Manual Polos Geradores

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Dezembro de 2001 Dezembro de 2001 Dezembro de 2001 Dezembro de 2001 Dezembro de 2001

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Manula de polos geradores

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Edição Departamento Nacional de Trânsito - DenatranMinistério da Justiça - anexo II - 5o andarEsplanada dos Ministérios70064-9000 - Brasília - DF

Copyright c 2001 Departamento Nacional de Trânsito - Denatran

Este documento Técnico foi elaborado sob o contrato Denatran / FGV.

Ficha Catalográfica

Departamento Nacional de Trânsito (DENATRAN).

Manual de procedimentos para o tratamento de pólosgeradores de tráfego. Brasília: DENATRAN/FGV, 2001

84f . il. ; 20 ,28 cm.

1. Pólo Gerador de Tráfego. 2. Tráfego. 3. Trânsito. I.Fundação Getúlio Vargas. II. Título.

CDU 656.054.4

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APRESENTAÇÃO

1. OS PÓLOS GERADORES DE TRÁFEGO E SEUS IMPACTOS NA CIRCULAÇÃO VIÁRIA

1.1. Conceito de pólo gerador de tráfego

1.2. Impactos causados pelos pólos geradores de tráfego

2. PARÂMETROS UTILIZADOS PARA O ENQUADRAMENTO DE PÓLOS GERADORES DE TRÁFEGO

3. PROCESSO DE LICENCIAMENTO PARA A IMPLANTAÇÃO DE PÓLOS GERADORES DE TRÁFEGO

3.1. Resoluções do CONAMA

3.2. Licenciamento nos municípios de Curitiba, São Paulo e Belo Horizonte

4. DESENVOLVIMENTO DE ESTUDOS DE IMPACTO DEVIDO À INSTALAÇÃO DE PÓLOS GERADORES DE TRÁFEGO

4.1. Responsabilidade pela elaboração de estudos de impacto e pela implantação de medidas mitigadoras

4.2. Roteiro básico para a elaboração de estudos de pólos geradores de tráfego

4.3. Parâmetros para projetos de pólos geradores de tráfego

5. ANÁLISE DOS ESTUDOS DE IMPACTO E RECOMENDAÇÃO DE MEDIDAS MITIGADORAS

5.1. Análise dos estudos de impacto

5.2. Exemplificação de medidas mitigadoras

CONSIDERAÇÕES FINAIS

ANEXO I: MODELOS DE GERAÇÃO DE VIAGENS

ANEXO II: DOCUMENTOS TÉCNICOS DE INTERESSE

ANEXO III: LEGISLAÇÃO DE INTERESSE

SUMÁRIOSUMÁRIOSUMÁRIOSUMÁRIOSUMÁRIO

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APRESENTAPRESENTAPRESENTAPRESENTAPRESENTAÇÃOAÇÃOAÇÃOAÇÃOAÇÃO

O presente documento foi preparado pelo Departamento Nacional

de Trânsito – DENATRAN com a finalidade de fornecer aos órgãos e

entidades do Sistema Nacional de Trânsito um conjunto de informações

técnicas e legais para a análise de impactos na circulação viária devido à

implantação de empreendimentos de vulto considerados pólos geradores

de tráfego, também denominados pólos atrativos de trânsito. O

documento disponibiliza, ainda, informações sobre a definição, exigência

e execução de medidas mitigadoras e/ou compensatórias resultantes das

análises efetuadas sobre a implantação de pólos geradores de tráfego.

Ao fornecer tais infor-

mações, o DENATRAN

incentiva os órgãos e entidades

que atuam no trânsito urbano

e rodoviário a desenvolverem

metodologias e a adotarem

ações efetivas que minimizem

os impactos na circulação viária

causados pela implan-tação de

pólos geradores de tráfego.

Com o desenvolvimento

do Manual de Procedimentos

para o Tratamento de Pólos

Geradores de Tráfego, o

DENATRAN dá um importante passo no sentido de fazer cumprir a

exigência expressa no artigo 93 do Código de Trânsito Brasileiro, de que os

projetos de tais empreendimentos somente podem ser aprovados após a

anuência prévia do órgão ou entidade com circunscrição sobre a via.

Estádio Fonte Nova,Salvador / BA

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OS POS POS POS POS PÓÓÓÓÓLOS GERADORES DE TRÁFEGO E SEUS IMPLOS GERADORES DE TRÁFEGO E SEUS IMPLOS GERADORES DE TRÁFEGO E SEUS IMPLOS GERADORES DE TRÁFEGO E SEUS IMPLOS GERADORES DE TRÁFEGO E SEUS IMPACTACTACTACTACTOS NA CIRCULAÇÃO OS NA CIRCULAÇÃO OS NA CIRCULAÇÃO OS NA CIRCULAÇÃO OS NA CIRCULAÇÃO VIÁRIAVIÁRIAVIÁRIAVIÁRIAVIÁRIA

O trânsito resulta das necessidades de deslocamento daspessoas por motivo de trabalho, de negócios, de educação, desaúde e de lazer e acontece em função da ocupação do solopelos diferentes usos. Desta forma, os municípios devempromover iniciativas visando garantir ao cidadão o seu direito deir e vir, de forma segura e preservando a sua qualidade de vida.

O deslocamento de atividades econômicas, antes situadas noscentros das cidades, para novos centros comerciais,administrativos e shopping centers instalados em áreas afastadas,trouxe consigo a ampliação do problema do trânsito, antesconcentrado em áreas centrais e em seus corredores de acesso. Amultiplicação desses novos pólos de interesse evoluiu, em muitascidades, sem um adequado ordenamento territorial que definisseas medidas estratégicas a serem adotadas nos planos urbanísticose viários que deveriam acompanhar a implantação dessasatividades.

Por outro lado, outros empreendimentos de porte, tais comouniversidades, estádios, ginásios de esportes, centros deconvenções, feiras, supermercados e conjuntos habitacionais, tantoem áreas urbanas quanto junto a rodovias, também constituem-se pólos geradores de tráfego, que causam, freqüentemente,impactos indesejáveis na fluidez e na segurança do trânsito.

Portanto, esses novos empreendimentos urbanos e regionais,que surgiram a partir do adensamento de novos centroscomerciais, shopping centers e áreas de escritórios e de serviços,tornaram-se pólos geradores de viagens, alterandosignificativamente as condições de circulação de pessoas e veículosno sistema viário das áreas adjacentes aos mesmos, bem como opadrão das viagens em sua região de influência.

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EMPREENDIMENTO: MacDonald’s, Curitiba /PRSERVIÇO: Implantação de via local paralela à via

principal que dá acesso ao estacionamento

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1.1 Conceito de pólo gerador de tráfego

Os pólos geradores de tráfego sãoempreendimentos de grande porte que atraemou produzem grande número de viagens,causando reflexos negativos na circulaçãoviária em seu entorno imediato e, em certoscasos, prejudicando a acessibilidade de toda aregião, além de agravar as condições desegurança de veículos e pedestres.

1.2 Impactos causados pelos pólos geradores de tráfego

A implantação e operação de pólosgeradores de tráfego comumente causaimpactos na circulação viária, requerendo umaabordagem sistêmica de análise e tratamentoque leve em conta simultaneamente seus efeitosindesejáveis na mobilidade e acessibilidade depessoas e veículos e o aumento da demandade estacionamento em sua área de influência.

Os impactos sobre acirculação ocorrem quando ovolume de tráfego nas viasadjacentes e de acesso ao pólogerador de tráfego se eleva demodo significativo, devido aoacréscimo de viagens geradopelo empreendimento, redu-zindo os níveis de serviço e desegurança viária na área deinfluência.

Tal situação produzmuitos efeitos indesejáveis,tais como:

congestionamentos, queprovocam o aumento dotempo de deslocamento dos usuários doempreendimento e daqueles que estão depassagem pelas vias de acesso ou adjacentes,além do aumento dos custos operacionais dosveículos utilizados;

deterioração das condições ambientais daárea de influência do pólo gerador de tráfego,a partir do aumento dos níveis de poluição,da redução do conforto durante os

deslocamentos e do aumento do número deacidentes, comprometendo a qualidade devida dos cidadãos;

conflitos entre o tráfego de passagem e oque se destina ao empreendimento edificuldade de acesso às áreas internasdestinadas à circulação e ao estacionamento,com implicações nos padrões de acessibilidadeda área de influência imediata doempreendimento.

Com relação ao aumento da demanda deestacionamento, os efeitos serão indesejáveisse o projeto do pólo gerador de tráfego deixarde prever um número suficiente de vagas deestacionamento em seu interior, conduzindoo usuário ao uso irregular da via pública e,consequentemente, restringindo a capacidadeda via, visto que os veículos passam a ocuparespaços até então destinados à circulação,reduzindo mais a fluidez do tráfego.

Toda essa situação é agravada quando asáreas de carga e descarga e de embarque edesembarque não são previstas no projeto ousão subdimensionadas, acarretando, mais umavez, a utilização de espaços nas vias de acessopara tais atividades.

Shopping Del Rey(acesso principal),

Belo Horizonte / MG

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Neste capítulo são apresentados os parâmetros utilizados em algunsmunicípios para o enquadramento de empreendimentos de vulto como pólosgeradores de tráfego, estejam eles situados em áreas urbanas ou às margensde rodovias.

Tais parâmetros são apresentados com o propósito único de servir comosubsídios aos órgãos executivos de trânsito e rodoviários, para que esses possam,em suas áreas de atuação ou para o município como um todo, definirem seuspróprios parâmetros para o enquadramento e posterior tratamento de pólosgeradores de tráfego.

Em Curitiba, pólo gerador de tráfego é todo empreendimento queapresenta uma área de construção igual ou superior a 5.000 m 2 .

No município de São Paulo, desde 1987, utiliza-se como parâmetro deanálise para classificar um empreendimento como pólo gerador de tráfego onúmero de vagas exigido para o seu estacionamento. Assim, todo projeto deedificação que, atendendo a legislação municipal para a determinação donúmero de vagas de estacionamento, prevê mais de 80 vagas de estacionamentonas “Áreas Especiais de Tráfego” ou 200 ou mais vagas nas demais áreas dacidade é classificado como pólo gerador de tráfego.

Além dos pólos geradores de tráfego definidos pelos critérios acima, sãotambém enquadrados como pólos geradores de tráfego os empreendimentoscompreendidos na tabela apresentada a seguir.

PPPPPARÂMETROS UTILIZADOS PARÂMETROS UTILIZADOS PARÂMETROS UTILIZADOS PARÂMETROS UTILIZADOS PARÂMETROS UTILIZADOS PARA O ENQUADRAMENTARA O ENQUADRAMENTARA O ENQUADRAMENTARA O ENQUADRAMENTARA O ENQUADRAMENTO DE PÓLOSO DE PÓLOSO DE PÓLOSO DE PÓLOSO DE PÓLOSGERADORES DE TRÁFEGOGERADORES DE TRÁFEGOGERADORES DE TRÁFEGOGERADORES DE TRÁFEGOGERADORES DE TRÁFEGO

São Paulo - Decreto 32.329/92Pólos geradores de tráfego: edificações que ultrapassam os seguintes limites de área ou capacidade:

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Atividade Área Computável (m2) CapacidadeHabitaçãoPrestação de serviço de saúdePrestação de serviços de educaçãoLocais de reuniãoAtividades e serviços públicosde caráter especialAtividades temporáriasPrática de exercício físico ouesporte

500 veículos

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Shopping Butantã, São Paulo / SP

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No município de Belo Horizonte, osparâmetros de análise para classificar umempreendimento como de impacto sãoos seguintes:

empreendimento de uso não residencial, noqual a área edificada seja superior a 6.000 m2 ;

empreendimento de uso residencial que tenhamais de 150 unidades;

emprendimento de uso misto em que osomatório da razão entre o número deunidades residenciais e 150 e da razão entre aárea da parte da edificação destinada ao usonão residencial e 6.000 m2 seja igual ousuperior a um;

Adicionalmente, a lei define para essemunicípio outro empre-endimentos comode impacto. Os de interesse deste Manualsão os seguintes:

autódromos, hipódromos e estádiosesportivos;

terminais rodoviários, ferroviários eaeroviários;

vias de tráfego de veículos com duas ou maisfaixas de rolamento;

ferrovias subterrâneas ou de superfície.

Conforme referido anteriormente, cadamunicípio estipula, de acordo com as suaspeculiaridades, os parâmetros de definição depólos geradores de tráfego.

Como último exemplo, cabe mencionar omunicípio de João Pessoa, que no seu planodiretor definiu como pólo gerador de tráfego oempre-endimento público ou privado que,quando implantado, sobrecarrega a infra-estruturabásica, a rede viária e de transporte ou provocadanos ao meio ambiente natural ou construído.Assim, são considerados pólos geradores detráfego, entre outros a serem definidos por lei:

os empreendimentos sujeitos a apresentaçãodo Relatório de Impacto do Meio Ambiente -RIMA, nos termos da legislação federal ouestadual em vigor;

aqueles com capacidade de reunir mais de300 pessoas sentadas.

Centro Universitário / UNI-BH (acessoprincipal), Belo Horizonte / MG

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Minas Shopping (área de estacionamento),Belo Horizonte / MG

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Este capítulo descreve o processo de licenciamento para a implantação depólos geradores de tráfego, apresentando a legislação federal sobre a matéria,bem como algumas experiências locais relevantes no licenciamento dessesempreendimentos. Portanto, tem como objetivo possibilitar aos órgãos executivosde trânsito e rodoviários um melhor entendimento desse processo, para que possamdefinir para suas realidades a forma de licenciar a implantação e operação de seuspólos geradores de tráfego.

Entende-se por licenciamento o processo administrativo que resulta nofornecimento ao interessado, desde que possível, de permissão ou autorizaçãopara a execução de obras e serviços, bem como para o funcionamento dedeterminadas atividades.

Com relação aos pólos geradores de tráfego, constata-se, basicamente, duasformas de licenciamento utilizadas no País:

Licenciamento com base nas resoluções do Conselho Nacional doMeio Ambiente – CONAMA

Neste caso, os municípios criam suas leis e decretos tendo por base a legislaçãofederal advinda do CONAMA que trata do licenciamento ambiental. O órgãoambiental local é responsável pela condução do processo de licenciamento.

Define-se como licenciamento ambiental o procedimento administrativo peloqual o órgão ambiental competente licencia a localização, instalação, ampliação e aoperação de empreendimentos e atividades utilizadoras de recursos ambientais,consideradas efetiva ou potencialmente poluidoras ou daquelas que, sob qualquerforma, possam causar degradação ambiental, considerando as disposições legaise regulamentares e as normas técnicas aplicáveis ao caso.

Licenciamento voltado às características arquitetônicas, urbanísticase viárias do empreendimento

Neste caso, os municípios, mesmo observando determinadas diretrizes dasresoluções do CONAMA, estabelecem um processo específico de licenciamentovoltado aos aspectos arquitetônicos, urbanísticos e viários do empreendimento.Assim, o órgão ambiental local não coordena o processo de licenciamento, comexceção das situações mais complexas em que se exige estudo e relatório deimpacto ambiental – EIA / RIMA.

PROCESSO DE LICENCIAMENTPROCESSO DE LICENCIAMENTPROCESSO DE LICENCIAMENTPROCESSO DE LICENCIAMENTPROCESSO DE LICENCIAMENTO PO PO PO PO PARA ARA ARA ARA ARA A IMPLANTA IMPLANTA IMPLANTA IMPLANTA IMPLANTAÇÃO DE PÓLOSAÇÃO DE PÓLOSAÇÃO DE PÓLOSAÇÃO DE PÓLOSAÇÃO DE PÓLOSGERADORES DE TRÁFEGOGERADORES DE TRÁFEGOGERADORES DE TRÁFEGOGERADORES DE TRÁFEGOGERADORES DE TRÁFEGO3

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3.1.Resoluções do CONAMA

As resoluções do CONAMA, apesar denão tratarem especificamente de pólosgeradores de tráfego, visto que consideramos empreendimentos de impacto ambientalem geral, possuem disposições que dizemrespeito a esses pólos. As principaisdeterminações dessas resoluções sãoapresentadas a seguir.

Resolução n.º 001, de 23 de janeirode 1986:

Essa resolução, entre outros aspectos,define:

o que é impacto ambiental;as atividades sujeitas ao estudo de impacto

ambiental (atividades modificadas pelaResolução 237/97);

os conteúdos exigidos para o Estudo deImpacto Ambiental – EIA e para o Relatóriode Impacto Ambiental - RIMA.

Resolução n.º 006, de 16 de setembrode 1987:

Essa resolução estabelece ajustes e algumascomplementações à Resolução 001/86.

Resolução n.º 237, de 19 de dezembrode 1997:

Essa resolução modifica as resoluções001/86 e 006/87 referidas anteriormente eregula aspectos de licenciamento ambiental,destacando-se os seguintes itens:

especifica os tipos de empreendimentose atividades sujeitas ao licenciamento ambiental;

estabelece que o órgão ambientalcompetente deverá definir critérios deexigibilidade, detalhamentos e complementaçõesreferentes às atividades e empreendimentos jásujeitos ao licenciamento ambiental por forçado Anexo I da presente resolução;

define os termos para expedição daLicenças Prévia, de Instalação e de Operação;

define as etapas para o licenciamentoambiental;

define os estudos necessários ao

processo de licenciamento ambiental, àsexpensas do empreendedor;

prevê o ressarcimento ao órgãoambiental competente do custo de análise paraa obtenção da licença ambiental;

estabelece prazos de análisediferenciada para cada modalidade de licença;

define os deveres do empreendedorresponsável pelo empreendimento passível delicença ambiental;

dispõe sobre prazos de validade daslicenças ambientais;

prevê medidas de controle, suspensãoou cancelamento da licença expedida peloórgão ambiental competente.

3.2.Licenciamento nos municípios deCuritiba, São Paulo e Belo Horizonte

O licenciamento municipal de pólosgeradores de tráfego tem como amparo legalas leis e disposições complementares de âmbitomunicipal.

A princípio, a legislação municipal considerao município como um todo, não separandoos empreendimentos situados em áreas dejurisdição do órgão executivo de trânsito oudo órgão rodoviário, mesmo porque olicenciamento deve observar diversos outrosaspectos além da circulação viária. Isto nãoimpede que as análises referentes aos impactosna circulação possam ser realizadas pelo órgãode trânsito ou rodoviário, conforme a lei.

A seguir, são apresentadas as experiênciasde alguns municípios relativas ao processo delicenciamento de empreendimentosenquadrados como pólos geradores de tráfego.

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Urbano de Curitiba. Quando o Conselho exigeo relatório ambiental prévio, o empreendedordeve dirigir-se à Secretaria do Meio Ambientepara adquirir o termo de referência necessário àelaboração do relatório, que deverá conter:

descrição detalhada do projeto ouempreendimento;

delimitação da área de influência direta doempreendimento e descrição das suas condiçõesambientais;

identificação dos impactos a serem causadospelo empreendimento nas fases de planejamento,implantação, operação e desativação;

medidas de controle ambiental e/ou medidascompensatórias adotadas nas diversas fases.

O relatório ambiental prévio deve serelaborado pelo empreendedor e entregue àSecretaria do Meio Ambiente, em cinco vias,juntamente com a comprovação de suapublicação em jornal de circulação local e noDiário Oficial do Estado, tornando pública essaentrega. Essas vias são repassadas aoscomponentes da comissão de análise do relatório,os quais realizam análises individuais e emitem

pareceres técnicos sobre a liberação da licençaprévia, contendo, também, as condicionantespara a expedição da licença de instalação eoperação. Cada licença será liberada a partir domomento em que forem atendidas ascondicionantes constantes da licença anterior.Ao final desse processo, é expedido pelaSecretaria de Urbanismo o alvará deoperação.

3.2.1.Processo de licenciamento de pólosgeradores de tráfego em Curitiba

O processo de licenciamento ambiental depólos geradores de tráfego em Curitiba encontra-se em conformidade com as resoluções doCONAMA, além de possuir regulamentaçãomunicipal.

Devido a uma modificação em sua Lei deZoneamento, Uso e Ocupação do Solo, a cidadede Curitiba, a partir do ano 2000, foi divididaem zonas e setores de uso, ficando as atividadesurbanas classificadas em permitidas, toleradas,permissíveis ou proibidas.

O processo de licenciamento ambiental teminício e conclusão na Secretaria Municipal deUrbanismo, onde o empreendedor protocolaos projetos arquitetônicos, para obter aexpedição da licença prévia e do alvará deconstrução. Inicialmente, a Secretaria faz umaanálise preliminar através de um sistemainformatizado denominado “consulta amarela”,o qual informa as atividades permitidas etoleradas para o lote onde o empreendedorplaneja instalar seu estabelecimento. Caso aatividade a ser exercida seja condizente com azona e o lote e a área construída seja menor que5.000 m 2 , a licença prévia é liberada e,posteriormente, também o alvará de construção.

O parâmetro de análise para classificar umpólo gerador de tráfego em Curitiba refere-se atodo empreendimento que apresentar uma áreade construção igual ou superior a 5.000 m2. Oprojeto enquadrado como pólo gerador detráfego é apreciado pelo Conselho Municipal deUrbanismo, que estabelece as exigênciaspertinentes para sua aprovação. Quando oprojeto de um pólo tem sua instalação previstaem área de uso permissível ou proibido, asexigências para aprovação são maiores, comindicação de parâmetros de ocupação maisrestritivos, além de ser solicitado, muitas vezes, orelatório ambiental prévio.

O Conselho Municipal de Urbanismo éformado por integrantes da Secretaria Munici-pal de Urbanismo, Secretaria Municipal do MeioAmbiente e Instituto de Pesquisas e Planejamento

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Shopping Curitiba, Curitiba / PR

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Em Curitiba, todo esse processode análise encontra-se regulamentadopor lei municipal. Porém, encontra-seem elaboração uma norma que iráformalizar o ônus do empreendedorpara o atendimento das exigências deobras e serviços no sistema viário.Atualmente, se o empresário nãoimplantar as medidas mitigadoras paraminimizar os impactos previstos naimplantação de seu estabelecimento, aslicenças são cassadas, interrompendo oandamento das obras e não permitindoa liberação do alvará de operação.

Com relação ao processo delicenciamento de pólos geradoresde tráfego em Curitiba, pode-seconcluir que:

O processo de licenciamento segueas resoluções do CONAMA, as quaisdão competência ao órgão de meioambiente municipal para expedir olicenciamento de construção efuncionamento do empreendimento.

O relatório ambiental prévio édesenvolvido pelo empreendedor, combase no termo de referência elaboradopela Secretaria de Meio Ambiente. Casoo relatório desenvolvido esteja fora dospadrões exigidos pelo termo dereferência, é devolvido ao empre-endedor para que sejam feitas asmodificações necessárias.

O ônus do empreendedor ainda nãose encontra previsto na legislação local,ainda que providências estejam sendotomadas neste sentido. Do ponto devista prático, o empreendedor aceitaexecutar as obras e os serviçosnecessários, pois, do contrário, nãoreceberá o alvará de operação.

EMPREENDIMENTO: Shopping Curitiba, Curitiba / PRSERVIÇO: Alteração de geometria na via; sinalização

semafórica com fase para o pedestre

EMPREENDIMENTO: Supermercado Big, Curitiba / PRSERVIÇO: Remanejamentos em duas vias transversais

(com pavimentação de uma delas); sinalização semáforacom fase para o pedestre; implantação de uma via

marginal paralela a via principal

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3.2.2.Processo de licenciamento de pólosgeradores de tráfego em São Paulo

No que concerne aos pólos geradores detráfego, o município de São Paulo não segueexatamente as diretrizes de licenciamentoambiental constantes das resoluções doCONAMA. A regulamentação munici-pal sobre o assunto iniciou-se antes dasresoluções do CONAMA e temevoluído ao longo dos anos emdecorrência do crescimento da cidade,do aumento da frota de veículos, dasmodificações no uso do solo, do maioradensamento verificado na cidade e daexperiência adquirida pelos órgãos quelidam com o assunto.

A Secretaria do Meio Ambiente domunicípio não tem participação naanálise dos pólos geradores de tráfego,salvo em casos especiais de estudos ondesão exigidos EIA/RIMA.

No ano de 1987, foi editada a Leinº 10.334, que define Áreas Especiaisde Tráfego, onde há critériosdiferenciados para a exigência mínimade vagas de estacionamento. As ÁreasEspeciais de Tráfego constituem,basicamente, o centro expandido dacidade, onde o adensamento e averticalização são mais acentuados e oconflito entre o tráfego local e o tráfegode passagem é mais intenso. Algumasoutras importantes vias da cidade, ondeocorrem estes fatores, também estãoincluídas nesta classificação.

Desde 1987, com a edição dareferida lei, todo projeto de edificaçãopara o qual são exigidas mais de 80vagas de estacionamento nasdenominadas “Áreas Especiais deTráfego” ou 200 ou mais vagas nas demaisáreas da cidade, é classificado comoempreendimento gerador de tráfego (pólogerador de tráfego).

Além dos pólos geradores de tráfegodefinidos na Lei 10.334/87, o decreto n.º32.329/92, que regulamenta o Código de

Edificações, incluiu outros pólos geradores detráfego, entre eles os hospitais com mais de7.500 m² de área construída, conformeexplicitado no capítulo anterior.

Para os pólos geradores de tráfego nomunicípio de São Paulo, só é expedido o alvaráde projeto se o empreendedor apresentar àSecretaria da Habitação e Desenvolvimento

Urbano a certidão de diretrizes (licença préviana área de trânsito), emitida pela Secretaria Mu-nicipal de Transportes e elaborada pelaCompanhia de Engenharia de Tráfego - CET.

A análise de um pólo gerador de tráfegoinicia-se com o pagamento da taxa de estudode diretrizes pelo empreendedor. A partir desse

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EMPREENDIMENTO: Shopping Anália Franco, São Paulo / SPSERVIÇOS: Alça de acesso para estacionamento; implantação

de pontos de parada para ônibus; sinalização semafórica,vertical e horizontal; tratamento de faixa de pedestre

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pagamento, a CET, diretamente, elabora acertidão de diretrizes, onde constará a análise doempreendimento com relação ao seu impactona circulação viária.

A exigência de obras e serviços de sinalizaçãonas vias de acesso aos empreendimentos é umaconstante nas avaliações de impacto, estandopresente em 80% dos casos analisados. Asexigências contidas nas certidões de diretrizesvariam desde a revitalização da sinalização hori-zontal junto ao empreendimento, até obras viáriascomplexas de acordo com o porte da edificação.

A CET é responsável pela aprovação dosprojetos de sinalização, fornecendo asespecificações técnicas. A Secretaria de ObrasPúblicas responde pela aprovação dos projetosde pavimentação e geometria e a AdministraçãoRegional libera a licença para executar a obraem via pública. Após a conclusão da obra, aCET efetua a fiscalização para verificar se fo-ram atendidas todas as condicionantes constantesda certidão de diretrizes. A CET libera, então, otermo de aceitação para a Secretaria Municipalde Trânsito que, em seguida, libera o parecerpara a Secretaria da Habitação eDesenvolvimento Urbano – SEHAB, para aliberação final do alvará de construção.

A CET possui os seguintes objetivosbásicos na análise de pólos geradores detráfego:

garantir a melhor inserção possível doempreendimento proposto na malha viáriaexistente;

diminuir ao máximo a perturbação dotráfego de passagem em virtude do tráfegogerado pelo empreendimento;

viabilizar a absorção, internamente àedificação, de toda a demanda porestacionamento gerada pelo empreendimento;

assegurar que as operações de carga edescarga ocorram nas áreas internas da edificação;

reservar espaços seguros para circulação etravessia de pedestres;

assegurar um número mínimo de vagas deestacionamento para deficientes físicos emotocicletas.

EMPREENDIMENTO: Shopping Metrô-Tatuapé, São Paulo S/PSERVIÇOS: Implantação da passarela para pedestres (ligando aestação do metrô ao shopping); alça de acesso ao ShoppingMetrô-Tatuapé, pela Av. Alcântara Machado; alargamento da via(Av. Tuiuti), lado direito

EMPREENDIMENTO: Shopping Butantã, São Paulo /SPSERVIÇOS: Alteração do projeto geométrico da via de acessoao Shopping Butantã, viabilizando o cruzamento entre a Av.Francisco Morato e Av. Jacob Salvador (acesso principal aoshopping); sinalização semafórica e horizontal

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Os projetos de pólos geradores detráfego são avaliados pela CETconsiderando dois aspectos distintos: oprojeto arquitetônico e o impacto nacirculação viária.

Análise do Projeto ArquitetônicoEssa análise contempla o projeto

arquitetônico, considerando as característicasgeométricas e a localização dos acessos; adisposição e o dimensionamento de vagas; asvias internas de circulação; o dimensionamentode pátios de carga e descarga, entre outros,segundo os parâmetros estabelecidos peloCódigo de Edificações.

Verifica-se, também, o cumprimento dasleis de parcelamento, uso e ocupação do soloquanto à conformidade de uso, coeficiente deaproveitamento e recuos mínimos. Os projetosarquitetônicos são discutidos com osproprietários e com os projetistas.

Análise do impacto na circulaçãoviária

Essa análise possibilita a avaliação dosimpactos no sistema viário na área deinf luência do projeto, considerando aprovável geração de pontos críticos desegurança para veículos e pedestres, bemcomo a ocorrência de congestionamentosnas vias de acesso pela redução ouesgotamento de sua capacidade.

A análise dos impactos dos pólosgeradores de tráfego na circulação viária érealizada pela CET utilizando-se modelosmatemáticos de geração e atração deviagens por ela elaborados, adaptados àscondições específicas de ocupação urbana,sistema viário, trânsito e transporte coletivodo município de São Paulo. Esses modelospermitem estimar o tráfego produzido eatraído pelos empreendimentos, bem comopossibilitam determinar o número ideal devagas de estacionamento.

3.2.3.Processo de licenciamento de pólosgeradores de tráfego em Belo Horizonte

O processo de licenciamento ambientalde pólos geradores de tráfego no municípiode Belo Horizonte ampara-se na legislaçãofederal (resoluções do CONAMA e art. 93do Código de Trânsito Brasileiro) e nalegislação urbanística e ambiental em vigorno município.

As normas adotadas pelo município de

Belo Horizonte para o licenciamentoambiental dos pólos geradores de tráfegoforam reforçadas com a citada disposiçãodo Código de Trânsito Brasileiro, queestabelece que nenhum projeto de edificaçãoque venha a se caracterizar um pólo atrativode tráfego poderá ser aprovado sem a préviaanuência do órgão ou entidade comcircunscrição sobre a via.

EMPREENDIMENTO: BH Shopping, Belo Horizonte / MGSERVIÇOS: Rotatória para canalização dos fluxos de acesso aoempreendimento e ao bairro como um todo

EMPREENDIMENTO: Life Center (Complexo MédicoHospitalar Vertical), Belo Horizonte / MGSERVIÇOS: Área especial para embarque e desembarquede clientes fora da via pública

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Todos os empreendimentos enquadradoscomo pólos geradores de tráfego sãopassíveis de prévio licenciamento ambientalpara se instalarem no município de BeloHorizonte. Na atual legislação urbanística eambiental do município, esses empreendi-mentos são conceituados como empreendi-mentos de impacto, cuja construção,ampliação, instalação e operação estãovinculados à prévia obtenção da licençaambiental.

Os estudos iniciais de impactos de pólosgeradores de tráfego em Belo Horizonteantecedem a legislação local pertinente esurgiram do interesse de algunsempreendedores em viabilizar boascondições de acessibilidade para seusprojetos.

A partir dessas primeiras experiências, oprocesso evoluiu até se chegar à configuraçãodo atual quadro institucional, dispondo-se,hoje, de legislação urbanística e ambientalespecífica, arranjo organizacional próprio ecompetência técnica instalada, tanto para aprodução de estudos e projetos quanto paraa avaliação dos mesmos, envolvendo oempreendedor e seus consultores técnicos, opoder público municipal e a sociedade local,a qual tem a oportunidade de se informarsobre os projetos de empreendimentos e seusimpactos através da participação emaudiência pública, como também de se fazerrepresentar no órgão colegiado decisório, queé o Conselho Municipal de Meio Ambiente- COMAM.

Anteriormente à Lei nº 7.277, de 17/01/1997, as atividades de avaliação de impactosambientais eram desenvolvidas segundoprocedimentos considerados válidos pelaSecretaria Municipal de Meio Ambiente edevidamente suportados pela legislaçãovigente. Tratava-se, porém, de um processopouco sistematizado e o procedimentoadministrativo não garantia o gradualcumprimento das medidas de controleambiental preconizadas nos estudos erelatórios ambientais.

Com a Lei nº 7.277, essa situação foicorrigida, na medida em que se normatizouo licenciamento ambiental tríplice, com aconcessão sucessiva das licenças prévia (LP),de implantação (LI) e de operação (LO),tendo-se, também, compatibilizado olicenciamento ambiental com o licenciamentopromovido pela então Secretaria Municipalde Atividades Urbanas (hoje substituída pelaSecretaria Municipal de Regulação Urbana).A Lei tratou, ainda, dos direitos e deveresdo empreendedor e do poder público.

Embora conceituando corretamente oempreendimento de impacto e enquadrandouma série de empreendimentos nessacategoria conceitual, a Lei no. 7.277 nãoprocedeu a hierarquização desses empreendi-mentos quanto ao potencial de impacto,tratando todos de igual modo na definiçãodo escopo e abrangência dos estudosambientais necessários à avaliação dosimpactos.

Para dar maior eficácia ao processo delicenciamento preconizado na Lei no. 7.277 elevando em conta as observaçõesapresentadas no parágrafo anterior, oCOMAM, em 1998, votou a DeliberaçãoNormativa nº 19, regulamentando osprocedimentos administrativos para olicenciamento ambiental dos empreendi-mentos de impacto, considerando trêsvertentes processuais:

o licenciamento integral, contemplandoa outorga consecutiva das três licençasprevistas na lei, tendo por pressuposto que énecessária a análise da viabilidade urbanísticae ambiental do empreendimento, exigindo-se para tanto a prévia elaboração do conjuntoEIA / RIMA;

o licenciamento simplificado, que prescindeda outorga da LP e pode inclusive tambémprescindir da outorga da LI, e exige doempreendedor a apresentação de estudosambientais menos complexos, consubstanciadosno Relatório de Controle Ambiental – RCA eou Plano de Controle Ambiental – PCA;

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o licenciamento corretivo, que se destina aosempreendimentos que comprovadamente seencontravam em operação antes do adventoda Lei no. 7.277 e aqueles que, uma vezconvocados ao licenciamento, deverão obtera LO. Nesses casos, exige-se a apresentaçãodo RCA / PCA ou mesmo o simplesfornecimento pelo empreendedor deinformações consistentes e vistorias efetuadaspela Secretaria Municipal de Meio Ambienteou por outros órgãos ou entidades públicasconveniadas.

À Secretaria Municipal do MeioAmbiente cabe a responsabilidade pela

condução do processo de licenciamentoambiental, respondendo o Conselho Mu-nicipal de Meio Ambiente pela liberação dasl icenças. A Empresa Municipal deTransporte e Trânsito de Belo Horizonte -BHTRANS é responsável pelo acompanha-

mento, análise e aprovação de todas as fasesdo processo no que concerne aos aspectosrelativos à circulação viária.

O empreendedor deve protocolar oprojeto de seu empreendimento naSecretaria Municipal de Regulação Urbana,que avalia se o mesmo é de impacto. Sepositivo, o processo é encaminhado àSecretaria do Meio Ambiente parapossibilitar o licenciamento ambiental.

O empreendedor responde pelaelaboração dos estudos ambientais, os quaisviabilizarão a expedição das licenças prévia,de implantação e operação, incluindoaquelas relativas à circulação viária, emitidas

pela BHTRANS.

Com relação ao processo delicenciamento de pólos geradores detráfego em Belo Horizonte, pode-se concluir que:

O processo de l icenciamentoencontra-se estruturado e eficiente.

O município, além de possuirlegislação própria, segue o processode licenciamento ambiental paraempreendimentos de impacto regidopelas resoluções do CONAMA.

Todo o processo encontra-selegalmente amparado em leis edecretos, assegurando ao poderpúblico ampla segurança para fazer asexigências cabíveis para a minimizaçãodos impactos gerados pelos pólosgeradores de tráfego.

A BHTRANS fornece aoempreendedor o roteiro e asorientações para o estudo de impactona circulação viária, bem como analisaos relatórios produzidos, exige efiscal iza as obras e os serviçosnecessários à minimização dosimpactos no trânsito.

EMPREENDIMENTO: Ponteio (Shopping especializadoem decoração e design), Belo Horizonte / MGSERVIÇO: Via de acesso ao estacionamento internoseparada da via principal

EMPREENDIMENTO: Portal Auto-Shopping (Shopping especializa-do em automóveis), Belo Horizonte / MGSERVIÇOS: Adequação do acesso interno ao shopping; tratamentoda travessia de pedestre

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DESENVDESENVDESENVDESENVDESENVOLVIMENTOLVIMENTOLVIMENTOLVIMENTOLVIMENTO DE ESTUDOS DE IMPO DE ESTUDOS DE IMPO DE ESTUDOS DE IMPO DE ESTUDOS DE IMPO DE ESTUDOS DE IMPACTACTACTACTACTO DEVIDO À INSTO DEVIDO À INSTO DEVIDO À INSTO DEVIDO À INSTO DEVIDO À INSTALAÇÃO DEALAÇÃO DEALAÇÃO DEALAÇÃO DEALAÇÃO DEPÓLOS GERADORES DE TRÁFEGOPÓLOS GERADORES DE TRÁFEGOPÓLOS GERADORES DE TRÁFEGOPÓLOS GERADORES DE TRÁFEGOPÓLOS GERADORES DE TRÁFEGO4

Este capítulo visa propiciar aos órgãos executivos de trânsito e rodoviáriosuma melhor compreensão da sistemática de elaboração de estudos de impactona circulação viária devido à implantação de pólos geradores de tráfego.Inicialmente, é feita uma recomendação quanto à responsabilidade e ônus pelaelaboração desses estudos. Em seguida, é sugerido um roteiro para odesenvolvimento de estudos de pólos geradores de tráfego. Finalmente, éapresentada uma série de parâmetros de projeto adotados em alguns municípiosselecionados e no Distrito Federal, que servem como referências para que outrosmunicípios possam definir seus próprios parâmetros, observadas aspeculiaridades locais.

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4.1. Responsabilidade pela elaboração deestudos de impacto e pela implantação demedidas mitigadoras

De acordo com as resoluções doCONAMA descritas anteriormente, na faseinicial do processo de l icenciamentoambiental de um empreendimento de vultodeverá ser solicitado ao empreendedor aapresentação do correspondente relatórioambiental. Esse deverá conter, além dasanálises dos impactos, a indicação dasmedidas mitigadoras dos efeitos negativosda implantação / operação doempreendimento. Ainda de acordo comessa legislação, cabe ao empreendedoro ônus da execução das obras eserviços necessários à mitigação dosefeitos negativos do empre-endimento. A Resolução n.º 237/97do CONAMA, em seu artigo 13,prevê, inclusive, que o custo de análisepara a obtenção da licença ambientaldeverá ser estabelecido pordisposit ivo legal , visando oressarcimento, pelo empreendedor,das despesas realizadas pelo órgãoambiental competente.

Ainda que os órgãos executivos detrânsito e rodoviários possam elaborardiretamente os estudos necessários eexecutar ser viços e obras para aminimização dos impactos negativosdecorrentes da implantação de pólosgeradores de tráfego, sem qualquer ônuspara o empreendedor, é recomendável quetais despesas fiquem totalmente por contadeste. Tal procedimento, previsto nasresoluções do CONAMA, é adotado nosmunicípios de São Paulo, Belo Horizonte eCuritiba, cujas experiências são relatadasneste documento.

Desta forma, o empreendedor deve serresponsabilizado por todo e qualquer custoincorrido com a elaboração do relatório deimpacto, bem como pelo ônus da execuçãode obras e serviços no sistema viário que

venham a ser exigidos, como medidasmitigadoras de impactos negativos peloórgão executivo de trânsito ou rodoviário.

É importante destacar que o municípiode São Paulo, para caracterizar melhor afigura do ônus do empreendedor, criouduas leis neste sentido:

a Lei nº 10.505/88, que dispõe sobre opagamento pelo empreendedor da taxa deestudo (em São Paulo, a CET desenvolvediretamente o estudo de impacto, mas oempreendedor paga por ele);

a Lei nº 10.506/88, que no seu artigo 1ºcria a figura do “ônus do empreendedor”,debitando ao empresário responsável pelo

empreendimento os custos das obras eserviços necessários a adaptar o sistemaviário de acesso à demanda gerada pelo pólogerador de tráfego.

Outro exemplo pode ser citado: o domunicípio de João Pessoa – o artigo 31 doPlano Diretor dispõe que a Secretaria dePlanejamento, ao classif icar umempreendimento como de impacto, deveráelaborar parecer técnico para a análise doempreendimento pelo Conselho deDesenvolvimento Urbano, devendo aindaindicar as exigências a serem feitas aoempreendedor para que, às suas expensas,realize obras ou adote medidas no sentidode atenuar, compensar ou neutralizar oimpacto previsível decorrente doempreendimento.

Minas Shopping e Hotel Ouro Minas, Belo Horizonte / MG CA

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4.2. Roteiro básico para a elaboração deestudos de pólos geradores de tráfego

Apresenta-se a seguir um roteiro para aelaboração de estudos de impacto de pólosgeradores de tráfego. Tal roteiro constitui ummarco referencial. Cada município ou órgãoexecutivo de trânsito ou rodoviário deveráefetuar os devidos ajustes no roteiro aquiproposto, segundo as características locais, edefinir um roteiro final que possa ser fornecidoaos empreendedores para orientar-lhes naelaboração dos estudos solicitados.

Qualquer que seja a estruturação formaldo roteiro final, é importante que os estudosde pólos geradores de tráfego sejamdesenvolvidos segundo dois planos distintosde análise, porém complementares, quaissejam:

análise dos impactos sobre as vias deacesso e adjacentes ao empreendimento emfunção das prováveis ocorrências decongestionamentos e de pontos críticos decirculação e segurança viárias, pela redução ouesgotamento de sua capacidade de tráfego eassimetria entre oferta e demanda de vagasde estacionamento;

análise do projeto arquitetônico doempreendimento no que diz respeito àscaracterísticas geométricas e de localização dosacessos, vias internas de circulação, raioshorizontais e declividades em rampas e acessos,bem como ao dimensionamento, arranjofuncional e suficiência das vagas deestacionamento e de carga e descarga deveículos, entre outros aspectos.

4.2.1.Informações gerais sobre oempreendimento

Devem ser apresentadas informações comrelação ao nome do empreendimento,localização, nome do responsável legal peloempreendimento, nome do responsáveltécnico e nome dos técnicos responsáveis pelaelaboração do estudo.

4.2.2.Caracterização do empreendimento

Deve ser apresentado um memorial coma caracterização do empreendimentocontendo, no mínimo, as seguintesinformações:

síntese dos objetivos e características físicase operacionais do empreendimento, dataprevista de sua entrada em operação ecomparação da situação existente com aresultante da futura implantação / operação doempreendimento;

delimitação e descrição da área de influênciadireta e indireta do empreendimento.Identificação e descrição das vias principaisde acesso e adjacentes ao terreno destinado àsua implantação. Mapeamento da área deinfluência em escala adequada, mostrando alocalização prevista do empreendimento e dasvias de acesso e do entorno imediato;

caracterização atual do uso e ocupação dosolo no entorno do empreendimento;

memorial descritivo do projetoarquitetônico, contendo os parâmetrosurbanísticos adotados, bem como:

-posicionamento dos acessos de veículos epedestres (em relação ao sistema viário existente)e dimensões das áreas de acumulação;

-dimensionamento e distribuição de vagasde estacionamento;

-dimensionamento e distribuição de áreasde carga e descarga;

-dimensionamento e localização de áreas deembarque e desembarque dos usuários doempre end imento ;

-localização e dimensionamento de acessose áreas específicas para veículos de emergência ede serviços;

-facilidades para o acesso de portadores dedeficiência física.

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4.2.3.Avaliação prévia dos impactos dopólo gerador de tráfego

Deverá ser apresentada uma avaliaçãoprévia, tecnicamente fundamentada, dosprováveis impactos do empreendimento nacirculação viária, contemplando os seguintesaspectos:

Análise da circulação na área deinfluência na situação sem o empreendi-mento:

caracterização das condições físico-operacionais do sistema viário no entornodo empreendimento. Volumes classificadosde tráfego na hora de pico nas principaisinterseções viárias (intensidade e sentido dosfluxos);

análise da capacidade viária e do nível deserviço nos acessos e principais interseções(semaforizadas ou não) na situação sem oemprendimento;

análise das condições de oferta dosserviços de transporte coletivo e/outáxi e/ou transporte escolar na área deinfluência.

Previsão da demanda futura detráfego:

estimativa de geração de viagens:produção e atração de viagens peloempreendimento, por dia e na hora depico. Caracterização dos padrões ecategorias das viagens geradas;

divisão modal das viagens geradaspelo empreendimento;

distribuição espacial das viagens geradase alocação dos volumes de tráfego no sistemaviário da área de influência (vias principaisde acesso e vias adjacentes ao empreendi-mento);

carregamento dos acessos e principaisinterseções (semaforizadas ou não), na horade pico, com o volume de tráfego total (ouseja, volume de tráfego na situação sem oempreendimento mais o volume gerado peloempreendimento).

Avaliação de desempenho e identi-ficação dos impactos na circulação nasituação com o empreendimento:

análise comparada da capacidade viária edo nível de serviço nos acessos e principaisinterseções (semaforizadas ou não) nassituações sem e com o emprendimento.Identificação dos segmentos viários eaproximações de interseção significativamenteimpactados pelo tráfego adicional;

avaliação das condições de acesso e decirculação de veículos e de pedestres noentorno, levando em conta as possíveisinterferências dos fluxos gerados peloempreendimento nos padrões vigentes defluidez e segurança do tráfego;

avaliação dos impactos nos serviços detransporte coletivo e/ou táxi e/ou transporteescolar em operação na área de influência doempreendimento;

elaboração da matriz de análise deimpactos, considerando os seguintes critérios

de avaliação: fase de ocorrência do impacto,reflexo sobre o ambiente (positivo, negativo,não qualificável), nível de reversibilidade,periodicidade, abrangência espacial e magni-tude relativa do impacto;

Observação: na análise dos impactos deverão sertambém considerados aqueles decor rentes dasinterferências das obras de implantação do empreendi-mento sobre a operação da infra-estrutura viária eequipamentos urbanos existentes no entorno.

Minas Shopping, Belo Horizonte / MG

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Revisão do projeto e da planta desituação do empreendimento sob a óticaviária:

análise da circulação nas áreas internas edo posicionamento do empreendimento emrelação ao sistema viário existente e de suainfluência nas condições de acesso e circulação,principalmente em função da aglomeração depessoas e do aumento do tráfego de veículos;

estudo da demanda de estacionamento,número de vagas para estacionamento deveículos e operações de carga e descarga, lay-out das áreas e demais elementos pertinentes.

4.2.4.Recomendação de medidas miti-gadoras e compensatórias

Tendo em vista os impactos negativosprevistos, em função da implantação /operação do pólo gerador de tráfego, devemser recomendadas medidas mitigadoras paraos mesmos, que sejam capazes de reparar,atenuar, controlar ou eliminar seus efeitosindesejáveis sobre a circulação viária.

As medidas mitigadoras usuais sãoenquadradas em duas categorias básicas:

Medidas externas ao empreendimento:compreendem intervenções físicas, operacionaisou de gerenciamento nos sistemas viário e de

controle de tráfego da área de influênciadiretamente impactada, bem como nosserviços e infra-estrutura de transporte público,se for o caso;

Medidas internas ao empreendimento:compreendem intervenções para permitir aadequação funcional dos acessos e vias decirculação interna ao empreendimento com osistema viário lindeiro, bem como acompatibilização entre a oferta e a demandaefetiva de vagas para estacionamento eoperações de carga e descarga de veículos,observados os parâmetros de projetopertinentes a cada categoria de empreendimento.

As intervenções recomendadas paramitigar impactos indesejáveis nos sistemasviário e de circulação deverão serapresentadas sob a forma de estudoconceitual e layout básico. É recomendável apreparação de um plano de implementaçãodas medidas mitigadoras, com a indicação,para cada intervenção proposta, dascorrespondentes fases e prazos previstos paraserem implementadas, bem como dosresponsáveis pelos serviços e obras deimplantação / manutenção.

Medidas compensatórias devem serrecomendadas quando da impossibilidade demitigação completa de impactos negativos.

EMPREENDIMENTO: SupermercadoChampion Mineirão, Belo Horizonte / MGSERVIÇOS: Adequação do acesso às áreasinternas de estacionamento; implantaçãode separador físico de fluxos, na viaexterna

EMPREENDIMENTO: Pollo Shopping Estação, Curitiba / PRSERVIÇOS: Implantação de via para acesso ao estacionamento;

colocação de grades para proteção do pedestre

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EMPREENDIMENTO: Shopping Metrô-Tatuapé, São Paulo / SPSERVIÇO: Adequação do acesso à passarela de pedestre, ligando aestação do metrô ao shopping

4.3. Parâmetros para projetos de pólos geradores de tráfego

Com base no artigo 93 do Código de Trânsito Brasileiro, os órgãosexecutivos de trânsito e rodoviários são obrigados a dar anuência prévia àimplantação de edificações que possam se transformar em pólos geradoresde tráfego. Para isto, devem estabelecer parâmetros de projetos e outrasexigências a serem observados pelos empreendedores. Normalmente essesparâmetros estão relacionados com:

-área construída da edificação;-área de aproveitamento;-acessos;-recuos;-taxa de ocupação e coeficiente de aproveitamento do lote;-declividade e raios horizontais das rampas;-espaços para estacionamento, inclusive especiais (motocicletas e

portadores de deficiência física);-vias internas de circulação;-pátios para carga e descarga de mercadorias.

A seguir são apresentadas tabelas contendo os parâmetros de projetopara pólos geradores de tráfego, adotados em alguns municípios brasileirose no Distrito Federal .

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Categoria Tipo No de vagas para estacionamento ou garagem

Parâmetros adotados no Município de Curitiba

Edificaçõesresidenciais

Edificações comerciais e deprestação de serviços

Edificações para indústria

Edificações parafins culturais

Edificações para finsrecreativos e esportivos

Edificações parafins religiososEdificações parafins educacionais

Edificações para atividadesde saúde

Especiais

ResidênciaResidência geminadaResidência em sérieHabitação coletivaEdifício de escritóriosComércio e serviço vicinalComércio e serviço debairro setorial (excetopara os demais usos nestequadro)Comércio e serviço geral

Centro comercial, shop-ping center, supermercadoe hipermercado

Restaurante, lanchonete,boite, casa de showIndústrias em geral

Auditório, teatro, anfite-atro, cinema, salão deexposições, biblioteca emuseuClube Social / Esportivo,Ginásio de Esportes,Estádio, AcademiaTemplo, capela, casa deculto e igrejaPré-escolas, jardim deinfância, escolas do ensinofundamental

Ensino médio

Ensino Superiorcampus universitárioPosto de saúde, centro desaúde, clínica sem interna-mento, consultório,laboratório de análisesclínicas, laboratório deprodutos farmacêuticos,banco de sangueClínica com internamento,hospitalDrive-in, parque deexposições, circo, parquede diversões, quartel, corpode bombeiros, penitenciária,cemitério, crematório, cen-tral de abastecimento,centro de convenções, ter-minal de transporteferroviário e rodoviário

Não há exigência

1 vaga para cada 120 m2 de área construída ou 1 vaga porunidade residencial1 vaga para cada 120 m2 de área construídaAté 100 m2 de área construída não há exigênciaAté 100 m2 de área construída, não há exigênciaDe 100 m2 até 400 m2 : 1 vaga / 50 m2 de área construídaAcima de 400 m2 : 1 vaga / 25 m2 de área construída

1 vaga para cada 80 m2 de área destinada à administraçãoe 1 vaga para cada 25 m2 do restante da área construída1 vaga / 12,50 m2 de área destinada à vendapátio de carga e descarga com as seguintes dimensões:

-até 2.000 m2 de área construída: mínimo de 225 m2

-acima de 2.000 m2 de área construída: 225 m2 mais 150m2 para cada 1.000 m2 de área construída excedenteAté 100 m2 de área construída, não há exigênciaAcima de 100 m2 : 1 vaga / 25 m2 de área construída1 vaga para cada 80 m2 de área destinada à administraçãoe 1 vaga para cada 25 m2 do restante da área construída1 vaga a cada 12,50 m2 de área destinada aos espectadores

1 vaga / 12,50 m2 de área construída

Atendimento à regulamentação específica

Até 100 m2 de área construída, não há exigênciaAcima de 100 m2 de área construída:

-área de estacionamento: 1 vaga / 80 m2 de área construída-área para ônibus: 30% da área destinada às salas de aula

Até 100 m2 de área construída, não há exigência;Acima de 100 m2 de área construída: 1 vaga/ 80 m2 de área administrativa e 1 vaga para cada 50 m2 deárea destinada às salas de aulaCada caso será objeto de estudo pelo órgão competente

Até 100 m2 de área construída, não há exigênciaDe 100 m2 a 400 m2 , 1 vaga para cada 50 m2 de áreaconstruídaAcima de 400 m2 : 1 vaga para cada 25 m2 da área construída

1 vaga para cada 25 m2 de área construída

Cada caso será objeto de estudo pelo órgão competente

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Centro de compras, shopping center

SupermercadoEntreposto, terminal, armazém, depósito

Prestação de serviço, escritórioLoja de departamento

Hotel

MotelHospital, maternidade

Pronto socorro, ambulatório, clínica, consultório,laboratórioFaculdade, curso preparatório pré-vestibular, supletivo

Escola de ensino fundamental e médio, ensino técnico eprofissionalServiço de educação

IndústriaRestaurante, salão de festa, casa de chá, drinks, etc.Local de reunião, culto, cinema, teatro, etc.Estádio, ginásio de esportePavilhão para feiras e exposiçõesÁrea de lazer, zoológico, parque de diversãoConjunto residencial

Quantidade de vagas

Parâmetros adotados no Município de São PauloÍndice de vagas para estacionamento em pólo gerador de tráfego

A.COM. < 20.000 m2 : 1 vaga/ 15 m2

A.COM. > 20.000 m2 : 1 vaga/ 20 m2

A.COM. = área comercial1 vaga/ 35 m2 A.COM1 vaga/ 200 m2 A.C.A.C. = área construída computável1 vaga/ 35 m2 A.C.A.C. < 5.000 m2 : 1 vaga/ 45 m2

A.C. > 5.000 m2 : 1 vaga/ 50 m1 vaga/ 2 aptos até 50 m2 + 1 vaga / apto. >50 m2

1 vaga/ 10 m2 salão convenção + 1 vaga/ 100 m2 áreauso público1 vaga / apto.NL < 50:1 vaga /leito50 < NL< 200:1 vaga / 1,5 leitosNL > 200:1 vaga / 2 leitosNL= nº de leitos1 vaga / 50 m2 A.C.

2.000 < A.C. < 4.000 m2: 1 vaga / 20 m2

A.C. > 4.000 m2 : 1 vaga / 25 m2

1 vaga / 75 m2 A.C.

2.000 < A.C. < 4.000 m2: 1 vaga / 25 m2

A.C. > 4.000 m2: 1 vaga / 30 m2

1 vaga / 100 m2 A.C.1 vaga / 10 m2 de área pública1 vaga / 40 m2 A.C.1 vaga / 8 lugares1 vaga / 50 m2 A.C.1 vaga / 100 m2 terreno1 vaga / unidade A.C. < 200 m2

2 vagas / unidade 200 < A.C. < 500 m2

3 vagas / unidade A.C. > 500 m2

Tipo de pólo gerador de tráfego

Obs.: Área computável (A.C.) = área construída total – área construída de garagens – área de ático e de caixas d’água.

Número de vagas

Parâmetros adotados no Município de Belo HorizonteNo mínimo de vagas de estacionamento para empreendimentos em geral

Categoria de uso Classificação da via Tamanho das unidades

Residencialmultifamiliar

Não residencial

Ligação Regional / Arterial

Coletora / Local

Ligação Regional / Arterial /ColetoraLocal

1 vaga por unidade

1 vaga por 3 unidades2 vagas por 3 unidades1 vaga por unidade1 vaga para cada 50 m2

de área líquida1 vaga para cada 75 m2

de área líquida

Unidade < ou = 40 m2

40 m2 < unid.< ou = 60 m2

Unidade> ou = 60 m2

OBS.: No caso de uso misto, o cálculo do número mínimo de vagas seguirá as regras:-da categoria de uso residencial multifamiliar para a parte residencial;-da categoria de uso não residencial para a parte não residencial.

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Tipo No de vagas para estacionamento ou garagem

Medidas Mitigadoras para Pólos Geradores de Tráfego

* o número mínimo de vagas de estacionamento deve ser calculado considerando onúmero de vagas de estacionamento exigido para os empreendimentos em geral (tabelaanterior) mais o número de vagas indicado na presente tabela.

Número adicionais devagas de estacionamento*

Número mínimo de vagaspara carga e descarga

Área de embarque edesembarque

Vias locais

Vias de ligação regional, arteriaisou coletoras

1.500 m2 < área líquida < 3.000 m2

Área líquida > 3.000 m2

Hóteis, apart-hotéis, policlínicas,hospitais, pronto-socorros,maternidades, estabelecimentosde ensino superior e cursos pré-vestibularesEscolas do ensino básico,maternal e pré-escola

1 vaga / 450 m2 de área líquida1 vaga / 75 m2 de área em espaços não cobertosessenciais no exercício da atividade1 vaga / 300 m2 de área líquida1 vaga / 50 m2 de área em espaços não cobertosessenciais no exercício da atividade1 vaga1 vaga / 3.000 m2, desprezando-se as frações

1 vaga

1 vaga / 400 m2 de área líquida, desprezando-seas frações

Atividade Àreas para carga e descarga Área de embarque e desembarque Área para taxi

Centro comercialComércio varejista (lojas comerciais)Supermercado e hipermercadoPrestação de serviço, escritório,consultórioEstabelecimento hoteleiroServiço de atendimento hospitalarServiços de atendimento de urgência,emergência, atenção ambulatorial ecomplementação diagnóstica outerapêuticaEducação superiorEducação média de formação geral,profissionalizante ou técnica esupletivaEducação pré-escolar e fundamentalEducação continuada ou permanentee aprendizagem profissionalRestaurantes e outrosestabelecimentos de serviços dealimentaçãoIndústriaProjeção de filmes e de vídeos, outrosserviços artísticos e de espetáculos ede organizações religiosas

ObrigatóriaObrigatóriaObrigatóriaObrigatória

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Obrigatória

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ObrigatóriaObrigatória

Nota:Esta tabela se aplica a pólos geradores de tráfego.

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Parâmetros adotados no Distrito FederalObrigatoriedade de Áreas Exclusivas

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Centro comercial

Galeria comercialComércio varejista (lojascomerciais)Supermercado ehipermercadoEntreposto, terminal,armazém, depósitoPrestação de serviço,escritório, consultórioEstabelecimento hoteleiro

MotelHotel residênciaServiço de atendimentohospitalar

Serviços de atendimento deurgência, de atençãoambulatorial e decomplementaçãodiagnóstica ou terapêuticaEducação superiorEducação média, deformação geral,profissionalizante outécnica e supletivaEducação Pré-escolar efundamentalEducação continuada oupermanente eaprendizagem profissionalRestaurante e outrosestabelecimentos deserviços de alimentaçãoIndústriaProjeção de filme e devídeo e outros serviçosartísticos e de espetáculosServiço de organizaçãoreligiosaHabitação coletiva

Serviços desportivos eoutros relacionados aolazerPavilhão para feiras,exposições, parques dediversões e temáticosServiços de jardinsbotânicos

Atividade Área total de construção (m2) No de vagas5.000 < AC < 10.000> 10.000> 2.500> 2.500

> 2.500

> 5.000

> 1.500

> 3.500

qualquer áreaqualquer área

> 3.500

> 1.500

> 2.500> 2.500

> 2.500

> 1.500

> 1.500

> 2.500> 300 pessoas

qualquer área

> 3.000

> 3.000

> 30.000 (terreno)

1 vaga para cada 25 m2²da área de construção1 vaga para cada 20 m2²da área de construção1 vaga para cada 35 m2²da área de construção1 vaga 45 m2²da área de construção

1 vaga para cada 35 m2²da área de venda

1 vaga para cada 200 m2²da área de construção

1 vaga para cada 45 m2²da área de construção

1 vaga para cada 2 apartamentos com área < 50 m2²1 vaga por apartamento com área >50 m2²²1 vaga para cada 40 m2²de sala de convenções1 vaga para cada 100 m2²de área de uso público1 vaga por apartamento1 vaga para cada 2 apartamentosNL < 50: vaga para um leito50 < NL< 200: vaga para 1,5 leitoNL>200: vaga por 2 leitos1 vaga para cada 35 m2²da área de construção

1 vaga para cada 25 m2²da área de construção1 vaga para cada 50 m2²da área de construção

1 vaga para cada sala de aula

1 vaga para cada 25 m2²da área de construção

1 vaga para cada 20 m2²da área de construção

1 vaga para cada 200 m2²da área de construção1 vaga para cada 4 pessoas

1 vaga para cada 50 m2²da área de construção

1 vaga para cada unidade domiciliar < 8 CAPP2 vagas para cada unidade domiciliar > 8 CAPP1 vaga para 8 lugares

1 vaga para cada 50 m2²da área de construção

1 vaga para 100 m2²da área aberta à visitaçãopública.

Notas:1. NL: número de leitos.2. CAPP: compartimentos ou ambientes de permanência prolongada.3. O arredondamento será feito considerando-se o número imediatamente superior.4. Quando a edificação possuir mais de uma atividade, o número total de vagas corresponderá ao somatório das vagasexigidas para cada atividade.5. Nas atividades de atendimento hospitalar não estão incluídas as de atendimento de urgência e emergências, deatenção ambulatorial e de complementação diagnóstica ou terapêutica.

Número mínimo de vagas de estacionamento ou garagem

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ANÁLISE DOS ESTUDOS DE IMPANÁLISE DOS ESTUDOS DE IMPANÁLISE DOS ESTUDOS DE IMPANÁLISE DOS ESTUDOS DE IMPANÁLISE DOS ESTUDOS DE IMPACTACTACTACTACTO E RECOMENDO E RECOMENDO E RECOMENDO E RECOMENDO E RECOMENDAÇÃO DE MEDIDAÇÃO DE MEDIDAÇÃO DE MEDIDAÇÃO DE MEDIDAÇÃO DE MEDIDASASASASASMITIGADORASMITIGADORASMITIGADORASMITIGADORASMITIGADORAS5

5.1. Análise dos estudos de impacto

Conforme referido anteriormente, existemduas formas de desenvolver um estudo deimpacto na circulação viária devido àimplantação de um pólo gerador de tráfego:na primeira, o empreendedor elabora oestudo de acordo com um roteiro pré-estabelecido; na segunda, o próprio órgãoexecutivo de trânsito ou rodoviário odesenvolve.

Como demonstrado nas experiênciasmunicipais relatadas neste documento, emCuritiba e Belo Horizonte os estudos sãodesenvolvidos pelo empreendedor, enquantoque em São Paulo são desenvolvidos pelaprópria Companhia de Engenharia deTráfego.

É importante destacar que nos casos emque o órgão de trânsito ou rodoviário nãodesenvolve o estudo de impacto, ele deve,obrigatoriamente, analisa-lo.

Ao analisar o estudo de impacto, o órgãoexecutivo de trânsito ou rodoviário deveverificar se o mesmo atendeu ao roteiro pré-estabelecido e a outras condições porventuraexigidas. Se tais condições não tiverem sidoatendidas, o estudo deve ser devolvido aoempreendedor para revisão. Se o estudoatendeu às exigências, cabe ao órgão executivode trânsito ou rodoviário emitir seu parecertécnico a respeito da implantação do pólogerador de tráfego em análise.

Na aprovação, esta pode ser com ou semcondicionantes, dentre os quais se incluem asmedidas mitigadoras que o empreendedordeve implantar para reparar, atenuar, controlarou eliminar os impactos gerados peloempreendimento ou para compensar osprejuízos não mitigáveis que serão causados àcirculação pela implantação do pólo geradorde tráfego.

No decorrer de seu trabalho, o analista deum estudo de impacto na circulação viáriadeve sempre ter em conta que uma ferramentade controle dessa natureza se justifica para:

garantir a melhor inserção possível doempreendimento proposto no sistema viáriode sua área de influência imediata;

viabilizar, na parte interna da edificação, osespaços necessários para o estacionamento deveículos, para a carga e descarga demercadorias, assim como para o embarque edesembarque de passageiros, eliminando asinterferências indesejáveis de operações dessanatureza no sistema viário lindeiro aoempreendimento. Para tanto, é importante que,além de observar os parâmetros exigidos nalegislação pertinente, os projetos arquitetônicosapresentados para análise sejam discutidoscom os respectivos empreendedores eprojetistas no tocante à sua funcionalidade eadequação às melhores práticas da engenhariade tráfego;

reduzir ao máximo os impactos negativosocasionados pelo empreendimento naoperação do tráfego de sua área de influên-cia, por meio de intervenções nos sistemasviário e de circulação, tais como alargamentode via, colocação de semáforos, implantaçãode sinalização horizontal e vertical,rebaixamento de meio fio e colocação de baiaspara pontos de ônibus, dentre outras;

viabilizar espaços seguros para ocaminhamento de pedestres dentro e fora daedificação.

Para desenvolver a análise dos impactosdo empreendimento sobre a circulação viária,recomenda-se o uso de modelos matemáticosde geração de viagens, disponíveis na literaturaespecializada para diferentes categorias depólos geradores de tráfego (vide anexo destemanual que reproduz alguns modelosutilizados na prática profissional). Tais modelospermitem estimar o tráfego que será

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EMPREENDIMENTO: Stola Brasil /FIAT,Montadora de veículo,Belo Horizonte / MG

SERVIÇOS: Implantação de via de circulaçãointerna na área da fábrica

adicionado ao sistema viário, além decontribuir para a determinação donúmero ideal de vagas paraestacionamento de veículos.

As análises de impacto devem sertambém suportadas por outros recursosda engenharia de tráfego, compre-endendo contagens classificadas deveículos, análise de capacidade e nívelde serviço, técnicas de avaliação deacidentes e de adequação da geometriaviária, entre outros.

5.2. Exemplificação de medidasmitigadoras

A seguir são apresentados exemplosde medidas mitigadoras normalmenteadotadas no tratamento dos impactosnegativos de pólos geradores de tráfego.O estabelecimento dessas medidas deveconsiderar as fases de construção eoperação do empreendimento.

5.2.1.Medidas internas ao empre-endimento

adequação dos acessos de veículos epedestres;

aumento e redistribuição de vagas deestacionamento;

redimensionamento e redistribuiçãode áreas de carga e descarga e docas;

redimensionamento e mudanças delocalização de áreas de embarque edesembarque de veículos privados;

redimensionamento e mudanças delocalização de pontos de táxis;

acumulação e respectivos bloqueios(cancelas e guaritas);

adequação de acessos específicospara veículos de emergência e deserviços;

medidas para a garantia deacessibilidade aos portadores dedeficiência física.

EMPREENDIMENTO: Supermercado D´avó , São Paulo / SPSERVIÇOS: Sinalização semafórica; colocação de faixa depedestre; construção de alça de acesso ao viaduto china

EMPREENDIMENTO: Shopping Anália Franco, São Paulo / SPSERVIÇOS: Duplicação da Av. Regente Feijó (adequação do acesso

principal ao Shopping Anália Franco)sinalização semafórica e horizontal

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5.2.2.Medidas externas ao empreendimento

Adequação do sistema viário:elaboração e implantação de plano de

circulação;implantação de novas vias;alargamento de vias existentes;implantação de obras-de-arte especiais

(viadutos, trincheiras, passarelas, etc.);implantação de alterações geométricas em

vias públicas;implantação de sinalização estatigráfica e

semafórica;tratamento viário para facilitar a circulação

de pedestres, ciclistas e portadores de deficiênciafísica;

adequação dos serviços e/ou infra-estruturado transporte coletivo;

adequação dos serviços e/ou infra-estruturado transporte por táxi;

medidas especiais para prevenção deacidentes de trânsito;

ações complementares de naturezaoperacional, educativa e de divulgação ou demonitoramento do tráfego.

EMPREENDIMENTO: Shopping DiamondMall, Belo Horizonte / MG

SERVIÇOS: Sinalização vertical indicativa;tratamento de travessia de pedestre

EMPREENDIMENTO: Acesso ao BH Shopping,Belo Horizonte / MG

SERVIÇOS: Implantação de: passarela para travessiade pedestre; gradil direcionador dos fluxos de

pedestres; ponto de parada de ônibus

EMPREENDIMENTO: Acessoao Ponteio, shopping dedecoração e design, BeloHorizonte / MGSERVIÇOS: Túnel sob rodoviapara permitir operações deacesso à pista no sentidocontrário

EMPREENDIMENTO: Hipermercado BIG,Av. das Torres, Curitiba / PR

SERVIÇOS: Implantação das marginais da Av. das Torres num trechode 150m; implantação da via paralela à Av. das Torres, onde são

realizadas operações de carga e descarga; substituição de umalombada eletrônica por semáforos com fase para pedestres conjugado

com controlador de velocidade

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CONSIDERAÇÕES FINAIS

Pólos geradores de tráfego são empreendimentos com capacidade de geraçãode volumes expressivos de deslocamentos de pessoas ou cargas. O controle daimplantação desses pólos é de fundamental importância como forma deminimizar ou eliminar os impactos indesejáveis que possam ter sobre os sistemasde transporte e o trânsito da sua área de influência.

Este manual considerou diversos aspectos referentes à análise e ao tratamentodos impactos de pólos geradores de tráfego, incluindo descrições de experiênciasmunicipais relevantes no Brasil; parâmetros de projeto adotados em alguns municí-pios e no Distrito Federal; legislação, documentos técnicos pertinentes, além derecomendações aos órgãos executivos de trânsito e rodoviários para o tratamentoefetivo da matéria.

Ao fazer uso das informações contidas neste manual, os órgãos executivosde trânsito e rodoviários estarão se capacitando para a adoção dos procedimentosnecessários ao efetivo tratamento de pólos geradores de tráfego, fazendo comque os mesmos sejam implantados sem causar conseqüências indesejáveis à fluideze à segurança do trânsito em suas áreas de influência.

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ANEXO IMODELOS DE GERAÇÃO DE VIAGENS

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IANeste anexo são apresentadas algumaspublicações de maior interesse ao estudo de pólosgeradores de tráfego. São as seguintes:

Uma Metodologia para Delimitação daÁrea de Influência de Shopping Center

(Autores: Marília Márcia Domingues Corrêa/UFSCe Lenise Grando Goldner/ LASTRAN/ Laboratóriode Sistemas de Transportes – Universidade Federal do RioGrande do Sul – Artigo técnico – XIII ANPET –Congresso de Pesquisa e Ensino em Transporte o –COPPE/UFRJ –1999)

Este estudo tem como objetivo principalapresentar uma metodologia sistemática, destinadaa técnicos e planejadores de transporte, para adelimitação da área de influência de shopping centersisolados, a ser utilizada em cidades de porte médio.

Utilização de modelos de rede na análisede impactos de pólos atratores /geradoresde tráfego em áreas urbanas

(Autores: Paula Bulla e Helena Beatriz Betella Cybis– Artigo técnico – XII ANPET – Congresso de Pesquisae Ensino em Transporte – LASTRAN/ Laboratóriode Sistemas de Transportes – Universidade Federal do RioGrande do Sul –1998)

O objetivo deste estudo é comparar modelosde alocação de tráfego aplicados na avaliação deimpactos da implantação de pólos geradores detráfego no sistema viário. Foram utilizados osmodelos computacionais de alocação de tráfegoSATURN e CONTRAM. Este trabalho buscadefinir o potencial das diferentes estruturas demodelagem para estudos desta natureza.

Pólo Gerador de Tráfego – Um estudoem Supermercados

(Autores: Heloisa Maria Barbosa e Richele CabralGonçalves – Artigo técnico – XIV ANPET –Congresso de Pesquisa e Ensino em Transporte –Nucletrans/ Núcleo de Transporte/UFMG –2000)

Este trabalho teve a iniciativa de estudar anecessidade de se conhecer os possíveisimpactos gerados pelos supermercados, umavez que podem causar impactos significativosno sistema viário, e por isso não podem serdesconsiderados no planejamento e operaçãodesse sistema, principalmente quando se tratade hipermercados, que ocupam áreas aindamaiores.

Um estudo sobre o desenvolvimento deshopping centers no Brasil e Espanha e suas

ANEXO IIDOCUMENTOS TÉCNICOS DE INTERESSE

implicações no planejamento viário e detransportes

(Autores: Lenise Grando Goldner/UFSC e Licínioda Silva Portugal/PET-COPPE/UFRJ – Artigotécnico – XI ANPET – Congresso de Pesquisa e Ensinoem Transporte o – COPPE/UFRJ –1997)

Este estudo caracteriza os shopping centers doBrasil e Espanha. Ele analisa os estudos dosimpactos no trânsito disponíveis em ambos ospaíses, enfatizando as etapas de geração de viagense de escolha modal.

Análise de Pólos Geradores de Tráfegosegundo sua classificação, área de influênciae padrão de viagens

(Autor : Inah Tobias Silveira – Dissertação deMestrado – COPPE/UFRJ –1991)

Este estudo parte do princípio de que os pólosgeradores de tráfego envolvem questões urbanasinter-relacionadas, as quais influem na ocorrênciade outros impactos, além daqueles produzidossobre o tráfego. Assim, é feita uma abordagempreliminar do assunto identificando os principaisimpactos ambientais que podem ser associadosà presença desses pólos.

Outros aspectos considerados nesse trabalho,tais como classificação, área de influência e padrãode viagens de pólos geradores de tráfego, sãoconsiderados fundamentais ao conhecimento doproblema. Dessa forma, seguindo a abordagemqualitativa, o trabalho tem ainda como objetivoanalisar, comparativamente, vários tipos de pólosgeradores de tráfego.

Uma Metodologia de Avaliação deImpactos de Shopping Centers sobre oSistema Viário Urbano

(Autora: Lenise Grando Goldner – Tese deDoutorado – COPPE/UFRJ –1994)

Este trabalho sugere uma nova estruturametodológica, apropriada à realidade brasileira.Tem como base a metodologia desenvolvida pelaautora em sua dissertação de mestrado em 1986e a metodologia do Departamento de Transportedos EUA, sempre procurando respeitar aslimitações técnicas existentes no País em relaçãoà disponibilidade de dados e a capacitação técnicados órgãos de transporte. A principal característicada metodologia proposta é incorporar ao estudooutros meios de transporte utilizados para sechegar aos shopping centers, como ônibus, modo apé, além da modalidade veicular.

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ANEXO III - LEGISLAÇÃO DE INTERESSERESOLUÇÕES DO CONAMA

RESOLUÇÃO CONAMA N.º 001, de 23 de janeiro de 1986

Publicado no D. O . U de 17 /2/86.

O CONSELHO NACIONAL DOMEIO AMBIENTE - IBAMA, no uso dasatribuições que lhe confere o artigo 48 doDecreto nº 88.351, de 1º de junho de 1983,para efetivo exercício das responsabilidadesque lhe são atribuídas pelo artigo 18 domesmo decreto, e Considerando a necessidadede se estabelecerem as definições, asresponsabilidades, os critérios básicos e asdiretrizes gerais para uso e implementação daAvaliação de Impacto Ambiental como umdos instrumentos da Política Nacional do MeioAmbiente, RESOLVE:

Artigo 1º - Para efeito desta Resolução,considera-se impacto ambiental qualqueralteração das propriedades físicas, químicas ebiológicas do meio ambiente, causada porqualquer forma de matéria ou energiaresultante das atividades humanas que, diretaou indiretamente, afetam:

I - a saúde, a segurança e o bem-estar dapopulação;

II - as atividades sociais e econômicas;III - a biota;IV - as condições estéticas e sanitárias do

meio ambiente;V - a qualidade dos recursos ambientais.

Artigo 2º - Dependerá de elaboração deestudo de impacto ambiental e respectivorelatório de impacto ambiental - RIMA, aserem submetidos à aprovação do órgãoestadual competente, e do IBAMA e1n carátersupletivo, o licenciamento de atividadesmodificadoras do meio ambiente, tais como:

I - Estradas de rodagem com duas ou maisfaixas de rolamento;

II - Ferrovias;

III - Portos e terminais de minério,petróleo e produtos químicos;

IV - Aeroportos, conforme definidospelo inciso 1, artigo 48, do Decreto-Lei nº32, de 18.11.66;

V - Oleodutos, gasodutos, minerodutos,troncos coletores e emissários de esgotossanitários;

VI - Linhas de transmissão de energiaelétrica, acima de 230KV;

VII - Obras hidráulicas para exploraçãode recursos hídricos, tais como: barragempara fins hidrelétricos, acima de 10MW, desaneamento ou de irrigação, abertura decanais para navegação, drenagem e irrigação,retificação de cursos d’água, abertura debarras e embocaduras, transposição debacias, diques;

VIII - Extração de combustível fóssil(petróleo, xisto, carvão);

IX - Extração de minério, inclusive os daclasse II, definidas no Código de Mineração;

X - Aterros sanitários, processamento edestino final de resíduos tóxicos ou perigosos;

Xl - Usinas de geração de eletricidade,qualquer que seja a fonte de energia primária,acima de 10MW;

XII - Complexo e unidades industriais eagro-industriais (petroquímicos, siderúrgicos,cloroquímicos, destilarias de álcool, hulha,extração e cultivo de recursos hídricos);

XIII - Distritos industriais e zonasestritamente industriais - ZEI;

XIV - Exploração econômica de madeiraou de lenha, em áreas acima de 100 hectaresou menores, quando atingir áreassignificativas em termos percentuais ou deimportância do ponto de vista ambiental;

XV - Projetos urbanísticos, acima de100ha. ou em áreas consideradas de relevanteinteresse ambiental a critério da SEMA e dosórgãos municipais e estaduais competentes;

XVI - Qualquer atividade que utilize

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carvão vegetal, em quantidade superior a deztoneladas por dia.

Artigo 3º - Dependerá de elaboração deestudo de impacto ambiental e respectivoRIMA, a serem submetidos à aprovação doIBAMA, o licenciamento de atividades que,por lei, seja de competência federal.

Artigo 4º - Os órgãos ambientaiscompetentes e os órgãossetoriais doSISNAMA deverão compatibilizar osprocessos de licenciamento com as etapas deplanejamento e implantação das atividadesmodificadoras do meio Ambiente,respeitados os critérios e diretrizesestabelecidos por esta Resolução e tendo porbase a natureza o porte e as peculiaridadesde cada atividade.

Artigo 5º - O estudo de impactoambiental, além de atender à legislação, emespecial os princípios e objetivos expressosna Lei de Política Nacional do MeioAmbiente, obedecerá às seguintes diretrizesgerais:

I - Contemplar todas as alternativastecnológicas e de localização de projeto,confrontando-as com a hipótese de nãoexecução do projeto;

II - Identificar e avaliar sistematicamenteos impactos ambientais gerados nas fases deimplantação e operação da atividade ;

III - Definir os limites da área geográficaa ser direta ou indiretamente afetada pelosimpactos, denominada área de influência doprojeto, considerando, em todos os casos, abacia hidrográfica na qual se localiza;

lV - Considerar os planos e programasgovernamentais, propostos e em implantaçãona área de influência do projeto, e suacompatibilidade.

Parágrafo Único - Ao determinar aexecução do estudo de impacto ambiental oórgão estadual competente, ou o IBAMA ou,quando couber, o Município, fixará asdiretrizes adicionais que, pelas peculiaridades

do projeto e características ambientais daárea, forem julgadas necessárias, inclusive osprazos para conclusão e análise dos estudos.

Artigo 6º - O estudo de impactoambiental desenvolverá, no mínimo, asseguintes atividades técnicas:

I - Diagnóstico ambiental da área deinfluência do projeto completa descrição eanálise dos recursos ambientais e suasinterações, tal como existem, de modo acaracterizar a situação ambiental da área, antesda implantação do projeto, considerando:

a) o meio físico - o subsolo, as águas, o are o clima, destacando os recursos minerais, atopografia, os tipos e aptidões do solo, oscorpos d’água, o regime hidrológico, ascorrentes marinhas, as correntes atmosféricas;

b) o meio biológico e os ecossistemasnaturais - a fauna e a flora, destacando asespécies indicadoras da qualidade ambiental,de valor científico e econômico, raras eameaçadas de extinção e as áreas depreservação permanente;

c) o meio sócio-econômico - o uso eocupação do solo, os usos da água e a sócio-economia, destacando os sítios emonumentos arqueológicos, históricos eculturais da comunidade, as relações dedependência entre a sociedade local, osrecursos ambientais e a potencial utilizaçãofutura desses recursos.

II - Análise dos impactos ambientais doprojeto e de suas alternativas, através deidentificação, previsão da magnitude einterpretação da importância dos prováveisimpactos relevantes, discriminando: osimpactos positivos e negativos (benéficos eadversos), diretos e indiretos, imediatos e amédio e longo prazos, temporários epermanentes; seu grau de reversibilidade; suaspropriedades cumulativas e sinérgicas; adistribuição dos ônus e benefícios sociais.

III - Definição das medidas mitigadorasdos impactos negativos, entre elas osequipamentos de controle e sistemas detratamento de despejos, avaliando a eficiênciade cada uma delas.

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M I N I S T É R I O D A J U S T I Ç A - D E P A R T A M E N T O N A C I O N A L D E T R Â N S I T O

lV - Elaboração do programa deacompanhamento e monitoramento (osimpactos positivos e negativos, indicando osfatores e parâmetros a serem considerados.

Parágrafo Único - Ao determinar aexecução do estudo de impacto Ambiental oórgão estadual competente; ou o IBAMA ouquando couber, o Município fornecerá asinstruções adicionais que se fizerem necessárias,pelas peculiaridades do projeto e característicasambientais da área.

Artigo 7º - O estudo de impactoambiental será realizado por equipemultidisciplinar habilitada, não dependentedireta ou indiretamente do proponente doprojeto e que será responsável tecnicamentepelos resultados apresentados.

Artigo 8º - Correrão por conta doproponente do projeto todas as despesas ecustos referentes á realização do estudo deimpacto ambiental, tais como: coleta eaquisição dos dados e informações, trabalhose inspeções de campo, análises de laboratório,estudos técnicos e científicos eacompanhamento e monitoramento dosimpactos, elaboração do RIMA efornecimento de pelo menos 5 (cinco) cópias,

Artigo 9º - O relatório de impactoambiental - RIMA refletirá as conclusões doestudo de impacto ambiental e conterá, nomínimo:

I - Os objetivos e justificativas do projeto,sua relação e compatibilidade com as políticassetoriais, planos e programas governa-mentais;

II - A descrição do projeto e suasalternativas tecnológicas e locacionais,especificando para cada um deles, nas fasesde construção e operação a área de influência,as matérias primas, e mão-de-obra, as fontesde energia, os processos e técnicaoperacionais, os prováveis efluentes,emissões, resíduos de energia, os empregosdiretos e indiretos a serem gerados;

III - A síntese dos resultados dos estudosde diagnósticos ambiental da área de influênciado projeto;

IV - A descrição dos prováveis impactosambientais da implantação e operação daatividade, considerando o projeto, suasalternativas, os horizontes de tempo deincidência dos impactos e indicando osmétodos, técnicas e critérios adotados parasua identificação, quantificação einterpretação;

V - A caracterização da qualidadeambiental futura da área de influência,comparando as diferentes situações daadoção do projeto e suas alternativas, bemcomo com a hipótese de sua não realização;

VI - A descrição do efeito esperado dasmedidas mitigadoras previstas em relação aosimpactos negativos, mencionando aqueles quenão puderam ser evitados, e o grau dealteração esperado;

VII - O programa de acompanhamentoe monitoramento dos impactos;

VIII - Recomendação quanto à alternativamais favorável (conclusões e comentários deordem geral).

Parágrafo único - O RIMA deve serapresentado de forma objetiva e adequada asua compreensão. As informações devem sertraduzidas em linguagem acessível, ilustradaspor mapas, cartas, quadros, gráficos e demaistécnicas de comunicação visual, de modo quese possam entender as vantagens edesvantagens do projeto, bem como todasas conseqüências ambientais de suaimplementação.

Artigo 10 - O órgão estadual competente,ou o IBAMA ou, quando couber, oMunicípio terá um prazo para se manifestarde forma conclusiva sobre o RIMAapresentado.

Parágrafo único - O prazo a que se refereo caput deste artigo terá o seu termo inicialna data do recebimento pelo estadualcompetente ou pela SEMA do estudo doimpacto ambiental e seu respectivo RIMA.

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Artigo 11 - Respeitado o sigilo industrial,assim solicitando e demonstrando pelointeressado o RIMA será acessível ao público.Suas cópias permanecerão à disposição dosinteressados, nos centros de documentação oubibliotecas da SEMA e do estadual de controleambiental correspondente, inclusive o períodode análise técnica,

§ 1º - Os órgãos públicos quemanifestarem interesse, ou tiverem relaçãodireta com o projeto, receberão cópia doRIMA, para conhecimento e manifestação,

§ 2º - Ao determinar a execução do estudode impacto ambiental e apresentação doRIMA, o estadual competente ou o IBAMAou, quando couber o Município, determinaráo prazo para recebimento dos comentários aserem feitos pelos órgãos públicos e demaisinteressados e, sempre que julgar necessário,promoverá a realização de audiência públicapara informação sobre o projeto e seusimpactos ambientais e discussão do RIMA,

Artigo 12 - Esta Resolução entra em vigorna data de sua publicação.

FLÁVIO PEIXOTO DA SILVEIRA(Alterada pela Resolução nº 011/86)

(Vide item I - 3º da Resolução 005/87)

RESOLUÇÃO CONAMA Nº 001-A, de 23 de janeiro de 1986

O CONSELHO NACIONAL DOMEIO AMBIENTE - CONAMA, no usodas atribuições que lhe confere o inciso II doartigo 7º do Decreto nº 88.351, de 1º de junhode 1983, alterado pelo Decreto nº 91.305, de3 de junho de 1985, e o artigo 48 do mesmodiploma legal, e considerando o crescentenúmero de cargas perigosas que circulampróximas a áreas densamente povoadas, deproteção de mananciais, reservatórios de águae de proteção do ambiente natural, bem comoa necessidade de se obterem níveis adequadosde segurança no seu transporte, para evitar a

degradação ambiental e prejuízos à saúde,RESOLVE:

Art. 1º - Quando considerado convenientepelos Estados, o transporte de produtosperigosos, em seus territórios, deverá serefetuado mediante medidas essenciaiscomplementares às estabelecidas pelo Decretonº 88.821, de 6 de outubro de1983.

Art. 2º - Os órgãos estaduais de meioambiente deverão ser comunicados pelotransportador de produtos perigosos, coma antecedência mínima de setenta e duashoras de sua efetivação, a fim de que sejamadotadas as providências cabíveis.

Art. 3º - Na hipótese de que trata oartigo 1º, o CONAMA recomendo aosórgãos estaduais de meio ambiente quedefinam em conjunto com os órgãos detrânsito, os cuidados especiais a seremadotados.

Art. 4º - A presente Resolução, entra emvigor na data de sua publicação.

DENI LINEU SHWARTZ

RESOLUÇÃO/CONAMA/N.º 006 de 16 de Setembro de 1987

Publicada no D.O.U, de 22/10/87,Seção I, Pág. 17.499.

O CONSELHO NACIONAL DOMEIO AMBIENTE - CONAMA, no usode suas atribuições legais, considerando anecessidade de que sejam editadas regrasgerais para o licenciamento ambiental deobras de grande porte, especialmenteaquelas nas quais a União tenha interesserelevante como a geração de energia elétrica,no intuito de harmonizar conceitos elinguagem entre os diversos intervenientesno processo, RESOLVE:

Art. 1º - As concessionárias de exploração,

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geração e distribuição de energia elétrica, aosubmeterem seus empreendimentos aolicenciamento ambiental perante o órgãoestadual competente, deverão prestar asinformações técnicas sobre o mesmo,conforme estabelecem os termos da legislaçãoambiental pelos procedimentos definidos nestaResolução.

Art. 2º - Caso o empreendimento necessiteser licenciado por mais de um Estado, pelaabrangência de sua área de influência, os órgãosestaduais deverão manter entendimentoprévio no sentido de, na medida do possível,uniformizar as exigências.

Parágrafo Único - O IBAMA super-visionará os entendimentos previstos neste artigo.

Art. 3º - Os órgãos estaduais competentese os demais integrantes do SISNAMAenvolvidos no processo de licenciamento,estabelecerão etapas e especificaçõesadequadas às características dos empre-endimentos objeto desta Resolução.

Art. 4º - Na hipótese dos empre-endimentos de aproveitamento hidroelétrico,respeitadas as peculiaridades de cada caso, aLicença Prévia (LP) deverá ser requerida noinício do estudo de viabilidade da Usina; aLicença de Instalação (LI) deverá ser obtidaantes da realização da Licitação paraconstrução do empreendimento e a Licençade Operação (LO) deverá ser obtida antes dofechamento da barragem.

Art. 5º - No caso de usinas termoelétricas,a LP deverá ser requerida no início do estudode viabilidade; a LI antes do início da efetivaimplantação do empreendimento e a LOdepois dos testes realizados e antes da efetivacolocação da usina em geração comercial deenergia.

Art 6º - No licenciamento de subestaçõese linhas de transmissão, a LP deve ser requeridano início do planejamento do empre-

endimento, antes de definida sua localização,ou caminhamento definitivo, a LI, depois deconcluído o projeto executivo e antes do iníciodas obras e a LO, antes da entrada emoperação comercial.

Art 7º - Os documentos necessários parao licenciamento a que se refere os Artigos 4º,5º e 6º são aqueles discriminados no anexo.

Parágrafo Único - Aos órgãos estaduaisde meio ambiente licenciadores, caberásolicitar informações complementares,julgadas imprescindíveis ao licenciamento.

Art. 8º - Caso o empreendimento estejaenquadrado entre as atividades exemplificadasno Artigo 2º da Resolução CONAMA nº001/86, o estudo de impacto ambientaldeverá ser encetado, de forma que, quandoda solicitação da LP e concessionária tenhacondições de apresentar ao(s) órgão(s)estadual(ais) competente(s) um relatório sobreo planejamento dos estudos a seremexecutados, inclusive cronograma tentativo, demaneira a possibilitar que sejam fixadas asinstruções adicionais previstas no parágrafoÚnico do Artigo 6º da Resolução CONAMAnº 001/86.

§ 1º - As informações constantes deinventário, quando houver, deverão sertransmitidas ao(s) órgão(s) estadual(ais)competente(s) responsável(eis) pelolicenciamento.

§ 2º - A emissão da LP somente será feitaapós a análise e aprovação do RIMA

Art. 9º - O estudo de impacto ambiental,a preparação do RIMA, o detalhamento dosaspectos ambientais julgados relevantes a seremdesenvolvidos nas várias fases dolicenciamento, inclusive o programa deacompanhamento e monitoragem dosimpactos, serão acompanhados por técnicosdesignados para este fim pelo(s) órgão(s)estadual(ais) competente(s).

Art 10 - O RIMA deverá ser acessível ao

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público, na forma do Artigo 11 da ResoluçãoCONAMA nº 001/86.

Parágrafo Único - O RIMA destinadoespecificamente ao esclarecimento público dasvantagens e conseqüências ambientais doempreendimento deverá ser elaborado de formaa alcançar efetivamente este objeto, atendido odisposto no parágrafo único do Artigo 9º daResolução CONAMA nº 001/86.

Art. 11 - Os demais dados técnicos doestudo de impacto ambiental deverão sertransmitidos ao(s) órgão(s) estadual(ais)competente(s) com a forma e o cronogramaestabelecido de acordo com o Artigo 8º destaResolução.

Art. 12 - O disposto nesta Resolução seráaplicado, considerando-se as etapas deplanejamento ou de execução em que seencontra o empreendimento.

§ 1º - Caso a etapa prevista para a obtençãoda LP ou LI já esteja vencida, a mesma nãoserá expedida.

§ 2º - A não expedição da LP ou LI, deacordo com o parágrafo anterior, nãodispensa a transmissão aos órgãos estaduaiscompetentes dos estudos ambientaisexecutados por força de necessidade doplanejamento e execução do empreendimento.

§ 3º - Mesmo vencida a etapa da obtençãoda LI, o RIMA deverá ser elaborado segundoas informações disponíveis, além dasadicionais que forem requisitadas pelo(s)órgão(s) ambiental(ais) competente(s) para olicenciamento, de maneira a poder tornarpúblicas as características do empreendimentoe suas prováveis conseqüências ambientais esócio-econômicas.

§ 4º - Para o empreendimento que entrouem operação a partir de 1º de fevereiro de1986, sua regularização se dará pela obtençãoda LO, para a qual será necessária aapresentação de RIMA contendo, no mínimo,as seguintes informações: descrição doempreendimento; impactos ambientaispositivos e negativos provocados em sua área

de influência; descrição das medidas deproteção ambiental e mitigadoras dosimpactos ambientais negativos adotados ouem vias de adoção, além de outros estudosambientais já realizados pela concessionária.

§ 5º - Para o empreendimento que entrouem operação anteriormente a 1º de fevereirode 1986, sua regularização se dará pelaobtenção da LO sem a necessidade deapresentação de RIMA, mas com aconcessionária encaminhando ao(s) órgão(s)estadual(ais) a descrição geral doempreendimento; a descrição do impactoambienta1 provocado e as medidas deproteção adotadas ou em vias de adoção..

Art. 13 - Esta Resolução entra em vigorna data de sua publicação.

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Tipos de Licença Usinas Hidrelétricas Usinas Termoelétricas

ANEXO DA RESOLUÇÃO CONAMA N0 006Documentos Necessários ao Licenciamento

Linhas de Transmissão

Licença Prévia(LP)

Licença deInstalação(LI)

Licença deOperação(LO)

Requerimento deLicença PréviaPortaria MMEautorizando oEstudo daViabilidadeRelatório deImpactoAmbiental(RIMA) sintéticoe integral,quandonecessário.Cópia dapublicação depedido na LPRelatório doEstudo deViabilidade.Requerimento delicença deInstalação.Cópia dapublicação daconcessão da LPCópia daPublicação depedido de LICópia doDecreto deoutorga deconcessão doaprovei-tamentohidrelétricoProjeto BásicoAmbientalRequerimento deLicença de Ope-raçãoCópia da Publi-cação da Con-cessão da LICópia da Publi-cação de pedidode LO

Requerimento de Licença PréviaCópia de Publicação do pedido de LPPortaria MME autorizando o Estudo daViabilidadeAlvará de pesquisa ou lavra do DNPN,quando couberManifestação da PrefeituraRIMA (sintético e integral)

Requerimento de Licença de InstalaçãoCópia da publicação da concessão da LPCópia da publicação do pedido de LIRelatório de Viabilidade aprovado peloDNAEEProjeto Básico Ambiental

Requerimento de Licença de OperaçãoCópia da publicação de concessão da LICópia da publicação do pedido de LOPortaria do DNAEE de aprovação doProjeto BásicoPortaria do MME autorizando aimplantação do empreendimento

Requerimento de LicençaPréviaCópia de publicação depedido de LPRIMA (sintético e integral)

Requerimento de Licençade InstalaçãoCópia da publicação daconcessão de LPCópia da publicação dopedido de LIProjeto Básico Ambiental

Requerimento de Licençade Operação·Cópia da publicação deconcessão da LICópia da publicação dopedido de LO·Cópia da Portaria DNAEEaprovando o ProjetoCópia da Portaria MME(Servidão Administrativa)

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RESOLUÇÃO Nº 237 , de 19 de dezembro de 1997

O CONSELHO NACIONAL DOMEIO AMBIENTE - CONAMA, no usodas atribuições e competências que lhe sãoconferidas pela Lei nº 6.938, de 31 de agostode 1981, regulamentadas pelo Decreto nº99.274, de 06 de junho de 1990, e tendo emvista o disposto em seu Regimento Interno, e

Considerando a necessidade de revisãodos procedimentos e critérios utilizados nolicenciamento ambiental, de forma a efetivara utilização do sistema de licenciamento comoinstrumento de gestão ambiental, instituídopela Política Nacional do Meio Ambiente;

Considerando a necessidade de seincorporar ao sistema de licenciamentoambiental os instrumentos de gestão ambiental,visando o desenvolvimento sustentável e amelhoria contínua;

Considerando as diretrizes estabelecidas naResolução CONAMA nº 011/94, quedetermina a necessidade de revisão no sistemade licenciamento ambiental;

Considerando a necessidade de regula-mentação de aspectos do licenciamentoambiental estabelecidos na Política Nacionalde Meio Ambiente que ainda não foramdefinidos;

Considerando a necessidade de serestabelecido critério para exercício dacompetência para o licenciamento a que serefere o artigo 10 da Lei no 6.938, de 31 deagosto de 1981;

Considerando a necessidade de se integrara atuação dos órgãos competentes do SistemaNacional de Meio Ambiente - SISNAMA naexecução da Política Nacional do MeioAmbiente, em conformidade com asrespectivas competências, resolve:

Art. 1º - Para efeito desta Resolução sãoadotadas as seguintes definições:

I-Licenciamento Ambiental: procedimentoadministrativo pelo qual o órgão ambientalcompetente licencia a localização, instalação,

ampliação e a operação de empreendimentose atividades utilizadoras de recursosambientais, consideradas efetiva oupotencialmente poluidoras ou daquelas que,sob qualquer forma, possam causardegradação ambiental, considerando asdisposições legais e regulamentares e asnormas técnicas aplicáveis ao caso.

II - Licença Ambiental: ato administrativopelo qual o órgão ambiental competente,estabelece as condições, restrições e medidasde controle ambiental que deverão serobedecidas pelo empreendedor, pessoa físicaou jurídica, para localizar, instalar, ampliar eoperar empreendimentos ou atividadesutilizadoras dos recursos ambientaisconsideradas efetiva ou potencialmentepoluidoras ou aquelas que, sob qualquerforma, possam causar degradação ambiental.

III - Estudos Ambientais: são todos equaisquer estudos relativos aos aspectosambientais relacionados à localização,instalação, operação e ampliação de umaatividade ou empreendimento, apresentadocomo subsídio para a análise da licençarequerida, tais como: relatório ambiental,plano e projeto de controle ambiental,relatório ambiental preliminar, diagnósticoambiental, plano de manejo, plano derecuperação de área degradada e análisepreliminar de risco.

III – Impacto Ambiental Regional: é todoe qualquer impacto ambiental que afetediretamente (área de influência direta doprojeto), no todo ou em parte, o territóriode dois ou mais Estados.

Art. 2º- A localização, construção,instalação, ampliação, modificação e operaçãode empreendimentos e atividades utilizadorasde recursos ambientais consideradas efetivaou potencialmente poluidoras, bem como osempreendimentos capazes, sob qualquerforma, de causar degradação ambiental,dependerão de prévio licenciamento do órgãoambiental competente, sem prejuízo de outraslicenças legalmente exigíveis.

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§ 1º- Estão sujeitos ao licenciamentoambiental os empreendimentos e as atividadesrelacionadas no Anexo 1, parte integrantedesta Resolução.

§ 2º – Caberá ao órgão ambientalcompetente definir os critérios deexigibilidade, o detalhamento e acomplementação do Anexo 1, levando emconsideração as especificidades, os riscosambientais, o porte e outras características doempreendimento ou atividade.

Art. 3º- A licença ambiental paraempreendimentos e atividades consideradasefetiva ou potencialmente causadoras designificativa degradação do meio dependeráde prévio estudo de impacto ambiental erespectivo relatório de impacto sobre o meioambiente (EIA/RIMA), ao qual dar-se-ápublicidade, garantida a realização deaudiências públicas, quando couber, deacordo com a regulamentação.

Parágrafo único - O órgão ambientalcompetente, verificando que a atividade ouempreendimento não é potencialmentecausador de significativa degradação do meioambiente, definirá os estudos ambientaispertinentes ao respectivo processo delicenciamento.

Art. 4º - Compete ao Instituto Brasileirodo Meio Ambiente e dos Recursos NaturaisRenováveis - IBAMA, órgão executor doSISNAMA, o licenciamento ambiental, a quese refere o artigo 10 da Lei nº 6.938, de 31 deagosto de 1981, de empreendimentos eatividades com significativo impacto ambientalde âmbito nacional ou regional, a saber:

I-localizadas ou desenvolvidas conjun-tamente no Brasil e em país limítrofe; no marterritorial; na plataforma continental; na zonaeconômica exclusiva; em terras indígenas ouem unidades de conservação do domínio daUnião.

II - localizadas ou desenvolvidas em doisou mais Estados;

III - cujos impactos ambientais diretosultrapassem os limites territoriais do País oude um ou mais Estados;

IV - destinados a pesquisar, lavrar,produzir, beneficiar, transportar, armazenar edispor material radioativo, em qualquer estágio,ou que utilizem energia nuclear em qualquerde suas formas e aplicações, mediante parecerda Comissão Nacional de Energia Nuclear -CNEN;

V- bases ou empreendimentos militares,quando couber, observada a legislaçãoespecífica.

§ 1º - O IBAMA fará o licenciamento deque trata este artigo após considerar o exametécnico procedido pelos órgãos ambientaisdos Estados e Municípios em que se localizara atividade ou empreendimento, bem como,quando couber, o parecer dos demais órgãoscompetentes da União, dos Estados, doDistrito Federal e dos Municípios, envolvidosno procedimento de licenciamento.

§ 2º - O IBAMA, ressalvada suacompetência supletiva, poderá delegar aosEstados o licenciamento de atividade comsignificativo impacto ambiental de âmbitoregional, uniformizando, quando possível, asexigências.

Art. 5º - Compete ao órgão ambientalestadual ou do Distrito Federal o licenciamentoambiental dos empreendimentos e atividades:

I - localizados ou desenvolvidos em maisde um Município ou em unidades deconservação de domínio estadual ou doDistrito Federal;

II - localizados ou desenvolvidos nasflorestas e demais formas de vegetação naturalde preservação permanente relacionadas noartigo 2º da Lei nº 4.771, de 15 de setembrode 1965, e em todas as que assim foremconsideradas por normas federais, estaduaisou municipais;

III - cujos impactos ambientais diretosultrapassem os limites territoriais de um oumais Municípios;

IV – delegados pela União aos Estados

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ou ao Distrito Federal, por instrumento legalou convênio.

Parágrafo único - O órgão ambientalestadual ou do Distrito Federal fará olicenciamento de que trata este artigo apósconsiderar o exame técnico procedido pelosórgãos ambientais dos Municípios em que selocalizar a atividade ou empreendimento, bemcomo, quando couber, o parecer dos demaisórgãos competentes da União, dos Estados,do Distrito Federal e dos Municípios,envolvidos no procedimento de licenciamento.

Art. 6º - Compete ao órgão ambientalmunicipal, ouvidos os órgãos competentes daUnião, dos Estados e do Distrito Federal,quando couber, o licenciamento ambiental deempreendimentos e atividades de impactoambiental local e daquelas que lhe foremdelegadas pelo Estado por instrumento legalou convênio.

Art. 7º - Os empreendimentos e atividadesserão licenciados em um único nível decompetência, conforme estabelecido nosartigos anteriores.

Art. 8º - O Poder Público, no exercício desua competência de controle, expedirá asseguintes licenças:

I - Licença Prévia (LP) - concedida na fasepreliminar do planejamento do empre-endimento ou atividade aprovando sualocalização e concepção, atestando a viabilidadeambiental e estabelecendo os requisitos básicose condicionantes a serem atendidos naspróximas fases de sua implementação;

II - Licença de Instalação (LI) - autoriza ainstalação do empreendimento ou atividade deacordo com as especificações constantes dosplanos, programas e projetos aprovados,incluindo as medidas de controle ambiental edemais condicionantes, da qual constituemmotivo determinante;

III - Licença de Operação (LO) - autorizaa operação da atividade ou empreendimento,

após a verificação do efetivo cumprimento doque consta das licenças anteriores, com asmedidas de controle ambiental e condicionantesdeterminados para a operação.

Parágrafo único - As licenças ambientaispoderão ser expedidas isolada ousucessivamente, de acordo com a natureza,características e fase do empreendimento ouatividade.

Art. 9º - O CONAMA definirá, quandonecessário, licenças ambientais específicas,observadas a natureza, características epeculiaridades da atividade ou empreendimentoe, ainda, a compatibilização do processo delicenciamento com as etapas de planejamento,implantação e operação.

Art. 10 - O procedimento de licenciamentoambiental obedecerá às seguintes etapas:

I - Definição pelo órgão ambientalcompetente, com a participação doempreendedor, dos documentos, projetos eestudos ambientais, necessários ao início doprocesso de licenciamento correspondente àlicença a ser requerida;

II - Requerimento da licença ambiental peloempreendedor, acompanhado dos docu-mentos, projetos e estudos ambientaispertinentes, dando-se a devida publicidade;

III - Análise pelo órgão ambientalcompetente, integrante do SISNAMA , dosdocumentos, projetos e estudos ambientaisapresentados e a realização de vistorias técnicas,quando necessárias;

IV - Solicitação de esclarecimentos ecomplementações pelo órgão ambientalcompetente, integrante do SISNAMA, uma únicavez, em decorrência da análise dos documentos,projetos e estudos ambientais apresentados,quando couber, podendo haver a reiteração damesma solicitação caso os esclarecimentos ecomplementações não tenham sido satisfatórios;

V - Audiência pública, quando couber, deacordo com a regulamentação pertinente;

VI - Solicitação de esclarecimentos e

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complementações pelo órgão ambientalcompetente, decorrentes de audiências públicas,quando couber, podendo haver reiteração dasolicitação quando os esclarecimentos ecomplementações não tenham sido satisfatórios;

VII - Emissão de parecer técnicoconclusivo e, quando couber, parecer jurídico;

VIII - Deferimento ou indeferimento dopedido de licença, dando-se a devidapublicidade.

§ 1º - No procedimento de licenciamentoambiental deverá constar, obrigatoriamente, acertidão da Prefeitura Municipal, declarandoque o local e o tipo de empreendimento ouatividade estão em conformidade com alegislação aplicável ao uso e ocupação do soloe, quando for o caso, a autorização parasupressão de vegetação e a outorga para ouso da água, emitidas pelos órgãoscompetentes.

§ 2º - No caso de empreendimentos eatividades sujeitos ao estudo de impactoambiental - EIA, se verificada a necessidadede nova complementação em decorrência deesclarecimentos já prestados, conforme incisosIV e VI, o órgão ambiental competente,mediante decisão motivada e com aparticipação do empreendedor, poderáformular novo pedido de complementação.

Art. 11 - Os estudos necessários aoprocesso de licenciamento deverão serrealizados por profissionais legalmentehabilitados, às expensas do empreendedor.

Parágrafo único - O empreendedor e osprofissionais que subscrevem os estudosprevistos no caput deste artigo serãoresponsáveis pelas informações apresentadas,sujeitando-se às sanções administrativas, civise penais.

Art. 12 - O órgão ambiental competentedefinirá, se necessário, procedimentosespecíficos para as licenças ambientais,observadas a natureza, características epeculiaridades da atividade ou empre-

endimento e, ainda, a compatibilização doprocesso de licenciamento com as etapas deplanejamento, implantação e operação.

§ 1º - Poderão ser estabelecidosprocedimentos simplificados para asatividades e empreendimentos de pequenopotencial de impacto ambiental, que deverãoser aprovados pelos respectivos Conselhos deMeio Ambiente.

§ 2º - Poderá ser admitido um únicoprocesso de licenciamento ambiental parapequenos empreendimentos e atividadessimilares e vizinhos ou para aqueles integrantesde planos de desenvolvimento aprovados,previamente, pelo órgão governamentalcompetente, desde que definida aresponsabilidade legal pelo conjunto deempreendimentos ou atividades.

§ 3º - Deverão ser estabelecidos critériospara agilizar e simplificar os procedimentosde licenciamento ambiental das atividades eempreendimentos que implementem planose programas voluntários de gestão ambiental,visando a melhoria contínua e oaprimoramento do desempenho ambiental.

Art. 13 - O custo de análise para aobtenção da licença ambiental deverá serestabelecido por dispositivo legal, visando oressarcimento, pelo empreendedor, dasdespesas realizadas pelo órgão ambientalcompetente.

Parágrafo único - Facultar-se-á aoempreendedor acesso à planilha de custosrealizados pelo órgão ambiental para a análiseda licença.

Art. 14 - O órgão ambiental competentepoderá estabelecer prazos de análisediferenciados para cada modalidade de licença(LP, LI e LO), em função das peculiaridadesda atividade ou empreendimento, bem comopara a formulação de exigênciascomplementares, desde que observado oprazo máximo de 6 (seis) meses a contar doato de protocolar o requerimento até seu

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deferimento ou indeferimento, ressalvados oscasos em que houver EIA/RIMA e/ouaudiência pública, quando o prazo será de até12 (doze) meses.

§ 1º - A contagem do prazo previsto nocaput deste artigo será suspensa durante aelaboração dos estudos ambientaiscomplementares ou preparação deesclarecimentos pelo empreendedor.

§ 2º - Os prazos estipulados no caputpoderão ser alterados, desde que justificadose com a concordância do empreendedor edo órgão ambiental competente.

Art. 15 - O empreendedor deverá atenderà solicitação de esclarecimentos ecomplementações, formuladas pelo órgãoambiental competente, dentro do prazomáximo de 4 (quatro) meses, a contar dorecebimento da respectiva notificação

Parágrafo Único - O prazo estipuladono caput poderá ser prorrogado, desde quejustificado e com a concordância doempreendedor e do órgão ambientalcompetente.

Art. 16 - O não cumprimento dos prazosestipulados nos artigos 14 e 15,respectivamente, sujeitará o licenciamento àação do órgão que detenha competência paraatuar supletivamente e o empreendedor aoarquivamento de seu pedido de licença.

Art. 17 - O arquivamento do processo delicenciamento não impedirá a apresentação denovo requerimento de licença, que deveráobedecer aos procedimentos estabelecidos noartigo 10, mediante novo pagamento de custode análise.

Art. 18 - O órgão ambiental competenteestabelecerá os prazos de validade de cadatipo de licença, especificando-os no respectivodocumento, levando em consideração osseguintes aspectos:

I - O prazo de validade da Licença Prévia

(LP) deverá ser, no mínimo, o estabelecidopelo cronograma de elaboração dos planos,programas e projetos relativos aoempreendimento ou atividade, não podendoser superior a 5 (cinco) anos.

II - O prazo de validade da Licença deInstalação (LI) deverá ser, no mínimo, oestabelecido pelo cronograma de instalaçãodo empreendimento ou atividade, nãopodendo ser superior a 6 (seis) anos.

III - O prazo de validade da Licença deOperação (LO) deverá considerar os planosde controle ambiental e será de, no mínimo,4 (quatro) anos e, no máximo, 10 (dez) anos.

§ 1º - A Licença Prévia (LP) e a Licençade Instalação (LI) poderão ter os prazos devalidade prorrogados, desde que nãoultrapassem os prazos máximos estabelecidosnos incisos I e II

§ 2º - O órgão ambiental competentepoderá estabelecer prazos de validadeespecíficos para a Licença de Operação (LO)de empreendimentos ou atividades que, porsua natureza e peculiaridades, estejam sujeitosa encerramento ou modificação em prazosinferiores.

§ 3º - Na renovação da Licença deOperação (LO) de uma atividade ouempreendimento, o órgão ambientalcompetente poderá, mediante decisãomotivada, aumentar ou diminuir o seu prazode validade, após avaliação do desempenhoambiental da atividade ou empreendimentono período de vigência anterior, respeitadosos limites estabelecidos no inciso III.

§ 4º - A renovação da Licença deOperação(LO) de uma atividade ouempreendimento deverá ser requerida comantecedência mínima de 120 (cento e vinte)dias da expiração de seu prazo de validade,fixado na respectiva licença, ficando esteautomaticamente prorrogado até amanifestação definitiva do órgão ambientalcompetente.

Art. 19 – O órgão ambiental competente,mediante decisão motivada, poderá modificar

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os condicionantes e as medidas de controle eadequação, suspender ou cancelar uma licençaexpedida, quando ocorrer:

I - Violação ou inadequação de quaisquercondicionantes ou normas legais.

II - Omissão ou falsa descrição deinformações relevantes que subsidiaram aexpedição da licença.

III - superveniência de graves riscosambientais e de saúde.

Art. 20 - Os entes federados, paraexercerem suas competências licenciatórias,deverão ter implementados os Conselhos deMeio Ambiente, com caráter deliberativo eparticipação social e, ainda, possuir em seusquadros ou a sua disposição profissionaislegalmente habilitados.

Art. 21 - Esta Resolução entra em vigorna data de sua publicação, aplicando seusefeitos aos processos de licenciamento emtramitação nos órgãos ambientaiscompetentes, revogadas as disposições emcontrário, em especial os artigos 3o e 7º daResolução CONAMA nº 001, de 23 de janeirode 1986.

GUSTAVO KRAUSE GONÇALVESSOBRINHO

Presidente

RAIMUNDO DEUSDARÁ FILHOSecretário-Executivo

Extração e tratamento de minerais- pesquisa mineral com guia de utilização- lavra a céu aberto, inclusive de aluvião, com

ou sem beneficiamento- lavra subterrânea com ou sem beneficiamento- lavra garimpeira- perfuração de poços e produção de petróleo

e gás natural

Indústria de produtos minerais nãometálicos

- beneficiamento de minerais não metálicos, nãoassociados à extração

- fabricação e elaboração de produtos mineraisnão metálicos tais como: produção de materialcerâmico, cimento, gesso, amianto e vidro, entreoutros.

Indústria metalúrgica- fabricação de aço e de produtos siderúrgicos- produção de fundidos de ferro e aço /

forjados / arames / relaminados com ou semtratamento de superfície, inclusive galvanoplastia

- metalurgia dos metais não-ferrosos, emformas primárias e secundárias, inclusive ouro

- produção de laminados / ligas / artefatos demetais não-ferrosos com ou sem tratamento desuperfície, inclusive galvanoplastia

- relaminação de metais não-ferrosos , inclusiveligas

- produção de soldas e anodos- metalurgia de metais preciosos- metalurgia do pó, inclusive peças moldadas- fabricação de estruturas metálicas com ou sem

tratamento de superfície, inclusive galvanoplastia- fabricação de artefatos de ferro / aço e de

metais não-ferrosos com ou sem tratamento desuperfície, inclusive galvanoplastia

- têmpera e cementação de aço, recozimentode arames, tratamento de superfície

Indústria mecânica- fabricação de máquinas, aparelhos, peças,

ANEXO 1

ATIVIDADES OU EMPREENDIMENTOSSUJEITAS AO LICENCIAMENTO AMBIENTAL

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utensílios e acessórios com e sem tratamentotérmico e/ou de superfície

Indústria de material elétrico, eletrônico ecomunicações

- fabricação de pilhas, baterias e outrosacumuladores

- fabricação de material elétrico, eletrônico eequipamentos para telecomunicação einformática

- fabricação de aparelhos elétricos eeletrodomésticos

Indústria de material de transporte- fabricação e montagem de veículos

rodoviários e ferroviários, peças e acessórios- fabricação e montagem de aeronaves- fabricação e reparo de embarcações e

estruturas flutuantes

Indústria de madeira- serraria e desdobramento de madeira- preservação de madeira- fabricação de chapas, placas de madeira

aglomerada, prensada e compensada- fabricação de estruturas de madeira e de

móveis

Indústria de papel e celulose- fabricação de celulose e pasta mecânica- fabricação de papel e papelão- fabricação de artefatos de papel, papelão,

cartolina, cartão e fibra prensada

Indústria de borracha- beneficiamento de borracha natural- fabricação de câmara de ar e fabricação e

recondicionamento de pneumáticos- fabricação de laminados e fios de borracha- fabricação de espuma de borracha e de

artefatos de espuma de borracha , inclusive látex

Indústria de couros e peles- secagem e salga de couros e peles- curtimento e outras preparações de

couros e peles- fabricação de artefatos diversos de

couros e peles

- fabricação de cola animal

Indústria química- produção de substâncias e fabricação de

produtos químicos- fabricação de produtos derivados do

processamento de petróleo, de rochasbetuminosas e da madeira

- fabricação de combustíveis não derivadosde petróleo

- produção de óleos/gorduras/ceras vegetais-animais/óleos essenciais vegetais e outrosprodutos da destilação da madeira

- fabricação de resinas e de fibras e fiosartificiais e sintéticos e de borracha e látexsintéticos

- fabricação de pólvora/explosivos/detonantes/munição para caça-desporto,fósforo de segurança e artigos pirotécnicos

- recuperação e refino de solventes, óleosminerais, vegetais e animais

- fabricação de concentrados aromáticosnaturais, artificiais e sintéticos

- fabricação de preparados para limpeza epolimento, desinfetantes, inseticidas, germicidase fungicidas

- fabricação de tintas, esmaltes, lacas , vernizes,impermeabilizantes, solventes e secantes

- fabricação de fertilizantes e agroquímicos- fabricação de produtos farmacêuticos e

veterinários- fabricação de sabões, detergentes e velas- fabricação de perfumarias e cosméticos- produção de álcool etílico, metanol e similares

Indústria de produtos de matéria plástica- fabricação de laminados plásticos- fabricação de artefatos de material plásticoIndústria têxtil, de vestuário, calçados e

artefatos de tecidos- beneficiamento de fibras têxteis, vegetais, de

origem animal e sintéticos- fabricação e acabamento de fios e tecidos- tingimento, estamparia e outros acabamentos

em peças do vestuário e artigos diversos detecidos

- fabricação de calçados e componentespara calçados

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Indústria de produtos alimentares ebebidas

- beneficiamento, moagem, torrefação efabricação de produtos alimentares

- matadouros, abatedouros, frigoríficos,charqueadas e derivados de origem animal

- fabricação de conservas- preparação de pescados e fabricação de

conservas de pescados- preparação , beneficiamento e

industrialização de leite e derivados- fabricação e refinação de açúcar- refino / preparação de óleo e gorduras

vegetais- produção de manteiga, cacau, gorduras de

origem animal para alimentação- fabricação de fermentos e leveduras- fabricação de rações balanceadas e de

alimentos preparados para animais- fabricação de vinhos e vinagre- fabricação de cervejas, chopes e maltes- fabricação de bebidas não alcoólicas, bem

como engarrafamento e gaseificação de águasminerais

- fabricação de bebidas alcoólicas

Indústria de fumo- fabricação de cigarros/charutos/cigarrilhas

e outras atividades de beneficiamento do fumo

Indústrias diversas- usinas de produção de concreto- usinas de asfalto- serviços de galvanoplastia

Obras civis- rodovias, ferrovias, hidrovias ,

metropolitanos- barragens e diques- canais para drenagem- retificação de curso de água- abertura de barras, embocaduras e canais- transposição de bacias hidrográficas- outras obras de arte

Serviços de utilidade- produção de energia termoelétrica-transmissão de energia elétrica

- estações de tratamento de água- interceptores, emissários, estação elevatória

e tratamento de esgoto sanitário- tratamento e destinação de resíduos

industriais (líquidos e sólidos)- tratamento/disposição de resíduos especiais

tais como: de agroquímicos e suas embalagensusadas e de serviço de saúde, entre outros

- tratamento e destinação de resíduos sólidosurbanos, inclusive aqueles provenientes de fossas

- dragagem e derrocamentos em corposd’água

- recuperação de áreas contaminadas oudegradadas

Transporte, terminais e depósitos- transporte de cargas perigosas- transporte por dutos- marinas, portos e aeroportos- terminais de minério, petróleo e derivados e

produtos químicos- depósitos de produtos químicos e produtos

perigosos

Turismo- complexos turísticos e de lazer, inclusive

parques temáticos e autódromos

Atividades diversas- parcelamento do solo- distrito e pólo industrialAtividades agropecuárias- projeto agrícola- criação de animais- projetos de assentamentos e de colonização

Uso de recursos naturais- silvicultura- exploração econômica da madeira ou lenha

e subprodutos florestais- atividade de manejo de fauna exótica e

criadouro de fauna silvestre- utilização do patrimônio genético natural- manejo de recursos aquáticos vivos- introdução de espécies exóticas e/ou

geneticamente modificadas- uso da diversidade biológica pela

biotecnologia.

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O PREFEITO MUNICIPAL DECURITIBA, CAPITAL DO ESTADO DOPARANÁ, no uso de suas atribuições legaiscontidas no Art. 72, inciso IV, da Lei Orgânicado Município de Curitiba; considerando o Art.33, inciso V, da Lei n.º 9.800/00, que dispõesobre Zoneamento, Uso e Ocupação do Soloe considerando o contido nas Leis nºs 9.802e 9.803/00, decreta:

Art. 1º Para efeito do Zoneamento, Usoe Ocupação, do Solo as vias integrantes dosSetores Especiais do Sistema Viário Básico,conforme o contido no Art. 22, da Lei nº9.800/00, classificam-se em:

I - VIAS DE LIGAÇÃO PRIORI-TÁRIA 1 e 2 - caracterizam-se comocorredores com grande volume de tráfego,estabelecendo ligações entre os Setores EspeciaisEstruturais e vias importantes do sistema viárioprincipal, onde os parâmetros de uso eocupação do solo devem proporcionar afluidez do tráfego;

II - VIAS SETORIAIS - são eixos deligação entre regiões, municípios vizinhos, áreacentral e áreas periféricas, possuindo forteintegração e articulação com o sistema viárioprincipal, coincidindo em alguns casos comos antigos caminhos de chegada à Curitiba,admitindo os usos preferencialmente setoriais;

III - VIAS COLETORAS 1 - caracterizam-se por vias com média extensão e integradasao sistema viário principal, que já concentramo tráfego local e o comércio e serviço de médioporte de atendimento à região;

DECRETO N.º 188

Regulamenta o Art. 15, § 1º, inciso V,da Lei nº 9.800/00, dispõe sobre osSetores Especiais do Sistema ViárioBásico e dá outras providências.

IV - VIAS COLETORAS 2 - caracterizam-se por vias de pequena extensão no interior dosbairros, podendo ou não ter ligação com osistema viário principal, onde situam-seatividades de pequeno e médio porte paraatendimento ao bairro;

V - VIAS COLETORAS 3 - são vias depequena e média extensão que estruturam asáreas de habitação de interesse social, ondedevem se concentrar os usos voltados aointeresse da região, propiciando a geração deemprego e renda.

§ 1º Constituirão os Setores Especiais dasVias de Ligação Prioritária 1 e 2, Vias Setoriais,Vias Coletoras 1, 2 e 3 os terrenos com testadapara as vias indicadas em mapa anexo, parteintegrante deste decreto, com profundidademáxima de até a metade da quadra e limitadosem 60m (sessenta metros), contados a partirdo alinhamento predial.

§ 2º O Setor Especial das Vias de LigaçãoPrioritária 1, é aquele de caráter menosrestritivo quanto a instalação de atividadescomerciais e de prestação de serviços,admitindo a critério do Conselho Municipalde Urbanismo-CMU, o licenciamento deatividades de atendimento ao bairro, desde quecom área de estacionamento compatível comas características da via.

Art. 2º. Fica incluído nos Setores Especiaisdo Sistema Viário Básico o Sistema ViárioLinhão do Emprego, o qual possui parâmetrosde uso e ocupação do solo definidos no QuadroXLII parte integrante da Lei nº 9.800/00.

ANEXO III - LEGISLAÇÃO DE INTERESSELEGISLAÇÃO DO MUNICÍPIO DE CUIRTIBA

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Art. 3º - Os critérios de uso do solo paraos terrenos pertencentes aos Setores Especiaisdo Sistema Viário Básico são os constantesdos Quadros I, II, III, IV, V e VI parteintegrante deste decreto.

§ 1º Para os Setores Especiais das ViasSetoriais, Vias Coletoras 1, 2 e 3 prevalecerãoos critérios de uso e porte das zonas e setoresatravessados quando forem menos restritivosque os estabelecidos neste decreto.

§ 2º Para as zonas e setores adjacentes às viasexternas do Setor Especial Estrutural e SetorEspecial Nova Curitiba, prevalecerão os critériosde uso e porte estabelecidos para o Setor Especialdas Vias de Ligação Prioritária 2.

Art. 4º - Para as Zonas Residenciais 1atravessadas pelo Setor Especial das Vias deLigação Prioritária 1 e 2 prevalecerão os critériosestabelecidos na Lei nº 9.800/00 para a zona.

Art. 5º - Os parâmetros de ocupação dosolo para os terrenos pertencentes aos SetoresEspeciais do Sistema Viário Básico são aquelesprevistos para as zonas ou setores atravessados,exceto para os terrenos integrantes do SetorEspecial das Vias Coletoras 3, que constamdo Quadro VI parte integrante deste decreto.

§ 1º Como incentivo à implantação deedifícios de habitação coletiva nos SetoresEspeciais das Vias de Ligação Prioritária 1 e 2será admitido o acréscimo de 01(um)pavimento acima do estabelecido para a zonaatravessada, assim como para os imóveissituados nas zonas e setores adjacentes às viasexternas do Setor Especial Estrutural e SetorEspecial Nova Curitiba.

§ 2º Nas Zonas de Serviços e ZonasIndustriais atravessadas por Vias Setoriais,Coletoras 1 e 2, as atividades habitacionaissão aquelas estabelecidas para essas zonas naLei nº 9.800/00.

§ 3º Para as atividades comunitárias o recuomínimo do alinhamento predial será de 10m.

§ 4º A altura máxima para as atividadescomunitárias, comerciais de prestação de

serviços e industriais será de 02 (dois)pavimentos nos terrenos integrantes do SetorEspecial das Vias Coletoras 2.

Art. 6º - Deverá ser prevista área deestacionamento para as atividades, de acordocom o estabelecido em regulamentaçãoespecífica.

Parágrafo único. - Nos terrenos comfrente para as vias públicas bloqueadas totalou parcialmente ao tráfego de veículos, parapista exclusiva de ônibus, será proibidoestacionamento de veículos para edificaçõescomerciais e de prestação de serviços bemcomo estacionamento comercial.

Art. 7º - No Setor Especial das Vias deLigação Prioritária 1 e 2, as atividades nasconstruções comerciais existentes, legalmenteaprovadas, com Certificado de Vistoria eConclusão de Obras - CVCO ou averbaçãoem registro de imóveis, serão analisadas peloConselho Municipal de Urbanismo - CMU,quanto a sua adequação à via edimensionamento da área de estacionamentonecessária para atender a atividade.

Art. 8º - Será admitida a concessão deincentivos construtivos para as atividades dehabitação coletiva e habitação transitória 1, nostermos da Lei nº 9.802/00 em qualquer setorintegrante dos Setores Especiais do SistemaViário Básico.

Art. 9º - A critério do Conselho Municipalde Urbanismo - CMU, e nos termos da Leinº 9.803/00, será admitida a transferência depotencial construtivo para os terrenos quesejam integrantes dos Setores Especiais dasVias Setoriais e Coletoras 1 nos parâmetrosmáximos estabelecidos no Quadro VII, parteintegrante deste decreto.

Parágrafo único - O potencial a serabsorvido pelos terrenos integrantes dosSetores Especiais das Vias Setoriais e Vias

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Coletoras 1, para as atividades comerciais, deprestação de serviços e comunitárias, deveráser oriundo da preservação do patrimôniohistórico e cultural.

Art. 10 - O licenciamento deempreendimentos para atividades comerciais, deprestação de serviços e comunitárias com portesuperior a 5.000m² (cinco mil metros quadrados),dependerá da elaboração de Relatório AmbientalPrévio – RAP nas condições estabelecidas noDecreto nº 838/97.

Art. 11 A ocupação dos terrenosintegrantes dos Setores Especiais do SistemaViário Básico, atingidos por diretrizes dearruamento só será permitida medianteaprovação e implantação das mesmas nostermos da legislação de parcelamento do solo.

Art. 12 Os casos omissos serãoanalisados pelo Conselho Municipal deUrbanismo - CMU, ouvidos os órgãoscompetentes.

Art. 13 Este decreto entrará em vigor nadata de sua publicação, revogados os Decretosnºs 354/87 e 183/90, e demais disposiçõesem contrário.

PALÁCIO, 29 DE MARÇO,em 03 de abril de 2000

CASSIO TANIGUCHIPrefeito Municipal

CARLOS ALBERTO CARVALHOSecretátio Municipal do Urbanismo

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Observações:(1) (1) (1) (1) (1) Não serão admitidas atividades comerciais e prestação de serviços em conjunto com a Habitação Transitória 1.(2) (2) (2) (2) (2) Atendida legislação específica.(3) (3) (3) (3) (3) Somente alvará de localização e com área de estacionamento compatível com as características da via.

QUADRO 1SETOR ESPECIAL DAS VIAS PRIORITÁRIAS 1

USOS

PERMITIDOS TOLERADOS PERMISSÍVEIS PORTE (m2)Habitação Unifamiliar

Habitação ColetivaHabitação Transitória 1 (1)(1)(1)(1)(1)Posto de Abastecimento e Serviços (2)(2)(2)(2)(2)Estacionamento Comercial (2)(2)(2)(2)(2)

Comércio e ServiçoVicinal e de Bairro (3)(3)(3)(3)(3)

200m2

Observações:(1) (1) (1) (1) (1) Não serão admitidas atividades comerciais e prestação de serviços em conjunto com a Habitação Transitória 1.(2) (2) (2) (2) (2) Atendida legislação específica.(3) (3) (3) (3) (3) Somente alvará de localização em edificação existente com área de estacionamento compatível com as caracte-rísticas da via.

QUADRO IISETOR ESPECIAL DAS VIAS PRIORITÁRIAS 2

USOS

PERMITIDOS TOLERADOS PERMISSÍVEIS PORTE (m2)Habitação Unifamiliar

Habitação ColetivaHabitação Transitória 1 (1)(1)(1)(1)(1)Posto de Abastecimento e Serviços (2)(2)(2)(2)(2)Estacionamento Comercial (2)(2)(2)(2)(2)

Comércio Vicinal 1 (3)(3)(3)(3)(3) 100m2

QUADRO IIISETOR ESPECIAL DAS VIAS SETORIAIS

USOS

PERMITIDOS TOLERADOS PERMISSÍVEIS PORTE (m2)Habitação Unifamiliar

Habitação ColetivaHabitação Transitória 1 e 2 Habitação InstitucionalComunitário 1 e 2Comércio e Serviço Vicinal, de Bairro eSetorialComércio e Serviço Específico - 1 (1)

Comércio e ServiçoVicinal, de Bairro eSetorial acima de10.000,00m²Comunitário 1, 2, 3 (2)Indústria do Tipo 1

2000m2 (3)10.000m2²(2)

(2)(2)

400m2 (3)

Observações:(1) (1) (1) (1) (1) Atendida legislação específica.(2) (2) (2) (2) (2) O porte máximo para os empreendimentos destinados às atividades comunitárias, comerciais e deprestação de serviços está limitado ao coeficiente de aproveitamento 1 (um), atendido o disposto no art.10 deste decreto.(3) (3) (3) (3) (3) Atendido o coeficiente de aproveitamento 1 (um)

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QUADRO IVSETOR ESPECIAL DAS VIAS COLETORAS 1

USOS

PERMITIDOS TOLERADOS PERMISSÍVEIS PORTE (m2)Habitação UnifamiliarHabitaçõesUnifamiliares em Série

Habitação ColetivaHabitação Transitória 1 e 2Habitação InstitucionalComunitário 1 e 2Comércio e Serviço Vicinal, de Bairroe SetorialSupermercado e Centro ComercialComércio e Serviço Específico-1 (1)

2.000m2 (3)400m2²(2)

2.000m2 (3)(2)

5.000m2 (2)2.000m2(2)

5.000m2(2)

400m2 (3)

Observações:(1) (1) (1) (1) (1) Atendida legislação específica.(2) (2) (2) (2) (2) Independente do porte estabelecido, para as atividades comunitárias, comerciais, de prestação de serviçose industriais, deverá ser respeitado o coeficiente 1 (um).

Comunitário 1, 2 e 3Comércio e ServiçoVicinal, de Bairro eSetorialSupermercado e CentroComercialIndústria do Tipo 1

QUADRO VSETOR ESPECIAL DAS VIAS COLETORAS 2

USOS

PERMITIDOS TOLERADOS PERMISSÍVEIS PORTE (m2)Habitação UnifamiliarHabitaçõesUnifamiliares em Série

Habitação ColetivaHabitação Transitória 1 e 2Habitação InstitucionalComunitário 1 e 2Comércio e Serviço Vicinal, de Bairroe SetorialComércio e Serviço Específico-1 (1)

2.000m2²(2)

400m2 (2)(2) (3)

(2)2.000m2(2)

400m2 (3)

Comunitário 1, 2Comércio e ServiçoVicinal, de Bairro eSetorialIndústria do Tipo 1

Observações:(1) (1) (1) (1) (1) Atendida Legislação específica.(2) (2) (2) (2) (2) Independente do porte estabelecido para as atividades comunitárias, comerciais, de prestação deserviços e industriais, deverá ser respeitado o coeficiente de aproveitamento 1 (um).(3)(3)(3)(3)(3) Atendido o disposto no Art.10 deste decreto.

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QUADRO VISETOR ESPECIAL DAS VIAS COLETORAS 3

USOS

PERMITIDOS TOLERADOS PORTE(m2)

Habitação UnifamiliarHabitaçõesUnifamiliares em Série

Habitação ColetivaHabitação InstitucionalHabitação Transitória 1 e 2Comunitário 1 e 2Comércio e Serviço Vicinal,de Bairro e SetorialSupermercado e Centro ComercialComércio e Serviço Específico-1 (2)

Supermercado eCentro ComercialIndústria do Tipo 1

PERMISSÍVEISOCUPAÇÃO

COEFIC.APROV.

TAXA OCUPMÁX (%)

ALTURAMÁX (PAV.)

RECUO MÍN.ALIN.

PREDIAL(m)

TAXAPERMEAB.MÍN. (%)

AFAST. DASDIVISA (m)

LOTE MÍN.(testada x

área

1 50% 4 3m 25% Facultado 15x450(1) (3)

1 50% 2 3m 25% Facultado 15x450(3)

Observações:(1) (1) (1) (1) (1) Afastamento mínimo das divisas para o uso Comunitário 1 e 2 será de H/6 atendido o mínimo de 2,50m.(2) (2) (2) (2) (2) Atendida regulamentação específica.(3) (3) (3) (3) (3) Lote mínimo para novos parcelamentos, subdivisões e unificações.

400m2

1.000m2

2.000m2

2.000m2

QUADRO VIITRANSFERÊNCIA DE POTENCIAL CONSTRUTIVO

SETORES ESPECIAIS DAS VIAS SETORIAIS E COLETORAS 1

ZONAS E SETORESATRAVESSADOS

COEFICIENTE DEAPROVEITAMENTO MÁX.

1,0 (1)1,5 (1)

1,5 (1)1,8 (1)

2,0 (1)

2,0 (1)

ZR-OCZR-2ZR-SFZR-UZR-MFZT-NCZR-3ZT-BR-116ZR-3 Rebouças/Prado VelhoZR-4-RebouçasDemais ZR-4Setores Especiais ConectoresZR-4 Alto da XV

ALTURAMÁXIMA (pav.)

AFASTAMENTODAS VIAS

USOS

44

66

8

10

Até 2 pav.=FacultadoAcima de 2 pav. H/6atendido o mínimo de2,50m

Habitação TransitóriaComunitário 2 - Ensino,Saúde, Lazer e CulturaComunitário 3 - EnsinoComércio e ServiçoVicinal. de Bairro eSetorial

Observação:(1) (1) (1) (1) (1) Atendido o disposto nos Arts. 90 e 100 deste decreto.

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A CÂMARA MUNICIPAL DECURITIBA, CAPITAL DO ESTADODO PARANÁ, aprovou e eu, PrefeitoMunicipal, sanciono a seguinte lei:

CAPÍTULO IDISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 1º. Esta lei dispõe sobre a divisãodo território do Município em zonas esetores e estabelece critérios e parâmetros deuso e ocupação do solo, com o objetivo deorientar e ordenar o crescimento da cidade.

Art. 2º. Zoneamento, é a divisão doterritório do Município visando dar a cadaregião melhor utilização em função dosistema viário, da topografia e da infra-estrutura existente, através da criação dezonas e setores de uso e ocupação do soloe adensamentos diferenciados.

Parágrafo único. As zonas e setores serãodelimitados por vias, logradouros públicos,acidentes topográficos e divisas de lote.

Art. 3º. O Zoneamento e os critériosde Uso e Ocupação do Solo atendem aPolítica Urbana para o Município, definidacom os seguintes objetivos:

I - estímulo à geração de empregos erenda, incentivando o desenvolvimento e adistribuição equilibrada de novas atividades;

II - compatibilização do uso do solocom o sistema viário e transporte coletivo;

III - incentivo à ocupação ordenada aolongo dos eixos de ligação com os demais

LEI N° 9.800de 03 de janeiro de 2000.

“Dispõe sobre o Zoneamento, Usoe Ocupação do Solo no Município deCuritiba e dá outras providências.”

municípios da Região Metropolitana deCuritiba – RMC;

IV - hierarquização do sistema viário, deforma a garantir o efetivo deslocamento deveículos, atendendo às necessidades dapopulação, do sistema de transportecoletivo, bem como o adensamentohabitacional e de atividades comerciais ede serviços;

V - desenvolvimento e recuperação dasáreas periféricas integrando-as ao espaçourbano;

VI - viabilização de meios queproporcionem qualidade de vida àpopulação, em espaço urbano adequado efuncional e o planejamento integrado àspolíticas públicas;

VII - preservação da escala da cidade ede seus valores naturais, culturais epaisagísticos;

VIII - compatibilização das políticas deincentivos à preservação do PatrimônioCultural, Paisagístico e Ambiental;

IX - participação da comunidade nagestão urbana.

Art. 4º. As disposições desta lei deverãoser observadas obrigatoriamente:

I - na concessão de alvarás de construção;II - na concessão de alvarás de

localização de usos e atividades urbanas;III - na execução de planos, programas,

projetos, obras e serviços referentes aedificações de qualquer natureza;

IV - na urbanização de áreas;V - no parcelamento do solo.

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CAPÍTULO IIDAS ZONAS ESETORES DE USO

Art. 5º. O Município de Curitiba,conforme mapa de zoneamento anexo, quefaz parte integrante desta lei, fica dividido nasseguintes zonas e setores de uso:

I - Zona Central – ZC;II - Zonas Residenciais – ZR;III - Zonas de Serviços – ZS;IV - Zonas de Transição – ZT;V - Zonas Industriais – ZI;VI - Zonas de Uso Misto – ZUM;VII - Zonas Especiais – ZE;VIII - Zona de Contenção – Z-CON;IX -Áreas de Proteção Ambiental – APA;X - Setores Especiais – SE.

Parágrafo único. Os critérios de uso eocupação do solo nos lotes nas diversas zonase setores especiais são os contidos nosQuadros anexos sob nºs I a XLIV, que fazemparte integrante desta lei.

Art. 6º. A Zona Central - ZC, centrotradicional da cidade, é caracterizada pelagrande concentração de atividades e funçõesurbanas de caráter setorial.

Art. 7º. As Zonas Residenciais – ZR,segundo suas características e intensidade deuso e ocupação do solo são as seguintes:

I - Zona Residencial de OcupaçãoControlada – ZR-OC;

II - Zona Residencial Um – ZR-1;III - Zona Residencial Dois – ZR-2;IV - Zona Residencial Três – ZR-3;V - Zona Residencial Quatro – ZR-4;VI - Zona Residencial Batel – ZR-B;VII - Zona Residencial Mercês – ZR-M;VIII - Zona Residencial Alto da Glória –

ZR-AG;IX - Zona Residencial Santa Felicidade –

ZR-SF;X - Zona Residencial Umbará – ZR-U;XI - Zona Residencial Passaúna – ZR-P.

Art. 8º. As Zonas de Serviços – ZS,compreendem áreas ao longo de rodovias ougrandes eixos viários, destinadas à implantaçãode atividades comerciais e de serviços que, porseu porte ou natureza, exijam confinamentoem áreas próprias ou sejam geradoras detráfego pesado ou intenso, subclassificando-se em:

I - Zona de Serviço 1 – ZS-1;II - Zona de Serviço 2 – ZS-2;III - Zona Especial de Serviços – ZES.

Parágrafo único. Fazem parte integranteda Zona de Serviço 1 – ZS-1, os terrenoscom testada para a BR-277 – Curitiba –Paranaguá, no trecho compreendido entre aRua São Gabriel e Rua Coronel FranciscoH. dos Santos até o imóvel de propriedadeda RFFSA, divisa com a Área de ProteçãoAmbiental do Iguaçu, limitados a umaprofundidade de 100,00m (cem metros),contados a partir do alinhamento predial.

Art. 9º. As Zonas de Transição – ZT,compreendem áreas limítrofes à zoneamentosconflitantes, onde se pretende amenizar osimpactos de uso e ocupação do solo,subclassificando-se em:

I - Zona de Transição da Av. Mal. FlorianoPeixoto – ZT-MF;

II - Zona de Transição Nova Curitiba –ZT-NC;

III - Zona de Transição – BR-116 – ZT-BR-116.

Art. 10. As Zonas Industriais – ZI, sãoaquelas destinadas à implantação de atividadesindustriais de grande porte, localizadas em suamaioria na Cidade Industrial de Curitiba.

Art. 11. As Zonas de Uso Misto - ZUM,compreendem áreas de ocupação mista, commédia densidade habitacional, caracterizadascomo apoio às zonas industriais e de serviçoslocalizadas na Cidade Industrial de Curitiba.

Art. 12. As Zonas Especiais – ZE,

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compreendem os grandes espaços físicos cujaordenação de uso e ocupação do solo secaracteriza pela existência ou previsão deedificações, equipamentos e instalaçõesdestinadas a grandes usos institucionais,subclassificando-se em:

I - Zona Especial Educacional – ZE-E;II - Zona Especial Desportiva – ZE-D;III - Zona Especial Militar – ZE-M.

Art. 13. A Zona de Contenção – Z-CON,compreende área periférica do territóriomunicipal, lindeira à municípios vizinhos, ondese pretende a garantia de preservação emanutenção de suas características naturais como estabelecimento de parâmetros de uso eocupação do solo compatíveis com a proteçãoambiental.

Art. 14. Os Setores Especiais – SE, terãosua abrangência e definição estabelecidas noCapítulo III, desta lei.

CAPÍTULO IIIDOS SETORES ESPECIAIS

Art. 15. Os Setores Especiais, compre-endem áreas para as quais são estabelecidasordenações especiais de uso e ocupação dosolo, condicionadas às suas característicaslocacionais, funcionais ou de ocupaçãourbanística, já existentes ou projetadas e aosobjetivos e diretrizes de ocupação da cidade.

§ 1º. Os Setores Especiais - SE, conformesua precípua destinação, se subdividem em:

I - Setor Especial Estrutural;II - Setor Especial dos Eixos de

Adensamento;III - Setor Especial Conector;IV - Setor Especial do Centro Cívico;V - Setor Especial do Sistema Viário

Básico;VI - Setor Especial Histórico;VII - Setor Especial Preferencial de

Pedestres;VIII - Setor Especial Comercial do

Umbará;IX - Setor Especial Comercial de Santa

Felicidade;X - Setor Especial Nova Curitiba;XI - Setor Especial Institucional;XII - Setor Especial dos Pontos

Panorâmicos;XIII - Setor Especial de Habitação de

Interesse Social;XIV - Setor Especial Linhão do Emprego;XV - Setor Especial do Pólo de Software;XVI - Setor Especial de Ocupação

Integrada;XVII - Setor Especial de Áreas Verdes;XVIII - Setor Especial do Anel de

Conservação Sanitário-Ambiental.§ 2º. Os parâmetros de uso e ocupação

do solo dos Setores Especiais, em face dadinâmica de crescimento e estudosdesenvolvidos pelo Instituto de Pesquisa ePlanejamento Urbano de Curitiba - IPPUC,poderão ser ajustados por ato do PoderExecutivo Municipal.

§ 3º. Por proposta do Instituto de Pesquisae Planejamento Urbano de Curitiba -IPPUCao Poder Executivo Municipal, novos SetoresEspeciais poderão ser criados, desde que assimexija o interesse público.

Art. 16. Os Setores Especiais Estruturais– SE, são os principais eixos de crescimentoda cidade, caracterizados como áreas deexpansão do centro tradicional e comocorredores comerciais, de serviços e detransportes, tendo como suporte um sistematrinário de circulação.

Art. 17. Os Setores Especiais Estruturaiscompreendem os terrenos existentes entre asvias externas de tráfego contínuo quecompõem o sistema viário estrutural, àexceção do sistema viário que define o SetorEspecial Estrutural ao longo da Av. Pres.Affonso Camargo, conforme indicado emmapa de zoneamento, em anexo, que faz parteintegrante desta lei.

§ 1º. Entende-se como sistema viário

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estrutural, o sistema trinário composto poruma via central e duas vias externas, sendo avia central aquela que contém a canaleta parao transporte de massa e as pistas lentas paraatendimento às atividades lindeiras, e as viasexternas, as ruas paralelas com sentido únicode tráfego destinada ao fluxo contínuo deveículos.

§ 2º. Nos terrenos com frente para a viacentral dos Setores Especiais Estruturaisdeverá ser assegurada uma continuidade àtestada comercial das novas edificações,através de proposta específica de ocupação,denominada Plano Massa.

§ 3º. Os critérios de ocupação e deimplantação do “Plano Massa” serãoregulamentados através de ato do PoderExecutivo Municipal.

Art. 18. Os Setores Especiais dos Eixosde Adensamento são eixos de crescimento,complementares da estruturação urbana, deocupação mista e de média-alta densidadehabitacional.

§ 1º. Os Setores Especiais dos Eixos deAdensamento, compreendem as áreasdefinidas no mapa de zoneamento, em anexo,que faz parte integrante desta lei, com asseguintes denominações:

I - Setor Especial da BR-116 – SE-BR-116;II - Setor Especial da Av. Marechal

Floriano Peixoto – SE-MF;III - Setor Especial da Av. Comendador

Franco – SE-CF;IV - Setor Especial da Av. Pres. Wenceslau

Braz – SE-WB;V - Setor Especial da Av. Pres. Affonso

Camargo – SE-AC;VI - Setor Especial da Rua Engenheiro

Costa Barros – SE-CB.§ 2º. Os parâmetros de uso e ocupação

do solo estabelecidos para o Setor Especialda BR-116 – SE-BR-116, poderão serestendidos para outras áreas, quando assim oexigir o interesse público.

Art. 19. Os Setores Especiais Conectores

– CONEC, em número de quatro,caracterizam-se por eixos de ocupação mista,de média densidade habitacional, fazendo aconexão entre o Setor Especial Estrutural e aCidade Industrial de Curitiba.

Art. 20. O Setor Especial do Centro Cívico- CC, compreende a área onde seconcentram atividades administrativo-institucionais do Serviço Público Estadual eMunicipal, admitindo-se o uso habitacional eatividades comerciais e de prestação deserviços.

Art. 21. O Sistema Viário Básico de Curitibaé o conjunto de vias públicas, hierarquizadas,que constituem o suporte físico da circulaçãourbana do território do Município e garantemsua integração ao sistema de transporte coletivoe ao uso do solo.

Parágrafo único. A hierarquia deacessibilidade proporcionada pelo SistemaViário Básico objetiva:

I - induzir uma estrutura urbana linearizada;II - equilibrar a repartição de fluxos na rede

viária;III - otimizar o potencial das diversas zonas

e setores da cidade;IV - definir os corredores de comércio e

serviços.

Art. 22. Para efeito do Zoneamento, Usoe Ocupação do Solo, as vias integrantes dosSetores Especiais do Sistema Viário Básicoclassificam-se em:

I - Vias de Ligação Prioritária 1 e 2 –caracterizam-se como corredores comgrande volume de tráfego, estabelecendoligações entre os Setores Especiais Estruturaise vias importantes do sistema viário principal,onde os parâmetros de uso e ocupação dosolo devem proporcionar a fluidez do tráfego;

II - Vias Setoriais – são eixos de ligaçãoentre regiões, municípios vizinhos, área centrale áreas periféricas, possuindo forte integraçãoe articulação com o sistema viário principal,

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coincidindo em alguns casos com os antigoscaminhos de chegada à Curitiba, admitindoos usos preferencialmente setoriais;

III - Vias Coletoras 1 – caracterizam-sepor vias com média extensão e integradas aosistema viário principal, que já concentram otráfego local e o comércio e serviço de médioporte de atendimento à região;

IV - Vias Coletoras 2 – caracterizam-sepor vias de pequena extensão, no interior dosbairros, podendo ou não ter ligação com osistema viário principal, onde se situamatividades de pequeno e médio porte paraatendimento ao bairro;

V - Vias Coletoras 3 – são vias depequena e média extensão que estruturamas áreas de habitação de interesse social,onde devem se concentrar os usos voltadosao interesse da região, propiciando ageração de emprego e renda.

Art. 23. O Setor Especial Histórico - SH,parte da área central, engloba um grandenúmero de edificações originárias do processode ocupação da cidade do fim do século XIXe início do século XX, caracterizando o núcleourbano com maior expressão histórica e cultural.

Art. 24. O Setor Especial Preferencial dePedestres – SE-PE compreende os terrenoscom testada para as vias públicas bloqueadastotal ou parcialmente ao tráfego de veículos.

Parágrafo único. Nos terrenospertencentes ao Setor Especial Preferencial dePedestres, não será permitida a área destinadaa estacionamento.

Art. 25. Os Setores Especiais Comerciaisdo Umbará – SC-UM e de Santa Felicidade– SC-SF compreendem áreas destinadas àimplantação de atividades comerciais e deprestação de serviços visando o atendimentodo bairro, ou região.

Parágrafo único. Fazem parte dos SetoresEspeciais Comerciais do Umbará e de Santa

Felicidade os terrenos com testada para as ruasque delimitam os setores até umaprofundidade de 100,00m (cem metros),contados a partir do alinhamento predial.

Art. 26. O Setor Especial Nova Curitiba– NC, constitui-se num eixo dedesenvolvimento urbano de ocupação mista,localizado no prolongamento oeste do SetorEstrutural Norte, caracterizado por umsistema trinário conforme definido no § 1ºdo art. 17 desta lei.

Art. 27. O Setor Especial Institucional -SEI, compreende área de ocupação mista compredominância de prestação de serviços e demédia densidade habitacional, com grandeconcentração de equipamentos educacionaise de serviços públicos de grande porte.

Art. 28. O Setor Especial dos PontosPanorâmicos – SE-PP é constituído peloslocais de observação da paisagem e pelosterrenos situados na encosta dessas elevações,onde os parâmetros de uso e ocupação dosolo serão controlados de maneira a não causarinterferências.

Art. 29. O Setor Especial de Habitação deInteresse Social - SEHIS compreende as áreasonde há interesse público em ordenar a ocupaçãopor meio de urbanização e regularização fundiária,em implantar ou complementar programashabitacionais de interesse social, e que se sujeitama critérios especiais de parcelamento, uso eocupação do solo.

Art. 30. O Setor Especial Linhão doEmprego – SE-LE, é constituído por áreade ocupação mista com predominância deatividades de comércio, prestação de serviçose pequenas indústrias voltadas à vocação daregião e com incentivos à geração de empregoe renda.

Art. 31. O Setor Especial do Pólo deSoftware – SE-PS compreende o Parque de

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Software e áreas adjacentes conformedelimitado no mapa de zoneamento, anexo,que faz parte integrante desta lei, onde seincentiva a ocupação voltada ao comércio,serviços, desenvolvimento e manutenção deequipamentos de informática.

Art. 32. O Setor Especial de OcupaçãoIntegrada – SE-OI compreende áreareservada a empreendimentos habitacionais,de comércio e serviço e a equipamentos deuso público, o qual será objeto de plano deocupação específico.

Art. 33. Tendo em vista a dinâmica decrescimento da cidade, e as característicasnaturais e peculiares de determinadas áreas esetores, serão objeto de regulamentaçãoespecífica:

I - Áreas de Proteção Ambiental;II - Setor Especial de Áreas Verdes;III - Setor Especial do Anel de

Conservação Sanitário-Ambiental;IV - Setor Especial Histórico;V - Setores Especiais do Sistema Viário

Básico.

CAPÍTULO IVDA CLASSIFICAÇÃO DOS USOS

Art. 34. Os usos do solo, segundo suascategorias classificam-se em:

I - habitacional – edificação destinada àhabitação permanente ou transitória;

II - comunitário – espaço, estabelecimentoou instalação destinada à educação, lazer, cultura,saúde, assistência social e cultos religiosos;

III - comercial e de serviço – atividadecaracterizada pela relação de troca visando olucro e estabelecendo-se a circulação demercadorias, ou atividade caracterizada pelopréstimo de mão-de-obra e assistência deordem intelectual ou espiritual;

IV - industrial – atividade pela qual resultaa produção de bens pela transformação deinsumos;

V - agropecuário – atividade de produçãode plantas, criação de animais eagroindústrias;

VI - extrativista – atividade de extraçãomineral e vegetal.

Art. 35. Em qualquer zona ou setor éadmitido o uso do mesmo lote ou edificaçãopor mais de uma categoria, desde quepermitida, tolerada ou permissível e sejamatendidas, em cada caso, as características eexigências estabelecidas nesta lei e de demaisdiplomas legais.

Art. 36. As atividades urbanas constantesdas categorias de uso comercial, deserviços, e industrial, para efeito de aplicaçãodesta lei classificam-se:

I - quanto ao porte, em:a) pequeno porte – área de construção até

100,00m² (cem metros quadrados);b) médio porte – área de construção entre

100,00m² (cem metros quadrados) e 400,00m²(quatrocentos metros quadrados);

c) grande porte – área de construçãosuperior a 400,00m² (quatrocentos metrosquadrados).

II - quanto à natureza, em:a) perigosas - as que possam dar origem

a explosões, incêndios, trepidações, produçãode gases, poeiras, exalações e detritos danososà saúde ou que, eventualmente, possam pôrem perigo pessoas ou propriedadescircunvizinhas;

b) incômodas - as que possam produzirruídos, trepidações, gases, poeiras, exalaçõesou conturbações no tráfego que possamcausar incômodos à vizinhança;

c) nocivas - as que impliquem namanipulação de ingredientes, matérias-primasou processos que prejudiquem a saúde oucujos resíduos líquidos ou gasosos possampoluir a atmosfera, cursos d‘água e solo;

d) adequadas - as que são compatíveiscom a finalidade urbanística da zona ou setore não sejam perigosas, incômodas ou nocivas.

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Art. 37. Serão considerados comoempreendimentos de impacto aqueles que porsua categoria, porte ou natureza possam causarimpacto ou alteração no ambiente natural ouconstruído, sobrecarga na capacidade deatendimento de infra-estrutura básica, e queexijam licenciamento especial por parte dosórgãos competentes do Município.

CAPÍTULO VDO APROVEITAMENTO E DA

OCUPAÇÃO DO SOLO

Art. 38. De acordo com sua categoria,porte e natureza, em cada zona ou setor asatividades urbanas serão consideradas como:

I - permitidas - compreendem asatividades que apresentem clara compa-tibilidade com as finalidades urbanísticas dazona ou setor correspondente;

II - toleradas - compreendem atividadesadmitidas em zonas ou setores onde asatividades permitidas lhes são prejudiciais ouincômodas;

III - permissíveis - compreendem asatividades cujo grau de adequação à zona ousetor dependerá da análise ou regulamentaçãoespecífica para cada caso;

IV - proibidas - compreendem asatividades que, por sua categoria, porte ounatureza, são nocivas, perigosas, incômodas eincompatíveis com as finalidades urbanísticasda zona ou setor correspondente.

§ 1º. As atividades permissíveis serãoapreciadas pelo Conselho Municipal deUrbanismo - CMU, que quando for o caso,poderá indicar parâmetros de ocupação maisrestritivos que aqueles estabelecidos nesta lei,em especial quanto a:

a) adequação à zona ou setor onde seráimplantada a atividade;

b) ocorrência de conflitos com o entornode implantação da atividade, do ponto de vistade prejuízos à segurança, sossego e saúde doshabitantes vizinhos e ao sistema viário.

§ 2º. A permissão para a localização de

qualquer atividade de natureza perigosa,incômoda ou nociva dependerá de licençaambiental expedida pelo órgão competente.

§ 3º. Por proposta do Instituto de Pesquisae Planejamento Urbano de Curitiba - IPPUC,ouvido o Conselho Municipal de Urbanismo- CMU, através de ato do Poder Executivomunicipal poderão ser estabelecidas outrascondições e parâmetros de ocupação maisrestritivos para uma determinada atividadeclassificada como de uso tolerado emdeterminada zona ou setor.

Art. 39. A classificação das atividadescomo de uso permitido, tolerado oupermissível, segundo a qualidade de ocupaçãodeterminada pela zona ou setor de uso, assimcomo, a área máxima de construção dasedificações às quais estão vinculadas, é aconstante dos Quadros anexos, sob nºs I aXLIV, que fazem parte integrante desta lei.

Parágrafo único. Para os efeitos deaplicação dos critérios estabelecidos nosquadros de que trata este artigo, serãoconsideradas como de uso proibido, em cadazona ou setor de uso, todas as atividades queali não estejam relacionadas como de usopermitido, tolerado ou permissível.

Art. 40. Ficam vedadas:I - a construção de edificações para

atividades, que sejam consideradas como deuso proibido, na zona ou setor onde sepretenda sua implantação;

II - a realização de quaisquer obras deampliação ou reforma de edificação existente,destinada a atividades consideradas como deuso proibido na zona ou setor onde se situam.

§ 1º. Não se incluem na vedação previstano inciso II, as obras necessárias à segurança ehigiene das edificações ou as destinadas àsatividades de lazer e recreação.

§ 2º. A critério do Conselho Municipal deUrbanismo - CMU, poderão ser liberadosalvarás para reformas de edificações ondefuncionem atividades comunitárias, comerciais,

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de serviços ou industriais já licenciadas, nãoenquadradas nas vedações previstas nos incisosI e II deste artigo, desde que fiquecomprovado que os direitos de vizinhança nãoestejam prejudicados.

Art. 41. Ouvido o Conselho Municipal deUrbanismo - CMU a transferência oumodificação de alvará de estabelecimentocomercial, de serviço ou industrial, já emfuncionamento, em zona ou setor onde aatividade seja considerada como de usoproibido, poderá ser autorizada, desde que:

I - haja apenas modificação da razão socialda empresa;

II - o novo ramo de atividade não contrarieexpressamente as disposições desta lei edemais regulamentos;

III - não ofenda os direitos de vizinhança,as disposições expressas desta lei e outrasditadas pelo interesse da coletividade.

Art. 42. Para efeitos desta lei, em cada zonaou setor, os critérios de assentamento eimplantação da edificação no terreno sãoestabelecidos pelos seguintes parâmetros deocupação:

I - taxa de ocupação - é o percentualexpresso pela relação entre a área de projeçãoda edificação ou edificações sobre o planohorizontal e a área do lote ou terreno onde sepretende edificar;

II - coeficiente de aproveitamento - é ofator estabelecido para cada uso nas diversaszonas, que multiplicado pela área do terreno,define a área máxima computável admitidanesse mesmo terreno;

III - altura da edificação - é a dimensãovertical máxima da edificação, expressa emmetros, quando medida de seu ponto maisalto até o nível do terreno, ou em número depavimentos a partir do térreo, inclusive;

IV - recuo do alinhamento predial - é adistância mínima perpendicular entre a fachadada edificação incluindo o subsolo e oalinhamento predial existente ou projetado;

V - afastamento das divisas - é a distância

mínima perpendicular entre a edificação e asdivisas laterais e de fundos do terreno,determinada pela relação entre a altura daedificação e o índice estabelecido nos Quadrosanexos, que fazem parte integrante desta lei;

VI - taxa de permeabilidade - é opercentual da área do terreno que deve sermantido permeável;

VII - dimensão do lote - é estabelecidapara fins de parcelamento do solo e ocupaçãodo lote e indicada pela testada e área mínimado lote.

§ 1º. A altura máxima da edificação deveráobedecer às restrições do Ministério daAeronáutica, referentes ao Plano da Zona deProteção dos Aeródromos e as restrições daAgência Nacional de Telecomunicações -ANATEL, referentes ao Plano de Proteçãodos Canais de Microondas deTelecomunicações do Paraná.

§ 2º. Para fins de parcelamento do solo,nos terrenos de esquina, a testada mínimaestabelecida para o lote deverá ser acrescidado recuo obrigatório previsto para a zona ousetor onde o terreno se localiza.

§ 3º. Quando se tratar de loteamentosexistentes com lotes com padrão inferior aoestabelecido para a zona ou setor, nos lotesde esquina, com profundidade inferior a14,00m (quatorze metros), o recuo mínimoestabelecido, poderá ser reduzido naproporção de 0,50m (cinqüenta centímetros)por metro ou fração de redução, até ummáximo de 2,50m (dois metros e cinqüentacentímetros).

§ 4º. Para efeito de aplicação do índiceestabelecido para o afastamento das divisas,prevalece a maior dimensão obtida entre oíndice e o mínimo determinado nos Quadrosanexos, que fazem parte integrante desta lei.

§ 5º. De acordo com o tipo de atividade ea zona ou setor onde se localiza, a taxa depermeabilidade poderá ser reduzida,substituída ou complementada através daimplantação de mecanismos de contenção decheias, os quais serão objeto deregulamentação específica.

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CAPÍTULO VIDO INCENTIVO À PROTEÇÃO

E PRESERVAÇÃO

Art. 43 . Objetivando a proteção epreservação do Patrimônio Cultural, Naturale Ambiental no Município, ao imóvel quecompõe esse patrimônio, poderá serestabelecida condição especial de ocupação ouautorizado pelo órgão competente, atransferência a terceiros do potencialconstrutivo permitido no imóvel objeto delimitações urbanísticas, ou aos que doarem aoMunicípio o imóvel sob proteção epreservação.

Parágrafo único. Constitui o PatrimônioCultural, Natural e Ambiental do Municípiode Curitiba o conjunto de bens existentes emseu território, de domínio público ou privado,cuja proteção e preservação seja de interessepúblico, quer por sua vinculação a fatosmemoráveis da história, quer por seusignificativo valor arqueológico, artístico,arquitetônico, etnográfico, natural, paisagísticoou ambiental, tais como:

I - Unidades de Interesse de Preservação;II - Unidades de Conservação;III - Anel de Conservação Sanitário-

Ambiental;IV - Áreas Verdes.

Art. 44. Também se aplica, no que couber,o dispositivo deste Capítulo à desapropriaçãoparcial ou total, de imóveis necessários àadequação do Sistema Viário Básico, e àinstalação de equipamentos urbanos ecomunitários de uso público.

CAPÍTULO VIIDAS DISPOSIÇÕES FINAIS E

TRANSITÓRIAS

Art. 45. Os limites entre as zonas e setoresindicados no mapa de zoneamento anexo, quefaz parte integrante desta lei, poderão ser

ajustados quando verificada a necessidade detal procedimento, com vistas a maior precisãodos limites, ou para se obter melhor adequaçãono sítio onde se propuser a alteração,considerando-se as divisas dos imóveis, osistema viário ou a ocorrência de elementosnaturais e outros fatores condicionantes.

Art. 46. A ocupação com habitaçõesunifamiliares em série, nos terrenos com áreasuperior a 15.000,00m² (quinze mil metrosquadrados), situados na Zona Residencial Um,Zona Residencial de Santa Felicidade e ZonaResidencial do Batel, será analisada peloConselho Municipal de Urbanismo – CMU,ouvido o Instituto de Pesquisa e PlanejamentoUrbano de Curitiba – IPPUC e a SecretariaMunicipal do Meio Ambiente – SMMA,desde que:

I - o sistema viário previsto para a regiãoseja implantado, ou os terrenos sejam afetosao Setor Especial de Áreas Verdes ou SetorEspecial do Anel de Conservação Sanitário-Ambiental;

II - atendidas as demais condições de usoe ocupação do solo previstas nesta lei.

Art. 47. Será exigida a reserva de espaçocoberto ou descoberto para estacionamentoe recreação nos lotes ocupados por edificaçõesdestinadas aos diferentes usos e atividades.

Art. 48. O afastamento da divisa,proporcional a altura da edificação poderá serreduzido, a critério do Conselho Municipal doUrbanismo – CMU, ouvido o Instituto dePesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba– IPPUC, desde que seja comprovada aexistência de edificações já consolidadas, semcondições de renovação urbana, nos terrenosadjacentes à divisa onde se pretende a redução.

Parágrafo único. O afastamento resultanteda redução pretendida, deverá levar emconsideração a orientação geográfica doimóvel e garantir condições de iluminação,insolação e ventilação, para a edificação a ser

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construída no imóvel, assim como às existentesnos imóveis adjacentes.

Art. 49. Os parâmetros de uso e ocupaçãodo solo da legislação anterior, terão 01 (um)ano de prazo de validade contado a partir dadata de vigência desta lei, renovável uma únicavez, por igual período, para:

I - os projetos já licenciados;II – os projetos em tramitação,

protocolados nos órgãos competentesanteriormente à data de vigência desta lei.

§ 1º. As informações constantes nasconsultas de construção e parcelamento dosolo expedidas anteriormente a data devigência desta lei, terão validade de 180 (centoe oitenta) dias contados da data de suaexpedição.

§ 2º. Para o Setor Estrutural e ZonasResidenciais 4, fica estabelecido um períodomáximo de 02 (dois) anos, contado a partirda data da vigência desta lei, para a obtençãode alvará de licença de construção, mediante aapresentação de projetos elaborados com basenos parâmetros de uso e ocupação do soloda legislação anterior.

§ 3º. Os projetos licenciados perderão suavalidade se as obras não forem iniciadas noprazo de 01 (um) ano, contado a partir dadata de licenciamento.§ 4º. Considera-se obrainiciada, aquela cujas fundações estejamconcluídas até o nível da viga de baldrame.

Art. 50. Os alvarás de localização de usose atividades urbanas serão concedidos semprea título precário e em caráter temporário,quando necessário, podendo ser cassados casoa atividade licenciada demonstrecomprovadamente ser incômoda, perigosa ounociva à vizinhança ou ao sistema viário.

§ 1º. As renovações serão concedidas desdeque a atividade não tenha demonstradoqualquer um dos incovenientes apontados no“caput” deste artigo.

§ 2º. A manifestação expressa davizinhança, contra a permanência da atividadeno local licenciado, comprovando ser

incômoda, perigosa ou nociva, poderáconstituir-se em motivo para a instauraçãodo processo de cassação de alvará.

Art. 51. As determinações desta lei nãosubstituem e nem isentam de obediência àsnormas Federais, Estaduais e Municipais queobjetivam assegurar condições sanitárias, deiluminação, ventilação, insolação, circulaçãointerna, para todos os tipos de edificações,independente das zonas ou setores em que sãoconstruídas.

Art. 52. As infrações à presente lei darãoensejo à cassação do respectivo alvará,embargo administrativo, aplicação de multase demolição de obras.

Art. 53. Os casos omissos, serão analisadospelo Conselho Municipal de Urbanismo –CMU.

Art. 54. Esta lei será regulamentada noprazo de 90 (noventa) dias contado a partirda data de sua publicação.

Art. 55. Esta lei entrará em vigor 90(noventa) dias após a data de sua publicação,revogadas as Leis nºs 4199/72, 5234/75,5263/75, 5490/76, 6204/81, 6769/85, 7068/87 e 7622/91 e demais disposições emcontrário, ressalvado o disposto no art. 48desta lei.

PALÁCIO 29 DE MARÇO,em 03 de janeiro de 2000.

CASSIO TANIGUCHIPrefeito Municipal

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Seção 4.DSeção 4.DSeção 4.DSeção 4.DSeção 4.DPROCEDIMENTPROCEDIMENTPROCEDIMENTPROCEDIMENTPROCEDIMENTOS ESPECIAISOS ESPECIAISOS ESPECIAISOS ESPECIAISOS ESPECIAISPÓLO GERADOR DE TRÁFEGOPÓLO GERADOR DE TRÁFEGOPÓLO GERADOR DE TRÁFEGOPÓLO GERADOR DE TRÁFEGOPÓLO GERADOR DE TRÁFEGO

Considera-se Pólo Gerador de Tráfego a edificação permanente outransitória que, pela concentração da oferta de bens ou serviços, gere grandefluxo de população, com substancial interferência no tráfego do entorno,necessitando de grandes espaços para estacionamento, carga e descarga, oumovimentação de embarque e desembarque.

DECRETO N.º 32.329/92

4.D.1- Classificam-se como Pólo Gerador de Tráfego:

I. as edificações não residenciais que prevejam a oferta de vagas deestacionamento em número igual ou superior a:

a) 200 (duzentos) em qualquer região do município;b) 80 (oitenta) quando localizadas nas áreas Especiais de Tráfego,

definidas pela Lei 10.334, de 13 de julho de 1987;

II. as edificações que ultrapassem os limites de área ou capacidade estabelecidasna tabela 4.D.1.

ATIVIDADE ÁREA COMPUTÁVEL (m2)

7.500

2.500

CAPACIDADE

HabitaçãoPrestação de ServiçoEducaçãoLocais de reuniãoAtividades e Serviços Públicosde caráter especialAtividades TemporáriasPrática de exercício ouesporte

500 veículos

500 pessoas

ANEXO III - LEGISLAÇÃO DE INTERESSELEGISLAÇÃO DO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO

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4.D.1.1-O Administrador Regional da ARou o Diretor do Departamento de Aprovaçõesda SEHAB, poderão exigir o atendimento aodisposto nesta Seção para a edificaçãopermanente ou transitória que, mesmo se nãoenquadrada nas disposições deste item, possavir a se constituir em Pólo Gerador de Tráfego.

4.D.2 - O responsável por edificaçãoenquadrada como Pólo Gerador de Tráfegodeverá protocolar em SMT pedido de fixaçãode diretrizes que será instruído, analisado edecidido conforme dispõe o Decreto 25.389,de 22 de fevereiro de 1988, e regulamentaçãoespecífica publicada por SMT.

4.D.2.1-Neste expediente serão definidas:I. as características e dimensionamento dos

dispositivos de acesso de veículos epedestres, com respectivas áreas deacomodação e acumulação;

II. as características e dimensionamentodas áreas de embarque e desembarque depassageiros e pátio de carga e descarga; III.previsão, dimensionamento e disposição devagas de estacionamento;

IV. o impacto do Pólo Gerador deTráfego sobre a operação do sistema viárioe de transportes.

V. as obras e serviços necessários para a

minimização impacto negativo no sistemaviário, nos termos da Lei 10.506 de 04 demaio de 1988.

4.D.3 - O pedido de Alvará de Apro-vação de edificação enquadrada como PoloGerador de Tráfego deverá ser instruído,preferencialmente, com a Certidão de Di-retrizes expedida por SMT.

4.D.3.1-Quando da análise do pedido, sefor constatada a inexistência da Certidão,será solicitada sua apresentação através de“comunique-se”, podendo ser concedidosprazos consecutivos, até sua apresentação.

4.D.4 - Se durante a análise do pedidode Alvará de Aprovação ocorrer alteração donúmero de vagas de estacionamento, até olimite de 5% (cinco por cento) do númeroaceito por SMT, não será necessária a apre-sentação de nova Certidão de Diretrizes.

4.D.5 - Do Alvará de Aprovação deverãoconstar as exigências formuladas por SMT,constantes da Certidão, bem como a expe-dição do Certificado de Conclusão dependerádo cumprimento das exigências estabelecidas.

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Lei NO 7277 de 17 de Janeiro de 1997

INSTITUI A LICENÇA AMBIENTAL E DÁ OUTRA PROVIDÊNCIAS

O Povo do Município de Belo Horizonte,por seus representantes, decreta e eu sanciono aseguinte Lei:

Art. 1º - A construção, a ampliação, ainstalação e o funcionamento deempreendimento de impacto ficam vinculadosà obtenção prévia da Licença Ambiental.

Art. 2º - Empreendimentos de impacto sãoaqueles, públicos ou privados, que venham asobrecarregar a infra - estrutura urbana ou a terrepercussão ambiental significativa.& 1º - São considerados empreendimentos deimpacto:

I - os destinados a uso não residencial nosquais a área edificada seja a 6.000 m2 ( seis milmetros quadrados );

II - os destinados a uso residencial que tenhammais de 150 ( cento e cinqüenta ) unidades;

III - os destinados a uso misto em que osomatório da razão entre o número de unidadesresidenciais e 150 ( cento e cinqüenta ) e da razãoentre a área da parte da edificação destinada aouso não - residência e 6.000 m2 ( seis mil metrosquadrados )seja igual ou superior a 1 ( um ); IV- os parcelamentos de solo vinculados, excetoos propostos para terrenos situados na ZEIS -Zona de Especial Interesse Social - com áreaparcelada inferior a 10.000 m2 (dez mil metrosquadrados );

V – os seguintes empreendimentos e ossimilares:

a) aterros sanitários e usinas de reciclagem deresíduos sólidos;

b) autódromos, hipódromos e estádiosesportivos;

c) cemitérios e necrotérios;d) matadouros e abatedourose) presídios;f) quartéis;g) terminais rodoviários, aeroviários;h) vias de tráfego de veículo com 2 ( duas) ou mais faixas de rolamento;i) ferrovias, subterrâneas ou de superfície ;j) terminais de minério petróleo e produtosquímicos;l) oleodutos, gaseodutos, minerodutos,troncos coletores e emissários de esgotossanitários;m) linhas de transmissão de energia elétrica,

acima de 230kv ( duzentos e trinta quilovolts );n )usinas de geração de eletricidade, qualquer

que seja a fonte de energia primária, acima de 10mw ( dez megawatts );

o) obras para exploração de recursos hídricos,tais como barragens, canalizações de água,transposições de bacias e diques;

p) estações de tratamento de esgotossanitários;

q) distritos e zonas industriais;r) usinas de asfalto.

& 2º - O Conselho Municipal de Meio Ambiente- COMAM - poderá, em deliberaçãonormativa, incluir novos empreendimentos narelação do inciso V do parágrafo anterior.Art. 3º - A Licença Ambiental será outorgadapelo COMAM, mantidas as demais licençaslegalmente exigíveis.

Parágrafo único - A outorga da licençaAmbiental será precedida da publicação de editalexplicitando o uso pretendido, o porte e alocalização - em órgão oficial de imprensa e emjornal de grande circulação no Município, comônus para o requerente, assegurado ao público

ANEXO III - LEGISLAÇÃO DE INTERESSELEGISLAÇÃO DO MUNICÍPIO DE BELO HORIZONTE

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prazo para exame do pedido, dos respectivosprojetos e dos pareceres dos órgãos municipaise para apresentação de impugnação,fundamentada e por escrito.

Art. 4º - O COMAM, se julgar necessário,promoverá a realização de audiência pública parainformação sobre o projeto e seus impactosambientais e urbanos e discussão do relatóriode impacto Ambiental - RIMA.

Parágrafo único - A convocação deaudiência pública será feita por meio de edital,publicado em jornal de grande circulação noMunicípio e em órgão oficial de imprensa, coma antecedência mínima de 5 ( cinco ) dias úteis.

Art.5º - O COMAM, no exercício de suacompetência, expedira a seguintes licenças :I - Licença Prévia (LP) , na fase preliminar doplanejamento da atividade , contendo requisitosbásicos a serem atendidos nas fases de construção,ampliação, instalação e funcionamento,observadas as leis municipais, estaduais e federaisde uso do solo;

II - Licença de implantação (LI), autorizandoo início da implantação, de acordo com asespecificações constantes do projeto aprovadoe verificados os requisitos básicos definidos paraesta etapa;

III - Licença de operação ou licença deocupação (LO), autorizando, após as verificaçõesnecessárias e a execução das medidas mitigadorasdo impacto ambiental e urbano, o início daatividade licenciada ou da ocupação residencial,de acordo com o previsto na LP e na LI.

& 1º - No caso de construção ou ampliaçãode empreendimentos de impacto, LP e a LIdeverão preceder a outorga do Alvará deconstrução; e a LO a da Certidão de Baixa eHabite-se.

& 2º - A LP é precedida da apresentação deestudo de impacto Ambiental - EIA - e dorespectivo RIMA, a serem aprovados peloCOMAM.

& 3º A LI é precedida da apresentação doplano de controle Ambiental - PCA - , a ser

aprovado pelo COMAM.& 4º - Serão definido pelo COMAM,

mediante deliberação normativa, para cadaempreendimento ou grupo de empre-endimentos:

I - os requisitos prévios para obtenção daslicenças mencionadas;

II - o roteiro básico de elaboração do EIA,RIMA e PCA.

Art. 6º - Para avaliação do cumprimento dasobrigações assumidas para a obtenção da LI eLO, o COMAM poderá determinar, quandonecessário, a adoção de dispositivos de medição,análise e controle, a cargo do responsável peloempreendimento, diretamente ou porempresário do ramo, de reconhecida idoneidadee capacidade técnica.

Parágrafo único - A medição, a análise ouo controle deverão ser precedidos decomunicado à Secretaria Municipal de MeioAmbiente, que poderá fazer-se representar porum técnico de sua escolha.

Art. 7º - Os empreendimentos sujeitos alicença Ambiental que, na data de publicaçãodesta Lei, já estejam instalados ou emfuncionamento, deverão apresentar o relatóriode controle Ambiental - RCA - , a seraprovado pelo COMAM.

Parágrafo único - As diretrizes paraelaboração do RCA serão definidas peloCOMAM para cada atividade do grupo deatividades, mediante deliberação normativa.

Art. 8º - O prazo para outorga das licençasreferidas no art. 5º será de 60 ( sessenta ) diaspara a LP e 30 ( trinta ) dias para as demais ,contado de data de apresentação dorequerimento acompanhado dos documentosnecessários.

& 1º - Somente com a anuência do plenáriodo COMAM e tendo em vista acomplexidade do exame do impactoambiental e urbano, poderá ser prorrogado,

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por igual período, o prazo previsto no caput.& 2º - Esgotado o prazo previsto no caput

deste artigo, ou o prorrogado na forma doparágrafo anterior, sem que haja decisão doCOMAM, será considerada outorgada a licençarequerida.

Art. 9º - O procedimento administrativopara a concessão das licenças referidas seráestabelecidas em deliberação normativa doCOMAM.

& 1 - A ampliação ou modificação do objetoda Licença Ambiental sujeitar-se-ão a novolicenciamento.

A análise do EIA, RIMA, PCA ou RCApoderá ser efetuada por entidade especializadaintegrante da Administração Pública, medianteconvênio com o COMAM.

Art. 10 - O COMAM, em decorrência daanálise do EIA e do RIMA, poderá exigir doloresponsável a intervenção pública que se façanecessária na área do empreendimento.

Art. 11 - Os órgãos da administraçãomunicipal somente aprovarão projeto deimplantação ou ampliação de atividades sujeitasà Licença Ambiental após a expedição da mesma,sob pena de responsabilidade administrativa enulidade dos seus atos.

Art. 12 - No caso de empreendimentos deimpacto sujeitos a financiamento ambiental, nostermos desta Lei.

Art. 13 - O suporte técnico e administrativonecessário ao cumprimento, pelo COMAM, dasdisposições desta Lei será prestado diretamentepela Secretaria Municipal de Meio Ambiente.& 1º - Para a realização das as atividadesdecorrentes do disposto nesta Lei e nos seusregulamentos, poderá a Secretaria Municipal deMeio Ambiente utilizar-se, além dos recursostécnicos e humanos de que dispõe, do concursode outros órgãos ou entidades públicas ouprivadas, mediante convênios, contratos oucredenciamento de agentes.

¨& 2º - serão franqueadas, para fiscalizar ocumprimento do dispositivos desta Lei, aentrada e a permanência, pelo tempo que sefizer necessário, dos técnicos da SecretariaMunicipal de Meio Ambiente e dos agentes porela credenciados, nos locais de construção ouampliação de empreendimentos de impacto,nos locais onde estejam instalados ou emfuncionamento ou onde pretenda instalá-los.

Art. 14 - ( VETADO )& 1º - ( VETADO )& 2º - ( VETADO )& 3º - ( VETADO )& 4º - ( VETADO )& 5º - ( VETADO )

Art. 15 - Não se aplicam ao disposto nosartigos anteriores as regras constantes dos art. 12e 13 da Lei n.º 4.253, de 4 de dezembro de1985, bem como em seu regulamento.

Art. 16 - Enquanto não conceituados em leio parcelamento vinculado e as ZEIS, é a seguintea redação do inciso IV do & 1º do art.2º.

“ Art. 2º - ...& 1º - ...IV - parcelamentos de solo, exceto

os propostos para conjuntos habitacionais cujaárea parcelada seja inferior a 10.000 m2 ( dezmil metros quadrados ), com, pelo menos, umadas seguintes características :

a) destinação ao uso não residencial;b) b) existência de lotes com área inferior

a 125 m2 ( cento e vinte metros quadrados )ou superior a 10.000 m2 ( dez mil metrosquadrados ) ;

c) c) existência de quarteirões com extensãosuperior a 200 m ( duzentos metros );

Art. 17 - O inicio V do art. 14 da Lei n.º4.253/85 passa a ter a seguinte redação:

“Art. 14 - .....V - decidir sobre a outorga da Licença

Ambiental, nos termos de lei específica, emsegunda e última instância administrativa, sobreos casos que dependam de parecer da Secretaria

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Municipal de Meio Ambiente, bem como, emtodos os casos, decidir em grau de recursoquando da aplicação de penalidades previstasna legislação ambiental;”

Art. 18 - O inicio VI do art. 14 da Lei n.º4.253/85 passa a ter a seguinte redação:

“ Art. 14 - ....VI - deliberar sobre a procedência de

pedido escrito de impugnação, sob a óticaambiental, de projetos sujeitos à licençaAmbiental - conforme disciplinado emlegislação específica - ou a parecer prévio daSecretaria Municipal de Meio Ambiente; “

Art. 19 - O inciso III do art. 18 da Lei n.º4.253/85 passa a ter a seguinte redação:

“Art. 18 - ...III - O produto do reembolsa do custo

dos serviços prestados pela administraçãomunicipal aos requerentes de licenças previstana legislação ambiental;”

Art. 20 - ( VETADO )& 1º - ( VETADO )& 2º - ( VETADO )

Art. 21 - Esta Lei entra em vigor na data desua publicação, revogando as disposições emcontrário, especialmente o inicio do VI do art.3º e os art. 5º e 6º da Lei n.º 4.253/85.

Belo Horizonte, 17 de janeiro de 1997

CÉLIO DE CASTROPrefeito de Belo Horizonte

( Originaria do Projeto de Lei n.º 26/96, de autoriado Vereador Sávio Souza Cruz )

DELIBERAÇÃO NORMATIVANo 19/98

O Conselho Municipal de Meio Ambiente,no uso de suas atribuições que lhe são conferidaspela Lei n.o 4.253 de 04.12.85, regulamenta osprocedimentos administrativos para olicenciamento ambiental dos empreendimentosde impacto a que se refere a Lei n.o 7.277 de17.01.97.

Art. 1o – As atividades e empreendimentosde impacto a que se refere a Lei no 7.277 de 17de janeiro de 1997, quando de seu licenciamentoambiental, deverão observar o disposto nestaDeliberação Normativa.

Art. 2o – O licenciamento ambiental dar-se-á mediante o competente processoadministrativo destinado a avaliar as condiçõesambientais de atividades ou empreendimentosde impacto nas suas etapas de concepção,implantação, operação, modificação eampliação.

§ 1o– O licenciamento ambiental deveráanteceder à instalação, à modificação, à ampliaçãoe ao funcionamento de empreendimentos deimpacto a serem implantados.

§ 2o – No caso de empreendimentos deimpacto em implantação ou em funcionamentoantes de 17 de janeiro de 1997, o licenciamentoambiental visará a regularização e a adequaçãodas atividades exercidas aos padrões e normasem vigor, mediante competente processo delicenciamento corretivo.

§ 3o– Os empreendimentos, a que se refereo parágrafo anterior, serão chamados alicenciarem-se mediante convocação doPresidente do COMAM.

Art. 3o – O licenciamento ambientalcompreende:

I – O licenciamento integral – mediante aoutorga das três licenças ambientaisconsecutivamente, Licença Prévia (LP), Licençade Implantação (LI) e Licença de Operação(LO);

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II – O licenciamento simplificado – queprescinde da outorga da Licença Prévia epoderá prescindir da outorga da Licença deImplantação, na forma do Art. 7o da Lei no

7.277/97 e dos Arts. 5o e 7o desta Deliberação;III – O licenciamento corretivo – destinado

aos empreendimentos que comprovadamentese encontravam em operação anteriormenteao advento da Lei 7.277/97 e aqueles que,uma vez convocados ao licenciamento,deverão obter a Licença de Operação.

Art. 4o– A Licença Prévia (LP) será orequisito básico a ser atendido no licenciamentoambiental de atividade e empreendimentos deimpacto nos seguintes casos:

I – projeto de parcelamento vinculado,sendo o instrumento de análise o Estudo deImpacto Ambiental e seu respectivo Relatóriode Impacto Ambiental – Eia/Rima;

II – projeto de edificação, cujo terreno nãotenha sido gravado com vinculação de uso eque não tenha sido licenciado ambientalmente,sendo o instrumento de análise o Estudo deImpacto Ambiental e seu respectivo Relatóriode Impacto Ambiental – Eia/Rima;

III – modificação de uso para projetoainda não implantado, sendo o instrumentode análise o Estudo de Impacto Ambiental eseu respectivo Relatório de ImpactoAmbiental – Eia/Rima;

IV – atividades relacionadas no inciso Vdo § 1o, artigo 2o da Lei no 7.277/97, sendo oinstrumento de análise o Estudo de ImpactoAmbiental e seu respectivo Relatório deImpacto Ambiental – Eia/Rima;

V – projeto de modificação que reflita naalteração da classificação da atividade quantoà repercussão no ambiente urbano, conformedefinido pela Lei no 7.166/96, sendo oinstrumento de análise o Estudo de ImpactoAmbiental e seu respectivo Relatório deImpacto Ambiental – Eia/Rima;

VI – ampliação de empreendimento deuso não residencial ou misto, sendo oinstrumento de análise o Estudo de ImpactoAmbiental e respectivo Relatório de Impacto

Ambiental – Eia/Rima, quando a área a serampliada corresponder a:

a) área edificada igual ou superior a 6.000m2; ou

b) área a ser ampliada igual ou superior a30% (trinta por cento) da área edificadaoriginal.

VII – ampliação de empreendimento deuso residencial, sendo o instrumento deanálise o Estudo de Impacto Ambiental e orespectivo Relatório de Impacto Ambiental– Eia/Rima, quando:

a) o número de unidades a ser ampliadofor igual ou superior a 150 unidades; ou

b) a área edificada for igual ou superior a30% (trinta por cento) da área líquida edificadaoriginal.

VIII – projeto de modificação de uso paraempreendimento ainda não licenciadoambientalmente, sendo o instrumento de análiseo Relatório de Controle Ambiental – RCA.

Art. 5o – A Licença de Implantação (LI)será o requisito básico a ser atendido nolicenciamento ambiental dos seguintes casos:

I – projeto de edificação comrequerimento protocolizado junto à SecretariaMunicipal de Atividades Urbanas antes daentrada em vigor da Lei no 7.277/97, o qual,atendendo à convocação para licenciamentoambiental, será analisado a partir do Relatóriode Controle Ambiental – RCA e respectivoPlano de Controle Ambiental – PCA;

II – projeto de infra-estrutura e de atividadepotencialmente poluidora relacionados noinciso V do § 1o, art. 2o da Lei no 7.277/97, quevier a ser convocado extraordinariamente paralicenciamento ambiental, devendo sua análisese dar a partir de Relatório de ControleAmbiental – RCA e respectivo Plano deControle Ambiental – PCA;

III – empreendimento que estava emconstrução antes da entrada em vigor da Lei no

7.277/97, devendo sua análise se dar a partirdo Relatório de Controle Ambiental – RCA erespectivo Plano de Controle Ambiental – PCA;

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IV – ampliação de empreendimentoquando a área líquida edificada ou o númerode unidades habitacionais, objetos deampliação, corresponderem a valoresinferiores aos previstos no artigo anteriordesta deliberação, devendo sua análise se dara partir de Relatório de Controle Ambiental– RCA e respectivo Plano de ControleAmbiental – PCA;

V – projeto de edificação, cujo terrenotenha sido gravado com vinculação de uso eque tenham sido protocolizados junto àSecretaria Municipal de Atividades Urbanasapós a entrada em vigor da Lei no 7.277/97,devendo sua análise se dar a partir deRelatório de Controle Ambiental – RCA erespectivo Plano de Controle Ambiental –PCA;

VI – empreendimentos que pretendamse implantar em locais previamentelicenciados, tais como distritos industriais,etc., devendo sua análise se dar a partir doPlano de Controle Ambiental – PCA.

VII – empreendimento cujo início deconstrução se der após 17 de janeiro de 1997em decorrência de licenciamento ambientalprévio, devendo sua análise se dar a partirdo Plano de Controle Ambiental – PCA;

VIII – modificação de empreendimentojá licenciado ambientalmente e que atendaconjuntamente às seguintes condições,tecnicamente comprovadas através de Planode Controle Ambiental – PCA:

a) não apresentem potencial de impactosócio-ambiental;

b) destinem-se especificamente àmelhoria das condições sócio-ambientais;

c) não impliquem alteração deparâmetros urbanísticos anteriormenteaprovados.

Art. 6o – O licenciamento ambiental referenteà ampliação de empreendimento, que forefetuado de acordo com os critérios previstosno inciso IV do Art. 5o desta deliberação,remeterá a análise de futuras ampliações aoscritérios estabelecidos no Art. 4o desta deliberação.

Art. 7o – A Licença de Operação (LO)será o requisito básico a ser atendido nolicenciamento ambiental dos seguintes casos:

I – empreendimento que já estava emfuncionamento antes de 17 de janeiro de 1997,sendo o instrumento de análise o Relatório deControle Ambiental – RCA e respectivo Planode Controle Ambiental – PCA.

II – empreendimento cujo início defuncionamento se der após 17 de janeiro de1997 em decorrência de licenciamentoambiental prévio sendo o instrumento de análiseas informações prestadas pelo empreendedore as vistorias efetuadas pela SMMA.

Art. 8o– O procedimento administrativopara o licenciamento ambiental de que trata aLei 7.277 obedecerá as etapas estabelecidasno Anexo I desta Deliberação Normativa.

Art. 9o – O Requerimento paraOrientação Básica de LicenciamentoAmbiental deverá ser acompanhado deformulário próprio contendo informaçõesnecessárias à caracterização do empre-endimento, mapa de situação em escalamínima de 1:5.000, bem como de parecerelaborado pela Secretaria Municipal deAtividades Urbanas sobre as características doempreendimento e sua conformidade àlegislação urbanística.

Parágrafo único – A Secretaria Municipalde Meio Ambiente procederá à análise dolicenciamento ambiental somente daquelesprojetos que atendam à legislação urbanística.

Art. 10 – A análise técnica dos estudos delicenciamento ambiental será feita pelaSecretaria Municipal de Meio Ambiente, quesolicitará ao empreendedor, quando for o caso,a apreciação das demais instituições públicasmunicipais para a análise de aspectos e temasatinentes às suas competências institucionais.

Art. 11 – O licenciamento ambiental terácomo condicionante a regularização do

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parcelamento do solo junto à SecretariaMunicipal de Atividades Urbanas.

Art. 12 – Durante a implantação doempreendimento, o responsável deveráapresentar relatórios periódicos de andamentodas obras, em intervalos a serem definidosem comum acordo com a SecretariaMunicipal de Meio Ambiente.

Art. 13 – O prazo para outorga da LP éde 60 (sessenta) dias, contados a partir da datade apresentação dos documentos requeridospela SMMA através da orientação básica parao licenciamento ambiental.

Parágrafo único – A contagem do prazoprevisto no caput será suspensa durante aelaboração de esclarecimentos ecomplementações pelo empreendedor, quedeverá apresentá-los dentro dos prazosdeterminados pela SMMA.

Art. 14 – A LI terá prazo de 30 (trinta)dias para a outorga, contados a partir da datade apresentação dos documentos referidos naorientação básica para o licenciamentoambiental.

Parágrafo único – A contagem do prazoprevisto no caput será suspensa durante aelaboração de esclarecimentos ecomplementações pelo empreendedor, quedeverá apresentá-los dentro dos prazosdeterminados pela SMMA.

Art. 15 – A Licença de Operação deveráser outorgada no prazo máximo de 30 (trinta)dias, contados a partir da data de apresentaçãodo respectivo requerimento.

Parágrafo único – Quando se tratar deLO pleiteada através de Relatório de ControleAmbiental, o prazo previsto para sua outorgaserá de 45 (quarenta e cinco) dias a partir dadata de apresentação do respectivorequerimento.

Art. 16 – O empreendedor deveráprotocolizar junto à Secretaria Municipal deMeio Ambiente os esclarecimentos ecomplementações dentro dos prazosespecificados na notificação da SecretariaMunicipal de Meio Ambiente.

Parágrafo único – O prazo estipuladona notificação poderá ser prorrogado, desdeque justificado pelo empreendedor e com aconcordância da Secretaria Municipal deMeio Ambiente.

Art. 17 – Somente com a anuência doCOMAM e tendo em vista a complexidadedo exame dos estudos e projetosapresentados, o prazo previsto nos Arts. 13,14 e 15 poderá ser prorrogado, por igualperíodo.

Art. 18 – O não-cumprimento dosprazos estipulados nos Arts. 13 a 15 implicaráa outorga da licença requerida por decursode prazo, mas não desobriga oempreendedor do atendimento aosprocedimentos exigíveis.

Parágrafo Único – O não-cumprimento do prazo estabelecido paraapresentação de informações comple-mentares ensejará o cancelamento doprocesso de licenciamento, permitindo-se,entretanto, que o empreendedor dê início anovo processo de licenciamento.

Art. 19 – A LP terá prazo de validadede 2 (dois) anos.

Parágrafo Único – O prazo referidono caput poderá ser prorrogado por igualperíodo, desde que tecnicamente justificadoe após decisão favorável do COMAM.

Art. 20 – Os prazos de validade daslicenças de instalação e de operação serãofixados pelo COMAM, observando-se:

§ 1o – O prazo de validade da LI deverá

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ser, no mínimo, o estabelecido pelocronograma de instalação doempreendimento e, no máximo, aqueledefinido no Alvará de Construção.

§ 2o – O prazo de validade da LO deveráser de, no mínimo, quatro anos e de, nomáximo, dez anos.

Art. 21 – A LI poderá ter o prazoprorrogado pelo COMAM desde que nãoultrapasse o prazo máximo fixado noparágrafo 1o do artigo anterior.

Art. 22 – A Secretaria Municipal de MeioAmbiente poderá estabelecer prazo de validadeespecífico para a LO de empreendimentos que,por sua natureza e peculiaridades, estejamsujeitos a encerramento ou modificação emprazos inferiores a quatro anos.

§ 1o – Na renovação da LO de umempreendimento, o COMAM poderá,mediante decisão motivada, aumentar oudiminuir o seu prazo de validade, após avaliaçãodo desempenho ambiental do empreendimentono período de vigência anterior, respeitados oslimites do § 2o do art. 20.

§ 2o – A renovação da LO de umempreendimento deverá ser requerida comantecedência mínima de 120 (cento e vinte)dias da expiração de seu prazo de validade,fixado na respectiva licença, ficando esteautomaticamente prorrogado até amanifestação definitiva do COMAM

Art. 23 – O COMAM poderá modificaras condicionantes e as medidas de controle eadequação ambiental, suspender ou cancelaruma licença expedida quando ocorrersituações tais como as listadas a seguir:

I - violação ou descumprimento dequaisquer condicionantes ou normas legais;

II - omissão ou falsa descrição deinformações que subsidiaram a concessão dalicença;

III - superveniência de riscos ambientaise de saúde;

IV - a não-apresentação de esclarecimentos

ou informações complementares que sefizerem necessárias ao processo delicenciamento ambiental.

Art. 24 – A instalação, a ampliação e ofuncionamento de atividades ouempreendimentos de impacto sem o devidolicenciamento ambiental acarretará a imediatasuspensão das atividades até que o COMAMdelibere sobre o licenciamento ambiental, semprejuízo da aplicação cumulativa de outraspenalidades previstas na legislação.

Parágrafo único – A aplicação dequaisquer penalidades não isenta oempreendedor da obrigatoriedade delicenciamento ambiental e do atendimento àsexigências do COMAM

.Art. 25 – Em caso de grave e iminente

risco para vidas humanas ou recursosambientais, não será requerido o licenciamentoambiental para que as intervenções necessáriassejam implantadas em tempo hábil.

Art. 26 – Casos omissos nesta deliberação,terão seu encaminhamento administrativodefinido pelo Presidente ad referendum doCOMAM , à luz dos critérios técnicos e legaisaplicáveis a cada caso.

Art. 27 – Esta deliberação entra em vigorna data de sua publicação, revogando asdisposições em contrário.

JUAREZ AMORIMPresidente do Conselho Municipal de Meio Ambiente

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ANEXO ÚNICO À DELIBERAÇÃO NORMATIVA

NO 19/98

As etapas de licenciamento ambientalsão as que seguem:

I - Requerimento de Orientação Básica paraLicenciamento Ambiental, conforme o dispostono Art. 9o desta Deliberação Normativa, o qualdeverá ser protocolizado junto à SecretariaMunicipal de Meio Ambiente pelo responsávellegal do empreendimento.

II - Fornecimento, pela Secretaria Municipalde Meio Ambiente, das orientações básicas parao licenciamento ambiental, definindo-se osdocumentos, estudos e projetos ambientaisnecessários.

III - Requerimento da licença ambiental peloempreendedor, acompanhado dos documentosrequeridos pela Secretaria Municipal de MeioAmbiente, nos termos dos Arts. 4o, 5o, 6o e 7o

desta Deliberação Normativa, quais sejam,estudos e projetos ambientais, comprovante dorecolhimento dos custos por serviços não-compulsórios e anotação de responsabilidadetécnica junto ao Crea/MG.

IV - Publicação, pelo empreendedor, de editalem órgão da imprensa oficial e em jornal degrande circulação no município, explicitando alicença ambiental requerida, o uso pretendido, oporte e a localização do empreendimento,conforme modelo constante em deliberaçãonormativa.

V - Análise, pela Secretaria Municipal deMeio Ambiente, dos documentos, projetos eestudos ambientais apresentados.

VI -Realização de eventuais vistoriastécnicas pela Secretaria Municipal de MeioAmbiente.

VII - Solicitação eventual de esclare-

cimentos e complementações de documentose projetos pela Secretaria Municipal de MeioAmbiente, em decorrência da análise técnicaefetuada.

VIII - Realização de audiência pública,quando for o caso, seguindo asregulamentações específicas para o assunto.

IX - Preparação de parecer técnico a sersubmetido à apreciação do COMAM.

X - Deferimento ou indeferimento depedido de licença pelo COMAM , dando-sea devida publicidade em conformidade commodelo constante em deliberação normativa.

XI - No caso de outorga da licença,apresentação de relatórios periódicos sobre oandamento das obras, conforme determi-nação da Secretaria Municipal de MeioAmbiente.

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DELIBERAÇÃO NORMATIVAN.º 20/99O Conselho Municipal de MeioAmbiente – COMAM, no uso dasatribuições que lhe confere o § 2º do art.2º da Lei 7.277/97,

DELIBERA:Art. 1º - Ficam incluídas na relação de

empreendimentos de impacto, a que se refereo art. 2º, § 1º, V, da Lei 7.277/97:

I) as tipologias de atividades contempladasna Deliberação Normativa COPAM 01/90,enumeradas no Anexo desta Deliberação;

II) as intervenções viárias compreendidaspor implantação, ampliação e/ou modificaçãogeométrica de vias que impliquem a supressãode mais de quinze indivíduos arbóreos;

III) as intervenções viárias compreendidaspor implantação, ampliação e/ou modificaçãogeométrica de vias que impliquem aimpermeabilização de mais de 1.500 m2 desuperfície de espaço público;

IV) as obras de arte viárias, tais comoviadutos, pontes e trincheiras;

RETIFICAÇÃO DA DELIBERAÇÃO NORMATIVA

Nº 19/98 , publicada no DOM de 24 de setembro de 1998.

Art. 3º, inciso II:Onde se lê:II – o licenciamento simplificado – que

prescinde da outorga da Licença Prévia epoderá prescindir da outorga da Licença deImplantação, na forma do Art. 7o da Lei no

7.277/97 e dos Arts. 5o e 7o desta Deliberação;

Leia-se:II – o licenciamento simplificado – que prescinde

da outorga da Licença Prévia, na forma do Art. 5o

desta Deliberação;

Art. 3º, inciso III:Onde se lê:III – o licenciamento corretivo – destinado

aos empreendimentos que comprovadamentese encontravam em operação anteriormenteao advento da Lei 7.277/97 e aqueles que,uma vez convocados ao licenciamento,deverão obter a Licença de Operação.

Leia-se:III – o licenciamento corretivo – destinado aos

empreendimentos que comprovadamente se encontravamem operação anteriormente ao advento da Lei 7.277/97 e aqueles que, uma vez convocados ao licenciamento,deverão obter a Licença de Operação, na forma doArt. 7º da Lei nº 7.277/97.

Art. 4º, inciso VII, alínea “b”:Onde se lê:b)a área edificada for igual ou superior a

30% (trinta por cento) da área líquida edificadaoriginal.

Leia-se:b)a área edificada for igual ou superior a 30% (trinta

por cento) da área edificada original.

Art. 5º. Inciso IV:Onde se lê:IV – ampliação de empreendimento

quando a área líquida edificada ou o númerode unidades habitacionais, objetos deampliação, ...

Leia-se:IV – ampliação de empreendimento

quando a área edificada ou o número deunidades habitacionais, objetos deampliação, ...

ANEXO ÚNICOOnde se lê:Deliberação Normativa n.º 20/98Leia-se:Deliberação Normativa n.º 19/98.

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V) as antenas de telecomunicação comestrutura em torre ou similar;

VI) os mega-eventos de lazer com duraçãoigual ou superior a dois dias, previstos paraespaços públicos não utilizados e/ouequipados usualmente para tal fim;

VII) os helipontos;VIII) os parques temáticos.

Art. 2º - Esta Deliberação Normativaentra em vigor na data de sua publicação erevoga as disposições em contrário.

BELO HORIZONTE, 20 de janeiro de 1999.

JUAREZ AMORIMPresidente do COMAM

DELIBERAÇÃO NORMATIVANO. 26/99

Complementa a Deliberação Normativano. 19/98 e dá nova redação à DeliberaçãoNormativa no 20/99, estabelecendo normasespecíficas para o licenciamento ambiental deobras de infra-estrutura

O Conselho Municipal do Meio Ambiente,no uso de suas atribuições, conferidas pela Lein.o 4.253, de 04.12.85, e visando regulamentaros procedimentos administrativos para olicenciamento ambiental de empreendimentosde impacto a que se refere a Lei n.o 7.277, de17.01.97,

Delibera:Art.1°- Ficam incluídos na relação de

empreendimentos de impacto, a que se refereo Art. 2º, § 1º, inciso V, da Lei 7.277/97:

I. As intervenções compreendidas pormodificação geométrica de vias de tráfego deveículos que impliquem a supressão deindivíduos arbóreos e/ou a imper-meabilização de espaço público;

II. As obras de arte compreendidas porviadutos, túneis e trincheiras.

Art. 2° - O licenciamento ambiental deobras de infra-estrutura observará os critériosde porte, definidos por tipologia deintervenção e indicados no Anexo Único destaDeliberação.

Art. 3o – Os empreendimentos

classificados como de grande porte, conformeAnexo Único, terão a primeira etapa delicenciamento efetuada mediante aapresentação de Estudo de ImpactoAmbiental (Eia) e respectivo Relatório deImpacto Ambiental (Rima), segundo roteirofornecido pela SMMA.

§ Único – O licenciamento a que se refereo caput deste Artigo será integral, permitindoa apreciação da Licença Prévia (LP).

Art. 4° – Os empreendimentos classificadoscomo de médio porte, conforme o AnexoÚnico, terão a primeira etapa de licenciamentoefetuada mediante a apresentação de Relatóriode Controle Ambiental (RCA) e Plano deControle Ambiental (PCA), segundo roteirofornecido pela SMMA.

§ 1o – O licenciamento a que se refere ocaput deste Artigo será simplificado, permitindoa apreciação da Licença de Implantação (LI) eprescindindo, portanto, da expedição da LP.

§ 2o – Nas ZP’s, nas ADE’s de InteresseAmbiental, nas Áreas de Proteção Especial enas áreas consideradas pela SMMA como derelevância ambiental, poderá ser exigida aapresentação de Eia/Rima paralicenciamento de empreendimentos de médioporte, a fim de possibilitar a apreciação daLicença Prévia (LP).

Art. 5o – Os empreendimentosclassificados como de pequeno porte,conforme Anexo Único, terão uma únicaetapa de licenciamento, efetuada mediante aapresentação de documentação da qual conste,dentre outros,:

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I. descrição das características doempreendimento;

II. localização geográfica em mapa comescala adequada;

III. descrição das formas de vegetaçãoexistentes no local;

IV. localização e caracterização das áreas deempréstimo e de bota-fora;

V. volume de terra a ser movimentado;VI. descrição sucinta dos métodos

construtivos;VII. caracterização dos efluentes gerados;VIII. projeto básico ou executivo da

intervenção.

§ 1oo– O licenciamento a que se refere o caputdeste Artigo será sumário, permitindo aapreciação da Licença de Implantação (LI) eprescindindo, portanto, da expedição da LP.

§ 2o – Nas ZP’s, nas ADE’s de InteresseAmbiental, nas Áreas de Proteção Especial e nasáreas consideradas pela SMMA como derelevância ambiental, poderá ser exigida aapresentação de RCA/PCA para licenciamentode empreendimentos de pequeno porte, a fimde possibilitar a apreciação da Licença deImplantação (LI).

Art. 6o – Independentemente do porte e datipologia, qualquer conjunto de empre-endimentos de infra-estrutura, classificados comode impacto, integrantes de um plano ouprograma específico e situados em uma mesmabacia hidrográfica, terá seu licenciamentoambiental condicionado à aprovação de Eia/Rima para obtenção de Licença Prévia.

§ Único – As demais etapas delicenciamento ambiental nos casos previstos nocaput dar-se-ão mediante a apresentação de Planode Controle Ambiental – PCA.

Art. 7o – O licenciamento ambiental dosempreendimentos de grande e médio portesserá submetido à deliberação do ConselhoMunicipal de Meio Ambiente – Comam,

através do competente processo administrativodevidamente instruído.

Art. 8o – O licenciamento ambiental dosempreendimentos de pequeno porte seráefetuado pela SMMA, por intermédio doDepartamento de Controle Ambiental(DCAMA), ouvida a Comissão de Áreas Verdes(Comav) quando for o caso, devendo ocompetente processo estar instruído pelo parecertécnico pertinente.

Art. 9o – Aplicam-se os demaisprocedimentos administrativos previstos naDeliberação Normativa no 19/98 para ainstrução do processo de licenciamento ambientalrelativo às obras de infra-estrutura.

Art. 10 – Independentemente do porte e datipologia, o licenciamento das atividades de infra-estrutura deverá contemplar todos aspectosreferentes à obra e às condições operacionaisdo empreendimento, destacando-se, dentreoutros:

I. Ruídos e vibrações;II. Emissões atmosféricas;III. Efluentes líquidos sanitários e sistema de

águas pluviais;IV. Resíduos sólidos;V. Uso dos recursos naturais;VI. Área para carga e descarga;VII. Medidas de segurança.

Art. 11 – Esta deliberação entra em vigorna data de sua publicação, revogando asdisposições em contrário, notadamente osincisos II, III e IV do Art. 1o da DeliberaçãoNormativa n° 20/99.

JUAREZ AMORIMConselho Municipal do Meio Ambiente

Presidente

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DELIBERAÇÃO NORMATIVANo. 29/99

Estabelece normas específicas para olicenciamento ambiental das atividades decomércio e de prestação de serviços relacionadasno Anexo Único da Deliberação Normativa n.º20/99, complementa a Deliberação Normativan.º 19/98 e inclui tipologia na relação deempreendimentos de impacto.

O Conselho Municipal do Meio Ambiente– Comam, no uso de suas atribuições legais, evisando regulamentar os procedimentosadministrativos referentes à Lei Municipal n.º7.277/97, de 17/01/97;

Delibera:

Art. 1° – A tipologia de atividades decomércio e de prestação de serviços, relacionadasabaixo e constantes do Anexo Único daDeliberação Normativa no 20/99, terá suaclassificação de porte definida nesta Deliberaçãopara fins de definição dos procedimentosadministrativos pertinentes ao licenciamento

ambiental prévio ou corretivo:Reparação ou manutenção de máquinas,

aparelhos e equipamentos industriais,comerciais e elétricos e eletrônicos, exceto osde pequeno porte.

Comércio Atacadista – Produtos extrativosde origem mineral, em bruto; Produtos químicos,inclusive fogos e explosivos; Combustívellubrificante de origem vegetal e mineral.

Serviços Pessoais – Lavanderias etinturarias.

Serviços Auxiliares Diversos – Serviçosde armazenagem (armazéns-gerais efrigorificados, trapiches, silos, etc.), exclusivefrigoríficos de animais abatidos.

Serviços Auxiliares de AtividadesEconômicas – Serviços de combate a pragas(extinção de formigueiros, pulverização,polvilhamento, detetização e outros, inclusive poraviões).

Serviços Comunitários e Sociais(exclusive serviços médicos, odontológicose veterinários e de ensino) – Instituiçõescientíficas e tecnológicas; Empreendimentosdesportivos, recreativos, turísticos ou de lazer,tais como clubes desportivos e recreativos,

Nota :Nota :Nota :Nota :Nota :Ai – Área de inundação (ha)Ac – Área de contribuição (ha)L – Extensão (m)V – Volume dragado (m3/mês)S – Supressão de árvores (indivíduos arbóreos)

ANEXO ÚNICO À DELIBERAÇÃO NORMATIVA NO 26/99

Classificação do Porte de Empreendimentos de Infra-Estrutura para fins de Licenciamento Ambiental

ATIVIDADE CRITÉRIOS DE PORTEPEQUENO MÉDIO GRANDE

Barragens de saneamentoCanais para drenagemRetificações de coleções de águaDragagem em corpos d’águaImplantação de vias de tráfegocom 2 ou mais faixasde rolamentoModificação geométricade vias de tráfegoColetores tronco de esgotosInterceptores de esgotoEstação elevatória de esgotossanitáriosTratamento de esgotossanitários

Ai < 2 haAc < 220 haL > 200mV < 5.000 m3/mêsAC < 10.000 m2

S < 15 árv. e/ouI < 1.500 m2

Q < 40 l/sQ < 40 l/sQ < 40 l/s

Q < 40 l/s

2 ha < Ai < 6 ha220 ha > Ac < 1.500 ha e L > 200m200 m < L < 500 m5.000 m3/mês< V < 60.000 m3/mês10.000 m2< AC < 20.000 m2

15 árv. > S < 35 árv. e/ou1.500 m2 > I < 4.500 m2

40 l/s > Q < 200 l/s40 l/s > Q < 200 l/s40 l/s > Q < 200 l/s

40 l/s > Q < 200 l/s

Ai > 6 haAc > 1.500 ha e L > 200mL > 500mV > 60.000 m3/mêsAC > 20.000 m2

S > 35 árv. e/ou I > 4.500 m2

Q > 200 l/sQ > 200 l/sQ > 200 l/s

Q1 > 200 l/s

I – Impermeabilização de espaço público (m2)Q – Vazão máxima prevista (l/s)AC – Área da caixa da via (m2, medido de alinhamento a ali-nhamento)Q1 – Vazão de bombeamento (l/s)

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estádios, camping, hotel-fazenda, hipódromos.Serviços Médicos e Veterinários –

Laboratórios de análises clínicas e radiologia;Hospitais e clínicas para animais.

§ Único – Os critérios aplicáveis paradefinição do porte dos empreendimentos sãoos que se seguem:

i. Pequeno porte – área utilizada menorque 1200 m2;

ii. Médio porte – área utilizadacompreendida no intervalo entre 1200 m2 e6.000 m2;

iii. Grande porte – área utilizada superiora 6.000 m2.

Art. 2° – Fica incluída na relação deempreendimentos de impacto, a que se refereo art. 2º, § 1º, inciso V, da Lei n.º 7.277/97, aatividade “garagem de empresas detransporte de passageiros e de cargas”.

§ Único – A classificação de porte da atividadea que se refere o caput deste artigo segue o seguintecritério:

i. Pequeno porte – área utilizada menorque 6.000 m2;

ii. Médio porte – área utilizadacompreendida no intervalo entre 6.000 m2 e10.000 m2, desde que a área construída sejamenor que 6.000 m2;

iii. Grande porte – área utilizada superiora 10.000 m2 e/ou área construída superior a6.000 m2.

Art. 3o – O licenciamento ambiental dos

empreendimentos de grande portemencionados nesta Deliberação Normativaterá sua primeira etapa de licenciamentoefetuada mediante a apresentação de Estudosde Impacto Ambiental (Eia) e respectivoRelatório de Impacto Ambiental (Rima),segundo roteiro fornecido pela SMMA.

§ Único – O licenciamento ambiental aque se refere o caput deste artigo será integral,sendo sua primeira destinada à apreciação da

Licença Prévia (LP).Art. 4° – O licenciamento ambiental dos

empreendimentos de médio porte mencionadosnesta Deliberação Normativa terá a primeiraetapa de licenciamento efetuada mediante aapresentação de Relatório de ControleAmbiental (RCA) e Plano de Controle Ambiental(PCA), segundo roteiro fornecido pela SMMA.

§ 1º – O licenciamento a que se refere o caputdeste artigo será simplificado, sendo sua primeiraetapa destinada à apreciação da Licença deImplantação (LI), prescindida, portanto, aexpedição da Licença Prévia (LP).

§ 2º – Nas ZPs, ADEs de InteresseAmbiental, Áreas de Proteção Especial e outrasáreas consideradas pela SMMA como derelevância ambiental poderá, tendo em vista aanálise ambiental prévia, ser exigida aapresentação de Eia/Rima para licenciamentode empreendimentos de médio porte, a fim depossibilitar a apreciação da Licença Prévia (LP).

Art. 5o – O licenciamento ambiental dosempreendimentos de pequeno portemencionados nesta Deliberação Normativa seráefetuado em uma única etapa de licenciamento,mediante apresentação do Formulário deInformações Ambientais Básicas (IAB), Boletimde Inscrição, Baixa e Alteração (Biba), laudo daCopasa MG, Consulta Prévia fornecida pelaSecretaria Municipal de Atividades Urbanas –SMAU, bem como de outras informações quea SMMA julgar necessárias.

§ 1º – O licenciamento a que se refere o caputdeste artigo será sumário, sendo destinado àapreciação da Licença de Operação (LO),prescindida, portanto, a expedição da LicençaPrévia (LP) e da Licença de Implantação (LI).

§ 2º – Nas ZPs, ADEs de InteresseAmbiental, Áreas de Proteção Especial e outrasáreas consideradas pela SMMA como derelevância ambiental poderá, tendo em vistaanálise ambiental prévia, ser exigida aapresentação de RCA/PCA, a fim de possibilitar

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a apreciação da Licença de Implantação (LI),previamente à expedição da Licença deOperação.

Art. 6° – Em caso de empreendimentos degrande e médio porte já instalados ou emoperação antes da entrada em vigor da Lei7.277/97, o licenciamento ambiental serácorretivo, sendo destinado à apreciação daLicença de Operação (LO), mediante aapresentação de Relatório de ControleAmbiental (RCA) e Plano de ControleAmbiental (PCA), segundo roteiro fornecidopela SMMA.

Art. 7° – Em caso de empreendimentos depequeno porte já instalados ou em operaçãoantes da entrada em vigor da Lei 7.277/97, olicenciamento ambiental será corretivo, sendodestinado à apreciação da Licença de Operação(LO), mediante a apresentação de Formuláriode Informações Ambientais Básicas (IAB),Boletim de Inscrição Baixa e Alteração (Biba),laudo da Copasa MG, Consulta Prévia da SMAU– Secretaria Municipal de Atividades Urbanas,Projeto Básico ou Executivo relativo àintervenção, bem como de outras informaçõesque a SMMA julgar necessárias.

Art. 8° – O licenciamento ambiental dosempreendimentos de médio e grande porte, sejaem caráter prévio ou corretivo, será submetidoà deliberação do Conselho Municipal do MeioAmbiente – Comam, através de processoadministrativo devidamente instruído.

Art. 9o – O licenciamento ambiental dosempreendimentos de pequeno porte, seja prévioou corretivo, será efetuado pela SMMA, porintermédio do Departamento de ControleAmbiental (Dcama), ouvida a Comissão deÁreas Verdes (Comav) quando for o caso,devendo o processo estar instruído pelo parecertécnico pertinente.

§ Único – Excetua-se ao disposto no caputdeste artigo, os empreendimentos previstos paraáreas classificadas como ZP-1 e ZPAM pela Lei

Municipal no. 7166/96, cujo licenciamentoambiental, seja prévio ou corretivo, será submetidoà apreciação e deliberação do Conselho Municipalde Meio Ambiente – Comam, conformeDeliberação Normativa no. 27/99.

Art. 10 – Independente do porte e tipologia,o licenciamento das atividades acima descritasdeverá contemplar todos os aspectos referentesao projeto e seu processo produtivo,destacando-se, dentre outros,:

I. Área verde e permeável;II. Ruído e vibrações;III. Emissões atmosféricas;IV. Efluentes líquidos sanitários e sistemas de

água pluvial e aquelas provenientes do processo;V. Resíduos sólidos;VI. Uso dos recursos naturais;VII. Área de carga e descarga;VIII. Atividades de reparos e manutenção

de equipamentos;IX. Sistemas de armazenagem, abastecimento

e manipulação de combustíveis, produtosquímicos e similares;

X. Medidas de segurança.

§ Único – As fontes potencialmentepoluidoras serão tratadas através delevantamentos e medições específicasapresentadas pelo empreendedor a fim depermitir a proposição de medidas destinadas areduzir e controlar a geração de poluição, bemcomo a reutilizar e reciclar efluentes e resíduos,visando seu enquadramento dentro dos padrõeslegalmente definidos .

Art. 11 – Aplicam-se os demaisprocedimentos da Deliberação Normativa n.º19/98 para a instrução do processo delicenciamento ambiental relativo às atividades decomércio e de prestação de serviços, enquadradascomo empreendimentos de impacto naDeliberação Normativa no. 20/99.

Art. 12 – Esta Deliberação Normativa entraem vigor na data de sua publicação, revogandoas disposições em contrário.