de desmatamento: “corte e queima”

e “degradação progressiva”. No sistema de corte e

queima, o corte é realizado no início da estação seca,

e a queima no final da estação seca. Já no processo de

degradação progressiva, é realizada a extração seletiva

da madeira, seguida de queima, novas retiradas, e

assim sucessivamente, numa degradação crescente da

cobertura florestal. Em ambos os casos, o resultado

final é o corte raso, que pode ocorrer no mesmo ano

(no sistema mais tradicional de corte e queima), ou após

vários anos de degradação do dossel florestal.

Os dados relativos ao monitoramento da

cobertura florestal desenvolvido pelo Instituto Nacional

de Pesquisas Espaciais - INPE, através do Projeto

de Estimativa do Desflorestamento da Amazônia –

PRODES (referente, portanto, unicamente a corte raso

florestal), indicam que até agosto de 2008 a Amazônia

apresentava um desflorestamento total de 17,3% de sua

cobertura vegetal, com cerca de 725 mil km² de florestas

convertidas para atividades agropecuárias.

No Pará, o desflorestamento atingiu, em 2007, uma

área de cerca de 238 mil km², o que representa 19% da

área total do estado. A região de integração que mais se

destaca em termos de desflorestamento absoluto é a do

Araguaia, com uma área de cerca de 61 mil km² (35% da

região). Em termos proporcionais, a região do Guamá é a

mais desflorestada, com cerca de 74,2% do seu território

com florestas convertidas a outros usos. Enquanto

que, a região do Marajó, pode ser considerada a menos

desmatada, representando apenas 3% da sua área total.

Para frear o desmatamento, o avanço da fronteira

agropecuária e a ocupação desordenada da terra, em

2008 o governo do estado lançou o Programa 1 Bilhão de

Árvores, adotando a restauração como instrumento de

regulamentação do uso da riqueza florestal, entendendo

que isso só será possível se o atual sistema de exploração

econômica for substituído por alternativas viáveis para

o produtor.

Assim, o Programa se propõe diminuir e até

mesmo extinguir o passivo ambiental gerado pela

degradação das Áreas de Reserva Legal (ARLs) e das

Áreas de Preservação Permanente (APPs). Até março de

2010 já foram licenciadas e/ ou plantadas 254.640.509

mudas, restando apenas 745.359.491 até o ano de 2013.

Gráfico 17: Desflorestamento acumulado até 2007,no Pará (área absoluta em km²).

Fonte: INPE (2008)

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Mapa 33: Desflorestamento Total até 2007 no Estado do Pará

Tabela 80: Desflorestamento no Pará, por região de integração, de 2001 a 2007

Regiões de Integração(Até 2007)

Desflorestamento (km²)

Até 1997De 1997 a

2000Em 2001 Em 2002 Em 2003 Em 2004 Em 2005 Em 2006 Em 2007 Total

Araguaia 36.554,00 6.303,30 3.813,88 2.916,43 2.467,48 2.657,25 3.420,62 1.485,58 1.721,34 61.339,88

Baixo Amazonas 14.160,00 1.326,12 797,63 437,71 381,42 470,72 257,59 415,62 242,06 18.488,87

Carajás 19.904,00 2.280,28 857,45 604,86 674,11 860,30 501,06 359,93 312,13 26.354,12

Guamá 8.906,00 0,00 39,65 28,09 4,38 17,18 2,09 1,28 1,68 9.000,35

Lago de Tucuruí 11.720,00 2.358,72 580,79 613,08 922,91 1.113,01 415,47 876,16 639,31 1.239,45

Marajó 2.214,00 12,22 236,38 269,18 65,58 111,83 65,38 58,54 93,07 3.126,18

Rio Caeté 10.646,00 0,00 221,74 25,95 162,68 53,66 137,08 113,47 16,01 11.376,59

Metropolitana 698,00 0,00 19,69 1,71 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 719,40

Rio Capim 29.948,00 1.550,71 864,91 1.272,07 488,43 1.263,76 980,85 467,04 379,42 37.215,19

Tapajós 6.709,00 1.227,52 646,91 1.049,52 1.007,83 1.477,64 508,04 635,60 677,39 13.939,45

Tocantins 11.549,00 543,25 688,06 278,94 228,03 375,20 243,62 204,93 179,77 14.290,80

Xingu 10.959,00 659,85 1.044,33 894,54 4.189,39 1.811,74 1.536,84 1.042,72 1.222,33 23.360,74

PARÁ 163.967,00 16.261,97 9.811,42 8.392,08 10.592,24 10.212,29 8.068,64 5.660,87 5.484,51 238.451,02

Fonte: INPE,2008.

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ráGráfico 18: Proporção do desflorestamento acumulado até 2007, por região de integração

(em porcentagem de área).

Fonte: INPE,2008

Queimadas

O uso do fogo é normalmente empregado para fins

diversos na agropecuária. Trata-se de uma alternativa

geralmente rápida e de custo relativamente baixo quando

comparada a outras técnicas que podem ser utilizadas

para o mesmo fim. Entretanto, quando o fogo é utilizado

sem o manejo adequado pode gerar sérios problemas

ambientais e sócias como perda de vastas áreas florestais,

problemas de saúde na população devido a poluição do

ar, acidente na aviação, etc.

O INPE vem monitorando via satélite as

queimadas em todo o Brasil. Entre os vários produtos

desse monitoramento estão às coordenadas geográficas

dos focos que são um indicativo espacial da ocorrência

de queimadas.

Segundo os dados do INPE, obtidos de imagens

MODIS, no Pará foram detectados cerca de 32 mil focos de

calor em 2007. Em relação ao ano de 2008, foi observada

uma considerável diminuição desse número com

aproximadamente 13 mil focos de calor em todo o Estado.

Na Região de Integração Araguaia ocorreram

mais da metade desses focos de calor detectados em

2007 (17.409 focos). A referida Região de Integração

continuou liderando a ocorrência de números de focos

em 2008, entretanto apresentou uma diminuição tanto

em valores absolutos (4.739 focos) quanto relativos,

representado nesse ano cerca 36% de todos os focos

detectados no Estado. Em segundo lugar, em número de

ocorrência de focos em 2007, vem a Região de Integração

Rio Capim com cerca de 3 mil focos, representando 10%

de todos os focos detectados no estado para no referido

ano. Já em 2008, a segunda posição em ocorrência de

focos foi a da Região de Integração Xingu com cerca de

1.800 focos o que representou 14,24% de todos os focos

detectados no Estado.

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Mapa 34: Queimadas no Estado do Pará

Tabela 81: Focos de queimadas no Pará, por região de integração, 2007 e 2008.

Região de IntegraçãoFocos 2007 (nº de

focos de calor)Focos 2007 (%)

Focos 2008 (nº de focos de calor)

Focos 2008 (%)

Araguaia 17.409 54,78 4.739 36,66

Baixo Amazonas 832 2,62 774 5,99

Carajás 2.345 7,38 602 4,66

Guamá 238 0,75 172 1,33

Lago de Tucuruí 1.447 4,55 587 4,54

Marajó 352 1,11 284 2,20

Metropolitana 0,00 0,00 0,00 0,00

Rio Caeté 280 0,88 241 1,86

Rio Capim 3.243 10,20 1.315 10,17

Tapajós 2.255 7,10 1.613 12,48

Tocantins 895 2,82 759 5,87

Xingu 2.486 7,82 1.841 14,24

PARÁ 31.782 100 12.927 100

Fonte: INPE (2009)

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ráEstradas Não-Oficiais

As Estradas Não-Oficiais são um dos principais

vetores de modificação dos ambientes naturais, em

particular em áreas florestais. Na Amazônia, diversos

atores locais, em especial os madeireiros, têm construído

estradas não-oficiais para terem acesso aos recursos

naturais da floresta. Essa infraestrutura permite a

fragmentação e fragilidades dos ambientes florestais.

Essas estradas são construídas em terras públicas

em sua grande maioria por agentes privados com

madeireiros (Souza Jr. et al. 2005). Nos últimos anos

o Imazon vem mapeando as Estradas Não-Oficiais

construídas na Amazônia. Esse produto é um ótimo

banco de dados para aferir o estado de pressão das áreas

florestais no Pará.

O Estado do Pará até 2007 possuía cerca de 100

mil km de estradas, sendo que aproximadamente

70% são consideradas Estradas Não-Oficiais. A região

de integração de Araguaia apresenta a maior malha

viária com cerca de 22 mil km, onde 74% desse total

representam Estradas Não-Oficiais. Já região de

integração do Marajó possui a maior proporção de

Estradas Não-Oficiais que representam cerca de 96% de

todas as estradas construídas nessa região .

A região de integração do Xingu possui a maior

proporção de Estradas Oficiais, com cerca de 39% das

estradas construídas, em seguida vem a região de Carajás

com 36% de Estradas Oficiais.

Tabela 82: Estradas Oficiais e Não-Oficiais no Pará, por região de integração, 2007.

Região de IntegraçãoTotalização de Estradas (km)

Estradas Oficiais Estradas Não-Oficiais

(km) (%) (km) (%)

Araguaia 22.096,95 5.626,88 25,46 16.470,07 74,54Baixo Amazonas 9.714,20 3.298,82 33,96 6.415,38 66,04Carajás 9.852,24 3.579,94 36,34 6.272,29 63,66Guamá 3.430,76 792,40 23,10 2.638,36 76,90Lago de Tucuruí 8.186,47 2.578,15 31,49 5.608,33 68,51Marajó 1.725,43 73,17 4,24 1.652,25 95,76Metropolitana 245,88 54,97 22,36 190,91 77,64Rio Caeté 3.122,87 1.102,00 35,29 2.020,87 64,71Rio Capim 16.179,47 2.402,07 14,85 13.777,40 85,15Tapajós 9.764,95 3.458,71 35,42 6.306,24 64,58Tocantins 6.085,19 1.162,19 19,10 4.922,99 80,90Xingu 13.377,09 5.179,17 38,72 8.197,92 61,28PARÁ 103.773,70 29.300,70 28,24 74.473,00 71,76Fonte: IMAZON (2007

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Mapa 35: Estradas oficiais e não oficiais no Estado do Pará

ÁREAS PROTEGIDAS

Este dado será aqui tratado com base no

Macrozoneamento Ecológico-Econômico do Estado

do Pará – MZEE-PA (Lei nº 6.745/2005). Desta forma,

consideram-se áreas protegidas, no caso do Pará, como

unidades territoriais do estado legalmente instituídas, com

regime especial de gestão, isto é, as Unidades de Conservação

(UC), as Terras Indígenas (TI), as Áreas Quilombolas (QL)

e as Áreas Militares (AM). Cabe ressaltar que as Áreas de

Reserva Legal e Áreas de Preservação Permanente não

foram consideradas neste cálculo.

Segundo o MZEE-PA, o Pará pode ser dividido

em duas grandes áreas: zonas de “Consolidação”

(CS), “Expansão das Atividades Produtivas” (EA) e

“Recuperação” (RC), totalizando uma área de cerca

de 474 mil km² (cerca de 38% do Pará); e a segunda,

formada por áreas protegidas, composta por “Unidades

de Conservação”, “Terras Indígenas”, “Quilombolas” e

“Áreas Militares”, que em conjunto somam uma área

de aproximadamente 773 mil km² (cerca de 62% do

território paraense).

Nesse contexto, o Governo do estado do Pará

organizou a partir de 2007, a sua política de ordenamento

territorial de tal forma que a regularização fundiária

passou a ser entendida como instrumento de ordenar o

espaço e de democratizar o acesso à terra. Dessa forma,

para implementar o ordenamento territorial no estado,

algumas medidas foram tomadas, entre as quais: ZEE

da Zona Oeste (BR163), Calha Norte e Zona Leste,

Cadastro Ambiental Rural – CAR, o Programa Um

bilhão de Árvores, Apoio à agricultura Familiar, Apoio

às Populações Tradicionais, Apoio à Reforma Agrária,

Programa Terra Legal.

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ráUnidades de Conservação

As unidades de conservação são fundamentais

para garantir a proteção da biodiversidade e minimizar

a pressão humana sobre o ambiente. Podem ser de

Proteção Integral e Uso Sustentável, segundo o Sistema

Nacional de Unidades de Conservação – SNUC (Lei nº

9.985/2000).

No Pará, as unidades de conservação totalizam

aproximadamente 456 mil km², ou seja, cerca de 36,6%

do estado. Sendo que, 10,3% representam as UCs de

Proteção Integral e, 26,3% as UCs de Uso Sustentável.

No âmbito das regiões de integração, o Marajó possui o

maior percentual de áreas protegidas, com cerca de 90%

de sua área destinada para UC, destas áreas 88% de uso

sustentável, 1,5% de proteção integral e 0,9% de áreas

quilombola. Enquanto que a região do Guamá, apenas

cerca de 4% de sua área está destinada para UC, dos quais

4,08% de uso sustentável e 0,03% de área quilombola.

Em valores absolutos, a região do Baixo Amazonas

apresenta cerca de 240 mil km² entre UCs de proteção

integral (59,7 mil km²), UCs de uso sustentável (97,3 mil

km²), terras indígenas (78,6 mil km²) e áreas quilombolas

(4,1 mil km²).

Terras Indígenas, Áreas Quilombolas e Área Militar

A distribuição geográfica das terras sob domínio

indígena no Pará totalizam aproximadamente 285 mil

km², ocupando cerca de 22,8% do território paraense.

Com especial destaque para as regiões de integração do

Xingu e Baixo Amazonas, que juntas, somam cerca de

174,6 mil km² de área destinada aos indígenas.

As terras de comunidades remanescentes de

quilombos totalizam 10,7 mil km² no estado. Cabe

frisar que este valor já sofreu um incremento de área,

se considerarmos a dinâmica de titulação de áreas em

prol das comunidades quilombolas. A área das forças

armadas totaliza cerca de 21,3 mil km² e está localizada

no extremo sudoeste do estado, encontrando-se na sua

maior parte na região de integração do Tapajós e uma

pequena parte na região Xingu.

Tabela 83: Áreas Protegidas no Pará, por região de integração, em 2008.

Região de Integração

Unidades de Conservação de Proteção Integral

Unidades de Conservação de Uso Sustentável

Terras Indígenas Áreas Militares

(km²) (%) (km²) (%) (km²) (%) (km²) (%)

Araguaia 4.808,74 2,76 11.430,77 6,57 63.779,51 36,64 0,00 0,00

Baixo Amazonas 59.726,16 18,91 97.263,88 30,79 78.629,18 24,89 0,00 0,00

Carajás 1.424,32 3,18 6.927,24 15,46 3.704,61 8,27 0,00 0,00

Guamá 0,00 0,00 494,61 4,08 0,00 0,00 0,00 0,00

Lago de Tucuruí 0,00 0,00 6.189,19 15,5 3.630,29 9,09 0,00 0,00

Marajó 1.468,35 1,54 84.239,37 88,12 0,00 0,00 0,00 0,00

Metropolitana 0,00 0,00 114,05 6,27 0,00 0,00 0,00 0,00

Rio Caeté 0,00 0,00 1.049,46 6,33 391,62 2,36 0,00 0,00

Rio Capim 0,00 0,00 3.701,50 5,96 2.673,41 4,3 0,00 0,00

Tapajós 25.449,29 13,42 67.089,85 35,39 35.632,01 18,79 20.622,45 10,88

Tocantins 0,00 0,00 1.552,01 4,33 201,28 0,56 0,00 0,00

Xingu 36.628,54 14,12 47.172,78 18,19 96.046,46 37,04 767,04 0,30

PARÁ 129.505,41 10,38 327.224,72 26,23 284.688,36 22,82 21.389,49 1,71

Fonte: SEMA (2008)

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129Parte 1

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5 -

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Mapa: 36 Macrozoneamento Ecológico Econômico no Estado Pará

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2Parte

AS 12 REGIÕES DE INTEGRAÇÃO POR DIMENSÃO DO DESENVOLVIMENTO

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2Parte

REGIÃO ARAGUAIA

DIMENSÃO INSTITUCIONAL

ARegião de Integração Araguaia é formada por

15 municípios: Água Azul do Norte; Bannach;

Conceição do Araguaia; Cumaru do Norte;

Floresta do Araguaia; Ourilândia do Norte; Pau D’Arco;

Redenção; Rio Maria; Santa Maria das Barreiras;

Santana do Araguaia; São Félix do Xingu; Sapucaia;

Tucumã; Xinguara.

Figura 02: Região do Araguaia

Elaboração: SEIR/GeoPARÁ, 2009

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ráO perfil da rede municipal é predominantemente

composto por unidades territoriais de classe de tamanho

pequeno; sendo por esta classificação do IBGE possível

encontrar: um município CTMP1, com população até

5.000 hab.; dois municípios CTMP2, com população

de 5001 a 10000 hab., quatro municípios CTMP3, com

população de 10.001 a 20.000 hab., seis municípios

CTMP4, com população de 20001 a 50.000 hab., e dois

municípios CTMP5, com população de 50.001 a 100.000

hab. Dos 15 municípios da RI Araguaia, seis municípios

(40%) foram instalados antes da Constituição de 1988

e nove municípios (60%) foram criados posteriormente.

Os municípios mais recentemente instalados datam de

1997, e são: Bannach; Floresta do Araguaia e Sapucaia.

Tabela 84: Perfil da Rede Municipal RI Araguaia

Municípios Ano de criação Classes de tamanho da populaçãoÁgua Azul do Norte 1993 CTM 4Bannach 1997 CTM 1Conceição do Araguaia 1935 CTM 4Cumaru do Norte 1993 CTM 3Floresta do Araguaia 1997 CTM 3Ourilândia do Norte 1989 CTM 4Pau D'Arco 1993 CTM 2Redenção 1982 CTM 5Rio Maria 1982 CTM 3Santa Maria das Barreiras 1989 CTM 3Santana do Araguaia 1961 CTM 4São Félix do Xingu 1961 CTM 5Sapucaia 1997 CTM 2Tucumã 1989 CTM 4Xinguara 1982 CTM 4

Fonte: IBGE e Contagem Populacional 2007.

A frequência e a abrangência, dos principais

instrumentos legais da administração pública local

na RI nos remete ao seguinte quadro: em 100% dos

municípios podem-se evidenciar a existência da Lei de

Diretrizes Orçamentárias e da Lei de Orçamento Anual.

Quanto a Lei do Perímetro Urbano, em oito municípios

(53%) da RI se verifica a existência desta norma; em

contrapartida verifica-se a ausência desta legislação em

sete municípios (47%).

No que se refere a Lei Orgânica Municipal,

determinação constitucional, esta norma é presente em

100% dos municípios da RI. Já a existência do Plano

Diretor, está configurada em onze dos municípios

(69%) da RI e ausente em quatro municípios (31%). É

importante destacar que nos quatro municípios onde

este instrumento não pôde ser encontrado: Bannach,

Sapucaia, Cumaru do Norte e Rio Maria; a população

não excede 20.000 mil habitantes.

Tabela 85: Legislação Municipal e Instrumento do Planejamento Municipal na RI Araguaia

MunicípiosLei de Diretrizes Orçamentária

Lei de Orçamento

Anual

Lei de Perimetro Urbano

Ano da Lei Orgânica

Existência do Plano Diretor

Água Azul do Norte Sim Sim Sim 1993 SimBannach Sim Sim Não 1998 NãoConceição do Araguaia Sim Sim Sim 1996 SimCumaru do Norte Sim Sim Não 1993 NãoFloresta do Araguaia Sim Sim Não 2000 SimOurilândia do Norte Sim Sim Sim 1989 SimPau D'Arco Sim Sim Não 2003 SimRedenção Sim Sim Sim 2000 SimRio Maria Sim Sim Sim 1990 NãoSanta Maria das Barreiras Sim Sim Não 1990 SimSantana do Araguaia Sim Sim Não 2002 SimSão Félix do Xingu Sim Sim Sim 1990 SimSapucaia Sim Sim Sim 1998 NãoTucumã Sim Sim Não 1990 SimXinguara Sim Sim Sim 1990 Sim

Fonte: IBGE, Munic. 2004, 2005 e 2008

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No que diz respeito aos Recursos para a Gestão,

observa-se o seguinte quadro: a) 13 municípios cobram

o IPTU (86%) e dois municípios (14%) não efetivaram

este instrumento – esses são Bannach e Cumaru do

Norte; b) em todos os 15 municípios da RI (100%) foi

formalizado o cadastro do ISS; sendo que em nove

municípios (60%) o cadastro do ISS é informatizado;

c) 14 municípios cobram taxa de iluminação pública

(93%), sendo este instrumento apenas não verificado

no município de Conceição do Araguaia; d) já a taxa

de coleta de lixo está presente em seis municípios

(40%), são esses os municípios Conceição do Araguaia,

Ourilândia do Norte, Redenção, Rio Maria, São Félix do

Xingu e Sapucaia.

Tabela 86: Recursos para Gestão na RI Araguaia

Municípios RI AraguaiaMunicípio Cobra

IPTUCadastro ISS

ExistênciaCadastro ISS

InformatizadoTaxa Iluminação

PúblicaTaxa Coleta de

Lixo

Água Azul do Norte Sim Sim Não Sim NãoBannach Não Sim Não Sim NãoConceição do Araguaia Sim Sim Sim Não SimCumaru do Norte Não Sim Não Sim NãoFloresta do Araguaia Sim Sim Sim Sim NãoOurilândia do Norte Sim Sim Não Sim SimPau D'Arco Sim Sim Sim Sim NãoRedenção Sim Sim Sim Sim SimRio Maria Sim Sim Sim Sim SimSanta Maria das Barreiras Sim Sim Sim Sim NãoSantana do Araguaia Sim Sim Sim Sim NãoSão Félix do Xingu Sim Sim Sim Sim SimSapucaia Sim Sim Não Sim SimTucumã Sim Sim Sim Sim NãoXinguara Sim Sim Não Sim Não

Fonte: IBGE, MUNIC 2006.

O funcionamento dos conselhos de habitação na

RI Araguaia, reflete que o município de Conceição do

Araguaia é o único município da região a ter o conselho

instituído. Neste município o conselho de habitação

tem as seguintes características: não é paritário e realiza

reuniões de periodicidade irregular.

Já os conselhos de educação nesta RI estão em

cinco dos 15 municípios. Entre esses alguns operam

em caráter consultivo - notadamente nos municípios

de Água Azul do Norte; Bannach, Ourilândia do Norte

e Rio Maria; em caráter deliberativo – Água Azul do

Norte, Bannach, Ourilândia do Norte e Rio Maria; em

caráter normativo - Bannach, Floresta do Araguaia,

Ourilândia do Norte, Rio Maria e Xinguara; e em

caráter fiscalizador - Bannach, Floresta do Araguaia,

Ourilândia do Norte, Rio Maria e Xinguara. Ainda nos

municípios onde esta instância de participação pode

ser observada, quatro municípios têm paridade na

representação entre governo e sociedade civil - Água

Azul do Norte, Bannach, Ourilândia do Norte, Rio

Maria e Xinguara; tendo o município de Floresta do

Araguaia neste quesito uma representação maior da

sociedade civil no órgão colegiado.

As instâncias de cooperação intergovernamental

espelham o quadro em duas áreas: educação e saúde.

Na educação se destacam os consórcios municipais em

Redenção e Santa Maria das Barreiras; os consórcios com

o Estado em seis municípios - Conceição do Araguaia,

Cumaru do Norte, Pau D’Arco, Redenção, Santa Maria

das Barreiras e Santana do Araguaia; e os consórcios com

a União, que por obrigatoriedade legal também inclui

o Estado, nos municípios de Conceição do Araguaia,

Cumaru do Norte, Pau D’Arco, Redenção, Santa Maria

das Barreiras e Santana do Araguaia. Já os convênios de

parceira com o setor privado na área da educação existem

nos municípios de Conceição do Araguaia e Redenção.

Com relação a cooperação intergovernamental na saúde

o quadro da RI Araguaia é o seguinte: o consorciamento

intermunicipal está presente em Santa Maria das

Barreiras e Redenção; os consorciamentos municipais

com o Estado e a União envolvem os municípios de

Conceição do Araguaia, Cumaru do Norte, Floresta do

Araguaia, Pau D’Arco, Redenção, e Santana do Araguaia.

Foi verificado um convênio de parceria com o setor

privado no município Conceição do Araguaia. E o apoio

do setor privado ou de comunidades ao município

aparece em Água Azul do Norte.

livro_atlas.indb 135li l i db 13 20/5/2010 22:38:4320/ /2010 22 38 43

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ráTabela 87: Conselhos Municipais RI Araguaia

Municípios RI Araguaia

Conselho de Habitação Conselho de Educação

ExistênciaExistência

de paridade

Periodicidade reuniões

Existência Consultivo Deliberativo Normativo FiscalizadorExistência

de paridade

Freqüência reuniões (em

2006)

Água Azul do Norte NãoNão

aplicávelNão aplicável Sim Não Sim Não Não Paritário Seis reuniões

Bannach NãoNão

aplicávelNão aplicável Sim Sim Sim Sim Sim Paritário Uma reunião

Conceição do Araguaia Sim Não Irregular NãoNão

aplicávelNão aplicável

Não aplicável

Não aplicávelNão

aplicávelNão

aplicável

Cumaru do Norte NãoNão

aplicávelNão aplicável Não

Não aplicável

Não aplicávelNão

aplicávelNão aplicável

Não aplicável

Não aplicável

Floresta do Araguaia NãoNão

aplicávelNão aplicável Sim Não Não Sim Sim

Sociedade civil

Seis reuniões

Ourilândia do Norte NãoNão

aplicávelNão aplicável Sim Sim Sim Sim Sim Paritário

Cinco reuniões

Pau D'Arco NãoNão

aplicávelNão aplicável Não

Não aplicável

Não aplicávelNão

aplicávelNão aplicável

Não aplicável

Não aplicável

Redenção NãoNão

aplicávelNão aplicável Não

Não aplicável

Não aplicávelNão

aplicávelNão aplicável

Não aplicável

Não aplicável

Rio Maria NãoNão

aplicávelNão aplicável Sim Sim Sim Sim Sim Paritário

Duas reuniões

Santa Maria das Barreiras NãoNão

aplicávelNão aplicável Não

Não aplicável

Não aplicávelNão

aplicávelNão aplicável

Não aplicável

Não aplicável

Santana do Araguaia NãoNão

aplicávelNão aplicável Não

Não aplicável

Não aplicávelNão

aplicávelNão aplicável

Não aplicável

Não aplicável

São Félix do Xingu NãoNão

aplicávelNão aplicável Não

Não aplicável

Não aplicávelNão

aplicávelNão aplicável

Não aplicável

Não aplicável

Sapucaia NãoNão

aplicávelNão aplicável Não

Não aplicável

Não aplicávelNão

aplicávelNão aplicável

Não aplicável

Não aplicável

Tucumã NãoNão

aplicávelNão aplicável Não

Não aplicável

Não aplicávelNão

aplicávelNão aplicável

Não aplicável

Não aplicável

Xinguara NãoNão

aplicávelNão aplicável Sim Não Não Sim Sim Paritário

Cinco reuniões

Fonte: IBGE, MUNIC 2005 E 2006

Tabela 88: Consórcios: Saúde e Educação na RI Araguaia

Municípios RI Araguaia

Educação Saúde

Consórcio

público

Intermunicipal

Consórcio

público

Estado

Consórcio

público

União

Convênio

de parceria

com setor

privado

Apoio do

setor privado

ou de

comunidades

Consórcio

público

Intermunicipal

Consórcio

público

Estado

Consórcio

público

União

Convênio

de parceria

com setor

privado

Apoio do

setor privado

ou de

comunidades

Água Azul do Norte Não Não Não Não Sim Não Não Não Não Sim

Bannach Não Não Não Não Não Não Não Não Não Não

Conceição do Araguaia Não Sim Sim Sim Não Não Sim Sim Sim Não

Cumaru do Norte Não Sim Sim Não Não Não Sim Sim Não Não

Floresta do Araguaia Não Não Não Não Não Não Sim Sim Não Não

Ourilândia do Norte Não Não Não Não Não Não Não Não Não Não

Pau D'Arco Não Sim Sim Não Não Não Sim Sim Não Não

Redenção Sim Sim Sim Sim Não Sim Sim Sim Não Não

Rio Maria Não Não Não Não Não Não Não Não Não Não

Santa Maria das Barreiras Sim Sim Sim Não Não Sim Sim Sim Não Não

Santana do Araguaia Não Sim Sim Não Não Não Sim Sim Não Não

São Félix do Xingu Não Não Não Não Não Não Não Não Não Não

Sapucaia Não Não Não Não Não Não Não Não Não Não

Tucumã Não Não Não Não Não Não Não Não Não Não

Xinguara Não Não Não Não Não Não Não Não Não Não

Fonte: IBGE, MUNIC 2005 e 2006.

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DIMENSÃO SOCIAL

A Região de Integração Araguaia é composta

por 15 municípios, sendo que três municípios com

menos de 10.000 habitantes (Bannach, Pau D´arco e

Sapucaia) e 4 entre 10.000 e 20.000 habitantes (Cumaru

do Norte, Floresta do Araguaia, Rio Maria e Santa

Maria das Barreiras). Portanto, há sete municípios

que podem ser considerados como de pequeno porte

populacional. Outros cinco municípios são de porte

intermediário a pequeno, situando-se na faixa entre 20

mil a 50 mil habitantes (Água Azul do Norte, Conceição

do Araguaia, Ourilândia do Norte, Tucumã e Xinguara).

Três municípios possuem entre 50.000 a 100.000

habitantes (Redenção, Santana do Araguaia e São Felix

do Xingu). Portanto, a RI Araguaia se distingue por não

possuir municípios que polarizem fortemente os demais

municípios no seu interior. A população total da Região

de Integração Araguaia alcançou 436.117 habitantes em

2008, correspondendo a 5,87% da população total do

Estado do Pará. O ritmo de crescimento populacional

no período de 1991 a 2008 foi de 48,56%, sendo que no

período de 2000 a 2008 alcançou a cifra de 29,04%. Há

um relativo equilíbrio entre a população que vive no meio

urbano e a que vive no meio rural, com pequena vantagem

para o segmento urbano, que se situa na faixa de 57,12%,

segundo a estimativa populacional de 2007 do IBGE.

O município mais densamente urbanizado é

Redenção, o segundo maior da região, onde 94,25% da

população mora no meio urbano, seguido por Xinguara,

com 74,57%, e Rio Maria, com 73,38%. O município com

maior concentração rural é Água Azul do Norte, de porte

intermediário, seguido por Santa Maria das Barreiras,

considerado de pequeno porte.

Tabela 89: População Total, Urbana e Rural da RI Araguaia

Municípios Pop. Total 2008 (01)2007 (02)

Urbana % Rural %

Água Azul do Norte 31.216 12,80% 87,20%Bannach 3.947 31,46% 68,54%Conceição do Araguaia 47.237 67,69% 32,31%Cumaru do Norte 11.890 22,98% 77,02%Floresta do Araguaia 15.629 34,12% 65,88%Ourilândia do Norte 21.327 49,76% 50,24%Pau D'arco 6.522 45,09% 54,91%Redenção 67.064 94,25% 5,75%Rio Maria 17.437 73,38% 26,62%Santa Maria das Barreiras 17.778 13,30% 86,70%Santana do Araguaia 55.033 55,50% 44,50%São Félix do Xingu 67.208 36,19% 63,81%Sapucaia 5.609 70,65% 29,35%Tucumã 27.691 65,18% 34,82%Xinguara 40.529 74,57% 25,43%Total 436.117 57,12% 42,88%

Fonte: IBGE, Estimativas populacionais 2008 (1) e 2007 (2)

A Região de Integração Araguaia apresenta o

segundo maior IDHM entre as Regiões do Estado,

com média de 0,70 em 2000. O município com maior

IDHM nesta região foi Tucumã, com 0,75. Quando

se examina o IDHM decomposto, percebe-se que o

município com melhor performance na dimensão

educação foi Redenção, com IDHM-Educação de

0,84. Na área da saúde, o destaque foi Conceição do

Araguaia, com IDHM-Longevidade de 0,76. Em termos

de renda per capita, o destaque ficou com Tucumã,

com IDHM-Renda de 0,70, conforme tabela abaixo.

Merecem destaques também os municípios de Xinguara

e Sapucaia, que apesar de não terem IDHM-Renda

tão elevados, apresentaram boas performances nos

indicadores sociais, sobretudo no IDHM-Educação.

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ráTabela 90: Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) decomposto em índices de Renda, Longevidade e Educação

na RI Araguaia em 2000

Municípios IDHM IDHM-Renda IDHM-Longevidade IDHM-Educação

Água Azul do Norte 0,67 0,59 0,68 0,72Bannach 0,70 0,62 0,74 0,73Conceição do Araguaia 0,72 0,61 0,76 0,79Cumaru do Norte 0,67 0,57 0,73 0,71Floresta do Araguaia 0,67 0,53 0,74 0,75Ourilândia do Norte 0,70 0,61 0,73 0,76Pau D'arco 0,66 0,54 0,71 0,74Redenção 0,74 0,66 0,74 0,84Rio Maria 0,72 0,65 0,72 0,78Santa Maria das Barreiras 0,65 0,56 0,73 0,67Santana do Araguaia 0,69 0,57 0,75 0,75São Félix do Xingu 0,71 0,69 0,74 0,69Sapucaia 0,73 0,65 0,74 0,81Tucumã 0,75 0,70 0,74 0,80Xinguara 0,74 0,68 0,74 0,80Total 0,70 0,62 0,73 0,75

Fonte: Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil, 2003

A RI Araguaia é a 7ª região com o maior coeficiente

de mortalidade infantil entre as 12 Regiões de Integração

do Pará, com 21,69 ocorrências de mortes de crianças

menores de cinco anos por mil nascidos vivos no

ano de 2005. A meta estabelecida pelos Objetivos de

Desenvolvimento do Milênio (ODM) para o Brasil

alcançar até o ano de 2015 é 16,5, assim como para a

meta estabelecida para o Estado do Pará alcançar em

2015, que é de 16,03/1000 nascidos.Destacam-se neste

item as performances dos municípios de Pau D´arco,

com apenas 5,3 de mortalidade infantil, e Xinguara, com

10,3. A Razão de Mortalidade Materna também é elevada

nesta Região, com índice de 191,43 ocorrências de

mortes de mães em 100.000 nascidos vivos. Esta região

tem uma baixa performance em termos de mortalidade

infantil e mortalidade materna, pois os indicadores de

saneamento desta região são relativamente baixos, o

atendimento de água tratada via rede geral atinge apenas

14,46% dos domicílios particulares permanentes, e a

coleta de lixo atende tão somente 40,23% dos domicílios,

segundo dados do censo de 2000 (IBGE). O percentual

da população coberta pelo Programa Saúde da Família

(PSF) em 2006 foi de 30,85%, sendo que os municípios

com maior cobertura foram Tucumã (91,5%) e Sapucaia

(80,6%) . Os que tiveram maior deficiência de cobertura

em termos de PSF foram Santana do Araguaia (5,7%) e

Água Azul do Norte (8,3%).

Tabela 91: Síntese de Indicadores de Saúde da RI Araguaia: Coeficiente de mortalidade infantil, Razão de Mortalidade Materna

e população coberta pelo PSF em 2005/2006

MunicípiosCoeficiente de mortalidade

infantil (1)Razão de mortalidade

materna (1)% da pop. coberta

pelo PSF (2)Água Azul do Norte 13,0 - 8,3Bannach --- - -Conceição do Araguaia 21,4 101,7 27,1Cumaru do Norte 63,2 - -Floresta do Araguaia 17,9 - 12,9Ourilândia do Norte 18,7 - 68,9Pau D'arco 5,3 - 19,8Redenção 24,4 55,3 16,3Rio Maria 25,6 284,1 74,4Santa Maria das Barreiras 19,5 - -Santana do Araguaia 30,8 140,1 5,7São Félix do Xingu 35,1 375,9 36,7Sapucaia 28,2 - 80,6Tucumã 12,3 - 91,5Xinguara 10,3 - 20,7RI Araguaia 21,69 191,43 30,85

Fonte: (1) SIM/SINASC / 2005; (2) SIAB / 2006

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No que se refere aos indicadores de Educação, à

média do IDEB (Índice de Desenvolvimento da Educação

Básica) referente aos Anos Iniciais (até 4ª. série) pode até

ser considerada regular se comparada às demais regiões

de integração, com média de 3,05, conquanto inferior à

média nacional, que se situou em 4,2. O dado positivo é

a melhoria do resultado obtido em relação à média de

2005, com incremento de 13,38%. Destaque neste item

para o desempenho do pequeno município de Bannach,

o menor da região, que obteve média de 3,50 no IDEB

(até 8ª. série). A performance do IDEB dos Anos Finais

da RI Araguaia foi de 3,04, inferior à média do IDEB

dos Anos Iniciais. Os municípios com melhores médias

foram Bannach (novamente!) e Rio Maria, ambos com

3,40. A pior média ficou com Sapucaia, com 2,10.

Tabela 92: IDEB de Anos Iniciais e Anos Finais da RI Araguaia, 2005 e 2007

MunicípiosIDEB Anos Iniciais IDEB Anos Finais

2005 2007 2005 2007

Água Azul do Norte 2,50 3,20 2,50 2,90

Bannach 3,60 3,50 3,50 3,40

Conceição do Araguaia 2,80 3,00 - 3,10

Cumaru do Norte 2,70 2,50 3,40 2,70

Floresta do Araguaia 2,20 3,10 3,00 3,10

Ourilândia do Norte 3,00 3,40 3,40 3,10

Pau D'arco 2,60 3,10 2,90 3,20

Redenção 3,00 3,30 2,90 3,20

Rio Maria 2,80 3,20 2,80 3,40

Santa Maria das Barreiras ---- ---- ---- ----

Santana do Araguaia 2,70 2,90 3,10 2,70

São Félix do Xingu 2,40 2,70 3,20 3,30

Sapucaia 1,90 3,40 1,40 2,10

Tucumã 2,60 3,00 2,80 3,20

Xinguara 2,80 2,40 3,10 3,10

Total 2,69 3,05 2,92 3,04

Fonte: MEC, Prova Brasil e Censo escolar, SAEB

No que se refere aos demais indicadores

educacionais, o percentual de 22,06% de analfabetismo

de pessoas de 15 anos ou mais em 2000, ainda pode ser

considerado elevado. Os municípios com maiores taxas

de analfabetismo foram Pau D’ arco (26,01%) e Floresta

do Araguaia (25,77%). Com isso, o capital social da RI

Araguaia, mensurado pela média de anos de escolaridade

de pessoas de 25 anos ou mais de idade, alcançou o

patamar de apenas 3,32 em 2000. Destaque nesse quesito

para Redenção, com 4,38, a maior média da região.

Tabela 93: Taxas de Analfabetismo e de Anos de Escolaridade da População Adulta - RI AraguaiaMunicípios Taxa de Analfabetismo de Adultos - 2000 (%) Anos de estudo da pop. Adulta - 2000

Água Azul do Norte 20,5 2,73Bannach 24,42 3,05Conceição do Araguaia 21,25 3,92Cumaru do Norte 25,65 2,8Floresta do Araguaia 25,77 2,94Ourilândia do Norte 22,38 2,99Pau D'arco 26,01 2,68Redenção 15,47 4,38Rio Maria 18,83 3,55Santa Maria das Barreiras 29,6 3,21Santana do Araguaia 21,7 3,27São Félix do Xingu 23,93 3,09Sapucaia 18,85 3,56Tucumã 17,6 3,73Xinguara 18,97 3,88Total 22,06 3,32

Fonte: Censo 2000 – IBGE/Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil, 2003

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ráNo que se refere à segurança, conforme o índice

de homicídios, e segundo a população total, a região

do Araguaia é a terceira mais violenta do Pará, com

média de 28,1 homicídios em cada 100.000 habitantes

no período 2002/2006. O município mais violento da

região é Cumaru do Norte, com média de 52,6, seguido

por Tucumã , com 46,7.

Tabela 94: Taxa média de Homicídios por 100.000 habitantes entre 2002 e 2006 na RI Araguaia

Municípios Homicídios População Total

Água Azul do Norte 10,8

Bannach 38,9

Conceição do Araguaia 11,0

Cumaru do Norte 52,6

Floresta do Araguaia 21,8

Ourilândia do Norte 27,6

Pau D'arco 5,2

Redenção 20,1

Rio Maria 31,5

Santa Maria das Barreiras 13,2

Santana do Araguaia 28,1

São Félix do Xingu 39,3

Sapucaia 43,1

Tucumã 46,7

Xinguara 31,6

Média da Região 28,1

Fonte: Microdados SIM/SVS/MS.

No que se refere aos indicadores da área cultural,

o principal indicador utilizado foi a existência de

equipamentos culturais no âmbito dos municípios. Dos

cinco tipos de equipamentos pesquisados, destaca-se

a existência de bibliotecas públicas. No caso dos 15

municípios da RI Araguaia, observa-se que quase todos

os municípios têm pelo menos um equipamento, com

exceção de Cumaru do Norte, sem nenhuma biblioteca.

No total, esta Região tem 15 bibliotecas públicas,

que corresponde a 8,18% do total do estado do Pará.

Em relação aos demais equipamentos, a RI Araguaia

apresenta apenas um museu (em Xinguara) e um

cinema (em Redenção), além de 2 teatros ou casas de

espetáculos e 7 estádios ou ginásios poliesportivos.

DIMENSÃO ECONÔMICA

Cabe, primeiramente, sobre a dimensão econômica

da Região de Integração, observar o mercado de trabalho.

De acordo com o Censo/IBGE de 2000 a P.E.A. desta

região se deu em 130.789 pessoas com idade de participar

da economia, com destaque para os municípios de

Redenção (25.555 pessoas) e Bannach (1.368 pessoa)

com maior e menor parte participação, respectivamente.

Outra análise que deve ser levada em consideração

é a criação de empregos formais. Isto é, enquanto que

no ano de 2005 foram criados apenas 12.869 empregos

formais, em janeiro de 2009 aquele número triplicou

passando para 30.921. Destacamos aqui os municípios

de Redenção que apresentou o maior número de

empregos formais criados (4.410 em 2005 e 6.948 em

2009) e o município de Santa Maria das Barreiras, que

em 2005 havia criado apenas 11 empregos, em janeiro

de 2009 saltou para 969 postos de trabalhos com

carteira assinada criados. Da outra ponta, encontramos

os municípios de Bannach que em 2009 apresentou

o menor número postos criados com 256 empregos.

Tucumã no mesmo ano criou 1.884 contra 1.133

empregos em 2005, representando relativamente a

menor taxa de crescimento.

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Tabela 95: Mercado de Trabalho

Município

Mercado de Trabalho

P. E. A.¹Empregos Formais²

(Jan/2005)Admitidos³ Desligados³

Empregos Formais³ (Jan/2009)

Água Azul do Norte 6.612 353 784 776 1.091Bannach 1.368 23 207 188 256Conceição do Araguaia 17.118 1.755 1.004 935 2.427Cumaru do Norte 2.418 37 1.217 1.080 1.339Floresta do Araguaia 5.996 73 313 239 451Ourilândia do Norte 7.264 321 4.559 3.180 3.060Pau D'arco 2.635 28 173 176 300Redenção 25.555 4.410 4.197 3.508 6.948Rio Maria 7.026 624 619 578 1.335Santa Maria das Barreiras 4.334 11 992 907 969Santana do Araguaia 12.572 1.191 1.811 1.298 3.171São Félix do Xingu 11.248 404 1.696 1.379 2.296Sapucaia 1.731 22 694 629 744Tucumã 10.082 1.133 1.300 1.006 1.884Xinguara 14.830 2.484 3.281 2.978 4.650Total Regional 130.789 12.869 22.847 18.857 30.921

Fonte: 1 – População Economicamente Ativa – Censo IBGE: 2000; /2 – SEPOF/MTE/CAGED: 2005; / 3 – MTE/CAGED: OUTUBRO/2008 E

JANEIRO/2009.

A série histórica do número de operações de

crédito e o volume monetário negociado no segmento

agropecuário apresentaram ascendente até o ano da

crise econômica global em 2009. Mas, ao ser relacionado

com o ano de 2008, percebe-se uma queda de -54,88% no

número de operações e de 58,99% no volume negociado.

Entrementes, deve ser observado que nem sempre um

número maior de operações de crédito está relacionado

com um volume maior de crédito. Por exemplo, em 2006

para o setor agrícola, o maior número de operações se

deu no município de São Félix do Xingu (695 operações

totais), contudo o maior volume foi para o município de

Santana do Araguaia (R$4.607.416,56). Agora, quando o

assunto é o setor da pecuária não há dúvida que tanto no

número de operações de crédito e o volume monetário

está no município de São Félix do Xingu, com: 4.648 em

2006; 6.567 em 2007; 7.663 em 2008.

Por fim, observa-se que pelo volume monetário e

número de operações de crédito a Região concentra suas

atividades econômicas no setor pecuário, destacando-se o

município de São Félix do Xingu. Quanto ao setor agrícola,

em termos de volume negociado temos que destacar que

não há uma predominância de um município.

Tabela 96: Dimensão Econômica – Operações de Crédito

Nome MunicípioNº de Operações Contratadas de Crédito

2006 2007 2008 2009Agrícola Pecuária Agrícola Pecuária Agrícola Pecuária Agrícola Pecuária

Água Azul do Norte 05 347 06 389 07 479 14 221Bannach 02 192 - 177 - 262 01 261Conceição do Araguaia 442 1.040 271 882 183 774 152 601Cumaru do Norte 32 221 09 266 01 57 27 104Floresta do Araguaia 159 419 178 92 95 498 185 302Ourilândia do Norte 24 163 22 301 10 396 20 35Pau D'arco 71 97 24 50 36 203 16 178Redenção 108 578 20 362 15 476 20 415Rio Maria 08 944 37 419 47 474 23 199Santa Maria das Barreiras 143 1.785 45 1.395 25 1.833 66 1.035Santana do Araguaia 71 845 63 1.103 20 114 41 1.329São Félix do Xingu 695 4.648 186 6.567 205 7.663 65 1.331Sapucaia - 37 01 28 06 17 - 22Tucumã 108 819 216 1.275 84 929 60 48Xinguara 10 684 13 204 13 359 25 99Total Regional 1.878 12.819 1.091 13.510 747 14.534 715 6.180

Fonte: Anuário Estatístico do Crédito Rural do Banco Central do Brasil: 2005; 2006; 2007; 2008 e; 2009

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ráTabela 97: Dimensão Econômica – Operações de Crédito em R$

Nome Município

Nº de Operações Contratadas de Crédito2006 2007 2008 2009

Agrícola Pecuária Agrícola Pecuária Agrícola Pecuária Agrícola Pecuária

Água Azul do Norte 177.295 9.226.438 237.649 15.335.824 958.819 12.535.384 95.500 7.581.228Bannach 1.014.747 5.759.700 - 8.222.389 - 6.940.206 2.997 5.694.398Conceição do Araguaia 1.999.226 11.891.085 1.481.373 10.777.070 1.075.460 13.236.442 632.264 6.887.277Cumaru do Norte 2.000.833 9.078.928 3.016.664 14.060.785 201.600 26.163.920 116.877 3.796.653Floresta do Araguaia 2.536.723 3.849.088 2.935.956 4.828.070 1.966.813 5.854.615 2.747.236 2.360.364Ourilândia do Norte 962.899 3.441.680 261.671 3.626.485 86.677 4.541.567 42.584 1.173.279Pau D'arco 4.007.864 3.171.863 1.218.090 1.997.883 174.061 4.216.781 111.192 3.843.573Redenção 3.347.974 14.757.213 635.234 9.715.740 59.171 11.015.216 103.789 5.159.818Rio Maria 194.294 25.304.234 803.036 15.415.162 331.769 16.691.374 224.514 13.434.058Santa Maria das Barreiras 988.827 22.057.828 1.187.688 10.619.970 572.474 24.889.389 1.346.325 7.162.178Santana do Araguaia 4.607.417 14.922.641 1.180.432 19.135.883 1.475.714 14.379.271 1.497.482 12.131.528São Félix do Xingu 3.271.360 34.568.372 2.213.776 57.785.833 2.295.012 77.384.913 673.330 18.103.065Sapucaia - 604.845 810.000 1.135.436 69.440 1.799.593 - 521.512Tucumã 1.214.596 12.167.684 1.674.428 9.280.392 1.026.531 8.478.684 564.768 379.814Xinguara 1.845.986 19.821.874 3.449.183 11.984.448 3.975.643 9.799.772 725.995 6.304.923Total Regional 28.170.041 190.623.473 21.105.180 193.921.369 14.269.182 237.927.126 8.884.852 94.533.667

Fonte: Anuário Estatístico do Crédito Rural do Banco Central do Brasil: 2005; 2006; 2007; 2008 e; 2009

O desempenho econômico de um Estado

está diretamente relacionado com a quantidade de

estabelecimentos em funcionamento em qualquer setor

da economia. Assim se apresenta pela análise histórica

dos números de estabelecimentos, com clara recuperação

de 2004 para 2008, com crescimento de 7,37%. Destaque

para os municípios Redenção com o maior número de

estabelecimentos abertos (1.697); Sapucaia apesar de

ter o menor número de estabelecimentos (80) não foi,

necessariamente, o pior, uma vez que passou de 60 para

80 estabelecimentos, um salto de 20 unidades produtivas

novas (ou crescimento de 33,33% no período).

Por outro lado, Tucumã foi o único município

que apresentou queda relativa (2004/2008) de -15,20%

(passou de 763 em 2004 para 647 em 2008). Conceição

do Araguaia foi outro município que apresentou um

pequeno crescimento relativo com 4,04% (em 2004 eram

76, em 2008 foram 88 estabelecimentos produtivos).

Tabela 98: Dimensão Econômica: Estrutura Produtiva

MunicípiosNº de Estabelecimentos Produtivos

2001 2004 2008

Água Azul do Norte 139 194 255

Bannach 21 76 88

Conceição do Araguaia 2.242 867 902

Cumaru do Norte 120 124 140

Floresta do Araguaia 84 143 176

Ourilândia do Norte 535 298 339

Pau D'arco 43 74 94

Redenção 2.553 1.553 1.697

Rio Maria 767 445 494

Santa Maria das Barreiras 197 180 224

Santana do Araguaia 901 538 614

São Félix do Xingu 1.239 779 895

Sapucaia 63 60 80

Tucumã 790 763 647

Xinguara 1.886 981 1.095

Total Regional 13.581 9.079 9.748

Fonte: MTE/CAGED/RAIS: 2008.

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Em uma análise seca dos números, percebemos

que Xinguara é o município que participa ativamente,

tanto da exportação como da importação de bens.

O volume monetário exportado em 2008 chegou a

US$17.857.449, no ano anterior para aquele município

o volume foi US$20.348.537, evidenciando um cenário

de crise que atingiu seu auge em 2009 (quando o valor

exportado caiu para US$10.562.679). Contudo, quando

a análise temporal (2006 a 2009), a Região de Integração

só ajudou o Pará e o Brasil na Balança Comercial, saindo

de US$26.228.155 no primeiro ano passando para

US$86.178.201 no segundo ano. Isto é, em 2009 o valor

negociado com o exterior aumentou aproximadamente

329% em relação ao ano de 2006.

Para as importações, damos destaque para o

município de Ourilândia do Norte que no ano de 2008

importou algo em torno de US$140.91.744 em bens,

deixando desequilibrada a Balança Comercial (o saldo

para a Região foi negativa em US$97.876.918, uma vez

que o volume exportado era de US$47.359.746). Como

dito anteriormente, Xinguara sempre apresentou um

volume considerável de importação, tanto que em 2008

o valor chega a US$1.600.593 sendo próximo de 2,5

vezes o valor de 2006 (US$634.907). Em 2009 os valores

diminuem para US$893.338. Porém, um bem maior que

o volume de 2006. Por fim, essas relações demonstram

o potencial da Região de Integração com o mercado

nacional e internacional.

Tabela 99: Dimensão Econômica: Exportações e Importações

Nome Município

Exportação e Importação (US$ FOB)2006 2007 2008 2009

Exportação Importação Exportação Importação Exportação Importação Exportação Importação

Água Azul do Norte - - - - - - 3.023.163 -Bannach - - - - - - - -Conceição do Araguaia 921.424 6.000 368.095 - - 9.800 - 14.488Cumaru do Norte - - - - - - - -Floresta do Araguaia 2.479.683 - 2.297.583 - 12.534.458 2.199.447 28.483.551 861.391Ourilândia do Norte - - - 4.896.282 - 140.912.744 - 23.919.862Pau D'arco - - - - - - - -Redenção 80.642 - 188.438 - 3.194.163 80.000 5.971.909 -Rio Maria - - - - 3.213.280 - 6.700.289 -Santa Maria das Barreiras - - - - - - - -Santana do Araguaia 887.805 - 9.619.538 - 10.560.396 434.080 29.752.078 -São Félix do Xingu - - - - - - - -Sapucaia - - - - - - - -Tucumã 35.328 - - - - - 1.684.532 -Xinguara 21.823.273 634.907 20.348.537 1.265.425 17.857.449 1.600.593 10.562.679 893.338Total Regional 26.228.155 640.907 32.822.191 6.161.707 47.359.746 145.236.664 86.178.201 25.689.079

Fonte: MDIC/SECEX Dados não informados

Na análise das Finanças Municipais da Região de

Integração do Araguaia, com exceção dos municípios

de Rio Maria e Sapucaia que não informaram suas

Receitas no ano de 2007 e Tucumã no ano de 2008, as

Receitas foram: a) Receita Orçamentária: de 2006/2007

apresentou queda de -1,18%; de 2007/2008 demonstrou

crescimento de 42,15%; b) Receita Corrente: de

2006/2007 registrou aumento de 4,65%; de 2007/2008

novo aumento de 41,39% e; c) Receita Tributária: de

2006/2007 incremento em 70,90%; de 2007/2008

o maior incremento registrado de 93,93%. Pelo

demonstrado acima, o município que mais apresentou

aumento foi Ourilândia do Norte com 81,34% na Receita

Orçamentária e 73,07% na Receita Corrente. Santa

Maria das Barreiras registrou o maior crescimento de

2007/2008 para a Receita Tributária com acréscimo de

486,71%. No mesmo período, só que apresentando queda

ou demonstrando um menor percentual encontramos:

Conceição do Araguaia para as Receitas Orçamentária e

Corrente com 13,43% e 12,52%, respectivamente; Água

Azul do Norte com a maior queda na Receita Tributária

com -58,55%.

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Pelo lado dos gastos públicos, as Despesas

Correntes da Região de Integração Araguaia, apresentou

um crescimento ao longo do período 2006 a 2008.

O incremento registrado no período 2007/2008 se

deu em 36,48%. Significativamente, as Despesas

Correntes passaram de R$246.992.692,90 em 2007

para R$337.084.830,11 em 2008, superando em

R$90.092.137,21.

Como destaque para a conta de Despesa

encontramos o município de Ourilândia do Norte,

passando de R$25.458.017,54 para R$46.205.645,26 ou

81,50% de incremento de 2007/2008. Redenção foi no

período estudado quem sempre apresentou números

expressivos nesta conta (no ano de 2008 o município

representava 15,77% de toda a Região). Porém, os

municípios que apresentaram queda nesta rubrica

foram Floresta do Araguaia com -8,94% e Conceição

do Araguaia com queda registrada em -1,70%, não

considerando o município de Tucumã cuja ausência de

informação se registra.

A componente Despesa com Pessoal e Encargos

Sociais apresentou aumentou em R$39.616.428,59

(ou 30,97%), relativo a 2007. O município com maior

participação no total regional é, mais uma vez, Ourilândia

do Norte, saindo em 2007 de R$12.674.213,96 para, em

2008, R$19.260.232,65 (incremento de 115,58%).

No entanto, Redenção foi o município com

maior valor monetário da Região, podemos verificar

que o mesmo manteve-se leve aumento (de 2006/2007

aumento de 14,42% e de 2007/2008 elevação de 21,72%).

Do lado oposto, os municípios que menos aumentaram

suas despesas, na relação 2007/2008, foram Floresta do

Araguaia (queda -8,36%) e São Félix do Xingu (7,38%).

Sapucaia é, entre todos os outros municípios, que nos

mostra o menor valor monetário. Não há informações

sobre o município de Tucumã.

Outra conta importante que deve ser avaliada é a

Despesa com Investimentos. No contexto Regional, se

compararmos 2006 com 2007, houve desinvestimento,

ou seja, o valor do primeiro ano é superior ao valor do

segundo (de R$36.937.310,52 para R$32.156.536,05

ou queda no percentual de -12,94%). A retomada

do investimento público se deu em 2008 com

R$54.501.769,30 (69,49% ou R$22.345.233,25 maior

que em 2007). O município desta região que mais

obteve investimento foi Conceição do Araguaia (saiu de

R$1.011.289,22 em 2007 para R$4.267.384,19 em 2008,

com variação de 321,97%). O município que em posição

contrária apresentou diminuição nesta rubrica foi Pau

D’arco com redução de -25,09%.

O PIB da Região de Integração do Araguaia pode

ser assim destacado:

a) Setor Agropecuário: visível vocação (perdendo

apenas para Serviços) da Região cujos valores

no período são do montante de (em mil R$):

715.672, em 2005; 770.85, em 2006 e; 761.373,

em 2007. O município destaque do setor é

São Félix do Xingu com valores de (em mil

R$): 153.021, em 2005; 174.982, em 2006 e;

186.550, em 2007. Desta forma, o município que

apresentou menor crescimento no setor foi Pau

D’arco com montante de (em mil R$): 13.567,

em 2005; 15.072, em 2006 e; 15.116, em 2007;

b) Setor Industrial: os valores do setor demonstram

que há certa verticalização da produção,

tanto isso é verdade que todos os municípios

da Região apresentam valores positivos e

crescentes cujos montantes chegam (em mil R$):

354.449, em 2005, 522.164, em 2006 e; 594.792,

em 2007. Assim, destacamos o município de

Xinguara, apresentando os valores (em mil

R$): 107.331, em 2005; 147.894, em 2006 e;

133.284, em 2007. Por outro lado, o município

que apresentou menor crescimento foi Bannach

cujos montantes chegam (em mil R$): 637, em

2005; 724, em 2006 e; 974, em 2008;

c) Setor de Serviços: o setor mais ativo da

região cujos montantes incrementam

substancialmente o valor adicionado (com

repercussão no PIB como um todo). Então, os

valores destacados para a Região de Integração

são (em mil R$): 932.919, em 2005; 1.051.676,

em 2006 e; 1.305.300, em 2007. O destaque foi o

município de Redenção, apresentando os valores

(em mil R$): 235.276 (2005); 263.557 (2006) e

317.376 (2007). Do outro pólo, novamente o

município de Bannach com os menores valores

de crescimento, com (em mil R$): 8.950 (2005),

9.010 (2006) e 10.316 (2007).

Por último, a análise do PIB Per Capita (que é a

expressão da riqueza pelo número de habitantes do

município, região ou país). Assim, como a agregação do

PIB foi crescente durante os anos e, por conseguinte, a

riqueza per capita também é crescente. Temos então que

o município com a maior Renda Per Capita Xingura

com R$10.863, diferente do município de Pau D’arco

cuja Renda Per Capita R$4.057.

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22.4

40.6

39,3

68.

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872,

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17.5

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Tabela 102: Informações Medidas de Riqueza – Produto Interno Bruto – PIB e Renda Per Capita

Municípios

Finanças Municipais – DespesasRenda Per Capita em R$

Correntes Pessoal e Encargos Sociais Investimentos

2005 2006 2007 2005 2006 2007 2005 2006 2007 2005 2006 2007

Água Azul do Norte 57.476 62.729 59.091 26.087 70.012 74.066 59.256 66.666 58.626 4.824 6.403 7.340

Bannach 22.852 24.235 21.271 637 724 974 8.950 9.010 10.316 9.665 10.311 8.690

Conceição do Araguaia 50.647 59.065 56.678 19.792 25.293 37.880 92.418 107.410 129.537 3.866 4.525 5.220

Cumaru do Norte 52.525 61.039 55.222 1.144 1.304 2.405 15.013 16.413 22.068 11.313 12.881 7.787

Floresta do Araguaia 57.667 45.116 50.094 5.366 5.342 12.383 29.232 30.031 39.472 6.207 5.361 7.053

Ourilândia do Norte 23.732 25.404 23.386 6.149 13.794 30.906 36.346 41.731 60.012 3.477 4.292 6.484

Pau D'arco 13.567 15.072 15.116 1.426 1.686 1.584 13.342 13.722 14.725 3.337 3.490 4.957

Redenção 43.158 45.439 39.018 97.352 117.643 123.577 235.276 263.557 317.376 5.813 6.504 8.223

Rio Maria 31.640 31.845 32.375 11.006 25.742 38.630 54.863 62.246 63.324 8.892 12.242 8.575

Santa Maria das Barreiras 55.152 61.975 62.636 2.222 2.666 3.517 23.503 25.177 31.669 6.186 6.647 6.215

Santana do Araguaia 50.692 53.980 54.497 54.883 59.262 69.254 88.244 94.473 113.893 5.028 5.161 5.166

São Félix do Xingu 153.021 174.982 186.550 8.688 10.584 16.191 83.894 91.205 134.109 6.181 6.798 5.836

Sapucaia 18.779 19.129 20.184 1.947 3.566 4.225 9.925 10.144 13.913 10.779 12.310 7.747

Tucumã 38.129 39.693 35.256 10.419 36.651 45.916 66.686 75.212 101.045 5.721 7.822 7.471

Xinguara 46.634 50.582 49.999 107.331 147.894 133.284 115.971 144.681 195.215 9.507 12.538 10.863

Total Regional 715.672 770.285 761.373 354.449 522.164 594.792 932.919 1.051.676 1.305.300100.795 117.286 107.627

Fonte: IDESP/IBGE

DIMENSÃO INFRAESTRUTURA

A Região de Integração Araguaia em seus

municípios disponibiliza uma malha rodoviária com

634,95 Km em extensão de rodovias pavimentadas, sendo

nessa condição a quarta malha rodoviária pavimentada

do estado. No entanto, ainda apresenta municípios sem

rodovias pavimentadas como: Água Azul do Norte,

Bannach, Floresta do Araguaia e São Félix do Xingu.

Nesta região, Santana do Araguaia é o município com

maior extensão de rodovias pavimentadas na ordem

de 164,70 Km. Quanto aos serviços de transporte essa

região é predominantemente atendida pelos transportes

terrestres. Todos os municípios são atendidos por

mototáxi e Vans, com exceção ao município de Sapucaia,

os demais têm acesso a ônibus intermunicipal. O

atendimento por barco só ocorre em cinco municípios:

Floresta do Araguaia, Santa Maria das Barreiras, Santana

do Araguaia, São Félix do Xingu e Xinguara. De outra

forma, o transporte aeroviário só é ofertado, em suas

particularidades, nos seguintes municípios: Conceição

do Araguaia, Ourilândia do Norte, Redenção, Santana do

Araguaia e São Félix do Xingu. Em relação à distribuição

de energia elétrica, ao se considerar o consumo industrial

mensal em KW/H por município, nesta região se destaca

o município de Água Azul do Norte com 7.576.814

KW/H, o que pode significar a existência de uma planta

industrial diferenciada na região, vindo em segundo

Xinguara com um consumo de 1.652.781 KW/H em

oposição a esse cenário, aparece com o menor consumo

industrial o município de Sapucaia com 10.059 KW/H.

O município Santana do Araguaia é atendida através

de uma usina diesel, e a concessionária Celpa estuda a

possibilidade de atendimento através de um alimentador

vindo do Mato Grosso, através da concessionária

CEMAT (ambas as concessionárias pertencem ao Grupo

Rede) para abastecimento do município;

E foi firmado um convênio entre a concessionária

Celpa e a mineradora Vale para a utilização de um

alimentador exclusivo da Vale, pela Celpa, com a

finalidade de atender os municípios de Xinguara, Água

Azul do Norte, Ourilândia do Norte, Tucumã e São Félix

do Xingu, que teve como conseqüência uma maior folga

no alimentador que atende os municípios localizados ao

longo da PA-150 até Conceição do Araguaia, permitindo,

dessa forma, um melhor atendimento dessa região. Com

o Programa Luz Para Todos, foram realizadas 14.188

ligações, no período de 2004 a 2009, beneficiando

famílias de baixa renda, e que 80% destas moram no

meio rural. A tabela distribuição de ligações mostra

que no período de 2007 a 2009, o número de ligações

foi aproximadamente 75% maior, em comparação ao

período de 2004 a 2006.

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DIMENSÃO AMBIENTAL

Com uma área de aproximadamente 174.051,88

km², a Região de Integração Araguaia situa-se ao Sul

do Estado do Pará, contempla parte de duas Regiões

Hidrográficas de acordo com a resolução 32/2003 do

Conselho Nacional de Recursos Hidricos: Amazônica e

do Tocantins, cuja as caracteristicas se encontram abaixo:

a) Região Hidrográfica Amazônica, incluir uma

pequena parte dos municipios da Região,

abragendo as bacias hidrográficas do Rio Fresco,

Rio Alto Xingu e parte das bacias do Rio Médio

Xingu e Rio Baixo Xingu/ Jarauçu (ANA, 2009).

b) Região Hidrográfica do Tocantins, incluir boa

parte dos municipios da Região de Integração

do Araguaia, abragendo as bacias hidrográficas

do Rio Araguaia e uma pequena parte da bacia

do Rio Itacaúnas/Parauapebas (ANA, 2009).

De acordo com dados o MZEE-PA (SEMA, 2009),

o número de áreas protegidas é de aproximadamente

79.943,98 km², distribuídas em UCs de Proteção Integral

e de Uso Sustentável e Terras Indígenas, o número que se

refere às Zonas de Consolidação e de Recuperação, estas

somam em torno de 94.748 km², sendo representado

por cerca de 54% da Região como mostra a tabela 105.

Tabela 103: Ligações realizadas pelo Programa Luz para Todos

Municípios

Ano Ligações Realizadas Ligações Acumuladas

2004 339 339

2005 1.630 1.969

2006 3.184 5.153

2007 1.690 6.843

2008 3.607 10.450

2009 3.738 14.188

2010 (jan) 0 14.188

Fonte: CELPA ELABORAÇÃO: SEIR, 2010

Quanto a totalização das Instituições de Ensino

Fundamental, na Região de Integração Araguaia é mais

evidente, no município de São Félix do Xingu com 131

escolas, sendo desse total 129 escolas municipais e duas

privadas, observa-se a existência de 4 escolas no município

de Sapucaia e 14 escolas em Bannach e Rio Maria.

Tabela 104: Indicadores de Infraestrutura - RI Araguaia

Municípios Rodovia Pavimentada (Km) (1) Ônibus Inter-municipal (2)

Consumo/ Kwh Industrial (3)

Total de Escolas do Ensino fundamental (4)

Água Azul do Norte 0,00 Sim 7.576.814 27

Bannach 0,00 Sim 70.297 14

Conceição do Araguaia 91,30 Sim 624.096 51

Cumaru do Norte 0,00 Sim 331.940 21

Floresta do Araguaia 0,00 Sim 154.012 48

Ourilândia do Norte 3,40 Sim 246.920 28

Pau D'Arco 21,75 Sim 11.820 18

Redenção 87,15 Sim 962.206 44

Rio Maria 55,30 Sim 315.875 14

Santa Maria das Barreiras 92,00 Sim 14.724 53

Santana do Araguaia 164,70 Sim 41.473 27

São Félix do Xingu 0,00 Sim 129.244 131

Sapucaia 41,30 Não 10.059 4

Tucumã 6,80 Sim 458.416 28

Xinguara 71,25 Sim 1.652.781 31

Total 634,95 93% 12.600.677 539

Fontes: 1. SEIR, SETRAN 2007; 2. SETRAN - 2006 IBGE/MUNIC - 2008; 3. REDE CELPA, 2007; 4. IBGE, 2007

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Tabela 105: Áreas Protegidas da Região de Integração Araguaia

Categoria MZEE Áreas Protegidas Área Absoluta (km²) Área Relativa (%)

Proteção Integral

Reserva Biológica do Tapirapé 29,82 0,02

Parque Nacional da Serra do Pardo 2.272,96 1,30

Estação Ecológica da Terra do Meio 2.536,58 1,45

Uso SustentávelFloresta Nacional Tapirapé-Aquiri 282,45 0,16

Área de Proteção Ambiental São Felix 11.044,40 6,32

Terras Indígenas

Trincheira Bacajá 2.360,51 1,35

Badjonkore 2.229,99 1,28

Las Casas 211,88 0,12

Karajá Santana do Araguaia 14,60 0,01

Maranduba 1,65 0,00

Kayapó 32.969,31 18,87

Apyterewa 7.775,12 4,45

Menkragnoti 14.928,58 8,54

Xikrin do Rio Catete 1.581,35 0,91

Araweté Igarapé Ipixuna 1.704,78 0,98

Consolidação Área de Consolidação das Atividades Produtivas 51.801,98 29,65

Recuperação Recuperação 42.946,32 24,58

RI Araguaia 174.792,28 100,00

Fonte: SEMA/MZEE, 2009.

As unidades de conservação totalizam

aproximadamente 16.200 km², ou seja, cerca de 9% da

região. Destaca-se o município de São Félix do Xingu,

somando cerca de 61.700 km² incluindo TI e UC de

proteção integral e de uso sustentável apresentando as

maiores áreas protegidas dentre os municípios da região.

Por outro lado, cabe destacar também a inexistência

de áreas protegidas nos municípios de Conceição do

Araguaia, Rio Maria, Santana do Araguaia, Sapucaia

e Xinguara, evidenciando um processo avançado de

consolidação de atividades produtivas na região, como

é demonstrado na Tabela 107.

Tabela 106: Áreas Protegidas da RI Araguaia por município em 2009.

MunicípiosUC de Proteção

Integral (km²)UC de Uso

Sustentável (km²)Terras Indígenas (km²) Consolidação (km²) Recuperação (km²)

Água Azul do Norte 0,00 34,54 1.580,56 5.395,02 132,21

Bannach 0,00 0,00 167,28 573,68 2.231,03

Conceição do Araguaia 0,00 0,00 0,00 4.936,37 914,89

Cumaru do Norte 0,00 0,00 4.075,88 89,08 12.991,84

Floresta do Araguaia 0,00 0,00 2,67 3.456,44 0,00

Ourilândia do Norte 0,00 0,00 12.214,86 769,87 1.366,27

Pau D'Arco 0,00 0,00 195,48 1.482,09 0,00

Redenção 0,00 0,00 13,95 3.817,05 7,24

Rio Maria 0,00 0,00 0,00 4.129,08 0,02

Santa Maria das Barreiras 0,00 0,00 16,36 2.555,44 7.815,67

Santana do Araguaia 0,00 0,00 0,00 0,00 11.633,56

São Félix do Xingu 4.839,36 11.326,85 45.503,15 16.982,62 5.853,60

Sapucaia 0,00 0,00 0,00 1.302,66 0,00

Tucumã 0,00 0,00 7,58 2.514,48 0,00

Xinguara 0,00 0,00 0,00 3.798,09 0,00

Total da Região 4.839,36 11.361,43 63.777,77 51.801,98 42.946,32

Pará 129.505,41 327.224,72 284.688,36 396.683,93 56.344,02

Fonte: SEMA (2009)

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Tabela 107: Incremento do desflorestamento na RI Araguaia, até 2007 (área absoluta em km²).

MunicípiosDesflorestamento (km²)

Até 1997De 1997 a

2000Em 2001 Em 2002 Em 2003 Em 2004 Em 2005 Em 2006 Em 2007

Total

(Até 2007)

Bannach 1.337,00 184,24 96,79 114,85 49,76 85,40 110,24 41,10 51,95 2.071,33

Conceição do Araguaia 2.356,00 177,28 108,50 83,83 41,08 70,49 80,41 32,84 13,72 2.964,15

Cumaru do Norte 3.401,00 748,96 440,58 368,39 349,73 415,04 582,71 180,20 292,21 6.778,82

Floresta do Araguaia 1.405,00 175,03 9,75 11,38 1,28 74,94 129,15 18,00 18,46 1.842,99

Ourilândia do Norte 1.073,00 190,57 95,28 73,65 41,01 29,88 46,85 12,71 24,24 1.587,19

Pau D'Arco 699,00 92,26 45,22 18,51 10,74 19,77 15,87 8,27 3,52 913,16

Redenção 2.377,00 126,33 53,31 34,46 10,66 16,47 15,94 3,18 5,84 2.643,19

Rio Maria 2.776,00 232,43 65,38 67,57 11,17 60,55 82,07 23,14 21,40 3.339,71

Santa Maria das Barreiras 3.622,00 374,96 431,85 248,75 200,33 236,14 281,20 88,88 120,32 5.604,43

Santana do Araguaia 4.099,00 467,16 357,37 372,06 343,51 300,78 487,46 148,77 221,96 6.798,07

São Félix do Xingu 4.294,00 2.469,12 1.699,64 1.271,24 1.326,25 1.220,28 1.411,34 871,74 880,70 15.444,31

Sapucaia 1.128,00 7,97 2,00 2,65 0,46 2,51 6,26 2,41 4,07 1.156,33

Tucumã 1.617,00 358,22 129,33 73,14 28,21 16,14 19,97 10,46 13,86 2.266,33

Xinguara 2.951,00 187,63 25,68 43,54 2,72 44,60 72,54 15,94 18,06 3.361,71

RI Araguaia 36.554,00 6.303,30 3.813,88 2.916,43 2.467,48 2.657,25 3.420,62 1.485,58 1.721,34 61.339,88

Fonte: INPE, 2008

CLIMA

O Clima da Região é considerado Sub-Tropical,

segundo classificação de Koppen, é do tipo Aw, seco no

inverno e chuvoso no verão. Considerando a latitude e

altitude, verifica-se que nos meses de janeiro a março

são mais chuvosos e nos de junho a agosto são menos

chuvosos as temperaturas médias anuais variam entre

18,1°C e 32,6°C.

DESMATAMENTO

Com base nos dados do INPE (2008), a RI

Araguaia apresenta média de deflorestamento em torno

de 2.480 km² ao ano, para o período de 1997 a 2007, o

que gerou um desflorestamento total em 2007, de cerca

de 24.786,00 km² (33% da área total da região). Isto

quer dizer, portanto, que dentre as 12 RI do Pará, a RI

Araguaia apresenta a maior área desflorestada.

O município que mais se destaca em termos de

desflorestamento absoluto é o de São Félix do Xingu,

com uma área de cerca de 11.150 km² (45% de todo

o desmatamento ocorrido na região). Com relação a

evolução do desflorestamento na região, somente o

município de São Félix do Xingu indicou uma tendência

de crescimento; já para os demais, há uma tendência de

estabilização das taxas.

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2Parte

REGIÃO BAIXO AMAZONAS

DIMENSÃO INSTITUCIONAL

ARegião de Integração do Baixo Amazonas

é formada por 12 municípios: Alenquer,

Almeirim, Belterra, Curuá, Faro, Juruti, Monte

Alegre, Óbidos, Oriximiná, Prainha, Santarém, Terra

Santa e ocupa 25,32% da área territorial do estado.

Figura 3: Região do Baixo Amazonas

Elaboração: SEIR/ GeoPARÁ, 2009.

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ráO perfil da rede municipal é predominantemente

composto por unidades territoriais de classe de

tamanho pequeno; sendo por esta classificação do IBGE

possível encontrar: quatro municípios CTMP3, com

população de 10001 a 20.000 hab.; quatro municípios

CTMP4, com população de 20001 a 50.000 hab.; três

municípios CTMP5, com população de 50001 a 100.000

hab.; e um município CTM Médio, com população de

100.000 a 500.000. Dos 12 e municípios que da RI Baixo

Amazonas, nove municípios (75%) foram instalados

antes da Constituição de 1988 e quatro municípios

(25%) foram criados posteriormente. Os municípios

mais recentemente instalados datam de 1997, e são:

Belterra; Curuá.

Tabela 108: Perfil da Rede Municipal na RI Baixo AmazonasMunicípios

RI Baixo AmazonasAno de criação do município

Classes de tamanho da população do município

Alenquer 1848 Município Pequeno 5

Almeirim 1930 Município Pequeno 4

Belterra 1997 Município Pequeno 3

Curuá 1997 Município Pequeno 3

Faro 1935 Município Pequeno 3

Juruti 1935 Município Pequeno 4

Monte Alegre 1755 Município Pequeno 5

Óbidos 1755 Município Pequeno 4

Oriximiná 1934 Município Pequeno 5

Prainha 1935 Município Pequeno 4

Santarém 1755 Município Médio

Terra Santa 1993 Município Pequeno 3

Fonte: IBGE e Contagem Populacional 2007.

A frequência e a abrangência, dos principais

instrumentos legais da administração pública local

na RI nos remete ao seguinte quadro: em 100% dos

municípios podem-se evidenciar a existência da Lei

de Diretrizes Orçamentárias e da Lei de Orçamento

Anual. Quanto a Lei do Perímetro Urbano, em cinco

municípios (41%) da RI se verifica a existência desta

norma; em contrapartida verifica-se a ausência desta

legislação em sete municípios (58%). No que se refere a

Lei Orgânica Municipal, determinação constitucional,

esta norma é presente em 100% dos municípios da RI. Já a

existência do Plano Diretor, está configurada em dez dos

municípios (83%) da RI e ausente em dois municípios

(17%). É importante destacar que nos dois municípios

onde este instrumento não foi encontrado; Almeirim e

Prainha; a população excede 20.000 mil habitantes.

Tabela 109: Legislação Municipal e Instrumento do Planejamento Municipal na RI Baixo Amazonas

MunicípiosLei de Diretrizes Orçamentária

Lei de Orçamento Anual

Lei de Perímetro Urbano

Ano da Lei Orgânica

Existência de Plano Diretor

Alenquer Sim Sim Não 1998 Sim

Almeirim Sim Sim Não 1990 Não

Belterra Sim Sim Não 1997 Sim

Curuá Sim Sim Sim 1997 Sim

Faro Sim Sim Não 1990 Sim

Juruti Sim Sim Sim 1990 Sim

Monte Alegre Sim Sim Sim 1990 Sim

Óbidos Sim Sim Sim 1990 Sim

Oriximiná Sim Sim Não 1990 Sim

Prainha Sim Sim Não 1990 Não

Santarém Sim Sim Sim 2004 Sim

Terra Santa Sim Sim Não 1993 Sim

Fonte: IBGE, Munic. 2004, 2005 e 2008

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Quanto ao quesito recurso para a gestão, observa-

se o seguinte quadro: a) dez municípios cobram o

IPTU (83%) e dois municípios (17%) não efetivaram

este instrumento – esses são Belterra e Prainha; b) dos

12 municípios da RI, em oito encontra-se formalizado

o cadastro do ISS (66%); sendo que em seis municípios

(50%) o cadastro do ISS é informatizado (não registram

a formalização deste instrumento os municípios de

Belterra, Curuá, Faro e Prainha); c) os 12 municípios da

RI Baixo Amazonas instituíram a taxa de iluminação

pública (100%); d) já a taxa de coleta de lixo está presente

em três municípios (25%), são esses os municípios de

Monte Alegre, Oriximiná e Santarém.

Tabela 110: Recursos para Gestão na RI Baixo Amazonas

MunicípiosMunicípio Cobra IPTU

Cadastro ISS Existência

Cadastro ISS Informatizado

Taxa Iluminação Pública

Taxa Coleta de Lixo

Alenquer Sim Sim Não Sim NãoAlmeirim Sim Sim Sim Sim NãoBelterra Não Não Não aplicável Sim NãoCuruá Sim Não Não aplicável Sim NãoFaro Sim Não Não aplicável Sim NãoJuruti Sim Sim Sim Sim NãoMonte Alegre Sim Sim Não Sim SimÓbidos Sim Sim Sim Sim NãoOriximiná Sim Sim Sim Sim SimPrainha Não Não Não aplicável Sim NãoSantarém Sim Sim Sim Sim SimTerra Santa Sim Sim Sim Sim Não

Fonte: IBGE, MUNIC 2006

Pelos dados da Tabela 111, verifica-se que o

conselho de habitação não está presente nos municípios

da região. É importante destacar que este dado se refere

a pesquisa do IBGE, MUNIC, 2005.

Já os conselhos de educação nesta RI estão em

três (25%) dos 12 municípios, notadamente Santarém,

Oriximiná e Óbidos. Entre esses, todos operam em

caráter consultivo; em caráter deliberativo apenas

Santarém; em caráter normativo – mais uma vez,

Santarém; em caráter fiscalizador – também se destaca

o município de Santarém. Ainda nesses três municípios

onde esta instância de participação pode ser observada,

dois municípios têm paridade na representação entre

governo e sociedade civil - Oriximiná e Óbidos; tendo o

município de Santarém neste quesito uma representação

maior da sociedade civil no órgão colegiado. A

frequência das reuniões do conselho de educação foi

registrada pelo menos uma vez ao longo de do ano 2006.

Tabela 111: Conselhos Municipais na RI Baixo Amazonas

Municípios

Conselho de Habitação Conselho de Educação

Existência Existência de paridade

Periodicidade reuniões Existência Consultivo Deliberativo Normativo Fiscalizador Existência de

paridade

Freqüência reuniões (em 2006)

Alenquer Não Não aplicável Não aplicável Não Não aplicável Não aplicável Não aplicável Não aplicável Não aplicável Não aplicável

Almeirim Não Não aplicável Não aplicável Não Não aplicável Não aplicável Não aplicável Não aplicável Não aplicável Não aplicável

Belterra Não Não aplicável Não aplicável Não Não aplicável Não aplicável Não aplicável Não aplicável Não aplicável Não aplicável

Curuá Não Não aplicável Não aplicável Não Não aplicável Não aplicável Não aplicável Não aplicável Não aplicável Não aplicável

Faro Não Não aplicável Não aplicável Não Não aplicável Não aplicável Não aplicável Não aplicável Não aplicável Não aplicável

Juruti Não Não aplicável Não aplicável Não Não aplicável Não aplicável Não aplicável Não aplicável Não aplicável Não aplicável

Monte Alegre Não Não aplicável Não aplicável Não Não aplicável Não aplicável Não aplicável Não aplicável Não aplicável Não aplicável

Óbidos Não Não aplicável Não aplicável Sim Sim Não Não Não Paritário Sim

Oriximiná Não Não aplicável Não aplicável Sim Sim Não Não Não Paritário Sim

Prainha Não Não aplicável Não aplicável Não Não aplicável Não aplicável Não aplicável Não aplicável Não aplicável Não aplicável

Santarém Não Não aplicável Não aplicável Sim Sim Sim Sim Sim Sociedade civil Sim

Terra Santa Não Não aplicável Não aplicável Não Não aplicável Não aplicável Não aplicável Não aplicável Não aplicável Não aplicável

Fonte: IBGE, MUNIC 2005 e 2006.

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ráTabela 112: Cooperação Intergovernamental na RI Baixo Amazonas

Municipios

Educação Saúde

Consórcio público

Intermunicipal

Consórcio público Estado

Consórcio público União

Convênio de parceria com setor privado

Apoio do setor privado

ou de comunidades

Consórcio público

Intermunicipal

Consórcio público Estado

Consórcio público União

Convênio de parceria com setor privado

Apoio do setor privado

ou de comunidades

Alenquer Não Não Não Não Não Não Não Não Não Não

Almeirim Não Sim Sim Sim Não Não Sim Sim Sim Não

Belterra Não Não Não Não Não Não Sim Sim Não Não

Curuá Não Não Não Não Não Não Não Não Não Não

Faro Não Não Não Não Não Não Não Não Não Não

Juruti Não Não Não Não Sim Não Não Não Não Sim

Monte Alegre Não Não Não Não Não Não Sim Sim Não Não

Óbidos Não Não Não Não Não Não Não Não Não Não

Oriximiná Não Não Não Não Sim Não Não Não Não Sim

Prainha Não Não Não Não Não Não Não Não Não Não

Santarém Não Não Não Não Não Não Não Não Não Não

Terra Santa Não Não Não Não Sim Não Não Não Não Não

Fonte: IBGE, MUNIC 2005.

As instâncias de cooperação intergovernamental

espelham o quadro em duas áreas: saúde e educação. Na

educação, pelos dados do IBGE - MUNIC, 2006, não

se verifica a existência de consórcios intermunicipais

na RI Baixo Amazonas; os consórcios entre o Estado

e o município aparecem no município de Almeirim;

e o consórcio com a União, que por obrigatoriedade

legal também inclui o Estado, também no município

de Almeirim. Já os convênios de parceira com o setor

privado na área da educação existem no município de

Almeirim. No quesito apoio do setor privado ou de

comunidades aos municípios foi verificado a existência

na RI Baixo Amazonas nos municípios de Juruti,

Oriximiná, e Terra Santa.

DIMENSÃO SOCIAL

Os doze (12) municípios da Região de Integração

Baixo Amazonas perfazem uma população total de

659.321 habitantes em 2008, o que corresponde a

8,87% da população total do Estado do Pará. Quatro (4)

destes municípios são de pequeno porte, tendo menos

de 20 mil habitantes, enquanto outros quatro (4) são

de porte intermediário a pequeno, na faixa entre 20

mil a 50 mil habitantes, sendo que três (3) municípios

são de porte intermediário (na faixa entre 50 mil a 100

mil habitantes), sendo que Santarém supera a faixa dos

100.000 habitantes, contabilizando 276.665 habitantes

em 2008, correspondendo a 41,96% da população da

região, se constituindo, portanto, no pólo regional da RI

Baixo Amazonas.

A população urbana da RI Baixo Amazonas é

ligeiramente superior à rural, com percentual de 56,86%

em 2007. O município com maior concentração urbana

é Terra Santa, com 75,14%, seguido por Santarém,

com 70,96%. Por outro lado, o município com maior

concentração rural é Prainha, com 73,81%.

Tabela 113: População Total, Urbana e Rural da RI Baixo Amazonas

Municípios Pop. Total 2008 (01) 2007 (02)

Urbano % Rural %Alenquer 57.067 60,21% 39,79%Almeirim 31.192 55,71% 44,29%Belterra 12.671 35,12% 64,88%Curuá 12.984 31,80% 68,20%Faro 19.585 49,00% 51,00%Juruti 35.530 34,55% 65,45%Monte Alegre 63.941 34,11% 65,89%Óbidos 48.429 49,43% 50,57%Oriximiná 58.683 60,38% 39,62%Prainha 26.570 26,19% 73,81%Santarém 276.665 70,96% 29,04%Terra Santa 16.004 75,14% 24,86%Total 659.321 56,86% 43,14%

Fonte: IBGE, Estimativas populacionais 2008 (1) e 2007 (2)

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A Região de Integração Baixo Amazonas apresentou

um IDHM (Índice de Desenvolvimento Humano

Municipal) de 0,68 no ano de 2000, considerado de

valor médio. O que chama a atenção, quando se examina

o IDHM decomposto da RI Baixo Amazonas, é o baixo

IDHM-Renda, de apenas 0,52. Esse baixo índice de renda

(que revela um baixo nível das atividades econômicas

na região) é compensado por um bom desempenho na

dimensão educação, com um IDHM-Educação no valor

de 0,80. Em termos de municípios, o maior IDHM da RI

Baixo Amazonas pertence aos municípios de Santarém

e Almerim, com 0,75. O maior IDHM-Renda da região

pertence ao município de Almerim, com 0,70. O melhor

desempenho na área de saúde é de Monte Alegre, com

IDHM-Longevidade de 0,77. Na dimensão educação, o

destaque é para o alto desempenho de Santarém, com

IDHM-Educação de 0,88.

Tabela 114: Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) decomposto em índices de Renda,

Longevidade e Educação na RI Baixo Amazonas em 2000Municípios IDHM IDHM-Renda IDHM-Longevidade IDHM-Educação

Alenquer 0,67 0,52 0,71 0,79

Almeirim 0,75 0,70 0,73 0,81

Belterra 0,65 0,47 0,67 0,80

Curuá 0,67 0,47 0,74 0,80

Faro 0,62 0,47 0,60 0,80

Juruti 0,63 0,44 0,64 0,81

Monte Alegre 0,69 0,52 0,77 0,78

Óbidos 0,68 0,51 0,73 0,80

Oriximiná 0,72 0,59 0,73 0,83

Prainha 0,62 0,46 0,67 0,73

Santarém 0,75 0,60 0,76 0,88

Terra Santa 0,69 0,50 0,73 0,83

Média da Região 0,68 0,52 0,71 0,80

Fonte: Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil, 2003

A taxa de mortalidade infantil no Baixo Amazonas

foi de 20,62 ocorrências de mortes em crianças menores

de cinco anos por mil nascidos vivos no ano de 2005,

relativamente próxima à meta estabelecida pelos

Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM) para

o conjunto do Estado do Pará (16,03).

Tabela 115: Síntese de Indicadores de Saúde da RI Baixo Amazonas: Coeficiente de mortalidade infantil,

Razão de Mortalidade Materna e população coberta pelo PSF em 2005/2006

MunicípiosCoeficiente de mortalidade

infantil (1)Razão de mortalidade

materna (1)% da pop. coberta pelo

PSF (2)Alenquer 21,9 64,4 13,5

Almeirim 12,4 - 29,7

Belterra 24,0 - 13,5

Curuá 26,8 - -

Faro 27,4 - -

Juruti 18,5 - 18,7

Monte Alegre 9,3 71,6 17,3

Óbidos 20,1 - 7,7

Oriximiná 26,5 115,4 12,9

Prainha 13,2 - 13,5

Santarém 19,8 30,2 39,6

Terra Santa 27,6 - 30,4

RI Baixo Amazonas 20,62 70,41 16,39

Fonte: (1) SIM/SINASC / 2005; (2) SIAB / 2006

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ráOs municípios com melhor performance neste

quesito são Monte Alegre, com 9,3, seguido por

Almeirim (12,4) e Prainha (13,2). O indicador de razão

de mortalidade materna ainda permanece elevado,

na ordem de 70,41 ocorrências de mortes de mães em

100.000 nascidos vivos em 2005, no entanto, é o segundo

mais baixo do Estado, ainda que esteja bem distante

da meta estipulada pelos ODM, que é de baixar este

índice para 14,91 até 2015. O município com menor

taxa de mortalidade materna é Santarém, com 30,2. O

fato dos indicadores de saúde da RI Baixo Amazonas

não serem tão alarmantes, especialmente se comparado

ao de outras Regiões de Integração, pode ser um

desdobramento dos indicadores de saneamento, que

são relativamente razoáveis (se comparado ao de outras

RI), pois, segundo dados do censo de 2000 (IBGE),

52,86% dos domicílios particulares eram atendidos

pela rede geral de tratamento de água, enquanto 40,03%

pela coleta de lixo. Os dados de pior performance se

referem ao esgotamento sanitário, pois apenas 1,26% dos

domicílios eram atendidos pela rede geral.

Tabela 116: IDEB de Anos Iniciais e Anos Finais da RI Baixo Amazonas, 2005 e 2007

MunicípiosIDEB Anos Iniciais IDEB Anos Finais

2005 2007 2005 2007

Alenquer 2,30 2,80 - 3,50

Almeirim 2,40 2,70 3,50 3,60

Belterra 2,90 2,80 3,10 3,20

Curuá 2,40 3,30 2,90 3,10

Faro 2,40 2,50 - 3,00

Juruti 3,10 3,50 - 3,20

Monte Alegre 2,60 3,00 3,40 3,70

Óbidos 2,70 3,20 3,60 3,50

Oriximiná 2,70 2,70 3,50 3,60

Prainha 2,60 2,70 3,30 3,50

Santarém 3,50 3,90 3,70 3,90

Terra Santa 3,00 3,20 2,90 3,30

Mádia da Região 2,72 3,03 3,32 3,43

Fonte: MEC, Prova Brasil e Censo escolar, SAEB

No que se refere aos indicadores de educação,

a média do IDEB (Índice de Desenvolvimento da

Educação Básica) em 2007 em relação aos Anos Iniciais

(até 4ª. série) foi de 3,03 para a região do Baixo Amazonas,

sendo que o município de melhor performance foi

Santarém, cuja média foi de 3,90, seguido por Juruti,

com 3,50. Do lado oposto, o município com pior

performance foi Faro, com apenas 2,50, seguido por

Almeirim, Oriximiná e Prainha, todo com média de

2,70. No caso do IDEB dos Anos Finais (até 8ª. série),

a média da RI Baixo Amazonas foi de 3,43, a segunda

maior do estado do Pará. O município com maior média

no IDEB dos anos finais foi, novamente, Santarém, com

3,90. A taxa de analfabetismo para maiores de 15 anos

em 2000 foi de 17,34%, enquanto o índice que serve de

referência para o chamado capital humano da região,

que é a Média de anos de escolaridade, situou-se na faixa

de 3,95. O destaque neste aspecto é para o município de

Santarém, o que apresentou a melhor média da região,

com 5,43, seguido por Almeirim com 4,97.

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Tabela 117: Taxas de Analfabetismo e de Anos de Escolaridade da População Adulta – RI Baixo Amazonas

MunicípiosTaxa de Analfabetismo de Adultos -

2000 (%)Anos de estudo da pop.

Adulta - 2000Alenquer 19,15 3,96

Almeirim 19,63 4,97

Belterra 19,13 3,6

Curuá 18,35 2,85

Faro 16,13 3,98

Juruti 15,05 3,38

Monte Alegre 20,21 3,7

Óbidos 15,19 3,9

Oriximiná 14,9 4,62

Prainha 25,4 2,94

Santarém 11,66 5,43

Terra Santa 13,24 4,12

Média da Região 17,34 3,95

Fonte: Censo 2000 – IBGE/Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil, 2003

A Região de Integração Baixo Amazonas desponta

como uma das menos violentas do Estado do Pará,

com uma média de 3,5 homicídios em cada 100.000

habitantes no período 2002/2006, com destaque

positivo para os municípios de Belterra, Curuá e Juruti,

sem ocorrências no período. O município mais violento

é Oriximiná, com 12,3.

Tabela 118: Taxa média de Homicídios por 100.000 habitantes entre 2002 e 2006

Municípios Homicídios População Total

Alenquer 2,2

Almeirim 9,6

Belterra 0,0

Curuá 0,0

Faro 3,0

Juruti 0,0

Monte Alegre 1,0

Óbidos 0,4

Oriximiná 10,1

Prainha 2,5

Santarém 12,3

Terra Santa 1,3

Média da Região 3,5

Fonte: (1) Microdados SIM/SVS/MS.

No caso dos indicadores da área da cultura, no

tocante aos equipamentos culturais existentes na RI

Baixo Amazonas, existem 13 bibliotecas públicas nos 12

municípios, perfazendo 8,18% do total existente no estado.

Em relação aos demais equipamentos culturais,

possui um número razoável de estádios e ginásios

poliesportivos (15), mas em termos de museus, apenas

2, teatros e salas de espetáculos (2) e cinema, apenas 1

em Santarém.

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ráDIMENSÃO ECONÔMICA

Segundo contagem do Censo de 2000 do IBGE

a Região de Integração do Baixo Amazonas conta, em

sua P.E.A., com 223.030 pessoas, destas 45,58% (ou

101.663 pessoas) encontram-se aptas a trabalhar no

município de Santarém, seguido de Óbidos (8,28% ou

18.450 habitantes) e Oriximiná com 7,91% (igual 17.647

pessoas). Por outro lado, os municípios com as menores

P.E.A’s. são os municípios de Curuá, Faro e Belterra com,

respectivamente 2.765, 3.170 e 3.916 habitantes.

Agora, quando o assunto são os empregos formais

criados (em uma comparação de dezembro de 2009 a

dezembro de 2005), o município que apresentou um

crescimento muito considerável foi Juruti, uma vez

que em 2009 foram criados 2.025 contra 256 postos de

trabalho criados em 2005 (incremento de expressivos

691%) devido ao processo de exploração mineral.

Porém, em valores absolutos, destaque para Santarém,

cidade pólo da região, com 20.715 (2009) contra 15.774

(2005), ou seja, um incremento aproximadamente de

31,32%. Porém, relacionando 2009 a 2005, encontramos

Almeirim com uma queda de 4,00% nos empregos

formais (foram 215 menos dos 5.374 de 2005).

Por último, mas não menos importante, o saldo

entre admitidos e desligados, para o ano de 2009, foi

positivo para a maioria dos municípios, em especial

Santarém (1.161), Almeirim (831) e Juruti (666),

diferente de Prainha, Óbidos e Belterra que apresentaram

saldos negativos sendo -90, -64 e -7 postos de trabalhos

fechados respectivamente.

Tabela 119: Dimensão Econômica - Mercado de Trabalho

MunicípiosMercado de Trabalho

P.E.A.¹Empregos Formais²

(Jan/2005)Admitidos³ Desligados³

Empregos Formais³ (Jan/2009)

Alenquer 15.455 276 67 54 465

Almeirim 13.032 5.374 2.880 2.049 5.159

Belterra 3.916 82 34 41 186

Curuá 2.765 05 05 01 104

Faro 3.170 44 01 01 10

Juruti 10.632 256 1.623 957 2.025

Monte Alegre 22.417 285 105 70 792

Óbidos 18.450 578 326 390 680

Oriximiná 17.647 3.181 2.242 1.803 4.830

Prainha 8.534 151 176 266 315

Santarém 101.663 15.774 8.048 6.887 20.715

Terra Santa 5.349 31 15 05 375

Total Regional 223.030 26.037 15.522 12.524 35.656

Fonte: 1 – População Economicamente Ativa – Censo IBGE: 2000;

2 – SEPOF/MTE/CAGED: 2005;

3 – MTE/CAGED: OUTUBRO/2008 E JANEIRO/2009.

Importante termômetro da economia, as operações

de crédito, em especial o crédito rural, apresentaram-

se, para a Região de Integração do Baixo Amazonas,

declinante em sua série histórica (tanto em número de

operações como em valores nominais) mesmo antes da

crise econômica global (2009). Isto quer dizer que desde

o ano de 2006 as operações começaram a cair: 2006 com

8.173; 2007 com 5.258; 2008 com 4.758 e; 2009 com

2.706 operações. Seu reflexo pode ser visto no volume

financeiro de operações, o valor movimentado foi para:

2006 com R$50.822.092,57; 2007 com R$31.725.089,87;

2008 com R$25.089.098,42 e; 2009 um montante de

R$23.759.602,19.

Assim, o município com maior número de

operações de crédito agrícola foi Óbidos (2006 com

711, 2007 com 731 e 2008 com 673), sendo superado em

2009 por Monte Alegre com 531 operações; Santarém,

no entanto, destacou-se como o município com o maior

volume financeiro no setor agrícola, sendo: a) 2006 com

R$5.617.760,69, b) 2007 com R$5.699.890,75, c) 2008

com R$4.267.187,97 e, d) 2009 com R$4.385.971,82.

Diferentemente, o município de Prainha sofreu a

maior diminuição na aquisição de crédito agrícola (em

2006 foram 602 contra 55 em 2009). Curuá também

realizou poucas contratações (02 em 2006, zero em 2007

e 2008, e 01 em 2009), seguido de Juruti (02 em 2006,

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177 em 2007, zero em 2008 e 07 em 2009) e Terra Santa

(zero em 2006 e 2009, 135 em 2007 e 16 em 2008). Em

termos de volume financeiro, não houve predominância

de um município, havendo alternância em toda a série

histórica: em 2006, Juruti contratou R$5.000,03; em

2007 e 2008, Faro com R$59.214,84 e R$31.500,00,

respectivamente, e; em 2009, Curuá realizou um volume

contratado de R$5.319,00.

No mesmo sentido, o crédito pecuário também

se reduziu no período. Em termos de número de

operações, a série histórica mostra que: em 2006, Monte

Alegre contratou 1.154; em 2007, 2008 e 2009, Óbidos

contratou 837, 923 e 1.104 operações, respectivamente;

quem mais diminuiu em número de operações foram os

municípios de Almeirim (141 em 2009 contra 824 em

2006), Alenquer (463 em 2009, inferior a 9136 de 2006)

e Prainha (228 em 2009, menos dos 860 de 2006).

Ao contrário do setor agrícola, o volume financeiro

do setor pecuário foi maior para Óbidos cujos

montantes são: 2007 com R$4.227.564,80; 2008 com

R$5.520.417,01 e; 2009 com R$6.568.686,38 (exceção

em 2006 quando Almeirim contratou R$11.381.749,86)

e menor em Belterra para os anos de 2006, 2008 e 2009

(cujos volumes foram de R$15.400,00, R$26.400,00 e

22.185,00, respectivamente), excluindo-se o ano de 2007,

com o município de Faro com o menor valor financiado

para a pecuária, com R$6.000,00.

Tabela 120: Dimensão Econômica – Operações de Crédito

Municípios

Nº De Operações Contratadas De Crédito2006 2007 2008 2009

Agrícola Pecuária Agrícola Pecuária Agrícola Pecuária Agrícola PecuáriaAlenquer 276 913 111 235 62 430 138 463Almeirim 10 824 51 366 05 112 142 141Belterra 149 01 139 10 124 03 65 01Curuá 02 100 - 71 - 11 01 79Faro - - 37 04 21 38 36 32Juruti 02 12 177 145 - 07 07 225Monte Alegre 354 1.154 520 388 511 637 531 286Óbidos 711 1.071 731 837 673 923 485 1.104Oriximiná 124 117 104 78 52 138 65 121Prainha 602 860 31 228 36 20 55 228Santarém 410 424 581 262 408 423 285 22Terra Santa - 57 135 17 16 108 - 04Total Regional 2.640 5.533 2.617 2.641 1.908 2.850 1.810 2.706

Fonte: Anuário Estatístico do Crédito Rural do Banco Central do Brasil: 2006; 2007; 2008 e; 2009

Tabela 121: Dimensão Econômica – Operações de Crédito em R$

Municípios

Valor das Operações de Contratadas de Crédito – R$2006 2007 2008 2009

Agrícola Pecuária Agrícola Pecuária Agrícola Pecuária Agrícola PecuáriaAlenquer 1.079.295,86 3.725.811,70 459.788,20 1.194.362,14 240.800,70 2.060.972,57 693.203,87 2.033.635,11

Almeirim 4.217.787,47 11.381.749,86 4.042.500,24 2.066.278,42 2.442.528,30 293.368,97 285.626,54 347.388,95

Belterra 1.315.646,55 15.400,00 1.806.599,13 73.475,60 847.759,74 26.400,00 855.769,52 22.185,00

Curuá 5.321,52 286.534,64 - 212.830,20 - 53.034,20 5.319,00 934.630,67

Faro - - 59.241,84 6.000,00 31.500,00 90.376,40 58.876,00 115.409,80

Juruti 5.000,03 143.611,73 639.442,28 774.930,39 - 113.476,84 75.594,77 1.200.673,56

Monte Alegre 752.213,24 4.014.417,55 819.942,67 1.821.990,60 989.384,53 3.300.313,11 823.811,18 823.811,18

Óbidos 1.588.180,72 4.329.543,10 2.011.581,82 4.227.564,80 1.165.674,29 5.520.417,01 1.600.655,29 6.568.686,38

Oriximiná 394.157,05 1.274.828,75 363.026,81 637.322,50 192.769,91 674.173,44 247.522,58 870.007,90

Prainha 3.838.370,36 3.858.138,94 158.858,20 1.930.679,72 190.142,72 371.340,89 94.652,38 847.996,83

Santarém 5.617.760,69 2.502.942,70 5.699.890,75 2.003.932,37 4.267.187,97 1.826.830,86 4.385.971,82 832.173,86

Terra Santa - 475.380,11 178.961,68 535.889,51 62.943,36 327.702,61 - 36.000,00

Total Regional 18.813.733,49 32.008.359,0816.239.833,62 15.485.256,25 10.430.691,52 14.658.406,90 9.127.002,95 14.632.599,24

Fonte: Anuário Estatístico do Crédito Rural do Banco Central do Brasil: 2006; 2007; 2008 e; 2009

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ráConsiderando o número de estabelecimentos de

todos os setores da economia (primário, secundário e

terciário), o município que mais atraiu investimento

foi Santarém em 2009, com 4.925 estabelecimentos;

Oriximiná é o segundo município com maior potencial

de atração de investimento, apresentando a tendência

do município anterior. Isto é, em 2001 foram 852

empreendimentos criados, em 2004 houve queda

para 645 elevando para 728 em 2008. Contrário a essa

tendência, porém com números pouco expressivos,

encontramos Terra Santa, Belterra e Curuá cujos

números passaram em 2001 de 92, 37 e 07 para 141, 93 e

20, em 2008, respectivamente.

Tabela 122: Dimensão Econômica: Estrutura Produtiva

MunicípiosNº de Estabelecimentos Produtivos

2001 2004 2008

Alenquer 554 394 458

Almeirim 739 611 615

Belterra 37 84 93

Curuá 07 22 20

Faro 43 33 42

Juruti 239 204 249

Monte Alegre 619 415 479

Óbidos 631 397 448

Oriximiná 852 645 728

Prainha 201 92 108

Santarém 7.094 4.625 4.925

Terra Santa 92 113 141

Total Regional 11.108 7.635 8.306

Fonte: MTE/CAGED/RAIS: 2008.

A Balança Comercial da Região de Integração

do Baixo Amazonas também sofreu com a crise

global de 2009, podendo ser percebida pelos números

demonstrados abaixo para a exportação. Em outras

palavras, enquanto que a exportação de 2009 caiu em

-1,45% em relação ao ano de 2006, de 2009 para 2007 a

queda chegou a -42,38%, descendo mais ainda na razão

2009/2008 aos -49,36%. Bem ao contrário, o volume

financeiro importado aumentou em US$17.099.686 no

ano de 2009 (US$35.669.380) do que em 2006 (quando

o total chegou a US$18.569.694). Porém menor que

em 2007 (US$37.844781 ou queda -5,75%) e 2008

(US$44.686.937 ou -20,18%) relativo ao ano de 2009.

Vale ressaltar que do conjunto dos 12 municípios,

05 não informaram ou não participaram; 03 não

apresentaram informações relativas à importação e; 01

deixou de informar ou não participou da exportação.

Diante deste quadro, Almeirim foi o município que mais

exportou, alcançando um valor expressivo em 2008

de US$318.478.768; Belterra e Óbidos se alternam no

período entre os que menos exportam com volume de

US$9.691 e US$1.046.476 em 2009, respectivamente.

Quanto ao volume financeiro, Almeirim e

Oriximiná apresentam maiores valores importados.

Relativamente quer dizer que a importação cresceu na

razão de 2009/2006 na ordem de 52,05%, caindo na razão

2009/2007 para -4,64% e -29,83% no período 2009/2008,

para o primeiro município; nas mesmas razões, mas para

o segundo município, os valores relativos cresceram as

taxas de: 72,05%, 424,84% e 281,59%, respectivamente.

Por fim, Santarém foi o município que pouco importou

no período, sendo que em 2009 o valor foi de US$833.343

menos que em 2006; US$2.175.401 menor que em 2007

e; US$9.017.557 abaixo do de 2008.

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Tabela 123: Dimensão Econômica: Exportações e Importações

Municípios

Exportação e Importação (US$ FOB)2006 2007 2008 2009

Exportação Importação Exportação Importação Exportação Importação Exportação ImportaçãoAlenquer - - - - - - - -

Almeirim 156.307.908 15.029.422 269.517.497 23.964.587 318.478.768 32.565.198 155.659.160 22.852.063

Belterra 1.556.455 - 1.331.461 - 1.801.593 - 9.691 -

Curuá - - - - - - - -

Faro - - - - - - - -

Juruti - - - 9.509.103 - 4.731.153 - 200.053

Monte Alegre - - - - - - - -

Óbidos 643.437 - 2.255.971 - 624.194 - 1.046.476 -

Oriximiná 102.369.936 2.332.707 189.773.547 3.208.468 215.284.537 7.116.063 91.042.847 12.243.042

Prainha 4.251.089 - 5.525.055 - 5.126.591 - 3.934.968 -

Santarém 57.282.735 1.207.565 83.050.719 1.162.623 86.144.516 274.523 66.045.956 374.222

Terra Santa - - - - - - - -

Total Regional 322.411.560 18.569.694 551.454.250 37.844.781 627.460.199 44.686.937 317.739.098 35.669.380

Fonte: MDIC/SECEX Dados não informados ou zeros.

Com exceção dos municípios de Almeirim e

Prainha que não informaram suas receitas durante o

período de 2006 a 2009, além de Curuá em 2007, Faro

e Alenquer em 2008, as receitas da Região de Integração

do Baixo Amazonas foram crescentes, sendo: a) Receita

Orçamentária cresceu 20,95% de 2007 para 2006 e

22,38% de 2008 para 2007; b) Receita Corrente com

aumento de 21,37% 2007/2006 e 18,25% 2008/2007 e;

c) Receita Tributária com incremento de 62,24% para

2007/2006 e 83,88% para 2008/2007.

O município que mais aumentou sua arrecadação

foi Juruti (com a implantação do projeto de exploração

mineral) cujo percentual de aumento de 2008 em

relação ao ano de 2006 foi para 302,54% para a Receita

Orçamentária, 297,62% da Corrente e 2.154,20% para a

Tributária. No mesmo período e com o mesmo tipo de

relação (2008/2006), só que com o menor percentual

arrecadado, encontramos Oriximiná cujas receitas

aumentaram: 18,30% na Orçamentária, 20,49% Corrente

e 7,37% Tributária.

Pelo lado da Despesa, novamente não fará parte

da análise os municípios de Almeirim e Prainha que

não prestaram informações no período de 2006 a

2009, além de Curuá em 2007, Faro e Alenquer em

2008. Semelhante também as receitas, durante a

análise percebeu crescimento das Despesas, sejam elas

Correntes (34,07% - 2008/2006), Pessoal e Encargos

Sociais (31,19% - 2008/2006) e Investimentos (89,36%

- 2008/2006).

O município com maior Despesa Corrente é

Juruti cujo crescimento se deu em 178,15% (2008/2006),

seguido de Curuá com 85,18%; o menor está em

Oriximiná com 24,40%. No quesito Despesas com

Pessoal e Encargos Sociais, novamente, Juruti apresenta

maior percentual de gastos (na relação 2008/2006)

com 117,19%, seguido de Monte Alegre com 66,25%; a

menor despesa com essa rubrica é, outra vez, Oriximiná

com 19,48%.

Por fim, as Despesas com Investimento foram

maiores em Juruti, que em 2008 apresentou valor

de 1.561,87% em relação ao ano de 2006, seguido

de Belterra e Santarém com 640,56% e 232,65%,

respectivamente. Quem menos recebeu Investimento

do setor governamental foi Curuá cujo percentual se

deu em 2,84% relativamente.

Por outro lado, houve desinvestimento

em 04 municípios: Monte Alegre (reduzindo de

R$11.176.312,34 em 2006 para R$7.471.605,44 em

2008), Óbidos (em 2006 foram investidos R$6.025.170,00

contra R$4.147.301,00 em 2008), Oriximiná (passou

de R$10.948.484,64 em 2006 para R$8.937.080,03 em

2009) e, com pouca redução, Terra Santa (em 2006 foram

R$1.820.731,43 contra R$1.809.038,61 em 2009.

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Percebe-se que o PIB da Região de Integração do

Baixo Amazonas cresceu no período de 2005 a 2007 (de

2005 para 2006 na ordem de 2,21% e, para 2006 a 2007,

elevou-se em 8,76%). Para análise, são considerados,

contudo, o Valor Adicionado dos setores pecuário,

industrial e de serviços, conforme a seguir:

a) Setor Agropecuário: de 2005 para 2006 houve

crescimento positivo no computo geral (18,65%).

Contudo, para o período de 2006 para 2007, o

incremento foi ínfimo (apenas 0,08% de crescimento).

Tal indicativo demonstra a possibilidade de mudança

da base produtiva ou até mesmo a modificação do perfil

pecuarista para o agrícola. É o caso de Santarém (que em

toda série mostra-se o maior valor) cujo PIB pecuário

de 2005 para 2006 cresceu 22,25%, mas de 2007 para

2006 decresceu em -0,60%; em Faro, mesmo apesar do

crescimento relativo neste setor (28,76% - 2006/2005 e

5,63% - 2007/2006), em termos monetários foi pouco

significante, chegando em 2007 com um volume de

R$3,07 milhões ou 0,73% do PIB Pecuário;

b) Setor Industrial: apesar de queda de 2005 para

2006 (-17,16%), houve recuperação para o período

seguinte (relativos a 2,17%). O desaquecimento

industrial foi mais sentido nos municípios de Oriximiná

e Almeirim; para o primeiro, mesmo apresentando os

maiores volumes financeiros, os percentuais informam

queda de -31,23% (2006/2005) e -5,81% (2007/2006);

no segundo, taxas -14,20% (2006/2005) e -7,48%

(2007/2006). Por fim, novamente o município de Faro

foi o que contribuiu pouco na indústria desta Região de

Integração (sua participação relativa em 2007 chegou a

2,22% do total de R$831,24 milhões);

c) Setor de Serviços: Região cuja atividade

no período de 2005/2006 e 2006/2007 apresentou

crescimento, com taxas de 8,40% e 14,49%,

respectivamente. Aqui, outra vez, aparece Oriximiná e

Almeirim com redução no PIB, -3,63% e -0,11%, para

o período 2006/2005, respectivamente (de 2006 para

2007 os valores passaram positivos de 16,33% e 4,87%).

Em termos nominais, Santarém possui destaque com o

maior valor do PIB em todo o período; com os menores

valores neste setor, encontramos Faro, também para o

mesmo período analisado.

Relativamente, o PIB Per Capita diminuiu de 2005

para 2006 (-1,78%); no período seguinte, crescimento

expressivo de 12,06%. Oriximiná e Almeirim (mesmo

com quedas nos setor industrial e de serviço)

apresentaram o maior PIB Per Capita com valores de

R$11.676 e R$13.617, respectivamente, e Faro o menor

de todos com R$1.828.

Tabela 126: Informações Medidas de Riqueza – Produto Interno Bruto – PIB e Renda Per Capita

Municípios

PIB - em MIL R$Renda Per Capita em R$

Agropecuária Indústria Serviços

2005 2006 2007 2005 2006 2007 2005 2006 2007 2005 2006 2007

Alenquer 32.329 37.333 41.759 7.387 8.557 11.443 68.745 69.012 95.568 2.788 2.979 2.901

Almeirim 29.507 32.998 33.378 251.899 216.121 199.964 141.408 141.254 148.138 13.485 12.398 13.617

Belterra 21.172 20.120 24.214 3.039 5.133 3.598 24.961 26.797 27.701 2.913 3.006 4.461

Curuá 10.929 13.589 13.604 2.487 3.384 3.295 13.353 14.702 18.413 2.775 3.244 3.017

Faro 3.077 3.962 4.185 2.216 2.801 3.211 14.648 18.312 23.705 1.431 1.697 1.828

Juruti 17.742 21.416 17.789 5.992 9.636 18.764 44.277 51.837 71.091 1.926 2.331 3.727

Monte Alegre 46.552 58.382 59.195 12.843 16.793 28.198 101.575 111.124 128.605 2.451 2.775 3.635

Óbidos 43.964 51.957 55.273 11.706 12.476 13.205 77.724 84.177 97.735 2.820 3.099 3.670

Oriximiná 25.527 31.460 33.128 496.086 341.172 321.350 206.351 198.860 231.329 14.620 11.682 11.676

Prainha 37.491 44.603 34.635 7.711 8.663 8.988 40.267 42.140 43.067 2.889 3.202 3.349

Santarém 94.783 115.871 115.177 177.552 185.049 215.628 858.027 966.410 1.090.485 4.622 5.175 5.754

Terra Santa 8.323 8.982 8.701 3.140 3.773 3.596 23.945 26.408 28.924 2.148 2.305 2.757

Total Regional 371.396 440.673 441.038 982.058 813.559 831.240 1.615.281 1.751.034 2.004.761 54.868 53.892 60.392

Fonte: IDESP/IBGE

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ráDIMENSÃO INFRAESTRUTURA

Os doze municípios que compõem a Região de

Integração Baixo Amazonas, apresentam como principal

característica, o fato de serem interligados pelo rio. Por

conseguinte, apenas Santarém com 126,40 Km e Belterra

com 58,60 Km possuem rodovias pavimentadas, o

que totalizam os 185,00 Km em extensão de rodovias

pavimentadas apresentadas pela região. Nota-se por outro

lado, que os municípios de Faro e Terra Santa não possuem

rodovias nem na condição de revestimento primário.

Diante dessa característica geográfica os serviços

de transporte nessa região, para mudança de lugar de

cargas e pessoas, ocorrem em 100% dos municípios

pelo uso meio fluvial. No entanto, 58% dos municípios

(Alenquer, Almeirim, Monte Alegre, Óbidos, Oriximiná,

Santarém e Terra Santa) têm acesso por avião, enquanto

83% deles são atendidos pelos transportes urbanos

de Mototáxi e Táxi, como exceção os municípios de

Alenquer e Curuá não usam os serviços de mototáxi, em

Curuá e Faro não tem serviço de táxi.

Os municípios Almeirim e Faro não têm acesso

por ônibus intermunicipal suas ligações com os

demais se dão somente por barco Faro e por barco e

avião Almeirim.

No que diz respeito à distribuição de energia

elétrica, consumo industrial mensal em KW/H por

município, esta região se destaca o município de

Santarém com 2.745.963 KW/H, representando 77,67%

do total de 3.535.582 KW/H consumido por mês na

região. De outra maneira, a região registra municípios

sem consumo industrial, como: Belterra, Faro, Prainha

e Terra Santa o que pode indicar redução de oferta de

empregos nesse setor, o que interfere conseqüentemente

no crescimento econômico da região.

Esta região apresenta grande potencial hídrico para

implantação de micro e pequenas usinas hidrelétricas

(PCH), inclusive com o atendimento de diversas

comunidades isoladas em Santarém e Belterra por esse

tipo de sistema de geração de energia. Vale destacar que

a energia é proveniente de Autoprodutores, não tendo

qualquer vínculo com a concessionária Celpa;

A região de Juruti será beneficiada com o

rebaixamento da linha de transmissão da Calha Norte

(Tucuruí-Macapá-Manaus), onde existe a previsão de

um rebaixamento de 500 Kv para 138 Kv em Oriximiná,

atendendo as duas margens do Amazonas em território

paraense e eliminado as usinas diesel que atendem a

esses municípios. O rebaixamento deve atravessar o

Rio Amazonas nas proximidades de Óbidos para levar

a energia até o município de Parintins, no Amazonas,

através da região de Juruti Velho.

Encontra-se em fase de licenciamento ambiental

a UHE de Santo Antônio do Jari, com potência de

300MW, a ser implantada na divisa entre os Estados do

Pará e Amapá, pegando os municípios de Almerim (PA)

e Laranjal do Jari (AP). A UHE potencializará o sistema

elétrico nacional, tendo parte da energia produzida, algo

em torno de 20%, será para atendimento do Projeto Jari

e região, permitindo um maior desenvolvimento.

Com o Programa Luz Para Todos, foram realizadas

11.921 ligações, no período de 2004 a 2009, beneficiando

famílias de baixa renda, e que 80% destas moram no

meio rural. A tabela distribuição de ligações mostra que

no período de 2007 a 2009, o número de ligações foi

quatro vezes maior que o período de 2004 a 2006.

Tabela 127: Distribuição de ligações realizadas pelo Programa Luz para Todos na RI Baixo Amazonas

Ligações

Ano Ligações Realizadas Ligações Acumuladas

2004 370 370

2005 645 1.015

2006 1.009 2.024

2007 2.467 4.491

2008 4.323 8.814

2009 3.107 11.921

2010 (jan) 0 11.921

Fonte: CELPA - Elaboração: SEIR, 2010

Quanto a instituição de ensino fundamental, são

1.524 instituições nesta região, e Santarém é o município

que mais se destaca com 495 escolas, desse total, 442 são

de responsabilidade municipal, 32 são estaduais e 21

privadas. Os números mais reduzidos de escolas estão

em Faro com 20, sendo três estaduais e 17 municipais

e Terra Santa também com 20, sendo todas municipais.

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ento

Tabela 128: Indicadores de Infraestrutura - RI Baixo Amazonas

Municípios Rod. Pavimentada (Km) (1) Serviço de transp.Barco (2) Consumo/Kwh Industrial (3) Total de Escolas do Ensino Fundamental(4)

Alenquer 0,00 Sim 29.046 170

Almeirim 0,00 Sim 25.529 91

Belterra 58,60 Sim 0 62

Curuá 0,00 Sim 3.080 40

Faro 0,00 Sim 0 20

Juruti 0,00 Sim 483.816 144

Monte Alegre 0,00 Sim 74.273 145

Óbidos 0,00 Sim 119.979 102

Oriximiná 0,00 Sim 53.896 97

Prainha 0,00 Sim 0 138

Santarém 126,40 Sim 2.745.963 495

Terra Santa 0,00 Sim 0 20

Total 185,00 100% 3.535.582 1.524

Fontes: 1. SETRAN 2007; 2. SETRAN - 2006 IBGE/MUNIC - 2008; 3. REDE CELPA, 2007; 4. IBGE, 2007.

DIMENSÃO AMBIENTAL

A Região de Integração Baixo Amazonas,

contempla em seu território a Regiões Hidrográficas

Amazônica de acordo com a resolução 32/2003 do

Conselho Nacional de Recursos Hidricos, abragendo

as bacias hidrográficas do Rio Nhamundá/ Trombetas/

Erepecuru/ Curuá, Rio Maicuru/Paru e o Rio Ipitinga/

Jari (ANA, 2009).

Com base nos dados do MZEE-PA (SEMA, 2009),

a região de integração do Baixo Amazonas é a que possui

a maior área protegida do Pará, com aproximadamente

231.527 km², assim distribuídas: UCs de Proteção

Integral, Uso Sustentável, Terras Indígenas e Quilombos.

Este imenso mosaico de áreas protegidas desta região

representa um importante corredor ecológico que

“interliga” as áreas adjacentes dos estados do Amazonas

e Amapá e países vizinhos da Pan-Amazônia, de grande

relevância para a preservação da biodiversidade ali

existente. No que se refere às Zonas de Consolidação e

de Expansão, estas somam em torno de 85.508 km², o

que representa cerca de 27% desta região.

Tabela 129: Áreas Protegidas na Região de Integração Baixo AmazônasCategoria MZEE Áreas Protegidas Área Absoluta (km²) Área Relativa (%)

Proteção Integral

Estação Ecológica do Jari 1.643,80 0,52

Parque Estadual Monte Alegre 59,60 0,02Reserva Biológica Maicuru 11.386,92 3,59Estação Ecológica Grão Pará 42.196,78 13,30Reserva Biológica do Rio Trombetas 4.097,42 1,29

Uso Sustentável

Reserva Extrativista Tapajós-Arapiuns 4.642,76 1,46Floresta Nacional de Mulata 2.173,03 0,69Floresta Nacional Tapajós 2.619,24 0,83Floresta Estadual Parus 36.219,62 11,42Floresta Estadual Faro 6.338,18 2,00Floresta Nacional Saracá-Taquera 4.431,56 1,40Floresta Estadual Trombetas 31.755,50 10,02

Terras Indígenas

Rio Paru do Leste 11.999,50 3,78Trombetas/Mapuera 21.506,18 6,78Zo'e 6.717,97 2,12Tumucumaque 30.162,54 9,51Nhamundá/Mapuera 8.238,03 2,60

QuilombosErepecuru 1.554,50 0,49Trombetas 576,58 0,18

Consolidação Área de Consolidação das Atividades Produtivas 70.145,27 22,13Expansão Expansão das Atividades Produtivas 15.363,58 4,85Região de Integração Baixo Amazonas 317.036,09 100,00

Fonte: SEMA, 2009

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ráNa região, as unidades de conservação totalizam

aproximadamente 148.774 km², cerca de 47%, com

destaque para a Estação Ecológica Grão Pará, com

uma área de mais de 42 mil km². O município de maior

expressão de áreas protegidas desta região é Oriximiná,

somando cerca de 104.240 km² incluindo TI, Quilombos

e UC de proteção integral e de uso sustentável. Enquanto

que, os municípios de Curuá e Juruti não possuem

categorias de áreas protegida.

Tabela 130: Áreas Protegidas da RI Baixo Amazonas, por município, em 2009

MunicípiosUC de Proteção

Integral (km²)UC de Uso

Sustentável (km²)Terras Indígenas

(km²)Áreas

Quilombolas (km²)Consolidação

(km²)Expansão (km²)

Alenquer 5.625,81 8.032,81 2.579,33 76,47 6.079,34 0,00

Almeirim 12.745,84 21.104,43 23.932,17 0,00 12.163,99 3.155,29

Belterra 0,00 2.731,21 0,00 0,00 1.514,97 172,01

Curuá 0,00 0,00 0,00 0,00 1.437,00 0,00

Faro 0,00 4.989,15 5.985,31 0,00 829,32 0,00

Juruti 0,00 0,00 0,00 0,00 3.889,30 4.437,83

Monte Alegre 2.163,55 8.968,02 534,39 0,00 10.131,23 0,00

Óbidos 3.134,13 4.786,73 13.211,09 1.274,80 5.739,06 0,00

Oriximiná 36.082,17 32.998,40 32.381,94 2.777,73 3.795,63 0,00

Prainha 0,00 52,92 0,00 0,00 12.608,19 24,63

Santarém 0,00 4.836,55 0,00 0,00 10.573,80 7.573,82

Terra Santa 0,00 522,32 0,00 0,00 1.383,45 0,00

Baixo Amazonas 59.751,50 89.022,53 78.624,22 4.128,99 70.145,27 15.363,58

Pará 129.505,41 327.224,72 284.688,36 10.746,24 396.683,93 32.335,76

Fonte: SEMA, 2009.

CLIMA

Levando em consideração a classificação de

Koppen, a média de precipitação climatológica anual

para Região do Baixo Amazonas apresenta um máximo

secundário, com valores de chuva entre 1.900 e 2.300

mm. O Baixo Amazonas é considerado como a região

mais chuvosa do Estado, com os números de dias de

chuva em torno de 176 a 200 dias por ano.

A maior parte dos municípios da região apresenta

os meses de março, abril e maio como o período mais

chuvoso ao logo do ano e os meses de agosto, setembro

e outubro ou outubro, novembro e dezembro como

mais seco. A temperatura do ar considerando a média

das máximas, a qual é registrada no período da tarde,

a região mostra-se como a que possui temperatura

máxima com menor valor em torno de 30.8°C.

Considerando a média das mínimas, a qual é registrada

no período da madrugada ou logo no amanhecer, na

região a temperatura mínima registrada com valores

entre 22 e 23,5°C.

VEGETAÇÃO

No bioma da região do Baixo Amazonas, os

fatores biofísicos (chuvas, solos e relevo) propiciam a

ocorrência de uma vegetação exuberante com maior

aptidão para uso sustentável dos recursos florestais e

conservação da biodiversidade. As florestas densas e

úmidas representam mais de 254.128,71 km², cerca de

80,40% da região. Já as florestas abertas cobrem 8.331,78

km², é que vale 2,64%. Os tipos de vegetação não florestal

se encontram em áreas de várzea e Savana. A tabela

131 mostra os tipos de Floresta e não floresta com suas

expectativas áreas na região:

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Tabela 131: Classificação dos Tipos de Floresta e não floresta da região Baixo AmazonasTipo Área %

Floresta Ombrófila Densa 254.128,71 80,40

Floresta Ombrófila Aberta 8.331,78 2,64

Formações Pioneiras 8.697,76 2,75

Savana 16.516,90 5,23

Refúgio Vegetacional 33,99 0,01

Antropismo 15.660,38 4,95

Fonte: IBGE, 2004.

DESMATAMENTO

Considerando os dados do INPE (2008), a RI

Baixo Amazonas apresenta média de desflorestamento

em torno de 433 km² ao ano, para o período de 1997 a

2007, o que gerou um desflorestamento total até 2007, de

cerca de 4.329 km² (apenas 1,4% da área total da região).

Em termos de desflorestamento absoluto, do ano

de 1997 até 2007 o município que mais se destacou

em área desmatada foi Santarém com 1.023.43 km²

desflorestados. Porém em termos de desmatamento

acumulado, o município que mais se destaca é

Monte Alegre, com uma área em torno de 4.631,28

km² desflorestados (25% de todo o desmatamento

ocorrido na região).

Com relação a evolução do desflorestamento na

região, o município de Santarém apresenta uma maior

média de desflorestamento para a década de 1997-2007,

de 103 km² ao ano. Isto pode indicar uma tendência

recente, causada pela intensificação das atividades

econômicas presentes neste município.

Tabela 132: Incremento do desflorestamento na RI Baixo Amazonas, por município, até 2007, (área absoluta em km²).

Municípios

Desflorestamento (km²)

Até 1997De 1997 a

2000Em 2001 Em 2002 Em 2003 Em 2004 Em 2005 Em 2006 Em 2007

Total (Até 2007)

Alenquer 904,00 156,41 23,21 11,73 14,42 52,19 17,00 32,58 18,85 1.230,39

Almeirim 1.280,00 9,75 84,99 3,91 29,32 42,31 36,69 68,37 33,70 1.589,04

Belterra 586,00 88,29 29,47 18,80 24,74 28,43 3,42 9,10 11,76 800,01

Curuá 255,00 22,68 2,44 2,11 1,21 6,88 3,88 5,47 5,09 304,76

Faro 183,00 1,38 9,50 7,82 4,92 4,84 4,57 5,37 3,20 224,60

Juruti 886,00 139,91 32,21 26,31 5,62 4,13 9,11 8,24 6,36 1.117,89

Monte Alegre 3.958,00 299,58 47,16 26,52 48,71 99,18 68,07 57,51 26,55 4.631,28

Óbidos 1.226,00 161,15 18,00 40,39 35,08 77,50 30,42 54,13 40,05 1.682,72

Oriximiná 991,00 128,00 40,54 60,47 37,92 37,76 23,13 24,89 25,16 1.368,87

Prainha 296,00 29,79 290,45 47,84 75,78 27,83 19,30 53,00 27,92 867,91

Santarém 3.322,00 279,02 209,10 182,58 96,35 87,54 35,68 93,53 39,63 4.345,43

Terra Santa 273,00 10,16 10,56 9,23 7,35 2,13 6,32 3,43 3,79 325,97

RI Baixo Amazonas 14.160,00 1.326,12 797,63 437,71 381,42 470,72 257,59 415,62 242,06 18.488,87

Fonte: INPE, 2008.

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DIMENSÃO INSTITUCIONAL

ARegião de Integração Carajás é formada por

12 municípios: Bom Jesus do Tocantins, Brejo

Grande do Araguaia, Canaã dos Carajás,

2Parte

REGIÃO CARAJÁS

Curionópolis, Eldorado dos Carajás, Marabá, Palestina do

Pará, Parauapebas, Piçarra, São Domingos do Araguaia,

São Geraldo do Araguaia e São João do Araguaia.

Figura 4: Região de Integração Carajás

Elaboração: SEIR/ GeoPARÁ, 2009

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ráO perfil da rede municipal é predominantemente

composto por unidades territoriais de classe de tamanho

pequeno; sendo por esta classificação do IBGE possível

encontrar: dois municípios CTMP2, com população

de 5001 a 10000 hab.; quatro municípios CTMP3, com

população de 10001 a 200000 hab.; quatro municípios

CTMP4, com população de 20.001 a 50.000 hab.;

nenhum município CTMP5, com população de 50.001

a 100.000 hab.; e dois municípios CTM Médio, com

população de 100.000 a 500.000. Dos 12 municípios que

da RI Carajás, dois municípios (16%) foram instalados

antes da Constituição de 1988 e dez municípios (83%)

foram criados posteriormente. Os municípios mais

recentemente instalados datam de 1997, e são: Canaã

dos Carajás e Piçarra.

Tabela 133: Perfil da Rede Municipal na RI CarajásMunicípios Ano de criação do município Classes de tamanho da população do município

Bom Jesus do Tocantins 1989 Município Pequeno 3

Brejo Grande do Araguaia 1989 Município Pequeno 2

Canaã dos Carajás 1997 Município Pequeno 4

Curionópolis 1989 Município Pequeno 3

Eldorado dos Carajás 1993 Município Pequeno 4

Marabá 1913 Município Médio

Palestina do Pará 1993 Município Pequeno 2

Parauapebas 1989 Município Médio

Piçarra 1997 Município Pequeno 3

São Domingos do Araguaia 1993 Município Pequeno 4

São Geraldo do Araguaia 1989 Município Pequeno 4

São João do Araguaia 1961 Município Pequeno 3

Fonte: IBGE e Contagem Populacional 2007.

A frequência e a abrangência, dos principais

instrumentos legais da administração pública local

na RI nos remete ao seguinte quadro: em 100% dos

municípios podem-se evidenciar a existência da Lei de

Diretrizes Orçamentárias e em 83% dos municípios da

Lei de Orçamento Anual. Quanto a Lei do Perímetro

Urbano, em três municípios (25%) da RI se verifica a

existência desta norma; em contrapartida verifica-se a

ausência desta legislação em nove municípios (75%). No

que se refere a Lei Orgânica Municipal, determinação

constitucional, esta norma é presente em 100% dos

municípios da RI. Já a existência do Plano Diretor,

está configurada em dez dos municípios (83%) da RI

e ausente em quatro municípios (17%). É importante

destacar que nos dois municípios onde este instrumento

não pôde ser encontrado; Bom Jesus do Tocantins e

Brejo Grande do Araguaia; a população não excede

20.000 mil hab.

Tabela 134: Legislação Municipal e Instrumento do Planejamento Municipal na RI Carajás

MunicípiosLei de Diretrizes Orçamentária

Lei de Orçamento Anual

Lei de Perímetro Urbano

Ano da Lei OrgânicaExistência do Plano Diretor

Bom Jesus do Tocantins Sim Sim Não 1989 Não

Brejo Grande do Araguaia Sim Sim Não 1990 Não

Canaã dos Carajás Sim Não Sim 1992 Sim

Curionópolis Sim Sim Não 1989 Sim

Eldorado dos Carajás Sim Sim Não 2002 Sim

Marabá Sim Sim Sim 2000 Sim

Palestina do Pará Sim Não Não 1993 Sim

Parauapebas Sim Sim Sim 1991 Sim

Piçarra Sim Sim Não 1998 Sim

São Domingos do Araguaia Sim Sim Não 1993 Sim

São Geraldo do Araguaia Sim Sim Não 1990 Sim

São João do Araguaia Sim Sim Não 1990 Sim

Fonte: IBGE, Munic. 2004, 2005 e 2008

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Quanto ao quesito recurso para a gestão, observa-

se o seguinte quadro na RI Carajás: a) dez municípios

cobram o IPTU (83%) e dois municípios (17%) não

efetivaram este instrumento – esses são Curionópolis

e Eldorado dos Carajás; b) em nove municípios da

RI (75%) foi formalizado o cadastro do ISS - sendo

que em cinco municípios (41%) o cadastro do ISS é

informatizado; c) onze municípios cobram taxa de

iluminação pública (91%), sendo este instrumento

apenas não verificado no município de Parauapebas;

d) já a taxa de coleta de lixo está presente apenas no

município de Eldorado dos Carajás.

Os dados que investigam os instrumentos de

participação auferidos neste trabalho estão limitados

pela disponibilidade de dados. A preocupação central

é a reflexão por meio de informações mais atualizadas

possíveis, oriundas de bases oficiais. Contudo, vale

ressaltar que os constantes estímulos à participação

têm causado impactos significativos, estando, portanto

a publicação da informação aquém da velocidade das

mudanças em curso. Considerando esses aspectos,

apresentam-se dados que espelham o funcionamento de

duas instâncias participativas – dois órgãos colegiados:

o conselho municipal de educação e o conselho

municipal de habitação.

Tabela 135: Recursos para Gestão na RI Carajás

MunicípiosMunicípio Cobra IPTU

Cadastro ISS Existência

Cadastro ISS Informatizado

Taxa Iluminação Pública

Taxa Coleta de Lixo

Bom Jesus do Tocantins Sim Sim Não Sim Não

Brejo Grande do Araguaia Sim Não Não aplicável Sim Não

Canaã dos Carajás Sim Sim Sim Sim Não

Curionópolis Não Sim Não Sim Não

Eldorado dos Carajás Não Não Não aplicável Sim Sim

Marabá Sim Sim Sim Sim Não

Palestina do Pará Sim Sim Sim Sim Não

Parauapebas Sim Sim Sim Não Não

Piçarra Sim Sim Não Sim Não

São Domingos do Araguaia Sim Não Não aplicável Sim Não

São Geraldo do Araguaia Sim Sim Sim Sim Não

São João do Araguaia Sim Sim Não Sim Não

Fonte: IBGE, MUNIC 2006.

O perfil dos conselhos de habitação na RI Carajás,

reflete a inexistência desta instância de participação.

Já os conselhos de educação nesta RI estão em seis

(50%) dos 12 municípios - São Geraldo do Araguaia,

Brejo Grande do Araguaia, Marabá, Palestina do Pará,

Parauapebas e Piçarra. Entre esses alguns operam

em caráter consultivo - notadamente nos municípios

de Brejo Grande do Araguaia, Marabá, Parauapebas

e Piçarra; em caráter deliberativo – São Geraldo do

Araguaia, Brejo Grande do Araguaia, Marabá, Palestina

do Pará, Parauapebas e Piçarra; em caráter normativo -

Marabá, Parauapebas e Piçarra; e em caráter fiscalizador

- Brejo Grande do Araguaia, Marabá, Parauapebas e

Piçarra. Ainda nos municípios onde esta instância de

participação pode ser observada, seis municípios têm

paridade na representação entre governo e sociedade

civil – notadamente nos municípios de São Geraldo do

Araguaia, Brejo Grande do Araguaia, Marabá, Palestina

do Pará, Parauapebas e Piçarra; e todos realizaram ao

menos uma reunião no ano de 2006.

Com relação às instâncias de cooperação

intergovernamental, não se observam na educação,

consórcios municipais; os consórcios com o Estado

estão presentes em dois municípios – Curionópolis

e Parauapebas; e os consórcio com a União, que por

obrigatoriedade legal também incluem o Estado,

estão presente nos municípios de Curionópolis e

Parauapebas. Já o quesito convênios de parceira com

o setor privado na área da educação foi encontrado no

município de Marabá.

Com relação a cooperação intergovernamental

na saúde o quadro da RI Carajás é o seguinte: o

consorciamento intermunicipal está presente em sete

municípios - Brejo Grande do Araguaia, Eldorado

dos Carajás, Marabá, Palestina do Pará, São Domingos

do Araguaia, São Geraldo do Araguaia e São João do

Araguaia; os consorciamentos municipal com o Estado

e a União envolvem três municípios - Canaã dos

Carajás, Curionópolis e Parauapebas. Foi verificado

um convênio de parceria com o setor privado no

município de Parauapebas.

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ráTabela 136: Conselhos Municipais na RI Carajás

Municípios

Conselho de Habitação Conselho de Educação

ExistênciaExistência

de paridade

Periodicidade reuniões Existência Consultivo Deliberativo Normativo Fiscalizador

Existência de

paridade

Freqüência reuniões

(em 2006)Bom Jesus do Tocantins

NãoNão

aplicávelNão aplicável Não

Não aplicável

Não aplicável

Não aplicável

Não aplicável

Não aplicável

Não aplicável

Brejo Grande do Araguaia

NãoNão

aplicávelNão aplicável Sim Sim Sim Não Sim Paritário Sim

Canaã dos Carajás NãoNão

aplicávelNão aplicável Não

Não aplicável

Não aplicável

Não aplicável

Não aplicável

Não aplicável

Não aplicável

Curionópolis NãoNão

aplicávelNão aplicável Não

Não aplicável

Não aplicável

Não aplicável

Não aplicável

Não aplicável

Não aplicável

Eldorado dos Carajás NãoNão

aplicávelNão aplicável Não

Não aplicável

Não aplicável

Não aplicável

Não aplicável

Não aplicável

Não aplicável

Marabá NãoNão

aplicávelNão aplicável Sim Sim Sim Sim Sim Paritário Sim

Palestina do Pará NãoNão

aplicávelNão aplicável Sim Não Sim Não Não Paritário

Duas reuniões

Parauapebas NãoNão

aplicávelNão aplicável Sim Sim Sim Sim Sim Paritário Sim

Piçarra NãoNão

aplicávelNão aplicável Sim Sim Sim Sim Sim Paritário

Seis reuniões

São Domingos do Araguaia

NãoNão

aplicávelNão aplicável Não

Não aplicável

Não aplicável

Não aplicável

Não aplicável

Não aplicável

Não aplicável

São Geraldo do Araguaia

NãoNão

aplicávelNão aplicável Sim Não Sim Não Não Paritário

Três reuniões

São João do Araguaia

NãoNão

aplicávelNão aplicável Não

Não aplicável

Não aplicável

Não aplicável

Não aplicável

Não aplicável

Não aplicável

Fonte: IBGE, MUNIC 2005 e 2006.

Tabela 137: Cooperação Intergovernamental na RI Carajás

Municípios

Educação Saúde

Consórcio público

Intermunicipal

Consórcio público Estado

Consórcio público União

Convênio de parceria com setor privado

Apoio do setor privado

ou de comunidades

Consórcio público

Intermunicipal

Consórcio público Estado

Consórcio público União

Convênio de parceria com setor privado

Apoio do setor privado

ou de comunidades

Bom Jesus do Tocantins NãoNão

aplicávelNão

aplicávelNão Não aplicável Não aplicável

Não aplicável

Não aplicável

Não aplicável

Não aplicável

Brejo Grande do Araguaia

NãoNão

aplicávelNão

aplicávelSim Sim Sim Não Sim Paritário Sim

Canaã dos Carajás NãoNão

aplicávelNão

aplicávelNão Não aplicável Não aplicável

Não aplicável

Não aplicável

Não aplicável

Não aplicável

Curionópolis NãoNão

aplicávelNão

aplicávelNão Não aplicável Não aplicável

Não aplicável

Não aplicável

Não aplicável

Não aplicável

Eldorado dos Carajás NãoNão

aplicávelNão

aplicávelNão Não aplicável Não aplicável

Não aplicável

Não aplicável

Não aplicável

Não aplicável

Marabá NãoNão

aplicávelNão

aplicávelSim Sim Sim Sim Sim Paritário Sim

Palestina do Pará NãoNão

aplicávelNão

aplicávelSim Não Sim Não Não Paritário

Duas reuniões

Parauapebas NãoNão

aplicávelNão

aplicávelSim Sim Sim Sim Sim Paritário Sim

Piçarra NãoNão

aplicávelNão

aplicávelSim Sim Sim Sim Sim Paritário Seis reuniões

São Domingos do Araguaia

NãoNão

aplicávelNão

aplicávelNão Não aplicável Não aplicável

Não aplicável

Não aplicável

Não aplicável

Não aplicável

São Geraldo do Araguaia

NãoNão

aplicávelNão

aplicávelSim Não Sim Não Não Paritário Três reuniões

São João do Araguaia NãoNão

aplicávelNão

aplicávelNão Não aplicável Não aplicável

Não aplicável

Não aplicável

Não aplicável

Não aplicável

Fonte: IBGE, MUNIC 2005.

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DIMENSÃO SOCIAL

A Região de Integração Carajás congrega doze (12)

municípios, sendo que seis (6) são de pequeno porte,

com menos de 20 mil habitantes. Outros quatro (4) se

situam na faixa entre intermediário a pequeno, entre 20

mil a 50 mil habitantes. Dois municípios possuem mais

de 150 mil habitantes e polarizam esta região, sendo

que Parauapebas possui 152.777 habitantes, enquanto

Marabá contabilizou 203.049 habitantes em 2008,

com esses dois municípios concentrando 66,96% da

população total da região, que é de 531.431 habitantes,

correspondendo a 7,15% da população do Estado do

Pará. A Região de Integração Carajás é a segunda mais

urbanizada do Estado, com percentual de 66,87%, de

acordo com a estimativa 2007 do IBGE. O município

mais urbanizado da região é Parauapebas, com 82,80%,

seguido por Marabá, com 79,97%. E São João do

Araguaia com maior proporção de população rural,

com 80,30%, seguido por Piçarra, com 78,26%.

Tabela 138: População Total Urbana e Rural da RI Carajás

Municípios População Total 2008 (01)2007 (02)

Urbana % Rural %

Bom Jesus do Tocantins 13.593 47,15% 52,85%

Brejo Grande do Araguaia 7.688 57,01% 42,99%

Canaã dos Carajás 27.675 35,93% 64,07%

Curionópolis 17.944 68,00% 32,00%

Eldorado dos Carajás 29.251 47,66% 52,34%

Marabá 203.049 79,97% 20,03%

Palestina do Pará 7.301 50,90% 49,10%

Parauapebas 152.777 82,80% 17,20%

Piçarra 13.140 21,74% 78,26%

São Domingos do Araguaia 22.063 54,38% 45,62%

São Geraldo do Araguaia 25.027 43,16% 56,84%

São João do Araguaia 11.923 19,70% 80,30%

Total 531.431 66,87% 33,13%

Fonte: IBGE, Estimativas populacionais 2008 (1) e 2007 (2)

Esta região apresentou um IDHM de 0,67 no

ano de 2000, considerado como de valor médio, e um

maior crescimento no valor do IDHM no período

1991-2000, com variação de 20,13%. O município com

maior IDHM em 2000 foi Parauapebas, com 0,74. Esse

desempenho reflete o fato de Parauapebas deter o maior

IDHM-Renda (ou renda per capita) da região, com 0,67,

além do ótimo desempenho na área de educação, com

IDHM-Educação de 0,84. Na área da saúde, o IDHM-

Longevidade mais elevado é de São Geraldo do Araguaia,

com 0,75. Deve-se notar, entretanto, que a RI Carajás

também apresenta municípios com enormes contrastes

de desenvolvimento humano, como é o caso de São João

do Araguaia, que tem um IDHM de apenas 0,58, sendo

que o seu IDHM-Renda (de apenas 0,48) é considerado

como baixa renda, com desempenho semelhante ao de

países pobres da África.

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ráTabela 139: Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) decomposto em índices de Renda, Longevidade e Educação

na RI Carajás em 2000Municípios IDHM IDHM-Renda IDHM-Longevidade IDHM-Educação

Bom Jesus do Tocantins 0,62 0,55 0,66 0,64

Brejo Grande do Araguaia 0,68 0,56 0,72 0,76

Canaã dos Carajás 0,70 0,63 0,68 0,79

Curionópolis 0,68 0,56 0,72 0,77

Eldorado dos Carajás 0,66 0,55 0,71 0,73

Marabá 0,71 0,65 0,67 0,83

Palestina do Pará 0,65 0,55 0,72 0,69

Parauapebas 0,74 0,67 0,70 0,84

Piçarra 0,66 0,57 0,72 0,69

São Domingos do Araguaia 0,67 0,56 0,73 0,72

São Geraldo do Araguaia 0,69 0,59 0,75 0,73

São João do Araguaia 0,58 0,48 0,60 0,67

Média da Região 0,67 0,58 0,70 0,74

Fonte: Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil, 2003

Quando se examina os indicadores de saúde,

percebe-se que a RI Carajás apresenta um dos mais

altos coeficientes de mortalidade infantil do Pará, na

faixa de 25 ocorrências de mortes em crianças menores

de cinco anos por mil nascidos vivos no ano de 2005.

O município com maior coeficiente de mortalidade

infantil da região é, Brejo Grande do Araguaia, com 59,8,

vindo após Piçarra, com 30,1.

Os municípios mais “saudáveis” da região neste

quesito são: Canaã dos Carajás com 11,5/1000, São

Geraldo do Araguaia e São João do Araguaia, ambos

com 17/1000 nascidos. A razão de mortalidade materna

da região do Carajás é a terceira mais elevada do Estado,

com 205 ocorrências de mortes de mães em 100.000

nascidos vivos em 2005. O município em pior situação

neste aspecto é Eldorado do Carajás, com 373,1, seguido

por Bom Jesus do Tocantins, com 350,9. Certamente

os indicadores de saneamento não ajudam a melhorar

esta situação, embora existam Regiões de Integração em

pior situação neste quesito. Segundo dados de 2000, em

relação ao acesso à água tratada, 35,23% dos domicílios

têm acesso à rede geral, enquanto 45,61% possuem acesso

à coleta de lixo (segunda melhor performance entre

as regiões de integração paraenses). Apenas 4,16% dos

domicílios possuem acesso ao esgotamento sanitário via

rede geral. A cobertura do Programa Saúde da Família

cobre cerca de 27% da população da região, sendo que

a maior cobertura ocorre em Canaã dos Carajás, com

72,3, São Domingos do Araguaia, com 50,4%, e São João

do Araguaia, com 44,5%.

Tabela 140: Síntese de Indicadores de Saúde da RI Carajás: Coeficiente de mortalidade infantil, Razão de Mortalidade Materna

e população coberta pelo PSF em 2005/2006

MunicípiosCoeficiente de mortalidade

infantil (1)

Razão de mortalidade materna (1)

% da pop. coberta pelo PSF (2)

Bom Jesus do Tocantins 17,5 350,9 20,7

Brejo Grande do Araguaia 59,8 - 36,7

Canaã dos Carajás 11,5 - 72,3

Curionópolis 22,0 - -

Eldorado dos Carajás 26,1 373,1 22,9

Marabá 23,9 83,9 1,9

Palestina do Pará 28,7 - 10,9

Parauapebas 24,7 66,8 8,6

Piçarra 30,1 - 16,7

São Domingos do Araguaia 24,1 185,2 50,4

São Geraldo do Araguaia 17,0 170,4 35,0

São João do Araguaia 17,0 - 44,5

RI Carajás 25,20 205 27

Fonte: (1) SIM/SINASC / 2005; (2) SIAB / 2006

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Em relação à Educação, os dados também

se mostram preocupantes para a RI Carajás,

sobretudo em relação às médias do IDEB (Índice de

Desenvolvimento da Educação Básica) dos Anos

Iniciais (até 4ª. série), quando Carajás teve uma das

mais baixas performances em relação às Regiões de

Integração, com apenas 2,87 em 2007. O município

com melhor performance neste quesito é Parauapebas,

com 3,70, e os municípios com desempenhos negativos

foram Brejo Grande do Araguaia, com 2,20, e São

Domingos do Araguaia e São Geraldo do Araguaia,

ambos com média de apenas 2,30. O desempenho

desta região melhora em se tratando do IDEB dos

Anos Finais (até 8ª. série), com média de 3,22 em 2007.

Destaque positivo para o desempenho de Canaã dos

Carajás, com 3,80, enquanto o município com pior

desempenho foi São Geraldo de Araguaia, com 2,80.

Tabela 141: IDEB de Anos Iniciais e Anos Finais da RI Carajás, 2005 e 2007

MunicípiosIDEB Anos Iniciais IDEB Anos Finais

2005 2007 2005 2007

Bom Jesus do Tocantins 2,70 2,90 - -

Brejo Grande do Araguaia 2,50 2,20 3,10 3,20

Canaã dos Carajás 3,20 3,30 3,20 3,80

Curionópolis 2,80 3,30 3,50 3,50

Eldorado dos Carajás 2,50 2,80 3,10 3,10

Marabá 2,70 3,30 3,10 3,40

Palestina do Pará 2,30 2,50 3,00 3,10

Parauapebas 3,50 3,70 3,40 3,40

Piçarra - 3,10 2,70 3,00

São Domingos do Araguaia 2,10 2,30 3,20 -

São Geraldo do Araguaia 2,50 2,30 2,50 2,80

São João do Araguaia 2,10 2,70 2,90 2,90

Média da Região 2,63 2,87 3,06 3,22

Fonte: MEC, Prova Brasil e Censo escolar, SAEB

O percentual de pessoas com 15 anos ou mais

analfabetas também é elevado, com 26,85%. O capital

humano da Região de Integração de Carajás, mensurado

pela Média de Anos de Estudo da população adulta da

região é de apenas 3,35, sendo que o município com

melhor performance é Marabá, com 5,05, seguido de

perto por Parauapebas, com 5,04.

Tabela 142: Taxas de Analfabetismo e de Anos de Escolaridade da População Adulta da RI Carajás em 2000

Municípios Taxa de Analfabetismo de Adultos - 2000 (%) Anos de estudo da pop. Adulta - 2000

Bom Jesus do Tocantins 37,15 2,64

Brejo Grande do Araguaia 26,79 3,42

Canaã dos Carajás 18,5 3,35

Curionópolis 26,88 3,08

Eldorado dos Carajás 27,49 2,87

Marabá 17,05 5,05

Palestina do Pará 34,18 3,34

Parauapebas 16,3 5,04

Piçarra 28,06 2,72

São Domingos do Araguaia 29,82 3,04

São Geraldo do Araguaia 25,57 3,02

São João do Araguaia 34,46 2,63

Média da Região 26,85 3,35

Fonte: Censo 2000 – IBGE/Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil, 2003

A região de Carajás é a segunda mais violenta do

Estado, com 37,8 homicídios em cada 100.000 habitantes

no período 2002/2006, sendo que o município mais

violento é Marabá, com média de 79,1, considerado,

inclusive, o mais violento do Pará, segundo dados do

Mapa da Violência dos Municípios Brasileiros.

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ráTabela 143: Taxas média de Homicídios por 100.000 habitantes entre 2002 e 2006 na RI Carajás

Municípios Homicídios Populacional Total

Bom Jesus do Tocantins 44,8

Brejo Grande do Araguaia 46,3

Canaã dos Carajás 34,1

Curionópolis 27,3

Eldorado dos Carajás 52,2

Marabá 79,1

Palestina do Pará 25,1

Parauapebas 56,2

Piçarra 13,7

São Domingos do Araguaia 29,4

São Geraldo do Araguaia 25,1

São João do Araguaia 19,8

Média da Região 37,8

Fonte: Microdados SIM/SVS/MS.

Em relação à disponibilidade de equipamentos

culturais na RI Carajás, tendo como destaque a

existência de bibliotecas públicas, percebe-se a

disponibilidade de 12 unidades nos 12 municípios

do estado, embora existam 2 municípios totalmente

carentes desse equipamento (Eldorado de Carajás

e São Domingos do Araguaia) e 2 municípios com

2 bibliotecas (Marabá e Parauapebas). As maiores

carências se referem a museus e cinemas, com

apenas uma unidade de cada, em toda RI Carajás.

Ainda existem na RI Carajás 12 estádios e ginásios

poliesportivos e 3 teatros ou casas de espetáculos.

DIMENSÃO ECONÔMICA

Com aproximadamente 6,40% da PEA do Estado

do Pará, a Região de Integração Carajás conta, pelas

estatísticas do IBGE em 2000, com a sexta maior

população economicamente ativa, ou seja, o município

de Marabá, por exemplo, perde apenas para Belém e

Ananindeua com uma P.E.A. de 67.776 pessoas do total

de 154.458 pessoas (ou 43,88%). Entre os municípios

com as menores contagens encontramos Palestina do

Pará (com 2.409 pessoas) e Brejo Grande do Araguaia

(com 2.785).

Em número de empregos formais criados, tem-se

que salientar que em todos os municípios pertencentes

à Região foi positivo (comparando-se janeiro de 2009

com dezembro de 2005). Relativamente, o município de

Curionópolis foi o que mais gerou emprego (571,57%)

saindo de 102 empregos em 2005 para 685 empregos

em 2009; seguindo a mesma tendência, o município

de São João do Araguaia fica em segundo (561,90%),

enquanto em 2005 foram criados 21 empregos,

em 2009 já haviam sido criados 139 empregos. Em

termos absolutos, Parauapebas foi o município com o

maior número de postos criados (de 12.248 em 2005

passando para 28.072 em 2009); na direção contrária

está Eldorado dos Carajás, crescendo apenas 9,67%

(em 2005 foram 424 contra 465 em 2009); saldos

negativos entre admitidos e desligados somente nos

municípios de Canaã dos Carajás (-52 postos), Marabá

(-29 postos), São Domingos do Araguaia (-4 empregos)

e Piçarra (-2 empregos).

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Tabela 144: Dimensão Econômica - Mercado de Trabalho

MunicípiosMercado de Trabalho

P.E.A.¹Empregos Formais²

(Jan/2005)Admitidos³ Desligados³

Empregos Formais³ (Jan/2009)

Bom Jesus Do Tocantins 4.663 173 389 365 485

Brejo Grande Do Araguaia 2.785 27 74 59 114

Canaã Dos Carajás 4.030 1.300 1.097 1.149 1.546

Curionópolis 7.039 102 699 666 685

Eldorado Dos Carajás 10.918 424 371 337 465

Marabá 67.776 18.897 14.374 14.403 27.367

Palestina Do Pará 2.409 28 71 71 113

Parauapebas 30.757 12.248 15.092 10.411 28.072

Piçarra 4.251 115 520 522 609

São Domingos Do Araguaia 6.987 135 75 79 220

São Geraldo Do Araguaia 9.520 401 671 495 1.035

São João Do Araguaia 3.323 21 98 69 139

Total Regional 154.458 33.871 33.531 28.626 60.850

Fonte: 1 – População Economicamente Ativa – Censo IBGE: 2000;

2 – SEPOF/MTE/CAGED: 2005;

3 – MTE/CAGED: OUTUBRO/2008 E JANEIRO/2009.

O número de operações de crédito se apresentou

como uma relação inversa ao volume financeiro

negociado, no setor agrícola, de 2006 a 2008, reduzindo-

se em 2009. Para o setor pecuário há visível redução do

número de operações entre 2006 a 2009, mas o volume

negociado varia para baixo em 2007, crescendo em 2008

e reduzindo-se, novamente, em 2009. Em outras palavras,

enquanto que no setor agrícola se visualiza uma redução

no número de contratações, em termos monetários

há uma crescente nos números, ao contrário do setor

pecuário, onde o número de contratações é decrescente,

mas o total nominal é variável de ano para ano.

No município de Marabá, por exemplo, em 2008

foram 97 operações de crédito agrícola contra 15 em 2009

(redução de -84,54%), mas o volume contratado para o

município no mesmo período chega a um incremento

relativo de 271,57% ou, passa em 2008, de R$657.114,10

para, em 2009, R$2.441.639,21. Brejo Grande do

Araguaia, São Geraldo do Araguaia, Palestina do Pará

e Curionópolis, apresentaram poucas ou nenhuma

operações de crédito nos dois últimos anos de análise,

refletindo-se no volume de negócios financiados.

No entanto, a mudança de atividade da pecuária

para outra mais lucrativa, tende a uma redução

significativa quanto ao investimento solicitado para tal

fim. Isso explica, além do fato da crise mundial, a baixa

de investimentos para a Região, ou seja, o município de

Parauapebas foi o que menos realizou contratações em

2009, comparado com 2008 (de 727 para 11 ou queda de

-98,49%), o mesmo conteceu com o volume financeiro

provido das contratações no valor de R$15.357.869,99

(ou queda -94,43%).

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ráTabela 145: Dimensão Econômica – Operações de Crédito

MunicípiosNº De Operações Contratadas De Crédito

2006 2007 2008 2009Agrícola Pecuária Agrícola Pecuária Agrícola Pecuária Agrícola Pecuária

Bom Jesus do Tocantins 05 544 40 520 68 189 09 113

Brejo Grande do Araguaia 37 252 04 49 08 255 06 203

Canaã dos Carajás 22 62 19 99 118 10 82 34

Curionópolis 04 304 31 185 - 44 - 08

Eldorado dos Carajás 13 3.967 30 2.425 - 3.456 96 328

Marabá 409 3.298 230 2.857 97 880 15 268

Palestina do Pará 59 314 - 340 03 418 - 61

Parauapebas 80 1.191 195 890 11 727 07 11

Piçarra 16 188 03 263 80 673 18 364

São Domingos do Araguaia 72 366 40 156 117 386 35 375

São Geraldo do Araguaia 08 617 48 768 05 1.534 06 622

São João do Araguaia 45 236 04 127 02 117 09 112

Total Regional 770 11.339 644 8.679 509 8.689 283 2.499

Fonte: Anuário Estatístico do Crédito Rural do Banco Central do Brasil: 2006; 2007; 2008 e; 2009

Tabela 146: Dimensão Econômica – Operações de Crédito em R$

Municípios

Valor das Operações de Contratadas de Crédito – R$

2006 2007 2008 2009

Agrícola Pecuária Agrícola Pecuária Agrícola Pecuária Agrícola Pecuária

Bom Jesus do Tocantins 108.387,18 5.750.662,90 136.649,16 6.092.468,48 367.468,00 3.763.055,13 31.095,66 1.723.113,88

Brejo Grande do Araguaia 132.052,56 2.062.731,65 12.065,96 1.889.891,25 35.909,15 3.434.070,35 17.004,82 3.294.402,19

Canaã dos Carajás 67.059,14 1.311.418,40 466.711,87 1.657.052,78 484.589,09 918.706,00 403.734,00 1.618.801,76

Curionópolis 307.280,22 9.300.039,66 486.152,17 6.504.669,64 0,00 5.320.261,82 0,00 1.308.956,00

Eldorado dos Carajás 51.127,63 25.905.562,76 162.896,16 16.086.710,54 0,00 27.038.272,87 350.868,80 3.074.536,52

Marabá 1.384.917,36 26.391.226,68 826.741,64 25.961.108,60 657.114,10 15.730.501,89 2.441.639,21 5.584.990,90

Palestina do Pará 130.329,07 1.372.896,52 0,00 3.498.698,79 13.700,64 4.172.879,07 0,00 1.157.285,37

Parauapebas 454.666,75 15.789.757,44 687.089,43 8.571.680,96 174.857,65 10.979.692,69 430.210,75 611.282,25

Piçarra 583.870,77 3.674.783,87 1.157.020,71 8.526.363,12 2.464.462,74 12.017.032,11 208.085,20 10.729.203,48

São Domingos do Araguaia 253.654,42 4.732.398,14 167.898,52 3.524.203,14 915.124,74 5.222.849,17 338.387,56 5.348.415,33

São Geraldo do Araguaia 176.505,71 12.872.090,89 356.792,00 12.137.977,83 136.980,49 19.830.953,73 252.157,80 15.357.869,99

São João do Araguaia 128.066,84 2.113.694,82 14.080,00 2.458.553,67 228.201,66 2.807.084,09 69.114,60 2.035.622,62

Total Regional 3.777.917,65 111.277.263,73 4.474.097,62 96.909.378,80 5.478.408,26 111.235.358,92 4.542.298,40 51.844.480,29

Fonte: Anuário Estatístico do Crédito Rural do Banco Central do Brasil: 2006; 2007; 2008 e; 2009

Em se tratando de números de estabelecimentos

da estrutura econômica abertos na Região de Integração

do Carajás, encontramos, comparativamente, queda de

2001/2004 e 2001/2008, mesmo considerando a Região

dentro da média estadual para os anos analisados (em 2001

com 8,19%; em 2004 igual a 8,16% e; 2008 eram 8,59% do

total de estabelecimentos abertos no Estado do Pará).

Percebe-se, claramente, a recuperação econômica

de 2004 para 2008 (crescimento de 12,50% no período),

com destaque para os municípios de Marabá (3.673 em

2008 contra 3.157 em 2004), Parauapebas (1.831 em

2008 contra 1.437 em 2004) e São Geral do Araguaia

(em 2004 eram 324 passando para 2008 com 460).

Por outro lado, Canaã dos Carajás, Palestina do

Pará e Eldorado dos Carajás foram os municípios que

pouco cresceram relativamente, 2,37% (ou de 295 para

302), 5,56% (de 54 para 57) e 5,93% (de 270 para 286),

respectivamente. Brejo Grande do Araguaia apresentou

registro de crescimento ou queda, isto é, de 2004 para

2008 os valores foram os mesmos: 57 estabelecimentos.

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Tabela 147: Dimensão Econômica: Estrutura Produtiva

MunicípiosNº de Estabelecimentos Produtivos

2001 2004 2008Brejo Grande do Araguaia 112 57 57

Canaã dos Carajás 84 295 302

Curionópolis 624 291 276

Eldorado dos Carajás 277 270 286

Marabá 7.082 3.157 3.673

Palestina do Pará 44 54 57

Parauapebas 1.821 1.437 1.831

Piçarra 161 133 184

São Domingos do Araguaia 165 172 104

São Geraldo do Araguaia 554 324 460

São João do Araguaia 444 61 78

Total Regional 13.548 8.463 9.521

Fonte: MTE/CAGED/RAIS: 2008.

Dos 12 municípios que compõem a Região de

Integração Carajás, apenas 03 participam ou influenciam

diretamente a balança comercial do Estado do Pará e

01, em 2008 (Curionópolis), teve pouca participação

na exportação. E, apesar de ser somente 03, em 2009 o

percentual de participação da Região registrou 57,53%

do total exportado pelo Estado, mesmo com a crise

econômica global de 2009 cuja queda se deu na ordem de

14,83%. Pelo lado das importações, percebe-se que houve

crescimento de 2008 para 2009 no percentual de 14,26%.

Destacamos o município de Parauapebas cujos

efeitos da crise são demonstrados pela pouca variação no

volume das exportações, ou seja, de 2008 para 2009 houve

acréscimo de 0,07% (passando de US$3.836.985.671

para US$3.839.570.234). Os dois municípios mais

afetados com a crise global foram Canaã dos Carajás e

Marabá. Entretanto, todos os municípios apresentam

saldo positivo na balança comercial.

Com a mesma semelhança que se comporta com

a exportação, Parauapebas é o município da Região

de Integração que mais importa, apresentando o

mesmo comportamento de aumento cujo acréscimo

chega ao percentual de 62,88% (em 2008 foram

importados US$98.000494 passando para 2009 com

US$159.625.128). Na mesma direção é registrado para

Marabá com aumento de 72,31% (US$24.244.949 =

2008 para US$41.777.583 = 2009).

Contudo, Canaã dos Carajás apresentou declínio

no volume importado, a queda de 2008 para 2009

é do percentual de -64,96% (ou de US$77.912.255

para US$27.301.165), se comparado com os períodos

anteriores, o município já apresenta queda nos volumes

importados (2007/2009 = -51,97% e 2006/2009 =

-16,83%).

Tabela 148: Dimensão Econômica: Exportações e Importações

Municípios

Exportação e Importação (US$ FOB)

2006 2007 2008 2009

Exportação Importação Exportação Importação Exportação Importação Exportação Importação

Bom Jesus do Tocantins - - - - - - - -

Brejo Grande do Araguaia - - - - - - - -

Canaã dos Carajás 502.554.311 32.824.594 564.899.264 56.844.759 677.627.583 77.912.255 463.764.983 27.301.165

Curionópolis - - - - 86.800 - - -

Eldorado dos Carajás - - - - - - - -

Marabá 491.178.531 30.517.752 620.318.958 34.852.226 1.101.611.616 24.244.949 479.806.929 41.777.583

Palestina do Pará - - - - - - - -

Parauapebas 1.983.193.116 293.638.618 2.321.688.109 86.860.946 3.836.985.671 98.000.494 3.839.570.234 159.625.128

Piçarra - - - - - - - -

São Domingos do Araguaia - - - - - - - -

São Geraldo do Araguaia - - - - - - - -

São João do Araguaia - - - - - - - -

Total Regional 2.976.925.958 356.980.964 3.506.906.331 178.557.931 5.616.311.670 200.157.698 4.783.142.146 228.703.876

Fonte: MDIC/SECEX Dados não informados ou zeros.

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ráBrejo Grande do Araguaia foi o único município

onde não se obteve informações quanto as suas receitas;

no que diz respeito as Receitas Orçamentárias, não há

informações de Curionópolis em 2007, Palestina do Pará

e São João do Araguaia em 2008. Porém, o movimento no

período foi crescente, na relação 2007/2008 o aumento

registrado é de 22,60% (ou R$146.575.247,73); Marabá

registrou um incremento de 57,13% e Parauapebas

aumento de 33,76% (período 2007/2008); Eldorado dos

Carajás e Piçarra foram os municípios que apresentaram

os menores incrementos com 12,19% e 12,73%,

respectivamente, de 2007 para 2008.

Para as Receitas Correntes, e considerando os

municípios do parágrafo anterior que não apresentaram

informações, registrou-se crescente aumento (de 2006

para 2007 em 24,71% e de 2007 para 2008 em 12,42%);

novamente, Marabá e Parauapebas foram os municípios

dentro da Região de Integração que mais aumentaram

suas Receitas Correntes, com 40,52% e 24,51%,

respectivamente, entre os anos 2007 e 2008; Eldorado

dos Carajás e São Domingos do Araguaia foram os que

pouco incrementaram suas receitas, na ordem 6,51% e

6,88%, respectivamente.

Semelhante as receitas, as despesas (correntes,

de pessoal e encargos sociais e de investimento) do

município de Brejo Grande do Araguaia não foram

informadas para o período de 2006 a 2008, bem como

Curionópolis em 2007 e São João do Araguaia em 2008.

Assim como as receitas, as despesas também sofreram

aumento, principal e necessária as despesas com

investimento (que na variação 2006/2008 foi na ordem

de 144,36%) seguido com as de pessoal (2006/2008

igual 42,29%) e, por fim, as correntes que sofreram

um acréscimo de 29,34% (2006/2008), representando

um efeito equilibrado entre receitas e despesas. Em

termos municipais, as despesas com investimento

foram bem significativas em dois dos principais pólos

minerais da região, Marabá e Parauapebas, com médias

de investimentos na ordem 77,75% para o período.

Se considerarmos apenas 2007 e 2008, percebe-

se claramente aumento investimentos em todos os

municípios em que se têm informações, sendo que São

Geraldo do Araguaia recebeu incremento de 7,91%

(2007/2008), bem maior que nos anos 2006/2007 onde

houve redução de -24,27%.

Para as Despesas com Pessoal e Encargos Sociais,

Marabá é o município com maior volume nessa rubrica,

o que automaticamente, representou um maior valor

relativo 2007/2008 com 33,89%, mesmo que em termos

absolutos (e nos mesmos anos), Parauapebas apresentou

maiores valores, relativamente seu incremento se deu

em 18,93%. Por seu turno, Eldorado dos Carajás foi o

município com o menor incremento 2007/2008 (3,19%),

o segundo menor é São Geraldo do Araguaia (13,90%).

As Despesas Correntes também possuíram como

municípios destaques Marabá e Parauapebas, que nos

anos 2007 e 2008, tiveram os maiores incrementos

relativos e absolutos . Piçarra entre 2007 e 2008 foi

o município com o menor valor nesta rubrica, tanto

em termos relativos (acréscimo de 6,51%) quanto em

termos absolutos, seguido relativamente por Eldorado

dos Carajás (7,34%) e absolutamente por São Domingos

do Araguaia.

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o d

o Pa

ráO PIB da Região de Integração do Carajás

cresceu no período de 2005 a 2007 (de 2005 para

2006 na ordem de 16,67% e, para 2006 a 2007, elevou-

se em 8,50%), verifica-se claramente a mudança de

atividade (por exemplo, pecuária para serviços). Deve-

se levar em conta que os números apresentados não

constam com a construção do parque siderúrgico

em vias de implantação na Região, dinamizando-a

significativamente. Para análise, é considerado, contudo,

o Valor Adicionado dos setores pecuário, industrial e de

serviços, conforme a seguir:

a) Setor Agropecuário: no período 2005/2006 o

setor apresentou crescimento, no computo geral

de 13,12%. Para o período posterior (2006/2007),

contudo, queda no valor de -2,62%. Tal indicativo

demonstra a possibilidade de mudança da base

produtiva ou até mesmo a modificação do perfil

pecuarista para o agrícola ou de serviços. Dos

municípios que compõem a Região de Integração,

São João do Araguaia foi o que mais sofreu,

reduzindo o Valor Adicionado da Pecuária de

72,16% (2005/2006) para -25,12% (2006/2007),

mesmo considerando que o valor de 2007 seja

superior ao de 2005. Em termos absolutos,

Marabá foi o que apresentou o maior Valor

Adicionado do setor para todos os períodos; no

outro extremo, Palestina do Pará foi o município

que apresentou o menor Valor Adicionado ,

também, para todos os anos apresentados.

b) Setor Industrial: apesar do crescimento de

2005 para 2006 (18,11%), o período seguinte

demonstrou números negativos (-3,27%). O

desaquecimento industrial foi mais sentido

no município de São João do Araguaia, que

registrou valores de -22,91% de 2006/2007 (ao

contrário de Curionópolis que, nos mesmos anos,

aumentou 78,32%). Porém, em termos nominais,

Parauapebas apresentou os maiores valores do

período, seguido de Marabá e Canaã dos Carajás.

O oposto para o setor está o município de Brejo

Grande do Araguaia, seguido de Palestina do

Pará e São João do Araguaia;

c) Setor de Serviços: dos setores econômicos

apresentados, o de serviço foi o que apresentou

crescimento de 2005/2006 e de 2006/2007

com valores relativos a 15,87% e 25,85%,

respectivamente. Destacou-se Curionópolis

como o município que mais cresceu

relativamente, chegando ao último período

com 33,08% (nos anos anteriores – 2005/2006

– este valor era de 5,74%), seguidos de Marabá

(30,55%) e Parauapebas (23,43%); Palestina do

Pará foi o município que apresentou os menores

valores absolutos para 2006/2007 com R$14.045

(Mil), antes deste estão, em 2007, Brejo Grande

do Araguaia (R$15.353 Mil) e São João do

Araguaia (R$321.881 Mil).

Relativamente, o PIB Per Capita cresceu de 2005

para 2006 (9,21%); reduzindo-se no seguinte em -16,95%.

Dentre os municípios que fazem parte da Região de

Integração, em números relativos, Canaã dos Carajás

com o maior (R$46.854 = 2005; R$50.488 = 2006 e;

R$28.019= 2007), depois Parauapebas e Marabá, sendo

que aquele sofreu redução proporcional de -26,47%

de 2006/2007. São João do Araguaia, novamente, foi

o município com o menor valor na relação PIB Per

Capita com: R$2.055 em 2005, R$2.372 em 2006 e

R$2.992 em 2007, considerando os valores percentuais,

estes apresentaram crescimento para o município com:

2005/2006 = 15,43% e 2006/2007 = 26,13%. São João do

Araguaia foi superado, no ano de 2007, por Palestina do

Pará (R$3.256) e São Domingos do Araguaia (R$3.887)

Tabela 151: Informações Medidas de Riqueza – Produto Interno Bruto – PIB e Renda Per Capita

Municípios

PIB - em MIL R$ Renda Per Capita

em R$Agropecuária Indústria Serviços

2005 2006 2007 2005 2006 2007 2005 2006 2007 2005 2006 2007

Bom Jesus do Tocantins 21.292 22.950 24.036 3.433 3.122 3.579 21.904 23.445 27.085 3.396 3.560 4.272

Brejo Grande do Araguaia 13.277 14.413 13.410 1.629 1.859 1.856 14.358 14.259 15.353 3.689 3.785 4.202

Canaã dos Carajás 28.436 28.981 30.336 493.960 534.954 467.716 94.134 111.941 139.180 46.854 50.488 28.019

Curionópolis 23.442 28.263 28.932 3.602 5.369 9.574 26.139 27.640 36.782 3.755 4.636 4.418

Eldorado dos Carajás 27.766 33.822 38.455 22.659 28.222 24.540 54.179 62.707 63.198 2.653 3.013 4.652

Marabá 68.144 80.662 71.786 711.182 979.746 1.012.952 1.041.289 1.240.509 1.619.530 10.622 13.055 15.857

Palestina do Pará 6.833 7.351 8.191 2.057 2.177 2.420 12.279 12.663 14.045 2.456 2.514 3.526

Parauapebas 28.846 35.909 33.107 1.879.077 2.126.321 2.039.262 585.994 662.767 818.085 29.114 31.320 23.029

Piçarra 34.508 31.941 32.292 5.629 8.238 6.850 23.894 25.913 27.136 4.643 4.721 5.386

São Domingos do Araguaia 21.968 23.961 21.970 4.091 4.862 5.043 40.478 44.043 52.092 2.905 3.099 3.887

São Geraldo do Araguaia 42.014 45.235 44.704 6.071 6.358 6.968 53.276 56.233 67.328 3.818 4.070 4.929

São João do Araguaia 7.719 13.289 9.951 3.073 3.134 2.416 22.088 23.647 21.881 2.055 2.372 2.992

Total Regional 324.245 366.776 357.170 3.136.463 3.704.363 3.583.176 1.990.013 2.305.767 2.901.695 115.958 126.633 105.169

Fonte: IDESP/IBGE

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DIMENSÃO INFRAESTRUTURA

A malha rodoviária dos doze municípios que

compõe a Região de Integração Carajás com 766,50

Km é a segunda malha em extensão de rodovias

pavimentadas no estado. Os municípios de Parauapebas

com 163,55 Km e Marabá com 149,60 Km de rodovias

pavimentadas são os que detêm a maior extensão.

Entretanto, essa região também apresenta o município

de Piçarra sem rodovias pavimentadas.

Quanto aos serviços de transporte essa região

é predominantemente atendida pelos transportes

terrestres, em sua quase totalidade de municípios (92%)

por Mototáxi e Táxi, as Vans são usadas em 100% dos

municípios e complementam os transportes urbanos nos

municípios da região. Como particularidade essa região

oferece serviço de transporte ferroviário nos municípios

de Marabá e Parauapebas com um trajeto interestadual

tendo como destino São Luis do Maranhão, em outro

extremo, o município de Brejo Grande do Araguaia é o

único que não tem acesso por ônibus intermunicipal. O

atendimento de serviços por barco ocorre nos seguintes

municípios: Brejo Grande do Araguaia, Palestina do

Pará, Piçarra, São Geraldo do Araguaia e São João do

Araguaia. Entretanto, o transporte aeroviário é ofertado

com baixo índice de acessibilidade, existindo somente

no município de Marabá.

Em relação à distribuição de energia elétrica, ao

se considerar o consumo industrial mensal em KW/H

por município, na Região de Integração Carajás se

destaca o município de Marabá com 19.287.755 KW/H,

correspondendo a 93,75% do consumo da região o

que indica a existência de uma significativa planta

industrial caracterizando esse município como um

pólo de desenvolvimento. Por outro lado, em oposição a

esse cenário de desenvolvimento, aparece com o menor

consumo industrial o município de Brejo Grande do

Araguaia com 5.000 KW/H.

Com o Programa Luz Para Todos, foram realizadas

13.037 ligações, no período de 2004 a 2009, beneficiando

famílias de baixa renda, e que 80% destas moram no

meio rural. A tabela distribuição de ligações mostra que

no período de 2007 a 2009, o número de ligações foi

quatro vezes maior que o período de 2004 a 2006.

Tabela 152: Distribuição de ligações pelo Programa Luz para Todos

Ligações

Ano Ligações Realizadas Ligações Acumuladas

2004 0 0

2005 544 544

2006 1.936 2.480

2007 4.219 6.699

2008 2.142 8.841

2009 4.196 13.037

2010 (jan) 0 13.037

Fonte: CELPA

Pela Tabela de indicadores de infraestrutura,

verifica-se que das 621 escolas de ensino fundamental

que esta região possui, o município de Marabá apresenta

o maior número de instituições de ensino fundamental

com 232 escolas, destas 203 são municipais e 29

privadas. Entretanto, observa-se na mesma tabela que

em Palestina do Pará, o ensino fundamental é assistido

por nove escolas de responsabilidade municipal.

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ráTabela 153: Indicadores de Infraestrutura – RI Carajás

Municípios Rodovia Pavimentada (Km)) Ônibus Inter-municipal (2) Consumo/Kwh Industrial (3)Total de Escolas do Ensino

fundamental

Bom Jesus do Tocantins 59,20 Sim 35.080 16

Brejo Grande do Araguaia 40,70 Não 5.000 16

Canaã dos Carajás 40,00 Sim 89.585 18

Curionópolis 37,20 Sim 14.374 24

Eldorado dos Carajás 96,15 Sim 567.629 65

Marabá 149,60 Sim 19.287.755 232

Palestina do Pará 0,00 Sim 74.905 9

Parauapebas 163,55 Sim 333.098 51

Piçarra 0,00 Sim 53.099 33

São Domingos do Araguaia 50,50 Sim 45.158 59

São Geraldo do Araguaia 60,00 Sim 53.241 65

São João do Araguaia 69,60 Sim 13.820 33

Total 766,50 92% 20.572.744 621

Fontes: 1. SEIR, SETRAN 2007; 2. SETRAN - 2006 IBGE/MUNIC - 2008; 3. REDE CELPA, 2007; 4. IBGE, 2007.

DIMENSÃO AMBIENTAL

A Região de Integração Carajás, contempla em

seu território a Regiões Hidrográficas do Tocantins de

acordo com a resolução 32/2003 do Conselho Nacional

de Recursos Hidricos, abragendo as seguinte bacias

hidrográficas a do Rio Itacaúnas/ Parauapebas, Rio

Araguaia e a confluência Tocantins/ Araguaia.

Ao se analisar os dados do MZEE-PA (SEMA,

2009), a Região Carajás possui 73 % de sua área

territorial inserida na Zona de Consolidação de

atividades produtivas, cerca de 33.187 km². As áreas

protegidas nesta região somam em torno de 11.803

km², classificadas em UC de Proteção Integral, Uso

Sustentável e Terras Indígenas, ver tabela 154.

Tabela 154: Áreas Protegidas da RI Carajás, em 2009.Categoria MZEE Áreas Protegidas Área Absoluta (km²) Área Relativa (%)

Proteção IntegralReserva Biológica do Tapirapé 966,55 2,15

Parque Estadual Serra dos Martírios/Andorinhas 251,40 0,56

Uso Sustentável

Área de Proteção Ambiental de Barreiro das Antas 15,15 0,03

Floresta Nacional Tapirapé-Aquiri 1.643,66 3,66

Floresta Nacional Itacaiúnas 815,62 1,81

Floresta Nacional Carajás 3.909,68 8,70

Reserva Particular do Patrimônio Nacional - Fazenda Pioneira 1,10 0,01

Área de Proteção Ambiental São Geraldo do Araguaia 269,48 0,60

Área de Proteção Ambiental do Igarapé Gelado 226,45 0,50

Terras Indígenas

Sororó 262,31 0,58

Mãe Maria 631,64 1,40

Xikrin do Rio Catete 2.810,29 6,25

Consolidação Área de Consolidação das Atividades Produtivas 33.187,97 73,75

RI Carajás 44.991,30 100,00

Fonte: SEMA, 2009.

Ao analisar a tabela 155, o município de Parauapebas

é o que possui maior extensão territorial de áreas

protegidas da RI Carajás, totalizando 5.595 km², seguido

de Marabá, com cerca de 3.583 km² de áreas protegidas.

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Tabela 155: Áreas Protegidas da RI Carajás, por município, em 2009

Município UC de Proteção Integral (km²)

UC de Uso Sustentável (km²) Terras Indígenas (km²) Consolidação (km²)

Bom Jesus do Tocantins 0,00 0,00 629,36 2.199,09Brejo Grande do Araguaia 0,00 0,00 42,99 1.220,74Canaã dos Carajás 0,00 1.199,86 3,99 1.959,60Curionópolis 0,00 0,00 0,00 2.379,02Eldorado dos Carajás 0,00 0,00 0,00 2.970,63Marabá 966,77 2.459,53 157,19 11.575,21Palestina do Pará 0,00 0,55 0,00 982,38Parauapebas 0,00 2.937,11 2.658,46 1.460,83Piçarra 0,00 0,00 0,00 3.324,32São Domingos do Araguaia 0,00 0,00 12,91 1.384,77São Geraldo do Araguaia 251,18 284,08 199,72 2.660,51São João do Araguaia 0,00 0,00 0,00 1.070,87RI Carajás 1.217,95 6.881,13 3.704,62 33.187,96Pará 129.505,41 327.224,72 284.688,36 396.683,93

Fonte: SEMA, 2009.

CLIMA

Observa-se claramente que a região de Carajás,

caracteriza-se como a menos chuvosa onde a

precipitação anual é menor, com valores entre 1.700 a

1.900 mm. A região possui o menor números de dias de

chuva ficando na faixa de 125 a 150 dias por ano, levando

o trimestre mais chuvoso os meses de janeiro, fevereiro e

março e os meses de junho, julho e agosto os mais secos.

A região mostra-se como a que possui temperatura

máxima entrono de 32°C e a menor no valor de 31°C.

DESMATAMENTO

A Região de Integração Carajás, no ano de

2008, apresentava valores de desmatamento total de

aproximadamente 26.536,10 km², cerca de 11,49%

responsável pelo desmatamento em todo o Estado,

segundo dados do PRODES, 2009.

Quando se analisa os municípios da Região

do Carajás no ano de 2008, destaca-se o município

de Marabá (7.886,80 km²) por cerca de 29,72% do

desmatamento ocorrido na Região. Todos os municípios

têm apresentado uma variação positiva no percentual de

desmatamento entre o período de 2002 a 2008.

Tabela 156: Incremento do desflorestamento na RI Carajás, por município, até 2007, (área absoluta em km²).

MunicípiosDesflorestamento (km²)

Até 1997De 1997 a 2000

Em 2001 Em 2002 Em 2003 Em 2004 Em 2005 Em 2006 Em 2007Total (Até

2007)Bom Jesus do Tocantins 1.410,00 97,55 38,78 42,59 14,51 57,82 30,19 9,23 14,48 1.715,15Brejo Grande do Araguaia

868,00 51,99 41,68 11,70 24,46 19,05 14,77 5,30 7,55 1.044,50

Canaã dos Carajás 1.466,00 165,56 11,97 15,68 17,01 34,52 13,50 1,30 3,85 1.729,39Curionópolis 1.941,00 42,43 9,78 13,67 10,67 10,57 4,02 - 10,22 2.042,36Eldorado dos Carajás 1.937,00 262,76 123,82 65,72 31,05 111,91 71,19 9,33 29,62 2.642,40Marabá 4.662,00 991,90 368,65 255,42 465,92 300,38 128,03 295,13 166,46 7.633,89Palestina do Pará 620,00 51,28 25,08 30,22 7,29 24,77 22,94 2,70 8,45 792,73Parauapebas 929,00 196,18 40,09 28,44 24,81 43,34 20,52 8,57 15,53 1.306,48Piçarra 2.348,00 125,12 51,96 55,90 9,56 118,97 117,83 12,87 18,25 2.858,46São Domingos do Araguaia

987,00 111,50 41,33 14,44 28,33 37,44 20,46 3,60 11,38 1.255,48

São Geraldo do Araguaia 2.128,00 121,25 67,13 31,22 19,29 64,41 23,16 6,22 14,14 2.474,82São João do Araguaia 608,00 62,76 37,18 39,86 21,21 37,12 34,45 5,68 12,20 858,46RI CARAJÁS 19.904,00 2.280,28 857,45 604,86 674,11 860,30 501,06 359,93 312,13 26.354,12

Fonte: INPE (2008)

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2Parte

REGIÃO GUAMÁ

DIMENSÃO INSTITUCIONAL

ARegião de Integração Guamá é formada por 18

municípios: Castanhal, Colares, Curuçá, Igarapé-

Açu, Inhangapi, Magalhães Barata, Maracanã,

Marapanim, Santa Isabel do Pará, Santa Maria do Pará,

Santo Antônio do Tauá, São Caetano de Odivelas, São

Domingos do Capim, São Francisco do Pará, São João da

Ponta, São Miguel do Guamá, Terra Alta e Vigia.

Figura 05: Região de Integração Guamá

Elaboração: SEIR/ GeoPARÁ, 2009

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ráO perfil da rede municipal é predominantemente

composto por unidades territoriais de classe de tamanho

pequeno; sendo por esta classificação do IBGE possível

encontrar: um município CTMP1, com população até

5000 hab.; três municípios CTMP2, com população

de 5001 a 10.000 hab.; três municípios CTMP3, com

população de 10.001 a 20.000 hab.; nove municípios

CTM4, com população de 20.001 a 50.000 hab.; um

município CTM5, com população de 50.001 a 100.000

hab.; e um município CTM Médio. Dos 18 municípios

que da RI Guamá, 16 municípios (88%) foram instalados

antes da Constituição de 1988 e dois municípios (12%)

foram criados posteriormente. Os municípios mais

recentemente instalados datam de 1993 e 1997, e são:

Terra Alta e São João da Ponta respectivamente.

Tabela 157: Perfil Rede Municipal na RI Guamá

Municípios Ano de criação do município Classes de tamanho da população do município

Castanhal 1932 Município Médio

Colares 1961 Município Pequeno 3

Curuçá 1933 Município Pequeno 4

Igarapé-Açu 1906 Município Pequeno 4

Inhangapi 1943 Município Pequeno 2

Magalhães Barata 1961 Município Pequeno 2

Maracanã 1755 Município Pequeno 4

Marapanim 1931 Município Pequeno 4

Santa Isabel do Pará 1933 Município Pequeno 5

Santa Maria do Pará 1961 Município Pequeno 4

Santo Antônio do Tauá 1961 Município Pequeno 4

São Caetano de Odivelas 1935 Município Pequeno 3

São Domingos do Capim 1890 Município Pequeno 4

São Francisco do Pará 1943 Município Pequeno 3

São João da Ponta 1997 Município Pequeno 1

São Miguel do Guamá 1870 Município Pequeno 4

Terra Alta 1993 Município Pequeno 2

Vigia 1698 Município Pequeno 4

Fonte: IBGE e Contagem Populacional 2007

A frequência e a abrangência, dos principais

instrumentos legais da administração pública local

na RI nos remete ao seguinte quadro: em 100% dos

municípios podem-se evidenciar a existência da Lei de

Diretrizes Orçamentárias e da Lei de Orçamento Anual.

Quanto a Lei do Perímetro Urbano, em três municípios

(16%) da RI se verifica a existência desta norma; em

contrapartida verifica-se a ausência desta legislação em

sete municípios (84%). No que se refere a Lei Orgânica

Municipal, determinação constitucional, esta norma é

presente em 100% dos municípios da RI. Já a existência do

Plano Diretor, instrumento obrigatório para municípios

acima de 20.000 habitantes, está configurada em doze

dos municípios (66%) da RI e ausente em seis municípios

(33%). É importante destacar que nos seis municípios

onde este instrumento não pôde ser encontrado, Santo

Antonio do Tauá tem população acima de 20000 hab.

Já em Inhangapi, Magalhães Barata, São Caetano de

Odivelas, São João da Ponta e Terra Alta a população

não excede 20.000 mil habitantes.

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Tabela 158: Legislação Municipal e Instrumento do Planejamento Municipal na RI Guamá

Municípios Lei de Diretrizes Orçamentária

Lei de Orçamento Anual

Lei de Perímetro Urbano

Ano da Lei Orgânica

Existência do Plano Diretor

Castanhal Sim Sim Sim 1990 Sim

Colares Sim Sim Não 2001 Sim

Curuçá Sim Sim Não 1990 Sim

Igarapé-Açu Sim Sim Não 1990 Sim

Inhangapi Sim Sim Não 2000 Não

Magalhães Barata Sim Sim Não 1989 Não

Maracanã Sim Sim Não 1990 Sim

Marapanim Sim Sim Não 1999 Sim

Santa Isabel do Pará Sim Sim Sim 1990 Sim

Santa Maria do Pará Sim Sim Não 1990 Sim

Santo Antônio do Tauá Sim Sim Não 1993 Não

São Caetano de Odivelas Sim Sim Sim 1990 Não

São Domingos do Capim Sim Sim Não 1990 Sim

São Francisco do Pará Sim Sim Não 1990 Sim

São João da Ponta Sim Sim Não 1997 Não

São Miguel do Guamá Sim Sim Não 1990 Sim

Terra Alta Sim Sim Não 1993 Não

Vigia Sim Sim Não 2000 Sim

Fonte: IBGE, Munic. 2004, 2005 e 2008

Quanto ao quesito recurso para a gestão, observa-

se o seguinte quadro na RI Guamá: a) 15 municípios

cobram o IPTU (83%) e três municípios (16%) não

efetivaram este instrumento – esses são Magalhães

Barata, São Domingos do Capim e São João da Ponta;

b) em dez municípios da RI (55%) foi formalizado o

cadastro do ISS; sendo que em cinco municípios (27%)

o cadastro do ISS é informatizado; c) 18 municípios

cobram taxa de iluminação pública (100%); d) já a

taxa de coleta de lixo está presente em seis municípios

(33%), são esses os municípios de Castanhal, Colares,

Inhangapi, Santa Isabel do Pará, Santo Antônio do Tauá

e São Caetano de Odivelas.

Tabela 159: Recursos para Gestão na RI Guamá

Municípios Município Cobra IPTU

Cadastro ISS Existência

Cadastro ISS Informatizado

Taxa Iluminação Pública

Taxa Coleta de Lixo

Castanhal Sim Sim Não Sim Sim

Colares Sim Sim Sim Sim Sim

Curuçá Sim Sim Não Sim Não

Igarapé-Açu Sim Não Não aplicável Sim Não

Inhangapi Sim Não Não aplicável Sim Sim

Magalhães Barata Não Não Não aplicável Sim Não

Maracanã Sim Não Não aplicável Sim Não

Marapanim Sim Não Não aplicável Sim Não

Santa Isabel do Pará Sim Sim Sim Sim Sim

Santa Maria do Pará Sim Sim Sim Sim Não

Santo Antônio do Tauá Sim Sim Sim Sim Sim

São Caetano de Odivelas Sim Sim Não Sim Sim

São Domingos do Capim Não Não Não aplicável Sim Não

São Francisco do Pará Sim Sim Sim Sim Não

São João da Ponta Não Não Não aplicável Sim Não

São Miguel do Guamá Sim Sim Não Sim Não

Terra Alta Sim Não Não aplicável Sim Não

Vigia Sim Sim Não Sim Não

Fonte: IBGE, MUNIC 2006.

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ráTabela 160: Conselhos Municipais na RI Guamá

Municípios

Conselho de Habitação Conselho de Educação

ExistênciaExistência

de paridade

Periodicidade reuniões

Existência Consultivo Deliberativo Normativo FiscalizadorExistência de

paridade

Freqüência reuniões (em

2006)

Castanhal NãoNão

aplicávelNão

aplicávelSim Sim Sim Sim Sim Paritário Sim

Colares NãoNão

aplicávelNão

aplicávelSim Não Não Não Sim Paritário Sim

Curuçá NãoNão

aplicávelNão

aplicávelNão

Não aplicável

Não aplicável

Não aplicável

Não aplicável

Não aplicável

Não aplicável

Igarapé-Açu NãoNão

aplicávelNão

aplicávelNão

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Não aplicável

Não aplicável

Não aplicável

Não aplicável

Não aplicável

Inhangapi NãoNão

aplicávelNão

aplicávelSim Sim Não Sim Sim Paritário Sim

Magalhães Barata NãoNão

aplicávelNão

aplicávelSim Sim Sim Não Sim Paritário Sim

Maracanã NãoNão

aplicávelNão

aplicávelNão

Não aplicável

Não aplicável

Não aplicável

Não aplicável

Não aplicável

Não aplicável

Marapanim NãoNão

aplicávelNão

aplicávelNão

Não aplicável

Não aplicável

Não aplicável

Não aplicável

Não aplicável

Não aplicável

Santa Isabel do Pará NãoNão

aplicávelNão

aplicávelSim Sim Sim Sim Sim

Sociedade civil

Sim

Santa Maria do Pará NãoNão

aplicávelNão

aplicávelSim Sim Sim Não Sim Paritário

Cinco reuniões

Santo Antônio do Tauá NãoNão

aplicávelNão

aplicávelNão

Não aplicável

Não aplicável

Não aplicável

Não aplicável

Não aplicável

Não aplicável

São Caetano de Odivelas NãoNão

aplicávelNão

aplicávelNão

Não aplicável

Não aplicável

Não aplicável

Não aplicável

Não aplicável

Não aplicável

São Domingos do Capim NãoNão

aplicávelNão

aplicávelNão

Não aplicável

Não aplicável

Não aplicável

Não aplicável

Não aplicável

Não aplicável

São Francisco do Pará NãoNão

aplicávelNão

aplicávelNão

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Não aplicável

Não aplicável

Não aplicável

Não aplicável

São João da Ponta NãoNão

aplicávelNão

aplicávelNão

Não aplicável

Não aplicável

Não aplicável

Não aplicável

Não aplicável

Não aplicável

São Miguel do Guamá NãoNão

aplicávelNão

aplicávelNão

Não aplicável

Não aplicável

Não aplicável

Não aplicável

Não aplicável

Não aplicável

Terra Alta NãoNão

aplicávelNão

aplicávelSim Sim Sim Sim Sim Governamental Duas reuniões

Vigia NãoNão

aplicávelNão

aplicávelNão

Não aplicável

Não aplicável

Não aplicável

Não aplicável

Não aplicável

Não aplicável

Fonte: IBGE, MUNIC 2005 e 2006.

Tabela 161: Cooperação Intergovernamental na RI Guamá

Municípios

Educação Saúde

Consórcio público

Intermunicipal

Consórcio público Estado

Consórcio público União

Convênio de

parceria com setor

privado

Apoio do setor

privado ou de

comunidades

Consórcio público

Intermunicipal

Consórcio público Estado

Consórcio público União

Convênio de

parceria com setor

privado

Apoio do setor privado

ou de comunidades

Castanhal Não Sim Sim Não Não Sim Sim Sim Não NãoColares Não Não Não Não Não Sim Não Não Não NãoCuruçá Não Não Não Não Não Não Não Não Não NãoIgarapé-Açu Não Não Não Não Não Não Não Não Não NãoInhangapi Sim Não Não Não Não Não Não Não Não NãoMagalhães Barata Não Não Não Não Não Não Não Não Não NãoMaracanã Não Não Não Não Não Não Não Não Não NãoMarapanim Não Não Não Não Não Não Não Não Não NãoSanta Isabel do Pará Não Não Não Não Não Sim Não Não Não NãoSanta Maria do Pará Não Não Não Não Não Não Não Não Não NãoSanto Antônio do Tauá Não Sim Sim Não Não Não Sim Sim Não NãoSão Caetano de Odivelas Não Não Não Não Não Não Não Não Não NãoSão Domingos do Capim Não Não Não Não Não Não Não Não Não NãoSão Francisco do Pará Não Não Não Não Não Não Não Não Não NãoSão João da Ponta Não Não Não Não Não Não Não Não Não NãoSão Miguel do Guamá Sim Sim Não Não Não Sim Sim Não Não NãoTerra Alta Não Não Não Não Não Não Não Não Não NãoVigia Não Sim Sim Não Não Não Sim Sim Não Não

Fonte: IBGE, MUNIC 2005.

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Os conselhos de educação nesta RI estão em sete

(38%) dos 18 municípios. Entre esses, alguns operam

em caráter consultivo - notadamente nos municípios

de Castanhal, Inhangapi, Magalhães Barata, Santa Isabel

do Pará, Santa Maria do Pará, e Terra Alta; em caráter

deliberativo – Castanhal, Magalhães Barata, Santa Isabel

do Pará, Santa Maria do Pará, e Terra Alta; em caráter

normativo – Castanhal, Inhangapi, Santa Isabel do Pará e

Terra Alta; e em caráter fiscalizador – Castanhal, Colares,

Inhangapi, Magalhães Barata, Santa Isabel do Pará,

Santa Maria do Pará, e Terra Alta. Ainda nos municípios

onde esta instância de participação pode ser observada,

cinco municípios têm paridade na representação

entre governo e sociedade civil - Castanhal, Colares,

Inhangapi, Magalhães Barata e Santa Maria do Pará;

tendo o município de Santa Isabel do Pará, neste quesito,

uma representação maior da sociedade civil no órgão

colegiado; e o município de Terra Alta, neste quesito, uma

representação governamental maior no órgão colegiado.

As instâncias de cooperação intergovernamental

expostas espelham o quadro em duas áreas: saúde e

educação. Na educação se destacam os consórcios

municipais em Inhangapi e São Miguel do Guamá;

o consórcio com o Estado em quatro municípios -

Castanhal, Santo Antonio do Tauá, São Miguel do

Guamá e Vigia; e o consórcio com a União, que por

obrigatoriedade legal também inclui o Estado, nos

municípios de Castanhal, Santo Antonio do Tauá, São

Miguel do Guamá e Vigia. Os convênios de parceira

com o setor privado na área da educação não foram

registrados na RI Guamá. Também não há registro no

quesito apoio do setor privado ou de comunidades a

municípios nesta região de integração.

Com relação a cooperação intergovernamental

na saúde o quadro da RI Guamá é o seguinte: o

consorciamento intermunicipal está presente em quatro

municípios - Castanhal, Colares, Marapanim, e São

Miguel do Guamá; os consorciamentos municipal com o

Estado e a União envolvem os municípios de Castanhal,

Santo Antonio do Tauá, São Miguel do Guamá e Vigia.

Não foram verificados convênios de parceria com o

setor privado, nem tão pouco apoio do setor privado ou

de comunidades a municípios

DIMENSÃO SOCIAL

A Região de Integração Guamá é uma das

mais numerosas do Pará em termos de quantidade

de municípios, pois é composta por dezoito (18)

municípios, sendo que sete (7) tem menos de 20 mil

habitantes, nove (9) se situam na faixa entre 20 mil e 50

mil habitantes, um se situa na faixa entre 50 mil e 100

mil habitantes, que é Santa Izabel do Pará, e o maior

município da região, Castanhal, tem mais de 100 mil

habitantes, ou, mais precisamente, 161.497 habitantes

em 2008. Segundo a estimativa do IBGE para 2008, a

população total da RI Guamá contava com 589.415

habitantes, correspondente a 7,93% da população do

Pará. Em 2007, ainda de acordo com IBGE, a região

era a terceira mais urbanizada do Estado, com índice

de 61,83%, sendo que o município de Castanhal mais

urbanizado, com 90,15%, seguido por Santa Izabel do

Pará, com 76,52%. O município com maior proporção

de população rural era São Domingos do Capim, com

78,56%, seguido por São João da Ponta, com 73,95%.

Tabela 162: População Total, Urbana e Rural da RI Guamá

Municípios Pop. Total 2008 (01)2007 (02)

Urbana % Rural %Castanhal 161.497 90,15% 9,85%Colares 11.433 30,46% 69,54%Curuçá 36.748 38,01% 61,99%Igarapé-Açu 35.241 60,15% 39,85%Inhangapi 10.377 26,51% 73,49%Magalhães Barata 7.895 51,71% 48,29%Maracanã 29.417 42,48% 57,52%Marapanim 28.011 38,39% 61,61%Santa Isabel do Pará 55.570 76,52% 23,48%Santa Maria do Pará 23.202 56,16% 43,84%Santo Antônio do Tauá 26.855 52,37% 47,63%São Caetano de Odivelas 16.862 42,00% 58,00%São Domingos do Capim 27.923 21,44% 78,56%São Francisco do Pará 11.743 34,45% 65,55%São João da Ponta 5.038 26,05% 73,95%São Miguel do Guamá 44.818 59,12% 40,88%Terra Alta 10.580 44,69% 55,31%Vigia 46.205 69,71% 30,29%RI Guamá 589.415 61,83% 38,17%

Fonte: IBGE, Estimativas populacionais 2008 (1) e 2007 (2)

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o Pa

ráEm relação aos indicadores de desenvolvimento

humano, a Região de Integração Guamá apresentou

um IDHM (Índice de Desenvolvimento Humano

Municipal) de 0,69 no ano de 2000, considerado como

de valor médio, apresentando uma variação de 11,51%

em relação ao IDHM de 1991. A análise do IDHM

decomposto da RI Guamá revela que o IDHM-Renda

da região (com média de 0,54) apresentou um certo

desequilíbrio em relação aos índices sociais (IDHM-

Longevidade e IDHM-Educação), que se situaram

ambos no patamar de 0,72. Estes índices revelam,

à primeira vista, níveis de atividades econômicas

relativamente baixos no conjunto da RI Guamá em

2000. O município com melhor desempenho em termos

de renda per capita é Castanhal, com IDHM-Renda de

0,62. Na área de saúde, o melhor IDHM-Longevidade

da região é de Vigia, com 0,77. Em termos de educação,

o melhor desempenho é o de Curuçá, com a média de

0,87. Alguns municípios possuem médias de IDHM-

Renda considerados baixos (ou seja, abaixo de 0,50),

como é o caso de Magalhães Barata (0,48), Maracanã

(0,47) e São Domingos do Capim (0,48).

Tabela 163: Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) decomposto em índices de Renda, Longevidade

e Educação na RI Guamá em 2000

Municípios IDHM IDHM-Renda IDHM-Longevidade IDHM-Educação

Castanhal 0,75 0,62 0,76 0,85Colares 0,71 0,53 0,76 0,85Curuçá 0,71 0,56 0,70 0,87Igarapé-Açu 0,67 0,53 0,70 0,79Inhangapi 0,68 0,55 0,73 0,76Magalhães Barata 0,67 0,48 0,70 0,84Maracanã 0,66 0,47 0,70 0,80Marapanim 0,70 0,51 0,74 0,86Santa Isabel do Pará 0,72 0,58 0,73 0,86Santa Maria do Pará 0,65 0,58 0,66 0,71Santo Antônio do Tauá 0,69 0,52 0,73 0,83São Caetano de Odivelas 0,70 0,53 0,74 0,83São Domingos do Capim 0,63 0,48 0,71 0,68São Francisco do Pará 0,69 0,58 0,70 0,80São João da Ponta 0,67 0,52 0,70 0,80São Miguel do Guamá 0,67 0,58 0,67 0,77Terra Alta 0,71 0,53 0,74 0,86Vigia 0,73 0,58 0,77 0,85Média da Região 0,69 0,54 0,72 0,81

Fonte: Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil, 2003

O coeficiente de mortalidade infantil do Guamá

é de 20 ocorrências de morte em crianças menores de

cinco anos por mil nascidos vivos, índice que pode ser

considerado regular, não tão distante da meta estipulada

pelos Objetivos de Desenvolvimento do Milêncio

(ODM) para o Estado do Pará alcançar até 2015, que

é de 16,03. Os municípios com melhor performance

neste aspecto são Colares (10,3) e Curuçá (10,5),

enquanto os que estão em situação mais crítica são

Magalhães Barata (52,2 e Igarapé-Açu (25,2). A razão

de mortalidade materna é de 195 ocorrências de mortes

de mães em 100.000 nascidos vivos em 2005, que pode

ser considerado elevado, realidade, entretanto, que é

muita parecida às das demais regiões de integração

paraenses. A cobertura do Programa Saúde da Família

atingiu 54% da população em 2006, índice que pode ser

considerado de bom nível em relação às demais Regiões

de Integração. Em relação a Saneamento, o índice de

cobertura de domicílios pela rede geral de tratamento

de água é de 47,54%, que pode ser considerado razoável

quando comparado às demais regiões de integração. O

índice de cobertura de domicílios pela coleta de lixo é

de 40,89%, enquanto a cobertura de esgoto sanitário

via rede geral é precário, na ordem de apenas 1,18%,

seguindo trilha semelhante das demais regiões.

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Tabela 164: Síntese de Indicadores de Saúde da RI Guamá em 2005/2006

Municípios Coeficiente de mortalidade infantil (1)

Razão de mortalidade materna (1)

% da pop. coberta pelo PSF (2)

Castanhal 15,1 30,2 70,0 Colares 10,3 - 59,3 Curuçá 10,5 - 34,0 Igarapé-Açu 25,2 - 43,6 Inhangapi 10,9 - 106,7 Magalhães Barata 52,2 - 42,2 Maracanã 10,7 178,3 45,6 Marapanim 14,9 - 36,9 Santa Isabel do Pará 19,3 - 39,8 Santa Maria do Pará 18,7 - 57,9 Santo Antônio do Tauá 18,8 376,7 50,7 São Caetano de Odivelas 24,3 - 32,6 São Domingos do Capim 17,0 - 81,3 São Francisco do Pará 17,2 - 87,4 São João da Ponta 53,3 - 33,9 São Miguel do Guamá 19,1 - 38,8 Terra Alta 6,3 - 67,9 Vigia 14,6 - 34,7 RI Guamá 20 195 54

Fonte: (1) SIM/SINASC / 2005; (2) SIAB / 2006

Em relação à Educação, a média do IDEB (Índice

de Desenvolvimento da Educação Básica) para os Anos

Iniciais (até 4ª. série) em 2007 foi de 2,98, seguindo a

tendência de baixos índices das demais regiões. Destaque

para os municípios de Magalhães Barata (3,80) e Vigia

(3,30), enquanto os municípios com menores médias

foram São Domingos do Capim (2,30), Inhangapi,

Marapanim e São João da Ponta, todos com médias de

2,70. No caso do IDEB dos Anos Finais (até 8ª. série), a

média da RI Guamá foi de 3,24 em 2007. O município da

região com melhor média do IDEB nos Anos Finais foi

Maracanã, com 3,90, seguido por Castanhal, com 3,70.

Tabela 165: IDEB de Anos Iniciais e Anos Finais da RI Guamá, 2005 e 2007

MunicípiosIDEB Anos Iniciais IDEB Anos Finais

2005 2007 2005 2007

Castanhal 3,10 3,30 3,40 3,70Colares 3,10 3,10 - -Curuçá - 2,90 - -Igarapé-Açu 2,50 2,90 - 2,90Inhangapi 2,40 2,70 - -Magalhães Barata 3,10 3,80 - -Maracanã 2,60 3,20 3,40 3,90 Marapanim 2,30 2,70 2,90 3,00Santa Isabel do Pará 2,50 2,80 3,10 3,10Santa Maria do Pará 2,30 3,20 - -Santo Antônio do Tauá 3,10 3,10 3,40 3,20São Caetano de Odivelas 2,40 3,10 - 3,40São Domingos do Capim 2,00 2,30 3,10 2,80São Francisco do Pará 2,80 2,80 3,60 3,30São João da Ponta 2,40 2,70 2,50 2,90São Miguel do Guamá 2,70 3,00 3,40 3,40Terra Alta 2,50 2,80 - -Vigia 3,30 3,30 - -Média da Região 2,65 2,98 3,20 3,24

Fonte: MEC, Prova Brasil e Censo escolar, SAEB

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ráA taxa de analfabetismo de pessoas de 15 anos ou

mais é de 18% e o índice de capital humano da região –

medido por meio da Média de Anos de Estudos – é 3,01,

considerado baixo. Os municípios em melhor situado

neste quesito são justamente os maiores da região, no

caso Castanhal (5,6) e Santa Izabel do Pará (5,21).

Tabela 166: Taxas de Analfabetismo e de Anos de Escolaridade da População Adulta da RI Guamá em 2000

Municípios Taxa de Analfabetismo de Adultos – 2000 (%)

Anos de estudo da pop. Adulta - 2000

Castanhal 12,72 5,6Colares 13,93 4,51Curuçá 12,19 4,42Igarapé-Açu 21,37 3,86Inhangapi 24,54 3,61Magalhães Barata 16,37 3,9Maracanã 18,02 3,63Marapanim 14,2 4,12Santa Isabel do Pará 12,44 5,21Santa Maria do Pará 28,57 3,66Santo Antônio do Tauá 16,14 4,3São Caetano de Odivelas 15,48 4,02São Domingos do Capim 31,49 2,49São Francisco do Pará 18,12 3,96São João da Ponta 18,49 3,77São Miguel do Guamá 22,7 3,65Terra Alta 13,56 4,29Vigia 13,6 4,45Média da Região 18,00 4,08

Fonte: Censo 2000 – IBGE/Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil, 2003

Em termos de Segurança Pública, tomando

como indicador de violência a taxa de homicídios,

segundo a população total, percebe-se que a Região de

Integração Guamá não pode ser considerada das mais

violentas, com uma média razoável de 6,0 homicídios

para cada 100.000 habitantes no período 2002/2006.

Os municípios mais violentos são Castanhal (média

de 28,8) e São Domingos do Capim (10,9). Por outro

lado, há dois municípios onde praticamente não há

ocorrências de homicídios, pois a média foi zero (0)

no período 2002/2006, que é o caso de Colares, , São

João da Ponta.

Tabela 167: Taxa média de Homicídios em relação a população total entre 2002 e 2006 na RI Guamá

Municípios Homicídios População Total

Castanhal 28,8Colares 0,0Curuçá 4,4Igarapé-Açu 4,7Inhangapi 4,8Magalhães Barata 2,5Maracanã 2,2Marapanim 1,5Santa Isabel do Pará 8,9Santa Maria do Pará 4,6Santo Antônio do Tauá 9,2São Caetano de Odivelas 1,3São Domingos do Capim 10,9São Francisco do Pará 7,0São João da Ponta 0,0São Miguel do Guamá 3,3Terra Alta 2,1Vigia 11,1Média da Região 6,0

Fonte: Microdados SIM/SVS/MS.

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Na área da cultura, tomando como indicador a

existência de equipamentos culturais nos municípios, no

caso de bibliotecas públicas percebe-se que existe uma

média de pouco mais de uma biblioteca por município

na RI Guamá, correspondente a 19 bibliotecas para

18 municípios em 2005. Mas não se trata de uma

distribuição eqüitativa, pois há quatro ( 4) municípios

onde não há sequer uma biblioteca (Maracanã, Santa

Maria do Pará, São, São João da Ponta e Terra Alta).

Em compensação, São Miguel do Guamá possui 3

bibliotecas públicas. Em relação aos outros equipamentos

culturais, existe uma relativa disponibilidade de estádios

ou ginásios poliesportivos (cerca de 8) na região, mas,

em compensação, não existe nenhum cinema, e apenas

um museu e um teatro.

DIMENSÃO ECONÔMICA

Com 18 municípios pertencendo a Região de

Integração Guamá, sua P.E.A. representa 7,69% ou a

quarta maior em todo o Estado. Assim, considerando

o Município de Castanhal como o município

pólo da região, contando com a maior população

economicamente ativa com 52.705 pessoas ou 28,41%

de toda a região. Outros dois municípios possuem

significativo contingente de trabalho, são eles: Santa

Isabel do Pará com 8,89% e São Miguel do Pará com

8,51% da P.E.A. desta Região; São João da Ponta, por

seu turno, apresenta a menor P.E.A. com 1.122 pessoas

(ou 0,60%), seguido Magalhães Barata e Terra Alta com

2.510 (1,35%) e 2.576 (1,39%) pessoas, respectivamente.

Em número de empregos formais criados,

excluindo-se o município de São João da Ponta cuja

informação não se obteve e Magalhães Barata que

não registrou crescimento, todos os 16 apresentaram

aumento relativo para os dois anos de estudo

(2005 e 2009). Com essas considerações, temos um

crescimento relativo nos municípios de: São Francisco

do Pará (303,95%), Maracanã (287,50%) e Santo

Antônio do Tauá (268,36%). Relativamente, também,

os que menos cresceram em empregos formais estão:

Inhangapi (15,19%), São Miguel do Guamá (38,17%) e

Vigia (48,49%).

Acompanhando a P.E.A., os municípios com maior

crescimento do emprego em valores absolutos estão:

Castanhal com 20.246, depois Santa Isabel do Pará com

4.987 e São Miguel do Guamá com 2.487. Os municípios

que menos criaram empregos foram: Colares com

17, São Caetano de Odivelas com 75 e Terra Alta com

119 (exclui-se Magalhães Barata por manter o mesmo

número de empregos).

No saldo de demitidos e admitidos, 13 municípios

apresentam números negativos, considerando Colares

o município que mais demitiu (com saldo de -122

empregos), seguido por Vigia (-108 empregos) e Curuçá

(-104 empregos). Porém, Castanhal mantém-se como

pólo de atração e geração de emprego cujo saldo é de

1.736 empregos, com Igarapé Açu, em segundo, com 167

e Santa Isabel do Pará com 65 postos de trabalho.

O número total de operações de crédito vem,

para a Região de Integração do Guamá, caindo desde

2006, ou seja, a variação relativa 2006/2007 reduziu

em -12,03%; de 2007/2008 para -32,27% e; agravada

pela crise, de 2009/2008, chegou a queda de -35,81%. O

crédito pecuário sentiu maior perda de investimento ao

crédito, constatando que: 2006/2007 a redução se deu

em -46,21%; 2007/2008 queda de -39,59% e; 2008/2009

redução em -6,99%; quanto ao crédito agrícola, a redução

é expressiva: de 2007/2008 caiu em -30,69% e 2008/2009

redução em -41,19%, apesar de que em 2006/2007 houve

acréscimo de 1,84%.

Não existe um município que apresente sempre o

maior número de operações de crédito agrícola, sendo

que houve um revezamento entre os mesmos: em 2006 e

2007 que apresentou maior número foi Curuçá, seguido

de Castanhal; em 2008 e 2009, destacou-se Santa

Isabel do Pará, seguido de Igarapé-Açu em 2008 e São

Francisco do Pará em 2009.

O mesmo raciocínio deve ser feito para o número

de operações de crédito pecuário: em 2006 e 2007,

Vigia realizou 427 e 410 operações, respectivamente,

em segundo surge Curuçá em 2006 e São Caetano de

Odivelas em 2007. Para os anos de 2008 e 2009, São

Caetano lidera, com Curuçá em segundo em 2008

e Vigia em 2009. Entre os municípios com o menor

número de operações encontramos em 2006, São João da

Ponta (nenhuma operação) e Inhangapi (01 operação);

em 2007, Terra Alta e Inhangapi com 01 e Magalhães

Barata com 04 operações; em 2008, Magalhães Barata,

Santo Antônio do Tauá e São João da Ponta com 02

operações e; em 2009, Inhangapi e Magalhães Barata

com nenhuma operação e Maracanã e Terra Alta com

01 operação realizada.

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ráTabela 168: Dimensão Econômica - Mercado de Trabalho

MunicípiosMercado de Trabalho

P.E.A.¹Empregos Formais²

(Jan/2005)Admitidos³ Desligados³

Empregos Formais³ (Jan/2009)

Castanhal 52.705 13.368 7.723 5.987 20.246

Colares 4.416 10 04 07 17

Curuçá 7.355 127 176 280 264

Igarapé-Açu 12.180 550 693 526 1.145

Inhangapi 3.103 237 98 104 273

Magalhães Barata 2.510 09 - 01 09

Maracanã 8.985 32 13 21 124

Marapanim 7.668 93 24 40 166

Santa Isabel do Pará 16.487 2.743 1.456 1.391 4.987

Santa Maria do Pará 7.945 260 109 73 441

Santo Antônio do Tauá 6.553 256 315 437 943

São Caetano de Odivelas 6.297 26 47 73 75

São Domingos do Capim 11.195 91 122 159 302

São Francisco do Pará 5.195 76 216 258 307

São João da Ponta 1.122 - - - -

São Miguel do Guamá 15.777 1.800 1.094 1.165 2.487

Terra Alta 2.576 48 82 86 119

Vigia 13.421 860 490 598 1.277

Total Regional 185.490 20.586 12.662 11.206 33.182

Fonte: 1 – População Economicamente Ativa – Censo IBGE: 2000;

2 – SEPOF/MTE/CAGED: 2005;

3 – MTE/CAGED: OUTUBRO/2008 E JANEIRO/2009.

Com relação ao volume negociado advindos

do número de operações, houve alternância dos

valores negociados: de 2006/2007 houve queda de

-1,64%; de 2007/2008 crescimento de 3,10% e; de

2008/2009 queda substancial, novamente, devido ao

processo de crise global, de -29,30%. Enquanto que

o crédito agrícola cresceu de 2006/2007 e 2007/2008

(1,93% e 18,10%, respectivamente) houve redução no

período de 2008/2009 (-34,88%), para o crédito pecuário

a redução começou desde o primeiro ano: de 2006/2007

igual a -6,15%; de 2007/2008 nova queda de -17,49% e;

de 2008/2009 mais redução de -18,34%.

Note-se que no crédito agrícola o município de

Curuçá obteve o maior volume monetário em 2006,

sendo superado por Castanhal nos anos seguintes (2007,

2008 e 2009); o município de Colares foi o que menos

solicitou empréstimos para o setor nos anos de 2006,

2007 (não houve uma operação) e 2009; em 2008 que

menos negociou valores creditícios foi o município de

São Domingos do Capim.

No ano de 2006, Vigia foi que mais negociou crédito

pecuário. Nos anos de 2007 e 2008, o município com

maior volume foi São Domingos do Capim e, no ano de

2009, Igarapé-Açu foi o que mereceu ser destacado; para

os municípios onde não houve ou houve com pouco

volume monetário negociado, destaca-se: em 2006, São

João da Ponta com nenhum volume negociado; em

2007 e 2008, Magalhães Barata como o menor volume

creditado para a atividade e; em 2009, Magalhães Barata

e Inhangapi, ambos sem nenhuma negociação realizada.

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Tabela 169: Dimensão Econômica – Operações de Crédito

Municípios

Nº de Operações Contratadas de Crédito

2006 2007 2008 2009

Agrícola Pecuária Agrícola Pecuária Agrícola Pecuária Agrícola Pecuária

Castanhal 323 98 402 40 95 20 41 14

Colares 03 19 - 51 61 31 12 17

Curuçá 438 148 433 75 153 68 43 26

Igarapé-Açu 303 44 301 11 259 11 88 28

Inhangapi 120 05 126 01 85 04 25 -

Magalhães Barata 26 31 28 04 234 02 25 -

Maracanã 91 11 35 07 26 25 11 01

Marapanim 212 07 130 07 72 19 101 17

Santa Isabel do Pará 118 83 74 09 436 13 168 05

Santa Maria do Pará 129 23 95 13 102 47 71 07

Santo Antônio do Tauá 137 15 31 10 187 02 12 05

São Caetano de Odivelas 103 142 165 160 16 77 33 83

São Domingos do Capim 89 30 83 08 14 10 129 51

São Francisco do Pará 206 34 187 09 137 17 140 08

São João da Ponta 60 - 182 06 67 02 98 04

São Miguel do Guamá 146 57 126 17 34 11 75 30

Terra Alta 171 14 282 01 58 03 32 01

Vigia 252 427 301 210 30 24 111 62

Total Regional 2.927 1.188 2.981 639 2.066 386 1.215 359

Fonte: Anuário Estatístico do Crédito Rural do Banco Central do Brasil: 2006; 2007; 2008 e; 2009

Tabela 170: Dimensão Econômica – Operações de Crédito em R$

Municípios

Valor das Operações Contratadas de Crédito – R$

2006 2007 2008 2009

Agrícola Pecuária Agrícola Pecuária Agrícola Pecuária Agrícola Pecuária

Castanhal 1.957.064,63 1.392.978,42 2.242.687,07 1.544.278,43 6.401.143,96 670.668,47 2.976.652,41 646.900,59

Colares 62.898,83 179.855,60 0,00 122.358,00 62.000,00 261.121,38 19.000,00 23.000,00

Curuçá 2.667.085,52 1.318.806,32 1.878.957,01 1.153.647,44 366.630,69 741.752,08 231.111,96 717.843,60

Igarapé-Açu 1.428.221,67 336.961,27 1.764.762,55 605.411,91 1.771.559,37 115.093,45 1.464.730,03 1.592.163,98

Inhangapi 499.364,31 134.004,33 645.777,95 46.004,60 340.465,48 161.375,95 176.854,54 0,00

Magalhães Barata 77.190,62 144.687,00 54.328,72 10.822,20 409.371,11 4.069,80 42.477,43 0,00

Maracanã 261.396,92 103.149,88 75.268,33 73.213,29 72.688,01 696.141,19 41.538,93 24.998,47

Marapanim 908.018,78 257.631,10 450.657,93 325.963,05 361.873,49 402.361,20 371.838,58 360.882,18

Santa Isabel do Pará 467.562,34 496.848,10 287.967,59 372.603,72 829.708,73 619.661,36 336.993,56 137.000,00

Santa Maria do Pará 806.760,86 1.570.975,07 607.599,05 373.692,10 1.294.256,12 496.629,40 1.135.958,76 733.071,28

Santo Antônio do Tauá 666.805,12 130.760,00 680.579,35 39.000,00 1.247.451,89 101.788,00 72.208,01 99.174,78

São Caetano de Odivelas 806.000,34 519.651,07 338.923,61 265.328,48 112.708,19 222.219,00 687.211,37 137.768,34

São Domingos do Capim 484.381,97 715.092,64 713.701,17 2.248.400,00 59.420,88 1.910.944,10 660.706,48 514.581,17

São Francisco do Pará 383.918,87 424.271,64 924.171,93 457.792,20 1.086.006,87 382.094,28 875.676,44 82.801,32

São João da Ponta 129.170,87 0,00 299.215,69 23.185,22 108.629,68 8.993,75 172.119,69 25.686,65

São Miguel do Guamá 410.541,36 526.273,45 1.176.437,10 1.457.405,88 633.536,52 128.953,08 528.265,35 1.077.045,98

Terra Alta 294.061,48 99.312,26 553.067,84 78.000,00 169.355,60 16.054,80 75.815,60 99.276,58

Vigia 509.211,95 1.788.834,26 372.391,50 319.869,21 104.389,67 912.460,90 180.376,17 139.706,33

Total Regional 12.819.656,44 10.140.092,41 13.066.494,39 9.516.975,73 15.431.196,26 7.852.382,19 10.049.535,31 6.411.901,25

Fonte: Anuário Estatístico do Crédito Rural do Banco Central do Brasil: 2006; 2007; 2008 e; 2009

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ráEm se tratando da quantidade de estabelecimentos

abertos na Região de Integração Guamá, comparativamente,

queda de 2001 para 2004 (-26,12%) e leve recuperação de

2004 para 2008 (7,06%), mesmo considerando a Região

dentro da média estadual para os anos analisados (em 2001

com 6,04%; em 2004 igual a 7,13% e; 2008 eram 7,14%).

Percebe-se, clara recuperação econômica de 2008

para 2004, quando no primeiro ano houve crescimento,

com destaque para os municípios de Castanhal (2.745

em 2008 contra 2.585 em 2004), Santa Isabel do Pará (696

em 2008 contra 607 em 2004) e São Miguel do Guamá

(em 2004 eram 397 passando para 2008 com 478).

Em sentido oposto, os municípios de São João da

Ponta (com nenhum empreendimento aberto em 2008),

Colares (de 49 empreendimentos em 2004 para 35 em

2008), Magalhães Barata (em 2004 eram 37 contra 33 em

2008), São Caetano de Odivelas (redução de 2004/2008

de 05 empreendimentos) e Igarapé-Açu (queda

percentual de -0,86% de 2004/2008) apresentaram

diminuições dos estabelecimentos econômicos.

Tabela 171: Dimensão Econômica: Estrutura Produtiva

MunicípiosNº de Estabelecimentos Produtivos

2001 2004 2008

Castanhal 3.940 2.585 2.745

Colares 30 49 35

Curuçá 204 137 178

Igarapé-Açu 312 347 344

Inhangapi 55 48 59

Magalhães Barata 29 37 33

Maracanã 134 96 109

Marapanim 180 140 144

Santa Isabel do Pará 1.090 607 696

Santa Maria do Pará 265 181 216

Santo Antônio do Tauá 297 180 222

São Caetano de Odivelas 75 60 55

São Domingos do Capim 330 105 119

São Francisco do Pará 189 109 130

São João da Ponta 02 05 -

São Miguel do Guamá 525 397 478

Terra Alta 19 40 46

Vigia 325 262 294

Total Regional 10.002 7.389 7.911

Fonte: MTE/CAGED/RAIS: 2008.

Entre os 18 municípios que compõem a Região

de Integração do Guamá, somente o município de

Castanhal participa e/ou influencia diretamente a

balança comercial do Estado do Pará; dados sobre as

exportações para os municípios de Curuçá (até 2008),

Santa Maria do Pará (somente em 2008), Santa Isabel

do Pará (em todos os anos) e Vigia (de 2007 e 2008); as

informações quanto ás importações para os municípios

de Vigia (de 2006 a 2008), Santa Isabel do Pará (2008) e

Santo Antônio do Tauá em 2009.

Dos 03 municípios que participaram das

exportações, Castanhal foi quem mais contribui,

chegando ao ano de 2009 (apesar da queda relativa ao

ano de 2008) com volume financeiro de US$62.599.170;

para Santa Isabel do Pará, mesmo que o valor absoluto

seja menor, mas o valor relativo (2008/2009) a queda

chegou a -34,24%

Para o volume importado, Castanhal é o município

da Região de Integração com maior participação,

apresentando um aumento percentual de 364,66%

(em 2007 foram importados US$2.331.361 passando

para 2008 com US$10.832.808). No período seguinte,

redução significativa das importações neste município,

caindo ao percentual de -83,39% (em 2009 foram

importados menos US$9.032.957 que em 2008). Vigia é

outro destaque no quesito exportações, caindo em 2009

para um volume de US$2.844 (em 2008 esse volume

chegou a US$160.833, representando uma queda

relativa de -98,23%).

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Tabela 172: Dimensão Econômica: Exportações e Importações

Municípios

Exportação e Importação (US$ FOB)

2006 2007 2008 2009

Exportação Importação Exportação Importação Exportação Importação Exportação Importação

Castanhal 53.457.511 1.249.009 72.174.942 2.331.361 81.470.645 10.832.808 62.599.170 1.799.851

Colares - - - - - - - -

Curuçá 6.020.216 - 2.994.782 - 678.266 - - -

Igarapé-Açu - - - - - - - -

Inhangapi - - - - - - - -

Magalhães Barata - - - - - - - -

Maracanã - - - - - - - -

Marapanim - - - - - - - -

Santa Isabel do Pará 3.992.815 - 5.239.305 30.013 7.929.365 - 5.214.520 -

Santa Maria do Pará - - - - 21.854 - - -

Santo Antônio do Tauá - - 48.690 - - 79.115 - -

São Caetano de Odivelas - - - - - - - -

São Domingos do Capim - - - - - - - -

São Francisco do Pará - - - - - - - -

São João da Ponta - - - - - - - -

São Miguel do Guamá - - - - - - - -

Terra Alta - - - - - - - -

Vigia - 86.500 50 52.227 41 160.833 - 2.844

Total Regional 63.470.542 1.335.509 80.457.769 2.413.601 90.100.171 11.072.756 67.813.690 1.802.695

Fonte: MDIC/SECEX

- Dados não informados ou zeros.

As Receitas, no período 2006/2007, para a

Região de Integração do Guamá demonstram redução

percentual de -13,28% na Orçamentária, -11,70% da

Corrente e -7,60% para a Tributária, retomando no

período seguinte (2007/2008) crescimento nas 03 formas

de receitas. Há de se ressaltar que no ano de 2007 não se

obteve informações dos municípios de Colares, Curuçá,

Igarapé-Açu, Marapanim, Santo Antônio do Tauá, São

Caetano de Odivelas, São João da Ponta e Terra Alta; para

o ano de 2008, os municípios Inhangapi, Marapanim,

Santo Antônio do Tauá, São Caetano de Odivelas, São

Domingos do Capim, São João da Ponta e Terra Alta.

Considerando municipalmente, Castanhal

em 2008, representou 36,16% de toda a Receita

Orçamentária da Região de Integração do Guamá,

com aumento na razão de 20,54% em relação ao ano

de 2007 (eram R$108.314.437 neste ano, passando para

R$130.563.154 no ano seguinte); São Miguel do Guamá

foi o segundo município com maior participação no

total regional da receita orçamentária com 10,95% em

2008 (e crescimento percentual de 17,09% em relação

ao ano de 2007); já o município de Magalhães Barata

foi o município que com a menor Receita Orçamentária

(em todos os anos), sendo que de 2006 para 2007 houve

queda de -1,64%, recuperando-se no período 2007/2008

(acréscimo de 42,95%).

Castanhal também se destacou como o maior

município em Receita Corrente da Região de

Integração do Guamá (36,58%). Assim como na Receita

Orçamentária, a Corrente sofreu acréscimo 20,54%

(2007/2008); novamente, São Miguel do Guamá foi o

segundo município em Receita no ano de 2008; apesar de

registrar acréscimo percentual de 2007 para 2008 (34,59%),

Magalhães Barata foi, outra vez, o município com a menor

Receita Corrente da Região; Colares e São Francisco do

Pará são outros 02 municípios com as menores receitas

em 2008 (3,10% e 3,43%, respectivamente).

Por fim, quanto a Receita Tributária, foi em

2008 o município com que apresentou os menores

números desta rubrica 1,18% (inclusive com queda

significativa de -32,49% em relação ao ano de 2007);

Colares e Santa Maria do Pará, também apresentaram as

menores Receitas Tributárias com 3,57% e 4,11%; os 02

municípios apresentados, apesar de estarem entre os que

apresentaram as menores receitas, também mostraram

que houve crescimento relativo ao ano de 2007 no

percentual de 20,88% (para o primeiro) e 35,13% (para o

segundo); de novo, Castanhal foi o município da região

com a maior Receita Tributária (46,46% em 2008) cujo

crescimento aumentou em 20,88% em relação ao ano de

2007; Santa Isabel do Pará, apareceu em segundo lugar

com 9,28% do total da receita (e crescimento de 6,28%

em comparação ao ano de 2007).

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ráTabela 173: Finanças Municipais - Receitas

Município

Finanças Municipais – Receitas

Orçamentária Correntes Tributária 2009

2006 2007 2008 2006 2007 2008 2006 2007 2008

Castanhal 93.972.121 108.314.437 130.563.154 96.856.671 116.227.279 141.657.105 4.330.033 4.678.678 5.655.462

Colares - - 13.548.110 - - 11.986.280 - - 434.600

Curuçá 13.491.015 - 23.092.494 12.809.447 - 25.048.877 561.819 - 1.011.441

Igarapé-Açu 16.564.361 - 25.782.534 16.329.357 - 28.204.794 660.956 - 645.311

Inhangapi 7.251.773 6.428.369 - 7.700.634 7.169.046 - 131.008 129.636 -

Magalhães Barata 5.228.542 5.142.924 7.351.737 5.165.473 5.775.876 7.773.772 65.562 145.531 207.208

Maracanã 16.186.521 19.982.159 25.009.685 17.320.742 20.993.986 26.895.222 448.772 489.492 666.228

Marapanim 14.902.273 - - 15.857.767 - - 348.727 - -

Santa Isabel do Pará 26.362.951 32.315.204 39.018.764 26.999.054 32.956.679 41.463.898 954.368 1.063.329 1.130.152

Santa Maria do Pará 12.933.007 13.683.518 17.213.144 13.432.751 14.973.292 18.522.251 425.468 369.970 499.955

Santo Antônio do Tauá 15.797.909 - - 16.190.577 - - 318.053 - -

São Caetano de Odivelas - - - - - - - - -

São Domingos do Capim 22.327.108 20.521.000 - 26.875.098 20.978.000 - 165.810 596.000 -

São Francisco do Pará 8.648.591 10.756.651 12.071.946 9.292.490 11.766.370 13.283.630 80.863 213.426 144.085

São João da Ponta 7.333.300 - - 7.885.590 - - 123.937 - -

São Miguel do Guamá 28.345.774 33.769.055 39.540.746 29.906.502 35.973.055 42.113.644 367.772 624.146 712.719

Terra Alta 6.296.518 - - 6.708.782 - - 6.645 - -

Vigia 18.973.555 21.934.985 27.849.960 19.931.122 23.936.356 30.266.805 755.398 694.152 1.065.448

Total Regional 178.107.507 152.962.573 160.704.244 190.400.475 161.577.738 172.545.450 3.995.813 4.050.514 4.218.587

Fonte: STN/FINBRA: 2006; 2007 e 2008.

- Dado não informado.

Ainda para as Finanças Municipais, pelo lado

das Despesas, no período 2006/2007, para a Região de

Integração Guamá demonstraram redução percentual

de -11,37% na Corrente, de -5,75% na Pessoal e Encargos

Sociais e -31,28% para Investimento; para o período

posterior (2007/2008) leve elevação percentual com:

6,86%, 13,86% e 10,65%, respectivamente. Ressalte-se

a não informação dos municípios de São Caetano de

Odivelas (2006 a 2008), Colares (2006 e 2007), Curuçá

e Igarapé-Açu (2007), Marapanim, São João da Ponta

e Terra Alta (2007 e 2008), Inhangapi e São Domingos

do Capim (2008). Considerando apenas a componente

Despesa Corrente, encontramos, assim como nas

Receitas, o município de Castanhal com a maior

participação no total da Região de Integração, no ano de

2008, cujo percentual é da ordem de 78,37%, seguido de

São Miguel do Guamá (25,23%) e Santa Isabel do Pará

(24,62%); também, como nas receitas, o município de

Magalhães Barata apresentou a menor despesa em 2008

com 4,24% do total, mas apresentou o maior incremento

relativo ao ano de 2007 com um aumento de 56,98%,

antes deste, encontramos São Francisco do Pará (cuja

queda se deu em -6,61% em relação ao ano de 2007).

Para as Despesas com Pessoal e Encargos Sociais, a

mesma leitura deve ser feita. Isto é, a Região de Integração

Guamá apresentou o mesmo “ranking” de municípios

entre os com as maiores despesas e os com menores

despesas, mudando o percentual quanto ao total regional

e quanto a evolução no período de 2007/2008. Por outro

lado, as Despesas com Investimento, e excetuando o

município de Castanhal com o maior percentual 133,27%

do total regional, encontrou-se Curuçá como o segundo

maior com Despesas de Investimento (66,31%). Quando

a evolução, não podemos precisar se houve crescimento

ou queda, pois não está disponibilizada a informação

deste componente da Despesa; Igarapé-Açu (4,08%),

São Francisco do Pará (4,33%) e Maracanã (5,92%) são

os municípios com os menores valores de Despesas

com Investimento em 2008. Todavia, como exposto

nas outras componentes da Despesa, Magalhães Barata

demonstrou os menores valores com um diferencial,

apresentou a maior elevação relativa (em 2007 esse valor

era de R$164.368 para R$621.908 em 2008 ou aumento

percentual de 278,36%)

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Tabela 174: Finanças Municipais - Despesas

Município

Finanças Municipais – Despesas

Correntes Pessoal e Encargos Sociais Investimentos

2006 2007 2008 2006 2007 2008 2006 2007 2008

Castanhal 87.842.162 99.749.183 114.698.979 48.935.616 58.498.588 69.357.226 15.747.356 11.128.889 11.020.098Colares 11.986.280 9.336.070 1.561.830Curuçá 11.209.333 17.498.207 4.365.591 12.763.493 833.608 5.483.677Igarapé-Açu 14.159.881 23.658.411 6.291.690 9.727.562 1.789.255 337.794Inhangapi 4.454.000 5.596.278 2.295.122 3.010.982 715.447 618.557

Magalhães Barata 3.606.818 3.954.080 6.206.991 1.401.111 1.443.357 2.390.900 887.946 164.368 621.908Maracanã 13.441.684 21.744.906 23.126.402 7.182.860 11.803.203 14.170.204 430.234 383.234 489.143Marapanim 13.375.391 7.660.296 665.677

Santa Isabel do Pará 25.635.816 29.722.021 36.030.301 16.895.469 19.604.959 25.266.529 1.227.402 3.152.581 2.245.051Santa Maria do Pará 11.656.191 13.184.429 16.012.517 5.600.776 6.327.953 8.110.901 1.108.445 356.796 624.917Santo Antônio do Tauá 15.427.315 9.370.567 1.000.303

São Caetano de Odivelas

São Domingos do Capim 16.502.673 13.015.006 8.509.660 6.383.205 519.644 72.367

São Francisco do Pará 7.645.051 9.782.956 9.136.542 3.712.876 5.687.551 3.944.275 412.445 265.393 358.271São João da Ponta 5.509.646 1.982.960 2.988.862

São Miguel do Guamá 25.247.673 29.644.603 36.926.528 12.833.482 17.160.264 23.056.745 670.056 1.928.173 2.696.393Terra Alta 2.187.139 511.136 675.883

Vigia 17.900.181 19.859.867 25.122.858 9.071.570 11.572.280 14.876.205 1.177.215 1.315.111 1.855.527Total Regional 154.528.760 136.953.788 146.355.147 83.331.653 78.539.415 89.424.859 10.876.167 7.473.656 8.269.304

Fonte: STN/FINBRA: 2006; 2007 e 2008.

- Dado não informado.

A Região de Integração Guamá conta com o

maior número de municípios agregados, mas isso não

indica que a mesma terá ou teve os melhores ou maiores

indicadores de riqueza do Estado. Ressalte-se, entretanto,

que o valor adicionado das atividades de pecuária,

indústria e serviço cresceu, em 2007, os percentuais se

deram em 7,43% para a primeira, 2,35% para a segunda

e 5,33% para a terceira. Análise de cada um.

a) Setor Agropecuário: o crescimento deste

segmento da economia para a Região de

Integração no período 2006/2007 foi da ordem

de 21,22% (saiu de R$233.070 Mil em 2006 para

R$282.516 Mil em 2007); Santa Isabel do Pará

é o município, no mesmo ano, com o maior

valor de produção (R$38.301 Mil ou 13,56%

do total da Região) e crescimento percentual

de 12,89% em relação ao ano de 2006; apesar

de São João da Ponta ter contribuído apenas

com 1,11% do total, os municípios de Terra

Alta (em 2005 e 2006) e Magalhães Barata

(2007) apresentaram os menores valores da

região com: R$2.080, R$2.632 e R$3.010 em

Mil, respectivamente;

b) Setor Industrial: Não há dúvidas em considerar

Castanhal como município pólo da Região,

uma vez que existe uma produção industrial

forte. Assim, o Município tem um peso

significativo cujo percentual de participação

regional, em 2007, chegou a 57,44% e com

crescimento relativo de 7,47% (2006/2007);

todavia, novamente, São João da Ponta é o

município que contribui em menor escala

(0,48% do total, mesmo com crescimento no

período 2006/2007 de 27,56%);

c) Setor de Serviços: novamente, o município de

Castanhal teve maior participação no total

da Região com 44,20% e crescimento no

segmento, para 2006/2007, de 17,43% (no

primeiro ano o valor era de R$538.972 Mil

para R$632.933 Mil no segundo); ao contrário

está, outra vez, São João da Ponta apresentou

pouca participação com 0,79% do total, mas

mostrou um crescimento importante de 2006

para 2007 cujo percentual se deu em 58,98%,

ganhando em termos relativos do primeiro

ranqueado da Região.

Os valores percentuais de participação e de

crescimento dos segmentos repercutem na análise do

PIB Per Capita. Esta variável saiu do período 2005/2006

de 9,15% para 18,85% no seguinte; desta feita, Castanhal

possuíu o maior PIB Per Capita da Região cehgou

ao percentual de 10,81% do total em 2007; porém, ao

contrário do exposto acima, Terra Alta, no mesmo ano,

possuíu o menor percentual de participação (3,85%) e o

menor valor nominal desta variável(R$2.195).

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ráTabela 175: Informações Medidas de Riqueza – Produto Interno Bruto – PIB e Renda Per Capita

Municípios

PIB - em MIL R$Renda Per Capita em R$

Agropecuária Indústria Serviços

2005 2006 2007 2005 2006 2007 2005 2006 2007 2005 2006 2007

Castanhal 23.148 20.711 23.385 161.695 170.071 182.769 458.625 538.972 632.933 4.635 5.182 6.168

Colares 4.595 5.675 6.185 1.939 2.289 2.173 15.853 16.786 18.389 1.897 2.052 2.485

Curuçá 12.227 16.009 12.185 9.291 8.697 8.998 39.443 44.535 53.800 2.099 2.343 2.278

Igarapé-Açu 8.313 10.200 17.905 8.688 9.695 9.308 48.943 53.397 59.565 1.935 2.105 2.653

Inhangapi 6.340 6.483 6.906 2.332 2.605 3.799 12.360 13.105 15.696 2.623 2.739 2.856

Magalhães Barata 2.899 2.718 3.013 2.343 2.252 2.350 10.147 10.861 12.478 2.015 2.044 2.404

Maracanã 14.169 17.949 17.852 5.459 6.447 5.820 36.473 41.570 52.245 2.004 2.321 2.738

Marapanim 12.395 13.980 13.842 5.076 5.971 5.987 41.783 44.871 50.162 2.205 2.355 2.683

Santa Isabel do Pará 25.583 33.927 38.301 27.590 23.236 29.140 108.616 110.257 128.288 3.504 3.552 4.052

Santa Maria do Pará 7.889 12.831 20.013 4.694 5.582 5.491 35.470 40.427 48.858 2.214 2.667 3.482

Santo Antônio do Tauá 14.086 20.393 20.947 8.356 8.906 9.870 38.029 40.254 48.243 2.916 3.296 3.298

São Caetano de Odivelas 13.657 16.720 23.034 2.707 3.104 3.466 22.765 23.582 29.316 2.708 3.030 3.507

São Domingos do Capim 7.676 13.415 30.685 4.835 5.854 5.304 35.992 41.733 44.492 1.575 1.939 3.028

São Francisco do Pará 5.784 6.147 9.884 2.847 3.363 3.223 23.103 24.651 27.570 2.070 2.175 3.524

São João da Ponta 2.799 2.633 3.150 1.637 1.413 1.803 6.865 7.072 11.243 2.959 2.922 3.521

São Miguel do Guamá 8.090 9.988 11.326 15.125 16.766 22.729 74.097 80.137 95.159 2.196 2.358 3.171

Terra Alta 2.080 2.632 3.182 1.763 2.114 2.221 13.416 13.192 15.676 1.744 1.759 2.195

Vigia 15.208 20.660 20.724 16.032 17.742 18.820 62.156 74.330 87.876 2.335 2.789 3.035

Total Regional 186.940 233.070 282.519 282.408 296.105 323.271 1.084.137 1.219.732 1.431.989 43.634 47.625 57.078

Fonte: IDESP/IBGE

DIMENSÃO INFRAESTRUTURA

A Região de Integração do Rio Guamá em seus

dezoito municípios disponibiliza uma malha rodoviária

com 658,71 Km em extensão de rodovias pavimentadas,

os municípios de Santa Isabel do Pará com 117,80 Km

e Castanhal com 116,91 Km apresentam as maiores

extensões de rodovias pavimentadas da região. No

entanto, apresenta o município de São João da Ponta

sem rodovias pavimentadas. Quanto aos serviços de

transporte essa região é predominantemente atendida

pelos transportes terrestres, o transporte urbano em

sua quase totalidade é atendido por Mototáxi, Táxi e

Vans. Em relação as linhas intermunicipais de ônibus o

município de Santa Maria do Pará, por ser convergência

de inúmeras linhas, não possui uma especifica. O

atendimento por barco na região é significativo ocorre

em 72% dos municípios, não sendo ofertado esse

serviço nos seguintes: Castanhal, Igarapé-Açu, Santa

Maria do Pará, São Francisco do Pará e Terra Alta. De

outra forma, o transporte aeroviário não é ofertado

nessa região. A Região de Integração do Guamá

em relação à distribuição de energia elétrica quanto ao

consumo industrial mensal em KW/H por município

apresenta um total de 7.303.346 KW/H, com destaque

os municípios com maior consumo Castanhal, Santa

Isabel do Pará e São Miguel do Guamá consumindo

respectivamente 2.674.014 KW/H, 1.910.145 KW/H,

1.331.675 KW/H, o que pode indicar a existência de

uma dinâmica produtiva diferenciada na região, em

contraponto a esse cenário, aparece São João da Ponta

com zero de consumo industrial.

Com o Programa Luz para Todos, foram realizadas

22.483 ligações, no período de 2004 a 2009, beneficiando

famílias de baixa renda, e que 80% destas moram no

meio rural. A tabela distribuição de ligações mostra

que no período de 2007 a 2009, o número de ligações

foi aproximadamente 39% maior , em comparação ao

período de 2004 a 2006.

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Tabela 176: Distribuição de ligações pelo Programa Luz para Todos na RI Guamá

Ligações

Ano Ligações Realizadas Ligações Acumuladas

2004 300 300

2005 3.647 3.947

2006 5.440 9.387

2007 6.816 16.203

2008 3.015 19.218

2009 3.265 22.483

2010 (jan) 0 22.483

ELABORAÇÃO: SEIR, 2010 Fonte: CELPA

Identifica-se pela tabela, que o total das Instituições

de Ensino Fundamental desta Região, é de 1.034 escolas,

os municípios de São Domingos do Capim, Castanhal

e São Miguel do Guamá representam respectivamente

os que oferecem maior quantidade de instituições,

seguindo essa ordem: São Domingos do Capim com 118

escolas, sendo nove escolas estaduais e 109 municipais,

Castanhal com 103 escolas, sendo 17 estaduais, 61

municipais e 25 privadas, e por fim São Miguel do

Guamá com 95 escolas de ensino fundamental, sendo,

92 municipais e três privadas. Constata-se ainda, na

citada tabela, São João da Ponta como o município com

menor número de escolas, com 11 escolas, todas sob

responsabilidade municipal.

Tabela 177: Indicadores de Infraestrutura - RI Guamá

Municípios Rodovia Pavimentada (Km) (1) Ônibus Inter-municipal (2) Consumo/Kwh Industrial (3)Total de Escolas do

Ensino fundamental (4)

Castanhal 116,91 Sim 2.674.014 103

Colares 13,00 Sim 200 37

Curuçá 44,00 Sim 28.956 70

Igarapé-Açu 42,15 Sim 119.530 66

Inhangapi 17,55 Sim 183.580 30

Magalhães Barata 12,00 Sim 802 26

Maracanã 33,20 Sim 15.024 88

Marapanim 39,90 Sim 17.526 51

Santa Isabel do Pará 117,80 Sim 1.910.145 47

Santa Maria do Pará 43,00 Não 23.090 60

Santo Antônio do Tauá 17,65 Sim 121.348 53

São Caetano de Odivelas 8,50 Sim 810 51

São Domingos do Capim 17,40 Sim 3.170 118

São Francisco do Pará 38,10 Sim 4.346 39

São João da Ponta 0,00 Sim 0 11

São Miguel do Guamá 41,00 Sim 1.331.675 95

Terra Alta 10,70 Sim 256 16

Vigia 45,85 Sim 868.874 73

RI Guamá 658,71 94% 7.303.346 1.034

Fontes: 1. SEIR, SETRAN 2007; 2. SETRAN - 2006 IBGE/MUNIC - 2008; 3. REDE CELPA, 2007; 4. IBGE, 2007; 5.IBGE, Assistência Médica Sanitária

2005, IBGE 2006; 6. IBGE, Assistência Médica Sanitária 2005, IBGE 2005.

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ráDIMENSÃO AMBIENTAL

A Região de Integração Guamá, contempla em seu

território duas Regiões Hidrográficas de acordo com a

resolução 32/2003 do Conselho Nacional de Recursos

Hidricos: Tocantins e Atlântico Nordeste Ocidental cuja

as caracte-risticas se encontram abaixo:

a) Região Hidrográfica do Tocantins, abragendo as

bacias hidrográficas do Rio Marapanim/ Pirá e

Rio Guamá/ Capim (ANA, 2009).

b) Região Hidrográfica do Atlântico Nordeste

Ocidental, abragendo as bacias hidrográficas do

Rio Marapa-nim/ Pirá (ANA, 2009).

Conforme dados do MZEE-PA (SEMA, 2009),

a Região Guamá possui 95,9% de sua área territorial

inserida na Zona de Consolidação de atividades

produtivas, cerca de 11.684 km², sendo a maior propor-

ção de área consolidada.

As áreas protegidas nesta região somam em torno

de 498 km², distribuidas em UC de Uso Susten-tável

(destaque para Resex Mãe Grande de Curuçá, com 242

km²); e Áreas de Quilombo (destaque para a Santa Rita

de Barreira, com 3,7 km²) conforme a Tabela 178.

Tabela 178: Áreas Protegidas da RI Guamá, em 2009.

Categoria MZEE Áreas Protegidas Área Absoluta (km²) Área Relativa (%)

Uso Sustentável

Reserva Extrativista de São João da Ponta 31,39 0,26

Reserva Extrativista Mãe Grande de Curuçá 242,81 1,99

Reserva Extrativista Maracanã 193,71 1,59

Reserva Extrativista Chocoaré-Mato Grosso 2,47 0,02

Área de Proteção Ambiental de Algodoal-Maiandeua 24,23 0,20

Área de Quilombo Santa Rita de Barreira 3,71 0,03

Consolidação Área de Consolidação das atividades produtivas 11.684,89 95,89

RI Guamá 12.183,21 100,00

Fonte: SEMA, 2009.

O município de Curuçá é o que possui maior

extensão territorial de áreas protegidas da região,

totalizando 239 km², seguido de Maracanã, com cerca

de 218 km² de áreas protegidas. Por outro lado, dos 18

municípios da região, 10 não possuem áreas protegidas.

Tabela 179: Áreas Protegidas por município da RegiãoIntegração Guamá

Município UC de Uso Sustentável (km²) Áreas de Quilombo (km²) Consolidação (km²)

Castanhal 0,00 0,00 1.033,59

Colares 0,00 0,00 612,35

Curuçá 239,17 0,00 435,85

Igarapé-Açu 0,05 0,00 788,30

Inhangapi 0,00 0,00 475,02

Magalhães Barata 1,37 0,00 323,14

Maracanã 218,27 0,00 568,99

Marapanim 0,26 0,00 793,38

Santa Isabel do Pará 0,00 0,00 719,51

Santa Maria do Pará 0,00 0,00 459,89

Santo Antônio do Tauá 0,00 0,00 540,18

São Caetano de Odivelas 4,11 0,00 747,37

São Domingos do Capim 0,00 0,00 1.684,47

São Francisco do Pará 0,00 0,00 480,16

São João da Ponta 31,39 0,00 165,69

São Miguel do Guamá 0,00 3,71 1.111,58

Terra Alta 0,00 0,00 208,96

Vigia 0,00 0,00 536,46

RI Guamá 494,61 3,71 11.684,89

Pará 327.224,72 284.688,36 396.683,93

Fonte: SEMA, 2009.

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CLIMA

O trimestre mais chuvoso e seco na região de

integração do Guamá, apresenta os meses de fevereiro,

março e abril como período chuvoso ao longo do ano

e o período mais seco ocorre nos períodos de outubro,

novembro e dezembro.

DESMATAMENTO

A Região de Integração Guamá, é uma região de

ocupação antiga, e com passar dos anos vem sofrendo

com a retirada sua sua floresta. No ano de 2008, a

região apresentavam valores de desmatamento total

de aproximadamente 7.734,50 km², cerca de 3,35%

responsável pelo desmatamento em todo o Estado,

segundo dados do PRODES, 2009.

Quando se analisa os municípios da Região do

Guamá no ano de 2008, destaca-se o município de

São Domingos do Capim (1.328,90 km²) por cerca de

17,18% do desmatamento ocorrido na Região, seguindo

pelo municípios de Castanhal com 11,59% e São Miguel

do Guamá com 11,34%. Todos os municípios têm

apresentado uma variação positiva no percentual de

desmatamento entre o período de 2002 a 2008.

Tabela 180: Incremento do desflorestamento na RI Guamá, por município, até 2007, (área absoluta em km²).

MunicípiosDesflorestamento (km²)

Até 1997De 1997 a 2000

Em 2001 Em 2002 Em 2003 Em 2004 Em 2005 Em 2006 Em 2007Total (Até

2007)Castanhal 974,00 - 0,56 - - - - - - 974,56

Colares 164,00 - 0,07 0,53 - - - - - 164,60

Curuçá 331,00 - - 1,79 - 7,62 - 0,42 0,10 340,93

Igarapé-Açu 729,00 - - - - - - - - 729,00

Inhangapi 366,00 - 8,14 - - - - - - 374,14

Magalhães Barata 244,00 - - - - 0,13 - - 0,13 244,26

Maracanã 437,00 - - 6,48 - 4,87 1,15 0,17 0,57 450,24

Marapanim 495,00 - - 14,58 - 4,56 0,92 0,56 0,88 516,50

Santa Isabel Pará 584,00 - 17,33 0,30 - - - - - 601,63

Santa Maria do Pará 420,00 - - - - - - - - 420,00

Santo Antôonio do Tauá 366,00 - 0,16 - - - - - - 366,16

São Caetano de Odivelas 317,00 - - - - - - - - 317,00

São Domingos do Capim 1.453,00 - 8,22 4,41 4,38 - 0,02 0,13 - 1.470,16

São Francisco do Pará 436,00 - - - - - - - - 436,00

São João da Ponta 158,00 - - - - - - - - 158,00

São Miguel Guamá 896,00 - 5,17 - - - - - - 901,17

Terra Alta 187,00 - - - - - - - - 187,00

Vigia 349,00 - - - - - - - - 349,00

RI GUAMÁ 8.906,00 - 39,65 28,09 4,38 17,18 2,09 1,28 1,68 9.000,35

Fonte: INPE (2008).

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2Parte

REGIÃO LAGO DE TUCURUÍ

DIMENSÃO INSTITUCIONAL

ARegião de Integração Lago de Tucuruí é formada

por sete municípios: Breu Branco, Goianésia

do Pará, Itupiranga, Jacundá, Nova Ipixuna, Novo

Repartimento, Tucuruí

Figura 06: RI Lago de Tucuruí

Elaboração: SEIR/ GeoPARÁ, 2009

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ráO perfil da rede municipal é predominantemente

composto por unidades territoriais de classe de

tamanho pequeno; por esta classificação do IBGE sendo

possível encontrar: nenhum município CTMP1, com

população até 5000 hab.; nenhum município CTMP2,

com população de 5001 a 10000 hab.; um município

CTMP3, com população de 10001 a 200000 hab.; três

municípios CTMP4, com população de 20001 a 50000

hab.; e três municípios CTMP5, com população de 50001

a 100000 hab. Dos quinze municípios que da RI Lago de

Tucuruí, três municípios (42%) foram instalados antes

da Constituição de 1988 e quatro municípios (48%)

foram criados posteriormente. Os municípios mais

recentemente instalados datam de 1993 e 1997, e são:

Breu Branco, Goianésia do Pará e Novo Repartimento.

Tabela 181: Perfil da Rede Municipal na RI Lago de Tucuruí

Municípios Ano de criação do município Classes de tamanho da população do município

Breu Branco 1993 Município Pequeno 4

Goianésia do Pará 1993 Município Pequeno 4

Itupiranga 1947 Município Pequeno 4

Jacundá 1961 Município Pequeno 5

Nova Ipixuna 1997 Município Pequeno 3

Novo Repartimento 1993 Município Pequeno 5

Tucuruí 1947 Município Pequeno 5

Fonte: IBGE e Contagem Populacional 2007.

A frequência e a abrangência, dos principais

instrumentos legais da administração pública local

na RI nos remete ao seguinte quadro: em 100% dos

municípios podem-se evidenciar a existência da Lei

de Diretrizes Orçamentárias e da Lei de Orçamento

Anual. Quanto a Lei do Perímetro Urbano, em cinco

municípios (71%) da RI se verifica a existência desta

norma; em contrapartida verifica-se a ausência desta

legislação em dois municípios (29%). No que se refere

a Lei Orgânica Municipal, determinação constitucional,

está presente em 100% dos municípios da RI. Já a

existência do Plano Diretor, instrumento obrigatório

para municípios acima de 20.000 hab., está configurada

nos sete municípios (100%) da RI.

Tabela 182: Legislação Municipal e Instrumento do Planejamento Municipal na RI Lago de Tucuruí

MunicípiosLei de Diretrizes

OrçamentáriaLei de Orçamento Anual

Lei de Perímetro Urbano

Ano da Lei OrgânicaExistência do Plano

Diretor

Breu Branco Sim Sim Sim 2001 Sim

Goianésia do Pará Sim Sim Sim 1993 Sim

Itupiranga Sim Sim Não 1990 Sim

Jacundá Sim Sim Sim 1990 Sim

Nova Ipixuna Sim Sim Não 1997 Sim

Novo Repartimento Sim Sim Sim 1993 Sim

Tucuruí Sim Sim Sim 1993 Sim

Fonte: IBGE, Munic. 2004, 2005 e 2008

Quanto ao quesito recurso para a gestão, observa-

se na Tabela, o seguinte quadro na RI Lago de Tucuruí: a)

todos os municípios cobram o IPTU (100%); b) em seis

municípios da RI (85%) foi formalizado o cadastro do

ISS - sendo este instrumento apenas não verificado no

município de Breu Branco; em cinco municípios (71%) o

cadastro do ISS é informatizado; c) na RI Lago de Tucuruí

todos os municípios cobram taxa de iluminação pública

(100%); d) já a taxa de coleta de lixo está notadamente

presente no município de Novo Repartimento.

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Tabela 183: Recursos para Gestão na RI Lago de Tucuruí

Municípios Município Cobra IPTU Cadastro ISS ExistênciaCadastro ISS

InformatizadoTaxa Iluminação

PúblicaTaxa Coleta de Lixo

Breu Branco Sim Não Não aplicável Sim Não

Goianésia do Pará Sim Sim Não Sim Não

Itupiranga Sim Sim Sim Sim Não

Jacundá Sim Sim Sim Sim Não

Nova Ipixuna Sim Sim Sim Sim Não

Novo Repartimento Sim Sim Sim Sim Sim

Tucuruí Sim Sim Sim Sim Não

Fonte: IBGE, MUNIC 2006.

Os conselhos de educação nesta RI estão em dois

dos sete municípios – Goianésia do Pará e Nova Ipixuna.

O conselho de educação opera em caráter consultivo

apenas em Goianésia do Pará; não operam em caráter

deliberativo em ambos os municípios; e em caráter

normativo e fiscalizador tanto em Goianésia do Pará

como em Nova Ipixuna. Ainda nos municípios onde

esta instância de participação pode ser observada, um

município tem paridade na representação entre governo

e sociedade civil - Goianésia do Pará; tendo o município

de Nova Ipixuna neste quesito uma representação maior

da sociedade civil no órgão colegiado.

Tabela 184: Conselhos Municipais na RI Lago de Tucuruí

Municípios

Conselho de Habitação Conselho de Educação

ExistênciaExistência

de paridade

Periodicidade reuniões

Existência Consultivo Deliberativo Normativo FiscalizadorExistência

de paridade

Freqüência reuniões

(em 2006)

Breu Branco NãoNão

aplicávelNão aplicável Não

Não aplicável

Não aplicável

Não aplicável

Não aplicável

Não aplicável

Não aplicável

Goianésia do Pará NãoNão

aplicávelNão aplicável Sim Sim Não Sim Sim Paritário Sim

Itupiranga NãoNão

aplicávelNão aplicável Não

Não aplicável

Não aplicável

Não aplicável

Não aplicável

Não aplicável

Não aplicável

Jacundá NãoNão

aplicávelNão aplicável Não

Não aplicável

Não aplicável

Não aplicável

Não aplicável

Não aplicável

Não aplicável

Nova Ipixuna NãoNão

aplicávelNão aplicável Sim Não Não Sim Sim

Sociedade civil

Sim

Novo Repartimento NãoNão

aplicávelNão aplicável Não

Não aplicável

Não aplicável

Não aplicável

Não aplicável

Não aplicável

Não aplicável

Tucuruí NãoNão

aplicávelNão aplicável Não

Não aplicável

Não aplicável

Não aplicável

Não aplicável

Não aplicável

Não aplicável

Fonte: IBGE, MUNIC 2005 e 2006.

As instâncias de cooperação intergovernamental

espelham o quadro em duas áreas: saúde e educação. Na

educação se destacam os consórcios municipais em cinco,

dos sete, municípios da RI - Breu Branco, Itupiranga, Nova

Ipixuna, Novo Repartimento e Tucuruí; o consórcio com

o Estado em dois municípios - Itupiranga e Tucuruí; e o

consórcio com a União, que por obrigatoriedade legal

também inclui o Estado, no município de Itupiranga. Já

os convênios de parceira com o setor privado, na área

da educação, existem no município de Itupiranga. No

quesito apoio do setor privado ou de comunidades a

municípios, foi verificada a existência deste instrumento

no município de Itupiranga

Com relação a cooperação intergovernamental na

saúde o quadro da RI Lago de Tucuruí é o seguinte: o

consorciamento intermunicipal está presente em cinco

municípios – Breu Branco, Jacundá, Nova Ipixuna, Novo

Repartimento e Tucuruí; o consorciamento com o Estado

e a União envolve os municípios de Breu Branco, Novo

Repartimento e Tucuruí; e consorciamento apenas com

o Estado está presente nos municípios de Breu Branco

e Tucuruí. Foi verificado um convênio de parceria com

o setor privado no município de Itupiranga. E o apoio

do setor privado ou de comunidades ao município está

presente também em Itupiranga.

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ráTabela 185: Cooperação Intergovernamental na RI Lago de Tucuruí

Municípios

Educação Saúde

Consórcio público

Intermunicipal

Consórcio público Estado

Consórcio público União

Convênio de

parceria com setor privado

Apoio do setor privado

ou de comunidades

Consórcio público

Intermunicipal

Consórcio público Estado

Consórcio público União

Convênio de parceria com setor privado

Apoio do setor privado

ou de comunidades

Breu Branco Sim Não Não Não Não Sim Sim Sim Não Não

Goianésia do Pará Não Não Não Não Não Não Não Não Não Não

Itupiranga Sim Sim Sim Sim Sim Não Não Não Sim Sim

Jacundá Não Não Não Não Não Sim Não Não Não Não

Nova Ipixuna Sim Não Não Não Não Sim Não Não Não Não

Novo Repartimento Sim Não Não Não Não Sim Sim Não Não Não

Tucuruí Sim Sim Não Não Não Sim Sim Sim Não Não

Fonte: IBGE, MUNIC 2005.

DIMENSÃO SOCIAL

A Região de Integração Lago de Tucuruí é

composta por sete (7) municípios, sendo que apenas

Nova Ipixuna tem menos de 20 mil habitantes, dois

se situam na faixa entre 20 mil e 50 mil habitantes e

os outros quatro (4) estão na faixa entre 50 mil e 100

mil habitantes, incluindo Tucuruí, o maior da região

com 96.010 habitantes. Segundo a estimativa do IBGE

para 2008, a população total da RI Lago de Tucuruí

contava com 345.674 habitantes, correspondendo a

apenas 4,65% do total populacional do Pará. Em 2007,

ainda de acordo com IBGE, a taxa de urbanização da

região do Lago de Tucuruí era de 58,39%, sendo que

esta foi a região que sofreu o mais intenso processo de

urbanização das duas últimas décadas, visto que em

1991 ainda havia um predomínio da população rural

na ordem de 52,66%. É a região que também teve o

mais intenso processo de crescimento populacional no

período 1991-2008, com taxa acumulada de 113,85%,

tendo um ritmo menos intenso no período 2000-

2008, com taxa de 26,71. Jacundá, o município mais

urbanizado da região, com taxa de 85,13%, seguido

por Tucuruí, com 82,55%. A maior concentração de

população rural se situava em Itupiranga, com 70,29%,

e Novo Repartimento, com 62,88%.

Tabela 186: População Total , Urbana e Rural da RI Lago de Tucuruí

Municípios População Total 2008 (01)2007 (02)

Urbana % Rural %

Breu Branco 52.200 49,16% 50,84%

Goianésia do Pará 29.164 65,59% 34,41%

Itupiranga 41.541 29,71% 70,29%

Jacundá 55.900 85,13% 14,87%

Nova Ipixuna 15.097 43,88% 56,12%

Novo Repartimento 55.762 37,12% 62,88%

Tucuruí 96.010 82,55% 17,45%

Total 345.674 58,39% 41,61%

Fonte: IBGE, Estimativas populacionais 2008 (1) e 2007 (2)

Em relação aos indicadores de desenvolvimento

humano, a Região de Integração Lago de Tucuruí

apresentou um IDHM (Índice de Desenvolvimento

Humano Municipal) de 0,67 no ano de 2000, considerado

como de valor médio, sendo uma das Regiões de

Integração com maior crescimento em relação ao

IDHM de 1991, apresentando uma variação de 18,82%.

O indicador de renda da região, com IDHM-Renda de

0,58, teve um desempenho bem abaixo dos indicadores

sociais (IDHM-Longevidade de 0,70 e IDHM-Educação

de 0,72). No caso dos municípios, o maior IDHM da

região é, disparadamente, de Tucuruí, com 0,76. A boa

posição de Tucuruí é facilmente explicável pelo fato

deste município ter tanto o maior IDHM-Renda da

região ( juntamente com Jacundá), com média de 0,64,

além de também ter o maior IDHM-Longevidade (0,76)

e, sobretudo, com maior IDHM-Educação, com o alto

índice de 0,87.

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Tabela 187: Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) decomposto em índices de Renda,

Longevidade e Educação na RI Lago de Tucuruí em 2000

Municípios IDHM IDHM-Renda IDHM-Longevidade IDHM-Educação

Breu Branco 0,67 0,59 0,68 0,72Goianésia do Pará 0,67 0,60 0,70 0,70Itupiranga 0,62 0,52 0,67 0,67Jacundá 0,69 0,64 0,71 0,72Nova Ipixuna 0,66 0,58 0,72 0,69Novo Repartimento 0,63 0,53 0,67 0,68Tucuruí 0,76 0,64 0,76 0,87Média da Região 0,67 0,58 0,70 0,72

Fonte: Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil, 2003

Em relação aos indicadores de saúde, é elevado o

coeficiente de mortalidade infantil desta região, com

aproximadamente 33 ocorrências de morte em crianças

menores de cinco anos por mil nascidos vivos em 2005.

O município em pior situação é Nova Ipixuna, com

média de 48,9, seguido por Goianésia do Pará, com 34,5.

A razão de mortalidade materna também é elevado,

com 123,2 ocorrências de mortes de mães em 100.000

nascidos vivos em 2005. A cobertura proporcionada

pelo Programa de Saúde da Família à população da

região atingiu o percentual de 30%. Em relação ao

Saneamento, o acesso de domicílios à água tratada via

rede geral é um dos mais baixos do estado, atingindo

apenas 27,60% dos domicílios, enquanto o acesso à

coleta de lixo cobre 43,73%. Assim como no restante do

estado, a cobertura de esgoto sanitário via rede geral é

extremamente precário, atingindo 6,54% dos domicílios.

Tabela 188: Síntese de Indicadores de Saúde da RI Lago de Tucuruí: Coeficiente de mortalidade infantil, Razão de

Mortalidade Materna e população coberta pelo PSF em 2005/2006

Municípios Coeficiente de mortalidade infantil (1)

Razão de mortalidade materna (1)

% da pop. coberta pelo PSF (2)

Breu Branco 32,3 - 10,3 Goianésia do Pará 34,5 123,2 8,5 Itupiranga 32,4 - 17,6 Jacundá 31,0 - 37,9 Nova Ipixuna 48,9 - 104,7 Novo Repartimento 27,5 - - Tucuruí 23,0 - 33,1 RI Lago de Tucuruí 33 123,2 30

Fonte: (1) SIM/SINASC / 2005; (2) SIAB / 2006

Em relação à Educação, a média do IDEB (Índice

de Desenvolvimento da Educação Básica) para os Anos

Iniciais (até 4ª. série) pode ser considerada baixa, na

faixa de 2,90 em 2007. O município com melhor média

é Itupiranga, com 3,20, e o pior é Breu Branco, com 2,60.

A média do IDEB para os Anos Finais (até 8ª. série)

também foi baixa, com média de 2,99 em 2007. A melhor

média da região foi de Breu Branco e Itupiranga, ambas

com 3,20, e a pior foi de Goianésia do Pará, com 2,50.

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ráTabela 189: IDEB de Anos Iniciais e Anos Finais da RI Lago de Tucuruí, 2005 e 2007

MunicípiosIDEB Anos Iniciais IDEB Anos Finais

2005 2007 2005 2007Breu Branco 2,50 2,60 2,90 3,20Goianésia do Pará 2,50 2,80 2,50 2,50Itupiranga 2,30 3,20 2,40 3,20Jacundá 2,60 3,00 2,80 2,80Nova Ipixuna 2,40 2,80 2,60 3,10Novo Repartimento 2,60 2,90 3,10 3,10Tucuruí 2,90 3,00 2,90 3,00Média da Região 2,54 2,90 2,74 2,99

Fonte: MEC, Prova Brasil e Censo escolar, SAEB

A taxa de analfabetismo para pessoas de 15 anos

ou mais na RI Lago de Tucuruí é um dos mais elevados

do Estado, com índice de 27,30%. Seguindo trilha

semelhante, o índice de capital humano da região,

medido pela média de Anos de Estudos das pessoas de

25 anos ou mais, também pode ser considerado baixo,

na ordem de 3,25 em 2000, embora tenha sofrido um

substancial aumento em relação a 1991, que era de

apenas 2,14. O município em melhor situação neste

quesito é Tucuruí, com média de 5,31, enquanto o mais

precário é Itupiranga, com 2,55, seguido de perto por

Novo Repartimento, com 2,56.

Tabela 190: Taxas de Analfabetismo e de Anos de Escolaridade da População Adulta da RI Lago de Tucuruí em 2000

Municípios Taxa de Analfabetismo de Adultos - 2000 (%)

Anos de estudo da pop. Adulta - 2000

Breu Branco 28,15 3Goianésia do Pará 30,25 3,01Itupiranga 33,81 2,55Jacundá 26,33 3,43Nova Ipixuna 29,94 2,9Novo Repartimento 31,39 2,56Tucuruí 11,26 5,31Média da Região 27,30 3,25

Fonte: Censo 2000 – IBGE/Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil, 2003

Em relação à Segurança, tomando como indicador

de violência, a taxa de homicídios segundo a população

total, a Região de Integração Lago de Tucuruí é a mais

violenta do Pará, com uma média de 61,90 homicídios

para cada 100.000 habitantes no período 2002/2006. O

município mais violento da região é Novo Repartimento,

com média de 75,1 homicídios para cada 100.000

habitantes no período 2002/2006, seguido de perto por

Jacundá, com média de 72.

Tabela 191: Taxa média de Homicídios em relação à população total entre 2002 e 2006 na RI Lago de Tucuruí

Municípios Homicídios População Total

Breu Branco 31,3Goianésia do Pará 64,1Itupiranga 66,3Jacundá 72,0Nova Ipixuna 64,3Novo Repartimento 75,1Tucuruí 60,0Média da Região 61,90

Fonte: (1) Microdados SIM/SVS/MS

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Na área da cultura, tomando como indicador a

existência de equipamento culturais em municípios,

no caso de bibliotecas públicas percebe-se que existe

uma média equilibrada de uma biblioteca para cada

município desta região, em 2005, o que corresponde

efetivamente à realidade.

Em relação aos demais equipamentos culturais,

existe uma disponibilidade semelhante de estádios e

ginásios polivalentes ( 7 ), mas com carência em relação

aos demais equipamentos, com apenas um cinema, um

museu e nenhum teatro.

DIMENSÃO ECONÔMICA

A Região de Integração Lago de Tucuruí possui a

10ª posição da P.E.A. do Estado (com 99.463 pessoas ou

4,12% do Estado). O município de Tucuruí concentra

a maior P.E.A. da Região com 29,89%, na sequência

Itupiranga (17,81%) e Novo Repartimento (13,38%),

segundo o Censo: 2000; Nova Ipixuna, em sentido oposto,

apresenta a menor P.E.A. com 4.376 pessoas (ou 4,40%),

seguido Goianésia do Pará com 8.683 pessoas (ou 8,73%).

Em número de empregos formais criados em 2009

a Região Lago de Tucuruí apresentou crescimento se

comparado com 2005 (55,01%), mesmo Breu Branco e

Goianésia do Pará demonstrar queda (-11,77% e -8,17%

respectivamente). Com essas considerações, temos

um crescimento relativo nos municípios de: Tucuruí

(113,94%) e Nova Ipixuna (104,84%). Relativamente,

também, o que menos cresceu em empregos formais

está Jacundá com 4,82%.

No saldo de demitidos e admitidos, dos 07

municípios que compõem a Região 04 apresentaram

números negativos; destes, Goianésia do Pará e

Itupiranga foram os municípios que mais demitiram

(saldo de -211 e -122 respectivamente). Mas, seguindo

como pólo gerador de empregos Tucuruí apresentou

saldo de 2.111, o que permitiu que a região apresentasse

saldo de 1.771 empregos.

Tabela 192: Dimensão Econômica - Mercado de Trabalho

MunicípiosMercado de Trabalho

P.E.A.¹ Empregos Formais² (Jan/2005) Admitidos³ Desligados³ Empregos Formais³

(Jan/2009)Breu Branco 10.601 1.699 1.026 1065 1.499

Goianésia do Pará 8.683 1.567 1.089 1300 1.439

Itupiranga 17.714 476 536 658 795

Jacundá 15.053 2.719 1561 1621 2.850

Nova Ipixuna 4.376 186 201 160 381

Novo Repartimento 13.308 1.195 813 762 1.577

Tucuruí 29.728 6.133 8437 6326 13.121

Total Regional 99.463 13.975 13.663 11.892 21.662

Fonte: 1 – População Economicamente Ativa – Censo IBGE: 2000;

2 – SEPOF/MTE/CAGED: 2005;

3 – MTE/CAGED: OUTUBRO/2008 E JANEIRO/2009.

Contrariando a crise global deflagrada em 2008,

a Região de Integração surpreende com relação ao

número total de operações de crédito, tanto agrícola

como pecuária. Em 2006 foram realizadas, ao total,

7.495 operações – levando-se em conta que Jacundá e

Nova Ipixuna não realizaram contratações; em 2007

esse número caiu para 4.103 (queda em -45,26%);

recuperando-se em 2008 para 5.446 (ou acréscimo de

32,73%) e; ao fim de 2009, já haviam sido negociadas

6.344 operações (aumento de 16,49%). Para cada

segmento, os crescimentos foram, em 2009, para:

agrícola com 15,18% e pecuária com 16,77%.

Em todo o período (2006 a 2009), não existiu um

município que apresentou maior número de operações

de crédito agrícola, sendo que há um revezamento entre

os mesmos. Assim, em 2006, Itupiranga apareceu com

477 registros, seguido de Breu Branco com 53; em 2007 e

2008, Tucuruí registrou o maior número com 196 e 366,

respectivamente, seguido Itupiranga (172) no primeiro

ano e Novo Repartimento (271) no segundo; em 2009,

Novo Repartimento assumiu a ponta com 650 pedidos

de crédito, depois Goianésia do Pará com 205.

Como já mencionado, em 2006 Jacundá e Nova

Ipixuna não registraram pedido de crédito; em 2007,

Goianésia do Pará (com 3) e Jacundá (com 19); em

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rá2008, novamente, Jacundá (12) e Nova Ipixuna (15) e;

finalizando, 2009, a ordem se inverteu com Nova Ipixuna

com 4 e Jacundá 21, foram os que menos solicitaram

operações de crédito agrícola.

Nos anos de 2006 e 2007 os municípios de

Itupiranga e Novo Repartimento ocuparam a posição

de primeiro e segundo em número de operações de

crédito pecuário total com: 46,74% e 37,83% (2006), e

50,82% 25,76% (2007), respectivamente. Nos anos de

2008 e 2009 essa posição se inverteu entre os mesmos

municípios: Novo Repartimento com 58,96% e 53,03%

e; Itupiranga com 20,51% e 18,86%, respectivamente.

Entre os municípios com o menor número de

operações em 2006, 2008 e 2009 Nova Ipixuna (a

penúltima colocação fica para Goianésia do Pará, em

2006, e Jacundá em 2008 e 2009). Para o ano de 2007,

o município de Goianésia do Pará apareceu na última

colocação no “ranking” com o menor número de

operações (64) e na penúltima colocação apareceu Breu

Branco com 174 operações.

Com relação ao volume negociado advindo

do número de operações, houve alternância entre os

municípios com maior volume contratado no segmento

agrícola: em 2006, Itupiranga (R$837.245,34) e Breu

Branco (R$194.036,31); em 2007, Tucuruí (R$798.608,46)

e Novo Repartimento (R$567.202,24); em 2008, Tucuruí

(R$814.107,14) e Jacundá (R$735.592,57) e; em 2009,

Novo Repartimento (R$2.874.543,95) e Breu Branco

(R$652.583,64).

Para os municípios com os menores valores

nominais contratados, destacam-se: Goianésia do Pará

(R$44.800,95) e Novo Repartimento (R$64.408,18), em

2006 - não levando em consideração Jacundá e Nova

Ipixuna que não realizaram operações de crédito nesse ano;

Breu Branco (R$79.828,70) e Nova Ipixuna (R$87.705,89),

em 2007; Nova Ipixuna (R$55.224,22) e Goianésia do Pará

(R$199.500,00), em 2008 e; Nova Ipixuna (R$99.459,78) e

Jacundá (R$108.768,03), em 2009.

Com relação ao volume creditado no segmento

pecuarista, assim como segmento agrícola, há

alternância entre o primeiro e segundo com maior valor.

Isto é, enquanto que nos anos de 2006 e 2007, a liderança

foi do município de Itupiranga com a segunda posição

de Novo Repartimento; nos anos de 2008 e 2009, Novo

Repartimento assumiu a primeira posição e Itupiranga

ficou em segundo.

Entre os municípios com os menores valores do

crédito pecuário, em todo o período, o município com

a última colocação foi Nova Ipixuna, modificando-se

apenas o penúltimo lugar. Em 2006 ela foi ocupada por

Goianésia do Pará; em 2007 ficou com o município de

Jacundá; em 2008, o lugar foi do município de Tucuruí e;

em 2009, novamente foi ocupada por Jacundá.

Tabela 193: Dimensão Econômica – Operações de Crédito

MunicípiosNº de Operações Contratadas de Crédito

2006 2007 2008 2009Agrícola Pecuária Agrícola Pecuária Agrícola Pecuária Agrícola Pecuária

Breu Branco 53 96 42 186 59 216 127 573Goianésia do Pará 10 64 03 74 133 289 205 367Itupiranga 477 3.223 172 1.827 99 921 45 989Jacundá - 261 19 85 12 135 21 174Nova Ipixuna - 29 26 287 15 111 04 64Novo Repartimento 08 2.609 50 926 271 2.648 650 2.781Tucuruí 51 614 196 210 366 171 48 296Total Regional 599 6.896 508 3.595 955 4.491 1.100 5.244

Fonte: Anuário Estatístico do Crédito Rural do Banco Central do Brasil: 2006; 2007; 2008 e; 2009

Tabela 194: Dimensão Econômica – Operações de Crédito em R$

MunicípiosValor das Operações Contratadas de Crédito – R$

2006 2007 2008 2009Agrícola Pecuária Agrícola Pecuária Agrícola Pecuária Agrícola Pecuária

Breu Branco 194.036,31 943.286,96 79.828,70 2.897.140,83 231.866,23 2.310.480,66 652.583,64 6.116.720,38Goianésia do Pará 44.800,95 731.429,36 200.274,00 3.129.578,15 199.500,00 2.514.433,17 385.700,71 3.181.331,96Itupiranga 837.245,34 17.478.243,28 369.963,75 13.321.173,47 202.980,35 10.926.752,99 221.566,13 11.323.692,21Jacundá - 2.842.512,73 178.881,09 1.588.476,48 735.592,57 2.269.066,72 108.768,03 1.391.911,28Nova Ipixuna - 729.703,23 87.705,89 1.383.603,26 55.224,22 553.537,43 99.459,78 662.371,37Novo Repartimento 64.408,18 14.452.714,42 567.202,54 10.243.246,90 601.436,93 25.534.276,49 2.874.543,95 39.440.717,46Tucuruí 159.200,28 8.085.404,27 798.608,46 1.718.510,29 814.107,14 1.737.068,72 193.518,87 2.813.621,29Total Regional 1.299.691,0645.263.294,252.282.464,4334.281.729,38 2.840.707,44 45.845.616,18 4.536.141,11 64.930.365,95

Fonte: Anuário Estatístico do Crédito Rural do Banco Central do Brasil: 2006; 2007; 2008 e; 2009

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Em se tratando da quantidade de estabelecimentos

abertos na Região de Integração Lago de Tucuruí, o

crescimento relativo de 16,19% em relação ao ano de 2004

(e cuja queda em relação ao ano de 2001 era de -34,94%).

Em 2008 foram abertos 3.574 estabelecimentos produtivos

contra 3.076 em 2004. Destes, no último ano da série, Tucuruí

respondeu com 37,58% do total de estabelecimentos, na

sequência: Jacundá e Novo Repartimento com 513 e 472

estabelecimentos, respectivamente.

Em sentido oposto, os municípios de Jacundá

e Itupiranga foram, em 2008, que menos abriram

estabelecimentos produtivos com 114 e 335

estabelecimentos, respectivamente. Este último

município também registrou o menor crescimento

relativo ao ano de 2004 com 8,57%, seguido de Nova

Ipixuna com 8,57%.

Tabela 195: Dimensão Econômica: Estrutura Produtiva

MunicípiosNº de Estabelecimentos Produtivos

2001 2004 2008Breu Branco 221 329 429Goianésia Do Pará 317 279 368Itupiranga 365 275 335Jacundá 1.028 478 513Nova Ipixuna 76 105 114Novo Repartimento 332 388 472Tucuruí 2.389 1.222 1.343Total Regional 4.728 3.076 3.574

Fonte: MTE/CAGED/RAIS: 2008.

Dos municípios que compõem a Região de

Integração do Lago de Tucuruí, somente o município

de Breu Branco participa e/ou influencia diretamente

a balança comercial do Estado do Pará. Isto é, existem

informações quanto as exportações como das

importações; Itupiranga e Novo Repartimento apenas

das exportações e; Tucuruí existem informações da

exportação, mas as importações somente dos anos de

2008 e 2009.

Dos municípios que participaram das exportações,

Breu Branco respondeu com os seguintes percentuais,

de 2006 a 2009: 84,88%, 88,53%, 97,02% e 99,57%. No

mesmo período, Itupiranga registrou: 10,61%, 5,97%,

2,09% e 0,18%. Os percentuais para Novo Repartimento

até 2008 foram: 3,43%, 4,17% e 0,74%; com a menor

contribuição, encontrou-se Tucuruí com os seguintes

valores (de 2006 a 2009): 1,08%, 1,33%, 0,15% e 025%.

Dos 02 municípios que se têm informação,

diferente da exportação, houve relativo aumento e o

principal exportador é Breu Branco. Verificou-se um

percentual de 8,51% (2008/2009) no total importado,

sendo que aquele município registrou acréscimo de

9,40%, enquanto que Tucuruí registrou queda no

percentual de -82,41%.

Tabela 196: Dimensão Econômica: Exportações e Importações

Municípios

Exportação e Importação (US$ FOB)2006 2007 2008 2009

Exportação Importação Exportação Importação Exportação Importação Exportação ImportaçãoBreu Branco 48.943.365 5.362.436 63.539.498 8.194.966 85.877.796 6.409.972 66.642.300 7.012.651Goianésia do Pará - - - - - - - -Itupiranga 6.120.899 - 4.285.904 - 1.848.932 - 120.934 -Jacundá - - - - - - - -Nova Ipixuna - - - - - - - -Novo Repartimento 1.976.915 - 2.993.431 - 653.888 - - -Tucuruí 622.440 - 956.489 - 131.032 63.041 164.933 11.086Total Regional 57.663.619 5.362.436 71.775.322 8.194.966 88.511.648 6.473.013 66.928.167 7.023.737

Fonte: MDIC/SECEX

- Dados não informados ou zeros.

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ráDos 07 municípios da Região de Integração de

Tucuruí, somente em 2006 sem tem informações de todos;

em 2007, 03 municípios não forneceram: Breu Branco,

Jacundá e Novo Repartimento; em 2008, Goianésia do

Pará, Itupiranga, Novo Repartimento e Tucuruí, foram

municípios sem informação quanto às receitas.

Considerando as ressalvas acima, dos 03 municípios

que informaram suas receitas em 2008, Jacundá

representou 45,39% de toda a Receita Orçamentária da

Região, seguido de Breu Branco com 40,69%. Por fim,

Nova Ipixuna com participação de 13,92%.

Para a Receita Corrente, verificou-se a inversão entre

o primeiro e o segundo colocados: Breu Branco apresenta

maior participação com 43,06% do total da Região,

enquanto que Jacundá aparece com 41,94%, continuando

Nova Ipixuna com 15,00% das receitas consideradas.

Para a Receita Tributária Breu Branco continua com

a liderança regional participando com 72,70%. Aqui a

inversão está entre o segundo e terceiro lugar, ou seja, Nova

Ipixuna ultrapassa Jacundá, o primeiro tem participação

de 17,79% das receitas contra 9,50% do segundo.

Tabela 197: Finanças Municipais – Receitas

Município

Finanças Municipais – Receitas

Orçamentária Correntes Tributária

2006 2007 2008 2006 2007 2008 2006 2007 2008

Breu Branco 31.309.606,72 - 45.770.242,20 31.832.876,29 - 48.926.316,611.643.598,19 - 2.882.671,02

Goianésia do Pará 29.506.853,44 34.054.529,45 - 28.940.929,28 33.206.334,49 - 1.040.056,381.287.993,72 -

Itupiranga 29.117.595,81 33.645.306,00 - 30.455.934,57 36.170.962,00 - 1.158.344,54 698.473,00 -

Jacundá 34.808.816,67 - 51.053.298,36 32.825.172,59 - 47.663.707,07 799.666,88 - 376.775,00

Nova Ipixuna 11.324.229,28 12.882.883,86 15.658.035,79 11.618.974,81 13.747.535,75 17.046.204,38 225.735,31 204.779,25 705.485,84

Novo Repartimento 50.698.422,54 - - 52.338.940,21 - - 1.097.448,75 - -

Tucuruí 110.927.305,80105.719.155,40 - 106.505.286,40112.703.624,80 - 8.897.622,667.766.321,76 -

Total Regional 297.692.830 186.301.875 112.481.576 294.518.114 195.828.457 113.636.228 14.862.473 9.957.568 3.964.932

Fonte: STN/FINBRA: 2006; 2007 e 2008.

- Dado não informado.

As informações verificadas nas Receitas devem ser

duplicadas para as Despesas. Isto é, dos 07 municípios

da Região de Integração de Tucuruí, somente em 2006

sem tem informações de todos; em 2007, 03 municípios

não forneceram: Breu Branco, Jacundá e Novo

Repartimento; em 2008, Goianésia do Pará, Itupiranga,

Novo Repartimento e Tucuruí, foram municípios sem

informação quanto às despesas.

Assim, dos 03 municípios que informaram suas

despesas em 2008, Jacundá representou 44,46% de toda

a Receita Orçamentária da Região, seguido de Breu

Branco com 41,02%. E, por último, mas não menos

importante, Nova Ipixuna com participação de 14,52%.

Para as Despesas com Pessoal e Encargos Sociais,

percebe-se a troca entre as posições de primeiro e

o segundo lugares: Breu Branco apresenta maior

representação com 43,07% do total da Região, enquanto

que Jacundá aparece com 44,10%, permanecendo Nova

Ipixuna com 12,83% das receitas consideradas.

Breu Branco continua com a liderança regional

quando tratado com maior participação com Despesas

com Investimento, participando com 84,32%. Note-se

que Nova Ipixuna ultrapassa Jacundá: o primeiro tem

participação de 11,95% contra 3,74% do segundo.

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Tabela 198: Finanças Municipais - Despesas

Município

Finanças Municipais – Despesas

Correntes Pessoal e Encargos Sociais Investimentos

2006 2007 2008 2006 2007 2008 2006 2007 2008

Breu Branco 26.017.677,43 - 40.902.970,99 14.522.772,93 - 23.795.618,44 4.096.331,69 - 6.349.371,32

Goianésia do Pará 24.906.885,73 32.707.561,44 - 11.573.354,46 17.278.619,96 - 3.946.003,20 2.989.190,27 -

Itupiranga 25.853.932,77 32.977.711,47 - 11.416.433,58 15.489.199,77 - 1.740.365,44 918.526,88 -

Jacundá 30.905.336,27 - 44.329.485,35 18.131.459,56 - 24.361.809,10 1.207.326,28 - 281.280,89

Nova Ipixuna 9.053.154,30 12.002.057,62 14.478.403,19 4.299.559,39 5.510.138,73 7.089.519,14 1.560.760,07 832.434,82 899.575,79

Novo Repartimento 42.079.723,65 - - 23.929.528,33 - - 9.662.459,99 - -

Tucuruí 107.642.413,00110.944.579,40 - 58.541.264,52 57.332.314,77 - 13.937.279,338.743.831,85 -

Total Regional 266.459.123 188.631.910 99.710.860 142.414.373 95.610.273 55.246.947 36.150.526 13.483.984 7.530.228

Fonte: STN/FINBRA: 2006; 2007 e 2008. Dado não informado.

Os segmentos econômicos que compõem o P.I.B.

da Região de Integração do Lago Tucuruí demonstram

a prevalência do setor industrial (cujo crescimento de

2006 para 2007 é se deu em 16,50%), em relação ao de

serviço (com crescimento de 15,12% - 2006/2007) e

o pecuário (apresentou queda de -1,48% no período

mencionado). Verifiquemos cada segmento:

a) Setor Agropecuário: em 2007, Breu Branco foi

o município que apresentou maior crescimento

(na ordem de 16,13% em relação ao ano de 2006).

Observe-se que Novo Repartimento apresenta

o maior valor nominal em 2007 (R$64.269 Mil).

Contudo, registre-se a queda relativa de -0,48%

ao ano de 2006; Jacundá registrou a maior queda

relativa com -17,05% (2006/2007), mas Nova

Ipixuna apresentou o menor valor nominal com

R$12.882 em Mil em 2007;

b) Setor Industrial: o município de Tucuruí além

de apresentar o maior crescimento no período

2006/2007 (18,26%) também é responsável pelo

maior valor nominal da Região com 91,40% do

total; em outro extremo, Itupiranga apresentou

a maio queda percentual da atividade industrial

na Região com -27,55% (2006/2007); enquanto

que Nova Ipixuna apresenta o menor valor

nominal R$4.062 (em Mil) no ano de 2007;

c) Setor de Serviços: novamente o município de

Tucuruí apresentou a maior participação do

total da Região (R$326.321 em Mil ou 38,74%).

Contudo, para o período 2006/2007, Goianésia

do Pará mostrou o maior crescimento dos

municípios da Região com 23,14%; por outro

lado, Itupiranga registrou queda no mesmo

período no percentual de -3,21%; no entanto, o

município de Nova Ipixuna é, nominalmente,

o que indica o menor valor da Região com

R$25.23 (em Mil), para o ano de 2007.

O PIB Per Capita da Região de Integração do

Lago Tucuruí, também, evolui no período 2006/2007

(15,76 – no período 2005/2006 esse percentual foi na

ordem de 8,55%). Com isso, Tucuruí apresenta, em

2007, o maior valor do PIB Per Capita da Região com

R$27.305 (crescimento 2006/2007 de 17,56% contra

13,29% de 2005/2006); Itupiranga além de registrar o

menor indicador de riqueza em 2007 (R$3.130) também

apresentou queda percentual no período 2006/2007

com -4,62%, sendo o único município a registrar

decrescimento no período e na região.

Tabela 199: Medidas de Riqueza – Produto Interno Bruto – PIB e Renda Per Capita

Municípios

PIB - em MIL R$Renda Per Capita em R$

Agropecuária Indústria Serviços

2005 2006 2007 2005 2006 2007 2005 2006 2007 2005 2006 2007

Breu Branco 20.370 23.286,58 27.042 110.777 105.249,75 104.554 77.408 80.359,56 95.260 5.072,38 4.955,08 5.248

Goianésia do Pará 22.410 29.371,05 27.990 17.751 19.855,22 19.695 49.146 59.481,85 73.244 3.149,64 3.658,35 4.694

Itupiranga 40.489 53.944,77 54.121 18.072 18.848,71 13.655 76.915 88.342,77 85.503 2.210,94 2.527,38 3.744

Jacundá 23.109 27.773,66 23.037 21.486 24.046,59 28.036 100.734 110.010,84 127.659 3.263,36 3.537,42 3.672

Nova Ipixuna 10.303 12.878,54 12.882 3.113 4.030,50 4.062 20.913 21.757,29 25.823 2.531,17 2.781,58 3.130

Novo Repartimento 58.229 64.580,57 64.269 21.534 20.417,15 23.605 91.668 92.755,53 108.491 3.538,31 3.565,00 3.941

Tucuruí 16.257 20.800,91 19.842 1.509.108 1.739.265,02 2.056.898 271.667 278.936,89 326.321 21.404,46 23.667,33 27.305

Total Regional 191.167 232.636 229.183 1.701.842 1.931.713 2.250.505 688.452 731.645 842.301 41.170 44.692 51.734

Fonte: IDESP/IBGE

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ráDIMENSÃO INFRAESTRUTURA

A Região de Integração do Lago de Tucuruí em seus

sete municípios disponibiliza uma malha rodoviária

com 279,93 Km em extensão de rodovias pavimentadas.

No entanto, ainda apresenta o município de Novo

Repartimento sem rodovias pavimentadas. Nessa região,

Goianésia do Pará é o município com maior extensão de

rodovias pavimentadas possuindo 144,43 Km.Quanto

aos serviços de transporte, é predominantemente

atendida pelos transportes terrestres, seus municípios

(100%) são atendidos em seu transporte urbano por Moto

Táxi e Táxi, as Vans. O atendimento de serviços por barco

ocorre em 86% dos municípios, Breu Branco é o único

que não disponibiliza esse tipo de serviço. Entretanto,

o transporte aeroviário é ofertado com baixo índice

de acessibilidade, existindo disponibilidade somente

no município de Tucuruí. Em relação à distribuição de

energia elétrica, ao se considerar o consumo industrial

mensal em KW/H por município, nesta região não

há um município que se destaque acentuadamente.

Os municípios de Jacundá com 891.313 KW/H e

Tucuruí com 797.582 KW/H apresentam maior valor

de consumo, entretanto esta região apresenta como

característica uma leve normalidade na média do

consumo industrial, o que pode significar a existência de

uma planta industrial que se expande pela região, aparece

com o menor consumo industrial o município de Nova

Ipixuna com 119.220 KW/H. A região do entorno do

Lago de Tucuruí recebeu um contrato especial dentro

do Programa Luz para Todos, que garante que todos

os domicílios da região do Entorno do Lago devem ser

atendidos pelo programa. Com o Programa Luz Para

Todos, foram realizadas 18.641 ligações, no período de

2004 a 2009, beneficiando famílias de baixa renda, e que

80% destas moram no meio rural. A tabela distribuição

de ligações mostra que no período de 2007 a 2009, o

número de ligações foi aproximadamente 4 vezes maior,

em comparação ao período de 2004 a 2006.

Tabela 200: Distribuição de ligações pelo Programa Luz para Todos RI Lago de Tucuruí

Ligações

Ano Ligações Realizadas Ligações Acumuladas

2004 0 0

2005 887 887

2006 2.865 3.752

2007 5.047 8.799

2008 6.564 15.363

2009 3.278 18.641

2010 (jan) 0 18.641

Fonte: CELPA Elaboração: SEIR,2010

Quanto as escolas de ensino fundamental, são

535 nesta região, o município de Novo Repartimento

apresenta o maior número de instituições de ensino

fundamental com 169 escolas, destas 167 são municipais

e duas são privadas. Entretanto observa-se que em Breu

Branco o ensino fundamental é assistido por 29 escolas,

sendo 28 de responsabilidade municipal e uma privada

Tabela 201: Indicadores de Infraestrutura – RI Lago de Tcucuruí

MunicípiosRodovia Pavimentada

(Km) (1) Ônibus Inter-municipal (2) Consumo/Kwh Industrial (3) Total de Escolas do Ensino fundamental (4)

Breu Branco 46,00 Sim 232.771 29

Goianésia do Pará 144,43 Não 424.243 61

Itupiranga 8,00 Sim 346.897 139

Jacundá 62,30 Sim 891.313 57

Nova Ipixuna 15,70 Sim 119.220 31

Novo Repartimento 0,00 Sim 319.861 169

Tucuruí 3,50 Sim 797.582 49

RI Lago de Tucuruí 279,93 86% 3.131.887 535

Fontes: 1. SEIR, SETRAN 2007; 2. SETRAN - 2006 IBGE/MUNIC - 2008; 3. REDE CELPA, 2007; 4. IBGE, 2007.

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DIMENSÃO AMBIENTAL

Localizada no leste do Pará, a Região de Integração

Lago de Tucuruí, possui área de 37.853,80 km2 a qual

faz parte, segundo a resolução 32/2003 do Conselho

Nacional de Recursos Hídricos, da região hidrográfica

do Tocantins.

Região Hidrográfica do Tocantins, incluem os

sete municípios que compõe a Região de Integração

do Xingu, contemplando as bacias do Rio Alto

Anapu, Rio Tocantins, Rio Acará/Moju e Rio Guamá/

Capim(ANA/2009).

Com base nos dados do MZEE-PA (SEMA, 2009),

a RI Lago de Tucuruí possui cerca de 30.591 km² de sua

área territorial inserida nas Zonas de Consolidação e de

Expansão de atividades produtivas, em torno de 76%

desta RI.

As áreas protegidas nesta região somam em torno

de 9.526 km², sendo 5.893 km² para as UC de Uso

Sustentável (destaque para APA Tucuruí, com 5.242

km²); e 3.633 km² para Terras Indígenas (destaque para

a TI Parakanã, com 3.527 km²).

Tabela 202: Áreas Protegidas da RI Lago de Tucuruí, em 2009.

Categoria MZEE Áreas Protegidas Área Absoluta (km²) Área Relativa (%)

Uso Sustentável

Reserva Particular do Patrimônio Nacional - Tibiriça 1,10 0,00

Área de Proteção Ambiental de Tucuruí 5.242,19 13,07

Reserva de Desenvolvimento Sustentável Pucuruí-Ararão 289,71 0,72

Reserva de Desenvolvimento Sustentável Alcobaça 360,46 0,90

Terras IndígenasParakanã 3.527,93 8,79

Trocará 105,07 0,26

Consolidação Área de Consolidação das atividades produtivas 30.587,86 76,25

Recuperação Recuperação das atividades produtivas 3,42 0,01

RI Lago de Tucuruí 40.117,75 100,00

Fonte: SEMA, 2009.

O município de Novo repartimento é o que

possui maior extensão territorial de áreas protegidas da

RI Lago de Tucuruí, totalizando 4.394 km², seguido de

Itupiranga, com cerca de 1.578 km² de áreas protegidas,

ver Tabela 203.

Tabela 203: Áreas Protegidas da RI Lago de Tucuruí, por município, em 2009.

MunicípioUC de Uso

Sustentável (km²)Terras Indígenas (km²) Consolidação (km²) Recuperação (km²)

Breu Branco 400,85 0,00 3.558,74 0,00

Goianésia do Pará 981,66 0,00 6.065,72 3,37

Itupiranga 185,22 1.393,12 6.337,12 0,00

Jacundá 635,83 0,00 1.379,98 0,00

Nova Ipixuna 296,49 0,00 1.308,66 0,00

Novo Repartimento 2.259,72 2.134,81 11.075,36 0,00

Tucuruí 1.133,69 102,36 862,28 0,00

RI Lago de Tucuruí 5.893,46 3.630,29 30.583,86 3,37

Pará 129.505,41 327.224,72 284.688,36 396.683,93

Fonte: SEMA, 2009

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ráCLIMA

De acordo com a classificação de Köppen, foram

identificados dois sub-tipos climáticos para a Região

de Integração Lago do Tucuruí: “Am” e “Aw”, os quais são

pertencentes ao clima tropical chuvoso e se diferenciam

pela quantidade de precipitação pluviométrica média

mensal e anual e são caracterizados da seguinte forma:

1. O Am3 caracteriza-se por apresentar precipitação

pluviométrica média anual variando de

2000mm à2500mm.

2. O Am4 caracterizado por apresentar total

pluviométrico, médio anual, variando entre

1700mm a 2200mm.

3. O Aw4 caracterizado por totais pluviométrico

médio anual, que vão de 1700mm a 2100mm.

VEGETAÇÃO

Na Região de Integração Lago de Tucuruí, está

presente o bioma Amazônia, com predominância

de Floresta Ombrófila Densa (municípios de Breu

Branco, Tucuruí, , e os setores mais ocidentais de

Novo Repartimento e Itupiranga) e uma extensa área

com cobertura vegetal intensamente antropizada,

particularmente nas margens da PA-150 e BR-230.

ANTROPISMO

O desmatamento na Amazônia objetiva

principalmente a exploração madeireira e a agropecuária,

transformando-se na principal ameaça à biodiversidade.

De acordo com os dados do INPE (2008), os

municípios da Região de Integração Lago de Tucurui,

no ano de 2008, apresentava valores de desmatamento

total de 20.211,20 km2. Os municípios de Novo

Repartimento, Itupiranga, Goianésia do Pará superam

a média da região. Do total desmatado do Estado do

Pará até o ano de 2008 (230.918km2), os municípios de

Novo Repartimento, Itupiranga e Goianésia do Pará se

encontram entre os maiores desmatadores.

A RI Lago de Tucuruí apresentou 587 focos de

calor em 2008. O município que apresentou o maio

número de focos de calor foi Novo Repartimento com

258 seguido por Itupiranga com 107 e Goianésia do Pará

com 102.

APTIDÃO AGRÍCOLA

Alguns parâmetros relacio-nados ao solo, tais

como: disponibilidade de nutrientes, de água e oxigênio,

mecanização e erodabilidade são fundamentais para

identificar a aptidão agrícola dos solos. No setor ocidental

da Região de Integração Lago de Tucuruí (municípios de

Itupiranga, Novo Repartimento e Tucuruí), o potencial

dos solos é classificada como restrita para lavouras e sua

principal limitação é a declividade acentuada, o excesso

de alumínio e a drenagem restritiva. No setor oriental da

Região de Integração (Breu Branco, Goianésia do Pará,

Jacundá e Nova Ipixuna) o potencial agrícola dos solos

é classificada como regular para lavouras e a principal

limitação é é a baixa disponibilidade de nutrientes e o

excesso de alumínio(IBGE,2002).

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DIMENSÃO INSTITUCIONAL

ARegião de Integração Marajó é formada por

16 municípios: Afuá, Anajás, Bagre, Breves,

Cachoeira do Arari, Chaves, Curralinho,

2Parte

REGIÃO MARAJÓ

Gurupá, Melgaço, Muaná, Ponta de Pedras, Portel,

Salvaterra, Santa Cruz do Arari, São Sebastião da Boa

Vista e Soure.

Figura 07: Região Marajó

Elaboração: SEIR/ GeoPARÁ, 2009

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o Pa

ráO perfil da rede municipal é predominantemente

composto por unidades territoriais de classe de

tamanho pequeno; sendo por esta classificação do

IBGE possível encontrar: um município CTM1, com

população até 5000 hab.; dois municípios CTM2, com

população de 5001 a 10000 hab.; quatro municípios

CTM3, com população de 10001 a 20.000 hab.; seis

municípios CTM4, com população de 20.001 a 50.000

hab.; e dois municípios CTM5, com população de

50.001 a 100.000 hab. Dos quinze municípios da RI

Marajó, seis municípios (40%) foram instalados antes da

Constituição de 1988 e nove municípios (60%) foram

criados posteriormente.

Tabela 205: Perfil Rede da Municipal na RI Marajó

Municípios Ano de criação do município Classes de tamanho da população do município

Afuá 1890 Município Pequeno 4

Anajás 1938 Município Pequeno 4

Bagre 1961 Município Pequeno 3

Breves 1851 Município Pequeno 5

Cachoeira do Arari 1997 Município Pequeno 3

Chaves 1755 Município Pequeno 3

Curralinho 1865 Município Pequeno 4

Gurupá 1639 Município Pequeno 4

Melgaço 1961 Município Pequeno 3

Muaná 1833 Município Pequeno 4

Ponta de Pedras 1877 Município Pequeno 4

Portel 1935 Município Pequeno 4

Salvaterra 1961 Município Pequeno 3

Santa Cruz do Arari 1961 Município Pequeno 2

São Sebastião da Boa Vista 1943 Município Pequeno 4

Soure 1847 Município Pequeno 4

Fonte: IBGE e Contagem Populacional 2007.

A frequência e a abrangência, dos principais

instrumentos legais da administração pública local

na RI nos remete ao seguinte quadro: em 100% dos

municípios podem-se evidenciar a existência da Lei

de Diretrizes Orçamentárias e da Lei de Orçamento

Anual. Quanto a Lei do Perímetro Urbano, em doze

municípios da RI se verifica a existência desta norma;

em contrapartida verifica-se a ausência desta legislação

em quatro municípios. No que se refere a Lei Orgânica

Municipal, determinação constitucional, está é presente

em 100% dos municípios da RI. Já a existência do Plano

Diretor está configurada em quatorze dos municípios

da RI e ausente em dois municípios.

Quanto ao quesito recurso para a gestão,

observa-se o seguinte quadro na RI Marajó: a) 15

municípios cobram o IPTU; b) em 11 municípios da

RI foi formalizado o cadastro do ISS; sendo que em

sete municípios o cadastro do ISS é informatizado;

c) 100% dos municípios cobram taxa de iluminação

pública; d) já a taxa de coleta de lixo é cobrada em

apenas três municípios.

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Tabela 206: Legislação Municipal e Instrumento do Planejamento Municipal na RI Marajó

MunicípiosLei de Diretrizes Orçamentária

Lei de Orçamento Anual

Lei de Perímetro Urbano

Ano da Lei Orgânica

Existência do Plano Diretor

Afuá Sim Sim Não 1990 SimAnajás Sim Sim Não 2002 SimBagre Sim Sim Não 1990 SimBreves Sim Sim Sim 1990 SimCachoeira do Arari Sim Sim Não 1992 SimChaves Sim Sim Não 1990 SimCurralinho Sim Sim Sim 1990 SimGurupá Sim Sim Sim 1990 SimMelgaço Sim Sim Não 1990 SimMuaná Sim Sim Não 1990 SimPonta de Pedras Sim Sim Não 1990 SimPortel Sim Sim Sim 1990 SimSalvaterra Sim Sim Não 1993 SimSanta Cruz do Arari Sim Sim Não 1992 NãoSão Sebastião da Boa Vista Sim Sim Não 1990 NãoAfuá Sim Sim Não 1990 SimFonte: IBGE, MUNIC 2004, 2005 e 2008.

Tabela 207: Recursos para Gestão na RI do Marajó

MunicípiosMunicípio Cobra

IPTUCadastro ISS

ExistênciaCadastro ISS

InformatizadoTaxa Iluminação

PúblicaTaxa Coleta

de Lixo

Afuá Sim Sim Sim Sim NãoAnajás Não Não Não aplicável Sim NãoBagre Sim Sim Sim Sim NãoBreves Sim Sim Sim Sim NãoCachoeira do Arari Sim Sim Não Sim NãoChaves Sim Sim Sim Sim SimCurralinho Sim Sim Sim Sim NãoGurupá Sim Sim Sim Sim NãoMelgaço Sim Sim Não Sim NãoMuaná Sim Sim Não Sim NãoPonta de Pedras Sim Não Não aplicável Sim NãoPortel Sim Sim Sim Sim SimSalvaterra Sim Não Não aplicável Sim NãoSanta Cruz do Arari Sim Não Não aplicável Sim NãoSão Sebastião da Boa Vista Sim Não Não aplicável Sim NãoSoure Sim Sim Sim Sim SimFonte: IBGE, MUNIC 2006.

Os conselhos de educação nesta RI estão em 3

dos 16 municípios. Entre esses, apenas o de Curralinho

opera em caráter consultivo. Em caráter deliberativo

atuam os três conselhos – Afuá, Curralinho e Melgaço,

mas apenas o de Afuá é paritário.

As instâncias de cooperação intergovernamental

espelham o quadro em duas áreas: saúde e educação.

Na educação se destacam os consórcios com o Estado

em 12municípios - e o consórcio com a União em 9

municípios, que por obrigatoriedade legal também

inclui o Estado. Já os convênios de parceira com o setor

privado na área da educação foi registrado em apenas

um município.

Com relação a cooperação intergovernamental

na saúde o quadro da RI Marajó é o seguinte: o

consorciamento com o Estado e a União está presente

em 11 municípios. Foi verificado um convênio de

parceria com o setor privado no município Bagre, e o

apoio do setor privado ou de comunidades ao município

de Ponta de Pedras.

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ráTabela 208: Conselhos Municipais na RI do Marajó

Municípios

Conselho de Habitação Conselho de Educação

ExistênciaExistência

de paridade

Periodicidade reuniões

Existência Consultivo Deliberativo Normativo FiscalizadorExistência de

paridade

Freqüência reuniões

(em 2006)

Afuá NãoNão

aplicávelNão aplicável Sim Não Sim Sim Sim Paritário

Quatro reuniões

Anajás NãoNão

aplicávelNão aplicável Não

Não aplicável

Não aplicável

Não aplicável

Não aplicável

Não aplicávelNão

aplicável

Bagre NãoNão

aplicávelNão aplicável Não

Não aplicável

Não aplicável

Não aplicável

Não aplicável

Não aplicávelNão

aplicável

Breves NãoNão

aplicávelNão aplicável Não

Não aplicável

Não aplicável

Não aplicável

Não aplicável

Não aplicávelNão

aplicável

Cachoeira do Arari NãoNão

aplicávelNão aplicável Não

Não aplicável

Não aplicável

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Não aplicável

Não aplicávelNão

aplicável

Chaves NãoNão

aplicávelNão aplicável Não

Não aplicável

Não aplicável

Não aplicável

Não aplicável

Não aplicávelNão

aplicável

Curralinho NãoNão

aplicávelNão aplicável Sim Sim Sim Não Sim Governamental

Duas reuniões

Gurupá NãoNão

aplicávelNão aplicável Não

Não aplicável

Não aplicável

Não aplicável

Não aplicável

Não aplicávelNão

aplicável

Melgaço NãoNão

aplicávelNão aplicável Sim Não Sim Não Não Governamental

Duas reuniões

Muaná NãoNão

aplicávelNão aplicável Não

Não aplicável

Não aplicável

Não aplicável

Não aplicável

Não aplicávelNão

aplicável

Ponta de Pedras NãoNão

aplicávelNão aplicável Não

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Não aplicávelNão

aplicável

Portel NãoNão

aplicávelNão aplicável Não

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Não aplicávelNão

aplicável

Salvaterra NãoNão

aplicávelNão aplicável Não

Não aplicável

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Não aplicávelNão

aplicável

Santa Cruz do Arari NãoNão

aplicávelNão aplicável Não

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Não aplicável

Não aplicávelNão

aplicável

São Sebastião da Boa Vista NãoNão

aplicávelNão aplicável Não

Não aplicável

Não aplicável

Não aplicável

Não aplicável

Não aplicávelNão

aplicável

Soure NãoNão

aplicávelNão aplicável Não

Não aplicável

Não aplicável

Não aplicável

Não aplicável

Não aplicávelNão

aplicável

Fonte: IBGE, MUNIC 2005 e 2006.

Tabela 209: Cooperação Intergovernamental na RI do Marajó

Municípios

Educação Saúde

Consórcio público

Intermunicipal

Consórcio público Estado

Consórcio público União

Convênio de

parceria com setor

privado

Apoio do setor privado

ou de comunidades

Consórcio público

Intermunicipal

Consórcio público Estado

Consórcio público União

Convênio de parceria com setor privado

Apoio do setor privado

ou de comunidades

Afuá Não Não Não Não Não Não Sim Sim Não Não

Anajás Não Não Não Não Não Não Não Não Não Não

Bagre Não Sim Não Sim Não Não Sim Sim Sim Não

Breves Não Sim Sim Não Não Não Sim Sim Não Não

Cachoeira do Arari Não Sim Sim Não Não Não Sim Sim Não Não

Chaves Não Sim Sim Não Não Não Sim Sim Não Não

Curralinho Não Sim Não Não Não Não Sim Não Não Não

Gurupá Não Sim Não Não Não Não Sim Não Não Não

Melgaço Não Não Não Não Não Não Não Não Não Não

Muaná Não Sim Sim Não Não Não Sim Sim Não Não

Ponta de Pedras Não Sim Sim Não Sim Não Sim Sim Não Sim

Portel Não Não Não Não Não Não Não Não Não Não

Salvaterra Não Sim Sim Não Não Não Sim Sim Não Não

Santa Cruz do Arari Não Sim Sim Não Não Não Sim Sim Não Não

São Sebastião da Boa Vista

Não Sim Sim Não Não Não Sim Sim Não Não

Soure Não Sim Sim Não Não Não Sim Sim Não Não

Fonte: IBGE, MUNIC 2005.

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DIMENSÃO SOCIAL

A Região de Integração Marajó é composta

por dezesseis (16) municípios, sendo que três (3) são

municípios de pequeno porte, com menos de 20 mil

habitantes, enquanto doze (12) se situam na faixa entre

20 mil a 50 mil habitantes, e o maior município, Breves,

já conta com mais de 100 mil habitantes, ou, mais

precisamente, 101.094 habitantes, segundo dados da

contagem populacional de 2008 do IBGE. A população

total da região contava com 467.822 habitantes,

correspondente a 6,30% da população total do estado

do Pará em 2008. A RI Marajó é a região de integração

com maior participação da população rural, segundo a

estimativa do IBGE em 2007, pois 60,78% da população

da região, vive no meio rural. O peso do meio rural é

tão forte na RI Marajó que em apenas três municípios,

a população urbana supera a rural: Soure, onde 86,70%

da população é urbana; Salvaterra, com 57,22% e Breves,

com 50,26%. Por outro lado, os municípios com maior

participação da população rural são Chaves, com

92,89%, Melgaço, com 84,90% e Afuá, com 77,01%.

A taxa de crescimento populacional da RI Marajó no

período 1991-2008 foi de 23,37%, superior à taxa do

Pará no período, que foi de 20,0%.

Tabela 210: População Total, Urbana e Rural da RI Marajó

Municípios População Total 2008(01)2007 (02)

Urbana % Rural %

Afuá 32.633 22,99% 77,01%

Anajás 27.386 25,18% 74,82%

Bagre 20.386 32,06% 67,94%

Breves 101.094 50,26% 49,74%

Cachoeira do Arari 20.411 36,95% 63,05%

Chaves 20.506 7,11% 92,89%

Curralinho 27.543 28,54% 71,46%

Gurupá 25.511 26,98% 73,02%

Melgaço 17.657 15,10% 84,90%

Muaná 30.568 29,99% 70,01%

Ponta de Pedras 26.445 46,22% 53,78%

Portel 48.945 45,54% 54,46%

Salvaterra 18.124 57,22% 42,78%

Santa Cruz do Arari 6.280 42,72% 57,28%

São Sebastião da Boa Vista 21.874 40,65% 59,35%

Soure 22.459 86,70% 13,30%

Total 467.822 39,22% 60,78%

Tucuruí 96.010 82,55% 17,45%

Total 345.674 58,39% 41,61%

Fonte: IBGE, Estimativas populacionais 2008 (1) e 2007 (2)

Em relação aos indicadores de desenvolvimento

humano, a Região de Integração Marajó apresentou

um IDHM (Índice de Desenvolvimento Humano

Municipal) de 0,63 no ano de 2000, considerado como

de valor médio, apresentando um crescimento de 14,33%

em relação ao IDHM de 1991. Chama a atenção, quando

se examina o IDHM decomposto, a baixa média do

IDHM-Renda, de apenas 0,50, denunciando o baixo

nível de atividades econômicas da RI Marajó. No caso

dos municípios desta região, os que apresentaram maior

IDHM-Renda foram Cachoeira do Arari e Soure, ambos

com média de 0,56. O maior IDHM-Longevidade foram

dos municípios de Afuá, Soure e Salvaterra,com 0,75. Na

área de educação, os destaques foram para Salvaterra e

Soure, ambos com 0,86, bem acima da média regional.

Há de se observar o grande número de municípios (8 ao

todo) com IDHM-Renda abaixo de 0,50, que é um índice

considerado baixo pelo PNUD (Programa das Naçoes

Unidas para o Desenvolvimento), em nível semelhante ao

de países pobres da África, que foi o caso dos municípios

de Afuá,Bagre, Chaves, Curralinho, Gurupá, Melgaço (o

menor IDHM-Renda da região, com 0,43), Santa Cruz

do Arari e São Sebastião da Boa Vista.

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ráTabela 211: Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) decomposto em índices de Renda, Longevidade e Educação

na RI Marajó em 2000

Municípios IDHM IDHM-Renda IDHM-Longevidade IDHM-Educação

Afuá 0,61 0,49 0,75 0,60Anajás 0,60 0,52 0,73 0,53Bagre 0,57 0,45 0,64 0,62Breves 0,63 0,51 0,71 0,67Cachoeira do Arari 0,68 0,56 0,71 0,77Chaves 0,58 0,46 0,71 0,57Curralinho 0,60 0,47 0,66 0,67Gurupá 0,63 0,49 0,72 0,68Melgaço 0,53 0,43 0,60 0,55Muaná 0,65 0,51 0,71 0,73Ponta de Pedras 0,65 0,51 0,71 0,74Portel 0,61 0,53 0,72 0,57Salvaterra 0,72 0,54 0,75 0,86Santa Cruz do Arari 0,63 0,49 0,66 0,73São Sebastião da Boa Vista 0,67 0,48 0,73 0,78Soure 0,72 0,56 0,75 0,86Média da Região 0,63 0,50 0,70 0,68

Fonte: Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil, 2003

Quanto aos indicadores de saúde, o coeficiente

de mortalidade infantil da Região Marajó, registrou 25

ocorrências de morte em crianças menores de cinco

anos por mil nascidos vivos em 2005. O município em

pior situação neste quesito é Santa Cruz do Arari, onde

o índice é de 49,2, seguido por Muaná, com 39,8. Os

municípios onde a situação é menos grave são: Gurupá

(9,8) e Salvaterra (10,3). A razão de mortalidade materna,

também é elevada , com índice de 285 ocorrências de

mortes de mães em 100.000 nascidos vivos em 2005.

Neste quesito, São Sebastião da Boa Vista, tem um

índice de 671,1, vindo a seguir Chaves, com 404,9. Parte

desta situação é explicada pelos precários indicadores

de Saneamento, onde apenas 28,32% dos domicílios

são atendidos por água tratada por meio de rede geral;

apenas 19,93% são atendidos pela coleta de lixo; e menos

de 1% dos domicílios tem acesso a esgoto sanitário via

rede geral (ou, mais precisamente, 0,57%). A taxa de

cobertura do Programa Saúde da Família também pode

ser considerado relativamente baixo, atingindo apenas

20% da população regional.

Tabela 212: Síntese de Indicadores de Saúde da RI Marajó: em 2005/2006

Municípios Coeficiente de mortalidade infantil (1)

Razão de mortalidade materna (1)

% da pop. coberta pelo PSF (2)

Afuá 19,4 - - Anajás 22,8 175,4 11,3 Bagre 26,3 - 19,2 Breves 20,0 91,1 19,5 Cachoeira do Arari 22,3 - - Chaves 28,3 404,9 - Curralinho 24,2 - - Gurupá 9,8 - - Melgaço 17,4 - 2,2 Muaná 39,8 221,2 21,5 Ponta de Pedras 31,8 - 16,7 Portel 17,8 88,8 17,1 Salvaterra 10,3 343,6 49,1 Santa Cruz do Arari 49,2 - - São Sebastião da Boa Vista 30,2 671,1 - Soure 28,7 - 26,9 RI Marajó 25 285 20

Fonte: (1) SIM/SINASC / 2005; (2) SIAB / 2006

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Em relação aos indicadores de Educação, a média

do IDEB (Índice de Desenvolvimento da Educação

Básica) para os Anos Iniciais (até 4ª. série) foi a mais

baixa entre as Regiões de Integração, com média de

apenas 2,43. Nenhum município alcançou média acima

de 3, sendo que os de maiores médias foram Afuá e

Salvaterra, ambos com 2,9, enquanto os com menores

médias foram Anajás, Chaves e Portel, todos com 2,0. A

performance em relação ao IDEB dos Anos Finais (até

8ª. série) melhora um pouco, com a média de 3,17 em

2007. Destaque para Ponta de Pedras, com média de

3,70. A menor média foi de Portel e Bagre, com média de

apenas 2,50 para ambas.

Tabela 213: IDEB de Anos Iniciais e Anos Finais da RI Marajó, 2005 e 2007

MunicípiosIDEB Anos Iniciais IDEB Anos Finais

2005 2007 2005 2007Afuá 2,40 2,90 3,10 3,10Anajás 2,20 2,00 3,30 3,60Bagre 1,90 2,10 3,10 2,50

Breves 2,10 2,50 3,10 3,60

Cachoeira do Arari 1,90 2,50 - 3,00

Chaves 2,70 2,00 - 3,00

Curralinho 1,90 2,50 3,00 3,40

Gurupá 2,30 2,10 - 3,10

Melgaço 1,60 2,20 2,50 3,20

Muaná 2,60 2,80 3,40 3,40

Ponta de Pedras 2,80 2,80 3,30 3,70

Portel 2,10 2,00 2,60 2,50Salvaterra 2,80 2,90 3,20 3,00Santa Cruz do Arari - 2,50 - -São Sebastião da Boa Vista 1,90 2,50 2,70 3,30Soure 2,90 2,60 - -Média da Região 2,27 2,43 3,03 3,17

Fonte: MEC, Prova Brasil e Censo escolar, SAEB

A taxa de analfabetismo é a mais elevada do estado,

pois 30,11% das pessoas com 15 anos ou mais eram

consideradas analfabetas em 2000. O índice de capital

humano, mensurável pelos Anos de estudos de pessoas

com 25 anos ou mais, é o menor do estado, com apenas

2,75. O município onde o capital humano é mais elevado

é Soure, com média de 4,95.

Tabela 214: Taxas de Analfabetismo e de Anos de Escolaridade da População Adulta da RI Marajó em 2000

Municípios Taxa de Analfabetismo de Adultos - 2000 (%)

Anos de estudo da pop. Adulta - 2000

Afuá 43,61 1,66Anajás 49,37 1,52Bagre 34,2 2,27Breves 35,78 2,5Cachoeira do Arari 18,51 3,53Chaves 37,11 1,84Curralinho 32,28 2,16Gurupá 35,05 2,16Melgaço 41,91 1,44Muaná 21,22 3,2Ponta de Pedras 21,17 3,69Portel 44,1 1,88Salvaterra 11,84 4,45Santa Cruz do Arari 21,48 3,18São Sebastião da Boa Vista 21,05 3,49Soure 13,11 4,95Média da Região 30,11 2,75

Fonte: Censo 2000 – IBGE/Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil, 2003

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ráQuando se trata do quesito Segurança, a situação

da RI Marajó melhora consideravelmente. Considerando

como indicador de violência a taxa de homicídios

segundo a população total, a região do Marajó se

apresenta como a segunda menos violenta do estado do

Pará, com média de 2,7 homicídios para cada 100.000

habitantes no período 2002/2006. O município onde a

situação é mais preocupante é Breves, com índice de 9,0.

Tabela 215: Taxa média de Homicídios em relação à população total entre 2002 e 2006 na RI Marajó

Municípios Homicídios População Total

Afuá 2,6Anajás 2,9Bagre 2,7

Breves 7,6

Cachoeira do Arari 0,0

Chaves 0,0

Curralinho 4,4

Gurupá 0,8

Melgaço 0,0

Muaná 0,7

Ponta de Pedras 1,7

Portel 5,1Salvaterra 2,4Santa Cruz do Arari 0,0São Sebastião da Boa Vista 0,0Soure 1,9

Média da Região 2,1

Fonte: (1) Microdados SIM/SVS/MS..

Na área da cultura, tomando como indicador

a existência de equipamento culturais em municípios,

com destaque para as bibliotecas públicas, percebe-se

uma situação de relativo equilíbrio, com média de pouco

mais de uma biblioteca para cada município na Região

de Integração Marajó em 2005, com 17 bibliotecas para

os 16 municípios. Destaque para Cachoeira do Arari,

onde existem 3 bibliotecas. Em relação aos demais

equipamentos culturais, existe uma disponibilidade

relativamente boa de estádios e ginásios polivalentes,

com 13 unidades, mas com enorme carência em relação

aos demais equipamentos, tendo apenas 3 teatros ou

salas de espetáculos, um museu e nenhum cinema.

DIMENSÃO ECONÔMICA

Com a 9ª posição em termos da P.E.A. do Estado

(com 124.986 pessoas ou 5,18% do total), a Região

de Integração do Marajó possui como destaque os

municípios de Breves (25.805 pessoas ou 20,65% do

total) e Portel (14.958 pessoas ou 11,97% do total) que

apresentam os maiores números da Região. Por outro

lado, Santa Cruz do Arari e Bagre são os municípios

com as menores P.E.A.’s da Região, com 0,82% e 3,65%,

segundo o Censo: 2000.

Em número de empregos formais criados em

2009 a Região do Marajó apresentou ligeira queda

comparado com 2005 (-2,34%), mesmo Chaves ser o

município referência em termos relativos (o crescimento

registrado foi da ordem de impressionantes 3.640%),

seguido de Santa Cruz do Arari (475%). Contudo, em

valores absolutos, Breves e Portel apresentou em 2009 o

maior número de empregos formais criados com 2.127

e 1.375 postos de trabalho respectivamente. Curralinho

e Melgaço não informaram ou não registraram a

quantidade de postos formais de emprego.

No saldo de demitidos e admitidos, dos 16

municípios que compõem a Região, 06 apresentaram

números negativos; destes, Breves se apresentou como o

município que mais demitiu (saldo de -989). Portel, por

outro lado, aparece como o maior saldo absoluto com 59

empregos mantidos.

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Tabela 216: Dimensão Econômica - Mercado de Trabalho

MunicípiosMercado de Trabalho

P.E.A.¹ Empregos Formais² (Jan/2005) Admitidos³ Desligados³ Empregos Formais³

(Jan/2009)Afuá 9.230 397 04 22 131Anajás 6.044 70 03 06 67Bagre 4.562 98 16 14 241Breves 25.805 3.414 364 1.353 2.127Cachoeira do Arari 5.209 22 07 07 36Chaves 4.796 20 20 10 748Curralinho 5.159 10 - - -Gurupá 7.406 - 04 01 23Melgaço 6.013 20 - - -Muaná 8.890 51 03 10 89Ponta de Pedras 6.725 32 12 07 102Portel 14.958 1.149 550 491 1.375Salvaterra 5.927 100 22 37 166Santa Cruz do Arari 1.029 04 02 03 23São Sebastião da Boa Vista 6.206 35 15 07 48Soure 7.027 207 84 84 321Total Regional 124.986 5.629 1.106 2.052 5.497

Fonte: 1 – População Economicamente Ativa – Censo IBGE: 2000;

2 – SEPOF/MTE/CAGED: 2005;

3 – MTE/CAGED: OUTUBRO/2008 E JANEIRO/2009.

O ano de 2007 foi ponto máximo de número de

operações de crédito totais da Região de Integração

do Marajó, alcançando 5.960 de pedidos de crédito

(um crescimento comparado com o ano de 2006 no

percentual de 90,42%). Em 2009, o número de crédito

agrícola caiu ao percentual de -22,53%, enquanto que o

crédito pecuário caiu -55,33%.

Em todo o período (2006 a 2009), não existe um

município que apresente sempre o maior número

de operações de crédito agrícola, sendo que há um

revezamento entre os mesmos; no primeiro ano, Afuá

com 359 registros, seguindo de São João da Boa Vista

com 272; no segundo ano: Bagre registrou o maior

número de operações com 872, seguido de Curralinho

(588); no terceiro ano: Melgaço e Bagre destacaram-

se com os maiores números de operações, 512 e 419

respectivamente e; no quarto ano: Curralinho com 547 e

Portel com 477 lideraram em número de operações.

Entre os municípios que não realizaram ou que

realizaram os menores números de operações de crédito

foram, conforme os anos, a seguir: a) em 2006: Chaves,

Gurupá, Melgaço e Santa Cruz do Araria com nenhuma

operação; b) em 2007: excluiu-se dos 04 municípios

mencionados, Melgaço; c) em 2008: novamente Chaves

e Santa Cruz do Arari e; d) em 2009, Gurupá e, outra vez,

Santa Cruz do Arari.

Do número total de operações de crédito pecuário,

os municípios com maior relevância foram: Soure

(23,23%) e Ponta de Pedras (15,35%) em 2006; Cachoeira

do Arari (36,19%) e Santa Cruz do Arari em 2007; para

o ano de 2008, Santa Cruz do Arari (16,89%) e Gurupá

(11,96%) e; por último ano de análise, em 2009, São

Sebastião da Boa Vista (22,29%) e Muaná (14,06%).

Entre os municípios que não realizaram

contratações de crédito pecuário anos de 2006, 2007,

2008 e 2009, respectivamente: Anajás para todos os anos;

Muaná, para o primeiro e; Bagre no terceiro ano.

Com relação ao volume negociado advindo do

número de operações de crédito agrícola, de forma

sintética, não existiu um município que, ao longo

do período, manteve a liderança. Por isso, em 2009,

os municípios de Afuá e Portel foram quem mais

obtiveram volume de crédito, com 35,06% e 16,91%,

respectivamente; para os municípios com menos ou

nenhum volume creditício, segue os mesmos que não

registraram operações.

No segmento pecuarista, em 2009, Soure registrou

um volume de R$1.047.989,03 (ou 33,10%), seguido

de Cachoeira do Arari com R$713.766,57 (ou 22,54%

do total regional). Somados, os dois municípios

representaram mais da metade do crédito concedido

naquele ano para a pecuária. Considerando que

Anajás não registrou operações de crédito pecuário,

os municípios que apresentaram os menores volumes

foram: Portel com R$1.000,00 e Gurupá com R$1.500,00.

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ráTabela 217: Dimensão Econômica – Operações de Crédito

Municípios

Nº de Operações Contratadas de Crédito

2006 2007 2008 2009

Agrícola Pecuária Agrícola Pecuária Agrícola Pecuária Agrícola Pecuária

Afuá 359 01 181 01 266 02 399 06

Anajás 69 - 230 - 97 - 135 -

Bagre 129 65 872 131 419 - 163 05

Breves 25 56 257 16 356 59 06 88

Cachoeira do Arari 02 212 39 899 01 224 59 119

Chaves - 02 - 53 - 127 05 04

Curralinho 122 155 588 156 246 233 547 124

Gurupá - 42 - 74 305 257 - 01

Melgaço - 43 223 93 512 53 03 05

Muaná 40 - 339 166 51 161 55 135

Ponta de Pedras 134 265 138 150 163 219 50 22

Portel 150 72 380 15 247 152 477 01

Salvaterra 97 08 27 20 34 11 61 23

Santa Cruz do Arari - 253 - 501 - 363 - 141

São Sebastião da Boa Vista 272 151 188 182 315 197 367 214

Soure 05 401 14 27 29 91 29 72

Total Regional 1.404 1.726 3.476 2.484 3.041 2.149 2.356 960

Fonte: Anuário Estatístico do Crédito Rural do Banco Central do Brasil: 2006; 2007; 2008 e; 2009

Tabela 218: Dimensão Econômica – Operações de Crédito em R$

Municípios

Valor das Operações Contratadas de Crédito – R$

2006 2007 2008 2009

Agrícola Pecuária Agrícola Pecuária Agrícola Pecuária Agrícola Pecuária

Afuá 1.591.006,35 2.554,27 556.628,41 2.554,27 637.383,63 6.834,00 2.037.092,83 17.412,00

Anajás 82.500,00 0,00 345.000,00 0,00 99.000,00 0,00 389.400,00 0,00

Bagre 254.320,59 65.000,00 878.455,90 131.000,00 448.985,02 0,00 240.000,00 7.500,00

Breves 28.254,82 56.000,00 288.768,95 16.000,00 367.500,00 135.412,00 9.720,38 217.844,00

Cachoeira do Arari 11.824,86 268.426,52 67.315,44 1.008.043,04 1.452,00 693.702,89 178.037,87 713.766,57

Chaves 0,00 48.926,16 0,00 53.000,00 0,00 207.452,00 9.000,00 6.000,00

Curralinho 545.018,78 155.000,00 616.933,82 163.500,00 250.000,00 239.000,00 765.000,00 172.500,00

Gurupá 0,00 48.538,40 0,00 74.000,00 753.818,80 339.325,40 0,00 1.500,00

Melgaço 0,00 65.263,57 233.250,00 96.000,00 514.050,00 60.500,00 3.500,00 7.500,00

Muaná 145.579,20 0,00 369.954,46 169.500,00 78.116,40 168.500,00 68.116,40 260.500,00

Ponta de Pedras 251.002,06 297.500,00 155.810,84 203.500,00 239.100,00 346.078,13 84.000,00 34.000,00

Portel 150.000,00 72.000,00 730.789,25 18.500,00 384.254,61 156.000,00 982.287,97 1.000,00

Salvaterra 575.711,73 109.111,81 44.646,00 14.500,00 83.963,00 123.049,79 220.863,00 147.104,88

Santa Cruz do Arari 0,00 256.000,00 0,00 563.500,00 0,00 438.000,00 0,00 147.000,00

São Sebastião da Boa Vista 344.589,00 159.500,00 300.132,19 203.497,50 475.170,58 226.730,00 549.000,00 384.500,00

Soure 82.851,23 1.578.542,85 27.395,09 235.696,39 80.522,41 720.273,09 273.486,57 1.047.989,03

Total Regional 4.062.659 3.182.364 4.615.080 2.952.791 4.413.316 3.860.857 5.809.505 3.166.116

Fonte: Anuário Estatístico do Crédito Rural do Banco Central do Brasil: 2006; 2007; 2008 e; 2009

Em se tratando da quantidade de estabelecimentos

abertos na Região de Integração do Marajó, percebeu-

se um crescimento relativo de 8,17% (2008/2004).

No último ano analisado (2008) foram abertos 1.987

estabelecimentos produtivos contra 1.837 no primeiro

ano da série (2004), mesmo levando em conta queda

nos municípios de Muaná (-23,08%), Anajás (-10,13%)

e Bagre (-2,56%).

Dos 16 municípios integrantes da Região de

Integração do Marajó, Breve com 30,65% e Portel

com 13,94% foram destaques em números de

estabelecimentos abertos no último ano da série. Do

lado oposto, e apesar dos números positivos, Santa

Cruz do Arari (com 0,81%) e Melgaço (1,51%) foram os

municípios com o menor número de estabelecimentos

abertos em 2008.

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231Parte 2

Part

e 2

- A

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Reg

iões

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imen

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do

Des

envo

lvim

ento

Por fim, registrou-se que após anos de energia

fornecida por termoelétricas a Região do Marajó

começará, brevemente, a receber energia firme do

Sistema Interligado Nacional, possibilitando, entre

outras coisas, a abertura de novos empreendimentos e

novos empregos.

Tabela 219: Dimensão Econômica: Estrutura Produtiva

MunicípiosNº de Estabelecimentos Produtivos

2001 2004 2008

Afuá 210 64 80Anajás 126 79 71Bagre 54 39 38Breves 1.112 594 609Cachoeira do Arari 99 47 60Chaves 84 27 49Curralinho 52 30 35Gurupá 144 93 105Melgaço 63 27 30Muaná 153 65 50Ponta de Pedras 138 150 173Portel 343 242 277Salvaterra 167 136 143Santa Cruz do Arari 48 15 16São Sebastião da Boa Vista - 51 61Soure 348 178 190Total Regional 10.002 7.389 7.911

Fonte: MTE/CAGED/RAIS: 2008.

A Balança Comercial da Região de Integração

do Marajó apresentou somente 03 municípios com

informações sobre as exportações ao longo da série: Breves

(com volume mais expressivo), Chaves e Portel; outros

municípios como Afuá e Anajás apresentaram informações

referentes ao primeiro ano; no município de Salvaterra a

informação existente foi referente ao último ano.

Quanto as importações, novamente Breves

apresentou os valores importados, mas até o ano de

2008; Portel, também, apresentou informação sobre

as importações somente do ano de 2008. Assim,

qualquer análise sobre a evolução das exportações e

das importações fica prejudicada, devido a falta de

informações comparativas.

Tabela 220: Dimensão Econômica: Exportações e Importações

Municípios

Exportação e Importação (US$ FOB)

2006 2007 2008 2009

Exportação Importação Exportação Importação Exportação Importação Exportação Importação

Afuá 75.758 - - - - - - -

Anajás 18.482 - - - - - - -

Bagre - - - - - - - -

Breves 54.530.256 276.902 64.180.187 350.100 44.404.454 207.507 11.286.068 -

Cachoeira do Arari - - - - - - - -

Chaves 844.870 - 963.111 - 891.774 - 332.122 -

Curralinho - - - - - - - -

Gurupá - - - - - - - -

Melgaço - - - - - - - -

Muaná - - - - - - - -

Ponta de Pedras - - - - - - - -

Portel 17.159.301 - 23.601.121 - 21.894.257 81.500 10.774.158 -

Salvaterra - - - - - - 1.362.667 -

Santa Cruz do Arari - - - - - - - -

São Sebastião da Boa Vista - - - - - - - -

Soure - - - - - - - -

Total Regional 72.628.667 276.902 88.744.419 350.100 67.190.485 289.007 23.755.015 -

Fonte: MDIC/SECEX - Dados não informados ou zeros.

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232 Parte 2A

tlas

de

Inte

graç

ão R

egio

nal d

o Es

tad

o d

o Pa

ráPara análise das Finanças Municípios, pelo lado

das Receitas, é considerado a falta de informação

de: Curralinho e Muaná (de 2006 a 2008); Anajás e

Cachoeira do Arari (de 2007 e 2008) e; Bagre, Breves,

Melgaço e São João da Boa Vista (em 2008). Diante do

quadro, registrou-se queda nas Receitas de 2007/2008:

a) Orçamentária de -27,33%; b) Corrente de -26,54% e;

c) Tributária de -27,22%.

Dos municípios com as maiores Receitas

(Orçamentária, Corrente e Tributária), em 2008:

Portel com 24,52%, 24,68% e 27,72%, respectivamente

e, Afuá com 18,57%, 18,35% e 20,55%, também,

respectivamente; as menores participações no mesmo

ano, em termos de Receitas, estão: Santa Cruz do Arari

com 3,32%, 3,47% e 1,77% e, Chaves com 9,26%, 9,57% e

5,27%, respectivamente.

Por fim, a evolução das Receitas, em nível

municipal, pode ser considerada da seguinte forma

(no período 2007/2008): Ponta de Pedras com 38,88%

e Gurupá com 34,40%, para a Receita Tributária; Ponta

de Pedras com 44,44% e Salvaterra com 27,96%, para a

Receita Corrente e; Santa Cruz do Arari com 95,16% e

Salvaterra com 36,86% para a Receita Tributária.

As mesmas considerações feitas às Receitas

devem ser estendidas para as Despesas, ou seja, levar

em consideração a falta de informação dos municípios

já informados acima e seus respectivos anos. Assim,

os municípios com as maiores Despesas (Corrente,

Pessoal e Encargos Sociais e de Investimento), em 2008,

encontramos: Portel com 22,57%, 23,99% e 39,88%, e

Afuá com 18,96%, 22,29% e 16,53%, respectivamente;

as menores participações no mesmo ano, em termos de

Despesas foram: Santa Cruz do Arari com 3,45%, 2,74% e

4,10%, e Soure com 9,48%, 9,01% e 2,54%, respectivamente.

Por fim, quanto a evolução das Despesas, por

município, no período 2007/2008: Santa Cruz do Arari

com 67,68% e Ponta de Pedras com 34,40%, para a

Despesa Corrente; Santa Cruz do Arari com 74,35%

e Afuá com 34,72%, para a Despesa com Pessoal e

Encargos Sociais e; Ponta de Pedras com 183,90% e

Chaves com 96,30% para as Despesas com Investimento.

Os segmentos econômicos e seus respectivos

valores adicionados da Região de Integração do Marajó

demonstraram a prevalência do setor de serviços (cujo

crescimento 2006/2007 foi da ordem de 21,13%) em

relação à indústria (aumento 15,23% no mesmo período)

e ao pecuário (acréscimo de 1,44%, também no mesmo

período). Assim, analisa-se cada um dos segmentos:

a) Setor Agropecuário: em 2007, São Sebastião

da Boa Vista apresentou o maior crescimento

(quase 18,00% em relação ao ano de 2006) da

Região; enquanto Chaves demonstrou o maior

valor nominal com R$21.688 em Mil (ou 1165%

do total). No outro lado, Bagre registrou a maior

queda relativa, no mesmo período, com -7,06%

e; Curralinho foi verificado como o menor

valor adicionado nominal com R$4.329 em Mil

(ou2,32% do total);

b) Setor Industrial: Breves e Portel, no ano de 2007,

foram os municípios que mais contribuíram

para o Valor Adicionado da Região com: 33,34%

e 22,49%, respectivamente; considerando o

crescimento relativo ao ano de 2006, verificou-

se que Portel sofreu um acréscimo de 36,07%,

ficando com a primeira posição; agora, o

município com a maior queda relativa foi

Melgaço com -23,44%; Santa Cruz do Arari foi

o menor valor adicionado nominal com 1,54%

(ou R$2.399 em Mil);

c) Setor de Serviços: novamente os municípios de

Breves e Portel apresentaram a maior participação

do total da Região (R$161.506 e R$96.202 em

Mil, respectivamente); porém, para o período

2006/2007, Bagre mostrou o maior crescimento

dos municípios com 33,73%; Melgaço registrou

queda no mesmo período de -0,06% e; Santa

Cruz do Arari, novamente, é, nominalmente,

o que indicou o menor valor da Região com

R$10.249 em Mil, para o ano de 2007.

O PIB Per Capita da Região de Integração do

Marajó, evoluiu no período 2006/2007 (11,20% – no

período 2005/2006 esse percentual foi de 8,91%).

Com isso, verificou-se em Portel o maior valor do PIB

Per Capita da Região com R$3.414 (e crescimento de

24,12%); Curralinho registrou o menor indicador de

riqueza em 2007 (R$1.734) e; Bagre nos indicou que

houve queda de -7,80% no período 2006/2007, sendo o

único município a registrar decrescimento no período e

na Região.

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478.

459.

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o Pa

ráTabela 223: Informações Medidas de Riqueza – Produto Interno Bruto – PIB e Renda Per Capita

Municípios

PIB - em MIL R$Renda Per Capita em R$

Agropecuária Indústria Serviços

2005 2006 2007 2005 2006 2007 2005 2006 2007 2005 2006 2007

Afuá 12.874 12.695,02 13.016 9.205 9.050,67 7.682 46.308 47.906,83 50.574 1.972,16 1.946,24 2.334

Anajás 3.676 4.879,71 4.867 6.926 6.895,36 6.813 26.220 28.137,12 36.056 1.831,58 1.936,81 1.974

Bagre 4.169 4.753,62 4.418 2.480 2.867,69 3.715 17.554 19.667,64 26.302 1.825,35 2.053,24 1.893

Breves 13.085 16.335,88 16.143 46.356 42.557,61 51.795 128.873 131.764,48 161.506 2.335,78 2.333,79 2.566

Cachoeira do Arari 14.607 17.390,26 17.399 2.855 3.317,36 3.561 19.298 21.929,49 25.593 2.156,80 2.458,38 2.493

Chaves 24.702 22.780,56 21.688 4.426 5.254,89 5.961 20.957 21.112,44 27.718 2.939,18 2.889,61 2.917

Curralinho 3.413 4.423,48 4.329 3.505 4.225,06 4.673 25.735 28.030,52 34.245 1.440,17 1.582,18 1.734

Gurupá 12.222 14.801,47 13.845 3.886 4.789,53 4.954 30.046 36.246,15 44.354 1.836,08 2.182,38 2.647

Melgaço 6.877 8.780,65 8.528 3.723 4.519,30 3.460 26.431 29.983,42 29.966 1.493,23 1.695,82 2.384

Muaná 8.821 10.478,06 11.903 5.047 5.748,24 5.907 29.952 32.350,64 38.705 1.633,70 1.807,82 2.002

Ponta de Pedras 11.865 13.832,50 15.904 3.350 4.094,39 4.974 25.188 29.976,29 39.901 2.056,77 2.406,29 2.549

Portel 14.771 16.306,11 16.616 24.178 25.677,30 34.939 65.894 74.434,06 96.202 2.534,39 2.750,52 3.414

Salvaterra 8.557 10.663,36 10.982 3.317 3.946,17 4.221 28.871 32.218,48 38.563 2.452,84 2.754,27 3.230

Santa Cruz do Arari 4.678 5.141,33 5.455 1.933 2.767,98 2.399 7.893 8.568,07 10.249 2.685,41 3.010,34 3.135

São Sebastião da Boa Vista 5.007 6.129,53 7.232 3.347 3.876,33 4.525 24.325 26.729,25 31.295 1.719,64 1.906,24 2.147

Soure 12.738 14.162,88 13.877 4.381 5.241,65 5.787 38.169 41.018,08 47.732 2.655,09 2.846,70 3.236

Total Regional 162.062 183.554 186.202 128.916 134.830 155.366 561.714 610.073 738.961 33.568 36.561 40.655

Fonte: IDESP/IBGE

DIMENSÃO INFRAESTRUTURA

Os dezesseis municípios que compõem a Região

de Integração Marajó apresentam característica de

serem interligados pelo rio. Por conseguinte, apenas

Salvaterra com 33,06 Km e Soure com 10,92 Km

possuem rodovias pavimentadas, totalizam os 43,98 Km

em extensão de rodovias pavimentadas apresentadas

pela região. Nota-se conseqüentemente, que os demais

municípios não possuem rodovias pavimentadas e com

exceção de Cachoeira do Arari, nem na condição de

revestimento primário.

Diante dessa característica geográfica os serviços

de transporte nesta região, para mudança de lugar de

cargas e pessoas, ocorrem em 100% dos municípios

pelo uso meio fluvial. No entanto, 38% dos municípios

(Anajás, Breves, Chaves, Ponta de Pedras, Portel, Santa

Cruz do Arari e Soure) têm acesso por avião, enquanto

31% deles são atendidos pelos transportes urbanos de

Mototáxi e Táxi, e 25 % usam Vans. De outra forma,

somente os municípios de Cachoeira do Arari e Soure

têm acesso por ônibus intermunicipal.

Em relação à distribuição de energia elétrica, ao

se considerar o consumo industrial mensal em KW/H

por município, esta região apresenta um baixo consumo,

Soure e Salvaterra são os municípios com maior consumo.

Com o Programa Luz Para Todos, foram realizadas

3.462 ligações, no período de 2004 a 2009, beneficiando

famílias de baixa renda, e que 80% destas moram no

meio rural. A tabela distribuição de ligações mostra

que no período de 2007 a 2009, o número de ligações

foi aproximadamente 5 vezes maior, em comparação ao

período de 2004 a 2006.

Tabela 224: Distribuição de ligações pelo Programa Luz para Todos na RI Marajó

Ligações

Ano Ligações Realizadas

2004 0

2005 378

2006 164

2007 1.226

2008 927

2009 767

2010 (jan) 0

ELABORAÇÃO: SEIR, jan 2010 Fonte: CELPA

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O Linhão do Marajó, que se situa no norte do

Estado do Pará e visa à interligação de seis municípios da

região do arquipélago do Marajó ao Sistema Interligado

Nacional (SIN). A oferta de energia em toda a área

do Projeto é deficiente, estando restrito às sedes dos

municípios. A geração de energia se dá através de 15

usinas térmicas movidas a óleo diesel. O conjunto de

obras do projeto, propõe-se a atingir estes princípios

através da interligação do sistema de fornecimento

de energia dos municípios desta região ao SISTEMA

INTERLIGADO NACIONAL, visando reduzir a

vulnerabilidade do sistema atual, desativar as cinco

usinas termo diesel que produz energia subsidiada pela

Conta de Consumo de Combustível (CCC), atender

com mais rapidez e confiabilidade as novas demandas

de energia na região e indiretamente, contribuir para o

desenvolvimento socioeconômico da região, por meio

da atração de novos investimentos.

Quanto as escolas de ensino fundamental, são 1.501

escolas nesta Região, e o município de Breves apresenta

o maior número de instituições de ensino fundamental

com 309 escolas, destas 308 são municipais e uma é

privada. Entretanto observa-se na mesma tabela, o

menor número de escolas em Santa Cruz do Arari, onde

o ensino fundamental é assistido por 12 escolas sendo

três estaduais e 9 de responsabilidade municipal.

Tabela 225: Indicadores de Infraestrutura – RI Marajó

Municípios Rodovia Pavimentada (Km) (1) Serviço de transp.Barco (2) Consumo/Kwh Industrial (3)Total de Escolas do

Ensino fundamental (4)

Afuá 0,00 Sim 1.740 189

Anajás 0,00 Sim 683 92

Bagre 0,00 Sim 9.217 27

Breves 0,00 Sim 26.778 309

Cachoeira do Arari 0,00 Sim 59 55

Chaves 0,00 Sim 154 103

Curralinho 0,00 Sim 0 54

Gurupá 0,00 Sim 1.037 143

Melgaço 0,00 Sim 0 95

Muaná 0,00 Sim 3.914 41

Ponta de Pedras 0,00 Sim 0 73

Portel 0,00 Sim 0 193

Salvaterra 33,06 Sim 80.696 39

Santa Cruz do Arari 0,00 Sim 675 12

São Sebastião da Boa Vista 0,00 Sim 20.109 51

Soure 10,92 Sim 94.842 25

RI Marajó 43,98 100% 239.904 1.501

Fontes: 1. SEIR, SETRAN 2007; 2. SETRAN - 2006 IBGE/MUNIC - 2008; 3. REDE CELPA, 2007; 4. IBGE, 2007.

DIMENSÃO AMBIENTAL

Localizada no norte do Pará, a Região de

Integração Marajó, possui área de 95.800km2 a qual

fazem parte, segundo a resolução 32/2003 do Conselho

Nacional de Recursos Hídricos, as regiões hidrográficas

Amazônica e Tocantins. A Região Hidrográfica

Amazônica contemplam as bacias do Rio Ipitinga/Jari e

parte da bacia do Rio Alto Anapu/Pacajá, enquanto que

a Região Hidrográfica do Tocantins contempla apenas

uma pequena área da bacia do Rio Alto Anapu/Pacajá

dentro da Região de Integração (ANA/2009).

ÁREAS PROTEGIDAS

Considerando os dados do MZEE-PA (SEMA,

2009), as áreas protegidas na RI Marajó somam em

torno de 50.229 km², sendo 49.354 km² para as UC de

Uso Sustentável (destaque para APA do Arquipélago

do Marajó, com 42.521 km²); e 874 km² para Áreas de

Quilombos. Vale ressaltar que esta região apresenta

uma dinâmica mais intensa pela regularização

e titulação da comunidades remanescentes de

quilombos e que, portanto, os dados aqui considerados

podem estar desatualizados.

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o Pa

ráA RI Marajó possui cerca de 39.515 km² de sua

área territorial inserida nas Zonas de Consolidação e

de Expansão de atividades produtivas, em torno de 44%

desta RI. Ressaltasse o fato de que nesta RI existe uma

área considerável que está sendo proposta para criação

de unidades de conservação (aproximadamente 33 mil

km²), ou seja, ainda não possui uma destinação legal

para alguma categoria de manejo de UC e que, portanto,

esta foi aqui considerada como zona de consolidação.

Tabela 226: Áreas Protegidas da RI Marajó, em 2009.

Categoria MZEE Áreas Protegidas Área Absoluta (km²) Área Relativa (%)

Uso Sustentável

Floresta Nacional Caxiuanã 3.178,08 3,54Reserva Extrativista Mapuá 927,25 1,03Reserva Extrativista Itapuã-baquia 641,13 0,71Área de Proteção Ambiental do Arquipélago do Marajó 42.521,31 47,38

Áreas de QuilomboIgarapé Preto 13,36 0,01Maria Ribeira 19,78 0,02Gurupá 841,69 0,94

Consolidação Área de Consolidação das Atividades Produtivas 35.293,87 39,33Expansão Expansão das Atividades Produtivas 4.222,11 4,70RI Marajó 89.745,55 100,00 100,00

Fonte: SEMA, 2009.

O município de Chaves é o que possui maior

extensão territorial de áreas protegidas da RI Marajó,

totalizando 9.298 km², seguido de Anajás, com cerca de

6.675 km² de áreas protegidas.

Tabela 227: Áreas Protegidas da RI Marajó, em 2009.

Municípios UC de Uso Sustentável (km²) Áreas de Quilombos (km²) Consolidação (km²) Expansão (km²)

Afuá 4.275,39 0,00 1.238,83 0,00Anajás 6.675,05 0,00 0,00 0,00Bagre 0,00 13,36 3.436,74 672,46Breves 7.149,65 0,00 1.186,62 0,00Cachoeira do Arari 2.587,33 0,00 6,22 0,00Chaves 9.298,34 0,00 0,03 0,00Curralinho 3.179,72 0,00 6,66 0,00Gurupá 804,57 859,57 4.609,71 951,76Melgaço 1.347,43 1,90 4.782,65 0,00Muaná 3.183,07 0,00 0,00 0,00Ponta de Pedras 2.864,70 0,00 0,00 0,00Portel 1.889,04 0,00 20.021,76 2.597,89Salvaterra 761,23 0,00 0,00 0,00Santa Cruz do Arari 1.057,01 0,00 0,00 0,00São Sebastião da Boa Vista 1.506,28 0,00 0,00 0,00Soure 2.775,93 0,00 4,65 0,00RI Marajó 49.354,73 874,83 35.293,87 4.222,11Pará 129.505,41 327.224,72 284.688,36 396.683,93

Fonte: SEMA, 2009.

CLIMA

Segundo a classificação de Köppen, a Região de

Integração Marajó apresentam dois sub-tipos climáticos,

diferenciados entre si pela quantidade de precipitação

pluviométrica média mensal e anual, o Af3, o Am3 e Am2.

O sub-tipo Af3, é caracterizado por apresentar

precipitação pluviométrica média anual, variando entre

2.000mm e 2.600mm e está representado em pequena

área na Região de Integração Marajó. O Am2 representa

condições climáticas, onde a precipitação pluviométrica

média anual varia entre 2.500mm e 3.000mm,

ocorrendo basicamente na faixa litorânea Paraense, com

penetração para o continente e o Am3, caracterizado

por apresentar precipitação pluviométrica média anual

variando entre 2.000mm e 2.500mm, este em maior área

dentro da Região de Integração.

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VEGETAÇÃO

A população da área da Região de Integração

Marajó convive essencialmente com quatro tipos

de ecossistemas: a várzea, o igapó, a terra firme e os

campos naturais. A formação vegetal da terra firme

é caracterizada como Floresta Ombrófila Densa e

na várzea como Floresta Ombrófila Densa Aluvial

Latifoliada. Observa-se que a diferença entre a floresta

de terra firme e de várzea é que a primeira é composta

por árvores cuja madeira é caracterizada como “madeira

de lei”, com poucas palmeiras e não apresentam estrato

arbustivo como observado na segunda.

Nas áreas deprimidas que sofrem alagamentos

contínuos encontram-se as Formações Pioneiras,

representadas pelos campos naturais do leste da Ilha

do Marajó e em áreas onde a mata foi removida para

a realização de cultivos ocorre a floresta secundária

resultante da regeneração vegetal.

ANTROPISMO

Segundo dados do INPE (2008), a RI Marajó

apresenta desflorestamento acumulado em torno de

3.126 km² até 2007. Em termos de desflorestamento

absoluto, Portel é o município que mais se destaca, com

uma área de cerca de 1.263,69 km² desflorestados até

2007 (40% de todo o desmatamento ocorrido na região).

Enquanto que o município de Afuá, apresentou área

desmatada de 27,05km2.

Tabela 228: Incremento do desflorestamento na RI Marajó até 2007, (área absoluta em km²).

MunicípiosDesflorestamento (km²)

Até 1997De 1997 a 2000

Em 2001 Em 2002 Em 2003 Em 2004 Em 2005 Em 2006 Em 2007Total (Até

2007)Afuá 18,00 - 0,27 3,19 1,13 0,19 1,11 3,06 0,10 27,05

Anajás 135,00 - 1,20 24,47 0,37 0,67 1,64 0,42 0,08 163,85

Bagre 86,00 - 74,58 3,77 2,52 3,63 2,78 1,45 1,20 175,93

Breves 408,00 - 0,02 115,13 0,29 6,48 1,02 0,07 0,22 531,23

Cachoeira do Arari 69,00 - - - 0,14 0,86 0,28 0,23 0,23 70,74

Chaves 81,00 - 3,04 2,23 0,80 0,09 0,79 2,49 0,26 90,70

Curralinho 121,00 - - 53,75 0,37 1,90 1,41 0,37 1,65 180,45

Gurupá 62,00 - 0,10 4,99 9,06 4,92 3,75 1,97 0,76 87,55

Melgaço 129,00 - - 11,86 0,38 5,74 0,85 1,64 0,23 149,70

Muaná 93,00 - - 0,08 - 0,55 0,36 0,41 0,49 94,89

Ponta de Pedras 49,00 - - 0,52 - 1,71 0,21 - - 51,44

Portel 788,00 12,22 97,25 48,42 50,12 83,55 50,69 45,85 87,59 1.263,69

Salvaterra 43,00 - 45,24 0,77 0,40 1,28 0,25 0,30 - 91,24

Santa Cruz do Arari - - - - - - - - - -

São Sebastião da Boa Vista 119,00 - - - - 0,26 0,24 0,28 0,16 119,94

Soure 13,00 - 14,68 - - - - - 0,10 27,78

RI Marajó 2.214,00 12,22 236,38 269,18 65,58 111,83 65,38 58,54 93,07 3.126,18

Fonte: INPE (2008)

SOLO

Na área da Região de Integração Marajó destacam-

se dois tipos de ecossistemas a várzea e a terra firme, o

qual possuem características nos solos, bem diferentes.

Os solos encontrados na vázea, são os hidromórficos

de tipo Gley (húmicos e pouco húmicos), apresentando

um horizonte superficial em torno de 25 a 30cm, com

alta porcentagem de matéria orgânica. A fertilidade do

solo na várzea é oriunda da liberação de nutrientes da

matéria orgânica em conseqüência da decomposição do

material vegetal florestal e da deposição de substancias

minerais e orgânicas em suspensão nas águas do rio

Amazonas causadas pela movimentação das marés.

A terra firme da Região é caracterizada por

apresentarem solo do tipo latossolo amarelo, podzóis

e lateritas hidromórficas. Estes solos originários do

terciário são profundos, bem drenados, arenosos e

com acidez elevada. A fertilidade destes solos é baixa,

concentrando-se na sua camada superficial.

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2Parte

REGIÃO METROPOLITANA

DIMENSÃO INSTITUCIONAL

ARegião de Integração Região Metropolitana é

formada por cinco municípios: Ananindeua,

Figura 08: RI Metropolitana

Elaboração: SEIR/ GeoPARÁ, 2009

Belém, Benevides, Marituba e Santa Bárbara do Pará.

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240 Parte 2A

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ráO perfil da rede municipal é predominantemente

heterogêneo e composto por unidades territoriais de

classe de tamanho pequeno, médio e grande; sendo

por esta classificação do IBGE possível encontrar:

um município CTMP3, com população de 10.001 a

20.000 hab.; um município CTMP4, com população

de 20001 a 50.000 hab.; um município CTMP5, com

população de 50.001 a 100.000 hab.; um município

médio, com população de 100.001 a 500.000 hab.; e um

município grande, com mais de 500.000 hab. Dos cinco

municípios que da RI Metropolitana, três municípios

(60%) foram instalados antes da Constituição de 1988

e dois municípios (40%) foram criados posteriormente.

Os municípios mais recentemente instalados datam de

1993 e 1997, e são: Santa Bárbara do Pará e Marituba.

Tabela 229: Perfil da Rede Municipal na RI Metropolitana

Municípios Ano de criação do município Classes de tamanho da população do município

Ananindeua 1943 Município Médio

Belém 1616 Município Grande

Benevides 1961 Município Pequeno 4

Marituba 1997 Município Pequeno 5

Santa Bárbara do Pará 1993 Município Pequeno 3

Fonte: IBGE e Contagem Populacional 2007.

A frequência e a abrangência, dos principais

instrumentos legais da administração pública local na RI

nos remete ao seguinte quadro: em 100% dos municípios

podem-se evidenciar a existência da Lei de Diretrizes

Orçamentárias; e em quatro, dos cinco municípios da RI

Metropolitana, está presente a Lei de Orçamento Anual.

Quanto a Lei do Perímetro Urbano, em dois municípios

(40%) da RI se verifica a existência desta norma; em

contrapartida verifica-se a ausência desta legislação em

três municípios (60%). No que se refere a Lei Orgânica

Municipal, determinação constitucional, esta norma é

presente em 100% dos municípios da RI. Já a existência

do Plano Diretor, instrumento obrigatório para

municípios acima de 20000 habitantes, está configurada

em todos os municípios da RI Metropolitana.

Tabela 230: Legislação Municipal e Instrumento do Planejamento Municipal na RI Metropolitana

Municípios Lei de Diretrizes Orçamentária

Lei de Orçamento Anual

Lei de Perímetro Urbano

Ano da Lei Orgânica

Existência do Plano Diretor

Ananindeua Sim Sim Não 1990 Sim

Belém Sim Sim Sim 1985 Sim

Benevides Sim Sim Sim 1990 Sim

Marituba Sim Sim Não 2003 Sim

Santa Bárbara do Pará Sim Não Não 1993 Sim

Fonte: IBGE, Munic. 2004, 2005 e 2008

Quanto ao quesito recurso para a gestão, observa-

se que todos os municípios cobram o IPTU; em quatro

, dos cinco municípios da RI, foi formalizado o cadastro

do ISS; sendo que nesses quatro municípios o cadastro

do ISS é informatizado; todos os municípios cobram

taxa de iluminação pública, já a taxa de coleta de lixo está

presente em três municípios, Ananindeua, Benevides e

Marituba. O funcionamento dos conselhos de habitação

na RI Metropolitana, reflete que o município de Belém

na RI Metropolitana é o único município da região a ter

o conselho instituído. Neste município o conselho de

habitação tem as seguintes características: é paritário e

realiza reuniões mensais.

Já os conselhos de educação nesta RI estão em dois

(40%) dos cinco municípios; Belém e Ananindeua. Entre

esses ambos operam em caráter consultivo, em caráter

deliberativo, em caráter normativo, e apenas Belém opera

em caráter fiscalizador. Ainda nos municípios onde esta

instância de participação pode ser observada, em Belém

o Conselho de Educação tem maior representação da

Sociedade Civil e em Ananindeua esta instância de

participação opera em igualdade de representação entre

Sociedade Civil e Governo.

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Tabela 231: Recursos para Gestão na RI Metropolitana

Municípios Município Cobra IPTU

Cadastro ISS Existência

Cadastro ISS Informatizado

Taxa Iluminação Pública

Taxa Coleta de Lixo

Ananindeua Sim Sim Sim Sim Sim

Belém Sim Sim Sim Sim Não

Benevides Sim Sim Sim Sim Sim

Marituba Sim Sim Sim Sim Sim

Santa Bárbara do Pará Sim Não Não aplicável Sim Não

Fonte: IBGE, MUNIC 2006.

As instâncias de cooperação intergovernamental

espelham o quadro em duas áreas: educação e saúde.

Na educação não se encontra em funcionamento

consórcios intermunicipais RI Metropolitana; os

consórcios com o Estado estão presentes em quatro

municípios – Ananindeua, Belém, Benevides e Santa

Bárbara do Pará; e os consórcios com a União, que por

obrigatoriedade legal também inclui o Estado, estão

presentes nos municípios de Ananindeua, Belém e Santa

Bárbara do Pará. Já os convênios de parceira com o setor

privado na área da educação não foram encontrados na

RI Metropolitana. No quesito apoio do setor privado ou

de comunidades à municípios foi verificada a existência

deste instrumento no município de Ananindeua.

Com relação a cooperação intergovernamental

na saúde o quadro da RI Metropolitana é o seguinte: o

consorciamento intermunicipal está presente em Belém

e Santa Bárbara do Pará; o consorciamento municipal

com o Estado envolve os municípios de Ananindeua,

Belém, Benevides e Santa Bárbara do Pará; e o

consorciamento com a União envolve os municípios de

Ananindeua, Belém e Santa Bárbara do Pará. Não foram

verificados convênios de parceria com o setor privado

nos municípios da RI Metropolitana; nem tão pouco

registrados convênios de apoio do setor privado ou de

comunidades aos municípios.

Tabela 232: Conselhos Municipais na RI Metropolitana

Municípios

Conselho de Habitação Conselho de Educação

ExistênciaExistência

de paridade

Periodicidade reuniões

Existência Consultivo Deliberativo Normativo FiscalizadorExistência de

paridade

Freqüência reuniões

(em 2006)

Ananindeua NãoNão

aplicávelNão

aplicávelSim Sim Sim Sim Não

Sociedade civil

Sim

Belém Sim Sim Mensal Sim Sim Sim Sim Sim Paritário Sim

Benevides NãoNão

aplicávelNão

aplicávelNão

Não aplicável

Não aplicável

Não aplicável

Não aplicável

Não aplicável

Não aplicável

Marituba NãoNão

aplicávelNão

aplicávelNão

Não aplicável

Não aplicável

Não aplicável

Não aplicável

Não aplicável

Não aplicável

Santa Bárbara do Pará NãoNão

aplicávelNão

aplicávelNão

Não aplicável

Não aplicável

Não aplicável

Não aplicável

Não aplicável Não aplicável

Fonte: IBGE, MUNIC 2005 e 2006.

Tabela 233: Cooperação Intergovernamental na RI Metropolitana

Municípios

Educação Saúde

Consórcio público

Intermunicipal

Consórcio público Estado

Consórcio público União

Convênio de

parceria com setor

privado

Apoio do setor privado

ou de comunidades

Consórcio público

Intermunicipal

Consórcio público Estado

Consórcio público União

Convênio de

parceria com setor

privado

Apoio do setor privado

ou de comunidades

Ananindeua Não Sim Sim Não Sim Não Sim Sim Não NãoBelém Não Sim Sim Não Não Sim Sim Sim Não NãoBenevides Não Sim Não Não Não Não Sim Não Não NãoMarituba Não Não Não Não Não Não Não Não Não NãoSanta Bárbara do Pará Não Sim Sim Não Não Sim Sim Sim Não Não

Fonte: IBGE, MUNIC 2005.

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ráDIMENSÃO SOCIAL

A Região de Integração Metropolitana é

composta por apenas cinco (5) municípios, mas detém

a maior densidade demográfica do Estado – cerca de

1171,31 habitantes/km2 – , sendo, portanto, a região a mais

populosa do estado, além de ser a mais “urbana” dentre

todas as regiões paraenses, com índice de participação

da população urbana de 97,54%. Com população

total de 2.105.621 habitantes em 2008, segundo a

estimativa do IBGE, a RI Metropolitana concentra,

aproximadamente, 30% da população paraense, ou,

mais precisamente, 28,34%. Na RI Metropolitana se

encontram os dois maiores municípios do Estado: a

capital, Belém, com 1.437.600 habitantes; e Ananindeua,

com 505.512 habitantes. Vem a seguir, Marituba, com

101.158 habitantes, Benevides, com 46.611 habitantes,

e o pequeno município de Santa Bárbara do Pará,

com 14.740 habitantes. Os índices de participação da

população considerada urbana em Belém e Ananindeua

são muito intensos e os maiores do Estado – 99,35% e

99,76%, respectivamente –, contrastando com a situação

de Santa Bárbara do Pará, que é o único município da RI

Metropolitana onde a população rural supera a urbana,

com índice de 64,77%, de acordo com o IBGE 2007.

Tabela 234: População Total, Urbana e Rural da RI Metropolitana

Municípios População Total 2008 (01)2007 (02)

Urbana % Rural %Ananindeua 505.512 99,76% 0,24%Belém 1.437.600 99,35% 0,65%Benevides 46.611 58,83% 41,17%Marituba 101.158 87,18% 12,82%Santa Bárbara do Pará 14.740 35,23% 64,77%Total 2.105.621 97,54% 2,46%

Fonte: IBGE, Estimativas populacionais 2008 (1) e 2007 (2)

Em relação aos indicadores de desenvolvimento

humano, a Região de Integração Metropolitana

apresentou um IDHM (Índice de Desenvolvimento

Humano Municipal) de 0,74 no ano de 2000, o maior

entre todas as Regiões de Integração, com uma variação

de 9,18% em relação ao IDHM de 1991. O que mais

chama a atenção ao analisar o IDHM decomposto é o

elevado índice de educação da RI Metropolitana, com

IDHM-Educação de 0,89. Belém detém o maio IDHM,

com 0,81, além de contar com o maior IDHM-Renda

(0,73), além de ter o maior IDHM-Educação, com 0,93.

O maior índice de longevidade é de Ananindeua, com

IDHM-Longevidade de 0,79. Santa Bárbara detém o

menor IDHM-Renda da região, com apenas 0,55.

Tabela 235: Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) decomposto em índices de Renda, Longevidade

e Educação na RI Metropolitana em 2000

Municípios IDHM IDHM-Renda IDHM-Longevidade IDHM-Educação

Ananindeua 0,78 0,65 0,79 0,91Belém 0,81 0,73 0,76 0,93

Benevides 0,71 0,60 0,66 0,88

Marituba 0,71 0,58 0,68 0,88Santa Bárbara do Pará 0,69 0,55 0,66 0,85Média da Região 0,74 0,62 0,71 0,89

Fonte: Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil, 2003

O coeficiente de mortalidade infantil da Região

de Integração Metropolitana, com média de 22,77

ocorrências de morte em crianças menores de cinco

anos por mil nascidos vivos em 2005, ainda encontra-

se distante da meta estipulada pelos Objetivos de

Desenvolvimento do Milênio (ODM) para o Estado do

Pará alcançar até 2015, que é a redução do índice para

16,03. O município com melhor performance neste

aspecto é Ananindeua, com 15,1, e o pior é Santa Bárbara,

com 37,0. Em termos de razão de mortalidade materna,

a RI Metropolitana detém o melhor desempenho

entres as regiões de integração, com média de 62,69

ocorrências de mortes de mães em 100.000 nascidos

vivos em 2005 , embora ainda esteja muito distante da

meta estabelecida pelos Objetivos de Desenvolvimento

do Milênio (ODM), que estabeleceu a meta de redução

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do índice de mortalidade materna para o patamar de

14,91 até 2015 para o estado do Pará. As condições de

saneamento da região metropolitana são, via de regra, as

melhores do Pará. O índice de tratamento de água por

meio da rede geral é de 63,22%, o maior do Estado. O

percentual de domicílios atendidos pela coleta de lixo

também é o maior do Estado, com 90,44%. O acesso

ao esgotamento sanitário é de apenas 20,46% por parte

dos domicílios, também a melhor performance no

Estado, segundo dados do censo de 2000. A cobertura

do Programa Saúde da Família (PSF) atingiu 43% da

população da RI Metropolitana em 2006.

Tabela 236: Síntese de Indicadores de Saúde da RI Metropolitana: Coeficiente de mortalidade infantil, Razão de

Mortalidade Materna e população coberta pelo PSF em 2005/2006

Municípios Coeficiente de mortalidade infantil (1)

Razão de mortalidade materna (1)

% da população coberta pelo PSF (2)

Ananindeua 15,1 59,9 31,9 Belém 20,0 67,9 25,5 Benevides 21,2 - 77,2 Marituba 20,5 60,3 38,8 Santa Bárbara do Pará 37,0 - 42,1 RI Metropolitana 22,77 62,69 43,09

Fonte: (1) SIM/SINASC / 2005; (2) SIAB / 2006

Em relação aos indicadores de Educação, a

performance desta Região se destaca ante às demais

Regiões de Integração. A média do IDEB (Índice de

Desenvolvimento da Educação Básica) para os Anos

Iniciais (até 4ª. série) se situou em 3,20 em 2007, a

mais alta entre as Regiões de Integração. Performance

semelhante ocorreu no IDEB dos Anos Finais (até 8ª.

série) em 2007, quando a RI Metropolitana alcançou

a média de 3,47, também a maior entre as Regiões de

Integração. Destaque, neste caso, para o desempenho de

Ananindeua, com média de 3,70.

Tabela 237: IDEB de Anos Iniciais e Anos Finais da RI Metropolitana, 2005 e 2007

MunicípiosIDEB Anos Iniciais IDEB Anos Finais

2005 2007 2005 2007

Ananindeua 3,30 3,40 3,60 3,70Belém 3,00 3,40 3,10 3,20Benevides 3,30 3,00 - -Marituba 3,10 3,30 3,30 3,50Santa Bárbara do Pará - 2,90 - -Média da Região 3,18 3,20 3,33 3,47

Fonte: MEC, Prova Brasil e Censo escolar, SAEB

O percentual de pessoas de 15 anos ou mais

analfabetas é o menor do Estado, com 8,75%. O índice

de capital humano também é o maior do Estado, medido

por meio do indicador de média de Anos de Estudo de

pessoas de 25 anos ou mais, com índice de 6,08. Destaque

para os desempenhos de Belém, com média de 7,68 anos

de escolaridade, seguido de perto por Ananideua, com

média de 7,01.

Tabela 238: Taxas de Analfabetismo e de Anos de Escolaridade da População Adulta da RI

Metropolitana em 2000

MunicípiosTaxa de Analfabetismo de

Adultos - 2000 (%)Anos de estudo da pop. Adulta

- 2000Ananindeua 5,43 7,01Belém 5,04 7,68Benevides 10,72 5,33Marituba 9,27 5,57Santa Bárbara do Pará 13,3 4,81Média da Região 8,75 6,08

Fonte: Censo 2000 – IBGE/Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil, 2003

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ráEm relação à área de Segurança Pública, leva-

se como indicador de violência a taxa de homicídios

em relação à população. A Região de Integração

Metropolitana, sob esse critério, é a quarta mais violenta

do Estado, pois o seu índice de homicídios em relação à

população total tem média de 24,5 homicídios para cada

100.000 habitantes no período 2002/2006. O município

mais violento da RI Metropolitana é Marituba, com

média de 46,50, seguido por Belém, com 35,7, e

Ananindeua, com 29,4.

Tabela 239: Taxa média de Homicídios entre 2002 e 2006 na RI MetropolitanaMunicípios Homicídios População Total

Ananindeua 29,4Belém 35,7Benevides 7,5Marituba 46,5Santa Bárbara do Pará 3,3Média da Região 24,50

Fonte: (1) Microdados SIM/SVS/MS.

Na área da cultura, tomando como indicador a

existência de equipamento culturais em municípios,

com destaque para as bibliotecas públicas, percebe-se

que a Região de Integração Metropolitana concentra boa

parte desses equipamentos, tendo 21 bibliotecas, sendo

que 13 destas estão em Belém, segundo dados do IBGE

de 2005. Essa ampla disponibilidade (se comparada à

situação das demais Regiões de Integração) se repete em

relação aos demais equipamentos culturais, com a RI

Metropolitana concentrando 14 museus, 14 teatros ou

salas de espetáculos, 17 estádios e ginásios poliesportivos

e 21 cinemas.

Em síntese, pode-se constatar que, em termos

gerais, a Região de Integração Metropolitana detém

alguns dos melhores indicadores sociais de desempenho

entre as Regiões de Integração do estado do Pará.

DIMENSÃO ECONOMICA

A Região de Integração Metropolitana, como

o próprio nome diz e por conter, também, a Capital,

apresenta a maior P.E.A. com 785.512 pessoas ou

32,57% do total do Estado. Destes números, 72,38% da

P.E.A. pertencem a Capital, seguido do município de

Ananindeua (21,89%). Por outro extremo, Santa Bárbara

do Pará é, dentro da Região de Integração, a que possui

a menor P.E.A. com 4.253 pessoas ou 0,54% do total

regional, segundo o Censo: 2000.

A evolução do número de empregos formais

criados, em 2009, deu-se a ordem de 25,26%, ou seja,

em 2005 o total era de 221.530 passando para 2009 com

277.494 postos de trabalho. Expressando os números

de forma relativa, o município que mais evolui foi Santa

Bárbara do Pará cujo percentual foi de 121,09%. Mas,

em números absolutos, a Capital saiu de 174.944 postos

em 2005 para 217.363 postos formais em 2009, com

evolução relativa de 24,25%.

No saldo de demitidos e admitidos, todos os

municípios que compõem a Região apresentaram

saldos positivos; destes, a Capital se apresentou como o

município que mais contratou em (71.527, criando um

saldo de 42.419 empregos). Santa Bárbara, por outro

lado, apareceu como o menor saldo absoluto com 620

empregos mantidos.

Tabela 240: Dimensão Econômica - Mercado de Trabalho

MunicípiosMercado de Trabalho

P.E.A.¹Empregos Formais²

(Jan/2005)Admitidos³ Desligados³

Empregos Formais³ (Jan/2009)

Ananindeua 171.969 39.575 17.920 16.473 46.556Belém 568.519 174.944 71.527 61.193 217.363Benevides 13.344 2.125 1444 1167 3.420Marituba 27.427 4.374 2004 1815 9.023Santa Bárbara do Pará 4.253 512 321 207 1.132Total Regional 785.512 221.530 93.216 80.855 277.494

Fonte: 1 – População Economicamente Ativa – Censo IBGE: 2000;

2 – SEPOF/MTE/CAGED: 2005;

3 – MTE/CAGED: OUTUBRO/2008 E JANEIRO/2009.

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Mesmo não possuindo uma tradição ou vocação

para o setor agropecuário, e contrariando a crise mundial,

a Região de Integração Metropolitana apresentou

números significativos com relação tanto ao número de

operações quanto do volume de operações; no primeiro,

o ponto de máximo se deu no ano de 2007; no segundo,

o ano de 2009 bateu o recorde de valores.

No último ano do período, a Capital solicitou 106

pedidos de crédito agrícola e 50 de crédito pecuário;

Benevides registrou 19 agrícola e 05 pecuário; Santa Bárbara

do Pará e Ananindeua solicitaram 08 agrícola e 01 pecuário

e; Marituba apenas 02 agrícolas e nenhum pecuário .

Em termos de volume, dos R$9.637.145,08

solicitados em crédito agrícola e pecuário, em 2009, a

maior parte foi direcionada para a Capital (82,00%),

ficando Ananindeua com R$1.312.500,00 (ou 13,62%);

Marituba, por outro lado, foi o município com o menor

volume financeiro 0,07% do total, mesmo considerando

que não houve crédito pecuário em 2009.

Tabela 241: Operações de Crédito

Municípios

Nº de Operações Contratadas de Crédito

2006 2007 2008 2009

Agrícola Pecuária Agrícola Pecuária Agrícola Pecuária Agrícola Pecuária

Ananindeua 26 19 08 07 05 - 08 01

Belém 17 118 64 218 78 22 106 50

Benevides 19 - 22 - 32 05 19 05

Marituba 29 10 49 32 18 13 02 -

Santa Bárbara do Pará 13 18 39 02 240 02 08 01

Total Regional 104 165 182 259 373 42 143 57

Fonte: Anuário Estatístico do Crédito Rural do Banco Central do Brasil: 2006; 2007; 2008 e; 2009

Tabela 242: Dimensão Econômica – Operações de Crédito em R$

Municípios

Valor das Operações Contratadas de Crédito – R$

2006 2007 2008 2009

Agrícola Pecuária Agrícola Pecuária Agrícola Pecuária Agrícola Pecuária

Ananindeua 26.500,00 26.000,00 2.012.250,00 1.179.350,17 1.484.200,00 - 1.311.000,00 1.500,00

Belém 266.115,22 2.794.454,34 671.442,69 658.025,76 1.500.613,77 161.500,00 7.783.854,07 118.236,18

Benevides 47.483,26 - 113.279,85 - 64.783,66 7.500,00 382.335,18 10.000,00

Marituba 44.886,96 10.000,00 99.598,88 43.500,00 27.711,44 15.000,00 7.008,96 -

Santa Bárbara Do Pará 18.176,42 693.781,07 61.674,14 75.233,70 367.896,20 52.400,00 21.710,69 1.500,00

Total Regional 403.161,86 3.524.235,41 2.958.245,56 1.956.109,63 3.445.205,07 236.400,00 9.505.908,90 131.236,18

Fonte: Anuário Estatístico do Crédito Rural do Banco Central do Brasil: 2006; 2007; 2008 e; 2009

Em 2008 em relação ao ano de 2004 houve

aumento percentual nos estabelecimentos produtivos

da Região de Integração Metropolitana em 4,16%. No

último ano analisado (2008) foram abertos 30.892

estabelecimentos produtivos contra 29.659 em

2004. Todos os 05 municípios que integram Região

de Integração Metropolitana, Belém com 79,35% e

Ananindeua com 16,59% foram destaques em números

de estabelecimentos. No outro extremo, e apesar dos

números positivos, Santa Bárbara do Pará com 0,41%

e Benevides com 1,54% foram os municípios com o

menor número de estabelecimentos abertos em 2008.

Tabela 243: Dimensão Econômica: Estrutura Produtiva

MunicípiosNº de Estabelecimentos Produtivos

2001 2004 2008

Ananindeua 9.584 4.694 5.124

Belém 53.805 23.867 24.512Benevides 890 412 476Marituba 449 569 654

Santa Bárbara do Pará 60 117 126

Total Regional 66.789 31.663 32.900

Fonte: MTE/CAGED/RAIS: 2008.

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ráA Balança Comercial da Região de Integração

Metropolitana, levando-se em conta que não há

informação da importação do município de Santa

Bárbara do Pará, decréscimo de -15,81% de 2008 para

2009. Mesmo assim, Belém e Ananindeua representaram,

juntos, em 2009, 93,52% de toda a exportação; ao

contrário de Benevides cujo volume exportado, no

mesmo ano, foi de R$3.550.724 em Mil (ou 0,57%).

Quanto as importações, em 2009 apareceram

Belém (R$61.140.962 em Mil), novamente, e Benevides

(R$8.771.662 em Mil) cuja soma representou 93,84% de

todos os produtos importados, seguidos de Ananindeua

(R$4.550.468 em Mil ou 6,11%) e Marituba (R$41.770

Mil ou 0,06%).

Tabela 244: Dimensão Econômica: Exportações e Importações

Municípios

Exportação e Importação (US$ FOB)

2006 2007 2008 2009

Exportação Importação Exportação Importação Exportação Importação Exportação Importação

Ananindeua 139.906.759 9.994.457 244.371.979 9.653.266 277.389.683 7.941.309 234.947.053 4.550.468

Belém 326.666.202 36.026.020 493.737.143 68.212.100 406.420.840 86.920.700 343.889.339 61.140.962

Benevides 1.914.068 2.734.794 5.926.171 8.511.114 3.560.958 10.830.503 3.550.724 8.771.662

Marituba 32.883.703 61.523 34.243.198 98.164 35.038.142 351.550 30.643.932 41.770

Santa Bárbara do Pará 13.217.720 - 19.579.324 - 12.724.013 - 5.893.813 -

Total Regional 514.588.452 48.816.794 797.857.815 86.474.644 735.133.636 106.044.062 618.924.861 74.504.862

Fonte: MDIC/SECEX - Dados não informados ou zeros.

Para análise das Finanças Municípios serão

considerados apenas os municípios de Belém e

Ananindeua para análise das Receitas, uma vez que:

a) Benevides não há informações de 2006 a 2008; b)

Santa Bárbara do Pará de 2007 e 2008 e; c) Marituba de

2008. Assim explicado, as taxas de percentuais foram

positivas para as Receitas: 1) Orçamentária de 11,19%;

2) Correntes de 11,26% e; 3) Tributária 13,84%.

Para o município de Belém as evoluções das

Receitas foram: a - Orçamentária, de 2006/2007, de

14,24% e; de 2007/2008, de 12,15%; b - Corrente, de

2006/2007, de 11,85% e; de 2007/2008, de 14,14%; c –

Tributária, de 2006/2007, de 15,15% e; de 2007/2008,

de 13,59%.

Para o município de Ananindeua, suas Receitas

evoluíram da seguinte forma: a - Orçamentária, de

2006/2007, de 11,67% e; de 2007/2008, de 41,17%; b -

Corrente, de 2006/2007, de 17,38% e; de 2007/2008, de

30,81%; c – Tributária, de 2006/2007, de 13,82% e; de

2007/2008, de 29,53%.

Tabela 245: Finanças Municipais - Receitas

Município

Finanças Municipais – Receitas

Orçamentária Correntes Tributária

2006 2007 2008 2006 2007 2008 2006 2007 2008

Ananindeua 189.515.827,00 211.623.695,10 298.752.543,80 176.312.794,00 206.951.722,70 270.718.287,80 21.544.230,00 24.521.755,94 31.761.897,83

Belém 1.066.850.381,00 1.218.800.122,00 1.366.932.686,00 1.087.586.775,00 1.216.496.408,00 1.388.465.697,00 195.599.295,00 225.232.945,00 255.837.745,00

Benevides - - - - - - - - -

Marituba 58.761.223,63 67.599.369,49 - 58.171.713,36 67.833.981,49 - 2.217.049,57 2.888.117,87 -

Santa Bárbara

do Pará8.052.802,46 - - 8.365.408,39 - - 197.163,70 - -

Total Regional 1.323.180.234 1.498.023.187 1.665.685.230 1.330.436.691 1.491.282.112 1.659.183.985 219.557.738 252.642.819 287.599.643

Fonte: STN/FINBRA: 2006; 2007 e 2008. - Dado não informado.

As mesmas considerações devem ser feitas às

Despesas (com relação a falta de informação dos

municípios). Assim, as Despesas Correntes, de Pessoal e

Encargos Sociais e de Investimento, sofreram aumento

no período de 2007/2008, nos respectivos percentuais:

8,95%, 9,35% e 26,30%.

Por fim, em Belém houve evolução das Despesas da

seguinte forma: a - Correntes, de 2006/2007, de 12,87%

e; de 2007/2008, de 12,24%; b – Pessoal e Encargos

Sociais, de 2006/2007, de 10,91% e; de 2007/2008, de

12,80%; c – Investimento, de 2006/2007, de 28,44% e; de

2007/2008, de 7,42%. Para o município de Ananindeua,

suas Despesas foram as seguintes: a - Corrente, de

2006/2007, de 22,38% e; de 2007/2008, de 26,04%; b -

Corrente, de 2006/2007, de 25,30% e; de 2007/2008, de

33,40%; c – Tributária, de 2006/2007, de 29,86% e; de

2007/2008, de 163,43%.

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Tabela 246: Finanças Municipais - Despesas

Município

Finanças Municipais – Despesas

Correntes Pessoal e Encargos Sociais Investimentos

2006 2007 2008 2006 2007 2008 2006 2007 2008

Ananindeua 146.503.723,00 179.297.591,60 225.988.409,90 67.821.641,00 84.977.539,90 113.359.018,50 18.967.817,00 24.631.009,57 64.884.413,53

Belém 926.710.947,00 1.045.978.115,00 1.174.042.941,00 487.375.962,00 540.545.967,00 609.735.506,00 95.026.803,00 122.052.938,00 131.107.260,00

Benevides - - - - - - - - -

Marituba 50.873.589,93 59.757.826,90 - 33.488.904,14 35.748.376,90 - 7.029.306,34 8.499.762,36 -

Santa Bárbara do Pará 6.662.682,67 - - 3.386.790,67 - - 531.982,00 - -

Total Regional 1.130.750.943 1.285.033.534 1.400.031.351 592.073.298 661.271.884 723.094.525 121.555.908 155.183.710 195.991.674

Fonte: STN/FINBRA: 2006; 2007 e 2008. - Dado não informado.

Pela prevalência da Capital, os segmentos

econômicos e seus respectivos valores adicionados da

Região de Integração Metropolitana demonstraram que

o setor de serviços cujo crescimento 2006/2007 foi da

ordem de 15,37% se sobressaiu em relação à indústria

(aumento 4,89% no mesmo período) e ao pecuário (queda

de -1,41%, também, no mesmo período). Verificou-se, a

seguir, como cada segmento se comportou:

a) Setor Agropecuário: em 2007, Marituba

apresentou o maior crescimento (de um

valor adicionado, em 2006, de R$1.663 em

Mil passou para, em 2007, R$4.404 em Mil

ou um crescimento de 164,86%; Belém, no

entanto, demonstrou o maior valor nominal

com R$27.094 em Mil (ou 48,07% do total).

No outro lado, Ananindeua registrou a maior

queda relativa, no mesmo período, com -25,17%

e; Marituba, apesar do enorme crescimento, foi

verificado como o menor valor adicionado

nominal conforme já mencionado;

b) Setor Industrial: Belém e Ananindeua, no

ano de 2007, foram os municípios que mais

contribuíram para o valor adicionado da

Região com: 65,90% e 21,46%, respectivamente;

considerando o crescimento relativo ao ano de

2006, verificou-se que Benevides sofreu um

acréscimo de 56,87%, ficando com a primeira

posição; agora, o município com a menor

elevação relativa foi Belém com 0,07%; Santa

Bárbara do Pará foi o menor valor adicionado

nominal com 0,62% (ou R$17.383 em Mil);

c) Setor de Serviços: novamente os municípios

de Belém e Ananindeua apresentaram a maior

participação do total da Região, no mesmo

ano, com R$9.794.351 e R$1.847.556 em

Mil, respectivamente; porém, para o período

2006/2007, Marituba mostrou o maior

crescimento dos municípios com 28,22%;

Belém registrou o menor crescimento no

mesmo período 14,28% e; Santa Bárbara do

Pará é, novamente, o que registrou o menor

valor nominal da Região com R$27.330 em Mil,

para o ano de 2007.

O PIB Per Capita da Região de Integração

Metropolitana passou, em 2006, de R$27.270 para,

em 2007, R$35.095, uma evolução de 28,70%. Dos

municípios que a compõem, verificou-se que o maior

PIB Per Capita da Região não estava na Capital, mas

em Benevides (possibilitado por uma população menor

que Belém) com R$11.258 (e crescimento de 57,47% -

2006/2007); Belém apresentou o menor crescimento

relativo no período com 11,72% e; outra vez, Santa

Bárbara do Pará demonstrou o menor valor nominal

com R$3.908 ou 11,14%.

Tabela 247: Informações Medidas de Riqueza – Produto Interno Bruto – PIB e Renda Per Capita

Municípios

PIB - em MIL R$Renda Per Capitaem R$

Agropecuária Indústria Serviços

2005 2006 2007 2005 2006 2007 2005 2006 2007 2005 2006 2007

Ananindeua 6.785 14.728 11.021 524.126 571.580 601.109 1.370.520 1.555.913 1.847.556 4.510 4.950 5.809

Belém 20.720 27.401 27.094 1.837.191 1.844.638 1.845.909 7.666.653 8.570.851 9.794.351 8.022 8.765 9.793

Benevides 11.680 10.612 8.543 66.761 158.739 249.016 114.447 112.623 143.875 4.829 7.149 11.258

Marituba 1.297 1.663 4.404 78.945 81.434 87.611 192.853 210.186 269.493 3.107 3.199 4.327

Santa Bárbara do Pará 2.498 2.765 5.303 10.223 14.027 17.383 21.682 23.384 27.330 2.802 3.206 3.908

Total Regional 42.980 57.169 56.365 2.517.246 2.670.417 2.801.028 9.366.156 10.472.95712.082.605 23.270 27.270 35.095

Fonte: IDESP/IBGE

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ráDIMENSÃO INFRAESTRUTURA

A Região de Integração Metropolitana em seus

cinco municípios apresenta acessibilidade de uma malha

rodoviária com 137,33 Km em extensão de rodovias

pavimentadas. Como característica nessa região não há

lançamentos de rodovias em revestimento primário e

leito natural.

Quanto aos serviços de transporte essa região por

conter Belém, e esta como capital e nó central da malha

rodoviária estadual, absorve basicamente todas às

demandas desses serviços, assim ocorre, com os serviços

por barco ou por avião. Contudo, os demais municípios

em sua totalidade oferecem serviços por Mototáxi, Táxi,

Vans e Ônibus como transporte urbano com exceção,

o município de Santa Bárbara do Pará que não oferta o

serviço por Táxi.

A Região de Integração Metropolitana apresenta

o maior consumo industrial de distribuição de energia

elétrica mensal em KW/H por município no estado.

Belém se destaca em sua condição de capital com

um consumo aproximado de 19.595.039 KW/H e

complementado pelo município contíguo Ananindeua

com consumo de 5.452.402 KW/H, o que sinaliza a

existência de uma planta industrial significativa e, por

conseguinte, possibilidades de emprego e renda.

O Programa Luz para Todos, universalizou

os municípios da Região Metropolitana, ou seja,

atendimento de pelo menos 85% dos domicílios. No

entanto, novas áreas começaram a solicitar demandas

de ligações de energia, que devem ser atendidas pela

concessionária de energia, Celpa, através da Resolução

223 da ANEEL, podendo as áreas rurais serem incluídas

através do LPT. Já os domicílios da zona urbana, a

concessionária tem obrigação de atender. Existem, ainda,

demandas de comunidades isoladas, como as ilhas de

Belém, que o LPT estuda atendimento com sistema

isolado, seja por grupo gerador diesel ou por outra fonte

alternativa de energia.

Com o Programa Luz Para Todos, foram

realizadas 3.879 ligações, no período de 2004 a 2009.

A tabela distribuição de ligações mostra que no

período de 2007 a 2009, houve diminuição, devido a

universalização de energia.

Tabela 248: Distribuição de ligações realizada pelo Programa Luz para Todos na RI Metropolitana

Ligações

Ano Ligações Realizadas Ligações Acumuladas2004 2.393 2.3932005 189 2.5822006 909 3.4912007 312 3.8032008 55 3.8582009 21 3.879

2010 (jan) 0 3.879Fonte: CELPA ELABORAÇÃO: SEIR, 2010

Nota-se pela Tabela, que Belém e Ananindeua

apresentam valor significativo de Instituições de

Ensino Fundamental. Em Belém existem 378 escolas

de ensino fundamental assim distribuída, quanto à

responsabilidade e gestão: 217 escolas estaduais, 61

escolas municipais e 100 escolas privadas, no outro

extremo observam-se a existência de 23 escolas no

município de Santa Bárbara do Pará sendo seis escolas

estaduais e 17 escolas municipais.

Tabela 249: Indicadores de Infraestrutura – RI Metropolitana

Municípios Rodovia Pavimentada (Km) (1) Ônibus Inter-municipal (2) Consumo/Kwh Industrial (3) Total de Escolas do Ensino fundamental (4)

Ananindeua 8,60 Sim 5.452.402 165

Belém 32,05 Sim 19.595.039 378

Benevides 40,00 Sim 821.909 38

Marituba 23,45 Sim 906.323 44

Santa Bárbara do Pará 33,23 Sim 241.423 23

Metropolitana 137,33 100% 27.017.096 648

Fontes: 1. SEIR, SETRAN 2007; 2. SETRAN - 2006 IBGE/MUNIC - 2008; 3. REDE CELPA, 2007; 4. IBGE, 2007.

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DIMENSÃO AMBIENTAL

Com área de 1.827km2 e localizada no nordeste do

Estado, a Região de Integração Metropolitada, segundo

a resolução 32/2003 do Conselho Nacional de Recursos

ÁREAS PROTEGIDAS

Levando-se em consideração os dados do

MZEE-PA (SEMA, 2009), as áreas protegidas na RI

Metropolitana somam em torno de 117 km², sendo

114 km² para as UC de Uso Sustentável (destaque para

APA de Belém, com 61 km²); e 3 km² para Áreas de

Quilombos (Quilombo Abacatal).

Hídricos, compreende a Região Hidrográfica do

Tocantins abrangendo a bacia do Rio Marapanin/Pirá.

A RI Metropolitana possui cerca de 1.050 km² de

sua área territorial inserida na Zona de Consolidação de

atividades produtivas, em torno de 57% desta RI. Cabe

frisar o fato de que nesta RI existe uma área considerável

de massa d’água (aproximadamente 654 km², 36% da

RI), representada principalmente pelas Baias do Guajará

e de Marajó, e que portanto, foi aqui desconsiderada da

zona de consolidação (ver Tabela).

Tabela 250: Áreas Protegidas da RI Metropolitana, em 2009.

Categoria MZEE Áreas ProtegidasÁrea Absoluta

(km²)Área Relativa

(%)

Uso Sustentável

Parque Ecológico da Ilha do Mosqueiro 23,09 1,27

Parque Ecológico do Município de Belém 2,52 0,14

Área de Proteção Ambiental da Ilha do Combu 15,03 0,82

Área de Proteção Ambiental dos Mananciais de Abastecimento de Água de Belém 12,40 0,68

Área de Proteção Ambiental de Belém 61,01 3,35

Áreas de Quilombo Abacatal 3,00 0,16

Consolidação Área de Consolidação das Atividades Produtivas 1.052,33 57,69

Água 654,68 35,89

RI Metropolitana 1.824,06 100,00

Fonte: SEMA, 2009.

Belém é o município que possui maior

extensão territorial de áreas protegidas da RI

Tabela 251: Áreas Protegidas da RI Metropolitana, em 2009.

Município UC de Uso Sustentável(km²) Áreas de Quilombos (km²) Consolidação (km²)

Ananindeua 24,79 2,99 118,00

Belém 87,82 0,00 381,86

Benevides 0,00 0,00 189,30

Marituba 1,44 0,00 102,12

Santa Bárbara do Pará 0,00 0,00 261,05

RI Metropolitana 114,05 3,00 1.052,33

Pará 129.505,41 327.224,72 284.688,36

Fonte: SEMA, 2009.

Metropolitana, totalizando 87 km². (ver Tabela).

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ráCLIMA

A Região de Integração Metropolitana, assim

como a RI Tocantins, apresenta relativa regularidade

climática e por apresentarem pequenas variações anuais

na distribuição das temperaturas, da velocidade dos

ventos, da umidade do ar, da insolação e da evaporação.

De acordo com a análise do comportamento

de variáveis climáticas, utilizando a metodologia de

Köppen, identificou-se na Região, dois sub-tipos

climáticos p Af e o Am.

O sub-tipo Af2 caracteriza-se por apresentar

precipitação pluviométrico méda anual, variando entre

2.500mm e 3.000mm e o Am2 que possuem a mesma

variação nos valores da precipitação pluviométrica

média anual.

VEGETAÇÃO

Na Região de Integração Metropolitana, está

presente o bioma Amazônia, com predominância de

Floresta Ombrófila Densa, com área de aproximadamente

530 km2 e uma extensa área com cobertura vegetal

intensamente antropizada abrangendo quase um terço

da área total da Região.

ANTROPISMO

Na RI Metropolitana, não foi possível realizar

as análises espaciais para os dados de desflorestamento,

devido ao fato de que, com base na metodologia de

avaliação do INPE, este selecionou para o monitoramento

somente as regiões que estavam sofrendo significativa

pressão por desflorestamento na Amazônia após o ano

base de 1997. Além disso, a RI Metropolitana apresenta-

se como uma região de ocupação antiga, ou seja, até 1997,

esta RI já tinha grande parte de sua cobertura florestal

removida. Desta forma, a Tabela apresenta ausência de

dados em grande parte dos municípios desta região.

Tabela 252: Incremento do desflorestamento na RI Metropolitana, até 2007, (área absoluta em km²).

Municípios

Desflorestamento (km²)

Até 1997De 1997 a 2000

Em 2001 Em 2002 Em 2003 Em 2004 Em 2005 Em 2006 Em 2007Total (Até

2007)

Ananindeua 82,00 - 3,73 - - - - - - 85,73

Belém 233,00 - 11,69 1,27 - - - - - 245,96

Benevides 126,00 - 2,96 0,44 - - - - - 129,40

Marituba 68,00 - 0,69 - - - - - - 68,69

Santa Bárbara do Pará 189,00 - 0,62 - - - - - - 189,62

RI Metropolitana 698,00 - 19,69 1,71 - - - - - 719,40

Fonte: INPE (2008)

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2Parte

REGIÃO RIO CAETÉ

DIMENSÃO INSTITUCIONAL

ARegião de Integração Rio Caeté é formada

15 municípios: Augusto Corrêa, Bonito,

Bragança, Cachoeira do Piriá, Capanema,

Nova Timboteua, Peixe-Boi, Primavera, Quatipuru,

Salinópolis, Santa Luzia do Pará, Santarém Novo, São

João de Pirabas, Tracuateua e Viseu.

Figura 09: Região de Integração Rio Caeté

Elaboração: SEIR/ GeoPARÁ, 2009

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o Pa

ráO perfil da rede municipal é predominantemente

composto por unidades territoriais de classe de tamanho

pequeno; sendo por esta classificação do IBGE possível

encontrar: dois municípios CTMP2, com população

de 5001 a 10.000 hab.; sete municípios CTMP3, com

população de 10001 a 20.000 hab.; três municípios

CTMP4, com população de 20.001 a 50.000 hab.; dois

municípios CTMP5; com população de 50001 a 100.000

hab.; e um município médio, com população de 100.001

a 500.000 hab. Dos 15 municípios da RI Rio Caeté, onze

(73%) foram instalados antes da Constituição de 1988 e

quatro municípios (27%) foram criados posteriormente.

Os municípios mais recentemente instalados datam de

1997, e são: Tracuateua e Quatipuru.

Tabela 253: Perfil da Rede Municipal na RI Rio Caeté

Municípios Ano de criação do municípioClasses de tamanho da população

do municípioAugusto Corrêa 1961 Município Pequeno 4Bonito 1961 Município Pequeno 3Bragança 1753 Município MédioCachoeira do Piriá 1935 Município Pequeno 3Capanema 1902 Município Pequeno 5Nova Timboteua 1943 Município Pequeno 3Peixe-Boi 1961 Município Pequeno 2Primavera 1961 Município Pequeno 3Quatipuru 1997 Município Pequeno 3Salinópolis 1933 Município Pequeno 4Santa Luzia do Pará 1993 Município Pequeno 3Santarém Novo 1961 Município Pequeno 2São João de Pirabas 1989 Município Pequeno 3Tracuateua 1997 Município Pequeno 4Viseu 1935 Município Pequeno 5

Fonte: IBGE e Contagem Populacional 2007

A frequência e a abrangência, dos principais

instrumentos legais da administração pública local

na RI nos remete ao seguinte quadro: em 100% dos

municípios podem-se evidenciar a existência da Lei

de Diretrizes Orçamentárias e da Lei de Orçamento

Anual. Quanto a Lei do Perímetro Urbano, em quatro

municípios (27%) da RI se verifica a existência desta

norma; em contrapartida verifica-se a ausência desta

legislação em onze municípios (73%). No que se refere

a Lei Orgânica Municipal, determinação constitucional,

esta norma é presente em 100% dos municípios da RI. Já

a existência do Plano Diretor, instrumento obrigatório

para municípios acima de 20000 hab., está configurada

em sete dos municípios (46%) da RI e ausente em

oito municípios (54%). É importante destacar que

nos oito municípios onde este instrumento não pôde

ser encontrado: Bonito, Cachoeira do Piriá, Nova

Timboteua, Peixe-Boi, Primavera, Quatipuru, Santa

Luzia do Pará, São João de Pirabas; a população não

excede 20.000 mil hab.

Tabela 254: Legislação Municipal e Instrumento do Planejamento Municipal na RI Rio Caeté

Municípios Lei de Diretrizes Orçamentária

Lei de Orçamento Anual

Lei de Perímetro Urbano

Ano da Lei Orgânica

Existência do Plano Diretor

Augusto Corrêa Sim Sim Não 1990 SimBonito Sim Sim Não 1990 NãoBragança Sim Sim Sim 1990 SimCachoeira do Piriá Sim Sim Não 1997 NãoCapanema Sim Sim Sim 1990 SimNova Timboteua Sim Sim Não 1990 NãoPeixe-Boi Sim Sim Não 1990 NãoPrimavera Sim Sim Não 1990 NãoQuatipuru Sim Sim Não 1997 NãoSalinópolis Sim Sim Sim 1990 SimSanta Luzia do Pará Sim Sim Não 1994 NãoSantarém Novo Sim Sim Não 1989 SimSão João de Pirabas Sim Sim Não 1990 NãoTracuateua Sim Sim Sim 1997 SimViseu Sim Sim Não 1990 Sim

Fonte: IBGE, Munic. 2004, 2005 e 2008

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Quanto ao quesito recurso para a gestão, observa-se

na região, que onze municípios cobram o IPTU (73%) e

quatro municípios (27%) não efetivaram este instrumento

– esses são: Bonito, Santa Luzia do Pará e Viseu; b) em

oito dos 15 municípios da RI (53%) foi formalizado o

cadastro do ISS; sendo que em seis municípios (40%)

o cadastro do ISS é informatizado; c) 15 municípios

cobram taxa de iluminação pública (100%); d) já a taxa

de coleta de lixo está presente em oito municípios (53%),

são esses os municípios de Augusto Corrêa, Bragança,

Cachoeira do Piriá, Capanema, Primavera, Santa Luzia

do Pará, São João de Pirabas e Tracuateua.

Tabela 255: Recursos para Gestão na Ri Rio Caeté

Municípios Município Cobra IPTU

Cadastro ISS Existência

Cadastro ISS Informatizado

Taxa Iluminação Pública

Taxa Coleta de Lixo

Augusto Corrêa Sim Sim Não Sim Sim

Bonito Não Não Não aplicável Sim Não

Bragança Sim Sim Sim Sim Sim

Cachoeira do Piriá Sim Sim Sim Sim Sim

Capanema Sim Sim Sim Sim Sim

Nova Timboteua Não Sim Sim Sim Não

Peixe-Boi Sim Não Não aplicável Sim Não

Primavera Sim Sim Não Sim Sim

Quatipuru Sim Não Não aplicável Sim Não

Salinópolis Sim Sim Sim Sim Não

Santa Luzia do Pará Não Não Não aplicável Sim Sim

Santarém Novo Sim Não Não aplicável Sim Não

São João de Pirabas Sim Sim Sim Sim Sim

Tracuateua Sim Não Não aplicável Sim Sim

Viseu Não Não Não aplicável Sim Não

Fonte: IBGE, Munic. 2006.

O funcionamento do conselho de habitação na

RI Rio Caeté, conforme, reflete que Santarém Novo é o

único município da região a ter o conselho instituído.

Neste município o conselho de habitação tem as

seguintes características: é paritário e realiza reuniões de

periodicidade mensal.

Já o conselho de educação nesta RI está presente

apenas em Bragança. Neste município o conselho não

opera em caráter consultivo; mas opera em caráter

deliberativo, normativo e fiscalizador. Ainda neste

município, onde esta instância de participação pôde

ser observada, o conselho tem maior representação

governamental e registrou freqüência de seis reuniões

no ano de 2006.

As instâncias de cooperação intergovernamental

espelham o quadro em duas áreas: educação e saúde.

Na educação se destaca a existência de consorciamento

municipal em Santarém Novo; não foram verificados

consórcios com o Estado e/ou União nos municípios

desta RI. Não foram encontrados convênios de

parceira com o setor privado na área da educação. No

quesito apoio do setor privado ou de comunidades

à municípios não foi verificada a existência deste

instrumento na RI Rio Caeté.

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ráTabela 256: Conselhos Municipais na RI Rio Caeté

Municípios

Conselho de Habitação Conselho de Educação

ExistênciaExistência

de paridade

Periodicidade reuniões

Existência Consultivo Deliberativo Normativo FiscalizadorExistência de

paridade

Freqüência reuniões (em

2006)

Augusto Corrêa NãoNão

aplicávelNão

aplicávelNão

Não aplicável

Não aplicável

Não aplicável

Não aplicável

Não aplicável Não aplicável

Bonito NãoNão

aplicávelNão

aplicávelNão

Não aplicável

Não aplicável

Não aplicável

Não aplicável

Não aplicável Não aplicável

Bragança NãoNão

aplicávelNão

aplicávelSim Não Sim Sim Sim Governamental 6 reuniões

Cachoeira do Piriá NãoNão

aplicávelNão

aplicávelNão

Não aplicável

Não aplicável

Não aplicável

Não aplicável

Não aplicávelNão

aplicável

Capanema NãoNão

aplicávelNão

aplicávelNão

Não aplicável

Não aplicável

Não aplicável

Não aplicável

Não aplicável Não aplicável

Nova Timboteua NãoNão

aplicávelNão

aplicávelNão

Não aplicável

Não aplicável

Não aplicável

Não aplicável

Não aplicável Não aplicável

Peixe-Boi NãoNão

aplicávelNão

aplicávelNão

Não aplicável

Não aplicável

Não aplicável

Não aplicável

Não aplicável Não aplicável

Primavera NãoNão

aplicávelNão

aplicávelNão

Não aplicável

Não aplicável

Não aplicável

Não aplicável

Não aplicável Não aplicável

Quatipuru NãoNão

aplicávelNão

aplicávelNão

Não aplicável

Não aplicável

Não aplicável

Não aplicável

Não aplicável Não aplicável

Salinópolis NãoNão

aplicávelNão

aplicávelNão

Não aplicável

Não aplicável

Não aplicável

Não aplicável

Não aplicável Não aplicável

Santa Luzia do Pará NãoNão

aplicávelNão

aplicávelNão

Não aplicável

Não aplicável

Não aplicável

Não aplicável

Não aplicável Não aplicável

Santarém Novo Sim Sim Mensal NãoNão

aplicávelNão

aplicávelNão

aplicávelNão

aplicávelNão aplicável Não aplicável

São João de Pirabas NãoNão

aplicávelNão

aplicávelNão

Não aplicável

Não aplicável

Não aplicável

Não aplicável

Não aplicável Não aplicável

Tracuateua NãoNão

aplicávelNão

aplicávelNão

Não aplicável

Não aplicável

Não aplicável

Não aplicável

Não aplicável Não aplicável

Viseu NãoNão

aplicávelNão

aplicávelNão

Não aplicável

Não aplicável

Não aplicável

Não aplicável

Não aplicável Não aplicável

Fonte: IBGE, Munic. 2005 e 2006

Tabela 257: Cooperação Intergovernamental na RI Rio Caeté

Municípios

Educação Saúde

Consórcio público

Intermunicipal

Consórcio público Estado

Consórcio público União

Convênio de

parceria com setor

privado

Apoio do setor privado

ou de comunidades

Consórcio público

Intermunicipal

Consórcio público Estado

Consórcio público União

Convênio de

parceria com setor

privado

Apoio do setor privado

ou de comunidades

Augusto Corrêa Não Não Não Não Não Não Não Não Não Não

Bonito Não Não Não Não Não Não Não Não Não Não

Bragança Não Não Não Não Não Não Não Não Não Não

Cachoeira do Piriá Não Não Não Não Não Não Não Não Não Não

Capanema Não Não Não Não Não Não Não Não Não Não

Nova Timboteua Não Não Não Não Não Não Não Não Não Não

Peixe-Boi Não Não Não Não Não Não Não Não Não Não

Primavera Não Não Não Não Não Não Não Não Não Não

Quatipuru Não Não Não Não Não Não Não Não Não Não

Salinópolis Não Não Não Não Não Não Não Não Não Não

Santa Luzia do Pará Não Não Não Não Não Não Não Não Não Não

Santarém Novo Sim Não Não Não Não Não Não Não Não Não

São João de Pirabas Não Não Não Não Não Não Não Não Não Não

Tracuateua Não Não Não Não Não Não Não Não Não Não

Viseu Não Não Não Não Não Não Não Não Não Não

Fonte: IBGE, Munic. 2005 e 2006

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DIMENSÃO SOCIAL

A Região de Iintegração do Rio Caeté é composta

por quinze (15) municípios, sendo que a maioria pode

ser considerado como de pequeno porte, pois possuem

menos de 20 mil habitantes, que é a realidade de nove

(9) municípios da região. Outros três (3) municípios se

situam na faixa de intermediário a pequeno, entre 20 mil

a 50 mil habitantes; dois (2) municípios – Capanema

e Viseu – situam-se na faixa entre 50 mil a 100 mil

habitantes; e Bragança, o maior município da região,

tem mais de 100 mil habitantes, ou, mais precisamente,

107.060 habitantes, segundo contagem populacional

do IBGE para 2008. A população total da região do

Rio Caeté é de 453.826 habitantes, correspondendo a

6,11% da população total do estado do Pará em 2008. Há

um leve predomínio da população urbana em relação

à rural, com índice de 53,26% em relação à população

total da região, segundos dados do IBGE estimados para

o ano de 2007. O município mais “urbanizado” da região

é Salinópolis, um dos mais tradicionais balneários do

litoral atlântico paraense e pólo turístico da região, onde

a população urbana é da ordem de 90,94%, vindo a seguir

Capanema, com 81,11%, e Primavera, com 65,54%. E o

município com maior participação da população rural

é Cachoeira do Piriá, onde a população rural alcança

84,50% da população total do município, vindo a seguir

Tracuateua, com 79,44%, e Bonito, com 73,69%.

Tabela 258: População Total Urbana e Rural da RI Caeté

MunicípiosPopulação Total

2008 (01)

2007 (02)

Urbana % Rural %Augusto Corrêa 39.317 40,46% 59,54%Bonito 12.013 26,31% 73,69%Bragança 107.060 60,32% 39,68%Cachoeira do Piriá 18.777 15,50% 84,50%Capanema 64.429 81,11% 18,89%Nova Timboteua 12.677 43,71% 56,29%Peixe-Boi 7.916 50,27% 49,73%Primavera 10.993 65,54% 34,46%Quatipuru 13.459 39,79% 60,21%Salinópolis 39.184 90,94% 9,06%Santa Luzia do Pará 18.417 43,52% 56,48%Santarém Novo 6.347 27,38% 72,62%São João de Pirabas 19.900 56,23% 43,77%Tracuateua 27.825 20,56% 79,44%Viseu 55.512 32,25% 67,75%Total 453.826 53,26% 46,74%

Fonte: IBGE, Estimativas populacionais 2008 (1) e 2007 (2)

Em relação aos indicadores de desenvolvimento

humano, a Região de Integração Rio Caeté apresentou

um IDHM (Índice de Desenvolvimento Humano

Municipal) de 0,64 no ano de 2000. Há de se considerar

que, apesar disso, houve um incremento de 15,63% em

relação ao IDHM de 1991. Uma das razões da fraca

performance da RI Rio Caeté deve-se à sua baixa renda

per capita, refletindo em um IDHM-Renda de apenas

0,51, quando se analisa o IDHM da região de forma

decomposta. Do ponto de vista do desenvolvimento

humano dos municípios da região, o município que

apresentou melhor performance foi Salinópolis, com

IDHM de 0,74. E isso é perfeitamente compreensível,

pois Salinópolis tem tanto o maior IDHM-Renda da

região, com 0,62, como o maior IDHM-Longevidade

(0,77) e o maior IDHM-Educação. Há muitos contrates

na RI Rio Caeté quando se analisa os índices que

compõe o IDHM, sendo que há vários municípios

com baixa renda per capita (IDHM-Renda abaixo de

0,50), como é o caso de Augusto Corrêa, Cachoeira do

Piriá (com IDHM-Educação mais baixo da região),

Quatipuru, Santa Luzia do Pará, São João de Pirabas,

Tracateua e Viseu.

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ráTabela 259: Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) decomposto em índices de Renda, Longevidade

e Educação na RI Caeté em 2000

Municípios IDHM IDHM-Renda IDHM-Longevidade IDHM-Educação

Augusto Corrêa 0,62 0,48 0,71 0,67

Bonito 0,61 0,51 0,66 0,66

Bragança 0,66 0,55 0,66 0,77

Cachoeira do Piriá 0,55 0,43 0,66 0,56

Capanema 0,73 0,60 0,75 0,83

Nova Timboteua 0,65 0,54 0,66 0,74

Peixe-Boi 0,64 0,52 0,66 0,73

Primavera 0,66 0,51 0,70 0,76

Quatipuru 0,62 0,49 0,66 0,72

Salinópolis 0,74 0,62 0,77 0,83

Santa Luzia do Pará 0,59 0,47 0,64 0,68

Santarém Novo 0,64 0,51 0,66 0,75

São João de Pirabas 0,65 0,49 0,72 0,74

Tracuateua 0,61 0,45 0,66 0,72

Viseu 0,61 0,45 0,69 0,68

Média da Região 0,64 0,51 0,69 0,72

Fonte: Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil, 2003

Em relação aos indicadores de saúde, o

coeficiente de mortalidade infantil da Região de

Integração Rio Caeté alcançou a média de 19,45

ocorrências de morte em crianças menores de cinco

anos por mil nascidos vivos em 2005, a terceira melhor

performance entre as Regiões de Integração paraenses,

o que significa dizer que não se encontra tão distante da

meta estabelecida pelos Objetivos de Desenvolvimento

do Milênio (ODM) para o Estado do Pará, que é reduzir

o índice para o patamar de 16,03 até o ano de 2015. O

município da região com melhor performance neste

quesito foi Bonito, com média de 10,2, seguido por

São João de Pirabas, com 11,5, e Peixe-Boi, com 14,1. O

município com pior desempenho foi Augusto Corrêa,

com 28,7. No contraponto, a razão de mortalidade

materna da RI Rio Caeté foi a mais elevada do estado

do Pará, alcançando a média de 276,96 ocorrências de

mortes de mães em 100.000 nascidos vivos em 2005.

Destaque negativo para as elevadíssimas médias dos

municípios de Nova Timboteua (média de 502,5) e

Cachoeira do Piriá (432,9).

O nível de cobertura do Programa Saúde da

Família (PSF) em relação à população da RI Rio Caeté

foi de 34,51%, indicando o grande espaço que ainda

é necessário para elevar o nível de cobertura do PSF

a fim de melhorar os indicadores de saúde da região.

A situação dos indicadores de saúde da RI Rio Caeté

pode ser explicado, em parte, pelos baixos índices de

saneamento da região, onde o acesso à água tratada

via rede geral alcança apenas 33,06% dos domicílios da

região; o índice de acesso à coleta de lixo ainda é mais

precário, atingindo tão somente 24,16% dos domicílios;

e, por fim, o acesso ao esgotamento sanitário é o segundo

pior do estado, atingindo o ínfimo índice de 0,23% dos

domicílios da região.

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ento

Tabela 260: Síntese de Indicadores de Saúde da RI Caeté: Coeficiente de mortalidade infantil, Razão de

Mortalidade Materna e população coberta pelo PSF em 2005/2006

Municípios Coeficiente de mortalidade infantil (1)

Razão de mortalidade materna (1)

% da população coberta pelo PSF (2)

Augusto Corrêa 28,7 - 80,6

Bonito 10,2 - 12,9

Bragança 25,7 87,0 24,4

Cachoeira do Piriá 21,7 432,9 21,3

Capanema 16,2 85,5 59,2

Nova Timboteua 25,1 502,5 12,0

Peixe-Boi 14,1 - 52,6

Primavera 21,2 - 38,9

Quatipuru 27,5 - 49,8

Salinópolis 19,8 - 19,0

Santa Luzia do Pará 15,9 - 44,0

Santarém Novo 17,7 - 3,0

São João de Pirabas 11,5 - 19,6

Tracuateua 19,3 - 63,5

Viseu 17,4 - 17,0

RI Rio Caeté 19,45 276,96 34,51

Fonte: (1) SIM/SINASC / 2005; (2) SIAB / 2006

Em termos de Educação, a situação da RI

Rio Caeté também não é das melhores, revelando o

grande passivo social de cunho tanto estrutural como

histórico existente na região. A média do IDEB (Índice

de Desenvolvimento da Educação Básica) para os Anos

Iniciais (até 4ª. série) se situou no patamar de 2,78 em

2007, o segundo pior desempenho entre as regiões de

integração paraenses.

O município com menor desempenho neste

quesito foi Cachoeira do Piriá, com média de 1,80. O

desempenho da RI Rio Caeté melhora no caso do IDEB

para Anos Finais (até 8ª. Série), alcançando a média de

3,18 em 2007. Destaca-se o desempenho de Peixe-Boi,

com média de 3,70, enquanto Cachoeira do Piriá, no

contraponto, atingiu a menor média, com 2,60.

Tabela 261: IDEB de Anos Iniciais e Anos Finais da RI Caeté, 2005 e 2007

MunicípiosIDEB Anos Iniciais IDEB Anos Finais

2005 2007 2005 2007

Castanhal 3,10 3,30 3,40 3,70Colares 3,10 3,10 - -Curuçá - 2,90 - -Igarapé-Açu 2,50 2,90 - 2,90Inhangapi 2,40 2,70 - -Magalhães Barata 3,10 3,80 - -Maracanã 2,60 3,20 3,40 3,90 Marapanim 2,30 2,70 2,90 3,00Santa Isabel do Pará 2,50 2,80 3,10 3,10Santa Maria do Pará 2,30 3,20 - -Santo Antônio do Tauá 3,10 3,10 3,40 3,20São Caetano de Odivelas 2,40 3,10 - 3,40São Domingos do Capim 2,00 2,30 3,10 2,80São Francisco do Pará 2,80 2,80 3,60 3,30São João da Ponta 2,40 2,70 2,50 2,90São Miguel do Guamá 2,70 3,00 3,40 3,40Terra Alta 2,50 2,80 - -Vigia 3,30 3,30 - -Média da Região 2,65 2,98 3,20 3,24

Fonte: MEC, Prova Brasil e Censo escolar, SAEB

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ráA taxa de analfabetismo de pessoas de 15 anos

ou mais da Região de Integração Rio Caeté é o terceiro

mais elevado entre as Regiões de Integração do estado

do Pará, alcançando o nível de 27,93% em 2000. O índice

de capital humano da região, medido pelo indicador de

média de Anos de Estudo de pessoas de 25 anos ou mais,

situa-se na faixa de 3,32 no ano 2000, o que indica que

a população adulta da região não chega a concluir a 4ª

série do ensino fundamental, em média. O maior índice

de Anos de Escolaridade da região é do município de

Capanema, com média de 4,91, e o menor é de Cachoeira

do Piriá, com apenas 1,67.

Tabela 262: Taxas de Analfabetismo e de Anos de Escolaridade da População Adulta da RI Caeté em 2000

Municípios Taxa de Analfabetismo deAdultos - 2000 (%)

Anos de estudo da pop. Adulta - 2000

Augusto Corrêa 34,03 2,58Bonito 32,06 2,85Bragança 21,39 4,18Cachoeira do Piriá 47,61 1,67Capanema 17,12 4,91Nova Timboteua 25,94 3,76Peixe-Boi 27,88 3,57Primavera 24,6 3,64Quatipuru 28,87 3,08Salinópolis 14,47 4,52Santa Luzia do Pará 34,55 2,79Santarém Novo 24,49 3,44São João de Pirabas 26,18 3,32Tracuateua 27,62 2,95Viseu 32,21 2,53Média da Região 27,93 3,32

Fonte: Censo 2000 – IBGE/Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil, 2003

Em relação à área de Segurança Pública,

tendo em conta como indicador de violência a taxa de

homicídios em relação à população, percebe-se que

a situação social da região do Rio Caeté melhora um

pouco, pois apresenta a média de 1,6 homicídios para

cada 100.000 habitantes no período 2002/2006, sendo o

mais baixo entre todas as Regiões de Integração. Vários

municípios registram indicador zero (0) de violência

ou próximo deste, como Bonito, Cachoeira do Piriá,

Peixe-Boi, Primavera, Quatipuru, Santa Luzia do Pará e

Santarém Novo. O município mais violento da região é

Salinópolis, com média de 7,4.

Tabela 263: Taxa média de Homicídios em relação à população total entre 2002 e 2006

Municípios Homicídios População Total

Augusto Corrêa 2,3Bonito 0,0Bragança 4,5Cachoeira do Piriá 1,2Capanema 0,3Nova Timboteua 3,3Peixe-Boi 0,0Primavera 0,0Quatipuru 0,0Salinópolis 7,4Santa Luzia do Pará 0,0Santarém Novo 0,0São João de Pirabas 3,2Tracuateua 0,8Viseu 0,4Média da Região 1,6

Fonte: (1) Microdados SIM/SVS/MS.

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Na área da cultura, tomando como indicador

a existência de equipamento culturais em municípios,

com destaque para as bibliotecas públicas, percebe-se

que a Região de Integração Rio Caeté sofre um déficit,

pois existem apenas 13 bibliotecas para atender 15

municípios da RI Rio Caeté, segundo dados do IBGE de

2005, sendo que alguns municípios não possuem sequer

uma biblioteca, como é o caso de Bonito, Bragança

(maior município da região) e Quatipuru. Em relação

aos demais equipamentos culturais, (com exceção de

estádios ou ginásios poliesportivos, em número de 12)

percebe-se uma grande carência na região, que conta

com apenas 4 teatros (ou salas de espetáculos), 1 museu

e nenhum cinema.

DIMENSÃO ECONÔMICA

A P.E.A. da Região de Integração Caeté representa

6,01% ou a sétima ranqueada em todo o Estado. Dentre

os 15 municípios pertencentes à Região, Bragança e

Capanema são os dois maiores colocados da P.E.A. com

24,85% e 15,31%, respectivamente. Viseu com 9,58%

e Salinópolis com 8,89% são outros dois municípios

com representatividade na P.E.A. Santarém Novo, por

seu turno, apresenta a menor P.E.A. com 2.115 pessoas

(ou 1,46%), seguido Peixe Boi e Primavera com 2.710

(1,87%) e 3.131 (2,16%) pessoas, respectivamente.

Em número de empregos formais criados,

excluindo-se o município de Salinópolis cujo número

de empregos formais foi menor em 2009 do que em

2005, todos os outros houve excelente desempenho.

Destes, em valores absolutos, destaque para Capanema

(em 2005 eram 2.675 contra 3.575 em 2009) e Bragança

(1.713 para o primeiro e 2.538 para o segundo ano). Ao

contrário, Primavera e São João de Pirabas apresentaram

o menor crescimento na criação de empregos formais de

2005/2009 com 10,71% e 15,13%, respectivamente.

No saldo de demitidos e admitidos, 03 municípios

apresentaram números negativos, foram: Viseu com -10,

Quatipuru com -4 e Primavera com -1; 01. O município

Cachoeira do Piriá apresentou saldo zero. Os municípios

que apresentaram os maiores saldos positivos foram:

Capanema com 240 empregos mantidos, Salinópolis

com 44 e Bragança com 42. Excetuando-se os que

tiveram saldo negativo ou zero, São João de Pirabas e

Tracuateua foram os municípios com o menor saldo

positivo de empregos com 04 para ambos.

Tabela 264: Dimensão Econômica - Mercado de Trabalho

MunicípiosMercado de Trabalho

P.E.A.¹Empregos Formais²

(Jan/2005)Admitidos³ Desligados³

Empregos Formais³(Jan/2009)

Augusto Corrêa 12.174 64 26 18 108

Bonito 3.749 05 122 101 461

Bragança 36.043 1.713 470 428 2.538

Cachoeira do Piriá 4.283 30 19 19 38

Capanema 22.210 2.675 1001 761 3.575

Nova Timboteua 4.460 34 23 14 117

Peixe Boi 2.710 07 08 06 46

Primavera 3.131 28 03 04 31

Quatipuru 3.881 19 03 07 87

Salinópolis 13.895 1.008 314 270 960

Santa Luzia do Pará 7.232 50 45 40 135

Santarém Novo 2.115 18 80 52 211

São João de Pirabas 5.536 119 43 39 137

Tracuateua 7.814 37 22 18 500

Viseu 15.836 109 39 49 210

Total Regional 145.069 5.916 2.218 1.826 9.154

Fonte: 1 – População Economicamente Ativa – Censo IBGE: 2000;

2 – SEPOF/MTE/CAGED: 2005;

3 – MTE/CAGED: OUTUBRO/2008 E JANEIRO/2009.

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ráO número total de operações de crédito vem, para

a Região de Integração do Caeté, caindo desde 2006, seja

para o crédito agrícola ou pecuário. No total, em 2009

comparado com 2008, houve uma queda percentual de

-14,67%; para o crédito agrícola, no mesmo período, o

valor percentual desceu para -7,15%; o crédito pecuário

se reduziu no percentual de -22,45%, de 2008 para 2009.

Diante do quadro exposto, em 2009 dos 1.650

pedidos de crédito agrícola, 32,03% foram registrados

para o município de Bragança, 19,88% para Augusto

Corrêa e 17,33% para Viseu. Primavera e Quatipuru

não registraram pedidos de crédito agrícola para aquele

ano. Com exceção destes 02 municípios, Peixe Boi e

Cachoeira do Piriá foram os que menos apresentaram

pedidos de crédito com 0,48% e 1,45%, respectivamente.

Para o crédito pecuário, mesmo considerando a

diminuição no número de operações, os municípios que

mais solicitaram aporte financeiro para o ano de 2009

foram: Cachoeira do Piriá com 427 operações, Tracuateua

com 312 operações e Bragança com 158 operações. Com

o menor número de operações ficaram: Quatipuru e

Bonito com 02 e 03 operações respectivamente (exclui-

se Nova Timboteua, Primavera e Santarém Novo por não

terem registrados operações em 2009).

Com relação ao volume negociado advindos do

número de operações, também, desde o ano de 2006

há registro de queda, sendo de 2008 para 2009 o valor

percentual atingiu -34,67%. Só para o setor agrícola a

diminuição no mesmo período registrou -26,46% e o

crédito pecuário o percentual foi ainda mais drástico

com -43,14%.

Não há dúvidas que a Região de Integração do

Caeté foi profundamente atingida pela crise econômica

mundial, pois o registrado para o período de 2007/2008 os

percentuais foram todos positivos: para o total foi 31,90%;

para o agrícola foi 7,93% e; para o pecuário de 71,03%.

Do volume negociado para o crédito agrícola em

2009 os percentuais de participação total ficaram para os

municípios de: Augusto Corrêa com 24,48%; Capanema

com 21,76% e Bragança com 18,95%. Para aqueles com

menor participação percentual (também para o ano de

2009): Salinópolis com 0,57%; Cachoeira do Piriá com

0,59% e; Peixe Boi com 0,73% (excluindo-se os que não

registraram operações de crédito alhures).

São João de Pirabas com R$1.720.080,53;

Cachoeira do Piriá com R$769.353,08 e; Salinópolis

com R$760.205,10, foram os municípios com os

maiores volumes negociados para o crédito pecuário

da Região no último ano da série. Do outro extremo,

os municípios de Bonito com R$37.393,20; Augusto

Corrêa com R$92.80,71 e; Peixe Boi com R$98.794,14,

registraram os menores valores de crédito pecuário em

2009 (novamente, excluindo-se os que não registraram

operações de crédito acima citados).

Tabela 265: Dimensão Econômica – Operações de Crédito

Municípios

Nº de Operações Contratadas de Crédito

2006 2007 2008 2009

Agrícola Pecuária Agrícola Pecuária Agrícola Pecuária Agrícola Pecuária

Augusto Corrêa 229 - 387 39 177 17 328 32

Bonito 38 68 20 86 62 70 71 03

Bragança 274 36 774 409 366 49 357 158

Cachoeira do Piriá - 07 17 72 01 148 24 427

Capanema 872 451 433 75 324 128 230 22

Nova Timboteua 103 26 96 13 88 09 46 -

Peixe Boi 34 19 28 24 45 22 08 17

Primavera 81 02 16 - 20 07 - -

Quatipuru 100 - - 04 19 08 - 02

Salinópolis 369 100 139 07 112 02 26 52

Santa Luzia do Pará 89 240 99 115 132 182 77 98

Santarém Novo 52 10 26 04 17 07 54 -

São João de Pirabas 465 906 157 288 33 221 41 112

Tracuateua 257 141 283 36 137 610 102 312

Viseu 441 53 253 135 244 239 286 98

Total Regional 3.404 2.059 2.728 1.307 1.777 1.719 1.650 1.333

Fonte: Anuário Estatístico do Crédito Rural do Banco Central do Brasil: 2006; 2007; 2008 e; 2009

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Tabela 266: Dimensão Econômica – Operações de Crédito em R$

Municípios

Valor das Operações Contratadas de Crédito – R$

2006 2007 2008 2009

Agrícola Pecuária Agrícola Pecuária Agrícola Pecuária Agrícola Pecuária

Augusto Corrêa 1.813.745,08 - 896.583,37 94.730,64 1.094.304,30 368.779,99 1.872.024,02 92.890,71

Bonito 181.726,96 479.763,82 170.588,88 398.000,94 289.068,08 626.254,48 135.082,98 37.393,20

Bragança 1.654.024,27 549.371,54 1.659.164,53 922.268,90 1.921.486,02 764.088,77 1.449.088,48 298.000,00

Cachoeira do Piriá 0,00 1.298.040,00 59.302,46 374.764,32 4.830,00 1.105.203,25 45.000,00 769.353,08

Capanema 3.391.108,70 5.187.503,72 2.475.967,05 1.018.495,02 2.039.656,35 1.447.772,54 1.664.565,34 224.797,80

Nova Timboteua 341.802,04 137.391,78 1.291.659,07 514.903,13 1.546.546,61 302.112,13 70.319,12 -

Peixe Boi 119.145,37 145.657,20 80.934,28 65.382,00 99.980,00 251.053,74 55.870,50 98.794,14

Primavera 366.005,07 44.000,00 50.931,96 - 65.345,70 44.862,68 - -

Quatipuru 141.248,98 - - 6.000,00 78.548,36 12.000,00 - 3.000,00

Salinópolis 491.501,14 117.838,98 268.272,46 24.430,71 176.949,68 22.914,30 43.790,42 760.205,10

Santa Luzia do Pará 334.783,86 1.798.605,50 314.451,67 515.148,87 467.139,54 1.131.362,31 210.505,14 507.972,81

Santarém Novo 450.110,66 787.046,56 95.777,57 239.514,00 217.586,04 314.810,92 138.959,72 -

São João de Pirabas 666.822,43 1.065.938,91 409.768,33 551.556,54 64.776,96 1.596.493,88 111.573,18 1.720.080,53

Tracuateua 1.876.555,63 176.390,97 1.245.527,24 211.963,80 1.499.607,63 1.065.155,10 1.189.012,01 564.315,60

Viseu 1.197.240,73 294.933,50 617.518,91 965.478,09 834.312,59 1.042.371,84 662.248,45 663.773,80

Total Regional 13.025.820,92 12.082.482,48 9.636.447,78 5.902.636,96 10.400.137,86 10.095.235,93 7.648.039,36 5.740.576,77

Fonte: Anuário Estatístico do Crédito Rural do Banco Central do Brasil: 2006; 2007; 2008 e; 2009

Em se tratando da quantidade de estabelecimentos

abertos na Região de Integração do Caeté,

comparativamente (2004/2008), foi registrada uma

elevação de 9,89% no período; para isso, Bonito e

Cachoeira do Piriá foram os municípios que relativamente

mais aumentaram de um ano para o outro com 52,63%

e 48,89%, respectivamente. Enquanto que Santa Luzia

do Pará e São João de Pirabas apresentaram números

negativos com -12,75% e -10,53%, respectivamente.

Consequentemente, os números de forma absoluta,

os municípios de Bragança e Capanema mostraram

o maior número de estabelecimentos com 851 e 787

estabelecimentos produtivos; ao contrário de Bonito

e Quatipuru, municípios com os menores números de

estabelecimentos produtivos da Região de Integração.

Tabela 267: Dimensão Econômica: Estrutura Produtiva

MunicípiosNº de Estabelecimentos Produtivos

2001 2004 2008

Augusto Corrêa 79 120 143

Bonito 23 19 29

Bragança 1.149 773 851

Cachoeira do Piriá 14 45 67

Capanema 1.296 732 787

Nova Timboteua 85 65 63

Peixe Boi 52 35 43

Primavera 81 35 36

Quatipuru 14 23 26

Salinópolis 443 310 351

Santa Luzia do Pará 121 102 89

Santarém Novo 23 40 42

São João de Pirabas 60 95 85

Tracuateua 11 77 77

Viseu 318 188 233

Total Regional 3.769 2.659 2.922

Fonte: MTE/CAGED/RAIS: 2008.

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ráApesar de possuir 15 municípios que compõem

a Região de Integração do Caeté, somente o município

de Bragança participa e/ou influencia diretamente

a Balança Comercial do Estado do Pará. Capanema,

devido a sua fábrica de cimento, entra favoravelmente

como município exportador, assim como Salinópolis

cuja informação está disponível apenas para o ano de

2007. Quanto as importações, há registro de 2007 a 2009

apenas para o município de Bonito.

Do demonstrado acima, dos 02 municípios que

participaram das exportações, Bragança contribuiu

em 2009 com volume financeiro de US$5.103.433

e Peixe Boi com US$9.373217, apresentando, assim,

um crescimento relativo (2008/2009) de 19,50% e

431,21%, respectivamente.

Para o volume importado, Bragança registrou

diminuição no volume financeiro (de US$3.733 em 2008

passou para US$975 em 2009). Por outro lado, Bonito

e Capanema aumentaram os volumes importados,

tanto que seus percentuais apresentaram crescimento

(comparando 2008 com 2009), da seguinte forma: para

o primeiro o acréscimo foi de 99,08%; para o segundo o

incremento é de 50,23%.

Tabela 268: Dimensão Econômica: Exportações e Importações

Municípios

Exportação e Importação (US$ FOB)

2006 2007 2008 2009

Exportação Importação Exportação Importação Exportação Importação Exportação Importação

Augusto Corrêa - - - - - - - -

Bonito - - - 142.342 - 140.986 - 280.675

Bragança 6.150.167 178.500 3.798.868 7.898 4.270.684 3.733 5.103.433 975

Cachoeira do Piriá - - - - - - - -

Capanema - 977.452 - 1.067.787 - 2.656.546 - 3.990.935

Nova Timboteua - - - - - - - -

Peixe Boi - - - - 1.764.497 - 9.373.217 -

Primavera - - - - - - - -

Quatipuru - - - - - - - -

Salinópolis - - 22.210 - - - - -

Santa Luzia do Pará - - - - - - - -

Santarém Novo - - - - - - - -

São João de Pirabas - - - - - - - -

Tracuateua - - - - - - - -

Viseu - - - - - - - -

Total Regional 6.150.167 1.155.952 3.821.078 1.218.027 6.035.181 2.801.265 14.476.650 4.272.585

Fonte: MDIC/SECEX

- Dados não informados ou zeros.

No período 2007/2008, as Receitas para a Região

de Integração do Caeté indicam que houve elevação

percentual de 2,92% na Orçamentária, redução de

–1,37% da Corrente e novo acréscimo de 17,68% para

a Tributária. Registrou-se a falta de informação dos

seguintes municípios: Cachoeira do Piriá, de 2006 a

2008; Santarém Novo em 2006; Nova Timboteua em

2007; Peixe Boi, Primavera, São João de Pirabas e Viseu,

em 2007 e 2008 e; Quatipuru e Tracuateua em 2008.

Considerando cada município, Bragança em 2008,

representou 27,49% de toda a Receita Orçamentária da

Região de Integração do Caeté, com aumento na razão

de 32,95% em relação ao ano de 2007; Capanema foi o

segundo município com maior participação no total

regional da Receita Orçamentária com 27,08% em

2008 (e crescimento percentual de 20,87% em relação

ao ano de 2007); já o município de Santarém Novo foi

o município com a menor Receita Orçamentária com

apenas 1,08% do total.

Bragança também se destacou como o município

de maior Receita Corrente da Região de Integração do

Caeté com 27,42% do total, seguido; novamente, por

Capanema com 25,25%. Santarém Novo, outra vez, foi

o município com a menor Receita Corrente da Região

participando de 3,57% do total.

Por fim, quanto a Receita Tributária, onde

Capanema apareceu como a maior participação do

total da Região com 37,35%. Salinópolis apareceu como

segundo lugar de participação com 24,28%. Verificou-

se, também, que o primeiro município apresentou

crescimento da Receita Tributária na ordem de 33,12%,

enquanto que o segundo o crescimento de 17,98%.

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Tabela 269: Finanças Municipais - Receitas

Município

Finanças Municipais – Receitas

Orçamentária Correntes Tributária

2006 2007 2008 2006 2007 2008 2006 2007 2008

Augusto Corrêa 22.568.531,13 27.085.784,24 33.673.256,65 21.364.292,05 27.427.930,23 33.818.943,46 576.104,09 918.994,82 796.004,58

Bonito 7.096.801,41 7.670.031,55 9.485.495,02 7.097.068,49 9.346.602,46 10.605.346,23 104.179,36 162.260,29 187.123,53

Bragança 31.311.789,66 41.310.113,07 54.923.112,94 34.027.009,32 42.351.600,36 54.110.641,97 1.012.803,41 1.340.068,28 1.865.061,11

Cachoeira do Piriá - - - - - - - - -

Capanema 37.691.032,29 44.775.174,44 54.117.920,67 33.973.904,79 40.993.523,37 49.827.852,95 1.504.863,88 2.267.401,70 3.018.260,46

Nova Timboteua 8.955.056,00 - 14.450.570,86 9.008.534,00 - 13.005.292,58 86.404,00 - 164.795,89

Peixe Boi 6.017.195,35 - - 6.122.907,04 - - 108.765,46 - -

Primavera 7.082.451,00 - - 7.794.916,00 - - 147.683,00 - -

Quatipuru 7.957.916,20 9.502.154,19 - 8.047.745,60 10.488.278,29 - 168.104,59 142.753,90 -

Salinópolis 20.735.483,14 22.325.777,16 26.815.720,75 20.141.273,39 25.213.817,33 28.884.148,48 1.553.467,68 1.663.250,54 1.962.344,91

Santa Luzia do Pará 12.596.376,24 15.328.090,78 - 13.541.511,83 18.036.879,25 - 28.413,21 114.078,45 -

Santarém Novo - 7.542.887,53 6.357.062,81 - 6.469.363,20 7.053.086,13 - 17.215,77 87.582,22

São João de Pirabas 13.620.280,05 - - 13.742.000,77 - - 322.663,75 - -

Tracuateua 15.378.912,38 18.608.056,05 - 15.513.064,38 19.723.780,43 - 263.850,52 241.131,54 -

Viseu 31.003.898,76 - - 30.540.269,05 - - 622.932,08 - -

Total Regional 222.015.723,61 194.148.069,01 199.823.139,70 220.914.496,71 200.051.774,92 197.305.311,80 6.500.235,03 6.867.155,29 8.081.172,70

Fonte: STN/FINBRA: 2006; 2007 e 2008.

- Dado não informado.

Pelo lado das Despesas, ainda se tratando das

Finanças Municipais, no período 2006/2007, para a

Região de Integração do Caeté demonstraram redução

de -15,26% na Corrente, de -16,06% na Pessoal e

Encargos Sociais e -4,92% para Investimento; para

o período seguinte (2007/2008) nova redução para

as duas primeiras Despesas em -15,38% e -11,37%,

respectivamente. Para Despesas com Investimento

houve, para o período indicado, um aumento de 110,09%,

o que nos informa a preocupação governamental

(federal e estadual) em alavancar a economia desta

Região, especificamente, uma vez que a mesma já foi

pujante. Ressalte-se a não informação dos municípios

elencados nas Receitas em seus respectivos anos.

Considerando apenas a componente Despesa

Corrente, assim como nas Receitas, o município de

Bragança com a maior participação no total da Região

de Integração, no ano de 2008, cujo percentual foi da

ordem de 30,90%, seguido de Augusto Corrêa (25,23%)

e Salinópolis (24,62%); também, como nas Receitas,

o município de Santarém Novo apresentou a menor

Despesa Corrente, em 2008, com 4,20% do total, mas

apresentou o maior incremento relativo ao ano de 2007

com um aumento de 37,45%. Na sequência daquele

município, ou antes, encontramos Bonito com 6,39% e

incremento relativo no período de 23,23%.

Para as Despesas com Pessoal e Encargos Sociais, a

mesma leitura deve ser feita. Isto é, a Região de Integração

Caeté apresentou o mesmo “ranking” de municípios entre

os com as maiores despesas e os com menores despesas,

mudando o percentual quanto ao total regional e quanto

a evolução no período de 2007/2008.

Em se tratando das Despesas com Investimento,

Capanema com o maior percentual de 52,02% e

Bragança em segundo com 20,41% do total regional. Por

outro lado, Bonito e Santarém Novo apresentaram os

menores valores com a Despesa, sendo que o primeiro o

percentual é de 0,79% e o segundo com 2,05%.

Quanto a evolução, para os dois melhores

colocados houve um acréscimo de 1.179,33% e 30,22%,

de 2007/2008, respectivamente. Enquanto que para os

dois últimos colocados os valores foram de queda, sendo

que Bonito registrou -48,16% e Santarém Novo com

-51,66% de variação no período.

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ráTabela 270: Finanças Municipais - Despesas

Município

Finanças Municipais – Despesas

Correntes Pessoal e Encargos Sociais Investimentos

2006 2007 2008 2006 2007 2008 2006 2007 2008

Augusto Corrêa 19.577.459,63 22.446.882,09 28.491.433,99 11.319.356,18 12.727.361,64 15.645.175,92 3.401.879,19 2.978.741,79 6.137.700,22

Bonito 6.325.584,37 7.359.553,43 9.069.543,84 2.663.139,53 3.592.056,63 5.030.151,63 1.164.769,24 658.282,46 341.259,44

Bragança 27.018.138,39 36.124.429,29 43.849.583,88 15.748.677,47 21.405.614,02 27.513.344,73 1.994.359,18 6.775.644,84 8.823.357,22

Cachoeira do Piriá - - - - - - - - -

Capanema 35.576.638,80 37.936.462,79 22.071.893,16 17.871.432,88 16.717.542,99 12.746.497,45 2.772.527,27 1.758.203,04 22.493.166,37

Nova Timboteua 7.626.692,00 - 10.337.828,06 3.913.968,00 - 5.769.899,45 1.127.733,00 - 1.585.771,24

Peixe Boi 4.926.115,91 - - 2.968.786,42 - - 710.263,82 - -

Primavera 6.025.269,00 - - 2.843.619,00 - - 588.528,00 - -

Quatipuru 7.476.101,52 8.286.813,28 - 3.640.457,01 4.646.442,95 - 1.062.204,09 956.937,16 -

Salinópolis 18.859.688,15 20.702.359,01 22.124.128,06 9.487.725,73 10.644.693,85 10.340.077,11 2.795.034,08 4.489.816,83 2.970.146,94

Santa Luzia do Pará 12.107.003,91 12.608.511,17 - 7.036.614,34 7.650.750,08 - 480.526,30 - -

Santarém Novo 4.340.112,53 5.965.503,55 - 3.248.980,00 2.632.196,14 - 1.837.500,00 888.222,42

São João de Pirabas 11.446.348,28 - - 6.862.060,01 - - 2.199.121,94 - -

Tracuateua 13.644.334,95 17.898.974,71 - 6.888.542,48 9.269.749,06 - 1.662.051,76 1.126.203,44 -

Viseu 27.294.426,19 - - 15.853.923,74 - - 1.687.320,02 - -

Total Regional 197.903.801,10 167.704.098,30 141.909.914,54 107.098.302,79 89.903.191,22 79.677.342,43 21.646.317,89 20.581.329,56 43.239.623,85

Fonte: STN/FINBRA: 2006; 2007 e 2008.

- Dado não informado.

A Região de Integração Caeté conta com o

segundo maior número de municípios agregados, o

que não implica em um melhor ou maior indicador de

riqueza do Estado. Ressalte-se, entretanto, que o valor

adicionado das atividades de agropecuária, indústria

e serviço cresceu, em 2007, aos percentuais de 6,45%

para a primeira; 2,24% para a segunda e; 17,73% para a

terceira. Análise de cada um:

a) Setor Agropecuário: Bragança e Viseu foram

os municípios que mais participaram do valor

adicionado da Região com, respectivamente,

26,17% e 15,43% do total. Diferentemente de

Primavera e Santarém Novo que apresentaram

os menores percentuais de participação com

0,86% e 1,59%, respectivamente. Quanto a

variação do período de 2006/2007, Cachoeira

do Piriá com 37,54% e Tracuateua com 24,69%

aparecram como os maiores crescimentos

regional. Diametralmente oposto, Salinópolis

e São João de Pirabas, com variações negativas

de -6,45% e -4,56%, respectivamente, foram os

municípios com as maiores quedas do segmento;

b) Setor Industrial: Capanema tem o maior

destaque, devido, evidentemente, a indústria

ali presente, com percentual de participação

no total regional de 37,26% (Bragança foi o

segundo município em participação com

19,83%). Oposto aos municípios de Peixe Boi

e Santarém Novo cujas participações foram as

menores com: 1,05% e 1,20%, respectivamente.

Entre os municípios que mais cresceram ou mais

decresceram no período 2006/2007, destacam-

se: Nova Timboteua com 17,73% e Santa Luzia

do Pará com 11,36% para a primeira; Peixe

Boi e Primavera com -10,17% e -2,32% para a

segunda categoria;

c) Setor de Serviços: segmento com maior

preponderância na Região, foi Bragança com

24,31% e Capanema com 22,72% entre as maiores

participações; para as menores participações

Santarém Novo (1,07%) e Peixe Boi (1,43%).

Note-se que todos os municípios cresceram

neste segmento entre 2006 e 2007, destacando

Santa Luzia do Pará com 25,35% como o maior e

Peixe Boi com 0,18% como o menor.

O PIB Per Capita da Região de Integração do

Caeté passou, em 2006, de R$35.893 para, em 2007,

R$41.607, uma evolução de 15,92%. Dos municípios que

a compõem, verificou-se que o maior PIB Per Capita

da Região foi Capanema com R$4.953; Primavera, por

outro lado registrou o menor PIB Per Capita da Região

com R$1.965.

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Tabela 271: Informações Medidas de Riqueza – Produto Interno Bruto – PIB e Renda Per Capita

Municípios

PIB - em MIL R$Renda Per Capita em R$

Agropecuária Indústria Serviços

2005 2006 2007 2005 2006 2007 2005 2006 2007 2005 2006 2007Augusto Corrêa 16.813 21.616 23.037 5.928 7.051 7.351 45.287 50.265 61.880 2.001 2.299 2.546Bonito 3.904 4.463 4.423 2.172 2.170 2.231 13.431 14.046 17.022 1.869 1.959 2.152Bragança 36.780 47.374 50.809 25.510 29.920 30.928 159.350 184.667 223.409 2.273 2.640 3.132Cachoeira do Piriá 4.573 5.531 7.607 3.720 4.065 4.082 22.766 25.190 26.758 1.586 1.706 2.224Capanema 6.995 8.187 8.298 50.748 57.802 58.127 146.206 173.992 208.778 3.705 4.330 4.953Nova Timboteua 4.128 4.663 4.724 2.604 2.744 3.230 18.073 20.072 22.703 2.029 2.200 2.622Peixe-Boi 2.650 3.459 3.457 1.468 1.827 1.641 10.407 13.107 13.130 1.680 2.066 2.422Primavera 1.371 1.666 1.671 1.672 2.103 2.054 12.354 15.448 16.314 1.459 1.794 1.965Quatipuru 10.715 13.933 13.448 1.894 2.309 2.542 14.629 18.370 22.804 2.310 2.891 3.125Salinópolis 6.095 8.174 7.647 13.272 14.366 14.612 79.062 93.464 103.235 2.587 2.940 3.538Santa Luzia do Pará 7.984 9.584 10.146 3.436 4.079 4.542 23.650 28.012 35.112 1.817 2.148 2.816Santarém Novo 1.897 2.779 3.078 2.318 1.774 1.867 8.506 8.748 9.843 2.169 2.227 2.527São João de Pirabas 9.491 12.573 11.999 4.305 6.997 6.857 25.903 29.504 33.636 2.227 2.739 2.857Tracuateua 8.378 11.087 13.825 4.510 5.342 5.473 28.467 33.126 41.317 1.597 1.863 2.361Viseu 22.858 27.283 29.962 8.588 10.024 10.459 65.505 72.642 83.100 1.858 2.090 2.367Total Regional 144.632 182.371 194.131 132.146 152.572 155.996 673.596 780.654 919.041 31.165 35.893 41.607

Fonte: IDESP/IBGE

DIMENSÃO INFRAESTRUTURA

A Região de Integração Rio Caeté em seus

quinze municípios possui malha rodoviária com

513,55 Km em extensão de rodovias pavimentadas,

distribuídas aproximadamente em valores médios. Os

municípios de Capanema, Nova Timboteua e Bragança

são os que apresentam as maiores extensões de rodovias

pavimentadas com respectivamente 81,10; 58,25 e 56,90

Km. Entretanto, Santa Luzia do Pará é o único município

da região sem rodovias pavimentadas.

Quanto aos serviços de transporte essa região

apresenta acessibilidade média por transporte fluvial

com 47% dos municípios atendidos por barco,

acessibilidade baixa em relação ao transporte aéreo, pois

apenas 20% dos municípios possuem alguma estrutura

aeroviária, acesso total por ônibus intermunicipal com

100% dos municípios atendidos, quanto ao transporte

urbano de passageiros a região apresenta o seguinte

quadro: 87% atendida por Mototáxi (não ocorre em

Augusto Corrêa e Bragança), por Táxi em sua totalidade

e por Vans em 33% dos municípios.

Em relação à distribuição de energia elétrica, ao

se considerar o consumo industrial mensal em KW/H

por município, na Região de Integração Rio Caeté o

consumo é de 1.307.098 KW/H o município com maior

consumo é Bragança com 534.989 KW/H seguido por

São João de Pirabas com 201.577 KW/H, valores que

devem ser considerados em função da existência da

industria pesqueira instalada nos dois municípios. De

outra forma, nos municípios de Peixe-Boi e Santarém

Novo não existe consumo industrial de energia elétrica.

Com o Programa Luz para Todos, foram

realizadas 18.369 ligações, no período de 2004 a 2009,

beneficiando famílias de baixa renda, e que 80% destas

moram no meio rural. A tabela distribuição de ligações

mostra que no período de 2007 a 2009, o número de

ligações foi aproximadamente 62% maior, do que o

período de 2004 a 2006.

Tabela 272: Distribuição de ligações pelo Programa Luz para Todos na Rio Caeté

Ligações

Ano Ligações Realizadas Ligações Acumuladas2004 0 02005 435 4352006 6.623 7.0582007 3.716 10.7742008 4.048 14.8222009 3.547 18.369

2010 (jan) 0 18.369Fonte: CELPA ELABORAÇÃO: SEIR, 2010

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ráQuanto as escolas de ensino fundamental, nota-

se que das 836 escolas de ensino fundamental que a

Região de Integração Rio Caeté possui, o município

de Bragança apresenta o maior número de instituições

de ensino fundamental com 176 escolas, destas 56

são estaduais, 117 são municipais e três privadas, em

segundo lugar o município Viseu com 136, sendo

todas escolas municipais, e Augusto Corrêa com 83

escolas municipais é o terceiro da região. Por outro lado,

observa-se que em Quatipuru o ensino fundamental é

assistido por dez escolas, sendo três de responsabilidade

estadual e sete do poder municipal.

Tabela 273: Indicadores de Infraestrutura

Municípios Rodovia Pavimentada (Km) (1) Ônibus Inter-municipal (2) Consumo/Kwh Industrial (3)Total de Escolas do

Ensino fundamental (4)

Augusto Corrêa 18,75 Sim 83.015 83

Bonito 31,15 Sim 250 46

Bragança 56,90 Sim 534.989 176

Cachoeira do Piriá 33,90 Sim 102.954 64

Capanema 81,10 Sim 66.906 76

Nova Timboteua 58,25 Sim 638 32

Peixe-Boi 36,20 Sim 0 20

Primavera 28,85 Sim 2.883 16

Quatipuru 19,00 Sim 25.475 10

Salinópolis 30,20 Sim 107.618 35

Santa Luzia do Pará 0,00 Sim 22.704 36

Santarém Novo 20,60 Sim 0 19

São João de Pirabas 35,00 Sim 201.577 33

Tracuateua 36,95 Sim 42.521 54

Viseu 26,70 Sim 115.568 136

RI Rio Caeté 513,55 100% 1.307.098 836

Fontes: 1. SEIR, SETRAN 2007; 2. SETRAN - 2006 IBGE/MUNIC - 2008; 3. REDE CELPA, 2007; 4. IBGE, 2007.

DIMENSÃO AMBIENTAL

A Região de Integração Rio Caeté, contempla

em seu território a Regiões Hidrográficas Atlântico

Nordeste Ocidental de acordo com a resolução 32/2003

do Conselho Nacional de Recursos Hidricos, abragendo

as bacias hidrográficas do Rio Marapanim e Rio Gurupi

(ANA, 2009). É uma região de poucas áreas protegidas

distribuidas em UC de Uso Sustentável, Terras Indígenas

e Áreas de Quilombos que juntas totalizam 1.520 km².

Grande parte do seu territorio esta inserida nas Zonas

de Consolidação e de Recuperação de atividades

produtivas, em torno de 90%, como mostra a Tabela 275.

Tabela 274: Áreas Protegidas da RI Rio Caeté

Categoria MZEE Áreas Protegidas Área Absoluta (km²) Área Relativa (%)

Uso Sustentável

Reserva Extrativista Chocoaré-Mato Grosso 25,49 0,15Reserva Extrativista Marinha de Tracuateua 199,68 1,20Reserva Extrativista Marinha de Caeté-Taperaçu 285,59 1,72Reserva Extrativista Araí Peroba 81,09 0,49Reserva Extrativista Gurupi-Piriá 417,29 2,51Área de Proteção Ambiental Jabotitua-Jatium 54,21 0,33Área de Proteção Ambiental da Ilha de Canela 15,53 0,09Área de Proteção Ambiental da Costa de Urumajó 8,29 0,05

Áreas de Quilombo

Paca e Aningal 10,54 0,06Jurussaca 2,02 0,01Camiranga 3,32 0,02Itamauari 53,77 0,32

Consolidação Área de Consolidação das Atividades Produtivas 9.244,47 55,70Recuperação Recuperação 5.831,54 35,13RI Rio Caeté 16.597,74 100,00

Fonte: SEMA, 2009.

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O município de Viseu é o que possui maior extensão

territorial de áreas protegidas da Região, totalizando 435

km², seguido de Santa Luzia do Pará, com cerca de 365

km² de áreas protegidas (ver Tabela 275).

Tabela 275: Áreas Protegidas por município da RI Rio Caeté

MunicípiosUC de Uso

Sustentável (km²)Terras Indígenas

(km²)Áreas de Quilombos

(km²)Consolidação

(km²)Recuperação

(km²)

Augusto Corrêa 96,52 0,00 0,00 945,36 48,73

Bonito 0,00 0,00 0,00 588,10 0,00

Bragança 258,07 0,00 0,00 1.851,76 3,30

Cachoeira do Piriá 0,00 0,00 67,62 0,00 2.385,77

Capanema 0,00 0,00 0,00 617,18 0,00

Nova Timboteua 0,00 0,00 0,00 489,33 0,00

Peixe0Boi 0,00 0,00 0,00 453,52 0,00

Primavera 0,00 0,00 0,00 260,29 0,00

Quatipuru 1,44 0,00 0,00 311,91 0,00

Salinópolis 1,55 0,00 0,00 216,12 0,00

Santa Luzia do Pará 0,00 364,92 0,00 960,30 0,00

Santarém Novo 24,65 0,00 0,00 205,03 0,00

São João de Pirabas 0,71 0,00 0,00 693,40 0,00

Tracuateua 268,91 0,00 2,02 664,29 0,00

Viseu 435,32 0,00 0,00 987,88 3.393,73

RI Rio Caeté 1.087,17 364,92 69,64 9.244,47 5.831,54

Pará 328.274,76 284.688,36 5.757,92 396.774,07 56.379,13

Fonte: SEMA, 2009.

CLIMA

Levando em consideração a classificação de

Koppen, a maior parte da área de abrangência da

região Rio Caeté é situada numa área cuja a variações

de precipitação anual fica entrono de 2.100 a 2.500

mm. A região apresenta o maior números de dias

com ocorrência de chuva de acordo com os dados de

precipitação ficando na faixa de 151 a 175 no litoral e

176 a 200 na proção central da região. O trimestre mais

chuvoso são os meses de Fevereiro, Março e Abril, e os

mais secos são outubro, novembro e dezembro.

DESMATAMENTO

Segundo dados do INPE (2008), a RI Rio Caeté

apresenta desflorestamento acumulado em torno 11.376

km² até 2007. Em termos de desflorestamento absoluto,

Viseu é o município que mais se destaca, com uma área

de cerca de 3.365 km² desflorestados até 2007 (30% de

todo o desmatamento ocorrido na região) (ver Gráfico).

Enquanto Santaré Novo apresentou desmatamento até

2007 de 182 km2.

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ráTabela 276: Incremento do desflorestamento na RI Rio Caeté, por município, até 2007, (área absoluta em km²).

MunicípiosDesflorestamento (km²)

Até 1997De 1997 a 2000

Em 2001 Em 2002 Em 2003 Em 2004 Em 2005 Em 2006 Em 2007Total (Até

2007)Augusto Corrêa 694,00 - 4,16 0,01 9,61 8,87 0,41 2,22 4,75 724,03

Bonito 550,00 - - - - - - - - 550,00

Bragança 1.658,00 - 4,54 - 22,07 7,44 5,65 7,75 0,59 1.706,04

Cachoeira do Piriá 952,00 - 106,18 0,09 46,89 9,88 82,56 51,41 4,03 1.253,04

Capanema 546,00 - - - - - 1,46 0,39 - 547,85

Nova Timboteua 443,00 - - - - - - - - 443,00

Peixe-Boi 413,00 - - - - - - - - 413,00

Primavera 209,00 - - - - - 0,64 - - 209,64

Quatipuru 86,00 - 1,66 1,30 1,13 0,62 0,46 0,08 - 91,25

Salinópolis 5,00 - - 13,53 - 3,70 0,24 0,05 1,44 23,96

Santa Luzia do Pará 1.198,00 - 5,20 0,01 1,70 4,67 10,36 11,71 - 1.231,65

Santarém Novo 182,00 - - - - - - - - 182,00

São João de Pirabas 148,00 - - 10,44 - 7,70 2,02 0,78 1,87 170,81

Tracuateua 456,00 - 1,56 - 1,88 1,37 3,33 0,85 - 464,99

Viseu 3.106,00 - 98,44 0,57 79,40 9,41 29,95 38,23 3,33 3.365,33

RI Rio Caeté 10.646,00 - 221,74 25,95 162,68 53,66 137,08 113,47 16,01 11.376,59

Fonte: INPE (2008)

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DIMENSÃO INSTITUCIONAL

ARegião de Integração Rio Capim é formada por

16 municípios: Abel Figueiredo, Aurora do Pará,

Bujaru, Capitão Poço, Concórdia do Pará, Dom

2Parte

REGIÃO RIO CAPIM

Eliseu, Garrafão do Norte, Ipixuna do Pará, Irituia, Mãe

do Rio, Nova Esperança do Piriá, Ourém, Paragominas,

Rondon do Pará, Tomé-Açu e Ulianópolis.

Figura 10: RI Rio Capim

Elaboração: SEIR/ GeoPARÁ, 2009.

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o Pa

ráO perfil da rede municipal é predominantemente

composto por unidades territoriais de classe de

tamanho pequeno e médio; sendo pela classificação

do IBGE possível encontrar: um município CTM2,

com população de 5001 a 10000 hab.; um município

CTM3, com população de 10001 a 200000 hab.; 12

municípios CTM4, com população de 20001 a 50000

hab.; e dois municípios CTM5; com população de

50.001 a 100.000 hab. Dos 16 municípios que da RI

Rio Capim, sete municípios (44%) foram instalados

antes da Constituição de 1988 e nove municípios (56%)

foram criados posteriormente. Os municípios mais

recentemente instalados datam de 1993, e são: Abel

Figueiredo, Aurora do Pará, Ipixuna do Pará, Nova

Esperança do Piriá e Ulianópolis.

Tabela 277: Perfil da Rede Municipal na RI Rio Capim

Municípios Ano de criação do município Classes de tamanho da população do município

Abel Figueiredo 1993 CTM2

Aurora do Pará 1993 CTM4

Bujaru 1943 CTM4

Capitão Poço 1961 CTM5

Concórdia do Pará 1989 CTM4

Dom Eliseu 1989 CTM4

Garrafão do Norte 1989 CTM4

Ipixuna do Pará 1993 CTM4

Irituia 1935 CTM4

Mãe do Rio 1989 CTM4

Nova Esperança do Piriá 1993 CTM4

Ourém 1933 CTM3

Paragominas 1965 CTM5

Rondon do Pará 1982 CTM4

Tomé-Açu 1959 CTM 4

Ulianópolis 1993 CTM 4

Fonte: IBGE e Contagem Populacional 2007.

A frequência e a abrangência, dos principais

instrumentos legais da administração pública local

na RI nos remete ao seguinte quadro: em 100% dos

municípios podem-se evidenciar a existências da Lei de

Diretrizes Orçamentárias e da Lei de Orçamento Anual.

Quanto a Lei do Perímetro Urbano, em seis municípios

(37%) da RI se verifica a existência desta norma; em

contrapartida verifica-se a ausência desta legislação em

dez municípios (63%). No que se refere a Lei Orgânica

Municipal, determinação constitucional, esta norma é

presente em 100% dos municípios da RI. Já a existência

do Plano Diretor, instrumento obrigatório para

municípios acima de 20.000 habitantes, está configurada

em treze dos dezesseis municípios (81%) da RI e ausente

em três municípios (19%). É importante destacar que

nos três municípios onde este instrumento não pôde ser

encontrado: Abel Figueiredo, Nova Esperança do Piriá e

Ourém; a população só excede 20.000 mil hab. em Nova

Esperança do Piriá.

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Tabela 278: Legislação Municipal e Instrumento do Planejamento Municipal na RI Rio Capim

Municípios Lei de Diretrizes Orçamentária

Lei de Orçamento Anual

Lei de Perímetro Urbano

Ano da Lei Orgânica

Existência do Plano Diretor

Abel Figueiredo Sim Sim Não 1993 Não

Aurora do Pará Sim Sim Não 1994 Sim

Bujaru Sim Sim Não 1990 Sim

Capitão Poço Sim Sim Sim 1990 Sim

Concórdia do Pará Sim Sim Não 1990 Sim

Dom Eliseu Sim Sim Não 1990 Sim

Garrafão do Norte Sim Sim Sim 1990 Sim

Ipixuna do Pará Sim Sim Não 1993 Sim

Irituia Sim Sim Não 1989 Sim

Mãe do Rio Sim Sim Sim 2001 Sim

Nova Esperança do Piriá Sim Sim Não 1993 Não

Ourém Sim Sim Não 1990 Não

Paragominas Sim Sim Sim 2002 Sim

Rondon do Pará Sim Sim Sim 2002 Sim

Tomé-Açu Sim Sim Não 1993 Sim

Ulianópolis Sim Sim Sim 1993 Sim

Fonte: IBGE, Munic. 2004, 2005 e 2008

Quanto ao quesito recurso para a gestão,

observa-se o seguinte quadro na RI Rio Capim: a)

todos os municípios cobram o IPTU (100%); b) em 13

municípios da RI (81%) foi formalizado o cadastro do

ISS; sendo que em nove municípios (56%) o cadastro do

ISS é informatizado; c) os 16 municípios cobram taxa

de iluminação pública (100%); d) já a taxa de coleta de

lixo está presente em dois municípios (12%), são esses os

municípios de Capitão Poço e Ourém.

Tabela 279: Recursos para Gestão na RI Rio Capim

Municípios Município Cobra IPTU

Cadastro ISS Existência

Cadastro ISS Informatizado

Taxa Iluminação Pública

Taxa Coleta de Lixo

Abel Figueiredo Sim Sim Sim Sim Não

Aurora do Pará Sim Sim Não Sim Não

Bujaru Sim Sim Sim Sim Não

Capitão Poço Sim Sim Não Sim Sim

Concórdia do Pará Sim Sim Não Sim Não

Dom Eliseu Sim Sim Sim Sim Não

Garrafão do Norte Sim Sim Sim Sim Não

Ipixuna do Pará Sim Sim Sim Sim Não

Irituia Sim Não Não aplicável Sim Não

Mãe do Rio Sim Sim Não Sim Não

Nova Esperança do Piriá Sim Não Não aplicável Sim Não

Ourém Sim Sim Sim Sim Sim

Paragominas Sim Sim Sim Sim Não

Rondon do Pará Sim Sim Sim Sim Não

Tomé-Açu Sim Não Não aplicável Sim Não

Ulianópolis Sim Sim Sim Sim Não

Fonte: IBGE, MUNIC 2006

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o Pa

ráOs conselhos de educação nesta RI estão em

quatro (25%) dos 16 municípios - Bujaru, Dom Eliseu,

Rondon do Pará e Tomé-Açu. Entre esses, todos

operam em caráter consultivo, deliberativo, normativo

e fiscalizador. Ainda nos municípios onde esta instância

de participação pode ser observada, três municípios têm

paridade na representação entre governo e sociedade

civil - Dom Eliseu, Rondon do Pará e Tomé-Açu; tendo

o município de Bujaru neste quesito uma representação

maior da sociedade civil no órgão colegiado.

As instâncias de cooperação intergovernamental

espelham o quadro em duas áreas: educação e saúde. Na

educação não há registro de consórcios intermunicipais;

os consórcios com o Estado e a União estão presentes

nos municípios de Concórdia do Pará, Tomé-Açu e

Bujaru. Já os convênios de parceira com o setor privado

na área da educação existem nos municípios de Aurora

do Pará, Dom Eliseu, Ipixuna do Pará, Paragominas e

Rondon do Pará. No quesito apoio do setor privado

ou de comunidades à municípios não foi verificado a

existência deste instrumento na RI Rio Capim.

Com relação a cooperação intergovernamental

na saúde os consorciamentos municipal com o Estado

e a União estão presentes nos municípios de Bujaru,

Concórdia do Pará e Tomé-Açu. Foram verificados

convênios de parceria com o setor privado nos

municípios: Aurora do Pará, Bujaru, Dom Eliseu, Ipixuna

do Pará, Paragominas e Rondon do Pará.

Tabela 280: Conselhos Municipais na RI Rio Capim

Municípios

Conselho de Habitação Conselho de Educação

ExistênciaExistência

de paridade

Periodicidade reuniões

Existência Consultivo Deliberativo Normativo FiscalizadorExistência de

paridade

Freqüência reuniões (em

2006)

Abel Figueiredo NãoNão

aplicávelNão

aplicávelNão

Não aplicável

Não aplicável

Não aplicável

Não aplicável

Não aplicável

Não aplicável

Aurora do Pará NãoNão

aplicávelNão

aplicávelNão

Não aplicável

Não aplicável

Não aplicável

Não aplicável

Não aplicável

Não aplicável

Bujaru NãoNão

aplicávelNão

aplicávelSim Sim Sim Sim Sim

Sociedade civil

Sim

Capitão Poço NãoNão

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aplicávelNão

Não aplicável

Não aplicável

Não aplicável

Não aplicável

Não aplicável Não aplicável

Concórdia do Pará NãoNão

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aplicávelNão

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Dom Eliseu NãoNão

aplicávelNão

aplicávelSim Sim Sim Sim Sim Paritário Sim

Garrafão do Norte NãoNão

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aplicávelNão

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Não aplicável Não aplicável

Ipixuna do Pará NãoNão

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Não aplicável Não aplicável

Irituia NãoNão

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Não aplicável

Mãe do Rio NãoNão

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Não aplicável

Nova Esperança do Piriá NãoNão

aplicávelNão

aplicávelNão

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Ourém NãoNão

aplicávelNão

aplicávelNão

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Não aplicável

Paragominas NãoNão

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aplicávelNão

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Rondon do Pará NãoNão

aplicávelNão

aplicávelSim Sim Sim Sim Sim Paritário Sim

Tomé-Açu NãoNão

aplicávelNão

aplicávelSim Sim Sim Sim Sim Paritário Sim

Ulianópolis NãoNão

aplicávelNão

aplicávelNão

Não aplicável

Não aplicável

Não aplicável

Não aplicável

Não aplicável

Não aplicável

Fonte: IBGE, MUNIC 2005 e 2006.

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Tabela 281: Cooperação Intergovernamental na RI Rio Capim

Municípios

Educação Saúde

Consórcio público

Intermunicipal

Consórcio público Estado

Consórcio público União

Convênio de

parceria com setor

privado

Apoio do setor privado

ou de comunidades

Consórcio público

Intermunicipal

Consórcio público Estado

Consórcio público União

Convênio de

parceria com setor

privado

Apoio do setor privado

ou de comunidades

Abel Figueiredo Não Não Não Não Não Não Não Não Não Não

Aurora do Pará Não Não Não Sim Não Não Não Não Sim Não

Bujaru Não Sim Sim Não Não Não Sim Sim Sim Não

Capitão Poço Não Não Não Não Não Não Não Não Não Não

Concórdia do Pará Não Sim Sim Não Não Não Sim Sim Não Não

Dom Eliseu Não Não Não Sim Não Não Não Não Sim Não

Garrafão do Norte Não Não Não Não Não Não Não Não Não Não

Ipixuna do Pará Não Não Não Sim Não Não Não Não Sim Não

Irituia Não Não Não Não Não Não Não Não Não Não

Mãe do Rio Não Não Não Não Não Não Não Não Não Não

Nova Esperança do Piriá Não Não Não Não Não Não Não Não Não Não

Ourém Não Não Não Não Não Não Não Não Não Não

Paragominas Não Não Não Sim Não Não Não Não Sim Não

Rondon do Pará Não Não Não Sim Não Não Não Não Sim Não

Tomé-Açu Não Sim Sim Não Não Não Sim Sim Não Não

Ulianópolis Não Não Não Não Não Não Não Não Não Não

Fonte: IBGE, MUNIC 2005 e 2006.

DIMENSÃO SOCIAL

A Região de Integração Rio Capim é composta

por 16 municípios, sendo que dois (2) municípios

possuem menos de 20 mil habitantes; doze (12)

municípios se situam na faixa entre 20 mil a 50 mil

habitantes, ou seja, a maioria dos municípios da região

tem porte populacional de pequeno a intermediário;

enquanto os dois (2) maiores municípios da região,

Capitão Poço e Paragominas, situam-se na faixa entre 50

mil a 100 mil habitantes. Portanto, a região de integração

do Rio Capim possui a característica singular de não

possuir nenhum município de porte médio que desfrute

da condição de polarização em virtude do tamanho

populacional, sendo que o que mais se aproxima desta

situação é Paragominas, com 97.350 habitantes em 2008,

segundo a contagem populacional do IBGE. Apesar

da aparente dispersão populacional, a região do Rio

Capim concentra 566.297 habitantes, que representa

7,62% do contingente populacional do estado do Pará,

sendo a quinta região mais populosa do estado, com

densidade demográfica na ordem de 9,25 hab/km2,

sexta maior do estado. Há um equilíbrio muito grande

entre população urbana e rural, com leve predomínio

da urbana, com índice de 51,35% em 2007. O município

mais “urbanizado” da região é Abel Figueiredo, onde

82,21% da população vive no meio urbano, seguido

por Rondon do Pará, com 75,40%. O município com

maior predomínio relativo da população rural na RI

Rio Capim é Irituia, onde 80,91% da população mora no

meio rural, seguido de perto por Ipixuna do Pará, com

índice de 80,15%.

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ráTabela 282: População Total, Urbana e Rural da RI Rio Capim

Municípios População Total 2008 (01)2007 (02)

Urbana % Rural %

Abel Figueiredo 6.967 82,21% 17,79%

Aurora do Pará 22.315 25,46% 74,54%

Bujaru 23.654 32,73% 67,27%

Capitão Poço 52.797 42,44% 57,56%

Concórdia do Pará 22.251 51,77% 48,23%

Dom Eliseu 39.088 60,21% 39,79%

Garrafão do Norte 25.538 28,97% 71,03%

Ipixuna do Pará 44.396 19,85% 80,15%

Irituia 30.552 19,09% 80,91%

Mãe do Rio 29.087 73,91% 26,09%

Nova Esperança do Piriá 24.062 27,81% 72,19%

Ourém 15.841 45,26% 54,74%

Paragominas 97.350 76,18% 23,82%

Rondon do Pará 47.772 75,40% 24,60%

Tomé-Açu 48.607 57,78% 42,22%

Ulianópolis 36.020 61,85% 38,15%

Total 566.297 51,35% 48,65%

Fonte: IBGE, Estimativas populacionais 2008 (1) e 2007 (2)

Em relação aos indicadores de desenvolvimento

humano, a Região de Integração Rio Capim apresentou

um IDHM (Índice de Desenvolvimento Humano

Municipal) de 0,66 no ano de 2000, um dos mais baixos

entre as Regiões de Integração do Pará. Em parte, isso

se deve à baixa renda per capita da região, com IDHM-

Renda de apenas 0,56. Em termos de municípios da RI

Rio Capim, o maior IDHM foi de Mãe do Rio e Abel

Figueiredo, ambos com 0,70. Preocupante é a situação de

Garrafão do Norte, com o menor IDHM da região, com

apenas 0,58, assim como dos municípios com IDHM-

Renda abaixo de 0,50 (baixa renda per capita), como é o

caso Bujaru e Ipixuna do Pará.

Tabela 283: Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) decomposto em índices de Renda, Longevidade

e Educação na RI Rio Capim em 2000

Municípios IDHM IDHM-Renda IDHM-Longevidade IDHM-Educação

Abel Figueiredo 0,70 0,65 0,71 0,75

Aurora do Pará 0,62 0,52 0,71 0,63

Bujaru 0,66 0,48 0,73 0,76

Capitão Poço 0,62 0,53 0,66 0,66

Concórdia do Pará 0,66 0,50 0,74 0,73

Dom Eliseu 0,67 0,60 0,66 0,73

Garrafão do Norte 0,58 0,49 0,64 0,61

Ipixuna do Pará 0,62 0,49 0,74 0,63

Irituia 0,67 0,57 0,69 0,77

Mãe do Rio 0,70 0,57 0,75 0,77

Nova Esperança do Piriá 0,60 0,52 0,68 0,60

Ourém 0,67 0,52 0,74 0,74

Paragominas 0,69 0,63 0,68 0,77

Rondon do Pará 0,69 0,62 0,70 0,74

Tomé-Açu 0,68 0,60 0,68 0,74

Ulianópolis 0,69 0,68 0,68 0,71

Média da Região 0,66 0,56 0,70 0,71

Fonte: Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil, 2003

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Em termos de indicadores de saúde, a RI Rio

Capim detém o segundo melhor desempenho entre as

Regiões de Integração quando se observa o coeficiente

de mortalidade infantil, que foi de 17,78 ocorrências

de morte em crianças menores de cinco anos por mil

nascidos vivos em 2005, próximo da meta estabelecida

pelos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio

(ODM) para o Estado do Pará, que é reduzir o índice

de mortalidade infantil para o patamar de 16,03 até o

ano de 2015. O município de melhor desempenho neste

quesito é Abel Figueiredo, com índice de 8,3, vindo logo

a seguir os municípios de Nova Esperança do Piriá e

Ourém, ambos com 8,4. O município da região em pior

situação neste critério é Ulianópolis, onde a mortalidade

infantil é de 35,3, seguido por Rondon do Pará, com 33,7.

A razão de mortalidade materna, no entanto, permanece

elevada, com média de 160,75 ocorrências de mortes de

mães em 100.000 nascidos vivos em 2005. O nível de

cobertura do Programa Saúde da Família (PSF) alcançou

34,34% da população da RI Rio Capim, que pode se

elevar a fim de melhorar os indicadores de saúde da

região. Os indicadores de saneamento registrados pelo

censo de 2000 (IBGE) indicam que existe um grande

passivo social na RI Rio Capim, pois apenas 36,60% dos

domicílios têm acesso à água tratada por meio da rede

geral; 37,01% têm acesso à coleta de lixo; e apenas 0,54%

têm acesso ao esgoto sanitário por meio da rede geral.

Tabela 284: Síntese de Indicadores de Saúde da RI Rio Capim: Coeficiente de mortalidade infantil, Razão de Mortalidade

Materna e população coberta pelo PSF em 2005/2006

Municípios Coeficiente de mortalidade infantil (1)

Razão de mortalidade materna (1)

% da população coberta pelo PSF (2)

Abel Figueiredo 8,3 - 88,5

Aurora do Pará 14,6 243,3 28,1

Bujaru 13,3 166,7 27,3

Capitão Poço 12,5 113,3 10,4

Concórdia do Pará 17,9 - 14,0

Dom Eliseu 22,7 - 51,9

Garrafão do Norte 12,5 - -

Ipixuna do Pará 12,3 - 25,4

Irituia 26,6 - 0,5

Mãe do Rio 21,6 119,8 63,7

Nova Esperança do Piriá 8,4 - -

Ourém 8,4 - 72,0

Paragominas 23,0 - 36,8

Rondon do Pará 33,7 - 17,5

Tomé-Açu 13,6 - 10,2

Ulianópolis 35,3 - 34,4

RI Rio Capim 17,78 160,75 34,34

Fonte: (1) SIM/SINASC / 2005; (2) SIAB / 2006

Em relação aos indicadores de educação, está

Região alcançou em 2007 uma média de 2,93 com relação

ao IDEB (índice de Desenvolvimento da Educação

Básica) dos Anos Iniciais (até 4ª. série), situando-se em

um patamar abaixo de 3. O município melhor situado

neste quesito é Ulianópolis, com média de 3,70, e o de

pior desempenho é Nova Esperança do Piriá, com 2,10,

seguido por Capitão Poço e Concórdia do Pará, com

2,20. A performance da RI Rio Capim melhorou em

temos de IDEB dos Anos Finais (até 8ª. série), quando

alcançou a média de 3,17 em 2007, com destaque para a

boa performance do município de Aurora do Pará, com

média de 4,40.

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ráTabela 285: IDEB de Anos Iniciais e Anos Finais da RI Rio Capim, 2005 e 2007

MunicípiosIDEB Anos Iniciais IDEB Anos Finais

2005 2007 2005 2007

Abel Figueiredo 2,10 3,40 2,10 3,20

Aurora do Pará 2,30 3,60 - 4,40

Bujaru 2,60 3,00 3,00 -

Capitão Poço 2,30 2,20 - 3,00

Concórdia do Pará 2,10 2,20 - 2,80

Dom Eliseu 2,60 3,30 2,80 3,00

Garrafão do Norte 2,10 2,30 2,80 3,30

Ipixuna do Pará 2,50 2,60 2,80 2,90

Irituia 2,70 3,10 - -

Mãe do Rio 2,60 2,90 3,30 3,50

Nova Esperança do Piriá 2,00 2,10 3,00 2,80

Ourém 2,60 2,80 - -

Paragominas 3,20 3,50 2,90 3,10

Rondon do Pará 2,80 3,50 2,80 3,20

Tomé-Açu 2,80 2,70 3,20 3,10

Ulianópolis 3,20 3,70 3,10 2,90

Média da Região 2,53 2,93 2,89 3,17

Fonte: MEC, Prova Brasil e Censo escolar, SAEB

A taxa de analfabetismo de pessoas de 15 anos

ou mais é a segunda mais elevada do estado, com índice

de 28,99%. E o índice de capital humano, identificado

por meio da Média de Anos de Escolaridade de pessoas

de 25 anos ou mais, é a segunda pior do estado, com

média de apenas 2,98. A situação mais preocupante é

dos municípios de Nova Esperança do Piriá, com média

de apenas 2,02, e Ipixuna do Pará, com 2,08.

Tabela 286: Taxas de Analfabetismo e de Anos de Escolaridade da População Adulta da RI Rio Capim em 2000

Municípios Taxa de Analfabetismo de Adultos - 2000 (%)

Anos de estudo da população Adulta - 2000

Abel Figueiredo 24,95 3,36Aurora do Pará 36,45 2,29Bujaru 24,84 3,2Capitão Poço 34,89 2,62Concórdia do Pará 30,18 2,8Dom Eliseu 28,94 2,99Garrafão do Norte 41,73 2,34Ipixuna do Pará 35,42 2,08Irituia 22,17 2,95Mãe do Rio 23,34 3,59Nova Esperança do Piriá 40,3 2,02Ourém 27,49 3,27Paragominas 21,67 3,89Rondon do Pará 24,3 3,51Tomé-Açu 21,85 3,57Ulianópolis 25,38 3,12Média da Região 28,99 2,98

Fonte: Censo 2000 – IBGE/Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil, 2003

Na área de Segurança Pública, utiliza-se

como indicador de violência a taxa de homicídios

em relação à população. A Região de Integração Rio

Capim apresentou a média de 15,1 homicídios para

cada 100.000 habitantes no período 2002/2006, a

sétima mais violenta entre as regiões de integração. O

município mais violento da região é Rondon do Pará,

com média de 54,8, seguido por Abel Figueiredo, com

53, e Paragominas, com 38.

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Tabela 287: Taxa média de Homicídios em relação à população total entre 2002 e 2006 na RI Rio Capim

Municípios Homicídios População Total

Abel Figueiredo 53Aurora do Pará 1,9Bujaru 2,6Capitão Poço 14,6Concórdia do Pará 3,7Dom Eliseu 7,8Garrafão do Norte 4,8Ipixuna do Pará 1,4Irituia 2,1Mãe do Rio 8,0Nova Esperança do Piriá 0,0Ourém 5,3Paragominas 38Rondon do Pará 54,8Tomé-Açu 24Ulianópolis 18,7Média da Região 15,1

Fonte: Microdados SIM/SVS/MS

Na área da cultura, utilizando como indicador

a existência de equipamento culturais nos municípios,

com destaque para as bibliotecas públicas, percebe-

se que a Região de Integração Rio Capim detém uma

média estatística que corresponde à realidade, com

praticamente uma biblioteca para cada município (17

bibliotecas). No entanto, não há nenhum cinema ou

museu na região, que conta ainda com 15 estádios ou

ginásios poliesportivos e apenas um teatro.

DIMENSÃO ECONÔMICA

Com a 5ª posição em termos da P.E.A. do Estado

(com 179.022 pessoas ou 7,42% do total), a Região

de Integração Rio Capim possui como destaque os

municípios de Paragominas (28.847 pessoas ou 16,11%

do total regional) e Capitão Poço (18.108 pessoas

ou 10,11%) que apresentam os maiores números da

Região. Por outro lado, Abel Figueiredo e Ourém são

os municípios com as menores P.E.A.’s da Região, com

1,38% e 2,68%, segundo o Censo: 2000.

Em número de empregos formais criados em

2009 a Região do Rio Capim apresentou crescimento,

comparado com 2005, de 27,27%, mesmo Ulianópolis

ser o município que apresentou queda de -14,55%.

Contudo, em valores absolutos, Paragominas e Dom

Eliseu apresentaram, em 2009, o maior número de

empregos formais criados com 12.221 e 3.809 postos

de trabalho respectivamente. Nova Esperança do Piriá e

Ourém foram os que menos registraram a quantidade

de postos formais de emprego.

No saldo de demitidos e admitidos, dos 16

municípios que compõem a Região, 08 apresentaram

números negativos; destes, Paragominas se apresentou

como o município que mais demitiu (saldo de -987).

Ulianópolis, por outro lado, apareceu como o maior

saldo absoluto com 297 empregos mantidos.

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ráTabela 288: Dimensão Econômica - Mercado de Trabalho

MunicípiosMercado de Trabalho

P.E.A.¹Empregos Formais²

(Jan/2005)Admitidos³ Desligados³

Empregos Formais³ (Jan/2009)

Abel Figueiredo 2.467 339 232 256 381Aurora do Pará 6.941 87 59 54 257Bujaru 8.402 144 70 72 293Capitão Poço 18.108 378 143 110 599Concórdia do Pará 7.429 146 303 250 604Dom Eliseu 15.054 2.691 2.421 2.617 3.809Garrafão do Norte 8.153 94 10 03 814Ipixuna do Pará 7.634 638 902 928 1.233Irituia 14.980 142 47 49 205Mãe do Rio 10.177 500 363 468 998Nova Esperança do Piriá 6.649 17 04 - 23Ourém 4.795 72 46 37 120Paragominas 28.847 10.594 7.664 8.651 12.221Rondon do Pará 16.026 3.375 2.332 2.654 3.589Tomé-Açu 16.472 1.799 1.453 1.289 2.885Ulianópolis 6.888 3.073 2.389 2.092 2.626Total Regional 179.022 24.089 18.438 19.530 30.657

Fonte: 1 – População Economicamente Ativa – Censo IBGE: 2000;

2 – SEPOF/MTE/CAGED: 2005;

3 – MTE/CAGED: OUTUBRO/2008 E JANEIRO/2009.

Em 2008 o número de operações de crédito foi o

maior de toda a série da Região de Integração do Rio

Capim, alcançando 6.166 operações (um crescimento

comparado com o ano de 2007 no percentual de

21,88%). No ano seguinte, o número de crédito agrícola

caiu ao percentual de -31,33%, enquanto que o crédito

pecuário caiu -7,06% (no total, em 2009, o percentual

chegou a -19,07%).

Em todo o período (2006 a 2009), não existiu um

município que apresentesse sempre o maior número de

operações de crédito agrícola havendo um revezamento

entre os mesmos: no primeiro ano, Tomé Açu com 899

registros, seguindo de Bujaru com 749; no segundo

e terceiro ano: Bujaru e Capitão Poço destacaram-se

com os maiores números de operações (506 e 494, no

primeiro e 908 e 542, no segundo, respectivamente) e; no

quarto ano: Capitão Poço com 512 e Ourém com 319

lideram em número de operações.

Entre os municípios que não realizaram ou que

realizaram os menores números de operações de crédito

foram, conforme os anos, a seguir: a) em 2006: Ipixuna

do Pará e Ulianópolis, respectivamente, com 11 e 19

pedidos de crédito; b) em 2007: Aurora do Pará com

12 e Abel Figueiredo com 11 operações; c) em 2008:

Abel Figueiredo e Mãe do Rio com 06 e 09 operações,

respectivamente, e; d) em 2009, Abel Figueiredo e Mãe

do Rio, outra vez, sem nenhum pedido de crédito.

Do número total de operações de crédito pecuário,

os municípios com maior relevância foram: Tomé Açu

e Bujaru, com respectivos 489 e 477 pedidos em 2006;

Aurora do Pará com 528 solicitações e Rondon do Pará

com 257 pedidos em 2007; para os anos de 2008 e 2009,

Aurora do Pará (790 e 614 operações, respectivamente)

e Mãe do Rio (429 e 486 pedidos, respectivamente).

Os municípios que não realizaram ou que

solicitaram um pequeno número de operações de

crédito pecuário foram: a) em 2006: Ulianópolis e Nova

Esperança do Piriá, respectivamente, com 4 e 5 pedidos

de crédito; b) em 2007: Bujaru com 1 e Ulianópolis

com 7 operações; c) em 2008: Abel Figueiredo e

Bujaru com 30 e 31 operações, respectivamente, e; d)

em 2009, Ulianópolis e Garrafão do Norte com 9 e 11,

respectivamente, pedidos de crédito.

Com relação ao volume negociado advindo do

número de operações de crédito agrícola, de forma

sintética, Paragominas foi, durante toda a série história,

quem mais negociou crédito agrícola, não havendo

um município que, ao longo do período, mantivesse

o segundo lugar. Para os municípios com menos ou

nenhum volume creditício, seguem os mesmos que não

registraram operações.

No segmento pecuarista, de maneira simples,

em 2009, Aurora do Pará registrou um volume de

R$4.330.979,76 (ou 16,47%), seguido de Mãe do Rio

com R$3.898.458,29 (ou 14,83%). Considerando o

extremo, os municípios que apresentaram os menores

volumes, em 2009, foram: Bujaru com R$20.000,00 e

Concórdia do Pará com R$181.840,20.

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Tabela 289: Dimensão Econômica – Operações de Crédito

Municípios

Nº de Operações Contratadas de Crédito

2006 2007 2008 2009

Agrícola Pecuária Agrícola Pecuária Agrícola Pecuária Agrícola Pecuária

Abel Figueiredo 19 71 12 133 06 30 - 38

Aurora Do Pará 60 274 11 528 91 790 88 614

Bujaru 749 10 506 01 908 31 99 13

Capitão Poço 476 477 494 172 542 177 512 444

Concórdia Do Pará 66 40 240 88 209 125 67 15

Dom Eliseu 30 20 153 24 125 256 48 56

Garrafão Do Norte 183 82 212 54 189 217 164 11

Ipixuna Do Pará 11 101 159 101 29 57 12 192

Irituia 38 65 230 151 200 146 234 119

Mãe Do Rio 25 180 20 161 09 429 - 486

Nova Esperança Do Piriá 216 05 110 12 64 40 315 372

Ourém 266 54 317 47 257 48 319 83

Paragominas 115 244 91 107 58 70 98 113

Rondon Do Pará 50 229 37 257 120 406 58 305

Tomé-Açu 899 489 465 136 233 188 74 25

Ulianópolis 19 04 23 07 11 105 07 09

Total Regional 3.222 2.345 3.080 1.979 3.051 3.115 2.095 2.895

Fonte: Anuário Estatístico do Crédito Rural do Banco Central do Brasil: 2006; 2007; 2008 e; 2009

Tabela 290: Dimensão Econômica – Operações de Crédito em R$

Municípios

Valor das Operações Contratadas de Crédito – R$

2006 2007 2008 2009

Agrícola Pecuária Agrícola Pecuária Agrícola Pecuária Agrícola Pecuária

Abel Figueiredo 125.762,82 848.424,20 50.006,79 1.113.369,12 27.208,61 311.554,55 0,00 332.109,64

Aurora do Pará 369.556,01 4.176.422,56 119.840,39 4.724.694,65 515.215,94 5.091.717,07 755.219,21 4.330.979,76

Bujaru 894.241,50 10.000,00 826.884,94 79.200,00 1.220.990,44 560.053,80 220.998,09 20.000,00

Capitão Poço 4.922.436,36 6.518.628,18 7.183.930,77 3.633.633,81 9.948.129,01 3.626.735,11 6.782.308,41 3.739.297,22

Concórdia do Pará 136.180,37 714.545,11 461.487,04 959.615,15 535.454,31 850.577,10 129.263,09 181.840,20

Dom Eliseu 2.004.303,09 1.312.187,96 2.967.661,01 1.860.380,13 4.957.886,89 6.467.858,79 2.114.044,77 1.069.721,13

Garrafão do Norte 813.550,55 973.745,22 1.751.098,70 998.518,37 1.399.246,35 4.334.233,66 1.510.071,13 333.105,63

Ipixuna do Pará 293.823,54 1.979.078,50 492.233,38 491.079,24 99.529,96 307.544,30 40.021,90 1.638.785,48

Irituia 94.775,42 867.037,48 804.897,00 1.224.048,88 863.902,38 1.222.902,75 1.042.550,12 921.227,06

Mãe do Rio 89.572,21 2.940.527,60 139.064,00 2.256.059,50 119.049,52 3.294.785,49 0,00 3.898.458,29

Nova Esperança do Piriá 712.091,74 93.810,23 450.261,79 504.098,81 539.745,38 714.510,35 1.672.864,14 1.467.706,60

Ourém 1.115.108,34 860.844,54 1.686.519,70 537.341,14 1.540.804,36 862.911,87 2.209.757,47 1.183.898,16

Paragominas 13.621.090,69 4.337.979,16 17.470.664,41 8.102.806,00 12.262.455,98 7.651.478,00 15.547.881,44 2.892.131,71

Rondon do Pará 2.256.428,78 4.391.428,06 4.971.450,59 1.175.644,24 628.055,16 7.303.303,50 3.764.280,25 3.623.444,57

Tomé-Açu 6.560.110,35 6.827.121,22 3.589.342,59 3.338.084,28 1.976.155,43 5.767.121,52 906.103,27 400.159,20

Ulianópolis 2.120.858,80 245.430,80 3.997.285,63 1.483.712,50 2.888.603,16 405.521,01 1.063.573,40 256.501,80

Total Regional 36.129.890,57 37.097.210,82 46.962.628,73 32.482.285,82 39.522.432,88 48.772.808,87 37.758.936,69 26.289.366,45

Fonte: Anuário Estatístico do Crédito Rural do Banco Central do Brasil: 2006; 2007; 2008 e; 2009

Em se tratando da quantidade de estabelecimentos

abertos na Região de Integração do Rio Capim, percebeu-

se um crescimento relativo de 15,23% (2008/2004).

No último ano analisado (2008) foram abertos 6.332

estabelecimentos produtivos contra 5.495 no segundo

ano da série, mesmo levando em conta, a queda nos

municípios de Capitão Poço (-16,00%), Aurora do Pará

(-3,85%) e Irituia (-0,78%), dentre outros.

Em termos absolutos, no ano de 2008, Paragominas

com 1.772 e Rondon do Pará com 1.000 estabelecimentos

produtivos foram os municípios com maior participação

no total. Opostamente Nova Esperança do Piriá (com

0,71%) e Bujaru (0,93%) foram os municípios com o

menor número de estabelecimentos abertos em 2008.

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de

Inte

graç

ão R

egio

nal d

o Es

tad

o d

o Pa

ráTabela 291: Dimensão Econômica: Estrutura Produtiva

MunicípiosNº de Estabelecimentos Produtivos

2001 2004 2008

Abel Figueiredo 111 110 118

Aurora Do Pará 47 78 75

Bujaru 108 56 59

Capitão Poço 450 400 336

Concórdia do Pará 153 120 231

Dom Eliseu 737 756 872

Garrafão do Norte 81 57 61

Ipixuna do Pará 111 122 165

Irituia 316 128 127

Mãe do Rio 332 262 310

Nova Esperança do Piriá 21 43 45

Ourém 193 110 121

Paragominas 3.288 1.593 1.772

Rondon do Pará 1.122 755 1.000

Tomé-Açu 900 587 649

Ulianópolis 247 318 391

Total Regional 8.217 5.495 6.332

Fonte: MTE/CAGED/RAIS: 2008.

Paragominas foi o município que participoi e/ou

influencia diretamente a Balança Comercial da Região

de Integração do Rio Capim e, por conseguinte do Pará,

com informações da exportação e importação de 2006 a

2009. Outros municípios como: Abel Figueiredo, Bujaru,

Dom Eliseu, Ipixuna do Pará, Rondon do Pará e Tomé

Açu exportaram e/ou importaram total ou parcialmente

os seus produtos.

Dos municípios que participaram da pauta de

exportação em 2009, destacaram-se Paragominas com

50,55% do total, seguido de Dom Eliseu com 34,16%;

Ipixuna do Pará com 0,78% e Rondon do Pará com 0,44%,

foram os que menos contribuíram com as exportações.

Para lado das importações, em 2009 dos 16

municípios que integram a Região de Integração do Rio

Capim apenas 03 registraramm seus volumes, sendo

que: Paragominas foi quem mais importou com 57,50%

do total, Ipixuna do Pará com 38,36% em segundo, e

Tomé Açu com 4,15% das importações totais ficou com

a terceira posição.

Tabela 292: Dimensão Econômica: Exportações e Importações

Municípios

Exportação e Importação (US$ FOB)

2006 2007 2008 2009

Exportação Importação Exportação Importação Exportação Importação Exportação Importação

Abel Figueiredo 67.710 - 395.562 - 94.628 - - -

Aurora do Pará - - - - - - - -

Bujaru - - 41.507 - 68.210 - - -

Capitão Poço - - - - - - - -

Concórdia do Pará - - - - - - - -

Dom Eliseu 2.860.098 - 3.683.594 19.161 15.142.511 - 8.884.185 -

Garrafão do Norte - - - - - - - -

Ipixuna do Pará - 3.894.704 479.220 6.233.007 422.290 41.977.900 202.074 9.444.542

Irituia - - - - - - - -

Mãe do Rio - - - - - - - -

Nova Esperança do Piriá - - - - - - - -

Ourém - - - - - - - -

Paragominas 43.902.105 27.613.079 45.162.833 14.977.846 29.189.627 15.350.622 13.148.435 14.158.444

Rondon do Pará 2.966.911 - 2.748.914 - 1.185.717 - 114.166 -

Tomé-Açu 3.766.369 - 5.862.543 1.376 4.238.350 56.609 3.657.134 1.020.871

Ulianópolis - - - - - - - -

Total Regional 53.563.193 31.507.783 58.374.173 21.231.390 50.341.333 57.385.131 26.005.994 24.623.857

Fonte: MDIC/SECEX - Dados não informados ou zeros.

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- A

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Reg

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ão p

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imen

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Des

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ento

Analisando as Receitas da Região de Integração

do Rio Capim, e considerando a falta de informação de:

Nova Esperança do Piriá (2006 e 2007); Aurora do Pará

(2007); Mãe do Rio (2007 e 2008) e; Bujaru, Garrafão

do Norte, Ipixuna do Pará, Irituia, Ourém e Tomé Açu

(todas em 2008), observaram-se queda de 2007/2008

da seguinte maneira: a) Orçamentária de -15,72,%; b)

Corrente de -15,81% e; c) Tributária de -6,78%.

Dos municípios com as maiores Receitas

(Orçamentária, Corrente e Tributária), em 2008,

foram: Paragominas com 35,34%, 35,11% e 67,86%,

respectivamente; Rondon do Pará com 13,42% e 13,11%

para as duas primeiras e; Dom Eliseu com 8,53% para

a última. As menores participações, no mesmo ano, em

termos de Receitas, foram: Abel Figueiredo com 3,07% e

3,02% (para Orçamentária e Corrente) e; Aurora do Pará

com 0,33% (para a Tributária).

Por fim, a evolução das Receitas, em nível

municipal, pode ser considerada da seguinte forma

(no período 2007/2008): Concórdia do Pará com

59,53% e Rondon do Pará com 43,16%, para a Receita

Tributária; Abel Figueiredo com 26,42% e Paragominas

com 26,19%, para a Receita Corrente e; novamente, Abel

Figueiredo com 26,80% e Paragominas com 26,45%,

para a Receita Tributária.

Tabela 293: Finanças Municipais - Receitas

Município

Finanças Municipais – Receitas

Orçamentária Correntes Tributária

2006 2007 2008 2006 2007 2008 2006 2007 2008

Abel Figueiredo 7.584.515,50 7.700.802,95 9.764.488,06 7.252.372,35 8.092.126,14 10.230.036,41 163.314,98 162.689,04 114.143,55

Aurora do Pará 15.117.087,81 - 18.671.567,15 16.289.297,55 - 20.451.635,81 144.950,00 - 75.242,49

Bujaru 17.999.872,96 19.673.421,15 - 18.060.537,00 20.447.163,19 - 238.273,47 177.478,28 -

Capitão Poço 18.613.189,10 24.563.352,18 29.718.362,51 20.464.981,67 26.881.789,13 32.524.315,68 139.738,83 777.911,89 912.975,97

Concórdia do Pará 17.578.132,40 21.189.874,51 25.144.347,33 18.409.144,36 22.358.278,40 26.295.495,61 642.021,04 472.407,61 753.627,82

Dom Eliseu 30.170.377,00 34.761.865,02 38.396.549,05 31.121.177,88 37.232.375,27 41.345.777,61 1.366.675,01 1.563.358,58 1.936.988,91

Garrafão do Norte 17.373.594,13 20.025.983,95 - 17.687.726,34 21.496.295,55 - 336.106,52 395.655,83 -

Ipixuna do Pará 25.152.270,80 33.806.199,89 - 26.022.048,83 31.932.770,72 - 2.936.590,04 2.426.006,04 -

Irituia 13.026.714,63 16.501.742,36 - 15.111.643,85 19.692.965,69 - 242.141,37 242.289,89 -

Mãe do Rio 16.379.393,94 - - 16.670.138,89 - - 617.286,89 - -

Nova Esperança do Piriá - - 15.180.001,10 - - 15.180.001,10 - - 92.460,36

Ourém 10.597.359,27 10.867.052,71 - 12.191.123,39 13.911.240,60 - 311.699,10 268.812,23 -

Paragominas 75.279.166,10 88.948.612,68 112.474.882,90 77.184.695,37 94.111.101,96 118.758.912,50 12.339.571,37 13.044.893,19 15.417.935,51

Rondon do Pará 30.292.991,61 35.881.531,80 42.705.257,73 31.718.479,35 37.170.512,29 44.334.996,01 992.179,27 1.273.589,37 1.823.297,74

Tomé-Açu 36.243.807,20 41.405.038,64 - 38.703.213,74 44.223.924,77 - 3.600.557,97 2.144.842,67 -

Ulianópolis 19.257.020,03 22.333.102,06 26.216.873,97 19.488.523,03 24.226.432,15 29.121.659,42 639.118,33 1.423.395,90 1.594.510,58

Total Regional 350.665.492,48 377.658.579,90 318.272.329,80 366.375.103,60 401.776.975,86 338.242.830,15 24.710.224,19 24.373.330,52 22.721.182,93

Fonte: STN/FINBRA: 2006; 2007 e 2008.

- Dado não informado.

As mesmas considerações feitas às Receitas

devem ser estendidas para as Despesas, ou seja, levar

em consideração a falta de informação dos municípios

já declarados acima em seus respectivos anos. Assim,

os que apresentaram as maiores Despesas (Corrente,

Pessoal e Encargos Sociais e de Investimento), em 2008,

foram: Paragominas com 33,11%, 33,55% e 45,69%,

e Rondon do Pará com 14,71%, 13,06% e 13,69%,

respectivamente; as menores participações no mesmo

ano, em termos de Despesas, foram: Abel Figueiredo

com 3,27%, 2,96% e 2,68%, e Aurora do Pará com 3,80%,

4,17% e 0,09%, respectivamente.

Por fim, quanto a evolução das Despesas, por

município, no período 2007/2008: Abel Figueiredo

com 34,50% e Ulianópolis com 30,95%, para a Despesa

Corrente; Abel Figueiredo com 32,16% e com 28,78%,

para a Despesa com Pessoal e Encargos Sociais e;

Concórdia do Pará com 359,64% e Capitão Poço com

141,34% para a Despesas com Investimento.

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ráTabela 294: Finanças Municipais - Despesas

Município

Finanças Municipais – Despesas

Correntes Pessoal e Encargos Sociais Investimentos

2006 2007 2008 2006 2007 2008 2006 2007 2008

Abel Figueiredo 6.135.353,77 6.478.830,57 8.713.979,62 2.935.581,14 3.336.325,00 4.409.158,81 1.385.124,22 1.016.470,92 878.613,77

Aurora do Pará 10.464.858,00 - 10.136.873,80 4.906.769,00 - 6.217.492,39 495.089,00 - 28.101,09

Bujaru 15.314.571,84 18.213.283,89 - 8.684.740,16 11.166.807,03 - 2.571.127,50 2.006.973,40 -

Capitão Poço 14.655.223,63 21.703.917,52 25.604.907,05 9.759.196,38 11.388.891,46 11.739.500,96 163.129,30 1.051.023,96 2.536.511,33

Concórdia do Pará 17.047.193,30 19.332.477,51 23.611.846,27 8.977.197,59 10.568.404,25 13.580.882,50 1.177.341,76 408.293,99 1.876.677,01

Dom Eliseu 25.748.034,57 35.874.399,28 40.410.267,95 14.488.213,98 20.192.524,08 24.992.492,08 2.900.652,48 1.546.633,05 1.106.707,35

Garrafão do Norte 16.401.888,95 20.231.557,52 - 8.376.557,65 12.501.001,21 - 1.637.958,62 558.658,68 -

Ipixuna do Pará 20.870.172,41 25.035.491,71 - 7.993.076,27 9.287.383,68 - 5.005.689,88 9.132.530,90 -

Irituia 11.154.504,96 17.104.463,17 - 6.010.199,23 8.230.124,37 - 1.286.505,55 896.490,23 -

Mãe do Rio 15.958.284,90 - - 8.072.383,11 - - 1.995.176,68 - -

Nova Esperança do Piriá - - 7.221.732,97 - - 7.221.732,97 - - 4.775.416,62

Ourém 10.375.465,09 10.334.173,45 - 4.694.509,91 5.342.619,10 - 1.081.612,38 601.657,19 -

Paragominas 59.181.557,68 73.137.185,77 88.326.907,02 30.697.944,39 38.842.407,17 50.021.829,33 19.427.261,38 16.623.970,50 14.974.889,42

Rondon do Pará 28.500.355,06 32.896.555,05 39.232.793,61 14.444.349,76 16.505.617,87 19.473.558,36 2.244.479,25 2.309.030,28 4.485.588,11

Tomé-Açu 31.554.528,57 39.037.669,02 - 15.869.189,28 21.243.158,04 - 3.036.402,09 2.709.412,54 -

Ulianópolis 15.985.418,88 17.960.529,93 23.519.828,19 7.761.277,75 9.502.440,69 11.456.284,85 3.172.911,75 4.837.767,46 2.113.812,37

Total Regional 299.347.411,61 337.340.534,39 266.779.136,48 153.671.185,60 178.107.703,95 149.112.932,25 47.580.461,84 43.698.913,10 32.776.317,07

Fonte: STN/FINBRA: 2006; 2007 e 2008.

- Dado não informado.

Os segmentos econômicos e seus respectivos

valores adicionados da Região de Integração do Capim

demonstraram a prevalência do setor de serviços (cujo

crescimento 2006/2007 foi da ordem de 18,13%) em

relação à indústria (aumento 9,56% no mesmo período)

e ao pecuário (queda de -1,99%, também no mesmo

período). Assim, analisou-se cada um dos segmentos:

a) Setor Agropecuário: em 2007, Tomé Açu

apresentou o maior crescimento (19,33% em

relação ao ano de 2006) da Região; enquanto

Paragominas registrou o maior valor nominal

com R$103.903 em Mil (ou 22,08% do total).

No outro lado, Bujaru registrou a maior queda

relativa, no mesmo período, com -61,91%;

Ourém, por sua vez, mostrou o menor valor

nominal adicionado com R$4.769 em Mil (ou

1,01% do total);

b) Setor Industrial: Paragominas e Ipixuna do

Pará, no ano de 2007, foram os municípios que

mais contribuíram para o Valor Adicionado da

Região com: 37,85% e 12,34%, respectivamente;

considerando o crescimento relativo ao ano

de 2006, verificou-se que Mãe do Rio sofreu

um incremento de 124,43%, ficando com a

primeira posição; por outro lado, o município

que apresentou a maior queda relativa foi Dom

Eliseu -31,36%, enquanto que Abel Figueiredo

apresentou o menor valor adicionado nominal

com 0,98% (ou R$3.915 em Mil);

c) Setor de Serviços: novamente o município de

Paragominas apresentou a maior participação

do total da Região (R$361.954 em Mil); porém,

para o período 2006/2007, Mãe do Rio sinalizou

o maior crescimento entre os municípios com

30,52%. No segmento econômico destacado,

não se registrou queda relativa, contudo, Nova

Esperança do Piriá foi o menor crescimento

relativo com 2,92% e Abel Figueiredo,

novamente, foi, nominalmente, o que indica o

menor valor da Região com R$30.283 em Mil.

O PIB Per Capita da Região de Integração do

Capim, evoluiu no período 2006/2007 (15,16% – no

período 2005/2006 esse percentual foi de 8,62%). Com

isso, verificou-se em Paragominas o maior valor do PIB

Per Capita da Região com R$7.493 (e crescimento de

15,77%); Nova Esperança do Piriá registrou o menor

indicador de riqueza em 2007 (R$2.090) e Ulianópolis

sinalizou que houve queda relativa de -3,89%

(2006/2007).

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Tabela 295: Informações Medidas de Riqueza – Produto Interno Bruto – PIB e Renda Per Capita

Municípios

PIB - em MIL R$Renda Per Capita em R$

Agropecuária Indústria Serviços

2005 2006 2007 2005 2006 2007 2005 2006 2007 2005 2006 2007

Abel Figueiredo 13.880 14.953 16.491 3.544 3.096 4.066 13.834 15.189 18.361 4.664 4.821 6.131

Aurora do Pará 33.586 26.612 29.401 5.299 6.337 6.299 28.422 31.279 32.780 2.805 2.596 3.285

Bujaru 12.147 23.656 9.011 4.902 5.627 5.928 32.122 36.325 39.347 1.984 2.555 2.470

Capitão Poço 18.596 27.512 22.863 8.612 10.579 11.054 65.218 81.423 95.951 1.826 2.325 2.646

Concórdia do Pará 10.962 17.172 15.486 4.342 5.166 5.279 36.130 39.472 45.132 2.152 2.530 3.164

Dom Eliseu 37.369 45.239 42.776 31.709 34.106 23.409 94.558 108.351 117.277 3.551 3.919 5.088

Garrafão do Norte 8.752 16.111 11.796 4.280 5.067 4.981 34.683 36.558 43.324 1.828 2.176 2.484

Ipixuna do Pará 41.337 49.756 50.885 64.770 51.043 51.017 46.789 52.991 65.746 4.476 4.315 4.382

Irituia 9.486 10.500 11.006 5.105 5.820 7.078 39.816 42.100 49.794 1.858 2.002 2.340

Mãe do Rio 13.712 15.467 15.586 6.059 9.595 21.535 54.854 58.109 75.843 3.400 3.870 4.334

Nova Esperança do Piriá 6.206 9.593 10.446 4.344 4.898 5.224 26.077 29.423 30.283 1.403 1.597 2.090

Ourém 4.003 4.714 4.769 3.134 3.652 3.915 22.745 27.041 30.466 1.996 2.352 2.658

Paragominas 92.775 104.475 103.903 107.078 124.845 156.547 268.990 291.348 361.954 5.935 6.472 7.493

Rondon do Pará 49.064 51.443 54.727 27.860 30.470 26.963 102.515 111.047 130.008 4.165 4.393 4.944

Tomé-Açu 30.843 35.479 42.337 24.949 26.537 31.860 91.682 105.204 120.756 3.055 3.470 4.387

Ulianópolis 34.135 27.437 29.080 42.931 50.653 48.438 54.231 58.663 71.347 5.261 5.306 5.100

Total Regional 416.854 480.117 470.563 348.919 377.492 413.593 1.012.667 1.124.522 1.328.369 50.360 54.701 62.996

Fonte: IDESP/IBGE

DIMENSÃO INFRAESTRUTURA

A Região de Integração Rio Capim em seus

dezesseis municípios disponibiliza a malha rodoviária

com maior extensão de rodovias pavimentadas do

Estado, com 895,93 Km. Paragominas apresenta com

240,21 Km a maior extensão de rodovias pavimentadas

seguido por Dom Eliseu com 115,7 Km. No entanto,

apresenta municípios sem rodovias pavimentadas

como: Bujaru, Garrafão do Norte e Nova Esperança do

Piriá.

Quanto aos serviços de transporte a Região de

Integração Rio Capim é predominantemente atendida

pelos transportes terrestres, em sua totalidade de

municípios por Mototáxi e 94% por Táxi e Vans em

serviços de transporte de passageiros, com exceção ao

município de Aurora do Pará, os demais têm acesso

a ônibus intermunicipal. O atendimento por barco é

reduzido e só ocorre em 31% dos municípios. De outra

forma, o transporte aeroviário só é ofertado, em suas

particularidades, nos seguintes municípios: Dom Eliseu,

Paragominas e Tomé-Açu.

Em relação à distribuição de energia elétrica, ao

se considerar o consumo industrial mensal em KW/H

por município, na Região de Integração Rio Capim se

destacam os municípios de Paragominas com 2.461.396

KW/H e Ipixuna do Pará com 2.085.177 KW/H, o que

pode significar a existência de uma planta industrial

diferenciada na região, em contrapartida, aparece

município de Garrafão do Norte com 13.495 KW/H.

com o menor consumo industrial.

Com o Programa Luz para Todos, foram

realizadas 21.328 ligações, no período de 2004 a 2009,

beneficiando famílias de baixa renda, e que 80% destas

moram no meio rural. A tabela distribuição de ligações

mostra que no período de 2007 a 2009, o número de

ligações foi aproximadamente 62% maior, do que o

período de 2004 a 2006.

Tabela 296: Distribuição de ligações pelo Programa Luz para Todos na RI Capim

Ligações

Ano Ligações Realizadas Ligações Acumuladas2004 0 02005 1.750 1.7502006 3.296 5.0462007 6.137 11.1832008 3.696 14.8792009 6.449 21.328

2010 (jan) 0 21.328Fonte: CELPA ELABORAÇÃO: SEIR, 2010

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ráQuanto as escolas de ensino fundamental, nota-

se pela tabela, que das 1.168 escolas que esta região possui,

o município de Capitão Poço apresenta o maior número

de instituições de ensino fundamental com 124 escolas,

destas 35 são estaduais, 87 são municipais e duas são

privadas, em segundo lugar o município de Tomé-Açu

com 113, sendo 107 escolas municipais e seis particulares,

e Irituia com 106 escolas, sendo sete estaduais e 99

escolas municipais . Por outro lado, observa-se que em

Abel Figueiredo o ensino fundamental é assistido por

sete escolas do poder municipal.

Tabela 297: Indicadores de Infraestrutura – RI Rio Capim

.MunicípiosRodovia Pavimentada

(Km) (1)Ônibus Inter-municipal

(2)Consumo/Kwh Industrial (3)

Total de Escolas do Ensino fundamental

(4)

Abel Figueiredo 27,00 Sim 150.080 7Aurora do Pará 47,50 Não 69.151 103Bujaru 0,00 Sim 49.737 78Capitão Poço 49,50 Sim 15.635 124Concórdia do Pará 53,15 Sim 51.666 95Dom Eliseu 115,70 Sim 829.342 64Garrafão do Norte 0,00 Sim 13.495 92Ipixuna do Pará 79,00 Sim 2.085.177 68Irituia 56,80 Sim 58.083 106Mãe do Rio 33,00 Sim 232.695 55Nova Esperança do Piriá 0,00 Sim 34.545 50Ourém 22,00 Sim 93.644 35Paragominas 240,21 Sim 2.461.396 95Rondon do Pará 67,50 Sim 693.997 54Tomé-Açu 51,25 Sim 897.589 113Ulianópolis 53,32 Sim 578.053 29RI Rio Capim 895,93 94% 8.314.285 1.168

Fontes: 1. SEIR, SETRAN 2007; 2. SETRAN - 2006 IBGE/MUNIC - 2008; 3. REDE CELPA, 2007; 4. IBGE, 2007.

DIMENSÃO AMBIENTAL

A Região de Integração Rio Capim contempla em

seu território duas Regiões Hidrográficas de acordo

com a resolução 32/2003 do Conselho Nacional de

Recursos Hidricos, a do Tocantins e uma pequena parte

do Atlântico Nordeste Ocidental abragendo as bacias

hidrográficas do Rio Gurupi, Rio Guamá/ Capim, Rio

Acará/ Moju, pequena parte da bacia do Rio Marapanim/

Pirá, Confluência Tocantins/ Araguaia (ANA, 2009).

A partir os dados do MZEE-PA (SEMA, 2009), as

áreas protegidas na Região somam em torno de 2.673

km², sendo toda esta área correspondente a Terras

Indígenas, com destaque para a TI Alto Rio Guamá,

com 2.440 km². Esta Região não apresenta nenhuma

Unidade de Conservação instituída.

A Região Integração Rio Capim possui cerca de

60 mil km² de sua área territorial inserida nas Zonas

de Consolidação e de Recuperação de atividades

produtivas, em torno de 96%.

Tabela 298: Áreas Protegidas da RI Rio Capim, em 2009.Categoria MZEE Áreas Protegidas Área Absoluta (km²) Área Relativa (%)

Terras Indígenas

Sarauá 186,84 0,30Turé/Mariquita II 6,05 0,01Turé/Mariquita 1,49 0,00Tembé 10,71 0,02Barreirinha 23,79 0,04Nova Jacundá 4,02 0,01Alto Rio Guamá 2.440,49 3,91

Consolidação Área de Consolidação das Atividades Produtivas 52.139,86 83,60Recuperação Recuperação 7.555,59 12,11RI Rio Capim 62.368,86 100,00 100,00

Fonte: SEMA, 2009

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O município de Nova Esperança do Piriá é o que

possui maior extensão territorial de áreas protegidas

da RI Rio Capim, totalizando 1.474 km², seguido de

Paragominas, com cerca de 980 km² de áreas protegidas,

ver Tabela 299.

Tabela 299: Áreas Protegidas da RI Rio Capim, por município, em 2009.

Municípios Terras Indígenas (km²) Consolidação (km²) Recuperação (km²)

Abel Figueiredo 0,00 616,51 0,00

Aurora do Pará 0,00 1.821,84 0,00

Bujaru 0,00 1.009,14 0,00

Capitão Poço 1,95 2.914,08 0,82

Concórdia do Pará 0,00 694,08 0,00

Dom Eliseu 0,00 938,78 4.345,94

Garrafão do Norte 7,95 1.588,47 9,52

Ipixuna do Pará 186,91 5.021,26 0,19

Irituia 0,00 1.384,33 0,00

Mãe do Rio 0,00 471,15 0,00

Nova Esperança do Piriá 1.474,46 759,32 586,82

Ourém 0,00 564,35 0,00

Paragominas 979,85 18.221,02 219,50

Rondon do Pará 4,02 8.219,46 60,28

Tomé-Açu 18,26 5.147,30 0,00

Ulianópolis 0,00 2.768,77 2.332,52

RI Rio Capim 2.673,41 52.139,86 7.555,59

Pará 284.688,36 396.774,07 56.379,13

Fonte: SEMA, 2009.

CLIMA

Levando em consideração a classificação de

Koppen, a região de integração Rio Capim esta situada

numa área cuja a variações de precipitação anual é

muito variada ficando numa faixa de 1.700 a 2.500 mm.

A região apresenta uma variação na frequencia de dias

com precipitação anual na faixa de <=125 a 175 dias por

ano com ocorrência de chuva ao longo do ano. Na região

o trimestre mais chuvoso são os meses de Fevereiro,

Março e Abril, e os mais secos em uma parte da região

são os meses de julho, agosto e setembro, em outra é

outubro, novembro e dezembro.

DESMATAMENTO

Segundo dados do INPE (2008), a RI Rio Capim

apresenta desflorestamento acumulado em torno de

37.215 km² até 2007. Em termos de desflorestamento

absoluto, Paragominas é o município que mais se destaca,

com uma área de cerca de 8.680 km² desflorestados até

2007 (30% de todo o desmatamento ocorrido na região)

(ver Tabela). Enquanto que o município de Mãe do Rio

apresentou área desmatada de 447km2.

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ráTabela 300: Incremento do desflorestamento na RI Rio Capim até 2007(área absoluta em km²).

MunicípiosDesflorestamento (km²)

Até 1997De 1997 a 2000

Em 2001 Em 2002 Em 2003 Em 2004 Em 2005 Em 2006 Em 2007Total (Até

2007)Abel Figueiredo 513,00 12,60 0,41 13,63 0,52 0,87 16,09 1,15 1,94 560,21

Aurora do Pará 1.286,00 - 187,76 5,17 13,31 41,84 8,40 10,69 5,30 1.558,47

Bujaru 864,00 - 7,85 0,15 - - - - - 872,00

Capitão Poço 2.397,00 - 115,99 0,38 1,43 11,63 7,45 13,88 4,35 2.552,11

Concórdia do Pará 673,00 - 0,63 0,18 - - - - - 673,81

Dom Eliseu 2.169,00 277,72 52,21 249,83 60,13 121,63 149,95 103,40 66,18 3.250,05

Garrafão do Norte 1.386,00 - 2,85 - 0,15 14,21 20,00 15,41 3,48 1.442,10

Ipixuna do Pará 1.738,00 70,17 174,09 64,36 215,63 156,26 87,22 32,69 29,42 2.567,84

Irituia 1.215,00 - 0,23 - - - - - - 1.215,23

Mãe do Rio 447,00 - - - - - - - - 447,00

Nova Esperança do Piriá 1.431,00 - 3,90 0,04 0,07 49,39 41,49 13,22 16,37 1.555,48

Ourém 497,00 - 0,48 - 0,11 0,61 - 1,26 - 499,46

Paragominas 7.252,00 444,96 36,52 116,52 94,26 242,05 302,80 84,01 107,21 8.680,33

Rondon do Pará 3.702,00 353,80 67,54 468,10 57,21 281,98 181,02 70,11 85,87 5.267,63

Tomé-Açu 2.300,00 89,52 137,69 81,82 26,32 109,42 59,47 30,38 30,27 2.864,89

Ulianópolis 2.078,00 301,94 76,76 271,89 19,29 233,87 106,96 90,84 29,03 3.208,58

RI Rio Capim 29.948,00 1.550,71 864,91 1.272,07 488,43 1.263,76 980,85 467,04 379,42 37.215,19

Fonte: INPE (2008)

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2Parte

REGIÃO TAPAJÓS

DIMENSÃO INSTITUCIONAL

ARegião de Integração Tapajós é formada por seis

municípios: Aveiro, Itaituba, Jacareacanga, Novo

Figura 11: RI Tapajós

Elaboração: SEIR/ GeoPARÁ, 2009.

Progresso, Rurópolis e Trairão.

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ráO perfil da rede municipal é predominantemente

composto por unidades territoriais de classes de

tamanho pequeno e médio; sendo pela classificação

do IBGE possível encontrar: dois municípios CTM3,

com população de 10.001 a 20.000 hab.; três municípios

CTM4, com população de 20.001 a 50.000 hab. e um

município CTM6; com população de 100.001 a 500.000

hab. Dos seis municípios da RI Tapajós, dois municípios

foram instalados antes da Constituição de 1988 e

quatro municípios foram criados posteriormente. Os

municípios mais recentemente instalados datam de

1993, e são: Jacareacanga, Novo Progresso e Trairão.

Tabela 301: Perfil da Rede Municipal na RI Tocantins

Municípios Ano de criação do municípioClasses de tamanho da

população do município

Aveiro 1961 CTM3

Itaituba 1935 CTM6

Jacareacanga 1993 CTM4

Novo Progresso 1993 CTM4

Rurópolis 1989 CTM4

Trairão 1993 CTM3

Fonte: IBGE e Contagem Populacional 2007

A frequência e a abrangência, dos principais

instrumentos legais da administração pública local

na RI aponta que em 100% dos municípios podem-

se evidenciar a existências da Lei de Diretrizes

Orçamentárias e da Lei de Orçamento Anual. Quanto

a Lei do Perímetro Urbano, em todos os municípios da

RI se verifica a existência desta norma. No que se refere

a Lei Orgânica Municipal, determinação constitucional,

esta norma também é presente em 100% dos municípios

da RI, assim como a existência do Plano Diretor.

Tabela 302: Legislação Municipal e Instrumento do Planejamento Municipal na RI Tapajós

Municípios Lei de Diretrizes Orçamentária

Lei de Orçamento Anual

Lei de Perímetro Urbano

Ano da Lei Orgânica

Existência do Plano Diretor

Aveiro Sim Sim Sim 1990 Sim

Itaituba Sim Sim Sim 2005 Sim

Jacareacanga Sim Sim Sim 1993 Sim

Novo Progresso Sim Sim Sim 1993 Sim

Rurópolis Sim Sim Sim 1990 Sim

Trairão Sim Sim Sim 1993 Sim

Fonte: IBGE, Munic. 2004, 2005 e 2008

Quanto ao quesito recurso para a gestão, observa-

se o seguinte quadro na RI Tapajós: a) quatro municípios

cobram o IPTU e dois municípios não efetivaram este

instrumento – esses são Aveiro e Jacareacanga; b) em três

municípios da RI foi formalizado o cadastro do ISS; sendo

que em dois municípios o cadastro do ISS é informatizado;

c) os seis municípios da RI cobram taxa de iluminação

pública; d) já a taxa de coleta de lixo está presente apenas

em quatro municípios, são esses os municípios Itaituba,

Jacareacanga, Novo Progresso e Trairão.

Tabela 303: Recursos para Gestão na RI Tapajós

Municípios Município Cobra IPTU

Cadastro ISS Existência

Cadastro ISS Informatizado

Taxa Iluminação Pública

Taxa Coleta de Lixo

Aveiro Não Não Não aplicável Sim Não

Itaituba Sim Sim Sim Sim Sim

Jacareacanga Não Não Não aplicável Sim Sim

Novo Progresso Sim Sim Sim Sim Sim

Rurópolis Sim Sim Não Sim Não

Trairão Sim Não Não aplicável Sim Sim

Fonte: IBGE, MUNIC 2006.

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O funcionamento dos conselhos de habitação na

RI Tapajós, registra que nos municípios desta RI, está

instância colegiada não estava instituída até o ano de

2005. O mesmo comportamento pode ser observado

quando analisados os dados de funcionamento dos

conselhos de educação nesta RI.

As instâncias de cooperação intergovernamental

espelham o quadro em duas áreas: educação e saúde.

Na educação se destaca o consórcio municipal em

Itaituba; os consórcios com o Estado e os consórcios

com a União, que por obrigatoriedade legal também

inclui o Estado, não foram registrados nesta região. Já

os convênios de parceira com o setor privado na área

da educação existem no município de Itaituba. Este

município também registra o apoio do setor privado ou

de comunidades à ação governamental local.

Tabela 304: Conselhos Municipais na RI Tapajós

Municípios

Conselho de Habitação Conselho de Educação

ExistênciaExistência

de paridade

Periodicidade reuniões

Existência Consultivo Deliberativo Normativo FiscalizadorExistência de

paridade

Freqüência reuniões (em

2006)

Aveiro NãoNão

aplicávelNão

aplicávelNão

Não aplicável

Não aplicável

Não aplicável

Não aplicável

Não aplicável

Não aplicável

Itaituba NãoNão

aplicávelNão

aplicávelNão

Não aplicável

Não aplicável

Não aplicável

Não aplicável

Não aplicável

Não aplicável

Jacareacanga NãoNão

aplicávelNão

aplicávelNão

Não aplicável

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Não aplicável

Não aplicável

Não aplicável

Não aplicável

Novo Progresso NãoNão

aplicávelNão

aplicávelNão

Não aplicável

Não aplicável

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Não aplicável

Não aplicável

Não aplicável

Rurópolis NãoNão

aplicávelNão

aplicávelNão

Não aplicável

Não aplicável

Não aplicável

Não aplicável

Não aplicável

Não aplicável

Fonte: IBGE, MUNIC 2005 e 2006

Tabela 305: Cooperação Intergovernamental na RI Tapajós

Municípios

Educação Saúde

Consórcio público

Intermunicipal

Consórcio público Estado

Consórcio público União

Convênio de

parceria com setor

privado

Apoio do setor privado

ou de comunidades

Consórcio público

Intermunicipal

Consórcio público Estado

Consórcio público União

Convênio de

parceria com setor

privado

Apoio do setor privado

ou de comunidades

Aveiro Não Não Não Não Não Não Não Não Não Não

Itaituba Sim Não Não Sim Sim Não Não Não Sim Não

Jacareacanga Não Não Não Não Não Não Sim Sim Não Não

Novo Progresso Não Não Não Não Não Não Sim Sim Não Não

Rurópolis Não Não Não Não Não Não Não Não Não Não

Fonte: IBGE, MUNIC 2005.

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ráDIMENSÃO SOCIAL

A Região de Integração (RI) Tapajós é composta

por apenas seis (6) municípios, sendo que a população

total da região é de 264.307 habitantes em 2008, que

representa apenas 3,56% do contingente populacional

do estado do Pará. É a região menos populosa, sendo que

a densidade demográfica é de apenas 1,27 hab/km2. Dos

seis (6) municípios, um (1) pode ser considerado como

de pequeno porte, com menos de 20 mil habitantes;

quatro (4) se situam na faixa entre 20 mil e 50 mil

habitantes; e o município de Itaituba, o maior da região,

com 127.848 habitantes, já ultrapassou a faixa dos 100

mil habitantes. A RI Tapajós é uma das quatro Regiões de

Integração com maior participação da população rural,

com a população rural atingindo o índice de 55,26% em

relação à população total da região. Inclusive, em todos

os municípios da RI Tapajós a maioria da população

mora no meio rural, com exceção de Itaituba, onde

68,06% da população reside no meio urbano. O mais

“rural” de todos os municípios do Tapajós é Aveiro, onde

80,80% da população mora em áreas rurais, seguido por

Trairão, com 78,58%.

Tabela 306: População Total, Urbana e Rural da RI Tapajós

MunicípiosPopulação Total

2008(01)2007 (02)

Urbana % Rural %Aveiro 20.266 19,20% 80,80%Itaituba 127.848 68,06% 31,94%Jacareacanga 41.487 23,60% 76,40%Novo Progresso 21.504 38,59% 61,41%Rurópolis 36.068 34,14% 65,86%Trairão 17.134 21,42% 78,58%Total da Região 264.307 44,74% 55,26%

Fonte: IBGE, Estimativas populacionais 2008 (1) e 2007 (2)

Em relação aos indicadores de desenvolvimento

humano, a Região de Integração Tapajós apresentou

IDHM (Índice de Desenvolvimento Humano

Municipal) com média de 0,68 no ano de 2000. O

desempenho poderia ser melhor se a renda per capita,

mensurado pelo IDHM-Renda, não se mantivesse

em patamar baixo, com índice de 0,58. Nesse ponto, a

situação mais preocupante é do município de Aveiro,

com o IDHM-Renda de apenas 0,45, no nível de países

pobres africanos. O município com melhor desempenho

na RI Tapajós foi Novo Progresso, com média de 0,76.

Tabela 307: Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) decomposto em índices de Renda, Longevidade

e Educação na RI Tapajós em 2000

Municípios IDHM IDHM-Renda IDHM-Longevidade IDHM-Educação

Aveiro 0,64 0,45 0,74 0,72

Itaituba 0,70 0,62 0,69 0,80

Jacareacanga 0,65 0,60 0,74 0,62

Novo Progresso 0,76 0,68 0,81 0,80

Rurópolis 0,65 0,57 0,66 0,72

Trairão 0,65 0,55 0,69 0,72

Média da Região 0,68 0,58 0,72 0,73

Fonte: Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil, 2003

Em termos de indicadores de saúde, a Região

de Integração Tapajós detém o segundo mais elevado

desempenho em temos de coeficiente de mortalidade

infantil, com a média de 26,64 ocorrências de morte em

crianças menores de cinco anos por mil nascidos vivos

em 2005, distante da meta estabelecida pelos Objetivos

de Desenvolvimento do Milênio (ODM) para o Estado

do Pará. O município de Jacareacanga, com índice de

61,0, é o segundo mais elevado em todo o estado do Pará.

O município com menor coeficiente de mortalidade

infantil da região é Itaituba, com 16,0. O indicador de

mortalidade materna da região do Tapajós é um dos mais

elevados do estado, com 214,0 ocorrências de mortes de

mães em 100.000 nascidos vivos em 2005. O nível de

cobertura do Programa Saúde da Família (PSF) atingiu

apenas 13% da população da região. As condições de

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saneamento na RI Tapajós são precárias, sendo que o

índice de domicílios com acesso à água tratada por meio

da rede geral é de apenas 10,54%. Apenas um terço dos

domicílios (mais precisamente 33,72%) tem acesso à

coleta de lixo. E tão somente 0,13% dos domicílios da

região possuem acesso ao esgoto sanitário via rede geral,

segundo o censo de 2000.

Tabela 308: Síntese de Indicadores de Saúde da RI Tapajós: Coeficiente de mortalidade infantil, Razão de

Mortalidade Materna e população coberta pelo PSF em 2005/2006

Municípios Coeficiente de mortalidade infantil (1)

Razão de mortalidade materna (1)

% da população coberta pelo PSF (2)

Aveiro 19,9 398,4 -Itaituba 16,0 29,6 37,2Jacareacanga 61,0 - 1,2Novo Progresso 20,0 - 4,9Rurópolis 22,1 - 10,8Trairão 20,9 - 23,9RI Tapajós 26,64 214,00 15,60

Fonte: (1) SIM/SINASC / 2005; (2) SIAB / 2006

Na área da educação, a média do IDEB (Índice

de Desenvolvimento da Educação Básica) dos Anos

Iniciais (até 4ª. série) na região do Tapajós foi de 3,08 em

2007, conseguindo a segunda melhor performance entre

as regiões de integração, embora tal índice se situe bem

abaixo da média nacional. O município com melhor

performance foi Novo Progresso, com média de 3,60, e

o pior desempenho da região ficou por conta de Aveiro,

com 2,40. O desempenho da RI Tapajós melhorou

sensivelmente em relação à média do IDEB dos Anos

Finais (até 8ª. série), atingindo o patamar de 3,40 em 2007.

.

Tabela 309: IDEB de Anos Iniciais e Anos Finais da RI Tapajós, 2005 e 2007

MunicípiosIDEB Anos Iniciais IDEB Anos Finais

2005 2007 2005 2007

Aveiro 2,60 2,40 3,90 3,00

Itaituba 2,50 3,30 3,10 3,50

Jacareacanga 2,30 2,70 2,80 3,50

Novo Progresso 3,40 3,60 3,40 3,60

Rurópolis 2,50 3,20 3,20 3,50

Trairão 2,10 3,30 2,30 3,30

Média da Região 2,57 3,08 3,12 3,40

Fonte: MEC, Prova Brasil e Censo escolar, SAEB

A taxa de analfabetismo de pessoas de 15 anos

ou mais se situou em um patamar elevado de 24,57%,

segundo censo de 2000 (IBGE). O capital humano

da RI Tapajós, mensurado por meio do indicador de

média de Anos de Estudo de pessoas com 25 anos ou

mais, segundo censo de 2000 (IBGE), atingiu a média

de apenas 3,23, patamar considerado baixo. A melhor

média da região foi de Itaituba, com 3,95.

Tabela 310: Taxas de Analfabetismo e de Anos de Escolaridade da População Adulta da RI Tapajós em 2000

Municípios Taxa de Analfabetismo de Adultos - 2000 (%)

Anos de estudo da pop. Adulta - 2000

Aveiro 24,29 3,27

Itaituba 20,83 3,95

Jacareacanga 36,82 2,72

Novo Progresso 12,47 3,5

Rurópolis 28,33 3,02

Trairão 24,67 2,94

Méda da Região 24,57 3,23

Fonte: Censo 2000 – IBGE/Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil, 2003

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ráNa área de Segurança Pública, utiliza-se como

indicador de violência a taxa de homicídios em relação à

população. Em termos de violência, a região do Tapajós

possui a média de 13,4 homicídios para cada 100.000

habitantes no período 2002/2006, sendo a quinta região

de integração menos violenta no Pará. O município

mais violento da região do Tapajós é Novo Progresso,

com média de 57,1, considerado o sétimo município

mais violento em todo o estado do Pará. O menos

violento é Aveiro, com média zero (0), praticamente sem

ocorrências de homicídios no período 2002/2006.

Tabela 311: Taxa médio de Homicídios em relação à população total

entre 2002 e 2006 na RI Tapajós

Municípios Homicídios População Total

Aveiro 0Itaituba 10,8Jacareacanga 0,7Novo Progresso 57,1Rurópolis 5,1Trairão 6,5Média da Região 13,4

Fonte: Microdados SIM/SVS/MS.

Na área da cultura, utilizando como indicador

a existência de equipamento culturais nos municípios,

com destaque para as bibliotecas públicas, percebe-se que

todos os municípios têm uma biblioteca, com exceção de

Aveiro, totalmente carente nesta área, segundo dados de

2005 do IBGE. Aliás, a RI Tapajós também é totalmente

carente em termos de cinemas, teatros e museus, tendo

tão somente 3 estádios ou ginásios poliesportivos.

DIMENSÃO ECONÔMICA

A Região de Integração Tapajós apresenta a P.E.A.

como a menor de todas as regiões com 77.917 (ou

3,23% do total). Destes números, 47,78% pertencem

ao município de Itaituba; Novo Progresso aparece em

segundo com 14,46%. Do outro lado, Aveiro é, dentro

da Região de Integração, o que possui a menor P.E.A.

com 5.243 pessoas ou 6,73% do total regional, segundo

o Censo: 2000.

A evolução do número de empregos formais

criados, em 2009, deu-se a ordem de 47,22%, ou seja, em

2005 o total era de 5.210 passando para 2009 com 7.670

postos de trabalho. Expressando os números de forma

relativa, o município que mais evolui foi Aveiro cujo

percentual chegou 345,45%. Mas, em números absolutos,

Itaituba saiu de 824 postos em 2005 para 1.863 postos

formais em 2009, com evolução relativa de 126,09%.

No saldo de demitidos e admitidos, apenas 02

municípios que compõem a Região apresentaram saldos

negativos (Novo Progresso com -73 empregos e Trairão

com -36 empregos). Destes, Itaituba se apresentou como

o município que mais contratou (4.833, criando um saldo

de 23 empregos); Aveiro, por outro lado, apareceu como

o menor saldo absoluto com 06 empregos mantidos.

Tabela 312: Dimensão Econômica - Mercado de Trabalho

MunicípiosMercado de Trabalho

P.E.A.¹Empregos Formais²

(Jan/2005)Admitidos³ Desligados³

Empregos Formais³ (Jan/2009)

Aveiro 5.243 55 11 05 245

Itaituba 37.229 3.913 1.280 1.257 4.833

Jacareacanga 8.940 38 28 16 88

Novo Progresso 11.263 824 589 662 1.863

Rurópolis 9.437 254 167 140 399

Trairão 5.805 126 20 56 242

Total Regional 77.917 7.670 2.095 2.136 7.670

Fonte: 1 – População Economicamente Ativa – Censo IBGE: 2000;

2 – SEPOF/MTE/CAGED: 2005;

3 – MTE/CAGED: OUTUBRO/2008 E JANEIRO/2009.

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A Região de Integração do Tapajós apresentou

números significativos com relação ao número de

operações quanto do volume de operações. O ponto de

máximo se deu no ano de 2008 com 2.602 operações

e R$40.431.776 transacionado. Para o período da crise

econômica mundial (2008/2009), o número total de

operações caiu -8,95% e o volume negociado -28,36%.

No último ano, os municípios que mais realizaram

operações crédito foram: Itaituba com 275 em agrícola

e Novo Progresso com 880 em pecuário. Do lado

contrário, Jacareacanga com 09 em agrícola e 52 em

pecuário foi, em 2009, quem menos registrou na Região.

Em termos de volume, dos R$28.964.247

solicitados em crédito agrícola e pecuário, em 2009, a

maior parte foi direcionada para o município de Novo

Progresso (56,38%), ficando Rurópolis em segundo com

R$6.052.085,17 (ou 20,90%); Jacareacanga, por outro

lado, foi o município com o menor volume financeiro

1,66% e Aveiro o antepenúltimo com 2,23% de todo o

volume negociado em 2009.

Tabela 313: Dimensão Econômica – Operações de Crédito

Municípios

Nº de Operações Contratadas de Crédito

2006 2007 2008 2009

Agrícola Pecuária Agrícola Pecuária Agrícola Pecuária Agrícola Pecuária

Aveiro 65 398 56 188 11 120 25 116

Itaituba 220 469 176 409 93 171 275 220

Jacareacanga - 07 16 41 02 15 09 52

Novo Progresso 23 1.914 03 877 26 1.772 238 880

Rurópolis 223 246 186 83 142 134 148 195

Trairão 60 465 115 250 08 108 31 180

Total Regional 591 3.499 552 1.848 282 2.320 726 1.643

Fonte: Anuário Estatístico do Crédito Rural do Banco Central do Brasil: 2006; 2007; 2008 e; 2009

Tabela 314: Dimensão Econômica – Operações de Crédito em R$

Municípios

Valor das Operações Contratadas de Crédito – R$

2006 2007 2008 2009

Agrícola Pecuária Agrícola Pecuária Agrícola Pecuária Agrícola Pecuária

Aveiro 126.719,96 1.055.121,92 85.495,16 266.688,21 13.918,00 245.842,12 63.476,26 583.511,69

Itaituba 449.020,84 4.100.416,90 256.179,10 4.275.906,59 333.625,18 2.545.141,29 812.280,62 2.640.142,73

Jacareacanga 0,00 1.632.566,60 15.610,00 3.781.191,98 4.327,70 727.740,28 35.651,00 444.772,94

Novo Progresso 684.762,06 28.270.784,00 126.816,71 16.715.506,82 251.262,53 33.012.196,30 899.297,19 15.430.451,48

Rurópolis 636.062,45 489.072,48 642.924,79 582.588,74 478.116,52 2.058.248,15 987.137,57 5.064.947,60

Trairão 118.698,26 2.228.353,21 246.940,92 1.258.973,23 29.745,46 731.612,95 363.787,87 1.638.789,69

Total Regional 2.015.263,57 37.776.315,11 1.373.966,68 26.880.855,57 1.110.995,3939.320.781,093.161.630,51 25.802.616,13

Fonte: Anuário Estatístico do Crédito Rural do Banco Central do Brasil: 2006; 2007; 2008 e; 2009

Em 2008 em relação ao ano de 2004 houve

aumento percentual nos estabelecimentos produtivos

da Região de Integração do Tapajós em 3,02%. No

último ano analisado (2008) foram abertos 2.998

estabelecimentos produtivos contra 2.910 em 2004.

Excluindo-se Jacareacanga cujo percentual negativo se

deu em -2,17%, os outros 05 municípios que integram

Região de Integração do Tapajós apresentaram números

positivos. Itaituba com 1.833 e Novo Progresso com 731

foram os municípios que mais abriram estabelecimentos

no último ano. No outro extremo, Jacareacanga (que

demonstrou decrescimento) com 1,50% e Aveiro com

1,54% (ao contrário do primeiro apresentou evolução

de 30%) foram os municípios com o menor número de

estabelecimentos abertos em 2008.

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ráTabela 315: Dimensão Econômica: Estrutura Produtiva

MunicípiosNº de Estabelecimentos Produtivos

2001 2004 2008

Aveiro 116 50 65

Itaituba 3.725 1.812 1.833

Jacareacanga 81 46 45

Novo Progresso 663 694 731

Rurópolis 223 189 193

Trairão 56 119 131

Total Regional 4.864 2.910 2.998

Fonte: MTE/CAGED/RAIS: 2008.

Balança Comercial da Região de Integração do

Tapajós, levando-se em conta que não há informação

dos municípios Aveiro e Jacareacanga para as

exportações e importações; de Rurópolis e Trairão

sobre as importações em toda série histórica e; Novo

Progresso sobre as importações nos anos de 2006, 2008

e 2009; apresentou-se com queda de -68,18% para as

exportações e leve alta de 4,98% para as importações no

período de 2008/2009.

Somente no ano de 2009, Itaituba e Novo Progresso

representaram 98,37% de todo o volume exportado da

Região (que à época era de US$14.233.437). No ano

anterior, os dois municípios representaram, também, os

maiores exportadores da região com 97,80% do total.

Quanto as importações, em todo movimento anual,

Itaituba sempre foi o maior importador da região,

chegando aos anos de 2008 e 2009 com 100% e cujo

incremento relativo já foi citado acima.

Tabela 316: Dimensão Econômica: Exportações e Importações

Municípios

Exportação e Importação (US$ FOB)

2006 2007 2008 2009

Exportação Importação Exportação Importação Exportação Importação Exportação Importação

Aveiro - - - - - - - -

Itaituba 38.017.754 1.257.007 59.138.583 3.050.345 37.096.034 5.950.189 11.741.052 6.246.310

Jacareacanga - - - - - - - -

Novo Progresso 9.208.261 - 12.291.698 19.120 7.381.264 - 2.492.385 -

Rurópolis 18.874 - 278.902 - 384.572 - -

Trairão 270.250 - 19.078 - 615.862 - 236.492 -

Total Regional 47.515.139 1.257.007 71.728.261 3.069.465 45.477.732 5.950.189 14.469.929 6.246.310

Fonte: MDIC/SECEX

- Dados não informados ou zeros.

Para análise das Finanças Municípios, pelo lado

das Receitas, serão excluídos os municípios de Trairão

nos anos de 2006 e 2007; Aveiro em 2007 e; Jacareacanga

em 2007 e 2008. Assim, considerando as informações

existentes, as taxas de percentuais foram positivas para

as Receitas, no período 2007/2008: 1) Orçamentária de

49,67%; 2) Correntes de 47,52% e; 3) Tributária 7,99%.

Por município, Rurópolis apresentou as

maiores evoluções nas Receitas, da seguinte forma: a)

Orçamentária, de 2007/2008, de 40,12%; b) Corrente,

de 2007/2008, de 40,44%; c) Tributária, de 2007/2008,

de 27,40%. Para as participações no total regional, os

municípios estão dispostos na forma a seguir: 1) Itaituba,

em 2008, com 46,26%, 46,80% e 61,02%, nas Receitas

Orçamentária, Corrente e Tributária, respectivamente,

entre as maiores; 2) Trairão, no mesmo ano, com

8,05% e 8,29%, nas Receitas Orçamentária e Corrente

e; 3) Aveiro com 4,84% na Receita Tributária, como as

menores participações.

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Tabela 317: Finanças Municipais - Receitas

Município

Finanças Municipais – Receitas

Orçamentária Correntes Tributária

2006 2007 2008 2006 2007 2008 2006 2007 2008

Aveiro 12.080.575,60 - 17.093.294,05 12.823.464,00 - 18.830.121,64 264.010,71 - 360.783,25

Itaituba 56.061.406,31 67.956.876,08 80.287.474,00 58.836.644,26 72.154.974,13 85.129.874,92 3.707.795,91 4.757.850,87 4.552.552,20

Jacareacanga 15.119.702,36 - - 16.248.352,62 - - 359.465,93 - -

Novo Progresso 22.588.230,44 26.376.298,65 31.901.168,89 22.998.665,33 27.951.874,04 30.284.562,34 1.490.302,75 1.746.907,83 1.619.312,91

Rurópolis 19.559.744,81 21.618.524,69 30.292.008,18 20.692.943,68 23.196.271,65 32.576.181,09 480.458,81 403.984,11 514.673,07

Trairão - - 13.972.165,86 - - 15.082.111,97 - - 413.302,19

Total Regional 125.409.659,52115.951.699,42173.546.110,98131.600.069,89123.303.119,82181.902.851,96 6.302.034,11 6.908.742,81 7.460.623,62

Fonte: STN/FINBRA: 2006; 2007 e 2008.

- Dado não informado.

As advertências feitas às Receitas devem ser

consideradas às Despesas (no que diz respeito a falta de

informação dos municípios). Assim, para não tornar a

análise exaustiva e complicada, as Despesas Correntes,

de Pessoal e Encargos Sociais e de Investimento, sofreram

aumento no período de 2007/2008, nos respectivos

percentuais: 41,14%, 41,13% e 58,25%.

Por fim, para a Despesa Corrente, entre 2007/2008,

Rurópolis apresentou a maior evolução com 16,86%;

Despesa com Pessoal e Encargos Sociais, no mesmo

período, Itaituba mostrou o maior crescimento com

16,86% e; para a Despesa com Investimento, em

Rurópolis é visualizado o maior acréscimo relativo

(2007/2008) com 101,99%.

Quanto as participações no total regional, Itaituba,

em 2008, com 48,27%, 52,51% e 34,62%, nas Receitas

Orçamentária, Corrente e Tributária, respectivamente,

foi o que possuiu maior peso e; Trairão, no mesmo ano,

com 8,45%, 7,77% e 3,33%, nas mesmas Despesas e no

mesmo ano apareceu como a menor participação.

Tabela 318: Finanças Municipais - Despesas

Município

Finanças Municipais – Despesas

Correntes Pessoal e Encargos Sociais Investimentos

2006 2007 2008 2006 2007 2008 2006 2007 2008

Aveiro 10.552.887,49 - 17.209.325,83 5.654.351,04 - 9.357.587,14 1.341.053,74 - 1.337.795,07

Itaituba 45.068.305,32 63.015.715,83 73.260.608,66 30.824.044,99 39.342.383,35 45.976.567,41 9.831.651,20 5.687.028,54 8.050.564,99

Jacareacanga 13.459.932,00 - - 6.214.986,16 - - 2.083.237,18 - -

Novo Progresso 18.647.168,19 24.154.428,38 24.679.386,67 8.883.254,36 10.097.649,64 11.362.408,93 6.444.908,26 6.770.084,78 8.571.460,46

Rurópolis 16.471.894,81 20.355.772,83 23.787.696,27 8.996.247,46 12.593.597,83 14.055.101,37 2.210.478,28 2.237.989,55 4.520.495,59

Trairão - - 12.820.253,29 - - 6.798.945,64 - - 775.416,18

Total Regional 104.200.187,81107.525.917,04151.757.270,7260.572.884,01 62.033.630,82 87.550.610,49 21.911.328,6614.695.102,8723.255.732,29

Fonte: STN/FINBRA: 2006; 2007 e 2008.

- Dado não informado.

Assim como em outras Regiões de Integração do

Estado, os segmentos econômicos e seus respectivos

valores adicionados demonstraram que o setor de

serviços cujo crescimento 2006/2007 foi da ordem de

21,00% se sobressaiu em relação à indústria (mesmo

com aumento 30,97% no mesmo período) e ao pecuário

(acréscimo de 5,04%, também, no mesmo período).

Analisando cada um observa-se que:

a) Setor Agropecuário: em 2007, Rurópolis

apresentou o maior crescimento (em 2006

eram de R$17.01 em Mil, em 2007, passou para

R$20.354 em Mil ou um crescimento de 19,66%);

Itaituba, no entanto, apresentou o maior valor

nominal com R$53.964 em Mil (ou 34,59% do

total). No outro lado, Novo Progresso registrou

a maior queda relativa com -8,33% (2006/2007)

e; Jacareacanga, apesar do crescimento (11,06%),

demonstrou como o menor valor adicionado

nominal com R$7.588 em Mil;

b) Setor Industrial: Itaituba e Novo Progresso,

no ano de 2007, foram os municípios que

mais contribuíram para o valor adicionado da

Região com: 66,46% e 17,79%, respectivamente;

considerando o crescimento relativo ao ano de

2006, verificou-se que Novo Progresso sofreu

um acréscimo de 54,89%; agora, o município

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rácom a menor elevação relativa foi Jacareacanga

com 6,14%; Aveiro é o menor valor adicionado

nominal com 2,19% de participação ou

R$3.737 em Mil;

c) Setor de Serviços: novamente os municípios

de Itaituba e Novo Progresso apresentaram

a maior participação do total da Região, no

mesmo ano, com R$342.164 e R$1.8475.193

em Mil, respectivamente; porém, para o

período 2006/2007, Rurópolis mostrou o maior

crescimento dos municípios com 33,19%;

Novo Progresso registrou o menor crescimento

no mesmo período com -0,34% e; Aveiro foi,

novamente, o que registrou o menor valor nominal

da Região com R$26.157 em Mil, em 2007.

O PIB Per Capita da Região de Integração do

Tapajós passou, em 2006, de R$16.790 para, em 2007,

R$22.042, evolução de 31,28%. Dos municípios que a

compõem, verificou-se que o maior PIB Per Capita

da Região estavaem Novo Progresso com R$7.673 (e

crescimento de 92,98% para o período 2006/2007);

Itaituba apresentou o menor crescimento relativo no

período com 1,08% e; Jacareacanga apresentou o menor

valor nominal com R$1.566 ou 7,10% do total regional.

Tabela 319: Informações Medidas de Riqueza – Produto Interno Bruto – PIB e Renda Per Capita

Municípios

PIB - em MIL R$Renda Per Capita em R$

Agropecuária Indústria Serviços

2005 2006 2007 2005 2006 2007 2005 2006 2007 2005 2006 2007

Ananindeua 6.785 14.728 11.021 524.126 571.580 601.109 1.370.520 1.555.913 1.847.556 4.510 4.950 5.809

Belém 20.720 27.401 27.094 1.837.191 1.844.638 1.845.909 7.666.653 8.570.851 9.794.351 8.022 8.765 9.793

Benevides 11.680 10.612 8.543 66.761 158.739 249.016 114.447 112.623 143.875 4.829 7.149 11.258

Marituba 1.297 1.663 4.404 78.945 81.434 87.611 192.853 210.186 269.493 3.107 3.199 4.327

Santa Bárbara do Pará 2.498 2.765 5.303 10.223 14.027 17.383 21.682 23.384 27.330 2.802 3.206 3.908

Total Regional 42.980 57.169 56.365 2.517.246 2.670.417 2.801.028 9.366.156 10.472.957 12.082.605 23.270 27.270 35.095

Total Regional 186.940 233.070 282.519 282.408 296.105 323.271 1.084.137 1.219.732 1.431.989 43.634 47.625 57.078

Fonte: IDESP/IBGE

DIMENSÃO INFRAESTRUTURA

A Região de Integração do Tapajós em seus

seis municípios disponibiliza uma malha rodoviária

com 30 km em extensão de rodovias pavimentadas,

sendo o município de Itaituba o único que dispõe dessa

condição de ter malha rodoviária pavimentada na

região. Logicamente que os demais municípios: Aveiro,

Jacareacanga, Novo Progresso, Rurópolis e Trairão

não apresentam rodovias pavimentadas ficando suas

acessibilidades restritas ao transporte aeroviário.

Quanto aos serviços de transporte essa região é

caracterizada por ser de difícil acesso. Por conseguinte,

o serviço de transporte hidroviário ocorre somente em

Aveiro e Itaituba, que corresponde a 33% dos municípios,

o modal aeroviário com 67% é predominante para acesso

entre os municípios da Região de Integração do Tapajós

e com as demais localidades. Por sua vez, o transporte

urbano de passageiros é feito por Mototáxi em 67% dos

municípios 83% por Táxi e 67% de Vans, não existe nos

municípios o transporte urbano por ônibus e somente

50% dos municípios têm acesso a ônibus intermunicipal.

Em relação à distribuição de energia elétrica, ao

se considerar o consumo industrial mensal em KW/H

por município, na Região de Integração do Tapajós se

destaca o município de Itaituba com 6.035.861 KW/H,

o que sinaliza a existência de uma planta industrial

diferenciada na região, vindo em segundo Novo

Progresso com um consumo de 431.793 KW/H e,

aparece com o menor consumo industrial o município

de Jacareacanga com 527 KW/H.

Com o Programa Luz Para Todos, foram

realizadas 4.076 ligações, no período de 2004 a 2009,

beneficiando famílias de baixa renda, e que 80% destas

moram no meio rural. A tabela distribuição de ligações,

mostra que no período de 2007 a 2009, o número de

ligações foi três vezes maior que o período de 2004 a 2006.

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Tabela 320: Distribuição de ligações realizada pelo Programa Luz para Todos na RI Tapajós

Ligações

Ano Ligações Realizadas Ligações Acumuladas2004 0 02005 321 3212006 660 9812007 1.002 1.9832008 713 2.6962009 1.380 4.076

2010 (jan) 0 4.076

Fonte: CELPA

Elaboração SEIR, jan 2010

Quanto as escolas de ensino fundamental,

são 453 escolas nesta região, o município de Itaituba

apresenta o maior número de instituições de ensino

fundamental com 163 escolas, destas 153 são municipais

e dez são privadas em segundo lugar o município de

Rurópolis com 103 sendo 102 escolas municipais e uma

particular, Aveiro com 82 escolas sendo todas municipais

é o terceiro município da região. Por outro lado, observa-

se na mesma tabela que em Novo Progresso o ensino

fundamental é assistido por 25 escolas sendo 24 do

poder municipal e uma particular.

Tabela 321: Indicadoresd e Infraestrutura – RI Tapajós

Municípios Rodovia Pavimentada (Km) (1)Serviço de transp.

Avião (2)Consumo/ Kwh Industrial (3)

Total de Escolas do

Ensino fundamental (4)

Aveiro 0,00 Não 13.755 82

Itaituba 30,00 Sim 6.035.861 163

Jacareacanga 0,00 Sim 527 48

Novo Progresso 0,00 Sim 431.793 25

Rurópolis 0,00 Sim 85.237 103

Trairão 0,00 Não 176.172 32

RI Tapajós 30,00 67% 6.743.345 453

Fontes: 1. SEIR, SETRAN 2007; 2. SETRAN - 2006 IBGE/MUNIC - 2008; 3. REDE CELPA, 2007; 4. IBGE, 2007.

DIMENSÃO AMBIENTAL

A Região de Integração Tapajós, contempla em

seu território a Regiões Hidrográficas Amazônica de

acordo com a resolução 32/2003 do Conselho Nacional

de Recursos Hidricos, abragendo as bacias hidrográficas

do Tapajós (ANA, 2009).

Ao analisar a Região de Integração Tapajós, em

grande parcela do Território encontra-se áreas protegidas

e outras de destinação específicas, ou seja, unidades

de conservação, terras indígenas e áreas militares.

Essas áreas desempenham funções essenciais para o

desenvolvimento regional, em termos de uso sustentável

da floresta e outros recursos naturais, valorização da

biodiversidade, manutensão de serviços ambientais.

As terras indígenas da região (6) totalizando cerca

de 35.632,01 km², nas áreas de proteção Integral cerca de

25.500 km² (com destaque para a Parna da Amazônia, com

10.987 km²); cerca de 63.520 para UC de Uso Sustentável

(destaque para a Flona do Jamanxim, com 13.051 km²) e

cerca de 20.622 km² para Área Militar (Campo de Provas

Brigadeiro Velloso (Serra do Cachimbo).

A Região possui cerca de 46.140 km² de sua área

territorial inserida nas Zonas de Consolidação e de

Expansão de atividades produtivas, em torno de 24%,

conforme a tabela 322.

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ráTabela 322: Áreas Protegidas da RI Tapajós, em 2009.

Categoria MZEE Áreas Protegidas Área Absoluta (km²) Área Relativa (%)

UC de Proteção Integral

Parque Nacional da Amazônia 10.987,00 5,74Parque Nacional do Jamanxim 8.654,88 4,52Reserva Biológica Nascentes da Serra do Cachimbo 394,03 0,21Parque Nacional do Rio Novo 5.413,37 2,83

UC de Uso Sustentável

Área de Proteção Ambiental Praia do Sapo 6,11 0,00Área de Proteção Ambiental Bom Jardim/Passa Tudo 5,04 0,00Reserva Extrativista Tapajós-Arapiuns 2.129,52 1,12Floresta Nacional Tapajós 2.687,49 1,40Floresta Nacional Itaituba 2 4.293,67 2,24Área de Proteção Ambiental do Tapajós 20.692,31 10,82Floresta Nacional Altamira 2.242,72 1,17R.Ex. Riozinho do Anfrisio 0,00 0,00Floresta Nacional do Jamaxim 13.051,35 6,82Floresta Nacional de Crepori 7.444,38 3,89Floresta Nacional Itaituba 1 2.207,12 1,15Floresta Nacional do Amanã 5.430,81 2,84Floresta Nacional do Trairão 2.586,54 1,35Reserva de Pesca São Benedito 744,37 0,39

Terras Indígenas

Cayabi 5.682,70 2,97Sai-Cinza 1.254,92 0,66Andirá-Marau 4.720,05 2,47Praia do Índio 0,31 0,00Praia do Mangue 0,32 0,00Munduruku 23.973,71 12,53

Área Militar Área das Forças Armadas 20.622,45 10,78Consolidação Área de Consolidação das Atividades Produtivas 37.325,10 19,50Expansão Expansão das Atividades Produtivas 8.817,49 4,60Total 191.367,76 100,00

Fonte: SEMA, 2009.

O município de Itaituba é o que possui maior

extensão territorial de áreas protegidas da RI Tapajós,

totalizando 50.000 km², seguido de Jacareacanga, com

cerca de 48.000 km² de áreas protegidas (ver Tabela 323).

Tabela 323: Áreas Protegidas da RI Tapajós, em 2009.

MunicípiosUC de Proteção

Integral (km²)UC de Uso

Sustentável (km²)Terras Indígenas

(km²)Área Militar

(km²)Consolidação

(km²)Expansão

(km²)

Aveiro 2.657,52 3.569,37 2.685,97 0,00 1.685,72 6.663,83

Itaituba 18.573,43 27.093,23 2.524,35 1.904,95 10.862,94 2.153,65

Jacareacanga 1,06 12.521,24 30.421,68 5.135,52 5.422,13 0,00

Novo Progresso 1.649,32 12.718,01 0,00 13.581,98 10.445,13 0,00

Rurópolis 0,00 1.877,78 0,00 0,00 5.176,61 0,00

Trairão 2.567,96 5.741,80 0,00 0,00 3.732,57 0,00

RI Tapajós 25.449,29 63.521,43 35.632,01 20.622,45 37.325,10 8.817,49

Pará 129.505,41 327.224,72 284.688,36 21.389,44 396.774,07 56.379,13

Fonte: SEMA, 2009.

CLIMA

Levando em consideração a classificação de

Koppen, a maior parte da área de abrangência da região

do Tapajós é situada numa área de transição climática,

caracterizada por variações de precipitação anual entre

1.800 a 2.200 mm e um período seco relativamente

curto e defínido, com maiores índices de chuva acima de

2.200 mm/ano.

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Tabela 324: Classificação dos Tipos de Floresta e não floresta da região Baixo Amazônas

Tipo Área %

Floresta Ombrófila Densa 92.763,70 48,87

Floresta Ombrófila Aberta 49.150,84 25,90

Floresta Estacional 12.351,05 6,51

Formações Pioneiras 66,21 0,03

Savana 19.575,94 10,31

Campinarana 1.659,94 0,87

Refúgio Vegetacional 1.598,16 0,84

Antropismo 10.561,77 5,56

Fonte: IBGE, 2004.

DESMATAMENTO

Considerando os dados do INPE (2008), a RI

Tapajós apresenta desflorestamento em torno de 13.940

km² até 2007. Em termos de desflorestamento absoluto,

o município de Novo Progresso é o que mais se destaca,

com uma área de cerca de 4.621 km² desflorestados até

2007 (33% de todo o desmatamento ocorrido na região).

Enquanto que o município de Trairão apresentou área

desmatada de aproximadamente 972 km2.

Tabela 325: Incremento do desflorestamento na RI Tapajós, até 2007, (área absoluta em km²).

MunicípiosDesflorestamento (km²)

Até 1997De 1997 a 2000

Em 2001 Em 2002 Em 2003 Em 2004 Em 2005 Em 2006 Em 2007Total (Até

2007)Aveiro 601,00 199,75 29,27 51,50 34,55 62,82 20,87 26,39 33,97 1.060,12

Itaituba 2.719,00 397,68 124,41 178,34 257,28 322,43 111,65 124,08 121,66 4.356,53

Jacareacanga 432,00 111,62 63,17 108,77 241,37 129,72 79,69 78,11 32,83 1.277,28

Novo Progresso 1.280,00 316,79 328,53 655,03 382,23 778,44 229,30 301,52 349,82 4.621,66

Rurópolis 1.164,00 166,28 27,32 22,47 38,09 93,96 15,84 51,83 72,08 1.651,87

Trairão 513,00 35,40 74,21 33,41 54,31 90,27 50,69 53,67 67,03 971,99

RI TAPAJÓS 6.709,00 1.227,52 646,91 1.049,52 1.007,83 1.477,64 508,04 635,60 677,39 13.939,45

Fonte: INPE (2008)

VEGETAÇÂO

Na região Tapajós como na Baixo Amazônas, os

fatores biofísicos (chuvas, solos e relevo) propiciam a

ocorrência de uma vegetação exuberante. As florestas

densas e úmidas representam mais de 92.763,70 km², cerca

de 48,87% da região. Na tabela 324 mostra os tipos de

Floresta e não floresta com sua espectivas áreas na região:

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2Parte

REGIÃO TOCANTINS

DIMENSÃO INSTITUCIONAL

ARegião de Integração Tocantins é formada onze

municípios: Abaetetuba, Acará, Baião, Barcarena,

Figura 12: RI Tocantins

Elaboração: SEIR/ GeoPARÁ, 2009

Cametá, Igarapé-Miri, Limoeiro do Ajuru, Mocajuba,

Moju, Oeiras do Pará e Tailândia.

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o Pa

ráO perfil da rede municipal é predominantemente

composto por unidades territoriais de classes de

tamanho pequeno e médio; sendo pela classificação do

IBGE possível encontrar: cinco municípios CTM4, com

população de 20.001 a 50.000 hab.; quatro municípios

CTM5; com população de 50.001 a 100.000 hab.; e

dois municípios CTM6, com população de 100.001 a

500.000 hab. Dos onze municípios que da RI Tocantins,

dez municípios foram instalados antes da Constituição

de 1988 e um município foi criado posteriormente. O

município mais recentemente instalado é Tailândia e

data de 1989.

Tabela 326: Perfil da Rede Municipal RI Tocantins

Municípios Ano de criação do município Classes de tamanho da população do município

Abaetetuba 1880 CTM6

Acará 1932 CTM4

Baião 1833 CTM4

Barcarena 1943 CTM5

Cametá 1635 CTM6

Igarapé-Miri 1930 CTM5

Limoeiro do Ajuru 1961 CTM4

Mocajuba 1935 CTM4

Moju 1935 CTM5

Oeiras do Pará 1938 CTM4

Tailândia 1989 CTM5

Fonte: IBGE e Contagem Populacional 2007.

A frequência e a abrangência, dos principais

instrumentos legais da administração pública local na RI

nos remete ao seguinte quadro: em 100% dos municípios

podem-se evidenciar a existências da Lei de Diretrizes

Orçamentárias, da Lei de Orçamento Anual e da Lei

Orgânica Municipal. Quanto a Lei do Perímetro Urbano,

em três municípios (27%) da RI se verifica a existência

desta norma; em contrapartida verifica-se a ausência desta

legislação em oito municípios (72%). Existe Plano Diretor

em dez dos municípios (91%) da RI e ausente em um

município (9%). É importante destacar que no município

onde este instrumento não pôde ser encontrado; Igarapé-

Miri; a população excede 20.000 mil hab.

Tabela 327: Legislação Municipal RI Tocantins

MunicípiosLei de Diretrizes Orçamentária

Lei de Orçamento Anual

Lei de Perímetro Urbano

Ano da Lei OrgânicaExistência do Plano

Diretor

Abaetetuba Sim Sim Sim 1990 SimAcará Sim Sim Sim 1989 SimBaião Sim Sim Não 1990 Sim

Barcarena Sim Sim Não 1990 Sim

Cametá Sim Sim Sim 1990 Sim

Igarapé-Miri Sim Sim Não 1985 Não

Limoeiro do Ajuru Sim Sim Não 1990 Sim

Mocajuba Sim Sim Não 1990 Sim

Moju Sim Sim Não 1990 Sim

Oeiras do Pará Sim Sim Não 1990 Sim

Tailândia Sim Sim Não 2004 Sim

Fonte: IBGE, MUNIC 2004 e 2005.

Quanto ao quesito recurso para a gestão, dez

municípios cobram o IPTU e um município, Limoeiro do

Ajuru, não efetivou este instrumento; em sete municípios

da RI foi formalizado o cadastro do ISS; sendo que em

quatro municípios o cadastro do ISS é informatizado; os

onze municípios cobram taxa de iluminação pública; já a

taxa de coleta de lixo está presente em cinco municípios

(45%), são esses os municípios Acará, Barcarena, Cametá,

Igarapé-Miri e Mocajuba.

Os conselhos de educação nesta RI estão em cinco

(45%) dos onze municípios; são estes: Abaetetuba, Baião,

Mocajuba, Moju, e Tailândia. Entre estes, um opera

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em caráter consultivo - notadamente o município de

Abaetetuba; em caráter deliberativo – Abaetetuba,

Baião e Mocajuba; em caráter normativo – Baião e

Tailândia; e em caráter fiscalizador - Abaetetuba, Baião,

Mocajuba, Moju, e Tailândia. Ainda nos municípios

onde esta instância de participação pôde ser observada,

quatro municípios têm paridade na representação entre

governo e sociedade civil - Baião, Mocajuba, Moju,

e Tailândia; tendo o município de Abaetetuba neste

quesito uma representação governamental maior no

órgão colegiado.

Na educação se destacam os consórcios

municipais em Baião e Oeiras do Pará; os consórcios

com o Estado em três municípios – Acará, Baião e

Oeiras do Pará; e os que possuem consórcios com

Tabela 328: Recursos para Gestão na RI Tocantins

Municípios Município Cobra IPTUCadastro ISS

ExistênciaCadastro ISS

InformatizadoTaxa Iluminação

PúblicaTaxa Coleta de Lixo

Abaetetuba Sim Não Não aplicável Sim Não

Acará Sim Sim Sim Sim Sim

Baião Sim Sim Sim Sim Não

Barcarena Sim Sim Não Sim Sim

Cametá Sim Sim Não Sim Sim

Igarapé-Miri Sim Sim Sim Sim Sim

Limoeiro do Ajuru Não Não Não aplicável Sim Não

Mocajuba Sim Não Não aplicável Sim Sim

Moju Sim Não Não aplicável Sim Não

Oeiras do Pará Sim Sim Não Sim Não

Tailândia Sim Sim Sim Sim Não

Fonte: IBGE, MUNIC 2006.

Tabela 329: Conselhos Municipais na RI Tocantins

Municípios

Conselho de Habitação Conselho de Educação

ExistênciaExistência

de paridade

Periodicidade reuniões

Existência Consultivo Deliberativo Normativo FiscalizadorExistência de

paridade

Freqüência reuniões

(em 2006)

Abaetetuba NãoNão

aplicávelNão aplicável Sim Sim Sim Não Sim Governamental Sim

Acará NãoNão

aplicávelNão aplicável Não

Não aplicável

Não aplicável

Não aplicável

Não aplicável

Não aplicávelNão

aplicável

Baião NãoNão

aplicávelNão aplicável Sim Não Sim Sim Sim Paritário

Duas reuniões

Barcarena NãoNão

aplicávelNão aplicável Não

Não aplicável

Não aplicável

Não aplicável

Não aplicável

Não aplicávelNão

aplicável

Cametá NãoNão

aplicávelNão aplicável Não

Não aplicável

Não aplicável

Não aplicável

Não aplicável

Não aplicávelNão

aplicável

Igarapé-Miri NãoNão

aplicávelNão aplicável Não

Não aplicável

Não aplicável

Não aplicável

Não aplicável

Não aplicávelNão

aplicável

Limoeiro do Ajuru NãoNão

aplicávelNão aplicável Não

Não aplicável

Não aplicável

Não aplicável

Não aplicável

Não aplicávelNão

aplicável

Mocajuba NãoNão

aplicávelNão aplicável Sim Não Sim Não Sim Paritário Sim

Moju NãoNão

aplicávelNão aplicável Sim Não Não Não Sim Paritário

Cinco reuniões

Oeiras do Pará NãoNão

aplicávelNão aplicável Não

Não aplicável

Não aplicável

Não aplicável

Não aplicável

Não aplicávelNão

aplicável

Tailândia NãoNão

aplicávelNão aplicável Sim Não Não Sim Sim Paritário

Duas reuniões

Fonte: IBGE, MUNIC 2005 e 2006.

a União, Acará, Baião e Oeiras do Pará, que por

obrigatoriedade legal também inclui o Estado. Já os

convênios de parceira com o setor privado na área da

educação estão presentes nos municípios de Acará,

Cametá e Moju. No quesito apoio do setor privado

ou de comunidades à municípios não foi verificado a

existência deste instrumento na RI Tocantins.

Com relação à cooperação intergovernamental

na saúde o quadro da RI Tocantins é o seguinte: o

consorciamento intermunicipal está presente em Baião

e Oeiras do Pará; os consorciamentos municipais com o

Estado e a União envolvem Acará e Baião. Foi verificado

um convênio de parceria com o setor privado no

município de Cametá. E o apoio do setor privado ou de

comunidades ao município aparece em Cametá.

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ráTabela 330: Cooperação Intergovernamental na RI Tocantins

Municípios

Educação Saúde

Consórcio público

Intermunicipal

Consórcio público Estado

Consórcio público União

Convênio de

parceria com setor privado

Apoio do setor privado

ou de comunidades

Consórcio público

Intermunicipal

Consórcio público Estado

Consórcio público União

Convênio de parceria com setor privado

Apoio do setor privado

ou de comunidades

Abaetetuba Não Não Não Não Não Não Não Não Não Não

Acará Não Sim Sim Sim Não Não Sim Sim Não Não

Baião Sim Sim Sim Não Não Sim Sim Sim Não Não

Barcarena Não Não Não Não Não Não Não Não Não Não

Cametá Não Não Não Sim Não Não Não Não Sim Sim

Igarapé-Miri Não Não Não Não Não Não Não Não Não Não

Limoeiro do Ajuru Não Sim Sim Não Não Não Não Não Não Não

Mocajuba Sim Não Não Não Não Não Não Não Não Não

Moju Não Não Não Sim Não Não Não Não Não Não

Oeiras do Pará Sim Não Não Não Não Sim Não Não Não Não

Tailândia Não Não Não Não Não Não Não Não Não Não

Fonte: IBGE, MUNIC 2005.

DIMENSÃO SOCIAL

A Região de Integração Tocantins é formada

por onze (11) municípios, sendo que nenhum pode

ser considerado como de pequeno porte ou tendo

menos de 20 mil habitantes. Cinco (5) municípios se

situam na faixa entre 20 mil a 50 mil habitantes; outros

quatro (4) municípios possuem entre 50 mil a 100 mil

habitantes; e os dois maiores municípios da região

– Abaetetuba e Cametá – possuem mais de 100 mil

habitantes, sendo que o primeiro conta com 139.819

habitantes, e o segundo, 117.099 habitantes. A Região de

Integração Tocantins é a segunda região mais populosa

do estado do Pará (abaixo apenas da RI Metropolitana),

e conta com uma população total de 701.066 habitantes,

segundo estimativa populacional de 2008 do IBGE,

concentrando 9,43% da população do estado. Deve-se

considerar, contudo, que a maior parte da população da

região do Tocantins ainda habita o meio rural, que é o

caso de 54,06% da população total da região, segundo

estimativa de 2007 do IBGE, sendo que boa parte vive em

áreas de várzea. O município com maior participação

da população rural é Acará, onde 81,30% da população

habita o meio rural, seguido por Limoeiro do Ajuru,

com 80,73%. Por outro lado, o município com maior

participação da população urbana é Tailândia, onde

73,18% da população habita o meio urbano, seguido por

Mocajuba, com 70,88%.

Tabela 331: População Total, Urbana e Rural da RI Tocantins

Municípios População Total 2008(01)2007(02)

Urbana % Rural %

Abaetetuba 139.819 59,46% 40,54%

Acará 48.501 18,70% 81,30%

Baião 28.299 51,45% 48,55%

Barcarena 92.567 43,89% 56,11%

Cametá 117.099 41,40% 58,60%

Igarapé-Miri 57.003 47,49% 52,51%

Limoeiro do Ajuru 24.967 19,27% 80,73%

Mocajuba 24.695 70,88% 29,12%

Moju 68.600 33,29% 66,71%

Oeiras do Pará 26.796 34,32% 65,68%

Tailândia 72.720 73,18% 26,82%

Total 701.066 45,94% 54,06%

Fonte: IBGE, Estimativas populacionais 2008 (1) e 2007 (2)

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Em relação aos indicadores de desenvolvimento

humano, a Região de Integração Tocantins apresentou

um IDHM (Índice de Desenvolvimento Humano

Municipal) com média de 0,68 no ano de 2000. O que

mais prejudicou a performance da RI Tocantins foi a sua

baixa renda per capita, que se refletiu em um IDHM-

Renda de apenas 0,53. O município com maior IDHM-

Renda na região foi Barcarena, com média de 0,64. No

contraponto, os municípios de Cametá (segundo mais

populoso da região), Limoeiro do Ajuru e Oeiras do

Pará obtiveram médias muito baixas no IDHM-Renda

(abaixo de 0,5). Por outro lado, alguns municípios se

destacaram pelos indicadores de educação, com taxas

de IDHM-Educação mais elevados, como foi o caso de

Barcarena (0,87) e Mocajuba (0,83).

Tabela 332: Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) decomposto em índices de Renda,

Longevidade e Educação na RI Tocantins em 2000

Municípios IDHM IDHM-Renda IDHM-Longevidade IDHM-Educação

Abaetetuba 0,71 0,55 0,76 0,81Acará 0,63 0,51 0,71 0,66Baião 0,68 0,51 0,71 0,82Barcarena 0,77 0,64 0,80 0,87Cametá 0,67 0,48 0,71 0,82Igarapé-Miri 0,67 0,51 0,76 0,73Limoeiro do Ajuru 0,64 0,47 0,71 0,75Mocajuba 0,70 0,52 0,76 0,83Moju 0,64 0,53 0,71 0,69Oeiras do Pará 0,65 0,49 0,71 0,77Tailândia 0,70 0,62 0,76 0,71Média da Região 0,68 0,53 0,74 0,77

Fonte: Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil, 2003

O coeficiente de mortalidade infantil da Região

de Integração Tocantins foi de 19,91 ocorrências de morte

em crianças menores de cinco anos por mil nascidos

vivos em 2005, obtendo a quarta melhor performance

entre as regiões de integração paraenses e relativamente

próximo da meta estabelecida pelos Objetivos de

Desenvolvimento do Milênio (ODM) para o Estado do

Pará, que é reduzir o índice de mortalidade infantil para

o patamar de 16,03 até o ano de 2015. O município com

menor índice de mortalidade infantil é Baião, com 12,8, e a

pior performance da região fica com Tailândia, com 29,7.

A razão de mortalidade materna foi de 125,50 ocorrências

de mortes de mães em 100.000 nascidos vivos em 2005, e

quarta mais baixa entre as regiões de Interação do Pará. O

nível de cobertura do Programa Saúde da Família (PSF)

atingiu apenas 23,17% da população da região. Quanto

as condições de saneamento, menos de um terço dos

domicílios – ou, mais precisamente, 29,04% - possuem

acesso à água tratada por meio da rede geral, 35,10%

dos domicílios tem acesso à coleta de lixo, e 2,61% dos

domicílios da região possuem acesso a esgoto sanitário

por meio da rede geral.

Tabela 333: Síntese de Indicadores de Saúde da RI Tocantins: Coeficiente de mortalidade infantil, Razão de Mortalidade

Materna e população coberta pelo PSF em 2005/2006

Municípios Coeficiente de mortalidade infantil (1)

Razão de mortalidade materna (1)

% da pop. coberta pelo PSF (2)

Abaetetuba 15,2 - 18,8Acará 24,8 124,2 0,1Baião 12,8 - 13,3Barcarena 17,2 107,6 27,0Cametá 15,3 76,5 40,7Igarapé-Miri 15,8 - 49,1Limoeiro do Ajuru 15,8 225,2 21,9Mocajuba 26,6 156,3 51,4Moju 26,4 - 22,4Oeiras do Pará 19,4 - 10,2Tailândia 29,7 63,1 -RI Tocantins 19,91 125,50 23,17

Fonte: (1) SIM/SINASC / 2005; (2) SIAB / 2006

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ráEm termos de educação, a média do IDEB

(Índice de Desenvolvimento da Educação Básica) para

os Anos Iniciais (até 4ª. série) foi de apenas 2,83 em 2007.

O município com melhor desempenho nesse quesito foi

Acará, com média de 3,60, e o pior foi Oeiras do Pará,

com 2,30. O desempenho da RI Tocantins melhorou em

relação ao IDEB de Anos Finais (até 8ª. série), alcançando

a média 3,18 em 2007.

Tabela 334: IDEB de Anos Iniciais e Anos Finais da RI Tocantins, 2005 e 2007

MunicípiosIDEB Anos Iniciais IDEB Anos Finais

2005 2007 2005 2007Abaetetuba 2,80 3,10 - -Acará 2,30 3,60 3,10 3,00Baião 2,50 2,60 3,40 3,50Barcarena 3,00 3,40 3,30 3,50Cametá 2,40 2,60 3,00 2,90Igarapé-Miri 2,30 2,50 3,00 3,50Limoeiro do Ajuru - 2,70 - -Mocajuba 2,50 2,70 2,80 2,90Moju 2,10 2,60 3,00 3,30Oeiras do Pará 2,30 2,30 - 2,80Tailândia 2,70 3,00 2,70 3,20Média da Região 2,49 2,83 3,04 3,18

Fonte: MEC, Prova Brasil e Censo escolar, SAEB

A taxa de analfabetismo de pessoas com 15 anos

ou mais na região foi de 21,94%, segundo o censo de 2000

(IBGE), enquanto o nível do capital humano da região,

medido pelos Anos de Estudo em média de pessoas com

25 anos ou mais, foi de 3,52 em 2000 (IBGE, censo). O

município com maior média de Anos de Escolaridade

foi Barcarena, com média de 5,29.

Tabela 335: Taxas de Analfabetismo e de Anos de Escolaridade da População Adulta da RI Tocantins em 2000

Municípios Taxa de Analfabetismo de Adultos - 2000 (%)

Anos de estudo da pop. Adulta - 2000

Abaetetuba 19,27 4,28Acará 31,61 2,23Baião 18,45 4,07Barcarena 12,24 5,29Cametá 16,21 3,79Igarapé-Miri 25,43 3,22Limoeiro do Ajuru 23,09 2,83Mocajuba 15,18 4,34Moju 29,99 2,54Oeiras do Pará 23,6 2,79Tailândia 26,24 3,31Média da Região 21,94 3,52

Fonte: Censo 2000 – IBGE/Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil, 2003

Na área de segurança pública, o nível de violência

da Região de Integração Tocantins, verificado por meio

de ocorrências de homicídios em relação à população

total, obteve a média de 15,6 homicídios para cada

100.000 habitantes no período 2002/2006, situando-se

em um nível intermediário em relação às demais regiões.

O município mais violento da região é,, Tailândia, com a

média de 100,3, sendo um dos mais violentos do estado.

No lado inverso, o menos violento é Limoeiro do Ajuru,

com média zero (0).

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Tabela 336: Taxa média de Homicídios em relação à população total entre 2002 e 2006 na RI Tocantins

Municípios Homicídios População Total

Abaetetuba 7,4Acará 4,8Baião 10,3Barcarena 15,7Cametá 4Igarapé-Miri 10,3Limoeiro do Ajuru 0Mocajuba 7,2Moju 11,2Oeiras do Pará 0,8Tailândia 100,3Média da Região 15,6

Fonte: (1) Microdados SIM/SVS/MS

Na área da cultura, utilizando como indicador a

existência de equipamento culturais nos municípios, com

destaque para as bibliotecas públicas, segundo dados

de 2005 do IBGE. Há 10 bibliotecas públicas na região,

sendo que em Mocajuba e Acará não existem bibliotecas.

Em relação aos demais equipamentos culturais , existe

uma disponibilidade maior de estádios e ginásios

poliesportivos (17 unidades), mas só existem 3 teatros ou

salas de espetáculos, 2 museus e nenhum cinema.

DIMENSÃO ECONÔMICA

A Região de Integração Tocantins possui a 3ª P.E.A.

do Estado com 207.112 integrantes (8,59% do Estado).

Dos 11 municípios que compõem a Região, pelo Censo

2000, Abaetetuba é o que conta com a maior P.E.A. com

45.633 pessoas (ou 22,03% de toda a Região). Cametá e

Barcarena são os outros dois municípios que possuem

significativo contingente de trabalho com 17,02% e

12,02%, respectivamente; Limoeiro do Ajuru, por seu

turno, apresenta a menor P.E.A. com 6.237 pessoas (ou

3,01%), seguido Mocajuba e Baião com 6.237 (3,01%) e

7.286 (3,52%) pessoas, respectivamente.

Em número de empregos formais criados, todos

os municípios apresentaram aumento relativo. Os

municípios com os maiores crescimentos: Acará, que

em 2005 foram criados 457 empregos formais, passando

para 2009 com 1.488 empregos; Oeiras do Pará, em

2005 era 10, passando para 2009 com 28 e; Baião com

123 empregos em 2005 para 283 em 2009. Entre os

municípios que apresentaram os menores crescimentos

em termos relativos foram: Barcarena com 16,79% -

registrou-se que o município foi, em valores absolutos,

o que mais criou, em 2009, com 13.695 empregos;

Abaetetuba com 24,22% e; Cametá com 25,13%.

No saldo de demitidos e admitidos, 03 municípios

apresentaram números negativos, sendo que Barcarena

foi quem mais demitiu (com saldo de -4.427 empregos),

perseguido por Cametá (-58 empregos) e Igarapé-Miri

(-10 empregos). Porém, Tailândia, que a partir da atuação

do governo estadual na manutenção dos empregos

e modificação da matriz de exploração ambiental e

produção industrial, foi maior saldo absoluto com 634

empregos, com Moju, em segundo, com 163 e Acará com

148 postos de trabalho, em terceiro.

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ráTabela 337: Dimensão Econômica - Mercado de Trabalho

MunicípiosMercado de Trabalho

P.E.A.¹ Empregos Formais² (Jan/2005) Admitidos³ Desligados³ Empregos Formais³

(Jan/2009)

Abaetetuba 45.633 2.283 1.202 1.080 2.836

Acará 21.152 457 524 376 1.488

Baião 7.363 123 226 137 283

Barcarena 24.891 11.726 8.867 13.294 13.695

Cametá 35.242 788 134 192 986

Igarapé-Miri 19.514 308 75 85 403

Limoeiro do Ajuru 6.237 07 02 02 13

Mocajuba 7.286 70 26 18 103

Moju 17.231 1.782 1.458 1.295 2.721

Oeiras do Pará 8.966 10 09 13 28

Tailândia 13.597 4.623 4.086 3.452 6.690

Total Regional 207.112 22.177 16.609 19.944 29.246

Fonte: 1 – População Economicamente Ativa – Censo IBGE: 2000;

2 – SEPOF/MTE/CAGED: 2005;

3 – MTE/CAGED: OUTUBRO/2008 E JANEIRO/2009.

O número total de operações de crédito vem, para

a Região de Integração do Tocantins, caindo desde

2007, ou seja, a variação relativa 2007/2008 reduziu em

-28,08%; de 2008/2009 para -30,15% (agravada pela crise

de 2008/2009). O crédito pecuário sentiu menor perda

de investimento ao crédito, constatando que: 2007/2008

o número de operações se deu em 0,44%; mas, 2008/2009

houve redução em -2,69%; quanto ao crédito agrícola,

a redução foi mais expressiva: de 2007/2008 caiu em

-33,79% e 2008/2009 redução em -38,49%, apesar de que

em 2006/2007 ter havido acréscimo de 6,61%.

Para o período 2008/2009, em se tratando de crédito

agrícola, Tailândia foi o que mais cresceu relativamente

(no primeiro ano foram feitas 21 operações contra 84 no

segundo ano) com 300% - apesar de representar apenas

3,01% do total regional. Do outro extremo, Igarapé-Miri,

que no ano de 2008 foi o município que mais solicitou

operações de crédito agrícola com 1.174 operações, foi

quem reduziu em 2009 com -68,06% das operações

(ressaltou-se que Barcarena, em 2009, foi quem menos

solicitou crédito agrícola com 43 operações).

Também no mesmo período Igarapé-Miri pode ser

considerado como o município da Região de Integração

que mais reduziu o número de crédito pecuário com

-80,00% em relação ao ano anterior; ao contrário de

Tailândia cuja alavancagem relativa foi da ordem de

157,14%. Em valores absolutos, Cametá com 393 e

Mocajuba com nenhuma operação de crédito pecuário

foram, respectivamente, os que mais e menos obtiveram

esse tipo de investimento.

Com relação ao volume negociado advindos

das operações de crédito, no período de 2006/2007

houve aumento de 13,85%; de 2007/2008 crescimento

de 11,61% e; de 2008/2009 queda substancial, devido

ao processo de crise global, de -32,42%. O crédito

agrícola cresceu de 2006/2007 em 17,82%, mas caiu de

2007/2008 em -3,62%, agravando-se de 2008/2009 em

-45,00%. Quanto ao crédito pecuário, em 2007 foi o

ponto máximo de volume negociado com aumento de

68,57%; entre 2008/2009 redução de -5,53%.

Note-se que no crédito agrícola o município de

Abaetetuba obteve o maior volume monetário em 2006,

sendo superado por Igarapé-Miri nos anos seguintes

(2007, 2008 e 2009); por outro lado, o município de

Oeiras do Pará foi o quem menos negociou em valores

monetários crédito agrícola nos anos de 2006, 2007; no

ano de 2008, Barcarena com R$157.983,72 foi o menor

valor negociado e; em 2009, Mocajuba recebeu o menor

empréstimo monetário das operações de crédito agrícola.

Em se tratando de crédito pecuário, nos anos

de 2006, 2008 e 2009, Moju recebeu o maior volume

financeiro em empréstimos com 30,98%, 41,71% e

28,14%, respectivamente, do negociado na Região. Sem

nenhum valor financeiro os municípios de Barcarena e

Limoeiro do Ajuru nos anos de 2006 e 2007; Oeiras do

Pará em 2007 e; Mocajuba em 2009. No ano de 2008,

Limoeiro do Ajuru e Oeiras do Pará foram os municípios

com os menores valores negociados.

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Tabela 338: Dimensão Econômica – Operações de Crédito

MunicípiosNº de Operações Contratadas de Crédito

2006 2007 2008 2009Agrícola Pecuária Agrícola Pecuária Agrícola Pecuária Agrícola Pecuária

Abaetetuba 1.529 70 1.018 33 329 81 399 115

Acará 448 43 660 46 1.167 23 622 24

Baião 67 60 1.107 99 155 217 259 214

Barcarena 560 - 85 – 47 215 43 88

Cametá 1.697 01 2.095 639 789 297 487 393

Igarapé-Miri 617 27 1.104 145 1.174 15 375 03

Limoeiro do Ajuru 234 - 349 - 62 49 75 12

Mocajuba 920 982 129 53 169 22 72 -

Moju 314 76 216 93 344 253 142 233

Oeiras do Pará 25 03 23 - 279 135 232 78

Tailândia 15 56 65 263 21 70 84 180

Total Regional 6.426 1.318 6.851 1.371 4.536 1.377 2.790 1.340

Fonte: Anuário Estatístico do Crédito Rural do Banco Central do Brasil: 2006; 2007; 2008 e; 2009

Tabela 339: Dimensão Econômica – Operações de Crédito em R$

MunicípiosValor das Operações Contratadas de Crédito – R$

2006 2007 2008 2009Agrícola Pecuária Agrícola Pecuária Agrícola Pecuária Agrícola Pecuária

Abaetetuba 6.787.542,28 357.199,27 4.300.198,21 100.065,66 1.124.851,55 175.826,67 1.786.721,61 254.004,48

Acará 1.491.819,46 463.295,13 1.854.940,54 1.746.007,93 2.330.364,58 219.042,83 1.803.532,47 317.913,22

Baião 754.619,57 699.689,30 2.382.622,83 1.090.424,82 1.301.028,99 1.625.867,32 906.548,79 2.330.685,36

Barcarena 1.124.840,19 0,00 301.049,10 0,00 157.983,72 325.490,46 440.004,00 133.000,00

Cametá 3.892.330,37 3.393,03 6.155.890,28 1.653.255,89 3.281.328,19 2.728.312,13 1.282.941,04 2.430.551,48

Igarapé-Miri 1.956.737,49 27.000,00 6.386.690,06 354.043,32 11.577.677,20 222.594,93 3.779.044,80 164.720,00

Limoeiro Do Ajuru 485.865,06 0,00 1.412.271,75 0,00 319.064,64 77.999,64 133.245,20 18.000,00

Mocajuba 2.235.133,34 1.161.000,00 467.828,82 79.500,00 527.635,54 271.345,82 537.091,36 0,00

Moju 1.947.731,96 2.111.435,60 1.144.620,60 668.179,67 2.776.897,33 4.845.827,63 1.279.432,54 3.087.591,68

Oeiras do Pará 82.756,17 187.646,10 69.441,47 0,00 329.370,00 149.070,50 275.121,20 101.034,00

Tailândia 1.109.816,83 1.804.923,04 1.290.546,88 1.199.914,65 1.106.460,00 975.585,40 1.435.230,10 2.136.613,79

Total Regional 21.869.193 6.815.581 25.766.101 6.891.392 24.832.662 11.616.963 13.658.913 10.974.114

Fonte: Anuário Estatístico do Crédito Rural do Banco Central do Brasil: 2006; 2007; 2008 e; 2009

Em se tratando da quantidade de

estabelecimentos abertos na Região de Integração

Tocantins, comparativamente, queda de 2001 para

2004 (-24,80%) e recuperação de 2004 para 2008

(18,57%). Feito isto, os municípios de Limoeiro do

Ajuru (55 em 2008 contra 32 em 2004), Igarapé-Miri

(301 em 2008 contra 180 em 2004) e Moju (em 2004

eram 340 passando para 2008 com 446) foram os

que mais cresceram na Região. Em sentido oposto, o

município de Mocajuba (de 175 empreendimentos em

2004 para 157 em 2008), apresentou diminuição no

número de estabelecimentos econômicos.

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ráTabela 340: Dimensão Econômica: Estrutura Produtiva

MunicípiosNº de Estabelecimentos Produtivos

2001 2004 2008

Abaetetuba 1.543 931 1.047

Acará 309 156 177

Baião 203 219 265

Barcarena 989 845 1.020

Cametá 571 447 492

Igarapé-Miri 389 180 301

Limoeiro do Ajuru 86 32 55

Mocajuba 170 175 157

Moju 409 340 446

Oeiras do Pará 72 82 104

Tailândia 601 610 699

Total Regional 5.342 4.017 4.763

Fonte: MTE/CAGED/RAIS: 2008.

Dentre os 11 municípios que compõem a Região

de Integração do Tocantins, somente os municípios

de Abaetetuba, Barcarena e Tailândia participaram e/

ou influenciaram diretamente a balança comercial do

Estado do Pará. Das informações existentes, destacam-

se para as exportação os municípios de Acará e Moju (de

2006 a 2009) e Baião (de 2006); para as importações, as

informações foram disponíveis para Cametá (em 2009)

e Moju (de 2007 a 2009).

Dos 03 municípios que participaram das

exportações, Barcarena foi quem mais contribuiu,

chegando ao ano de 2009 (apesar da queda relativa ao ano

de 2008) com volume financeiro de US$2.278.681.051,

devido, exclusivamente ao pólo industrial ali instalado;

Tailândia foi o segundo município que mais exportou da

Região com 0,11% do volume total exportado.

Para o volume importado, Barcarena, também,

foi o município da Região de Integração com maior

participação com 99,87% (apesar de redução de

2008/2009 em -10,72%). Tailândia foi outro município

que mereceu destaque no quesito importação, mesmo

com apenas 0,13% de participação do volume importado,

o município cresceu relativamente (2008/2009) em

quase 200%, saindo do primeiro ano de US$161.598

para US$484.724 no segundo.

Tabela 341: Dimensão Econômica: Exportações e Importações

Municípios

Exportação e Importação (US$ FOB)2006 2007 2008 2009

Exportação Importação Exportação Importação Exportação Importação Exportação ImportaçãoAbaetetuba 2.181.857 31.471 3.170.036 76.787 2.472.511 69.239 1.676.231 -Acará 1.750.267 - 1.603.522 - 675.689 - 472.048 -Baião 15.509 - - - - - - -Barcarena 2.334.973.460 177.936.012 2.530.428.197 291.831.076 2.929.620.634 431.838.358 2.278.681.051 385.558.683Cametá - - - - - - - 18.948Igarapé-Miri - - 31.452 - - - - -Limoeiro do Ajuru - - - - - - - -Mocajuba - - - - - - - -Moju 5.724.069 - 6.750.292 29.252 2.098.961 102.561 601.693 -Oeiras do Pará - - - - - - - -Tailândia 11.444.321 405.876 3.979.315 338.104 3.694.685 161.598 2.578.310 484.724Total Regional 2.356.089.483 178.373.359 2.545.962.814 292.275.219 2.938.562.480 432.171.756 2.284.009.333 386.062.355

Fonte: MDIC/SECEX

- Dados não informados ou zeros.

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Para análise das Finanças Municipais, do lado das

Receitas, é preciso, inicialmente, considerar a falta de

informação dos seguintes municípios: Acará, Igarapé-

Miri e Mocajuba (de 2006 a 2008); Limoeiro do Ajuru

(em 2007) e; Oeiras do Pará (em 2007 e 2008). Diante

das observações, ainda assim se nota crescimento, de

2007 para 2008, da seguinte forma nas Receitas: a)

Orçamentária de 30,70%; b) Corrente de 28,49% e; c)

Tributária de 18,28%.

Municipalmente, em 2008, as maiores Receitas

foram verificadas de modo que: a) Orçamentária para

Barcarena (com 32,52%) e Abaetetuba (com 17,82%);

b) Corrente para Barcarena (com 34,18%) e Cametá

(com 17,10%) e; c) Corrente para, novamente, Barcarena

(com 81,09%) e Abaetetuba (com 4,67%). As menores

participações, no mesmo ano, foram: Limoeiro do Ajuru

com 4,17% e 4,28% (para Orçamentária e Corrente) e;

Baião com 0,73% (para a Tributária).

Por fim, a evolução das Receitas, em nível

municipal, pode ser considerada da seguinte forma (no

período 2007/2008): Cametá com 115,08% e Baião com

65,64%, para a Receita Tributária; Baião com 27,21%

e Abaetetuba com 26,43%, para a Receita Corrente e;

novamente, Abaetetuba com 32,15% e Oeiras do Pará

com 29,75%, para a Receita Tributária.

Tabela 342: Finanças Municipais - Receitas

Município

Finanças Municipais – Receitas

Orçamentária Correntes Tributária

2006 2007 2008 2006 2007 2008 2006 2007 2008

Abaetetuba 53.996.223,35 66.622.932,83 88.040.701,46 55.420.509,86 68.080.807,60 86.076.956,35 2.015.172,64 1.824.307,58 2.359.290,96

Acará - - - - - - - - -

Baião 17.693.793,47 19.944.606,88 25.229.602,92 17.427.892,50 21.004.943,07 26.720.486,01 360.220,43 223.152,91 369.640,72

Barcarena 117.418.834,90 131.086.825,90 160.687.681,70 127.397.794,60 143.104.930,90 175.986.809,50 26.147.210,20 35.401.780,3140.976.705,37

Cametá 57.134.123,77 71.049.972,12 83.794.593,27 58.039.697,91 74.269.820,82 88.036.075,81 1.377.188,55 1.001.491,95 2.154.055,22

Igarapé-Miri - - - - - - - - -

Limoeiro do Ajuru 14.150.715,79 - 20.603.059,25 14.490.373,18 - 22.028.695,80 387.519,43 - 825.969,21

Mocajuba - - - - - - - - -

Moju 40.369.770,66 48.278.053,59 62.642.682,32 39.544.843,21 50.103.197,31 61.362.332,63 2.039.431,52 1.852.034,35 1.490.607,25

Oeiras do Pará 16.833.408,15 - - 17.791.102,52 - - 231.645,64 - -

Tailândia 35.197.406,20 41.069.769,85 53.099.725,76 36.507.904,04 44.189.239,68 54.718.292,39 2.420.287,71 2.419.574,59 2.356.366,68

Total Regional 352.794.276,29 378.052.161,17 494.098.046,68 366.620.117,82 400.752.939,38 514.929.648,49 34.978.676,12 42.722.341,6950.532.635,41

Fonte: STN/FINBRA: 2006; 2007 e 2008.

- Dado não informado.

Ainda para as Finanças Municipais, pelo lado

das Despesas, no período 2006/2007, para a Região

de Integração do Tocantins demonstraram aumento

percentual de 6,65% na Corrente, de 8,14% na Pessoal

e Encargos Sociais e 4,51% para Investimento; para o

período posterior (2007/2008) mais elevação percentual

com: 24,60%, 20,51% e 71,05%, respectivamente.

Ressalte-se a não informação dos municípios citados

nas Receitas alhures.

Considerando apenas a componente Despesa

Corrente, assim como nas Receitas, o município de

Barcarena com a maior participação no total da Região

de Integração, no ano de 2008, com 33,24%, seguido

de Cametá (17,49%) e Abaetetuba (16,89%); também,

como nas Receitas, o município de Limoeiro do Ajuru

apresentou a menor despesa em 2008 com 4,06% do

total, antes deste, Baião com 5,50% de participação.

Para as Despesas com Pessoal e Encargos Sociais,

a mesma leitura deve ser feita. Isto é, a Região de

Integração do Tocantins apresentou o mesmo “ranking”

de municípios entre os com as maiores despesas e os

com menores despesas, mudando o percentual quanto

ao total regional e quanto a evolução no período de

2007/2008.

Por outro lado, em se tratando das Despesas com

Investimento, e excetuando o município de Barcarena

com o maior percentual 31,98% do total regional,

encontrou-se Abaetetuba como o segundo maior com

25,19%. Como exposto nas outras componentes da

Despesa, Baião demonstrou o menor valor participativo

com 2,64% da Região.

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ráTabela 343: Finanças Municipais - Despesas

Município

Finanças Municipais – Despesas

Correntes Pessoal e Encargos Sociais Investimentos

2006 2007 2008 2006 2007 2008 2006 2007 2008

Abaetetuba 51.034.071,71 59.668.065,62 72.756.657,77 28.508.825,83 35.204.568,11 42.888.029,95 3.092.503,44 5.693.557,96 15.528.794,06

Acará - - - - - - - - -

Baião 15.624.547,60 19.025.942,68 23.701.718,72 10.318.312,77 12.168.528,78 13.807.271,83 2.277.607,52 1.759.719,18 1.626.851,70

Barcarena 110.174.037,40 116.037.556,10 143.235.592,80 70.579.854,30 74.761.328,57 87.483.263,32 13.037.048,69 13.807.610,2019.718.999,12

Cametá 53.917.632,05 67.877.753,12 75.345.262,05 30.767.792,62 36.536.095,12 43.615.452,45 3.786.690,63 6.447.438,86 7.678.373,35

Igarapé-Miri - - - - - - - - -

Limoeiro do Ajuru 12.777.239,20 - 17.488.394,76 5.662.899,71 - 8.738.758,59 1.786.994,03 - 3.085.126,30

Mocajuba - - - - - - - - -

Moju 34.605.222,08 43.233.837,00 52.090.171,04 21.517.184,94 27.318.701,78 31.807.741,31 5.541.310,54 5.878.024,22 8.772.808,15

Oeiras do Pará 12.861.308,90 - - 7.277.497,06 - - 1.355.778,14 - -

Tailândia 33.257.503,67 39.982.184,57 46.275.276,72 15.810.583,96 19.957.674,42 19.838.186,05 3.614.918,93 2.461.484,30 5.247.798,82

Total Regional 324.251.562,61 345.825.339,09 430.893.073,86 190.442.951,19 205.946.896,78 248.178.703,50 34.492.851,92 36.047.834,7261.658.751,50

Fonte: STN/FINBRA: 2006; 2007 e 2008.

- Dado não informado.

Diferente de outras regiões onde se percebe a

prevalência do segmento de serviços, na Região de

Integração do Tocantins o segmento industrial apareceu

com maior destaque devido ao pólo de alumínio situado

em Barcarena. Por último, o segmento agropecuário

apresentou relevante para a Região. Segue a análise de cada

um especificamente e sua representatividade municipal:

a) Setor Agropecuário: o crescimento deste

segmento da economia para a Região de

Integração no período 2006/2007 foi da ordem

de 20,87% (saiu de R$301.167 Mil em 2006 para

R$364.008 Mil em 2007); Acará foi o município,

em 2007, com o maior valor de produção

(R$112.224 Mil ou 30,83% do total da Região) e

crescimento percentual de 42,97% em relação ao

ano de 2006. Mesmo Mocajuba ter contribuído

apenas com 2,64% do total, os municípios de

Abaetetuba e Cametá apresentaram os menores

crescimentos no período de 2006/2007 com

0,14% e 3,43%, respectivamente;

b) Setor Industrial: Não há dúvidas em considerar

Barcarena como município pólo da Região, uma

vez que existe uma produção industrial forte.

Assim, o Município tem um peso significativo

cujo percentual de participação regional, em

2007, chegou a 90,05% (mesmo com queda

de -3,89% no período 2006/2007). Todavia,

Oeiras do Paráfoi o município que contribuiu

em menor escala no segmento com 0,22% cujo

crescimento foi da ordem 2,81%;

c) Setor de Serviços: novamente, o município de

Barcarena apresentou a maior participação

no total da Região com 45,23% e crescimento

na ordem de 7,91%. Ao contrário, Limoeiro

do Ajuru apresentou pouca participação com

1,62% do total, mas mostrou um crescimento

percentual de 19,61%.

Dos municípios que a compõem a Região de

Integração, verificou-se que o maior PIB Per Capita

está justamente em Barcarena com R$43.249 (queda de

-7,69% de 2006 para 2007); Igarapé-Miri é, por extremo,

o menor valor Per Capita com R$2.321 e crescimento

de 18,04% no período

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Tabela 344: Informações Medidas de Riqueza – Produto Interno Bruto – PIB e Renda Per Capita

Municípios

PIB - em MIL R$Renda Per Capita em R$

Agropecuária Indústria Serviços

2005 2006 2007 2005 2006 2007 2005 2006 2007 2005 2006 2007

Abaetetuba 25.905 34.032 34.080 32.973 36.452 39.857 204.603 233.852 280.183 2.116 2.410 2.811

Acará 60.617 78.494 112.224 17.926 24.591 15.995 72.484 80.475 84.821 2.552 3.025 4.588

Baião 21.935 25.810 28.814 5.988 6.711 8.202 36.830 38.714 51.215 3.036 3.329 3.442

Barcarena 9.409 12.043 13.494 1.676.853 2.208.043 2.122.074 689.174 831.903 897.687 37.724 46.851 43.249

Cametá 31.095 39.703 41.065 17.850 20.549 23.079 147.890 158.273 195.870 1.919 2.105 2.417

Igarapé-Miri 12.246 15.979 17.907 14.310 16.021 14.728 80.337 83.421 90.257 1.864 1.966 2.321

Limoeiro do Ajuru 14.875 16.838 18.228 3.311 3.951 4.228 24.543 26.854 32.120 2.026 2.218 2.380

Mocajuba 6.579 7.970 9.608 4.349 4.709 5.308 39.106 38.827 45.235 2.349 2.391 2.646

Moju 19.065 25.666 37.694 21.857 25.514 36.839 86.288 97.888 121.620 2.229 2.546 3.247

Oeiras do Pará 15.651 17.665 20.141 4.096 5.025 5.166 31.499 34.217 38.719 2.003 2.178 2.560

Tailândia 25.361 26.965 30.753 90.951 82.161 81.058 112.950 120.353 147.070 5.178 4.713 4.455

Total Regional 242.737 301.167 364.008 1.890.464 2.433.727 2.356.534 1.525.704 1.744.776 1.984.797 62.994 73.733 74.116

Fonte: IDESP/IBGE

DIMENSÃO INFRAESTRUTURA

A Região de Integração Tocantins em seus onze

municípios disponibiliza malha rodoviária com 558,84

Km de extensão de rodovias pavimentadas. Tailândia

com 119,35 Km é o município com maior extensão

de rodovias pavimentadas seguido por Barcarena

com 96,83 Km. No entanto, apresenta municípios sem

rodovias pavimentadas como: Baião, Limoeiro do Ajuru

e Oeiras do Pará.

Quanto aos serviços de transporte a Região de

Integração Tocantins é atendida pelos transportes

terrestre e hidroviário, em 94% dos municípios por

Mototáxi e por Táxi e 69% por Vans em serviços de

transporte urbano de passageiros, todos os municípios

têm acesso a ônibus intermunicipal. O atendimento por

barco só não ocorre no município de Tailândia. De outra

forma, o transporte aeroviário só é ofertado, em suas

particularidades, nos seguintes municípios: Abaetetuba,

Baião e Cametá.

Em relação à distribuição de energia elétrica, ao

se considerar o consumo industrial mensal em KW/H

por município, na Região de Integração Tocantins se

destacam os municípios de Barcarena com 7.074.562

KW/H e Tailândia com 971.031 KW/H, o que confirma

a existência de planta industrial diferenciada em

Barcarena, em contrapartida, aparecem municípios

como Oeiras do Pará com 399 KW/H, Limoeiro do

Ajuru com 156 KW/H e Mocajuba com 100 KW/H com

o menor consumo industrial de energia.

Com o Programa Luz para Todos, foram realizadas

27.522 ligações, no período de 2004 a 2009, beneficiando

famílias de baixa renda, e que 80% destas moram no

meio rural. A tabela distribuição de ligações mostra que

no período de 2007 a 2009, o número de ligações foi o

dobro do período de 2004 a 2006.

Tabela 345: Distribuição de ligações realizada pelo Programa Luz para Todos na na RI Tocantins

Ligações

Ano Ligações Realizadas Ligações Acumuladas

2004 378 378

2005 3.328 3.706

2006 9.661 13.367

2007 5.329 18.696

2008 4.908 23.604

2009 3.918 27.522

2010 (jan) 0 27.522

Fonte: CELPA Elaboração: SEIR,2010

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ráQuanto as escolas de ensino fundamental, são

1.497 escolas nesta região, e o município de Cametá

apresenta o maior número de instituições de ensino , com

284 escolas, destas 283 são municipais e uma é privada,

em segundo lugar o município de Acará com 206, sendo

todas escolas municipais, e Abaetetuba com 191 escolas,

sendo 14 estaduais e 170 escolas municipais, sete escolas

privadas. Por outro lado, observa-se que o município

que apresenta o menor número de instituições é Oeiras

do Pará onde o ensino fundamental é assistido por 64

escolas do poder municipal.

Tabela 346: Indicadores de Infraestrutura – RI Tocantins

MunicípiosRodovia

Pavimentada (Km) (1) Ônibus Inter-municipal (2) Consumo/Kwh Industrial (3) Total de Escolas do Ensino fundamental (4)

Abaetetuba 90,12 Sim 287.264 191

Acará 69,62 Sim 38.246 206

Baião 0,00 Sim 19.344 86

Barcarena 96,83 Sim 7.074.562 104

Cametá 30,10 Sim 12.578 284

Igarapé-Miri 76,15 Sim 39.058 136

Limoeiro do Ajuru 0,00 Sim 156 77

Mocajuba 11,60 Sim 100 72

Moju 65,07 Sim 411.087 188

Oeiras do Pará 0,00 Sim 399 64

Tailândia 119,35 Sim 971.031 89

RI Tocantins 558,84 100% 8.853.825 1.497

Fontes: 1. SEIR, SETRAN 2007; 2. SETRAN - 2006 IBGE/MUNIC - 2008; 3. REDE CELPA, 2007; 4. IBGE, 2007.

DIMENSÃO AMBIENTAL

A Região de Integração Tocantins, localizada ao

nordeste do Estado, possui área de 35.968 km2 a qual

fazem parte, segundo a resolução 32/2003 do Conselho

Nacional de Recursos Hídricos, a região hidrográfica

do Tocantins e abrangem as bacias do Rio Alto Anapu/

Pacajá, Rio Tocantins e Rio Acará/Moju. (ANA/2009).

Áreas Protegidas

A partir os dados do MZEE-PA (SEMA, 2009),

as áreas protegidas na RI Tocantins somam em torno

de 2.318 km², sendo cerca de 1.480 km² para UC de

Uso Sustentável (destaque para a Resex Arióca Pruanã,

com 774 km²); cerca de 200 km² para Terras Indígenas

(destaque para a TI Trocará, com 115 km²); e cerca

de 634 km² para Área de Quilombo (destaque para o

quilombo Igarapé Preto, com 210 km²).

A RI Tocantins possui cerca de 33.660 km² de sua

área territorial inserida nas Zonas de Consolidação

e de Expansão de atividades produtivas, em torno de

94% desta RI.

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Tabela 347: Áreas Protegidas da RI Tocantins, em 2009.

Categoria MZEE Áreas Protegidas Área Absoluta (km²) Área Relativa (%)

UC de Uso Sustentável

Reserva Particular do Patrimônio Nacional - Nadir Júnior 1,08 0,00

Reserva Particular do Patrimônio Nacional – Sumaúma 1,07 0,00

Reserva Extrativista Arióca Pruanã 774,78 2,15

Área de Proteção Ambiental do Arquipélago do Marajó 144,78 0,40

Reserva Extrativista Ipaú-anilzinho 560,88 1,56

Terras IndígenasAnambé 86,33 0,24

Trocará 114,95 0,32

Áreas de Quilombo

CONCEIÇÃO DO IGARAPÉ MIRINDEUA 24,14 0,07

SÃO MANOEL 13,43 0,04

BAILIQUE 97,07 0,27

IGARAPÉ PRETO 210,30 0,58

SANTO CRISTO 23,17 0,06

SANTA FÉ E SANTO ANTONIO 8,61 0,02

ITANCUÃ MIRI 9,72 0,03

SÃO JOSÉ DE ICATU 18,11 0,05

LARANJITUBA E AFRICA 1,15 0,00

BOM REMEDIO 5,91 0,02

SANTA MARIA DE MIRINDEUA 18,61 0,05

JACUNDAY 20,49 0,06

CARANANDUBA 6,51 0,02

FILHO DE ZUMBI 9,97 0,03

ILHAS DE ABAETETUBA 114,40 0,32

CENTROURO 53,29 0,15

Consolidação Área de Consolidação das atividades produtivas 33.501,15 93,11

Expansão Expansão das atividades produtivas 160,14 0,45

RI Tocantins 35.980,05 100,00

Fonte: SEMA, 2009.

O município de Oeiras do Pará é o que possui

maior extensão territorial de áreas protegidas da RI

Tocantins, totalizando 1.000 km², seguido de Baião, com

cerca de 750 km² de áreas protegidas (ver Tabela).

Tabela 348: Áreas Protegidas da RI Tocantins, em 2009.

MunicípiosUC de Uso

Sustentável (km²)Terras Indígenas (km²)

Área de Quilombo (km²)

Consolidação (km²) Expansão (km²)

Abaetetuba 0,00 0,00 121,46 1.496,71 0,00Acará 0,00 0,00 9,72 4.326,16 0,00Baião 560,88 114,94 73,85 2.898,41 126,31Barcarena 1,07 0,00 0,00 1.314,89 0,00Cametá 0,00 0,00 0,11 3.093,96 0,00Igarapé0Miri 0,00 0,00 0,00 2.005,51 0,00Limoeiro do Ajuru 120,99 0,00 0,00 1.376,26 0,00Mocajuba 0,00 0,00 27,06 846,72 0,00

Moju 1,08 86,33 143,86 8.910,68 0,00

Oeiras do Pará 798,57 0,00 258,81 2.779,55 33,82

Tailândia 0,00 0,00 0,00 4.452,31 0,00

RI Tocantins 1.482,59 201,28 634,88 33.501,15 160,14Pará 327.224,72 284.688,36 21.389,44 396.774,07 56.379,13

Fonte: SEMA, 2009

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Solo

Foram identificadas duas unidades de

mapeamento predominantes na Região de

Integração Tocantins - Neossolo Quartzarênico

e Latossolo Amarelo - e outros que apresentam

menor importância face às suas áreas de ocorrência

mais restrita. Os Neossolos Quartzarênicos

compreendem solos minerais, geralmente

profundos e essencialmente quartzosos (textura

arenosa), não hidromórficos, pobres em macro e

micronutrientes, e baixa fertilidade natural. Estes

solos predominam no setor ocidental da área, assim

como associados às planícies aluviais dos rios Moju

Clima

A Região de Integração Tocantins apresenta

uma relativa regularidade climática, caracterizada por

estações com pequenas variações anuais na distribuição

das temperaturas, da velocidade dos ventos, da umidade

do ar, da insolação e da evaporação.

Com base na análise do comportamento de

variáveis climáticas (precipitação e temperatura),

segundo a metodologia de Köppen, foram identificados

três sub-tipos climáticos para o Estado do Pará:

“Af ”, “Am” e “Aw”, os quais são pertencentes ao clima

tropical chuvoso e se diferenciam pela quantidade de

precipitação pluviométrica média mensal e anual.

Na Região de Integração Tocantins, dois desses sub-

tipos climáticos são característicos. O Af2 caracterizado

por apresentar precipitação pluviométrico méda anual,

variando entre 2.500mm e 3.000mm e o Am2 que

possuem a mesma variação nos valores da precipitação

pluviométrica média anual.

Vegetação

Na área da Região de Integração Tocantins está

presente o bioma Amazônia, com predominância de

Floresta Amazônica de (1) Terra Firme ou Floresta

Ombrófila Densa, e, em menor proporção, Floresta

Ombrófila Aberta, Floresta Estacional Decidual e

Semidecidual; Campinarana; e Formações Pioneiras;

(2) Matas de Várzea e de Igapós, e (3) uma área com

cobertura vegetal intensamente antropizada.

Antropismo

Considerando os dados do INPE (2008), a RI

Tocantins apresenta desflorestamento acumulado em

torno de 14.291 km² até o ano de2007 (ver Tabela). Em

termos de desflorestamento absoluto, o município de

Moju é o que mais se destaca, com uma área de cerca

de 4.078 km² desflorestados até 2007 (29% de todo o

desmatamento ocorrido na região). Enquanto que o

município de Limoeiro do Ajuru apresentou uma área

desmatada de aproximadamente 58 km2.

Tabela 349: Incremento do desflorestamento na RI Tocantins, até 2007, (área absoluta em km²).

MunicípiosDesflorestamento (km²)

Até 1997De 1997 a 2000

Em 2001 Em 2002 Em 2003 Em 2004 Em 2005 Em 2006 Em 2007Total (Até

2007)Abaetetuba 691,00 - 2,23 0,76 0,12 5,45 1,84 1,38 2,68 705,46

Acará 2.610,00 38,47 55,67 25,57 5,97 25,42 21,08 23,66 17,95 2.823,79

Baião 1.298,00 16,15 66,57 14,72 40,03 28,72 13,97 15,00 16,50 1.509,66

Barcarena 377,00 - 5,16 0,71 0,07 1,69 0,07 0,53 0,37 385,60

Cametá 1.028,00 5,77 20,79 19,53 0,83 13,72 0,83 0,43 2,47 1.092,37

Igarapé-Miri 414,00 - 14,11 0,08 0,67 13,04 0,22 0,65 5,51 448,28

Limoeiro do Ajuru 58,00 - - - - 0,06 0,35 - - 58,41

Mocajuba 469,00 1,58 16,06 0,04 1,06 0,74 - 0,23 0,38 489,09

Moju 3.003,00 215,11 297,32 68,99 103,40 141,52 74,02 105,25 69,69 4.078,30

Oeiras do Pará 494,00 1,16 159,92 2,54 10,43 5,22 1,97 1,70 6,32 683,26

Tailândia 1.107,00 265,01 50,23 146,00 65,45 139,62 129,27 56,10 57,90 2.016,58

RI Tocantins 11.549,00 543,25 688,06 278,94 228,03 375,20 243,62 204,93 179,77 14.290,80

Fonte: INPE (2008)

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e Guamá e da margem direita do rio Tocantins.

Os Latossolo Amarelo são solos minerais, não

hidromórficos, profundos, normalmente distróficos

(baixa fertilidade natural) e elevada saturação

lavouras. Nas terras com aptidão agrícola para uso com

lavouras, os principais fatores limitantes referem-se à

baixa fertilidade natural para os níveis A e B, além da

deficiência hídrica temporárias nas áreas mais secas, que

impõe restrições já que a irrigação não é considerada.

Nas terras com aptidão agrícola para uso com pastagem

plantada, inviáveis ao uso com lavouras, caracterizam-

se, em geral, pela susceptibilidade a erosão e dificuldades

de mecanização, ou por forte deficiência de fertilidade,

ou condições de má drenagem.

de alumínio trocável. Trata-se de solos ácidos,

permeáveis, embora por vezes apresentem-se como

moderados a imperfeitamente drenados. Estes solos

predominam na porção oriental da área da Região.

Aptidão Agrícola

A avaliação para aptidão agrícola e a potencialidade

das terras é dada apartir de parametros relacionados

ao solo como: disponibilidade de nutrientes, de água e

oxigênio, mecanização e erodabilidade.

As áreas na margem direita do rio Tocantins

apresentam solos com aptidão restrita e regular para

lavouras. Nos municípios de Limoeiro do Ajurú e parte

norte de Cametá a aptidão dos solos é regular para

pastagem plantada. Nos setores ocidentais e orientais

da área da Região de Integração Tocantinhs a aptidão

dos solos é classificada como boa e regular para

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2Parte

REGIÃO XINGU

DIMENSÃO INSTITUCIONAL

ARegião de Integração Xingu é formada dez

municípios: Altamira, Anapu, Brasil Novo,

Medicilândia, Pacajá, Placas, Porto de Moz, Senador José

Porfírio, Uruará e Vitória do Xingu.

Figura 13: Região de Integração Xingu

Elaboração: SEIR/ GeoPARÁ, 2009

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ráO perfil da rede municipal é predominantemente

composto por unidades territoriais de classe de

tamanho pequeno e médio, sendo pela classificação do

IBGE possível encontrar: um município CTM2, com

população de 5001 a 10.000 hab.; quatro municípios

CTM3, com população de 10001 a 20.000 hab.; quatro

municípios CTM4, com população de 20.001 a 50.000

hab.; e um município CTM5; com população de 50.001

a 100.000 hab. Dos dez municípios da RI Xingu, três

(30%) foram instalados antes da Constituição de 1988

e nove municípios (70%) foram criados posteriormente.

Os municípios mais recentemente instalados datam de

1997, e são: Anapu e Placas.

Tabela 350: Perfil da Rede Municipal RI Xingu

Municípios Ano de criação do município Classes de tamanho da população do município

Altamira 1911 CTM5

Anapu 1997 CTM3

Brasil Novo 1993 CTM3

Medicilândia 1989 CTM4

Pacajá 1989 CTM4

Placas 1997 CTM3

Porto de Moz 1937 CTM4

Senador José Porfírio 1961 CTM3

Uruará 1989 CTM4

Vitória do Xingu 1993 CTM2

Fonte: IBGE e Contagem Populacional 2007.

A frequência e a abrangência, dos principais

instrumentos legais da administração pública local

na RI nos remete ao seguinte quadro: em 100% dos

municípios podem-se evidenciar a existências da Lei de

Diretrizes Orçamentárias, da Lei de Orçamento Anual e

da Lei Orgânica Municipal. Quanto a Lei do Perímetro

Urbano, em seis municípios (60%) da RI se verifica a

existência desta norma; em contrapartida verifica-se a

ausência desta legislação em quatro municípios (40%)

– Placas, Senador José Porfírio, Porto de Moz e Vitória

do Xingu. O Plano Diretor está presente em sete dos

municípios (70%) da RI e ausente em três municípios

(30%). É importante destacar que nos três municípios

onde este instrumento não pôde ser encontrado; Anapu,

Brasil Novo e Vitoria do Xingu; a população não excede

20.000 mil hab.

Tabela 351: Legislação Municipal e Instrumento do Planejamento Municipal na RI Xingu

MunicípiosLei de Diretrizes

Orçamentária

Lei de Orçamento

AnualLei de Perímetro

UrbanoAno da Lei Orgânica

Existência do Plano Diretor

Altamira Sim Sim Sim 1990 Sim

Anapu Sim Sim Sim 1998 Não

Brasil Novo Sim Sim Sim 1993 Não

Medicilândia Sim Sim Sim 1990 Sim

Pacajá Sim Sim Sim 1990 SimPlacas Sim Sim Não 1997 SimPorto de Moz Sim Sim Não 1990 Sim

Senador José Porfírio Sim Sim Não 1990 Sim

Uruará Sim Sim Sim 1990 Sim

Vitória do Xingu Sim Sim Não 1993 Não

Fonte: IBGE, Munic. 2004, 2005 e 2008

Quanto ao quesito recurso para a gestão, observa-se

que em seis municípios é cobrado IPTU (60%) e quatro

municípios (40%) não efetivaram este instrumento –

esses são Anapu, Placas, Senador José Porfírio e Vitória do

Xingu; em seis municípios da RI (60%) foi formalizado

o cadastro do ISS; sendo que em três municípios (30%) o

cadastro do ISS é informatizado; dez municípios cobram

taxa de iluminação pública (100%); já a taxa de coleta de

lixo está presente em três municípios (30%), são esses os

municípios Altamira, Brasil Novo e Uruará.

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Tabela 352: Recursos para Gestão na RI Xingu

Municípios Município Cobra IPTU Cadastro ISS ExistênciaCadastro ISS

InformatizadoTaxa Iluminação

PúblicaTaxa Coleta de Lixo

Altamira Sim Sim Sim Sim Sim

Anapu Não Não Não aplicável Sim Não

Brasil Novo Sim Sim Não Sim Sim

Medicilândia Sim Sim Não Sim Não

Pacajá Sim Sim Sim Sim Não

Placas Não Não Não aplicável Sim Não

Porto de Moz Sim Não Não aplicável Sim Não

Senador José Porfírio Não Sim Sim Sim Não

Uruará Sim Não Não aplicável Sim Sim

Vitória do Xingu Não Sim Não Sim Não

Fonte: IBGE, MUNIC 2006.

Os conselhos de educação nesta RI estão em 2 dos

10 municípios. Considerando esses dois municípios,

apenas o conselho do município de Medicilândia

opera em caráter consultivo, deliberativo, normativo

e fiscalizador. Já o Conselho de Educação de Altamira

opera em caráter deliberativo. Ainda nos municípios onde

esta instância de participação pôde ser observada, no

município de Medicilândia esta instância tem paridade

na representação entre governo e sociedade civil; tendo

o município Altamira neste quesito uma representação

maior da sociedade civil no órgão colegiado.

As instâncias de cooperação intergovernamental

exposta espelham o quadro em duas áreas: educação e

saúde. Na educação se destaca o consórcio municipal

em Altamira; os consórcios com o Estado em cinco

municípios – Altamira, Pacajá, Senador José Porfírio,

Uruará e Vitoria do Xingu; e os consórcios com a

União, que por obrigatoriedade legal também inclui o

Estado, nos municípios: Altamira, Pacajá, Senador José

Porfírio, Uruará e Vitoria do Xingu. Já os convênios

de parceira com o setor privado na área da educação

existem no município de Altamira. No quesito apoio

do setor privado ou de comunidades à municípios foi

verificada a existência deste instrumento, na RI Xingu,

no município de Altamira.

Com relação a cooperação intergovernamental

na saúde o quadro da RI Xingu é o seguinte: o

consorciamento intermunicipal não é presente; os

consorciamentos municipal com o Estado e a União

envolvem os municípios: Altamira, Pacajá, Senador

José Porfírio, Uruará e Vitoria do Xingu. Não foram

verificados convênios de parceria com o setor privado,

nem tão pouco o apoio do setor privado ou de

comunidades aos municípios desta RI.

Tabela 353: Conselhos Municipais na RI Xingu

Municípios

Conselho de Habitação Conselho de Educação

ExistênciaExistência

de paridade

Periodicidade reuniões

Existência Consultivo Deliberativo Normativo FiscalizadorExistência de

paridade

Freqüência reuniões

(em 2006)

Altamira NãoNão

aplicávelNão aplicável Sim Não Sim Não Não Governamental

Seis reuniões

Anapu NãoNão

aplicávelNão aplicável Não

Não aplicável

Não aplicável

Não aplicável

Não aplicável

Não aplicávelNão

aplicável

Brasil Novo NãoNão

aplicávelNão aplicável Não

Não aplicável

Não aplicável

Não aplicável

Não aplicável

Não aplicávelNão

aplicável

Medicilândia NãoNão

aplicávelNão aplicável Sim Sim Sim Sim Sim Paritário

Cinco reuniões

Pacajá NãoNão

aplicávelNão aplicável Não

Não aplicável

Não aplicável

Não aplicável

Não aplicável

Não aplicávelNão

aplicável

Placas NãoNão

aplicávelNão aplicável Não

Não aplicável

Não aplicável

Não aplicável

Não aplicável

Não aplicávelNão

aplicável

Porto de Moz NãoNão

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Senador José Porfírio NãoNão

aplicávelNão aplicável Não

Não aplicável

Não aplicável

Não aplicável

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Não aplicávelNão

aplicável

Uruará NãoNão

aplicávelNão aplicável Não

Não aplicável

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Não aplicável

Não aplicável

Não aplicávelNão

aplicável

Vitória do Xingu NãoNão

aplicávelNão aplicável Não

Não aplicável

Não aplicável

Não aplicável

Não aplicável

Não aplicávelNão

aplicável

Fonte: IBGE, MUNIC 2005 e 2006.

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ráTabela 354: Cooperação Intergovernamental na RI Xingu

Municípios

Educação Saúde

Consórcio público

Intermunicipal

Consórcio público Estado

Consórcio público União

Convênio de

parceria com setor privado

Apoio do setor privado

ou de comunidades

Consórcio público

Intermunicipal

Consórcio público Estado

Consórcio público União

Convênio de parceria com setor privado

Apoio do setor privado

ou de comunidades

Altamira Sim Sim Sim Sim Sim Não Sim Sim Não Não

Anapu Não Não Não Não Não Não Não Não Não Não

Brasil Novo Não Não Não Não Não Não Não Não Não Não

Medicilândia Não Não Não Não Não Não Não Não Não Não

Pacajá Não Sim Sim Não Não Não Sim Sim Não Não

Placas Não Não Não Não Não Não Não Não Não Não

Porto de Moz Não Não Não Não Não Não Não Não Não Não

Senador José Porfírio Sim Sim Sim Não Não Não Sim Sim Não Não

Uruará Não Sim Sim Não Não Sim Sim Sim Não Não

Vitória do Xingu Não Sim Sim Não Não Não Sim Sim Não Não

Fonte: IBGE, MUNIC 2005.

DIMENSÃO SOCIAL

A Região de Integração (RI) Xingu é composta

por dez (10) municípios, sendo que quatro (4)

municípios podem ser considerados como de pequeno

porte, com menos de 20 mil habitantes; outros cinco

(5) se situam na faixa entre 20 mil a 50 mil habitantes;

e o maior município da região – Altamira, com 98.750

habitantes em 2008 , situa-se na faixa entre 50 mil e

100 mil habitantes. A população total foi de 310.123

habitantes em 2008, representando apenas 4,17% da

população do estado do Pará, sendo a segunda região

de integração menos populosa do Pará. E esta detém

a menor densidade demográfica entre as regiões de

integração, com apenas 1,19 hab/km2. Esse dado é

coerente com o fato da RI Xingu ser uma das quatro

regiões de integração do Pará onde a população rural

é superior a urbana, com percentual de 55,90% de sua

população vivendo no meio rural. E a participação

da população rural só não é mais expressiva porque o

maior município da região, Altamira, é o único onde

a população urbana é superior à rural, pois 80,43%

da população do município habita o meio urbano. O

município com maior participação da população rural

é Brasil Novo, onde 74,58% da população reside no meio

rural, seguido por Pacajás (73,68%) e Placas (73,62%), de

acordo com IBGE 2007.

Tabela 355: População Total, Urbana e Rural

Municípios População Total 2008 (01)2007(02)

Urbana % Rural %

Altamira 98.750 80,43% 19,57%

Anapu 20.421 32,77% 67,23%

Brasil Novo 19.754 25,42% 74,58%

Medicilândia 23.682 31,62% 68,38%

Pacajá 41.953 26,32% 73,68%

Placas 19.592 26,38% 73,62%

Porto de Moz 28.091 43,45% 56,55%

Senador José Porfírio 14.434 33,91% 66,09%

Uruará 33.782 29,13% 70,87%

Vitória do Xingu 9.664 35,29% 64,71%

Total 310.123 44,10% 55,90%

Fonte: IBGE, Estimativas populacionais 2008 (1) e 2007 (2)

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Em relação aos indicadores de desenvolvimento

humano, a Região de Integração Xingu apresentou um

Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM)

com média de 0,68 no ano de 2000. Decompondo e

analisando o IDHM da RI Xingu, percebe-se um relativo

equilíbrio entre as 3 dimensões (renda per capita com

IDHM-Renda; saúde com IDHM-Longevidade; e

educação com IDHM-Eudcação). A melhor média de

IDHM da região foi de Altamira, com 0,74, enquanto a

pior performance ficou com Senador José Porfírio, com

0,64. Este último dado comparativo e a análise do IDHM

da RI Xingu e de seus índices decompostos revela que

parece não haver grande contrastes entre os municípios

da região ou pelo menos na mesma proporção em que se

verificou em outras regiões de integração.

Tabela 356: Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) decomposto em índices de Renda,

Longevidade e Educação em 2000Municípios IDHM IDHM-Renda IDHM-Longevidade IDHM-Educação

Altamira 0,74 0,66 0,75 0,80Anapu 0,65 0,56 0,71 0,66Brasil Novo 0,67 0,61 0,71 0,71Medicilândia 0,71 0,66 0,75 0,72Pacajá 0,66 0,58 0,71 0,69Placas 0,69 0,60 0,75 0,73Porto de Moz 0,65 0,56 0,70 0,69Senador José Porfírio 0,64 0,54 0,70 0,68Uruará 0,71 0,66 0,73 0,74Vitória do Xingu 0,66 0,58 0,71 0,70Média da Região 0,68 0,60 0,72 0,71

Fonte: Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil, 2003

Na área da saúde, a região do Xingu detém o

terceiro coeficiente de mortalidade infantil mais alto do

estado, com índice de 26,12 ocorrências de morte em

crianças menores de cinco anos por mil nascidos vivos

em 2005, revelando uma situação deveras alarmante.

Dessa forma, a RI Xingu parece ainda bem distante da

meta estabelecida pelos Objetivos de Desenvolvimento

do Milênio (ODM) para o Estado do Pará, que é reduzir

o índice de mortalidade infantil para o patamar de 16,03

até o ano de 2015. O município em estado de maior

risco neste quesito é Uruará, com média de 33,9, seguido

de perto por Medicilândia (33,1) e Pacajá (33,0). O

município mais “saudável” neste aspecto é Placas, onde

a mortalidade infantil é de 10,8. A razão de mortalidade

materna também é elevada nesta região, situando-se

em 196,94 ocorrências de mortes de mães em 100.000

nascidos vivos em 2005, o terceiro mais alto do estado.

O nível de cobertura do Programa saúde da Família

(PSF) atingiu 18,87% da população da RI Xingu, patamar

relativamente baixo se comparado ao de outras regiões

de integração. Quanto as condições de saneamento com

16,91% dos domicílios têm acesso à água tratada por meio

da rede geral, cerca de um terço (ou, mais precisamente

34,79%) dos domicílios tem acesso à coleta de lixo; e

uma parcela ínfima (0,70%) dos domicílios tem acesso a

serviços de esgoto sanitário por meio da rede geral.

Tabela 357: Síntese de Indicadores de Saúde da RI Xingu: Coeficiente de mortalidade infantil, Razão de Mortalidade

Materna e população coberta pelo PSF em 2005/2006

Municípios Coeficiente de mortalidade infantil (1)

Razão de mortalidade materna (1)

% da pop. coberta pelo PSF (2)

Altamira 27,8 99,2 2,8 Anapu 31,0 238,1 71,4 Brasil Novo 26,4 293,3 17,7 Medicilândia 33,1 - 8,7 Pacajá 33,0 157,2 11,0 Placas 10,8 - - Porto de Moz 19,0 - 13,7 Senador José Porfírio 20,3 - 28,2 Uruará 33,9 - 6,6 Vitória do Xingu 25,9 - 28,6 Média da Região 26,12 196,94 18,87

Fonte: (1) SIM/SINASC / 2005; (2) SIAB / 2006

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ráNo caso dos indicadores de educação, a média do

IDEB para os Anos Iniciais (até 4ª. série) da região de

integração Xingu se situou em 3,02 em 2007, e pode

até ser considerado regular, se comparado às demais

regiões de integração, embora insuficiente quando

comparado à média nacional, que ficou em 4,2. No

entanto, é interessante observar que no caso da média

do IDEB dos Anos Iniciais, o município de Altamira

obteve o melhor desempenho entre todos os municípios

paraenses, com média de 4,3. Outro município da

RI Xingu que se destacou foi Vitória do Xingu, com

média de 4,0. O desempenho mais fraco na região ficou

por conta de Pacajá, com 2,20, seguido de perto por

Anapu, com 2,30. A RI Xingu também obteve um bom

desempenho na avaliação do IDEB dos Anos Finais (até

8ª.série), obtendo a média de 3,39, com destaque para o

município de Placas, que obteve média de 4,10.

Tabela 358: IDEB de Anos Iniciais e Anos Finais 2005 e 2007

MunicípiosIDEB Anos Iniciais IDEB Anos Finais

2005 2007 2005 2007Altamira 3,30 4,30 3,60 4,00Anapu 2,00 2,30 2,60 2,80Brasil Novo 3,30 3,10 3,50 3,40Medicilândia 2,50 3,10 - 4,00Pacajá 2,50 2,20 3,20 2,60Placas 2,50 3,10 3,10 4,10Porto de Moz 2,40 2,70 2,80 3,60Senador José Porfírio 1,90 2,70 3,20 3,20Uruará 2,20 2,70 2,30 2,70Vitória do Xingu 2,00 4,00 3,40 3,50Média da Região 2,46 3,02 3,08 3,39

Fonte: MEC, Prova Brasil e Censo escolar, SAEB

A taxa de analfabetismo para pessoas de 15 anos

ou mais da RI Xingu pode ser considerada elevada,

pois se situou na faixa de 26,58%, segundo o censo de

2000 (IBGE). O índice de capital humano da região de

integração Xingu, mensurado pela média de Anos de

Estudo de pessoas de 25 anos ou mais, é um dos mais

baixos entre as regiões de integração do estado, com

apenas 2,99. Destaque positivo para Altamira, com a

melhor média da região, com 4,62. A menor média foi

de Anapu, com média de 2,31.

Tabela 359: Taxas de Analfabetismo e de Anos de Escolaridade da População Adulta,em 2000.

Municípios Taxa de Analfabetismo de Adultos - 2000 (%)

Anos de estudo da pop. Adulta - 2000

Altamira 18,4 4,62Anapu 30,23 2,31Brasil Novo 24,87 3,05Medicilândia 24,15 3,28

Pacajá 29,47 2,32

Placas 25,32 2,88

Porto de Moz 32,14 2,64Senador José Porfírio 31,67 2,62Uruará 22,12 3,12Vitória do Xingu 27,47 3,04RI XINGU 26,58 2,99

Fonte: Censo 2000 – IBGE/Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil, 2003

Na área de segurança pública, o nível de violência

da Região de Integração Xingu, verificado por meio de

ocorrências de homicídios em relação à população total,

obteve a média de 16,6 homicídios para cada 100.000

habitantes no período 2002/2006, média que pode ser

considerada intermediária se comparado às demais

regiões de integração. O município mais violento da

região é Altamira, com média de 34,9, seguido de perto

por Pacajá, com 34,1. O município menos violento é

Placas, com índice 1,4.

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Tabela 360: Taxa média de Homicídios em relação à população total entre 2002 e 2006 na RI XinguMunicípios Homicídios População Total

Altamira 34,9Anapu 19,1Brasil Novo 18,7Medicilândia 16,2Pacajá 34,1Placas 1,4Porto de Moz 1,5Senador José Porfírio 15,4Uruará 11,8Vitória do Xingu 13,1Média da Região 16,6

Fonte: (1) Microdados SIM/SVS/MS.

Na área da cultura, utilizando como indicador

equipamentos culturais existentes nos municípios, com

destaque para as bibliotecas públicas, segundo dados

de 2005 do IBGE, a Região de Integração Xingu tem

10 bibliotecas públicas em toda a região, sendo que nos

municípios de Medicilândia, Placas e Uruará não há

sequer uma biblioteca. Existem apenas 5 estádios ou

ginásios poliesportivos, além de um cinema, um teatro

e um museu.

DIMENSÃO ECONÔMICA

Com população de 99.074 pessoas aptas ao

mercado de trabalho, a Região de Integração do Xingu

ocupa a penúltima posição da P.E.A. do Estado. Dos

municípios que a compõem, Altamira concentra a maior

P.E.A. da Re gião com 39,14%, seguida por Uruará com

17,04% e Medicilândia com 8,79, conforme o Censo:

2000; entre as menores P.E.A.’s, encontramos Anapu com

2,93% e Vitória do Xingu com 3,40% do total da Região.

No ano de 2009 foram criados 10.752 de

empregos formais, uma elevação de 49,00% a mais

que o ano de 2005, mesmo Vitória do Xingu e Placas

apresentarem diminuição percentual de -83,08 e

-65,29%, respectivamente. Assim, Senador José Porfírio

com 599,04% e Medicilândia com 572,73% foram,

relativamente, os que mais criaram empregos formais.

Relativamente, também, o município que menos cresceu

foi Altamira com 39,14%.

Contudo, deve-se observar que Altamira foi o

município com o maior número absoluto em 2009 com

6.353 empregos formais criados, seguido de Uruará com

2.181 empregos e Pacajá com 755 empregos formais.

No saldo de demitidos e admitidos, em 2005, 05

apresentaram números negativos; destes, Altamira e

Pacajá foram os municípios que mais demitiram (saldo

de -299 e -156 respectivamente). Por outra via, Brasil

Novo e Medicilândia foram os municípios com os

maiores saldos positivos (57 e 43 respectivamente).

Tabela 361: Dimensão Econômica - Mercado de Trabalho

MunicípiosMercado de Trabalho

P.E.A.¹ Empregos Formais² (Jan/2005) Admitidos³ Desligados³ Empregos Formais³

(Jan/2009)Altamira 32.149 4.566 2.437 2.736 6.353Anapu 2.900 188 273 335 345Brasil Novo 6.558 99 134 77 200Medicilândia 8.417 33 116 73 222Pacajá 8.706 238 421 577 755Placas 6.119 314 16 35 109Porto de Moz 8.054 78 102 83 130Senador José Porfírio 5.920 141 84 74 246Uruará 16.878 312 838 928 2.181Vitória do Xingu 3.373 1.247 127 89 211Total Regional 99.074 7.216 4.548 5.007 10.752

Fonte: 1 – População Economicamente Ativa – Censo IBGE: 2000;

2 – SEPOF/MTE/CAGED: 2005;

3 – MTE/CAGED: OUTUBRO/2008 E JANEIRO/2009.

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ráO ano de 2007 foi o ponto de inflexão para o crédito

agrícola e pecuário. Isto é, de 2006 para 2007 se percebe

uma queda no número de operações de crédito em

-51,70%; para o período seguinte a queda registrada foi

-13,04%; a recuperação ficou para os anos de 2008/2009

cuja elevação registrada se deu na ordem de 35,39%.

Para cada segmento, os crescimentos foram, em 2009,

para: agrícola com 30,66% e pecuária com 39,81%.

Em todo o período (2006 a 2009), não existe um

município que se apresente aquele com maior número

de operações de crédito agrícola, sendo que há um

revezamento entre os mesmos. Assim, em 2006, Altamira

com 427 e Medicilândia com 345 operações foram os

que mais pediram crédito agrícola; em 2007, os dois

municípios com os maiores pedidos foram Placa (com

362) e Uruará (com 230 operações); em 2008, Uruará e

Medicilândia com 492 e 309 operações, respectivamente

e; em 2009, novamente Placas e Pacajá registraram os

maiores número de operações.

A mesma visão deve ser dada aos municípios com

os menores números de crédito agrícola. Em 2006, os

municípios são: Brasil Novo e Senador José Porfírio; em

2007, Anapu e Senador José Porfírio; em 2008 e 2009,

Senador José Porfírio e Porto de Moz.

Quanto ao crédito pecuário, o segundo município

com maior número de operações em todo período

foi Uruará. No entanto, para aquele que mais realizou

operações de crédito, há um revezamento, colocado da

seguinte forma: 2006 e 2007 para Medicilândia; 2008,

para Pacajá e; em 2009 para Placas.

Entre os municípios com o menor número de

operações de crédito pecuário nos anos de: 2006, Vitória

do Xingu e Senador José Porfírio; 2007, Anapu e Senador

José Porfírio; 2008, Senador José Porfírio e Porto de Moz

e; 2009, Porto de Moz e Senador José Porfírio.

Com relação ao volume negociado devido às

operações, os municípios que obtiveram o maior e o

menor valor monetário em crédito agrícola foram: em

2006, Medicilândia (R$5.072.885,66) e Brasil Novo

(R$573.626,96); em 2007, Placas (R$2.537.224,62)

e Senador José Porfírio (R$14.381,19); em 2008,

Medicilândia (R$5.942.710,43) e Senador José Porfírio

(R$18.139,94) e; em 2009, Medicilândia (R$7.952.796,03)

e Senador José Porfírio (nenhum volume registrado).

Com relação ao volume creditado no segmento

pecuarista os que mais se destacaram foram: em 2006

e 2007, Medicilândia e; em 2008 e 2009, Pacajá. Para os

municípios com os menores valores do crédito pecuário,

de acordo com o ano: em 2006, Senador José Porfírio;

em 2007, Placas; em 2008 e 2009, Porto de Moz, sendo

que no último ano não foram realizadas operações de

crédito no município.

Tabela 362: Dimensão Econômica – Operações de Crédito

Municípios

Nº de Operações Contratadas de Crédito

2006 2007 2008 2009

Agrícola Pecuária Agrícola Pecuária Agrícola Pecuária Agrícola Pecuária

Altamira 427 289 81 87 22 104 74 169Anapu 204 128 03 17 08 53 123 103Brasil Novo 107 452 51 213 54 83 115 132Medicilândia 345 1.187 174 544 309 211 269 89Pacajá 214 194 61 148 120 380 312 410Placas 330 117 362 76 188 156 494 432Porto de Moz 274 392 47 324 06 07 01 -Senador José Porfírio 127 94 03 51 04 05 - 07Uruará 246 576 230 338 492 246 190 449Vitória do Xingu 221 30 06 60 07 46 03 14Total Regional 2.495 3.459 1.018 1.858 1.210 1.291 1.581 1.805

Fonte: Anuário Estatístico do Crédito Rural do Banco Central do Brasil: 2006; 2007; 2008 e; 2009

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Tabela 363: Dimensão Econômica – Operações de Crédito em R$

Municípios

Valor das Operações Contratadas de Crédito – R$

2006 2007 2008 2009

Agrícola Pecuária Agrícola Pecuária Agrícola Pecuária Agrícola Pecuária

Altamira 3.101.210,17 2.379.070,38 744.489,27 2.097.449,70 390.633,98 1.972.895,42 578.241,74 1.924.665,40

Anapu 1.334.894,47 1.007.989,97 18.060,09 1.326.895,93 32.245,56 911.108,88 1.028.767,75 1.645.308,32

Brasil Novo 573.626,96 5.127.428,45 459.618,70 3.367.991,56 412.232,29 1.828.919,92 1.907.951,65 2.096.455,18

Medicilândia 5.072.885,66 11.491.994,14 2.186.473,17 5.042.056,33 5.942.710,43 2.553.024,92 7.952.796,03 1.144.670,24

Pacajá 1.077.217,04 2.716.786,72 379.454,05 4.983.431,77 378.454,34 7.488.574,79 902.197,84 8.471.583,68

Placas 3.450.872,62 760.201,69 2.537.224,62 639.425,86 1.088.542,65 1.333.651,35 5.293.900,53 5.442.789,11

Porto de Moz 1.404.737,50 2.824.205,04 306.075,55 2.675.852,55 43.082,95 96.885,97 5.709,90 0,00

Senador José Porfírio 818.196,34 446.332,80 14.381,19 646.607,54 18.139,34 140.716,52 0,00 10.500,00

Uruará 2.665.043,79 5.687.902,62 2.523.337,29 3.496.730,21 4.587.911,35 2.723.313,17 2.666.028,65 7.741.494,23

Vitória do Xingu 2.401.046,14 744.767,64 54.059,13 2.017.645,29 34.946,64 2.377.054,07 25.037,42 20.740,50

Total Regional 21.899.730,69 33.186.679,45 9.223.173,06 26.294.086,74 12.928.899,53 21.426.145,01 20.360.631,51 28.498.206,66

Fonte: Anuário Estatístico do Crédito Rural do Banco Central do Brasil: 2006; 2007; 2008 e; 2009

A quantidade de estabelecimentos abertos

na Região de Integração do Xingu registrou um

crescimento relativo de 10,98% em relação ao ano de

2004 (em 2008 foram abertos 3.779 estabelecimentos

produtivos contra 3.405 em 2004). Destes, no último

ano da série, Altamira respondia com 52,18% do total de

estabelecimentos, seguido por Uruará e Pacajá com 456

e 367 estabelecimentos, respectivamente.

Em sentido oposto, os municípios de Vitória do

Xingu e Placas foram, em 2008, os que menos abriram

estabelecimentos produtivos com 81 e 100 unidades

produtivas, respectivamente. Este último município

também registrou o maior crescimento relativo com

222,58%, seguido de Anapu com 205,45%.

Tabela 364: Dimensão Econômica: Estrutura Produtiva

MunicípiosNº de Estabelecimentos Produtivos

2001 2004 2008

Altamira 2.870 1.804 1.972

Anapu 55 164 168

Brasil Novo 103 132 156

Medicilândia 302 239 236

Pacajá 239 267 367

Placas 31 88 100

Porto de Moz 135 122 125

Senador José Porfírio 160 102 118

Uruará 411 412 456

Vitória do Xingu 79 75 81

Total Regional 4.385 3.405 3.779Fonte: MTE/CAGED/RAIS: 2008.

O grande diferencial da Região de Integração

do Xingu é a participação da maioria dos municípios

que a compõem na pauta exportadora do Estado

do Pará. Quanto as importações realizadas pela

Região, as informações disponíveis são pontuais, isto

é, estão disponíveis dados de alguns municípios em

determinados anos.

Relacionado a falta de informação, destacamos,

pelo lado das exportações: de 2006 a 2009, Brasil Novo

e Vitória do Xingu; de 2007 a 2009, Placas e; de 2008

a 2009, Anapu. No que diz respeito às importações,

podemos destacar quais municípios participaram da

pauta em seus respectivos anos, assim: em 2006 e 2008,

Altamira e; em 2007, Pacajá.

Dos municípios que participaram das exportações,

e excetuando aqueles cuja falta de informação foram

citados acima, em 2009, Uruará foi quem mais contribui,

participando com 40,65% do total exportado, Senador

José Porfírio é outro municípios que tem relativa

participação nos produtos exportados com 18,07% do

total. É importante salientar que ambos apresentaram

redução do seu volume, isto é, para o primeiro município

a queda foi na ordem de 34,06% e para o segundo de

-12,68% (quando comparado 2009 com 2008).

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o Pa

ráNão menos importante é o destaque de

Medicilândia, que no mesmo período aumentou tanto o

volume exportado (4,59%) quanto do total exportado pela

Região (de 7,64% em 2008 passou para 15,64% em 2009).

Por outro lado, Altamira apresentou significativa queda

relativa (também, no mesmo período) com -87,90%.

Por fim, qualquer análise das importações fica

prejudicada pela falta das informações acima elencadas.

Tabela 365: Dimensão Econômica: Exportações e Importações

Municípios

Exportação e Importação (US$ FOB)

2006 2007 2008 2009

Exportação Importação Exportação Importação Exportação Importação Exportação Importação

Altamira 10.833.697 6.248 13.109.955 - 5.632.075 24.280 681.298 -Anapu 5.915.687 - 374.331 - - - - -Brasil Novo - - - - - - - -Medicilândia 1.874.973 - 1.684.697 - 1.601.526 - 1.675.027 -Pacajá 2.697.995 - 4.028.226 44.938 1.853.121 - 1.704.880 -Placas 137.728 - - - - - - -Porto de Moz 975.233 - 3.220.522 - 3.054.220 - 361.270 -Senador José Porfírio 2.566.518 - 3.735.795 - 2.216.765 - 1.935.604 -Uruará 7.425.448 - 11.052.617 - 6.602.763 - 4.354.008 -Vitória do Xingu - - - - - - - -Total Regional 32.427.279 6.248 37.206.143 44.938 20.960.470 24.280 10.712.087 -

Fonte: MDIC/SECEX

- Dados não informados ou zeros.

Para as Receitas da Região de Integração do

Xingu, verifica-se a não disponibilização dos dados dos

seguintes municípios e respectivos anos: de 2006 a 2008,

Placas e Vitória do Xingu; de 2007, Senador José Porfírio;

de 2007 e 2008, Uruará. Ressalvadas as considerações

anteriores, os percentuais apresentaram, para o período

2007/2008, aumento nas seguintes proporções: a)

Orçamentária de 17,12%; b) Correntes de 18,92% e; c)

Tributária de 33,72%.

Assim, os municípios com as maiores e menores

participações no total da região no ano de 2008 e seus

respectivos percentuais foram Altamira e Senador

José Porfírio, da seguinte maneira, respectivamente:

1) Orçamentária de 46,62% e 7,15%; 2) Correntes de

47,01% e 7,45% e; 3) Tributária de 68,11% e 6,08%. Outra

informação que pode ser extraída é o crescimento

relativo, ou seja, de 2007 para 2008 os municípios que

cresceram foram: i) Orçamentária e Corrente: Anapu em

59,72% e 63,84% e; ii) Tributária: Altamira em 37,20%.

Os municípios que apresentaram os menores

crescimentos em suas respectivas Receitas no período

2007/2008 foram: a) Orçamentária e Corrente: Altamira

com 16,62% e 19,24% e; b) Tributária: Pacajá que

ao contrário não houve crescimento, mas queda no

percentual de -8,05%.

Tabela 366: Finanças Municipais - Receitas

Município

Finanças Municipais – Receitas

Orçamentária Correntes Tributária

2006 2007 2008 2006 2007 2008 2006 2007 2008

Altamira 73.300.024,69 83.661.522,69 97.563.556,46 73.954.389,36 86.852.732,33 103.561.239,80 5.400.901,55 5.706.935,25 7.829.638,74

Anapu 11.945.426,55 12.728.231,30 20.330.156,28 11.154.593,88 13.131.638,30 21.515.320,89 828.679,41 573.081,30 754.541,88

Brasil Novo 13.467.157,83 14.656.229,78 18.139.106,62 13.206.201,95 14.564.037,00 19.821.365,70 515.220,17 636.714,74 805.767,15

Medicilândia 17.578.535,03 20.945.550,49 27.334.039,93 16.115.462,69 20.475.525,19 25.744.563,74 546.004,89 605.938,06 806.739,67

Pacajá 19.011.546,32 22.246.417,92 30.949.502,68 19.966.421,91 24.146.741,28 33.218.616,30 536.532,72 652.155,05 599.688,17

Placas - - - - - - - - -

Porto de Moz 20.852.561,52 24.442.980,78 - 20.692.597,34 26.055.345,67 - 595.393,41 421.956,16 -

Senador José

Porfírio11.220.290,45 - 14.959.009,02 11.318.782,88 - 16.414.122,18 353.168,81 - 699.494,60

Uruará 27.829.538,52 - - 29.197.527,30 - - 1.095.822,14 - -

Vitória do Xingu - - - - - - - -

Total Regional 195.205.080,91 178.680.932,96 209.275.370,99 195.605.977,31 185.226.019,77 220.275.228,61 9.871.723,10 8.596.780,56 11.495.870,21

Fonte: STN/FINBRA: 2006; 2007 e 2008.

- Dado não informado.

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As informações ou a falta das mesmas verificadas

nas Receitas devem ser replicadas para as Despesas. Isto

é, dos 10 municípios da Região de Integração de Xingu.

Deste modo, dos 06 municípios que informaram suas

despesas em 2008, Altamira representou 47,48% de

toda a Despesa Corrente da Região, seguido de Pacajá

com 15,07%; Senador José Porfírio, por outro lado, foi o

município que possui a menor participação com 8,36%.

Para as Despesas com Pessoal e Encargos Sociais

mantêm-se as posições de primeiro e o segundo lugares:

Altamira apresenta maior representação com 47,04%

do total da Região, enquanto que Pacajá aparece com

16,92%, permanecendo Senador José Porfírio com

7,88% da Despesa considerada.

Medicilândia foi em 2008 o município com maior

participação nas Despesas com Investimento com

31,03%, na sequência aparece Altamira com 29,55%.

Porém, permanece Senador José Porfírio como o

município com a menor participação com 2,63% e, em

antepenúltimo, Pacajá com 5,72% do total da Região.

Tabela 367: Finanças Municipais - Despesas

Município

Finanças Municipais – Despesas

Correntes Pessoal e Encargos Sociais Investimentos

2006 2007 2008 2006 2007 2008 2006 2007 2008

Altamira 62.778.679,73 73.003.091,19 88.169.376,03 28.783.105,88 35.488.937,92 45.653.007,59 7.915.707,16 10.785.763,92 5.774.675,42

Anapu 9.841.182,85 11.562.023,50 16.290.210,54 5.397.412,26 6.338.047,45 8.687.377,96 2.261.742,45 1.082.454,39 3.399.890,73

Brasil Novo 10.783.418,68 13.124.085,71 16.442.432,94 4.897.797,90 6.119.391,86 7.963.394,18 3.104.508,32 1.767.434,23 2.673.841,39

Medicilândia 14.595.466,19 16.610.401,00 21.275.148,70 8.175.339,70 9.045.327,58 10.671.031,21 3.382.423,53 4.335.766,11 6.063.463,14

Pacajá 19.432.055,09 21.507.598,08 27.984.953,17 9.756.384,31 11.483.966,20 16.419.547,02 2.201.269,99 988.653,99 1.117.624,38

Placas - - - - - - - - -

Porto de Moz 20.171.929,38 24.697.434,71 - 10.000.807,03 11.707.135,07 - 2.427.784,85 2.488.688,28 -

Senador José Porfírio 9.713.741,71 - 15.532.964,65 4.498.167,55 - 7.650.763,66 984.340,78 - 513.685,38

Uruará 24.277.470,67 - - 12.229.266,51 - - 3.484.798,78 - -

Vitória do Xingu - - - - - - - - -

Total Regional 171.593.944,30 171.593.944,30 171.593.944,30 171.593.944,30 171.593.944,30 171.593.944,30 171.593.944,30 171.593.944,30 171.593.944,30

Fonte: STN/FINBRA: 2006; 2007 e 2008.

- Dado não informado.

Os segmentos econômicos que compõem o

Produto Interno Bruto da Região de Integração do

Xingu revelam a prevalência do setor de serviço (cujo

crescimento de 2006 para 2007 se deu em 23,24%), em

relação ao industrial (com crescimento de 22,16% -

2006/2007) e o agropecuário (crescimento de 14,33%

no período mencionado). Verifiquemos cada segmento:

a) Setor Agropecuário: em 2007, Anapu foi o

município que apresentou maior crescimento

(com 27,21% em relação ao ano de 2006). Em

termos nominais Altamira apresentou o maior

valor R$59.454 Mil. Contudo, verifica-se que

houve queda relativa de -4,22% em Vitória do

Xingu (2006/2007). Já Porto de Moz se nos

apresenta como o menor valor nominal da

Região com R$12.499 em Mil;

b) Setor Industrial: o município de Altamira além

de apresentar o maior crescimento no período

2006/2007 (32,906%) também é responsável pelo

maior valor nominal da Região com 44,160% do

total; em outro extremo, Brasil Novo apresentou

a maior queda percentual da atividade industrial

na Região com -3,19% (2006/2007); enquanto

que Vitória do Xingu apresenta o menor valor

nominal R$2.844 em Mil;

c) Setor de Serviços: novamente o município de

Altamira apresentou a maior participação do

total da Região (R$345.528 em Mil ou 45,174%).

Contudo, para o período 2006/2007, Anapu

mostrou o maior crescimento dos municípios

da Região com 89,48%; em sentindo oposto,

Uruará registrou queda no mesmo período no

percentual de -3,93%; enquanto que Senador

José Porfírio é, nominalmente, o que indica o

menor valor da Região com R$25.325 em Mil.

O PIB Per Capita da Região de Integração Xingu,

também, evoluiu no período 2006/2007 em 7,02%. Dos

municípios integrantes da Região, Vitória do Xingu

apresentou, em 2007, o maior valor do PIB Per Capita da

Região com R$6.842 e crescimento de 10,66%; Porto de

Moz registrou o menor indicador de riqueza em no ano

com R$2.690. Anapu, por seu turno, apresentou queda

relativa no período 2006/2007 em -43,68%, além de

Senador José Porfírio que apresentou queda de -13,29%.

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ráTabela 368: Informações Medidas de Riqueza – Produto Interno Bruto – PIB e Renda Per Capita

Municípios

PIB - em MIL R$Renda Per Capita em R$

Agropecuária Indústria Serviços

2005 2006 2007 2005 2006 2007 2005 2006 2007 2005 2006 2007

Altamira 47.813 51.942 59.454 47.956 47.743 63.450 242.629 270.685 345.528 4.363 4.718 5.518

Anapu 13.150 17.908 22.782 7.464 5.139 7.246 18.484 18.733 35.495 5.971 6.815 3.838

Brasil Novo 24.373 27.033 29.118 3.833 4.335 4.197 29.206 31.882 37.886 2.842 3.049 3.928

Medicilândia 29.830 28.861 36.656 6.328 7.422 7.665 40.760 45.920 53.302 3.535 3.781 4.474

Pacajá 33.629 37.770 46.248 9.557 12.275 14.922 40.601 49.523 69.924 2.810 3.289 3.535

Placas 14.064 14.159 17.147 4.396 3.934 4.835 18.166 19.031 25.415 2.461 2.430 2.718

Porto de Moz 10.312 11.953 12.499 5.670 7.063 7.558 35.133 43.024 48.944 1.831 2.144 2.690

Senador José Porfírio 9.211 14.084 14.779 3.793 3.070 3.945 19.565 19.179 25.325 3.033 3.643 3.159

Uruará 30.542 37.446 41.877 25.259 24.027 27.020 83.594 92.941 89.287 2.535 2.694 4.763

Vitória do Xingu 24.312 26.147 25.044 2.261 2.609 2.844 28.264 29.798 33.861 5.684 6.183 6.842

Total Regional 237.235 267.302 305.604 116.518 117.614 143.682 556.402 620.716 764.967 35.065 38.746 41.465

Fonte: IDESP/IBGE

DIMENSÃO INFRAESTRUTURA

A Região de Integração Xingu em seus dez

municípios disponibiliza uma malha rodoviária com

85,95 Km em extensão de rodovias pavimentadas,

sendo o município de Vitória do Xingu com 33,50 Km o

que apresenta a maior extensão de rodovia pavimentada

na região. Por outro lado, os municípios: Brasil Novo,

Medicilândia, Placas, Porto de Moz e Uruará não

apresentam rodovias pavimentadas ficando suas

acessibilidades dificultadas em período de chuva.

Quanto aos serviços de transporte, esta região

é caracterizada por ser de difícil acesso. Entretanto,

há predominância do transporte terrestre, 80% dos

municípios têm acesso a ônibus intermunicipal, não

contam com esse serviço Porto de Moz e Senador José

Porfírio. O serviço de transporte hidroviário ocorre em

50% dos municípios. Em relação ao modal aeroviário, só

ocorre esse serviço aeroviário no município de Uruará.

Nesse sentido, o transporte urbano de passageiros é feito

por Mototáxi em todos os municípios, 90% por Táxi e

80% de Vans, só existe transporte urbano por ônibus no

município de Altamira.

Em relação à distribuição de energia elétrica, ao

se considerar o consumo industrial mensal em KW/H

por município, destaca-se o município de Altamira com

954.265 KW/H, o que sinaliza a existência de uma planta

industrial, em segundo Uruará com um consumo de

660707 KW/H e, aparece com o menor consumo industrial

o município de Porto de Moz com 17.414 KW/H.

Com o Programa Luz Para Todos, foram

realizadas 8.461 ligações, no período de 2004 a 2009,

beneficiando famílias de baixa renda, e que 80% destas

moram no meio rural. A tabela distribuição de ligações

mostra que no período de 2007 a 2009, o número de

ligações foi mais de 50% maior, em comparação ao

período de 2004 a 2006.

Tabela 369: Distribuição de ligações realizada pelo Programa Luz para Todos na RI Xingu

Ano Ligações Realizadas Ligações Acumuladas

2004 0 0

2005 593 593

2006 1.893 2.486

2007 2.323 4.809

2008 2.112 6.921

2009 1.540 8.461

2010 (jan) 0 8.461

Fonte: CELPA ELABORAÇÃO: SEIR,2010

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Esta região apresenta grande potencial

hídrico para implantação de micro e pequenas usinas

hidrelétricas (PCH), inclusive com o atendimento de

diversas comunidades isoladas em Rurópolis por esse

tipo de sistema de geração de energia. Vale destacar que

a energia é proveniente de Autoprodutores, não tendo

qualquer vínculo com a concessionária Celpa.

Quanto as escolas de ensino fundamental, são

758 escolas nesta região, o município de Pacajá apresenta

o maior número de instituições de ensino fundamental,

com 158 escolas, destas 157 são municipais e uma é

privada, em segundo lugar o município de Porto de Moz

com 141, sendo todas escolas municipais, Altamira com

106 escolas, sendo 97 municipais e nove privadas, é o

terceiro município da região. Por outro lado, observa-se

que em Senador José Porfírio o ensino fundamental é

assistido por 16 escolas, sendo todas do poder municipal.

Tabela 370: Indicadores de nfraestrutura – RI Xingu

MunicípiosRodovia Pavimentada

(Km) (1) Ônibus Inter-municipal (2) Consumo/Kwh Industrial (3) Total de Escolas do Ensino fundamental (4)

Altamira 20,00 Sim 954.265 106

Anapu 15,25 Sim 261.481 59

Brasil Novo 0,00 Sim 20.115 33

Medicilândia 0,00 Sim 98.781 53

Pacajá 16,00 Sim 225.270 158

Placas 0,00 Sim 45.123 65

Porto de Moz 0,00 Não 17.414 141

Senador José Porfírio 1,20 Não 48.238 16

Uruará 0,00 Sim 660.707 91

Vitória do Xingu 33,50 Sim 475.242 36

RI Xingu 85,95 80% 2.806.636 758

Fontes: 1. SEIR, SETRAN 2007; 2. SETRAN - 2006 IBGE/MUNIC - 2008; 3. REDE CELPA, 2007; 4. IBGE, 2007

DIMENSÃO AMBIENTAL

Localizada na parte central do Pará, a Região de

Integração do Xingu, possui área de 250.791,94 km2

a qual fazem parte, segundo a resolução 32/2003 do

Conselho Nacional de Recursos Hídricos, as regiões

hidrográficas Amazônica e Tocantins. A Região

Hidrográfica Amazônica abrange a área da Região

de Integração do Xingu, quase em sua totalidade e

contemplam as bacias do Rio Iriri, Rio Médio Xingu,

Rio Amazônas/Curuá-una) e Rio Baixo Xingu/Jarauçú,

enquanto que a Região Hidrográfica do Tocantins, em

menor área, engloba apenas a bacia do Rio Alto Anapu/

Pacajá (ANA/2009).

Áreas Protegidas

A partir dos dados do MZEE-PA (SEMA, 2009), a

RI Xingu é a que engloba a segunda maior área protegida

no Pará, apenas atrás da RI Baixo Amazonas, somando

em torno de 179.267 km², assim distribuída: cerca de

36.628 km² para UC de Proteção Integral (destaque

para a Esec da Terra do Meio, com 31.385 km²); cerca

de 45.825 km² para UC de Uso Sustentável (destaque

para a Resex Verde para Sempre, com 13.127 km²); cerca

de 96.046 km² para Terras Indígenas (destaque para a

TI Menkragnoti, com 33.498 km²); e cerca de 767 km²

para Área Militar (Campo de Provas Brigadeiro Velloso

- Serra do Cachimbo).

A RI Xingu possui aproximadamente 72.642

km² de sua área territorial inserida nas Zonas de

Consolidação e de Expansão de atividades produtivas,

em torno de 29% desta RI.

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ráTabela 371: Áreas Protegidas em 2009.

Categoria MZEE Áreas ProtegidasÁrea Absoluta

(km²)Área Relativa

(%)

UC de Proteção Integral

Parque Nacional da Serra do Pardo 2.199,16 0,87Estação Ecológica da Terra do Meio 31.384,70 12,47Reserva Biológica Nascentes da Serra do Cachimbo 3.044,68 1,21

UC de Uso Sustentável

Floresta Nacional Tapajós 207,99 0,08Reserva Extrativista Verde para Sempre 13.127,23 5,21Floresta Nacional Altamira 5.399,54 2,14Reserva Extrativista Riozinho do Anfrisio 7.385,16 2,93Floresta Estadual Iriri 4.440,10 1,76Reserva Pesqueira do Xingu 278,18 0,11Área de Proteção Ambiental São Felix 5.825,75 2,31Reserva Extrativista do Rio Iriri 3.967,92 1,58Reserva Extrativista 3.093,04 1,23Reserva Extrativista Renascer 2.100,03 0,84

Terras Indígenas

Arara 2.760,91 1,10Koatinemo 3.895,17 1,55Kararaô 3.322,08 1,32Trincheira Bacaja 14.255,98 5,66Cachoeira Seca 7.535,03 2,99Arara da Volta Grande do Xingu 255,45 0,10Paquiçamba 41,55 0,02Kuruáya 1.673,46 0,66Xipaya 1.791,08 0,71Baú 15.453,14 6,13Menkragnoti 33.498,14 13,30Araweté Igarapé Ipixuna 7.749,07 3,08Panará 3.815,41 1,51

Área Militar Área das Forças Armadas 767,04 0,30

Consolidação Área de Consolidação das Atividades Produtivas 68.981,37 27,38

Expansão Expansão das atividades produtivas 3.661,33 1,45

RI Xingu 251.909,69 100,00 1,45

RI Xingu 251.909,69 100,00

Fonte: SEMA, 2009.

O município de Altamira é o que possui maior

extensão territorial de áreas protegidas da RI Xingu e do

Estado do Pará, totalizando em torno de 144.837 km²

(ver Tabela).

Tabela 372: Áreas Protegidas, em 2009.

MunicípiosUC de Proteção

Integral (km²)UC de Uso

Sustentável (km²)Terras Indígenas

(km²)Área Militar

(km²)Consolidação

(km²)Expansão

(km²)Altamira 36.628,54 30.112,78 77.329,01 767,04 15.579,14 0,00Anapu 0,00 209,17 5.169,72 0,00 6.239,19 331,91Brasil Novo 0,00 4,28 1.564,42 0,00 4.831,76 0,00Medicilândia 0,00 0,00 303,60 0,00 10.312,07 947,37Pacajá 0,00 207,95 2,36 0,00 6.056,30 1.565,63Placas 0,00 13.168,89 940,78 0,00 4.315,03 0,00Porto de Moz 0,00 0,00 0,00 0,00 5.177,83 2,86Senador José Porfírio 0,00 0,00 9.264,41 0,00 8.597,37 0,00Uruará 0,00 69,01 1.431,23 0,00 2.869,67 813,57Vitória do Xingu 0,00 2.052,88 40,94 0,00 5.003,01 0,00RI Xingu 36.628,54 45.824,95 96.046,46 767,04 68.981,37 3.661,33Pará 129.505,41 327.224,72 284.688,36 21.389,44 396.774,07 56.379,13

Fonte: SEMA (2009)

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Clima

De acordo com a classificação de Köppen, foram

identificados três sub-tipos climáticos para o Estado do

Pará: “Af ”, “Am” e “Aw”, os quais são pertencentes ao clima

tropical chuvoso e se diferenciam pela quantidade de

precipitação pluviométrica média mensal e anual.

Na Região de Integração do Xingu, dois desses

sub-tipos climáticos são característicos. O Am4, que é

caracterizado por apresentar total Pluviométrico, médio

anual, variando entre 1700mm e 2200mm e o Aw3

condicionado a valores de precipitação pluviométrica

média anual que variam de 2000mm a 2500mm. Este,

localizado no sul da região.

Vegetação

A cobertura vegetal na área da Região de Integração

do Xingu caracteriza-se por dois grandes grupos: ao sul

Antropismo

De acordo com os dados do INPE (2008), a RI

Xingu possue desmatamento acumulado até 2007, em

torno de 23.361 km2. Em termos de desflorestamento

absoluto, Altamira é o município que mais se destaca,

extensas áreas de floresta ombrófila e ao norte (entre o

amazonas e a BR-230) floresta ombrófila densa.

com uma área de cerca de 5.800 km² desflorestados até

2007 (25% de todo o desmatamento ocorrido na região).

Enquanto que o município de Senador José Porfírio

apresentou desmatamento de 632 km2.

Tabela 373: Incremento do desflorestamento até 2007, (área absoluta em km²).

MunicípiosDesflorestamento (km²)

Até 1997De 1997 a 2000

Em 2001 Em 2002 Em 2003 Em 2004 Em 2005 Em 2006 Em 2007Total (Até

2007)Altamira 1.885,00 251,72 375,21 674,36 655,17 711,68 544,22 329,88 370,34 5.797,58

Anapu 824,00 88,53 175,29 31,55 181,58 178,93 134,73 143,08 81,86 1.839,55

Brasil Novo 996,00 - - - 1.070,32 65,33 149,08 17,08 112,26 2.410,07

Medicilândia 815,00 - 2,57 - 692,19 104,97 40,20 9,18 144,15 1.808,26

Pacajá 2.646,00 14,63 194,48 55,19 203,93 266,77 280,06 226,80 168,83 4.056,69

Placas 1.024,00 150,22 46,85 20,86 37,00 82,51 32,73 91,54 63,93 1.549,64

Porto de Moz 88,00 - 4,92 16,89 328,92 117,53 133,45 30,72 55,24 775,67

Senador José Porfírio 174,00 10,22 52,24 44,44 97,27 91,73 56,41 45,97 59,60 631,88

Uruará 1.186,00 126,39 95,08 31,22 804,88 136,70 116,88 110,84 155,29 2.763,28

Vitória do Xingu 1.321,00 18,14 97,69 20,03 118,13 55,59 49,08 37,63 10,83 1.728,12

RI Xingu 10.959,00 659,85 1.044,33 894,54 4.189,39 1.811,74 1.536,84 1.042,72 1.222,33 23.360,74

Fonte: INPE (2008)

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3Parte

A POLÍTICA DE INTEGRAÇÃO REGIONAL E SEUS INSTRUMENTOS

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3Parte

A POLÍTICA DE INTEGRAÇÃO REGIONAL E SEUS INSTRUMENTOS

A POLÍTICA DE INTEGRAÇÃO REGIONAL E SEUS INSTRUMENTOS

No Estado do Pará, a questão da integração dos

municípios e das regiões passou a ser priorizada

a partir de 2007, pelas diferentes políticas de

governo, considerando-a não apenas em seus aspectos

físico e infra-estrutural, mas também em seus aspectos

econômico, social, cultural, ambiental e institucional,

além de se pensar a integração do Estado do Pará com o

restante do Brasil, da América Latina e do mundo.

Nesse sentido foi criado em 2007, através da

Lei Nº 7.024, de 24.07.2007, a Secretaria de Estado

de Integração Regional (SEIR) que assumiu o papel

de instituição promotora da integração das ações

governamentais nos múltiplos territórios existentes

no Estado do Pará, buscando a democratização e a

participação da sociedade no processo de seleção e de

priorização de projetos e ações que visem à diminuição

das desigualdades locais e regionais e atuando de forma

integrada com outros órgãos de governo em suas

diferentes escalas: federal, estadual e municipal.

Para cumprir esse papel a SEIR elaborou e

institucionalizou no âmbito do governo estadual a

Política de Integração Regional do Pará, que é

operacionalizada por um Sistema de Integração

Regional. Vale ressaltar que essa não é uma política

de uma única secretaria, mas que envolve todas

as secretarias e órgãos da administração direta e

indireta do governo.

Para se compreender a Política de Integração

Regional do Pará deve-se conhecer as principais

diretrizes estabelecidas para essa política, que são: (i)

a promoção da integração político institucional do

Governo do Estado com os Municípios e com o Governo

Federal; (ii) a execução de ações que incentivem o

desenvolvimento de laços comerciais, produtivos,

financeiros, culturais entre as diversas subrregiões

do estado; (iii) desenvolvimento de uma política de

solidariedade das regiões mais dinâmicas para com

as menos desenvolvidas; (iv) a execução de ações e

investimentos que facilitem a internalização da renda;

(v) a diversificação da base produtiva e a verticalização

da produção; (vi) a execução de ações que desenvolvam

na população a noção de “pertencimento” ao lado

da valorização das múltiplas culturas sub-regionais;

(vii) incentivo a participação popular nas decisões de

governo ao lado de mecanismos de controle social; (viii)

e o desenvolvimento de mecanismos de monitoramento

e avaliação das políticas públicas.

O Sistema de Integração Regional que

operacionaliza a Política de Integração Regional é

formado por um tripé estratégico, cujos pilares se

fundamentam nos seguintes temas: Desenvolvimento

Regional Sustentável, Descentralização Regional

e Nova Relação Institucional Federativa. A base do

sistema é constituída pelas Regiões de Integração (RI) e

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ráseu topo é formado pela Política de Integração Regional,

apoiada em pilares que constituem diretrizes para

promoção do desenvolvimento e da integração.

Figura 14: Sistema de Integração Regional

O pilar Desenvolvimento Regional Sustentável

é composto pelos Planos de Desenvolvimento Regional

Sustentável (PDRS), pela Política Estadual de Apoio

à Implantação de Agências de Desenvolvimento

Regional (ADR); pelos Conselhos de Desenvolvimento

Estadual e Regional do Planejamento Territorial

Participativo; pelo Fundo de Desenvolvimento do

Estado (FDE). Já, o pilar Descentralização Regional

é composto pelos Centros e Núcleos de Integração

Regional; pelo Fórum de Gestores Regionais e pelo

Orçamento Territorializado (PPA Regionalizado).

Por fim, o pilar Nova Relação Institucional

REGIÕES DE INTEGRAÇÃO

A nova regionalização do Estado do Pará, para fins

de planejamento, derivou das seguintes constatações:

As duas regionalizações oficiais do IBGE –

Mesorregiões e Microrregiões – não mais refletem

a realidade regional do estado. As mesorregiões

possuem limites muito vastos e as microrregiões não

mais representam regiões verdadeiramente coesas,

homogêneas ou complementares;

A necessidade de uma efetiva política de

desenvolvimento regional para o Estado do Pará;

O compromisso do governo de fomentar a

descentralização regional trazendo o Estado para mais

próximo da população;

A necessidade de elaborar e implementar políticas

públicas, articuladas em múltiplas escalas e pactuadas

com a população, adequadas a cada realidade territorial.

Assim, as 12 Regiões de Integração (12 RI) foram

identificadas, levando em consideração, as características

de concentração populacional, acessibilidade,

complementaridade, interdependência econômica,

índices de desenvolvimento e acesso à infraestrutura

econômica e social. Ao todo foram utilizados 12 critérios

que resultaram nesta divisão territorial.

Federativa é composto pelo Fórum Permanente das

Prefeituras; pela Sala das Prefeituras; pelos Agentes de

Integração Regional e pela Política Estadual de Apoio

ao Desenvolvimento de Consórcios Públicos.

Vale ressaltar que todos esses instrumentos são

articulados ente si, portanto, o quadro abaixo não segue

uma lógica matricial, isto é, todos os instrumentos foram

agrupados em quatro tipos: Planejamento, Pactuação,

Execução e Financiamento.

Quadro 2: Sistema de Integração Regional

Tipologia dos Instrumentos

DescentralizaçãoDesenvolvimento Regional

SustentávelNova Relação Institucional

PlanejamentoRegiões de Integração

Planos de Desenvolvimento Regional

Sustentável - PDRS

Fórum Permanente

das Prefeituras

Pactuação

Centros e Núcleos de Integração Regional

Política Estadual de Apoio à Implantação

de Agências de Desenvolvimento Regional

- ADR

Sala das Prefeituras

ExecuçãoFórum de Gestores Regionais

Conselho Estadual de Desenvolvimento e

Conselhos Regionais de Desenvolvimento

Agentes de Integração Regional

FinanciamentoPPA

RegionalizadoZoneamento Ecológico-

Econômico

Política Estadual de

Apoio à Implantação

de Consórcios

Públicos

Os indicadores utilizados no estudo foram os

seguintes:

• População (IBGE 2000);

• Densidade Populacional (IBGE 2000);

• Concentração de Localidades (SIGIEP 2002);

• Repasse de ICMS (SEFA – 2º semestre 2002);

• Renda per capita (IBGE 1991);

• Acessibilidade Física (SIGIEP 2002);

• Consumo de Energia Elétrica (CELPA 2002);

• Leitos por 1.000 habitantes (DATASUS/SEEPS);

• Índice de Desenvolvimento Humano - IDH

(PNUD 2000);

• Telefonia Fixa (Telemar 2002);

• Índice de Alfabetização (IBGE 2000);

• Fatores Geopolíticos.

A partir desses indicadores foram definidas 12

regiões no estado, que passaram a ser denominadas

de Regiões de Integração. Essas regiões foram

hierarquizadas em função de seu grau de acessibilidade,

de dinâmica econômica, ocupação populacional e nível

de acesso a equipamentos básicos e conectividade.

Portanto, de acordo com o Decreto Nº 1.066, de 19

de junho de 2008, a regionalização do Estado do Pará tem

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como objetivo: “definir regiões que possam representar

espaços com semelhanças de ocupação, de nível

social e de dinamismo econômico e cujos municípios

mantenham integração entre si, quer física quer

economicamente, com a finalidade de definir espaços

que possam se integrar de forma a serem partícipes do

processo de diminuição das desigualdades regionais.”

Essa nova regionalização serviu de base para a

descentralização do Governo do Estado que, dessa

forma, garantiu a presença do poder público em todas as

regiões, ampliando a participação popular nas decisões

de investimentos e ações. Desta forma, as 12 RI formam

a Base do Sistema de Integração Regional, tornando-se

efetivamente num instrumento de apoio e subsídio às

políticas públicas.

CENTROS DE INTEGRAÇÃO REGIONAL (CIR) E NÚCLEOS DE INTEGRAÇÃO REGIONAL (NIR)

Os Centros e Núcleos de Integração Regional são

espaços de gerenciamento e integração das políticas

públicas, que visam facilitar o planejamento, a gestão

e a operacionalização das ações governamentais além

de ampliar a presença do Governo nas RI. Os espaços

dos Centros e Núcleos aglutinam órgãos setoriais

para promover a integração e uma melhor adequação

das políticas públicas à realidade regional, além de

prestar atendimento e oferecer serviços à população

contribuindo para o acesso à cidadania. O CIR da Região

Metropolitana passou a funcionar no Centro Integrado

de Governo, localizado em Belém e aglutina as Secretarias

de Estado de Integração Regional; Projetos Estratégicos

e de Governo, além da Vice-Governadoria do Estado.

As regiões Rio Capim, Rio Caeté, Guamá, Tocantins e

Marajó, são vinculadas ao CIR da Região Metropolitana.

Em 2008 foram implantados outros dois Centros de

Integração Regional: Marabá e Santarém. Em maio de

2008 (07/05/2008) foi inaugurado o CIR Marabá com

a atribuição de articular as ações nas regiões Carajás,

Araguaia e Lago de Tucuruí. O CIR Marabá aglutina as

Secretarias de Estado de Integração Regional; de Meio

Ambiente; de Planejamento, Orçamento e Finanças/

Planejamento Territorial Participativo; de Projetos

Estratégicos / Pará Rural; de Administração/Programa

Tá na Mão; além do Instituto de Desenvolvimento

Florestal do Pará e do BANPARÁ/CredPará.

Em setembro de 2008 (11/09/2008) foi inaugurado

o CIR Santarém com a atribuição de articular as ações

nas regiões Baixo Amazonas, Tapajós e Xingu.

O CIR Santarém aglutina as Secretarias de Estado

de Integração Regional; de Meio Ambiente; de Projetos

Estratégicos/Pará Rural; de Administração/Programa Tá

na Mão; além do Instituto de Desenvolvimento Florestal

do Pará e do BANPARÁ/CredPará.

Os nove Núcleos de Integração Regional,

coordenados pelos Agentes de Integração Regional,

funcionam nos municípios: RI Araguaia (Conceição do

Araguaia); RI Guamá (Castanhal); RI Lago de Tucuruí

(Tucuruí); RI Marajó (Breves e Belém); RI Rio Caeté

(Capanema); RI Rio Capim (Ipixuna do Pará); RI

Tapajós (Itaituba) e RI Tocantins (Abaetetuba).

Mapa 37: Área de abrangência dos Centros e Núcleos de Integração Regional.

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ráFÓRUM DE GESTORES REGIONAIS (FGR)

O Fórum de Gestores Regionais foi criado em 07 de

maio de 2008, através do Decreto Estadual Nº 949/2008

e se constitui em um importante elemento do sistema de

descentralização regional responsável por mobilizar os

gestores das unidades regionais do Governo do Estado

em um espaço de discussão no qual são debatidas

pautas gerais relativas à operacionalização das políticas

públicas e pautas específicas com foco no andamento

dos programas estaduais e de ações de impacto regional.

Nele se reúnem os representantes executivos dos órgãos

do Governo do Estado atuantes em cada uma das doze

Regiões de Integração.

Os FGR devem ter regularidade em suas reuniões

ordinárias mensais, assumindo um caráter consultivo

e executivo, com o objetivo de articular, monitorar e

analisar as ações, programas e políticas de governo nas

Regiões de Integração, em particular programas de

impacto regional ou territorial. Os Fóruns de Gestores

Regionais são coordenados pelos Agentes de Integração

Regional, a quem cabe integrar no âmbito territorial as

diversas ações setoriais promovidas pelos diferentes

órgãos de governo.

Em 2008 foram instalados os doze fóruns nas 12

regiões de integração e em 2009 foram realizadas sete

reuniões no primeiro semestre nas regiões Guamá, Marajó,

Araguaia, Tapajós, Xingu, Rio Capim e Metropolitana,

além de mais 06 reuniões no segundo semestre nas

seguintes regiões: Marajó (Portel), Caeté (Capanema),

Metropolitana (Belém), Guamá (Castanhal), Tocantins

(Barcarena) e Capim (Paragominas).

PPA REGIONALIZADO

O Plano Plurianual – PPA é considerado um

dos instrumentos da Política de Integração Regional

do Pará por ser um instrumento de planejamento que

estabelece diretrizes, objetivos e metas a fim de orientar

ações e investimentos mais importantes, levando em

consideração as peculiaridades regionais. O PPA foi

institucionalizado pela Constituição Federal de 1988.

O PPA 2008-2011, instituído pela Lei Nº 7.077, de

28 de Dezembro de 2007, traz como elemento inovador a

incorporação das 12 Regiões de Integração no processo

de elaboração e execução das políticas públicas de

médio e longo prazo. A sua elaboração ocorreu de forma

regionalizada. Grande parte das demandas populares

do PTP, aproximadamente 84%, foram incorporadas no

PPA, portanto, seu objetivo é promover a integração das

ações governamentais, fornecendo os mecanismos de

intervenção e transformação socioeconômica.

Foto 1: Reunião do Fórum de Gestores da Região Marajó

Foto: Acervo SEIR.

Foto 2: Reunião do Fórum de Gestores da Região Caeté

Foto: Acervo SEIR.

A construção do Plano pautou-se em cenários

que oferecem um referencial de futuro possibilitando

alternativas para tomada de decisão. Vem de um

cenário que projeta um desenvolvimento integrado,

com ações que procuram atender aos pilares do projeto

de governo em curso, que buscam articulações com

os diversos atores sociais, para a construção das bases

economicamente sustentáveis do estado, num processo

que garante, simultaneamente, a municipalização do

desenvolvimento e a inclusão social.

A estruturação do Plano Plurianual faz-se por

programas, tendo como unidade de gestão o elemento

central de integração com os orçamentos anuais. No

que compete ao Poder Executivo, a programação está

estruturada por área de atuação governamental.

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sde Plano é a chegada da linha de transmissão de energia

elétrica (Linhão Tucuruí-Portel-Breves) que está em

plena execução e atenderá toda a população marajoara.

Somente o Linhão do Marajó terá um investimento de

R$ 473 milhões de reais. Além da energia, outras ações

relevantes e de grande impacto regional estão sendo

implementadas, como a regularização fundiária que

já beneficiou mais de 15 mil famílias, e ainda ações de

infraestrutura como recuperação de rodovias (PA-

154), estradas vicinais, pavimentação de vias urbanas,

construção de estações hidroviárias, pontes, sistemas de

abastecimento de água, entre outras ações.

Foto 3: Plenária de Consulta Pública do PDRS Marajó, realizada

em Salvaterra – 2007

Foto: Acervo SEIR.

Após a elaboração do Plano Marajó, em 2008,

iniciou-se a elaboração dos PDRS Xingu, Lago de

Tucuruí e Tocantins, este através de um convênio

com as Centrais Elétricas do Norte - Eletronorte.

Especificamente para o Plano Xingu, foi instituído um

Grupo de Trabalho Interministerial (GTI) constituído

oficialmente através de Decreto Presidencial de 19 de

novembro de 2009 e formado por órgãos do governo

federal e estadual. Da mesma forma, no âmbito estadual

foi instituído um Grupo de Trabalho através do Decreto

Estadual Nº 1.919, de 30 de novembro de 2009, composto

por 25 secretarias e órgãos de governo. Vale ressaltar que

o grupo estadual foi instituído para elaborar os doze

Planos de Desenvolvimento Regional Sustentável.

PLANOS DE DESENVOLVIMENTO REGIONAL SUSTENTÁVEL (PDRS)

Os Planos se constituem em um instrumento de

planejamento e operacionalização que visa integrar as

ações do Governo Federal, Estadual e Municipal, bem

como orientar as ações de iniciativas privadas no Estado

do Pará. Baseados na inclusão social, na redução das

desigualdades inter-regionais, no respeito à diversidade

cultural, no fomento às atividades econômicas que

gerem emprego e renda e no uso sustentável dos

recursos naturais.

A elaboração dos PDRS está estruturada em

cinco eixos temáticos, seguindo as diretrizes do

Plano Amazônia Sustentável - PAS: (i) Ordenamento

Territorial, regularização fundiária e gestão ambiental;

(ii) Fomento às atividades produtivas sustentáveis; (iii)

Inclusão social e cidadania; (iv) Infraestrutura para o

desenvolvimento; e (v) Modelo de gestão.

A elaboração dos PDRS está formulada em etapas,

contemplando as 12 RI, prevendo a participação na

elaboração e gestão dos três níveis de governo.

Em 2007, foi elaborado em parceria com o

Governo Federal o Plano de Desenvolvimento

Territorial Sustentável do Arquipélago do Marajó –

Plano Marajó. O Plano Marajó foi elaborado pelo

Grupo Executivo Interministerial (GEI), criado através

do Decreto Presidencial de julho de 2006, coordenado

pela Casa Civil da Presidência da República, mais a

participação efetiva de 30 órgãos federais. No início de

2007, o atual Governo do Estado aderiu à parceria com

o governo federal, formalizando através de Decreto

Estadual o Grupo Executivo do Estado do Pará para o

Plano Marajó (GEPLAM), coordenado pela Secretaria

de Estado de Integração Regional, com a participação de

19 órgãos estaduais.

Para elaboração do plano foram realizadas 5

(cinco) consultas públicas envolvendo autoridades do

Governo Federal, Estadual, Municipais e da sociedade

civil organizada, além de parlamentares e representantes

do setor produtivo. Ocorridas no início de 2007, as

consultas públicas foram realizadas em Salvaterra, São

Sebastião da Boa Vista, Breves, Anajás e Afuá tendo a

participação de cerca de 3.000 pessoas.

O Plano foi lançado oficialmente em 2008 e

desde então vem sendo realizadas ações voltadas para o

desenvolvimento da região do Marajó. A ação de maior

impacto para o desenvolvimento da região no âmbito

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ráFoto 4: Plenária da Consulta Pública PDRS Xingu – Altamira –

2009

Foto: Acervo SEIR.

Foto 5: Plenária de Consulta Pública do PDRS Tocantins,

realizada em Moju – 2009

Foto: Paulo Jordão/SEIR.

Foto 6: Plenária de Consulta Pública do PDRS Lago de Tucuruí,

realizada em Jacundá – 2009

Foto: Paulo Jordão/SEIR.

POLÍTICA ESTADUAL DE APOIO A IMPLANTAÇÃO DE AGÊNCIAS DE DESENVOLVIMENTO REGIONAL (ADR)

O Governo do Estado através da SEIR criou e

coordenou, no segundo semestre de 2007, um Grupo

de Trabalho (GT) composto por diferentes instituições

(SEGOV, SEPOF, SEDECT, Casa Civil, SAGRI,

Eletronorte, SEBRAE/PA, IEL, CIN/FIEPA e ACP/

FACIAPA) com o objetivo de formular uma Política de

Apoio à Implantação de ADR no Estado do Pará. Trata-

se, portanto, de uma política voltada à operacionalização

de ações e projetos que tenha como finalidade principal

promover o desenvolvimento regional sustentável, bem

como reduzir as desigualdades socioeconômicas em

todas as regiões do Estado do Pará.

São objetivos de uma Agência de Desenvolvimento

Regional: (i) Articular e integrar instituições públicas

e privadas para que de forma coordenada promovam

o desenvolvimento regional; (ii) Destacar ações

estratégicas, organizando as diversas iniciativas, projetos

e propostas de desenvolvimento; (iii) Promover parcerias

entre as entidades envolvidas com o desenvolvimento

da região e as demais instituições estaduais, nacionais

e internacionais; (iv) Proporcionar e/ou facilitar a

captação de recursos financeiros para a realização de

projetos estratégicos para a região; e (v) Buscar maior

agilidade, eficácia e eficiência na execução de ações, por

meio de parcerias públicas e privadas.

Assim como se provou em outros locais, as

agências podem representar uma solução importante

ao Pará, desde que sejam estruturadas para de fato

operacionalizar as escolhas políticas relativas ao

desenvolvimento e concretizar a ideia de integração

institucional, que propõe reunir sujeitos públicos e

privados em projetos comuns, de forma a somar recursos

provenientes de diversas fontes. A criação de ADR no

estado do Pará está pautada de que essa iniciativa deve

surgir a partir do território, ou seja, os atores sociais

de uma região devem se articular e criar mecanismos

que possam fortalecer uma estratégia de implantação e

implementação de uma ADR. Nesse sentido o governo

do estado lançou em outubro de 2008 uma Política de

Apoio à Implantação de ADR no estado do Pará, cujo

produto final foi a elaboração de uma cartilha contendo

um Manual Operacional para criação de agências.

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Figura 15: Motivos para se implantar uma Agência de Desenvolvimento Regional

CONSELHOS REGIONAIS DE DESENVOLVIMENTO (CRD) E O CONSELHO ESTADUAL DE DESENVOLVIMENTO (CED) DO PLANEJAMENTO TERRITORIAL PARTICIPATIVO (PTP)

Instrumentos de planejamento, operacionalização

e pactuação da Política de Integração Regional, os

Conselhos Regionais de Desenvolvimento (CRD)

e o Conselho Estadual de Desenvolvimento (CED)

surgiram em 2007 com a criação do Planejamento

Territorial Participativo (PTP), um instrumento do

governo que garante a gestão democrática, por meio

de uma co-gestão entre estado e sociedade civil, com

efetividade da participação popular e do controle social

no estado do Pará. Portanto, os CRD e CED constituem-

se em fóruns consultivos para políticas públicas de

participação popular em cada Região de Integração e

para políticas mais gerais em âmbito estadual.

Os Conselhos promovem a participação de todos

os segmentos da sociedade regional no diagnóstico de

suas necessidades, para a formulação e a implementação

de políticas de desenvolvimento e acompanhamento

de obras da região. Esse fórum tem a responsabilidade

de debater, monitorar, formular e conduzir o processo

da descentralização territorial, além de servir de espaço

para o debate coletivo e aprendizado mútuo de todas as

Regiões de Integração.

Em 2007 ocorreram as primeiras doze reuniões

dos CRD com o objetivo de debater os pareceres

dos órgãos da administração pública estadual sobre

as demandas votadas nos 143 municípios do estado

durante a realização do PTP, coordenado pela Secretaria

de Estado de Planejamento, Orçamento e Finanças

(SEPOF); além de eleger os representantes do Conselho

Estadual de Desenvolvimento.

No dia 28 de agosto de 2007 foi instalado o

Conselho Estadual de Desenvolvimento (CED), que

conta com 114 Conselheiros, formado da Governadora

do Estado, um representante da Assembléia Legislativa

do Estado, além de 18 representantes do Governo do

Estado, nomeados pela Governadora, três representantes

de entidades da sociedade civil e 84 Conselheiros dos

que foram eleitos nos Conselhos Regionais.

A constituição numérica de cada CRD varia

de acordo com o número de municípios existentes

em cada Região de Integração, no total são 3.968

conselheiros regionais.

Os CRD contam com a participação do poder

executivo dos diversos municípios que compõe cada

RI, representantes das diversas câmaras municipais

e membros da sociedade civil organizada que foram

eleitos e indicados em cada município através do PTP.

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ráFoto 7: III Reunião do Conselho Regional do PTP na

Região Metropolitana

Foto: Cláudio Santos/Agência Pará

Foto 8: III Reunião do Conselho Regional do PTP na

Região Capim

Foto: Cláudio Santos/Agência Pará

ZONEAMENTO ECOLÓGICO-ECONÔMICO

Instrumento de planejamento da Política de

Integração Regional do Pará, o Zoneamento Ecológico-

Econômico, coordenado pela Secretaria de Estado de

Projetos Estratégicos, é um instrumento fundamental

para o planejamento das ações públicas e privadas no

território paraense. Em suma, o ZEE serve para orientar

o planejamento, a gestão e o ordenamento territorial

para o desenvolvimento sustentável, a melhoria das

condições socioeconômicas das populações locais e a

manutenção e recuperação dos serviços ambientais dos

ecossistemas naturais.

O ZEE do Pará é regulamentado por duas leis: a

Lei Nº 7.243/2009, que dispõe sobre o ZEE da área de

influência das Rodovias BR-163 (Cuiabá-Santarém)

e BR-230 (Transamazônica), mais conhecido como

ZEE – Zona Oeste, que abrange 19 municípios da

porção oeste do Estado, ou 27% do território paraense

e aproximadamente 1 milhão de habitantes. A outra é

a lei nº 7.398/2010, sancionada em abril de 2010 pela

governadora Ana Júlia Carepa, que regulamenta o ZEE

– Zona Leste e Calha Norte, a porção mais populosa

do Estado, que corresponde a 33% de nosso território

e 103 municípios. Ao todo o Pará chega à cobertura de

84% de seu território, estando mapeados 122 dos 143

municípios paraenses.

O levantamento realizado pelo Zoneamento,

aponta que uma área superior a 40,4 milhões de hectares

é indicada para consolidação de atividades produtivas;

mais de 9,8 milhões de hectares para uso alternativo

do solo e 4,9 milhões de hectares destinados à área de

reflorestamento, este último equivalente ao tamanho do

Estado do Espírito Santo.

Esse tipo de análise é devido aos princípios

norteadores do ZEE, que são: 

PARTICIPATIVO – Os atores sociais devem

intervir durante as diversas fases dos trabalhos, desde

a concepção até a gestão, com vistas à construção de

seus interesses próprios e coletivos. Para que o ZEE seja

autêntico, legítimo e realizável.

EQUITATIVO – Igualdade de oportunidade de

desenvolvimento para todos os grupos sociais e para as

diferentes regiões.

SUSTENTÁVEL – O uso dos recursos naturais

e do meio ambiente deve ser equilibrado, buscando a

satisfação das necessidades presentes sem comprometer

os recursos para as próximas gerações.

HOLÍSTICO – Abordagem interdisciplinar

para a integração de fatores e processos, considerando

a estrutura e a dinâmica ambiental e econômica, bem

como os fatores histórico-evolutivos do patrimônio

biológico e natural.

SISTÊMICO – Visão sistêmica que propicie

a análise de causa e efeito, permitindo estabelecer as

relações de interdependência entre os subssistemas

físico-biótico e socioeconômico.

Para conclusão do ZEE foram envolvidos 121

profissionais das seguintes instituições de ensino,

pesquisa e extensão: Embrapa Amazônia Oriental,

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE),

3ª Divisão de Levantamentos do Exército Brasileiro,

Centro Gestor do Sistema de Proteção da Amazônia

(Censipam), Museu Paraense Emílio Goeldi, Serviço

Geológico do Brasil (CPRM), Universidade Federal

do Pará (UFPA) e a Universidade Federal Rural da

Amazônia (UFRA).

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sA discussão das pautas regionais acontece

nas Regiões de Integração (RI) com a presença de

representantes do Governo do Estado e dos prefeitos (ou

representantes) dos municípios da região.

Foto 9: Reunião de trabalho do FPP envolvendo representantes

dos órgãos setoriais de governo, da Federação de Municípios,

das Associações Municipais e dos Consórcios Públicos –

Belém-2009

Foto: Paulo Jordão/SEIR.

FÓRUM PERMANENTE DAS PREFEITURAS – FPP

SALA DAS PREFEITURAS

Inaugurada em maio de 2009, a Sala das

Prefeituras é um instrumento que busca proporcionar a

intensificação da relação do Governo do Estado com as

Prefeituras dos nossos 143 municípios. É um espaço de

integração entre o Governo do Estado e as Prefeituras,

Federações de Municípios, Associações e Consórcios

Municipais que visa apoiar e orientar sobre fontes

de recursos; elaboração de projetos para captação de

recursos e execução dos recursos e a prestação de contas.

As atribuições da Sala consistem em receber e

encaminhar os pleitos das prefeituras, associações,

consórcios e federação dos municípios acerca das

necessidades de obras e serviços pelo Estado ou em

parceria; bem como informar do andamento dessas

demandas, prestar cursos de capacitação e orientações

para a elaboração de projetos, captação de recursos,

implementação de políticas públicas e dos programas

existentes dos governos federal e estadual, busca de

novos financiamentos e promoção da regularidade fiscal.

A Sala das Prefeituras vem democratizar as

políticas públicas do Governo Estadual de forma a

articular ações estreitando o laço entre as instituições

É um instrumento de pactuação que corresponde

a um fórum permanente de discussão das políticas

públicas que estão sendo implementadas nos Municípios

envolvendo representantes do Governo do Estado e das

Prefeituras Municipais com o objetivo de estimular o

debate e o encaminhamento de soluções de problemas

comuns entre os municípios, visando à promoção do

desenvolvimento local e regional.

O Fórum Permanente das Prefeituras (FPP) é uma

instância formada pelos gestores municipais, presidentes

de Associações de Municípios, presidentes de Consórcios

intermunicipais e presidente da Federação dos

Municípios do Estado do Pará. Tem o papel de discutir

estratégias articuladas entre os municípios e destes com

o Governo do Estado visando à integração de ações e o

fortalecimento do pacto federativo. As reuniões do FPP

são de caráter setorial ou regional. Nas reuniões setoriais

são escolhidas pautas específicas onde são discutidos os

problemas enfrentados pelos gestores e as suas soluções;

para essas reuniões são convidados todos os gestores

municipais do estado.

e municípios no que diz respeito ao intercâmbio de

informações técnicas, administrativas do portfólio de

recursos disponíveis e aplicáveis no crescimento de suas

regiões. Sua criação configura também uma forma de

participação dos municípios na condução da política

de investimento do Estado, aproximando as demandas

locais dos projetos previstos pelo Programa de

Aceleração do Crescimento (PAC) do governo federal

no Pará e possibilitando o conhecimento das linhas

de crédito existentes. É um espaço de integração para

operar investimentos em saneamento e habitação, além

de recursos do Fundo de Desenvolvimento Estadual –

FDE e Fundo para o Desenvolvimento Regional com

Recursos da Desestatização – FRD1.

Desde que foi inaugurada, a Sala das Prefeituras já

atendeu gestores de todos os municípios das 12 regiões

de integração do estado e grandes avanços já foram

percebidos através de ações, como: (i) Convênio entre

Seir e Secretaria de Estado de Transporte (SETRAN)

para a perenização de rodovias vicinais em 61

municípios; (ii) Convênio com Eletronorte para repasse

de 500 mil litros de diesel e 5 patrulhas mecanizadas às

1 Fundo criado com a privatização da Vale e destinado a financiar projetos, a fundo perdido, de desenvolvimento social e econômico dos 14 municípios situados no entorno da mineradora: Abel Figueiredo, Água Azul do Norte, Bom Jesus do Tocantins, Brejo Grande do Araguaia, Canaã do Carajás, Curionópolis, Eldorado do Carajás, Itupiranga, Marabá, Nova Ipixuna, Parauapebas, Rondon do Pará, São Domingos do Araguaia e São João do Araguaia.

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ráprefeituras de Baião, Cametá, Igarapé-Miri, Limoeiro

do Ajuru e Mocajuba a fim de recuperar 850 km de

estradas vicinais; (iii) Coordenação das ações em favor

dos 85 municípios em situação de emergência no Pará,

junto à Defesa Civil do Estado e outros órgãos, devido

à maior enchente registrada na história do Estado; (iv)

Desenvolveu ações visando à regularização fiscal dos

municípios junto ao Cadastro Único de Convênios

(CAUC), tais como, a confecção e distribuição do

manual de gestão pública e da cartilha da regularidade

fiscal; e a realização de seminários e workshop para as

prefeituras; (v) Capacitou 40 servidores de 29 prefeituras

e de 5 associações de municípios para a utilização do

Sistema de Gestão de Convênios e Contratos de Repasses

(SICONV), que possibilita o cadastro e o gerenciamento

de projetos de convênios junto ao governo federal; entre

outras ações; (vi) Articulação para aquisição e entrega

de equipamentos mecanizados a para recuperação de

estradas vicinais, escoamento da produção agrícola e

fluxo de pessoas em todos os municípios do estado.

AGENTES DE INTEGRAÇÃO REGIONAL

Os Agentes de Integração Regional, também

chamados de Assessores de Articulação Territorial, são

interlocutores do Governo do Estado nas regiões. Sua

presença tem como função promover a articulação das

ações do governo através da captação e da distribuição de

informações pertinentes à execução das políticas públicas

nas regiões. Cada RI possui seu respectivo agente.

O agente tem o papel de organizar a ação do Estado

em cada uma das regiões, articulando a ação da SEIR e

dos demais órgãos de governo no sentido de tornar as

políticas públicas mais eficientes e aproximá-las da

realidade dos municípios. Dessa forma, os agentes atuam

também no fortalecimento das relações institucionais

presentes nas regiões, não só junto aos representantes

dos demais órgãos de governo, mas também junto

a prefeitos, vereadores, sindicatos, associações e

movimentos sociais.

Cabe também aos agentes articular os diversos órgãos

setoriais presentes nas regiões, promovendo a integração e

uma melhor adequação das políticas públicas à realidade

regional; articular e ampliar a relação interinstitucional

do Governo do Estado com as prefeituras, às associações

de municípios e os consórcios intermunicipais presentes

nas RI; além de coordenar o Fórum de Gestores Regionais

(FGR) em cada RI, monitorando as diversas ações,

programas e políticas de governo.

Figura 58: Espacialização dos Agentes de Integração Regional nas RI.

Fonte: GeoPARÁ, 2008.

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POLÍTICA ESTADUAL DE APOIO AO DESENVOLVIMENTO DE CONSÓRCIOS PÚBLICOS

Instrumento de Planejamento, pactuação,

operacionalização e financiamento da Política de

Integração Regional do Pará, a Política Estadual de

Apoio ao Desenvolvimento de Consórcios Públicos

lançada em junho de 2008 teve como eixo as orientações

estabelecidas pela Lei Estadual N° 7.088, de 16 de janeiro

de 2008, que se apóia na Lei Federal N° 11.107/2005 e no

Decreto N° 6.017/2007 que a regulamentou.

Criada por um Grupo de Trabalho (GT) que

envolveu várias secretarias estaduais, a Assembléia

Legislativa e representantes dos Consórcios Públicos

existentes no Estado do Pará, a Política Estadual de

Apoio ao Desenvolvimento de Consórcios Públicos

pretende instrumentalizar os municípios e a sociedade

na constituição de consórcios e na adequação de

consórcios existentes, através de orientações ao processo

de consorciamento.

São objetivos dessa política: (i) Valorizar e

potencializar a articulação entre os municípios

que tenham projetos em comum ou algum nível

de articulação política, econômica e social; (ii)

Consolidar uma nova fase de cooperação entre

diferentes níveis de governo (pacto federativo); (iii)

Ganho de escala na execução das políticas públicas e

redução dos custos operacionais em ações específicas

nas áreas de saúde, meio ambiente, segurança e

cidadania, água e esgotamento sanitário, mobilidade e

tratamento de resíduos sólidos; (iv) Aperfeiçoamento

dos mecanismos de articulação intermunicipal e

incentivo a gestão associada de serviços públicos;

(v) Ganhos institucionais na capacidade de gestão

pública; (vi) Valorização da participação das

organizações de controle social; e (vii) Estimular o

debate e o encaminhamento de soluções de problemas

comuns entre os municípios visando a promoção do

desenvolvimento local e regional.

Figura 59: Áreas de atuação da Política de Apoio ao Desenvolvimento de Consórcios Públicos.

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